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NÚMERO i 34 Quinta-feirà, 25 de Julho dc 191S ANO III I <^c> W * v Orgão do Partido Kepuhlicano Português, DIRÉTOR POLÍTICO—Manuel Tavares Paulada Secretario da Redáção—José Joaquim Gregorio Não serão restituidos os autógrafos embora não publicados' ASSINATURAS— (Pagamento adiantado) Ano, 1$; semestre, £50. Para fóra: Ano, 1<$2Ò; semestre, ,§60; avulso, ?)02. PUBLIGAÇÕES— —Anúncios, $ 0 .6 .. a linha; permanentes, contrato especial. Comunicados, $08 a linha. PUBLICAÇÃO SEMANAL Propriedade do. CENTRO REPUBLI CANO* DEMOCRÁTICO; ALDEGALEGA, ADMINISTRADOR «Joaquim Maria Gregorio Èdjtof—Joaquim Miaria Gregorio. Endereço telegráfico*—R a z ã » — Aldegalega. A eorrespon;deacia deve ser dirigida ao dirétor,v Redáção e Administração—A. A. José d’Almeida-—Aldegalega- Composição e impressão, rua Almirante Cândida dos Reis, 126, ............... ' O o_ -Aldegalega, Bxpedíente Por motivos estranhos ã nossa vontade a cobrança da assinatura do uosso semana- rio não tem sido feita oom regularidade o que deu em resultado chegar a acuinu- larciu-se as assinaturas de dois semestres. A&sn de evi- tar mal entendidos preveni- mos deste facto os nossos es- timáveis assinantes, a quem apresentamos as nossas des- culpas, pedindo aqueles que, por ventura, uão desejarem continuar eom a assinatura do presente semestre, o fa- vor de nos devolverem o jor- nal. A situa= çao il Aldegalega:, a vila maioi' e quiçá a mais, importante do Ri- batejo, senão dte páiz? tanto jpe-: lo seu comercio como pela sua industria e agricultura, podia e devia hoje ter todas as suas ruas eanajisadas e limpas para que as numerosas pessoas- que- anu- almente a visitam não tives- sem motivos par-a dizer que é uma terra suja.. Podia e devia ter um caes mais vasto e mais acostaveí para que, como por vezes tem: stacedido, não se ava- riem,. uns contra os outros por faLta de espaço, os muitos bar- cos que nele se abrigam d’os venda vaes ou que nele vão an- corar esperando a vez de reco- meçar a sua labuta. Podia e de- via ter um matadouro munici- pal, moderno, onde fôsse aba- tido todo o’ gado destínadó ao consumo publico, não somente para beneficio da sua população mas tambem para interesse da sua maior industria que tanto mais se desenvolverá e prospe- rará quanto mais conhecida e acreditada ela estiver. Podia e devia ter uma Escola-Central, um edificio escolar modelo, com tòdas as modernas condições hi- giénicas e pedagógicas, onde se instruíssem e educassem os nos- sos filhos otí os nossos netos que por ahi se definham e es- tiolam. em casebres acanhados sem ar e sem luz. Podia e devia ter, ainda, um mercado para venda de peixe,, carne, frutas, hortaliças, etc., feito em ferro e alvenaria, con- forme o projecto mandado ela- borar pela vereação democratir ca logo no início da sua geren- ciia. Podia e devia ter, em su- ma,.muitos outros melhoramen- tos g- comodidades que já hoje se vèem em; ostras vilas e al- deias,, aliás, mais pequenas e> menos importantes do que esta.. Mas tudo isso e ainda mais, que o grupo de cidadãos que com- pynha.m a vereação democráti- ca pensou- fe-var a* efeito, conj. seu pequeno imposto,, tudo feso, que era importante e grandioso, ficou apenas n a s ... boas inten- ções desses cidadãos, mercê da campanha que lhes foi movida pelos «bons» patriotas, e ago- ra será difícil, por virtude dç circumstancias varias, fazgy- d"e A Idegalega uma terra asseada e atrahcnte. como já. devia estar, .'.fim de se tornar bem conheci- da e visitada e para se desfazer, mesmo,, por completo, a. má. impressão que, acerca dela, aia* da muita gente tem julgando que isto aqui. é alguma aldeia sertaneja.. ( Qonrinúa), - - ------------ ----------- ------ Cu.r.bts minha terra; 11: Meia hora depois-,.debatia me naavasf eas da, agonia, as lavagens de es tom a- go sucediam-se e aquela tragédia teve : este epilogo -—estar tpez vez-es-de ca - ma, com o< corpo interiormente todo es- frangalhado. Foram li mezes de supli- cio, dòres e sofrimentos O cancro: gobs - tinuava na sua marcha assustadora a julgava-ma perdido. D ’ali só para. a, sala comum, pensava. Fm dia, porém, um facho- de lua iluminou aquele ca>- trei um redator da Van.guardfa, de-: M a - galhães Lima foi vizitar me para me ouvir .acerca d» envenenamento,, e levar o cazo para aquele jornal, o que suce- , deu. Desse rapaz ouvi palavras de es- perança e conforto; «agarre-se aos mé - dicos, disse me, implore o cuidado pre- ciso’ para o seu tratamento, creia, na sciencia e hade restabelecer-se e p<o h- . nal abraçar me-ba na redáção, valeu?» «Está dito», respondi lhe. E’ aquele rapaz e retirou. Fiquei a raciocinar Da- quele «agarre-se- aos- médicos, e-r-oi-a. na sciencia». Como podia ser deus , pensava, é superior a tudo, só ele me podia salvar. Qual medico, q-ua.l scien- cia, aq.u.el.e profa.no, v,eip epga.nar-me.' isâo! Acima aos medícos s da sciencia, está fletis- Dias' depois aparecia pelo correio a Vanguarda cota as. seguintes indieaçôes:; Ao doente N 0 29-, enfermaria, S. Ro- que, hospital, do Desteijpo—Lisboa, e no verso «li.emete gratuitamente um missionário da Liberdade». - Esse jornal lio-o sofregamente-.. Relatava, ent.âp os grandes crimes dos padres, de Mil&a as grandes rou- balheiras qne os jesuitas faziam por esse mundo e as grandes atrocidades russas que o fanatismo tirânico,dos, au- tocratas d’aquele paiz, punham aro, pratica contra os liberais e que eram, n’essa epoca o assombro da Humanida; de. Boto Machado -e He li pd oro. Salgado, entregavam-se á propaga-índ&.atóifite,rfc cal e o relato das suas conferencias, e- ram grandes ensinamentos para os vin- douros.. Com aquela leitura diaria o es- pírito mudou-.se-, duvida entrou no cerebro e deus começava sendo para mim um monstro. Pois que? pensava, deus a quem tanto implorava a saude, abandonava um sen servo fiel, consen- tia que fosse eny,e.n,en,adft e, s.o.b,retudQ, não lhe dava- remedio eficaz para o cancro? E o «agarre-se aos médicos e creia na sciencia» passam a ser a mi- nha preocupação. A . esperança na sciencia dava-me. conforto, e uma. vontade de rezistir contra a desgraça, dedicação• umjíí© . àprâciavel, do Dr. Nuno. porto., conse- guir-salvar-roe da puenmonia e depois do envenamento. Tres mezes depóis quando me levan- tei pela primeira vez, houve uma y-er- dadèira alegria naquela caza. Médicos e eiftermeiros eoiii partilhavam da meu contentamento. e alguns, dias- depois, a um pedido, era, transferida para a hos- pital da S. Jós-é e ali submetido, a-uma operação* ia^liadr.asis&inaa para, exira,- ção do cancro e-e m que tomaram par - ta muito importante os ilustres clínicos Ate ve do Nèves, Iíermana Medeiros, e Sofia Quintino, meus verdadeiros sal- vadores,-. Depois da operação, o local generalizou-se em lúpus, doença terri? ve! © horrorosa, que atirava para os. cemiterios anualmente caatenas. de pes.-. soas. Essa. doença, era, incurável. Não desmereceram;, ppr,em, esses tres benerneritos da Jliiífianidadé, Azevedo Nev.es havia regressado dá Alemanha onde tinha estudado o trata- mento, dó lúpus- pelo Eaios Ficen e num edificio anexo áqiielè hospital es- tava sendo instalado um Instituto para esso fim. Ali-estive durante tres anos, e todo o pessoal laico composto de se- nhoras e dos tres medioos acima, foram duma dedicação esmer-adissima. Deles guardo gratas recordações. E.aqui tem, você se me tenho entregado s. deus., ter- me-ia levado o diabo i Isso já. tinha de ser . ... Bolas! Então já tinha de ser? e se continuasse a. rezar a a. aâ«. agarrar-me aos médicos-a á.-í3oianciá já. estaria feito em nada. Sim! porque foi, uma par.voice minha ter ido para o- hospital. Se a crença era absoluta em deus , dever-me-hia, conservar em caza e aguardar que a provid&g,çi.ã dç r deus me t.rouxesçe a saude. Artur J. Oliveira. ( Continua) CARTEIRA ELEGANTE Aniversariou, Fizeram anos: N& dia. 11 a menina Aurora de O li- veira, filha do nosso presado amigo a correligionário Martinhp da.Costa Qii:,.. veira e o, nosso, ilustre anjigo ft,.correli-i gionario D 1 '- Gabriel da Fonseca^ digno, advogado ,e notário nesta comarca., — No-di-a 1Õ...0, nosos presado amigo . J.psé Filipe Barata Júnior.-. — No dia 1G a Sr.a D. BBató^.Au-,. gusta da. Ascensão Ramalhete. — No di-a 19 a Sr.,a D. Guilhermina- dos Santos Silva. -^ No dia 20 o nosso particular ami - go e assinante Justiniano Antonio Gou- veia. —No dia 21 a menina Lucinda Adeli-;- n.a..Èerrefra,iíialpÍQ, íilbfi do noaso dudi^, cado amigo e correligionário José Au- Saloio... Fazem, anos: Hoje a sr,® D- Leonpj; FialhiP Caria., Na terça-feifa o nosso particular amigo- e. cprreligionario Eugênio André dos. S-sntos. As nossas-felicitaç5es. N. da R.i=Por um lamentavel la- pso não se publicou nos dois últimos números de «A Razão» a «Carteira e- legante» de que pedimos: desculpa aos, nossos leitores. e.vMcâieiasí. Antonio Maria Gouveia Por virtude de uma impertinente d.o-,. ença tem passado mal, achando-sa, no , entaoto, um pouco melhoro nosso pre-v sado amigo a correligionário Antonio - Maria Gouveia. Fazemos, votps para, qua o iíqs- so , amigo entre o mais de- pressa possivel nutnn, franca, convales- cença, Umpez.a das ruas Pedem'nos para chamarmos a aten- ção da digna comissão, administrativa para o estado vergonhosissimo em que se encontra o Bairro Serrano, onde chamam q A!,to do Pir>a, por onde. não. passárai os. homens da limpeza, desde, que a mesma comissão tomou posse, líiformam-nos que um individuo. daque - le sitiei,, em vjirtude de tal desleixo, re- solveu faze* a, limpez.a. por sua contaK aproveitando o lixo para as. suas pro< griedades, mas. este serviçoj (jue á pri*.

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NÚMERO i 34 Q u inta-fe irà , 25 de Julho dc 191S ANO III

I < c> W * v

O rg ã o d o P a r t i d o K e p u h l i c a n o P o r t u g u ê s ,

D I R É T O R POLÍTICO— Manuel Tavares Paulada Secretario da Redáção— José Joaquim Gregorio

Não serão restituidos os autógrafos embora não publicados' A S S I N A T U R A S — (Pagamento adiantado) Ano, 1 $ ; semestre, £ 5 0 . Para fóra: Ano, 1<$2Ò; semestre, ,§60; avulso, ?)02. P U B L I G A Ç Õ E S ——Anúncios, $ 0 .6 .. a linha; permanentes, contrato

especial. Comunicados, $08 a linha.

P U B L IC A Ç Ã O S E M A N A LPropriedade do.

C E N T R O R E P U B L I CANO* DEMOCRÁTI CO; A L D E G A L E G A ,

ADMINISTRADOR «Joaquim Maria Gregorio Èdjtof—Joaquim Miaria Gregorio.

E ndereço telegráfico*— R a z ã » — Aldegalega.A eorrespon;deacia deve ser d ir ig ida ao dirétor,v

R edáção e A d m in is tra çã o — A. A. José d ’Almeida-— Aldegalega- Composição e im pressão , r u a A lm iran te C ând ida dos Reis,

126, ............... 'O o_ -Aldegalega,

BxpedíenteP o r m o t i v o s e s t r a n h o s ã

n o s s a v o n t a d e a c o b r a n ç a da a s s in a t u r a d o u o s s o s e m a n a ­r io n ã o t e m s id o f e i t a oom r e g u la r id a d e o q u e d e u em r e s u l t a d o c h e g a r a a c u in u - l a r c iu - s e a s a s s in a t u r a s d e d o i s s e m e s t r e s . A&sn d e e v i ­ta r m a l e n t e n d i d o s p r e v e n i ­m o s d e s t e f a c to o s n o s s o s e s ­t im á v e i s a s s i n a n t e s , a q u e m a p r e s e n t a m o s a s n o s s a s d e s ­c u lp a s , p e d i n d o a q u e le s q u e , p o r v e n t u r a , u ã o d e s e j a r e m c o n t in u a r e o m a a s s in a t u r a d o p r e s e n t e s e m e s t r e , o fa ­v o r d e n o s d e v o l v e r e m o j o r ­n a l .

A situa=çao

i l

Aldegalega:, a vila maioi' e quiçá a mais, importante do Ri­batejo, senão dte páiz? tanto jpe-: lo seu comercio como pela sua industria e agricultura, podia e devia hoje ter todas as suas ruas eanajisadas e limpas para que as numerosas pessoas- que- anu­almente a visitam não tives­sem motivos par-a dizer que é uma terra suja.. Podia e devia ter um caes mais vasto e mais acostaveí para que, como por vezes tem: stacedido, não se ava­riem,. uns contra os outros por faLta de espaço, os muitos bar­cos que nele se abrigam d’os venda vaes ou que nele vão an­corar esperando a vez de reco­meçar a sua labuta. Podia e de­via ter um matadouro munici­pal, moderno, onde fôsse aba­tido todo o’ gado destínadó ao consumo publico, não somente para beneficio da sua população mas tambem para interesse da sua maior industria que tanto mais se desenvolverá e prospe­rará quanto mais conhecida e acreditada ela estiver. Podia e devia ter uma Escola-Central, um edificio escolar modelo, com tòdas as modernas condições hi­giénicas e pedagógicas, onde se

instruíssem e educassem os nos­sos filhos otí os nossos netos que por ahi se definham e es­tiolam. em casebres acanhados sem ar e sem luz.

Podia e devia ter, ainda, um mercado para venda de peixe,, carne, frutas, hortaliças, etc., feito em ferro e alvenaria, con­forme o projecto mandado ela­borar pela vereação democratir ca logo no início da sua geren- ciia. Podia e devia ter, em su­ma, .muitos outros melhoramen­tos g- comodidades que já hoje se vèem em; ostras vilas e al­deias,, aliás, mais pequenas e> menos importantes do que esta.. Mas tudo isso e ainda mais, que o grupo de cidadãos que com- pynha.m a vereação democráti­ca pensou- fe-var a* efeito, conj. seu pequeno imposto,, tudo feso, que era importante e grandioso, ficou apenas n a s... boas inten­ções desses cidadãos, mercê da campanha que lhes foi movida pelos «bons» patriotas, e ago­ra será difícil, por virtude dç circumstancias varias, fazgy- d"e A Ide galega uma terra asseada e atrahcnte. como já. devia estar, .'.fim de se tornar bem conheci­da e visitada e para se desfazer, mesmo,, por completo, a. má. impressão que, acerca dela, aia* da muita gente tem julgando que isto aqui. é alguma aldeia sertaneja..

( Qonrinúa) ,

- ------------- ----------- ------

Cu.r.bts minha terra;

11:

Meia hora depois-,.debatia me naavasf eas da, agonia, as lavagens de es tom a- go sucediam-se e aquela tragédia teve

: este epilogo -— estar tpez vez-es-de ca­ma, com o< corpo interiormente todo es­frangalhado. Foram li mezes de supli­cio, dòres e sofrimentos O cancro: gobs- tinuava na sua marcha assustadora a julgava-ma perdido. D ’ali só para. a, sala comum, pensava. Fm dia, porém, um facho- de lua iluminou aquele ca>- trei um redator da Van.guardfa, de-: Ma­galhães Lima foi vizitar me para me ouvir .acerca d» envenenamento,, e levar o cazo para aquele jornal, o que suce-

, deu. Desse rapaz ouvi palavras de es­perança e conforto; «agarre-se aos mé­dicos, disse me, implore o cuidado pre­ciso’ para o seu tratamento, creia, na sciencia e hade restabelecer-se e p<o h-

. nal abraçar me-ba na redáção, valeu?» «Está dito», respondi lhe. E ’ aquele rapaz e retirou. Fiquei a raciocinar Da­

quele «agarre-se- aos- médicos, e-r-oi-a. na sciencia». Como podia ser deus, pensava, é superior a tudo, só ele me podia salvar. Qual medico, q-ua.l scien­cia, aq.u.el.e profa.no, v,eip epga.nar-me.' isâo! Acima aos medícos s da sciencia, está fletis-

Dias' depois aparecia pelo correio a Vanguarda cota as. seguintes indieaçôes:; Ao doente N 0 29-, enfermaria, S. Ro­que, hospital, do Desteijpo—Lisboa, e no verso «li.emete gratuitamente um missionário da Liberdade».

- Esse jornal lio-o sofregamente-..Relatava, ent.âp os grandes crimes

dos padres, de Mil&a as grandes rou­balheiras qne os jesuitas faziam por esse mundo e as grandes atrocidades russas que o fanatismo tirânico,dos, au- tocratas d’aquele paiz, punham aro, pratica contra os liberais e que eram, n’essa epoca o assombro da Humanida;de.

Boto Machado - e He li pd oro. Salgado, entregavam-se á propaga-índ&.atóifite,rfc cal e o relato das suas conferencias, e- ram grandes ensinamentos para os vin­douros.. Com aquela leitura diaria o es­pírito mudou-.se-, duvida entrou no cerebro e deus começava sendo para mim um monstro. Pois que? pensava, deus a quem tanto implorava a saude, abandonava um sen servo fiel, consen­tia que fosse eny,e.n,en,adft e, s.o.b,retudQ, não lhe dava- remedio eficaz para o cancro? E o «agarre-se aos médicos e creia na sciencia» passam a ser a mi­nha preocupação.

A . esperança na sciencia dava-me. conforto, e uma. vontade de rezistir contra a desgraça, dedicação• umjíí©. àprâciavel, do Dr. Nuno. porto., conse­guir-salvar-roe da puenmonia e depois do envenamento.

Tres mezes depóis quando me levan­tei pela primeira vez, houve uma y-er- dadèira alegria naquela caza. Médicos e eiftermeiros eoiii partilhavam da meu contentamento. e alguns, dias- depois, a um pedido, era, transferida para a hos­pital da S. Jós-é e ali submetido, a-uma operação* ia^liadr.asis&inaa para, exira,- ção do cancro e-e m que tomaram par­ta muito importante os ilustres clínicos Ate ve do Nèves, Iíermana Medeiros, e Sofia Quintino, meus verdadeiros sal­vadores,-. Depois da operação, o local generalizou-se em lúpus, doença terri? ve! © horrorosa, que atirava para os. cemiterios anualmente caatenas. de pes.-. soas.

Essa. doença, era, incurável.Não desmereceram;, ppr,em, esses

tres benerneritos da Jliiífianidadé,Azevedo Nev.es havia regressado dá

Alemanha onde tinha estudado o trata­mento, dó lúpus- pelo Eaios Ficen e num edificio anexo áqiielè hospital es­tava sendo instalado um Instituto para esso fim. Ali-estive durante tres anos, e todo o pessoal laico composto de se­nhoras e dos tres medioos acima, foram duma dedicação esmer-adissima. Deles guardo gratas recordações. E.aqui tem, você se me tenho entregado s. deus., ter- me-ia levado o diabo i

Isso já. tinha de ser. ...

— Bolas! Então já tinha de ser? e se continuasse a. rezar a a. aâ«. agarrar-me aos médicos-a á.-í3oianciá já. estaria feito em nada. Sim! porque foi, uma par.voice minha ter ido para o- hospital. Se a crença era absoluta em deus, dever-me-hia, conservar em caza e aguardar que a provid&g,çi.ã dç

r deus me t.rouxesçe a saude.Artur J . Oliveira.

( C ontinua)

CA RTEIRA ELEGANTE

A n iv e r s a r io u ,Fizeram anos:N& dia. 11 a menina Aurora de O l i ­

veira, filha do nosso presado amigo a correligionário Martinhp da.Costa Qii:,.. veira e o, nosso, ilustre anjigo ft,.correli-i gionario D 1'- Gabriel da Fonseca^ digno, advogado ,e notário nesta comarca.,

— No-di-a 1Õ...0, nosos presado amigo . J.psé Filipe Barata Júnior.-.

— No dia 1G a Sr.a D. BBató^.Au-,. gusta da. Ascensão Ramalhete.

— No di-a 19 a Sr.,a D. Guilhermina- dos Santos Silva.

-^ No dia 20 o nosso particular ami­go e assinante Justiniano Antonio Gou­veia.

— No dia 21 a menina Lucinda Adeli-;- n.a..Èerrefra,iíialpÍQ, íilbfi do noaso dudi^, cado amigo e correligionário José Au-

Saloio...F a z e m , a n o s :Hoje a sr,® D- Leonpj; FialhiP Caria.,— Na terça-feifa o nosso particular

amigo- e. cprreligionario Eugênio André dos. S-sntos.

As nossas-felicitaç5es.N. da R .i=Por um lamentavel la­

pso não se publicou nos dois últimos números de «A Razão» a «Carteira e- legante» de que pedimos: desculpa aos, nossos leitores.

e.vMcâieiasí .

A n t o n i o M aria G o u v e ia

Por virtude de uma impertinente d.o-,. ença tem passado mal, achando-sa, no , entaoto, um pouco melhoro nosso pre-v sado amigo a correligionário Antonio - Maria Gouveia. Fazemos, votps para, qua o iíqs-so, amigo entre o mais de­pressa possivel nutnn, franca, convales­cença,

Umpez.a das ruas

Pedem'nos para chamarmos a aten­ção da digna comissão, administrativa para o estado vergonhosissimo em que se encontra o Bairro Serrano, onde chamam q A!,to do Pir>a, por onde. não. passárai os. homens da limpeza, desde, que a mesma comissão tomou posse, líiformam-nos que um individuo. daque­le sitiei,, em vjirtude de tal desleixo, re­solveu faze* a, limpez.a. por sua contaK aproveitando o lixo para as. suas pro< griedades, mas. este serviçoj (jue á pri*.

Page 2: 1G çao

t R .11.402

___N o ta s cm a na 1Soíòatlcs cie Portugal

De regresso da frente de ba­talha encontram-se nesta vila très fílhos de Aldegalega, um oficial e dois soldados, que nos campos da Flándres souberam honrar o nome português, di­gnificando o seu. São êles o al­feres miliciano de artilharia, José Pereira Fialho Junior; o primeiro cabo ciclista de infan­taria 2, Emidio Tobias e o sol­dado do mesmo regimento Ma­nuel Santana. O primeiro deles por varias vezes entrou em combate, portando-se sempre á altura dum verdadeiro oficial de profissão, pelo que recebeu varios galardões; os dois últi­mos tomaram parte no terrivel combate de 9 de abril em que as armas portuguêsas, numa lu­ta desigualissima sob o ponto de vista numérico, sofreram . um doloroso revez.

Fialho Junior vem, infeliz­mente, doente. Todos três incar­naram bem em si o valor dos filhos de Portugal, a sua valen­tia e 0 seu espirito de sacrifício quando a Patria reclama os seus serviços. Manuel Santana foi ferido por um estilhaço de granada. Encontram-se agora juntos de suas familias, sendo Fialho Junior a segunda vez que vem a Portugal.

A’s manifestações de simpa­tia com que Aldegalega recebeu os heroicos oficial e soldados associa-se «A Razão», esperan­çada em que os carinhos dos parentes e dos amigos e a sua­vidade do lar paterno trarão para os nossos patricios dias de paz e de ventura de que são absolutamente dignos depois dos sacrifícios dolorosissimos que passaram.

mei ra vista parece ser para agradece r , deixa muito a desejar , pois o referido individuo limita-se a levar o lixo, dei­xando pelo meio das ruas g rande quan­t idade de latas velhas, que são t r az i ­das do Porto da L a m a para ap rove i t a­mento da solda. D es t a fo rma não se e- vi ta que a Cama ra t e nha que fazer a despeza da limpeza; ficando, no entan­to, pr ivada da receita proveniente da venda dos lixos. E foi pa ra isto: que foi elevado o preço do lixo de 80 cen­tavos pa ra 2/>50, cada car rada!

A n i v e r s a r i o

• Completou, o seu 17.° ano de ex i s­tencia o nosso colega local « 0 D om in ­go». Por tal motivo apresentamos as nossas felicitações ao seu proprietário e d ir ec to r , nosso presado amigo, sr. Josó Augus to Saloio, desejando-lhe e ao seu semanario longa vida e p rospe­r idades.

12’ sempre assiin

Consta nos que esteve pa ra ser p u ­blicado ha dias una decreto fixando os preços por que deviam ser vendidos ao publico os der ivados do porco como chouriço, toucinho,_ banha, etc. , mas que, devido a influencias várias, esse dec reto ficou de quaren tena até fins de agosto ou principios de se tembro que é ectào quando, segundo as informa­

ções que temos, ele deverá ser publ i ­cado.

E ’ sempre assim, quando se trata de beneficiar p g rande consumidor que é o povo. Quando j á não houver nenhum toucinho do qne es tamos comprando ahi nas lojas a um escudo e t r inta e seis centavos cada quilo; nenhu ma ba ­nha da que se es tá vendendo a um es ­cudo e vinte e oito centavos; nenhum chouriço do que hoje se come (os que comem) a dois escudos e vinte e qua ­tro centavos, então sim, então a p a r e ­cerá o decreto. E ’ isto: como se t r a t a ­va. d ’uma lei que favorecia o povo, surgi ram logo de todos os lados os se­us bemjeitores a a judai o a viver.

Que descaramento!

0 orgão oficioso do sr. major , á laia de- reclamo, apon ta os altos serviços pres tados e a p res t a r ao paiz pela r e ­p u b l i c a . . . de rapazes, que nos desgo­verna, e enumera os des t ’ar te:

Protecção aos indigentes , de fórma que já quaai não existe miséria;

Projectos de creches e bairros ope­rários;

Campos de recreio pa ra t rabalhado-Cinco mil contos de escolas p r ima ­

rias;Sopas gratui tas ;Pão inais barato;Generos al imentícios a preços r edu­

zidos,E ' assim que os homens d a , . . nova

falam. 0 povo, porêm, sabe tão bem como nós,, até que ponto são ve rdade i ­ras as suas afirmações. Não vale a pa ­na, por isso, fazer eotnetííarios.

B3orácio Saloio

F ez exs rae .d e admissão á Escola de Oficiais Milicianos, tendo ficado apro ­vado, o nosso dedicado amigo Horacio Fe r re i r a Saloio, filho do nosso presado, correligionário e amigo José Augusto Saloio, di r ector do nosso confrade lo­cal « 0 Domingo». A ambos as nossas sinceras felicitações.

«Soão Carlos Marques

Mais uma vez o nosso querido cor­respondente em Lisbôa e dedicadíssimo correligionário foi vexado pelos apani ­guados de Sidonio Pais. Depois de o te rem reduzido á misér ia, encareeram- no, p rocurando assim v ê r se lhe opri­mem a consciência e se lhe tapam a bôca, como se a independencia de c a ­rac ter dos republicanos se parecesse em alguma coisa com a dos da si tuaçãô.

«B oletim do A bastecim ento»Recebemos este boletim cuja publ i­

cação se encetou em Maio do ano cor ­rente e que const i tne uma publicação oficial da Sec re tar i a de Es tado das Sub- sistencias.

E>r. Gabriel da Fonseca

E m viagem de tur ismo saiu desta vila para o Bussaco o nosso i lustre a- migo e presado correligionário Dr . G a ­briel da Fonseca , acompanhado de sua E x . ma Esposa .

Celeiro m unicipal

Agora , que está j á ext into o Sec re ­tar i ado das subsis tencias , é que a Co­missão adminis t ra t iva se lembrtíu de cr ia r aqui o celeiro municipal . Emfim, mais vale t arde que nunca, como diz a «Sabedor ia das nações».

Sc-gundo consta , para o referido ce­leiro, j á foram ou vão se r feitas as s e ­guintes nomeações: Para fiscaes, com a r emuneração anual de 150 es cu ­dos, os srs. Manuel Cipriano Pio, que era já empregado da comissão de ab a s ­tecimentos que se diluiu sem ninguém dar por isso, e José Seque i ra Junior , o que esteve na thesoura r ia de f inan­ças; para gu a rd a do a r ma zé m que vâi

ser mobil izado e que nos dizem ser o do Sr. José Antonio dos Reis, o em­pregado deste senhor Manuei Rodr igues Brandão , t am bem com 150 escudos anualmente; e para organisa r e fazer a escr ipta o Sr. Antonio da Cunha , e m ­pregado do Sr. Izidoro Maria d ’01i- vei ra com a r emuneração anual de 180 escudos.

Consta nos egua lmente que devem tambem fazer par te do dito celeiro, se­gundo o decreto que os inst i tuiu, o sr. Thesoure i ro de finanças, com a r e m u­neração mensal de 45 escudos, e um dos vogaes da comissão admini st r at iva que será o S r . Jul io Pe re i r a N e p o m u ­ceno,’ com a grati f icação anual de 250 escudos, mais nos cons tando qne devem ser ainda nomeados quatro homens para fazerem a lavagem do t r igo qne ha de ser enceleirado, não se sabendo, por em ­quanto, qual se rá a r emuneração d ’es tes.

Emf im, com toda es tâ gente a t r a ­ba l ha r para nós, depinteressadamenie, é de e spe ra r que depois das debulbast-— e muito desejamos que assim seja;— tenhamos pão com mais f a r tu ra e por preço mais convidat ivo.

Nascimento

Deu á luz uma robusta cr iança do sexo mascul ino a esposa do nosso bom amigo e correligionário, sr. Francisco T av a re s Balisa, a quem apresentámos as nossas felicitações,

H enrique Mõra

Es te ve na passada semana nes ta vi­la o sr . Henr ique Móra, digno- tenen te de engenharia , ha pouco regressado da frente de batalha ocidental , aonde de ­ve regressar , finda a l icença que se a- eha gosando.

O que é o m u n d o ...

Pelo imposto caes creado pela v e re a ­ção democrat i ca com o fim de aplicar o seu producto em melhoramentos loca- es, cada caixa, canas t ra ou cesto com fruta pagava 5 réis; cada saca de e r ­vilha, fava ou feijão 5 réis; cada saca de miiho, trigo ou far inha 10 réis;, ca- porco morto 10 réis; idem vivo 5 réis; óada póte com banha 10 réis; cada pa­nela ou lata 5 réis; cada saca com tou­cinho 10 réis; cada lombo 5 réis, e tudo o mais, assim. E ra , como vêem, uma insignificancia mas apesa r de ser uma insignificancia que se des t inava a melhoramentos da nossa terra, que bem precisa deles, nâo se canea ram os «pa­tr iotas» de g r i t a r que e ra uma exorbi- tancia e que esse imposto m a t av a a agr icul tura.

Ternos agóra, feito pela camara no­va, ò «beneficio» á mesma agr icul tura de IDO réis em. cada litro de ag ua rd en­te e de 40 réis em cada alqueire de tr igo (em cada alqueire, r eparem bem, quando o imposto lançado pelos de m o­cráticos era de 10 réis em cada saca de 100 litros) e t ivemos j á , logo no co­meço da gerencia da - «gente rica», o grande beneficio á di ta ag ri cu l tura do aumento de 1 escudo e 70 centavos em cada ca r rada de lixo que e ra adquirido pelos pequenos agr icul tores e, contudo, não vimos apa rece r ainda nehum dos taes am igos dessa agr i cu l tura a g r i ta r que a nova camara quiz ma ta la com esse impos to. . - E ’ assim o m u n ­d o . . . U m a coisa muito retorcida, nào é verdade?

Kempre fica ...

In fo rmaram-nos que o activo a d m i ­nis t rador d ’este concelho E x . mo Sr. J o ­sé Mariá de Mendonça, es teve resolvi­do aqui ha dias a pedir a demissão do seu cargo em v ir tude do decreto qne criou os celeiros municipais dar álgum t raba lho ás autor idades administ rat ivas.

T am b em estamos informados que tia, ul t ima reunião da comissão de abasteci ­mentos Sua E x 11 manifestara, ao p res i ­

dente da referida comissão pouca von­tade de ir a Canha proceder ao mani­festo dos cejreaes ali colhidos por se t r a t ar dum serviço que muito contraria Sua E x . a mas que, por lim, se resol­veu a ir e a desist i r tambem do seu pe­dido de dimissão em consequencia de ter sido publicado o decreto sobre a censura o qual incumbe esse serviço ás autor idades admini st ra t ivas com a re­muneração mensal de 15 escudos.

Pudéra , ele é barro! Mais trio- ta corôas por mez, alem da subvenção ordenado e r espet ivos.emolumentos, não é coisa que se despreze assim, sobre­tudo agora em que tndo está tão bara- ttvho , e por isso entendemos que fez muito bem Sua E x . a ter ficado.

Vamos progredindo. . .

Não ha duvida que o progresso da nossa te rra se vae ac en t uan do de dia pa ra dia depois que para a Camara foi a agente rica», £ tanto temos progre­dido qne, conforme vimos ha dias com estes que a t e r ra ha de comer , são já as senhoras obr igadas a va r r e r as ruas pa ra es tarem asseadas. Q u er n o s pare­cer , pelo que vimos n ’esse dia e pelo que temos visto de então para cá, que se cont inuar a se r o que tem sido até agora a l impeza da vila, não tardará muito que cada um de nós se vvja tambem obrigado a var re r o bocado que f i ca ,f ronteiro á sua casa, ou a pa­g a r a quem es te j a pelo ajuste dé fazer éssa va r redura . Ora pois. E ’ certo que as más l ínguas cont inuam a dizer por ahi que a nossa t e r ra anda agor» muito soja, mas a verdade é que nunca, como desde que ent rou a «gente rica», nós a vimos tão a s s e à d in h a . . .

O v a r e joIn formava ha dias «O Seculo» que

o varejo mandado fazer pelo governo ás mercear i as e armazéns de Lisbôa vae-se e s tender a todas as terras do paiz, começando pelas do dist ri to, ten­do sido feito j á no Barrei ro , Dáfundu, Loues , etc, e devendo b revemente pro- seguir no resto das localidades circum- vizinhas da capital .

Achamos bem que esse varejo se faça e como é natura l que Aldegalega, estej a t ambem incluida na lista dás terras que vão ser vare jádas , vis­to ser ci roumvizinha de L isboa, ante­c ipadamente preveuimos os fiscaes dos abas tecimentos incumbidos desse ser­viço, ou quem nele superintende , que não vale a pena darem-se ao incomodo de vir a esta t e r ra não só porque aqui não ha vem nunca houve, felizmente para nós, açambarcadores , mas tara- bem porque, caso viessem, não encon­t r ar i am cá genero algum stijeito a mul­ta ou aprehenção pois os que temos ti­do com abltnd im cia , como assucar , pe­troleo, arrôz, bata t as , ovos, etc, ou já desaparece ram do mercado por se ha­verem vendido por completo ou. se um ou outro ainda aparece á venda, é todavia vendido pelo preço da la lx ia ou por menos áinda gráças á açâo ener- gica e per sis tente do sr. administrador do concelho e da policia, e por isso d o s

parece que nâo vale a pena darem-se os fiscaes dos abastecimentos 40 inco­modo de vir aqui visto nào termos ne­cessidade alguma da sua fiscalisacão.

Um dialogo multo interes­sante e-.. siguiiicati vo.

No domingo á noite, q u a n d o toma*, vatnos á janela um pouco de oxigénio para a nossa imper t inente falta d ’ar, su rpreendemos 0, seguinte diafogo eu* tre dois cotados, evolucionistas cá da burgo.

— Viste 0 ar t igo de fundo da «Evo­lução» d ’hoje, pe rgun tava 0 de ma'sedade, homem -dos seus cincoenta anos, para o outro que devia ter, talveí, t r inta j á feitos. *

■— Vi, sim, e depois?— Que dizes tn àquilo, tu que, de»

mais a mais, tens sido, segundo

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4 R .43.10 3

£ ’ para lamentar. . .

No ultimo estado de embria­guez, o masmarro que ha tem­po se encontra «veraneando» nesta vila, deu-lhe para (natu­ralmente depois de almoço) en­trar no meu estabelecimento comercial e pedir-me explica­ções sobre alguns escritos que este jornal de ha uns tempos a esta parte vem publicando.

Ao vêr o sotaina revesti-me de toda a calma e sangue frio para recebel-o e atendel-o, se bem que os seus olhos me pa­reciam os olófótesdo «Vasco da Gama», mas o masmarro mos­trou-se arrogante e, assim, tive de lhe dizer que só no tribunal! da justiça daria as satisfações que tão malcriadamente me pe­dia em minha casa. Mas, o mas­marro estava levado de todos os diabos.. Esqueceu-se que.es­tava em casa alheia e vá de vo­mitar, com cuspo e tudo, toda a casta de. impropérios. Parecia um cão raivoso. G ritava como. um pocesso, obrigando-me a pôl-o fóra da porta <a que deu lugar a grande ajuntamento de povo que riu a bom rir da cara do «envinagrado.» pa.dreca. E é assim, que este. «conspícuo» je- suita procura captar simpatias n'esta terra de liberais. E quer que o respeitem!:

Tens me ao teu dispor, padre. Excomunga-me e faz. com, que eu> dei eMrada no Inferno.. Ma-s sião te esqueças (se para lá nâo fores antes- de raiim). de rae ba­teres no ferrolho quando por lá passares, pois- terei, mm to gosto em apresent&r-t.e as- armas de-S. Francisco, unica. gentileza de que são. merecedoras as criaturas cujos actos repugnam e indi­gnam a sociedade-.,

E tu, ó jesuíta, e toda assa seita a cpe pertences, perniciosa e má q.ue-façam ©.que quizerem porque os não temo. A, uaiúha. voz: nunca, sereis capazes, de ar- bafar. Aqui: e em> tedii a parte*, gritarei, sempre e bem alto::

H b a í x o a s d t a í n f a t t x c da - b&- t i n a negra!;

Manuel: Tàmres- Puulaããi.

sei, o maior interess-ado em que aque­le m s t t l ainda: apareça?-

— Or*. q;ue hsirdB eu d-iisar. . . . . Nâo sa bes que tudo- a<q,uil.o é excesso de d-la^var?'

— -Excesso- de> Sárv>a?Jl!;...., Má-s qpe v e m a> seí isso?. ....

: Si ta, homem, exi:ess;> de, Iar va. Como O., é um larvado é claro qiie da sua cabeça, nâo, pode, evidentemente, , s abi r coisa com.gei to .

— Fois sim, sená is$o-, nào o contes­to. Forem, não é verdade teres t.n ou,- vid-o j á esse mesmo- larvado-, como eu tambem, o-itvi, diaen mil heresias da. comissão administrat iva, e ter, até ido,, um dia, para a Cam.&r-a Municipal ti­r a r apontamentos da lua electrica, a£ra cie, como ele gr i tava, gest iculando, t r a t a r fur ibundamente d ’esse caso q;ue ap reciava da ió rma Baais violenta,, t endo se, afinal, metido em cópas e vindo agora com esse art igo que é t.tt- do .q u an to se possa conceber de mais incoherente e incompreens íve l . . ..

--- Tens razão, homem. nâo ha d u ­vida que tens razão, mas que queres tu se nào ha meio de ooncertar aque ­

la cabeça, a inda mesmo que todos os ps ichia t ras d ' es te mundo se dispuzes- s e m a essa t a re fa .— Aquilo, homem, é de nascença e por t anto não tem ou­ra.

E depois de se te rem dado as «bôas noites», foram-se afastando,, cada um para seu lado, t r au teando ambos a se­guinte quadra ;

O C. quando arróta Cheira logo a aguardente.Quando não está “ taxado n- Com certeza está demente..

Tab le au .

S e r á v e r d a d e ?

Dizem -nos q,u.e ura, indivíduo d ’esfca vila q,ue sem pre se salientou d.o odio ferino .q.ue tem aos d.eiDooraticos. e que, ta lvez po-r isso, é ag o ra objíecto de grande es t im a p ara tantos q.ue b.ontem ainda o. votavam a.o. desprezo mais com pleto— quando, nâo e ra ainda pos­suidor dalguns bens q,u.e alguem ihe deixou— foi | á duas vezes multado por t-er u m a estalagem, na, r.ua, Theo- filo Braga,, des ta v i l a , ' sem a com pe­tente l icença. Mais nos dizem que es­sa s mul t as foram perdoadas como ee- eo-mpença. ou em atenção á. forma por Q;,ne tão- «.inclito v a rã o » se tem. m a­nifestado n.o seu ódio-, aos dem ocrá t i ­cos.. Como. se n,os afigura tra tar-se dsii,m favonltismo escandaloso, agravado ain­da. segundo a.s informaç3o& q;iie nos à;to e te r sido um prem i 0 concedido ás excel sas vii Ludes die tão bondoso, cavalheiro , vam os av e r iguar bem como o casq se passou pa ra porm enorisadam ente o &x- gorm,os aq^ui. aos. b .QSSOS. leitores.-.

S l e l l i o r a a s e n í o s ....

As primeiras, obras que logo de an- trad.a, a, camara. n.ova. mandá.!-^.fazer,— isto s-eg-uiul-o a, g r i t ada , dos seus. a r a u ­tos,—seria a, caíiiilisaçãp.de toda. aveni ­da Antonio Jftsé d ’A,lme;da,. a t é ao p re ­dio do, Sr-. Antoujo Leite,.. e-a. seguir o ca lcetamento em paralelopipedos como está. na. r ,ua.do Comercio,, em Lisboa, j«n to ao edjíi.cio da, ©amara Municipal faz,er>do-se t ambem os respect ivas pas ­seios que f icariam muito majs bonitosijue os, q.uti fqr.am mandados., fazer p e l a ; ve­reação de.mocratipa no largo da C a c a ­da, na. rtia. Ailmirant í i - l i i is . f t .aa aveni­da. Jjbãç de Deus . Com:o sc es tá ve-ndo esses. ar<au tos. nâo mentiram- A canali- sáçào na. referida, ayenida Antonio J o ­sé d!Alm,eida, q,ue.está sendo, feita c.om gwpd£i aiiviçUd?,. vae j á pela? al turas do, Convento e os.passeios, j á c.omçça- dpis cá.em, baixo, na Trave,ssa do ,!}a- g a r ; da, Sê.ra, d.e,vera, c.om efeito íipar muito lin.dos.por.que a comissão adm in is ­t ra t iv a te.v.e a. feliz., lem brança de m a n ­d a r pôr, fá^awa^ul para.se não, confundi- r e m ,c a m o.s que teetn.faxa p re ta e .que fp.raca Ejiandado.s. fazer pelos dem ocrá­ticos.

IfàtivemoS; Hont-em d,e ta rde com o empreiteiro., á hora a que o pessoal es tava , em dgscaaço. o qual n.os átir- m ára. q.ue tpdo.s os traba lhos deverão est&r. concluidps.no ultimo domingo d i ­ges to (esqueceu-se de ao_s-dizer o ,ano como nps .esqueceu ,. ta.crvb.em., pergjin- tar- lhe)ipor setvne.sse d ia-, què se reali.sa aqui a, secula-r E^ésta G ra n d e e. ex p l i ­cou q,ue era muito. con,ven,i,ente. q,ue, pox essa ocasião, tudo. estiv.esse pro,n.tò. p.a- r.a que q%. num erasos fo ras te iros .que cos tum ara vir á romaria d a .se n h o ra ;ida Atalaia gudess.em,. de, v isu , c.o.nstatar que os.taes.arauto&.diejam e.fectivam,en- te a ;v e rd a d e quando em a l ta .g ri ta ,a ,fe - ma,v.ai}j qjue essa se,ria. a., primeira .atara que a nova oa;j>ara, logo* dç entrada., m andar ia f'azer>

.%1degnfsn.se S p o r l C lu bS.’esta florescente-, associação clp..ra-,

areio, raaiisou se- na passada segunda feira, um sarau,, seguido de- asoir.ée»,, dançando-se animadamente até de, m a ­drugada»

Ag radecemos o- convi te que se d i ­gn ara m enviar-noB.

U s a s a e sEns ino oficial:Agost inho dos Santos , Alfredo Va-

lentim de Oliveira, Antonio F e r n au de s da Costa , Antoáio Manuel d a Silva, F ranci sco Aranha Soares Cauast re i ro, Joaq,u.iro. d.’Almeida Palha,is, ótimos; J o ­sé de So us a Fe r ra , Jíoão G,. Ca.ssus Jun io r , Cândido F e r re i r a Ferra., Ma- nu.él F reder ico Ribeiro Brandão, boas.

Sexo feminino:,Ana A ug us t a Soeiro. Eugen ia Maria

Rodr igues, F e r n a n d a Machado Cosi-a, k e o a o r Gomes, iíaubos-o, Maria Celeste Marqu es Peixinho,. Maria, Ju l i a Che i ­rada , Zu lmi ra Du ar t e , ótimo; Beat r iz Gouveia Lopes F ra tas , I r e ne Ladisla.u, Maria José G. Saloio, bero-

E n s i n o pa r t i cu l a r :K ate rc i a Catidida Faria, Ramalho, Um- berto de Sous a For tuna to , Joaqu im F e r n a n d e s S-upelos, Raul dos Santos Oliveira, ótimos; l i d a Isabel, F a r i a Ra - malho, Emil ia 0 . G asp ar , Margar ida F re i re Caria, Mariano. Francisco Rp-df.iguss,. bons; J.oâo. Fernand.es. Sal inas , . s u f i c i e n t e . .

A W I X N C ^ O »

i u t l i l i e a ç ã o ) .

E D I T O S D E 30 D I A S

; PeloJuizo.de Bireiio. da co- marca de Aldeia Galega,4.0 Ri­batejo e cartono d,o escrivão do 3 " oíi~ii), nos autoà..de exe­cução bjpotêcaria que Jflcin.tr) Augusto Tavares-Ramalho, ca-

., sado, proprietário,, m.oraqor nesta vila, move contra Mari;» José. da Silva, viuva,.propriet-a-. ria,., tambem moradora nesta vila, correm editos de 3o dia,s, a contar da, segunda e ultima

í pubUcacão- deste- anuncio no «Diário,d.o GpverOiO», citando J.ujio Cesar Reia,, Qu.aresr@jo, residente em parte- incerta,, na

cidade. Usboaf para, compare­cer ao Tlribunal Judicial desta comarca no dia 18 de agfoiio proximo,por 12.ho.ras, afim d?, na quglidade dg*-senhorio di­recto, assistir á praça de uma

'fazenda composta de terras de . semeadura, vinha e arvores de

frueto, sito. no Vale do Mimo,so ou Charqueirão. limite desta freguezia de Aideia Gajega do Ribatejo, foreira em 9S90, com iau.den.iio de quarentepa, e u^ar, querendo, do seu, direito de preferencia sobre o dito predio. Aldeia Galega do Rtbatej.o, 10

’ de julho de 1918..

0 escrivão do 3,,° oficio,,^

João F ird e vk ç , dg Brieo F igueirâa J tjf n ior.

; "V^exifr-qu^i. a;,ex.açíidl.Q" -i

0 J m de Direi to, ,

Roclia-, Aguiam i5j■ . UI.JM.K.fiLl.,1. ........

■i A í í l M C l O

( ? . * p b M c a ç ã o ) !

No dia 18. de agosto proxi-

mo, por 12 horast á porta d.o Tribunal Judicial desta comar­ca, sito aa Rua do Caes, desta vila* nos autos de execução hipotecaria que Jacinto Augusto Tavares. Ramalho^ casado, pro­prietário e comerciante-, mora.'d.or nesta vila move contra Maria Jsosé- da Silva, viuva, pto^ prietaria,. tambem moradora» nesta vija,, vão á. praça par;a se­rem. arrematados,, por quen* maior preco. oferecer acimaídc)» valor da avaliação,, os bens se.-- guintes:-

f . - 0 '

Uma morada de casas ter - reas com quintal, situadas na, Rua do Norte,, desta vila,.eom o n.° 70 de policia praso forei-- ro em 1^80, com laudemio- de quarentena, a Joaquim Ma­nuel' Salasar lie-ite, desta vila, . e: em. Si com, laudemio de

, quarentenav á Camara. M.uni~- cipal deste concelho, ambos anuaUftente,-, e,- f«i, avaliado na.; qiíAatia de 2 a ^ 8 'i;,5>,

Uma fazenda composta d$ terra-s de se-meady.ra, vinha,», arvores de frticto e casa para arrecadação, sita no Vale do Mimoso ou Charqueirão, limi­te d,es ta freguezia, praso,. fopei-. r:o- em .9%) ', com Jaudemio de quarentena, Julio Cezar Feio. Quãresrr^, ra.orador eni . Lis-. boa, _Q,.f§i,;a>vafedo ,n.a. qu^atia , de 602^00.

Pelo presente são citados .. quaisquer credores incertos para-a^sisti-r.ism ã- -dita arrema-. tação e„ ahi usarem dos seus direitos nos termos do art.° 844 do Co digo do Pro.cçsso , Civil. Aldeia Galega- do tejo,. 10 de julho, de 1918..-

O Escrivão-

Juão Frederico de Brito Figuei- r Ô L i J u m o r .

5 V ; ,

OrJviiz d e Difeito^

Rocha Aguiam:

P

Marí^isij,

Grande; .sartido, eop, vno,ã4a?-._ 'dedes- de postaes, i l i í f i í ^ 0 e ■ roupas feitas para Senhora e pa­ra homem.; Vidros paf^.^aixi- lhos,. quadros, molduras espe- Ihps... Artigos. cie.retrozeirq, fan­queiro, tabaco^,, romances, ca­lendários,. blocos e almanachs.^

Perfunvrias e artigos para brindes 'o que ha de mais .boni- tp e mais tino,,

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