10
Tradução Maria Fernanda Lapa Cavallari O calor do sucubo.indd 3 27.05.11 15:44:09

1º capitulo O calor do sucubo

Embed Size (px)

DESCRIPTION

4º livro da série Súcubo de Richelle Mead... lançado pela Editora Planeta (selo Essencia)

Citation preview

5/7/2018 1º capitulo O calor do sucubo - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/1o-capitulo-o-calor-do-sucubo 1/9

 

Tradução

Maria Fernanda Lapa Cavallari

O calor do sucubo.indd 3 27.05.11 15:44:09

5/7/2018 1º capitulo O calor do sucubo - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/1o-capitulo-o-calor-do-sucubo 2/9

 

7o c alor  do súcuBo

Capítulo 1

Dormir com meu terapeuta fora má ideia.Eu também sabia, mas realmente não consegui evitar. Havia um limite

para o número de vezes que eu podia ouvir “por que você não explica isso?” e“conte-me como você se sente”. Então, nalmente me enchi e resolvi mostrar

para ele como eu me sentia. Devo dizer que, considerando que ele era um caradecente que nunca havia traído a esposa, não foi muito difícil eu me aproveitardele. E com “não muito difícil” quero dizer “ridiculamente fácil”. Os pseudo-princípios dele me proporcionaram uma dose forte de energia de súcubo e, con-siderando que o que zemos tenha sido provavelmente a coisa mais produtiva

que já aconteceu naquele sofá, é quase como se eu tivesse feito uma boa ação.Mesmo assim, eu sabia que meu chefe ia car bravo, visto que quem me

mandara procurar ajuda, para começar, havia sido ele. – Não contem para o Jerome – adverti meus amigos, batendo meu cigarro

no cinzeiro. – Não quero ter de lidar com esse tipo de consequência.Meus amigos e eu estávamos sentados em uma mesa no Cold July, um

clube noturno no distrito de Belltown, em Seattle. O lugar é escuro e baru-

lhento, a maior parte da decoração consiste em canos que se cruzam pelasparedes e no teto. Como é um clube privado, lá não é preciso cumprir a leida cidade que proibe fumar em lugares públicos, e isso para mim era uma

 vantagem. Nos últimos meses, eu tinha descoberto que a nicotina era uma dascoisas essenciais para me ajudar a seguir em frente. Outras coisas na lista dasessenciais: vodca, Nine Inch Nails, um suprimento regular de homens decentese, para todos os efeitos, um comportamento detestável.

 – Olhe, Georgina – disse meu amigo Hugh. Ele é um duende, um tipode assistente legal do inferno que leva almas para nossos mestres e faz tarefas

O calor do sucubo.indd 7 27.05.11 15:44:09

5/7/2018 1º capitulo O calor do sucubo - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/1o-capitulo-o-calor-do-sucubo 3/9

 

8 r ichEllE mEad

administrativas intermediárias e variadas. Tem cabelo escuro bem curto e égrande sem ser gordo. – Não sou nenhum especialista em saúde mental, mas

 vou me colocar em maus lençóis e dizer que provavelmente não foi uma ati-

tude que vai ajudá-la no caminho para a recuperação.Dei de ombros e deixei meus olhos examinarem a sala cheia em buscade vítimas. Havia escolhas bem boas ali. – Bem, ele não era muito bom. Querdizer, na terapia. Além do mais, não preciso mais disso.

Um silêncio veio ao meu encontro, tanto silêncio quanto poderia me al-cançar em um lugar tão barulhento. Voltei-me para meus amigos. Hugh não es-tava fazendo nada para disfarçar a cara de você é totalmente louca . Nossos amigos

 vampiros, Peter e Cody, pelo menos tiveram a decência de desviar os olhos. Euapertei os meus e apaguei o cigarro.

 – Será que – disse nalmente Peter – ele é uma pessoa com quem vocêtalvez... quisesse namorar por um longo período?

 – É – concordou Cody, arregalando os olhos, esperançoso. – Aposto queum terapeuta daria um ótimo ouvinte. E você nem precisaria pagar.

 – O meu seguro paga – rebati. – E não gosto dessa espécie de má vontadecom meu namorado.

  – É má vontade mesmo – disse Hugh. – Você merece coisa melhor,querida.

 – O cara é corrupto e vai para o inferno. Como isso pode ser um pro-

blema para você? E você também não gostava do meu outro namorado. Talvez você devesse parar de se preocupar com minha vida amorosa e voltar a tentarachar um jeito de levar sua nova secretária para a cama.

Por uma dessas estranhas reviravoltas do universo, nenhum de meus ami-gos gostava do meu atual namorado, um mágico do mal chamado Dante. Eleera uma pessoa praticamente sem princípios e transbordava amargura e ci-nismo. Isso levava a crer que ele deveria se encaixar perfeitamente nesse grupode almas condenadas, mas, por algum motivo, não se encaixava.

 – Ficar com uma pessoa má não é bom para você – Cody disse. Todosnós éramos imortais agora, mas éramos considerados “imortais inferiores”.Isso queria dizer que tínhamos sido humanos antes de vendermos nossa almaa serviço do inferno. Cody era jovem, comparado a nós, em nosso pequenocírculo. Hugh tinha quase um século. Peter e eu, milênios. Nesse sentido,Cody tinha certa ingenuidade, um idealismo encantador, à altura do que eu,um dia, tivera.

Foi devastador quando meu namorado anterior, um humano chamadoSeth, me abandonou para car com uma amiga minha. Seth era uma alma

O calor do sucubo.indd 8 27.05.11 15:44:09

5/7/2018 1º capitulo O calor do sucubo - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/1o-capitulo-o-calor-do-sucubo 4/9

 

9o c alor  do súcuBo

boa, calmo e imensamente gentil. Ele me fez acreditar em coisas melhores,como talvez o fato de haver esperança para um súcubo como eu. Eu achavaque estava apaixonada – não, eu realmente estava apaixonada. Até eu podia

admitir. Como súcubo, porém, eu levava um elemento perigoso para qualquerrelacionamento. Quando transava com um cara (ou uma mulher – funcionavade qualquer modo), eu roubava a energia vital dessa pessoa, a força que ali-menta toda alma humana. Ela me mantinha viva e sustentava minha existênciaimortal. Quanto mais puro o homem, mais energia eu tomava. Quanto maisenergia eu tomasse, mais eu encurtava a vida dele. Com Dante, eu não surtiapraticamente efeito algum. Ele tinha pouca energia para dar, assim, nossa vidasexual era relativamente “segura”, e eu, então, buscava minhas doses por fora,com caras insignicantes.

Com Seth... bom, essa tinha sido outra história. Dormir com ele teriatido efeitos bastante prejudiciais – então, eu me recusava a fazê-lo. Por algumtempo, nós vivemos apenas de amor, nosso relacionamento ia muito além doato físico. Com o passar do tempo, no entanto, isso teve um custo alto, assimcomo tantas situações simples do relacionamento. As coisas acabaram estou-rando quando Seth dormiu com minha amiga Maddie. Acho que ele fez issopara me incentivar a terminar, na esperança de me poupar de sofrimentos fu-turos. Qualquer que tenha sido a intenção inicial, ele e Maddie realmente esta-beleceram um relacionamento um tanto sério nos meses que se seguiram.

Eu não aceitei isso muito bem. – Vocês nunca estão satisfeitos – resmunguei, fazendo sinal para o garçom

me trazer outra bebida. Ele me ignorou, e isso me irritou mais ainda. – Vocêsnão gostam dos bons. Vocês não gostam dos maus. Que diabos vocês querem?

Uma nova voz invadiu repentinamente nosso círculo.– Não me diga que estão discutindo suas aventuras amorosas, Georgie.

Não há nada mais divertido.Lá estava ele, em pé, ao lado da nossa mesa: Jerome, o arquidemônio de

Seattle e de toda a área metropolitana. Lancei-lhe um olhar fulminante. Nãogostei do tom jocoso – ou de ser chamada de Georgie. Ele se sentou ao ladodo Hugh, e o garçom que eu estava tentando chamar veio correndo. Pedimosuma nova rodada de bebidas.

 Jerome estava visivelmente de bom humor, o que sempre facilitava nossa vida. Vestia um terno preto de marca, e o cabelo estava penteado exatamenteigual ao de John Cusack em uma entrevista recente para a tevê que eu tinha

 visto. Isso provavelmente merece ser mencionado: a forma humana preferidade Jerome era a de um clone de John Cusack. Súcubos podem mudar de forma

O calor do sucubo.indd 9 27.05.11 15:44:09

5/7/2018 1º capitulo O calor do sucubo - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/1o-capitulo-o-calor-do-sucubo 5/9

 

10 r ichEllE mEad

porque isso é, em parte, o que nos ajuda a seduzir. Demônios podem mudarde forma simplesmente porque – como os anjos – são criaturas absurdamentepoderosas, que existem desde o início dos tempos. Eles são os “imortais su-

periores”. Por causa de uma esquisita obsessão de fã que ele negava irreduti- velmente, Jerome gostava mais de interagir no mundo mortal tentando car

parecido com o ator. O estranho é que, quando saíamos assim, parecia que oshumanos nunca notavam a semelhança.

 – Já faz um tempo que você não sai com a gente – comentei, na esperançade mudar de assunto. – Achei que você estava ocupado com assuntos de demô-nio. – Havia rumores de que Jerome andava se estranhando com outro demônio,embora nenhum de nós soubesse os detalhes.

Ele tirou um dos meus cigarros do maço sem pedir. Momentos depois, a

ponta do cigarro acendeu sozinha. Exibicionismo. – Na verdade, as coisas tomaram um rumo agradável – disse ele. Tragou

profundamente e, depois, deixou a fumaça girar ao seu redor. – Uma coisa amenos para resolver. Eu esperava que o mexerico incessante sobre suas des-

 venturas amorosas também estivesse acabando, mas acho que já é querer de-mais. Você ainda está com aquele charlatão?

Desisti. – Por que todo mundo odeia o Dante? Vocês deveriam recebê-lo como

um irmão. Jerome reetiu, os olhos escuros pensativos.

 – Ele me incomoda. Você merece coisa melhor. – Jesus – eu disse.  – Ela poderia, quem sabe, perceber isso se parasse de fazer besteiras,

como dormir com o terapeuta – observou Hugh, em um tom que aparente-mente parecia ser de quem queria ajudar.

Fui para cima dele com os olhos saltados. – Você ouviu alguma coisa doque eu acabei de dizer?

 – Boa parte – ele disse.Nisso, a expressão indolente e satisfeita de Jerome desapareceu. Ele xou

o olhar em mim, com os olhos em chamas, mas, de forma inexplicável, eu gelei.Ele apagou o cigarro amassando-o e levantou-se bruscamente. Agarrando meubraço, ele me puxou do meu lugar e começou a me arrastar para fora da mesa.

 – Venha comigo – ele sibilou.Fui tropeçando com ele para o corredor que levava aos banheiros. Uma

 vez fora da visão dos outros, ele me empurrou contra a parede e se debruçousobre mim, com o rosto cheio de fúria. Era sinal de agitação estar se compor-

O calor do sucubo.indd 10 27.05.11 15:44:09

5/7/2018 1º capitulo O calor do sucubo - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/1o-capitulo-o-calor-do-sucubo 6/9

 

11o c alor  do súcuBo

tando como humano. Ele poderia simplesmente ter transportado nós dois paraalgum local isolado.

 – Você transou com seu terapeuta? – ele vociferou.

Engoli em seco. – Eu não estava progredindo muito. – Georgie! – Qual é o problema? Ele era uma alma boa. Achei que era o que você

queria que eu zesse!

 – Eu queria que você se livrasse dessa maldita suscetibilidade que vocêtem desde que aquele mortal chato a largou.

Fiquei hesitante. Era uma coisa meio estranha. Eu quei tão deprimida

depois que Seth terminou comigo que Jerome acabou se enchendo e me man-dou procurar ajuda, porque estava cansado de me ouvir reclamar e me lamen-

tar. O fato de ser estranho um demônio incentivar um de seus funcionáriosa buscar aconselhamento não me passou despercebido. Mas, sinceramente,como ele poderia entender? Como ele poderia entender como era car com o

coração despedaçado? Ser arrancada da pessoa que eu mais amava no mundo? Toda a minha existência tinha perdido o signicado, e a eternidade parecia ser

impossível de suportar. Fiquei sem sair e quase não falei com ninguém porsemanas. Eu me isolei, perdida em meu pesar.

Foi quando Jerome desistiu e exigiu que eu tomasse providências.E eu tomei, mais ou menos. Eu me voltei para o outro lado. De repente, -

quei com raiva – com muita, muita raiva da forma como a vida havia me tratado. Algumas de minhas desventuras eram culpa minha. Mas o Seth? Eu não sabia.Não sabia o que tinha acontecido ali e me sentia injustiçada pelo mundo e pelosperíodos intermináveis de sofrimento que ele me impunha. Então, comecei a daro troco. Parei de me importar. Coloquei-me no modo súcubo total: buscandoos homens mais decentes que podia, roubando a vida deles e despedaçando seucoração, praticamente sem remorso. Isso me ajudava com a dor. Às vezes.

 – Estou fazendo o que se espera que eu faça! – gritei. – Estou ganhando

uma alma atrás da outra. Você não tem do que reclamar. – Você tem um comportamento detestável e ca provocando brigas com

todo mundo, e você não está melhorando. Estou cansado disso. E estou can-sado de você.

Gelei, minha hostilidade se transformou em puro medo. Quando um de-mônio diz que estava cansado de você, muitas vezes o resultado é ser chamadode volta para o inferno. Ou ser castigado.

 – Jerome... – tentei avaliar qual seria minha melhor estratégia. Charme? Arrependimento?

O calor do sucubo.indd 11 27.05.11 15:44:09

5/7/2018 1º capitulo O calor do sucubo - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/1o-capitulo-o-calor-do-sucubo 7/9

 

12 r ichEllE mEad

Ele se afastou e respirou fundo para se acalmar. Não ajudou muito. A ira voltou, em alto e bom som.

 – Vou mandar você embora. Vou terceirizar você para alguém.

  – O quê? – Minha raiva voltou, afastando meu medo momentanea-mente. Terceirização é uma tremenda ofensa para um súcubo. – Você nãopode fazer isso.

 – Posso fazer o que eu bem entender. Você se reporta a mim. – Um caradesengonçado virou no corredor em direção ao banheiro. Jerome lançou umolhar penetrante assustador. O cara pensou melhor e rapidamente mudou dedireção. – Um arquidemônio em Vancouver está querendo alguém para car

de olho em um culto no qual ele está interessado. – Lá longe... – Fiquei boquiaberta. – Você está querendo dizer Vancouver,

CB? Você vai me mandar para o Canadá? – Merda. Eu realmente tinha idolonge demais. Há também uma Vancouver em Washington. Essa não teria sidotão ruim. Pelo menos eu teria continuado em casa.

 – Ele está querendo um súcubo, já que ele só tem uma e não pode abrirmão dela. As coisas podem car difíceis por lá, sabe? Quase pensei em mandar

a Tawny para eles. – Ele fez uma cara ao mencionar seu súcubo recentementeadquirido que era muito, muito inepta. – Mas, bom, ela não é... ideal. Eu tam-bém não queria desistir de você, mas agora acho que vai valer a pena sentir faltade um súcubo competente por um tempo para você parar de me encher. Estou

precisando de um pouco de sossego. – Olha, Jerome – eu disse, esperando parecer arrependida. – O que você

quer que eu faça? Que eu ache outro terapeuta? Posso fazer isso. Vou arranjaruma mulher. Feia. E vou tentar mudar meu comportamento e...

 – Esta é minha decisão, Georgie. Você precisa de alguma coisa para seocupar, e isso vai deixar o Cedric contente. Ele acha que um súcubo é a melhorforma de se inltrar nesse pequeno culto de adoração ao demônio.

 – Adoração ao demônio... O quê? Isso quer dizer uma coisa do tipo sa-

tanistas? – Algo desse tipo. Arregalei os olhos. – Satanistas canadenses? Você vai me mandar para um grupo de satanistas

canadenses? A única resposta dele foi dar de ombros. – Se isso estivesse acontecendo com outra pessoa seria hilário – eu disse. – 

Mas por que você está fazendo isso? Desde quando você ajuda alguém, ainda maisoutro demônio? – Demônios costumam ser absurdamente competitivos entre si.

O calor do sucubo.indd 12 27.05.11 15:44:09

5/7/2018 1º capitulo O calor do sucubo - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/1o-capitulo-o-calor-do-sucubo 8/9

 

13o c alor  do súcuBo

De novo, Jerome não respondeu. Ele pegou um cigarro – e eu pensei,se ele tinha os dele, por que havia roubado um dos meus? – e fez de novo otruque para acendê-lo. Ele parecia um pouco menos tenso depois de dar uma

boa tragada. – Tem alguma coisa acontecendo – eu disse com cuidado. – Você está meusando para usá-lo. O que está realmente acontecendo?

 – Altruísmo – ele disse, revirando os olhos. – Jerome... – Georgina – ele respondeu com um olhar duro. – Você não tem o direito

de me questionar nem de me irritar como você tem feito ultimamente. Agora vá arrumar suas coisas e dar uma recordada no sistema métrico.

O calor do sucubo.indd 13 27.05.11 15:44:09

5/7/2018 1º capitulo O calor do sucubo - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/1o-capitulo-o-calor-do-sucubo 9/9

 

14 r ichEllE mEad

Capítulo 2

a verdade, eu não tenho nada contra os canadenses. Eles são legais. Real-mente legais. Mas isso não signicava que eu quisesse ir jogar curling com eles.E sempre havia o risco de que, se estivesse a m, o Jerome transformasse essa

tarefa temporária em permanente.Eu achava, porém, que ele não faria isso. Por baixo de toda a aspereza,

 Jerome gostava de mim – tanto quanto um demônio pode gostar de alguém de verdade. Devo admitir que ele gostava de mim um pouco menos depois de oSeth virar minha vida de pernas para o ar no último outono, mas, quando eu

não estava me comportando supermal, acho que o Jerome se divertia comigo.São poucas as coisas divertidas diante da eternidade, então, com sorte, issoseria o suciente para garantir a segurança no meu emprego.

Deixei Belltown e me dirigi a Queen Anne, outro bairro de Seattle. Eumorava e trabalhava em Queen Anne e, como ia desaparecer por uns tempos,meu chefe mortal precisava car sabendo. Infelizmente, ir para o trabalho sig -nicava enfrentar algumas coisas desagradáveis que eu não estava lá muito no

espírito de encarar naquela noite.

 – Georgina! O que você está fazendo aqui?Maddie Sato, o Brutus do meu César, veio correndo em minha direçãoquando entrei na livraria Emerald City Books & Cafe. Em defesa de Maddie,ela não sabia que Seth e eu estávamos namorando quando eles dormiramjuntos. Então, não foi como se ela o tivesse roubado deliberadamente demim. No entanto, isso não mudava muito meus sentimentos em relação aosdois.

 – Preciso falar com o Warren – eu disse, desconando que provavelmente

eu estava fedendo a vodca e cigarro. – Ele está aqui?

O calor do sucubo.indd 14 27.05.11 15:44:09