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1.º DE MAIOREFORMADOS EM MAIORIANAS CELEBRAÇÕES EM LISBOADestaque, 2/3
DANIEL ROCHA
Governo lança em 2014 o maior corte na despesa social de que há registoCorte previsto nas prestações sociais ronda os 1300 milhões de euros.É a maior diminuição anual de que há registo, incluindo o corte de 2012,o ano em que o pagamento do 13.º e do 14.º mês foi suspenso Economia, 16
Bayern ganha em Barcelona por 4-0. Pela primeira vez haverá uma fi nal alemã na Liga dos Campeões p42
Varela Martins tinha sido criticado por não levar a julgamento membros do governo regional p8
Hollande encontrou no novo primeiro-ministro italiano um “amigo” para promover mudanças na UE p22
Enfermeiros querem passar a ser os “pivôs” nos centros de saúde. Mas a Ordem dos Médicos está contra p4/7
Hegemonia alemã na Europa estende--se ao futebol
Procurador que não acusou Governo da Madeira demitiu-se
França e Itália de acordo para frente a favor do crescimento
Enfermeiros querem ser os primeiros a avaliar utentes
QUI 2 MAI 2013EDIÇÃO LISBOA
Ano XXIV | n.º 8422 | 1,10€ | Directora: Bárbara Reis | Directores adjuntos: Nuno Pacheco, Manuel Carvalho, Miguel Gaspar | Directora executiva Online: Simone Duarte | Directora de Arte: Sónia Matos
HOJE Chanson Française: Vol. 15: Henri Salvador Por + 6,95€
2 | DESTAQUE | PÚBLICO, QUI 2 MAI 2013
1.º DE MAIO
Reformados foram a maioria nas ruas de Lisboa
ACGTP anunciou que vai vi-
rar baterias contra Cavaco
Silva. A UGT apelou à con-
certação social e à unida-
de do movimento sindical.
Foram dois dos caminhos
apontados ontem pelos líderes das
centrais sindicais, que voltaram a
celebrar separadas o Dia Mundial do
Trabalhador. A CGTP subiu a Avenida
Almirantes Reis, a UGT desceu a
Avenida da Liberdade, em Lisboa. No
conjunto terão saído à rua algumas
dezenas de milhares de pessoas.
A acompanhar a manifestação da
GCTP esteve também uma delega-
ção do Partido Socialista. Foi a pri-
meira vez desde 1975 – quando os
socialistas se queixaram de terem
sido impedidos de participar pelo
PCP no comício fi nal da manifesta-
ção – que o PS se fez representar
num desfi le do 1.º de Maio da GCTP,
facto que fez questão de frisar.
No fi nal da manifestação da CGTP,
o seu líder, Arménio Carlos, anun-
ciou na Alameda Afonso Henriques
que voltará à rua no próximo dia
25, um sábado, desta vez com uma
concentração junto ao Palácio de
Belém para exigir de Cavaco Silva
a demissão do Governo. “O Presi-
dente da República disse que era
preciso escutar o povo, então que
escute”, exortou, numa altura em
que a alameda se encontrava divi-
dida em duas: os que continuavam
concentrados junto ao palco e aque-
les que descansavam sentados na
relva ou que tentavam a sorte nas
enormes fi las que se formaram fren-
te às barraquinhas de comes e bebes
montadas pelo sindicatos.
Sardinhas, bifanas, caldo verde.
Como sempre, o 1.º de Maio da CG-
TP voltou a ser um misto de manifes-
tação e arraial. Ou, dito de outro mo-
do, de protesto e celebração, com os
reformados em larga maioria. Já na
manifestação da UGT, embora com
os reformados também em maioria,
destacava-se uma mancha de jovens,
entre os quais uma forte delegação
da Escola profissional Professor
Agostinho Roseta.
Mais de um século após a morte
pela polícia de uma dezena de ope-
rários de Chicago que então reivin-
dicavam um horário de trabalho de
oito horas ( trabalhavam mais de 12),
os desfi les de ontem foram marca-
dos pela perspectiva de despedi-
mentos na administração pública
e de mais cortes nas despesas so-
ciais do Estado, medidas que foram
igualmente contestadas tanto por
Arménio Carlos, como por Carlos
Silva, o novo líder da UGT.
O primeiro alertou que Portugal
se está aproximar “vertiginosamen-
te da realidade grega”. “A austeri-
dade falhou. Há outro caminho, o
da sensibilidade social, da justiça
social e da solidariedade”, garan-
tiu, pelo seu lado, o líder da UGT
durante o discurso, nos Restaura-
dores com que encerrou o desfi le
desta central.
Carlos Silva tinha também outra
mensagem pública, já enunciada
no discurso no congresso onde foi
eleito, há dez dias. Sem nunca men-
cionar directamente a CGTP, voltou
a sublinhar ontem que o momento
que o país atravessa é demasiado sé-
rio para o movimento sindical estar
de “costas voltadas” (ver caixa). Já
Arménio Carlos optou, no seu dis-
curso, por ignorar os apelos de Car-
los Silva. O seu único comentário
foi feito aos jornalistas: “Vamos lá
ver se as palavras correspondem aos
actos. O tempo dirá.”
Alice Lopes, 58 anos, vestiu-se
de vermelho para assinalar o dia.
Nunca faltou a esta manifestação da
CGTP desde “o primeiro 1.º de Maio
em liberdade”, em 1974: um milhão
de pessoas nas ruas de Lisboa em
estado de esperança e alegria. “Não
houve outro assim e nem vai haver”,
assegura ainda no Martim Moniz.
Ela estava grávida do seu primeiro
fi lho. Teve depois mais dois. A mais
nova, de 22 anos, emigrou há qua-
tro meses: ”Não conseguia arranjar
trabalho e o que eu ganho não dá
para as duas.”
Para a CGTP, uma das prioridades
será agora a de reforçar a sua inter-
venção nos locais de trabalho, anun-
ciou Arménio Carlos. O pontapé de
saída será dado a 30 de Maio, data
As duas centrais sindicais voltaram a celebrar o 1.º de Maio separadas, mas o novo líder da UGT não afasta futuro entendimento com a CGTP
Clara Viana e Mariana Dias
Há alguém que nos quer esmagar e não podemos deixar. Acho que ainda devo lutar por mim e pelos outros. Não podemos baixar os braços
Maria Fernanda, 71 anos
PÚBLICO, QUI 2 MAI 2013 | DESTAQUE | 3
O 1.º de Maio teve o de-
semprego como tema em
Espanha e na Grécia, países
que vão quebrando recor-
des trimestre após trimes-
tre, enquanto em Istambul
houve confrontos e gás lacrimogé-
neo, e no Bangladesh trabalhadores
saíram à rua exigindo pena de morte
para os responsáveis pelo prédio,
onde funcionavam fábricas de rou-
pa, que ruiu deixando cerca de 400
mortos.
Em Espanha, dezenas de milhares
de pessoas saíram à rua em 82 ma-
nifestações por todo o país, com os
sindicatos a pedir um “grande pac-
to” contra a “emergência nacional”
do desemprego.
Em Madrid, a manifestação con-
vocada pela Confederação Sindical
das Comissões dos Trabalhadores
(CCOO) e pela União Geral de Traba-
lhadores (UGT) terá juntado mais de
50 mil pessoas, dizem os organiza-
dores citados pelo diário El País.
“Contra o drama do desemprego
– reactivação económica e emprego.
Contra as privatizações – serviço pú-
blico e protecção social”, dizia uma
das faixas de uma das manifestações
na capital espanhola. “Este 1.º de
Maio tem de marcar um antes e um
depois. Há que pôr o emprego em
primeiro lugar”, disse Cándido Mén-
dez, secretário-geral da UGT, suge-
rindo que a Europa destine entre 1%
e 2% do seu PIB para combater o
desemprego.
Na Grécia, três manifestações em
Atenas e uma em Salónica juntaram
13 mil pessoas, segundo a AFP. O dia
foi marcado por greves, com os fer-
ries para as ilhas parados, transpor-
tes públicos irregulares em Atenas
e os hospitais a funcionar com ser-
viços mínimos.
Na Grécia, houve mais de 20 para-
lisações gerais contra a austeridade.
Ainda assim, o Governo de Antonis
Samaras diz que não há alternativa e
promete que este será o último ano
de recessão. A percentagem de de-
semprego grega – 27% da população
activa – é igual à espanhola.
“O Governo tem de recuar nestas
medidas de austeridade, as pesso-
Protestos na Europa contra austeridade e desemprego
as não aguentam mais”, disse Ilias
Iliopoulos, secretário-geral do ADE-
DY, à Reuters, numa das manifes-
tações em Atenas (onde o partido
comunista faz sempre uma marcha
separada). Um cartaz dizia: “Estão
a tirar-nos as nossas vidas e a nos-
sa dignidade. Não iremos permitir
isso.”
Relatos dos media dão, no entan-
to, conta de um dia calmo. Se alguns
apontavam o facto de a Páscoa Orto-
doxa ser este ano a 5 de Maio como
explicação para a menor adesão, ou-
tros notam uma certa fadiga, lem-
brando que no domingo foi aprova-
do no Parlamento um novo pacote
de cortes sem quaisquer protestos
na rua.
Onde houve violência durante o
dia de ontem foi na vizinha Turquia.
Não é algo inédito que a polícia use a
força para impedir manifestações na
principal praça de Istambul, a Tak-
sim. Este ano, a praça está em obras
e foi declarada pouco segura pelas
autoridades.
Cerca de 22 mil polícias foram
mobilizados para impedir o acesso
à Praça Taksim. Mas alguns mani-
festantes tentaram, ainda assim,
chegar ao local, e a polícia usou gás
lacrimogéneo e canhões de água pa-
ra impedir o acesso. O governador
da cidade deu conta de 30 pessoas
feridas (das quais 22 eram polícias,
disse) e 72 detenções. Comerciantes
fecharam as portas e distribuíram
limões para ajudar quem estava na
rua a minorar os efeitos do gás.
RUI GAUDÊNCIO
Maria João Guimarães
Arménio Carlos na cabeça da manifestação da CGTP, ontem, em Lisboa
Na Grécia, os protestos foram também contra a Alemanha
em que se assinala o dia de Corpo
de Deus, que este ano já não será
feriado, com uma “jornada de luta
no sector privado e público”.
Maria Fernanda, 71 anos, desfi la à
cabeça da manifestação da UGT, com
um cravo ao peito, outro preso num
chapéu-de-chuva que agarra com
uma das mãos. Na outra a bandeira
da central sindical. A aposentada já
era sindicalista antes do 25 de Abril
e declara que já nessa altura “lutava
pelos direitos” dos portugueses. “Do
outro lado há alguém que nos quer
esmagar e não podemos deixar. Acho
que ainda devo lutar por mim e pelos
outros. Não podemos baixar os bra-
ços – vale sempre a pena”, afi rma. No
entanto, a sua principal preocupação
são os jovens: “Hoje estão sempre na
corda bamba. Não podem ter expec-
tativas, não podem ter sonhos como
nós tivemos.”
Atrás dela vem uma carrinha com
colunas de onde brotam as palavras
de ordem repetidas por uma fi leira
de jovens que carregam uma faixa
onde se lê “Comissão da Juventude
da UGT”. Com as mãos calejadas,
Rúben agarra uma das pontas da
faixa. Tem 17 anos, veio de Castelo
Branco para se juntar à manifesta-
ção “para ver se o país muda”. Diz
que os jovens ali presentes estão
preocupados com o futuro e alguns
têm mesmo “receio” dele. Rúben
teve de substituir os livros pelas
serras da serração onde agora tra-
balha para ajudar a família. “Tenho
de proporcionar educação aos meus
irmãos e de ajudar os meus pais”,
afi rma com convicção.
Meg, 39 anos, tem a cara meio
tapada com uma das máscaras dos
Anonymous, que também se junta-
ram ontem ao desfi le da CGTP. Co-
meçou a vir em miúda com o pai,
um operário da Lisnave. Mantém a
tradição, embora pense que, para
mobilizar de verdade as pessoas, é
necessário encontrar “outras formas
de acção”.
No Porto, segundo a Lusa, mi-
lhares de pessoas também reivin-
dicaram mudanças de política e de
Governo. Em Coimbra a manifesta-
ção da CGTP reuniu cerca de 500
pessoas. “Em função dos cortes dos
salários e subsídios, de uma política
de austeridade que tem levado as
pessoas ao empobrecimento, que
tem causado miséria no país, certa-
mente era para termos aqui milha-
res de pessoas a encherem as ruas
da cidade. Não temos porque as pes-
soas andam cansadas”, disse à Lusa
António Moreira, coordenador da
União de Sindicatos de Coimbra.
Apelos à CTGP dividem UGT
Carlos Silva diz que não está de mão estendida
O recém-eleito secretário-geral da UGT, Carlos Silva, afirmou ontem que a sua central sindical não tem
proximidade demasiada “com quem quer que seja”. Em causa estão as declarações do ex-presidente da UGT João de Deus, acusando esta central de estar “de mão estendida” para a CTGP em linha com “o sindicalismo partidário e de bota-abaixo”. Por isso o actual presidente da mesa do congresso da UGT considera que, depois do pedido de reunião à CGTP feito pela nova direcção e das mensagens proferidas no último congresso pelo seu novo líder, a UGT atravessa um momento “preocupante”.“Não podemos confundir
convergência e unidade na acção como um estender da mão ou uma passadeira vermelha a quem quer que seja”, disse Carlos Silva ao PÚBLICO. “O momento que o país vive implica que haja disponibilidade de todos para dialogar e para se prepararem soluções”, frisou.Também João Proença, ex-secretário-geral da UGT, considerou não haver motivos de preocupação com o caminho seguido pela nova direcção: “A linha da central é a mesma, mas adaptada à realidade que vai mudando.” Evocando o lema “Diálogo social sim, imposição não”, Proença considerou que esta é uma tese que a central deve continuar a afirmar”. M.D.
4 | DESTAQUE | PÚBLICO, QUI 2 MAI 2013
Enfermeiros querem ser os primeiros a avaliar utentes nos centros de saúdeOs enfermeiros querem passar a ser os “pivôs” nos centros de saúde. Mas a Ordem dos Médicos discorda. Os centros de saúde funcionam bem e não precisam de “porteiros”, ironiza o bastonário José Manuel Silva
Se as pessoas não estão neces-
sariamente doentes quando
vão a um centro de saúde,
por que razão é que devem
ser vistas por um médico?
Este é um dos argumentos
que servem de base à mudança de
paradigma neste momento em pre-
paração para os cuidados de saúde
primários. A ideia é revolucioná-
ria: os enfermeiros querem passar
a ser os primeiros a avaliar os cida-
dãos nos centros de saúde – à se-
melhança do que se faz há muito
tempo nas urgências hospitalares,
onde os doentes são previamente
triados por estes profi ssionais an-
tes de serem encaminhados para
os médicos, compara o bastonário
da Ordem dos Enfermeiros (OE),
Germano Couto.
É uma reforma para ser concreti-
zada em três anos: pretende-se que
cada utente tenha, até 2016, o seu
enfermeiro de família, que será o
responsável pelo acompanhamento
periódico das crianças e pelo apoio
aos doentes crónicos, por exemplo,
e que tratará de encaminhar as si-
tuações que se justifi quem para os
médicos, nutricionistas, psicólogos
ou enfermeiros de outras especia-
lidades. Assegurando, portanto,
algumas funções hoje a cargo dos
médicos e conseguindo prevenir e
detectar problemas numa fase mais
precoce.
“Não podemos continuar a ser
os profi ssionais das injecções e dos
tratamentos”, defende Germano
Couto, que lembra o percurso já
efectuado por outros países para
sublinhar que Portugal está muito
atrasado neste caminho. “Portugal
assinou a declaração de Munique
da Organização Mundial de Saúde
em 2000 [que recomenda a criação
é que foi dado o pontapé de saída,
com a criação de um grupo de tra-
balho que, fi nalmente, apresentou
uma proposta para a operaciona-
lização da nova metodologia de
trabalho em 29 de Janeiro passado.
Mas já se antevê um confl ito: a OE
aceitou na globalidade a proposta,
sugerindo apenas alguns ajustes de
pormenor, mas a Ordem dos Médi-
cos (OM) respondeu “não, obriga-
do”. O Ministério da Saúde adianta
apenas que ainda está a analisar as
propostas apresentadas pelas duas
organizações.
O bastonário da OM, José Manuel
Silva, explica que não apoia a auto-
nomia que se quer dar aos enfermei-
ros, promovendo-os a “gestores de
família”. “Transformar os enfermei-
ros em porteiros dos cuidados de
saúde primários é algo que não con-
cordamos e que acredito que nem
sequer os dignifi ca”, ironiza.
Consciente de que este proces-
so terá de ser gradual e que a “luta
não vai ser fácil”, o bastonário da OE
adianta que a meta é que todos os
cidadãos passem a ter um enfermei-
ro de família até 2016, que terá a seu
cargo entre 300 e 400 famílias. Uma
revolução nos centros de saúde que,
para passar do papel à prática, im-
plica, porém, a contratação de pelo
menos seis mil novos profi ssionais,
calcula Germano Couto.
O actual rácio enfermeiro/médi-
co está “completamente desajustado
das normas da OMS”, defende. No
Health at a Glance de 2012 da OCDE
(dados relativos a 2010), Portugal
aparece, de facto, no quinto lugar
SAÚDE
NUNO FERREIRA SANTOS
Projecto prevê que cada profissional fique responsável por 300 a 400 famílias numa determinada área
Alexandra Camposdo fi m da tabela da União Europeia,
com um rácio de enfermeiros por
médico de cinco para um, em com-
paração com os mais de quatro na
Dinamarca e Finlândia, e quatro na
Irlanda (ver quadro).
Confi ante de que desta vez a ideia
é para avançar, Germano Couto acre-
dita que durante este mês haverá no-
vidades sobre esta matéria, porque
o Ministério da Saúde “está muito
receptivo”. Ainda em Abril passado,
num encontro da OMS sobre o im-
pacto da crise nos sistemas de saúde,
o ministro Paulo Macedo destacou a
criação do enfermeiro de família no
lote das medidas em curso para os
cuidados de saúde primários.
Consciente de que o ministro es-
tará a “sofrer pressões” para que
o projecto não avance, Germano
Couto acredita, mesmo assim, que
Paulo Macedo “é resiliente e vai
conseguir” alterar a situação. Em
paralelo, a OE está a delinear a espe-
cialidade de enfermeiro de família,
que ainda não existe, apesar de já
terem sido aprovadas as respectivas
competências em assembleia geral.
A especialidade terá a duração de
dois anos, à semelhança das outras
que já existem para este profi ssio-
nais (como a de reabilitação, saúde
mental, entre outras).
A equação dos médicos“Porquê mexer nisto? As coisas es-
tão a correr mal nos cuidados de
saúde primários?”, questiona o
bastonário da OM, que tem solução
provisória e defi nitiva para o proble-
ma da falta de médicos. Se por um
lado sugere a abertura de concursos
para a contratação de médicos espe-
cialistas reformados para resolver
a questão a curto prazo, por outro
assegura que o problema da falta de
médicos estará em breve resolvido
(“até vamos ter um excesso”). José
Manuel Silva defende que uma equi-
do enfermeiro de família]”. “Desde
1996 que falamos nisto”, acrescen-
ta José Carlos Martins, do Sindica-
to dos Enfermeiros Portugueses.
Pretende-se que cada profi ssional
fi que responsável por 300 a 400
famílias numa determinada área
geodemográfi ca. Que tarefas po-
derão desempenhar? Assegurar a
prevenção, a ligação com os hospi-
tais no internamento e após a alta,
o acompanhamento das crianças e
de pessoas acamadas, exemplifi ca
José Carlos Martins.
Nalguns pontos do país fi zeram-se
entretanto várias experiências des-
te tipo, ainda que não suportadas
em qualquer base legislativa, e o ex-
ministro Correia de Campos chegou
a admitir que ia criar esta carreira.
Porém, só em Junho do ano passado
www.millenniumbcp.pt
CRÉDITOEMPRESAS
MAIS 200 MILHÕES DE EUROSPARA APOIAR AUTARQUIASE PME PORTUGUESAS
O Millennium bcp, através da estreita relação com o Banco Europeu de Investimento, disponibiliza mais 200 milhões de euros para financiar a economia portuguesa. Este financiamento destina-se a projetos de média dimensão, PME e Autarquias e insere-se no objetivo global de facilitar o acesso ao crédito em condições mais vantajosas e ajudar no esforço de recuperação do país.
Sujeito a decisão de créditoInforme-se no Millennium bcp
707 50 24 24Atendimento Personalizado 24H
Custo Máximo por minuto: 0,10€ para chamadas a partir da rede fixa e 0,25€ para chamadas a partir da rede móvel. Acresce IVA.
6 | DESTAQUE | PÚBLICO, QUI 2 MAI 2013
Fontes: OCDE (dados de 2010) e Ordem dos Enfermeiros
Enfermeiros em PortugalEm milhares
Por sexo
Por especialidade
30
40
50
60
70
20122000
Especialistas
Cuidadosgerais
Rácio de enfermeiros por médicos na UEOs 5 melhores e os 5 piores
12.166
53.131
12.351
Reino UnidoHolanda, LuxemburgoIrlandaFinlândiaDinamarca
GréciaItáliaBulgáriaEspanhaPortugal
3,54,0
4,24,34,4
0,51,01,1
1,31,5
Número de enfermeiros quase duplicou numa década
65.467 53.301
Mais a sério, insiste em assegu-
rar que o actual funcionamento das
equipas nos CSP (que implica uma
distribuição de funções pelos vários
profi ssionais, de acordo com as su-
as competências) faz sentido tal co-
mo está. Ainda assim, sublinha que
defende a fi gura do enfermeiro de
família. “Um enfermeiro que deve
ter formação específi ca nesta área
tão exigente e que deve tornar-se
um especialista”, esclarece. Mas,
frisa, mantendo as suas funções. Da
mesma forma que o médico tam-
bém tem de ter formação específi ca
para se tornar um especialista em
Medicina Geral e Familiar.
“O grosso dos cuidados presta-
dos nos centros de saúde são de
enfermagem”, contrapõe Germano
Couto, para quem o actual modelo
implica “desperdício” de recursos
humanos e de dinheiro. Por que
razão é que um enfermeiro espe-
cialista em reabilitação é obrigado
a mandar para um médico uma
pessoa só porque esta precisa de
uma ajuda técnica (canadianas ou
andarilhos)?, pergunta. com An-drea Cunha Freitas
pa nos cuidados de saúde primários
tem de ser liderada por um médi-
co, ainda que inclua enfermeiros.
“Não podemos andar a querer fazer
o trabalho dos outros”, argumenta.
E conclui: “Não podemos resolver o
problema de falta de acesso a médi-
cos de família dizendo aos utentes:
‘Toma lá uma espécie de médico’.
“Imagine o que era um Conselho
de Ministros a funcionar sem um
primeiro-ministro”, compara
Uma das possibilidades que têm
desencadeado mais polémica é a do
acompanhamento das gravidezes
de baixo risco por enfermeiros. “E
um subtil sinal de alarme, quem é
que avalia?”, nota o bastonário da
OM, lembrando que cerca de 20%
das complicações nos partos são
imprevisíveis. Exigindo que os do-
entes tenham uma palavra a dizer
num processo destes, José Manuel
Silva avança ainda com uma provo-
cação: “Admitimos então uma coisa
diferente. Que o ministério passe
a criar nos centros de saúde duas
entradas. Uma para quem quer ser
seguido por um médico e outra para
quem prefere um enfermeiro”.
SAÚDE
Oalargamento das funções
dos enfermeiros é uma
das pastas nas mãos do
Ministério da Saúde e uma
das medidas apontadas
pela troika para reformar
o sistema de saúde português.
O investigador Gilles Dussault
coordena em Portugal um centro
colaborador da Organização
Mundial de Saúde sobre recursos
humanos e acaba de publicar
na Revista Latino-Americana de
Enfermagem um estudo sobre este
tema.
O trabalho contou com a
colaboração de vários especialistas
portugueses e com um inquérito
aos directores dos agrupamentos
dos centros de saúde sobre a
delegação de tarefas. Numa
entrevista ao PÚBLICO, o também
professor do Instituto de Higiene
e Medicina Tropical explica
que o estudo mostra que há
abertura e vantagem em delegar
funções e que os enfermeiros
estão preparados. Mas também
alerta que há muitas resistências,
nomeadamente no campo da
prescrição de medicamentos, e
defende que não tem havido nem
diálogo nem vontade política.
Que visão tem do Serviço
Nacional de Saúde neste
contexto de crise, visto que
também faz parte de um grupo
de análise do Relatório do Grupo Técnico para a Reforma Hospitalar?
Vamos ver cada vez mais pessoal
esgotado e que tem cada vez
mais trabalho e menos recursos.
Mas em termos de qualidade os
profi ssionais estão a prestar um
bom serviço. Se virmos as reformas
no seu conjunto, a importância foi
dada aos aspectos económicos e há
reformas fundamentais que ainda
não foram discutidas. Esse grupo
que mencionou sobre a reforma
hospitalar em relação aos recursos
humanos tem recomendações
muito fortes. Mas aqui em Portugal
temos um problema que não é
muito reconhecido: o desequilíbrio
ente os grupos profi ssionais.
Refere-se aos rácios de
enfermeiros abaixo das médias
da OCDE?
Exacto. Por exemplo, ao nível
das Unidades de Saúde Familiar
(USF) o número de enfermeiros
é igual ao número de médicos
e isso signifi ca que os médicos
vão acabar por fazer coisas que
poderiam ser feitas por outros
profi ssionais. Em outros países
como os Estados Unidos, Canadá,
Austrália e Inglaterra o rácio é
mais ou menos um médico por
cada três, quatro ou até cinco
enfermeiros.
Viveu em vários países da
América do Norte, Brasil,
Austrália... Que diferenças há
no papel dos enfermeiros?
Há países onde o enfermeiro
pode prescrever e há outros
como o Canadá que tem um
pequeno número de enfermeiros
que fi zeram uma formação mais
avançada e que têm direito a
tarefas mais complexas e que está
a discutir a abertura das tarefas a
todos os enfermeiros. O problema
não é técnico e a literatura é
muito clara. Se a formação dos
enfermeiros for adequada, não há
obstáculo. Todos os estudos que
temos indicam que a população
aceita facilmente essa mudança.
Entrevista Romana Borja-Santos
Governo não quer brigas com a Ordem dos Médicos e está a ser prudente
O investigador Gilles Dussault, que coordena em Portugal um centro da OMS, lembra que, no estrangeiro, as qualifi cações dos enfermeiros portugueses são facilmente reconhecidas
Se os enfermeiros estão
preparados e a população
aceita a mudança, onde está
a barreira? É um problema de
corporativismo?
Há resistências profi ssionais por
parte dos médicos, mas sobretudo
por parte das organizações e
menos por parte dos indivíduos.
Nas USF os médicos delegam de
modo informal. Mas também
há resistência nos próprios
enfermeiros. Mais tarefas implicam
mais responsabilidades. Qual é a
protecção jurídica que eu vou ter
se estou a fazer pequenos actos
cirúrgicos, se estou a prescrever?
Vou fazer mais, mas continuo a
receber o mesmo? Quando não há
resposta a essas perguntas, o que
vemos é uma atitude reservada.
No seu estudo refere-se que o
alargamento das tarefas pode
permitir a redução de custos.
O que vemos na literatura é que
a poupança é pouco signifi cativa
e o argumento da poupança não
deve servir para advogar essa
mudança. Se os enfermeiros com
funções alargadas contribuírem
para melhorar o acesso aos
serviços, no fi nal vamos gastar
mais ou menos o mesmo, mas
estamos a gastar melhor. Mas
claro que há poupanças, tais como
menos visitas ao hospital e menos
consultas especializadas.
O Ministério da Saúde está
a trabalhar no sentido de
defi nir o papel do enfermeiro
de família. Para si, como
funcionaria esta fi gura?
Seria o primeiro ponto de contacto
a fazer a fi ltragem dos utentes.
Tudo o que são pacientes crónicos
estáveis ou gravidezes normais
podem ser da responsabilidade
desses enfermeiros sem qualquer
PÚBLICO, QUI 2 MAI 2013 | DESTAQUE | 7
risco para o paciente.
Mas no inquérito que fez aos
directores dos agrupamentos
de centros de saúde no âmbito
do seu estudo os responsáveis
pareciam resistentes...
Não diria que são resistentes,
formulam é mais perguntas. Mas
quando se fala em haver formação
adequada, então tendem a estar
de acordo. Pelo que vejo como
observador, os enfermeiros em
Portugal já têm uma formação de
base mais qualifi cada do que a que
estão a utilizar. Quando vemos
os enfermeiros que saem do país
para trabalhar em Inglaterra, as
suas qualifi cações são facilmente
reconhecidas. Há procura e é ainda
mais fácil recrutar porque o país
não os absorve e precisava.
Mesmo assim, seria necessário
adaptar os cursos?
Claro. Mas o primeiro passo era
defi nir o que seriam as novas
tarefas para adaptar os processos
formativos. Isso vai signifi car
formação dos enfermeiros que já
estão a exercer a sua actividade e
alterar os processos de formação
dos novos.
Se o Ministério da Saúde já
disse que quer avançar neste
sentido, quem não está a querer
conversar?
É preciso envolver todos os
intervenientes – ordens, sindicatos,
instituições de formação – e
começar a discussão. Impor de
cima novas modalidades de divisão
do trabalho não vai funcionar. Tem
de se construir através do diálogo
político um consenso mínimo.
No estudo, deram como
exemplo tarefas que são quase
sempre dos cuidados primários.
É mais difícil implementar este
conceito nos hospitais?
É a mesma coisa. É identifi car
as tarefas, como por exemplo
a preparação pré-cirúrgica que
pode ser da responsabilidade
do enfermeiro. Isso foi estudado
e os resultados são os mesmos
em termos de qualidade, ou até
melhores quando a comparação é
com um jovem médico que acabou
de terminar a sua formação. A
comunicação em geral é percebida
pelo utente como melhor.
O primeiro passo poderia ser
com experiências-piloto em
USF?
Claro. Não faz parte da cultura
administrativa de Portugal
dar mais autonomia. Mas as
pessoas gostam de ter mais
autonomia e aceitam ter mais
responsabilidades. Vai ter de haver
regras gerais, mas que podem ser
defi nidas a partir das experiências
no terreno.
As resistências de alguns
participantes no estudo
surpreenderam-no?
Era esperado que a resistência
viesse mais de quem tem o direito
a prescrever e que a aspiração a
expandir as tarefas viesse dos que
acham que poderiam fazer isso
mas que não têm o direito. Há,
porém, muita falta de familiaridade
com o que está a acontecer nos
outros países, como em Espanha,
em que o enfermeiro, em alguns
casos, já pode prescrever.
A questão da prescrição é
sempre a mais polémica...
Quando falamos de prescrever, não
é qualquer coisa e é em contextos
particulares, como, por exemplo,
a renovação de receitas para
pacientes crónicos estáveis. Vemos
que as reacções de resistência
vêm de pessoas que acham que
expandir as tarefas é uma invasão
do território do outro.
Acha que se confunde o
delegar com o poder dispensar
médicos?
Não estamos a falar de
substituição, mas de redefi nição da
divisão das tarefas. O médico vai
desempenhar cada vez mais um
papel de liderança de equipas de
trabalho.
No encontro a decorrer
no Instituto de Higiene e
Medicina Tropical discute-se a
regulamentação profi ssional.
É aí que pode estar a chave da
mudança?
Sim e também deve haver uma
redefi nição do papel das ordens
profi ssionais. A separação entre
a actividade da ordem e dos
sindicatos está mais clara em
países como o Reino Unido. A
ordem deve ter como papel a
protecção do utente e não do
médico ou do enfermeiro e isso
exige uma mudança cultural
porque aqui os profi ssionais vêem
a ordem como uma organização
para promover a profi ssão.
Quanto tempo demora uma
reforma destas?
Depende da vontade política. A
reforma dos cuidados de saúde
primários começou em 2005 de
forma muito forte, mas depois o
ritmo fi cou mais lento e não tenho
a certeza de que haja uma vontade
política. Em contexto de crise
pode ser um bom momento, mas
também pode ser menos bom.
Bom momento no sentido de que
algo deve ser feito, e menos bom
porque a percepção é de que isto
é feito só para poupar dinheiro. O
tema não está na agenda política.
O Governo não quer brigas com
a Ordem dos Médicos e está a ser
prudente.
RUI GAUDÊNCIODussault lembra que, por vezes, os enfermeiros fazem melhor do que jovens médicos inexperientes
No Centro de Saúde de Vila
do Campo, na ilha de S.
Miguel, Açores, os médicos
tiveram que se sentar à
mesa com os enfermeiros
p a r a c o m p a t i b i l i z a r
os horários e facilitar a vida à
população. “As pessoas deixaram
de ter que vir ao centro de saúde
duas ou três vezes [consecutivas] e
já não têm que contar a sua história
de vida a vários profi ssionais de
saúde”, descreve Luís Ferreira,
coordenador do grupo responsável
pela concretização da experiência-
piloto do enfermeiro de família, que
arrancou há cerca de dois anos nos
Açores.
À partida, o Centro de Saúde de
Vila do Campo tinha condições
ideais para lançar a experiência: o
edifício estava remodelado, quase
toda a população tinha médico de
família e o conselho de administra-
ção do estabelecimento estava sen-
sível e receptivo à ideia. O número
de enfermeiros também respondia
às necessidades. Os 12 enfermeiros
foram então divididos pelas 4143
famílias da vila.
“Progressivamente, foi-se intro-
duzindo uma nova fi losofi a de cui-
dados. A família passou a ser vis-
ta como cliente que necessita de
cuidados globais. E o enfermeiro
Em Vila do Campo, as pessoas vão menos vezes ao centro
passou a ser o profi ssional de re-
ferência e o gestor do projecto de
saúde”, explica Luís Ferreira.
Como mandam as orientações
da Organização Mundial de Saú-
de (OMS), cada profi ssional fi cou
com uma área geodemográfi ca, o
que lhe permite “conhecer as ru-
as, a área em que as pessoas vivem
e identifi car todos os recursos da
comunidade”. No fundo, sintetiza
o coordenador, “além de dar vaci-
nas, faz consultas de enfermagem a
grávidas e a crianças, vai a casa das
pessoas, avaliar o contexto em que
vivem”. E qual é o papel dos médi-
cos? “Acabam por ser um recurso
de saúde que é mobilizado caso seja
necessário”, explica.
Não foi, admite, uma tarefa fácil.
“Esta autonomização foi vista como
um usurpar de funções, mas temos
que ter consciência de que a saú-
de é de tal modo complexa que é
impensável que só um profi ssional
de saúde seja capaz de satisfazer
todas as necessidades das pesso-
as”, frisa.
Além dos Açores, há experiên-
cias deste tipo em outros pontos
do país, apesar de faltar ainda a
base legal que vai dar sustentação
à fi gura do enfermeiro de família.
Pioneira foi a Unidade Local de Saú-
de de Matosinhos (ULSM), que in-
clui o hospital e os quatro centros
de saúde locais e desde há mais de
uma década arrancou com uma
experiência inovadora deste géne-
ro. “Começamos a criar pequenas
equipas com enfermeiros, médicos
e secretários clínicos que passaram
a centrar os cuidados de saúde na
família”, recorda Margarida Filipe,
enfermeira-directora da ULSM.
Hoje, nos centros de saúde de
Matosinhos não há “população a
descoberto” (sem médico ou en-
fermeiro atribuído) e a maior parte
dos enfermeiros são especialistas
ou têm pós-graduações. Uma mu-
lher que engravida em Matosinhos
tem um plano de acompanhamen-
to com consultas médicas e de en-
fermagem e, após o nascimento, o
enfermeiro é quem vai a casa dar
apoio e quem agenda a primeira
consulta médica do bebé. “Não há
duplicações e sai mais barato”, con-
clui Margarida Filipe.
Alexandra Campos
Experiência-piloto nos Açores arrancou há dois anos
8 | PORTUGAL | PÚBLICO, QUI 2 MAI 2013
Varela Martins pediu demissão de procurador no Tribunal de Contas
RUI GAUDÊNCIO
Procurador alega não existirem provas de que Jardim e membros do seu governo tivessem intervindo na violação das normas orçamentais
O procurador-geral adjunto junto da
secção regional do Tribunal de Con-
tas (TC) na Madeira, Varela Martins,
pediu dispensa das funções, na se-
quência do despacho do juiz conse-
lheiro que o censurou publicamente
por não levar a julgamento membros
do governo regional aos quais eram
imputadas responsabilidades na
ocultação de dívidas dos institutos
da Saúde e do Desporto.
“Pedi à senhora procuradora-
geral da República que me liberte
destas funções porque não tenho
serenidade para continuar”, reve-
lou o magistrado Varela Martins ao
PÚBLICO. O pedido a Joana Marques
Vidal de transferência para o lugar
de origem na Procuradoria Distrital
de Lisboa foi formulado na segunda-
feira, dia da publicação do despacho
do juiz conselheiro da secção regio-
nal do TC, João Aveiro Pereira.
“É a primeira vez em 33 anos de
serviço que vejo um juiz fi scalizar
o Ministério Público”, reage Varela
Martins. A Madeira “foi o sítio em
que mais mal recebido fui em toda a
minha vida profi ssional”, revela.
“Cheguei à Madeira conotado com
o PS, saio conotado com o PSD”, la-
menta. No continente foi acusado de
proximidade aos socialistas por ar-
quivar o inquérito aos investigadores
do “caso Freeport” e o do presidente
da Câmara de Cascais, José Luís Ju-
das. Na ilha foi acusado, nomeada-
mente por partidos da posição, de
favorecimento ao poder regional no
arquivamento de auditorias.
Nas declarações ao PÚBLICO na
manhã de terça-feira, horas antes
da Procuradoria-Geral da Repúbli-
ca ter difundido um comunicado a
anunciar a abertura de um “inquéri-
to urgente” aos serviços do Ministé-
rio Público junto do TC na Madeira,
Varela Martins revelou ter solicitado
também uma auditoria à actividade
por si desenvolvida, entre Setembro
de 2011 até agora, no Funchal. “Re-
puto ser uma pessoa honesta e de
tentar decidir sem preconceitos. Co-
mo a minha honestidade é posta em
causa, de forma tão contundente,
e não tendo armas para combater,
vou-me embora”, justifi cou.
Sucessor de Joana Marques Vi-
dal – que acumulou, interinamen-
te, de Janeiro a Setembro de 2011,
as funções de representante do MP
que desempenhava junto do TC dos
Açores com as da Madeira –, Varela
Martins destaca alguns processos
que mandou para julgamento: o es-
candaloso fi nanciamento dos par-
tidos da assembleia regional e do
médico do presidente do governo,
Marcelino Andrade, que recebeu in-
devidamente cerca de 400 mil euros
em vencimentos e horas extraordi-
nárias. “Eu não tenho medo”, subli-
nha. Depois lamenta: “A comunica-
ção social faz do Ministério Público
o elo mais fraco da Justiça”.
Em relação ao processo em que
decidiu não levar a julgamento Jar-
dim e membros do governo regional,
o magistrado alega não existir prova
de que estes tivessem intervenção na
violação das normas orçamentais.
Para que a responsabilidade civil e
criminal, incluindo a reposição de
verbas, recaísse sobre membros do
executivo, “bastava que o tribunal
solicitasse e juntasse aos autos o
procedimento administrativo cor-
respondente, mas não o fez”, frisa.
No despacho em que a PGR soli-
cita ao presidente do Tribunal de
Contas o apuramento de responsa-
bilidade disciplinar de João Aveiro
Pereira, este juiz acusa Varela Mar-
tins de ignorar a responsabilidade
fi nanceira dos membros do governo
e de notifi car apenas os restantes
indiciados. Refere ainda ser “incom-
preensível” e “chocante” a recusa
do MP, “não porque não haja factos
e provas em abundância, que tor-
nam os indícios fortes, indeléveis
e não escamoteáveis, mas porque
optou por uma linha de raciocínio
divergente da realidade plasmada
na auditoria” aos encargos da ad-
ministração regional “varridos para
debaixo do tapete” em 201O.
Acusado de favorecer o governo regional, por não levar a julgamento os seus membros, magistrado pediu transferência para Lisboa. “Cheguei à Madeira conotado com o PS, saio conotado com o PSD”, lamenta
MadeiraTolentino da Nóbrega
Arquivamento de auditorias gera polémica
Outros acusados de favorecer o poder regional
Antecessores de Varela Martins no MP no Tribunal de Contas da Madeira, como Marques de Freitas
e Orlando Ventura foram igualmente censurados pela oposição pelo arquivamento de processos que imputavam responsabilidades financeiras, integratórias e sancionatórias a governantes e autarcas. Em 2003, o caso de “sacos azuis” em Machico e Santa Cruz prescreveu por negligência. Um inquérito do presidente do TC conclui que houve “violação de deveres de competência
na tramitação processual.” Também por julgar ficou o processo das viagens-fantasma de deputados regionais aos quais eram imputados crimes de peculato, burla agravada e falsificação de documentos. Por esta investigação, o antigo juiz conselheiro Ernesto Cunha foi declarado persona non grata e excluído por Jardim do protocolo regional. Sem pronúncia ficam as auditorias às adjudicações das iluminações de fim de ano desde 1996 à SIRAM e aos subsídios a clubes que tinham contas congeladas.
PÚBLICO, QUI 2 MAI 2013 | PORTUGAL | 9
Problema de Portugal está na dívida, disse o primeiro-ministro
O primeiro-ministro, Pedro Passos
Coelho, reiterou ontem estar dispo-
nível para discutir um novo acordo
de concertação social sobre o cres-
cimento económico e o emprego,
sustentando que a realidade mudou
e que é preciso “adaptar as coisas”.
As posições do chefe do Governo fo-
ram assumidas durante um encon-
tro, num hotel de Lisboa, com os
Trabalhadores Sociais-Democratas
(TSD) no âmbito das comemorações
do Dia do Trabalhador.
Ao longo de mais de meia hora,
Passos Coelho centrou a sua inter-
venção dirigida aos TSD, tendência
englobada na UGT, nos problemas
da governação e do país, deixando
também vários alertas implícitos
ao PS sobre a qualidade do debate
político em Portugal. “Precisamos
de que haja realismo sufi ciente dos
partidos e dos sindicatos para que
os portugueses não ouçam o debate
público como um debate de surdos.
Precisamos de criar condições para
que nos possamos ouvir em Portu-
gal”, afi rmou.
O chefe do executivo e presiden-
te do PSD referiu que o documento
para o crescimento e emprego lan-
çado pelo Governo começou a ser
preparado no Verão passado e agora
“precisa de dar frutos”.
Neste contexto, Passos disse exis-
tir abertura do Governo para pro-
postas de outras áreas políticas,
Passos Coelho reafirma disponibilidade para novo acordo de concertação social
“dos parceiros sociais e em parti-
cular da UGT”, e que “se isso for o
princípio de um novo acordo social,
que o seja”. E adiantou: “Valoriza-
mos o acordo de Janeiro de 2012,
mas não temos de fi car cristalizados
em torno daquela letra. A socieda-
de evoluiu, o ajustamento foi mais
rápido e mais profundo, devemos
adaptar as coisas. Se tivermos aqui
um princípio de um novo entendi-
mento, excelente, estamos disponí-
veis para isso”.
O primeiro-ministro defendeu
que o problema do país “não está
nas taxas de juro, mas na dívida”
acumulada, e que para Portugal “ga-
nhar qualidade creditícia” as contas
“têm de bater certo”. E sublinhou:
“Há um mito que se instalou e eu
gostaria de deixar um contributo
para o afastar, que é o de que o Go-
verno só não corta nos juros se não
quiser”.
O chefe do Governo advertiu que
é preciso “encontrar um entendi-
mento sobre a realidade e não sobre
a fi cção” e que, “se fosse em razão
dos juros”, o país devia “preferir fi -
car a vida inteira sob a assistência
económica e fi nanceira”, já que nun-
ca pagou “juros tão baixos”.
Passos considerou, por fi m, que a
sociedade e as empresas precisam
“de cooperar mais”. E advertiu que
o país “precisa de um entendimento
de longo prazo sobre as bases essen-
ciais do crescimento e da reforma”
do Estado.
“Da mesma maneira que o Estado
precisa de um entendimento de lon-
go prazo sobre as bases essenciais
do crescimento e da sua reforma,
precisamos na sociedade de ser
mais cooperativos, de juntar enge-
nho, força e capacidade de traba-
lho”, afi rmou o líder do PSD.
ENRIC VIVES-RUBIO
Governo
O crescimento e a reforma do Estado estão na base de uma nova proposta de negociação que substitua a de Janeiro de 2012
A Cáritas Portuguesa afi rmou on-
tem que o “mundo laboral” vive
actualmente “debaixo de um sen-
timento de medo” que condiciona e
obriga os trabalhadores a aceitarem
“todas as regras e todas as imposi-
ções”. “Não podemos permitir que
isto aconteça. Não podemos permi-
tir que ter um emprego – seja ele
qual for e em que condições – se
torne uma atitude de resignação”,
sublinhou a Cáritas numa mensa-
gem publicada no seu site para as-
sinalar o Dia do Trabalhador.
Naquela mensagem, a organiza-
“Sentimento de medo” obriga trabalhadores a aceitarem tudo, denuncia a Cáritas
periferias da participação cidadã”,
lamentou.
A Cáritas referiu, ainda, que a
“imagem de ‘fracasso’ está desde
sempre associada” aos desempre-
gados e que a crise “veio agudizar
esta realidade”. Mesmo não tendo
falhado no plano pessoal, muitos
portugueses “sentem-se derrotados.
Para estes, o Governo e a sociedade
civil têm de encontrar novas respos-
tas”, defendeu. “Não podemos es-
perar que os programas e planos de
combate ao desemprego sejam hoje
os mesmos que eram há cinco anos.
As pessoas e os problemas que car-
regam consigo não são as mesmas e
as causas são também muito diferen-
tes”, sustentou na mensagem.
Por fi m, a Cáritas, sublinhou que é
preciso estabelecer “novas dinâmi-
cas de organização da própria socie-
dade, renovar a capacidade de cor-
rer riscos” e encontrar novas formas
de dignifi car o trabalho.
ção manifestou a sua solidariedade
com “todos os que estão sem tra-
balho ou o têm, mas não recebem
salários”, assegurando que “não
cruzará os braços na procura de
caminhos que levem Portugal a
ser um país de maior justiça so-
cial, alicerçada no sentido do bem
comum”.
A Cáritas lembrou que a taxa de
desemprego em Portugal nunca foi
tão elevada, acima dos 17%, o que,
para a instituição, signifi ca que “o
acesso ao trabalho está a ser negado
a muitos cidadãos que vêem assim
as suas vidas atiradas para o beco
da exclusão social”. Além da perda
de rendimentos, não ter trabalho é
também “perder estatuto social”,
porque, para a sociedade, apenas os
que são “activos” e que “produzem”
têm valor e lugar social, salientou.
“Isto faz com que os que vêem a sua
actividade limitada por via do de-
semprego se sintam colocados nas
Cidadania
Os sem-emprego ficam nas periferias da participação, o que torna necessário novos programas contra o desemprego
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10 | PORTUGAL | PÚBLICO, QUI 2 MAI 2013
DANIEL ROCHA
Exames do 4.º ano vão deixar outras crianças sozinhas em casa
Na próxima semana, cerca de 100 mil alunos do 4.º ano vão fazer exame de Português e Matemática
Enquanto os cerca de 100 mil alunos
do 4.º ano estiverem a fazer exame,
nas manhãs de terça e sexta-feira da
próxima semana, pelo menos parte
dos estudantes das escolas básicas de
2.º e 3.º ciclos terá de fi car em casa.
“Mais um motivo de preocupação”,
lamenta o presidente da Confede-
ração Nacional das Associações de
Pais (Confap), Jorge Ascensão, que
acredita que “muitas famílias não te-
rão condições para tomar conta das
crianças, nesses dias”.
Os directores têm vindo a alertar
para o problema desde que o Minis-
tério da Educação e Ciência (MEC)
os notifi cou, em meados de Março,
de que deviam congregar no mesmo
espaço, nomeadamente nas escolas-
sede dos respectivos agrupamentos,
“o maior número possível de alunos”
do 4.º ano, em dias de exame.
A necessidade de concentração
das crianças que frequentam as es-
colas do 1.º ciclo (em edifícios que
chegam a estar a 20 e 30 quilóme-
tros da escola-sede) resulta de vários
factores. Ao contrário do que acon-
tecia com as provas de aferição, os
enunciados dos exames terão de ser
entregues, no próprio dia, por mi-
litares da GNR, como acontece nos
casos das provas nacionais realiza-
dos noutros níveis de ensino. Além
disso, os exames do 4.º ano serão
vigiados por professores de outro ci-
clo e de áreas disciplinares diferentes
daquelas sobre as quais incidem as
provas – de Português, no dia 7, e de
Matemática, a 10.
Os directores não contestam as
vantagens de juntar aqueles alunos,
mas têm avisado que a decisão tem
consequências para os restantes.
“Para criar condições para que 300
alunos façam exames na escola-sede,
não posso acolher os 500 que habitu-
almente lá têm aulas: não dispomos
de salas, de funcionários e de pro-
fessores em número sufi ciente”, diz
Filinto Lima, dirigente da Associação
Nacional de Directores de Agrupa-
mentos e Escolas Públicas (ANDAEP).
Filinto Lima frisa que as soluções va-
riam de agrupamento para agrupa-
mento, consoante o número de alu-
nos do 4.º ano, o de estudantes com
aulas nas escolas-sede nas manhãs de
terça e sexta, a quantidade de salas
e os professores e funcionários dis-
poníveis. “Sei de escolas que, apesar
das difi culdades, asseguram as aulas
os alunos 6.º e 9.º, por serem anos de
exame”, exemplifi ca; “noutros casos,
as direcções optaram por concentrar
nesses dois dias as visitas de estudo
do 2.º e 3.º ciclos”, acrescenta Ma-
nuel Pereira, da Associação Nacional
de Dirigentes Escolares (ANDE).
Os dois dirigentes dizem-se certos,
contudo, de que, “na maior parte das
escolas”, “muitos alunos” fi carão a
cargo das famílias. Jorge Ascensão,
da Confap, também teme que sim.
“Com uma agravante”, sublinha: “Os
pais dos alunos do 4.º ano já sabiam
que se iriam confrontar com inú-
meros problemas decorrentes dos
exames, mas os pais dos restantes
estudantes, em muitos casos só esta
semana estão a ser notifi cados que os
seus fi lhos não deverão ir à escola nas
manhãs de terça e de sexta”.
Recém-eleito, o presidente da
Confap ressalva que quer fazer um
mandato “pela positiva, construti-
vo”. Por isso e por ter garantias do
MEC “de que os erros cometidos es-
te ano serão analisados e evitados
no ano que vem”, não quer “exa-
gerar nas críticas”. Ainda assim,
afi rma não ter dúvidas de que, na
próxima semana, “são as famílias
que vão sofrer na pele” as conse-
quências da decisão de “promover
exames nacionais sem espaços e
recursos adequados para o efeito”.
“O MEC e as direcções das escolas
esperam que os pais faltem ao traba-
lho? Que de véspera peçam dois dias
de férias? Num momento de tantas
difi culdades fi nanceiras, certamente
que não acreditam que possamos
pagar a terceiros para nos fi carem
com os fi lhos”, comenta.
Diz temer que as crianças (algumas
de 10, 11 anos) fi quem “sozinhas em
casa”, uma preocupação que é parti-
lhada por Rui Martins, dirigente Con-
federação Nacional Independente
de Pais e Encarregados de Educação
(CNIPE). Ambos estão apreensivos,
também, com as crianças que fazem
exame para a semana, nomeadamen-
te devido à perturbação que a deslo-
cação lhes pode vir a causar. Aparen-
temente os problemas do transporte
estão ultrapassados – tanto o MEC
como a Associação Nacional de Mu-
nicípios Portugueses informam que
será assegurado pelas autarquias ou
pelos agrupamentos de escolas.
O dirigente da Confederação Nacional das Associações de Pais está preocupado com o facto de parte das escolas fecharem portas a uns alunos para poderem receber os outros, na próxima semana
Ensino básicoGraça Barbosa Ribeiro
PÚBLICO, QUI 2 MAI 2013 | PORTUGAL | 11
A Direcção-Geral da Saúde alerta os
portugueses que tenham uma via-
gem planeada para Angola ou que te-
nham vindo do país há pouco tempo
que estão a ser detectados casos de
febre de dengue em pessoas que es-
tiveram recentemente naquele país.
Num comunicado, o director-geral da
Saúde lembra também que “a febre
de dengue encontra-se, igualmen-
te, difundida na maioria das regiões
tropicais e subtropicais do globo” e
que a doença é transmitida pela pi-
Direcção-Geral da Saúde alerta viajantes para surto de dengue em Angola
cada dos mosquitos infectados com
o vírus, não podendo ser passada de
pessoa para pessoa.
Esta doença propaga-se através de
vários mosquitos do género Aedese
e provoca sintomas semelhantes
a constipações e gripes, podendo
tornar-se hemorrágica e mortal. As-
sim, Francisco George recomenda
às pessoas que durante a estadia ou
até 21 dias depois de regressarem de
Angola ou de outras zonas onde exis-
ta a doença que fi quem atentos às
“queixas sugestivas de dengue, no-
meadamente febre de início súbito
com dores de cabeça, dores muscu-
lares, dores articulares, ou ainda,
mais raramente, manchas no corpo
ou hemorragias”.
Em relação ao tratamento, a Direc-
ção-Geral da Saúde alerta que por
existir a possibilidade de hemorragia
está contra-indicado o uso de medi-
camentos como a aspirina (ácido ace-
SaúdeRomana Borja-Santos
Doença é transmitidapor mosquito e pode demorar até 21 dias a manifestar-se. Febreé o sintoma mais comum
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tilsalicílico) e de anti-infl amatórios
não esteróides como o ibuprofeno.
Para controlar a febre deve dar-se
preferência ao paracetamol e ligar
para a Linha Saúde 24 (808 24 24 24)
ou contactar o médico assistente.
“A principal medida de prevenção
é a protecção contra a picada de mos-
quitos, através do uso de roupas ade-
quadas e da aplicação de repelente”,
explica Francisco George. Assim, em
caso de viagem para Angola, as auto-
ridades de Saúde recomendam que
os turistas utilizem roupas frescas,
largas, de preferência de cores cla-
ras e que cubram o máximo possí-
vel o corpo. Há mais recomendações
que foram dadas aquando do surto
na Madeira. Até à semana passada
a dengue tinha sido diagnosticada
em 30 portugueses, nomeadamente
na consulta pós-viagem do Instituto
de Higiene e Medicina Tropical, em
Lisboa, adiantou a Lusa.
A doença propaga-se através de mosquitos do género Aedese
A ex-ministra da Saúde Ana Jorge
alertou que é impossível cortar 500
milhões de euros no sector até 2016
sem reduzir a qualidade e o acesso ao
Serviço Nacional de Saúde (SNS). “Se
fosse ministra, sendo profi ssional de
saúde, não conseguiria nem poderia
cortar 500 milhões, quando existe
uma crise social, muito desemprego,
carências graves e fome”, afi rmou à
Lusa Ana Jorge.
A pediatra no Hospital Garcia da
Orta, em Almada, nota que os hospi-
tais estão a funcionar com “equipas
muito reduzidas e têm difi culdade
de acesso a meios complementares
de diagnóstico e meios terapêuticos”
e que “existe um aumento das listas
de espera para consultas e para ci-
rurgias” em resultado dos cortes já
efectuados.
Corte de 500 milhões é impossível, diz Ana Jorge
Serviço Nacional de Saúde
PÚBLICO, QUI 2 MAI 2013 | PORTUGAL | 13
PAULO PIMENTA
Processos pendentes continuaram a aumentar e atingem recorde em 2012
A duração média dos processos passou de 33 meses em 2007 para 29 meses em 2011
O número de processos pendentes
nos tribunais judiciais de primei-
ra instância continuou a subir em
2012, em comparação com os anos
anteriores, revelam as mais recentes
estatísticas da Direcção-Geral da Po-
lítica de Justiça. Não sendo brutal, o
aumento de perto de 18 mil proces-
sos é desvalorizado pelo Ministério
da Justiça, que prefere focar-se nos
dados do último trimestre do ano.
“É extraordinariamente positivo
que no quarto trimestre de 2012 se
tenha verifi cado uma redução de 0,4
por cento no número de processos
pendentes”, observa uma adjunta
da ministra da Justiça, Susana Videi-
ra, para quem a redução é fruto de
algumas medidas tomadas pela tu-
tela e pode mesmo confi gurar uma
tendência. “No momento que o país
atravessa o aumento das pendên-
cias, é expectável”, prossegue.
São mais que muitos os processos
resultantes de créditos ao consumo
que fi caram por pagar, de telemó-
veis que emudeceram por a conta
não ter sido saldada. No fi nal de
2011 acumulavam-se nos tribunais
judiciais de primeira instância um
total de 1.701.673 processos, núme-
ro que em Dezembro passado subiu
para 1.719.614. Representando um
crescimento de 1,6%, as estatísticas
não incluem os dados dos tribunais
de execução de penas. E tudo po-
dia ter sido ainda pior. Segundo a
Direcção-Geral da Política de Justiça,
o número de processos terminados
— mesmo assim mais 11,3% face a
2011, totalizando mais de 800 mil —
não foi sufi ciente para acompanhar
a quantidade de processos entrados,
mais 26.692 do que no período ho-
mólogo anterior. Susana Videira re-
alça que o aumento de pendências
foi bem maior entre 2010 e 2011.
“Os processos cíveis corresponde-
ram em 2012 a cerca de 72 por cen-
to do total de processos entrados”,
descreve uma nota informativa que
acompanha a estatística. Os dados
mais recentes sobre a duração mé-
dia dos processos dão conta de que
passou, na justiça cível portugue-
sa, de 33 meses, em 2007, para 29
meses em 2011. Metade desse tem-
po é gasto a tentar notifi car a parte
contrária no processo, revelava um
estudo divulgado no fi nal do ano. “A
taxa de resolução processual, que
mede a capacidade do sistema num
determinado ano para enfrentar a
procura verifi cada no mesmo perí-
odo, foi, em 2012, de 96,8%, tendo-
se verifi cado uma melhoria face ao
valor de 95,2% registado em 2011”,
refere ainda a Direcção-Geral da
Política de Justiça. Na área penal, o
total de processos-crime em fase de
julgamento fi ndos diminuiu cerca de
12,3% entre 2007 e 2011. Os crimes
rodoviários ocuparam, em 2011, um
lugar de relevo nos tribunais, com
cerca de 36,1% do total de crimes
julgados. A seguir surgiam os furtos
e roubos (11,6%) e os crimes de ofen-
sas à integridade física (11,3%).
Redução de pendências no último trimestre do ano passado pode ser o início de inversão da tendência, diz Ministério da Justiça, que desvaloriza o aumento de 1,6% em relação a 2011
Justiça Ana Henriques
Insolvências particulares quase duplicam as das empresas
Processos cresceram cinco vezes em apenas cinco anos
Embora as estatísticas do Ministério da Justiça (MJ) dêem conta de um aumento das insolvências
tanto no que diz respeito aos particulares como no que se refere às empresas, é no primeiro caso que o problema atinge patamares mais preocupantes. “Regista-se um aumento, na comparação do quarto trimestre de 2007 com o quarto
trimestre de 2012, do peso das pessoas singulares no total de processos”, refere uma nota informativa. Em cinco anos, as insolvências das famílias quase quadruplicaram, passando de 17,6% para 65,3% do total. Já no caso das pessoas colectivas de direito privado, como é o caso das empresas, a tendência foi inversa: de 81,8% desceram para 34,7% do total. Nas insolvências
decretadas nos tribunais judiciais de 1.º instância destaca-se “uma tendência acentuada para o seu crescimento, sendo que o valor registado no quarto trimestre de 2012 [4154] corresponde a mais de cinco vezes e meia o valor registado no quarto trimestre de 2007 [729]”. O “salto” terá ocorrido entre 2010 e 2011, com um aumento de 75,4% [de 1780 para 3123].
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1,7Havia 1.719.614 processos pendentes nos tribunais de primeira instância no final de 2012. O valor mais alto dos últimos 16 anos
14 | LOCAL | PÚBLICO, QUI 2 MAI 2013
Tribunal obriga Câmara de Faro a manter o parque de lazer das Figuras
VIRGÍLIO FERREIRA
Presidente da Câmara já prometeu manter o parque de lazer das Figuras “ao serviço da população para recreio e desporto”
O Tribunal Central Administrativo
do Sul (TCAS) travou a pretensão da
Câmara de Faro de eliminar um par-
que de lazer – uma área de quatro
mil metros quadrados, situado à en-
trada da cidade, junto à urbanização
Horta das Figuras. No lugar da zona
verde previa-se a construção de uma
bomba de gasolina e, eventualmen-
te, de mais uma área de comércio
e serviços.
O confl ito entre os moradores da
Hortas das Figuras, que se opunham
ao projecto da autarquia, e o muni-
cípio arrastava-se há oito anos. Ago-
ra, o presidente da câmara, Macário
Correia, garante que “a população
contará para sempre com o parque
de lazer das Figuras e com os seus
relvados sem qualquer alteração”.
Anteontem à noite, a assembleia
municipal tomou conhecimento do
acórdão, que reduz à nulidade a deli-
beração que este órgão tinha tomado
em 2005, quando desafectou para o
domínio privado o lote de terreno
da Horta das Figuras, que fora ce-
dido à autarquia destinado a zona
verde. A aprovação que, na altura,
contou com o apoio das principais
forças políticas, foi justifi cada pela
necessidade de salvar o Sporting Fa-
rense da falência. Com essa parcela
em seu poder, diz a câmara, o clube
“ terá fi rmado um compromisso com
uma empresa petrolífera com vista
à criação de um posto de combustí-
vel nesse local”. Porém, uma acção
judicial, movida pelos moradores da
urbanização, travou o negócio.
O acórdão do TCA chegou na al-
tura em que começa a discussão
pública do Plano de Pormenor do
Sítio da Má Vontade e das Pontes de
Marchil – no qual este espaço (lote
54) se inclui –, que já poderá ser ur-
banizado, como previsto. A proposta
de construção, diz Macário, é que,
“nestas novas circunstâncias, dei-
xará de contar com esse lote [54], o
qual na versão seguinte do trabalho
será eliminado”.
O representante dos moradores,
Luís Martins, sublinha que a câmara
foi “forçada a reconhecer os direitos
que assistiam aos cidadãos, na defesa
de uma zona verde”. Macário Correia
desdramatiza. “Ao executar, como
parece óbvio, a decisão judicial, os
órgãos do município manterão o par-
que de lazer das Figuras ao serviço da
população para recreio e desporto”.
Amanhã, a câmara apresenta o Plano
de Pormenor do Sítio da Má Vontade,
que abrange 83 hectares e fi ca em
discussão pública até 23 de Maio.
Embora o autarca garanta que a
população “contará para sempre”
com o parque de lazer das Figuras,
Luís Martins ainda não dá o caso
por encerrado: “Vamos estar aten-
tos, porque há muitos interesses em
presença.” Segundo os moradores,
o relvado do parque de lazer daria
lugar a uma edifi cação com 2552 me-
tros quadrados – dois pisos acima do
solo e um em cave. Macário Correia
justifi ca: “Enquanto não existia uma
decisão judicial, os órgãos munici-
pais estavam vinculados à delibera-
ção tomada há alguns anos. Por isso,
à cautela, sem se saber o sentido do
acórdão, foi mantido nos estudos
prévios do Plano de Pormenor do
Sítio da Má Vontade e das Pontes de
Marchil um lote eventual.”
Os moradores desta urbanização,
numa primeira acção, intentada no
Tribunal Administrativo e Fiscal de
Loulé, perderam. Não desistiram. O
TCAS deu-lhes razão, tendo a sen-
tença transitado em julgado a 19 de
Abril. O parque de lazer faz parte da
Estrutura Verde Principal da cidade,
salvaguardado pelo alvará da urbani-
zação das Figuras, emitido em 1990.
A assembleia municipal aprovou a
29 de Abril o novo Regulamento de
Urbanização e Edifi cação, justifi ca-
do pela necessidade de incorporar
“alterações legislativas” ocorridas
nos últimos dois anos. Um dos as-
pectos considerados, sublinha a câ-
mara, foi a necessidade de “criar um
maior equilíbrio nos encargos para
a compensação da falta de espaços
verdes e equipamentos”.
O Plano de Pormenor do Sitio da Má Vontade e Pontes de Marchil, que vai ser apresentado amanhã, terá que sofrer alterações para se conformar à sentença – manter o local como zona verde
AutarquiasIdálio Revez
Bicicletas de uso partilhado
Concurso público prevê concessão de 20 anos
A Assembleia Municipal de Faro aprovou a proposta do executivo de criação de um sistema de bicicletas
de uso partilhado. O concurso público para a exploração do sistema prevê uma concessão de 20 anos, renovável por mais cinco. O promotor, diz a autarquia, ficará com a responsabilidade de adquirir, “sem quaisquer custos para o município”, todo o equipamento necessário, bem como de assegurar a manutenção e renovação do mesmo. A tabela dos preços a praticar será
“aprovada previamente” pela autarquia. O concurso vai ser lançado para 20 estações, as primeiras oito deverão estar operacionais 120 dias após a assinatura do contrato e as restantes após o quinto ano do contrato.
PÚBLICO, QUI 2 MAI 2013 | 15
Breves
Lisboa
Coimbra
Elevador da Glória pára a 17 de Maio para prova de ciclismo
Queima das Fitas começa às zero horas de sexta-feira
O Elevador da Glória vai parar na noite de 17 de Maio, deixando a estrada livre para a edição do Centenário da Subida à Glória, anunciou ontem a Federação Portuguesa de Ciclismo (FPC). A corrida inicia-se com uma subida em contra-relógio individual na Calçada da Glória, que permitirá apurar os melhores tempos, cujos detentores passarão às meias-finais que, tal como a final, serão disputadas em regime de eliminação, com dois concorrentes a correrem lado a lado. Um dos maiores desafios da edição do Centenário da Subida à Glória passa pela tentativa de bater o recorde da escalada, que se mantém na posse de Alfredo Piedade, que, em 1926, conseguiu o tempo de 55 segundos.
A Queima das Fitas de Coimbra começa na sexta--feira com a Monumental Serenata e prolonga-se por uma semana. A Queima arranca de quinta para sexta, ao bater da meia-noite, com a serenata na Sé Velha, que dá inicio à maior festa académica do país. Nas actividades tradicionais destacam-se ainda o jantar e baile de gala, no sábado, que este ano se muda para o Convento de Santa Clara-a-Nova. Domingo é dia de cortejo académico a desfilar pelas ruas da cidade. No cartaz de espectáculos das Noites do Parque destacam-se Expensive Soul e DJ Ride, Xutos e Pontapés, o DJ holandês Hardwell, Capitão Fausto, Amor Electro, um DJ set de Maxim, vocalista dos Prodigy, a Kumpania Algazarra e os Gogol Bordello.
Foi a primeira escolha de Luís Fi-
lipe Menezes para lhe suceder na
presidência da Câmara de Gaia, mas
o PSD acabaria por trocar as voltas
a José Guilherme Aguiar, que hoje
anuncia a sua candidatura, como
independente, à presidente da au-
tarquia onde foi vereador durante
vários anos.
Magoado mas não zangado com
Luís Filipe Menezes, Guilherme
Aguiar quer ser o rosto de um pro-
jecto autárquico “totalmente inde-
pendente”, alicerçado na socieda-
de civil e nos valores da cidadania.
Com as 4000 assinaturas exigidas
aos candidatos independentes —
“recolhidas em apenas 13 dias”,
segundo fonte da candidatura —,
Guilherme Aguiar fará hoje ape-
nas uma declaração, sem direito a
perguntas dos jornalistas. E o local
escolhido, Arcozelo, tem um duplo
simbolismo. Foi a freguesia que o
viu nascer e onde foi presidente da
junta.
Natural de Gaia, onde nasceu há
61 anos, Guilherme Aguiar, advo-
gado e comentador televisivo do
programa Dia Seguinte, escolheu
um local à beira-mar, o Café Areal,
em Miramar, para dizer aos gaienses
que está na corrida para as eleições
autárquicas. Consciente de que o
combate vai ser difícil, o ex-presi-
dente da Junta de Arcozelo afi rma
que não se deixa intimidar pelo fac-
Guilherme Aguiar é candidato a Gaia como independente
to de não ter uma máquina partidá-
ria por detrás de si e frisa que uma
candidatura independente obriga
a “puxar pela criatividade”, e que
é isso que pretende fazer.
Ao contrário do futebol, uma área
à qual está ligado há muitos anos co-
mo dirigente do FC Porto e da Liga
de Clubes, Guilherme Aguiar sabe
que neste combate em que agora
embala não há espaço para empa-
tes e promete empenhar-se para que
a vitória não lhe escape.
Sem grandes apoios fi nanceiros
para fazer uma campanha “muito
mediática”, a candidatura indepen-
dente em Gaia vai apostar muito nas
plataformas digitais, porque falta de
notoriedade o candidato não tem.
Guilherme Aguiar é o último no-
me a apresentar a candidatura em
Vila Nova de Gaia e o único inde-
pendente. O PS candidata Eduardo
Victor Rodrigues, o PSD recorreu
ao deputado Carlos Abreu Amorim,
o BE escolheu Eduardo Pereira e o
PCP apostou em Jorge Sarabando.
As próximas eleições autárqui-
cas na Área Metropolitana do Por-
to vão ser um teste às candidaturas
independentes. Pela primeira vez,
haverá, assim, quatro candidaturas
independentes no distrito. No Porto,
a ruptura entre PSD e CDS, que es-
tão coligados há 12 anos, fomentou
o aparecimento de uma candidatura
independente, protagonizada por
Rui Moreira; em Matosinhos, o ac-
tual presidente, Guilherme Pinto —
que o PS preteriu a favor de António
Parada — recolhe assinaturas para se
apresentar aos matosinhenses nas
autárquicas como independente;
e, em Gondomar, o actual vereador
Fernando Paulo é o rosto do Movi-
mento Gondomar no Coração, fun-
dado por Valentim Loureiro.
Eleições autárquicasMargarida Gomes
Após o PSD o ter escolhido e depois recusado, o antigo vereador entra na corrida à Câmara de Gaia
ADRIANO MIRANDA
Guilherme Aguiar diz-se “magoado mas não zangado” com Menezes
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16 | ECONOMIA | PÚBLICO, QUI 2 MAI 2013
Governo prevê corte de 1300 milhões nas prestações sociais em 2014
É a maior diminuição anual de que há registo deste 1977. A medida está inscrita no Documento de Estratégia Orçamental que foi aprovado pelo Conselho de Ministros na passada terça-feira
NUNO FERREIRA SANTOS
Pensões e subsídios com cortes substanciais nas contas do ministro das Finanças, Vítor Gaspar
O Governo pretende realizar, duran-
te o próximo ano, uma redução da
despesa com prestações sociais de
cerca de 1300 milhões de euros, a
maior diminuição anual de que há
registo desde 1977, incluindo o corte
de 2012, o ano em que, entre outras
medidas, o pagamento do 13º e do
14º mês foi suspenso.
De acordo com as previsões apre-
sentadas no Documento de Estraté-
gia Orçamental aprovado esta terça-
feira, o valor suportado pelo Estado
em prestações sociais deverá passar
dos cerca de 39.300 milhões de eu-
ros deste ano para aproximadamente
38.000 milhões de euros em 2014.
Um corte inédito de 1300 milhões
de euros numa rubrica da despesa
que inclui, além das pensões (a que
maior peso tem) e do subsídio de de-
semprego, outras prestações sociais
pagas em dinheiro ou em espécie.
Em 2012, a redução deste tipo de
despesa foi de cerca de 700 milhões
de euros, um valor para o qual con-
tribuiu de forma decisiva a suspen-
são dos subsídios. Além disso, várias
prestações sociais viram as suas re-
gras de acesso mais apertadas, o que
permitiu que a despesa não subisse
tanto como seria normal em deter-
minadas prestações como o subsí-
dio de desemprego. Este ano, com o
Governo a ser forçado pelo Tribunal
Constitucional a recuar no corte dos
subsídios e mais uma vez com o nú-
mero de desempregados a disparar,
prevê-se um acréscimo da despesa
de cerca de 1940 milhões de euros.
Para os anos seguintes a 2014, o
executivo conta com uma quase es-
tabilização do volume de despesa
em 2015 e subidas ligeiras em 2016
e 2017. As prestações sociais conti-
nuarão a perder o seu peso na eco-
nomia, de acordo com as projecções
governamentais, passando de 23,9%
em 2013 para 21,3% em 2017.
As despesas com prestações so-
ciais, em particular com as pensões,
têm, devido à evolução demográfi ca,
apresentado uma tendência de cres-
cimento anual acima do crescimento
da economia. O Governo tem a inten-
ção — de uma forma radical em 2014
— de alterar essa tendência.
No DEO, não é dito quais as medi-
das que serão tomadas para garantir
o corte de despesa com prestações
sociais. No entanto, tendo em conta
a decisão recente do Tribunal Cons-
titucional, cortes como o dos subsí-
dios não podem ser repetidos. Têm
sido ponderadas opções que incluem
a alteração do cálculo das pensões
dos actuais e futuros pensionistas.
O Governo tem ainda de decidir o
que fazer ao corte, supostamente
temporário, em vigor nas pensões
mais elevadas. Entre hoje e amanhã,
o Governo irá dar a conhecer as pro-
postas.
Corte profundo em saláriosA outra grande fatia dos cortes pro-
jectados está nos salários dos funcio-
nários públicos. No DEO, o Governo
aponta para um corte que fi ca pró-
ximo de 2000 milhões de euros até
2017. E o esforço será feito principal-
mente em 2014 e 2015. No próximo
ano, a factura do Estado com salários
será diminuída em 850 milhões de
euros. E em 2015 o corte atinge os
930 milhões de euros.
Em 2012, a diminuição da despe-
sa com salários foi bem maior. Para
além da diminuição maior do que o
previsto no número de funcionários,
o Governo realizou uma poupança
signifi cativa ao não pagar o subsídio
de férias e de Natal a uma grande par-
te dos seus trabalhadores.
Agora, tal como acontece com as
pensões, para efectuar novos cor-
tes, o Governo está limitado pela
decisão do Tribunal Constitucional.
À primeira vista, a solução passará
essencialmente por uma redução
forte do número de funcionários. O
executivo pretende lançar já este ano
um programa de rescisões amigáveis
e relançar a estratégia de colocação
de trabalhadores em situação de mo-
bilidade especial, com perda de parte
do salário.
Reforma do EstadoSérgio Aníbal
Carga fiscal sem alterações
Vários membros do Governo, incluindo o ministro das Finanças, têm defendido a possibilidade de, caso
se avance para um programa ambicioso de corte na despesa pública, alívio da carga fiscal imposta aos portugueses. No entanto, no Documento de Estratégia Orçamental, esse alívio não está previsto.
A carga fiscal – que inclui os impostos e as contribuições sociais suportadas pelos portugueses – depois de subir de 32,1% em 2012 para 33,5% em 2013, deverá estabilizar próximo desse valor nos anos seguintes. Para 2014, o Governo projecta
uma ligeira descida para 33,4%, valor que se mantém em 2015. Em 2016, prevê-se uma subida da carga fiscal novamente para 33,5%, que se acentua em 2017, para 33,8%.
O Governo tem em curso uma reforma do IRC, que em princípio levará a uma redução progressiva da taxa de IRC para um valor próximo dos 10%. No entanto, este imposto tem um peso pouco significativo no total da receita fiscal em Portugal. Os números apresentados no DEO dão indícios de que, no cenário base do Governo, reduções de impostos no IRS ou no IVA não estão presentes.
PÚBLICO, QUI 2 MAI 2013 | ECONOMIA | 17
A transportadora aérea açoriana
Sata assegurou ontem que man-
tém “disponibilidade e abertura
para tentar alcançar um acordo que
permita o desbloqueamento atem-
pado” da greve que começa hoje,
para evitar danos “signifi cativos” na
economia regional.
Os trabalhadores da Sata iniciam
hoje o segundo período de greve,
que se estende até sábado, depois
de ter falhado um entendimento
entre a plataforma de sindicatos e
a empresa, numa reunião realizada
na terça-feira, em Lisboa.
Num comunicado ontem divulga-
do, a Sata sublinhou que “voltou a
apresentar um conjunto de medidas
devidamente enquadradas dentro
do quadro legislativo em vigor, não
tendo, mesmo assim, sido possível
Sata mantém abertura ao diálogo para evitar a greve que começa hoje
chegar a um entendimento com a
plataforma sindical”.
Após a reunião de terça-feira, Rui
Luís, porta-voz da plataforma de sin-
dicatos, disse que os sindicalistas
foram confrontados por parte dos
representantes da Sata com “mais
do mesmo”, admitindo partir para
novas paralisações. Cinco sindicatos
convocaram a greve na transporta-
dora cujo primeiro período já acon-
teceu nos dias 23, 24 e 25 de Abril,
estando a segunda fase da paralisa-
ção marcada para quinta-feira, sex-
ta-feira e sábado, coincidindo com
as festas religiosas do Santo Cristo,
na ilha de São Miguel, nos Açores.
A greve foi convocada contra a
não aplicação na Sata de um acordo
que os mesmos sindicatos assinaram
com a administração da TAP com
vista a evitar cortes salariais entre
os 3,5% e os 10% previstos no Orça-
mento do Estado de 2013. Lusa
Aviação
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DÁRIO CRUZ
Tribunal de Contas está na origem das denúncias de risco dos swaps
O Ministério Público do Tribunal de
Contas esclareceu ontem que não
pendem nem deram entrada quais-
quer processos de auditoria que
evidenciem infracções fi nanceiras
relacionadas com os contratos es-
peculativos swaps, entre empresas
públicas e bancos.
O esclarecimento surge em comu-
nicado assinado pelo procurador-ge-
ral adjunto do Ministério Público do
Tribunal de Contas, António Cluny,
publicado no portal da Procurado-
ria-Geral da República.
Na nota, António Cluny assinala
que “não pendem nem deram en-
trada” nos serviços do Ministério
Público do Tribunal “quaisquer
processos de auditoria” em que,
“nos respectivos relatórios, tenha
sido evidenciada qualquer infracção
fi nanceira relacionada com os refe-
ridos contratos”.
O Governo pediu uma investiga-
ção aos instrumentos fi nanceiros
subscritos por várias empresas pú-
blicas e detectou contratos altamen-
te especulativos, que não se limitam
a fazer a cobertura de risco — através
da fi xação da taxa de juro (os desig-
nados swaps) —, mas que têm asso-
ciadas variáveis complexas, como as
alterações cambiais ou a evolução
das cotações do petróleo.
Recomendações antigasNa segunda-feira passada, o presi-
dente do Tribunal de Contas, Gui-
lherme d’Oliveira Martins, disse que
a instituição que preside fez há muito
tempo recomendações a várias enti-
dades sobre os contratos dos chama-
dos swaps de carácter especulativo,
e que os apelos continuam por res-
ponder. Ontem, o procurador-geral
adjunto António Cluny referiu, no
entanto, que “não pendem nem de-
ram entrada quaisquer processos de
auditoria em que sejam directamen-
te evidenciadas infracções relativas
a tais contratos”.
O magistrado adiantou que tam-
bém “não pendem nem deram en-
trada processos em que, por via de
‘auditorias de seguimento’, o tribu-
nal tenha constatado o não acata-
mento reiterado e injustifi cado de
recomendações feitas em anterio-
Procuradores do Tribunal de Contas não receberam processos relativos aos swaps
empresas públicas em responsabili-
dades potenciais por utilização des-
tes instrumentos fi nanceiros. Esta
situação já levou à substituição dos
secretários de Estado Paulo Braga
Lino e Juvenal Silva Peneda, por ale-
gadamente terem autorizado a cele-
bração destes contratos enquanto
dirigentes de empresas de transpor-
tes nortenhas.
A secretária de Estado do Tesouro,
Maria Luís Albuquerque, foi directo-
ra fi nanceira da Refer, empresa que
subscreveu contratos de protecção
de taxa de juro. Mas o ministro das
Finanças já garantiu que a empresa
não tem contratos considerados “es-
peculativos”.
As operações swaps em contra-
tos de fi nanciamento destinam-se a
proteger as partes contratantes das
oscilações das taxas de juro, ao tro-
car uma taxa variável por uma taxa
fi xa. Os contratos implicam sempre
perdas para um dos contratantes, já
que existe a obrigação de uma das
partes pagar a diferença entre a taxa
fi xa e a variável.
res processos de auditoria sobre tal
matéria”.
Cluny esclareceu que “não pode”
o Ministério Público do Tribunal de
Contas, “em sede de responsabili-
dade fi nanceira, desenvolver, por
si mesmo, qualquer iniciativa pro-
cessual”, salvo as que resultem da
“apreciação e evidenciação prévias,
realizadas em processos e relatórios
de auditoria” do tribunal.
Anteontem, a Procuradoria-Geral
da República anunciou que está a
analisar os elementos que lhe foram
enviados pela Secretaria de Estado
do Tesouro sobre os contratos swaps.
Em causa estão cerca de três mil
milhões de euros no perímetro das
Empresas públicas
Ministério Público do tribunal diz que não tem competência para abrir processos por iniciativa própria
14O Governo já conseguiu liquidar 14 contratos considerados tóxicos pelo IGCP e referentes ao Metro de Lisboa e Metro do Porto
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18 | ECONOMIA | PÚBLICO, QUI 2 MAI 2013
Breves
Bolsa
Energia
Empresa norte--americana comprou 2,02% da EDP
Japão levanta os cortes ao consumo de electricidade
A EDP informou a autoridade bolsista que a Massachusetts Financial Services Company (MFS) lhe comunicou a constituição de uma participação qualificada, composta por 73.696.918 acções, representativas de 2,02% do seu capital social e dos respectivos direitos de voto. Esta participação resultou da aquisição de 696.653 acções, na bolsa lisboeta, em 24 de Abril passado. A MFS detém directamente 71.329.123 acções, representativas de 1,95% do capital social da EDP e outro tanto dos respectivos direitos de voto. Os principais accionistas da EDP são a China Three Gorges (21,35%), a Iberdrola (6,79%) e a Oppidum (6,18%). A empresa passou a ter 13 accionistas com mais de 2%.
O Japão iniciou ontem uma campanha para reduzir o consumo de energia no Verão, mas sem estabelecer limites para o corte, o que acontece pela primeira vez desde o acidente na central nuclear de Fukushima, em Março de 2011.Com a campanha, intitulada “Cool Biz”, o Governo permitirá aos seus funcionários e deputados que trabalhem sem as habituais gravatas e fatos, numa tentativa de não sobrecarregar o consumo energético por via de um maior recurso ao ar condicionado.Ao abrigo da medida, de cariz voluntário, todas os departamentos do país são instados a não programar os ares condicionados abaixo dos 28 graus, permitindo-se, em paralelo, que utilizem roupa mais informal.
DGO divulga trimestralmente atrasos no pagamento pelo Estado
No fi nal do primeiro trimestre deste
ano, havia 40 entidades da adminis-
tração directa e indirecta do Estado
com um prazo médio de pagamento
a fornecedores superior a 60 dias.
Os dados, divulgados na noite de
terça-feira pela Direcção-Geral do
Orçamento (DGO), representam um
aumento de duas entidades face à
lista que tinha sido elaborada para
o último trimestre de 2012.
O balanço da DGO é encabeçado
pelo Instituto Politécnico de Santá-
rém, que tem agora um prazo médio
de pagamento de 328 dias, três dias
mais do que evidenciava no fi nal do
ano passado. Este estabelecimento
de ensino pagava aos fornecedores
com um atraso médio de 76 dias no
início de 2012.
O Instituto Nacional de Aviação Ci-
vil ocupava a segunda posição, com
um tempo médio de pagamento de
266 dias, também a aumentar nos
atrasos face à estatística do fi nal do
ano passado. Acima do 200 dias,
encontravam-se ainda a Autorida-
de Metropolitana de Transportes
de Lisboa, o Gabinete de Estratégia,
Planeamento e Avaliações Culturais,
a Direcção-Geral das Artes e o Gabi-
nete de Planeamento e Políticas.
O ministério de Assunção Cristas,
que além da Agricultura tutela tam-
bém os Assuntos do Mar, do Ambien-
te e do Ordenamento do Território, é
Entidades públicas falham pagamentos a tempo e horas
dos mais representados na lista das
entidades com prazos médios de pa-
gamento superiores a 60 dias — que
a DGO está obrigada a publicitar tri-
mestralmente por força do Decreto-
Lei 36/2013, de 11 de Março.
Instituto de Investigação Agrária
e Veterinária, Inspecção-Geral do
Ministério da Agricultura, direcções
regionais e Agência Portuguesa do
Ambiente são entidades referidas na
lista divulgada na noite de terça-feira
pela Direcção do Orçamento.
Saúde preocupaNum outro universo, o das empresas
públicas, há também situações de
grande falta de liquidez, o que faz
derrapar os tempos de pagamento
aos fornecedores. Os casos mais gra-
ves encontram-se na área da saúde,
com o Centro Hospitalar Lisboa Nor-
te a liderar a lista, com um prazo
médio de pagamento de 476 dias no
fi nal de 2012. Seguem-se o Hospital
de Faro (474 dias) e o Centro Hospi-
talar Lisboa Ocidental (412 dias). Fo-
ra deste universo, assumem maior
relevância a CP (123 dias), a Parque
Expo (118) e o Metropolitano de Lis-
boa (113). A Metro do Porto, que no
fi nal de 2011 tinha um atraso médio
de 236 dias passou para apenas 52
dias em Dezembro de 2012.
Em Março, o Estado aumentou em
42 milhões de euros o montante dos
pagamentos em atraso face a Feve-
reiro, o que se deveu aos pagamen-
tos devidos aos hospitais EPE, que
subiram 81 milhões de euros.
De acordo com a síntese de execu-
ção orçamental de Março, no fi nal
do primeiro trimestre ascendiam
aos 1957 milhões de euros os paga-
mentos em atraso do Estado, valor
que no fi nal do mês anterior era de
1996 milhões.
FERNANDO VELUDO/NFACTOS
DívidasJosé Manuel Rocha
Quatro dezenas de entidades do Estado tinham prazos médios de pagamento a fornecedores superiores a 60 dias
A Fernave existe desde 1992 para ser referência nos transportes
A Fernave fechou 2012 com prejuízos
de 1,2 milhões de euros. Parece mui-
to, mas tendo em conta que em 2010
esta empresa afi liada da CP tinha 2,3
milhões de euros de prejuízos, os
resultados do ano passado indiciam
uma tendência de recuperação que
contraria a crise e que só foi possível
graças a uma aposta forte nos mer-
cados africanos.
Em 2012, mais de 20% do volume
de negócios da Fernave foram reali-
zados com os caminhos-de-ferro de
Angola e Moçambique. Fonte ofi cial
da empresa disse ao PÚBLICO que
a estratégia da Fernave para o ano
em curso passa por “aumentar a sua
quota de mercado em Angola e man-
ter os níveis de crescimento verifi ca-
dos no mercado moçambicano”.
A súbita vocação africana desta
empresa colmatou o decréscimo
de facturação em Portugal, sobre-
tudo para a sua principal cliente e
accionista CP, que no ano passado
lhe adjudicou menos de metade dos
serviços habituais. A Fernave viu, as-
sim, reduzir-se o volume de horas de
formação para os ferroviários, bem
como os exames psicológicos reali-
zados aos maquinistas. Em causa es-
tão as restrições orçamentais da CP e
também a instabilidade laboral, dado
que em períodos de greve o cumpri-
mento dos ciclos de segurança com
a realização daqueles exames não é
uma prioridade.
O relatório e contas de 2012 refere
que a contenção de custos imposta
pela troika às empresas do Sector
Mercados africanos ajudam a Fernavea contornar a crise
Empresarial do Estado “resultaram
numa maior retracção por parte dos
principais clientes da Fernave no que
diz respeito à actividade de forma-
ção, o [seu] core business”.
Ainda assim, o documento realça
que, apesar da enorme quebra nas
vendas – que diminuíram de 1,3 pa-
ra 0,9 milhões de euros nos últimos
dois anos –, os resultados líquidos
não se agravaram, tendo os prejuí-
zos evoluído favoravelmente de 1,3
para 1,2 milhões de euros.
Tal como acontece com a empresa
mãe CP, esta participada sofre tam-
bém com o peso da dívida que, em
2012, representou encargos fi nancei-
ros de 235 mil euros. No entanto, de
2011 para o ano passado, o endivida-
mento desceu de 3,1 milhões para 2,8
milhões de euros graças à alienação à
CP da participada Ecosaúde, que era
defi citária. Ficou tudo em casa, mas
a Fernave melhorou as contas.
Desde a sua constituição, em 1992,
a Fernave foi detida pela CP, Transte-
jo, STCP, Metro de Lisboa, Carris, e
mais tarde a Refer. Pretendia ser uma
escola de referência no sector dos
transportes. Mas um a um os accio-
nistas – todos públicos – foram saindo
e a CP fi cou a única proprietária da
empresa.
A internacionalização em curso
salvou-a de ter sido extinta, mas não
está excluída a sua privatização, se
se tornar apetecível no mercado da
formação e da consultoria. Dá preju-
ízo, é certo, mas tem um activo que
agrada aos privados – um portfólio
de clientes cada vez mais alargado e
exterior ao grupo CP.
Em 2012, a Fernave arrancou
com o primeiro curso de maquinis-
tas aberto ao mercado, tendo hoje
praticamente assegurada a coloca-
ção destes formandos em estágios e
eventuais empregos junto de opera-
dores ferroviários privados (Takargo,
MSC Rail e Transdev). Um segundo
curso vai abrir em 13 de Maio.
FormaçãoCarlos Cipriano
Empresa da CP conseguiu reduzir os prejuízos e conta consolidar a recuperação com os negócios em África, que já valem 20% do total
NUNO FERREIRA SANTOS
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20 | ECONOMIA | PÚBLICO, QUI 2 MAI 2013
Reserva Federal em risco de reforçar programa de estímulo económico
IURI KADOBNOV/AFP
Economia nos EUA está a crescer, mas não a um nível que permita a recuperação do mercado de trabalho, afectado pela crise do subprime
A Reserva Federal (Fed) norte-ame-
ricana pode estar em vias de alterar
os planos de política monetária que
tinha elaborado. Em vez de começar
a reduzir a amplitude do programa
de estímulo económico, a instituição
liderada por Ben Bernanke poderá
ver-se obrigada a reforçar a inter-
venção na economia, cuja recupe-
ração está a ser mais lenta do que
o desejável.
Ontem, o Comité de Política Mo-
netária terminou uma reunião de
dois dias, em Washington, sem de-
cidir mudanças signifi cativas de ru-
mo. As taxas de juro vão manter-se
perto do zero (banda de fl utuação
entre 0% e 0,25%) e a intervenção
na economia, através do programa
de quantitative easing (compra de
obrigações no mercado secundário
para gerar liquidez de dinheiro na
economia) continuará com uma am-
plitude de 85 mil milhões de dólares
por mês.
Mas a agência Reuters assinalava
ontem que cresce, entre a direcção
máxima da Fed, a ideia de que será
necessário reforçar o programa de
estímulo num contexto económico
em que os sinais não apontam para
uma recuperação sólida e sustentá-
vel. E o comunicado fi nal do comité
confi rmava que a Fed “está prepara-
da para aumentar ou reduzir o rit-
mo de compras”, de acordo com a
evolução do mercado de trabalho e
da infl ação. Uma outra solução que
está em cima da mesa consiste em a
Fed manter em stock as obrigações
que foi comprando até que atinjam
a maturidade, em vez de se desfazer
delas antes que isso aconteça.
A opção por um reforço de com-
pras representará uma mudança
naquilo que eram as intenções da
Reserva Federal — de “começar a ti-
rar o pé do acelerador”, ou seja, de
diminuir as aquisições a partir do se-
gundo semestre e, eventualmente,
suspender o programa no fi nal do
ano ou no início do próximo.
Esses planos podem agora estar a
ser reconfi gurados. Porquê? Porque
a economia norte-americana está a
crescer, mas não ainda a um nível
que possa permitir, entre outras coi-
sas, recuperar o mercado de traba-
lho, gravemente afectado pela crise
que se sucedeu à crise do subprime e
à falência do Lehman Brothers.
As empresas norte-americanas
estão a gerar criação líquida de
emprego nos últimos meses, mas
a taxa ofi cial de desemprego ainda
continua próxima dos 8%. Em Abril,
o número de trabalhadores que
conseguiram emprego aumentou
119 mil, abaixo dos 131 mil regista-
dos em Março passado, segundo o
Instituto de Pesquisa ADP.
O preço das casas está em recupe-
ração, mas os dados mais recentes
apontam para uma quebra nas des-
pesas de construção, o que poderá
sinalizar um enfraquecimento do
mercado habitacional. O indicador
teve um recuo de 1,7% em Março,
depois de um incremento de 1,5%
em Fevereiro.
Esta situação tem, essencialmen-
te, a ver com a redução nas emprei-
tadas de obras públicas, num país
onde a despesa do Estado está cada
vez mais condicionada pelos pro-
blemas orçamentais e a falta de um
solução de longo prazo acordada
entre a Casa Branca e o Congresso.
O volume de obras públicas recuou
4,1%, o que representa a maior que-
da desde Março de 2002.
Do lado da produção de bens du-
radouros a situação também não
aponta para grandes doses de opti-
mismo. Em Março, as encomendas
deste tipo de produtos às empresas
caíram para o nível mais baixo em
sete meses.
A primeira estimativa de evolu-
ção do produto interno bruto dos
Estado Unidos nos primeiros três
meses deste ano aponta para um
crescimento de 2,5% numa base
anualizada, mas os analistas come-
çam a duvidar que se consiga um
resultado semelhante no trimestre
em curso.
Timidez da recuperação económica norte-americana pode obrigar a Reserva Federal a mudar de planos e a adiar a cessação da compra de obrigações para injectar dinheiro no sistema fi nanceiro
Política monetáriaJosé Manuel Rocha
Reunião, hoje, em Frankfurt
BCE deve optar pela redução das taxas de juro
O conselho de governadores do Banco Central Europeu (BCE) reúne-se hoje, com o mercado a apontar para
a possibilidade de um corte dos juros para facilitar o crédito e impulsionar o crescimento.
Para Rui Serra, economista--chefe do Montepio Geral, o cenário central passa por um “corte de 0,75% para 0,5%” da taxa de juro directora do BCE. Uma opinião partilhada pelos economistas do alemão Commerzbank. “É provável que aumente a pressão para que o BCE relaxe a sua política
monetária”, disse o analista do Commerzbank Christoph Weil, citado pela agência de notícias Efe. Os analistas que antecipam um corte do preço do dinheiro baseiam-se nas palavras de início de Abril do presidente do BCE, Mario Draghi, que disse estar “preparado para agir” caso fosse necessário e que ia observar atentamente os novos dados económicos.
Desde então, os indicadores sinalizam um enfraquecimento da economia da zona do euro, que está em contracção há cinco trimestres consecutivos.
22 | MUNDO | PÚBLICO, QUI 2 MAI 2013
O desemprego é o cerne de tudo, disse Letta, e Hollande concordou
BERTRAND LANGLOIS/AFP
“A Itália é para a França mais que um parceiro, é um país amigo”, disse Hollande a Letta
Em Enrico Letta, o novo primeiro-
ministro italiano, François Hollande
encontrou o amigo de que precisava
na Europa. Letta é alguém capaz de
dizer que “é preciso coordenar as
políticas do trabalho a nível euro-
peu, para responder aos que perde-
ram emprego e aos que não conse-
guem encontrar trabalho, para não
passar aos cidadãos a mensagem de
que a Europa é um desastre demo-
crático”. Mas, ao mesmo tempo, sos-
sega os ouvidos alemães e do Nor-
te da Europa, dizendo partilhar “a
ideia de que crescimento e rigor não
são incompatíveis”.
O Presidente socialista francês
recebeu ontem no Eliseu o novo
governante italiano, do Partido De-
mocrático (centro-esquerda), e o en-
tendimento para a criação de nova
frente europeia pró-crescimento foi
notório. “Foi um encontro impor-
tante e positivo: a taxa de satisfação
da minha parte é de 100%”, disse
num francês impecável Enrico Let-
ta, que estudou em França.
Paris e Roma têm como horizonte
próximo a cimeira europeia de Ju-
nho: querem pôr de pé uma estraté-
gia de luta contra o desemprego na
Europa — “em especial contra o de-
semprego jovem, que é o verdadei-
ro pesadelo deste ano”, sublinhou
Enrico Letta. “O trabalho é o cerne
de tudo”, tinha já dito em Berlim
na véspera, depois de um jantar de
trabalho com a chanceler Angela
Merkel.
O novo ministro da Segurança
Social italiano, Enrico Giovannini,
aproveitando o Dia do Trabalhador,
anunciou ontem a possibilidade de
vir a mexer na reforma do Código do
Trabalho feita em 2012 pelo Gover-
no de Mario Monti, a chamada Lei
Fornero. Foi inspirada pela fl exi-se-
gurança do Norte da Europa, mas na
prática não está a facilitar a entrada
dos jovens no mercado de trabalho.
“A reforma Fornero foi concebida de
forma muito coerente para uma eco-
nomia em crescimento, mas pode
criar problemas para uma economia
em recessão”, afi rmou Giovannini.
“Temos de perceber bem que mo-
difi cações fazer, mas o mercado de
trabalho precisa de estabilidade e
de regras”.
o desemprego e a visão do relança-
mento económico como uma ques-
tão democrática com um traço mais
dramático: “Não se trata apenas de
saber se Itália e França sairão da cri-
se, mas de saber se a Europa terá um
futuro comum. Ou se os egoísmos
nacionais vão triunfar.”
Criar esperançaEm resposta a uma pergunta dos jor-
nalistas na conferência de impren-
sa conjunta, Enrico Letta explicou
que a sua relação com a chanceler
Angela Merkel “não é de tensão ami-
gável”, como François Hollande já
confessou que era a sua. “Não pode
haver uma Europa em que todos os
países se afundam e só dois ou três
é que fi cam bem. Partilho a ideia de
que crescimento não é alternativa
ao rigor, são complementares”, es-
clareceu, repetindo as palavras que
Merkel tinha dito no dia anterior.
Letta partiu para esta visita a vá-
rias capitais europeias logo a seguir
ao seu Governo ter sido confi rmado
pela câmara baixa do Parlamento e
pelo Senado. Ontem ainda foi jan-
tar a Bruxelas com o presidente do
Conselho Europeu, Herman van
Rompuy, e esta manhã encontra-se
com Durão Barroso, o presidente da
Comissão Europeia.
Na segunda-feira, irá ainda a Ma-
drid, outro grande país europeu que
está a ter problemas de consolidação
orçamental e onde o desemprego
alastra, sobretudo entre os jovens.
Mariano Rajoy é mais um potencial
aliado para a nova entente da Europa
cansada da austeridade que Letta es-
tá a tentar construir para dar fôlego
ao crescimento como a nova ideia
capaz de dar esperança aos euro-
peus. “Esta viagem é uma questão
de política interna e não externa”,
fez questão de frisar.
O Presidente francês recebeu o novo primeiro-ministro italiano em Paris. França e Itália preparam as bases de uma nova aliança pró-crescimento na Europa — que não esqueça o rigor orçamental
União EuropeiaClara Barata
Com o primeiro-ministro italiano
ao lado, Hollande recordou o “pacto
de crescimento” que apresentou aos
Vinte e Sete quando ele próprio foi
eleito, há um ano – embora o novo
fôlego que parecia trazer se tenha
desvanecido num sopro, à medida
que Paris enfrenta difi culdades para
controlar a sua própria dívida e para
estimular o crescimento económico,
com o desemprego a atingir níveis-
recorde.
Mas os desafi os não são apenas
económicos: “O declínio europeu
faz crescer os piores sentimentos;
estas questões devem preocupar os
líderes de cada um dos países euro-
peus nos próximos meses”, subli-
nhou Hollande.
Com a experiência que um ano de
tramitações nos bastidores das altas
esferas europeias lhe deram, o Pre-
sidente francês sublinhou o apelo
de Letta ao empenho na luta contra
Paris e Roma têm como horizonte a cimeira europeia de Junho: querem acordar uma estratégia de luta contra o desemprego na Europa. “Em especial contra o pesadelo do desemprego jovem”, disse Letta
PÚBLICO, QUI 2 MAI 2013 | 23
PAUL ROGERS/AFP
Uma ala dos conservadores pede a Cameron uma viragem à direita
As eleições locais, como as que
hoje se realizam em Inglaterra e
no País de Gales, são momentos
habituais de contestação ao Go-
verno. Este é um argumento que
primeiro-ministro britânico, Da-
vid Cameron, tem repetido com
insistência para desvalorizar os
previsíveis maus resultados dos
conservadores. Mas o velho cliché
pode não bastar para acalmar os
críticos da sua liderança, se o par-
tido perder mais assentos do que
o esperado e o partido antieuro-
peu UKIP provar nas urnas que é
uma alternativa para os eleitores
de direita descontentes.
Os 34 conselhos e entidades mu-
nicipais que hoje vão a votos re-
presentam apenas uma pequena
fracção do território britânico e
fi cam quase todos em zonas rurais
consideradas bastiões seguros dos
conservadores (em 2009, o partido
venceu em 29 deles). Mas também
por isso será nos tories que todas as
atenções vão estar centradas quan-
do às dez da noite fecharem as ur-
nas e começar a contagem daquele
que é o principal desafi o eleitoral do
ano e um prelúdio da difícil batalha
europeia de 2014.
As previsões apontam para que o
partido de Cameron perca cerca de
300 dos 2400 lugares em votação,
deixando fugir três municípios que
conquistou em 2009. Derrotas que
os analistas consideram geríveis,
tanto mais que os conservadores
registaram uma ligeira subida nas
sondagens, a reboque da morte da
ex-primeira-ministra Margaret Tha-
tcher. Mas ninguém descarta a hipó-
tese de uma derrota mais pesada,
o que faria ressurgir os fantasmas
que despontaram em Março quan-
do o Partido da Independência do
Reino Unido (UKIP) relegou os con-
servadores para terceiro lugar nas
eleições intercalares no círculo de
Eastleigh.
O sistema eleitoral britânico – vo-
tação uninominal, em que o vence-
dor é eleito por maioria simples – di-
fi culta a eleição dos candidatos dos
partidos mais pequenos, e o UKIP
deve fi car-se pelos 40 mandatos.
Serão, ainda assim, quase o triplo
Mau resultado em eleições locais pode deixar Cameron sob pressão do UKIP
económica Dow Jones o professor
John Curtice, especialista em sonda-
gens da Universidade de Strathcly-
de. Andrew Hakins, presidente da
empresa de sondagens ComRes,
prevê que os resultados “vão ser
maus para os conservadores, mas
não catastrófi cos”. “Só que mesmo
isso é sufi ciente para reforçar a con-
vicção de que eles não vão vencer as
[legislativas] de 2015”, acrescentou
o analista.
As últimas sondagens colocam os
tories a nove pontos dos trabalhistas
(que esperam materializar nas elei-
ções de hoje essa vantagem), o que,
associado ao crescimento do UKIP
e à erosão dos liberais-democratas,
parceiros na actual coligação, torna
mais improvável a reeleição de Ca-
meron. Uma derrota pesada deverá,
por isso, reacender a contestação
interna ao líder conservador, ou,
no mínimo, dar argumentos aos
que pedem uma viragem à direita
do Governo.
Sinal do nervosismo com que os
tories chegam a estas eleições foi o
ataque, no último fi m-de-semana,
do ministro veterano Ken Clarke ao
UKIP. Retomando uma frase do pró-
prio Cameron, que em 2006 cha-
mou aos eurocépticos “malucos e
racistas envergonhados”, Clarke
classifi cou o UKIP como “um ban-
do de palhaços e de gente zangada”
sem propostas. Uma tirada que, iro-
nicamente, acabaria por ser repu-
diada pela própria imprensa con-
servadora, que acusou o ministro
de desrespeito pelos eleitores.
dos eleitos que detém actualmente,
o que demonstra bem a vertiginosa
escalada do partido de Nigel Farage
que, com o seu discurso anti União
Europeia e anti-imigração, angaria
já mais de 10% das intenções de vo-
to a nível nacional.
Paul Webb, professor de Política
da Universidade de Sussex, escreveu
no Guardian que os municípios que
hoje vão a votos “são um terreno
de caça fértil para o líder populis-
ta”, que espera obter o “máximo de
ganhos junto dos eleitores conser-
vadores desiludidos com questões
locais ou nacionais, do casamento
gay aos projectos eólicos”.
“Estas eleições podem sublinhar,
aliviar ou limitar-se a manter os re-
ceios sobre os estragos que o UKIP
está a fazer no Partido Conserva-
dor”, disse ao site de informação
Reino UnidoAna Fonseca Pereira
Partido antieuropeu quer, no escrutínio de hoje, transformar em votos a sua popularidade crescente
“Estas eleições podem sublinhar, aliviar ou limitar--se a manter os receios sobre os estragos que o UKIP está a fazer no Partido Conservador”, considera o professor John Curtice
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24 | MUNDO | PÚBLICO, QUI 2 MAI 2013
AFP
A trágica morte de Shahina, a “última sobrevivente” do Rana Plaza
O corpo de Shahina a ser retirado dos escombros do Rana Plaza
Shahina Akter, que morreu depois
de ter sobrevivido a 110 horas de an-
gústia e sofrimento sob os escom-
bros do prédio que ruiu no Bangla-
desh, tornou-se num dos símbolos
da pior tragédia da história industrial
daquele país.
Rodeada de cadáveres esmagados
por toneladas de betão e aguentando
um calor sufocante, esta viúva de 30
anos nunca perdeu a esperança de
sair viva daquele horror e de encon-
trar o seu fi lho, contaram as equipas
de socorro que acompanharam o seu
calvário.
Mas os cinco dias de luta de Shahi-
na, de quarta-feira a domingo pas-
sado, foram subitamente reduzidos
a nada quanto um socorrista que
manobrava uma serra mecânica
provocou acidentalmente um in-
cêndio que transformou as ruínas
onde a mulher estava num braseiro
infernal.
A televisão, que seguia em directo
a corrida contra o tempo para ten-
tar salvar Shahina através de estrei-
tos túneis, mostrou os bombeiros à
beira das lágrimas depois da morte
daquela que era considerada pelos
socorristas como “a última sobrevi-
vente” que ainda estava presa nos
escombros.
Ontem, uma semana depois da
queda do edifício onde funcionavam
cinco fábricas têxteis na localidade
de Savar, nos arredores de Daca, o
balanço do mortos foi actualizado
para 406 (e ainda 149 desparecidos).
Entre as vítimas mortais lá está o no-
me de Shahina Akter. “Nunca vi nin-
guém tão corajoso em toda a minha
vida”, contou um emocionado Abul
Khayer, que, na segunda-feira, aju-
dou os bombeiros a retirarem o seu
corpo dos escombros.
Shahina Akter tinha deixado os
campos onde nasceu no Bangladesh
para se instalar num dos muitos su-
búrbios miseráveis de Daca e encon-
trar trabalho nas fábricas têxteis da
capital. O seu percurso é igual ao de
muitos outros trabalhadores deste
sector que fornece vestuário a várias
marcas internacionais: milhares mi-
gram para Daca para tentar encon-
trar um meio de subsistência ou para
conseguirem pagar empréstimos.
“A nossa mãe tinha sido operada
à vesícula há 20 anos e na altura tí-
nhamos pedido 5000 taka (45 euros)
a um prestamista. Com os juros, o
valor subiu para 70 mil taka. Ela e eu
tivemos que migrar para conseguir
pagar o empréstimo”, contou o seu
irmão Jahirul Islam.
Shahina, quarta fi lha de uma fa-
mília de camponeses sem terra de
uma zona costeira do Bangladesh,
começou a trabalhar quando tinha
13 anos. Ela era “uma óptima tra-
balhadora”, segundo o seu irmão
Jahirul. “Havia dias em que traba-
lhava das oito da manhã até às dez
da noite. Às vezes trabalhava a noite
toda.”
Por mês ganhava um salário mise-
rável de 4200 taka (40 euros). Com
as horas extraordinárias podia con-
seguir mais 2000 taka extras, que
enviava sempre para os seus pais.
[Ontem, em Roma, o Papa Francisco
chamou a isto “trabalho escravo”.]
“Era também uma bela mulher.
E a mais obstinada de todas”, diz o
irmão. “Apaixonou-se por um colega
de trabalho e casou-se com ele sem
o nosso consentimento. Soubemos
depois que ele morreu num aciden-
te quando ela estava grávida de três
meses.”
Segundo Jahirul Islam, o fi lho de
18 meses de Shahina era “o centro da
sua vida”. “Ela disse-nos que nunca
mais voltaria a casar-se. O seu sonho
era oferecer uma educação melhor a
Robin. Sonhava que ele viesse a ser
médico ou engenheiro.”
Cerca de 3000 trabalhadores tra-
balhavam no Rana Plaza quando este
prédio de oito andares sem licenças
de construção ruiu na quarta-feira
da semana passada. Na véspera, os
trabalhadores assinalaram fi ssuras
no prédio e um técnico recomendou
mesmo a evacuação do imóvel, mas
os responsáveis das fábricas deram
ordens para que toda a gente conti-
nuasse a trabalhar.
Dados da Federação de Trabalha-
dores do Sector Têxtil do Bangladesh
indicam que nos últimos 15 anos
cerca de 600 pessoas morreram e
3000 fi caram feridas em acidentes
registados em fábricas têxteis (in-
cêndios ou derrocadas) em diversas
localidade do país.
O pequeno Robin não sabe que
Shahina morreu. Já perguntou quan-
do é que a mãe volta para casa, mas
ainda ninguém teve coragem de lhe
dizer a verdade.
Podia ter sido o momento milagroso da tragédia da semana passada no Bangladesh, quando um prédio que albergava várias fábricas de roupa ruiu nos arredores de Daca. Mas é uma entre os mais de 400 mortos
BangladeshShafiq Alam (AFP), Savar
PÚBLICO, QUI 2 MAI 2013 | 25
O Presidente dos EUA chega hoje
ao México, no fi nal de uma semana
que começou com o anúncio que
as autoridades de segurança norte-
americanas mais temiam: o novo
Governo mexicano, do Presidente
Enrique Peña Nieto, anunciou o
fi m da colaboração directa entre as
agências de combate ao narcotráfi co
de ambos os lados da fronteira. A
partir de agora, as operações têm de
passar pelas mãos do Ministério do
Interior, numa mudança que está a
ser vista nos EUA como um recuo de
12 anos na política mexicana.
Mas Obama prefere esperar para
ver. E ouvir o que o seu homólogo
tem a dizer sobre um assunto tão
delicado. “Não vou fazer julgamen-
tos sobre de que forma é que isto
vai alterar a relação entre os Estados
Unidos e o México até ouvir em pri-
meira mão qual é a intenção deles”,
disse o Presidente dos EUA numa
conferência de imprensa sobre a sua
visita de dois dias ao México. Mas
deixou bem claro que a nova polí-
tica mexicana será um dos pratos
fortes do jantar que partilhará com
o seu homólogo mexicano, ainda
que publicamente a Casa Branca
esteja mais interessada em vincar a
importância das relações económi-
cas entre os dois países. “Na minha
primeira conversa com o Presiden-
te [Peña Nieto], ele indicou-me que
continua preocupado com as formas
que temos de lidar em conjunto com
o problema dos cartéis de droga
transnacionais”, revelou.
Para Larry Holifi eld, antigo di-
rector da agência de combate ao
tráfi co de droga dos EUA (Drug En-
forcement Administration, DEA) na
Cidade do México, a nova estratégia
do Presidente Enrique Peña Nieto e
do seu Partido Revolucionário Insti-
tucional (PRI) é “passar as questões
de segurança das mãos dos agen-
tes operacionais para as mãos dos
políticos”. Citado pelo The Dallas
Morning News, o antigo responsá-
vel considera que está em curso um
regresso “aos dias do velho PRI”.
“Não consigo perceber de que forma
é que isto vai ajudar na partilha de
informação em tempo real”, critica.
Obama no México entre a economia e o narcotráfico
Ao fi m de 71 anos no poder, o
PRI passou para a oposição no ano
2000, onde fi cou até ao Verão do
ano passado. Nesses 12 anos – espe-
cialmente a partir de 2006 –, o Mé-
xico e os EUA desenvolveram uma
cooperação muito próxima no com-
bate ao narcotráfi co, mas o elevado
número de mortes por causa da vio-
lência dos cartéis levou a uma rea-
valiação da política mexicana. “Al-
gumas pessoas vão considerar que
isto representa o fi m da cooperação
tal como a conhecemos, mas temos
de aceitar que, em última análise, a
decisão é de quem joga em casa”,
disse ao mesmo jornal Tony Garza,
embaixador norte-americano entre
2002 e 2009.
A segurança e o narcotráfi co fo-
ram os temas mais debatidos nos
media norte-americanos nas vés-
peras da visita, mas Barack Obama
garante que o principal motivo da
sua viagem ao México é a economia.
“Muita da atenção vai centrar-se na
economia”, disse o Presidente dos
EUA. “Passamos tanto tempo a fa-
lar de assuntos de segurança entre
os Estados Unidos e o México que
por vezes nos esquecemos deste gi-
gantesco parceiro, responsável por
enormes quantidades de comércio
e de postos de trabalho em ambos
os lados da fronteira.” Do outro lado
do Rio Grande, a mensagem é seme-
lhante: “O nosso objectivo no Méxi-
co é transformar a América do Norte
na região mais competitiva e dinâmi-
ca do mundo. Isso signifi ca que cer-
tamente irá existir uma integração
da economia”, disse à Associated
Press Sergio Alcocer, secretário de
Estado dos Negócios Estrangeiros
do Governo mexicano.
América Alexandre Martins
EUA garantem que a visita vai centrar-se na economia, mas a mudança de Peña Nieto sobre o narcotráfico tem dominado os media
É a primeira visita de Obama ao México com Peña Nieto no poder
A polícia de Boston anunciou on-
tem que “três outros suspeitos”
foram detidos para interrogatório
no quadro das investigações sobre
o atentado na maratona de Boston.
A informação foi dada pela polícia
através do Twitter, sem avançar
mais pormenores.
Num pequeno comunicado pu-
blicado no site da polícia de Boston
lê-se que “os três suspeitos foram
detidos em relação com o ataque na
maratona de Boston”, mas o mesmo
texto salienta que “não existe perigo
para a segurança pública”.
O jornal The Boston Globe citou
uma fonte policial anónima para
dizer que os suspeitos são três estu-
dantes universitários, todos colegas
de Djokhar Tsarnaev, o presumível
autor dos atentados que se encon-
tra detido.
É a primeira vez depois do aten-
tado de 15 de Abril que a polícia
fala de “suspeitos” para além dos
irmãos Tsarnaev, presumíveis au-
tores do ataque que provocou três
mortos e 264 feridos. Segundo o
The Boston Globe, os três detidos
poderão ser acusados de obstru-
ção à justiça, se a polícia der como
provado que fi zeram desaparecer
uma mochila e um computador a
pedido de Djokhar.
Djokhar Tsanaerv, de 19 anos, foi
gravemente ferido no dia 19 de Abril
e está desde então numa prisão-hos-
pital a cerca de 60 quilómetros de
Boston. O seu irmão, Tamerlan, de
26 anos, foi morto durante uma tro-
ca de tiros com a polícia no dia 18 de
Abril num subúrbio de Boston.
Segundo o Washington Post, a
polícia federal norte-americana es-
tava já a investigar várias “pessoas
de interesse” nos Estados Unidos e
na Rússia (os Tsarnaev são de ori-
gem tchetchena e viveram no Da-
guestão antes de se mudarem para
os EUA).
Entre outras coisas, a polícia es-
taria a tentar localizar a origem da
pistola utilizada por Tamerlan no
tiroteio com a polícia, até porque
teria sido feita uma tentativa para
apagar o número de série da arma e
os especialistas não conseguiram re-
cuperar todos os dígitos gravados.
Detidos “três outros suspeitos” em Boston
EUA
Colegas de Djokhar Tsarnaev não representam perigo público, mas podem ser acusados de terem mentido às autoridades
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26 | MUNDO | PÚBLICO, QUI 2 MAI 2013
Julio Borges, da oposição: “Estes ataques só nos dão mais força”
O Parlamento da Venezuela foi pal-
co de confrontos, na terça-feira ao
fim do dia, entre deputados da
maioria e da oposição que resul-
taram em 11 feridos, segundo o El
País.
A sessão prometia ser tensa, re-
lata o jornal espanhol, porque se
esperava para ver se o presidente
da Assembleia Nacional, Diosdado
Cabello, número dois do chavismo,
continuaria a impedir o uso da pa-
lavra aos deputados opositores que
não reconheceram Nicolás Maduro
como Presidente da República.
Ao chegarem ao hemiciclo, os
deputados da oposição verifi caram
que lhes tinham sido retirados os
microfones dos seus lugares. Depois
tiveram de esperar quase três horas
para que terminasse uma reunião
entre os deputados da maioria e Ca-
bello. Já com toda a gente sentada,
e passada meia hora de trabalhos,
Cabello impediu os deputados da
oposição de participarem no de-
bate. Estes utilizaram buzinas para
protestar e levantaram um cartaz
com a inscrição “Golpe no Parla-
mento”. Foi quanto bastou para os
deputados da bancada da maioria
chavista se lançarem contra os seus
adversários.
Voaram cadeiras e computadores
e as imagens televisivas mostram
pelo menos um deputado a ser vio-
lentamente agredido a murro por
Confrontos no Parlamento deixam 11 deputados feridos
outro, vestido com um casaco de
fato de treino com as cores da ban-
deira da Venezuela, que é já uma
imagem de marca dos chavistas.
Julio Borges, líder do Partido Pri-
mero Justicia, foi um dos que fi ca-
ram em pior estado. “Eles podem
bater-nos, prender-nos, matar-nos,
mas nós não vamos vender os nos-
sos princípios”, disse Borges numa
conferência de imprensa após os in-
cidentes. “Estes ataques só nos dão
mais força”.
Diosdado Cabello reafi rmou a
proibição de os deputados da opo-
sição se exprimirem no Parlamento.
“Enquanto não reconhecerem as
autoridades, as instituições da re-
pública, a soberania do nosso povo,
os deputados da oposição, não vão
falar nesta Assembleia Nacional.”
Maduro, que foi o sucessor esco-
lhido por Chávez, derrotou o candi-
dato da oposição, Henrique Capri-
les, por 1,5%. Capriles recusou-se
a reconhecer a vitória do chavista,
denunciando irregularidades na vo-
tação e exigindo uma recontagem
dos votos.
De Espanha chegou uma oferta
para mediar o confl ito que se agrava
de dia para dia entre os partidários
de Maduro e a oposição. Mas Madu-
ro foi insolente ao rejeitar a oferta:
“Deixem de enfi ar os vossos narizes
na Venezuela. Ministro dos Negó-
cios Estrangeiros espanhol: vá-se
embora, seu homem impertinente.
A Venezuela é para ser respeitada”,
disse o Presidente num discurso in-
fl amado, referindo-se ao ministro
José Manuel Garcia-Margallo, que na
segunda-feira, numa reunião com
representantes da Organização de
Estados Americanos, em Washing-
ton, tinha sugerido a mediação do
Governo de Madrid.
LEO RAMIREZ/AFP
Venezuela
Chavistas atacaram deputados da oposição.Estes denunciaram um “golpe no Parlamento”, por estarem proibidos de falar
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Um conjunto de imagens captadas
por satélite mostra um cenário de
“destruição generalizada e matan-
ça” na cidade nigeriana de Baga, no
Nordeste do país, de acordo com a
Human Rights Watch (HRW). A orga-
nização de defesa dos direitos huma-
nos acusa as forças governamentais
de terem atacado e saqueado a cida-
de numa operação contra o grupo
radical islâmico Boko Haram, no dia
16 de Abril, que terá resultado na
morte de pelo menos 183 pessoas,
a maioria das quais civis.
Segundo a análise das imagens
feita pela HRW, o raide das tropas
governamentais — lançado em res-
posta a um ataque do Boko Haram
contra uma patrulha militar — dei-
xou 2275 edifícios destruídos e 125
muito danifi cados, “a maioria dos
quais eram provavelmente habita-
ções”, lê-se no relatório publicado
no site da organização. O docu-
mento contém testemunhos de se-
te habitantes de Baga, que fugiram
da cidade na noite dos confrontos.
Os soldados são acusados de terem
levado a cabo uma operação por-
ta a porta para capturar alegados
militantes e simpatizantes do Boko
Haram, um grupo jihadista salafi sta
que quer impor uma interpretação
radical da sharia (lei islâmica) no
Norte do país e cujos ataques estão a
ser investigados pelo Tribunal Penal
Internacional como possíveis crimes
contra a humanidade.
O responsável da HRW em África,
Daniel Bekele, considera que “a des-
truição e a matança por soldados em
Baga constituem graves violações
dos direitos humanos” e insta o Go-
verno a “investigar e acusar os res-
ponsáveis, sem olhar a patentes”.
O brigadeiro general Chris Oluko-
lade disse à HRW que os números
avançados pela organização são
“grosseiramente exagerados” e que,
“a terem existido atrocidades, foram
cometidas pelos insurgentes, para
causar destruição e atacar quem não
simpatiza com as suas causas”. Os
números ofi ciais apontam para 37
mortos – 30 militantes do Boko Ha-
ram, um soldado nigeriano e um ci-
vil – e apenas 30 casas destruídas.
Tropas nigerianas acusadasde abusos
ÁfricaAlexandre Martins
Human Rights Watch analisa imagens após raide contra radicais islâmicos e fala em “graves violações dos direitos humanos”
ipsilon.publico.ptDísponível em formato digitalpublico.pt/digital/
Sexta
Doze artistas num
Encontro de irmãos
(com banda sonora dos National)
Em Mistaken for Strangers, Tom Berninger olha de baixo para cima para o irmão Matt, vocalista dos National. A nação indie parece suspirar por esse documentário
Um programa da Gulbenkian de
Londres levou um grupo de artistas
às Galápagos, entre 2007 e 2011. O resultado é uma
exposição que quer defender um
lugar e, através dele, o mundo paraíso a prazo
Meditação moral sobre uma América trash hedonista, Viagem de Finalistas traz de volta Harmony Korine e os seus kids
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28 | CULTURA | PÚBLICO, QUI 2 MAI 2013
Como um Piero portug
Piero della Francesca não tem o há-
bito de viajar. Os coleccionadores de
arte americanos descobriram, logo
no início do século XX, que nem to-
do o dinheiro do mundo conseguiria
comprar as grandes obras do pintor
renascentista. Piero della Francesca
pintou sobretudo frescos, que são o
oposto de arte portátil. Mesmo que
alguém comprasse uma igreja com
frescos de Piero della Francesca,
nunca conseguiria retirá-los.
É por isso que todos os Pieros
della Francesca que o dinheiro
americano conseguiu comprar ca-
bem numa sala da Frick Collection,
a casa-museu na Quinta Avenida, em
Nova Iorque: seis pinturas em painel
de madeira, todas provenientes de
museus nos Estados Unidos.
Mas a principal atracção, a pintu-
ra que a New York Review of Books
chamou “a mais esplêndida” da ex-
posição Piero della Francesca in Ame-
rica, não veio de um museu ameri-
cano. Nem veio da National Gallery
em Londres, do Louvre ou de Milão,
onde o raro Piero della Francesca
pode ser encontrado. A única obra
na exposição da Frick pertencente a
uma instituição não americana é um
empréstimo do Museu Nacional de
Arte Antiga, em Lisboa, Santo Agosti-
nho. “Seria uma sorte para qualquer
museu nos Estados Unidos ter essa
pintura”, diz Nathaniel Silver, cura-
dor da exposição.
Mas o que faz o Piero de um mu-
seu português numa exposição inti-
tulada Piero della Francesca in Ame-
rica, a primeira dedicada ao pintor
nos Estados Unidos?
A Frick Collection é o museu com
mais obras de Piero della Frances-
ca fora de Itália. As suas quatro
pinturas pertencem todas ao mes-
mo políptico (retábulo com vários
painéis), originalmente criado no
século XV para a Igreja de Santo
Agostinho em Sansepolcro, terra
natal do pintor, na Toscana. Muitos
dos painéis desse retábulo — uma
estrutura com cerca de seis metros
de altura — estão perdidos. Cerca
de um século depois de Piero ter
completado o retábulo, em 1555, a
Igreja de Santo Agostinho mudou
de mãos e foi remodelada para aco-
lher a nova ordem de monjas de
Santa Clara.
Os estudiosos da obra de Piero
della Francesca calculam que é nes-
sa altura que o retábulo é desmon-
tado. Apesar de ter sido procurado
por uma casta de clientes célebres
— o papa Pio II, o duque de Urbino,
o príncipe Malatesta —, 50 anos após
a sua morte, Piero della Francesca
já era considerado um artista anti-
quado, nota a historiadora de arte
Marilyn Aronberg Lavin ao PÚBLICO,
e muitas das suas obras foram cober-
tas ou removidas. “Os documentos
do século XVI identifi cam-no como
um grande matemático primeiro e
só depois como pintor – o que não é
propriamente um sinal de entusias-
mo em relação à sua pintura”, diz a
professora da Universidade de Prin-
ceton, autora de uma monografi a so-
bre Piero publicada pela Phaidon.
Que se saiba, apenas oito painéis
do retábulo de Santo Agostinho so-
breviveram até hoje, e o curador Na-
thaniel Silver tentou reuni-los todos
na exposição na Frick. Só havia um
problema: uma tentativa anterior
de reconstituir o retábulo para uma
exposição, em 1996, não tinha sido
bem sucedida, porque muitas das
instituições não estavam dispostas a
ceder os seus Pieros. E como Natha-
niel Silver veio a descobrir, o S. Mi-
guel que está na National Gallery em
Londres provavelmente nunca sairá
daquele museu porque um restauro
feito no século XIX deixou a pintura
com sérios problemas de conserva-
ção. Outro painel, S. Nicolau de To-
lentino, encontra-se no Museo Poldi
Pezzoli em Milão, que se mostrou in-
teressado em colaborar com a expo-
sição no Frick, mas apenas se fosse
possível juntar todas as pinturas do
retábulo. O Museu Nacional de Arte
Antiga (MNAA), em Lisboa, foi o úni-
co que disse “sim”. Tanto o director
adjunto José Alberto Seabra Carva-
lho como o conservador de pintura
do MNAA Joaquim Caetano mostra-
ram “grande entusiasmo” e interes-
se em participar, “desde o início”,
diz Silver. “E isso foi fantástico, não
só por o Santo Agostinho ser uma
pintura assombrosa, mas também
porque os americanos costumam
ir a Paris ou Londres e vão menos a
Lisboa. Portanto, trazer esta pintura
a Nova Iorque é uma oportunidade
O que faz o Santo Agostinho do Museu de Arte Antiga na primeira exposição dedicada a Piero della Francesca nos EUA? “Seria uma sorte para qualquer museu americano ter essa pintura”, diz o curador
ExposiçãoKathleen Gomes,em Nova Iorque
para mostrar algo que de outra for-
ma talvez não vissem.”
Santo Agostinho é um dos cinco
painéis principais do retábulo com
o mesmo nome. De acordo com uma
montagem fotográfi ca apresentada
na exposição, a parte central do re-
tábulo continha, da esquerda para
a direita, representações de Santo
Agostinho, S. Miguel, uma imagem
da Virgem, S. João Evangelista e S.
Nicolau. A imagem central, da Vir-
gem, nunca foi descoberta. A expo-
sição na Frick inclui uma Virgem e
Menino no Trono com Quatro Anjos,
para dar uma ideia aproximada do
que poderia ter sido esse painel
central, mas a pintura pertencia
originalmente a outro retábulo em
Sansepolcro.
Um santo glamorosoEm baixa voz, quase um murmúrio
— não porque seja segredo, mas para
não perturbar os visitantes da ex-
posição — Nathaniel Silver declara,
frente ao Santo Agostinho: “Este é,
de longe, o mais glamoroso de to-
dos os santos de Piero que sobre-
viveram.”
Se esta pintura em particular é
um objecto de fascínio para as pes-
soas familiarizadas com o pintor,
isso deve-se ao aparente contraste
da sua abundância pictórica com a
simplicidade habitualmente associa-
da à obra de Piero della Francesca.
Como resume a historiadora de ar-
te Marilyn Aronberg Lavin, “there’s
everything in the world in that”. Isto
é, Piero della Francesca não descan-
sou enquanto não pôs tudo e mais
alguma coisa nessa pintura.
“Santo Agostinho é a fi gura mais
importante do retábulo, porque ele
foi feito para uma igreja agostinia-
na”, nota o curador. “Fica-se com
a impressão de que ele queria des-
tacar o fundador daquela ordem na
forma como pintou tudo isto.”
Tudo isto é um Santo Agostinho
majestoso. Piero della Francesca
retratou-o como um bispo, em to-
da a sua autoridade e sumptuosida-
de: a mitra adornada com pérolas,
o bastão de cristal, as luvas brancas
repletas de anéis com pedras precio-
sas, e a capa, tão rica em materiais
como em detalhes.
Nathaniel Silver podia falar o dia
todo sobre esta pintura.
“Piero não usou folha de ouro
PÚBLICO, QUI 2 MAI 2013 | CULTURA | 29
guês seduziu a América
O Santo Agostinho do Museu Nacional de Arte Antiga (à esquerda), uma pintura feita a óleo e têmpera entre 1454 e 1469
Pormenor do manto onde se vêem vários quadros dentro do quadro
A sala onde está a pintura de Lisboa na Frick Collection, em Nova Iorque
“Foi fantástico, não só por o Santo Agostinho ser uma pintura assombrosa, mas também porque os americanos costumam ir a Paris ou Londres e vão menos a Lisboa. Portanto, trazer esta pintura a Nova Iorque é uma oportunidade para mostrar algo que de outra forma talvez não vissem”, diz o curador Nathaniel Silver
nesta pintura, mas ele pintou a ca-
pa como se tivesse sido tecida a pano
de ouro, que é o têxtil mais caro no
período do Renascimento — fi o de al-
godão envolto em folha de ouro. Uma
capa feita desse material seria pesada
ao ponto de alguém necessitar pro-
vavelmente de assistência para a ves-
tir.” A pintura sugere essa noção de
peso na forma como a capa cai sobre
os ombros de Santo Agostinho, arre-
dondados como uma campânula. O
curador também chama a atenção
para os efeitos de luz criados por Pie-
ro na vestimenta de Santo Agostinho,
tentando reproduzir os refl exos que
a luz de velas produziria numa capa
tecida a pano de ouro.
Mas não é tudo. A capa contém
dez cenas em miniatura da vida de
Cristo, da Anunciação à Crucifi ca-
ção. Piero della Francesca não se li-
mitou a pespegar as cenas na capa
como se fosse um ecrã. Elas fazem
parte da capa e, como tal, adquirem
vez que é apresentada nos Estados
Unidos, não é a sua primeira mostra
no estrangeiro. Segundo o catálogo
de Piero della Francesca in America,
ela esteve em quatro exposições:
anteriores Florença (1954), Urbino
(1992), Milão (1996) e Bona (1999).
Um pintor adoradoJá depois de propor a exposição à
Frick Collection, na fase de pesqui-
sa, é que Nathaniel Silver se deu con-
ta de que nunca tinha havido uma
exposição dedicada a Piero della
Francesca nos Estados Unidos. “Par-
ti do princípio que tinham existido
imensas exposições sobre ele. Afi -
nal, ele era um artista extremamen-
te popular nos anos 1950 e 1960.”
Muitos dos pintores expressionistas
abstractos adoravam-no. “Ainda ho-
je, quando digo a um artista que o
meu trabalho é sobre o Piero, a re-
acção deles é: ‘Ó meu Deus, Piero é
o meu artista favorito!’”, diz Marilyn
Aronberg Lavin.
Depois de um longo período de
obscuridade, Piero della Francesca
foi redescoberto no fi nal do século
XIX, em grande parte graças às via-
gens das elites europeias. O Grand
Tour tornou-se um ritual obrigató-
rio na educação de qualquer jovem
europeu endinheirado, tendo sido
adoptado, no início do século XX,
pelas elites americanas. Ele foi de-
terminante para o contacto com um
artista cujas grandes obras perma-
necem em Itália, fora dos grandes
centros turísticos, em pequenas
localidades como Arezzo, Sanse-
polcro, Perugia ou Monterchi. Are-
zzo contém o mais famoso ciclo de
frescos de Piero della Francesca,
Lenda da Vera Cruz, na Basílica de
S. Francisco.
Sabe-se que os colecionadores
americanos que tentaram comprar
obras de Piero no início do século
XX fi zeram essa peregrinação e vi-
ram os frescos de Arezzo. Todos os
Pieros que hoje existem nos Estados
Unidos foram comprados entre 1903
e 1950, normalmente a preços-recor-
de. Robert Sterling Clark, o herdei-
ro da fortuna da Singer, pagou 170
mil dólares pela Virgem e Menino no
Trono com Quatro Anjos, o que cus-
tou três vezes mais do que pagara
pela sua casa em Paris. Se fosse só
uma questão de dinheiro, haveria
hoje muito mais do que sete pintu-
ras de Piero na América (a sétima,
um fresco de Hércules, encontra-se
no Museu Isabella Stewart Gardner,
em Boston).
Nathaniel Silver não está desapon-
tado por não ter conseguido reunir
todas as pinturas do retábulo de
Santo Agostinho na Frick Collection.
Afi nal, aqui está ele numa sala cheia
de obras-primas. E quem aqui vier
poderá familiarizar-se com todo o
reportório de talentos de um dos
maiores pintores de todos os tem-
pos, garante o curador. Em sete pin-
turas apenas.
A exposição fi ca até 19 de Maio.
a sua forma. Como a banda direita
da capa está voltada, algumas das
cenas são apenas parcialmente vi-
síveis ou mesmo invisíveis. Tudo
o que se vê na última cena repre-
sentada é uma pequena fi gura de
vermelho, presumivelmente Maria
Madalena, o que sugere tratar-se
de uma representação da Descida
da Cruz. Nathaniel Silver tem uma
teoria sobre a invisibilidade das últi-
mas cenas narrativas. “É uma forma
de encorajar o espectador devoto
a meditar sobre a vida de Cristo,
incitando-o a completar o resto do
ciclo na sua cabeça. É preciso não
esquecer que esta é uma peça de al-
tar, portanto as pessoas ajoelham-se
diante dela para rezar. Em termos
pictóricos, é uma manobra extre-
mamente habilidosa.”
Quando Santo Agostinho foi ad-
quirido pelo Estado português, num
leilão em 1936 — no mesmo ano em
que a Frick Collection compra o seu
primeiro Piero, S. João Evangelista —,
ainda não estava atribuído a Piero
della Francesca. A pintura perten-
cera à colecção do conde e banquei-
ro Henri Burnay, dono do Palácio
da Junqueira, e crê-se que terá sido
comprada na década de 1880.
A pintura só foi identifi cada como
sendo uma obra de Piero e parte
integrante do retábulo de Santo
Agostinho em 1947, por Kenneth
Clark, professor em Oxford e anti-
go director da National Gallery em
Londres. Apesar de ser a primeira
30 | CULTURA | PÚBLICO, QUI 2 MAI 2013
DANIEL ROCHA
A cenografia inspirou-se nas construções impossíveis de M. C. Escher
Há uma cidade que se ergue ao som
de Gershwin. Já o vimos, foi em No-
va Iorque, na Manhattan de Woo-
dy Allen, nuLm preto e branco que
continha tanto de nostalgia quanto
de mistério, fi xando uma ideia de
cidade e uma memória herdadas.
Vemo-lo novamente nas esquinas
da cLenografi a que Artur Pinheiro
criou, inspirado nas construções
impossíveis de M. C. Escher, para
a coreografi a que Clara Andermatt
concebeu para a Companhia Nacio-
nal de Bailado a partir das composi-
ções para os musicais americanos.
Na angulosidade das escadas, nos
cantos escuros dos seus vãos surgem
os bailarinos, como os trabalhado-
res de uma era industrial em plena
ascensão, então como agora, prota-
gonistas de um novo tempo.
É, em muitos anos, a melhor core-
ografi a de Andermatt, precisamen-
te porque nunca se compromete
com uma só ideia e nunca se deixa
defi nir. Arriscada, sabe conjugar a
impulsividade característica do seu
movimento com uma construção em
camadas contrastantes que tiveram
o seu ponto alto em Uma História da
Dúvida (1998). É aliás evidente, até
pela dimensão escultórica do cená-
rio, que a ocupação do espaço se faz
também na resiliência de corpos que
se adequam a um objecto primeira-
mente fi xo e que depois vai cedendo
e assumindo diálogos cada vez mais
A mais feliz das coreografiasde Clara Andermatt oferecida a uma CNB que arrisca
abertos, amplos e generosos com os
próprios intérpretes.
Os bailarinos respondem a um
movimento que guarda interior-
mente as suas pulsões e apenas as
exibe quando a composição musical
de João Lucas transporta as sonori-
dades do George Gershwin da Rhap-
sody in Blue (1924) para o Leonard
Bernstein de West Side Story (1961).
É assim, como se um movimento pu-
desse ler a evolução social que 40
anos produziram, que se constrói
este Dance Bailarina Dance, peça
de uma felicidade imensa assinada
por uma coreógrafa sem medo de
experimentar.
Entre a ambígua felicidade de
um tempo e a esperança utópica
de outro — expostos nos fi gurinos
de Aleksandar Protic que fazem, a
partir do preto e branco, um jogo de
experimentação visual — é uma peça
livre como numa construção rapsó-
dica, até mesmo os momentos mais
negros, ou mais interiores, onde o
foco se concentra nos solos dos bai-
larinos, numa espécie de enfoque
do que era um movimento colecti-
vo. Como se nunca se abandonasse
a importância do indivíduo para a
noção de bem social (tema transver-
sal na obra de Andermatt)
Do mesmo modo que João Lucas
Crítica de Dança
Dance Bailarina Dance
de Clara Andermatt para a
Companhia Nacional de Bailado.
Música de João Lucas, interpretação
Circular Ensemble, direcção Pedro
Moreira.Teatro Camões, 29 Abril, 21h,
sala cheia. Até 5 de Maio
Tiago Bartolomeu Costa
mmmMM
inventaria um século de compo-
sições, numa brilhante aliteração
musical que é um festim para a
audição e um prazer para a visão
pelo modo comprometido como o
Circular Ensemble dança a música,
também Andermatt permite que o
seu movimento seja conduzido por
uma inventividade rara no discurso
coreográfi co para companhias de
repertório contemporâneo a nível
europeu. Exemplo maior será a se-
quência “improvisada” por quatro
bailarinos com o som de aplicações
para iPhone, pensada por Jonas Ru-
na, que cria espaços de acção em tu-
do assimétricos e, por isso mesmo,
hipnotizantes. Ao mesmo nível, o
desenho de luz de Rui Horta, cheio
de cambiantes que cria, no mesmo
palco, o quente sensual e o cinzen-
to da realidade, sugerindo profun-
didades de campo que Andermatt
explora com sagaz cuidado. É aliás
assim que Dance Bailarina Dance
se inscreve no momento alto que a
CNB vive através da linha proposta
pela direcção de Luísa Taveira.
Depois da interioridade e do ima-
terial de Du Don de Soi, de Paulo
Ribeiro (2011) e da apropriação da
identidade nacional através da mate-
rialização poética da dança em Per-
da Preciosa, de André e. Teodósio/
Rui Lopes Graça (2012), a escolha de
Andermatt permite equacionar um
percurso que refl ecte sobre o que
é, e quanto vale, uma imagem em
dança. Se em La Valse ( João Bote-
lho/Paulo Ribeiro, 2011) e Lago dos
Cisnes (Edgar Pêra/Fernando Duar-
te, 2013) era através do cinema —
portanto, da imagem exposta — que
chegávamos ao movimento, agora o
sentido é o inverso.
Repare-se como aqui é através do
movimento que se convoca um sécu-
lo de dança: as bailarinas entre o que
havia de radicalmente experimental
em Esther Williams (Ziegfeld Follies,
1946), contemporânea de Martha
Graham (Appalachian Spring, 1944);
os bailarinos expondo-se a uma vi-
rilidade que combina a delicadeza
de George Balanchine em Apollon
Musagète (1931) com o marialvismo
sensível de John Alton, de Um Ame-
ricano em Paris (1951).
Neste jogo de espelhos alicerça-
se o modo como a CNB tem vindo
a testar uma outra forma de cons-
truir um repertório contemporâneo,
atendendo a um diálogo multi-refe-
rencial que em tudo se afasta de um
didactismo que, por curtas visões,
se poderia impor a uma companhia
nacional de bailado.
O novo Mariinsky será dos maiores centros de artes performativas
Demorou dez anos a ser construído,
depois de três concursos e algumas
trocas de arquitectos. Não faltaram
controvérsias, nem críticas. Não é
por isso de estranhar que hoje, dia
da inauguração do Teatro Mariinsky
II, em São Petersburgo, as opiniões
não sejam consensuais. Mas uma coi-
sa é certa: a ampliação do Mariinsky
vai torná-lo num maiores centros de
artes performativas do mundo. E is-
so merece ser celebrado com toda
a pompa e circunstância pelo Presi-
dente russo, Vladimir Putin, que esta
noite dá as boas-vindas aos primeiros
convidados.
Enquanto no Bolshoi, em Mosco-
vo, continuam as investigações ao
ataque com ácido ao director artís-
tico, ao mesmo tempo que alguns
bailarinos vão falando do mau am-
biente no teatro, o Mariinsky, casa
imperial da ópera e do ballet, cons-
truído em 1860, começa hoje uma
nova era. O investimento de cerca
de 550 milhões de euros, pagos pelo
Governo russo, é o maior de sempre
num edifício deste género, e garante
não só um aumento do espaço como
também acompanha as mais recentes
evoluções tecnológicas. Não é apenas
uma construção de agora, como tam-
bém para o futuro. O passado, esse,
não é esquecido e é por isso que há
uma ligação, através de uma ponte
sobre um canal do rio Neva, entre
o novo Mariinsky e o antigo, que
O Teatro Mariinsky inaugura hoje uma nova era, a da modernidade
continuará a receber espectáculos.
Mas como em todas as mudanças
não podiam faltar as críticas. Algu-
mas centram-se exactamente nas
diferenças entre os dois edifícios.
Têm surgido muitas vozes contra a
nova construção, defendendo que
esta se devia ter mantido fi el não só
à imagem do Mariinsky como de toda
a zona envolvente. O director do Mu-
seu Hermitage, Mikhaïl Piotrovski,
diz que este novo edifício é banal e
para o realizador Alexandre Sokurov,
Leão de Ouro em Veneza em 2011, pa-
rece uma caixa. Grande parte dos ci-
dadãos de São Petersburgo também
não vê no Mariinsky II uma casa de
espectáculos mas antes um centro
comercial.
Valery Guerguiev, o prestigiado
maestro russo que há dez anos sen-
tiu necessidade de ampliar o teatro,
não está preocupado com as críticas,
porque tem a certeza que quem cri-
tica mudará de opinião assim que
conhecer o espaço por dentro. “A
inauguração do Mariinsky II vai rea-
fi rmar e reforçar a grande tradição
do teatro, abrindo caminho para o
futuro, tornando possível criar obras
de vanguarda e performances inova-
doras, com as quais até aqui não po-
díamos nem sonhar”, disse o russo
à Reuters. Adiantou que muitas das
vozes críticas se calaram quando em
Abril se abriram as portas para um
teste acústico do novo auditório, que
tem lugar para duas mil pessoas.
Jack Diamond, responsável pelo
projecto, é da mesma opinião de
Guerguiev. O arquitecto canadiano
foi escolhido em 2009, em substi-
tuição do francês Dominique Per-
rault, cujas ideias para o Mariinsky
não agradaram. O arquitecto diz que
inovou, mas garante que não ignorou
o passado daquele local, ao tentar
relacionar os dois espaços.
Rússia Cláudia Carvalho
O resultado das obras de ampliação, que custaram ao Governo russo 550 milhões de euros, é esta noite mostrado ao público
Dance Bailarina Dance constrói um percurso pela dança e imagina como seria possível ler, através do movimento, 40 anos de evolução social
ALEXANDER DEMIANCHUK/REUTERS
32 PÚBLICO, QUI 2 MAI 2013CLASSIFICADOS Tel. 21 011 10 10/20 Fax 21 011 10 30De seg a sex das 09H às 19HSábado 11H às 17H
Edif. Diogo Cão, Doca de Alcântara Norte,1350-352 Lisboa
Diversos TRIBUNAL DE FAMÍLIA E MENORES E DE
COMARCA DE CASCAIS3.º Juízo Cível
Processo: 2541/10.2TBCSC
ANÚNCIOA Mm.ª Juíza de Direito Dra. Ana Ro-drigues da Silva, do 3.º Juízo Cível do Tribunal de Família e Menores e de Comarca de Cascais:Faz saber que nos autos de Divi-são de Coisa Comum com o n.º 2541/10.2TBCSC foi designado o dia 20-06-2013, pelas 09:30 horas, neste Tribunal, para a abertura de propostas que sejam entregues até esse momen-to, na Secretaria deste Tribunal, pelos interessados na compra do seguinte bem: Fracção autónoma designada pela letra G, que corresponde ao se-gundo andar direito, com uma garagem com o n.º 1 na cave do prédio urbano constituído em propriedade horizontal sito na Rua António Tomás Botto, lote 3 - Cabeço de Mouro, freguesia de São Domingos de Rana, Concelho de Cas-cais, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 14445 e descrita na conservaória do registo predial de Cascais sob o n.º 07016 daquela freguesia.Valor-base do imóvel: € 104.747,56Os bens encontram-se na posse de AIzira da Piedade de Sousa Alcobia Baptista, residente na Rua António Tomás Botto, Lote 3, 2.º Dt.º, Cabeço de Mouro, 2785-001 São Domingos de Rana.Nota: No caso de venda mediante pro-posta em carta fechada, os proponen-tes devem juntar à sua proposta, como caução, um cheque visado, à ordem da secretaria, no montante correspon-dente a 20% do valor-base dos bens ou garantia bancária no mesmo valor - n.º 1 do Art.º 897.º do CPC.Referência: 11261537Cascais, 17 de Abril de 2013.
A Juíza de DireitoDr.ª Ana Rodrigues da Silva
O Escrivão Adjunto - Carlos AlexandrePúblico, 02/05/2013 - 2.ª Pub.
RECHEIOS DE CASAANTIGOS - Arte,bibliotecas, livros, pratae curiosidades. P. pag.Telm: 91 739 83 53
MensagensA ATRAENTEMASSAGISTA 35AElegante, culta, discreta.P/cavalheiros de nível.Telm.: 913908008
MOMENTSCENTRO MASSAG.P/cavalheiro bom gosto.Amb. clim. Novidades.Tel.: 92 442 50 94 21 354 52 49
TRIBUNAL DE FAMÍLIA E MENORES E DE COMARCA DE LOURES
2.º Juízo CívelProcesso: 166107/11.2YIPRT - Ação Esp. Cump. Obrig. DL 269/98
(Limite = Alçada 1.ª Inst.ª) Referência: 16534944A Mm.ª Juíza de Direito Dr.ª Ana Barão, do 2.º Juízo Cível - Tribunal de Família e Menores e de Comarca de Loures:Faz saber que a Ré Soingeste Imóveis - Soc. de Construção e Comercialização de Imóveis, Lda., NIF - 503594741, domicílio: Edf. Soingeste - Casal dos Moinhos, Lt. 4, Estrada da Paiã, 1674-014 Pontinha, para contestar, querendo, no prazo de 15 dias contados da data da afi xação do último edital, a ação acima identifi cada, com a advertência de que na falta de contestação poderá ser conferida força executiva à petição. Fica ainda advertido de que as provas devera ser oferecidas na audiência de julgamento, podendo apresentar até 3 testemunhas.O pedido consiste no pagamento de € 2.329,79, proveniente de contrato, tudo como melhor consta do duplicado da petição inicial que se encontra nesta Se-cretaria, à disposição do citando.Passei o presente e mais dois de igual teor para serem afi xados.Loures, 09-04-2013
A Juíza de Direito - Ana BarãoA Ofi cial de Justiça - Ana Maria Branco C. Costa
Público, 02/05/2013 - 2.ª Pub.
TRIBUNAL DE FAMÍLIAE MENORES E DE
COMARCA DO BARREIRO2.º Juízo Cível
Processo: 1150/13.9TBBRRCarta Precatória (Distribuída)
ANÚNCIOExequente: Cetelem, Sfac, S.A. - Sociedade Financeira de Aquisições a CréditoExecutado: Marta Maria Mendes Maia e outro(s)Processo de origem: Execução Ordinária,Processo n.º 27516/03.4YXLSB do Lisboa - Juí-zos Cíveis (6.º A 8.º ), 8.º Juízo CívelNos autos acima identifi cados foi designado o dia 16-05-2013, pelas 14.00 horas, neste Tribu-nal, para a ABERTURA DE PROPOSTAS, que sejam entregues até esse momento, na Secreta-ria deste Tribunal, pelos interessados na compra do seguinte bem: Fração autónoma, designada pela letra A, a que corresponde ao Rés-do- Chão direito, destinado à habitação, do prédio urbano em regime de propriedade horizontal, sito na Rua Sociedade de Instrução e Recreio Barreirense Os Penicheiros, n.º 20, da freguesia do Lavradio, concelho do Barreiro, inscrito na matriz da fre-guesia do Lavradio, sob o art.º 2054, e descrita na Conservatória do Registo Predial do Barreiro sob o n.º 593/16690423, sendo que o mesmo vai à venda pelo valor-base de € 90.000,00 reduzido a 70% - art.º 889.º n.º 2 do C.P.C. podendo os proponentes assistir ao ato.Penhorado à Executada: Marta Maria Men-des Maia, estado civil: Desconhecido, NIF - 223932132, BI - 10743392, domicílio: Rua Socie-dade Barreirense Os Penicheleiros, N.º 20, R/c Dt.º Fidalguinhos, 2835-000 LavradioÉ fi el depositário:Óscar António Melo Martins, BI - 06631716, Endereço: Rua S.D.U.B. Os France-ses N.º 8, Loja B, Urbanização dos Fidalguinhos, 2835-801 Lavradio.Créditos reclamados e graduados pelo Credor Banco Espírito Santo, no valor de € 81.522,23. Quantia exequenda: 5.367,71, acrescida de ju-ros e custas prováveis.Nota: No caso de venda mediante proposta em carta fechada, em Execução Comum (instaura-da em data igual ou posterior a 15/09/2003) os proponentes devem juntar à sua proposta, como caução, um cheque visado, à ordem do Solicita-dor de Execução ou, na sua falta, da secretaria, no montante correspondente a 20% do valor-base dos bens ou garantia bancária no mesmo valor (n.º 1 ao Art.º 897.º do CPC).N/Referência: 5899110Barreiro, 18/04/2013
O Juiz de Direito - Dr. Domingos António MiraA Ofi cial de Justiça - Maria João Niza
Público, 02/05/2013 - 2.ª Pub.
VARAS CÍVEISDE LISBOA
12.ª Vara CívelProcesso: 1610/12.9TVLSBReforma de Documentos
ANÚNCIOA Mm.ª Juíza de Direito Dr.ª Cristina Maria Xavier Machado Dá Mesquita, da 12.ª Vara Cível de Lisboa:Faz saber que nos autos acima identifi cados, correm éditos para citação dos interessados Elinas - Projectos e Construção Civil, Lda., com última sede conhecida na Rua Brigadeiro Baptista de Carvalho, n.º 3 B, 2810-031 FEIJÓ e João José Macedo Juvêncio Legatheaux, com último domicílio conhecido na Rua Bernardo Santareno, Lote C - 23, 4.º A, Miratejo, 2800-000 Corroios, para comparecerem pessoalmente neste tribunal, no dia 30-05-2013, às 09:15 horas, a fi m de intervirem na confe-rência, a que se refere o n.º 2 do art.º 1069.º do CPC, fi cando ainda adver-tidos de que:Na falta de acordo, devem os inte-ressados dissidentes, deduzir a sua contestação no prazo de 20 dias contados da realização de confe-rência.Na falta de contestação, o juiz orde-nará a reforma do título em confor-midade com a petição inicial que se encontra à disposição dos citandos na Secretaria do TribunalN/Referência: 18524824Lisboa, 05/04/2013
A Juíza de DireitoDr.ª Cristina Maria Xavier Machado
Dá MesquitaA Escrivã Auxiliar
Ilda Maria MonteiroPúblico, 02/05/2013 - 2.ª Pub.
VARAS CÍVEISDE LISBOA7.ª Vara Cível
Processo: 93653/12.4YIPRTAção de Processo Ordinário
ANÚNCIOAutor: Adidas Portugal - Artigos de Desporto, S.A.Réu: J.M. Dias, Lda. e outro(s)...Nos autos acima identifi cados, cor-rem éditos de 30 dias, contados da data da segunda e última publicação do anúncio, citando:Maria Irene de Jesus Marques Dias, com última residência conhecida na Rua Maria Veleda, lote 2, 3.º G, em Lisboa, na qualidade de legal repre-sentante da Ré J.M. Dias, Lda, pes-soa colectiva n.º 500683492, com última sede conhecida na Rua Dr. Joaquim Manso, 12-B, em Lisboa, para, no prazo de 30 dias, decorrido que seja o dos éditos, contestar, querendo, a ação, com a cominação de que a falta de contestação impor-ta a confi ssão dos factos articulados pela autora e que em substância o pedido consiste na condenação so-lidária dos Réus a pagar à Autora a quantia peticionada de 61.636,62€, acrescida de juros e legais acrésci-mos, tudo como melhor consta da petição inicial cujo duplicado se en-contra nesta Secretaria, à disposição do citando.O prazo acima indicado suspende-se, no entanto, nas férias judiciais.Fica advertido de que é obrigatória a constituição de mandatário judicial.N/Referência: 18555904Lisboa, 18/04/2013
A Juíza de DireitoDr.ª Armandina Silva Lopes
A Ofi cial de JustiçaMaria do Rosário Monteiro
Público, 02/05/2013 - 2.ª Pub.
TRIBUNALADMINISTRATIVO E FISCAL DE LOULÉProcesso: 619/11.4BELLE
ANÚNCIOAcção administrativa especial de pretensão conexa com ac-tos administrativosIntervenientes:Autor: Ministério Público do Tribunal Administrativo e Fiscal de LouléContra-interessado: Vilaliving - Promoção e Gestão de Cui-dados de Saúde Continuados, Lda.Réu: Município de Vila Real de Santo AntónioNos autos acima identifi cados, correm éditos de 30 dias, con-tados da data da segunda e última publicação do anúncio, citando a contra-interessada Vilaliving - Promoção e Gestão de Cuidados de Saúde Conti-nuados, Limitada, com última residência conhecida no Edi-fício Fonte da Moura, Av. da Boavista, n.º 3383, 9.º - 4100-138 Porto para, no prazo de 30 dias, decorrido que seja o dos éditos, contestar, querendo, a acção, com a cominação de que a falta de contestação não importa a confi ssão dos factos articulados pelo autor e que em substância o pedido consiste, em virem a ser anuladas as deliberações da Ré Município de Vila Real de Santo António de 13/11/2009 e 16/12/2009, tudo como melhor consta do duplicado da petição inicial que se encontra nesta Secretaria, à disposição do citando.Fica advertido de que é obriga-tória a constituição de manda-tário judicial.Louié, 25 de Fevereiro de 2013.
A Juíza de DireitoMaria Helena Paulino Costa
Meirinho FilipeO Ofi cial de Justiça
António Boaventura Pereira Antunes da Silva
Público, 02/05/2013 - 2.ª Pub.
TRIBUNALADMINISTRATIVO E FISCAL DE LOULÉProcesso: 817/11.0BELLE
ANÚNCIOAcção administrativa especial de pretensão conexa com actos ad-ministrativosIntervenientes:Autor: Ministério Público do Tri-bunal Administrativo e Fiscal de Loulé;Contra-interessado: Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Silves (e Outros);Réu: Município de Silves Nos autos acima identifi cados, correm éditos de 30 dias, conta-dos da data da segunda e última publicação do anúncio, citan-do a contra-interessada ANNE TAYLOR, com última residência conhecida no Edifício Amarelo, fracção B, r/c E, Furadouro - S. Bartolomeu de Messines para, no prazo de 30 dias, decorrido que seja o dos éditos, contestar, que-rendo, a acção, com a cominação de que a falta de contestação não importa a confi ssão dos factos articulados pelo autor e que em substância o pedido consiste em que venham a ser declarados nulos os actos administrativos praticados pelo Município de Silves, designadamente os des-pachos da Sr.ª Presidente da Câmara Municipal de Silves de 07/06/2004, que deferiu o pedido de licença de construção e o de 23/08/2007, que deferiu o pedido de licença de utilização do prédio entretanto construído, no âmbito do Processo Camarário de Li-cenciamento de Construção com o n.º 136/04, tudo como melhor consta do duplicado da petição inicial que se encontra nesta Se-cretaria à disposição do citando.Fica advertido de que é obrigató-ria a constituição de mandatário judicial.Louié, 9 de Janeiro de 2013.
A Juíza de DireitoMaria Helena Paulino Costa
Meirinho FilipeO Ofi cial de Justiça
António Boaventura Pereira Antunes da Silva
Público, 02/05/2013 - 2.ª Pub.
Nos autos acima identifi cados, correm éditos de 30 dias, contados da data da segunda e última publicação do anúncio, citando o au-sente Pedro Jorge Gomes Lima com a última residência conheci-da na Estrada Marquês de Pombal, n.º 73 3.º C, 2635-301 Rio de Mouro, para no prazo de 20 dias, decorrido que seja o dos éditos, proceder à entrega do bem objecto da presente execução, ou de-duzir oposição.O duplicado do requerimento executivo e a cópia dos documentos estão à sua disposição na secretaria do Juízos de Execução de Lis-boa.Findo esse prazo, e caso não se oponha à execução no prazo indica-do e não proceda à entrega voluntária do bem objecto da presenre execução, seguem-se os termos do artigo 930.º do C.P.C. É ainda advertido:- Que o prazo acima indicado suspende-se, no entanto, durante as férias judiciais e que terminando em dia que os tribunais estive-rem encerrados, transfere-se o seu tempo para o primeiro dia útil seguinte.- Que é obrigatória a constituição de mandatário judicial, nos termos do art.º 60.º do CPC.- Sendo requerido nos Serviços de Segurança Social o benefício de apoio judiciário na modalidade de nomeação de patrono, deverá o ci-tando, juntar aos presentes autos, no prazo da oposição, documento comprovativo da apresentação do referido requerimento, para que o prazo em curso se interrompida até notifi cação da decisão do apoio judiciário (n.º 4 e 5 do art.º 25.º da Lei n.º 30 E/2000, de 20/12).Passei o presente e mais dois de igual teor para serem afi xados.
O Agente de ExecuçãoHelder Rodrigues
Av. 5 de Outubro, 156 - 3.º, 1050-062 LISBOATelf. 21 848 12 29 - Fax 21 315 73 63 - e.mail: [email protected]ário de atendimento: Dias úteis das 9.00 às 11.00h
Público, 02/05/2013 - 2.ª Pub.
EDITALCITAÇÃO AUSENTE EM PARTE INCERTA
(ARTIGOS 244.º E 248.º C.P.C.)
HELDER RODRIGUESAgente de Execução
Cédula n.º 3268
Processo: 1664/09.5TBOERVALOR: 9.203,00 €
Exequente(s): Banco Credibom, S.A.Executado: Pedro Jorge Gomes Lima
Referência Interna: PE/124/2009
TRIBUNAL JUDICIAL DE OEIRASJuízo de Execução
TRIBUNAL JUDICIAL DE SETÚBAL
Vara de Competência MistaProcesso: 7485/11.8TBSTB
ANÚNCIOAção Ordinária - Paternidade/Ma-ternidadeAutor: Ministério PúblicoRéu: Paulo Alexandre Santos Silva CasteloNos autos acima identifi cados, correm éditos de 30 dias, contados da data da segunda e última pu-blicação do anúncio, citando Réu: Paulo Alexandre Santos Silva Cas-telo, Casado, NIF - 205487793, BI estrangeiro - 10125129, domicílio: Pallift - Equipamentos de Elevação, Ld.ª, Rua do Moinho, N.º 15 - 3.º B, 2910-615 Setúbal / Rua da Alfazema, n.º 1 - r/c - frente, 2910 Setúbal / Rua São Tomé e Principe, n.º 20 - cave Dt.ª - 2900 Setúbal, com última re-sidência conhecida na(s) morada(s) indicada(s) para no prazo de 30 dias, decorrido que seja o dos éditos, contestar, querendo, a ação, com a cominação de que a falta de contes-tação não importa a confi ssão dos factos articulados pelo autor e que em substância o pedido consiste em declarar o réu pai da menor Beatriz Sofi a Ribeiro, tudo como melhor consta do duplicado da petição ini-cial que se encontra nesta Secreta-ria, à disposição do citando.O prazo é continuo suspendendo-se, no entanto, nas férias judiciais.Fica advertido de que é obrigatória a constituição de mandatário judicial.Passei o presente e mais dois de igual teor para serem afi xados.N/ Referência: 12077086Setúbal, 23-04-2012.
A Juíza de DireitoDr.ª Vera Antunes
A Ofi cial de JustiçaDora Canteiro Matos
Público, 02/05/2013 - 2.ª Pub.
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Agente de Execução, Alexandra Gomes CP 4009, com endereço profi ssional em Av. João da Cruz, n.º 70, Edifício S. José - 2.º Esq.º Frente, 5300-178 Bragança.Nos termos do disposto no artigo 890.º do Código de Processo Civil, anuncia-se a venda do bem adiante designado:Bens em VendaTIPO DE BEM: Direito ao Quinhão HereditárioDESCRIÇÃO: Direito ao Quinhão Hereditário que o Executado, José Marques Afonso Pinto, detém sobre os bens móveis e imóveis, saldos de todos os depósitos e dos valores mobiliários escriturais e titulados integrados em sistema centralizado, bem como quaisquer créditos ou outros direitos sus-ceptíveis de penhora, que constituam a herança indivisa por óbito de José Manuel Pinto, NIF 706 575 563, a qual integra, presumivelmente, entre os referidos, os bens descritos na participação n.º 714027 de transmissões gratuitas de imposto de selo, junto aos autos.Bens Imóveis½ Herança indivisa prédio rústico artigo 218 da Freguesia Gimonde Concelho de Bragança.½ Herança indivisa prédio urbano artigo 1229 Fre-guesia da Sé Concelho de Bragança.½ Herança indivisa prédio rústico artigo 4919 da Freguesia de Penhas Juntas, Concelho de Vinhais.¼ Herança indivisa prédio rústico art.º 4927 da Fre-guesia de Penhas Juntas, Concelho de Vinhais.1/6 Herança indivisa prédio rústico artigo 5833 da Freguesia de Penhas Juntas, Concelho de Vinhais.½ Herança indivisa prédio urbano artigo 1449 da Freguesia da Sé, Concelho de Bragança.½ Herança indivisa prédio rústico artigo 6 da Fre-guesia de Santa Maria, Concelho de Bragança.1/1 Herança indivisa prédio urbano artigo 389 da Freguesia de Gimonde, concelho de Bragança.Bens Móveis/Direitos de Autor / Direitos de Pro-priedade Industrial½ Herança indivisa - Um Automóvel Ligeiro de Mercadorias de cor Branco, matrícula: 14-11- NF Marca Opel, valor declarado: 7.500,00 euros, valor aquisição: 20.000,00 euros;
½ Herança indivisa - Uma Espingarda de Caça marca: Parkemy n.º 75397, livrete n.º M09004 data de aquisição 1998/02/23, valor declarado: 375,00 euros; valor aquisição: 700,00 euros.½ Herança indivisa – Um depósito bancário na con-ta à ordem n.º 03510.008279-7 do Montepio Geral- Agência de Bragança, valor: 4.292,80 euros. PENHORADO EM: 29/12/2011EXECUTADOS: José Marques Afonso Pinto, NIF: 187153884 e Sandra de Lurdes Filipe Marques Pinto NIF 219948739, ambos com morada na Urbanização da Bela Vista, Lote 37, São Pedro de Serracenos- Bragança .MODALIDADE DA VENDA:Venda mediante proposta em carta fechada, a se-rem entregues na Secretaria do supra-mencionado Tribunal, pelos interessados na compra, fi cando como data para abertura das propostas o dia 14 de Maio de 2013, pelas 13.30 Horas, no Tribunal Judicial de Bragança.VALOR-BASE: 54.409,49euros.Serão aceites propostas de melhor preço, em montante igual ou superior a 38.086,64 euros, correspondente a 70% do valor-base. Nos termos do n.º 1 do art.º 897.º C. P. Civil “os Proponentes devem juntar à sua proposta, como caução, um cheque visado, à ordem do Agente de Execução ou, na sua falta, da secretaria, no montante correspondente a 5 % do valor anun-ciado para a venda, ou garantia bancária no mesmo valor”. Os Proponentes deverão, ainda, indicar o seu nome completo, morada, números de bilhete de identidade e contribuinte, e apresentar as propostas até ao dia e hora designados para a sua abertura.A sentença que se executa está pendente de re-curso ordinário: NãoEstá pendente oposição à execução: NãoEstá pendente oposição à penhora: Não
A Agente de Execução - Alexandra GomesRua D. Sancho I, n.º 17 A/B - 2800-712 AlmadaE-mail: [email protected].: 210 833 058 - Fax: 212 743 259
Público, 02/05/2013 - 2.ª Pub.
Alexandra GomesAgente de Execução
CPN 4009
TRIBUNAL JUDICIAL DE BRAGANÇA2.º Juízo
ANÚNCIO DE VENDA
Processo 491/09.4TBBGC - Execução Comum (Sol. Execução)Ref. Interna: PE-78/2009 - Data: 29/04/2013
Exequente: Fernando Jorge AfonsoExecutados: José Marques Afonso Pinto e Sandra de Lurdes
Filipe Marques Pinto
TRIBUNAL DA PROPRIEDADE INTELECTUAL
1.º JuízoProcesso: 350/12.3YHLSB
Ação de Processo OrdinárioANÚNCIO
Autor: Audiogest - Associação Para a Gestão e Dis-tribuição de DireitosRéu: José Miguel Salgueirinho AlvesNos autos acima identifi cados, correm éditos de 30 dias, contados da data da segunda e última publica-ção do anúncio, citando:Réu: José Miguel Salgueirinho Alves, nascido(a) em 26-06-1992, NIF - 243425082, BI - 13663035, com última residência conhecida na Rua Principal, 1797, Bidoeira de Cima, 2415-002 Bidoeira de Cima - Leiria para, no prazo de 30 dias, decorrido que seja o dos éditos, contestar, querendo, a ação e que em substân-cia o pedido consiste em:a) ser o Réu condenado a reconhecer à Autora o direi-to exclusivo de autorizar a utilização/execução pública de fonogramas e/ou videogramas no estabelecimento comercial que explora, denominado “Alfa Café Bar”;b) ser o Réu condenado na proibição de utilizar/exe-cutar publicamente fonogramas e/ou videogramas no estabelecimento comercial que explora, denominado “Alfa Café Bar” enquanto não obtiver, junto da Autora, a licença Passmusica;c) ser o Réu condenado no pagamento da remunera-ção de acordo com as tabelas tarifárias da Autora, que vigoraram para 2011 acrescida de IVA, à taxa legal, à data, em vigor, por contrapartida do respectivo licen-ciamento da Passmusica e que actualmente se cifra em 1.928,13 € (1.865,04 € - 63,09 €) correspondente ao capital em dívida e aos juros de mora vencidos e, bem assim, os juros de mora vincendos à taxa su-pletiva legal sucessivamente em vigor, desde 03 de Setembro de 2012 (data da entrada da presente acção em Tribunal) até efectivo e integral pagamento;d) ser o Réu condenado no pagamento da remune-ração de acordo com as tabelas tarifárias da Autora, que vigoram para 2012 acrescida de IVA, à taxa legal, em vigor, por contrapartida do respectivo licencia-mento da Passmusica e que actualmente se cifra em 1.987,11 € (1.943,74 € + 43,37 €) correspondente ao capital em dívida e aos juros de mora vencidos e, bem assim, os juros de mora vincendos à taxa supletiva le-gal sucessivamente em vigor, desde 03 Setembro de 2012 (data da entrada da presente acção em Tribunal) até efectivo e integral pagamento;e) ser o Réu condenado a pagar à Autora a quantia de 500,00 € (quinhentos euros) devida a título de in-demnização arbitrada pelos danos não patrimoniais causados pela sua conduta omissiva;f) ser ainda o Réu condenado a pagar à Autora a quantia de 500,00 € (quinhentos euros), correspon-dente a ressarcimentos dos encargos suportados com a protecção dos direitos lesados pelo Réu, bem como, com a investigação e cessação da conduta lesiva do mesmo;g) ser também o Réu condenado a pagar à Autora a quantia diária de 30,00 € a título de sanção pecu-niária compulsória pelo atraso na prática do facto positivo do Réu.h) serem os bens a apreender, violadores dos direitos conexos em causa, por força do decretamento do procedimento cautelar infra-identifi cado, dados como perdidos a favor do Estado.Tudo como melhor consta do duplicado da petição inicial que se encontra nesta Secretaria, à disposi-ção do citando.O prazo acima indicado suspende-se, no entanto, nas férias judiciais.Fica advertido de que é obrigatória a constituição de mandatário judicial.N/Referência: 27278Lisboa: 26/04/2013
A Juíza de Direito - Dr.ª Helena Isabel Dias BolieroA Ofi cial de Justiça - Maria de Lurdes Custódio
Público, 02/05/2013 - 2.ª Pub.
VARAS CÍVEISDE LISBOA10.ª Vara Cível
Processo: 1658/11.0TVLSB
ANÚNCIOAção de Processo Ordi-nárioAutor: Ministério PúblicoRé: Fernanda da Conceição CardosoA Dr.ª Margarida de Mene-zes Leitão, Mm.ª Juíza de Direito da 10.ª Vara Cível de Lisboa, faz saber que nos autos acima identifi cados, correm éditos de 20 dias, contados da data da se-gunda e última publicação do anúncio, citando os cre-dores desconhecidos quegozem de garantia real so-bre a herança jacente da ré Fernanda da Conceição Cardoso, residente que foi na Rua Pascoal de Melo, n.º 120, 5.º Dt.º, em Lis-boa, para, no prazo de 15 dias, decorrido que seja o dos éditos, reclamarem o pagamento dos respetivos créditos pelo produto de tal bem.N/ Referência: 18479323Lisboa, 11-03-2013.
A Juíza de DireitoDr.ª Margarida de Menezes
LeitãoA Ofi cial de Justiça
Maria do Carmo CostaPúblico, 02/05/2013 - 2.ª Pub.
VARAS CÍVEISDE LISBOA
7.ª Vara CívelProcesso: 1858/11.3TVLSB
Ação OrdináriaPaternidade/Maternidade
ANÚNCIOAutor: Ministério PúblicoRéu: Johannes Seybrand SenekalFaz-se saber que, correm éditos de 30 dias, contados da data da segun-da e última publicação do anúncio, citando Réu: Johannes Seybrand Senekal, residente em: 550, Chopin Street, Constantia Park, Pretória, últi-ma residência conhecida na morada indicada, para no prazo de 30 dias, decorrido que seja o dos éditos, contestar, querendo, a ação, com a cominação de que a falta de contes-tação não importa a confi ssão dos factos articulados pelo autor e que em substância o pedido consiste, no reconhecimento do menor Caleb Michael da Costa, como fi lho do reú, bem como o averbamento de tal pa-ternidade no assento de nascimento daquele, tudo como melhor consta do duplicado da petição inicial que se encontra nesta Secretaria, à dis-posição do citando.O prazo é contínuo suspendendo-se, no entanto, nas férias judiciais.Fica advertido de que é obrigatória a constituição de mandatário judicial.N/Referência: 18541336Lisboa, 11/04/2013
O Juiz de DireitoGonçalo da Cunha Pires
A Ofi cial de JustiçaElisabete Martins
Público, 02/05/2013 - 2.ª Pub.
TRIBUNAL JUDICIALDE TOMAR
1.º JuízoProcesso: 208/13.9TBTMR
Interdição
ANÚNCIORequerente: Ministério Pú-blico de TomarRequerido: Mário de Oli-veiraFaz-se saber que foi distri-buída neste tribunal, a ação de Interdição em que é re-querido Mário de Oliveira, com residência em domicí-lio: Casal da Pereira, n.º 19, Montes - Olalhas, 2300-000 Tomar, para efeito de ser decretada a sua interdição por anomalia psíquica.N/Referência: 2357591Tomar, 27/02/2013
A Juíza de DireitoDr.ª Filomena Bernardo
O Ofi cial de JustiçaAntónio Simões
Público, 02/05/2013
TRIBUNAL JUDICIALDE OEIRAS
3.º Juízo Competência CívelProcesso: 2593/13.3TBOER
Interdição / Inabilitação
ANÚNCIORequerente: Ministério PúblicoRequerida: Maria Izilda Cardoso Casimiro CarvalhoFaz-se saber que foi distribuída neste tribunal, a ação de Inter-dição/Inabilitação em que é requerida Maria Izilda Cardoso Casimiro Carvalho, com do-micílio: Rua Ernesto Veiga de Oliveira n.º 6 - 2.º C, 2780-052 Oeiras, para efeito de ser decre-tada a sua interdição por motivo de doença, sofre de Alzheimer, demência degenerativa grave e sequela de AVC, doenças gra-ves que têm carácter actual e permanente.N/Referência: 12091005Oeiras, 16/04/2013
A Juíza de DireitoDr.ª Ausenda Brás Moreira Pires
A Ofi cial de JustiçaAna Maria Soares
Público, 02/05/2013
TRIBUNAL DE COMARCA E DE FAMÍLIA E
MENORES DE ALMADA1.º Juízo Competência CívelProcesso: 1845/13.7TBALM
Interdição / Inabilitação
ANÚNCIORequerente: Ministério PúblicoRequerido: Arlindo Manuel da Costa MouroFaz-se saber que foi distribuída neste tribunal, a ação de Interdi-ção/Inabilitação em que é requeri-do Arlindo Manuel da Costa Mou-ro, com residência em domicílio: Santa Casa da Misericórdia de Almada, Lar Granja Luís Rodri-gues, Costas de Cão - Almada - 2825-045 Caparica, para efeito de ser decretada a sua interdição por Anomalia Psíquica.N/Referência: 11354619Almada, 18/04/2013
A Juíza de DireitoDr.ª Rita Silva ViegasA Ofi cial de Justiça
Isabel Maria Cardoso GoesPúblico, 02/05/2013
COMARCA DA GRANDE LISBOA-NOROESTE
Amadora- Juízo de Média Instância Cível
Processo: 497/13.9T2AMDInterdição/Inabilitação
ANÚNCIORequerente: Ministério PúblicoRequerida: Nilange Gomes Palege JasseFaz-se saber que foi distribu-ída neste tribunal, a ação de Interdição em que é requerida Nilange Gomes Palege Jasse, com residência na Unidade de Cuidados Continuados Sagra-da Família - Complexo Social Sagrada Família, sita na Av.ª da República - Buraca - 2610-047 Amadora, para efeito de ser decretada a sua interdição por anomalia psíquica.N/Referência: 21826496Amadora, 26/04/2013
O Juiz de DireitoDr. Diogo Alves
A Ofi cial de JustiçaAna Cristina Nascimento
Público, 02/05/2013
TRIBUNAL JUDICIALDE ELVAS
1.º JuízoProcesso: 232/12.9TBELV
Ação de Processo Ordinário
ANÚNCIOAutor: José Manuel Martins MirandaRéu: Fundo de Garantia Automóvel e outros.Fernando Taínhas, Mm.º Juiz de Direi-to do 1.º Juízo do Tribunal de Elvas:Faz saber que nos autos acima iden-tifi cados, correm éditos de 30 dias, contados da data da segunda e última publicação deste anúncio, citando o réu Francisco Bento Rita de Sousa, nascido em 27-09-1952, freguesia de Alvaiade (Santiago do Cacém), NIF - 166223549, BI - 02214707, com última residência conhecida na Rua 8, n.º 28, Ermidas, 7565-228 Ermidas - Sado - Santiago do Cacém, para, no prazo de 30 dias, decorrido que seja o dos éditos, contestar, querendo, a ação, acima indicada, com a cominação de que a falta de contestação importa a confi ssão dos factos articulados pelo autor e que em substância o pedido consiste no pagamento ao autor da quantia de €: 125.250,00, acrescida de juros de mora, à taxa legal, a partir da citação e até integral pagamento, tudo como melhor consta do duplica-do da petição inicial que se encontra nesta Secretaria, à disposição do citando.O prazo acima indicado suspende-se, no entanto, nas férias judiciais.Fica advertido de que é obrigatória a constituição de mandatário judicial.N/Referência: 2097792Elvas, 15/04/2013
O Juiz de DireitoFernando Taínhas
A Ofi cial de JustiçaM.ª Anunciação Castanheira
Público, 02/05/2013 - 1.ª Pub.
TRIBUNAL DE FAMÍLIA E MENORES E DE
COMARCA DE CASCAIS1.º Juízo Cível
Processo: 5169/11.6TBCSC
ANÚNCIOAção de Processo OrdinárioAutora: Isabel ManuelRéu: António Paes do AmaralNos autos acima identifi cados, correm éditos de 30 dias, conta-dos da data da segunda e última publicação do anúncio, citando:Réu: António Paes do Amaral, esta-do civil: solteiro, NIF - 207964041, domicílio: Prt. Moçambique Lt. 15, R/c Dt.º, Alcabideche, 2645-270 Alcabideche, com última residên-cia conhecida na(s) morada(s) indicada(s) para, no prazo de 30 dias, decorrido que seja o dos édi-tos, contestar, querendo, a ação, cujos factos articulados pelo(s) autor(es) consistem na dissolução da união de facto entre autora e réu; ser atribuída à autora a casa de morada de família, decidindo a favor da mesma o direito ao arrendamento do imóvel, tudo como melhor consta do duplicado da petição inicial que se encontra nesta Secretaria, à disposição do citando.O prazo acima indicado suspende-se, no entanto, nas férias judiciais.Fica advertido de que é obrigató-ria a constituição de mandatário judicial.N/ Referência: 11222325Cascais, 09-04-2013.
A Juíza de DireitoDr.ª Emília Palma
A Ofi cial de JustiçaPaula Teixeira
Público, 02/05/2013 - 1.ª Pub.
JUÍZOS CÍVEIS DE LISBOA (1.º A 5.º)
3.º Juízo CívelProcesso: 4112/12.0TJLSB
ANÚNCIOAção de Processo SumárioAutor: Urban Science Us, Unipes-soal, LdaRéu: Luís Augusto Marques PaisNos autos acima identifi cados, cor-rem éditos de 30 dias, contados da data da segunda e última publica-ção deste anúncio, citando:Réu: Luís Augusto Marques Pais, NIF - 197724205, domicílio: Rua dos Açores, n.º 1, 1000-001 Lisboa com última residência conhecida na morada indicada para, no prazo de 20 dias, decorrido que seja o dos éditos, contestar, querendo, a ação, com a cominação de que a falta de contestação importa a confi ssão dos factos articulados pela autora e que em substância o pedido consiste na condena-ção do réu ao pagamento de € 7.716,85, tudo como melhor cons-ta do duplicado da petição inicial que se encontra nesta Secretaria, à disposição do citando.O prazo acima indicado suspende-se, no entanto, nas férias judiciais.Fica advertido de que é obrigató-ria a constituição de mandatário judicial.
N/ Referência: 13140326
Lisboa, 11-04-2013.
O Juiz de DireitoDr. Carlos Colaço Ferreira
A Ofi cial de JustiçaMaria Amélia Gonçalves Dias
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FAZ-SE SABER que nos autos aci-ma identifi cados, encontra-se de-signado o dia 23 de Maio de 2013, pelas 14:00 horas, no Tribunal de Família e Menores e de Comarca de Cascais, 4.º Juízo Cível, para a abertura de propostas, que se-jam entregues até às 14 horas da véspera, na secretaria do tribunal, pelos interessados na compra do seguinte Bem:1/2 da fracção autónoma, desti-nada a habitação, designada pela letra “D”, correspondente ao rés-do-chão letra D, com uma arreca-dação na cave, do prédio urbano afecto ao regime da propriedade horizontal, sito na Rua Pedro Ál-vares Cabral, n.º 64, em Matar-raque, freguesia de S. Domingos de Rana, concelho de Cascais, descrito na 1.ª Conservatória do Registo Predial de Cascais sob o número 1855, da referida fregue-
sia, inscrito na matriz predial sob o artigo 12270.Valor-base: 76.560,46 € (setenta e seis mil, quinhentos e sessenta eu-ros e quarenta e seis cêntimos).Será aceite a proposta de melhor preço de valor igual ou superior a 53.592,32 € (cinquenta e três mil quinhentos e noventa e dois euros e trinta e dois cêntimos), corres-pondente a 70% do valor-base.É fi el depositário, que o deve mos-trar, a pedido, o executado George Washington dos Santos Silva.Sintra, 26 de Abril de 2013
A Agente de ExecuçãoAna Paula Ramos
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ANA PAULA RAMOSAgente de Execução
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EDITAL
TRIBUNAL FAMÍLIA E MENORES E COMARCA DE CASCAIS4.º Juízo Cível
N.º do Processo: 1908/08.0TBCSCExequente: Banco Espírito Santo, S.A.
Executado(s): George Washington dos Santas SilvaValor: 135.782,60 €
Referência interna: PE/22/2008
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Nos autos acima identifi cados, encontra-se designado o dia 12 de Junho de 2013, pelas 09:30 horas, neste Tribunal para a aber-tura de propostas, que até esse momento sejam entregues no referido 2.º Juízo do Tribunal Ju-dicial de Cantanhede, pelos inte-ressados na compra do seguinte bem imóvel:Prédio urbano, composto por rés-de-chão e logradouro, destinado à habitação, sito em Rua Canto do Pinhal, N.º 4, Balsas, freguesia de Febres, concelho de Canta-nhede, descrito na Conservatória do Registo Predial de Cantanhe-de, sob o n.º 5763/19990326, da freguesia de Febres, e inscrito na respectiva matriz predial urbana sob o art.º 4262.
O bem será adjudicado a quem melhor preço oferecer, acima de 70% do valor-base de 85.000.00 (oitenta e cinco mil euros), ou seja, 59.500,00 (cinquenta e nove mil e quinhentos euros).É fi el depositária a executada, Maria Luísa Oliveira das Neves, que a pedido o deve mostrar.O(s) proponente(s) deve(m) jun-tar à sua proposta, como caução, cheque visado, à ordem do Agen-te de Execução, no montante correspondente a 5% do valor anunciado para a venda.
A Agente de ExecuçãoHelena Chagas
Rua Alberto Serpa, 19-A2855-126 St.ª Marta do PinhalTel.: 212532702 Fax.: 212552353E-mail: [email protected]úblico, 02/05/2013 - 2.ª Pub.
TRIBUNAL JUDICIAL DE CANTANHEDE2.º Juízo
HELENA CHAGASAgente de Execução
Cédula 2621
ANÚNCIOVenda mediante propostas em carta fechada
Processo: 468/11.0TBCNTExequente: Caixa Geral de Depósitos, S.A.Executados: Licínia Rodrigues de Oliveira e
Neves, José Manuel Esteves Beira das Neves e Maria Luísa Oliveira das Neves
Nos autos acima identifi cados, encontra-se designado o dia 22 de Maio de 2013, pelas 10:00 horas, neste Tribunal para a abertura de propostas, que até esse momento sejam entregues no referido 1.º Juízo Cível, do Tribunal Judicial de Setúbal, pelos interessados na compra do seguinte bem imóvel:Fração autónoma designada pela letra A, correspondente ao rés-do-chão direito, do prédio urbano, destinado à habitação, sito em Rua Cristóvão de Figueiredo, N.º 8, Urbanização de São Gabriel, Azeda de Baixo, freguesia de Se-túbal (São Sebastião), concelho de Setúbal, descrito na 2.ª Conserva-tória do Registo Predial de Setúbal sob o n.º 8230/20100204 - A, da freguesia de Setúbal (São Sebas-tião), e inscrito na respectiva matriz predial urbana sob o art.º 8921.
O bem será adjudicado a quem melhor preço oferecer, acima de 70% do valor-base de 54.000,00 (cinquenta e quatro mil euros), ou seja, 37.800,00 (trinta e sete mil e oitocentos euros).São fi éis depositários os execu-tados António Joaquim Felício Graixas e Maria de Lurdes Coelho dos Santos Graixas, que a pedido o devem mostrar.O(s) proponente(s) deve(m) jun-tar à sua proposta, como caução, cheque visado, à ordem do Agente de Execução, no montante corres-pondente a 5% do valor anunciado para a venda.
A Agente de ExecuçãoHelena Chagas
Rua Alberto Serpa, 19-A2855-126 St.ª Marta do PinhalTel.: 212532702 Fax.: 212552353E-mail: [email protected]úblico, 02/05/2013 - 2.ª Pub.
TRIBUNAL JUDICIAL DE SETÚBAL1.º Juízo Cível
HELENA CHAGASAgente de Execução
Cédula 2621
ANÚNCIOVenda mediante propostas em carta fechada
Processo: 4104/10.3TBSTBExequente: Caixa Geral de Depósitos, S.A.
Executados: António Joaquim Felício Graixas e Maria de Lurdes Coelho dos Santos Graixas
Nos autos acima identifi cados foi desig-nado o dia 24/05/2013, pelas 09:30 ho-ras, no Tribunal Judicial da Comarca de Albufeira, para a abertura de propostas, que sejam entregues até esse momen-to, na Secretaria deste Tribunal, pelos interessados na compra do seguinte bem imóvel: - Fracção autónoma designada pela letra “B”, Lote 18 B, correspondente a uma moradia unifamiliar de dois pisos e lo-gradouro, tipo T2, destinada a habitação, localizada a nascente, do prédio urbano localizado na Urbanização Alto dos Cali-ços, na cidade, freguesia e concelho de Albufeira, inscrita na matriz sob o artigo 18860 e descrita na C. R. Predial de Albu-feira sob o n.º 06771/910412 da freguesia de Albufeira, composta por rés-do-chão com sala comum, cozinha com estendal, despensa, casa de banho e coberto para viaturas, e primeiro andar com dois quartos e casa de banho, com 256 m2. Penhorado em 28/02/2008.- Valor-base para a venda do imóvel: 228.600,00 Euros (Duzentos e vinte e
oito mil e seiscentos euros), sendo o va-lor a anunciar para a venda igual a 70% do valor-base.- Fiel Depositário: A executada: Maria No-élia Gonçalves Fernandes Correia.OBS.: Os proponentes devem juntar à sua proposta, como caução, um cheque visado, à ordem da Agente de Execução no montante correspondente a 20% do valor anunciado para a venda, ou garan-tia bancária no mesmo valor.As propostas enviadas pelo correio deve-rão conter fotocópia do bilhete de identi-dade de cidadão nacional e número de contribuinte do proponente ou do seu legal representante, bem como número de telefone ou contacto, sob pena de as propostas não serem consideradas.
A Agente de ExecuçãoMaria da Glória P. Bárbara
Rua Bartolomeu Dias, Lote 9, r/c C - CerroAlagoa - Apartado 2408, 8201-918 ALBUFEIRA
Telf./Fax: 289 502 472e.mail: [email protected]ário atendimento 15h-17h
Público, 02/05/2013 - 2.ª Pub.
TRIBUNAL JUDICIAL DE ALBUFEIRA2.º Juízo
Maria da Glória P. BárbaraAgente de Execução
Cédula 2650
ANÚNCIO
Processo n.º 437/05.9TBABFEXECUÇÃO COMUM - PAGAMENTO DE QUANTIA CERTAExequente: Caixa de Crédito Agrícola de Albufeira, C.R.L.Executado(s): Maria Noélia Gonçalves Fernandes Correia
e Rui Paulo Fernandes CorreiaValor: € 50.631,98 EUR
Proc.º Interno n.º PE/103/2005
Anúncio - Consulta PúblicaAvaliação de Impacte Ambiental
Projecto: “Almendres Resort”Proponente: Sociedade Agrícola de Almendres II, S.A. e Sociedade Agrícola de Almendres III, S.A.Licenciador: Câmara Municipal de Évora
O projecto acima mencionado está sujeito a um procedimento de Avaliação de Impacte Ambiental, conforme estabelecido na alínea c) e na alínea f) do n.º 12 do Anexo II do Decreto-Lei n.º 69/2000, de 3 de Maio, com as alterações introduzidas pelo Decreto-Lei n.º 197/2005, de 8 de Novembro.Este projecto localiza-se na freguesia de Nossa Senhora de Guadalupe, pertencente ao concelho de Évora.Nos termos e para efeitos do preceituado nos n.ºs 1 e 2 do art.º 14.º e nos art.ºs22.º, 23.º, 24.º, 25.º e 26.º do Decreto-Lei n.º 69/2000, de 3 de Maio, com as alterações introduzidas pelo Decreto-Lei n.º 197/2005, de 8 de Novembro, a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Alentejo, enquanto Autoridade de Avaliação de Impacte Ambiental, informa que o Estudo de Impacte Ambiental, incluindo o Resumo Não Técnico, se encontra disponível para Consulta Pública, durante 25 dias úteis, de 17 de Abril a 23 de Maio de 2013, nos seguintes locais:
Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do AlentejoAv. Eng.º Arantes e Oliveira, n.º 193, 7004-514 ÉvoraAgência Portuguesa do AmbienteRua da Murgueira, 9/9A – Zambujal, 2611-865 AmadoraCâmara Municipal de ÉvoraPraça do Sertório, 7004-506 Évora
O Resumo Não Técnico pode ainda ser consultado na Junta de Freguesia de Nossa Senhora de Guadalupe, Concelho de Évora, encontrando-se também disponível na Internet (www.ccdr-a.gov.pt).No âmbito do processo de Consulta Pública, serão consideradas e apreciadas todas as opiniões e sugestões apresentadas por escrito, desde que relacionadas especifi camente com o projecto em avaliação. Essas exposições deverão ser dirigidas ao Presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Alentejo até à data do termo da Consulta Pública.O licenciamento do projecto só poderá ser concedido após Declaração de Impacte Ambiental Favorável ou Condicionalmente Favorável, emitida pelo Senhor Secretário de Estado do Ambiente e do Ordenamento do Território, ou decorrido o prazo para a sua emissão.A Declaração de Impacte Ambiental deverá ser emitida até 7/8/2013.Évora, 5 de Abril de 2013
O Presidente - António Costa Dieb
MINISTÉRIO DA AGRICULTURA,DO MAR, DO AMBIENTEE DO ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO
TRIBUNAL DO TRABALHO DO BARREIROSecção Única
Processo: 681/12.2TTBRR
ANÚNCIOAção de Processo ComumAutor: Bruno Miguel Gordinho TeixeiraRéu: Medinfotec - Consultoria e Medicina, S.A.Nos autos acima identifi cados, correm éditos citando o réu Medinfotec - Consultoria e Medi-cina, S.A., com última residência conhecida em domicílio: Aveni-da da Igreja, 42 - 6.º Dt.º, 1700-239 Lisboa, para comparecer pessoalmente neste Tribunal no dia 03-06-2013, às 13:45 horas, a fi m de se proceder à audiência de partes.Fica ainda advertido de que, em caso de justifi cada impossibili-dade de comparência, se deve fazer representar por mandatário judicial com poderes de repre-sentação e as especiais para confessar, desistir ou transigir, fi -cando sujeito às sanções previs-tas no CPC para a litigância de má-fé (art.º 456.º CPC), se faltar injustifi cadamente à audiência.Fica ainda advertido de que é obrigatória a constituição de mandatário judicial.O duplicado da petição inicial encontra-se nesta secretaria, à disposição da citando.N/ Referência: 1150934Barreiro, 24-04-2013.
A Juíza de DireitoDr.ª Anabela Gomes Marques
A Ofi cial de JustiçaAna Maria Robalo C. Geraldes
Público, 02/05/2013 - 2.ª Pub.
OBJECTIVO E FUNDAMENTO DA CITAÇÃONos termos e para os efeitos do disposto no art.º 248.º e ss. do Código de Processo Civil (CPC), correm éditos de 30 (trinta) dias, contados da data da segunda e última publicação do anúncio, citan-do Luís Correia Pereira e Rosa Maria Pinheiro, com domicílio conhecido na 5 Rue Dr. Menard, 93160 Noisy-Le-Grand, França, para no prazo de 30 (trinta) dias, fi nda a dilação de 30, decorrido que seja o dos éditos, querendo, deduzir oposição ao inventário, impugnar a legitimidade dos interessados citados ou alegar a existência de outros, impugnar a competên-cia do cabeça-de-casal ou as indicações constantes das suas declarações.A cópia dos documentos encontram-se à disposição dos citandos na Secretaria do Tribunal de Torres Novas.Seguindo junta a relação de bens, pode ainda, no mesmo prazo, reclamar da mesma.Ficam advertidos de que só é obrigatória a consti-tuição de advogado caso se suscitem ou discutam questões de direito e ainda em sede de recurso.
A Agente de Execução - Cristina FerreiraRua Engenheiro Duarte Pacheco, n.º 157, 2380 Vila MoreiraTelf. 249 822 158 - Fax 249 811 082 - [email protected]
Público, 02/05/2013 - 1.ª Pub.
CRISTINA FERREIRAAgente de Execução
Cédula 3488
TRIBUNAL JUDICIAL DE TORRES NOVAS
EDITAL DE CITAÇÃOA CITAR: Luís Correia Pereira e Rosa Maria Pinheiro
Processo de InventárioProcesso N.º 760/10.0TBTNV
Requerente: Luís Pereira VieiraInteressados: Luís Correia Pereira e
Rosa Maria Pinheiro
Nos autos acima identifi cados, encontra-se designado o dia 20 de Maio de 2013, pelas 14.30 horas, neste Tribunal, para a abertura de propostas, que até esse momento sejam entregues no referido 3.º Juízo da 3.ª Secção dos Juízos de Execução de Lisboa, pelos in-teressados na compra do seguinte bem imóvel:Fração autónoma designada pelas letras AJ, correspondente ao rés-do-chão - loja 4, do prédio urbano, destinado a comércio e serviços, sito em Avenida da Quinta Grande, n.ºs 22, 22-A, 22-B e 22-C, com traseiras para a Alameda dos Moi-nhos, n.ºs 1, 1-A e 1-B, freguesia de Alfragide, concelho de Amado-ra, descrito na 2.ª Conservatória do Registo Predial de Amadora sob o n.º 477/19911023-AJ, da freguesia de Alfragide, e inscrito na respectiva matriz predial urbana
sob o art.º 810.O bem será adjudicado a quem melhor preço oferecer, acima de 70% do valor-base de 54.000,00 euros (cinquenta e quatro mil eu-ros) ou seja, 37.800,00 euros (trin-ta e sete mil e oitocentos euros).São fi éis depositários os executa-dos José Manuel Leitão Ladeiro e Maria Lucília Azevedo Ferreira Lei-tão Ladeiro, que a pedido o devem mostrar.O(s) proponente(s) deve(m) jun-tar à sua proposta, como caução, cheque visado, à ordem da Agente de Execução, no montante corres-pondente a 5% do valor anunciado para a venda.
A Agente de ExecuçãoHelena Chagas
Rua Alberto Serpa, 19-A2855-126 St.ª Marta do PinhalTel.: 212532702 Fax.: 212552353E-mail: [email protected]úblico, 02/05/2013 - 2.ª Pub.
JUÍZOS DE EXECUÇÃO DE LISBOA3.º Juízo - 3.ª Secção
HELENA CHAGASAgente de Execução
Cédula 2621
ANÚNCIOVenda mediante propostas em carta fechada
Processo: 23864/10.5YYLSBExequente: Caixa Geral de Depósitos, S.A.
Executados: José Manuel Leitão Ladeiro e Maria Lucília Azevedo Ferreira Leitão Ladeiro
ANÚNCIOVenda mediante propostas em carta fechada
Nos autos acima identifi cados, en-contra-se designado o dia 24 de Maio de 2013, pelas 09.30 horas, neste Tri-bunal para a abertura de propostas, que até esse momento sejam entre-gues no referido 2.º Juízo, do Tribu-nal Judicial de Torres Vedras, pelos interessados na compra do seguinte bem imóvel:Prédio urbano composto por casa de rés-do-chão e primeiro andar, com garagem e logradouro, destinado à habitação, sito em Urbanização Alto dos Fétais, lote 2, freguesia e con-celho de Sobral de Monte Agraço, descrito na Conservatória do Registo Predial de Sobral de Monte Agraço, sob a fi cha 1181/19960416, da fre-guesia de Sobral de Monte Agraço, e inscrito na respetiva matriz predial urbana sob o art.º 1701.O bem será adjudicado a quem me-
lhor preço oferecer, acima de 70% do valor-base de 165.000,00 euros (cento e sessenta e cinco mil euros), ou seja, 115.500,00 euros (cento e quinze mil e quinhentos euros).São fi éis depositários os executados Paulo António Alves Batista e Maria Fernanda Tavares Pereira Batista, que a pedido o devem mostrar.O(s) proponente(s) deve(m) juntar à sua proposta, como caução, cheque visado, à ordem do Agente de Execu-ção, no montante correspondente a 5% do valor anunciado para a venda.
O Agente de ExecuçãoJosé Maria Soares
Rua Alberto Serpa, 19-A2855-126 St.ª Marta do PinhalTel.: 212532702 Fax.: 212552353E-mail: [email protected]
Público, 02/05/2013 - 2.ª Pub.
JOSÉ MARIA SOARESAgente de Execução
Cédula 2616
TRIBUNAL JUDICIAL DE TORRES VEDRAS2.º Juízo
Processo: 428/09.0TBTVDExequente: Caixa Geral de Depósitos, S.A.
Executados: Paulo António Alves Batista e Maria Fernanda Tavares Pereira Batista.
TRIBUNAL DOTRABALHO DE CASCAIS
Secção ÚnicaProcesso: 225-C/1989
ANÚNCIOHabilitação de HerdeirosRequerente: António Miguel Fer-reira PintoRequerido: António José Cabrita de Oliveira e outro(s)...Nos autos acima identifi cados, correm éditos de 30 dias, conta-dos da data da segunda e última publicação do anúncio, citando Requerido: António José Cabrita de Oliveira, domicílio: Rua Lima, N.º 16 - 3.º C, Carcavelos, 2775-000 Carcavelos e Requerida: Elsa Susana Cabrita de Oliveira, domicílio: Rua Infantes - Casa Infante D. Pedro, Alcoitão, 2765-000 Alcoitão, com última residên-cia conhecida na(s) morada(s) indicada(s), para no prazo de 10 dias, decorrido que seja o dos éditos, contestar, querendo, a ha-bilitação de herdeiros, sob pena de vir a ser julgado(a) sucessor do(s) falecido(s), para consigo prosseguir a causa principal, tudo como melhor consta do duplicado da petição inicial que se encontra nesta Secretaria, à disposição do citando.Fica advertido de que é obrigató-ria a constituição de mandatário judicial.N/ Referência: 569593Cascais, 24-04-2013.
O Juiz de DireitoDr. Marco Brites
O Ofi cial de JustiçaAntónio Calado
Público, 02/05/2013 - 2.ª Pub.
VARAS CÍVEISDE LISBOA
2.ª Vara CívelProcesso: 7404/03.5TVLSB
ANÚNCIOExecução Ordinária A Mm.ª Juíza de Direito Dr.ª Cristina Isabel Santos Coelho, da 2.ª Vara Cível - Varas Cíveis de Lisboa:Faz saber que correm éditos de 20 dias para citação dos credo-res desconhecidos que gozem de garantia real sobre os bens penhorados ao(s) executado(s) abaixo indicados, para recla-marem o pagamento dos res-petivos créditos pelo produto de tais bens, no prazo de 15 dias, fi ndo o dos éditos, que se começará a contar da data da afi xação do presente edital.Bens penhorados:TIPO DE BEM: VeículoMATRÍCULA: 83-02-QUDESCRIÇÃO: Volkswagen PassatPENHORADO EM: 23-05-2011 00:00:00PENHORADO A EXECUTADA: Teresa Luís Mateus Rainho Dourado. Estado civil: casada. Documentos de identifi cação: BI - 10800024, NIF - 210298677. Endereço: Quinta das Courelas, 20 - Pátio, 2685-000 Camarate.N/ Referência: 18541164Lisboa, 11-04-2013.
A Juíza de DireitoDr.ª Cristina Isabel Santos
CoelhoA Ofi cial de Justiça
Helena SilvaPúblico, 02/05/2013 - 1.ª Pub.
VARAS CÍVEISDE LISBOA
5.ª Vara CívelProcesso: 633/13.5TVLSBInterdição / Inabilitação
ANÚNCIORequerente: Ministério Pú-blicoRequerida: Celeste Rodrigues Nunes Caldeira BenvindoFaz-se saber que foi distri-buída neste tribunal, a ação de Interdição / Inabilitação em que é requerida Celeste Rodrigues Nunes Caldeira Benvindo, com residência em domicílio: Rua Maria Pia, n.º 193, Lisboa, 1350-206 Lisboa, para efeito de ser decretada a sua inabilitação por anomalia psíquica.N/Referência: 18535390Lisboa, 10/04/2013
A Juíza de DireitoHigina Maria Almeida Orvalho
da Silva CasteloA Ofi cial de Justiça
Maria do Rosário SerraPúblico, 02/05/2013
VARAS CÍVEISDE LISBOA
6.ª Vara CívelProcesso: 684/13.0TVLSBInterdição / Inabilitação
ANÚNCIORequerente: Ministério Pú-blicoRequerido: Jorge Carlos Ferreira GarciaFaz-se saber que foi distri-buída neste tribunal, a ação de Interdição / Inabilitação em que é requerido Jorge Carlos Ferreira Garcia, com residência em domicílio: Estrada de Benfi ca, n.º 680 - 1.º andar, 1500-000 Lisboa, para efeito de ser decretada a sua interdição por anoma-lia psíquica.N/Referência: 18549749Lisboa, 17/04/2013
A Juíza de DireitoDr.ª Isabel LourençoA Ofi cial de Justiça
Maria das Dores PretoPúblico, 02/05/2013
34 | PÚBLICO, QUI 2 MAI 2013
SAIR
CINEMALisboa Cinemateca PortuguesaR. Barata Salgueiro, 39 . T. 213596200A Grande Ilusão M16. Sala Félix Ribeiro - 15h30; Le Bassin de J. W. M12. Sala Félix Ribeiro - 19h; O Manuscrito Perdido Sala Félix Ribeiro - 21h30; O Pão Nosso de Cada Dia Sala Luís de Pina - 22h; A Flecha Sagrada Sala Luís de Pina - 19h30 Medeia Fonte NovaEst. Benfica, 503. T. 217145088O Grande Dia M12. Sala 1 - 14h10, 16h30, 19h, 21h30; Os Amantes Passageiros M16. Sala 2 - 17h, 19h30; Nome de Código Paulette M12. Sala 2 - 14h30, 22h; Homem de Ferro 3 M12. Sala 3 - 14h20, 16h45, 19h15, 21h45 Medeia MonumentalAv. Praia da Vitória, 72. T. 213142223Viagem de Finalistas M16. Sala 4 - Cine Teatro - 14h, 16h, 18h, 20h, 22h, 00h30; O Grande Dia M12. Sala 1 - 13h40, 15h45, 17h45, 19h45, 21h45, 00h15; Fintar o AmorM12. Sala 2 - 13h20; Os Amantes Passageiros M16. Sala 2 - 15h30, 17h30, 21h30, 24h; Professor Lazhar M12. Sala 2 - 19h30; Não Sala 3 - 13h50, 16h30, 21h30, 24h; Nome de Código Paulette M12. Sala 3 - 19h NimasAv. 5 Outubro, 42B. T. 213574362Fausto M12. Sala 1 - 15h30, 18h30, 21h30 UCI Cinemas - El Corte InglésAv. Ant. Aug. Aguiar, 31. T. 707232221A Noite dos Mortos-Vivos M18. Sala 1 - 14h20, 16h45, 19h15, 21h50, 00h15;Transe M16. Sala 2 - 14h10, 16h30, 21h35, 00h05; A Melhor Oferta M12. Sala 2 - 18h50; Comboio Nocturno Para Lisboa M12. Sala 3 - 21h40, 00h10; Gladiadores M6. Sala 3 - 14h15, 18h35 (V.Port./2D), 16h25 (V.Port./3D); Taxi Driver M16. Sala 4 -19h15; Fintar o Amor M12. Sala 4 - 14h15, 16h50, 21h45, 00h15; Viagem de FinalistasM16. Sala 5 - 14h10, 16h35, 19h15, 21h50, 00h10; Esquecido Sala 6 - 14h05, 16h40, 19h15, 21h55, 00h30; Um Homem a AbaterM16. Sala 7 - 00h25; É o Amor M16. Sala 7 - 15h, 18h15, 21h30; Não Sala 8 - 14h05, 16h40, 19h15, 21h50, 00h25; Homem de Ferro 3 M12. Sala 9 - 14h, 19h15, 00h30 (2D), 16h35, 21h50 (3D) ; Os Amantes Passageiros M16. Sala 10 - 19h, 21h40, 23h55; Professor Lazhar M12. Sala 10 - 14h05, 16h30; Dou-lhes Um Ano M12. Sala 11 - 18h55; Nome de Código Paulette M12. Sala 11 - 14h20, 16h30, 21h30, 23h40; O Capital M12. Sala 12 - 14h15, 16h45, 19h15, 21h45, 00h20; O Grande Dia M12. Sala 13 - 14h15, 16h45, 19h05, 21h40, 00h05; Regra de Silêncio M12. Sala 14 - 14h, 16h35, 19h10, 21h45, 00h20 Universidade de LisboaAv. Professor Gama Pinto. T. 217932579Homens de Negócios M12. Reitoria - 18h ZON Lusomundo AlvaláxiaEstádio José Alvalade. T. 16996Nome de Código Paulette M12. 15h20, 17h30, 19h40, 21h50; O Grande Dia M12. 16h20, 18h30, 21h30; Homem de Ferro 3 M12. 16h, 18h50, 21h40; Fintar o AmorM12. 21h45; Os Croods M6. 15h40, 18h10 (V.Port.); Esquecido 15h50, 18h40, 21h20;Scary Movie 5: Um Mítico Susto de FilmeM12. 17h; Um Homem a Abater M16. 21h35;Gladiadores M6. 16h10, 18h20 (V.Port.);Homem de Ferro 3 M12. 16h50, 21h (3D);Transe M16. 16h25, 19h, 21h25; Viagem de Finalistas M16. 16h40, 19h, 21h10; Fogo Contra Fogo M12. 16h30, 18h55, 21h20; ANoite dos Mortos-Vivos M18. 15h30, 18h, 22h
ZON Lusomundo AmoreirasAv. Eng. Duarte Pacheco. T. 16996Homem de Ferro 3 M12. 12h50, 15h40, 18h30, 21h20, 00h15 (3D) ; Um Pedacinho do Paraíso 13h15, 15h40, 21h50, 00h20; A Oportunidade da Minha Vida M12. 13h45, 16h10, 18h30; Os Amantes Passageiros M16. 20h50, 23h30; O Frágil Som do Meu Motor 18h; Gladiadores M6. 13h30, 15h55, 18h15 (V.Port.) ; Transe M16. 21h30, 00h05; O Capital M12. 12h55, 15h25, 18h45, 21h10, 23h45 ZON Lusomundo ColomboAv. Lusíada. T. 16996Nome de Código Paulette M12. 13h10, 15h45, 18h, 21h, 23h35; Gladiadores M6. 13h20, 15h50, 18h10 (V.Port.) ; Transe M16. 21h15, 00h05; Fogo Contra Fogo M12. 13h30, 16h, 18h20, 21h10, 23h45; Fintar o Amor M12. 18h45 ; Esquecido 12h50, 15h40, 21h40, 00h30; Homem de Ferro 3 M12. 12h40, 15h30, 18h25 (2D), 21h30, 00h25 (3D) ; O Grande Dia M12. 13h, 15h20, 17h50, 21h20, 23h55; Viagem de Finalistas M16. 12h55, 16h20, 18h40, 21h50, 00h15; A Noite dos Mortos-Vivos M18. 13h25, 16h10, 18h30, 21h25, 00h10 ZON Lusomundo Vasco da GamaParque das Nações. T. 16996Nome de Código Paulette M12. 13h20,15h50, 18h20, 21h10, 23h40; GladiadoresM6. 13h10, 15h20, 17h30, 19h40 (V.Port.) ; Homem de Ferro 3 M12. 12h40, 15h40, 18h30, 21h20, 00h10 (3D); Transe M16. 22h, 00h30; O Grande Dia M12. 13h, 15h30, 17h40, 19h50, 21h50, 24h; Viagem de Finalistas M16. 12h50, 15h10, 17h20, 19h30, 21h40, 23h50; A Noite dos Mortos-Vivos M18. 13h30, 16h, 18h40, 21h30, 00h20
Almada ZON Lusomundo Almada FórumEstr. Caminho Municipal, 1011. T. 16996Homem de Ferro 3 M12. 12h25, 15h15, 18h10, 21h05, 24h (3D) ; O Grande Dia M12. 13h, 15h45, 18h, 21h15, 23h45; Viagem de Finalistas M16. 13h15, 15h50, 18h20, 21h40, 00h10; Os Croods M6. 13h35, 16h10, 18h40 (V.Port.) ; Esquecido 12h35, 15h20, 18h15, 21h15, 00h10; Homem de Ferro 3 M12. 12h40, 15h35, 18h30, 21h30, 00h25 (2D) ; Um Pedacinho do Paraíso 13h05, 15h50, 18h30, 21h15, 23h50; Fintar o Amor M12. 12h50, 15h25, 21h10, 23h55; Scary Movie 5: Um Mítico Susto de Filme M12. 12h55, 15h10, 17h20, 19h35, 21h45, 00h20; Um Homem a Abater M16. 21h20, 00h15; Nome de Código Paulette M12. 13h, 15h30, 18h40, 21h20, 00h15; O Frágil Som do Meu Motor 18h05; Gladiadores M6. 13h25, 15h50, 18h45 (V.Port.) ; Transe M16. 21h, 23h45; Fogo Contra Fogo M12. 12h50, 15h20, 18h, 21h05, 23h50; O Capital M12. 12h55, 15h40, 18h25, 21h25, 00h10; A Noite dos Mortos-Vivos M18. 13h05, 15h55, 18h15, 21h, 23h30
Amadora UCI Dolce Vita TejoC.C. da Amadora, EN 249/1. T. 707232221Os Croods M6. Sala 1 - 14h, 16h35 (V.Port.); Um Homem a Abater M16. Sala 1 - 19h15, 21h45; Homem de Ferro 3 M12. Sala 2 - 13h45, 16h20, 19h, 21h40; Um Refúgio para a Vida M12. Sala 3 - 21h55; Gladiadores M6. Sala 3 - 13h45, 17h50 (V.Port./2D), 15h45, 19h55 (V.Port./3D); Fogo Contra Fogo M12. Sala 4 - 14h15, 16h25, 19h05, 21h25; Fintar o Amor M12. Sala 5 - 13h50, 16h15, 18h55, 21h25; Transe M16. Sala 6 - 14h, 16h30, 19h05, 21h35; Esquecido Sala 7 - 14h05, 16h35, 19h10, 21h45; Scary Movie 5: Um Mítico Susto de Filme M12. Sala 8 - 14h20, 16h45,
Viagem de FinalistasDe Harmony Korine. Com Vanessa Hudgens, Selena Gomez, Ashley Benson. EUA. 2012. 94m. Comédia, Thriller. M16. Para fi nanciar a viagem de fi nalistas
e viver a aventura das suas vidas,
quatro raparigas decidem assaltar
um pequeno restaurante da
zona. Após conseguirem dinheiro
sufi ciente para concretizar os
seus planos, seguem para Miami,
onde, depois de uma noite de
farra, são apanhadas pela polícia
e apresentadas perante um juiz.
É então que descobrem que a sua
fi ança foi paga por um criminoso
local que, em troca de momentos
de adrenalina, as inicia numa vida
de crime, droga e todo o género de
perversidade.
Fogo Contra FogoDe David Barrett. Com Josh Duhamel, Bruce Willis, Rosario Dawson, 50 Cent, Vincent D’Onofrio. EUA. 2012. 97m. Drama, Crime. M12. Jeremy Coleman, bombeiro
de profi ssão, presencia um
crime brutal numa loja de
conveniência. Como única
testemunha, é convencido a
depor contra Neil Hagan, o
autor dos disparos. Quando a
sua vida é ameaçada, Jeremy
é colocado sob o programa de
protecção de testemunhas.
Porém, enquanto se esforça por
recomeçar a sua vida sob outra
identidade, um erro judicial põe
Hagan de novo em liberdade.
Revoltado e cheio de desejo de
vingança, o assassino apenas
deseja encontrar o homem que
testemunhou contra si...
O Grande DiaDe Justin Zackham. Com Robert De Niro, Diane Keaton, Katherine Heigl. EUA. 2012. 90m. Comédia. M12. Já há muitos anos que Don e
Ellie decidiram divorciar-se.
Essa circunstância parecia
perfeitamente ultrapassada até ao
dia em que Jared, o fi lho adoptivo
de ambos, decide casar e convidar
a sua mãe biológica. De forma a
manter as aparências e provar
àquela mãe que foram a escolha
acertada para cuidar do seu fi lho,
Don e Ellie resolvem fi ngir que,
durante todos esses anos, a família
nada mais foi do que um grande
exemplo de união e felicidade.
Porém, parece que nada vai
acontecer como esperado...
Sinais de Serenidade Por Coisas Sem Sentido + As Ondas + SoloDe Sandro Aguilar, Miguel Fonseca, Mariana Gaivão. POR. 2013. m. M12. O Som e Fúria apresenta três
curtas-metragens de três
realizadores distintos: Sinais
de Serenidade por Coisas Sem
Sentido, de Sandro Aguilar, As
Ondas, de Miguel Fonseca e
“Solo“, de Mariana Gaivão.
Um Pedacinho do ParaísoDe Nicole Kassell. Com Kate Hudson, Gael García Bernal, Kathy Bates. EUA. 2011. 106m. Comédia Romântica. Apesar da sua alegria de viver,
Marley sempre optou por
relações que não implicassem
grande proximidade emocional.
Um dia, é-lhe diagnosticado um
cancro no colo do útero em fase
terminal. Consciente do fi m que
se aproxima, a jovem decide
aproveitar os meses que lhe restam
da maneira mais intensa possível,
fazendo tudo o que que nunca
teve tempo, ou coragem, de fazer.
É com esse espírito que Marley se
liga emocionalmente ao Dr. Julian
Goldstein, o seu ginecologista, que
se apaixona pela sua personalidade
alegre e pela forma digna e cheia
de humor com que ela aceita a sua
condição. Juntos vão viver uma
grande história de amor.
Em [email protected]@publico.pt Viagem de Finalistas
19h20, 21h50; A Noite dos Mortos-Vivos M18. Sala 9 - 13h50, 16h15, 18h55, 21h25; O Grande Dia M12. Sala 10 - 14h, 16h30, 19h05, 21h35; Nome de Código Paulette M12. Sala 11 - 13h55, 16h25, 18h55, 21h35
Barreiro Castello Lopes - Fórum BarreiroCampo das Cordoarias. T. 760789789Homem de Ferro 3 M12. Sala 1 - 15h30 (2D), 18h30, 21h20 (3D); Scary Movie 5: Um Mítico Susto de Filme M12. Sala 2 - 21h40; Gladiadores M6. Sala 2 - 15h10, 17h20, 19h30 (V.Port.); Gladiadores M6. Sala 2 - 17h20 (V.Port.); Dou-lhes Um Ano M12. Sala 3 - 15h20, 18h10, 21h10; O Grande Dia M12. Sala 4 - 15h40, 18h20, 21h30
Cascais ZON Lusomundo CascaiShoppingEN 9, Alcabideche. T. 16996Fintar o Amor M12. 21h45, 24h;Esquecido 12h35, 15h10, 17h50, 21h05,00h10; Nome de Código Paulette M12. 12h40, 15h20, 18h10, 21h10, 23h20;Gladiadores M6. 13h20, 16h, 18h (V.Port./3D) ;Homem de Ferro 3 M12. 12h30, 15h30, 18h30, 21h30, 00h20 (3D) ; O Grande Dia M12. 13h, 15h50, 18h40, 21h, 23h30;Viagem de Finalistas M16. 12h50, 15h40, 18h20, 21h20, 23h40; A Noite dos Mortos-Vivos M18. 13h10, 16h10, 18h50, 21h40, 23h50
Caldas da Rainha Vivacine - Caldas da RainhaC.C. Vivaci. T. 262840197Comboio Nocturno Para Lisboa M12. Sala 1 - 21h15; Gladiadores M6. Sala 1 - 15h25, 18h (V.Port.); Nome de Código Paulette M12. Sala 2 - 15h20, 18h, 21h30; Homem de Ferro 3M12. Sala 3 - 15h25, 18h15, 21h05; O GrandeDia M12. Sala 4 - 15h40, 18h20, 21h25;Esquecido Sala 5 - 15h30, 18h10, 21h20
Carcavelos Atlântida-CineCentro Comercial Carcavelos. T. 214565653Professor Lazhar M12. Sala 1 - 15h30, 21h30;Comboio Nocturno Para Lisboa M12. Sala 2 - 15h45, 21h45
Sintra Castello Lopes - Fórum SintraLoja 2.21 - Alto do Forte. T. 760789789Nome de Código Paulette M12. Sala 1 - 21h35; Gladiadores M6. Sala 1 - 15h, 17h10, 19h20 (V.Port.); Homem de Ferro 3 M12. Sala 2 - 15h40, 18h30, 21h30; A Noite dos Mortos-Vivos M18. Sala 3 - 15h10, 17h20, 19h30, 21h30; O Grande Dia M12. Sala 4 - 15h20, 17h30, 19h35, 21h40; Esquecido Sala 5 - 15h30, 18h10, 21h; Scary Movie 5: UmMítico Susto de Filme M12. Sala 6 - 18h40;Transe M16. Sala 6 - 15h50, 21h10; Viagem de Finalistas M16. Sala 7 - 16h, 18h50, 21h50
Montijo ZON Lusomundo Fórum MontijoC. C. Fórum Montijo. T. 16996Gladiadores M6. 15h50, 18h10 (V.Port.); Homem de Ferro 3 M12. 15h30, 18h20 (2D), 21h10 (3D); Transe M16. 21h; Esquecido 15h40, 18h30, 21h15; Viagem de Finalistas M16. 16h, 18h15, 21h20; A Noite dos Mortos-Vivos M18. 16h20, 18h40, 21h40; Nome de Código Paulette M12. 16h10, 18h50, 21h30
PÚBLICO, QUI 2 MAI 2013 | 35
A norte-americana regressa a Portugal para se encontrar em palco com o português Frankie Chavez. Kaki King (na foto) é cantora e compositora, mas é à guitarra que mais se distingue, ao ponto de se ter tornado a primeira mulher a entrar no lote de guitar gods da revista Rolling Stone. Vem apresentar o novo álbum, Glow. Quanto a Frankie
Chavez, falam dele lá fora como revelação blues-folk vinda do Sul da Europa. Também ele é um apaixonado pelo instrumento ao ponto de ousar, por exemplo, levar a guitarra portuguesa a passear por paisagens blues. Family Tree é o título do primeiro longa-duração. Para ouvir hoje, às 21h, no Centro Cultural de Belém, em Lisboa. Bilhetes a 15€.
Guitarras ao alto com Kaki King
AS ESTRELAS DO PÚBLICO
JorgeMourinha
Luís M. Oliveira
Vasco Câmara
a Mau mmmmm Medíocre mmmmm Razoável mmmmm Bom mmmmm Muito Bom mmmmm Excelente
Os Amantes Passageiros mmmmm – mmmmm
O Capital mmmmm – –Cativos mmmmm mmmmm mmmmm
É o Amor mmmmm mmmmm mmmmm
Fausto mmmmm mmmmm mmmmm
O Frágil Som do Meu Motor mmmmm – –Não mmmmm mmmmm mmmmm
Professor Lazhar – – mmmmm
A Rapariga de Parte Nenhuma – mmmmm –Transe mmmmm – –
Odivelas
ZON Lusomundo Odivelas ParqueC. C. Odivelasparque. T. 16996Esquecido 15h40, 18h15, 21h; Scary Movie 5: Um Mítico Susto de Filme M12. 21h35; Nome de Código Paulette M12. 16h, 18h30, 21h30; Gladiadores M6. 15h50, 18h10 (V.Port.); Homem de Ferro 3 M12. 15h30, 18h20, 21h10; O Grande Dia M12. 15h20, 18h, 21h20
Oeiras ZON Lusomundo Oeiras ParqueC. C. Oeirashopping. T. 16996Homem de Ferro 3 M12. 12h40, 15h30, 21h30, 00h25 (2D), 18h30 (3D) ; O CapitalM12. 12h55, 15h45, 18h25, 21h05, 23h55;Esquecido 12h50, 15h50, 21h40, 00h30;Nome de Código Paulette M12. 13h, 15h15, 17h25, 19h40, 21h50, 00h10; O Frágil Som do Meu Motor 18h40; Gladiadores M6. 13h05, 15h20, 18h10 (V.Port.) ; Transe M16. 21h20, 24h; O Grande Dia M12. 13h10, 15h40, 18h15, 21h10, 23h50; Viagem de Finalistas M16. 13h15, 16h, 18h20, 21h45, 00h15
Miraflores ZON Lusomundo Dolce Vita MirafloresAv. das Túlipas. T. 707 CINEMAOs Croods M6. 15h, 18h (V.Port.); Comboio Nocturno Para Lisboa M12. 21h;Esquecido 21h10; Nome de Código Paulette M12. 15h30, 18h30, 21h30;Gladiadores M6. 15h10, 18h10 (V.Port.);Homem de Ferro 3 M12. 15h20, 18h20, 21h20
Torres Novas Castello Lopes - TorreShoppingBairro Nicho - Ponte Nova. T. 707220220Homem de Ferro 3 M12. Sala 1 - 12h50, 15h20(2D), 18h10, 21h10 (3D); Um Refúgio para aVida M12. Sala 2 - 13h, 15h40, 18h30, 21h30;Esquecido Sala 3 - 21h20; Gladiadores M6. Sala 3 - 12h40, 15h, 17h05, 19h10 (V.Port.)
Torres Vedras Teatro-Cine de Torres VedrasAv. Tenente Valadim, 19. T. 261338131Tabu M12. Sala 1 - 21h30 ZON Lusomundo Torres VedrasC.C. Arena Shopping. T. 16996Homem de Ferro 3 M12. 15h30, 18h30 (2D), 21h25 (3D); O Grande Dia M12. 16h, 18h15, 21h; Esquecido 21h10; Nome de Código Paulette M12. 15h10, 17h15, 19h20, 21h40; Gladiadores M6. 16h15, 18h45 (V.Port.); A Noite dos Mortos-Vivos M18. 15h45, 18h, 21h50
Santarém Castello Lopes - SantarémLargo Cândido dos Reis. T. 760789789Nómada M12. Sala 1 - 16h, 18h40, 21h15;Dou-lhes Um Ano M12. Sala 2 - 16h10, 18h50,21h; Homem de Ferro 3 M12. Sala 3 - 15h50,18h35, 21h20; Esquecido Sala 4 - 21h40;Gladiadores M6. Sala 4 - 15h10, 17h20, 19h30 (V.Port.); G. I. Joe Retaliação M12. Sala 5 - 15h40, 18h20, 21h50; O Grande Dia M12. Sala 6 - 15h, 17h10, 19h15, 21h30
Setúbal Auditório CharlotAv. Dr. Ant. Manuel Gamito, 11. T. 265522446A Rapariga de Parte Nenhuma M12. Sala 1 - 21h30
Faro
SBC-International CinemasC. C. Fórum Algarve. T. 289887212Esquecido Sala 1 - 13h15, 16h, 18h40, 21h20; Um Homem a Abater M16. Sala 2 - 13h40, 16h15, 18h50, 21h30; Homem de Ferro 3 M12. Sala 3 - 15h30, 18h15, 21h; Gladiadores M6. Sala 4 - 13h20, 15h30, 17h40 (V.Port.); Viagem de Finalistas M16. Sala 4 - 19h50, 22h; Homem de Ferro 3 M12. Sala 5 - 13h25, 16h10, 18h55, 21h40 (3D); A Noite dos Mortos-Vivos M18. Sala 6 - 13h50, 15h55, 18h, 20h05, 22h10; O Grande Dia M12. Sala 7 - 14h35, 16h40, 19h05, 21h10; O Expatriado M12. Sala 8 - 19h40; Scary Movie 5: Um Mítico Susto de Filme M12. Sala 8 - 15h40, 17h40, 21h55; G. I. Joe Retaliação M12. Sala 9 - 14h40, 17h05, 21h45; Dou-lhes Um Ano M12. Sala 9 - 19h30
Olhão Algarcine - Cinemas de OlhãoC.C. Ria Shopping. T. 289703332Homem de Ferro 3 M12. Sala 1 - 15h30, 18h30, 21h30; Sangue Quente M12. Sala 2 - 15h20, 18h30, 21h30; Snitch - Infiltrado Sala 3 - 15h15, 18h15, 21h15
Portimão Algarcine - Cinemas de PortimãoAv. Miguel Bombarda. T. 282411888Homem de Ferro 3 M12. Sala 1 - 15h, 17h30, 19h30, 21h30; As Fantásticas Aventuras de Tad M6. Sala 2 - 14h (V.Port.); Fogo Contra Fogo M12. Sala 2 - 15h45, 18h, 21h45
Tavira Zon Lusomundo TaviraR. Almirante Cândido dos Reis. T. 16996Nome de Código Paulette M12. 15h35, 18h20, 21h10; Homem de Ferro 3 M12. 15h35, 18h20, 21h10; Esquecido 15h45, 18h30, 21h15; Scary Movie 5: Um Mítico Susto de Filme M12. 21h40; Scary Movie 5: Um Mítico Susto de Filme M12. 15h15, 17h20, 19h20, 21h25; Gladiadores M6. 17h20, 19h30 (V.Port.); O Grande Dia M12. 15h05, 17h10, 19h25, 21h20
TEATROLisboaBiblioteca Municipal Orlando RibeiroEstrada de Telheiras, 146. T. 217549030 A Fanfarra Grupo: TeatroÀParte. Enc. Sandra Faleiro. Dia 2/5 às 21h30.Casa do Artista - Teatro Armando CortezEstrada da Pontinha, 7. T. 217110890 A Curva da Felicidade Grupo: Centro de Artes Dramáticas de Oeiras. De 2/5 a 8/6. 5ª e 6ª às 21h30. Sáb às 16h e 21h30 (excepto dia 11 e 25 de Maio). M/12. 90m. A Flauta Mágica Grupo: Teatro Infantil de Lisboa. Enc. Fernando Gomes. De 5/10 a 21/6. 3ª às 11h (escolas). 4ª, 5ª e 6ª às 11h e 15h (escolas). Sáb e Dom às 15h. M/4. 105m. Casino LisboaAlameda dos Oceanos. T. 218929000 Guru Enc. José Pedro Gomes. A partir de 2/5. 5ª a Sáb às 21h30. Dom às 16h (no Auditório dos Oceanos). M/12. Centro Cultural de BelémPraça do Império. T. 213612400 A Estalajadeira Enc. Jorge Silva Melo. De 26/4 a 4/5. 2ª, 3ª, 5ª, 6ª e Sáb às 21h. Dom às 16h (no Pequeno Auditório). M/12. 120m.
Mini Teatro da CalçadaCalçada do Combro, 147. Auricolérica e Teleufórica Com Tércio Borges (músico). Com Alexandra Freudenthal, Susana Palmerston. De 2/5 a 27/7. 5ª a Sáb às 21h30. Teatro do BairroRua Luz Soriano, 63. T. 213473358 Pequenas Comédias Enc. António Pires. De 10/4 a 19/5. 4ª a Sáb às 21h30. Dom às 17h. M/12. Teatro Maria VitóriaAv. Liberdade (Parque Mayer). T. 213461740 Humor com Humor se Paga Enc. Mário Rainho. A partir de 1/11. 5ª e 6ª às 21h30. Sáb às 16h30 e 21h30. Dom às 16h30. M/12. Teatro RápidoRua Serpa Pinto, 14. T. 213479138 A-Bor-Todas! Enc. Alberto Sogorb Jover. De 2/5 a 31/5. 2ª, 5ª, 6ª, Sáb e Dom às 18h20 , 18h50, 19h20, 19h50 e 20h25 (na Sala 4). M/12. 15m. Debaixo de Água Enc. Eduardo Frazão. De 2/5 a 31/5. 2ª, 5ª, 6ª, Sáb e Dom às 18h , 18h30, 19h, 19h30 e 20h. M/16. 15m. Gisberta Enc. Eduardo Gaspar. De 2/5 a 31/5. 2ª, 5ª, 6ª, Sáb e Dom às 18h15 , 18h45, 19h15, 19h45 e 20h15. M/12. 15m. Nana (Canção de Embalar) Enc. Silvina Pereira. De 2/5 a 31/5. 2ª, 5ª, 6ª, Sáb e Dom às 18h05 , 18h35, 19h05, 19h35 e 20h05. M/12. 15m. Teatro Tivoli BBVAAvenida da Liberdade, 182. T. 213572025 TOC TOC Enc. António Pires. A partir de 13/3. 5ª a Sáb às 21h30. Dom às 17h. M/16. Teatro TurimEstrada de Benfica, 723A. T. 217606666 TimeLine De Cecília Henriques, Raimundo Cosme, Rita Chantre. De 25/4 a 5/5. 5ª a Sáb às 21h30. Dom às 17h. M/16. Teatro VillaretAv. Fontes Pereira de Melo. T. 213538586 Isto É Que Me Dói! Enc. Francisco Nicholson. Até 19/5. 5ª e 6ª às 21h30. Dom às 16h. M/12. Teatro-Estúdio Mário Viegas / Companhia Teatral do ChiadoLargo do Picadeiro. T. 213257641 Amor com Amor se Paga Comp.: Companhia Teatral do Chiado. Enc. Juvenal Garcês. A partir de 17/4. 5ª às 21h. às 21h. No Escuro Damos as Mãos Enc. Juvenal Garcês. A partir de 18/4. 5ª e 6ª às 21h30 , 21h30.
CascaisTeatro Municipal Mirita CasimiroAvenida Fausto Figueiredo. T. 214670320 Viagem à Roda da Parvónia Grupo: Teatro Experimental de Cascais. Enc. Carlos Avilez. De 13/4 a 26/5. 4ª a Sáb às 21h30. Dom às 16h. M/12.
Faro
Teatro LethesRua de Portugal, 59. T. 289820300 Um Dia os Réus Serão Vocês: O Julgamento de Álvaro Cunhal Comp.: Companhia de Teatro de Almada. Enc. Rodrigo Francisco. De 1/5 a 4/5. 4ª a Sáb às 21h30. M/12. 60m.
Linda a VelhaAuditório Municipal Lourdes NorbertoLargo da Piramide, 3N. T. 214141739 Beijinho ao Pai, Beijinho à Mãe! Com Anna Carvalho, Bruno Pópulo. De 27/4 a 27/7. Sáb às 17h. 5ª às 15h.
EXPOSIÇÕESLisboa3 + 1 Arte ContemporâneaRua António Maria Cardoso, 31. T. 210170765 What You Had and What You Lost De AnthonyArrobo. De 22/3 a 11/5. 3ª a Sáb das 14h às 20h.Alecrim 50R. do Alecrim, 48-50. T. 213465258 O Teatro De Luís Silveirinha. De 2/5 a 29/6. 3ª a 6ª das 11h às 19h. Sáb das 11h às 14h. Appleton SquareRua Acácio Paiva, 27 - r/c. T. 210993660 Um Dia de Chuva De João Seguro. De 4/4 a 4/5. 3ª a Sáb das 15h às 20h. Arquivo FotográficoRua da Palma, 246. T. 218844060 Imagem entre Imagens De Alberto Carlos Lima, António Júlio Duarte, Daniel Antunes Pinheiro, Daniel Blaufuks, Eurico Lino do Vale, Paulo Catrica, entre outros. De 14/3 a 11/5. 2ª a Sáb das 10h às 19h. Fotografia. Baginski Galeria/ProjectosR. Capitão Leitão, 51/53. T. 213970719 2013 Rebuild_01 [Projecto Convidado] De Tomaz Hipólito. De 17/4 a 15/5. 3ª a Sáb às 14h. LPS (La Place du Spectateur #2) De Carlos Correia. De 17/4 a 15/5. 3ª a Sáb às 14h. Biblioteca Nacional de PortugalCampo Grande, 83. T. 217982000 Dos Céus ao Universo De 2/5 a 26/7. 2ª a 6ªdas 09h30 às 19h30. Sáb das 09h30 às 17h30.Bloco103 Contemporary ArtR. Rodrigues da Fonseca. T. 213823131 Paisagens Improváveis De Ana Tecedeiro, Tiago Mourão. De 21/3 a 12/5. 3ª a 6ª das 13h às 19h30. Sáb das 15h às 19h.
Caixa de Crédito AgrícolaR. do Castilho, 233. T. 213805510 International Surrealism Now De Alexander Varganov, Andrew Nekrasov, Egill Eibsen, Héctor Pineda, Steve Smith, Vu Huyen Thuong, entre outros. De 10/4 a 6/5. 2ª a 6ª das 09h às 19h30. Caroline Pagès GalleryR. Tenente Ferreira Durão. T. 213873376 Pulsar De Jesus Alberto Benitez. De 18/4 a 15/6. 2ª a Sáb das 15h às 18h. Casa Museu Dr. Anastácio GonçalvesAvenida 5 de Outubro, 6/8. T. 213540823 Nuno Sousa Vieira: Sala de Exposição De 5/4 a 18/5. 3ª das 14h às 18h. 4ª a Dom das 10h às 18h. Instalação, Outros. Casa-Museu da Fundação António Medeiros e AlmeidaRua Rosa Araújo, 41. T. 213547892 Intromissões De Eduardo Nery. De 2/4 a 4/5. 2ª a 6ª das 13h às 17h. Sáb das 10h às 17h30. Pintura. Peças com história... A partir de 25/3. 2ª a 6ª das 13h às 17h30. Sáb das 10h às 17h30. Centro Cultural de BelémPraça do Império. T. 213612400 ARX Arquivo/Archive De Nuno Mateus + José Mateus. De 21/3 a 21/7. 3ª a Dom das 10h às 18h. Centro de Arte Moderna José de Azeredo PerdigãoR. Doutor Nicolau Bettencourt. T. 217823474 A obra perdida de Emmerico Nunes De Emmerico Nunes. De 19/4 a 7/7. 3ª a Dom das 10h às 18h. Desenho. Galápagos De Paulo Catrica, Kaffe Matthews, Jyll Bradley, Jeremy Deller, Dorothy Cross, Alison Turnbull, Filipa César. De 19/4 a 7/7. 3ª a Dom das 10h às 18h. Fotografia. Razões Imprevistas - Retrospectiva de Fernando de Azevedo De 19/4 a 7/7. 3ª a Dom das 10h às 18h. Chiado 8 - Arte ContemporâneaLargo do Chiado, 8. T. 213237335 Vraum De Gonçalo Barreiros. De 1/3 a 10/5. 2ª a 6ª das 12h às 20h. Cristina Guerra - Contemporary ArtRua Santo António à Estrela, 33. T. 213959559 Duet De Julião Sarmento e Salma Cheddadi, Jaime Pitarch e Rui Toscano, Filipa César e Lisa Tan, Eric Baudelaire e Pablo Pijnappel, Duncan Campbell e Raphaël Zarka. De 23/4 a 11/5. 3ª a 6ª das 12h às 20h. Sáb das 15h às 20h. Instalação, Vídeo, Outros. CulturgestRua Arco do Cego. T. 217905155 Esculturas Sonoras 1994-2013 De Rui Toscano. De 8/2 a 19/5. 2ª, 4ª, 5ª e 6ª das 11h às 19h (encerra 29/3, 31/3 e 1/5). Sáb, Dom e feriados das 14h às 20h. Escultura, Som, Instalação. Retrato de Michel Auder De Michel Auder. De 8/2 a 19/5. 2ª, 4ª, 5ª e 6ª das 11h às 19h. Sáb, Dom e feriados das 14h às 20h.Espaço TranquilidadeProjectos EspeciaisR. Rodrigues Sampaio, 95. T. 213503500 Instructions De Ramiro Guerreiro. De 7/3 a 3/5. 3ª a 6ª das 12h30 às 19h. Fundação Arpad Szenes - Vieira da SilvaPraça das Amoreiras, 56. T. 213880044 Estes e Outros Encontros: Obras da Colecção Fundação Luso-Americana e Fundação Arpad Szenes - Vieira da Silva Com Ana Hatherly, Vieira da Silva. De Helena Almeida, Lourdes Castro, Rui Chafes, Ana Jotta, Vítor Pomar, António Poppe, Rui Sanches. De 18/4 a 14/7. 4ª a Dom das 10h às 18h. Pintura, Outros. Vieira da Silva, Agora De 14/3 a 16/6. 4ª a Dom das 10h às 18h (grátis ao Dom das 10h às 14h). Fundação Carmona e CostaEd de Espanha - 6º A/C/D. T. 217803003 Joana Rosa De 16/3 a 28/12. 4ª a Sáb das 15h às 20h (visitas por marcação). Porcelana, Pintura. Jorge Martins: A Substância do
36 | PÚBLICO, QUI 2 MAI 2013
SAIRTempo De 15/3 a 10/6. 3ª a 6ª das 10h às 17h. Sáb, Dom e feriados das 10h às 19h. Fundação e Museu Calouste GulbenkianAvenida de Berna, 45A. T. 217823000 360º Ciência Descoberta De 2/3 a 2/6. 3ª a Dom das 10h às 18h. Clarice Lispector - A Hora da Estrela De 4/4 a 23/6. 3ª a Dom das 10h às 18h. Ocupações Temporárias De 11/4 a 26/5. 3ª a Dom das 10h às 18h. Fundação Leal RiosR. do Centro Cultural, 17-B. T. 210998623 Helena Almeida De 4/4 a 18/5. 5ª e 6ª das 15h às 17h30 (visitas só por marcação). Galeria 36Rua S. Filipe Nery, 36. T. 918972966 Quadricula Versátil De Pedro Noronha. De 18/4 a 25/5. 2ª a Sáb das 16h às 19h30. Galeria Arte PeriféricaPraça do Império, CCB. T. 213617100 Fragmentos em Trânsito De Alexandra Mesquita. De 6/4 a 2/5. Todos os dias das 10h às 20h. Galeria Belo-GalstererR. Castilho 71, RC, Esq. T. 213815891 Juliane Solmsdorf + Mário Macilau De 11/4 a 25/5. 3ª a 6ª das 12h às 19h. Sáb das 14h às 19h.Galeria BoavistaR. da Boavista, 50. T. 213476335 Mansilla/Tuñón Madrid De Luis M. Mansilla, Emilio Tuñón Alvarez. De 11/4 a 31/5. 3ª a Dom das 15h às 18h. Arquitectura, Outros. Galeria das SalgadeirasRua das Salgadeiras, 24. T. 213460881 Luz De Lucília Monteiro. De 23/3 a 18/5. 4ª, 5ª e 6ª das 17h às 21h. Sáb das 16h às 21h. Galeria de Arte UrbanaCalçada da Glória. T. 213227000 Almada por Se7e De Fidel Évora, João Samina, Mário Belém, Miguel Januário, Pantónio, Pedro Batista, Tamara Alves. De 7/4 a 30/9. Todos os dias (24h). Pintura.Galeria DiferençaRua São Filipe Neri, 42 - Cave. T. 213832193 Suspensa e leve no horizonte, passava De José Barrias. De 2/5 a 29/6. 3ª a 6ª das 14h às 19h. Sáb das 15h às 20h. Galeria Filomena SoaresRua da Manutenção, 80. T. 218624122 The Sorrows of Electricity De António Olaio. De 14/3 a 25/5. 3ª a Sáb das 10h às 20h. Tranquila ferida do sim, faca do não De Rui Chafes. De 14/3 a 25/5. 3ª a Sáb das 10h às 20h. Escultura.
partir de 9/11. Todos os dias das 10h às 19h (última admissão às 18h30). Pintura, Outros. Museu do OrienteAv. Brasília - Edifício Pedro Álvares Cabral - Doca de Alcântara Norte. T. 213585200 Cartazes de Propaganda Chinesa - A Arte ao Serviço da Política De 25/1 a 27/10. 2ª, 3ª, 4ª, 5ª, Sáb e Dom das 10h às 18h. 6ª das 10h às 22h (entrada gratuita a partir das 18h). Deuses da Ásia De Vários autores. A partir de 9/5. 3ª, 4ª, 5ª, Sáb e Dom das 10h às 18h (última admissão 17h30). 6ª das 10h às 22h (última admissão 21h30) (gratuito 18h às 22h). Outros. Exposição permanente. Do Vasto e Belo Porto de Lisboa De 1/3 a 27/5. 3ª, 4ª, 5ª, Sáb e Dom das 10h às 18h. 6ª das 10h às 22h (entrada gratuita a partir das 18h). . Macau. Memórias a Tinta-da-China De Charles Chauderlot. De 1/2 a 30/6. 2ª, 3ª, 4ª, 5ª, Sáb e Dom das 10h às 18h. 6ª das 10h às 22h (entrada gratuita a partir das 18h). Presença Portuguesa na Ásia. O Coleccionismo de arte do Extremo Oriente De Vários autores. A partir de 9/5. 3ª, 4ª, 5ª, Sáb e Dom das 10h às 18h (última admissão 17h30). 6ª das 10h às 22h (última admissão 21h30) (gratuito das 18h às 22h).Museu Nacional de Arte AntigaRua das Janelas Verdes. T. 213912800 Deambulações. Desenhadores Franceses em Portugal nos séculos XVIII e XIX De 28/2 a 5/5. 3ª das 14h às 18h. 4ª a Dom das 10h às 18h. Desenho. Ilusionismos - Os Tectos Pintados do Palácio Alvor De 8/3 a 26/5. 3ª das 14h às 17h30. 4ª a Dom das 10h às 17h30. Pintura. Pintura e Artes Decorativas do Século XII ao XIX De Vários autores. A partir de 16/12. 3ª das 14h às 18h. 4ª a Dom das 10h às 18h .Vera Cortês - Agência de ArteAvenida 24 de Julho, 54 - 1ºE. T. 213950177 If I were you I’d paint it pink and place a chair upside down De Joana Bastos. De 22/3 a 4/5. 3ª a Sáb das 14h às 19h.
MÚSICALisboaFundação e Museu Calouste GulbenkianAvenida de Berna, 45A. T. 217823000 Paul Lewis e Orquestra Gulbenkian Com Paul Lewis (piano). De 2/5 a 3/5. 5ª às 21h. 6ª às 19h. Hot Clube de PortugalPraça da Alegria, 48. T. 213619740 Bruno Santos Quinteto De 2/5 a 4/5. 5ª a Sáb às 22h30. Lux FrágilAv. Infante D. Henrique. T. 218820890 Efterklang + Modeselektor Dia 2/5 às 21h30. MusicBoxRua Nova do Carvalho, 24. T. 213430107 Domi Chansorn + Lx Music feat. Merlo + Andy Burton + Midnoize & Mastersoul Dia 2/5 às 22h30. Teatro Municipal de S. LuizRua António Maria Cardoso, 38. T. 213257650 Anamar Dia 2/5 às 21h.Teatro Nacional de São CarlosLargo de São Carlos, 17. T. 213253045 La Traviata Orq. Sinfónica Portuguesa. Enc. Francesco Esposito. Dia 2/5 às 20h. Universidade Nova de LisboaCampus de Campolide. T. 213715600 Orquestra de Sopros da Metropolitana e Academia de Música Costa Cabral do Porto Dia 2/5 às 21h.
FaroCampo do Complexo Desportivo da PenhaFaro. T. 289807293 XXVIII Semana Académica do Algarve De 2/5 a 11/5. Todos os dias às 20h. Dia 2: Serenata. Inf: 289818606.
MafraPalácio Nacional de MafraTerreiro de Dom João V. T. 261817550 Quarteto Colonial Dia 2/5 às 21h (Festival de Música Clássica Brasileira).
SAIRGaleria Graça BrandãoRua dos Caetanos. T. 213469183 Nuno Sousa Vieira: Sala de Exposição De 5/4 a 18/5. 3ª das 14h às 18h. 4ª a Dom das 10h às 18h. Instalação, Outros. Galeria MøblerR. Nova da Piedade, 49. Rui Gaiola De 2/5 a 2/6. 4ª, 5ª e 6ª às 14h. Sáb às 11h. Fotografia. Galeria Novo SéculoRua do Século, 23A/B. T. 213427712 Pinturas no Atelier De Carlos Barroco, Heitor Figueiredo, Júlio Pomar, Jorge Varanda, Manuel João Vieira, Zeca Risques Pereira, entre outros. De 4/4 a 4/5. 3ª a Sáb das 14h às 19h. Pintura, Objectos, Outros. Galeria Pedro CeraRua do Patrocínio, 67E. T. 218162032 Horizon De Matt Keegan. De 12/4 a 1/6. 3ª a 6ª das 10h às 13h30 e das 14h30 às 19h. Sáb das 14h30 às 19h. Fotografia, Outros. Galeria Quadrado Azul - LisboaR. Reinaldo Ferreira, 20-A. T. 213476280 Gloom De Paulo Nozolino. De 4/4 a 25/5. 3ª a Sáb das 13h às 20h. Fotografia. Galeria QuadrumR. Alberto Oliveira. T. 218170534 Ciclo Budapeste: Diogo Evangelista De 23/4 a 5/5. 3ª a 6ª das 10h às 18h. Sáb e Dom das 14h às 18h. Outros. Galeria RattonR. Academia das Ciências, 2C. T. 213460948 Que Procura Vmê De Júlio Pomar. De 7/3 a 3/5. 2ª a 6ª das 10h às 13h30 e das 15h às 19h30. Azulejo. GiefarteRua Arrábida, 54B. T. 213880381 We May Not Be Perfect But Heaven Knows We Try De Manuel Caldeira. De 19/3 a 17/5. 2ª a 6ª das 11h às 14h e das 15h às 20h. Kunsthalle LissabonAv. da Liberdade, 211 - 1º. T. 912045650 I dreamt the work of another artist De Mona Vatamanu, Florin Tudor. De 27/3 a 1/6. 5ª a Sáb das 15h às 19h. Livraria Sá da CostaRua Garrett, 100. T. 213460702 Ilha De Bárbara Assís Pacheco, Cláudia Varejão, Edvinas Grin, Frauke Frech, Joana Linda, José Miguel Vitorino, Lara Torres + Diogo Melo, Miguel Bonneville, Sara Pazos, Sofia Arriscado, Sónia Baptista, Vicky Sabourin. De 20/4 a 18/5. 2ª a Sáb das 15h às 19h.
Lumiar CitéR. Tomás del Negro, 8-A. T. 213521155 Labour in a Single Shot De Antje Ehmann e Harun Farocki. De 2/5 a 16/6. 4ª a Dom das 15h às 19h. Vídeo. Inaugura 2/5 às 19h. MNAC - Museu do ChiadoRua Serpa Pinto, 4. T. 213432148 Arte Portuguesa 1850-1975 De João Cristino da Silva, Columbano Bordalo Pinheiro, João Marques de Oliveira, António Carneiro, Amadeo de Souza-Cardoso, Eduardo Viana, Mário Eloy, entre outros. De 20/2 a 31/12. 3ª a Dom das 10h às 18h. Pintura, Escultura, Outros. Hetero Q.B. De Ana Bezelga, Ana Pérez-Quiroga + Patrícia Guerreiro, Carla Cruz, Elisabetta di Sopra, Lilibeth Cuenca Rasmussen, Mare Tralla, Oreet Ashery, Rachel Korman, Roberta Lima, Zanele Muholi, entre outros. De 9/4 a 30/6. 3ª a Dom das 10h às 18h (última admissão às 17h30).Módulo - Centro Difusor de ArteCalçada dos Mestres, 34A/B. T. 213885570 Tito Mouraz De 23/3 a 11/5. 2ª a Sáb das 15h às 20h. Fotografia. MUDE - Museu do Design e da ModaRua Augusta, 24. T. 218886117 Percursos. Barro Negro/ Castanho/Ferro/ Granito De Linde Burkhardt. De 11/4 a 18/8. 3ª a Dom às 10h (última admissão às 17h45. Único e Múltiplo. 2 Séculos de Design A partir de 27/5. 3ª a Dom das das 10h às 20h.Museu Colecção BerardoPraça do Império, CCB. T. 213612878 BES Photo 2013 De Albano Silva Pereira, Filipe Branquinho, Pedro Motta, Sofia Borges. De 17/4 a 2/6. Todos os dias das 10h às 19h. Fotografia. Exposição Permanente do Museu Colecção Berardo (1960-2010) De Vito Acconci, Carl Andre, Alan Charlton, Louise Bourgeois, José Pedro Croft, Antony Gormley, Jeff Koons, Allan McCollum, Gerhard Richter, Cindy Sherman, William Wegman, entre outros. A
Instalação de Mona Vatamanu e Florin Tudor na Kunsthalle Lissabon
FARMÁCIAS
LisboaServiço PermanenteAeroporto (Alvalade - (Ant. Av. Aeroporto)) - Av. Almirante Gago Coutinho, 101 - D - Tel. 218482384 Corvo (Mercado do Chile) - Rua Angela Pinto, 32 - B - C - Tel. 218476756 Eusil (Alto do Pina) - Rua Barão de Sabrosa, 104 - Tel. 218141912 Sanex (Alvalade) - Av. da Igreja, 31 - C - Tel. 218497505 Sírius (Bairro Azul) - Rua Fialho de Almeida, 38-A - Tel. 213876700 Soares (Rato) - Av. Alvares Cabral, 1 - Tel. 213884282
Outras LocalidadesServiço PermanenteAbrantes - Duarte Ferreira (Rossio ao Sul do Tejo) Alandroal - Santiago Maior, Alandroalense Albufeira - Santos Pinto Alcácer do Sal - Alcacerense Alcanena - Correia Pinto Alcobaça - Magalhães, Alves (Benedita), Nova (Benedita) Alcochete - Cavaquinha, Póvoas (Samouco) Alenquer - Cuco, Matos Coelho Aljustrel - Pereira Almada - Charneca da Caparica (Charneca da Caparica), Torre das Argolas (Costa da Caparica), Atlântico (Cova da Piedade),
Moderna (Laranjeiro) Almeirim - Barreto do Carmo Almodôvar - Ramos Alpiarça - Aguiar Alter do Chão - Alter, Portugal (Chança) Alvaiázere - Ferreira da Gama, Castro Machado (Alvorge), Pacheco Pereira (Cabaços), Anubis (Maçãs D. Maria) Alvito - Nobre Sobrinho Amadora - Borel, Campos, Guizo Ansião - Teixeira Botelho, Medeiros (Avelar), Rego (Chão de Couce), Pires (Santiago da Guarda) Arraiolos - Misericórdia Arronches - Batista, Esperança (Esperança/Arronches) Arruda dos Vinhos - Da Misericórdia Avis - Nova de Aviz Azambuja - Dias da Silva, Nova Barrancos - Barranquense Barreiro - Higiénica Batalha - Ferraz, Silva Fernandes (Golpilheira) Beja - J. Delgado (S. João Batista) Belmonte - Costa, Central (Caria) Benavente - Miguens, Martins (Samora Correia) Bombarral - Franca Borba - Carvalho Cortes Cadaval - Misericórdia, Figueiros (Figueiros Cadaval (Jan,Mar,Maio)), Luso (Fev,Abr,Jun) (Vilar Cadaval (Fev,Abr,Jun)) Caldas da Rainha - Rainha Campo Maior - Campo Maior Cartaxo - Central do Cartaxo Cascais - Abrantes (Alcabideche), Vilar (Carcavelos),
A. Costa Castanheira de Pera - Dinis Carvalho (Castanheira) Castelo Branco - Higiene (Amatus Lusitanus) Castelo de Vide - Freixedas Castro Verde - Alentejana Chamusca - Moura (Vale de Cavalos) Constância - Carrasqueira (Montalvo) Coruche - Almeida Covilhã - Pedroso Crato - Misericórdia Cuba - Da Misericórdia Elvas - Lux Entroncamento - António Lucas Estremoz - Carapeta Irmão Évora - Avó Faro - Montepio Ferreira do Alentejo - Salgado Ferreira do Zêzere - Moderna (Frazoeira/Ferreira do Zezere) Figueiró dos Vinhos - Campos (Aguda), Vidigal Fronteira - Vaz (Cabeço de Vide) Fundão - Taborda Gavião - Gavionense, Pimentel Golegã - Salgado Grândola - Pablo Idanha-a-Nova - Andrade (Idanha A Nova), Serrasqueiro Cabral (Ladoeiro), Freitas (Zebreira) Lagoa - José Maceta Lagos - Telo Leiria - Batista Loulé - Martins, Algarve (Quarteira), Paula (Salir) Loures - Santo António dos Cavaleiros, Soares (Sacavém), Santa Iria (Santa Iria da Azoia) Lourinhã - Correia Mendes (Moita dos Ferreiros), Leal (Rio Tinto) Mação - Catarino Mafra -
Marques (Azueira), Medeiros (Fânzeres) Marinha Grande - Central Marvão - Roque Pinto Mértola - Pancada Moita - Cristina Monchique - Moderna Monforte - Jardim Montijo - São Pedro Mora - Canelas Pais (Cabeção), Falcão, Central (Pavia) Moura - Nataniel Pedro Mourão - Central Nazaré - Sousa, Maria Orlanda (Sitio da Nazaré) Nisa - Ferreira Pinto Odemira - Confiança Odivelas - Nabais Vicente (Espinho), Serra da Luz (Serra da Luz) Oeiras - Combatentes, Alegro (Dafundo), Central Oleiros - Martins Gonçalves (Estreito - Oleiros), Garcia Guerra, Xavier Gomes (Orvalho-Oleiros) Olhão - da Ria Ourém - Pastorinhos (Fátima), Verdasca Ourique - Nova (Garvão), Ouriquense Palmela - Galiano (Quinta do Anjo) Pedrógão Grande - Baeta Rebelo Penamacor - Melo Peniche - Proença Pombal - Vilhena Ponte de Sor - Varela Dias Portalegre - Chambel Suc. Portel - Fialho Portimão - Central Porto de Mós - Lopes Proença-a-Nova - Roda, Daniel de Matos (Sobreira Formosa) Redondo - Xavier da Cunha Reguengos de Monsaraz - Moderna Rio Maior - Central Salvaterra
de Magos - Martins Santarém - Confiança Santiago do Cacém - Corte Real São Brás de Alportel - São Brás Sardoal - Passarinho Seixal - Santa Marta Pinhal Serpa - Oliveira Carrasco Sertã - Lima da Silva, Farinha (Cernache do Bonjardim), Confiança (Pedrogão Pequeno) Sesimbra - Bio-Latina, Leão Setúbal - Farinha Pascoal, Normal do Sul Silves - Sousa Coelho Sines - Atlântico, Monteiro Telhada (Porto Covo) Sintra - Portela, Do Magoito (Magoito), Correia (Queluz), Viva (Rio de Mouro) Sobral Monte Agraço - Costa Sousel - Mendes Dordio (Cano), Andrade Tavira - Montepio Artistico Tavirense Tomar - Alfa (Porto da Laje) Torres Novas - Lima Torres Vedras - Quintela Vendas Novas - Santos Monteiro Viana do Alentejo - Nova Vidigueira - Pulido Suc. Vila de Rei - Silva Domingos Vila Franca de Xira - Ascenção Nunes, Botto e Sousa, Eduardo A. César, Estevão (Brejo), Higiene Vila Nova da Barquinha - Carvalho (Praia do Ribatejo) Vila Real de Santo António - Carrilho Vila Velha de Rodão - Pinto Vila Viçosa - Torrinha Montemor-o-Novo - Sepúlveda
PÚBLICO, QUI 2 MAI 2013 | 37
FICAROs mais vistos da TVTerça-feira, 30
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SICTVI
Cabo
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2,222,7
29,1
25,9
R. Madrid X B. DortmundDancin' DaysBig Brother VipAvenida BrasilJornal da Noite
CINEMAUma Família Com Etiqueta[The Joneses]TVC1, 21h30Quando os Joneses se mudam
para o novo bairro, parecem a
família perfeita. Tudo neles, na
sua casa e no seu modo de vida
parece saído do catálogo de uma
revista, o que faz nascer uma
certa dose de inveja nos seus
novos vizinhos. Porém, por mais
bizarro que pareça, eles não são
propriamente uma família, mas
sim funcionários de uma empresa
de marketing com métodos ultra-
agressivos. A função de cada
um é usar produtos adequados
ao seu género e faixa etária,
incentivando, assim, o seu
consumo. Uma comédia com
Demi Moore e David Duchovny.
Uma História de Violência [A History of Violence]RTP2, 22h30Tom Stall (Viggo Mortensen)
vive calmamente com a mulher
advogada (Maria Bello) e os dois
fi lhos numa pequena e pacata
cidade no Indiana. Mas, uma
noite, a sua idílica existência é
perturbada quando impede um
roubo na sua cafetaria e salva os
seus clientes e amigos matando
dois criminosos. O acontecimento
atrai de imediato todos os meios
de comunicação social e Tom
é considerado um herói, mas
todo este circo mediático deixa-o
desconfortável. Ele e a família
tentam a todo o custo voltar à
normalidade. É então que um
misterioso e ameaçador estranho
chega à cidade.
Diamante de Sangue [Blood Diamond]TVC2, 22h00Serra Leoa, anos 90. O país
desintegra-se num banho de
sangue de torturas, assassinatos
e guerra civil, uma carnifi cina
motivada pelo comércio ilegal de
pedras preciosas. Um diamante
cor-de-rosa raro marca o destino
de dois africanos: Danny Archer
(Leonardo DiCaprio), um ex-
mercenário do Zimbabwe que
troca diamantes por armas e
que quer livrar-se do círculo
de violência e corrupção que
o engoliu, e Solomon Vandy
(Djimon Hounsou), um pescador
da tribo mende, que quer salvar
a mulher e as fi lhas dos campos
de refugiados e libertar o fi lho
do terrível destino de criança-
soldado. Realizado por Edward
Zwick, com fotografi a assinada
pelo português Eduardo Serra.
MÚSICA
Música MaestroRTP1, 22h57A partir de um determinado tema
clássico, o maestro Rui Massena
propõe-se desmistifi car a música
erudita e evidenciar como a
música está presente em cada
cantinho do país. Neste episódio,
o maestro vai a Guimarães
para revelar o clássico de Igor
Stravinsky, O Pássaro de Fogo. A
acompanhá-lo nesta viagem está
Jorge Palma.
DESPORTO
Futebol: Liga EuropaSIC, 19h55Directo. O Fenerbahçe visita
o Estádio da Luz e defronta o
Benfi ca, no jogo da 2.ª mão das
meias-fi nais da Liga Europa. A 1.ª
mão fi cou marcada por 1-0 contra
a equipa de Jorge Jesus.
DOCUMENTÁRIOS
Home, História de uma ViagemOdisseia, 18h00Episódio 1. Yann Arthus-Bertrand
viaja pelo mundo inteiro no seu
balão de ar quente, recolhendo
as mais belas imagens do
planeta. Mas, ao longo dessas
viagens, também tem observado
mudanças inquietantes. Nesta
série documental de dois
episódios, regressou aos mesmos
locais e fi lmou o impacto brutal
que o ser humano tem sobre o
planeta Terra.
Perdido, VendidoDiscovery, 22h00Billy, Mark, Laurence e Sally
viajam até Vancôver (Canadá)
para participar num novo
leilão de bagagem perdida. Na
esperança de ganharem alguns
dos mais singulares tesouros,
as equipas arriscam e licitam
sobre malas sem saberem o que
contêm. Mas este leilão atrai mais
de 2000 licitadores. Conseguirão
as equipas ter a habilidade
necessária para arriscar e ainda
ter lucro?
Odisseia, 19h00 Louis Theroux na Megaprisão de Miami
RTP16.30 Bom Dia Portugal 10.00 Praça da Alegria 13.00 Jornal da Tarde 14.15 Windeck - O Preço da Ambição 15.10 Éramos Seis 15.49 Portugal no Coração 18.00 Portugal em Directo 19.00 O Preço Certo 20.00 Telejornal - Inclui 360º 21.00 Linha da Frente 21.46 AntiCrise 22.08 Sinais de Vida 22.57 Música Maestro 23.51 5 Para a Meia-Noite 1.02 True Justice 1.53 Californication - 4.ª série 2.23 Vidas em Jogo - 2 episódios
RTP27.00 Zig Zag 13.02 O Império das Formigas do Deserto 13.53 Iniciativa 13.55 Ténis: Portugal Open - Directo 18.30 A Fé dos Homens 19.02 Eurodeputados 19.31 Iniciativa 19.35 Biosfera 20.00 Zig Zag 21.08 As Cobras Mais Venenosas da Índia 22.00 24 - Sumário - Directo 22.30 Cinco Noites, Cinco Filmes - Uma História de Violência 00.00 24 Horas - Directo 1.06 U24 1.35 Olhar o Mundo
SIC7.00 Edição da Manhã 8.40 A Vida nas Cartas - O Dilema 10.15 Querida Júlia 13.00 Primeiro Jornal 14.40 Vingança 15.45 Boa Tarde 18.30 Cheias de Charme 19.15 Jornal da Noite 19.55 Futebol: Benfica x Fenerbahçe - Directo 22.05 Dancin´ Days 23.00 Avenida Brasil 00.00 Páginas da Vida 1.00 CSI Nova Iorque 1.55 Futebol: Liga Europa - Resumos 2.10 Cartaz Cultural 3.00 O Encantador de Cães
TVI 6.30 Diário da Manhã 10.08 Você na TV! - Directo 13.00 Jornal da Uma 14.42 Ninguém Como Tu 16.00 A Tarde é Sua 18.15 Doce Fugitiva 19.14 Doida Por Ti 20.00 Jornal das 8 21.53 Big Brother VIP - Diário 22.28 Destinos Cruzados 23.30 Mundo ao Contrário 0.50 Big Brother VIP - Extra 1.55 Autores 2.53 Eureka 3.40 Amanhecer 4.58 É a Vida, Alvim!
TVC1 10.35 O Artista 12.15 A Dívida 14.05 Alta Pedrada 15.55 The Killing Fields - O Campo da Morte 17.40 John Carter 19.50 O Artista 21.30 Uma Família Com Etiqueta 23.05 Ano Novo, Vida Nova! 1.00 A Dívida
FOXMOVIES10.49 Belas Criaturas 12.15 A Ilha das Cabeças Cortadas 14.21 Entrevista Com o Vampiro 16.20 Uma Segunda Juventude 18.21 A Morte Soube-nos Tão Bem 19.56 Maverick 22.00 Levity - Redenção 0.39 A Verdadeira História de Jack, o Estripador
HOLLYWOOD10.00 O Lado Selvagem 12.05 As Amigas do meu Namorado 13.35 O Código da Vinci 15.50 Stardust - O Mistério da Estrela Cadente 16.15 Paranóia 17.55 O Ás da Bola 19.45 A Dupla Face da Lei 21.30 The Paper - Primeira Página 23.20 World Trade Center 1.15 A Miúda do Lado
AXN16.26 C.S.I. Miami 17.16 Mentes Criminosas 18.56 Jogo de Audazes 19.46 Perseguição 20.36 C.S.I. Nova Iorque 21.30 Sherlock 23.20 Brigada Anti-Vício 0.15 Memphis Beat 1.10 Lasko. O Punho de Deus
AXN BLACK14.04 Chuck 14.51 Comportamento Perturbado 16.15 Torchwood 17.08 Boardwalk Empire 18.07 Chuck 18.54 Torchwood 19.47 Sangue Fresco 20.42 Roma Criminal 21.35 Chuck 22.23 Bem-Vindo a Casa Roscoe Jenkins 0.19 Chuck 1.07 Sangue Fresco
AXN WHITE17.48 As Ginastas 18.36 Smash 19.24 Las Vegas 20.12 Melissa e Joey 21.00 Gossip Girl 21.50 Dança Feroz 23.55 Gossip Girl 0.42 Era Uma Vez 1.29 Melissa e Joey
FOX 14.10 Family Guy 14.35 Os Simpson 15.20 Foi Assim Que Aconteceu 16.10 Ossos 17.40 Lei e Ordem. Los Angeles 18.25 Lei e Ordem. Los Angeles 19.15 Family Guy 19.40 Os Simpson 20.50 Foi Assim Que Aconteceu 21.20 Casos Arquivados 22.20 Investigação Criminal. Los Angeles 23.05 Hawai Força Especial 0.55 Spartacus. A Revolta dos Escravos
FOX LIFE 14.10 90210 14.57 Um Homem Entre Mulheres 15.43 Body of Proof 16.25
No Meio do Nada 16.50 Uma Família Muito Moderna 17.34 Um Homem Entre Mulheres 18.17 90210 19.01 Masterchef USA 20.31 O Sexo e a Cidade 21.25 Anatomia de Grey 22.16 American Idol 23.00 O Sexo e a Cidade 23.57 Body of Proof 0.42 Medium 1.27 Revenge
DISNEY15.20 Casper – o Fantasminha 15.45 Rekkit Rabbit 16.10 Timon e Pumba 17.00 Phineas e Ferb 17.50 Monster High 17.53 Shake It Up 18.15 A.N.T. Farm - Escola de Talentos 18.40 Professor Young 19.05 Wasabi Warriors 19.30 Boa Sorte, Charlie! 19.55 Austin & Ally 20.20 Jessie 20.45 Phineas e Ferb 21.00 Hannah Montana
DISCOVERY18.25 Jóias Sobre Rodas 19.20 O Segredo das Coisas 20.10 Titãs Mecânicos. World’s Top 5. Mega Navios 21.05 Ed Staff ord. Sozinho na Ilha 22.00 Perdido, Vendido 22.30 Perdido, Vendido 23.00 O Liquidatário 23.25 O Liquidatário 23.55 Jóias sobre Rodas. Morris Minor Traveller 0.45 Fanáticos por Armas 1.10 Fanáticos por Armas 1.35 Negócio Fechado
HISTÓRIA 16.00 O Preço da História. Ep. 13 e 14 16.50 O Legado Celta 17.45 Monstros Lendários. Assassinos de Gado 18.35 Caçadores do Pântano. Arvoredo de Ciprestes 19.25 O Preço da História 21.00 A História da Electricidade. O Magnetismo 22.00 A II Guerra Mundial Vista do Espaço 23.40 II Guerra Mundial, os Arquivos Perdidos. Dia D 0.30 O Preço da História. Uma Chave Que Dispara
ODISSEIA16.00 Armagedão Animal. Raios Letais 17.00 A Vida Secreta das Florestas Tropicais 18.00 Home, História de uma Viagem. Episódio 1 19.00 Louis Theroux na Mega Prisão de Miami. Episódio 1 20.00 Operações Ocultas. A Caça a Bin Laden 21.00 1000 Formas de Morrer II 22.00 Armas que Mudaram o Mundo II. A Metralhadora Gatling e o Avião A-10 23.00 Armas que Mudaram o Mundo. M1911 Colt .45 0.00 1000 Formas de Morrer II
0naMiami
38 | PÚBLICO, QUI 2 MAI 2013
JOGOSCRUZADAS 8422
BRIDGE SUDOKU
TEMPO PARA HOJE
A M A N H Ã
Açores
Madeira
Lua
NascentePoente
Marés
Preia-mar
Leixões Cascais Faro
Baixa-mar
Fonte: www.AccuWeather.com
PontaDelgada
Funchal
Sol
15º
Viana do Castelo
Braga8º 23º
Porto9º 20º
Vila Real5º 18º
9º 21º
Bragança4º 17º
Guarda4º 16º
Penhas Douradas2º 13º
Viseu7º 19º
Aveiro9º 20º
Coimbra8º 23º
Leiria7º 22º
Santarém9º 24º
Portalegre8º 19º
Lisboa12º 23º
Setúbal9º 24º Évora
6º 22º
Beja8º 23º
Castelo Branco8º 21º
Sines10º 21º
Sagres10º 20º
Faro10º 20º
Corvo
Graciosa
FaialPico
S. Jorge
S. Miguel
Porto Santo
Sta Maria
15º 18º
15º 18º
Flores
Terceira14º 17º
13º 20º
14º 20º
14º 18º
15º
17º
06h38
Crescente
20h30
12h142 Maio
0,5-1m
2m
16º
2m
19º0,5-1m
18º2-2,5m
09h14 2,821h40 3,0
02h55 0,915h21 1,1
08h53 2,821h20 3,0
02h32 1,114h56 1,3
08h54 2,721h23 2,9
02h17 1,014h40 1,2
1,5-2,5m
1,5-2,5m
2-3m
13º
15º
Horizontais 1. Torcida fina envolvida em cera que serve para alumiar. Fruto deiscente das leguminosas. 2. Concha ou prato da balança. Acusação. 3. Brinquedo de crianças. Latim (abrev.). 4. Pessoas adultas do sexo masculino. Prefixo (repetição). 5. Argola. Realizam. 6. Ente. Elemento de formação de pa-lavras que exprime a ideia de vinho. 7. Artigo antigo. Névoa, densa e rasteira. 8. Rompe com violência. Género de família das ericáceas, a que pertence a urze. 9. Boi bravo. Pequena argola com que se enfeitam os dedos. 10. Diário. Cabeça (pop.). 11. Pecados. Tocar ao de leve.
Verticais: 1. Computador Pessoal. Existir. Preposição que designa pos-se. 2. Criador. Ladrar. 3. Regressámos. Produzir som. 4. Embarcação de re-creio. Passo da boca ao estômago. 5. Pôr freio a. 6. Plana. Partícula afirmati-va do dialecto provençal. 7. Caminho. Administre diligentemente. Atmosfera. 8. Prefixo (afastamento). Partícula apas-sivante que indica que um verbo está na voz passiva. Irritara. 9. Sistema que não é sólido nem líquido. Crianças do sexo masculino. 10. Segurar-se com as gavi-nhas. Moldura côncava na base da co-luna (Arquitectura). 11. Zombaria, troça. Em forma de asa. Depois do problema resolvido encon-tre o provérbio nele inscrito (5 pala-vras).
Solução do problema anterior:Horizontais: 1. Cais. Postal. 2. Apneia. Poro. 3. Crismar. 4. Abar. Si. Pia. 5. Do. AMANTES. 6. Art. Agir. Oc. 7. Livre. Impo. 8. Casaria. Iam. 9. Alarmante. 10. Sonoro. Cair. 11. Asar. Seara.Verticais: 1. Camada. Casa. 2. AP. Borla. OS. 3. Inca. Tisana. 4. Serra. Valor. 5. II. Marrar. 6. PASSAGEIROS. 7. Mini. AM. 8. SPA. Tri. Aca. 9. Torpe. Minar. 10. Ar. Isopatia. 11. Loja. Comer.Título do Filme: Os Amantes Passageiros.
Oeste Norte Este Sul 1♥passo 1♠ passo 2♥
passo 3♥ passo 4♥
Todos passam
Leilão: Qualquer forma de Bridge.
Carteio: Saída: 2♦. Qual o seu plano de jogo?
Solução: Somente uma péssima distri-buição dos trunfos pode colocar esta partida em perigo, e ainda assim é pos-sível sobreviver a isso. A chave é evitar usar o Rei de copas, a única entrada para o morto, prematura-mente. É vital, depois de prender a vaza inicial com o Ás de ouros, começar por jogar o Ás de trunfo. Quando as copas se apresentarem 4-0, podemos ainda tentar a passagem a espadas, como úl-timo recurso para cumprir esta partida. A Dama de espadas faz a vaza (aleluia!) e o Rei de copas é a entrada que neces-sitamos para encaixar ainda o Ás de es-padas, para baldar o ouro perdente. A defesa terá direito ás suas duas vazas de
Dador: SulVul: NS
Problema 4832 Dificuldade: fácil
Problema 4833 Dificuldade: difícil
Solução do problema 4830
Solução do problema 4831
NORTE♠ AJ543♥ K7♦ 108♣ Q962
SUL♠ Q♥ A965432♦ A5♣ KJ10
OESTE♠ K1082♥ -♦ KJ732♣ 8753
ESTE♠ 976♥ QJ108♦ Q964♣ A4
João Fanha/Luís A.Teixeira ([email protected]) © Alastair Chisholm 2008 and www.indigopuzzles.com
trunfo e ao Ás de paus, mas nada mais.Se todos assistirem ao Ás de copas, po-demos jogar uma segunda volta de trun-fo para o Rei do morto. Dependendo se estão 3-1 ou 2-2, acabaremos com dez ou onze vazas.
Oeste Norte Este Sul 1♥ 2ST* passo?
*- Bicolor menor
O que marca com a seguinte mão?♠AQ1082 ♥9842 ♦105 ♣Q3
Resposta: Pode não haver um fit efe-tivo nos naipes menores, mas marcar 3 espadas será um erro crasso, não só por ser forcing, mas sobretudo porque a probabilidade de encontrar três cartas de espadas no parceiro é extremamente reduzida. A prudência diz-nos que, em caso de misfit, o melhor é tentar parar no nível mais baixo possível. A boa voz: 3 paus.
MeteorologiaVer mais emwww.publico.pt
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40 | DESPORTO | PÚBLICO, QUI 2 MAI 2013
A missão do Benfi ca é difícil, mas está muito longe de ser impossível
A história mostra que o Benfi ca tem
um bom aproveitamento quando
chega às meias-fi nais de uma com-
petição europeia. Em 12 vezes, os
“encarnados” seguiram para a fi nal
em oito ocasiões e falharam o jogo
decisivo por quatro vezes. Hoje, na
Luz, terão a oportunidade de prosse-
guir com esta boa tendência, frente
aos turcos do Fenerbahçe, em jogo
da segunda mão das meias-fi nais da
Liga Europa, depois de um desaire
no jogo da última quinta-feira, em
Istambul, por 1-0.
A missão do Benfi ca de chegar à
fi nal que está marcada para 15 de
Maio, em Amesterdão, não será
fácil, mas está muito longe de ser
impossível e Jorge Jesus conta com
uma arma que, na sua opinião, for-
taleceu os turcos no jogo da primei-
ra mão: o factor casa. “Acho que o
Benfi ca, com o seu público, é muito
mais forte e acho que o Fenerbahçe
não vai ser tão forte como foi no seu
estádio. Fez bons resultados fora de
casa, mas o Benfi ca é muito forte
nos jogos em casa e acredito que
vamos estar na fi nal”, observou Je-
sus, que confi a nas possibilidades
benfi quistas, mas alerta para a im-
previsibilidade do resultado.
“1-0 é um resultado traiçoeiro,
mas que nos dá confi ança e garantia
de o podermos alterar. Temos algu-
ma experiência nestes duelos e esta-
mos tranquilos. Não vamos mudar
nada daquilo que temos feito. O Fe-
nerbahçe tem o seu sistema de jogo.
Vai mudar alguns jogadores, mas,
de resto, vai ser tudo igual”, frisou
o técnico benfi quista, para quem a
pressão de poder estar na fi nal de
uma competição europeia não é di-
ferente da pressão de disputar um
jogo decisivo da Liga portuguesa:
“Não estou nervoso. A minha ex-
periência dá-me conhecimento de
como é estar nestas situações. Estou
tão nervoso como estive antes do
jogo com o Marítimo, a responsabi-
lidade é a mesma. Sinto-me normal
e espero que os jogadores estejam
assim amanhã [hoje].”
Jesus tem razões para não dar a
reviravolta como um dado adquiri-
do porque o Fenerbahçe, que está
nas meias-fi nais de uma competição
europeia pela primeira vez na sua
história, tem feito a vida muito difícil
aos seus adversários nos jogos fora
de Istambul. Nesta Liga Europa, a
formação turca venceu os seus três
jogos fora na fase de grupos (4-2 ao
Borussia Mönchengladbach, 1-0 ao
AEL Limassol e ao Marselha) e não
perdeu qualquer jogo fora nas elimi-
natórias (0-0 com o BATE Borisov,
1-0 com o Viktoria Plzen, e 1-1 com
a Lazio de Roma).
Apesar de estar perto de uma
fi nal europeia, Jesus continua a di-
zer que a prioridade continua a ser
a Liga, que o Benfi ca lidera, com
quatro pontos de vantagem sobre
o FC Porto. “Chegar longe na Euro-
pa faz parte do que pensávamos no
início da época e vamos tentar tudo
amanhã [hoje] para que a fi nal seja
uma realidade. Os adeptos do Ben-
fi ca dão prioridade ao campeonato
e a nossa primeira prioridade é o
campeonato”, garantiu.
Esta não será a primeira vez que
Em Istambul, o Benfica não conseguiu contrariar o ascendente dos turcos
“Encarnados” jogam hoje na Luz o acesso à fi nal da Liga Europa com o Fenerbahçe, depois da derrota por 1-0 no encontro da primeira mão, em Istambul
FutebolMarco Vaza
o Benfi ca está em desvantagem nu-
ma meia-fi nal de competições eu-
ropeias. Já aconteceu por três vezes
e em duas delas foi eliminado. Em
1972, os “encarnados” defrontaram
o Ajax nas meias-fi nais da Taça dos
Campeões Europeus e perderam
por 1-0 no Olímpico de Amester-
dão, não conseguindo melhor que
um empate sem golos no jogo da
Luz. A segunda vez aconteceu em
1981, na Taça dos Vencedores das
Taças, frente ao Carl Zeiss Jena, da
República Democrática Alemã. Após
um desaire na primeira mão por 2-0,
a formação na altura orientada por
Lajos Baroti ainda conseguiu marcar
um golo (Reinaldo, aos 59’), mas o
triunfo pela margem mínima acabou
por não ser sufi ciente.
A única ocasião em que o Benfi ca
conseguiu recuperar de um resulta-
do negativo em meias-fi nais aconte-
ceu em 1990, na Taça dos Campeões
Europeus, frente ao Marselha. No
primeiro jogo, em França, Franck
Sauzée e Jean-Pierre Papin marca-
Benfica 4-4-2
Fenerbahçe 4-3-3
MelgarejoGarayLuisãoAndré
Almeida
Artur
Demirel
Sahin
Sow
GonulKorkmazYoboZiegler
KuytErkin
Matic
Lima
Salvio
Estádio da LuzLisboa
Árbitro: Stéphane Lannoy
Jogo em directo em publico.pt/desporto
França
20h05SIC
Enzo Pérez
Cardozo
Gaitán
Christian Uçan
Salvio de olho no terceiro título
No actual plantel do Benfica, há um jogador que sabe bem o que significa disputar uma final da Liga
Europa. Aos 22 anos, com uma longa carreira ainda pela frente, Eduardo Salvio já soma duas presenças no jogo do título, ambas pelo Atlético de Madrid, e outros tantos troféus da segunda competição de clubes mais importante do calendário da UEFA.
A aventura do argentino arrancou em 2010, ano em que chegou à Europa vindo do Lanús. A 12 de Maio, começou no banco (entraria aos 78 minutos) o jogo entre Atlético e Fulham que terminou com o triunfo dos “colchoneros” por 2-1, após prolongamento. Com
apenas meia época completa em Espanha, chegava ao primeiro título europeu.
Na época seguinte, voltou às meias-finais da prova, já com a camisola com o Benfica. Os “encarnados” seriam eliminados pelo Sp. Braga, mas a carreira de Salvio na competição conheceria um novo capítulo, um ano depois. Durante a edição de 2011-12 da Liga Europa, faria cinco golos e ajudaria o Atlético a conquistar um novo troféu. Desta vez, o adversário na final foi o Athletic Bilbau (3-0) e o argentino voltou a ser lançado no jogo já perto do final.
Hoje, o internacional argentino terá a possibilidade de chegar à terceira final da carreira nas últimas quatro épocas. N.S.
PÚBLICO, QUI 2 MAI 2013 | 41
ram para os gauleses, depois de o
Benfi ca ter entrado a ganhar com
um golo de Lima, logo aos 10’. Na
Luz, o Benfi ca acabaria por conquis-
tar o apuramento para a fi nal com
um triunfo por 1-0 graças ao polémi-
co golo do avançado angolano Vata,
com a mão — os “encarnados” aca-
bariam por sair derrotados na fi nal
de Viena pelo AC Milan, por 1-0.
Apesar de ter o dobro de apura-
mentos para a fi nal em relação às
vezes que fi cou pelo caminho nas
“meias”, as últimas duas vezes em
que o Benfi ca chegou a esta fase aca-
bou eliminado. Aconteceu frente ao
Parma, em 1994, na Taça das Taças
(triunfo por 2-1 na Luz e derrota por
1-0 em Itália) e em 2011, na Liga Eu-
ropa, com o Sporting de Braga. Já
com Jorge Jesus no banco “encar-
nado”, o Benfi ca venceu por 2-1 na
Luz, mas os minhotos conseguiram
o lugar na fi nal de Dublin (em que
seriam derrotados pelo FC Porto)
graças a uma vitória por 1-0 no jogo
da segunda mão.
BULENT KILIC/AFP
No primeiro encontro ofi cial da his-
tória entre Chelsea e Basileia, há
uma semana, na Suíça, os londrinos
levaram a melhor (2-1). No segundo,
esta noite, os blues vão tentar segu-
rar (ou alargar) uma vantagem que
lhes permitirá disputar, no dia 15
de Maio, em Amesterdão, um título
que ajudará a completar uma trilogia
europeia iniciada em 1970-71, com a
conquista da Taça das Taças.
“O meu receio é que pensemos
que já estamos na fi nal. Não é o caso.
Defrontamos uma equipa de qualida-
de que marca golos fora”. O alerta é
lançado por Rafa Benítez, treinador
de um Chelsea que surgirá em Sta-
mford Bridge ainda com o estatuto
de detentor da Liga dos Campeões.
Os londrinos não estiveram à altura
de defender o título na Champions e
têm nesta Liga Europa uma espécie
de segunda vida na UEFA, que que-
rem aproveitar da melhor forma.
E não é só a vantagem consegui-
da na primeira mão que joga a favor
dos actuais terceiros classifi cados da
Premier League. É a estatística: nas
últimas 18 visitas a Inglaterra, as equi-
pas suíças não venceram nenhuma
(6 empates e 12 derrotas) — o último
triunfo em terras britânicas foi alcan-
çado pelo Lucerna, em 1995, frente
ao Tottenham, por 2-0. Ainda assim,
os jogadores do Chelsea prometem
uma abordagem cautelosa: “Este
é aquele tipo de jogo que pode ser
muito arriscado. Sabemos disso. O
Basileia é bom com a bola nos pés
e merece estar nesta fase”, anota
Juan Mata.
Os suíços já confi rmaram esta
época a sua melhor prestação de
sempre na Taça UEFA/Liga Europa
e hoje terão de marcar pelo menos
dois golos (e não sofrer nenhum)
para seguirem em frente. Tarefa
especialmente delicada num ter-
reno onde o Chelsea não perde há
12 jogos para as provas europeias e
onde procurará garantir a possibili-
dade de se juntar a Bayern Munique,
Juventus e Ajax no lote dos clubes
que conquistaram as três grandes
competições da UEFA.
Chelsea à procura de fazer história
Nuno Sousa
Breves
Futebol
Futebol
Olhanense despede Manuel Cajuda a três jornadas do fim
António Costa apela ao civismo dos adeptos do Benfica
Manuel Cajuda tornou-se ontem no nono treinador a deixar o comando técnico de um clube da I Liga portuguesa, na edição 2012-13 da prova, com o Olhanense a sofrer a segunda “chicotada psicológica” esta época. Após a 27.ª jornada, o treinador deixa o clube algarvio na 14.ª e penúltima posição do campeonato, uma acima da zona de despromoção, tendo conseguido apenas um triunfo desde que chegou ao clube, para substituir Sérgio Conceição, após a 13.ª ronda. “A três jornadas do fim, era urgente tomar uma decisão. Mal ou bem, o tempo o dirá. Mas sempre no sentido de salvar o clube da descida de divisão. Este clube não pode descer”, justificou Isidoro Sousa, presidente do Olhanense.
O presidente da Câmara Municipal de Lisboa, António Costa, apelou ontem ao “civismo” dos adeptos do Benfica nos festejos, no caso de a equipa de futebol conquistar algum dos títulos que ainda disputa. Depois de, na terça-feira, a estátua do Marquês de Pombal ter “acordado” com um grafito com a frase “Reservado SLB”, assinada pela claque do clube benfiquista No Name Boys e Casal Ventoso, António Costa apelou para que o incidente não se repita. “Espero que [os festejos] decorram com muita alegria e entusiasmo, mas em total civismo”, afirmou o autarca, adiantando que a estátua já foi limpa e que as portas do município estarão abertas para receber a equipa, caso conquiste algum troféu.
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Capa
Passeio
Dormir
Epic Sana Algarve
Um épico na natureza
algarvia
Vila Velha do Ródão Portas e varandas do Tejo
Animação turística Lisboa e Porto como nunca as tínhamos visto antes
SÁBADO
42 | DESPORTO | PÚBLICO, QUI 2 MAI 2013
LLUIS GENE/AFP
Bayern voltou a dar uma lição ao Barcelona e confi rmou a fi nal alemã
Arjen Robben abriu caminho ao triunfo do Bayern em Barcelona, ao fazer o primeiro golo da noite
No próximo dia 25, em Londres,
22 homens vão perseguir uma bola
durante 90 minutos (se não houver
prolongamento) e no fi nal ganhará
a Alemanha. O Bayern Munique vol-
tou a ganhar convincentemente ao
Barcelona (0-3), agora em Espanha,
e juntou-se ao Borussia Dortmund
na fi nal da Liga dos Campeões, que
pela primeira vez será disputada en-
tre clubes germânicos.
Depois de o Real Madrid ter fi ca-
do a um golo de superar o Borussia
Dortmund, ao Barcelona faltou mui-
to mais. A equipa de Jupp Heynckes
voltou a ser muito melhor do que o
adversário, que não perdia os dois
jogos de uma eliminatória europeia
desde 1987, e colocou de pé o 16.º
duelo entre equipas da mesma nação
nas fi nais das competições europeias
de futebol. Contudo, é preciso recu-
ar mais de 30 anos para encontrar o
outro exemplo de uma fi nal 100 por
cento alemã: em 1979-80, na Taça
UEFA, o Eintracht Frankfurt venceu
em duas mãos o Borussia Mönchen-
gladbach. Essa edição da prova fi cou
conhecida pelo facto de os quatro se-
mifi nalistas serem todos da RFA.
O recorde pertence a Espanha,
mas a sétima fi nal entre espanhóis
foi sempre uma miragem desde que
a bola começou a rolar nestas meias-
fi nais. Apesar de ter de recuperar
do 4-0 da primeira mão, o Barcelo-
na, mesmo a jogar em casa, nunca
conseguiu assustar o Bayern. O que
aconteceu no início do encontro foi,
de resto, o contrário: pressionante e
a jogar muito rápido e ao primeiro to-
que, o campeão alemão aproximou-
se com perigo da baliza de Victor Val-
dés nos primeiros 20 minutos.
Lionel Messi não saiu do banco
— devido a problemas físicos — e o
Barça só por duas vezes conseguiu
estar perto da vantagem, mas Neuer
defendeu o remate de fora da área
de Pedro (24’) e Xavi atirou por cima
(27’). Ao intervalo, manteve-se o nulo
e a eliminatória estava mais que en-
caminhada para o lado dos bávaros,
a quem pertenceu depois por inteiro
a segunda parte.
No arranque (48’), o holandês Ar-
jen Robben, que já tinha marcado na
primeira mão, fez o primeiro golo
num bom lance individual. Aos 72’,
houve fi nalmente um golo cuja auto-
ria pertenceu a um homem do Barça,
mas Gerard Piqué marcou na baliza
errada, depois de uma iniciativa de
Ribéry. O francês fez uma grande exi-
bição, a defender e a atacar no fl an-
co esquerdo, e coroou-a com uma
assistência que Thomas Müller, de
cabeça, não desperdiçou (76’).
O Bayern ganhou e teve ainda
o bónus de Lahm, Javi Martínez e
Schweinsteiger sobreviverem à pos-
sibilidade de serem afastados da fi nal
com um amarelo.
Os dois clubes que têm batalhado
pela hegemonia no futebol da Alema-
nha nos últimos anos também o vão
fazer agora a nível continental. Mas
antes há um ensaio geral: no próximo
sábado, Bayern e Borussia Dortmund
defrontam-se na Bundesliga.
O clube de Munique ganhou no Camp Nou e venceu a eliminatória por um resultado conjunto de 7-0, marcando encontro com o Borussia Dortmund para a 1.ª fi nal da Liga dos Campeões 100% germânica
Liga dos CampeõesManuel Assunção
As finais anteriores entre clubes do mesmo país
Época Prova Vencedor Finalista Resultado2011-12 Liga Europa Atlético de Madrid Athletic Bilbau 3-02010-11 Liga Europa FC Porto Sp. Braga 1-02007-08 Liga dos Campeões Manchester United Chelsea 1-1 (6-5 g.p.)2006-07 Taça UEFA Sevilha Espanyol 2-2 (3-1 g.p.)2002-03 Liga dos Campeões Milan Juventus 0-0 (3-2 g.p)1999-00 Liga dos Campeões Real Madrid Valência 3-01997-98 Taça UEFA Inter Milão Lazio 3-01994-95 Taça UEFA Parma Juventus 1-0, 1-11990-91 Taça UEFA Inter Milão Roma 2-0, 0-11989-90 Taça UEFA Juventus Fiorentina 3-1, 0-01979-80 Taça UEFA Eintracht Frankfurt Borussia Mönchengladbach 2-3, 1-01971-72 Taça UEFA Tottenham Wolves 2-1, 1-11965-66 T. Cidades com Feira Barcelona Saragoça 0-1, 4-2 (a.p.)1963-64 T. Cidades com Feira Saragoça Valência 2-11961-62 T. Cidades com Feira Valência Barcelona 6-2, 1-1
PÚBLICO, QUI 2 MAI 2013 | DESPORTO | 43
Breves
Basquetebol
Xadrez
Ovarense e CAB apuram-se para as meias-finais da Liga
Gelfand e Aronian triunfam no Memorial Alekhine
Está completo o alinhamento das meias-finais da Liga de Basquetebol, depois de Ovarense e CAB Madeira resolverem com êxito a “negra”. A Ovarense venceu em casa o Vitória de Guimarães, por 73-71, graças a um cesto no último segundo de Miguel Miranda (22 pontos), e jogará agora com o campeão, Benfica. A outra vaga para a eliminatória do título será disputada entre CAB e Académica, duas equipas que nunca chegaram à final dos play-offs. Ontem, o conjunto madeirense derrotou o Barcelos no decisivo quinto jogo, por 72-65. Com uma eficácia de lançamento quase perfeita, Jason Smith marcou 27 pontos e desequilibrou a balança a favor do CAB. Os jogos 1 e 2 estão marcados para sábado e domingo.
O arménio Levon Aronian e o israelita Boris Gelfand foram os vencedores do Memorial Alekhine, a prova que homenageou o legado de Alexander Alekhine (o quarto campeão mundial e o único que terminou a sua vida na posse do título) e que foi dividida em duas fases, a primeira em Paris e a segunda em São Petersburgo. Aronian, depois de um mau início, foi melhorando e acabou em bom nível, com uma vitória sobre o francês Maxime Vachier-Lagrave. Como Gelfand não foi além do empate perante o campeão mundial, Viswanathan Anand, viu-se igualado na liderança pelo arménio, terminando ambos com 5,5 pontos de nove possíveis, mais meio ponto do que Anand, que alcançou a terceira posição.
JOSÉ SARMENTO MATOS
David Ferrer venceu ontem Edouard Roger-Vasselin por 6-4, 4-6, 6-3
Foi em Abril de 2002, uma semana
depois de cumprir 20 anos, que o
jovem David Ferrer logrou aceder a
um quadro principal do ATP World
Tour. No então Estoril Open, o es-
panhol que ocupava a 207.ª posição
no ranking mundial derrotou o por-
tuguês Hélder Lopes e o brasileiro
Francisco Costa no qualifying, antes
de roubar um set ao russo Marat Sa-
fi n, então sétimo do mundo e uma
das vedetas da prova. Onze anos de-
pois, é Ferrer a estrela do Portugal
Open e, ontem, venceu o seu primei-
ro encontro nesta 24.ª edição, num
dia em que afl uíram ao Jamor 7418
pessoas — a quarta maior assistência
diária na história do torneio.
“Estava em casa, no sábado, a des-
cansar porque não ia competir esta
semana, quando me ligaram a di-
zer que o Del Potro tinha desistido.
Foram muito simpáticos comigo e
apenas tenho de agradecer”, expli-
cou Ferrer, o convidado de última
hora, para colmatar a desistência
do bicampeão argentino.
Antes, o número quatro do
ranking tinha trabalhado bastante
para ultrapassar o francês Edouard
Roger-Vasselin (73.º): 6-4, 4-6 e 6-3.
“Joguei bem no primeiro e parte do
segundo sets, estive a vencer por 4-2
(40-0), servi, mas perdi esse jogo e
o meu foco. Finalmente no tercei-
ro, consegui o break, mas preciso de
melhorar o meu jogo para o próxi-
mo encontro”, explicou Ferrer, que
terá como próximo adversário o ro-
meno Victor Hanescu (54.º), igual-
mente de 31 anos e responsável pela
eliminação de Rui Machado.
A jornada no court central encer-
rou com um longo duelo italiano,
em que Fabio Fognini (25.º), o quar-
to mais cotado do torneio, bateu
Paolo Lorenzi (63.º), por 7-6 (7/5),
5-7 e 6-4, ao fi m de duas horas e 42
minutos.
Hoje, estreiam-se Stanislas Wa-
wrinka (não antes das 15h30) e An-
dreas Seppi (a fechar a jornada).
Também Gastão Elias (113.º) joga
(14 horas) com o uzbeque Denis Is-
tomin, por (50.º), por um lugar nos
quartos-de-fi nal, o mesmo aconte-
cendo a Frederico Gil/Pedro Sou-
Foi dia do trabalhador David Ferrer no Portugal Open
sa. A dupla portuguesa vai decidir
a presença nas meias-fi nais com os
italianos Fognini/Daniele Bracciali,
depois de, ontem, ter derrotado o
britânico Jamie Murray (irmão mais
velho do número três do ranking,
Andy) e o australiano John Peers,
com um duplo 6-4, num court n.º
1 totalmente apinhado.
“O ambiente estava espectacular.
Foi engraçado jogar com o court
completamente cheio. O jogo foi
muito intenso, jogado num ritmo
muito acelerado. Eu e o Pedro temos
vindo a jogar bem e penso que faze-
mos um bom par”, disse Gil, antes
de revelar que ambos têm como ob-
jectivos chegar aos Jogos Olímpicos
de 2016 e afi rmarem-se como uma
opção forte para o par da selecção
na Taça Davis.
Eliminados foram Frederico Sil-
va e Leonardo Tavares, impotentes
perante o espanhol David Marrero
e o brasileiro Marcelo Melo, como
indicam os parciais de 6-1, 6-1, con-
cluídos em 41 minutos.
No torneio feminino, a estoniana
Kaia Kanepi (40.ª WTA) abriu a jor-
nada no court central e manteve a
defesa do título, ao bater a romena
Sorana Cirstea (26.ª), que se revelou
muito inconstante, contribuindo pa-
ra os parciais de 6-1, 6-2.
Para os quartos-de-fi nal, quali-
fi caram-se igualmente a espanho-
la Carla Suarez Navarro (23.ª) e as
russas Anastasia Pavlyuchenkova
(19.ª) e Elena Vesnina (28.ª) — que
hoje se defrontam no centralito — e
a campeã de Roland Garros de 2009,
Svetlana Kuznetsova (45.ª).
Já a sua sucessora no palmarés do
Grand Slam francês, a italiana Fran-
cesca Schiavone (37.ª), foi afastada
pela porto-riquenha Monica Puig
(102.ª). A tenista de 19 anos, residen-
te em Miami, só cedeu cinco jogos à
vencedora, no domingo, do torneio
de Marraquexe: 6-3, 6-2.
TénisPedro Keul
Milhares de adeptos aproveitaram o feriado para assistirem à estreia do número quatro do ranking na 24.ª edição do torneio
Inês Henriques e Ana Cabecinha
continuam a protagonizar uma ex-
celente temporada de 2013 na mar-
cha atlética e ontem, na nona prova
do World Challenge da disciplina,
disputada em Sesto San Giovanni,
em Itália — perto de Milão —, volta-
ram a fi car no pódio na distância
olímpica de 20km. A vantagem foi
da atleta do Natação de Rio Maior
face à do CO Pechão, com Inês a
acabar em segundo lugar, apenas
vencida pela campeã olímpica e re-
cordista mundial Elena Lashmano-
va, surgindo Ana logo a seguir.
Inês Henriques ganhara logo em
Fevereiro a primeira etapa do Chal-
lenge em Chihuahua, no México,
com Ana Cabecinha na segunda
posição. E quando o circuito che-
gou a Portugal para a etapa de Rio
Maior, no início de Abril, foi quarta,
um lugar atrás da alentejana, com
Lashmanova sempre na frente.
Ontem a prova realizou-se com
tempo muito quente (22 graus) e
húmido (71%) e só começou a defi -
nir-se a partir dos 17km. Nessa altu-
ra, Lashmanova mudou secamente
de andamento e deixou de haver
discussão quanto à vitória. Uma lé-
gua fi nal de 21m41s permitiu a Elena
uma vitória fácil, com um tempo
discreto de 1h32m07s. Inês Henri-
ques percorreu essa légua fi nal um
minuto mais lenta que a russa, mas
isso foi sufi ciente para se destacar
de Ana Cabecinha na segunda po-
sição, obtida com 1h33m06s contra
1h33m18s desta. Vera Santos acabou
em oitavo, com 1h35m20s.
A competição marcou também
o regresso da veteraníssima Su-
sana Feitor às lides após longo in-
terregno por lesão, mas a grande
fi gura histórica da marcha portu-
guesa acabou em 11.º lugar, com
1h39m43s.
Nos 20km para o sector mascu-
lino, João Vieira confi rmou estar
em boa condição e terminou em
quinto, sendo o tempo modesto
de 1h24m28s explicado pelas con-
dições meteorológicas. Escapan-
do a todos nos 5km fi nais, o eslo-
vaco Matej Toh impor-se ia com
1h22m02s, adiante do polaco Jakub
Jelonek (1h22m29s), do australiano
Dane Bird-Smith (1h23m18s) e do
recordista japonês Yusuke Suzuki
(1h24m03s), atleta que é o actual
segundo melhor mundial do ano
com o seu máximo nacional de
1h18m34s obtido em Março.
Henriques foi segunda no World Challenge
Marcha Luís Lopes
44 | PÚBLICO, QUI 2 MAI 2013
ESPAÇOPÚBLICO
EDITORIAL
Um dia para pensar nos desempregados
No jargão técnico do programa de
ajustamento ou na banalização
da palavra “austeridade” não há
grande lugar para o maior drama das
sociedades europeias na actualidade:
o drama do desemprego. Mas não é só aí que
se sente um vazio. Os rituais de celebração
do Dia do Trabalhador padecem do mesmo
alheamento. Perante a evidência dos
números do desemprego, o 1.º de Maio faz
hoje menos sentido pela defesa dos direitos
conquistados ao longo de gerações do que
pela luta e o protesto contra a situação de
exclusão a que foram votadas centenas de
milhares de pessoas. Porque, por muito que
sejam consideradas injustas ou inaceitáveis
as medidas que elevaram a carga fi scal dos
trabalhadores até ao limiar do insustentável,
ainda que sejam legítimas as queixas e
A factura mais alta e moralmente mais inaceitável da crise está a ser paga pelos desempregados
os protestos contra o corte de salários e
pensões, convém reconhecer que a factura
mais alta e mais moralmente inaceitável da
crise actual está a ser paga pelos que foram
proscritos do mundo do trabalho. Num
modelo de ajustamento que exige a expiação
calvinista do sacrifício como redenção
de supostos pecados, os que sofrem a
perda de rendimentos são condenados a
empobrecer; mas os que tiveram de deixar
os seus lugares em empresas insolventes ou
à beira da insolvência, ou os que acabaram
os seus estudos e julgavam ter direito a uma
nova fase das suas vidas, foram não apenas
sujeitos à perda de rendimentos como a uma
privação ainda mais cruel, a que lhes nega o
direito à condição essencial de trabalhador.
Ainda que a ideia de que os actuais activos
têm de perder direitos e estabilidade para
que o mercado possa acolher os não-activos
seja polémica, derrotista e perigosa, ninguém
nos nossos dias deixará de aceitar que,
num plano de prioridades no actual estado
do país, as reivindicações clássicas dos
sindicatos reclamam actualização. Pedir hoje
mais salários ou mais garantias torna-se uma
questão acessória quando tantos vivem sem
esperança de poder sequer trabalhar.
O caos em Caracas
Já se imaginava que a sucessão de
Hugo Chávez fosse difícil. Porque
nunca é fácil garantir a passagem
do testemunho de um líder com
o carisma do ex-presidente da
Venezuela. O que muitos não previram
foi uma divisão do país em dois, entre
os herdeiros do chavismo e os que o
combateram ferozmente. Quando as duas
facções fi caram separadas por apenas
1,5% dos votos nas últimas eleições, fi cou
então claro que a Venezuela corria sérios
riscos de trocar uma democracia muito
pouco liberal por um confl ito político de
feição perigosa e imprevisível. Ontem,
no Parlamento de Caracas, os primeiros
traços desse confl ito fi caram defi nidos.
Entre a ausência de reconhecimento
da legitimidade de Maduro e a negação
de legitimidade aos deputados que o
contestam gerou-se um muro difícil de ser
transposto pelas regras da democracia. As
agressões mostram um regime e um país
partidos ao meio, onde cada parte nega a
existência e a legitimidade da outra. Muitas
guerras civis tiveram início por menos.
Os artigos publicados nesta secção respeitam a norma ortográfica escolhida pelos autores
CARTAS À DIRECTORA
A verdadeira tragédia
Primeiro, através de argumentos
falsos, aplicando-os de
privilegiados, proclamaram
na opinião pública a sua
marginalização. Disseram de forma
clara que era uma classe, sem
classe, preguiçosa, com proventos
acima da média, incompetente e
sem valor. Deste modo, tiveram,
espantem-se ou não, a vossa
anuência, a companhia negra
de uma campanha mediática,
através de jornais, quase todos,
e televisão com os assentos
do costume; meu Deus e que
gente. Toda a sociedade, ou
quase toda, civil, não se inibiu
de se promiscuir e aplaudir a
desrealização de profi ssionais que,
sempre contra tudo e todos, na
sua grande maioria, nunca teve
indisponibilidade para resolver
problemas directos e indirectos
inerentes à ética, esforço, estudo,
As cartas destinadas a esta secção
devem indicar o nome e a morada
do autor, bem como um número
telefónico de contacto. O PÚBLICO
reserva-se o direito de seleccionar
e eventualmente reduzir os textos
não solicitados e não prestará
informação postal sobre eles.
Email: [email protected]
Contactos do provedor do Leitor
Email: [email protected]
Telefone: 210 111 000
boa vontade e estar sempre
presente. Estes elementos,
componentes de uma coisa que
afi nal é uma profi ssão como outra
qualquer: é ser professor.
Nós, professores, realmente
acreditamos, sim, agora, sabemos,
de forma ingénua, na inversão
dessa campanha caluniosa.
Estávamos fartos de agressões
diárias de gente que afi nal não
passa de criaturas que abrem
portas a pontapés e fecham-nas
à patada. Contudo, a resposta aí
está: vocês estão a mais.
Gens Ramos, Porto
Reabilitação urbana
Tenho acompanhado com muita
atenção e muito interesse as
notícias amplamente divulgadas
pelo jornal PÚBLICO acerca do
imobiliário, sobretudo no que
respeita à reabilitação urbana.
Muita gente se tem pronunciado
sobre a matéria, e, embora a
maioria dos inquiridos não seja
propriamente do ramo, é curioso
que quase todos concordam
que a reabilitação é necessária
e urgente. Também a maioria
refere a falta de recursos próprios
e de fi nanciamentos. Quase
todos sabem que há exigências
despropositadas, por parte
das câmaras municipais e do
próprio Estado. Alguns dizem
que reabilitar bem é caro (e
para quem sabe, digo eu) e que
não é de todo rentável. Quando
experimentarem, como eu e
outros já fi zemos, fi carão muito
mais habilitados a opinar sobre
o assunto. O quarteirão das
Cardonas (que eu aplaudo) e
outros casos “especiais” que já
foram experimentados no Porto e
em Lisboa não são bons exemplos
para o que há a fazer nos bairros
históricos, especialmente nos
da capital. Há vários anos que
escrevo sobre a reabilitação destes
bairros. Reafi rmo tudo o que
tenho dito. Esse programa não é
para uma legislatura, é preciso
mais que uma geração. Ninguém
quer a “batata quente”. Não dá
votos, mas é urgente.
Guilherme Duarte, Lisboa
O PÚBLICO ERROU
No artigo publicado na segunda-
feira “Os livros científi cos dos
séculos XVI e XVII, ou como a
Inquisição ‘limpou’ as bibliotecas”
refere-se erradamente que na
segunda metade do século XVI
foram impressos na Europa entre
15 e 20 milhões de livros e no
século XVII este valor multiplicou-
se por 10. O correcto é que na
segunda metade do século XV se
imprimiram entre 15 e 20 milhões
de livros na Europa e no século
XVI este valor foi 10 vezes maior.
PÚBLICO, QUI 2 MAI 2013 | 45
Dos astros e da inutilidade da política
Gosto de astrologia. Pela simples
razão de que não acredito
nela. Mas agradam-me as
coincidências. Acho-as mesmo
irresistíveis. Se viajo, com feliz
e assumida futilidade, pelas
colunas onde se desvenda o
que o futuro me reserva no
amor ou no trabalho, estou
sempre a comparar as sábias
e avisadas recomendações dirigidas a mim
e aos leitores com o que se passa no mundo
real. Chego sempre à mesma conclusão. A
fantasia do astrólogo e o que consigo antever
sobre a vida são ambas previsões. Ambas
falíveis. Por isso, mantenho fi rme esta minha
crença no valor da astrologia.
A política tal como é nos tempos
que correm pertence a uma idêntica
irrealidade. Como adivinhos do tarot, os
actores políticos opinam, com enorme
propriedade e não menor versatilidade,
não sobre as suas fortunas no amor ou
na carreira, mas sobre questões como a
austeridade, o consenso, ou o crescimento
económico. O que, bem vistas as coisas,
vai quase dar ao mesmo. Na dúvida, pode
mesmo ser a astrologia a sair vencedora.
Comecemos por considerar ao acaso
umas quantas personalidades políticas.
O presidente da Comissão Europeia, a
directora-geral do FMI e o Presidente da
República, por exemplo. Os dois primeiros,
Durão Barroso e Christine Lagarde,
juntaram-se à cruzada antiausteridade,
com lamentos pungentes sobre os erros das
políticas que patrocinaram e reclamando
mudanças. Se fossem astrólogos, estariam
a dizer-nos para abandonarmos o amor
à austeridade ou prepararmo-nos para
enfrentar as consequências de tão
desenfreada e esgotante paixão...
Já o terceiro, Cavaco Silva, está a fazer a
cruzada em sentido inverso. Depois de anos
a lançar farpas sobre os perigos dessa paixão
pela austeridade, como o risco da espiral
recessiva, no discurso do dia da revolução
inverteu a marcha e lembrou-nos que temos
que ser obedientes.
O problema, claro está, é Durão Barroso
e Christine Lagarde serem os responsáveis
máximos por duas das três partes da troika,
que aplica as políticas de austeridade que
eles próprios criticam. Eventualmente,
Durão Barroso estará a falar para dentro,
almejando uma candidatura a Belém em
2016. O presidente da comissão faria bem em
pôr os olhos no actual inquilino do palácio,
reduzido que está à condição de refém do
Governo, por não ter alternativa a uma
eventual demissão de Passos Coelho.
O que dirão os horóscopos destas
personalidades sobre temas como o amor
ou o sucesso profi ssional? Que com as suas
carreiras está tudo bem desde que não
interfi ram no andamento das coisas que
os astros, supostamente, ditarão. Como
sempre, quando ganha a carreira, perde o
amor. Se têm dúvidas, olhem para os astros,
que é como quem diz para as notícias que
por aí fl utuam na galáxia da crise europeia.
Depois de Chipre, um sexto país do euro,
a Eslovénia, está à beira do resgate. Aí vão
seis. Os números do desemprego que não
param de subir na zona euro e a enorme
discrepância entre os países do Sul e os
países do Norte. O desemprego jovem em
Espanha que chegou aos 57%. 57%? Quase
dois terços? É a antecipação da distopia e um
mundo onde só uma minoria tem direito ao
trabalho. Eis uma matemática de proporções
bem mais gélidas do que as dos astros, que
semeia a frustração e o sofrimento. Mas
que progride inexoravelmente, movida por
forças face às quais o discurso da política
parece impotente, irrelevante. Como o
discurso de um astrólogo. Sem que seja
preciso para aqui chamar os que se enganam
sempre nas previsões, como o FMI ou o
ministro das Finanças...
Onde está o futuro? Dizem que o Partido
Socialista é candidato. No congresso da
Feira, o alinhamento dos planetas foi da
conveniência do líder. Dizem que é por
cheirar a poder, embora, aí, os astros sejam
omissos quanto à data. Mas António José
Seguro reuniu na sua órbita as tendências
rivais e pode aproveitar o descrédito do
Governo para afi rmar que será o pólo dos
consensos futuros. O conclave socialista
coincidiu ainda com
um momento em
que, a nível europeu,
os socialistas
questionam
cada vez mais a
austeridade. Só que,
lá está, François
Hollande também
teve que fazer
marcha atrás e foi
obrigado a resignar-
se à austeridade.
Portanto, aos
socialistas,
portugueses e
europeus, é legítimo
perguntar se não
estão também
prisioneiros dos
astros e se o seu
discurso não se
revelará também inútil e inefi caz. Pois
que a mim sempre me aborreceu que os
horóscopos só tratassem do amor ou do
trabalho e não tivessem categorias dedicadas
à introspecção ou à nossa capacidade de
compreender o mundo. Seria uma maneira,
eventualmente fútil, de nos lembrarmos que
andamos perdidos e à mercê dos elementos,
numa crise que precisa inadiavelmente de
respostas. E sem respostas não há amor
nem carreira que resistam.
Jornalista. Escreve quinzenalmente à quinta-feira
Aos socialistas é legítimo perguntar se o seu discurso não se revelará também inútil e ineficaz
Os discursos políticos andam tão desfasados da realidade como a astrologia. Isso é mau para o futuro
Miguel GasparUma linha a mais
É para esquecer
Não é verdade que nunca se deve
comer carne em restaurantes
de peixe, mas, de vez em vez,
quando o peixe é sempre bom e
é raro alguém pedir um bife, é.
Também não é boa ideia pedir
peixe (que não bacalhau) numa
casa especializada em carnes.
Geralmente têm apenas o
salmão — de viveiro e congelado,
ainda por cima — como menor dos males.
A culpa é tanto de quem pede como de
quem serve. Veio um bife, que eu queria
mal passado, cinzento desde um lado
até ao outro. Foi substituído por outro,
já algo cor-de-rosa no meio, mas rijo e
sem sabor nenhum. Não consegui comer.
Vieram depois umas febras. Estavam tão
carbonizadas que só uma pequena garfada
me amargou a boca durante horas. O
proprietário não só concordou logo comigo
como se recusou a apresentar a conta,
mesmo daquilo que tínhamos comido com
prazer (queijinhos frescos e sopas).
“É para esquecer”, disse ele, deixando-
nos sair com toda a cordialidade com que
nos tinha convidado a entrar. Não só fi cámos
ainda mais amigos — é um restaurante
que conheço e aprecio (eu e mais cem mil
habitués) desde a minha adolescência —
como fi cámos logo com vontade de lá voltar,
para comer os moluscos (amêijoas, chocos)
e peixinhos fresquíssimos e peritamente
grelhados que nos deliciam ano após ano.
Uns dias antes, num dos restaurantes
mais antigos e afamados do Porto, jantámos
mal e pouco. Pediram-nos desculpa — mas
pagámos como se tivéssemos jantado bem.
Nunca mais lá voltaremos. Não dá para
esquecer.
Miguel Esteves CardosoAinda ontem
BARTOON LUÍS AFONSO
46 | PÚBLICO, QUI 2 MAI 2013
Cavaco Silva cometeu um erro crasso no 25 de Abril – identificou-se com a figura do primeiro-ministro
O caminho suicidário do Presidente da República
Francisco Assis
1.Quando um político decide dedicar-se
ao singular exercício da interpretação
de si próprio, é sinal de que algo cor-
reu mal na declaração anterior. Quan-
do esse político é o próprio Presidente
da República e a declaração em causa
corresponde ao discurso proferido
perante o Parlamento na sessão solene
do 25 de Abril, a coisa assume propor-
ções especialmente relevantes. Aníbal
Cavaco Silva cometeu um erro crasso naque-
la manhã – identifi cou-se superlativamente
com a fi gura do primeiro-ministro, ao ponto
de se parecer mais com Pedro Passos Coelho
do que o próprio. Alguém o deveria ter ad-
vertido para os riscos do culto da heterono-
mia. Há muito que sabemos que este prazer
está vedado aos políticos.
Lembremos essa infausta manhã
presidencial. Depois de ter ouvido um
brilhante discurso de Alberto Costa, e uma
interessante refl exão fi losófi ca de Assunção
Esteves, o locatário de Belém optou pela
mais inesperada das vias, a da colagem
quase acrítica ao executivo. As reacções
desmentem qualquer ambiguidade:
a direita, eufórica, aplaudiu de pé; a
esquerda, estupefacta, permaneceu
silenciosa e sentada. A hipocrisia ausentou-
se do hemiciclo naquele instante, uns
e outros exprimiram genuinamente o
que sentiam. Cavaco tinha acabado de
retroceder no tempo e de se autolimitar no
espaço, abdicando incompreensivelmente
de uma maior latitude de intervenção
política. Comportamento estranho num
homem que tinha todas as condições
para se elevar acima das contingências
da política quotidiana. É verdade que o
Presidente já tinha uma mancha no seu
percurso – o discurso da sua segunda
tomada de posse. Só que então havia
a explicação do ressentimento, na
sequência de uma campanha em que
tinha sido questionada a sua integridade
pessoal. Se já então a dimensão passional
parecia sobrelevar toda e qualquer outra
preocupação, subsistia ainda uma razão
conjecturável. Agora, contudo, já não se
consegue antever facilmente um motivo
razoável para que o Presidente da República
enverede por tão suicidário caminho.
Esperemos que este comportamento
não seja o resultado de uma reacção
instintiva ao regresso de José Sócrates ao
espaço mediático nacional. Seria muito
mau se assim fosse. A última coisa de
que precisamos é de um Presidente da
República incapaz de superar uma tentação
de tipo pavloviano.
Ao mesmo tempo que o país assistia
a este discurso, o executivo dava sinais
de adesão à paixão pela heteronomia.
Provavelmente cansado de ser apenas ele
próprio, o primeiro-ministro desdobra-se
agora nas fi guras de Vítor Gaspar e Poiares
Maduro, com nítido prejuízo para esse
grande mestre da heterodoxia enquanto
propaganda chamado Paulo Portas. De um
momento para o outro o Governo passou
a proclamar as virtudes do consenso e a
apelar à participação do principal partido
da oposição na busca de entendimentos
que postula de imprescindíveis. Há, porém,
qualquer coisa de pouco fi ável neste
discurso. A realidade teima em desmenti-
lo. Ouvimos Miguel
Maduro e fi camos
com a sensação de
que ele não passa
de uma espécie
de superstrutura
de um executivo
que continua a ter
em Vítor Gaspar
a infra-estrutura
determinante, para
utilizarmos de uma
forma simplista
e metafórica
algumas categorias
elementares do
pensamento
marxista. Maduro
entoará hinos
a uma Europa
onírica que alguma
esquerda aprecia,
Gaspar imporá as receitas que a liderança
germânica preconiza. Maduro apregoará,
Gaspar decidirá. Maduro desempenhará
na perfeição a tarefa de um magistral
relações-públicas, Gaspar continuará a
mandar no Governo. Do ponto de vista
da imagem política, a solução não é má:
ambos são brilhantes, inquestionavelmente
inteligentes, situando-se muito acima da
média da sofrível vida política portuguesa.
Do ponto de vista da ética, já é muito mais
questionável. No plano dos resultados os
efeitos antevêem-se catastrófi cos.
Numa altura destas carecíamos de um
Presidente da República verdadeiramente
dotado de independência, em condições
de desempenhar uma função mediadora
e de promover autênticos consensos
nacionais. Infelizmente Cavaco Silva
deixou-se aprisionar pela actual maioria
parlamentar, alienou o seu prestígio junto
das correntes políticas oposicionistas
e perdeu capacidade de gestação de
equilíbrios institucionais. Ao agir dessa
forma, prejudicou o próprio Governo, já
que este, como agora se comprova, precisa
de estabelecer pontes com uma parte
signifi cativa da oposição. A pergunta que
se impõe perante tudo isto é a de saber
se Cavaco Silva ainda pode sobreviver ao
seu último desatino político. Apesar de
tudo, creio que sim, se passar a actuar
com mais racionalidade e isenção. Se há
alguém que nada tem a lucrar com uma
excessiva identifi cação com as políticas
governamentais presentes, é ele próprio.
Bem pelo contrário, só poderá readquirir
a devida centralidade no panorama
político nacional se souber reencontrar
o distanciamento institucional próprio
Infelizmente, Cavaco Silva deixou-se aprisionar pela actual maioria parlamentar
Deputado (PS). Escreve à quinta-feira
da função que desempenha. Isso exigirá
um elevado grau de sabedoria política.
Esperemos que Cavaco Silva venha a revelar
possuí-la.
2.O professor Jorge Miranda, um
dos pais-fundadores da nossa
democracia constitucional, tem
vindo a invectivar reiteradamen-
te a Assembleia da República
pela sua incapacidade de pro-
duzir legislação clara e incontro-
versa no domínio da limitação
dos mandatos autárquicos. Tem
toda a razão. A imagem do Parla-
mento está a sofrer uma grande erosão por
esse motivo. Se já não formos capazes de ir a
tempo de corrigir esta insufi ciência, que ao
menos aprendamos com as consequências
funestas da mesma.
3Reencontro com António Arnaut
no fi nal da tarde do dia 25 de
Abril em Coimbra. Não haveria
melhor forma de celebrar essa
data. Arnaut, do alto dos seus 76
anos, olha para o presente com
inquietação e para o futuro com
esperança. Gosto da sua retórica
não-estereotipada, da sua gra-
mática da desobediência lúcida,
da sua linguagem culta e exigente. Relembra
os primeiros anos da democracia e sinteti-
za o estado de espírito então prevalecente
numa simples frase: “Estávamos a construir
um país novo, mais livre e mais justo.” Por
um instante a política reencontra toda a sua
dignidade.
RUI GAUDÊNCIO
PÚBLICO, QUI 2 MAI 2013 | 47
NUNO FERREIRA SANTOS
O ruído autárquico e o Cais do Sodré
O período pré-eleitoral iniciou-se
em Lisboa, por impossibilidade
de comparência do adversário,
com o passeio triunfal de
António Costa rumo à vitória.
Lamentavelmente para os
lisboetas, o debate público
que se impunha neste
momento sobre os problemas
de Lisboa, nomeadamente o
seu enorme endividamento e o modelo de
desenvolvimento sustentável que o mesmo
permite, encontra-se comprometido por
uma inacreditável estratégia autárquica da
coligação PSD/CDS-PP.
Lisboa vive problemas dramáticos, sujeita
que está à condicionante terrível do seu
gigantesco passivo e a severos limites ao
endividamento. Neste quadro, afastada
a realização de grandes obras, o grande
desafi o para Lisboa nos próximos anos
consiste no repovoamento do seu centro
histórico, sujeito a décadas de abandono,
aliado à dinamização do comércio e do
turismo de qualidade e à promoção da
reabilitação urbana, actividades com
assinalável potencial de criação de emprego.
Para o efeito, será importante contar
com um executivo responsável e actuante.
Inacreditavelmente, porém, o actual
executivo, apesar da intervenção na área
da Almirante Reis, que é de saudar, levou a
cabo uma política hostil ao repovoamento
sustentável do centro histórico, que defi nha
entre a incúria e o abandono.
A este título, é paradigmática a actuação
autárquica na zona do Cais do Sodré, a
qual teve efeitos nefastos numa ampla área
entre o Chiado e o Mercado da Ribeira,
abrangendo as zonas do Corpo Santo,
Arsenal e Rua Bernardino Costa e alastrando
até Santos. Isto — sublinhe-se — após ter
permitido por décadas a propagação do
ruído nocturno por todo o Bairro Alto.
No Cais do Sodré, a gestão do espaço
público, delegada por António Costa em
José Sá Fernandes, foi tratada com total
desprezo pelos direitos dos residentes. Com
efeito, em pouco mais de um ano, a dupla
A. Costa e Sá Fernandes conseguiu o feito
único de transformar o Cais do Sodré, zona
onde a actividade nocturna se circunscrevia
a alguns estabelecimentos da Rua Nova
do Carvalho/Rua de São Paulo, num foco
de ruído, delinquência e insalubridade e
num exemplo paradigmático de retrocesso
civilizacional.
Em Setembro de 2011, na sequência de
um abaixo-assinado de comerciantes da
diversão nocturna da Rua Nova do Carvalho,
e sem qualquer audição dos moradores,
Sá Fernandes encerrou esta rua ao trânsito
automóvel, tendo a mesma sido pintada
de cor-de-rosa. Tal medida surgiu de
“um acordo” entre aquele vereador e os
comerciantes da zona, “para transformar
esta rua num novo espaço pedonal que terá
esplanadas” (PÚBLICO Online, 15/09/2011).
A esta medida seguiu-se um conjunto
de festas nocturnas organizadas em plena
rua cor-de-rosa e apoiadas pela CML,
com uma alegada dimensão cultural, mas
caracterizadas pelo ruído intenso e pelo
patrocínio de marcas de álcool. Os residentes,
esses passaram a ter, de quinta à noite até
à manhã de domingo, um megaconcerto
entrando-lhes pelas paredes e janelas.
O encerramento da rua cor-de-rosa
deu ainda um sinal claro aos empresários
da diversão nocturna (e também aos
frequentadores da mesma) de que esta
actividade era fomentada e promovida pela
CML na zona do Cais do Sodré, na qual de
imediato surgiram novos espaços como
bares, restaurantes/cafés com música e lojas
de conveniência, todos em horário alargado.
Estes estabelecimentos têm como
factor comum a concentração ruidosa de
frequentadores fora de portas, a venda de
álcool para a rua e a emissão de música em
volume elevado
para o exterior.
Outros operadores
como as smart
shops juntaram-se
a esta realidade,
transformando
radicalmente a
paisagem comercial
daquela zona, antes
constituída por
pequeno comércio
diurno.
Finalmente, a
CML seleccionou
um projecto de
requalifi cação do
histórico Mercado
da Ribeira, da autoria da revista Time
Out, assente, entre outros espaços, num
“bar/discoteca”, de modo a que “este
equipamento seja visto pelos lisboetas como
um sítio que tem quase sempre as portas
abertas, dia e noite”.
Apesar dos consideráveis recursos
públicos que a CML veio entretanto
a mobilizar para contrariar esta
realidade, depois de inúmeras queixas
de moradores, o essencial mantém-se
(ruído e insalubridade), e a rua cor-de-rosa
permanece encerrada a automóveis e ao
serviço do divertimento nocturno.
Este é, reconheça-se, um fenómeno
que ocorre noutros pontos de Lisboa e
nos centros históricos de outras cidades
portuguesas, pelo que assume uma
dimensão nacional. Porém, nunca como
no Cais do Sodré um executivo autárquico
assumiu tão diligentemente os interesses do
divertimento nocturno e atentou com tanta
No Cais do Sodré, a gestão do espaço público foi tratada com total desprezo pelos direitos dos residentes
intensidade contra aqueles que deveria
proteger. Note-se que à CML compete
exclusivamente a defesa do interesse
público, que neste caso se confunde com o
direito dos moradores ao repouso e a um
ambiente sem ruído nocivo.
No seu artigo 66.º, a Constituição da
República Portuguesa (CRP) garante o
“direito a um ambiente de vida humano,
sadio e ecologicamente equilibrado e o dever
de o defender” (n.º 1), fazendo recair sobre
o Estado o dever de “prevenir e controlar a
poluição e os seus efeitos” (n.º 2, alínea a)).
Conforme jurisprudência uniforme do
Supremo Tribunal de Justiça, o direito ao
repouso integra-se no direito à integridade
física e a um ambiente de vida humana,
sadio e ecologicamente equilibrado, e,
através destes, no direito à saúde e à
qualidade de vida. Em caso de colisão, o
direito ao repouso é “superior ao direito
de propriedade e ao direito ao exercício
duma actividade comercial” (STA, Ac. de
96/01/09, Proc. n.º 87941). Acresce que a
“ilicitude de um comportamento ruidoso,
que prejudique o repouso, a tranquilidade
e o sono de terceiros está no facto de,
injustifi cadamente e para além dos limites
do sociavelmente tolerável, lesar tais
baluartes de dignidade pessoal” (STA, Ac. de
02/01/17, Proc. n.º 01B4140).
Fica assim bem claro que, em caso de
confl ito entre o exercício da actividade
de diversão nocturna (ou de qualquer
actividade comercial) e o direito ao
descanso dos moradores a um meio
ambiente saudável, este último prevalece
em qualquer circunstância!
É a partir desta premissa que deve partir o
debate sobre a requalifi cação e repovoamento
do centro histórico e a promoção da
actividade económica e do emprego nas
cidades, questões absolutamente centrais
na próxima campanha autárquica e que são
transversais a todo o país.
Movimento Nós Lisboetas www.facebook.com/AquiMoraGente
Debate Gestão do espaço públicoLuís Neto Galvão, Ana Andrade e Isabel Sá da Bandeira
‘Agramatical’ lusofonia
Por um lado, estou esclarecida.
José Mário Costa não precisa
da minha “Contribuição para
uma errata”, como a designei na
ignorância de que não utiliza o
nosso português mas sim, mais
propriamente, um género de
lusofonês personalizado.
Veio munido de bibliografi a
brasileira reiterar um “inerente
nele”, com o à-vontade de quem vai na
lanchonete. Chega a atribuir foros de fi gura
de estilo (uma ênfase nada menos que
camoniana!) ao seu peculiar “ruído de fundo
à volta”. Lança-me a par e passo o Dicionário
Houaiss, muito útil noutros aspectos,
pouco ciente quiçá dessa notável síntese do
humorista brasileiro Millôr Fernandes: “O
Houaiss conhece todas as palavras da língua
portuguesa; ele só não sabe juntá-las!”
Por outro lado, fi quei confundida...
A) José Mário Costa diz que entregou,
na Assembleia da República, um
contributo “pessoal”, assim como quem
pessoalmente se responsabiliza pela coisa...
Eu estava convencida de que tinha ido
lá em representação do Ciberdúvidas da
Língua Portuguesa. Conferi na tabela das
“audições” (a convite dos deputados) e,
de facto, a instituição (!) Ciberdúvidas está
agora omitida — muitas edições aquelas
tabelas sofrem de cada vez que escrevo
sobre elas! — e surge
lá tão-somente
o nome de José
Mário Costa, com o
epíteto “jornalista”
em jeito de título
académico...
B) Um jornalista,
creio eu, teria
maior cuidado na
transcrição de frases
que atribui a outrem
no uso do direito de
resposta. Neste caso, não se limita a contestar
a sua própria citação deturpada, acusa-me de
fazer-lhe imposições agramaticais... Credo...!
Substitua “não obstante” por “apesar”, e diga
que vai da minha parte... Não tem de quê.
C) A minha confusão aumentou ao
verifi car que José Mário Costa, na RTP (de
cujo Centro de Formação é coordenador
pedagógico), é designado por “linguista”,
por oposição a um (apenas, mas já não é
pouco!) “jornalista”...
Ora bem, se calhar é por estas e outras que
a inserção de caracteres, na RTP, é o que é...
Ou será que agora se escreve “insersão”,
tal como surge no texto do tratado
internacional que dá pelo nome de “Acordo
Ortográfi co da Língua Portuguesa de 1990”?
Médica, escritora e activista cívica
Debate Acordo ortográficoMadalena Homem Cardoso
Veio munido de bibliografia brasileira reiterar um “inerente nele”
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ESCRITO NA PEDRA
“Dá tanto trabalho escrever um livro mau como um bom. Ele brota com igual sinceridade da alma do autor” Aldous Huxley (1894-1963), escritor e poeta inglês
I S S N : 0 8 7 2 - 1 5 4 8
QUI 2 MAI 2013
Contribuinte n.º 502265094 | Depósito legal n.º 45458/91 | Registo ERC n.º 114410 | Conselho de Administração - Presidente: Ângelo Paupério Vogais: António Lobo Xavier, Cláudia Azevedo, Cristina Soares, Miguel Almeida, Pedro Nunes Pedro E-mail [email protected] Lisboa Edifício Diogo Cão, Doca de Alcântara Norte, 1350-352 Lisboa; Telef.:210111000 (PPCA); Fax: Dir. Empresa 210111015; Dir. Editorial 210111006; Agenda 210111007; Redacção 210111008; Publicidade 210111013/210111014 Porto Praça do Coronel Pacheco, nº 2, 4050-453 Porto; Telef: 226151000 (PPCA) / 226103214; Fax: Redacção 226151099 / 226102213; Publicidade, Distribuição 226151011 Madeira Telef.: 934250100; Fax: 707100049 Proprietário PÚBLICO, Comunicação Social, SA. Sede: Lugar do Espido, Via Norte, Maia. Capital Social €50.000,00. Detentor de mais de 10% do capital: Sonae Telecom, BV Impressão Unipress, Travessa de Anselmo Braancamp, 220, 4410-350 Arcozelo, Valadares; Telef.: 227537030; Lisgráfica - Impressão e Artes Gráficas, SA, Estrada Consiglieri Pedroso, 90, Queluz de Baixo, 2730-053 Barcarena. Telf.: 214345400 Distribuição Logista Portugal – Distribuição de Publicações, SA; Lisboa: Telef.: 219267800, Fax: 219267866; Porto: Telef.: 227169600/1; Fax: 227162123; Algarve: Telef.: 289363380; Fax: 289363388; Coimbra: Telef.: 239980350; Fax: 239983605. Assinaturas 808200095 Tiragem média total de Abril 41.267 exemplares Membro da APCT – Associação Portuguesa do Controlo de Tiragem
Número de processos aumentou em 18 mil, mais 1,6% que no ano anterior p13
Museu de Arte Antiga emprestou pintura de Piero della Francesca p28/29
Escolas fecham portas a uns alunos para poderem fazer exame a outros p10
Pendentes nos tribunais atingem recorde em 2012
Como um Piero português seduziua América
Exames do 4.º ano deixam crianças sozinhas em casa
Totoloto
12 19 20 34 39 12
1.200.000€1.º Prémio
SOBE E DESCE
Clara Andermatt
Com Dance Bailarina Dance a coreógrafa Clara Andermatt
reinventa a herança das composições da época dourada dos musicais norte-americanos e oferece à Companhia Nacional de Bailado um dos mais felizes e inventivos espectáculos do ano. Com a colaboração de João Lucas e do Circular Ensemble para a interpretação musical, a coreografia constitui um dos melhores espectáculos da carreira de Andermatt e coloca a CNB num patamar de excelência a nível europeu (Pág. 30)
Jupp Heynckes
Não deixa de ser irónico que a equipa que celebrizou Pep
Guardiola como treinador tenha sido humilhada pelo treinador
que o catalão vai substituir no Bayern Munique. Os alemães voltaram a provar em Camp Nou que Heynckes
tinha a lição bem estudada e nunca deixaram o adversário discutir o apuramento, fechando a eliminatória com um pesado 7-0. Em Wembley, a final da Liga dos Campeões será discutida entre dois clubes e dois técnicos alemães. (Pág. 42)
Eugénio Fonseca
A Cáritas Portuguesa, presidida por Eugénio Fonseca, lançou
ontem, Dia do Trabalhador, um apelo contra o “sentimento de medo” debaixo do qual vive o mundo laboral, obrigando os trabalhadores a aceitarem “todas as regras e todas as imposições” para ter um emprego”. Este, segundo a organização, não pode tornar-se “uma atitude de resignação”. E alertou para as “periferias da participação cidadã” para onde estão a ser empurrados os desempregados. (Pág. 9)
Nicolás Maduro
A maioria chavista do Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, trocou
o debate político por murros, arremessos de cadeiras e computadores contra a oposição que não reconhece Maduro. Envolveu-se em confrontos físicos com os deputados da oposição, depois de estes terem protestado por estarem a ser impedidos de usar a palavra. Os ataques resultaram em 11 feridos. (Pág. 26)Jornalista
O RESPEITINHO NÃO É BONITO
A esquerda sublimada
O Rui Tavares escreveu
ontem neste espaço
uma crónica chamada
“A febre não é a doença”
que eu (imodestamente)
considero que é um bom
reforço para a minha tese acerca
do desconchavo do nosso debate
político: de que vale andar a
discutir soluções se ninguém se
entende à partida sobre qual é o
problema? Desde há 15 dias, os
membros do Governo repetem a
palavra “consenso” com o mesmo
denodo com que as beatas de
Fátima rezam ave-marias, mas
a probabilidade do consenso
realmente aparecer é tão grande
quanto o de Nossa Senhora voltar
a subir às árvores na zona de
Ourém. Enquanto as pessoas e os
partidos com vontade de governar
não assentarem em torno de
um diagnóstico comum sobre a
dimensão do Estado, da dívida
e da sua solvabilidade, procurar
soluções “consensuais” é como
andar à caça aos gambuzinos.
O país está como os Tavares:
sob o mesmo nome escondem-
se ideias muito diferentes. Por
exemplo, se eu levar a expressão
“Estado social” a jantar com o
verbo “reformar”, um qualquer
João Miguel Tavares
polícia de esquerda vai com
certeza mandar-me parar a meio
do caminho e acusar-me de estar
a querer matar a senhora, essa
virgem impoluta na qual não se
pode tocar com um dedo – tipo
mamã de Norman Bates. Eu
sei que o Rui não é polícia de
esquerda (e já deu provas disso),
mas quando cita na crónica a frase
“o Estado social não é gordura,
é músculo” está a defi nir a sua
trincheira (ou o seu “quadrado”,
na versão mais poética do oblíquo
Manuel Alegre). Ora bolas: e não
se pode defender que o Estado
social é simultaneamente gordura
e músculo? Não se pode achar
que nalguns lugares da nossa
sociedade há Estado a mais e que
noutros até há Estado a menos?
Ou então – vamos lá a uma frase
de perigoso radical de direita
– admitir que se não houver
dinheiro para o alimentar, tanto
dá que seja gordura ou músculo,
porque morre de qualquer
maneira?
Negando a
insustentabilidade do
modelo social português,
o Rui apresenta na sua
crónica dois valores
maiores do que o nosso
défi ce anual e que passam à
margem do sistema: 12 mil
milhões de euros (a “matéria não
taxada” da “economia paralela”)
e 78 mil milhões (a estimativa
da fuga de capitais de Portugal
após o resgate grego). Dando os
números por bons, ambos têm
problemas. O primeiro combate-
se, mas enquanto os dealers
não passarem factura é difícil
contar inteiramente com ele; e
o segundo, caro Rui, é para mim
e não para ti. Tira lá a mão dos
meus argumentos: então o grande
capital dá à sola cheio de medo
do país, tem de ser substituído
por uma seminacionalização dos
bancos, e isso é a prova de que a
esquerda tem razão?
É neste ponto que chegamos
àquilo que o Rui Tavares
classifi ca como um “velho
problema” político: “a direita está
estruturalmente convencida de
que a esquerda não sabe fazer
contas”. Na verdade, aquilo de
que eu estou convencido – e
apesar de o Rui ser historiador,
atrevo-me a dizer que a História
está do meu lado – é que a
esquerda quando chega ao poder
começa a fazer contas como
a direita. O senhor Hollande
prova-o todos os dias a partir do
Eliseu. Claro que se pode dizer
que Hollande ou o PS não são
“verdadeiramente de esquerda”,
mas isso signifi ca defender que
a esquerda só existe em estado
sólido no vácuo – assim que se
levanta a campânula e se deixa
entrar a realidade ela passa de
imediato ao gasoso. Na química,
a sublimação até é um processo
bonito. Mas na política é batota.
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