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36º Encontro Nacional de Medicina Geral e Familiar Fórum Braga, 13 a 16 de março de 2019 4ª Feira, 13 de março WORKSHOPS (inscrição prévia) 14:00 – 15:30 WORKSHOP - Aplicar a Genética no dia-a-dia do Médico de Família Coordenação: Grupo de Estudos de Genética APMGF Dinamizadores: Ana Sequeira Médica de Família. USF Lethes Helena Cabral Médica de Família. USF Alfena Vera Araújo Médica interna de MGF. USF Lethes É privilégio do médico de família (MF) lidar com famílias e não apenas com os utentes individualmente. Pelo menos 10% das consultas nos cuidados de saúde primários estão relacionadas com um problema genético. É também parte importante do seu trabalho ser capaz de identificar doentes em risco de doença genética, fazer uma gestão adequada dos seus problemas de saúde e ser capaz de comunicar informação genética de forma correta aos seus doentes. No entanto, tem-se verificado que os MF têm algumas lacunas nas competências de genética e sentem dificuldades a lidar com problemas médicos relacionados com a genética. Assim, pensamos ser importante propor um workshop que aborde princípios básicos de Genética relevantes para a prática diária dos MF. Este workshop vai permitir aos participantes realizar uma história familiar para detetar possíveis doenças genéticas, entender padrões de hereditariedade de doenças genéticas por meio de análise de genogramas e reconhecer sinais de alarme, que devem fazer com que se proceda a uma avaliação mais específica.

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36º Encontro Nacional de Medicina Geral e Familiar

Fórum Braga, 13 a 16 de março de 2019

4ª Feira, 13 de março

WORKSHOPS

(inscrição prévia)

14:00 – 15:30

WORKSHOP - Aplicar a Genética no dia-a-dia do Médico de Família

Coordenação: Grupo de Estudos de Genética APMGF

Dinamizadores: Ana Sequeira

Médica de Família. USF Lethes

Helena Cabral

Médica de Família. USF Alfena

Vera Araújo

Médica interna de MGF. USF Lethes

É privilégio do médico de família (MF) lidar com famílias e não apenas com os utentes

individualmente. Pelo menos 10% das consultas nos cuidados de saúde primários estão

relacionadas com um problema genético.

É também parte importante do seu trabalho ser capaz de identificar doentes em risco de doença

genética, fazer uma gestão adequada dos seus problemas de saúde e ser capaz de comunicar

informação genética de forma correta aos seus doentes. No entanto, tem-se verificado que os MF

têm algumas lacunas nas competências de genética e sentem dificuldades a lidar com problemas

médicos relacionados com a genética. Assim, pensamos ser importante propor um workshop que

aborde princípios básicos de Genética relevantes para a prática diária dos MF.

Este workshop vai permitir aos participantes realizar uma história familiar para detetar possíveis

doenças genéticas, entender padrões de hereditariedade de doenças genéticas por meio de análise

de genogramas e reconhecer sinais de alarme, que devem fazer com que se proceda a uma

avaliação mais específica.

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WORKSHOP- Avaliação Geriátrica Global – operacionalização na prática clínica do médico

de família

Coordenação: Grupo de Estudos da Saúde do Idoso APMGF

Dinamizadores: Andreia Eiras

Médica de Família. Doutoramento em Geriatra. Membro do Grupo de Estudos da

Saúde do Idoso, APMGF

Ana Vieira

Médica Interna de MGF. Pós-graduação em Geriatria. Membro do Grupo de Estudos

da Saúde do Idoso, APMGF

Maria João Macedo

Médica de Família. Pós-graduação em Geriatria. Membro do Grupo de Estudos da

Saúde do Idoso, APMGF

Elvira Sampaio

Médica Interna de MGF. Pós-graduação em Geriatria. Membro do Grupo de Estudos

da Saúde do Idoso, APMGF

O envelhecimento é uma realidade demográfica atual estimando-se que em 2050 Portugal será o

4º país com mais idosos do mundo. O processo de envelhecimento associa-se a perda de função e

consequentemente de autonomia, comprometendo a qualidade de vida.

A avaliação geriátrica global (AGG) constitui um instrumento que permite a construção de um

plano de intervenção personalizado e dirigido ás necessidades do idoso.

A identificação de áreas de maior vulnerabilidade permite intervir precocemente, planear

estratégias que previnem a dependência, a morbilidade e mortalidade, mostrando-se essencial no

contexto dos cuidados de saúde primários.

São objetivos deste workshop sensibilizar para a importância e utilidade da AGG, identificar as

principais áreas de vulnerabilidade da população idosa, reconhecer a AGG como uma ferramenta

útil ao médico de MGF e reunir conhecimentos para aplicar a AGG na prática clínica.

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WORKSHOP - Alimentação vegetariana no ciclo de vida

Coordenação: Grupo de Estudos de Nutrição e Exercício Físico APMGF (GENEF)

Dinamizadores: Adriana Araújo

Médica Interna de MGF. USF Prelada, ACeS Porto Ocidental

Daniela Pires Silva

Médica Interna de MGF. USF Novo Sentido, ACeS Porto Oriental

Ana Luís Pereira

Médica de Família. USF Aliança

Mafalda Rodrigues de Almeida

Nutricionista

Nos últimos anos, tem-se verificado um número crescente de indivíduos a adotar padrões

alimentares vegetarianos, o que levou a uma alteração do mercado alimentar, com maior

variedade, qualidade e acessibilidade de produtos adaptados a estas dietas. De igual modo, a

informação acerca destes padrões alimentares tem vindo a aumentar. Este fenómeno, por um lado,

contribuiu para um melhor conhecimento e compreensão das especificidades do vegetarianismo,

mas não se pode ignorar o aumento concomitante da divulgação de informação comercial sem

rigor científico, podendo promover dietas desadequadas e prejudiciais à saúde.

A adoção de um padrão alimentar do tipo vegetariano exige treino na compra e confeção dos

alimentos e conhecimento de alguns princípios alimentares, pelo que os indivíduos que o praticam

ou que tencionam fazê-lo devem consultar um profissional de saúde. Estas questões tornam-se

ainda mais importantes em algumas fases de vida, nomeadamente nas idades pediátricas, na

gravidez e em idosos, em que as necessidades nutricionais têm particularidades diferentes das do

adulto saudável.

Considerando a conjuntura atual, fará todo o sentido que os médicos de família sejam capazes de

aconselhar as famílias que já praticam ou que pretendem adotar uma alimentação vegetariana,

sendo capazes de identificar os riscos e as possíveis consequências, assim como referenciar para

consulta de nutrição sempre que se justifique.

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16:00 – 17:30

WORKSHOP - Desenvolvimento normal e patológico em consulta de saúde infantil

Coordenação: Grupo de Estudos de Saúde Infantil APMGF

Dinamizadores: Hélder Aguiar

Médico de Família. USF São João, S. J. Madeira

Miguel Monte

Médico Interno de MGF. USF São João, S. J. Madeira

A avaliação do neurodesenvolvimento é um dos componentes-chave da consulta de saúde infantil

nos primeiros anos de vida. Mais do que os achados isolados, são as alterações em uma ou mais

das quatro grandes sequências do desenvolvimento que têm maior valor preditivo em relação ao

estado neurológico futuro.

Por outro lado, a identificação precoce das perturbações a este desenvolvimento harmonioso tem

impacto significativo no prognóstico e funcionalidade.

Este workshop tem como objetivos: a) descrever as quatro grandes sequências de

desenvolvimento desde o nascimento até à adolescência, com as principais metas e sinais de

alarme em consultas de saúde infantil; b) identificar e orientar precoce e adequadamente as quatro

principais patologias do desenvolvimento: perturbação do desenvolvimento intelectual,

perturbações do espectro do autismo, PHDA e perturbações do comportamento. Serão utilizados os

métodos expositivo e ativo com recurso a casos clínicos e trabalhos em grupo para a facilitação da

aquisição de conhecimentos.

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WORKSHOP - Atenção ao luto nos cuidados de saúde prrimários: O papel do Médico de

Família

Coordenação: Grupo de Estudos de Cuidados Paliativos APMGF

Dinamizadores: Alexandra Coelho

Psicóloga. Equipa Intra-Hospitalar de Suporte em Cuidados Paliativos do Centro

Hospitalar Universitário Lisboa Norte. Formação em Terapia de Luto pela Sociedade

Portuguesa de Estudos em Intervenção no Luto. Assistente convidada na FMUL.

Membro do Grupo de Apoio ao Luto da APCP.

Pedro Frade

Psicólogo. Projeto Humaniza (Fundação La Caixa-BPI) integrado na Equipa Intra-

Hospitalar de Suporte em Cuidados Paliativos do Centro Hospitalar Universitário

Lisboa Norte. Formação em Terapia de Luto pela Sociedade Portuguesa de Estudos

em Intervenção no Luto. Docente convidado na FMUL. Membro do Grupo de Apoio ao

Luto da APCP.

Carla Lopes da Mota

Médica de Família. USF Barão do Corvo. Membro do Grupo de Estudos de Cuidados

Paliativos da APMGF.

Helena Beça

Médica de Família. USF Espinho. Mestre em Cuidados Paliativos, Universidade

Católica Portuguesa – Porto. Coordenadora do Grupo de Estudos de Cuidados

Paliativo da APMGF. Membro do Grupo de Apoio ao Luto da APCP.

Soraia Santos

Médica Interna de MGF. USF Espinho. Membro do Grupo de Estudos de Cuidados

Paliativos da APMGF.

Embora normativa, a perda de uma pessoa significativa é geralmente muito dolorosa e, em alguns

casos, reveste-se de sintomatologia emocional e física que, pela sua intensidade e persistência,

implica atenção médica. Estima-se que, na população geral de enlutados, 10% a 20% apresentem

sintomas de perturbação de luto prolongado, que se caracteriza por manifestações de intensa dor

emocional, forte anseio e dificuldade em aceitar a perda, perda de interesse e do sentido de vida,

bem como incapacidade social e funcional que se mantêm para além dos 6 meses após a morte.

Para além do sofrimento que lhe é inerente, este quadro acarreta uma elevada comorbilidade com

outras doenças mentais e físicas. Não obstante, as manifestações de luto não são adequadamente

reconhecidas e abordadas, quer em termos sociais, quer no contexto de cuidados de saúde. O

médico de família encontra-se numa posição privilegiada para identificar precocemente os casos de

risco de luto prolongado e agir preventivamente, evitando a instalação de quadros de perturbação

mental e a sobremedicalização do luto. Como tal, torna-se necessário desenvolver conhecimentos

acerca das principais trajetórias de luto, identificando e intervindo sobre os fatores mediadores e

dinâmicas psicológicas que subjazem às diversas reações individuais e familiares face à situação de

perda.

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WORKSHOP – Saúde Oral

Coordenação: José Frias Bulhosa

Médico Dentista. ACeS Baixo Vouga

WORKSHOP - Abordagem prática da sexualidade no dia-a-dia do Médico de Família

Coordenação: Grupos de Estudos da Sexualidade APMGF

Dinamizadores: Ana Filipa Vilaça

UCSP Murtosa, ACeS Baixo Vouga, ARS Centro

Carla Veiga Rodrigues

CHTMAD/ESSM/yosema

Magda Alves Simões

USCP Linda-a-Velha

A sexualidade humana constitui-se como um aspeto central na saúde e bem-estar do ser humano,

representando um determinante de saúde.

A Medicina Geral e Familiar é uma especialidade que se baseia na abordagem holística e

abrangente, prestando cuidados longitudinais desde o início de vida, passando pelo desabrochar da

puberdade, acompanhando a formação do casal, o início da parentalidade, até à terceira idade, fim

de vida e luto. Por sua vez, a sexualidade é uma parte integrante da saúde humana, estando

presente em praticamente todas as fases do ciclo da vida.

Segundo o estudo EPISEX-PT, publicado em 2011, 56% das mulheres portuguesas e 23,8% dos

homens portugueses têm problemas sexuais. É bem reconhecido o impacto das disfunções sexuais

na qualidade de vida individual e conjugal.

Nesse sentido, e dada a insuficiente formação ao longo da formação pré e pós graduada, torna-se

premente que o Médico de Família esteja preparado para esta abordagem.

São objetivos deste workshop capacitar os formandos para uma abordagem sistemática da

sexualidade, de modo a fornecer as ferramentas necessárias para o seu dia-a-dia em consulta.

Capacitar para a abordagem das principais disfunções sexuais. Reconhecer critérios para

referenciação para outros profissionais de saúde.

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WORKSHOP - Úlceras arteriais e venosas do membro inferior- diagnóstico e orientação

Coordenação: Grupos de Estudos em Medicina Rural APMGF

Dinamizadores: Inês Madanelo

Médica Interna de MGF. UCSP Vouzela, ACeS Dão-Lafões

Tiago Sanches

Médico Interno de MGF. UCSP Vouzela, ACeS Dão- Lafões

Tiago Mendes

Médico de Família. USF Matriz - Arraiolos, ACeS Alentejo Central

Natália Santos

Cirurgiã Geral. Centro Hospitalar Tondela-Viseu

As úlceras do membro inferior são um problema comum nos Cuidados de Saúde Primários,

particularmente em zonas rurais pelas suas populações idosas, com multimorbilidade.

O sucesso clínico do tratamento das úlceras do membro inferior é altamente condicionado pelos

corretos e rápidos diagnóstico e orientação. Os outcomes desfavoráveis diminuem a qualidade de

vida do doente, podendo originar dor crónica, limitação funcional ou mesmo amputação de

membro.

O MF deve deter conhecimentos e estar capacitado para intervir prontamente na “sala de pensos”

da sua unidade, evitando desnecessárias referenciações a serviços de urgência muitas vezes

distantes e com longos períodos de espera.

São objetivos deste workshop distinguir e caracterizar os diferentes tipos de úlcera do membro

inferior, avaliar o risco de úlcera do membro inferior, conhecer as diferentes abordagens

terapêuticas das úlceras do membro inferior e conhecer os diferentes tipos de pensos e adequá-los

às necessidades.

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18:00 – 19:30

WORKSHOP - Liderança 1.0.1 – importância em Medicina Geral e Familiar

Dinamizadores: Maria João Nobre

Médica de Família. ASPIRE Global Leaders Program

Pedro Alves

USF Mirante, ARS Algarve

Susana Pereira Costa

Médica de Família. USF Mirante, ARS Algarve

Emanuela Gomes

USF Novos Rumos, ARS Norte.

A Organização Mundial de Médicos de Família (WONCA) afirmou recentemente que “o treino em

liderança tem impacto direto na capacidade dos médicos para a melhoria contínua dos sistemas.”

Tendo em mente este objetivo, este workshop pretende definir “líder”, liderança” e as suas

características e visa a recolha de sugestões relativas a possíveis atividades futuras sobre este

tema. No final deste workshop os participantes deverão estar capacitados a reconhecerem as suas

competências em liderança, além de fazer um levantamento das suas necessidades formativas.

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WORKSHOP - Abordagem da insónia nos cuidados de saúde primários

Coordenação: Grupo de Estudos de Saúde Mental APMGF

Dinamizadores: Cláudia Penedo

Médica de Família. USF Emergir, ACES Cascais

Diana Manso

Médica de Família. Hospital Ruber Juan Bravo, Madrid

Luís Amaral

Médico Interno de MGF. USF Serra da Lousã

Luís Heitor

Médico de Família. USF Marginal, ACES Cascais

Paulo Guedes

Médico Interno de MGF. USF Horizonte, ULS Matosinhos

A insónia pode ser definida como a perceção subjetiva de dificuldade na iniciação, duração,

consolidação ou qualidade do sono que ocorre apesar da oportunidade adequada para o sono, e

que resulta em alguma forma de limitação durante o dia.

As estimativas de prevalência variam de acordo com o desenho do estudo e definição de insónia

utilizada. No entanto, um terço a dois terços dos adultos referem sintomas de insónia de qualquer

gravidade e aproximadamente 10 a 15% insónia crónica com consequências diurnas. Esta é uma

das queixas mais comuns nos cuidados de saúde primários, sendo responsável por um elevado

número de consultas e prescrição de benzodiazepinas.

A abordagem da insónia deverá passar sempre por uma história clínica, avaliação completa com

boa caracterização semiológica para garantir o seu correto diagnóstico. Só assim será possível uma

abordagem terapêutica individualizada, combinando as diferentes estratégias não farmacológicas e

farmacológicas disponíveis para potenciar a melhoria do utente.

Pretende-se com esta formação a aquisição de competências na identificação das características

dos principais tipos de patologia do sono, assim como a reflexão sobre as várias abordagens

terapêuticas disponíveis.

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WORKSHOP - A arte de tratar com Grupos Balint – uma perspetiva prática

Coordenação: APGB/APMGF

Dinamizadores: Iwona Tomczak

Médica de Família. UCSP Alvalade, ACES Lisboa Norte. Membro e Facilitadora de um

Grupo Balint

Jorge Brandão

Médico Assistente Graduado de MGF. Vice-presidente da Federação Internacional

Balint. Membro e Facilitador de um Grupo Balint

Magda Alves Simões

Médica de Família. UCSP de Linda-a-Velha, ACES Lisboa Ocidental e Oeiras. Membro

de um Grupo Balint.

Carolina Abreu

Médica Interna de MGF. USF São Julião, ACES Lisboa Ocidental e Oeiras. Membro de

um Grupo Balint.

Michael Balint desenvolveu um método inovador para estudar a relação médico-utente. Pretendia

transpor alguns dos fundamentos da psicanálise para a prática clínica diária. Assim surgiram os

Grupos Balint (GB), uma forma de prática reflexiva grupal onde se discutem casos clínicos

vivenciados pelos participantes. A principal tarefa destes grupos é a análise da relação médico-

utente. Proporcionam um espaço seguro onde podem expressar-se dificuldades e emoções

decorrentes de um dado encontro clínico. Posteriormente, a situação é comentada e analisada.

Nos GB, as interrupções, críticas e conselhos são desencorajados e a segurança do grupo é

mantida através de diretrizes claras sobre confidencialidade e respeito. Representam, assim, um

meio estruturado para discutir dificuldades, promover o autoconhecimento profissional, partilhar

ideias e emoções e quebrar o isolamento e solidão em que o exercício da Medicina Geral e Familiar

ainda é muito praticado.

Pretende-se com este workshop permitir a participação experimental num GB, compreender a sua

dinâmica de funcionamento e adquirir através da experiência grupal novas formas de pensar e

gerir encontros difíceis na prática clínica.

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WORKSHOP - Entrevista clínica de um adolescente em MGF

Coordenação: Grupo de Estudos da Família APMGF

Dinamizadores: Ana Rita Matos

USF Lusa

Clara Gonçalves

UCSP Barcarena

A adolescência é uma fase conturbada com alterações bio-psico-sociais que interferem no bem-

estar individual, com alterações da dinâmica familiar. Torna-se importante avaliar estas dimensões

na tentativa de melhorar os cuidados em saúde, tornando o tripé assistencial mais efetivo (médico

de família - MF, família e adolescente), com responsabilização e tarefas diferentes para cada

interveniente.

Pretende-se alertar os profissionais de saúde para a utilização de ferramentas que melhorem a

entrevista clínica com o adolescente: HEEADSSSS, triângulo (família-amigos-escola) e

instrumentos de avaliação familiar. Sensibilizar o papel do MF na identificação e prevenção de

problemas nesta faixa etária. Discussão da aplicação prática na consulta diária do MF.

A intervenção e acompanhamento do crescimento individual durante a adolescência pressupõem

ganhos em saúde, como prevenção primordial, evitando o aparecimento de fatores de risco para

diversas patologias, sobretudo em saúde mental. O MF encontra-se num papel importante na

identificação e entrevista clínica, dado que mantém cuidados longitudinais a toda a família, com

privilégio do acompanhamento individual de um adolescente.

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WORKSHOP - Insulinoterapia em pessoas com diabetes mellitus tipo 2 – uma opção

terapêutica ao alcance de qualquer médico de família

Coordenação: Grupo de Estudos da Diabetes APMGF

Dinamizadores: Ângela Santos Neves

Médica de Família. USF Araceti, ACeS Baixo Mondego

Manuel Rodrigues Pereira

Médico de Família. UCSP de Alcochete, ACeS Arco Ribeirinho

Miguel Cancela

Médico de Família. UCSP Oliveira do Hospital, ACeS Pinhal Interior Norte

Pedro Augusto Simões

Interno de Medicina Geral e Familiar. USF Pulsar, ACeS Baixo Mondego

Diversos estudos suportam a necessidade de uma terapêutica atempada com insulina em pessoas

com diabetes mellitus tipo 2. Tal revela-se muitas vezes fundamental para atingir um eficaz

controlo da glicemia, para prevenção das complicações da doença e também para tentar prolongar

a capacidade beta-pancreática, sendo que não deve ser encarada como um último recurso, mas

sim como uma opção terapêutica nas diversas fases da história natural da doença.

A eficácia terapêutica com insulina não depende só das suas caraterísticas intrínsecas, dependendo

também de caraterísticas associadas ao doente e à equipa de saúde. As caraterísticas associadas

ao doente são: aceitação da terapêutica; sua execução correta; determinação adequada das

glicemias capilares; capacitação para titular a dose de insulina de acordo com as glicemias

capilares que verifica. As associadas à equipa de saúde são: esclarecimento da necessidade da

terapêutica insulínica; desmontagem dos falsos mitos e receios; educação terapêutica; ensino da

sua administração; informação dos sinais e sintomas da hipoglicemia, sua prevenção e tratamento;

capacitação dos doentes na titulação da dose de insulina; disponibilidade do atendimento;

prescrição adequada do tipo de insulina, com atenção à necessidade da sua intensificação de

acordo com o controlo metabólico a atingir.

Pretende-se com este workshop identificar as diferenças entre os vários tipos de insulinas e

capacitar os médicos no uso de insulina, através da desmistificação de mitos e receios.