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2 0 0PE RS ON A J E S

DEL

B IC E N T E N A R IO

1 8 1 0 - 2 0 1 0

Este es el primer producto y el más

i m p o rtante de El Cronista de la Ciu-

dad, creado por Ordenanza del H Co n c e j o-

Municipal.

Ruego que toda corrección u omisión sea

comunicada al correo ro c h a m o n roy @ g-

m a i l . c o m .

A g ra d ezco a CIDRE por su valioso apoyo ,

a mis amigos Álva ro Mo s c o s o, Renato Cre s-

p o, José To r rico y Orlando Ro j a s, a las auto-

ridades de la Un i versidad Ma yor de San Si-

món que me dan seguridad laboral para de-

d i c a rme a estos empre n d i m i e n t o s, y a mis

c o m p a ñ e ras y compañeros de Re l a c i o n e s

Públicas de la UMSS por su intenso serv i c i o

a la comunidad unive r s i t a ria y regional.

Ramón Rocha Mo n roy

Ce l e b rar el Bicentenario del Grito Li b e rtario de Cocha-

bamba es una excelente oportunidad para re c o rdar y

rendir homenajes a todos los hombres y mujeres que

han dejado su impronta en la historia del De p a rtamento y el país.

Pa ra el efecto se pidió al escritor, n ovel cronista de la ciudad y co-

lumnista de Los Tiempos Ramón Rocha Mo n roy re a l i z a r, p r i m e ro,

la selección de las 200 personas que a su criterio deben estar pre-

sentes en esta obra y, l u e g o, escribir su biografía en forma sintéti-

c a .

Así lo ha hecho y en este 14 de septiembre presentamos a nuestro s

l e c t o res este libro que será de necesaria consulta y que, a d e m á s ,

s e rvirá para que las nuevas generaciones aprendan a que su pre-

sente es producto de un pasado rico, lleno de luces y sombras y que

s i e m p re debemos rescatar para consolidar nuestra identidad y

u n i ó n .

El autor y Editorial Canelas - Los Tiempos estamos conscientes de

que no son sólo 200 las personalidades a las que se debe rendir ho-

m e n a j e . Pe ro, sí que ellas son suficientemente re p re s e n t a t i vas de to-

dos los hombres y mujeres que aport a ron a que Cochabamba sea el

n exo fundamental de la unidad del país.

Editorial Canelas-Los Ti e m p o s

Staff

Re s p o n s a b l e Ramón Rocha Mo n roy

Diseño Ma rco A. León Ra d aDi a g r a m a c i ó n O r l a n d oRojas PintoFo t o c ro m í a Rafael Se j a s

Pu b l i c i d a d Wendy Pa c oIm p re s i ó n Ed i t o rial Ca n e l a s

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Í n dice de los pe rs on a j e s

P á g .

Presentación - Ed i t o ri a l 3Í n d i c e 4 - 5

Pe r s o n a j e sAchá Va l i e n t e, José Ma r í a 1 8 6 1 - 1 8 6 4 6A g u a yo, Je s ú s 1 8 6 9 - ? 7A g u i r re Achá, Jo s é 1 8 7 7 - 1 9 4 1 8A g u i r re Ga i n s b o rg, Jo s é 1 9 0 9 - 1 9 3 8 8A g u i r re Go n z á l ez - Prada, Na t a n i e l 1 8 4 3 - 1 8 8 8 9A l m a raz Paz, Se rg i o 1 9 2 8 - 1 9 6 8 1 0A l va rado Riva s, He l i o d o ro 1 9 4 1 - 2 0 0 4 1 1Anaya Arze, Héctor 1 9 1 1 - 1 9 8 7 1 1Alvéstegui Lare d o, Da v i d 1 8 8 7 - 1 9 7 3 1 2Anaya De Urquidi, Me rc e d e s 1 8 8 5 - 1 9 7 0 1 2Anaya Arze, Fra n k l i n 1 9 1 2 - 1 9 9 8 1 3Anaya Arze, Ra f a e l 1 9 1 5 - 1 9 9 7 1 4Anaya Arze, Ricard o 1 9 0 7 - 1 9 9 7 1 5A n t ezana De Alberdi, Leticia ¿ - 1 9 7 4 1 6A n t ezana Pa l a c i o s, Arm a n d o 1 9 4 5 - 1 9 9 0 1 6A n t ezana Ro j a s, Gíldaro 1 9 3 9 - 1 9 7 6 1 7A n t ezana, Jo s é 1 8 7 5 - 1 9 3 3 1 8A n t ezana, Ma ri a n o 1 7 7 3 - 1 8 1 2 1 8A n ze, Fi d e l 1 8 8 0 - 1 9 6 4 1 9A ra n í b a r, Ca r l o s 1 9A ra m b u ro Ra m í rez, Jo rg e 1 9 3 5 - 1 9 8 8 2 0A ra n í b a r, Fi d e l 1 8 4 7 - 1 8 9 2 2 0A rce To r ri c o, Ed u a rd o 1 9 2 0 - 2 0 0 6 2 1A rce Pe re i ra, Lu c i o 1918 - ? 2 1A rze Loure i ro, Ed u a rd o 1 9 0 7 - 1 9 9 5 2 2A rze Qu i roga, Ed u a rd o 1 9 0 7 - 1 9 8 9 2 3A rn ez, Pe re i ra Ro b e rt o 1 7 7 3 - 1 8 1 2 2 3A rze Uriona, Esteban 1 7 7 0 - 1 8 1 5 2 4A rze y Arze, José Antonio 1 9 0 4 - 1 9 5 5 2 5A rze Qu i roga, Ga b ri e l 2 6Ayala Me rc a d o, Ern e s t o 1 9 1 9 - 1 9 9 5 ? 2 7Baptista Mo ra l e s, Ja v i e r 1 9 3 4 - 2 0 0 8 2 7Baptista Ca s e rta, Ma ri a n o 1 8 3 2 - 1 9 0 7 2 8Baptista Te r ra z a s, Ja v i e r 1 8 8 0 - 1 9 5 9 2 9Barrón, Go n z a l o 1 9 4 9 - 1 9 8 0 2 9Ba r rientos Ort u ñ o, Re n é 1 9 1 8 - 1 9 6 9 3 0By rne Sp ra g u e, Ge raldine Ma ry 1905 - 1986 3 0Ba y ro Co r ro c h a n o, Ca r l o s 1949 - 1972 3 1Blanco Fe r ru f i n o, Cleómedes 1 8 2 8 - 1 8 9 3 3 2Blanco Fe r ru f i n o, Fe d e ri c o 1 8 2 7 - 1 8 9 6 3 3Blanco Ga l i n d o, Ca r l o s 1 8 8 2 - 1 9 4 3 3 4Blanco So t o, Pe d ro 1 7 9 5 - 1 8 2 9 3 5Blanco Ta rd í o, Vi rg i n i a 1 9 1 6 - 1 9 9 0 3 6Blanco y Unzueta, Be n j a m í n 1 8 3 2 - 1 9 0 2 3 6Boeck, Eugen vo n 1 8 2 3 - 1 8 8 6 3 7

Pe r s o n a j e s P á g .

Bo e ro Ro j o, Hu g o 1 9 2 9 - 1 9 9 7 3 7Ca b re ra Va rg a s, Ladislao 1 8 3 0 - 1 9 0 4 3 8Calatayud, Alejo 3 9Camacho Me d ra n o, Ma n u e l 1 8 9 9 - 1 9 5 2 - 5 3 4 0Canelas Ca n e l a s, Ca r l o s 1 9 0 5 - 1 9 9 9 4 1Canelas Ca n e l a s, De m e t ri o 1 8 8 0 - 1 9 5 8 4 2Canelas Ca n e l a s, Julio César 1 8 9 8 4 3Canelas Ta rd í o, Alfonso 1 9 4 3 - 2 0 0 9 4 4Ca p riles Ca b re ra, Aníbal 1 8 5 4 - 1 9 2 4 4 5Ca p riles Riva s, Ju a n 1 8 9 0 - 1 9 5 3 4 5Ca p riles López, Ce s á re o 1880 - ? 4 6Ca p ri l e s, Félix 1 8 3 0 - 1 9 0 4 4 7C á rdenas He rmosa, Ma rt í n 1 8 9 9 - 1 9 7 3 4 7Ca r rasco To r ri c o, Jo s é 1 8 6 3 - 1 9 2 1 4 9Ca r ra s c o, José Ma t í a s 1 8 0 0 - 1 8 6 0 4 9Céspedes Anzoleaga, Ma n u e l 1 8 7 4 - 1 9 3 2 5 0Ca r ra s c o, Pe d ro Bu e n a ve n t u ra 1 7 8 0 - 1 8 3 9 5 0Céspedes Patzi, Au g u s t o 1 9 0 3 - 1 9 9 7 5 1Cossío Sa l i n a s, Héctor 1 9 2 9 - 1 9 7 2 5 2Crespo Paniagua, Re n a t o 1 9 2 2 - 2 0 0 1 5 3Cu a d ros Qu i roga, María Te re s a 5 3Cu a d ros Qu i roga, Jo s é 1 9 0 8 - 1 9 7 5 5 4Cuba Sa n a b ria, Si m e ó n 1 9 3 5 - 1 9 6 7 5 5D'avis Sainz, Julio Albert o 1 8 8 6 - 1 9 6 8 5 5Daza On d a rza, Ern e s t o 1 9 1 3 - 1 9 7 2 5 6Di Natale En r í q u ez, José Re m o 1 9 2 5 - 2 0 1 0 5 6Espada Antezana, Jo a q u í n 1 8 9 7 - 1 9 9 9 5 7Fe rn á n d ez Rojas Ma x 1 9 4 2 - 1 9 9 5 5 7Galindo Arg ü e l l e s, Néstor 1 8 3 0 - 1 8 6 5 5 8Galindo Qu i roga, Wa l t e r 1 8 9 7 - 1 9 7 5 5 8Galindo Qu i roga, Eu d o ro 1 9 0 1 - 1 9 9 1 5 9Ga l i n d o, León 1 7 9 5 - 1 8 6 6 6 0Ga rcía Mesa, Jo s é 1 8 5 1 - 1 9 0 4 6 0Go n z á l ez Prada, Ma n u e l 6 1Go n z á l ez - Prada Prada, Ra ú l 1 9 0 0 - 1 9 9 1 6 1Grájeda, Hi l a ri ó n 1 8 9 6 - 1 9 6 8 6 2Gra n a d o, Félix Antonio del 6 2Granado Ca p ri l e s, Francisco María del 1 8 3 5 - 1 8 9 5 6 3Gra n a d o, Javier del 1 9 1 3 - 6 3Gu a rdia Va l ve rd e, Alejandro 1 9 0 3 - 1 9 9 7 6 4Gu e r ri l l e ros de la In d e p e n d e n c i a 6 5 - 6 7Gu e va ra Arze, Wa l t e r 1 9 1 2 - 1 9 9 6 6 8Guzmán Aldunate, Luis Ma ri a n o 1 8 5 1 - 1 9 0 4 6 8Gumucio Qu i roga, Juan Ca r l o s 1 9 4 9 - 2 0 0 2 6 9Guttentag Ti c h a u e r, We rn e r 1 9 2 0 - 2 0 0 7 7 0Guzmán Arze, Hu m b e rt o 1 9 0 7 - 1 9 9 4 7 1Guzmán Ma rt í n ez, Au g u s t o 1 9 0 3 - 1 9 9 4 7 2Guzmán Ol m o s, Ma ri a n o 1 7 8 4 - 1 8 3 1 7 3He rmosa Go n z á l e s, Ul i s e s 1 9 5 4 - 7 3

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Pe r s o n a j e s P á g .

Ha e n k e, Ta d e o 1 7 6 1 - 1 8 1 6 7 4Hinojosa, Ro b e rt o 7 5Ji m é n ez Ta rd í o, Antonio 1941- 1967 7 6Jo rdán, Ge rm á n 1 8 9 9 - 1 9 3 2 7 6Knaudt Sánchez De Lozada, José Ju l i o 1 8 6 9 - 1 9 4 7 7 7L a ra, Je s ú s 1 8 9 8 - 1 9 8 0 7 7L a redo Qu i roga, Ed u a rd o 1 9 0 5 - ? 7 8Lemoine Jo rdán, José Joaquín de 1 8 5 0 - 1 9 2 4 7 9L ó p ez de Ec h e varría, Julián Ma r í a 1 8 0 6 - 1 8 6 5 7 9L ó p ez, Si m ó n 8 0Ma rt í n ez Va rg a s, Ricard o 1 8 8 5 - 1 9 6 3 8 0Luján Sa n d oval, Em i l i a n o 1 9 1 0 - 1 9 7 5 8 1Ma rt í n ez, Ro n a l d 1 9 0 7 - 1 9 9 4 8 2Me d rano Ro d r í g u ez, Alfre d o 1 9 4 4 - 2 0 0 5 8 3Meleán, Au re l i o 8 4Me d rano Vi l l a r roel, José Na p o l e ó n 1 8 8 9 - 1 9 8 6 8 4Me l g a rejo Valencia, Ma ri a n o 1 8 2 0 - 1 8 7 1 8 5M é n d ez, Ju l i o 8 6M é n d ez, Ma ri a n o 8 7M é n d ez Unzueta, Sa b i n a 1 8 3 9 - 1 8 8 2 8 8M é n d ez Ve rg a ra, Jo s é 1 8 5 5 - 1 9 2 2 , 2 3 8 8Me n d oza de la Tapia, Lu c a s 1 8 1 1 - 1 8 7 2 8 9Me n d oza López, Julio Ed u a rd o 1 9 3 3 - 1 9 8 9 9 0Me n d oza, José Qu i n t í n 1 8 5 7 - 1 9 2 6 9 1Montaño Milán, Hu m b e rt o 1 9 2 2 - 2 0 0 9 9 2Mo n t e n e g ro Qu i roga, Ca r l o s 1 9 0 3 - 1 9 5 3 9 3 - 9 4Mo n t e n e g ro So ria, Wa l t e r 1 9 0 9 ( 1 2 ) - 1 9 9 1 9 5Mo rales y Sánchez, Adolfo de 1 9 1 1 - 1 9 9 3 9 6Munícipes de la ciudad capital 9 7 - 9 8Mu ñ oz Qu e ve d o, Andrés 1 8 5 9 - 1 9 2 2 9 9Olguín Estrada, José Antonio 1 9 0 6 - 1 9 9 3 1 0 0Oq u e n d o, Juan Ba u t i s t a 1 7 9 5 - 1 8 2 9 1 0 1Padilla, Manuel Aniceto 1 7 6 5 - 1 8 4 3 1 0 2Pa t i ñ o, Simón I. 1 8 6 0 - 1 9 4 7 1 0 3Paz Arze, Ni va rd o 1 0 4Pe redo Leigue, Guido Álva ro 1 9 3 8 - 1 9 6 9 1 0 5Pe redo Leigue, Ro b e rt o 1 9 3 9 - 1 9 6 7 1 0 6Pe re y ra, Diómedes de 1 8 9 7 - 1 9 7 6 1 0 7P é rez De Holguín, Me l c h o r 1 6 6 0 , 6 5 - 1 7 3 2 1 0 8Prada Estrada, Ro b e rt o 1 9 1 7 - 1 9 7 9 1 0 9Quintanilla Qu i roga, Ca r l o s 1 8 8 8 - 1 9 6 4 1 1 0Qu i roga Santa Cruz, Ma rc e l o 1 9 3 1 - 1 9 8 0 1 1 1 - 1 1 2Qu i roga Va rg a s, Ma r í a 1 8 9 8 - 1 9 8 1 1 1 2Qu i roga, Juan de Di o s 1 8 3 8 - 1 9 1 9 1 1 3Quirós Ga rcía, Ju a n 1 9 1 4 - 1 9 9 2 1 1 4Reque Me ruvia, Art u ro 1 9 0 6 - 1 9 6 7 1 1 5Reque Terán, Luis Antonio 1 9 0 6 - 1 9 6 7 1 1 6Reza, Ga by de la 1 1 7Rico To ro, José Antonio 1 8 9 8 - 1 9 5 2 1 1 7Ríos Dalenz, Jo rg e 1 9 4 1 - 1 9 7 3 1 1 8R i vas Ug a l d e, Ed u a rd o 1 9 1 5 - 1 9 7 4 1 1 9R i ve ro López, Ra m ó n 1 2 0

Pe r s o n a j e s P á g .

R i ve ro, Francisco del 1 7 5 5 - 1 8 1 3 1 2 1Ro d r í g u ez Mo ra l e s, Ju l i o 1 8 4 3 - 1 9 2 6 1 2 2Ro d r í g u ez Riva s, Ju l i o 1 9 0 8 - ¿ 1 2 3Rojas Gu e va ra, Jo s é 1 9 1 7 - 1 9 6 5 1 2 4Rojas Quesada, Ca s t o 1 8 7 9 - 1 9 7 3 1 2 5Rojas Ta rd í o, Jo rg e 1 2 6 - 1 2 7Rojo Lluch, Vi c e n t e 1893 - 1966 1 2 8Rosales Claro s, Wa l t e r 1 9 1 5 - 2 0 0 9 1 2 9Salamanca Lafuente, Ro d o l f o 1 9 1 4 - 1 9 9 8 1 3 0Salamanca Ure y, Da n i e l 1 8 6 8 - 1 9 3 5 1 3 1Salazar So ri a n o, Antonio 1 9 2 0 - 1 9 9 9 1 3 2Sa n t i v á ñ ez Gu m u c i o, José Ma r í a 1 8 1 5 - 1 8 9 3 1 3 2Solíz Vaca, Jo s é 1 9 0 2 - ? 1 3 3So ria Ga l va r ro Si l va, Ro b e rt o 1 9 2 0 - 1 9 9 9 1 3 4So ria Antezana, Re n é 1 9 3 1 - 1 9 9 8 1 3 5Su á rez Mo ra l e s, Ovidio 1 9 0 6 - 1 9 9 0 ? 1 3 5Su c re Ro d o, At i l i o ¿ - 2 0 0 9 1 3 6Ta b o rga de Requena, Lola 1 8 9 0 - 1 9 5 0 1 3 7Ta rd í o, Fra n c i s c o 1 9 3 9 - 1 9 7 6 1 3 8To r rico Ari a s, Vi rg i n i a 1 9 2 0 - 2 0 0 5 1 3 9Te r ra z a s, Ma riano Ricard o 1 8 3 5 - 1 8 7 8 1 4 0To r re s, Juan Jo s é 1 9 2 0 - 1 9 7 6 1 4 0 - 1 4 1To r re s, Juan de la Cru z 1830 - 1912 1 4 1To r rico Za m u d i o, Ro d o l f o 1 8 9 0 - 1 9 5 5 1 4 2To r rico Ca m a c h o, Andrés Ma r í a 1 9 2 0 - 2 0 0 5 1 4 3Trigo Andia, Jo rg e 1 4 4Uchu, Ma rt í n 1 4 5Ug a rte De Salamanca, Sa ra 1 8 6 6 - 1 9 2 5 1 4 5Ug a rte Sa n t i v á ñ ez, Samuel de 1844 - 1907 1 4 5Únzaga De La Vega, Óscar 1 9 1 6 - 1 9 5 9 1 4 6Unzueta Urquidi, Ma ri o 1 9 0 5 - 1 9 8 3 1 4 6Urquidi Gómez, Gu i l l e rm o 1 8 8 0 - 1 9 5 8 1 4 7Urquidi, Me l c h o r 1 4 7Urquidi Gómez, José Ma c e d o n i o 1 8 8 1 - 1 9 7 8 1 4 8Urquidi Za m b rana, Carlos W. 1 9 0 4 - 1 9 8 7 1 4 8Urquidi Mo rales Art u ro 1 9 0 5 - 1 9 9 2 1 4 9Urquidi, Ju l i a 1 9 2 6 - 2 0 1 0 1 5 0Us t á riz Arze, V í c t o r 1 8 9 7 - 1 9 3 2 1 5 0Va rgas Candia, Te ó f i l o 1 8 6 8 - 1 9 6 0 1 5 1V á z q u ez Vi r re i ra, Is m a e l 1 8 6 5 - 1 9 3 0 1 5 1Vila, Luis Qu i n t í n 1 8 3 9 - 1 8 9 9 1 5 1Vi l l a r roel Claure, Ra m i ro 1 9 3 2 - 2 0 0 9 1 5 2Vi l l a r roel Claure, Rigobert o 1 8 6 9 - 1 9 4 7 1 5 3Vi l l a r roel, Manuel Ascencio 1 8 9 8 - 1 9 8 0 1 5 3Vi l l a r roel López, Gu a l b e rt o 1 8 7 8 - 1 9 4 1 1 5 4Villazón Mo n t a ñ o, He l i o d o ro 1 8 4 8 - 1 9 3 9 1 5 5Vi s c a r ra, Eu f ro n i o 1 8 5 7 - 1 9 1 1 1 5 5Wi l s t e rmann Ca m a c h o, Jo rg e 1 9 1 0 - 1 9 3 6 1 5 6Zabalaga Ve l a s c o, Lu c i o 1 8 9 3 - 1 9 7 2 1 5 6Zamudio Ribero, Ad e l a 1 8 4 3 - 1 8 8 8 1 5 7Zannier Valenzuela, V í c t o r 1 9 2 5 - 2 0 0 9 1 5 8Za valeta Me rc a d o, Re n é 1 9 3 6 - 1 9 8 4 1 5 9Zenteno Anaya, Jo a q u í n 1 9 2 1 - 1 9 7 6 1 6 0

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El Gral. José Ma r í aAchá Valiente nació enCochabamba el 8 de ju-lio de 1810 y murió enla misma ciudad el 29de enero de 1868. Inició

su carre ra militar en las campañasde la Confederación Perú-boliviana.Se levantó más tarde contra Be l z u ,p e ro fue derrotado en Su t i m a rc a .Era ministro de Gu e r ra de Linare s,p e ro se coludió con los genera l e sManuel Sánchez y Ruperto Fernán-d ez para derrocar al célebre dicta-dor en 1861 y constituir un triunvi-rato que sólo duró cuatro meses.S á n c h ez murió en ejercicio deltriunvirato, y poco después el gene-ral Achá consolidó el ejercicio únicode la Presidencia.

Una medida pre c u r s o ra de la jus-ticia social fue el decreto de Ac h áque otorgó parcelas a los campesi-nos sin tierra y el derecho pro p i e t a-rio sobre ellas si se acreditaba unaposesión continua de 10 años. En sug o b i e rno fueron descubiertos los ri-cos yacimientos de guano y salitredel Litoral y se iniciaron las tensio-nes con Chile, que condicionaron laa u t o rización de declara t o ria deg u e r ra pronunciada por el Co n g re-so boliviano. La inestabilidad inter-na determinó que Achá se apoy a raen la mano rígida del prefecto de LaPaz, Agustín Y á n ez, quien fue el tri s-temente célebre autor de las “m a-tanzas de Y á n ez” en el cuartel delL o reto ubicado en la actual Pl a z aMu ri l l o, de La Paz, donde muri e ro n

en una sola noche 50 connotadasp e r s o n a l i d a d e s, entre ellas Fra n c i s-co de Paula Belzu, hermano delc a u d i l l o, y Jo rge Córd ova, ex Pre s i-d e n t e. Co n vocó a elecciones en1862 y él mismo salió electo; peroa r reció la oposición. Uno de suspuntales era su paisano el genera lMa riano Me l g a re j o, de sólido pre s-tigio militar. Achá cometió el erro rde postergar las ambiciones pre s i-denciales de Me l g a rejo designandoa Sebastián Ágreda como su suce-s o r. No lo permitió el caudillo tara-teño y esgrimiendo el nombre deJosé Ballivián, quien había sido sup ro t e c t o r, derrocó al Pre s i d e n t eAchá en 1864. Se retiró a Co c h a-bamba, donde falleció el 29 de ene-ro de 1868. � �

A c h á Va l i e n t e ,

José Ma r í a1 8 6 1 - 1 8 6 4

1

6 Martes 14 de septiembre • 2010

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Fue un pionero pordemás intere s a n t e, unh o m b re de su tiempo,un fervo roso cre ye n t een el pro g reso; el intro-ductor del automóvil

en Bolivia. Había estudiado De re c h oy ejercido de abogado en el Perú pord i ez años, pero luego re t o rnó y asu-mió su destino. En 1903, viajó aHa m b u rgo junto a su amigo, el co-m e rciante alemán Te o d o ro Bi c k e m-back, seducido por los automóviles;luego visitó fábricas en Nu e va Yo rkm i e n t ras cultivaba la amistad deThomas Alva Edison y de En rico Ca-ru s o, según información de su hijaC i ra Aguayo de Mendizábal, re c o g i-da por Wilson Ga rcía Mérida en Unsiglo en Cochabamba, un libro inol-v i d a b l e.

Aconsejó a los fabricantes nor-t e a m e ricanos sobre el tamaño delas ru e d a s, demasiado pequeñasp a ra su uso en Bolivia y la ubica-ción del motor debajo de la carro-cería, que hubieran sucumbido enn u e s t ros caminos, y así consiguióque se fabri c a ran coches con ru e-das más altas y el motor en la parted e l a n t e ra. Bajo sus consejos en eldiseño, se fabricó el coche Knox, elLenox para viajes de diligencia conpescante para maletas, el Tu x e d o,para viajes expresos y el Adams, conun vehículo para servicios urbanosy otro tipo góndola, con 14 asien-tos, que no llegó a Bolivia. En 1904,A g u a yo recibió en Antofagasta susdos primeros automóviles Tuxedo yLenox, que fueron ensamblados enO ru ro e hicieron servicios de dili-gencias a La Paz. Aguayo manejabael Lenox y su socio Cornelio Gund-lach, el Tuxedo. El Heraldo reclamódesde Cochabamba y el 19 de juniode 1905 los dos coches llegaron ehicieron su primera travesía en ho-ra y media a Cliza, no obstante elcamino pésimo y pedregroso, comolo calificó Juan Francisco Ve l a rd e,director de dicho diario e invitado a

la travesía. El Lenox prosiguió a Pu-nata y a Arani y retornó en dos ho-ras y 17 minutos, según pre c i s i ó nde Ve l a rd e. El mismo mes hiciero ncarreras de recreo vespertinas en laAlameda, Cala Cala y Queru Queru.El segundo conductor era Ca r l o sWi l s t e rmann; el pri m e ro, “el pro-gresista señor Aguayo”, como lo lla-maba El Heraldo.

Don Jesús tuvo un accidente en LaA n g o s t u ra cuando se atrevió a guiarde noche y se le cruzó un burro y leocasionó el primer accidente auto-m ovilístico de la historia de Bo l i v i acon un saldo de dos muert o s. Losdos pri m e ros difuntos fueron Da n i e lMo rató y Ángel María Bo rda, nom-b res re g i s t rados en las pri m e ras apa-chetas de nuestra historia por acci-dente de esta natura l eza. Je s ú sA g u a yo quedó herido de una piern ay tuvo que auxiliarse con un bastónpor el resto de sus días.

Con los vehículos re s t a n t e s, elK n ox y el Ad a m s, ensamblados enO ru ro, Aguayo reinició el serv i c i oO ru ro-La Paz e incluso recibió sub-vención estatal del Presidente Is-mael Mo n t e s, pero hacendados in-f l u yentes que controlaban el merc a-do de cebada para alimentación decaballos y mulas provo c a ron el cesede la subvención y el fin de la empre-s a .

Según Ga rcía Mérida, Jesús Agua-yo fue también influyente munícipey Presidente del Concejo en el perío-do 1927-1928, en el cual se abri e ro nlas calles Chuquisaca y Ec u a d o r, seestudió la urbanización de Ja i h u a i-c o, se nominó la Avenida 14 de ene-ro, hoy fundida a la Avenida He ro í-n a s, y se diseñó el proyecto de LagunMayu para ampliar la red de aguapotable en la ciudad, que provo c óun litigio con el entonces pre s i d e n t eDaniel Salamanca. � �

A g uayo, Jesús1 8 6 9 - ?

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Quien entona el himno S a l ve oh Pa t r i a o elvals En las playas tranquilas del Be n i d e b ere c o rdar que ambos poemas se deben a estem i l i t a r, escritor y diplomático, que fue hijode Nataniel Aguirre. La re volución federa lsignó su destino pues se alistó en las filas li-

b e ra l e s, donde hizo sus pri m e ras arm a s, y luego part i c i p óen la guerra del Ac re, en la cual ascendió a Teniente Co ro-nel y luego a Co ronel. Fue Su b s e c re t a rio de Co l o n i z a c i ó n ,Go b e rnador de Pu e rto Ac re, integró la Comisión de Lími-tes Bo l i v i a n o - A rgentina, fue Prefecto de Potosí, cónsul enSan Francisco y Nu e va Yo rk, Primer Se c re t a rio de la Em b a-jada boliviana en Washington, En c a rgado de Negocios enBuenos Aires y experto en cuestiones de límites con Chile yPa ra g u a y. Su obra periodística fue publicada en El Comer-c i o y La Ig u a l d a d,de Co c h a b a m b a ,donde dirigió la re-vista Gu t e n b e r gIl u s t ra d o. Tra b a j óasimismo en El Fe-r ro c a r r i l, de Oru ro,en El Comerc i o d eLa Paz y en El No r-t e. Escribió sobresu obra Au g u s t oGuzmán, entreo t ro s. � �

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A g u i r r eAchá, Jo s é

Ad m i rado porTristán Ma rof, Jo s éAntonio Arze yGu i l l e rmo Lora, fueun joven teóri c odel marxismo cuya

m u e rte temprana nos pri v óde un líder popular, a juzgarpor la influencia que tuvo enlas ideas-fuerza de la época enque le tocó vivir exiliado enChile y luego en Bolivia. Eranieto de Nataniel Aguirre e hi-jo de José Aguirre Achá y fun-dador del Pa rtido Obre ro Re-vo l u c i o n a rio (POR), de ten-dencia trotskista, luego de ha-ber integrado el Comité Ce n-t ral de un partido similar, dela magnitud con que arra i g a-ron las ideas trostkistas en Chile, aun más que en Arg e n t i-na, según comentario de Gu i l l e rmo Lora.

La carre ra diplomática de su padre determinó que na-c i e ra en Nu e va Yo rk y su muerte se produjo de modo in-t e m p e s t i vo y absurdo al precipitarse de una rueda Chica-go en un parque de diversiones de La Paz. Estudió De re-cho en la UMSA y en la UMSS, donde se recibió de aboga-do en 1932; según Lora fue militante del Pa rtido Co m u n i s-ta clandestino, fue tenaz y consecuente en su pacifismof rente a la Gu e r ra del Chaco, posición que le valió el exilio.In g resó al Pa rtido Comunista chileno y fue expulsado en1933 por su pensamiento trotskista. Fue líder de la org a n i-zación “Iz q u i e rda Bo l i v i a n a”, que se alió con el grupo “Tu-pac Amaru”, presidido por Tristán Ma rof para fundar en1935 el POR. De re t o rno al país, integró la Logia Beta Ga m-ma (Bolivia Grande), que consiguió rebautizar con eln o m b re de “Acción Socialista Beta Ga m m a” (ASBG). Fu eSu b s e c re t a rio del Mi n i s t e rio de Trabajo creado por el Pre-sidente David To ro e Inspector del Mi n i s t e rio de Co m e rc i oe In d u s t ria. Exiliado nuevamente a Chile, presentó a la IIªCo n f e rencia del POR su tesis “Apuntes para la elabora c i ó nde una política del POR”, que inspiró el accionar del tro t s-kismo boliviano hasta nuestros días, según Lora. Escri b i e-ron acerca de él Gu i l l e rmo Lora, José Antonio Arze, He r-b e rt S. Klein y Valentín Abecia López, entre otro s. � �

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AG U I R R E

G a i n s b org ,

Jo s é

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OBRAS

De los Andes al Am a zo n a s . Re-c u e rdo de la campaña del Ac re(1902); Po e s í a s . Ideales de gloria.Hijas íntimas. Anhelos y fantasías(1912); Pl a t o n i a. Escenas de lad e m o c racia en la América Latina.Novela política (1923), entre otra s.

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Probablemente nohay en la litera t u raboliviana un iniciomejor que el de la no-vela Juan de la Ro s a,de Nataniel Aguirre

Go n z á l ez- Prada, que ha sido se-leccionada entre las 15 nove l a sfundamentales de Bolivia. “Ro s i t a ,la Linda En c a j e ra, cuya memori ac o n s e rvan todavía algunos ancia-nos de la Villa de Oropesa, que ad-m i ra ron su pere g rina herm o s u ra ,la bondad de su carácter y las pri-m o rosas labores de sus manos, fueel ángel tutelar de mi dichosa in-fancia. Su cari ñ o, su tern u ra y soli-citud maternales eran sin límitesp a ra conmigo, y yo le daba siem-p re con gozo y ve rd a d e ro orgullo eldulce nombre de madre. Pe ro ellame llamó solamente "el niño", me-nos dos o tres veces en las que la palabra"hijo" se le escapó, como de un modomuy cruel sus entra ñ a s.” Este primer pá-r rafo de la novela contiene el secreto deuna relación filial nostalgiosa. Juan de laRo s a fundó el culto a las heroínas de laCo ronilla, pero también generó una con-fusión histórica debido al perfil que se leda al escritor como un oráculo en estap a rte del mundo: lo que es ficción fue to-mado como documento históri c o, y aho-ra resulta que la nómina de heroínas deJuan de la Rosa no corresponde a losn o m b res de las mujeres que re s i s t i e ro nen La Co ronilla a las fuerzas de Goye n e-c h e.

Hay una diferencia de calidad entreJuan de la Ro s a y el conjunto de la obra li-t e ra ria de Aguirre, como La bellísima Fl o-r i a n a, teñida de romanticismo y nostal-gia colonial, mientras Juan de la Ro s a,aun siendo romántica, es la novela re a l i s-ta más vigorosa del siglo XIX, selecciona-da como una de las 15 novelas funda-mentales de la litera t u ra boliviana por unequipo de expertos convocado por el Mi-

n i s t e rio de Cu l t u ra s. Se editó en Pl u ral es-te año con estudio inicial de Gu s t a voGa rc í a .

Con todo, la personalidad de Aguirreno se reduce a la litera t u ra, pues fue unh o m b re público de nota, celoso defen-sor de la heredad nacional en la guerradel Pacífico como una de las cabezas dela tendencia reivindicacionista, que que-ría la reanudación de la guerra, y part i-d a rio del federa l i s m o, al influjo del Dr.Lucas Me n d oza de la Tapia.

Nataniel Aguirre Go n z á l ez - Prada na-ció en Cochabamba y murió en Mo n t e v i-

d e o. Estudió en el Colegio Ju n í n ,de Su c re, y se graduó de abogadopor la Un i versidad de San Si m ó n .Fue profesor de De recho Co n s t i-tucional, Civil e In t e rnacional Pú-b l i c o, diputado en va rias legislatu-ras y, siendo Prefecto de Co c h a-bamba cuando estalló la Gu e r radel Pa c í f i c o, organizó el Re g i m i e n-to “El Va n g u a rd i a” junto a José Ma-ría Sa n t i v á ñ ez y lo comandó enpersona. Al término de la guerraocupó va rias cart e ras ministeri a-l e s.

Era hijo de Miguel María deA g u i r re y nieto de Manuel Go n z á-l ez - Prada, Intendente de Co c h a-bamba en 1810 y de Jerónimo Ma-rrón de Lombera, comandante deplaza por entonces. Don Mi g u e lMaría fue ministro de Su c re a sus27 años. La madre del escri t o r, Ma-

ría Manuela Go n z á l ez - Prada murió cuan-do Nataniel sólo tenía tres años. En 1864c o n t rajo matrimonio con Ma rg a rita deAchá y tuvo nueve hijos. Ma rg a rita era hi-ja del Presidente José María de Achá, de-puesto por Ma riano Me l g a rejo tras ungolpe de Estado, hecho que selló el desti-no de Nataniel, que se inclinó por la polí-tica principista contra el caudillo, luchan-do en las barricadas y en combates for-males como la de La Cantería, donde sa-lió vencedor Me l g a rejo y ordenó fusilar,e n t re otro s, a Néstor Ga l i n d o, hijo delGral. León Ga l i n d o, héroe de Ay a c u c h o.La caída de Me l g a rejo y de su sucesor,Agustín Mo ra l e s, empujó a Aguirre al de-bate de la época entre los unitarios deEva risto Valle y los federalistas de Lu c a sMe n d oza de la Tapia, con los cuales cerróf i l a s. En 1877 publicó “Un i t a rismo y Fe d e-ra l i s m o”. Era de ideas liberales: “Ha g a m o sdel pobre indio un ciudadano como no-s o t ro s”. También era boliva ri a n o, en 1883e s c ribió una vindicación de Bo l í var ytambién del Gral. O‘Co n n o r, cuando Me l-g a rejo lo borró del escalafón militar. � �

A g u i r r e G on z á l e z -

P ra da, N ata n i e l1 8 4 3 - 1 8 8 8

OBRAS

Juan de la Rosa. Memorias del úl-timo soldado de la independencia,1885; Unitarismo y federalismo; Bi-ografía del Coronel Burdett O´Con-nor, Bolivia en la Guerra del Pacífi-c o, " Bo l í va r " , " La bellísima Fl o r i-ana" y otras.

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Son conocidas las pala-b ras de Ma rcelo Qu i ro g aSanta Cruz en el entierro deSe rgio: “Por la misma puer-ta que entró a dialogar conlos unive r s i t a rios hace dos

m e s e s, salió hace pocos días su cuerpoque ya es bandera”... “Detrás de él saldránmañana los unive r s i t a rios y detrás de el-los todo un pueblo en pro c u ra del idealde la independencia y la dignidad nacio-n a l e s. Se rgio Almaraz nos dio su obra y suvida; ahora nos da también su muert e”.La re volución del 52 significó para él unaru p t u ra epistemológica, que le perm i t i óe n c o n t rar su ve rd a d e ra misión existen-cial: estudiar el proceso histórico bolivia-no sin ataduras ideológicas, sin obedecera dogmas, con un claro y despre j u i c i a d oexamen de la realidad. Siendo testigo deun proceso nacional-popular de gra n d e st ra n s f o rmaciones en lo económico, lopolítico y lo social, consagró su vida a fi-jar la historia con un rigor no superado ya encontrar en el presente las líneas dep rofundización del pro c e s o. Eso le per-mitió hacer estudios específicos sobre ele s t a ñ o, el petróleo y el gas, en el pri m e rcaso para rescatar y proyectar la luchapor la instalación de fundicionesen el país, y en el segundo, paradenunciar el Código del Pe t r ó l e oen el cual se basaron las conce-siones a la Gulf Oil. “Pre c e d i e n d oa la defensa del gas, del zinc, delestaño que debemos conserva rcomo parte del patrimonio na-cional, a tiempo de sostener quevamos a renacionalizar el gas y elp e t r ó l e o, tendremos que re c o rd a rque hay un requisito previo: hallegado a la vida nacional el mo-mento en que debemos pensartodos en encontrar la forma efec-t i va y práctica de nacionalizarn u e s t ro propio gobiern o”, dijo Al-m a raz en su confere n c i a .

A l m a raz se aproximó al nacio-nalismo re vo l u c i o n a rio y fue tes-tigo de su declinación. En los últi-mos tiempos del régimen mov i-mientista, llamó al proceso “la re-

volución arro d i l l a d a”; pero después de1964 denunció que ese tiempo de las co-sas pequeñas se había tra n s f o rmado enun entreguismo sin re s e rva s. Almaraz fuefundador de la izquierda nacional con unp ro g rama mínimo: la defensa de los re-cursos natura l e s. Con ellos fundó la“Co o rdinación de la Resistencia Na c i o-n a l i s t a”, opositora a la política del gobier-no del Ge n e ral Ba r ri e n t o s. Su legado seplasmó un año después de su muerte enla nacionalización de la Gulf Oil, y dosaños después, en la estatización de Mi n aMa t i l d e, además de una política de fun-diciones que a la larga se plasmó en lase m p resas instaladas en Vi n t o, La Palca yKa rachipampa.

La gra n d eza inaugural de Almaraz, suecuanimidad temprana frente a la histo-

ria queda expresada en este juicio sobrela re volución del 52: "La experiencia bo-liviana desemboca en el punto más ar-diente del debate sobre la re volución enn u e s t ro tiempo. Los bolivianos hiciero nla suya y su instrumento fue el MNR. Lao b s e rvación de que habría sido pre f e ri-ble otro tipo de re volución es pueril por-que la historia no es un escapara t e. Lare volución fue ésta y no otra, sin marg e nde elección". "El talón de Aquiles de to-do intelectual en función política es per-der el sentido común y caer en el esque-ma. Muchas re voluciones dejaron de ha-cerse por ello. Muchos partidos de iz-q u i e rda vegetan por la misma causa. Nohay nada más grande ni más peligro s oque un ideólogo de izquierda. Mi e n t ra ssu mente la tenga más fresca, menos in-fluenciada por el planteo teóri c o, mien-t ras ra zone con el rigor lógico de uno b re ro y sea capaz de sistematizar con-clusiones con en nivel de una form a c i ó nc u l t u ral superi o r, entonces y sólo enton-ces se desempeñará en función diri g e n-t e. "

Cu l t i vaba un estilo serenamente inteli-gente en el que la lucidez del fondo dabala belleza de la forma, estilo claro y esbel-

to por las mismas ra zones por lasque es esbelta y clara la purez a ,como el agua de una ve rt i e n t equechua de los altos cerros delvalle donde Almaraz nació”, re-c o rdaba Za valeta.

Se rgio Antonio Almaraz Pa znació en Cochabamba el 1º ded i c i e m b re de 1928 y murió en LaPaz el 11 de mayo de 1968. Hi j ode Julio Almaraz Salinas y Ma r í aJesús Paz, tuvo una herm a n a ,Ma rg a rita. Se casó con Elena Os-sio y engendró dos hijos: Pablo yA l e j a n d ro. Fue bachiller del Co-legio Nacional “Su c re”, de Co c h a-bamba, y a sus 18 años ya eram i e m b ro de la “Célula Lenin” delPIR. Estudió De recho en la UM-SA, fue dirigente estudiantil de1948 a 1953. Fundó el Pa rt i d oComunista de Bolivia, del cualfue Se c re t a rio Ge n e ral. � �

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A lma ra z Paz, S e rg io

6 OBRAS

Petróleo en Bo l i v i a (1958); Bu s c a n-do el de profundis de una genera c i ó n(1958); El poder y la caída (1967); R é-quiem para una re p ú b l i c a y Pa raabrir el diálogo, ediciones póstumas.

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Fue dir igente de laFe d e ración Un i ve r s i t a-ria Local, de la UMSS,(1968-1969), en unaépoca de bra va re s i s-tencia contra la política

e n t reguista del Presidente René Ba-r ri e n t o s, que lo confinó a Ma d i d ijunto a connotados dirigentes de iz-q u i e rda, defensores de los re c u r s o sn a t u ra l e s. No pudo asistir, por suc o n f i n a m i e n t o, al XVIIIº Co n g re s ode la Un i versidad celebrado en Po-tosí en 1968, pero fue declarado “L í-der Un i ve r s i t a rio Nacional y Di ri-gente Un i ve r s i t a rio del año”, y fueelegido Primer Vi c e p residente de laCo n f e d e ración Un i ve r s i t a ria Bo l i-viana por la gestión 1968-1970. Ba j osu dirección, la FUL convocó al Fo-ro “Autonomía Un i ve r s i t a ria y Libe-ra c i ó n”, cuyas ponencias fueron pu-blicadas en libro, y al célebre “Fo roNacional sobre el Petróleo y Ga s” alcual pre s e n t a ron valiosas ponen-cias intelectuales y líderes políticos,como Se rgio Almaraz, René Za va l e-ta y Ma rcelo Qu i roga, recogidas en

el libro “Gas y Petróleo – Libera c i ó no De p e n d e n c i a”. En el 75º anive r s a-rio de la Autonomía Un i ve r s i t a ri a ,se nominó la Sala del Consejo Un i-ve r s i t a rio con el nombre de El i o d o-ro Alva rado Rivas por Re s o l u c i ó n12/05 de 20 de mayo de 2005, sien-do Rector Franz Va rgas Loayza, a so-licitud de la Fe d e ración Un i ve r s i t a-ria Docente, presidida por Juan Ríosdel Pra d o, actual Rector de laU M S S .

El i o d o ro Alva rado Rivas nació enQuillacollo un 3 de julio y murió en Va-lencia, Ve n ezuela un 25 de mayo. Hi zola secundaria en el Colegio Calama, deQu i l l a c o l l o, y egresó de la Facultad deMedicina, de la UMSS. En abril de 1969p a rtió a proseguir sus estudios de Me-dicina en el Instituto de Medicina deRo s t ov, Unión Soviética. Años despuésse radicó en Valencia, Ve n ezuela. ElConcejo Municipal de Quillacollo lodeclaró “Hijo Pre d i l e c t o” con carácterp ó s t u m o, por Ordenanza Municipal Nº04/05 de 27 de enero de 2005 durante lagestión del Presidente Ma rcelo Ga l i n d oy del Alcalde Ricardo Me rc a d o. � �

A lva ra d oR i vas, E l iod oro

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1 9 4 1 - 2 0 0 4

A n ayaA r z e ,

H é ctor1 9 1 1 - 1 9 8 7

Ho m b re de fina vena humo-rística y de una agudeza sinpar en los epigramas y cuart e-tas que componía al desgaire,se destacó en la docencia deMatemáticas en el Colegio Na-

cional Bo l í var y en la Facultad de Cien-cias Ec o n ó m i c a s, de la UMSS. El poetaJo rge Claros Lafuente comparó su senti-do de la ironía al de He i n rich Heine y alde Co l e ri d g e. Fue Concejal y diputado;p e rteneció a la generación de los funda-d o res de la Autonomía Un i ve r s i t a ria ydel Pa rtido de la Iz q u i e rda Re vo l u c i o n a-ria (PIR), liderado por José Antonio Arzey Ricardo Anaya Arze. Quienes disfru t a-ron de su conversación saben que fuehumanista y autodidacta por vocación ye j e rc i c i o. � �

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A su celo se debe una monumental biografía del ex Pre-sidente Daniel Salamanca, copiosa por su documenta-ción y el sentimiento de solidaridad con el que re s p a l d óal Ho m b re Símbolo tras su caída para vindicar su memo-ri a .

Era político y periodista. Estudió De recho en la UMSS.Fue diputado en 1916 por el Pa rtido Republicano y luego

militante del Pa rtido Republicano Ge n u i n o, encabezado por Sa l a m a n-ca; director de El Re p u b l i c a n o, de Cochabamba y de La Nación, de LaPaz, y uno de los fundadores de La Razón en 1917. Los liberales lo en-v i a ron al exilio, que se repitió tras la re volución del 52. En el ínterin, a lacaída de Vi l l a r roel fue nuevamente dire c t o r.

Su experiencia administra t i va con Salamanca se desarrolló en las cart e-ras de Gobierno y de Relaciones Ex t e r i o res (1922-1924); fue embajador delPa raguay un año después y luego asesor de la Ca n c i l l e r í a .Volvió a la cart e ra

de Relaciones Ex t e ri o res bajo la administra-ción Tejada So rz a n o. Presidió la delegación bo-liviana a la Co n f e rencia de Paz de Buenos Ai-re s, (1936-1938); Embajador en Brasil y Arg e n-tina. La re volución del 52 señaló el fin de su ca-r re ra política, que utilizó para escribir una mo-n o g rafía del Chaco y la biografía de Sa l a m a n c a ,publicada por la Ed i t o rial Ca n e l a s. � �

1 8 8 7 - 1 9 7 3

A lv é s t e g u iLaredo, Dav i d

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OBRAS

Salamanca. Su gravita-ción sobre el destino deBolivia, 4 tomos, 57-70.

A n ayaDe

U rq u i di ,

M e rc e de s1 8 8 5 - 1 9 7 0

OBRAS

Tradiciones y leyendas del folkloreb o l i v i a n o ; In d i a n i s m o, 1947. Evo c a-ciones de mi vida y de mi tierra, 1965.Folklore religioso en Bolivia, Leyendasdel trópico y Pasó el silencio, n ove l a ,inéditas.

La magnitud de lao b ra de su esposo, Jo s éMacedonio Urq u i d i ,p a recería opacar lao b ra no menos va l i o s ade doña Me rc e d e s, es-c ri t o ra, histori a d o ra ,

t radicionista, feminista, de obra pro f u s apublicada en la prensa boliviana y arg e n-tina, perteneciente a la generación indige-nista e integrante de la Sociedad Ge o g r á f i-ca e Hi s t ó rica de Cochabamba. Fundó re-vista Anhelos, Cochabamba en 1928. � �

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Por intuición y com-p rensión del espíritu hu-mano antes que por estu-dios académicos, es elpedagogo más import a n-te de la segunda mitaddel siglo XX en Bolivia, de

la talla de Simón Ro d r í g u ez y El i z a rdo Pé-rez. Su obra mayor como educador fue lafundación del Instituto Nacional de Ed u c a-ción In t e g ral y Fo rmación Musical Ed u a r-do Lare d o, que dirigió hasta su muert e,que este año cumple sus Bodas de Oroeducando a jóvenes en Humanidades yMúsica bajo un principio central: no bus-car el orden del cuartel sino la armonía dela orq u e s t a .

No se entendería la profundidad de suo b ra si se olvidara la sólida formación hu-manista de sus hermanos Ricard o, Rafael yH é c t o r, que también ejerc i e ron la docen-cia para difundir la ideología marxista ysus amplios conocimientos en los camposmás diversos de las ciencias sociales, lamúsica y las ciencias exactas. Su herm a n aTe resa agregó a su capacidad intelectual lade su esposo, el Arq. Gu s t a vo Me d e i ro s,con quien don Franklin diseñó, entre otra s,la Ciudad Un i ve r s i t a ria de Oru ro.

Como urbanista, fue pionero en Bolivia ycoautor del primer Plano Regulador de Co-chabamba, que data de 1961. Fue proye c-tista de la Ciudad Un i ve r s i t a ria de San Si-món, y logró ejecutar un edificio arm o n i o-so en sus líneas, inspirado en las enseñan-zas de Le Co r b u s i e r, que aprendió mien-t ras estudiaba arq u i t e c t u ra y música en laUn i versidad de Chile, donde presentó inicialmente elp royecto de Ciudad Un i ve r s i t a ria Pa n a m e ricana, que lue-go inició en Cochabamba.

Se graduó de arquitecto en Chile conDistinción Unánime y fue declara d oMi e m b ro Ho n o ra rio de la Facultad deCiencias y Artes Musicales de la mismau n i versidad. A su re t o rn o, fundó la Fa c u l-tad de Arq u i t e c t u ra de la UMSS, de la cualfue De c a n o. Su obra musical se inició concomposiciones juve n i l e s, como el tango Atu salud, c o m p a ñ e ro, con letra de Ca r l o sMo n t e n e g ro, y luego compuso una tre i n-tena de obras mayo re s, la más conocidaWa y ra, y dirigió coros infantiles y juve n i-

l e s. Fue Di rector de la Academia de Música Man Ce s p e d .“No hay desarrollo económico-social sin desarrollo cultu-ral para l e l o”. En 1994 mereció el Premio Nacional de Cu l-

t u ra y en general el Estado y la sociedadbolivianos re c o n o c i e ron sus méritos en vi-da, otorgándole el Cóndor de los Andes.Fue un humanista, y por eso su obra se ex-tiende en va rias disciplinas: el urbanismo,la pedagogía, la arq u i t e c t u ra, la música y eld i s e ñ o, como ocurrió con el escudo de laUn i versidad Ma yor de San Simón, pleno decontenidos filosóficos que él explicitó enun libro, el emblema del Club Wi l s t e r-mann y el escudo oficial del In s t i t u t oEd u a rdo Lare d o. � �

A n aya Arze, F ra n k l i n

OBRAS

Función del desarro l l oc u l t u ral dentro del desa-rrollo integral de Bolivia,1980. La re volución delreloj y el vidrio – Emble-ma de la UMSS – El hom-bre y su morada, 1994.

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A n aya Arze, Ra fa e l

Decir que fue maestro norm a l i s t a ,p rofesor de música y gran cultor delquechua no agota la recia personalidadde Rafael Anaya Arze, quien fue direc-tor de la Academia de Música Man Ces-ped (1954-1955) y director fundadordel Instituto Ed u a rdo Laredo (1971), y

colaboró estrechamente en la consolidación de este pro-yecto pedagógico. Como Presidente de la Fundación Si-món I. Patiño, defendió la Granja Pairumani de la ame-naza de ocupación por los campesinos de la zona; Nivar-do Paz destacó esta actitud y la colaboración de Juan Le-chín y Ñuflo Chávez para salvar esta prestigiosa institu-ción.

Era musicólogo y lingüista. Se había formado en la Es-cuela Normal de Sucre-Sección Primaria y Sección Musi-cal, en el Instituto de Lenguas de la Universidad de SanFrancisco Xavier y en el Instituto de Fonética de la Uni-versidad de París (1947). Hizo sus primeras letras en laEscuela Juan Crisóstomo Carrillo y el bachillerato en loscolegios Su c re y Junín, de Cochabamba. Fue miembro

de la Sociedad Filarmónica de Sucre y socio fundador dela Fi l a rmónica de Cochabamba, así como del In s t i t u t oBoliviano de Lingüística (La Paz y Cochabamba); Vi c e-presidente y luego Presidente de la Fundación Universi-taria Simón I. Patiño (1971-1988), y luego Presidente Ho-norario de dicha institución a partir de 1989. Representóa Bolivia en el Primer Se m i n a rio de Educación, Sévre s,París, por Unesco (1947), Jefe de la Sección Musical, pro-fesor de solfeo, dictado musical y armonía de la EscuelaNormal de Sucre y docente en varios colegios de educa-ción primaria y secundaria. En 1946 ganó por examen decompetencia el cargo de Bibliotecario de la UniversidadSan Francisco Xa v i e r; el mismo año obtuvo el pri m e rpremio en el Gran Concurso de Música Popular Bolivia-na convocado por la UMSS. En 1967 obtuvo medalla deoro en el Festival de Salta por la cueca “Nuestro Conti-nente”. Participó en importantes seminarios de Lingüís-tica, Educación Musical, de Academias de Música, Con-ferencia Nacional de Etnomusicólogos y Presidente de laComisión de Cultura en el Seminario “Crisis, Cambio yDesarrollo: Vocación y destino de Cochabamba. A él sedebió la organización del Primer Concurso Interprovin-cial del Charango en Cochabamba. (1971). Descubrió ta-lentos en la Academia Man Césped y el Instituto Eduar-do Laredo, como la vez que habló con el padre del pia-nista Walter Ponce, el Dr. Walter Ponce Montán, y le dijo:“Salva el talento de tu hijo. Llévalo afuera como lo hizoEduardo Laredo con Jaime”.

La Unesco lo distinguió por su colaboración en el Se-minario de Sévrres; en 1968 recibió la Lira de Oro por laSociedad Fi l a rmónica de Cochabamba; y el Premio alm é rito artístico musical Teófilo Va rg a s, otorgado por laAlcaldía de Cochabamba (1992). En 1993 recibió unamedalla de oro como reconocimiento a su labor de Pre-sidente de la Fundación Simón I. Patiño, impuesta por elex Presidente de Pro-Bolivia, Lic. Fritz Honeger. � �

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O B R A S

Ensayo sobre fonética y Fonología del Qu i c h u a ;Causas de la salinización del Valle Ce n t ral de Cocha-b a m b a . S o l u c i o n e s. Co n f e rencias: El Himno Na c i o-n a l : i n j e rto que no se pre n d e ; La Radiodifusión y suinfluencia educativa ; Educación del Lenguaje; Po rve-nir del Castellano en el área quichua de Bo l i v i a ; Laalfabetización solamente es posible cuando se em-plea la lengua en que se piensa, siente y actúa alfabe-t i z a n d o ; Bases para una reforma educativa en Bo l i-v i a ; El lenguaje y la música y otra s.

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Sorprende el vue-lo intelectual de Ri-c a rdo Anaya Arze yde su pri m o, Jo s éAntonio Arze, quie-nes al inicio del dí-gito dos de su vida

e ran capaces no sólo de sintetizar elmarxismo, sino de aplicarlo con rigoral análisis crítico de la historia nacio-nal, tal como lo demostraron en 1940,en el programa de principios del Par-tido de la Izquierda Revolucionaria /PIR. Era el Primer Co n g reso de Iz-q u i e rd a s, del cual nacería el PIR, yAnaya, autor del documento, tenía 23años.

A rze y Anaya, quizá siguiendo elejemplo de Marx y Engels, desarrolla-ron una activa y ejemplar coopera-ción intelectual. El marxismo no sehabía despojado todavía de ciert omecanicismo expuesto por Engels yheredado de Lewis Morgan, así comodel influjo esquematizador de St a l i nsobre el pensamiento de Lenin, peroeran signos de la época y hay que juz-garlos hoy con la lógica de esos días.No se podía exigir a Arze y Anaya losrefinamientos epistemológicos den u e s t ros días; pero ellos hicieron lap ri m e ra lectura marxista de nuestrahistoria.

Anaya fue un re vo l u c i o n a rio ele-gante, de palabra precisa y rigor con-ceptual, hábil para el debate y agudopara devolver estocadas.

Abogado de profesión, Ricard oAnaya fue junto a su primo hermanoJosé Antonio Arze uno de los grandesa n i m a d o res del debate nacional y elm ovimiento unive r s i t a rio y políticodel “bienio ro j o” 1928-1930, que de-sembocó en la conquista de la Auto-nomía Un i ve r s i t a ria consagrada porla Constitución del 31, luego de un re-feréndum popular que la aprobó el30.

R i c a rdo Anaya Arze nació en Co-chabamba el 6 de febre ro de 1907 ym u rió en la misma ciudad en 1997.Hijo de Franklin Anaya y María Arze,por línea paterna y materna integrófamilias oriundas de Ta rata, de gra nvuelo intelectual y larga memoria enla historia nacional. Fue el mayor decinco hermanos –los otros era n :Franklin, arquitecto y musicólogo;H é c t o r, economista; Rafael, lingüistay musicólogo; Teresa; y una hermanam a yor de padre, de nombre Célida.Fue el primer presidente de la Fede-ración Universitaria Boliviana, Deca-no de la Facultad de Ciencias Econó-micas y Rector de la Universidad Ma-yor de San Simón. Fue diputado na-cional durante ocho años, fundador ysubjefe del Partido de la Izquierda Re-volucionaria hasta 1952, senador porCochabamba en el período 1966-69,Ministro de Minas y Petróleo y Canci-ller de la República en 1978. Tuvo doshijos en nupcias con Blanca OblitasVe l a rde: Iván y Vilma; y su segundaesposa fue Lizzie Roth. No fuero np rotagonistas de la re volución de1952, pero su pensamiento permeó el

i d e a rio y los pro g ramas de gobiern odel Movimiento Nacionalista Revolu-cionario y fue el discurso dominanteen la universidad pública.

El Pro g rama del Pa rtido de la Iz-quierda Revolucionaria fue redactadopor Ricardo Anaya y auspiciado por laDelegación de Cochabamba al Co n-g reso de Iz q u i e rdas de Oru ro, cele-brado en 1940. Este es un documentom e d u l a r, no obstante su concisión,p o rque incorpora al debate políticonacional los conceptos de imperialis-mo y lucha de clases, se propone for-mar una conciencia nacional de con-tenido económico, caracteriza con uninusitado rigor conceptual el proble-ma del indio y la tierra, la centralidadp ro l e t a ria, el sindicalismo marx i s t a ,la reforma educativa y la lucha por launidad nacional basada en la necesi-dad de compactar un frente contra eli m p e ri a l i s m o. Y anticipa conceptoscontemporáneos de las ciencias so-ciales como el desarrollo desigual, laseconomías de enclave y la sustituciónde import a c i o n e s, así como concep-tos marxistas como el de form a c i ó neconómico-social. ��

A n aya Arze,

R ic a r d o1 9 0 7 - 1 9 9 7

1 3

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¿ -1974

Instituciones como la Liga de la Defen-sa de la Moral, Acción Católica, CONIF yla Cruz Roja Boliviana tuvieron el con-curso activo de esta mujer piadosa, cuyaspreocupaciones fueron la religión católi-ca e insertaos en ella la familia, la niñez yla mujer. Era crítica y opositora a la Ley

de Divorcio, de 1932. Desde 1923 perteneció y presidió por 42 años la Confe-

rencia de Señoras de San Vicente de Paúl. En 1925 organizóel Congreso sobre Protección de la Infancia; en 1931 hizocampaña contra la Ley de Divorcio; en 1940 fundó la Ligade la Defensa de la Moral; en 1941 fundó la Federación deEmpleadas Católicas; en 1946, la Federación de Institucio-nes Femeninas de Acción Social; en 1948, el Consejo Na-cional de Beneficencia. En el período 1948-1950 fue Presi-denta de Acción Católica Femenina y perteneció al Direc-torio de la Confederación Nacional de Instituciones Feme-ninas (CONIF) en los períodos 1958-1961 y 1960-1965; asi-mismo fue Vicepresidenta del Consejo Nacional de Muje-res de Bolivia; Vicepresidenta y luego Presidenta de la CruzRoja Boliviana. Murió en La Paz. � �

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A n t e za n aDe Alberdi ,

L e t ic i a

Nació un 13 de octubre y murió un28 de marzo.

Había estudiado en el In s t i t u t oAmericano y fue condiscípulo, entreotros, de Fernando Canelas, Directordel diario Los Tiempos y muy buenamigo. Hizo estudios en Buenos Aires

durante un breve tiempo, pero retornó para tomar eltimón del negocio heredado de su abuelita, doña JuliaPa l a c i o s, que en vida del Go rdo se llamó “Sa l t e ñ e r í aSo c i a l”. Fue también vecino y amigo del Gral. Re n éBarrientos Ortuño, cuando éste era presidente, y cul-tivó la amistad y el cariño de pilotos, médicos, poli-cías, periodistas, músicos y otros artistas.

¿Por qué le decían El Gordo Ja Já? Era uno de los pri-m e ros Fe s t i vales Lauro de la Canción, que sirv i e ro npara promover a tantos artistas nacionales, y Arman-do debía ingresar al escenario, pero notó que la piezade concurso que llevó no tenía pasta de ganadora. En-tonces se le encendió el foquito y arrancó con un airede cueca tradicional. Para sorpresa de todos, se puso areír a carcajadas, pero sin fallar una sola nota musical.El estadio lleno se despanzó de risa y rugió al aplau-dirlo, concediéndole el primer premio. Desde enton-ces, por su simpatía, se llamó El Gordo Ja Já.

En el mausoleo donde yacen sus restos hay un epi-tafio que dice: Aquí duerme / Tal vez no para siempre/La mano cálida y fraterna/ El corazón abierto/ Y el pe-cho hospitalario de / Armando Antezana Palacios. � �

1 9 4 5 - 1 9 9 0

A n t e za n aPa la c io s ,

A r ma n d o

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A n t e za n a Roj as ,

G í l da ro

Uno de los pintores más represen-t a t i vos de Cochabamba y de Bo l i v i apor el extraordinario movimiento ex-p resado en los gallos de pelea, temafrecuente en sus óleos como Caitano,un personaje que creó, o los girasoles.

Nació en Chinchiri, provincia deAyopaya. Era hijo de campesinos y contaba que por sudebilidad le aconsejaban rezar a la Virgen para que “selo recogiera”. Emigró de niño a la capital valluna y de-sempeñó los oficios más humildes; más tarde fue tala-b a rt e ro. Wilson Ga rcía Mérida recogió un testimoniovalioso de Carmen Rosa Antezana, esposa de Gíldaro:“Conocí a mi esposo cuando él tenía once años y yonueve. Él había llegado a la ciudad cuando terminó laescuela rural, cumpliendo ocho años de edad, una vezque aprendió a leer y escri b i r. Como en Chinchiri nohabía colegio secundari o, decidió venirse a la ciudadp a ra seguir estudiando; sus padres no lo perm i t í a nporque era muy pequeño y entonces optó por escapar-se acompañando a unos arri e ro s, se vino caminando90 kilómetros y llegó a vivir con su hermano mayor enla misma casa alquilada donde yo moraba con una tía,en un barrio por la avenida Siles. (…) “Trabajando reta-

zos de madera que le regalaban sus amigos carpinterosdel barri o, mi esposo, con sus once años, fabri c a b aunos cochecitos de carrera, esos modelos italianos queestaban muy de moda a comienzos de los años cin-cuenta, y causaron sensación incluso entre los niñosricos que eran sus más entusiastas compra d o re s”.(…)“Abrió una talabartería matriz, que era la mejor deCochabamba por la calidad artística de sus trabajos encuero, y puso dos tiendas más un quiosco rodante en elMercado Calatayud dando trabajo a ocho familias quedependíamos de él; fue entonces cuando nos casa-mos”.

Egresó de la Escuela de Artes Plásticas y se casó muyjoven. “Apenas dominó las técnicas pictóricas, comen-zó a ganar premios y a descollar en el ambiente artísti-co en muy breve tiempo. Recuerdo entre sus primeroscoleccionistas a don César Moscoso y al embajadorEnrique Sánchez de Lozada, entre muchos otros. En-tonces cerramos la talabartería”, recordó doña CarmenRosa.

Era aficionado a la riña de gallos. En sus lienzos sepuede reconocer a dos gallos suyos que fueron cam-peones: el Ma n z a n e ro y el Pinto, según testimoniaGarcía Mérida. Solía viajar a Totora junto al pintor Ri-cardo Pérez Alcalá, de donde regresaba con óleos queambos vendían a las puertas del Hotel Co c h a b a m b a .“Series como “Los Buhos Negros” en homenaje al CheGuevara o “El Sueño de Cayetano” donde el personajeaparece desfilando con pancartas que rezan “prohibi-do vivir mal”, o “Los machu machus” que fue censura-da por la dictadura banzerista; lo mismo que “Los Sa-pos”, “Los Girasoles”, “El Circo de Cayetano”, “El Teatrode Cayetano” o “La Muerte de Cayetano”, son episodiosde una historia colectiva narrada con la fuerza de undiscurso libert a rio y en un tono profético y lúdico”,opina García Mérida.

G í l d a ro presentó va rias Exposiciones en el Sa l ó nMunicipal de Cochabamba y en el de La Paz, así comomuestras colectivas en Sao Paulo, Quito, Barcelona, Sa-lamanca, París, Eivissa, Salt Lake City y Moscú en losperíodos 1961-1967. En t re 1965 y 1970 obtuvo 3 Pre-mios de Pintura y Acuarela en Cochabamba, un Segun-do Premio en la UTO, Oru ro; Mención de Honor enReijia, Yugoeslavia. Su obra “Coliseo abandonado” me-reció el Gran Premio del VIIIº Concurso Nacional deA rtes Pl á s t i c a s. Usó dos técnicas: óleo sobre lienzo ya c u a rela. Pa d re de art i s t a s, el más destacado, Da v i dDarío Antezana. ��

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Su obra periodística es amplia y pio-n e ra. Fundó La Un i ó n , El Va p o r, LaConstitución y El Tribuno y La Prensa enOruro; en La Paz: La Tarde, El Norte y LaConvención. En Antofagasta: La Prensa.En Buenos Aires fue Director del DiarioNuevo y también de El Diario, de La Paz;

Redactor de El Heraldo, La Industria, La Fusión y La Ley, deOruro

Como abogado, se destacó al enjuiciar a Simón I. Patiñopor la compra de la mina Llallagua, de propiedad de PastorSáinz. Estudió Derecho en la Universidad de San FranciscoXavier y salió abogado en 1895; fue catedrático en la Univer-

sidad Técnica de Oru ro yMinistro de la Corte Supe-rior de ese Di s t ri t o. Fu eDiputado en el período1910-1914, además de Se-nador; jefe del Partido Li-b e ral en 1926. El Pre s i-dente He rnando Siles lonombró embajador en elBrasil (1928) y ministro deIn s t rucción Pública unaño después. ��

1 8 7 5 - 1 9 3 3

A n t e za n a,

Jo s é

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1 7 7 3 - 1 8 1 2

En la acera este de la Plaza 14 deSeptiembre, hay una plaqueta que re-c u e rda dónde fue ejecutado por or-den de Goyeneche un día después dela gesta de La Coronilla.

Estudió en Buenos Aires y viajabapor comercio a Lima. En 1800 tra b óamistad con Tadeo Ha e n k e, según se

desprende de un préstamo que le hizo por 13.000 pesos,con intereses que el sabio alemán pagó hasta 1809. Teníaun fundo en Azeromarka, pero se alistó en las filas de lapatria y el 29 de octubre de 1811 lo nombraron Intenden-te y Presidente de la Junta de Gobierno, resguardado porlas milicias armadas de Esteban Arze, que fueron derro-tadas en la batalla del Kewiñal el 24 de mayo de 1812 yd e j a ron desguarnecida la ciudad de Cochabamba a lashuestes de Goye n e c h e. Frente a la superi o ridad de last ropas re a l i s t a s, Antezana trató de convencer al pueblode que se rindiera, pero no lo logró. Tras la refriega de LaCo ronilla, defendida valientemente por las mujeres co-chabambinas, se refugió en el Convento de La Recoleta,pero fue capturado por una infidencia y decapitado el 28de mayo. ��

1 8

A n t e za n a,

Ma r i a n o

OBRAS

La nulidad de la venta deLl a l l a g u a, 1906. La cues-tión Sáinz-Pa t i ñ o. Pu n t o sde vista, 1906. La cuestióndel Chaco Bo re a l , Ci n c oc o n f e rencias por ra d i o ,1934.

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¡ Que hable Anze!, era el grito delas multitudes del Pa rtido Libera lp a ra convocar a un orador eximio,que fue Rector de la UMSS, funda-d o r, Decano y Catedrático de la Fa-cultad de Bioquímica y Fa rm a c i aademás de académico de la len-

gua, Presidente del Co n g reso Nacional y del Co n c e j oMunicipal de Cochabamba, Alcalde de Co c h a b a m b a ,Mi n i s t ro y Embajador condecorado con la Legión deHo n o r, de Francia, además del Sol del Perú y la Me d a-lla O'Hi g g i n s, de Chile, entre múltiples distincionesque re c i b i ó .

El primer Anze llegó en 1840 del Perú con su tío Ma-nuel, que era arri e ro y comerciante y se llamaba Ub a l-d o. Se empleó en la Fa rmacia Boliviana, fundada porun boticario italiano y en 1865 el Presidente Ma ri a n oMe l g a rejo le otorgó el primer título de farm a c é u t i c oen Bolivia. La Fa rmacia pasó a la familia Anze y conti-núa en funcionamiento a través del hijo, Fe d e rico An-

ze, y del nieto del mismo nombre. Don Fidel pre p a ra-ba pócimas, brebajes y re m e d i o s, pero también con-s e rvas y alcohol, que ofrecía en un bar de su pro p i e-dad; fue socio fundador de la Ce rvecería Taquiña en1895 y de ELFEC en 1908; como miembro del Di re c t o-rio gestó la tra n s f e rencia de acciones de Simón I. Pa t i-ño al municipio. Fundó asimismo el Comité Pro Co-chabamba. Mu rió en Cochabamba un 29 de junio. � �

A n z e, Fide l

1 9

A RA N Í BA R, Carlo s

1880 - 1964

Ma rio Ca r l o sA raníbar Oro s-co fue el últimoRector designa-do por el Go-b i e rno central yel pri m e ro en

p e rmanecer en el cargo como Re c-tor autonomista.

Una vez aprobadas las re f o rm a ssujetas al Referéndum del 11 dee n e ro de 1931, entre las cuales fi-g u raba la Autonomía Un i ve r s i t a-ria, el Presidente Gral. Ca r l o sBlanco Galindo expidió el De c re t oLey de 23 de febre ro del mismoaño por el cual se ordenaba la in-c o r p o ración de las nuevas institu-ciones a la Constitución Po l í t i c adel Estado, sancionada por la Co n-vención Nacional el 30 de octubrede 1938 bajo la Presidencia delTcnl. Ge rmán Busch. Ya era Re c t o ry permaneció en el cargo por sup restigio como médico y docente

muy apreciado por la comunidad.Este año se apro b a ron las Re f o r-mas Constitucionales sujetas alReferéndum del 11 de enero de1941, entre las cuales la Au t o n o-mía Un i ve r s i t a ria fue la Re f o rm aNº 8. El De c reto Ley de 24 de fe-b re ro de 1931 dispone que el Re c-tor sea aboque a la gestión unive r-s i t a ria y el Jefe del Di s t rito Escolara los ciclos inferi o re s. En vía dei l u s t ración, las principales Re f o r-mas sometidas a consulta por elReferéndum Nacional fueron la Nº2, que ordenaba el sometimiento ala soberanía nacional de las em-p resas extra n j e ras (principio vul-n e rado por el proceso de Ca p i t a l i-zación); la Nº 5, Im p ro r ro g a b i l i-dad del período del Presidente dela República e irreligibilidad de és-te y del Vi c e p residente para un pe-ríodo inmediato; la Nº 7, De s c e n-t ralización administra t i va y la Nº8: Autonomía Un i ve r s i t a ria. � �

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Fue uno de los puntales de la ense-ñanza de la Arq u i t e c t u ra y dejó va l i o s o stestimonios de su calidad pro f e s i o n a l ,como el proyecto de la Urbanización “ElCa s t i l l o”, en sociedad con Luis Ra m í rez yÓscar Go n z á l e s, que es una muestra im-p o rtante de la escuela brutalista en ar-

q u i t e c t u ra. Ganó por concurso la edificación de la Fa c u l t a dde Medicina Ve t e ri n a ria, de la Un i versidad Ga b riel Re n éMo reno y la Sede Social de Y P F B, ambos en Santa Cruz; elEdificio de la Mutual “La Pri m e ra” y la Urbanización “L o sP i n o s”, en La Paz.

Salió bachiller del Colegio La Sa l l e, de Cochabamba, y es-tudió Arq u i t e c t u ra y Urbanismo en la Un i versidad Na c i o n a lde Córdoba. Su proyecto de grado: “Ciudad Un i ve r s i t a ri ap a ra Co c h a b a m b a - Bo l i v i a”, obtuvo la máxima calificación;se graduó de arquitecto el 19 de febre ro de 1964. Hi zo estu-dios especiales en Metodología de Planeamiento Te r ri t o ri a l ,en Ro s a ri o, 1959; Arq u i t e c t u ra de las Co m u n i d a d e s, enMo n t e v i d e o, 1965; y Especialización en Ur b a n i s m o, becao t o rgada por el gobierno francés (1974-1975). Tu vo a su car-go va rias cátedras en la Facultad de Arq u i t e c t u ra, de laUMSS, de la cual fue Vicedecano en 1966 y Decano en el pe-

ríodo 1967-1969. Di rigió el Instituto de In vestigaciones Ar-q u i t e c t u rales y Planeamiento por examen de competencia.Fue catedrático titular del Taller de Composición Arq u i t e c-tónica. En su actividad profesional, fue arquitecto de la Em-p resa FA M E CO y Di rector del Estudio de Arq u i t e c t u ra BID-U M S S - Proyectos Plan Ma e s t ro Ciudad Un i ve r s i t a ria, In s t i-tuto de Ciencias Básicas y Facultad de Ciencias Agro n ó m i-cas (1967-1970). El Colegio de Arquitectos de Co c h a b a m b ale hizo un reconocimiento especial por su labor docente yp rofesional el 1º de julio de 1988. � �

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1 8 4 7 - 1 8 9 2

Connotado federalista y segui-dor de las ideas de Lucas Me n d oz ade la Tapia, fundó con él El Fe d e-ralista, en 1871, que sostuvo unapolémica célebre con El In d u s-t rial. Fue redactor de 14 de Se p-t i e m b re, La Pa t ria y El In d e p e n-

d i e n t e. Fue elegido diputado a la Co n vención de 1880y el Presidente Na rciso Ca m p e ro lo nombró Mi n i s t rode Hacienda e In d u s t ria. Fue opositor a cualquier ce-sión terri t o rial a Chile. El sector más importante de LaCancha lleva su nombre. � �

2 2A ra n í ba r, Fide l

1 9 3 5 - 1 9 8 8

A ram b u roRam í r e z ,

Jorg e

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El Ing. Lucio Arce Pe re i ra fue Di re c t o rDe p a rtamental del Mi n i s t e rio de AsuntosCampesinos y Agro p e c u a ri o s, Ge rente deDe s a r rollo Agro p e c u a rio de CO R D E CO yGe rente de Agro i n d u s t rias de CO B O C E .Nació en Capinota un 14 de septiembre.Sus padres fueron Be rn a rdino Arce V. y Fe-

licidad Pe re i ra Ro s a l e s. Se casó con Amalia To r rez So ria y sus hi-jos son: Carlos Raúl, Óscar Albert o, Ga by Amalia y Alfredo Hu m-b e rt o. Estudió la pri m a ria en la Escuela Ignacio León, de Oru ro,la Se c u n d a ria en el Colegio Nacional Bo l í va r, de Oru ro y el Co l e-gio Nacional Ay a c u c h o, de La Paz. Fue licenciado como Sa rg e n-to Pri m e ro tras cumplir su Se rvicio Mi l i t a r. Estudió In g e n i e r í aA g ronómica en la UMSS (1939-1943) y se especializó en la Un i-versidad “La Mo l i n a”, de Lima (1954). Fue becado por la OEAp a ra estudiar Dasonomía Tropical, Ciencia del Suelo e In g e n i e-ría Fo restal en la Utah State Un i ve r s i t y, Logan, EE.UU. (1965);Clasificación y Co n s e rvación de Suelos y Capacidad de Uso dela Ti e r ra en Ge o rgia Un i versity (1957); Política sobre Proyectos eIn versiones en el Economic De velopment Institute del Ba n c o

Mundial (1969). Fue alumno de la Escuela de Altos Estudios Na-cionales en La Paz, diplomado en 1970.

Enseñó en la Facultad de Biología de la UMSS en las asignatu-ras de Ecología II, Agroecología, Evaluación de Recursos Na t u-rales Re n ovables y Bi o g e o g rafía Ge n e ral y de Bolivia. En t re losmúltiples cargos técnicos y políticos que ocupó, fue Su b s e c re-t a rio del Mi n i s t e rio de Agri c u l t u ra (1968), Di rector de la Di v i-sión de Ingeniería del Se rvicio Agrícola In t e ra m e ricano; Di re c-tor Ge n e ral de Colonización y Di rector de la Estaciones Ex p e ri-mentales de Belén y La Ta m b o rada. � �

A rc e pe r e i ra, lu c io

2 4

A rc e Tor r ico ,

E d ua r d o1 9 2 0 - 2 0 0 6

1918 - ?

Fue un excelente profesor de Se c u n d a ria enHi s t o ria y Ge o g rafía, que enseñaba con pasiónen diversos colegios, al mismo tiempo que colec-cionó y estudió valiosos documentos históri c o s.

Estudió la Pri m a ria en su ciudad natal, Ta rata ysalió Bachiller del Colegio La Sa l l e, en 1940. Pe r-tenece a la promoción Bodas de Plata de la Es-

cuela No rmal de Su c re. Fue Di rector Nacional de Se c u n d a ria en Co-chabamba (1968) y Di rector Ge n e ral de Educación al poco tiempo.Fundó los Colegios: René Ba r rientos Ort u ñ o, Alejo Calatayud No c-t u rno; Su c re y Calama, de Quillacollo; Daniel Sánchez Bu s t a m a n t eNo c t u rn o, Pío XII y Víctor Us t á riz, de Ta rata. A su celo y gestión sedebe la creación de la No rmal “Óscar Únzaga de la Ve g a”, en home-naje al jefe del partido en el cual el profesor Arce militó: Falange So-cialista Bo l i v i a n a .

Fue Di rigente de la Fe d e ración de Ma e s t ros Urbanos de Co c h a-bamba y también de la Co n f e d e ración Nacional; fundador de la Ca-ja Co m p l e m e n t a ria del Ma g i s t e ri o. El Municipio de Cochabamba lonombró Ciudadano Me ri t o rio en 1999 por Ordenanza Mu n i c i p a l2397/99. � �

2 3

OBRAS

Primer Mapa Fitotécnico de Bo l i v i a ; Estudio cualitativode las papas comerciales de Bolivia (tesis de gra d o ) . Art í c u -l o s : La Ta ra ; El cultivo del Eu c a l i p t o ; Al g a r ro b o, T h a k g o. Pro -sopis sp. Familia Leguminosae; Manual sobre Ir r i g a c i ó n ; Po -lítica triguera nacional; El Chapare , la tierra del futuro.

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Ed u a rdo Arze Loure i ro (1907-1996),i l u s t re cochabambino, fue, más que polí-t i c o, visionario y servidor público, puespodemos seguir su obra pionera en Bo l i-via, Colombia, Costa Rica, Chile y otro sp a í s e s, part i c u l a rmente en el campo de laeducación ru ral e indigenal, la re f o rm a

a g ra ria y proyectos piloto de asentamiento de colonizadore s.Fue un apóstol de la redención del campesino indígena me-diante el trabajo y la educación ru ral. Su devoción por encon-t rar un modelo de desarrollo del agro que se basara en el tra-bajo comunitario y la democracia interna proye c t a ron suimagen al exteri o r. Sin embarg o, los bolivianos nos port a m o si n g ratos con su memoria, pues no hay un monumento enUc u reña o una calle o plazuela o avenida en Cochabamba, ouna No rmal ru ral que lleven su nombre.

Será re c o rdado por ser el promotor principal para la funda-ción del Sindicato Agra rio de Cliza el 2 de agosto de 1935, quemás tarde fue instituido como Día del In d i o.

Don Ed u a rdo fue inspector nacional de la Di rección deEducación Indigenal; luego fue

e x p e rto internacional del De p a rtamento de Bienestar ru ra ldel Se rvicio In t e ra m e ricano de Ciencias Agrícolas, depen-diente de la Organización de Estados Americanos (OEA); fuedesignado Presidente de la Comisión de Re f o rma Agra ria; en1957 dirigió el primer proyecto de colonización en la Co o p e-ra t i va Aroma, en Santa Cruz. Junto a su hermano Óscar, agró-n o m o, llevó campesinos de Ana Rancho y Ca rc a j e. La expe-riencia de la Co o p e ra t i va Aroma inició la colonización delO riente y transplantó a la gente más valiosa de Ana Ra n c h o,Uc u reña y otros distri t o s, que port a ron sus altos va l o res des o l i d a ridad y re c i p rocidad.

En los años 40 conoció a Trotsky en México, de quien re c o r-daba un comentario sobre el Sindicato de Uc u reña y la expe-riencia de El i z a rdo Pérez en Wa risata:

“Usted ha acertado y tiene toda la razón en proyectar la or-ganización de ese arrendamiento en la forma en que lo ha he-c h o, teniendo en cuenta en buena parte la tradición que, alser observada por los mismos campesinos y haber una defen-sa de la misma, produce un entendimiento y un mismo len-guaje que hablar. El paso que ha dado ese campesinado esh i s t ó rico porque es una transición del feudalismo al régimenl i b e ral. Esta es una tendencia mundial, y por la situación enque se encuentra Bolivia está muy necesitada de ingresar a unsistema liberal efectivo.” El Presidente Lázaro Cárdenas fi-nanció proyectos de trabajo agrícola colectivo en México, di-rigidos por Arze Loure i ro. Más tard e, trabajó en el Se rvicio In-t e ra m e ricano de Educación Ru ral (SLIER), que apreciaba la

o b ra de El i z a rdo Pérez. Sus trabajos de campo en Bolivia sir-v i e ron para publicar dos libros de gran distribución continen-tal: “Cantón Chullpas” y “Santa Cru z”. Arze Loure i ro estudióun master en sociología y antropología en la Un i versidad deMichigan; sus observaciones sutiles sobre la sociedad nort e a-m e ricana bajo la política de New Deal, de Ro o s e velt. Mu c h o saños después, esa re f e rencia le serviría para condenar el neo-l i b e ralismo concentrador de la ri q u eza.

A mediados de los 50s, trabajó en educación ru ral para laOEA en va rios países latinoameri c a n o s.

En su segunda presidencia, He rnán Siles Zu a zo designó adon Ed u a rdo Asesor Agra rio de la Presidencia, y entonces ela-boró un Proyecto de Ley de Actualización de la Ley de Re f o r-ma Agra ria, que pudo ejecutarse.

Dejó dos libros impresos que contienen la memoria de suse x p e riencias más importantes: “A roma. Un modelo de coloni-zación por transplante de poblaciones”, La Paz, 2004, y “Vi-vencias de don Ed u a rdo Arze Loure i ro que transitan por laRe f o rma Agra ri a”, 2005, valiosa semblanza hecha por los doc-t o res Remo Di Natale En r í q u ez y Juan Manuel Na va r ro Ame-l l e r, escrita en torno a un ciclo de conversaciones que ambosj u ristas y sus alumnos de la Un i versidad Católica mantuvie-ron con don Ed u a rd o. � �

2 5

A r z e Lo u r e i ro,

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Po l í t i c o, histori a d o r, internacionalista, des-cendiente de Esteban Arze, fue editor del Ar-c h i vo del Presidente Daniel Salamanca. Estu-dió De recho en la UMSS. Cayó pri s i o n e ro enCampo Vía, durante la guerra del Chaco, y re-t o rnó en 1936. Fue docente de Economía Po l í-

tica en la UMSS desde 1939. Militante del MNR desde 1942, fueSu b s e c re t a rio de Relaciones Ex t e ri o res en el régimen de Vi l l a r ro e l ;Canciller en el período 1960-1962; Embajador en la ONU entre 1952y1954, y luego en Colombia, Argentina y Brasil. Fue exiliado a Ar-gentina tras la caída de Vi l l a r roel y en 1964, tras el golpe de René Ba-r ri e n t o s. Como historiador colonial, escribió una síntesis del sigloXVI y estudió las relaciones internacionales y geopolíticas de Bo l i-via. El rescate del arc h i vo de Salamanca es una vindicación de sun o m b re. Fue miembro de la Sociedad Boliviana de Hi s t o ria, de laAcademia Boliviana de la Hi s t o ria y del Instituto de Estudios Ge o-políticos Jaime Me n d oza. Di rigió El Republicano (1921-1932); cola-boró en Presencia y Presencia Litera ria. � �

1 9 0 7 - 1 9 8 9

A r z eQ u i ro g a ,

E d ua r d o

2 6

1 7 7 3 - 1 8 1 2

El Dr. Roberto Arnez Pereira, hasido un digno hijo de Punata, don-de nació el 23 de agosto de 1887,habiendo conseguido su bachille-rato en la ciudad de Oruro, como elmejor alumno de su promoción elaño 1908.

Ingresó a estudiar leyes en la Facultad de Derecho dela Universidad Mayor de San Simón, al mismo tiempoque se dedicó a enseñar en el ciclo secundario de nues-tra Capital.

Enseñó Derecho Político, Derecho Internacional Pú-b l i c o, De recho Ad m i n i s t ra t i vo y De recho Co n s t i t u c i o-nal, Derecho Penal y Criminología.

Fue Decano de la Facultad de Derecho por varios pe-riodos, llegando después a ocupar los cargos de RectorInterino y Rector Titular el año 1925 en el Centenario dela Independencia de neutro país, a la edad de 38 añoscomo el más joven de su época, por su indiscutiblecompetencia y muy conocida capacidad de educadorde juventudes, que forjó en las aulas universitarias a lageneración antedicha de carácter autonomista cual fueaquel año previo al os acontecimientos que luego llega-ron con el gobierno de Carlos Blanco Galindo, que creóla verdadera autonomía de nuestras Universidades Pú-blicas. ��

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A r n e z,

Pe r e i ra

Rob e rto

OBRAS

Documentos para una Historia de la Guerra del Chaco. Ar-chivo de Daniel Salamanca, 4 tomos, 1951. Historia de Boli-v i a . Siglo XVI, 1969. Pr i m e ra población del Valle de Cocha-bamba y fundación de la Villa de Oropeza, 1974. Papeles deCochabamba en el Archivo General de la Nación Argentina,1975. Las relaciones internacionales de Bolivia, 1825-1990,1991.

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Esteban Arze Alba y Uriona fueel más connotado héroe del gri t olibertario del 14 de septiembre de1810 y vencedor de la batalla deAroma; su mérito más importanteradica en que contribuyó a la con-solidación de la independencia de

Buenos Aires, gracias a la presión que ejerció sobre lose j é rcitos realistas para evitar que el Gral. Goye n e c h e,enviado por el Virreinato de Lima, reforzara a las fuer-zas realistas que combatían en territorio argentino. Cu-riosamente no murió en manos de los realistas sinod e s t e r rado a Mojos por el general argentino Are n a l e s,p robablemente porque Be l g rano no habría visto conbuenos ojos su ánimo autonomista y suspicaz de la in-tervención de los ejércitos auxiliares argentinos en te-rritorio de la Audiencia de Charcas, hoy Bolivia, porquesospechaba de sus intenciones anexionistas.

Nació en Ta rata y murió enSanta Ana del Yacuma. Vi c e n t ede Arze, su abuelo, era are q u i-peño y se avecindó en Ta ra t a ;allí tuvo, entre va rios hijos, a Es-teban de Arze, capitán de lasmilicias re a l i s t a s, que se casócon Ma u ricia Uriona y de esem a t rimonio nació el héroe del14 de septiembre y de Aro m a .Viudo de Pe t rona Nogales en1794, se casó con Manuela Ro-d r í g u ez y Te rc e ro s, de quien sedice que murió como una he-roína de la Co ronilla, en 1812.En 1803 se trasladó a Po t o s í ,donde fue Alférez del Re g i m i e n-to de Milicias de Ca b a l l e r í a .Junto a Francisco del Rive ro,Melchor Guzmán y otros patri o-t a s, protagonizó el leva n t a-miento del 14 septiembre de1810 y tomó el cuartel re a l i s t a ,depuso al Intendente Ma n u e lGo n z á l ez de Prada y pro c l a m ósu adhesión a la Junta de Bu e-nos Aire s. Como jefe de una co-lumna venció al Co ronel re a l i s-ta Piérola en la batalla de Aro-ma, el 14 de nov i e m b re del mis-mo año. Combatió en Sipesipe y

Ha m i raya en agosto de 1811, huyó tras la derrota y re-tomó Cochabamba el 29 octubre. Pa rticipó en las gue-r rillas patrias en Mi z q u e, y fue derrotado en la batalladel Khewiñal, el 23 de mayo 1812, precedente de la re-sistencia de las He roínas de la Co ronilla el 27 del mis-mo mes. Debido a los contrastes sufridos por el segun-do ejército auxiliar argentino en 1813, se retiró al surdel terri t o rio y probablemente combatió a órdenes deBe l g rano en las batallas de Salta y Tucumán. En 1814volvió al país junto a dos de sus hijos y se incorporó ala republiqueta del general argentino Álva rez de Are-nales en Va l l e g ra n d e. Acusado de sedición, fue deste-r rado a Mo j o s, Santa Ana del Yacuma, donde muri ó .Sus restos fueron identificados en 1947 y trasladados aCochabamba. Una provincia lleva su nombre. Escri-b i e ron acerca de él: Eu f ronio Vi s c a r ra, José Ma c e d o n i oUrquidi, Hu m b e rto Guzmán Arze y Ed u a rdo Arze Qu i-roga, entre otro s. � �

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A r z e U r iona,

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José Antonio Arze fue el más ge-nuino luchador intern a c i o n a l i s t aque haya dado a luz la república yacaso el Co n t i n e n t e. Vivió la globali-zación soñada por Ma rx, Lenin yStalin con un fervor obsesivo. Co m o

pocos intelectuales entre los años 20 y los 50 volcó losojos al Planeta, deseoso de que se conociera esa pro-vincia del universo en la que le había tocado nacer yv i v i r, pero al mismo tiempo impulsado a soñar el futu-ro: la constitución de la Unión de Repúblicas So c i a l i s-tas de América Latina, y la dictadura de la justicia pro-l e t a ria en todo el orbe unido y solidari o, con una solac u l t u ra y un solo idioma.

Fue un hombre de socrática sencillez, que vivió, co-mo Di ó g e n e s, en digna pobreza, y cuya memoria esn e c e s a rio vindicar para lección de las nuevas genera-c i o n e s.

Pasó buen trecho de sus desvelos trazando a pulso ya máquina cuadros que daban cuenta de la evo l u c i ó nde la humanidad, pero no se detuvo al borde del abis-mo marino del futuro: con la vieja audacia del De s c u-b ri d o r, se internó en él y lo describió en su bitácora dev i a j e.

Gracias a la devoción de su sobri n o, José Ro b e rto Ar-ze, se publicaron algunas de sus obra s. En ellas se per-cibe no sólo el hálito universal que discurría en el ce-re b ro de Arze, sino también la generosidad de conocery biografiar a los re vo l u c i o n a rios más conspicuos de laépoca y de presentar a los intelectuales bolivianos enese foro mundial que quizá se imaginaba como la fies-ta de quince años de la humanidad. Si e m p re genero s o,no desdeñó ni siquiera al joven estudiante y obre rográfico Néstor Taboada Terán cuandopublicó “Ge rm e n”, su obra pri m e riza.

Además del francés y el inglés, domi-naba el espera n t o, y en esa lengua es-c ribió su novela Me l s u r b o, una ciudadcomunista del año 3000. Melsurbo esuna palabra conformada con las inicia-les de Ma rx, En g e l s, Lenin y Stalin, y elpersonaje se llama Tupaj Cóndor.

A rze era un utopista, un soñador ena-m o rado del futuro, un futurólogo coninsaciable sed de justicia social. Que lavisión del futuro que soñaba le hayap rovocado cierto estrabismo en su vi-sión del presente que le tocó vivir, no

nos interesa en el afán de re t ratar su dramática auten-t i c i d a d .

Nació en Cochabamba el 13 de enero de 1904 y mu-rió en la misma ciudad el 23 de agosto de 1955. Hijo deJosé Tristán Arze y de Arminda Arze, tuvo Elena, Ho r-tensia, Jo rg e, Alberto y Antonieta. Inició sus estudiosen Calchani, provincia Ayopaya, prosiguió en la Escue-la Fiscal Mo d e l o, de Cochabamba, los años 1913-1914;estudios secundarios en los colegios “Bo l í va r” y “Su-c re”, también de Cochabamba; bachiller en 1921 y Li-cenciado en De recho en 1925 por la UMSS. Su obrat e m p rana se inicia con “Semblanzas filosóficas: Art u roS c h o p e n h a u e r” que escribió a sus 16 años; y colabora-ciones a la revista “A rte y Tra b a j o”, dirigida por Ce s á re oCa p ri l e s.A sus 17 años organizó el Instituto Su p e ri o rde Artesanos de Cochabamba, la pri m e ra experi e n c i ade educación para adultos (1921-1926), que le valió elreconocimiento del Concejo Municipal de entonces.No heredó ni poseyó bien inmueble alguno y conside-raba como su fortuna personal su biblioteca de unos

5.000 volúmenes especializada en So-ciología, Hi s t o ria, Ma rxismo y Au t o re sBo l i v i a n o s”. Fue herido de bala en1944, era diabético y fumador. Co n s i-d e raba como su mayor aporte la Au t o-nomía Un i ve r s i t a ria, la fundación delPIR y la difusión de la Sociología en Bo-livia. Su sobrino y albacea, José Ro b e r-to Arze, dice que contrajo matri m o n i ocon Gl o ria Ro d r í g u ez, periodista chile-na; y que a sus méritos como re vo l u c i o-n a rio y humanista hay que agregar elde futurólogo, en otras palabras el másgenuino utopista que haya tenido elpensamiento nacional. � �

A r z e y Arze,

José A n ton io

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OBRAS

Sociología marxista;Técnicas de la Au t o b i o-g ra f í a ; Au t o b i o g rafía deun Marxista Bo l i v i a n o,S o c i o g rafía del In c a r i o,Hacia la URSAL: ( Un i ó nde las Repúblicas Socia-listas de América Latina)y Melsurbo.

1 9 0 4 - 1 9 5 5

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Fue Prefecto del De-p a rtamento en los go-b i e rnos de Gu a l b e rt oVi l l a r roel, Víctor Pa zE s t e n s s o ro y He rn á nSiles Zu a zo; Em b a j a-dor de Bolivia en Méxi-

co y Mi n i s t ro de Salud Pública en el go-b i e rno de Siles Zu a zo. Nació el 25 de ju-nio de 1902; era hijo de En rique Arze y Ri-ta Qu i roga. Estudió Medicina en la Un i-versidad de San Francisco Xa v i e r, en laUMSA y se especializó en Epidemiología ySa l u b ridad en la Escuela de San Gi o rg i o,Fl o rencia, Italia. Du rante la Gu e r ra delChaco fue Médico de los Re g i m i e n t o sCa m p o s, Ca m p e ro 5° de Infantería, Di re c-tor de la Compañía de Sanidad de la 4° y 6°Di v i s i o n e s, Di rector de Sanidad del Pri-mer Cuerpo de Ej é rcito y Di rector Ge n e ra lde Sanidad Mi l i t a r. Fue reconocido comoH é roe Nacional e integrante de los “Vo-l u n t a rios de Alihuatá” y quienes actuaro nen la Defensa de Ki l ó m e t ro Si e t e. En s e ñ óHigiene y Dietética en la Escuela de Co-mando y Estado Ma yor y de Aplicación deA rm a s, en Cochabamba. Fue Jefe de Clíni-ca Médica de la Facultad de Medicina dela UMSS.

En su larga carre ra profesional y políticam e reció la Co n d e c o ración “Águila Az t e c a”o t o rgada por México, la Medalla de Gu e-r ra; la Orden “Al Mérito Mi l i t a r” en el gra-do de Ca b a l l e ro. Fue declarado Héroe Na-cional por D.L. de 9 de nov i e m b re de 1965y ley de 25 de octubre de 1967; Be n e m é ri-to de la Pa t ria y Ciudadano de Honor deCochabamba por O.M. 1315 de 9 de sep-t i e m b re de 1977. Recibió Diploma y Escu-do del H. Concejo Municipal de Co c h a-bamba en 1987; la Medalla de Oro conferi-da por el Colegio Médico de Co c h a b a m b a .El Ro t a ry Club lo distinguió y el Club So-cial le otorgó un Diploma por sus Bo d a sde Oro como socio de la Institución. Fu eDelegado de Bolivia a la VIII° Co n f e re n c i aMundial de la Salud, en México, y a la IV°Co n f e rencia Sa n i t a ria Pa n a m e ricana, enAntigua, Guatemala. Presidió la Pri m e raReunión In t e rnacional de Jefes de los Se r-vicios de Er radicación de la Ma l a ria. � �

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A R Z E Q U I RO G A,

G a b r i e l

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Notable militante delt rotskismo y de la actitud“entrista” que ocurrió tras lav i c t o ria de la Re volución de1952, cuando muchos mili-tantes de esa línea ingre s a-ron al MNR. Político, teórico

m a rxista tras la muerte de José Aguirre Ga i n s-borg, estudió Derecho en la Universidad de SanFrancisco Xavier y en la Escuela Normal, ambasde Sucre.

Po l í t i c o. De recho SFX y Escuela No rmal deSucre. Según Guillermo Lora es “una de las figu-ras trágicas del trotskismo boliviano”. � �

3 0

1 9 3 4 - 2 0 0 8

Era sacerd o t ejesuita y su ma-yor legado fueintegrar un equi-po que tradujo alquechua la Bi-blia, el Misal Ro-

mano y el Ritual, además de ser unp rofundo conocedor de la mitologíaandina. Estudió en La Salle de Cocha-bamba (1941-1950) y en el Sa g ra d oCorazón, de Sucre (1951-1952); hizo elnoviciado de la Compañía de Jesús enCochabamba, estudios de humanida-des en Raymat, Lérida (1955-1958); yla Licenciatura en Filosofìa en Va l s -près-Le Puy (Haute Loire), Fra n c i a(1959-1961). Fue profesor de Historiaen el Colegio Sa g rado Co razón, dequechua en el noviciado de Co c h a-bamba, y obtuvo la Licenciatura enTeología en México. Se ordenó comos a c e rdote en Cochabamba en 1966,

h i zo estudios bíblicos en Je ru s a l é n(1968) y en Roma (1969). Enseñó laSagrada Escritura en el Instituto Supe-rior de Estudios Teológicos, en Cocha-bamba (1970-1984); fue Canciller delA rzobispado de Cochabamba (1973-1980), miembro del equipo de traduc-ción de la Biblia en Quechua en la So-ciedad Bíblica Boliviana (1973-1984).Fue Mi e m b ro del Instituto Hi s t ó ri c ode la Compañía de Jesús en Ro m a(1984-1986, 1988-1990), profesor deHistoria de la Iglesia en el ISET, de Co-chabamba (1991-2002), socio funda-dor de la Academia Boliviana de His-toria Eclesiástica (1995). Perteneció alas parroquias de Santiváñez, Tiraque,Morochata e Itapaya y fue párroco dela Compañía de Jesús, de Cochabam-ba (1995-2002). Dirigió el Archivo His-t ó rico de la Compañía de Jesús y fuecapellán del Hogar de Ancianos delBuen Pastor, de Cochabamba. ��

3 1Ba p t i s ta M orales, J av i e r

1 9 1 9 - 1 9 9 5 ?

Aya la M e rc a d o ,

E r n e s to

OBRAS

El problema agrario-indígena en Bolivia. Ensayo de inter-p retación económica, 1939. Marxismo y fascismo, 1945. En-juiciamiento del régimen Villarroel-Paz Estenssoro, 46. Críti-ca de la Reforma Un i ve r s i t a r i a . Autonomía y Re vo l u c i ó n,1955. Defensa de la Revolución de Abril, 1960.

OBRAS

Las campanas de Jerusalén(novela,1973); Historia de los Mi s i o n e ro sOblatos en Bo l i v i a (2001); Un Ángelperiodista y otros cuentos (2006).

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Ba p t i s taC as e rta ,

Ma r i a n o1 8 3 2 - 1 9 0 7

El más connotado político del Pa r-tido Co n s e rva d o r, que gobernó elpaís hasta fines del siglo XIX bajo losp rincipios de una democracia cons-titucional re s t ringida por el vo t oc e n s a t a rio y por su clericalismo a ul-t ranza, se destacó también como

o rador parlamentario y hábil concertador político, comolo demostró en 1884 con el acuerdo parlamentario paraelegir Presidente a Gre g o rio Pa c h e c o, que le valió el so-b re n o m b re de Ma g o. Cuando recibió la noticia de lam u e rte trágica de los jóvenes chuquisaqueños re f u g i a-dos en Cosmini y Ayo Ayo durante la Re volución Fe d e ra la manos de los indios aimara s, escribió uno de los de-nuestos más radicales en contra de esa raza milenaria enun manifiesto que tituló Lugentes Campi, en el cual re s u-me el temor de la casta señorial frente a los indígenas bo-l i v i a n o s, más del 70 por ciento de la población, que re s u l-taban el enemigo pri n c i p a l .

Nació en Yani, Ayopaya, en la Hacienda Calchani, un 16de julio y murió un 19 de marzo. Fue el 23º Presidente dela República en el período 1892-1896. Estudió De re c h oen la Un i versidad San Francisco Xa v i e r, de Su c re, y seg raduó de abogado en 1857; fue considerado desde muyj oven como el más grande orador de su tiempo. Se casócon Gabina Te r ra z a s.

Fe rvo roso civilista, se inició en las filas de Linares yp a rticipó en su gobiern o. Se opuso a Me l g a rejo y tuvoque emigrar a Eu ropa. Católico pra c t i c a n t e, apoyó inva-riablemente a políticos institucionalistas como To m á sFrías y Adolfo Ballivián, habiendo sido fundador del Pa r-tido Co n s e rva d o r. De ese modo y por méritos sobra d o sfue ministro y diplomático en los gobiernos de Pacheco yA rce; en esta última administración ocupó la cart e ra deRelaciones Ex t e ri o res y negoció hábilmente con Chile laf i rma del Tratado de 1895, que si bien aceptaba la sobera-nía chilena en el Litoral, comprometía al país vecino ac e d e rnos Tacna y Arica, hecho que ocasionó la suscepti-bilidad del Perú; y ante el peligro de reanudación de lag u e r ra, el Co n g reso no ratificó dicho Tra t a d o. Elegido pri-mer Vi c e p residente de Pacheco en el período 1884-1888,ascendió a la Presidencia por el camino constitucionalen 1892. Fiel a sus convicciones, acentuó la presencia dela Iglesia en la educación, pro m oviendo además la edu-

cación técnica. Como periodista escribía la columna Co-r respondencia del Vi e rn e s. Ordenó asimismo nuevas ex-p l o raciones en el norte del país para fomentar la explota-ción de la goma.

Concluyó pacíficamente su período pre s i d e n c i a l ,aunque fue perseguido y detenido por el tri u n f a n t ePa rtido Liberal tras la Re volución Fe d e ral. Se retiró aCochabamba, donde murió a los 75 años, dejando ilus-t re descendencia.

E s c ri b i e ron acerca de él Carlos Medinaceli, Au g u s t oGuzmán, He r b e rt Klein, Alfonso Crespo y Ma riano Ba p-tista Gu m u c i o, entre otro s. En Páginas de vida, Me d i n a-celi escribe con sorna: “Fue el más platónico y ro m á n t i c ode los enamorados de “La Co n s t i t u c i ó n”, chola buenam oza. La creía, como don Quijote a Dulcinea, una damade noble alcurnia, de finos y aristocráticos modales, pú-dica y discreta, que vivía en un alcázar ensartando perlas.Y, mientras nuestro héroe vivía soñando en la dama desus pensamientos, doña Constitución se entregaba a losp e o res militarotes que la violaban brutalmente y era unam u j e rzuela de las peores costumbre s, que andaba eter-namente oliendo a ajo y con un insoportable tufo de chi-cha y de cañazo en la garg a n t a .” ��

3 2

O B R A S

Ob ras Completas, 7 tomos, 32-35. P á g i n a sEscogidas de Mariano Ba p t i s t a, Ma riano Ba p t i s t aGu m u c i o, editor, 1975.

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Prestigioso peri o-dista, usó el seudóni-mo de Philos. Era hijodel Presidente Ma ri a-no Baptista Ca s e rt a .Fue segundo dire c t o rde La Razón en el pe-

ríodo 1917-1918; de La Prensa, de Cocha-

bamba; mantuvo la sección “A n é c d o t a sdel lunes” en el diario Última Hora, de LaPaz y fue activo colaborador de las revis-tas Ca ras y care t a s, de Buenos Aire s, yZigzag, de Santiago de Chile. Era militan-te del Partido Republicano. Tuvo a su car-go la edición oficial de las Obras Comple-tas de su padre. ��

Ba p t i s ta T e r ra zas, J av i e r

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1 9 4 9 - 1 9 8 0

Una vida dedicada a la re s i s t e n c i ac o n t ra la dictadura militar se truncó el15 de enero de 1981 cuando los esbirrosdel régimen del Gral. Luis Ga rcía Mez airrumpieron en una casa de la Calle Ha-r rington y asesinaron a ocho diri g e n t e sdel Movimiento de la Izquierda Revolu-

c i o n a ria (MIR), entre ellos a Gonzalo Barrón Rondón, diri-gente de la Federación Universitaria Local de la UMSS.

Enseguida se inició el peregrinaje de su familia, en especialde su madre, por rescatar su cadáver y darle sepultura.

Gonzalo Ramiro Barrón Rondón nació un 23 de julio y mu-rió un 15 de enero en La Paz. Sus padres fueron Augusto Ba-rrón Robledo y Lidia Rondón Antezana. Desde sus 6 años vi-vió en Sacaba, Cochabamba, junto a su madre y sus 3 herma-nos: Silvia, Marcelo y Ana María.

Estudió la Primaria en la Escuela Germán Busch, de Saca-ba, y la Secundaria en el Colegio Daniel Sánchez Bustaman-t e, de Cochabamba. Fue estudiante de Arq u i t e c t u ra en laUMSS. Sus hermanos lo recuerdan como una persona muys e rena, cariñosa y con grandes habilidades art í s t i c a s, conuna inclinación temprana por las causas sociales que lo lle-varon a participar en las actividades de la Federación de Es-tudiantes de Secundaria (FES) y a militar en el MIR hasta sutrágica muerte.

Durante la dictadura del Gral. Banzer fue dirigente univer-sitario de la FUL y cayó en manos de las fuerzas de represiónen 1976. Fue maltratado y conducido al Ministerio del Inte-rior, en La Paz. Una vez libre y residenciado en esa ciudad,completó sus estudios de Arquitectura en la UMSA.

Cuando Ba n zer se vio obligado a dictar la amnistía irre s-tricta en 1978, Gonzalo se casó con Graciela Landaeta Rodrí-guez y de esta unión nacieron 2 hijas: Paloma Alejandra y Oli-via Andrea. La familia fijó su residencia en La Paz.

Con el golpe de estado del Gral. Luis García Meza en 1980,comenzó nuevamente para Gonzalo una etapa de persecu-

ción política y clandestinidad que culminó con su trágicoasesinato el 15 de enero de 1981 en la Calle Harrington, juntoa Luis Suárez, Artemio Camargo, Arcil Menacho, Ricardo Na-varro, Ramiro Velasco, José Reyes y Jorge Baldivieso.

Una de las personas a quien afectó severamente el asesina-to de Gonzalo fue su madre, quien, como objetivo de su exis-tencia, buscó justicia para su hijo durante muchos años.Afectada por un cáncer agresivo, alcanzó a ver la lectura de lasentencia después del juicio de responsabilidades a la dicta-dura de García Meza el 22 de abril de 1993. Dos días despuésfalleció, alimentando la esperanza de re e n c o n t rarse con suhijo a quien había amado tanto en vida. ��

3 4Ba r r ó n, Gon za lo

OBRAS

Manuel Ascencio Vi l l a r ro e l ,el apóstol de los niños y Anéc-dota del lunes, ambos de 1952.

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Su paso por laP r e s i d e n c i am a rcó el puntomás alto delPacto Mi l i t a rCa m p e s i n o, quesustituyó a la

adhesión del campesinado alMNR, conductor de la re vo l u c i ó nde 1952. Como jefe proclamado dedicho Pa c t o, se convirtió en un lí-der carismático que basó su políti-ca populista en este apoyo, aunquese convirtiera en el Presidente quetrató con mayor rigor a los trabaja-d o res mineros de Comibol re d u-ciendo sus salarios en un 50% en elllamado Sistema de Mayo, en 1965,e instruyendo la intervención mili-tar en las minas, que dio lugar a lallamada masacre de San Juan, en1967. Al mismo tiempo abrió los re-cursos naturales del país a corpora-ciones transnacionales. Le tocó en-f rentar a la guerrilla del Che eseaño y salió tri u n f a n t e. Cuando sea u g u raba su reelección como Pre-sidente, murió en Arque cuando elhelicóptero que lo conducía se pre-cipitó a tierra en circunstancias noesclarecidas hasta hoy.

Su ascenso militar y político sedebió al compromiso tempra n ocon los líderes del MNR, a quienesdepuso tras el golpe de Estado del 4de noviembre de 1964. Defendió alPresidente Villarroel en 1946, parti-cipó en la guerra civil de 1949 a fa-vor del MNR, trasladó a Víctor PazE s t e n s s o ro de su exilio en Bu e n o sAires a La Paz tras la victoria de lare volución de 1952, y fue su Vi c e-p residente en 1964; en esa condi-ción lo depuso en nov i e m b re deese año.

Estudió en el Colegio Militar deAviación en el período 1938-1942;en la Escuela Militar de Av i a c i ó n ,de Santa Cruz, en 1943; fue Instruc-

tor de pilotaje en la Escuela deAviación Boquerón, de Santa Cru zen 1944; hizo estudios en los Esta-dos Unidos en el período 1944-1945. Fue Comandante de la Ba s eAérea Nº 2, de Cochabamba, tras larevolución de 1952; Agregado Aero-náutico en Londres en 1954; Co-mandante del Colegio Militar Ger-mán Busch, en Santa Cruz (1955-1956); Comandante del TAM en1957; profesor de la Escuela de Co-mando y Estado Mayor, de La Paz,en 1958; Jefe de Estado Mayor de laFu e rza Aérea en 1959; profesor dela Escuela de Altos Estudios Milita-res “Cnl. Abaroa” entre 1959 y 1960;Comandante de la Fu e rza Aérea yascendido a Ge n e ral de Fu e rza en1960. Fue co Presidente, con el Ge-neral Alfredo Ovando Candia, de laJunta Militar de Gobierno en 1964;en 1966 ganó las elecciones por elperíodo 1966-1969. Desde 1964desmanteló el MNR, sus org a n i s-mos de represión y desarmó las mi-licias campesinas. Escri b i e ro nacerca de él Fernando Díez de Me-dina, James Du n k e r l e y, He r b e rt S.Klein, Mariano Baptista Gumucio yEnrique Rocha Monroy, con su no-vela Medio Siglo de Milagros. ��

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Ba r r i e n to sOrtuño, R e n é

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BY R N ES P RA G U E ,

G e ra l di n e

Ma ry1905 - 1986

Su condición de Di re c-t o ra del Instituto de In ve s-tigaciones Antro p o l ó g i c a sy del Museo Antro p o l ó g i-co de la UMSS le perm i t i ódesplegar una encomia-ble labor en defensa de

n u e s t ro patrimonio cultural, en especial deInkallajta, y una labor notoria como mento-ra de va rias generaciones de antro p ó l o g o sb o l i v i a n o s. Era doctora en Hi s t o ria y antro-póloga. Nació en Londres un 5 de octubre yd e s a r rolló la mayor parte de su vida pro f e-sional en Cochabamba. Era hija de He n ryBy rne Larios y Delfina Sp ra g u e. Se casó conMa rio Ca b a l l e ro Moscoso y sus hijos son Ro-nald y Gi s e l e. Estudió la pri m a ria en Lon-d re s, la secundaria en París y la carre ra pro-fesional en Oxford, In g l a t e r ra, y el Ho l l ow a yCo l l e g e, donde hizo su doctorado en Hi s t o-ria Un i versal y Antropología.

Fundó la Ca r re ra de Idiomas en la Un i ve r-sidad de San Francisco Xa v i e r, enseñó Id i o-mas en la No rmal de Su c re; Arq u i t e c t u ra enla UMSS; fue Di re c t o ra del Instituto de In-vestigaciones Antropológicas (UMSS) desde1976 hasta su muert e. Di rigió la EscuelaCo o p e ra t i va Ca l ve rt y el Colegio Anglo Ame-ri c a n o, de Cochabamba. Fue Cónsul deGran Bretaña en Cochabamba de 1955 hastasu muert e. En el plano internacional fuem i e m b ro del Consejo Di re c t i vo del In s t i t u t oIn t e rnacional de Antropología, de Pa r í s, yMi e m b ro del Instituto para la Co n s e rva c i ó nde Monumentos y sitios de la UNESCO. Ba j ola Presidencia del Gral. René Ba r rientos lefue otorgada la Medalla de Oro por su defen-sa del patrimonio cultural en especial de In-kallajta; fue declarada Ciudadana Me ri t o ri ade Cochabamba (1976) y condecorada conla Orden del Im p e rio Británico por sus serv i-cios consulare s. � �

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Bay ro Cor ro c h a n o ,

C a r lo s1949 - 1972

Era uno de losn u e ve herm a n o sdel matri m o n i ode Luis GuillermoBa y ro Fe rn á n d ezy Gladys Co r ro-chano Ra m o s. A

los 15 años era alumno de Ma ri oUnzueta, que canalizó el talentoplástico de Carlos Gu s t a vo Ba y roCo r ro c h a n o, que nació en abril de1949 y desapareció en mayo de1972. Sus hermanos no se resignan ydenunciaron el caso al juez españolBaltazar Ga rzón. Carlos form a b aparte de la dirigencia del Movimien-to de la Iz q u i e rda Re vo l u c i o n a ri a

(MIR) en la clandestinidad, junto aJaime Paz Zamora, Antonio Araníbary Óscar Eid. Jorge Ríos Dalenz y Al-fonso Camacho le tenían gran afec-to. Un día se encontraba de visita enuna casa familiar cuando fue cerca-do en la Plaza España por 8 parami-l i t a res al mando de Guido y Ga ryAlarcón, que lo persiguieron cuatrocuadras hasta que llegó donde vivía,en casa de la señora Vicky Morales.Ella sintió el alboroto y vio un jeepestacionado contraflecha y cómo locargaban en él y lo llevaban contra-flecha por la calle Be l i s a rio Sa l i n a srumbo al Ministerio del Interior. Allílo mantearon y en una caída al piso

de cemento le habrían provo c a d oun traumatismo en el cráneo delcual murió. La familia se enteró deinmediato; el tutor de los hermanosBayro, don Federico Díez de Medinainició el pere g rinaje para re c u p e ra rsu cadáver, pero éste jamás fue en-t regado “por ra zones de seguri d a dde Estado”.

Carlos estudió Sociología en la UM-SA y pintura en la Escuela de Be l l a sA rt e s, de La Paz. Luego prosiguió es-tudios en la Un i versidad de Chile dedonde re t o rnó para luchar por la re-c u p e ración de la democracia, sin sa-ber que pronto moriría en manos desus ve rd u g o s. � �

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Izq. : Car-los, Adrián dela Torre, Car-los Navarro yJorge Bayroen tiemposfelices.

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Nació un 25 de abril y murió un 12 dej u n i o. Hijo del Presidente Gral. Pe d roBlanco So t o, héroe de Junín y Ay a c u-c h o, y de Ana Fe r ru f i n o, hija de Ig n a c i oFe r ru f i n o, mártir de la independencia.El asesinato de su padre determinó elcurso de su niñez sin re c u r s o s, al igual

que la de su hermano Fe d e ri c o, pues la madre no se basta-ba para sostener la familia, que se trasladó a La Paz hasta1841. Un año después inició la secundaria en el Colegio Na-cional Su c re, y en principio él y su hermano no pudiero ncontinuarlos y se emplearon como aprendices de carpinte-ría. Así los vio el Dr. Lucas Me n d oza de la Tapia, Rector delc o l e g i o, y pagó las pensiones que debían con sus sueldosd e vengados en el Te s o ro de In s t rucción. En 1849 tuvo otrop rotector en Braulio Qu e ve d o, nuevo Rector delColegio Su c re, quien auspició su traslado a Limaen 1851 para estudiar Medicina; poco antes re c i-bió el título de Fa rmacéutico bajo el gobierno deBelzu. El pri m e ro de septiembre de 1859 re c i b i óel título de Doctor en Medicina con una tesis so-b re las causas de la tisis tuberculosa y se incorpo-ró a la Sociedad Médica de Lima; luego fue médi-co suplente en el Hospital de San Andrés y médi-co auxiliar del Hospital de Santa Ana, ambos dedicha capital. En 1863 fue director de la Escuelade Medicina, de la Un i versidad de Lima. En 1866,cuando la invasión española al puerto del Ca l l a o,t rabajó como médico de campaña; por esta acti-tud, el Co n g reso peruano le concedió el título deBe n e m é rito de la Pa t ria en grado heroico y lamedalla consiguiente, por decreto de los Pre s i-dentes peruanos Ma riano I. Prado y José Balta.

Poco antes de re t o rnar a Bolivia fue pro f e s o rde Medicina en la Un i versidad de Arequipa ymédico en el Hospital de dicha ciudad. A su re-t o rno en 1868, se casó con Ed e l m i ra Ga l i n d o, hi-ja del Gral. León Ga l i n d o, héroe del Ej é rcito Li-b e rt a d o r. Bajo la Presidencia de Agustín Mo ra l e sfue profesor de la Facultad de Medicina y MédicoTi t u l a r, además de Co n s e j e ro ord i n a rio de laUn i versidad y médico del Hospital. Fue elegidomunícipe en 1875 y ocupó la Presidencia delCo n c e j o, por lo cual renunció a sus haberes dem é d i c o, que fueron utilizados en la orn a m e n t a-ción de la Plaza 14 de Se p t i e m b re, para re h a b i l i-tar las cañerías de agua a las plazas de San Anto-nio y San Sebastián, y para la construcción de ni-

chos en el Ce m e n t e ri o. Cuando el golpe de Estado del Gra l .Hi l a rión Daza, Cleómedes Blanco fue celoso defensor delos fuero s, inmunidades y rentas municipales, las cualesdebían ser autónomas y libres de toda intervención; pero lad i c t a d u ra de Daza re s t ringió las atribuciones de los Co n c e-jos y dio a los Prefectos la Presidencia de los municipios.Blanco era part i d a rio del federalismo proclamado por elDr. Lucas Me n d oza de la Tapia; fue primer Jefe de la Pri m e-ra Columna de Gu a rdia Nacional en la Gu e r ra del Pa c í f i c o.El Presidente Na rciso Ca m p e ro lo designó Prefecto de Co-chabamba en 1881, que ejerció hasta 1884. Fue ciru j a n om a yor del Hospital Viedma, profesor de la Escuela de Obs-t e t ricia y catedrático de Medicina; en suma, un filántro p oen el ejercicio de su noble profesión y en la capacitación dej ó venes matro n a s. � �

B la n co F e r r u f i n o ,

C l e ó m e de s1 8 2 8 - 1 8 9 3

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B la n co F e r r u f i n o ,

F e de r ico

Su obra más reconocida es elDiccionario Geográfico de la Re p ú-blica de Bo l i v i a, cuyo segundo to-mo re f e rido a Cochabamba se pu-blicó en 1901. Hu m b e rto So l a re sdice de él que es “un buen expo-nente de la inteligencia de su

t i e m p o”. Ab o g a d o, excelente histori a d o r, docente deciencias naturales y filosofía y no menos notable geó-g rafo; en suma, el científico formado en la tra d i c i ó nrenacentista, con una visión integral de las cienciassociales y las ciencias natura l e s. Fue alumno del Co l e-gio “Su c re”, de Cochabamba, en 1841, y pasó por lasmismas vicisitudes que su hermano Cleómedes. En

1849, el Rector del Colegio Su c re don Braulio Qu e ve d odesignó a Fe d e rico profesor auxiliar de ciencias natu-rales y físicas, y dos años después fue profesor titularde Filosofía. En 1852 tomó posesión de la Hacienda deTo t o rani, en Ayopaya, único fundo que la familia pudorescatar del patrimonio del Presidente Bl a n c o. Fu eRector y Profesor del Colegio Nacional de Oru ro, don-de contrajo matrimonio con Vicenta Soto y a su re t o r-no a Cochabamba el gobierno aprobó un texto suyode Física destinado a la instrucción pública. El año1859 fue Vi c e c a n c e l a rio y Rector del Colegio Su c re yen 1869 ejerció de abogado. Un año después se desatóuna campaña insidiosa contra la memoria de su pa-d re, que motivó la edición del folleto El Ge n e ral Pe d roBlanco y los sucesos políticos de 1828. Poco despuéspublicó la Bi o g rafía del Ge n e ral Pe d ro Bl a n c o, Ap u n t e sp a ra la historia de Bo l i v i a y Rectificaciones para la his-toria de Bo l i v i a, que rebate las apreciaciones históri-cas de Ga b riel René Mo reno sobre los sucesos de 1828.Todas estas obras las escribió en colaboración con suh e rmano Cleómedes, en el noble afán de restituir losm é ritos del Ge n e ral Blanco como héroe de Junín yAy a c u c h o, y de desvirtuar las acusaciones que fuero nf ruto del encono político de la época. Fe d e rico Bl a n c op recisó la fecha de la batalla de Aroma el 14 de no-v i e m b re de 1810 y no el 14 de octubre, como enseña-ban los histori a d o res de la época en el folleto Do c u-mentos para la historia de Bo l i v i a, de 1877. Años antest radujo del francés un texto de Hi s t o ria Na t u ral apro-bado por el Consejo Un i ve r s i t a rio de Cochabamba yen 1884 reseñó las obras de historia natural de Bo l i v i ay los perfiles de los explora d o res del Amazo n a s. Por finen 1893 publicó Apuntes para la historia de la ciudadde Chuquisaca, de unánime acogida en la Capital. Une d i t o rial de El Comerc i o de Cochabamba dice de él:“Pa t riota esclare c i d o, profesaba esta doctrina: A Bo l i-via no le basta existir, le es preciso pro s p e ra r”. Fue mu-n í c i p e, Vocal de la Co rte de Di s t rito de Cochabamba yPresidente de la Mesa re c t i f i c a d o ra del catastro de Co-chabamba. Mi e m b ro de sociedades científicas del pa-ís y del exteri o r, la muerte lo sorprendió cuando escri-bía una historia de la Colonia, remontándose a nues-t ras culturas ori g i n a ri a s.

Nació en Ta rija un 11 de marzo y murió en Oru ro un6 de nov i e m b re; su descendencia es cochabambina.Era hijo del Presidente Pe d ro Blanco So t o, héroe de Ju-nín y Ay a c u c h o, asesinado en La Recoleta, de Su c re, el1º de enero de 1829 y de Ana Fe r ru f i n o, hija de Ig n a c i oFe r ru f i n o, mártir de la Independencia. ��

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Carlos Bl a n c oGalindo pasó a lah i s t o ria como elg o b e rnante queacogió oficialmen-te la mayor de lasconquistas demo-

cráticas de la universidad pública: laAutonomía Un i ve r s i t a ria, que fue laRe f o rma Nº 8 consultada al electora d oen el Referéndum Nacional cuyos re-sultados fueron consagrados por De-c reto Su p remo de 27 de nov i e m b re de1930 e incorporados a la Co n s t i t u c i ó nde 1932. El texto pertinente dice: “In-c o r p ó rase después de la Sección Déci-ma cuarta (de la Constitución) lo si-guiente: Del régimen unive r s i t a ri o. -A rt.- Las universidades nombrarán susre c t o re s, pro f e s o res y funcionari o s, ex-pidiendo sus títulos; podrán aceptarlegados y donaciones; administra r á nsus rentas propias; proyectarán su pre-supuesto anual para someterlo a lac o n s i d e ración del Poder Legislativo ypodrán negociar empréstitos con ga-rantía de sus rentas y aprobación delCo n g re s o, para realizar con autono-mía sus fines y sostener sus institutos yf a c u l t a d e s.” La actitud favo rable a laAutonomía Un i ve r s i t a ria y el re s p e t opor el Poder Judicial fueron atri b u i d o sa su condición de abogado, pues estu-

dió De recho en las Un i versidades deSan Simón y San Andrés.

Pe rfeccionó la carre ra militar enA rgentina en la Escuela de Ti ro deBuenos Aires en 1900. En 1903 fuep rofesor del Colegio Militar y de laEscuela de Guerra en La Paz. Un añodespués fue becado a Francia, a la Es-cuela de Artillería e Ingeniería deFontainebleau, hasta el 05. En t re1907-1908 y 1911-1912 fue jefe de laComisión de Adquisición de Arm a-mento en Eu ropa, Francia y Alema-nia. A su retorno fue fundador y Co-mandante del Regimiento Bolívar deA rtillería, Di rector del Colegio Mi l i-t a r, Jefe de Estado Ma yor Ge n e ra l ,1920-1921, Vocal del Consejo Su p re-mo de Guerra, Comandante de la IIªy IIIª División de Ejército, en La Paz yTupiza; Adjunto Militar en la Embaja-da del Perú 21, Munícipe en Co c h a-bamba y Delegado Nacional del Go-

bierno en el Oriente de Bolivia 1926-1927. Fue Prefecto de Co c h a b a m b a ,en 1930, 1940 y 1942-1943, ademásde Mi n i s t ro Defensa 1940-1941. A lacaída del Presidente He rnando Si l e sfue Presidente de la Junta Militar deGobierno 1930-1931.

Durante la guerra del Chaco fue Je-fe del Estado Mayor Auxiliar y Presi-dente del Consejo Su p remo de De-fensa Nacional. Fue conocido comohombre culto y poseedor de una bi-blioteca pri vada de historia de Bo l i-via y de América que había sido do-nada a la Municipalidad de Co c h a-bamba, pero no llegó a destino. EraMi e m b ro y Presidente Ho n o ra rio dela Sociedad de Ge o g rafía e Hi s t o ri ade Cochabamba. Se casón con AliciaO ’ Connor d’Arlach. Escri b i e ron so-b re él Po rf i rio Díaz Ma c h i c a o, He r-bert S. Klein y Carlos

Mesa, entre otros. ��

B la n co G a l i n d o ,

C a r lo s1 8 8 2 - 1 9 4 3

4 0

OBRAS

Documentos para la historia de Bolivia. Cartas del Gral. A.J. de Su-cre, Gran Mariscal de Ayacucho, 1918. Resumen de la historia militarde Bolivia (Gu e r ras de la independencia e internacionales) 1 9 2 2 .Historia de Bolivia, Crónica del año de 1828, 1928. Expediciones alChaco, 1936. Este último libro contiene valiosas precisiones sobre lapenetración paraguaya en el Chaco a través de concesiones de ex-plotación de quebra c h o, materia prima del tanino, a empre s a ri o sargentinos, y la construcción de vía férrea por tramos, que más tar-de sirvió para el transporte de tropas paraguayas al escenario de laguerra con Bolivia.

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El únicoh é roe co-c h a b a m b i-no quec o m b a t i óen las bata-llas de Ju-

nín y Ayacucho fue el Ge n e ra lPe d ro Blanco So t o. La inquinah i s t ó rica, el odio regionalista yfaccioso lo han echado al olvi-d o, pero al menos los cocha-bambinos deberíamos re i v i n-dicar su memoria. ¡El únicoh é roe de Junín y Ayacucho yno le rendimos honore s !

El episodio está re g i s t ra d oen la Hi s t o ria del Perú, pueslos Húsares de Junín son ac-tualmente el regimiento escol-ta del Presidente de ese país.Bo l í var dijo lo siguiente en elp a rte de batalla: “S. E. el Liber-t a d o r, testigo del valor hero i c ode los bra vos que se distin-g u i e ron en el día de aye r, re c o-mienda á la admiración de laA m é rica al señor Ge n e ral Ne-cochea, que se arrojó á las filasenemigas con una impetuosidad hero i-ca, hasta recibir siete heri d a s, al señorGe n e ral Mi l l e r, que con el primer re g i-miento del Perú flanqueó al enemigocon mucha habilidad y denuedo”. En elp a rte menciona a los coroneles Ca rva-jal, Bruix y al Capitán Pringles; a los co-mandantes: del primer escuadrón, Is i-d o ro Su á rez, del segundo escuadrón,Sowe r s by, del tercer escuadrón, Pe d roBlanco Soto; al Ma yor Ol a varría y al Ma-yor Felipe Braun, entre otro s.

Meses después, en la batalla de Ay a-c u c h o, el ataque intrépido de los Húsa-res de Junín contribuyó al éxito del ge-n e ral Su c re. Pe d ro Blanco fue malheri-d o, ascendido a coronel en el campo debatalla, y tuvo que permanecer mesesen Huamanga para restablecerse y lue-go re i n c o r p o rarse al ejército boliviano.

Desde el Perú se veía la creación deBolivia como una maniobra art e ra deBo l í var y Su c re para debilitar al ve c i n o

del sur de la Gran Colombia, y se denun-ciaba la venta de propiedades fiscales am i e m b ros del Ej é rcito Libertador a bají-simo precio y recibiendo en pago bonosque sólo tenían valor nominal.

Los oficiales que combatieron en elPerú participaban de este ánimo y Pe-d ro Blanco no fue la excepción, comono lo fueron José Ballivián, Ma riano Ar-maza, Manuel Is i d o ro Belzu y muchoso t ros integrados en ese recelo concu-r rente de peru a n o s, argentinos y boli-vianos frente a la presencia del ejérc i t ocolombiano en Bolivia.

En abril de 1828 el ejército peruano almando de Ga m a r ra había invadido elt e r ri t o rio y exigía la renuncia de Su c re.Blanco fue nombrado comandante enjefe del ejérc i t o. Sus hijos dicen que evi-tó una confrontación con el ejército deGa m a r ra para que los peruanos no apli-quen luego la ley del ve n c e d o r. En elajuste de Piquiza impuesto por el gene-

ral peruano Agustín Ga m a r ra ,uno de los puntos secretos fuesu ascenso a brigadier genera l ,que Blanco no aceptó.

El Co n g reso Co n s t i t u ye n t ereunido en agosto de 1828 de-signó presidente prov i s o rio alGral. Andrés de Santa Cruz yg e n e ral en jefe del ejército bo-liviano a Pe d ro Bl a n c o, porq u ee ra, sin duda alguna, quienmás méritos militares teníahasta entonces. A mediadosde diciembre, Blanco juró co-mo Pre s i d e n t e, pidió la re d u c-ción del ejérc i t o, una ley dep e rdón y olvido, instru c c i o n e sp a ra acuartelarlos sin gra var ala población civil, evitar la levao b l i g a t o ria y un sueldo mode-rado debido a lo exhausto delEra ri o. El 31 de diciembre leíaesta nota en la Asamblea,cuando irrumpió el coro n e lMa riano Armaza, que habíasido re l e vado de la coman-dancia de Chuquisaca, tomóp reso a Blanco y lo condujo aLa Recoleta. El destino de

Blanco quedó en manos de Armaza, Ba-llivián, Ve ra, y los oficiales Ba s i l i o, He r re-ra y Ca s t i l l o, que lo victimaron ante unintento de liberación del pri s i o n e ro.

Las memorias del general Camba y losp a rtes del general Va l d é s, del ejérc i t orealista, dan cuenta del valor y la biza-rría de Bl a n c o, que, como muchos de sug e n e ración, fue seducido por el pre s t i-gio del ejército del Rey e integró sus filas.Fue ascendido a teniente coronel, peroel 19 de enero de 1823 pudo más el amora la Pa t ria que el aprecio de sus jefes re a-l i s t a s, y se pasó al Ej é rcito Libertador co-mo segundo jefe del escuadrón Húsa-re s.

Nació en Cochabamba el 19 de octu-b re de 1795 y murió asesinado el 1º dee n e ro de 1829. Sus hijos, Fe d e rico yCleómedes Bl a n c o, publicaron el folletoRectificaciones para la historia de Bo l i-v i a en 1878, para vindicar la memori ade su ilustre padre. � �

B la n co S oto, Pe dro1 7 9 5 - 1 8 2 9

4 1

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1 9 1 6 - 1 9 9 0

Era una dama célibe y piadosa que pra c t i c a-ba la mayor de las virtudes católicas: la cari d a d .O f reció sus recursos y energías a los pobres enlos Co m e d o res Sociales de Acción Católica, quel l e g a ron a servir 350 comidas diarias; e instalóen su domicilio un Comedor Popular y abrió elPo l i c o n s u l t o rio El Ro s a ri o, que continuaro n

funcionando a su muert e, ocurrida un 23 de julio. Di ez años des-p u é s, el Arzobispo de Cochabamba abrió el proceso de beatifica-ción que concluyó en 2005 con la remisión de obrados a la Santa Se-de; y en enero de 2007, la Co n g regación para las Causas de los Sa n-tos aprobó formalmente el pro c e s o. Si alguna persona nacida enCochabamba ha de integrar el Sa n t o ral católico, ha de ser, sin duda,Vi rginia Blanco Ta rd í o. El proceso consta de siete volúmenes a la es-p e ra del ve redicto del Papa, que podría declararla Ve n e ra b l e, dignade ser ve n e rada.

El sacerdote jesuita Miguel Ma n z a n e ra la describe así: “Mujer frá-gil, delicada de salud, practicó en alto grado las virtudes humanas yc ri s t i a n a s, part i c u l a rmente la fe, la caridad, la humildad y la fideli-dad a la Iglesia. Se distinguió por su gran amor a Jesús Sa c ra m e n t a-d o, participando diariamente en la Eu c a ristía, recibiendo con todof e rvor la Sa g rada Comunión. Tu vo también una acendrada devo-ción a la Vi rgen María, manteniendo toda su vida la consagra c i ó ncomo Hija de María que hizo siendo alumna en el Colegio de las Es-c l a vas del Sa g rado Co razón de Je s ú s.” Ma n z a n e ra agrega que dio

catequesis en quechua a lasempleadas del hogar y a lasve n d e d o ras de La Ca n c h a ;que preparó a niños y adul-tos para recibir los sacra-mentos y fue pro f e s o ra dereligión durante más de cua-renta años en el Liceo Ad e l aZamudio y otros colegios fis-c a l e s. Fue Presidenta de laAsocaición de Mu j e res deAcción Católica desde 1961hasta su muert e. El Papa Pa-blo VI le otorgó la condeco-ración Pro Ecclesia et Po n t i-fice en diciembre de 1965 yrecibió la comunión de ma-nos del Papa Juan Pablo IId u rante su visita a Co c h a-bamba en 1988. � �

4 2

B la n coTa r d í o ,

V i rg i n i a

Fue notable por suvena humorística queno desmerecía su esta-t u ra intelectual y lite-ra ria, como lo testimo-nia su Obra Co m p l e t aeditada en Pa r í s. A él sedebe la letra del Hi m-no a Cochabamba, conmúsica del maestroTeófilo Va rg a s.

Era político, aboga-do y escri t o r. EstudióDe recho en la Un i ve r-sidad San Fra n c i s c oXa v i e r, de Su c re, y enla Un i versidad de Sa nSimón, de Co c h a b a m-ba. Se graduó de abo-gado en 1854, fue vocal de la Co rte Su p e rior del Di s t ri-t o, Presidente del Concejo Municipal y Ca n c e l a rio de laUn i versidad de San Simón en el período 1886-1888, enuna época calificada por Carlos Walter Urquidi comola Era de los Pa t ri c i o s. El Senado Nacional le otorg óuna Medalla de Oro en 1888.

Su poesía es festiva y humorística, pero también líri-ca y religiosa; su prosa es tradicionista y pertenece a lap ri m e ra generación del Ro m a n t i c i s m o. Fundó la re v i s-ta humorística Don Pe r i c o, y fue colaborador de El Ál-b u m y El Mo s a i c o; redactor de El Re p u b l i c a n o y La Pa-t ria. Es el segundo escritor boliviano elegido socio co-r respondiente de la Real Academia de la Lengua(1892). Usó el seudónimo de Joan de la Encina. Escri-b i e ron sobre él Adolfo Cáceres Ro m e ro, En rique Fi n o ty Hu m b e rto V á z q u ez Machicado y Augusto Gu z m á n ,e n t re otro s.

Su hijo del mismo nombre fue un conocido poeta,famoso por sus epigra m a s. � �

1 8 3 2 - 1 9 0 2

B la n coy Unzueta ,

B e n j am í n

4 3

OBRAS

Po e s í a s, 1891. Ob ras enp rosa y ve r s o, dos tomos,1905. Autor de la letra delHimno a Cochabamba.

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1823 - 1886

En 1867, 65 padres de familia de Co-chabamba consiguieron traer a estei l u s t re educador alemán que fundó yd i rigió la Escuela 2 de mayo hasta 1875,en la cual se enseñaba teneduría de li-b ros y lenguas extra n j e ras con un plan-tel de pri m e ra integrado por Luis Fr í a s,

Luis Quintín Vila, Benjamín Ga l d o, Ma riano Fe rn á n d ez, Jo-sé Pe d ro Bo rda, El i o d o ro Villazón y José María Achábal. Lapedagogía moderna hizo que más tarde muchos ex alum-nos fueran declarados Hijos Predilectos de Co c h a b a m b a .Así lo informó el Concejo Municipal en 1874 al considerar avon Boeck “el profesor más ilustrado y experto que ha teni-do la instrucción pri m a ria en el país”. Von Boeck escribía lacolumna meteorológica de El He raldo e investigaba la orn i-tología del va l l e.

Había nacido un 13 julio en Kempen, Baviera, Alema-nia, y bautizado con el nombre de Eugenius Carolus Fide-lis Castor Amatus, hijo de Alois von Boeck y Ho n o ra ri ovon Bannwarth. Estudió como interno en el Instituto SanJosé en Augsburgo e ingresó a la Orden benedictina paraseguir la carre ra científica; pero los ri g o res del claustrodeterminaron que decidiera emigrar a Valdivia, Chile, in-vitado como educador. En el viaje conoció a quien seríasu esposa, Adelheid Kapff, donde von Boeck dirigió el Li-ceo local y luego se asentó en Arequipa y en Tacna, ciu-dad donde fundó el Colegio Alemán con profesores de lacalidad de Julio Lucas Jaimes y Miguel Rivas, literatos bo-livianos. Murió en Cochabamba en 1886 y dejó descen-dencia. � �

4 4

B oe c k,

Eugen von

E s c ri t o r, investigador en histo-ria, arqueología y turi s m o, hizoconocer como pocos la ri q u ez adel terri t o rio y la población de Bo-livia en la Enciclopedia Bo l i v i aM á g i c a, a la cual dedicó gran par-te de su vida hasta su muerte en

1997. Su pasión por estos temas se inició colabora n-do al Almanaque Mu n d i a l, a Ge o m u n d o y a Va n i d a-d e s. Fue director de la revista C o n-firmado In t e r n a c i o n a l ( 1 9 6 7 - 1 9 6 8 )y tuvo a su cargo el Suplemento Li-t e ra rio de El Di a r i o. Di rigió la Co-lección Bolivia Mágica y la En c i-clopedia Temática del mismon o m b re, en colaboración con mu-chos autore s. Di rigió la película Ellago sagra d o. Escri b i e ron sobre élAdolfo Cáceres Ro m e ro y FátimaMolina. � �

1 9 2 9 - 1 9 9 7

B oe roRojo,

H u g o

4 5OBRAS

Po e s í a s, 1891.Ob ras en prosa yve r s o, dos tomos,1905. Autor de lal e t ra del Hi m n oa Cochabamba.

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Jefe político y militarde la resistencia frente ala invasión de tro p a schilenas al inicio de laGu e r ra del Pa c í f i c o, sucasa se conserva en To-t o ra, sobrevivió y fue

connotado hombre público y federa l i s t ahasta su muert e, lo mismo como dignata-rio de Estado que como periodista.

Inició sus estudios de De recho en 1849en la Un i versidad de Arequipa, de dondere t o rnó en 1853. Fue profesor de secun-d a ria en Cochabamba y a la muerte de Lu-cas Me n d oza de la Tapia en 1872 encabe-zó la causa federalista. La invasión chile-na a Antofagasta el 14 de febre ro lo sor-p rendió atendiendo su estudio jurídico enesa ciudad; tomó Calama y fue jefe de lasf u e rzas de Ca racoles y San Pe d ro de At a-cama, 12 hombres mal armados que de-f e n d i e ron el puente del Topáter el 23 dem a rzo, poco después de que el re p re s e n-tante chileno Espech le intimara re n d i-ción. Se retiró a Chiu Chiu y a Potosí el 5de abril; intervino en las batallas de Sa nFrancisco y otras en el sur del Perú.

De re t o rn o, el Presidente Ca m p e ro lonombró Se c re t a rio Ge n e ral de Estado.Fue Presidente interino y Mi n i s t ro Pl e n i-p o t e n c i a rio en los Estados Un i d o s. Logróla aceptación chilena de pagar indemni-zación y cesar la ocupación militar del Li-t o ral; lo pri m e ro fue cumplido tras el tra-tado de 1904, pero la ocupación continuóhasta hoy. En La Paz fue redactor de LaS o b e ra n í a, El Art e s a n o y El Te l é g ra f o, y di-rector de la imprenta y periódico El Si g l oIn d u s t r i a l; en 1892 fundó El Pilcomayo,en Ta rija. Fue explorador de las cachuelasdel río Mamoré. En 1899 la re volución fe-d e ral lo designó Prefecto de Potosí; fuetambién Prefecto de Chuquisaca y Mi n i s-t ro de la Co rte Su p rema de Justicia. � �

C a b r e raVa rg as ,

La di s la o1 8 3 0 - 1 9 0 4

4 6

OBRAS

La guerra del Pacífico y los dos sistemas del mono-polio y el libre cambio, 1881. Na vegación fluvial deTrinidad a Villa Be l l a . Diario de viaje por las ca-chuelas del Mamoré en el De p a rtamento del Be n i,sin fecha. La guerra de Chile de más de medio siglo,1896. Escri b i e ron acerca de él Be rn a rdo Trigo enLas tejas de mi techo=, 1939 y Juan Siles Gu e va ra: Lamisión de Ladislao Ca b re ra en los Estados Unidos deAmérica 1880-1882, 1984, entre otro s.

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En La Co ronilla fuee rigida una erm i t adonde se honraba lafiesta de San Se b a s-tián. Se g u ra m e n t ee ra ya un sitio sagra-do antes de la Co n-

quista, una huaca prehispánica, pues esuna colina que domina todo el valle deCochabamba, y por eso la Iglesia eri g i óallí una capilla donde se festejaba ru i d o-samente al santo márt i r. ¿Pe ro qué fuede la capilla? Que fue derruida en 1731después de que clava ron allí el bra zo de-recho de Alejo Calatayud en una pica,m i e n t ras otros miembros eran re p a rt i-dos en sendas picas clavadas en Ja i h u a y-co y los caminos a Tacaparí, Arque y Sa-caba. Como añadidura, la sevicia de ladominación colonial ordenó la destru c-ción de la capilla, y el sitio donde estabafue rociado con sal, para que jamás cre-c i e ra allí la hierba.

Desde entonces La Co ronilla perdió sucarácter sagrado y San Sebastián se que-dó sin su fiesta tradicional, que ahora di-cen se celebra en un domicilio part i c u l a rpróximo a la Avenida Si l e s.

¿ Qué hubiera ocurrido si existía la ca-pilla y el culto a San Sebastián aquel 27de mayo de 1812? Que pro b a b l e m e n t ealgunas de las mujeres que re s i s t i e ron elataque del ejército realista se hubiera nrefugiado en la capilla y quizá Goye n e-che no se hubiera atrevido a pro f a n a r l a .Pe ro, desde entonces, la Co ronilla fue es-c e n a rio de corrida de toro s, de fiestas cí-v i c a s, es decir, laicas, de amoríos ocultosy de refugio de jóvenes marginados porla sociedad.

Me baso en lo narrado por Ro b e rt oQu e rejazu Ca l vo en su libro “C h u q u i s a c a1 5 3 8 - 1 8 2 5 ”. En 1725, Felipe V ord e n óe m p a d ronar nuevamente a los indios delas Colonias para mejorar el cobro delt ri b u t o, venido a menos por la enorm ecantidad de nativos que muri e ron por elrigor de la dominación española y lase n f e rmedades que trajo la Co n q u i s t a ,como la influenza y la viruela, entreo t ra s. El caso es que los visitadores em-p a d ronaban también a los mestizos co-mo si fueran indios, no obstante que portener algo de sangre española estaban

exentos del pago del tri b u t o. En t o n c e slos mestizos se leva n t a ron bajo las órd e-nes de Alejo Calatayud y se hiciero nf u e rtes en La Co ronilla. Se produjo uncombate en Ja i h u a yc o, donde 18 espa-ñoles fueron victimados con saña, in-cluido el alcalde, cuyo bastón de mandofue arrebatado por Calatayud. Era el 29de nov i e m b re de 1730 y los españoles sere f u g i a ron en todos los conventos e igle-sias; pero el movimiento concluyó conun acta de entendimiento suscrita el 9de diciembre, y luego Calatayud fue cap-t u rado con engaños y ahorcado el 31 dee n e ro de 1731. Luego lo descuart i z a ro nen La Co ronilla, clava ron sus miembro sen picas y fri e ron su cabeza en aceite pa-ra enviarla al Vi r re y. La capilla fue derru i-da por 70 indios a sugerencia del oidorManuel Is i d o ro de Mi rones (que Dios lo

tenga donde ameritan sus pecados). Losbienes de Calatayud fueron confiscados,demolida su casa y rociada con sal. To-dos sus parientes fueron declara d o s“t ra i d o re s, infames y rebeldes pern i c i o-s o s” y su madre fue puesta en venta co-mo esclava, pues habría sido mulata on e g ra, como que a Calatayud lo apoda-ban el Za m b o. En fin, su esposa, de 22a ñ o s, fue encerrada en el monasterio deSanta Clara .

Quizá esta sea la salvación de nuestraaugusta Colina: restituir el culto a Sa nSebastián, depositado en la Ca t e d ral ha-ce casi dos siglos, y erigir allí un santua-rio que podría tener miles de devo t o sp o rque es una zona popular. Allí tam-bién deberíamos erigir un monumentop a ra pre s e rvar la memoria de Alejo Ca l a-tayud. � �

C a latay u d, Alejo

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El Gigante Ca m a-cho nació en Ja i h u a y-co y fue bautizadocon el nombre deManuel María el 5 deagosto de ese año porel cura interino Pa s-

tor Go n z á l e s, de la Pa r roquia de San An-t o n i o. Era hijo legítimo de Pablo Ca m a-cho y de Juliana Me d ra n o, y tuvo los si-guientes hermanos: Pa b l o, Dorotea, To-m á s, Filomena y Vi c t o ri a n o. No habríarecibido educación formal alguna, puesen 1929 se instaló la escuela básica Is-mael V á s q u ez. Fue descubierto en juliode 1923 por el púgil Luis Ramos y habla-ba solamente quechua. Tenía 23 años, se-gún inform a ron los periódicos La Op i-nión, El Republicano y El He ra l d o. Dosf o t o g rafías que le tomó Ramos cir-c u l a ron pro f u s a m e n t e. De inmedia-to se pensó en exhibirlo en el Te a t roAchá, calzado con unos zapatose n o rmes y vestido con un terno queconsumió 4.70 m. de tela. Su pri m e-ra exhibición se produjo el 30 de ju-lio de 1923. Medía entre 2.14 y 2.16m e t ros y su peso entre 120 y 150 ki-l o g ramos; su embrace alcanzaba los2.35 metro s. Su estatura siguió enaumento: hacia 1943, el gigante me-día 2.32 metros; vivía en el barrio Ju-nín, de Buenos Aires y se dice quellegó a los 2.40 metros a su muert e.

El púgil Miguel Seleme fue su pri-mer empre s a rio y lo exhibió en Po-tosí, Oru ro y La Paz, donde se pre-sentó en el “Olimpic Ring”, donderecibió al boxeador argentino Lu i sÁngel Fi r p o, “el toro de las pampas”que luego sacaría del ring de unt ro m p a zo al campeón mundial Ja c kDe m p s e y. En 1925 integró el pro-g rama nacional de celebración delPrimer Ce n t e n a rio de Fundación dela República, acompañado del ena-no Ayalita, descubierto en Cala Ca-la, que se exhibieron en la Ex p o s i-ción In t e rnacional, de La Paz.

Incursionó en la lucha libre, la luchag re c o - romana y el box e o. Se entre n a b aen el “Boxing Club Fi r p o”, ubicado en lascalles Calama y Tumusla, y probó suf u e rza con luchadores japoneses, aus-t ra l i a n o s, nort e a m e ricanos y otro s. En1924 fue Ke n t a ro Ha ra, maestro del jiu-jitzu, en el “Stadium Ol i m p i c”, próximoa los ambientes de la empresa Luz yFu e rza Cochabamba, y fue derro t a d o.La re vancha concluyó en un empate y elpúblico casi lincha al re f e ree Auad, se-gún comentó El He raldo el 8 de sep-t i e m b re. Luego se enfrentó al nort e a m e-ricano Esteban Ba rn e s, llamado “H é rc u-l e s” el 15 de septiembre de 1924 y salióv i c t o ri o s o. Luego fue el campeón aus-t raliano de box y lucha Jack Peter a co-m i e n zos de 1925 en el Te a t ro Achá, que

t e rminó en empate, y dicen que huboun desempate.

Después de la guerra del Chaco (1936),Camacho se encontraba en Tu c u m á n .Tenía 35 años de edad, tra b a j o s a m e n t ehablaba en quechua y algo en castellano,y era casado y padre de dos niños. Ca l z a-ba 53. Lo apodaron el “Rascacielos Hu-m a n o” y fue exhibido en el “Cine Mo d e r-n o” antes de seguir viaje a Buenos Aire s.Desde entonces se decía “es un Ca m a-c h o”, para re f e rirse a alguien de estaturam a yor de la habitual. En Buenos Aires seexhibió en el “Gran Circo No rt e a m e ri c a-n o”; medía 2.32 metros y pesaba 176 kilo-g ra m o s. Du rante los años cuarenta, re c o-r rió va rias capitales de Su d a m é rica. Vi s i-tó quizá por última vez Ja i h u a yco en1949. La prensa decía de él lo siguiente:

“Ma n u c h o, es ahora la re p re s e n t a-ción genuina del trashumante diplo-mático sin etiqueta de nobleza, niblasones de rancia prosapia, peroeso sí con la sincera admiración deser el ‘gigante boliviano’ … ”. Su últi-mo oficio habría sido de domador def i e ra s. Se casó con Vicente Jaldín yt u vo cuatro hijos: Ge ra rd o, Ap o l i n a r,Valentina y Raúl Manuel; tres naci-dos en Cochabamba y uno en Bu e-nos Aire s, todos de peso y tamañon o rm a l e s. Se dijo que tuvo dos hijoscon una bailarina rusa o polaca, delmundo circ e n s e. Manuel Ca m a c h om u rió en Buenos en 1952 o 1953;uno de sus hijos hablaba de un posi-ble enve n e n a m i e n t o. Su esqueletop e rmaneció durante 20 años en unmuseo argentino y otros 20 en unode Nu e va Yo rk. Él mismo habría ve n-dido en vida su esqueleto.

Su nieto Pablo Andrés inform óque sus restos descansaban en el Ce-m e n t e rio de Fl o re s, en Buenos Aire s,junto a los de su esposa Vicenta, pe-ro luego ambos fueron cre m a d o s.Los datos de esta crónica fueron pro-p o rcionados por el sociólogo AlberQuispe Escobar. � �

C ama c ho M e dra n o ,

Ma n u e l1 8 9 9 - 1 9 5 2 ( 5 3 )

4 8

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La mayor obra de su vida fue lare c o n s t rucción del diario LosTiempos para proseguir la activi-dad inform a t i va iniciada junto asus hermanos De m e t rio y Julio Cé-s a r. Los Tiempos reanudó sus edi-ciones el 19 de julio de 1967.

Carlos Canelas Canelas nació en Cochabamba un28 de agosto y murió con el siglo un 31 de diciembre.Hijo de José Manuel Canelas y Teodosia Ca n e l a s, erael menor de nueve hermanos: De m e t ri o, Julio César,Manuel José, Cristóbal, Lu i s, Me rc e d e s, Ca n d e l a ri a ,Isabel y Ca r l o s. Se casó con Doña Be rtha Rosa Ta rd í o.Hi zo sus estudios de pri m a ria en Cochabamba, de se-c u n d a ria en el Colegio Simón Bo l í va r, de Oru ro, y sa-lió bachiller del Colegio Nacional Su c re, de Co c h a-bamba. Co n c u r rió a la guerra del Chaco como oficialde artillería. Estudió economía en Chile y Bo l i v i a ;p a rticipó en la vida periodística de sus hermanos De-m e t rio y Julio César.

En 1936 fundó la Ed i t o rial Carlos Ca n e l a s, fue ge-rente de Ed i t o rial América y fundó la Hacienda An-g o s t u ra, pri m e ra pro d u c t o ra de leche del De p a rt a-m e n t o.

En la pri m e ra época de Los Ti e m p o s, fue gerente enel período 1943-1953, año en el cual el diario fue asal-tado y destruido por los milicianos del régimen mov i-mientista. Al igual que sus herm a n o s, don Carlos fuedetenido en la cárcel de San Pe d ro durante va rios me-ses y luego tomó el camino del exilio.

A la caída del MNR del gobiern o, don Carlos pudore a b rir Los Tiempos y proyectarlo hacia su pre s t i g i oactual.

Aquel histórico número 2.896 de fecha 19 de juliode 1967 del Año XI según el cómputo pendiente des-de 1953, llevaba un editorial titulado Nu e s t ro Re n a-c e r, y la columna de don Julio César Canelas bajo elseudónimo Mi ra d o r.

Desde ese día y para eterna memoria, la página edi-t o rial de Los Tiempos re g i s t ra inva riablemente las si-guientes palabras: “Fundado por De m e t rio Canelas el16 de septiembre de 1943. Fue asaltado y destruido el9 de nov i e m b re de 1953. Reanudó sus ediciones el 19de julio de 1967.”

Después de su hermano De m e t ri o, don Carlos fueVi c e p residente de área, para Bolivia, de la Co m i s i ó nde Libertad de Prensa de la Sociedad In t e ra m e ri c a n ade Prensa (SIP). � �

C a n e las C a n e las ,

C a r lo s1 9 0 5 - 1 9 9 9

4 9

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Martes 14 de septiembre • 2010 42

El primer editori a ldel diario Los Ti e m-p o s, publicado el 16de septiembre de1943, fue el part e a-guas entre un antes yun después en el

e j e rcicio del periodismo boliviano. Se vi-vía los embates históricos de la posgue-r ra del Chaco, y la experiencia peri o d í s t i-ca le permitió a don De m e t rio vislum-b rar un nuevo escenario en el cual el pe-riodismo había abandonado “la funciónt ri b u n i c i a” y la vieja condición de “ i n s-t rumento de combate”. Usando el símildel cese de fuego en el Chaco, don De-m e t rio decía que ese viejo peri o d i s m ohabía “silenciado fuegos y arri n c o n a d osu vieja fusilería de perc u s i ó n”, y que eln u e vo periodismo ya no seríamás tribuna de libelistas, pro-pagandistas y pasquinero s, tancomunes desde los albores de laIndependencia. “La parte tra s-cendental de la vida no está enlo que uno piensa sino en loshechos cotidianos que aconte-c e n”, y sobre ellos se debe ha-blar “con alguna mayor impar-c i a l i d a d … p a ra ilustrar y docu-mentar la conciencia pública,antes que para asumir el papelde conversor y catequista”. Estaregla de oro formulada por De-m e t rio Canelas es el pri n c i p i obásico del periodismo moder-n o, al cual se agregó un coro l a-rio: “ i n f o rmar con asiduidad yhonestidad pro f e s i o n a l” paraque el público forme “s o b re loshechos ocurrentes su pro p i oc ri t e ri o” y un principio: “Unpúblico bien informado es lamejor defensa para la moral yel orden político.”

De m e t rio Canelas fue hom-b re público y un político dep rincipios; fundó el Pa rt i d oRepublicano Ge n u i n o, junto a

Daniel Salamanca, Bien pudo haber ac-cedido a la Pri m e ra Ma g i s t ra t u ra del pa-í s, pero la estru c t u ra íntima de su perso-nalidad lo inclinó por la profesión másemblemática de una democracia: el pe-ri o d i s m o.

De m e t rio Canelas Canelas era hijo deJosé Manuel Canelas y Teodosia Ca n e l a s ;el menor de nueve hermanos: De m e t ri o,Julio César, Manuel José, Cristóbal, Lu i s,Me rc e d e s, Ca n d e l a ria e Is a b e l .

Inició su vocación a principios de 1901en “El He ra l d o”, de Cochabamba; estu-dió De recho en la UMSS y se graduó deabogado en 1904. En 1903 fue Re d a c t o r-Jefe en “El He ra l d o”; redactor editori a l i s-ta de “El Fe r ro c a r ri l”, que dirigía el Dr.Fe rnando Qu i roga Salamanca. Fu n d ó“La Pre n s a” en 1908; “La Pa t ri a” de Oru ro

(1919), del cual fue director y editori a l i s-ta. Su oposición a la firma del Tratado de1904 con Chile provocó el asalto y des-t rucción de sus talleres y oficinas.

Su f rió va rios exilios, entre ellos a la Ar-gentina en 1928. En t re 1932 en que seinició la guerra del Chaco y 1943, año dela fundación de Los Ti e m p o s, De m e t ri oCanelas fue parlamentari o, Mi n i s t ro deGu e r ra y Canciller de la República. Du-rante los regímenes militares de la pos-g u e r ra volvió al periodismo y de ese mo-do decidió fundar Los Tiempos en Co-chabamba. El libro “Hi s t o ria de diezaños de peri o d i s m o” (1960) testimonialas vicisitudes que sufrió Los Ti e m p o sdesde su fundación, por la labor críticaque ejerció durante el régimen de la Lo-gia Radepa y el MNR hasta el asalto y

d e s t rucción del 9 de nov i e m b rede 1953.

El Dr. Joaquín Espada re ve l aque Vi l l a r roel consultó a donDe m e t rio para que se hicierac a rgo de la Presidencia de la Re-pública; ofrecimiento que eli l u s t re tribuno y periodista de-sechó. En julio de 1953, don De-m e t rio advirtió en un editori a ls o b re los aprestos de los unive r-s i t a rios que, a través de asam-b l e a s, cre a ron las condicionesp a ra la confiscación de LosTi e m p o s. El estallido de uncomplot de Falange So c i a l i s t aBoliviana en nov i e m b re de esea ñ o, sirvió de pretexto paraasaltar y destruir los talleres yoficinas de Los Tiempos y la va-

liosa biblioteca y arc h i vo dedon De m e t rio en nov i e m b rede aquel año. Desde el exilio,don De m e t rio continuó su la-bor esclare c e d o ra y crítica delrégimen movimientista hastasu deceso en 1958. No pudoasistir a la re s u r rección de LosTi e m p o s, ocurrida catorc eaños después. � �

C a n e las C a n e las ,

De m e t r io1 8 8 0 - 1 9 5 8

5 0

OBRAS

La obra ensayística de De m e t rio Canelas fue compiladaen cuatro tomos: Problema marítimo de Bo l i v i a , La guerradel Chaco, Di c t a d u ra y democracia y Diez años de periodis-mo en Bo l i v i a ( Ed i t o rial Ca n e l a s, 1992). Al inicio de su ca-r re ra publicó también la novela Aguas estancadas.

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Julio César Canelas Canelas nació un14 de nov i e m b re y murió a poco menosde un siglo de vida fecunda. Hi zo estu-dios de pri m a ria en el Instituto Ameri c a-no y de secundaria en el Colegio Na c i o-nal Su c re. Desde muy joven escribió poe-sía y ganó premios litera rios estudianti-

l e s. Prestó el servicio militar en el Regimiento Ballivián, deLa Paz. Se casó con doña Elsa Saenz de la Ol i va. Sus hijosf u e ron Jo rge y Fe rnando Canelas Saenz. Jo rge heredó la cali-dad y la línea periodística de la familia y fue director del ma-tutino La Razón y del Se m a n a rio Pu l s o, que fundó.

Don Julio César hizo sus pri m e ras armas en La Pa t ria, fun-dada por De m e t rio Canelas el 19 de marzo de 1919; en esemedio fue, sucesiva m e n t e, corrector de pru e b a s, re d a c t o rde noticias sociales, re p o rt e ro, redactor y Di rector entre1922 y 1937 en períodos interrumpidos por sus actividadese m p re s a riales y los continuos exilios, deportaciones y com-p romisos que le deparó su activa vida política. Di rigió asi-mismo El Re p u b l i c a n o, de Cochabamba; La Pa t ria, de Co-chabamba; El Di a ri o, de La Paz entre enero y julio de 1946.Fue el primer Di rector de Los Ti e m p o s, luego subdirector yn u e vamente dire c t o r, alternando con don De m e t ri o, en losperíodos en que éste fue Diputado y Mi n i s t ro de Estado.

Julio César Canelas dirigió, en suma, seis diarios en Co-chabamba, Oru ro y La Paz, e hizo incluso una edición de LaPa t ria en Antofagasta, Chile, cuando fue desterrado junto ao t ros periodistas y obre ros de ese diari o.

Fue diputado, ministro, embajador y agudo comentari s t ap o l í t i c o. Según Ángel To r re s, fue un arquetipo del peri o d i s t ade la prensa bra va y política.

El 21 julio de 1946 se encontraba preso en el Pa n ó p t i c oNacional por cuestiones políticas y con serio riesgo de su vi-da. El mismo día que colgaron al Presidente Vi l l a r roel, Ju l i oCésar Canelas fue liberado y sacado en hombros hacia laplaza Su c re. A punto de re t o rnar a Cochabamba, el sucesoren la Presidencia, Dr. Tomás Monje Gu t i é r rez, lo nombróMi n i s t ro de Defensa.

Como sus herm a n o s, Julio César Canelas fue hombre dep ri n c i p i o s.

Julio César Canelas irrumpió en la vida política y peri o d í s-tica en las postrimerías de los 20 años de régimen libera l ,que fue sustituido en el poder por el Pa rtido Re p u b l i c a n o,fundado en Oru ro el 3 de enero de 1914 por Daniel Sa l a-manca y De m e t rio Ca n e l a s, entre otras personalidades. Su

p ri m e ra tribuna fue La Pa t ria, de Oru ro, fundada en 1919p a ra enarbolar la reivindicación marítima contra el pra c t i-cismo del régimen liberal que precipitó la firma del Tra t a d ode 1904 con Chile y re p rimió duramente a sus críticos y opo-s i t o re s.

El 12 de julio de 1920 en que fue derrocado el Dr. José Gu-t i é r rez Gu e r ra, último gobernante del Pa rtido Liberal, De-m e t rio Canelas fue uno de los tri u n v i ros del nuevo gobiern ojunto a Bautista Sa a ve d ra, que a la postre fue Pre s i d e n t e.Sa a ve d ra repitió los erro res de los liberales al ejercer la vio-lencia contra sus críticos, entre ellos, Julio César Ca n e l a s,que fue exiliado a Antofagasta. De re t o rno a Co c h a b a m b a ,d i rigió El Re p u b l i c a n o, órgano opositor. Fue elegido diputa-do por la provincia Ab a roa en 1932, a instancias de Da n i e lSalamanca. En una muestra del pundonor y la honestidadde la prensa de entonces, don Julio César cerró el diario LaPa t ria para ser candidato y tuvo que prestarse dinero paracostear su campaña.

En 1940 fue nuevamente diputado en cuatro legislatura ss u c e s i va s.

Fue el primer director de Los Ti e m p o s. Su agitada vida pe-riodística se resintió con el asalto y destrucción de este dia-rio en nov i e m b re de 1953; restituidas sus ediciones, don Ju-lio César mantuvo la columna Mi ra d o r, que mostró su talen-to periodístico como analista político.

De m e t rio Canelas no pudo asistir a la vindicación y re a-p e rt u ra del diario que fundó, pero Julio César pudo secun-dar la obra de su herm a n o, don Carlos Ca n e l a s, y acompa-ñarlo con colaboraciones periodísticas y consejos hasta sum u e rt e. � �

C a n e lasC a n e las ,

J u l io C é s a r1 8 9 8

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Fi g u ra se-ñ e ra del pe-riodismo li-b re y celosodefensor dela libertad dep rensa en

Bolivia y en el Co n t i n e n t e. Un avocación temprana lo inclinópor el respeto al imperio de laley y el Estado de dere c h o, y seg raduó de abogado; pero enesos años secundó los denoda-dos esfuerzos de su padre, donCa r l o s, para revivir Los Ti e m p o s,la línea bandera del peri o d i s m ol i b re en Bolivia, silenciado por lai n ve t e rada arbitra riedad del po-d e r. El diario que inaugura rauna nueva era en el peri o d i s m onacional fue la palestra dondeAlfonso desarrolló su recia vo c a-ción de conductor en la sendat razada por De m e t ri o, Julio Cé-sar y Carlos Ca n e l a s.

Bajo su mando tenaz y equili-b ra d o, Los Tiempos se convirt i óen semillero del periodismo na-cional, con otros medios escri-tos que comenzaron a multiplicarse enva rias capitales de la República. La arra i-gada vocación de servicio de Alfonso Ca-nelas le obligó a desplazarse gustoso ao t ros distritos para asistir al nacimientoy velar por el desarrollo de otros proye c-tos exitosos que hoy conforman el Gru-po Líder, una red del periodismo libre enlas principales capitales del país.

Alfonso Canelas fue militante activodel credo de libertad de prensa fundadopor su familia. “La parte tra s c e n d e n t a lde la vida no está en lo que uno piensasino en los hechos cotidianos que acon-t e c e n”, y sobre ellos se debe hablar “c o nalguna mayor imparcialidad... para ilus-t rar y documentar la conciencia pública,antes que para asumir el papel de con-versor y catequista”. Esta regla de oro for-mulada por Don De m e t rio Canelas tra-suntaba el principio básico del peri o d i s-mo modern o, al cual se agregó un coro-l a rio: “ i n f o rmar con asiduidad y honesti-dad pro f e s i o n a l” para que el público for-

me “s o b re los hechos ocurrentes su pro-pio cri t e rio; y un principio: “Un públicobien informado es la mejor defensa parala moral y el orden político.”

Luis Alfonso Canelas Ta rdío nació enCochabamba el 13 de diciembre de1943 y murió en Santiago de Chile el 26de febre ro de 2009. Era el segundo hijodel matrimonio de don Carlos Ca n e l a sy doña Be rtha Rosa Ta rd í o, y sus herm a-nos son: Ca r l o s, Ed u a rd o, Go n z a l o, Fe r-nando y En ri q u e. Fue padre de tres hi-jos: Be a t riz Canelas Leytón, María Re-née Canelas Leytón y Alfonso Ca n e l a sScott. Estaba casado con Liliam ScottMo re n o.

Hi zo sus estudios secundarios en laA rgentina, de 1958 a 1962, y en pri n c i p i ose propuso estudiar Medicina en Bu e n o sA i re s, pero al final se inclinó por el lega-do familiar del peri o d i s m o.

En 1962, Alfonso inició su colabora-ción a la editorial y asistió a la re i n a u g u-ración de Los Ti e m p o s, en 1967, cuando

cursaba el último año de De re-cho en la Un i versidad de San Si-món. En esta segunda época, Al-fonso fue Jefe de Redacción y sush e rmanos Carlos y Ed u a rdo seo c u p a ron de la administración yp roducción del diari o. Años mást a rd e, don Carlos fue nombra d oDi rector emérito de Los Ti e m-pos y Alfonso se hizo cargo de lad i rección junto a su herm a n oFe rn a n d o, que fue codire c t o r. Ensu segunda época, Los Ti e m p o sse instaló en la casa de la calleSa n t i v á ñ ez, adquirida por donDe m e t ri o. El 19 de julio de 1967salió la edición al mediodía, yluego se re g u l a rizó recién el 21de ese mes, según re c o rdaba Al-fonso Ca n e l a s.

Alfonso Canelas se tituló deabogado en la Un i versidad Ma-yor de San Simón, con un pos-g rado en la Escuela de Altos Es-tudios Na c i o n a l e s, y siguió lac a r re ra periodismo en la Un i ve r-sidad Católica Bo l i v i a n a .

Di rigió el periódico Los Ti e m-pos por más de dos décadas y

después el diario La Prensa, en La Pa z ,desde diciembre de 1998 hasta nov i e m-b re de 1993.

Fue Vi c e p residente regional para Bo l i-via de la Comisión de Libertad de Pre n s ae In f o rmación de la Sociedad In t e ra m e-ricana de Prensa (SIP), creada en 1929, yluego miembro de la junta de dire c t o re sde esa institución, que está conform a d apor 1.300 revistas y periódicos de 30 paí-s e s, además d editores y dire c t o res ded i a rios y agencias inform a t i va s.

Una experiencia nueva para Los Ti e m-pos fue la extensión de sus servicios pe-riodísticos a otros distri t o s, conform a n-do el Grupo Líder que integran LosTi e m p o s, Ge n t e, La Prensa, el De b e r, Co-r reo del Su r, El Potosí, El No rte de Mo n-t e ro, Nu e vo Sur de Ta rija y El Alteño de laciudad de El Alto. Co r reo del Sur se inicióel 27 de nov i e m b re de 1987 y más tard eEl Potosí, de la Villa Im p e rial, que tienesu propia redacción y también se impri-me en Su c re. � �

C a n e las Tardío, Alfon s o1 9 4 3 - 2 0 0 9

5 2

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1 8 5 4 - 1 9 2 4

Fue 2° Vi c e p residente de laRepública elegido por la Co n-vención en el período 1899-1904 en que gobernó el jefe dela re volución federal, Ge n e ra lJosé Manuel Pa n d o, debido alos méritos que ganó como li-

b e ral en Cochabamba; y, más tard e, ministro envarias carteras en el período 1909-1916.

Como muchos periodistas y políticos de su épo-ca estudió De re c h o, en la UMSS, y se graduó deabogado en 1879. Enseñó Ciencias e Hi s t o ria ensecundaria y fue Vicerrector del Colegio NacionalSucre; cofundador de la Sociedad 14 de septiem-bre, munícipe, presidente del Directorio Liberal ydiputado en tres legislaturas. Fue desterrado a An-tofagasta al final de la Presidencia de Aniceto Arce,en 1892. Como periodista escribió en El Progreso yfue su director en 1892;asimismo en el Eco del Tu-nari, La Prensa, La Corres-pondencia y La De f e n s aNacional; cofundó El In-dependiente y El El e c t o r;d i rigió El 14 de Se p t i e m-bre. � �

5 3

C a p r i l e sC a b r e ra ,

A n í ba l

Fue beneficiario de un hecho no repetido: el go-b i e rno le otorgó una vivienda en Mi ra f l o re s, La Pa z ,que desde entonces se llamó la Casa del Poeta. Co-mo era un personaje de la bohemia paceña, se re u-nían allí Art u ro Bo rda, Carlos Medinaceli, Jaime Sa-enz, Gre g o rio Reynolds y otros poetas y artistas no-c h e rn i e g o s. A su muerte la casa continuó en manos

de una pareja célebre: Antonio Ávila Ji m é n ez e Hilda Mundi, padres deSilvia Me rcedes Ávila, casada con Guido Orías, todos poetas. Au g u s t oGuzmán califica a Juan Ca p riles como poeta lírico nocturno que sollo-za con la inteligencia; dice que su arte es nocturn o, que re vela una vi-sión fatalista de la vida; formalmente exigente, estoico, solitari o.

Era hijo de Aníbal Ca p riles Ca b re ra; en 1911 viajó a Bélgica para es-tudiar Ingeniería con una beca, pero en 1913 la inminencia de la IªGu e r ra Mundial le impidió re g resar a Eu ropa luego de unas va c a c i o n e sen el país. Se inscribió en la Facultad de De recho en la UMSA pero nose graduó. Los críticos dicen que sus pri m e ros sonetos lo re velan comoun poeta apegado a la tradición. Desde 1920 fue profesor de Lengua yL i t e ra t u ra en Colegios de Cochabamba y la Paz. Dejó una sola obra ,m o d e rnista, aunque Art u ro Vilela dice que es simbolista. Escri b i e ro na c e rca de él Carlos Medinaceli en Páginas de vida y Juan Quirós en Laraíz y las hojas, 1956. Dice Medinaceli: “En Ca p riles no se ha dado laanomalía, tan frecuente entre nosotro s, de que el hombre contra d i g ala obra: él ha puesto toda su vida en su art e. Lo que es en su art e, lo esen su vida: poeta. Por eso es doliente y pro f u n d o. Po rque como dijoVe r l a i n e, “ser feliz y artista, no lo permite Di o s”. Mejor así. La felicidades siempre mediocre, sólo el dolor es grande yf e c u n d o. –Eso lo saben bien, porque lo ha vi-vido y hoy lo expresa bellamente el autor deEve n t o. � �

1 8 9 0 - 1 9 5 3

C a p r i l e sR i vas, J ua n

5 4

OBRAS

Eve n t o, 1936.

OBRAS

Antonio José deSu c re . En s a y ob i o g r á f i c o, 1883.

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Personaje de le-yenda, irre ve rente ya n t i c l e rical, libre-pensador y anarq u i s-ta a su modo, fuementor de jóve n e sintelectuales cocha-

b a m b i n o s, que luego cobrarían signifi-cación, como Adela Za m u d i o, José Agui-r re Ga i n s b o rg, Ro b e rto Hinojosa, Jo s éAntonio Arze, Ricardo Anaya, Ca r l o sMo n t e n e g ro, Augusto Guzmán, Jesús La-ra, y tantos otros colabora d o res de la re-vista “A rte y Tra b a j o”, que dirigía Ca p ri-l e s. Era hijo de Ce s á reo Ca p riles Allendey de Benita López; sus mayo res habríansido here d e ros de la Casona de Ma yo-ra z g o. Son célebres las abominacionesde Ca p riles contra el alcoholismo, ela t raso y el apoyo a los empre n d i m i e n t o se m p re s a riales pri vados y al libre merc a-do como remedio contra la cri s i s. “Ca-p riles no bebía, desconfiaba de los polí-t i c o s, era exageradamente pulcro y ma-nifestaba con entusiasmo su fe en el pro-g reso económico de la ciudad a través dela acción de industriales pri vados y co-m e rc i a n t e s”, dice el sociólogo Hu á s c a rRo d r í g u ez, cuyo estudio fundamenta es-ta crónica. El Pa rtido Liberal había ini-ciado la práctica de la cooptación electo-ral mediante dinero, comida y alcoholque se distribuía profusamente entre losa rtesanos votantes; por eso Ca p riles de-finía al artesano cochabambino como“un animal anfibio que vive entre la chi-cha y la política”. “Todo indica que Ce s á-reo no entendía a los indios ni a los cho-los y jamás comprendió que lo popularen Cochabamba pasaba por la cotidiani-dad de la chichería”, concluye Ro d r í g u ez .

Sus autores pre f e ridos habrían sido LaBo é t i e, y más tarde Bakunin, Fa u re, To l s-toi, Proudhon y Kro p o t k i n e, a quienesaccedió gracias al fotógrafo Modotti, quetenía estudio en la Plaza 14 de septiem-b re. Te o d o m i ro Estrada lo inició en la as-t ronomía. Ro d r í g u ez lo describe alto,

delgado y de ojos claro s. Vínculo amoro-so con Julia Gu t i é r rez de la Reza, conquien se casó y tuvo tres hijos: Julia, Ro-b e rto y Dolly. Su padre le dio dinero paracostear sus emprendimientos y así pro-curó llevar el teléfono a Uncía, que sepuso en marcha en 1906 con un ro t u n d of ra c a s o. Trabajó como dependiente deun bar y allí escribió a su amigo Estra d ac a rtas re ve l a d o ras: “El mundo no sólo nome gusta, me repugna, quisiera el mun-do ideal del anarq u i s t a ! ”. En 1907 emigróa Oru ro; poco después al Beni, dondepudo ganar lo suficiente como para pa-gar sus deudas. La muerte de su madrelo afectó de tal manera que vistió lutohasta el fin de sus días, se alejó de susconvicciones católicas y abrazó el ateís-mo y las lecturas ácra t a s. Le molestabaen particular la liturgia y entonces acen-tuó su anticleri c a l i s m o. Divulgó las ideasa n a rquistas a los art e s a n o s, funda el pe-riódico Claridad y finalmente la re v i s t aA rte y Tra b a j o, cuyo primer número datadel 27 de febre ro de 1921. Ro d r í g u ez cri-tica sus contenidos erráticos y hetero d o-xos pero conviene en que se trataba deuna revista pro g resista orientada haciala izquierda, que combatió al régimen deBautista Sa a ve d ra y apoyó la org a n i z a-ción de los obre ros en Cochabamba en1922, llamada Fe d e ración Obre ra De p a r-tamental o Fe d e ración Obre ra de Co c h a-bamba.

Luego de una estadía en La Paz mar-chó a los Estados Un i d o s, donde tra b a j ócomo capataz en una mina de carbón,una vez más para pagar sus deudas. Enla Biblioteca Pública de Nu e va Yo rk en-contró una colección completa de Arte yTrabajo y, al comprobar la adhesión ma-nifestada en los últimos números al régi-men de He rnando Si l e s, echó el ejem-plar empastado al río. A su re t o rn o, vivióel derrocamiento de Siles y luego losa p restos bélicos de 1932 a los cuales seopuso en mitines y redacción de vo l a n-tes que le va l i e ron encarc e l a m i e n t o s. En

1936 participó en la fundación de laCo n f e d e ración Sindical de Tra b a j a d o re sde Bolivia (CSTB) y pudo haber sido mi-n i s t ro del Trabajo en lugar del oru re ñ oGa b riel Mo i s é s. Ni va rdo Paz contabaque creó talleres artesanales autogestio-n a rios de efímera duración.

En 1939, a sus 59 años, lucía de luto,con sombre ro de copa, no le gustaba darla mano, tenía fobia a la fotografía y ha-bía radicalizado su anticleri c a l i s m o. Ni-va rdo contaba que enfrentó a unas bea-tas que le ponían cruces y les gritó “ ¡ Vi vael demonio!”. Ot ra de sus exc l a m a c i o n e se ra: “ ¡ Abajo Dios y su concubina, la pa-t ri a ! ”. Ce l e b raba las rebeliones indígenasp e ro consideraba la tra n s f o rmación so-cial como obra de intelectuales y deo b re ros cultos.

En sus últimos días en Co c h a b a m b aa b rió la Fa rmacia Cosmos junto a su so-cio Alfredo Ga l i n d o, que todavía funcio-na en la Plaza 14 de septiembre. En ellase cara c t e rizó por ser una persona des-p rendida, amable y solidaria. Viajó aBuenos Aires a operarse de cataratas; sele agravó la miopía y leía con una lupag i g a n t e. “ ¡Mi e rda! Al cabo de tantos añosde vivir siento que no he vivido nunca yque en realidad he sido vivido por elt i e m p o … ! ”, una frase suya que anticipa-ba su última decisión. Así le dijo a Ef ra í nVega que se internaría a Tablas Mo n t ep a ra “abonar sus tierra s”. Su viaje postre-ro se produjo el 4 de julio de 1950 y sep e rdió en Tablas Mo n t e. Es fama quenunca encontra ron sus restos ni dejó fo-t o g rafía alguna, excepto una que se ha-bría tomado con De m e t rio Ca n e l a s. � �

C a p r i l e sL ó pez, C e s á r e o

1880 - ?

5 5

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Conocido hombre público cuyo nombrel l e va el Estadio De p a rtamental, murió trági-camente en Chuspipata fusilado por fuerz a sde la Logia Radepa el 20 de nov i e m b re de1944. Su obra más conocida es Qu i s i e ra serc i e l o, cueca. � �

C a p r i l e s,

F é l i x1 8 3 0 - 1 9 0 4

5 6

El botánico y natu-ralista boliviano mási m p o rtante de todoslos tiempos dedicósu vida al estudio dela natura l eza en Bo l i-via y dio su nombre a

c u a t ro géneros botánicos, especies y va-ri e d a d e s.

Estudió en el Instituto No rmal de LaPaz, donde también fue docente, así co-mo en Potosí, hasta que radicó en Co-chabamba. Era autodidacta; se inició en1921 integrando la expedición del nor-t e a m e ricano H. H. Ru s by, que re c o r rió si-tios de los Yungas y el Beni, y continuóc o l a b o rando con otros especialistas ex-t ra n j e ros que también lo invitaron a susu n i versidades debido a su proverbial ca-pacidad para la investigación de campo.Su asistencia a congresos y su colabora-ción en publicaciones y proyectos de in-vestigación le dio prestigio intern a c i o n a l .La comunidad científica valoró en espe-cial sus aportes taxonómicos a las cactá-c e a s, suculentas, amariliáceas y bro m e-l i á c e a s, así como sus estudios sobre es-pecies silve s t res o de cultivo arcaico dep a p a s. Fue Rector de la UMSS en dos

o p o rtunidades y profesor de Agro n o m í ahasta 1966. Legó un herbario con más de6.000 ejemplares al Instituto Miguel Lillo,de Tucumán. Fundó el Ja rdín Bo t á n i c oen Cochabamba, que en principio se lla-mó “Tadeo Ha e n k e” y hoy “Ma rtín Cár-d e n a s”. Revistas especializadas en Ale-mania, Estados Un i d o s, Argentina y Bo l i-

via publicaron sus colabora c i o n e s. Su ca-lidad intelectual fue avalada con dive r s o sn o m b ramientos de Mi e m b ro Co r re s-pondiente del Museo Nacional de Hi s t o-ria Na t u ral de Pa r í s, en 1939; de la So c i e-dad Americana de Ge o g rafía de Nu e vaYo rk, en 1947; y de la Sociedad Linneanade Londre s, en 1964. � �

C á r de n as Hermosa,

Ma rt í n 1 8 9 9 - 1 9 7 3

5 7OBRAS

Manual de plantaseconómicas de Bo l i v i a ,1969. Memorias de unn a t u ra l i s t a . Viajes porlos An d e s , La Pl a t a , l o sEstados Unidos y Eu ro-p a , 1973.

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Martes 14 de septiembre • 2010 49

Fundó en 1904 El Diario, de La Paz, elmedio más antiguo en el país, que diri-gió hasta 1908 y en el período 1927-1930. Escribía con el seudónimo Bri s-sot. A continuación, sus descendientesse sucedieron en la dirección: Su hijo,José Ca r rasco Ji m é n ez (1888-1962) fue

director de El Diario en los períodos 1930-1945,19 48-1955 y1957-1961, casi 25 años; Manuel Ca r rasco Ji m é n ez (1892-1964), también su hijo, fue fundador y director de El Diario.

Tu vo una activa vida política y periodística y re p resentó losi n t e reses de la gran minería y de la St a n d a rd Oil Co. Fue Pre s i-dente de la Compañía Huanchaca de Bolivia, de la Asociaciónde In d u s t riales Mi n e ros (1935-1943) y asesor legal de Simón I.Pa t i ñ o, de quien escribió una biografía.

Fundó El Co m e rc i o, en Cochabamba; estudió De recho en laUMSA, fue dirigente del Pa rtido Liberal, Se c re t a rio pri vado delPresidente José Gu t i é r rez Gu e r ra (1917-1920), diputado, Di re c-

tor del Banco Ce n t ral, Mi n i s t ro deO b ras Públicas, senador (1940-1943),y Presidente del Comité Nacional desu partido en el sexenio posterior alcolgamiento del Presidente Vi l l a r ro e l .Fue miembro de las Academias de laHi s t o ria y de la Lengua. Mu rió en LaPaz. � �

1 8 6 3 - 1 9 2 1

C a r ras coTor r ico ,

Jo s é

5 8

OBRAS

Simón I. Pa t i-ñ o, un prócer in-dustrial, 1960.

1 8 0 0 - 1 8 6 0

Fue un pionero de la vincu-lación caminera entre Co c h a-bamba y el Beni, y escogió unt ramo que partía de Re yes; sedestacó asimismo como pro-tector de los indígenas y comop romotor de la nave g a c i ó n

fluvial por la extensa red beniana. Sus biógrafos dicen que se habría refugiado en

las Provincias del Río de la Plata durante la Gu e r rade la Independencia. Al fundarse la república, fuea d m i n i s t rador de los terri t o rios de Moxos entre1830 y 1860 . En 1851 fue designado prefecto delDe p a rtamento del Beni, creado diez años antes, yen esa condición propició un asentamiento de na-t i vos Yu racarés y continuó con su política de vin-culación caminera con Cochabamba. En t re 1858 y1860 volvió al mismo cargo y alentó una política dep rotección de las culturas mojeñas, además de re-glamentar la navegación fluvial. Ga b riel René Mo-reno añade que fue Prefecto de Santa Cruz al pare-cer en 1842. “Publicó un apreciable y crítico pano-rama social del Beni elogiado por D’Orbigny y Mo-re n o”, dice D. Block en La cultura redaccional de losLlanos de Mo j o s, 1997. � �

5 9

C a r ras co,

Jo s é

Mat í as

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Fue diputado por Cochabamba al Co n g reso de Tu c u-mán, en 1816, Vi c e p residente de dicho congreso dos añosdespués y firmante de la Constitución unitaria de las Pro-vincias Unidas del Río de la Plata en 1819. Se sumó a las fi-las independentistas en Chuquisaca en 1809 y en Co c h a-bamba en 1810, fue delegado para congratular a Juan Jo s éCastelli, jefe del ejército auxiliar arg e n t i n o, por la victoria de

Su i p a c h a .Era médico; estudió en las Un i versidades de San Francisco Xavier y en la de Li-

ma. En 1806 fue médico del Re-gimiento de Pa t ricios comanda-do por Co rnelio Sa a ve d ra, enBuenos Aires; Teniente del Pro-tomedicato de Buenos Aires enCochabamba (1808); Ciru j a n oMa yor y Jefe de División en ele j é rcito de Be l g rano (1812). Seretiró después de 1820 y muri óen Buenos Aire s. Escribió acerc ade él en especial José Ma c e d o-nio Urquidi: Fi g u ras históri c a s.Diputados altoperuanos en elCo n g reso Co n s t i t u yente de Tu-cumán, 1816, 1916. � �

1 7 8 0 - 1 8 3 9

6 0

C a r ras co, Pe dro

B u e n av e n t u ra

Fue el mayor poeta pan-teísta de Bolivia. Ma d ren a t u ra l e z a, vuélveme ár-bol, tituló su biografía Ma-riano Baptista Gu m u c i o,citando uno de sus ve r s o s.

Nació en Su c re un 5 dejunio pero vivió toda su vida en Co c h a b a m b a ,en especial en fundos de su propiedad ubica-dos en Colomi y Pa racti; y murió un 28 dem a rzo. Sus restos fueron honrados con unacapilla ardiente erigida en la Plaza 14 de Se p-t i e m b re. Un ceibo blanco fue plantado en sutumba. Fue liberal militante, diputado por lap rovincia Chapare en 1913 y también minero.“Fue el más fino poeta modernista en pro s aque ha dado el país”, dice de él Carlos Ca s t a-ñón Ba r ri e n t o s. Poeta panteísta, fue llamadoel Ra b i n d ranath Ta g o re de Bolivia por su de-voción por las flore s, las plantas y los árboles,en suma, la belleza de las cosas pequeñas.“Humanizó la natura l eza: el árbol, para él, tie-ne corazón, siente el bien, vierte lágri m a s, seviste de esperanza; el pino posee alma, al igualque la flor, cuya tern u ra el poeta compara consus propias ilusiones (los pétalos de una ro s ason equiparables a los labios de una mujer);también humaniza a los animales, sintiéndo-se parte de la familia de va rios de ellos. Si a lan a t u ra l eza la llamó su madre, trata de herm a-nos al perro y a la golondrina; y habla del “p a-d re gusano”; la abeja es para él una virg e n c i t aaldeana y una moralista sin códigos”, agre g aCastañón.

Augusto Céspedes, su sobri n o, escribe de él:“Indudablemente más original y libre fue suvida que su obra escrita, es apenas una iri s a-ción: vida de monje laico, de franciscano plá-cido y jocundo ante la belleza de los cam-pos… donde su pro g rama consistía en hallarp a l a b ras adecuadas para traducir sus senti-mientos de panteísta sin metafísica”.

Según testimonio de Edmundo Anzo l e a g aVela, recogido por Luis Mérida Co i m b ra ,cuando apareció Símbolos Pro f a n o s, la poeti-sa uruguaya Juana de Ib a r b o u ru exclamó: “¡ He aquí nuestro Ta g o re Americano!” Ha b r í adejado un libro inédito: La alegría de mis pe-n a s, que fue empeñado y perdido en una fon-da cochabambina.

Fue soltero y solitario toda su vida. Su nom-b re de poeta fue Man Cesped. � �

50 Martes 14 de septiembre • 2010

C é s pe de s A n zoleaga,

Ma n u e l

6 1OBRAS

Símbolos pro f a n o s .Prosa lírica, 1924. Soly horizo n t e s. Pa ra losmuchachos de Améri-c a . Prosa y ve r s o,1930. Escribió sobreél, en especial, Maria-no Baptista Gumucio:Ma d re natura l e z a ,v u é l veme árbol. Vi d ay pensamiento deMan Cesped, 1979.

1 8 7 4 - 1 9 3 2

Madre Naturaleza, vuélveme árbol. Man Cesped.

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Pe riodista, abogado, histori a d o r,e s c ri t o r. Inició su carre ra litera ri acomo re p o rt e ro de guerra en el Cha-c o, desde donde enviaba despachosp a ra El Un i versal, reunidos más tar-de en un libro que fue el proyecto desu mejor obra narra t i va, Sa n g re de

m e s t i zo s. En la posguerra, fue redactor de La Calle juntoa Carlos Mo n t e n e g ro, Armando Arce y José Cu a d ro sQu i roga, celoso defensor del gobierno de Gu a l b e rto Vi-l l a r roel, fustigador de la Rosca minero feudal y pro m o-tor de las medidas que se harían realidad tras la Re vo l u-ción de 1952. En ese período y tras la re volución de 1952fue gran amigo de Ge rmán Mo n roy Block, quien comoMi n i s t ro del Trabajo de Vi l l a r roel, alentó la fundación dela Fe d e ración Sindical de Tra b a j a d o res Mi n e ros de Bo l i-via (FSTMB) y el ascenso de Juan Lechín Oquendo a Se-c re t a rio Ej e c u t i vo de ese organismo que fue núcleo de laCe n t ral Obre ra Boliviana (COB), según cuenta Gu i l l e r-mo Lora en su libro Hi s t o ria del Movimiento Obre ro Bo-l i v i a n o. En el sexenio 46-52 vivió en Buenos Aires y tra-bajó para el diario La Prensa. Tras el 52 fue el quinto deonce dire c t o res que tuvo el diario oficialista La Na c i ó n .Fue un periodista comprometido y fundador en 1941del Movimiento Nacionalista Re vo l u c i o n a ri o.

En esa vena subjetiva y comprometida escribió cuatrova l o raciones históricas: Metal del diablo, El dictador suici-da, El Presidente colgado y Salamanca, el metafísico delf ra c a s o. El pri m e ro de ellos es en realidad una novela, pe-ro de un efecto contundente en el juicio que la genera c i ó ndel Chaco y la posteridad tuvo de Pa t i ñ o, Hochschild yA ra m a yo, los tres Ba rones del Estaño, que hicieron gra n-des fortunas a costa de los recursos naturales de un paísp o b re y atra s a d o. Ni siquiera el neoliberalismo vindicó lam e m o ria de Simón I. Patiño o de Carlos Víctor Ara m a yo,los dos empre s a rios bolivianos de la Gran Minería. El dic-tador suicida tiene como protagonista al Presidente Ge r-mán Busch, iniciador de la política nacionalista, y El Pre s i-dente colgado es un relato dramático y militante sobre lainmolación del Presidente Gu a l b e rto Vi l l a r roel. No faltanh i s t o ri a d o res que critican su falta de objetividad, pero set rata de obras políticas de enorme influencia como dis-cursos ideológicos, y esa es su mayor virtud.

Su libro de cuentos Sa n g re de Me s t i zos es “un clásicode la litera t u ra”, según Luis H. Antezana Ju á rez. Su fuen-te de inspiración fue la historia inmediata, sobre la cuale j e rció una crítica implacable, matizada por su fino sen-tido de la ironía y la ro b u s t ez de su prosa dura y sarc á s-tica con sus adve r s a ri o s, que se manifiesta asimismo ensu obra periodística, vgr., su célebre re p o rtaje “Viaje al-rededor de un monolito pensante”, una semblanza deFranz Ta m a yo. En 1957 le fue otorgado el Premio Na c i o-

nal de Cu l t u ra. Ac e rca de él escri b i e ron el crítico chilenoAlone; Ma riano Baptista Gumucio y otros periodistas ycríticos litera ri o s.

Es difícil escribir sobre Céspedes sin asumir un tonoq u e ve d i a n o, pues el augusto escritor tenía el pare c i d omás próximo al ilustre Francisco de Qu e ve d o, incluso enuna leve cojera que justificó su apodo de “C h u e c o”; co-mo también en el uso cotidiano de la más punzante iro-nía con sus adve r s a rios y el coraje de batirse a duelo porquítame estas pajas.

En su propio país fue víctima de la inquina política.“Céspedes es un literato mediano y con cierta dosis derealismo calcado de novelistas italianos... autodidactocon enormes pre t e n s i o n e s, un literato de tierra dentro ym o ralmente un mal hombre capaz de todos los delitos”,dice de él Tristán Ma rof. Pe ro el célebre Chueco no po-día quedarse callado y le contestó lo siguiente: “Los re-publicanos no tomaron grandes re p re s a l i a s. So l a m e n t eGu s t a vo A. Na va r ro, que escogió el puesto de Alcaide,t o rturó a va rios pre s o s, entre ellos, a los jueces He n-nings y Va l l e. Inició así su carre ra política, como carc e l e-ro, el que sería después Tristán Ma ro f”. � �

Martes 14 de septiembre • 2010 51

C é s pe de s Patzi, A u g u s to1903 – 1997

OBRAS

Sangre de mestizos, 1936. Metal del diablo, 1946. El dictadorsuicida, 1956. El Presidente colgado, 1966. Trópico enamora-do, 1968. Salamanca o el metafísico del fracaso, 1973. Cróni-cas heroicas de una guerra estúpida, 1975. Las dos queridasdel tirano, 1984.

6 2

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52 Martes 14 de septiembre • 2010

Pe rteneció desde 1951 a la segun-da generación de “Gesta Bárbara”junto a Jo rge Claros Lafuente, Ja i m eCanelas López, Ma rio Ojara, Ma ri oL a ra López, Ge rmán Céspedes Ba r-b e ry, Ma rio Qu i roga de la Ze rda y Re-né Rocabado Alcócer, entre otro s.

Junto a We rner Guttentag creó la Biblioteca Boliviana, unaj oya editorial que lo sobrevivió y multiplicó en numero s o stítulos que abarcan múltiples disciplinas, todos publica-dos por la Ed i t o rial Los Amigos del Libro. Fue Alcalde Mu-nicipal de Cochabamba y como tal propició la creación dela Biblioteca IVº Ce n t e n a rio; fue asimismo diputado, sub-s e c re t a rio del Mi n i s t e rio de Minas y Pe t r ó l e o, y Pre s i d e n t ede CO R D E CO, entre otras múltiples funciones.

Su obra Posada de los sueños fue galardonada en 1963con el Premio Nacional de Poesía; en 1969 publicó La tra-dición en Cochabamba, obra antológica.

Héctor nació un 11 de septiembre y murió un 1º de sep-t i e m b re. No llegó a cumplir los 43 años. Era hijo de Me l-quiades Cossio Bo rda y de Julia Salinas Cre s p o. Su padrem u rió en Boquerón y él quedó huérfano a los tres años, alcuidado de su tía Zenobia, a quien está dedicado uno desus mejores poemas: Apuntes para una biografía de mim a d re: “Ma d re, cuando nací tenías / un corazón de pro-longada pena. / Un mart i rio sin música, obediente / a mid u ro cuidado, prolongaba / el frío innumerable de tus sie-

n e s.” Una conjuntivitis aguda le hizo perder el ojo dere-c h o. Estudió en la Escuela Uru g u a y, en la Escuela Fa c u n-do Qu i roga y en el Colegio Nacional Su c re. Se graduó deabogado por la UMSS y fue profesor de la Facultad de De-re c h o. Siendo presidente del Ce n t ro de Estudiantes de di-cha Facultad organizó en 1954 el Fe s t i val de Poesía Jove nBoliviana, histórica porque allí se re ve l a ron poetas de latalla de Gonzalo V á z q u ez Méndez, Félix Rospigliosi Ni e t o,Jo rge Su á rez, Edmundo Ca m a rgo y Antonio Terán Ca b e ro,ganador este último del Premio Nacional de Poesía “Yo-landa Be d re g a l”. Fue declarado Ciudadano Me ri t o rio deCo c h a b a m b a .

Du rante el sepelio de Co s s í o, el Dr. Julio Alberto d’ Av i sdijo: “El más luminoso poema de su vida fue la diáfanat ra ye c t o ria de su propia existencia. Su increíble epopeya,la denodada y larga batalla que sostuvo ante el pert i n a zasedio de la muert e. (…) Brilló en la cátedra unive r s i t a ri a .Sus lecciones tuvieron la cautiva d o ra belleza de sus ve r-s o s, se nutri e ron en la cristalina fuente de su eru d i c i ó nhumanista y re f l e j a ron su profunda penetración inve s t i-g a d o ra, al punto de individualizarlo como uno de los au-ténticos descubri d o res del alma nacional y del tempera-mento va l l u n o. Ninguna de sus lecciones, sin embarg o, al-canzó tanta gra n d eza como la cotidiana lección de su mo-destia de sabio, de su bondad de santo, de su genero s i d a dde maestro, de su consecuencia de ideólogo, de su tole-rancia de filósofo y de su lealtad de caballero.” � �

1 9 2 9 - 1 9 7 2

Co s s í o S a l i n as ,

H é ctor

6 3

OBRAS

Posada delos sueños. Lat radición enCochabamba.

Escritores de laGalaxia Guttentag,un emprendimien-to editorial que tu-vo un gran gestoren Héctor CossíoSalinas.

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Martes 14 de septiembre • 2010 53

Fue la única mujer delegada a laPri m e ra Co n vención de Estudian-t e s, del 17 al 23 de agosto de 1928,en Cochabamba, y a la Se g u n d a ,c e l e b rada en 1929 en Su c re, queexigió al gobierno la Au t o n o m í aUn i ve r s i t a ria. La dirigencia estu-

diantil de la pri m e ra Fe d e ración quedó conform a d adel siguiente modo: Ricardo Anaya Arze, secre t a ri og e n e ral; José Cu a d ros Qu i roga, de relaciones; Ca r l o sSalamanca, de Educación; Ge rmán Rive ro To r re s, dehacienda; Franklin Antezana Paz, de vinculacióno b re ra; Alfredo Mendizábal, de Prensa; Julio Espino-za, de De p o rtes; Art u ro Urquidi, de Actas; María Te re-sa Cu a d ros Qu i roga, Se c re t a ria; Ed u a rdo Arze Loure i-ro, Se c re t a ri o.

Eran tiempos en los cuales las mujeres no teníand e rechos ciudadanos y la ley les re s t ringía incluso susd e rechos civiles. No votaban ni podían ser candida-t a s, y para disponer de sus bienes debían recabar laa u t o rización expresa del padre, si eran soltera s, o delm a ri d o, si casadas. La incorporación de María Te re s aCu a d ros Qu i roga en la dire c t i va de esta Fe d e ra c i ó nfue un temprano acto de justicia para las mujeres bo-l i v i a n a s.

A propuesta de María Te resa Cu a d ro s, el IIº Co n g re-s o, celebrado un año después en Su c re, “consideró dee s t ricta justicia social nivelar al hombre y a la mujeren el goce y ejercicio de los derechos civiles y decidiósolicitar al poder legislativo sancione una Ley al re s-p e c t o. � �

C ua dro sQ u i ro g a ,

María T e r e s a

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1 9 2 2 - 2 0 0 1

Perteneció a una generación de abo-gados de cultura humanista, here d e rade una larga tradición que dio cancela-ri o s, re c t o re s, pre s i d e n t e s, dignatari o sde Estado, diplomáticos, escri t o res ya rt i s t a s. Fue militante y dirigente delPIR, Decano de la Facultad de Derecho,

de la UMSS, en el período 1958-1962 y Rector en el perío-do 1962-1966, y Ministro de la Corte Suprema de Justicia;p e ro entretanto cultivó part i c u l a rmente el teatro, comouno de nuestros dramaturgos más célebres, y la novela. Elpoeta Pe d ro Sh i m o s e, Premio Nacional de Cu l t u ra, dijode él: “Con agudo senti-do del humor y mediantela recreación del lengua-je coloquial, Crespo Pa-niagua ha re n ovado elt e a t ro costumbrista desu país. Su incursión enla novela re vela a un es-c ritor neorrealista deg ran poder descri p t i vo.”Di c c i o n a rio de autore si b e ro a m e ri c a n o s, Ma-drid, 1982. ��

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C r e s p oPa n i a g ua ,

R e n ato

OBRAS

Na rc i s o, 1968, La plaza dem a í z, 1969, ¡ Cuidado… queviene Es p a ñ a !, 1971. La pro-mesa ve rd e, 1972. El alfare rode marzo, 1973. Caras y care-t a s, 1975. Morir un poco,1977. Dar posada al pere g r i-no, 1978.

T e r e s aQ u i r o g a ,m a d re deJosé, Teresay Re n éC u a d r o sQuiroga.

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54 Martes 14 de septiembre • 2010

Ideólogo del Pro g rama de Principios de la Au-tonomía Un i ve r s i t a ria, junto a José Antonio Ar-ze, y uno de los intelectuales más conspicuos delMNR. Estudió De recho en la UMSS y en 1928 fuedelegado a la Iª Co n vención Nacional de Estu-d i a n t e s, reunida en Cochabamba. Junto a Arze yAnaya redactó el Pro g rama en el cual se plantea-

ban las conquistas que signarían la historia del paísen el siguiente medio siglo. Inició su vida intelectualcon Ce s á reo Ca p riles en la revista Arte y Trabajo; es-c ribió en La Opinión, de Cochabamba, en El Di a rio y

la Ca l l e, y dirigió el ve s p e rtino Un i versal, en La Pa z .Fue pacifista y no concurrió a la guerra del Chaco; co-fundador del MNR en 1941 y redactor de las Bases yPrincipios de acción inmediata del MNR (1942). Co-laboró con Vi l l a r roel y salió al exilio en 1946. Tras lare volución del 52 fue embajador en el Ec u a d o r, Mi-n i s t ro del In t e rior y Se c re t a rio Ej e c u t i vo del MNR.Frenó las aspiraciones del sector de izquierda y la di-fícil consolidación del plan de estabilización moneta-ria; fue Embajador en Francia y en 1964 pasó al exiliodonde se suicidó. � �

C UA DROS Q U I RO G A ,

Jo s é1 9 0 8 - 1 9 7 5

6 6

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55 Martes 14 de septiembre • 2010

Su nombre de guerra era Willi, Wi l l y, Wily oWy l y. Nació en Itapaya un 5 de enero y muri óejecutado junto al Che en octubre de 1967.Era trabajador minero de Huanuni de 1952hasta los despidos masivos que ejecutó el go-b i e rno del Gral. René Ba r rientos Ortuño conel “Sistema de Ma yo” de 1965, según frase de

Se rgio Almaraz. Se incorporó a la guerrilla en el grupo de Mo i s é sGu e va ra en marzo de 1967. Era parte de la columna guerri l l e radel centro, dirigida por el Che, e integrada por: Alejandro, Ro l a n-d o, Inti, Po m b o, Ñato, Tuma, Ur b a n o, Mo ro, Ne g ro, Ricard o, Ar-t u ro, Eu s t a q u i o, Gu e va ra, Lu i s, Antonio y León. Un tiempo losa c o m p a ñ a ron Tania, Pelado (Ciro Bustos), Dantón (Regis De-b ray), Chino y Se ra p i o, según el Di a rio del Che.

Cuando el Che cayó herido en la pantorrilla y con el arma inu-tilizada en la emboscada de la Qu e b rada del Churo, el 8 de octu-b re de 1967, Willi intentó ponerlo a salvo conduciéndolo a unaa l t u ra, pero fue capturado y ejecutado, como el Che, al día si-g u i e n t e, en la escuela de La Hi g u e ra .

En el Di a rio del Che hay va rias anotaciones que lo muestra nejecutando misiones de confianza junto a Po m b o, Art u ro, Da r í oy el Inti, entre otros guerri l l e ros de confianza. El 20 de agosto, elChe llama “mis ‘o b ras públicas’ a Willy y Da r í o. En septiembre lom u e s t ra explorando una posible salida junto a Inti. En la eva l u a-ción que hace de sus hombre s, el Che escribe: 1 4 / 5 / 6 7 . Tres meses.

Bu e n o. Ca l l a d o, d i s-ciplinado y tra b a j a-d o r ; hay que pro b a rl oen un buen combate.

14/8/67 – 6 meses –Bu e n o. No es un com-batiente aguerrido yquizás no lo sea nun-c a , p e ro sus cara c t e-rísticas arriba men-cionadas y su firmezalo hacen un hombres e g u ro.

Fue el único boli-viano que acompa-ñó hasta el últimomomento al Che yfue ejecutado el mis-mo día y lugar queél. � �

1 9 3 5 - 1 9 6 7

C u baS a n a b r i a ,

S i m e ó n

6 71 8 8 6 - 1 9 6 8

Pe rteneció a una pléyade de maes-t ros del De re c h o, que desde la funda-ción de la Un i versidad de San Si m ó nen 1832 dio una mayoría de Ca n c e l a-rios y Re c t o re s. Su especialidad fue elDe recho Ad m i n i s t ra t i vo y, como buenpersonaje público, sembró su vida do-

cente de anécdotas. Se cuenta, por ejemplo, que un co-nocido político, que había sido su alumno, lo saludó enel aero p u e rto y el Dr. D’ Avis le preguntó qué hacía enCochabamba, pues el discípulo integraba el gabinetem i n i s t e rial de turn o. “Acabo de arri b a r”, contestó éste yel Dr. D’ Avis le replicó: “Usted siempre arriba, ¿no?”

Era pequeño de estatura, de ojos azules y viva c e s, há-bil conversador y hombre de juicios sentenciosos y cer-t e ro s. Manejaba una motoneta Vespa que le era cara c t e-rística y dejó un libro de versos socarrones y sabrosos enlos cuales cuenta su vida sentimental, de edición póstu-ma gracias al celo de su amigo y colega maestro, el Dr.Jaime Ova n d o.

Estudió De recho en San simón y su tesis de grado so-b re la Co n f e d e ración boliviano-peruana fue publicadaen 1944, con prólogo del escritor peruano Luis Albert oS á n c h ez. Desde el título (El Estado boliviano y la unidadp e ruana) generó una polémica en este diario con los di-rigentes falangistas Óscar Únzaga de la Vega y Ma rio Gu-t i é r rez Gu t i é r rez por su defensa de la re i n t e g ración delantiguo Perú. Inauguró la cátedra de De recho Ad m i n i s-t ra t i vo y dejó un texto modelo de concisión y prosa. Fu eSe c re t a rio Ge n e ral de In f o rmaciones durante la Gu e r radel Chaco, Su b s e c re t a rio de Economía Nacional en elrégimen de Vi l l a r roel y Se c re t a rio Ej e c u t i vo de la Su b -comisión Ad m i n i s t ra t i va de la Comisión Nacional deRe f o rma Agra ria. � �

6 8

D ’ av i sS a i n z ,

J u l io A l b e rto

O B R A S

El Estado bolivia-no y la unidad pe-r u a n a 1944. L o se r ro res administra-t i vos de la Re f o r m aA g ra r i a , 1959. Cu r s ode De recho Ad m i-n i s t ra t i vo, 1960. It i-n e rario sentimental,1929-1954, 1998edición póstuma.

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1 9 2 5 - 2 0 1 0

Fue un connotado militante funda-dor de la De m o c racia Cristiana en Bo l i-via, miembro distinguido de la Co m i-sión de Re f o rma Agra ria, que convo c óel Presidente Víctor Paz en su pri m e rperíodo de gobiern o, catedrático de laUMSS, de la Un i versidad Católica Sa n

Pa b l o, de Bolivia, y de las Un i versidades de Ca ra b o b o,Un i versidad Ce n t ral y Un i versidad Católica Andrés Be l l o,de Ve n ezuela. En las elecciones de 1978 fue candidato a laVi c e p residencia y acompañante de fórmula del Gral. Re-né Be rnal Escalante. El Concejo Municipal de Co c h a-bamba lo nombró CiudadanoMe ri t o rio y la Un i ve r s i d a dCatólica Boliviana le otorgó el Doctorado Ho n o ris Ca u s a .

Nació en Tupiza un 19 de febre ro y murió en Co c h a-bamba un 28 de febre ro. Hi zo el Ba c h i l l e rato en el Co l e g i oLa Sa l l e, de Cochabamba, y estudió De recho en la UMSS;enseñó Filosofía, Trabajo Social, De recho y Ciencias Po l í-ticas en la UMSS, y fue el introductor de los pri m e ros se-m i n a rios de De recho Agra rio en las universidades de Ve-n ez u e l a .

Su experiencia en este campo determinó que en 1953el gobierno lo invitara a integrar una Su b c o m i s i ó n T é c n i-ca de la Comisión de Re f o rm a A g ra ria de Bolivia, que ejer-c i e ra una Vocalía en el Co n s e j o Nacional de Re f o rm aA g ra ria; que asesora ra al gobierno ve n ezolano en el temay fuera Mi e m b ro del Instituto di Di ritto Agra rio In t e rn a-zionale e Co m p a rato de Fl o re n c i a .

Fue profesor atiempo completo yDi rector de la Ca-r re ra de De re c h ode la Un i ve r s i d a dCatólica San Pa-b l o, en Co c h a-bamba. Escribió 7l i b ro s, estudios,m o n o g rafías y ar-tículos de pre n s aen Bolivia y el ex-t ra n j e ro, que fue-ron citados y reco-nocidos por exper-tos nacionales yextranjeros. ��

7 0

Di Nata l eE n r í q u e z ,

José R e m o

Martes 14 de septiembre • 2010 56

Fue un eminente constitucionalista, Re c-tor de la UMSS y humanista en su ampliaf o rmación académica. Nació un 7 de agostoen Su c re y murió en Cochabamba un 19 dea b ril. Era hijo de los esposos Justino Da z aPa l m e ro y Ho rtensia On d a rza B, bisnieto delCnl. Melchor Daza de Oré, héroe de la re vo-

lución del 10 de nov i e m b re de 1810, que fue firmante del Ac t ade la Independencia. Fue asimismo nieto del Dr. Abdón S. On-d a rza, fundador del Pu e rto de Antofagasta (1868) y último Di-putad por el Litoral en la Co n vención de 1880. Du rante la Gu e-r ra del Chaco se encontraba en Buenos Aires y ejerció impor-tantes tareas consulares en Clorinda, para auxiliar a los pri s i o-n e ros bolivianos evadidos del Pa ra g u a y.

Su labor académica se desarrolló luego de haber sido Em b a-jador ante las Naciones Un i d a s. Fue catedrático titular de De re-cho Constitucional por más de 24 años. Fue Mi n i s t ro de la Co r-te Su p rema y ejerció el Re c t o rado de la UMSS en los peri o d o s1959-1963 y 1976. Fue invitado a In g l a t e r ra y Francia por temasacadémicos de su especialidad, miembro de la Sociedad de Es-c ri t o res y Art i s t a s,

Me reció condecoraciones de la Santa Se d e, Chile, Re p ú b l i c aDominicana y Argentina y el Go b i e rno decretó duelo nacional ala noticia de su lamentable deceso. Fo rmó parte de la familia Ri-ve ro To r res y le dio una nueva dinámica a la Viña Mu y u rina, he-redada de don Juan de la Cruz To r res y don Ramón Rive ro Ló-p ez, de quien fue hijo político. � �

Da zaOn da r za ,

E r n e s to

6 91913 - 1972

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57 Martes 14 de septiembre • 2010

Fue hombre de confianza del Pre s i d e n t eDaniel Salamanca, con quien fundó el Pa rt i d oRepublicano Genuino y fue su ministro deHacienda y de Gu e r ra durante la contiendadel Chaco. Años después fue celoso defensordel ex Presidente al analizar las causas y el de-s a r rollo del conflicto.

Era periodista y político, muy allegado asimismo a la familia Ca-nelas y al diario Los Ti e m p o s. Estudió De recho en la UMSS y seg raduó de abogado en 1920. Di rigió La Pa t ria, de Oru ro y El Re p u-b l i c a n o, de Cochabamba, fue concejal y diputado en 1931 antes dei n t e g rar el gabinete de Salamanca. En 1934 fue nombrado In s p e c-tor del Ej é rcito en el Estado Ma yor Ge n e ral, pero no se posesionópor desconfianzas surgidas entre el Ej e c u t i vo y el Ej é rc i t o. In t e g r óel gabinete del Presidente En rique Pe ñ a randa en la cart e ra de Go-b i e rno; fue exiliado durante el régimen del Presidente Vi l l a r roel alos Estados Un i d o s, donde se desempeñó como profesor unive r s i-t a rio; re t o rnó en 1946 re t o rnó pero no volvió a la política. Fue nue-vamente exiliado a los Estados Unidos tras la re volución del 52, re-t o rnó en 1965, fue corresponsal de diarios nort e a m e ricanos y de-dicó sus energías a la litera t u ra histórica y ensayística. El Dr. Espa-da dirigió la recopilación de los artículos y editoriales escritos porDe m e t rio Ca n e l a s, que integran cuatro vo l ú m e n e s. � �

E s pa daA n t e za n a ,

Joa q u í n1 8 9 7 - 1 9 9 9

OBRAS

Salamanca ylas responsabili-dades de la Gue-r ra del Chaco ,1989.

7 1

Nació en Quillacollo un 25 ded i c i e m b re y murió en un acci-dente aéreo cuando se dirigía aUncía un 26 de nov i e m b re. Seinició trabajando como conduc-tor de camiones de la Gulf Oi lCompany en Santa Cruz hasta

1969. Los beneficios sociales que cobró le permi-t i e ron instalar una agencia de cerveza. En 1978tenía ya una fábrica de plásticos en Santa Cru z .En el período 1984-1987 dirigió el Banco Populardel Perú y en 1986 se convirtió en accionista ma-yo ri t a rio de la Ce rvecería Boliviana Na c i o n a l .Tentado por la política fundó Unidad Cívica Soli-daridad (UCS) en 1988; candidateó a la presiden-cia y obtuvo votaciones consistentes. Formó par-te del gobierno de Gonzalo Sánchez de Lozada enel período 1993-1997. No había cumplido los 53años cuando su vida se truncó trágicamente. � �

F e r n á n de zRoj as Max

1 9 4 2 - 1 9 9 5

7 2

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Hijo del Gra l .León Ga l i n d o,d i s t i n g u i d om i e m b ro delEj é rcito Liber-tador y Jefe delEstado Ma yo r

Ge n e ral del Ej é rcito Boliviano de-signado por el Presidente AntonioJosé de Su c re, fue poeta del Ro m a n-t i c i s m o. Su fusilamiento ord e n a d opor el Presidente Ma riano Me l g a re-jo tras vencer a sus adve r s a rios en labatalla de La Cantería consternó detal modo a su padre, que lo obligó aabandonar la vida pública. NéstorGalindo luchó contra el despotis-m o, fue desterrado en 1848 a Lima yTacna, vivió en Va l p a raíso; re t o rn óen 1851 y fundó la célebre Re v i s t ade Cochabamba un año después.Me l g a rejo se hizo del poder en 1864y Néstor Galindo se alistó en las filasde los opositores que luchaban pord e r rocar a un gobierno autori t a ri o.En esas circunstancias se pro d u j osu trágico deceso, cuando goz a b ade la admiración de sus contempo-ráneos por la fineza y pulcritud de

su formación y sus actitudes. De j óel poemario Lágrimas aunque antespublicó poemas dispersos en Chile,Perú y Bolivia.

Sus biógrafos lo califican comoro m á n t i c o, hipersensible al dolor,influido por sus pares euro p e o s, dee s p í ritu melancólico e idealismosentimental. En rique Finot y Au g u s-to Guzmán dicen que tradujo poe-mas de By ron y Víctor Hu g o. Au g u s-to Guzmán escribió: “Galindo re c i-bió, entra ñ a b l e m e n t e, la influenciade los poetas que llenaron con susa yes y con sus lágrimas el siglo de lae s p i ritualidad exaltada y personaldel art e. Confiado en una esponta-neidad prolífica, le faltó, sin duda,disciplina técnica, madurez de fon-do y prestancia original de form a”.“Si no precisamente como poeta,vale como hombre de ideales”, dicede él Carlos Castañón Ba r ri e n t o s. Elp ri m e ro en llamar la atención sobreél y su obra fue Ga b riel René Mo re-no; más tarde lo hicieron En ri q u eFinot, Hu m b e rto V á z q u ez Ma c h i c a-do y Adolfo Cáceres Ro m e ro, entreo t ro s. � �

G a l i n d oA rg ü e l l e s ,

N é s tor1 8 3 0 - 1 8 6 5

7 3G a l i n d oQ u i ro g a ,

Wa lt e r

“Eminente ciru j a n o,de excepcionales con-diciones pro f e s i o n a l e sy de relación humana”,dice de él el Dr. GastónCornejo Bascopé.

Estudió Medicina enla Un i versidad de Chile y se graduó en1923. Fue cirujano del Hospital Viedma ymás tarde su director. Por años Catedráti-co de Anatomía, Técnica Qu i r ú rgica, Se-miología y Cirugía (1939-1964), De c a n ode Medicina y Rector (1955-1958). Duran-te la guerra impartió cursos sobre Cirugíay En f e rmería de urgencia, y desarro l l óuna importante labor en el Hospital Qui-rúrgico Nº 6 de Sanidad Militar. Fue nom-brado Profesor Emérito al jubilarse de lacátedra. Tuvo a su cargo el Consulado Ge-neral en Francia. � �

7 41 8 9 7 - 1 9 7 5

Gabriel René Morenoestudió la obra de Nés -tor Galindo.

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Fue ante todo un dirigente cívico, unh o m b re de acción, un diseñador de proye c-tos de desarrollo y de cálculos estru c t u ra-l e s. Uno de los pri m e ros en el que part i c i p ófue el trazado del camino a Todos Sa n t o s, yo t ro que atendió gratuitamente fue el dise-ño y construcción del antiguo Puente de

Cala Cala, pero su desempeño mayor se inició con la toma deconciencia generada por la celebración del IVº Ce n t e n a rio de lafundación de Cochabamba. “Lo que impide la construcción deo b ras de bien colectivo y frena el desarrollo de los servicios pú-blicos no siempre es la falta de dinero. La causa principal se en-c u e n t ra en gestiones negligentes, iniciativas irre s p o n s a b l e s,descuido en el quehacer constru c t i vo, mantenimiento defi-c i e n t e, falta de compromiso y sobre todo, en el exceso de re t ó ri-co ve r b a l i s m o” reflexiona Eu d o ro Galindo Qu i roga en el libroque con motivo de la celebración del Cu a rto Ce n t e n a rio de laFundación de la Ciudad de Cochabamba nos dejó en 1974.

Ad m i raba al presidente Aniceto Arc e, que había donado lafuente de las Tres Gra c i a s, que aun se puede admirar en la Pl a z a14 de septiembre, donde llegaban las aguas captadas en la re-p resa de Arocagua. En esa línea, durante el gobierno de He r-nando Si l e s, el Prefecto de Cochabamba, Gral. Fe d e rico Ro m á nlo invitó a construir el camino a Todos Sa n t o s, cuya meta erallegar por vía fluvial al Amazo n a s. Le ofreció un sueldo que vir-tualmente doblaba el suyo, porque en esa medida juzgaba lai m p o rtancia del trabajo del In g e n i e ro Ga l i n d o. Lu e g ode trazar la ruta, que evitaba los inconvenientes actua-les de El Si l l a r, Galindo conoció ese escollo con que see n c u e n t ran los proyectos de desarro l l o, que es la pugnapolítica. Tanto pelearon los cochabambinos que pro p o-nían un ferro c a r ril en lugar de una carre t e ra, que el Pre-sidente Siles decidió no construir ninguna de ambas

o p c i o n e s. El camino al Chapare tuvo que esperar medio siglo, yel tra zo actual sigue el tra zo del In g e n i e ro Galindo excepto en ElSi l l a r. Poco después se creó la Junta Im p u l s o ra de las Obras deAgua Potable y Galindo fue designado In g e n i e ro Fi s c a l .

En 1917 llegó el ferro c a r ril a Cochabamba, desde Oru ro, y sep royectó prolongarlo a Santa Cruz. Los estudios de años poste-ri o res estuvieron a cargo del ingeniero alemán Hans Grether yla construcción se inició en 1929, pero la caída del Pre s i d e n t eSiles dejó trunca la vía férrea en Aiquile. En t re t a n t o, con ayudadel diputado Félix Ca p ri l e s, Galindo consiguió financiamientop a ra construir el primer puente de Cala Cala, que diseñó a sucosta y supervisó ad honorem la construcción hasta su estre n oen 1930.

Eu d o ro Galindo Qu i roga estudió el bachillerato en el Co l e g i oSu c re, del cual egresó en 1919 bajo la guía de don Luis Gu z m á nA raujo y las lecturas en la biblioteca de su abuela, Plácida Sa l a-manca. Estudió Ingeniería Civil en la Un i versidad de Chile, seg raduó el 24 de junio de 1925 y desarrolló sus pri m e ras expe-riencias profesionales en ese país.

A su re t o rno fue ingeniero jefe de los tramos ferrov i a rios aSanta Cruz, Su c re - Potosí, Co ru m b á - Santa Cruz, así como de lapavimentación de Cochabamba y las obras sanitarias en Po t o s íy Ta rija. Fue profesor de Arq u i t e c t u ra en la UMSS, senador y co-fundador del diario Los Tiempos en 1943 junto a De m e t rio Ca-n e l a s, Walter Galindo Qu i roga y Rafael Gumucio Iri g oyen. Fu efundador del Club de Leones en 1950 y socio fundador del

Co u n t ry Club, el Automóvil Club, Pre s i d e n t edel Club Social, del Ro t a ry Club, del Club Hípi-co Nacional, de la Fe d e ración de Pro f e s i o n a l e sde Cochabamba y de la Sociedad de Ge o g ra f í ae Hi s t o ria de Cochabamba. Eu d o ro Ga l i n d oc o n t rajo matrimonio con la Srta. Blanca AnzeGuzmán, unión que duraría 60 años. � �

1 9 0 1 - 1 9 9 1

G a l i n d o Q u i ro g a ,

E u d oro

7 5

OBRAS

Memorias de uningeniero, 1990.

El Río Rocha, an-tes.

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Fundador de una familia de larg at radición en Cochabamba, fue unode los héroes de la independencia;cayó herido en las batallas de Ca ra-bobo y Bomboná, combatió en la ba-talla de Ayacucho y llegó a Bo l i v i acon Antonio José de Sucre y el Ejérci-

to Libertador. Sucre lo designó Prefecto de Potosí y en1827 fue Jefe de Estado Ma yor Ge n e ral del Ej é rcito deBolivia. En esa condición enfrentó la invasión del ejérci-to peruano comandado por el Presidente Agustín Ga-m a r ra en 1828; el jefe del Ej é rc i t o, el general Pérez deUrdininea, quiso ascenderlo a General, pero Galindo noaceptó porque no llevaba la firma de Sucre.

Había nacido en V é l ez, Colombia. A sus 14 años sealistó en el Ej é rcito Libert a d o r. Cuando la invasión deGamarra, se opuso al Ajuste de Piquiza, acordado con elinvasor, y fue borrado de la lista militar y desterrado a laA rgentina. Volvió en 1829, se radicó en Co c h a b a m b a ,donde compró una heredad con los bonos que otorgó el

Congreso a los integrantes del Ejército Libertador. Fuemunícipe. José Ballivián lo rehabilitó y desde entoncesfue varias veces Prefecto y en 1847, nuevamente Jefe deEstado Mayor. Debido a sus vínculos con Ballivián, Bel-zu lo persiguió con saña y lo exilió al Perú hasta 1854. Deretorno en Cochabamba, fue munícipe y Prefecto hasta1860 en que se retiró. Le afectó el fusilamiento de su hi-jo Néstor Galindo, ordenada por Melgarejo tras la bata-lla de La Cantería. Escribió acerca de él Julio Díaz Argue-das, entre otros. � �

7 6

1 8 5 1 - 1 9 0 4

En t re sus alumnosen pintura figuran per-sonalidades tan desta-cadas como Ave l i n oNogales, Raúl GonzálezPrada y Adela Za m u-d i o. Enseñó también

en Santa Fe, Argentina. En periodismo en-vió correspondencia a El Comercio duran-te la Gu e r ra Pacífico; fue corresponsal enEu ropa de El He ra l d o, de Cochabamba, yp e riódicos de La Paz. En la diplomacia,fue Cónsul en La Serena, Chile a partir de1874; el presidente Na rciso Ca m p e ro lonombró Cónsul de Bolivia y Secretario dela Legación ante la Santa Sede. Como mi-litante del Partido Liberal fue diputado en1902.

En artes plásticas, inició su form a c i ó nartística en el Circolo Artistico Internazio-nale, de Roma, en 1882; vivió entre Romay París en el período1883-1897; en 1888participó en el Salón de Artistas Libres Ex-po Un i versal de París y su óleo Ti t i c a c aobtuvo mención. En Cochabamba creó laAcademia Nacional José Ga rcía Mesa. Se-gún los críticos, no se aferró a estilos ni te-máticas, no se interesó por nuevas estéti-cas de fines del siglo XIX; ecléctico, cultorde la imaginería burguesa de la belle épo-que, pintó temas religiosos, escenas histó-ricas y re t ó ricas sobre temas patri o s, pai-sajes impresionistas y re t ra t o s. Escri b i e-ron acerca de él Carlos Salazar Mo s t a j o,Pe d ro Qu e rejazu y Michelle Pe n t i m a l l i ,entre otros. Murió en La Paz. ��

7 7G a rc í a Mesa, Jo s é

1 7 9 5 - 1 8 6 6

G a l i n d o,

L e ó n

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Fue designado intendente deCochabamba cuando estalló el le-vantamiento del 14 de septiembrede 1810.

Los patri o t a s, comandados porel Crnl. Francisco del Rive ro y sus e g u n d o, Esteban Arze, logra ro n

que Gonzales Prada se ri n d i e ra .Una vez sofocado el levantamiento y cuando era in-

minente la fundación de la nueva República, el antiguog o b e rnador volvió a Cochabamba y fundó una larga fa-milia que se prolonga hasta nuestros días, casandosecon la hija del Comandante de Plaza, Gral. Marrón yL o m b e ra .

En t re su numerosa descendencia podemos encon-t rar al escritor y hombre público Nataniel Aguirre, Go n-zales de Prada, al pintor Raúl Prada y a la extensa des-cendencia de ambos.

Pudo más el amor a este valle que la fidelidad a la Co-rona, que obró en el ánimo de este prestigioso militarrealista, para determinar que se quede en Co c h a b a m b arodeado de sus familiare s. � �

G on z á l e zP ra da ,

Ma n u e l

7 8

La Escuela de Bellas Art e s, de Co-chabamba, lleva su nombre desde1990 para inmortalizar a este dignoalumno de Avelino No g a l e s. Fu n d óademás el Instituto Tecnológico en1947, del cual fue su primer dire c-t o r, y tuvo una intensa actividad

pedagógica en su especialidad.Era pintor de vocación pero estudió De recho en la

UMSS. En 1925 obtuvo el primer premio pintura delCe n t e n a rio de la República. Du rante la Gu e r ra del Cha-co plasmó sus impresiones del paisaje y los combatien-tes en dibujos y lienzo s. Fue maestro de secundaria yd i rector de la Academia de Artes y Oficios de la UMSS.Los críticos califican su obra plástica como lumínica yc o l o rista, basada en el paisaje valluno y la natura l ez a ,re t ratados en atmósferas impre s i o n i s t a s. Escri b i e ro na c e rca de él Fe d e rico Ávila, Carlos Salazar Mo s t a j o, Pe-d ro Qu e rejazu, Armando So riano Badani, P. Luján y Mi-chelle Pentimalli, entre otro s. � �

G on z á l e z-P ra da

P ra da, Ra ú l

1 9 0 0 - 1 9 9 1

7 9

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Fue una de las figura svisibles entre los org a n i-z a d o res del Co n g re s oNacional Indígena de1945, convocado por elg o b i e rno del Pre s i d e n t eGu a l b e rto Vi l l a r ro e l .

Tras derrocarlo y eliminarlo trágicamente en1946, los hacendados no cumplieron las re s o-luciones de dicho Co n g re s o, entre las cualess o b resale la abolición del pongueaje, un sis-tema de serv i d u m b re propio de la re p ú b l i c adesde 1825, por lo cual Grájeda encabezó unalzamiento en 1947, duramente re p ri m i d ot ras la eliminación de dos hacendados. A ra í zde estos hechos, fue condenado a la pena ca-pital, huyó de la cárcel aprovechando la gue-r ra civil de 1949, volvió a ser capturado y per-maneció en prisión hasta el triunfo de la re vo-lución de 1952, que lo benefició con una de-c l a ra t o ria de amnistía decretado el 22 de julioy puesto en libertad el 14 de septiembre deese año. De inmediato encabezó la demandade expropiación de la hacienda de Yayani yd i s t ribuyó títulos de re f o rma agra ria en 1957.Su hermano Vitaliano fue también diri g e n t ec a m p e s i n o.

Nació en Mo rochata, provincia Ayo p a y a .En 1940 inició sus demandas contra los ha-cendados por abusos cometidos contra losc o l o n o s, por lo cual fue confinado a la isla deCoati. apresado y confinado a Coati. � �

1896 - 1968

G r á j e da,

H i la r i ó n

8 0

El Dr. Félix Antonio del Gra-nado asumió el Re c t o rado el 7de febre ro hasta el 12 de mar-zo de 1923. El De c reto de 6 den ov i e m b re de 1922 determ i n alos Planes de Estudio para lasFacultades de De recho y Cien-

cias Sociales y Po l í t i c a s. Lo reglamenta el De c re t ode 10 de nov i e m b re de 1922. El De c reto de la mis-ma fecha desarrolla un Plan de Estudios de las Fa-cultades de Medicina. Sus biógrafos destacan quefue fundador de la Academia Boliviana de la Len-gua en 1928 y padre del poeta Javier del Gra n a d o.Era, a su vez, sobrino del Obispo Francisco Ma r í adel Gra n a d o. De pensamiento conserva d o r, fue se-c re t a rio del Presidente Baptista (1894-1896), Pre-f e c t o, Presidente del Concejo Municipal y Alcalde;Mi n i s t ro de In s t rucción Pública bajo las pre s i d e n-cias de Bautista Sa a ve d ra y He rnando Siles y Em-bajador ante la Santa Se d e. Estudió De recho en laUMSS y se graduó de abogado en 1894. Escribió ElG ó l g o t a , poema en tres actos (1894) y una biogra f í ade Monseñor Manuel María Alcócer. ��

8 1

G ra n a d o,

F é l i x

A n ton io de l

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63 Martes 14 de septiembre • 2010

La Plazuela Granado, un rincón del sigloXVIII en Cochabamba, lleva su nombre.Junto a la plazuela se yergue el Convento deSanta Te resa, que ha sido re s t a u rado peroaún faltan obras urgentes, como derruir elp a redón de la calle Baptista, que cubre elflanco de la iglesia. La Plazuela es como un

viaje al pasado, excepto por una absurda intervención arqui-tectónica, consistente en unos tubos de desagüe de alcantari-lla dispuestos como chimeneas, que dizqué no rompen el con-junto y hacen juego con las palmeras; un absurdo más del de-sarrollo urbano de Cochabamba.

Francisco María del Granado Capriles fue un orador sagradode importancia en el siglo XIX y por eso

Fi g u ra en la Antología de la Ora t o ria Boliviana, de Po rf i ri oDíaz Machicao (1968). Estudió y se ordenó en el Seminario deCochabamba en 1858. Fue profesor Religión, Latín y Humani-dades; Vicario capitular en Santa Cruz, y en 1860 ascendió a ladignidad de Obispo Auxiliar y fue declarado póstumamenteObispo titular. Celebró el I Sínodo del Obispado en 1873. Pia-doso y de ideas tradicionales, fomentó la catequesis y la predi-cación, luchó por purificar la religiosidad popular de aquelloque el clero llama paganismo y procuró fortalecer la liturg i aoficial; fundó escuelas parroquiales; era contrario a la partici-pación de los religiosos en política. Concurrió al IIIº ConcilioPlatense 1889. Tres años antes fue designado Arzobispo de LaPlata, pero renunció. ��

G ra n a d oC a p r i l e s ,

F ra n c i s co

Ma r í a de l

8 2

1913 - ?

Es el poeta boliviano que más galar-dones obtuvo en vida; el mayor de elloscuando la Organización Mundial dePoetas Laure a d o s, con sede en Ma n i l a ,Fi l i p i n a s, le otorgó una Medalla al Po e-ta Continental (1965) y una Co rona deL a u reles de Oro (1966). “Además de los

p remios nacionales consiguió asimismo otros continenta-les como el “César Va l l e j o” de Lima y el “Rubén Da r í o” deBuenos Aire s”, comenta Augusto Guzmán en Bi o g rafías dela Litera t u ra Boliviana. En 1965, el Presidente René Ba-r rientos le otorgó otra corona de laureles de oro “con locual Javier del Granado es sin lugar a dudas uno de lospoetas más coronados que haya conocido la comunidadc u l t u ral hispanoameri c a n a”, según agrega Augusto Gu z-mán.

Se inició como sonetista cantando al paisaje boliviano.“Aislados o juntos, esos sonetos, como obras acabadas ensu difícil perfección, pert e-necen ya sin duda a la cate-goría de composiciones clá-sicas de la lírica boliviana,junto a los sonetos de Ta m a-yo o de Jaimes Fre y re, deReynolds o de Gu e r ra, deVi s c a r ra Fa b re o de Ce r ru t o”,dice Guzmán.

Su obra posterior fre c u e n-tó el romance hispano contemas bucólicos o históri-c o s. � �

8 3

G ra n a d o,

J avier de l

OBRAS

Canto al paisaje deBolivia; Rosas pálidas(1939); Evocación delvalle (1964); Romancedel valle nuestro(1972); Del crepúsculoy del alba (1975), en-tre otras.

1 8 3 5 - 1 8 9 5

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“Este Alejandro, hecho de blancosf e rvo re s, hierático y frío. De palabraotoñal y contenida. Pa l a b ra que seiba con el cierzo, rápidamente. EsteA l e j a n d ro Gu a rdia que daba sensa-ción de nieve, con los ojos pro f u n d o sc l a vados en la montaña. Este Alejan-

d ro Gu a rdia –tallado en la tri s t eza por un viento helado—es el que recibió el secreto de los grandes maestros delm á rm o l”. Po rf i rio Díaz Ma c h i c a o, Presencia Litera ria, 16de octubre de 1977.

Estudió en el Colegio Su c re y fue discípulo de Ave l i n oNo g a l e s. Estudió en España en 1916, pintura y diseño ar-quitectónico en la Escuela Comunal y en la Ac a d e m i aBo r r á s, de Ba rcelona. En 1918 en Italia, escultura, Ac a d e-mia de Bellas Art e s, de Roma, profesor de Bellas Artes en1922 y graduado con honores en Escultura en el Real In s-tituto Su p e rior de Bellas Artes; y en Arq u i t e c t u ra en 1924en el Instituto Comunal de In s t rucción Profesional. Ta l l ade madera y estru c t u ras de cemento armado en la Escue-la Su p e rior de Artes Ap l i c a d a s, de Viena, y composicióne s c u l t ó rica y técnicas de uso de piedra artificial en el ta-ller del escultor expresionista Aristide Bo u rd e l l e, discípu-lo de Auguste Rodin, en Pa r í s.

De re t o rno en 1925, hizo va rias exposiciones y se dedi-có a la docencia. En 1926, He rnando Siles instruyó la fun-dación de la Academia Nacional de Bellas Art e s, diri g i d apor Gu a rdia hasta 1931. Sus discípulos fueron Ma ri n aN ú ñ ez del Prado y Emiliano Luján, entre muchos, comolo reconoce Ma rina en su autobiografía. En 1932 fundóen Cochabamba la Academia de Bellas Art e s, dependien-te de la UMSS. Du rante la guerra fue Jefe de Ca rt o g ra f í aen la Sección Técnica del Comando Su p remo (Vi l l a m o n-t e s, 1934-1935). Re t o rnó a la dirección de la Ac a d e m i ahasta 1938 que se llamó Escuela de Artes Pl á s t i c a s. Co m oa rq u i t e c t o, proyectó y dirigió obras de desarrollo urbanoen el Beni (1941-1942), como el Hospital Ge n e ral de Tri-nidad y el Casino de Oficiales. Luego Di rector de Arq u i-t e c t u ra Di s t rital, de la Pre f e c t u ra de Cochabamba (1942-1945), 50 proye c t o s, re s i d e n c i a s, urbanizaciones y vivien-das de interés social en Cochabamba y La Paz.

De re t o rno a Cochabamba, fue Di rector de la Escuelade Artes y Oficios de la UMSS, que más tarde fue el In s t i-tuto Tecnológico y luego Facultad de Arq u i t e c t u ra, donde

enseñó hasta 1965 Modelado e Hi s t o ria del Art e. Di re c t o rNacional de Artes Plásticas (1965-1967), Di rector del Mu-seo Nacional de Bellas Art e s, La Paz, 1968-1970 y Di re c t o rdel De p a rtamento de Ciencias y Artes del Se rvicio de Ex-tensión Cu l t u ral del municipio hasta su muerte en 1977.Se le deben numerosos art í c u l o s, ensayo s, críticas y me-m o rias; y la devoción de sus hijos Fe rnando y Edgar hizoposible la publicación de su Tratado de Arte y Arq u i t e c t u-ra . Causas y efectos en el Alto Perú y Bo l i v i a (2009).

Mu rió en Cochabamba a los 81 años de edad. En su se-p e l i o, el escritor Augusto Guzmán dijo: “Gran amador delmundo en su amplitud universal, no le gustaba quedarseen su rincón pre f e rido sino visitar otros países de dive r-sas condiciones y estilos difere n t e s. Viajaba con fre c u e n-cia planificada. Hace poco viajó al Japón y trajo muy bue-nas impre s i o n e s. Ahora ha viajado, sabiéndolo o sin sa-b e r, a un misterioso país desconocido y sin re t o rn o.” � �

G ua r di aVa lv e r de ,

A l e j a n dro1903 – 1997

OBRAS

Algunas de sus obras: Monumento a Nataniel Agui-rre, a Demetrio Canelas a Manuel Ascencio Villarroel,en Cochabamba. A Monseñor Alcócer, en Sacaba. AlCristo Redentor, en Comarapa.

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Gracias al Di a rio de un Comandante dela Independencia Americana 1814-1825,el único diario de campaña del pro c e s oindependentista en el continente, segúnla histori a d o ra Ma ri e - Danielle Démelas,tenemos una nómina de héroes olvida-dos que combatieron en la División de

los Va l l e s, comandada sucesivamente por José Bu e n a ve n t u-ra Zára t e, Santiago Fa j a rd o, Eusebio Lira, José Manuel Chin-chilla y José Miguel Lanza. El Di a rio fue escrito por José Sa n-tos Va rg a s, conocido como El Tambor Va rg a s, y fue encontra-d o, estudiado y publicado por Gunnar Me n d oza, director delA rc h i vo Ge n e ral de la Nación. Últimamente la Ed i t o rial Pl u-ral publicó nuevamente este afamado testimonio sobre lag u e r ra de la independencia.

Estas son las semblanzas que escribió José Santos Va rg a ss o b re los héroes de la guerrilla de los Valles nacidos en Co-chabamba:

1 . - PE D RO ÁLVA R E Z . Na t u ral del pueblo de Mo ro c h a t a .Fue sargento segundo en 1810. Fue emigrado al ejérc i t o, tu-vo parte en las acciones del Tucumán y Salta. El año de 1813de la acción de Macha se dispersó, se vino a su país. Leva n t ót ro p a s, defendió con mucho hero í s m o. -De comandante decaballería murió en acción, en Pa rangani, cantón de Mo ro-chata, por nov i e m b re de 1818.

2.-PÍO HERMOSA. Na t u ral del pueblo de PalcA. Sentó pla-za de soldado cadete de caballería el año de 1817 a pri n c i-p i o s. El año de 1818 el comandante general don José Ma n u e lChinchilla lo hizo alférez. Siguió sirv i e n d o. El año de 1819por el mes de julio fue su padre en pos de su hijo por ave ri-guar y ve r l o, llega al pueblo de Ta p a c a ri, a la siguiente nocheasaltan los enemigos a una partida pequeña, escapan todosc o r riendo y lo pescan a don Alejo He rmosa (que así se lla-maba el padre, caballero de mucha atención y respeto enaquel pueblo de Palca, vecino muy honrado en él, natural deuna de las ciudades de la república de Chile, y como esosaños triunfó el general en jefe don José de San Ma rtín enaquella república lo mandó a -Arq u e, pueblo capital de lap rovincia del mismo nombre), y lo fusilaron al caballero donAlejo He rmosa, un paisano pacífico. El año de 1822 el coro-nel Lanza lo mandó a este su hijo don Pío He rmosa a la ciu-dad de La Paz con dinero a comprar galones para todos loso f i c i a l e s, piedras de chispa, bayo n e t a s, algunos pares de pis-tolas y paños. Fue entregado por don José María Ñeto (Ni e-to). Lo confinaban preso de expreso a Lima, y en el caminoc o r rió y escapó, se entró a los Valles y casa a los cinco o seismeses de que se perd i ó .

3 . - M E LCHOR PAC H E CO. Na t u ral del pueblo de Ca ra s a .Sentó plaza el 26 de octubre de 1817. El comandante genera ldon Eusebio Lira lo hizo alférez de caballería por ser un jo-

G U E R R I L L E RO SDE LA INDE PE N DE N C I A

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ven decente, ro l l i zo, bien formado y de buena familia en sup u e b l o. En un corto tiroteo que hubo en el río de Ta p a c a ri enun lugar que llaman Calavinto murió el 3 de nov i e m b re dedicho año a los ocho días de que entró al serv i c i o. Joven va-liente que por dar a conocer su patriotismo y valor se pre c i-pitó y pereció lastimosamente.

4.-JOSÉ MANUEL CHINCHILLA . Na t u ral del pueblo de Ta-p a c a ri. Fue capitán el año 1811 por el general don Fra n c i s c oR i ve ro en Cochabamba. Fue comandante general de dichosValles y teniente coronel del ejército por el señor general enjefe don Ma rtín Güemes. Fue fusilado el 21 de marzo de 1821en el pueblo de Ca va ri por el señor coronel y comandante ge-n e ral don José Miguel Lanza.

Complementamos esta biografía con los apuntes que si-guen: Nació en Tapacarí en el siglo 18 y murió en Ca va ri. Je f ede la guerrilla independentista de la llamada División de losVa l l e s, que actuó en las provincias Ayopaya, Inquisivi y Yu n-g a s. En 1811 fue Capitán y en 1812 cayó preso junto a Jo s éMiguel Lanza, pero escaparon de la cárcel de Potosí y se en-roló en la guerrilla de Ayopaya en su capital, Palca (hoy In d e-pendencia) en 1816. Tras la muerte del jefe guerri l l e ro Eu s e-bio Lira eligieron como Jefe a Santiago Fa j a rdo y él fue segun-do jefe desde el 26 de diciembre de 1817. En 1818 rodeó elpueblo de Mohosa con 60 hombres y 3.000 indios para en-f rentarse a Ma rquina y otros rebeldes de sus propias filas.Ejecutó a Ma rquina por la conspiración que costó la vida deEusebio Lira y liberó a Santiago Fa j a rd o. Como éste se re t i r óuna vez cumplido su objetivo de vengar la muerte de Lira ,Chinchilla fue elegido Jefe de la División de los Va l l e s. En esacondición enfrentó a las tropas realistas comandadas por Ri-c a f o rt, Rolando y España, que comandaban 1.700 hombre s

con dos cañones y provenían de Oru ro, Cochabamba y Si c aSica. En 1819 el Ge n e ral Ma rtín Miguel de Güemes lo ra t i f i c ócomo Comandante Ge n e ral de los Valles y Teniente Co ro n e ldel Ej é rcito patriota. En esa condición duró hasta 1821 enque entregó el mando a Lanza, que llegó de Salta y fue re c i b i-do en Inquisivi. Así se retiró de la guerrilla. La conspira c i ó nde los propios rebeldes arreció contra él y ese año lo arre s t a-ron y fusilaron el 21 de marzo.

E s c ri b i e ron acerca de él: José Santos Va rg a s, en su famosoDi a rio de un comandante de la Independencia Ameri c a n a1814-1825, y Charles W. Arnade en La dramática insurg e n c i ade Bolivia, 1955, entre otro s.

5.-JOSÉ DOMINGO GANDARILLA S . Na t u ral de la ciudadde Cochabamba. Fue comandante de partidas ligeras pordon Juan Antonio Álva rez de Are n a l e s, coronel y comandan-te del departamento de Cochamba (sic) el año de 1813. Fu ep ri s i o n e ro y fusilado en Cochabamba por las tropas españo-las el año de 1820.

6 . - LUIS GARCÍA LU N A . Na t u ral de la villa de Ta rata. Fu ecapitán por el comandante general don Eusebio Lira y con-f i rmado por el señor general don Ma rtín Güemes que existíaen Sa l t a .

7.-JOSÉ BENITO BU S TA M A N T E. Na t u ral de la ciudad deCochabamba. Capitán en la tropa del comandante de part i-das ligeras don José Manuel Chinchilla, se pasó a la tropa delcomandante general don Eusebio Lira quien lo colocó de ca-pitán de dragones de caballería. El general don José Mi g u e lLanza lo hizo comandante general de la provincia de Si c a s i c ay actualmente vive en clase de coronel de inválidos en Co-c h a b a m b a .

Marie Da n i e -lle Demélas in -vestigó el Di a r i ode José SantosVa r g a s , re f e re n t ea la División delos Valles que ac -tuó en la guerri -lla de Ay o p a y a .Lo hizo luego dela enjundiosai n vestigación deGunnar Me n d o -z a . Por el Di a r i oconocemos tan -tos héroes anó -nimos de la In -dependencia.

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8 . - A N TONIO PAC H E CO. Na t u ral del pueblo de Arque y ve-cino del de Inquisivi. El comandante general don Eusebio Li-ra lo hizo subteniente de cazadores el año de 1816. El subce-sor (sic) de Lira don José Manuel Chinchilla lo hizo teniente,y el señor general don José Miguel Lanza lo hizo comandantede Cajuata. Así concluyó la guerra fielmente.

9 . - R A FAEL CO PI TA S . Na t u ral del pueblo de Ca rasa y ve c i-no en el de Inquisivi. El comandante general don Eusebio Li-ra lo hizo subteniente de cazadores; el comandante don Jo s éManuel Chinchilla lo hizo teniente; el señor general Lanza loh i zo comandante de Inquisivi. Así concluyó la guerra fiel-mente y vive.

10.-MANUEL SAAV E D R A . Na t u ral del pueblo de Ca ra s a .Capitán de gra n a d e ro s. El año de 1820 en el alto del pueblode Palca por el mes de junio se dispersó y anda perd i d o.

11.-JOSÉ MANUEL ANTEZA N A , alias EL LO COTO. Na t u ra lde la ciudad de Cochabamba. Fue nombrado capitán de ca-ballería. El general don José Miguel Lanza lo hizo comandan-te de la doctrina de Mo rochata. Así concluyó la guerra. Fue aLima con el general presidente de la República An-drés de Santa Cruz y allí murió con accidente en cla-se de teniente coro n e l .

12.-JOSÉ MANUEL CASTRO. Na t u ral del pueblo deTa rata. El comandante general don José Ma n u e lChinchilla lo hizo alférez de caballería. En un aslatoque hizo el enemigo el 3 de nov i e m b re de 1819 cayóp ri s i o n e ro en Mohosa y se ha perd i d o.

13.-MARIANO MENDIZÁBAL. Na t u ral e la ciudadde Misque y vecino del pueblo de Palca. Fue capitánen las tropas de los españoles, se pasó a las tropas dela Pa t ria El año de 1820. El año de 1822 se volvió a pa-sar a las ropas de los españoles por cuyo hecho el añode 1823 por el mes de agosto el general Lanza queríafusilarlo en Cochabamba, y Santa Rosa por su día in-t e rcedió por este Mendizábal: fue indultado y más nose ave ri g u ó .

14.-MANUEL PA R E D E S . Na t u ral del pueblo de Pu-nata en la provincia de Clisa. Te n i e n t e. Fue emigra d oa las ciudades de Salta y Tucumán por las derrotas deVi l l c a p u j yo y Macha. Re g resó en compañía del señorc o ronel don José Miguel Lanza.

15.-JOSÉ LEÓN. Na t u ral de la ciudad de Co c h a-bamba. Soldado de las tropas españolas del batallónde la Reina, sargento pri m e ro, que querían hacer unas u b l e vación en el pueblo de Siasica a favor de la li-b e rtad contra el batallón Ce n t ro, que el coronel Ra-m í rez era de ese cuerpo, y se descubrió. Fu e ron fusi-lados muchos así de la Reina como del Ce n t ro; algu-nos escaparon a los Valles donde habían tropas de laindependencia, allí se guare c i e ron. Entró al serv i c i odon José León y ascendió por sus aptitudes. Cu a n d oel triunfo de la libertad americana en la batalla deAyacucho el año de 1824 era capitán de caballería yno se ha oído más de él.

16.-MARIANO GARAV I TO. Na t u ral del pueblo deTa p a c a ri. Desde sus tiernos años fue soldado de la li-b e rtad. Era tambor, después de órd e n e s. El coro n e lLanza lo hizo sargento de caballería (porque era unj oven valiente), después alférez, y teniente, y de capi-

tán murió en Cochabamba con accidente el año de 1827.17.-VICENTE V I L LA R RO E L . Na t u ral del pueblo de Pu n a t a

en los valles de Clisa. Llegó en el piquete el comandante dep a rtidas ligeras don Anselmo Ansaldo, de alférez de caballe-ría. Se quedó en la tropa del coronel Lanza. Joven va l i e n t e.De una dispersión que tuvo Lanza se fue para sus lugares yde capitán murió en la misma ciudad de Misque de un bala-zo que le tira ron los soldados de las tropas españolas el añode 1823.

1 8 . - S I LVERIO ARANÍBAR. Na t u ral del pueblo de Ca rasa. Elaño de 1824 se presentó al general Lanza. Ese mismo año fuen o m b rado subteniente y estando en dicha clase fue el tri u n-fo de las armas en _Ayacucho y se retiró del serv i c i o.

19.-MANUEL DELG A D I L LO. Na t u ral del pueblo de Mo ro-chata. Muy joven lo lleva ron las tropas españolas pri s i o n e rode su pueblo. Fue soldado después. El año de 1824 se pasó deaquellas tro p a s. Si rvió en las de la libertad con mucho entu-s i a s m o. El general Lanza lo hizo alférez de caballería y así quet riunfó la Pa t ria se retiró del servicio el año de 1825. ��

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Pre s i d e n t e. De recho en la UMSS,abogado en 1936. Estudiante, círc u-los marx i s t a s, la CROP y el Pa rt i d oComunista Clandestino). Chaco. Di-putado 38-44-46. 41 fundador delMNR y uno principales ideólogos.Mi n i s t ro Se c re t a rio de Vi l l a r roel 43,

exilio a la Argentina hasta el 52. 52: RREE 52-55, Em b a-jador Francia, Mi n g o b i e rno 58-60, Canciller 60. MNRA,luego PARA 60 candidato Presidencia. Senador 67 peroCanciller hasta el 68, Embajador ante la ONU 68-72.Con Ba n zer hasta el 74, segundo exilio hasta 77. 79 Se-n a d o r, Presidente Se n a d o, Presidente interi n o, golpe deNatusch y el MNR. 80 candidato a Presidencia con Fl a-vio Ma c h i c a d o, golpe Ga rcía Mesa al exilio en Ca ra c a s,embajador 83-85. 81 propició y logró re u n i f i c a c i ó nMNR. 89 candidato a Vice con Goni. También cuentista.La musa de la mala pata. ��

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1 8 5 1 - 1 9 0 4

Fue un pedago-go de nota y autorde textos escola-re s. Fue asimismop i o n e ro de la edu-cación de adultos.Ga b riel René Mo-

reno lo destacó como el pri m e ro “yhasta ahora el único en llenar una gra nnecesidad de la enseñanza i es mui re-comendable porque se ensaya casis i e m p re con acierto en narrar los suce-sos con cierto encadenamiento lógico”.Y lo calificó como “ h o m b re exc e l e n t e,respetable y ve r í d i c o”.

Estudió De recho en la Un i ve r s i d a dde San Simón y se graduó de abogado

en 1843. Fue profesor y director del Li-ceo Colón, profesor del Colegio deEducandas e Inspector Ge n e ral de In s-t rucción Pública de Cochabamba; fun-dador de la Sociedad Científico-Litera-ria de Cochabamba, y miembro corre s-pondiente de la Academia de Bellas Ar-tes de Santiago de Chile.

En va rias gestiones fue Ca n c e l a rio dela Un i versidad Ma yor de San Simón yse destaco por su empeño en la institu-cionalización de un centro que hoy esla mayor re f e rencia económica y cultu-ral del De p a rt a m e n t o.

En aquellos tiempos en que se asen-taba la nueva República de Bo l i v i a ,Don Ma riano Guzmán procuró que la

o f e rta académica de la Un i ve r s i d a dc reada por el Ma riscal Andrés de Sa n t aCruz colmara las expectativas de lospostulantes a la educación superi o r.

En el estudio que hizo Carlos Wa l t e rUrquidi, Ma riano Guzmán es nombra-do re i t e radas ve c e s. ��

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G u z m á n A l d u n ate, Lu i s

Ma r i a n o

1 9 1 2 - 1 9 9 6

G u eva raArze, Wa lt e r

OBRAS

Teoría, medios y fines de la revolución nacional (Prime-ra parte). Manifiesto a los ciudadanos de Ayopaya, 46.Plan de política económica de la Revolución Nacional 55.Tempestad en la cordillera, 46, cuento.

OBRAS

Ensayo de lectura gra d u a l= = ,1866. Historia de la República de Bo-livia, 1872. Lecciones dadas a los ar-tesanos, 1873.

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Fue el más grande corresponsal de gue-r ra nacido en Bolivia, que tuvo el peri o d i s-mo intern a c i o n a l .

Se llamaba Juan Carlos José Gu m u c i oQu i roga. Nació un 7 de nov i e m b re y mu-rió un 25 de febre ro, en Ta rata. Era hijo deRené Vicente Gumucio Co rtéz y de Az u l

Qu i roga Sa l c e d o. Estudió en los colegios La Sa l l e, de Co c h a-bamba, y Sa l e s i a n o s, de Santa Cruz. En t re sus papeles habíauno que titulaba “Confidencial y pri va d o” y decía lo siguiente:Juan Carlos Gumucio Qu i roga. Cochabamba, 7 de Nov i e m b rede 1949. Pa s a p o rte Boliviano 103935. Residencia en Ta rata des-de marzo de 2001. Teléfono 707-49870. Pe riodista desde no-v i e m b re de 1968. Treinta años en el exteri o r. Re t o rno a Bo l i v i aen julio del 2000. Ocupación actual en agri c u l t u ra y litera t u ra .Ninguna afiliación a un partido político pero en defensa del na-cionalismo de izquierd a .

Bre ve experiencia como miembro dire c t i vo del Sindicato De-p a rtamental de Tra b a j a d o res de la Prensa de Bolivia hasta juliode 1971.

Ex p e riencia diplomática como Co n s e j e ro de la Embajada deBolivia en Washington, D.C. durante la gestión del In g e n i e roRo b e rto Ca p riles (1975-1977). Po s t e ri o rm e n t e, como Di re c t o rdel De p a rtamento de Prensa de la Se c retaría Ge n e ral de la Or-ganización de Estados Americanos (OEA) durante la gestióndel ex-Embajador argentino Alejandro Orfila. Dimisión del car-go para vo l ver al periodismo como editor del Latin Ameri c a nDesk de la agencia de noticias The Associated Press en la re d a c-ción central de Nu e va Yo rk. Co r responsal de AP en Roma, Te h e-rán y Be i rut hasta 1988. Co r responsal de The Times of Londony CBS News en Medio Oriente con base en Be i rut. Co r re s p o n s a ldel El Pa í s de Ma d rid desde 1991 hasta julio del 2000. Ba s e sp e rmanentes en Be i rut, Je rusalén, Londres y Belfast. Tres añosde trabajo en los Balcanes con base en Sa ra j e vo, pri m e ro, y Be l-g ra d o, después. Estudios independientes en === The School Fo rAd vanced International Studies of The John Hopkins Un i ve r s i t yen Washington, D.C. y cursos irre g u l a res de Hi s t o ria de Améri c aLatina en Ge o rg e t own Un i ve r s i t y, Washington, D.C.

Ot ras experiencias académicas incluyen participación comoc o n f e rencista invitado en St. Anthony´s Co l l e g e, Oxford, (Na-r ra t i ve, Islam and Tu rmoil, 1999), la Un i versidad Co m p l u t e n s ede Ma d rid (Intifada: La Rebelión Palestina, 1997) y The Ameri-can Un i versity of Be i rut (War Re p o rting 1988). Idiomas: Ca s t e-l l a n o, In g l é s, Italiano y Ára b e. Algún conocimiento de Farsi. Unsolo libro publicado (“El Expediente Di”) con, entre otros estu-

diosos de la monarquía británica, Gu i l l e rmo Ca b re ra In f a n t e.( Ed i t o ra Aguilar, Ma d rid). Dos relatos en pre p a ración. Re f e re n-cias personales y profesionales a disposición.

“ ¿ Qué precipitó su re g reso a Bolivia, y más aún su decisión derefugiarse en Ta rata, lejos del contacto con amigos y familia? Ena b ril del 2001 fui con Ka t h e rina a Cochabamba con la firme in-tención de buscarlo y, entre otras cosas, preguntarle la razón desu repentina decisión. Nadie pudo darme su dirección y su te-l é f o n o, pero todos sabían que estaba en Ta rata “e s c ribiendo susm e m o rias de corresponsal de guerra”. Pregunté por él en la Pl a-za Principal y en la Policía de Ta rata, pero nadie pudo darme eldato sobre su para d e ro. Recorrí las viejas callejuelas empedra-d a s, tocando los timbres de algunas casas que, a mi pare c e r,podrían albergar a Juan Ca r l o s, pero no pude dar con él.”

Ro b e rt Fisk, periodista de The In d e p e n d e n t1, de Londre s, es-c ribió: “Juan Carlos Gumucio era uno de los mejores corre s-ponsales y colegas que se podían tener en una guerra. Ho m b rede re c u r s o s, va l i e n t e, cínico, y sí, profundamente subve r s i vo enel mejor sentido de esa palabra, se desplazó, a lo largo de su ca-r re ra, desde la ciudad boliviana de Cochabamba a Nu e va Yo rk ,Roma, Be i rut y Teherán. Su piel oscura -debía tener orígenes in-dios- y su barba le permitían ser confundido con un milicianoshií. (…) Gumucio no se fiaba de los milicianos ni de los isra e-l í e s. Era profundamente crítico con la supuesta neutralidad deEE.UU. en Oriente Próximo y despectivo con lo que considera-ba un fraudulento y altisonante pseudopatriotismo nort e a m e-ri c a n o. Tenía una arrogancia que a veces te enfurecía, pero eraun escritor robusto y bri l l a n t e. (…) Juan Carlos Gumucio fue unh o m b re de vastas lectura s. Hablaba un bello italiano, su espa-ñol nativo y un inglés fluido. Y, como muchos hombres buenosy genero s o s, podía llegar a ser obtuso y hasta ofensivo si decidíaque eras tonto. Sus re p o rtajes del Irán posre vo l u c i o n a rio le pro-p o rc i o n a ron el conocimiento de las guerrillas shiíes de Líbano.Un día se nos acercó un grupo de guerri l l e ros suicidas que ibanhacia una base de tanques israelíes con granadas en sus ma-n o s, y apareció la misma ironía oscura de aquella gran barba deJ-C: 'Pa rece que se van hoy al para í s o, Fi s k e r s. Hummm, puedeque no. '

Fue a trabajar para El Pa í s en Londre s. En Belfast estaba en suelemento --igual que en Be i rut-- y puede ser que le atra p a ra lafalta de este ambiente extra o rd i n a ri o, que requería extra o rd i-n a rias pasión y energía. � �

G umu c ioQ u i ro g a ,

J uan C a r lo s1 9 4 9 - 2 0 0 2

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Nació en Breslau, Polonia y mu-rió en Cochabamba. Llegó a sus 19años a Bolivia, en 1939, con una bi-cicleta y una máquina de escri b i r.Trabajó en una joyería, como fun-c i o n a rio de una empresa minerade Ma u ricio Hochschild, y por fin

en 1945 fundó la Librería Los Amigos del Libro. De s d e1966 sostuvo 15 versiones del Premio Nacional de No-vela Erich Guttentag, creado en homenaje a su padre,que contó con jurados de importancia internacional yconsagró a escri t o res bolivianos de la talla de Re n a t oPrada Oro p eza (premiado en la pri m e ra versión), Ga byVa l l e j o, Néstor Taboada, Gonzalo Lema, Yolanda Be d re-gal, René Bascopé y Óscar Uzín Fe rn á n d ez, entre otro s.

Había llegado al país con El Id i o t a, de Dostoievski,bajo el bra zo, fue libre ro ambulante y al cabo fundó unae d i t o rial y una librería. Su obra personal más import a n-te son va rios tomos de Bi o - Bi b l i o g rafía Boliviana, elmás completo estudio bio-bibliográfico boliviano, queen sus últimos años elaboró con la colaboración de RitaA rce Ra m í rez. Fundó la Ed i t o rial junto al poeta HéctorCossío Sa l i n a s, y con él creó la Biblioteca Boliviana, queincluyó autores de todos los tiempos y en múltiples te-m á t i c a s. Guttentag llevó la producción editorial bolivia-na a las ferias de Buenos Aires y de Fra n k f u rt múltiplesve c e s, y proveyó estas ediciones a las bibliotecas mási m p o rtantes del mundo.

A su muert e, el Senado lo condecoró póstumamentecon la Medalla Ba n d e ra de Oro. We rner pertenecía a dospueblos tenaces, que sobre v i ven después de supera rh o l o c a u s t o s, incendios, autos de fe, pri s i o n e s, tort u ra s,saqueos y éxo d o s. Uno es el pueblo judío y el otro, aunmás milenari o, es la nación de los amigos del libro, cuyora s t ro se pierde en la auro ra de los tiempos.

El balance de la vida de We rner sorprende por laconstelación Guttentag que conformó alrededor de sup royecto editorial. Llegó pobre, cargando apenas unamáquina de escri b i r; pudo hacer fortuna en cualquiere m p re n d i m i e n t o, pero escogió la difusión de la lecturaen un país dramáticamente analfabeto. Sus conviccio-nes democráticas y antifascistas lo amistaron con cele-b ridades de todas las épocas, desde Jesús Lara, que edi-tó con él su primer libro, y Héctor Cossío Sa l i n a s, quec o n t ribuyó a la fundación de la monumental Bi b l i o t e c aBoliviana hasta Edmundo Paz Soldán, en un abanicoque rescata a vivos y muert o s.

We rner fue, sin duda, el mayor amigo del libro en Bo-livia, aunque fue un ciudadano del Un i ve r s o. Su aport e

e d i t o rial a la difusión de la litera t u ra boliviana está aso-ciado a lo más íntimo del desarrollo de nuestras cultu-ra s. Él acuñó la máxima "No leer lo que Bolivia pro d u c ees no saber lo que Bolivia es”, que es el lema de la copio-sa lista de libros que editó.

Re c u e rdo su ve n e rable figura re c o r riendo los pasillosde nuestra Fe ria del Libro, todos los días, sin descansarun momento. Ese fue quizá el último escenario públicodonde todavía pudimos saludarlo. Una persona

que era el re f e rente boliviano más importante en lasFe rias del Libro de Fra n k f u rt, Gu a d a l a j a ra o Buenos Ai-res se regocijaba como un niño ante el pequeño peroi m p o rtante fruto de nuestros libre ro s.

Gracias a la oportuna biografía difundida por Datos &Análisis por In t e rnet, sabemos que We rner nació en Po-lonia, que huyó de la persecución nazi, que logró salva ra su padre, que se enroló en la lucha antifascista en Bo-livia, que fue orf e b re antes de ser libre ro y editor; en fin,que hizo por Bolivia más que muchos bolivianos de na-c i m i e n t o. � �

G u tt e n ta gT ichauer, W e r n e r

1 9 2 0 - 2 0 0 7

8 9

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Si e m p re será re c o rd a d opor su amable talante y porla fruición y buen decir conque enseñaba historia enlos colegios e institutos deeducación superior dondet rabajó. Era un gran escri-

tor y un animador cultural muy apreciado porsus esfuerzos pedagógicos; miembro de la Ac a-demia Boliviana de la Lengua y asistente a nu-m e rosos congresos intern a c i o n a l e s, en los cua-les defendió el mestizaje y la fuerza pro d u c t i va yc u l t u ral del indígena ori g i n a rio en América Lati-n a .

Víctor Hu m b e rto Guzmán Arze era hijo deVíctor Guzmán Achá, uno de los fundadores dela Ce rvecería Taquiña y descendiente de don Es-teban Arze, y de Ca rmen Arze Sainz. Nació un 12de agosto y murió un 10 de agosto. Creció bajola mentoría de su tío el Dr. Luis Felipe Gu z m á nA ra u j o. Estudió en la Escuela Modelo y se gra-duó de Abogado en la Facultad de De re c h o, dela UMSS. Fue el primer dirigente de la Fe d e ra-ción Un i ve r s i t a ria Local (FUL) y propició desdesus pri m e ros años la Autonomía Un i ve r s i t a ri a ,por lo cual fue condecorado en las Bodas de Orode dicha conquista democrática de la unive r s i-dad pública. Se especializó en Pedagogía enChile y en la Un i versidad de Río Piedra s, Pu e rt oR i c o. Su esposa fue Ma rina Aguirre Sa u c e d o,descendiente de Nataniel Aguirre, con quien tu-vo ocho hijos. Obtuvo por examen de compe-tencia la cátedra de Hi s t o ria Nacional y Un i ve r-sal y extendió su labor docente a otros estableci-mientos públicos y pri vados hasta 1964. Fue Di-rector del Colegio Junín y Se c re t a rio Ge n e ral dela Fe d e ración de Ma e s t ros de Cochabamba ytambién a nivel nacional. Enseñó asimismo enla UMSS, la No rmal Católica, la Escuela de Ar-m a s, la Escuela de Comando y Estado Ma yor y laEscuela de Altos Estudios Mi l i t a re s. Re p re s e n t óal país en congresos internacionales en Qu i t o,Za c a t e c a s, Río de Ja n e i ro y México. Fue miem-b ro correspondiente de la Real Academia Espa-ñ o l a .

Como periodista, fued i rector de La Pa t r i a, deTrinidad, jefe de re d a c-ción de El Re p u b l i c a n o,La Pre n s a y El Im p a r-c i a l, en Co c h a b a m b a .Di rigió las revistas na-cionales Ko l l a s u yo,Khana y Canata, así co-mo otras en el exteri o r.Ganó el Primer Pre m i oNacional de Cu e n t o1937, otorgado por laSociedad de Escri t o res yA rtistas con Si r i n g a y elPremio Municipal deL i t e ra t u ra en 1948 por la biografía de EstebanA rze. Di rigió la Sociedad de Escri t o res y Art i s t a sde Bolivia, de la cual fue fundador. Ocupó laSu b s e c retaría de Educación y Cu l t u ra (1964-1967); fue Di rector Ge n e ral de Cu l t u ra y Pre s i-dente del Consejo Nacional de Cu l t u ra .

Fue Mi n i s t ro Co n s e j e ro de Asuntos Cu l t u ra l e sen Argentina; Presidente del Comité Org a n i z a-dor de Festejos del Bi c e n t e n a rio del nacimientode Andrés Santa Cruz en Cochabamba, 1992;Mi e m b ro del Comité del Bi c e n t e n a rio del naci-miento del Libertador Simón Bo l i var y de la So-ciedad de Ge o g rafía, Hi s t o ria y Estudios Ge o p o-líticos de Cochabamba. En t re las numero s a sdistinciones que recibió destacamos: la Me d a l l ade la Un i versidad Ma yor de San Simón a los pro-m o t o res de la Autonomía Un i ve r s i t a ria en laCo n vención de 1928, a los 52 años de lograr di-cha autonomía, 1982; el reconocimiento del Pe nClub In t e rnational de Nu e va Yo rk; la Orden delGran Co m e n d a d o r, a las “A rtes y a las Letra s”, deFrancia por su libro ‘ ’ El hombre en la encru c i j a-da de las cultura s’’; la condecoración He ro í n a sde la Co ronilla (1983) y la Orden de la Villa deO ro p eza (1986) otorgadas por el Municipio deCochabamba; la Medalla de Comendador de lag ran Orden de la Educación Boliviana; la Me d a-lla de la Academia Boliviana del Lenguaje, inte-g rante de la Real Academia Española. � �

G u z m á nA r z e ,

H um b e rto1 9 0 7 - 1 9 9 4

9 0

OBRAS

Sombras en la Cues-t a, 1934. Ti e r ras deMoxo s, 1935. Se l va ,cuentos del trópicoboliviano, 1945. Sirin-g a, Premio Na c i o n a lde Cu e n t o, 1938, tra-ducido al francés eno c t u b re de 1985. Ba-ses geográficas y so-ciales para la regiona-lización del Es t a d oBo l i v i a n o, 1960. Su-m u q u é, narra c i o n e s,1963. El Caudillo delos Va l l e s, semblanzade un héroe, Don. Es-teban Arze, 1948, Pre-mio Municipal de Li-t e ra t u ra. Bo r rasca enel Va l l e, novela, 1961,entre otras.

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No hubo lectormás generoso conlas nuevas genera-ciones de escri t o-re s. Las veces quevaloró el esfuerzoinicial de un narra-

dor o poeta, le dio alas para vo l a r. Fu eun escritor prolífico que inició su va s-ta obra cuando la Gu e r ra del Chaco lesacudió la conciencia.

Nació en To t o ra, y consagró su vidaa la escri t u ra y el estudio de la histori a .Estudió De recho en la UMSS y se gra-duó de abogado en 1927. Fue pro f e s o ren colegios y unive r s i d a d e s, diputadoy diplomático en Pa ra g u a y. Sus pri-m e ras armas litera rias se deben a larevista Arte y Tra b a j o y al influjo de sud i re c t o r, Ce s á reo Ca p ri l e s, maestro deuna generación de intelectuales co-c h a b a m b i n o s. So p o rtó año y mediode cautive rio durante la Gu e r ra delChaco y volcó la experiencia en unan ovela. En 1946, desolado por la cru e linmolación del Presidente Vi l l a r ro e l ,re t o rnó a Cochabamba y desde en-tonces hizo de su vida un ejercicio dededicación exc l u s i va a las letra s, con42 libros publicados y un par de inédi-tos sobre autores rusos e italianos, enlos géneros narra t i vo, históri c o, ensa-yístico y biográfico. En t re sus biogra-fiados figuran Fray Be rn a rdino deC á rd e n a s, Tupac Ka t a ri, Ma riano Ba p-tista, Adela Zamudio y Víctor Paz Es-t e n s s o ro. En 1961 le concedieron elGran Premio Nacional de Litera t u ra .El Museo de Escri t o res de Co c h a b a m-ba lleva su nombre. Dejó una obravasta y valiosa de crítica litera ria e his-t o ria del Siglo XX, según su biógra f o,Ma riano Baptista Gu m u c i o.

Don Augusto Guzmán era genero s oy magnánimo en todo lo que hacía.Jamás dejó de alentar a los cre a d o re sj ó venes publicando comentari o so p o rtunos y estimulantes, a difere n-cia de los críticos profesionales de hoy

p a ra quienes nada bueno existe en ela rte sino es en el mundo de los muer-t o s. Nunca voy a olvidar estas palabra sq u e, en gran medida, definieron mic a r re ra .

Allá Lejos (1978) es desparpajadao b ra de facundia inagotable y aluci-nante; llena de sabiduría popular y dei l u s t ración ecuménica; jugosa, pican-te y placentera. Así es en su tra v i e s om ovimiento picare s c o. Compuesto ydescompuesto a la caza y al mari p o-seo de las situaciones reales conve rt i-das en imaginarias o viceversa, en laf á b rica de una artesanía singular quea veces pregona en su carpa de buho-n e ro cánones estéticos de lo impúdi-

co y de lo gro s e ro. Léxico rico y atre v i-d o. Desde lo más plebeyo hasta lo mása ristocrático sin disminuir la ve n as a rcástica que borbollonea a chorro sespumosos de burbujas hilara n t e s.Co s t u m b rismo de bajo, de medio y dealto pueblo. Re t ru e c a n ó f i l o, comobuen jugador de palabras que las co-noce al dedillo, al derecho y al re v é s.Poeta de la calle y filósofo al aire libre.Aplastador de chisteras solemnes y ra-jador de levas cere m o n i o s a s. Su escri-t u ra acrobática y malabárica, expre-sionista y cari c a t u resca, entretiene ydeleita porque ella misma es gozosa yfeliz como el águila en el cielo y el pa-to en la laguna. � �

G u z m á n Ma rt í n e z ,

A u g u s to1 9 0 3 - 1 9 9 4

9 1

OBRAS

La sima fecunda,1933. Pr i s i o n e ro deg u e r ra . La nove l ade un soldado delChaco, 1938. El ko-lla mitra d o, 1942.Gesta valluna. Sietesiglos de la historiade Cochabamba ,1953, entre otras.

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Fue uno de los firmantes del Ac t ade la Independencia como diputadopor Cochabamba y fundador de laCorte Suprema de Justicia en 1827, lacual presidió a partir de 1829. Un añodespués, como cabeza de la Legisla-tura de 1828, recibió de manos de Su-

cre su mensaje de despedida el 2 de agosto de dicho año.Fue un conocido jurista que redactó y revisó el CódigoPenal y el Código de Minería, además de haber concu-rrido como constituyente a la Asamblea de 1826.

Nació en Santiváñez y murió en La Paz. Estudió Dere-cho en la Universidad de San Francisco Xavier y se gra-duó de abogado en 1807. Fue Vocal de la Corte Superiordesde el 27 abril de 1825, cuando se creó en reemplazode la Audiencia de Charc a s. Presidió la Legislatura de1828 y recibió de Sucre su mensaje de despedida el 2 deagosto de ese año. � �

1 7 8 4 - 1 8 3 1

G u z m á nOlm o s ,

Ma r i a n o

9 2

1954 - ?

Nació en Capinota el 22 de fe-b re ro de 1954; integrante de LosK j a rkas y compositor de algunosde sus temas más exitosos comoWa ya yay, Su rimana, Ll o rando sefue (junto a su hermano Go n z a l o,plagiada en ritmo de lambada),

En la soledad, Pequeño amor (junto a Gonzalo He r-mosa), El árbol de mi destino. Los Kjarkas re s c a t a ro nel ritmo del chuntunqui para algunos de sus mejore sé x i t o s. � �

9 3

H e r m o s aG on z á l e s ,

U l i s e s

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Fue el más afamado naturalista quese afincara en Cochabamba entre lossiglos XVIII y XIX. El mayor inve s t i g a-dor de Charcas en la Colonia, le dice J.Lu b i e n s k i .

Tadeo Xavier Pe re g rino Haenke na-ció en Kre i b i t z / C h ribská; era natura l

de la Bohemia alemana aunque hay autores que re c l a m a nsu nacionalidad austríaca, alemana y checa. Estudió Músi-ca, Ma t e m á t i c a s, Astronomía, Medicina, Química y Bo t á-nica en la Un i versidad Ca rolina, de Praga. Completó estu-dios de Medicina, Química y Botánica con N.J. von Ja c-quin, el Linneo austríaco, en la Un i versidad de Viena. Su sm a e s t ros y el emperador José II lo re c o m e n d a ron para quei n t e g ra ra como botánico la expedición española que ex-p l o raría el Mar Pa c í f i c o, las islas y costas ameri c a n a s. En1793 se separó de la expedición para cruzar del Callao aBuenos Aire s, pero debió fascinarlo la ri q u eza de fauna yf l o ra, clima, minera l e s, ruinas y antigüedades de nuestrot e r ri t o ri o, porque se quedó en Cochabamba como natura-lista al servicio de Ma d rid, de los virreinatos de Lima y Bu e-nos Aires y del Intendente Francisco de Viedma, su pro t e c-tor y amigo. In t rodujo la vacuna antivirólica en Charc a s,p rodujo pólvo ra, cobre y vidrio en el Valle Alto: Ta rata y Cli-za. De s a r rolló esfuerzos para abastecer hospitales y boticascon sus cultivos e informar a Viedma sobre los recursos na-t u rales de Moxos así como sobre casos de corrupción; a élse debe también un temprano plan de navegación amazó-nica. Quiso publicarlo todo en Viena, porque Charcas notenía imprenta, pero sólo alcanzó a difundir la Historia Na-t u ral de la Provincia de Cochabamba, 1798. Vivió desde1809 en su finca Elicona, en Santa Cruz, a 200km al noroeste de Cochabamba. De s a r ro l l óopiniones indigenistas e independentistas.Su obra está dispersa en escri t o s, mapas, di-bujos y anotaciones de campo. Dejó herba-rios en Praga, Viena y Londre s, y cartas enPraga y Sevilla; mapas en Londres; inform e sen Sevilla; diarios de viaje en Ma d ri d .

En 1911 se publicaron algunas de sus car-tas y 50 años después se descubrió infor-m e s, 20 ensayos y un herbario en el Re a lJardín Botánico de Madrid. En 1992 se en-contró material complementari o. Ha e n k efue un símbolo de la transición de la cienciab a r roca a la ciencia moderna en el sigloXIX. Fue antecesor de Humboldt en conce-bir la interrelación y la coherencia entre losdiferentes campos de la ciencia. Fue un hijode la Ilustración, un intelectual afín al sabery ajeno a la aristocracia. Todavía no se pu-blicaron sus apuntes de viaje. � �

H a e n k e, Ta deo 1 7 6 1 - 1 8 1 6

9 4

OBRAS

Introducción a la Historia de la Provincia de Co-chabamba y circ u n vecinas con sus pro d u c c i o n e sexaminadas y descritas por Don Tadeo Haenke, So-cio de las Academias de Sciencias de Viena y Pra-ga, 1798.

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Tres elementos conforman su pre s t i-gio histórico: la “re volución de Vi l l a z ó n”,sus proclamas re vo l u c i o n a rias y su trági-ca muerte como uno de los cinco colga-dos en la Plaza Mu rillo junto al Pre s i d e n-te Gu a l b e rto Vi l l a r roel. Su carre ra de lí-der comenzó como Presidente de la Fe-

d e ración de Estudiantes de Cochabamba hacia 1920. Ju a nA l b a r racín lo describe como ajeno a todo academicismo yp ro c l i ve a la acción y la violencia re vo l u c i o n a ria frente a laviolencia de la re p resión. Salió al exilio por oponerse al saa-ve d rismo y se integró a organizaciones bolcheviques enBuenos Aires y Mo n t e v i d e o, de donde re t o rnó conduciendoa ora d o res uru g u a yo s, argentinos y brasileños que luego hi-c i e ron carre ra política e impresionó por sus dotes de ora d o r.El Presidente He rnando Siles lo designó entonces Se g u n d oSe c re t a rio de nuestra Embajada en Brasil.

La Re volución de Villazón se produjo el 16 de junio de1930 contra la probable reelección del Presidente Si l e s,cuando 50 jóvenes tomaron esa población comandados porRo b e rto Hinojosa. He r b e rt S. Klein lo califica como el pri m e rintento re vo l u c i o n a rio en la historia de Bolivia y José Fe l l-man Ve l a rde considera que fue acción de “un pequeño gru-po de románticos movidos por un pro g rama semisocialista.Lo cierto es que en la confusión de los 70 puntos de su pro-clama habían planteamientos históricos como la nacionali-zación de las minas, de los depósitos petro l e ro s, de las pri n-cipales industrias y de las ri q u ezas potenciales del suelo ydel subsuelo, nacionalización de las líneas telefónicas y tele-g r á f i c a s, de los ferro c a r riles y otros medios de tra n s p o rt e, in-t e n s i va abolición de los latifundios, sindicalización obliga-t o ria, abolición del pongueaje y sufragio universal. Todo ba-jo el lema “ ¡ Ti e r ra y Libertad y las Minas para los tra b a j a d o-res bolivianos!”

Hinojosa huyó a la Argentina y luego al Uruguay dondefue internado en la Penitenciaría Nacional. En 1932 pidiódesde el Perú permiso al Presidente Salamanca para ingre-sar a Bolivia, pero le fue negado y se trasladó a México, don-de colaboró al Presidente Lázaro Cárdenas y escribió libros yfolletos como El Tren Ol i vo en Ma rc h a (1937) y El Cóndor En-c a d e n a d o ( Mo n t e r re y, 1941). El Tren Ol i vo e ra el célebre con-voy en el cual viajaba el Presidente Cárdenas para atenderp roblemas locales, como la aplicación de la re f o rma agra ri aen la Co m a rca Lagunera, donde expropió tierras y aguas alos latifundistas y les dejó 150 hectáreas para su usufru c t o ;c reó el Banco de Crédito Ejidal y procuró form a r, en pala-b ras de Hinojosa, “un ejido de estru c t u ra económica equita-t i va; de expresión social, solidaria y altruista, de cultura ra-cionalista; y de emoción enaltecida por los sentimientos delbien y la ve rd a d”. Cárdenas re p a rtió 20 millones de hectá-reas y creó coopera t i vas agrícolas o ejidos. En ese tiempo co-

noció a Trotsky en el exilio y en la biblioteca del re vo l u c i o n a-rio ruso se conserva un libro de Hinojosa.

Pudo haber permanecido en México pero re t o rnó al paísp a ra colaborar al régimen de Vi l l a r roel y en 1944 fundó elPa rtido de la Re volución Boliviana para apoyar al Pre s i d e n t em á rtir y equilibrar la influencia del MNR. Trató de fundaruna Co n f e d e ración Obre ra nacionalista en oposición a laCSTB controlada por el PIR, pero su mayor empeño fue co-l a b o rar en la organización del Primer Co n g reso In d i g e n a lreunido el 10 de mayo de 1945 publicando fragmentos de undiscurso de Lázaro Cárdenas en el Primer Co n g reso In d i g e-nista In t e ra m e ricano (Pátzc u a ro, Michoacán) y compro m e-tiendo el apoyo del embajador mexicano en La Paz. Más de1.000 delegados asistieron a dicho Co n g reso y oye ron las pa-l a b ras del Presidente Vi l l a r roel, de los movimientistas Ge r-mán Mo n roy Block (Mi n i s t ro del Trabajo) y He rnán Si l e sZu a zo y del Mi n i s t ro de Go b i e rno Edmundo No g a l e s, quiense vistió a la usanza aymara en un mundo oficial que usabalevita y chistera, atrayéndose las críticas cerradas de la So-ciedad Ru ral de entonces. � �

H i n ojo s a,

Rob e rto

9 5

OBRAS

Partido Revolucionario de Bolivia. Declaración de Prin-cipios (1928); La revolución de la Raza de Bronce y Jaliscoen México (1935); Justicia Social en México; El Ta b a s c oque yo he visto y Al Pueblo Boliviano. Manifiesto (1936); ElTren Olivo en Marcha, La Revolución de Villazón y Vórti-c e(1937); La Saeta Ro t a (1940); El Cóndor En c a d e n a-d o(1941); La Re volución Fra n c e s a. Radio Te a t ro. Pr ó l o g ode Germán Monroy Block, Ministro del Trabajo (1945).

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Su nombre de combate era Pe-dro o Pan Divino. Nació en Tarata,Cochabamba, un 3 de mayo. Egre-só de la Escuela Industrial “PedroDomingo Mu ri l l o” y estudiabaEconomía en la UMSA. Era mili-tante de la Ju ventud del Pa rt i d o

Comunista de Bolivia (JCB) e integró su comité ejecu-tivo nacional hasta febrero de 1967. Incorporado a laguerrilla a fines de 1966, fue destinado a la retaguar-dia. Mario Monje, jefe del Partido Comunista, se en-t revistó con el Che y no llegaron a ningún acuerd o,por lo cual instó a los militantes de su partido a aban-donar la guerrilla, pero ninguno le aceptó. Al únicoque le instruyó que se quedara fue a Antonio Jiménezpara mantener la presencia del PCB. Cayó en la serra-nía de Iñaó el 9 de agosto de 1967. Cfr.: Carlos SoriaGalvarro: l Che en Bolivia. Documentos y testimonios.Tomo 1, Ed. La Razón, 2005. Valioso documento en 5tomos que usamos como referencia para elaborar es-tos perfiles. ��

1941- 1967

J i m é n e zTa r d í o ,

A n ton io

9 6

1 8 9 9 - 1 9 3 2

H é roe de la Gu e r ra del Chaco, una prov i n-cia de Cochabamba y una calle principal dela ciudad capital llevan su nombre. Su muer-te ocurrió en la defensa de Ki l ó m e t ro Si e t eq u e, a decir de Ra m i ro Molina por su tra s-cendencia puede ser equiparada a la batallade Ingavi). Con unos cuantos soldados re s i s-

tió frente a una fuerza paraguaya muy superior en número y arm a-m e n t o. Sus biógrafos le atri b u yen don de mando, valentía y gra nc o razón, virtudes con las cuales se impuso en dicha batalla el 10 den ov i e m b re de 1932, aunque murió en la tri n c h e ra. Había sido hé-roe de Boquerón, Yu c ra, Arce y Ki l ó m e t ro Siete y el Ej é rcito bolivia-no bautizó el pajonal donde se defendió con el nombre de Ca m p oJo rdán y lo ascendió póstumamente a Teniente Co ronel. Su herm a-n o, Jo rge Jo rdán Me rc a d o, fue comandante de la fuerza aérea du-rante la Gu e r ra. � �

9 7

Jor d á n,

G e r m á n

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El desarrollo urbanode Cochabamba está li-gado a los esfuerzos deeste ingeniero que dise-ñó y ejecutó obras estra-t é g i c a s, como el Plan deregulación de las aguas

del Río Rocha y el de alimentación de la La-guna Alalay (1913). A su empresa constru c-t o ra se debe la edificación del monasteri oactual de las Clarisas y la urbanización de laantigua Alameda, conve rtida en el Paseo delPra d o. A esa dinámica se debe también sucondición de socio fundador del Ll oyd Aére oBoliviano y la administración del Fe r ro c a r ri lCo c h a b a m b a - Santa Cruz que, desgra c i a d a-m e n t e, fue un proyecto tru n c o, y no por sure s p o n s a b i l i d a d .

Cuesta creer que los pinos que se planta-ron en aquella época en El Prado se han se-cado todos y la Alcaldía no re t i ra sus esque-l e t o s. En los años 70 una poda cruel y pocotécnica mutiló los álamos que circ u n d a b a n

el paseo. Se puede medir el contraste con unmagnífico espécimen que conservó Oc t a v i oCamacho junto al Re s t a u rant Sa va rin, queh e re d a ron sus hijos. Así hubieran estado to-dos los álamos del Prado si no los podabancon alevosía y ventaja, sobre s e g u ro y a las o m b ra de la noche.

Julio Knaudt estudió Ingeniería Civil en laEscuela Politécnica Fe d e ral de Zu rich y en1898 fue uno de los pri m e ros ingenieros boli-vianos que dejó honda huella en los munici-pios de Oru ro y Cochabamba, en la Ca n c i l l e-ría, como director de la Comisión De m a rc a-d o ra de Límites con Chile y en la elabora c i ó nde la cart o g rafía de fro n t e ra. En el Mi n i s t e ri ode Defensa dejó un plan de construcción dela mejor vía de penetración al Ac re; en el Mi-n i s t e rio de Fomento y Obras Públicas, lac o n s t rucción del Puente Su c re, sobre el ríoP i l c o m a yo, y obras similares sobre los ríosTiwanaku, Ta m a m p a n a y, San Juan del Oro yDe s a g u a d e ro. Fue asimismo Inspector Fi s c a ldel Fe r ro c a r ril Tu p i z a - Villazón. � �

K n a u d t Sánchez De

Lo za da, José J u l io1 8 6 9 - 1 9 4 7

OBRAS

Anotaciones sobre el ríoRo c h a, 1909. Réplica a losinformes producidos sobrela inundación de Cocha-bamba ocurrida el 29 dejulio de 1940. 1940.

Fue connotadoe s c ri t o r, estudiosode la poesía que-chua y uno de lospocos antologado-res de este género.Perteneció a la glo-

riosa generación de la Po s g u e r ra delChaco y esa experiencia signó su pasopor la literatura y el periodismo. Asimis-mo es el representante boliviano de es-critores indigenistas como Miguel ÁngelAsturias, Jorge Icaza, Ciro Alegría y JoséMaría Arguedas.

Nació en K’uchu Muela, provincia Gu a l-b e rto Vi l l a r roel del De p a rtamento de Co-chabamba y murió en la capital de ese de-

p a rt a m e n t o. Inició estudios de De re c h oen la Un i versidad Ma yor de San Simón pe-ro los abandonó por la práctica del peri o-dismo en El Ho m b re Li b re (1920), de LaPaz, en La Pa t r i a, de Oru ro, en El Re p u b l i-c a n o y en Los Ti e m p o s, de Co c h a b a m b a .Di rigió la Biblioteca Municipal de esta ciu-dad en el período 1923-1949, excepto en1934-1935 porque concurrió a la guerradel Chaco y de 1942 a 1946.

Su obra litera ria comprende poesía,estudio crítico de la literatura quechua ynovela. Cultivó la poesía en su juventud,hasta la guerra del Chaco; desde la pos-guerra escribió durante tres décadas 70monografías, antologías y trabajos críti-cos sobre la poesía quechua. � �

La ra, Jesús1898-1980

9 9OBRAS

Re p e t e . Diario de un hombre quefue a la Gu e r ra del Chaco ( 1 9 3 8 ) ,Su r u m i. Novela quechua (1943);La poesía quechua, 1947, Ya n a k u-n a. Novela quechua, 1952.

9 8

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Cuando se fundó el In s t i t u-to “Ed u a rdo Lare d o”, donFranklin Anaya Arze, su cre a-dor y director hasta su muer-t e, no vaciló en darle el nom-b re que tiene. Hallamos en sua rc h i vo personal una biogra-

fía que justifica la elección: es un homenaje al padrede un genio musical, que lo sacrifica todo para pagarla educación de su hijo; pero es también la vindica-ción de un hombre que ve en su hijo, el violinista Ja i-me Lare d o, la prolongación y ampliación de sus dotesm u s i c a l e s, pues Ed u a rdo Laredo Qu i roga concurrió ala fundación de la Academia de Música Man Césped,antecedente del Instituto que llevaría su nombre.

Según los apuntes de don Franklin, Ed u a rdo Lare d oQu i roga nació el 29 de nov i e m b re de 1905 y fue hijo deLuis Laredo y de María Qu i roga de Lare d o. Estudió lap ri m a ria en Bolivia, Argentina, Chile y Perú, y la se-c u n d a ria en Ca l i f o rnia, Estados Un i d o s, con estudiosp a ralelos en el Arrillaga Musical Collage donde obtu-vo el título de “Asociado en Art e s” (A.A.), previo a laobtención de su Ba c h i l l e rato en Art e s. Se casó en 1929con Elena Unzueta Urquidi. Quedó exento de ir a lag u e r ra por la fiebre reumática que le aquejó de niño;s i rvió de enferm e ro como alumno de Medicina de laUn i versidad de San Simón y atendió a los heridos eva-cuados de la guerra en el Hospital Viedma (Sala Mi l i-tar). Tu vo tres hijos: Te d d y, Ma rta y Ja i m e. El último deellos determinó que la familia se tra s l a d a ra a Sa nFra n c i s c o, Ca l i f o rnia, donde Jaime inició sus estudiosmusicales con Vicente de Arrillaga, el viejo pro f e s o rde su padre.

De 1948 a 1952, Ed u a rdo Laredo fue profesor demúsica y dibujo en una escuela especializada para ni-ños privilegiados que necesitan apurar sus estudiosp a ra dedicarse a la especialidad de su talento, y allíJaime estudió la pri m a ria en cuatro de los ocho pro-g ra m a d o s. Jaime terminó el primer ciclo de Hu m a n i-dades y Música, debutó en la Sinfónica de San Fra n-c i s c o, y se trasladó con la familia a Cleveland, Oh i o,donde el profesor Josef Gingold lo preparó para ingre-sar al Instituto de alto nivel musical “Cu rt i s”, en Fi l a-d e l f i a .

La familia Laredo vivió allí desde 1954, ya con laayuda de los dos hijos mayo re s, que salieron pro f e s i o-n a l e s, pero el alto costo de una educación musicale l e vada determinó que don Ed u a rdo tra b a j a ra como

s e c re t a ri o, casi tra d u c t o r, de un grupo de jóvenes mé-dicos sudamericanos becarios de la Un i versidad dePe n s y l vania, en Filadelfia, único trabajo al cual pudoacceder por la edad y por su afección cardíaca.

Re t o rnó al país en 1959 y formó un ballet expre s i o-nista que dio seis recitales (1961-1963); formó pinto-res expresionistas y colaboró en los cursillos de art e splásticas ofrecidos por la UMSS. Dio clases part i c u l a-res de piano; enseñó inglés y piano en el Instituto quel l e va su nombre; organizó y dirigió el Co ro de la Es-cuela No rmal Te resiana, de gira por Bolivia en 1968.

Se trasladó a Santa Cruz por ra zones de salud; hizoapuntes del paisaje al pastel y vivió para comunicarsecon sus hijos por corre o. “Si no está en la casa está enel correo o leyendo sus cartas en la Pl a z a”, decíanquienes lo conocieron. Lo visitaban sus ex alumnosde la No rmal de Cochabamba y él les decía: “Mi e n t ra shay música, hay vida”. � �

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La r e d o Q u i ro g a ,

E d ua r d o

1 0 01 9 0 5 - ?

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Fue el primer Ca n c e l a rio de la Un i ve r s i d a dMa yor de San Simón, designado por el Pre s i-dente de la República, Ma riscal Andrés deSanta Cruz. Ca n c e l a rio era la denominacióncolonial para designar a las autoridades quetenían licencia del Papa y del Rey para con-ceder grados académicos.

Nació en Arequipa, Perú, hijo de Ambrosio López, ori g i n a rio deSalta, Argentina, y de Josefa de Ec h e varría, arequipeña. Lo consig-namos porque fundó numerosa descendencia en Co c h a b a m b a .

Estudió en el Colegio de Arequipa y fue discípulo del literato Be r-nabé Liamberrí. Llegó a Chuquisaca con el Ej é rcito Libertador y en1826 el Presidente Ma riscal Antonio José de Su c re lo designó Di re c-tor Ge n e ral de Establecimientos Públicos en Cochabamba, enre e m p l a zo del maestro Simón Ro d r í g u ez. Organizó la instru c c i ó npública en esta ciudad y fue designado Vi c e r rector y profesor deMatemáticas en el Colegio Su c re. Una vez creada la Un i versidad deSan Simón el 5 de nov i e m b re de 1832, el Ma riscal Santa Cruz lo de-signó su primer Ca n c e l a rio el 20 del mismo mes; cargo en el cualfue vuelto a designar por el Presidente José Ballivián el 22 de sep-t i e m b re de 1846 y por el Presidente Manuel Is i d o ro Belzu el 27 ded i c i e m b re de 1848 y el 29 de diciembre de 1854. Fue Mi n i s t ro de laCo rte Su p rema en Su c re. En el primer censo de Cochabamba estáre g i s t rado como habitante del edificio del Colegio Su c re, ex pro p i e-dad del Co ronel Espinoza y Arri á zola, descendiente del Capitán Ge-rónimo de Os o ri o, fundador de Cochabamba.

Se casó con María Antonia Go n z á l ez de Prada de Marrón y Lom-b e ra, hija del Ge n e ral Joseph Marrón y Lombera, Go b e rnador In-tendente de la Villa de Oro p eza.

El Dr. Julián María López habría obrado en el ánimo de su cuñado,Francisco Go n z á l ez de Prada, quien estudió De recho en Chuquisaca,p a ra que éste se fuera a Are q u i p ay luego a Lima, donde fue Vi c e-p residente del Perú y tronco de larama de los Go n z á l ez de Prada delPe r ú .

El Dr. López murió en Co c h a-bamba a los 59 años de edad el29 de marzo de 1865 y sus re s t o sdescansan en la Iglesia del Ho s-picio de Cochabamba. Su re t ra-t o, que figura en la Galería deRe c t o res del H. Consejo Un i ve r-s i t a rio de la UMSS fue pintadopor Manuel Ugalde en 1840. � �

Militante del federa-lismo y seguidor de Lu-cas Me n d oza de la Ta-pia.

Nació en Co c h a b a m-ba y murió en Bruselas,Bélgica. Hijo de Eulogio

Lemoine y nieto de José Joaquín de Lemoine. Elperiodismo y la política lo comprometieron muyjoven cuando publicó El Federalista, junto al quemás tarde sería presidente El i o d o ro Villazón, ygozó de la amistad de Lucas Mendoza de la Tapia.Años más tarde publicó El Li b e ra l. Fue Ad j u n t ode la Legación en Chile bajo el gobierno de Agus-tín Morales y estudió Derecho en la universidadpública de ese país. Ejercía la abogacía en la capi-tal cuando estalló la Guerra del Pacífico y fue de-signado Cónsul y En c a rgado de Negocios enMontevideo y luego Prefecto de Tarija. Más tardefue Cónsul Ge n e ral y Mi n i s t ro Pl e n i p o t e n c i a ri oen Bélgica.

Tiene obra literaria dispersa en periódicos delpaís y del exteri o r; una novela juvenil: El Po e t amártir (1875) y una recopilación póstuma en dosvolúmenes publicada en Francia. � �

1 0 11850-1924

L e m oi n eJordán, Jo s é

Joaquín de

1 8 0 6 - 1 8 6 5

L ó pe z de

E c h eva r r í a ,

J u l i á n Ma r í a

1 0 2

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Las memorias de la Em p resa de Luz y Fu e rz aEl é c t rica Cochabamba lo destacan como So c i oFundador de ELFEC y Presidente del Di re c t o-rio en su etapa de consolidación (1910-1917).En 1910, mientras se celebraba el Ce n t e n a ri odel levantamiento del 14 de septiembre, el Di-re c t o rio de ELFEC aprobó la compra de las

aguas del río In c a c o r ral y 5 hectáreas de tierra para la instalación deusinas y otras dependencias que se convirt i e ron en la Usina de In-cachaca (agosto de 1915) y el tendido de línea de 45 kilómetros pa-ra llevar energía eléctrica a Co c h a b a m b a .

La maquinaria fue conducida desde Oru ro en carretas y de Cu-chi Cancha (hoy Aguirre) hasta el lugar se tardó 24 meses “a lomode buena vo l u n t a d” hasta llegar a Incachaca, para lo cual se em-p l e a ron carretas de dos y de cuatro ruedas tiradas unas veces porbestias y otras por hombre s, especialmente en el sector Sa l s i p u e-d e s. Un andari vel ayudó luego a tra n s p o rtar la máquina hasta In-c a c o r ral y de allí, nuevamente en carre t a s, hasta In c a c h a c a .

ELFEC fue constituido en 1908 y dos años después tomó esta de-cisión bajo la presidencia de Simón López, ilustre cochabambino aquien animaba la chispa del emprendimiento y el pro g re s o, junto aRafael Urquidi, Juan de la Cruz To r re s, María Jesús Ad ri á zola, Te o-docia Sainz, José de la Reza, Eu f racia viuda de Ba r ri e n t o s, Au re l i oMeleán, Ubaldo Anze, Luis y Benjamín Blanco y otros socios visio-n a rios que fueron los pri m e ros accionistas de la empre s a .

Todavía bajo la presidencia de Simón López, ELFEC consiguióque el magnate Simón I. Patiño se convirt i e ra en accionista mayo r(1917) con 120.000 libras esterlinas, equivalentes a 30.106 accionesque luego fueron donadas a la Fundación Un i ve r s i t a ria Simón I.Patiño hasta 1943, año en que fueron tra n s f e ridas al Municipio deCochabamba. � �

L ó pe z,

S i m ó n

1 8 8 5 - 1 9 6 3

La re volución de 1952 can-celó para siempre su carre rapolítica como ocurrió con tan-tos pro h o m b res del viejo régi-men. Mu rió en el exilio en Pa-r í s.

Fue político y diplomático.Se inició en Uyuni como profesor de pri m a ria pero en1909 ya era funcionario del Mi n i s t e rio de Fomento y diezaños después fue Mi n i s t ro. Era connotado liberal. A lacaída de su partido salió al exilio en Antofagasta, se con-tactó con Simón I. Patiño y éste lo contrató hasta ser per-sona de la mayor confianza del millonari o, como que ne-goció el empréstito par construir el ferro c a r ril Po t o s í - Su-c re, que otorgó Pa t i ñ o, e intervino en la organización delConsejo In t e rnacional del Estaño.

En 1922 salió diputado y en 1928 fue Mi n i s t ro de Gu e-r ra bajo la presidencia de He rnando Si l e s. Su última de-signación, como Embajador en los Estados Un i d o s, fuedecisión del Presidente En rique He rt zog.

Una obra de información valiosa que dejó es El estañoen Bolivia y el Comité In t e r n a c i o n a l (1936). � �

Ma rt í n e zVa rg as ,

R ic a r d o

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Tres monumentos bastarían parai n m o rtalizarlo en la memoria na-cional: el de Ed u a rdo Ab a roa, alta-mente simbólico por el dedo ad-m o n i t o rio que levanta, el de Ju a n aAz u rduy de Padilla, por la curi o s ap i rueta del caballo que monta la

h e roína y teje con ella una composición nueva y plena deplástica y mov i m i e n t o, y el Cristo Re d e n t o r, que se hac o n ve rtido en símbolo de la cruceñidad. En t re los múlti-ples galardones que ganó merece destacarse el Cóndorde los Andes en el grado de Ca b a l l e ro otorgado en 1952,la Medalla de la Fundación El oy Alfaro, del Ec u a d o r, en1961, y el Medallón de Bronce Alejandro Von Hu m b o l d to t o rgado por la República de Alemania en 1970.

Nació en Arani, Cochabamba, un 20 de julio, y muri óen la Navidad de 1975, en La Paz, según inform a c i ó nt ransmitida por Luis Mérida Co i m b ra. Sus padres fuero nDomingo Luján Céspedes y Clementina Sa n d oval Ug a r-t e, y se casó con la maestra sucrense Co rina Melazini.

Estudió para maestro en la Escuela No rmal de Pa ra c a-ya, en la localidad de Punata. Po s t e ri o rmente en la Ac a-demia de Bellas Artes de Cochabamba el año 1932, don-de fue abandera d o, y en la Academia de la especialidad,en La Paz. Fue re p o rt e ro gráfico en el periódico El Im p a r-c i a l, en esta ciudad. En 1947 trabajó seis ángeles para elAltar Ma yor de la Iglesia de San Id e l f o n s o, que se expo-nen junto a la Vi rgen de Urcupiña; la imagen del Se ñ o rdel Santo Se p u l c ro y una estatua en bronce fundido deMonseñor Me n c i a s, en el atrio de la Iglesia de Qu i l l a c o-l l o.

Siguió a un tiempo la carre ra militar y la escultura. In-t e r rumpió sus estudios por el estallido de la Gu e r ra delC h a c o, y se alistó en su especialidad de cart ó g ra f o. In t e-gró la Comisión Militar De m a rc a d o ra de Límites, fuem i e m b ro fundador del Instituto Geográfico Mi l i t a r, sir-vió en el Se rvicio Geodésico In t e ra m e ri c a n o, fue docentedel Colegio Militar y de la Escuela Militar de In g e n i e ro s.En el período 1954-1956 estudió en la Academia Na c i o-nal de Roma, con el maestro G. Ja rdini. Desde entoncesse dedicó a la escultura y a su genio se deben numero s o smonumentos: al Soldado De s c o n o c i d o, en Vi l l a m o n t e s(1942) y en el Ce m e n t e rio de La Paz (1970); a Juana Az u r-duy de Padilla (1975), bella y original re p resentación dela heroína chuquisaqueña en el Ae ro p u e rto de Su c re,que se sostiene sobre piedra comanche; a Ed u a rdo Ab a-roa (1952) en la histórica Plaza del mismo nombre, en LaPaz; al Ma riscal José Ballivián (1962) en Viacha; a Tu p a k

Ka t a ri (1970) en Ayo Ayo, al Cristo Redentor (1961) enSanta Cruz de la Si e r ra, entre numerosas otras en el país yen Roma. Ot ras esculturas suyas: al coronel Gu a l b e rto Vi-l l a r roel en piedra basalto; a Ge rmán Busch, en la ave n i d adel mismo nombre; al fundador del escultismo Ba d e nPowell, al sabio alemán Alexander Von Humboldt; estasúltimas en La Paz. En Cochabamba, fue autor del monu-mento a la Re f o rma Agra ria en Uc u re ñ a .

Su obra escultórica comprende va rias piezas esencial-mente figura t i vas pero con una técnica universal depu-rada por su percepción nacional y su conocimiento de lac u l t u ra y el paisaje andinos. Trabajó en los materi a l e smás diversos adecuando la técnica a la natura l eza de losm a t e riales; entre otros: gra n i t o, alabastro, ónix, maderabalsa, cedro, bronce y aluminio.

“Sus raíces estaban bien plantadas, tenía fuerte identi-dad y acumulación de savias vegetales en sus entra ñ a s.Re veló su tiempo, resucitó héro e s, aportó al vinculo de lasoledad individual con la historia nacional, así lo decla-ran su obras y numerosas consideraciones a su tra b a j o.Pa rticipó del movimiento cultural de su época, fue admi-rado por su maestría y deja un legado importante para ela rte en Bo l i v i a”, dice de él Luis Mérida Co i m b ra. � �

Lu j á n S a n d ova l ,

E m i l i a n o1910-1975

1 0 5

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Este 20 de fe-b re ro visitamos latumba de donFranklin Anaya,p o rque era el 49a n i ve r s a rio defundación del In s-

tituto Ed u a rdo Lare d o, suo p e ra magna en pedagogía; y luego

nos trasladamos a la tumba de Ro-nald Ma rt í n ez, que murió un 20 de fe-b re ro. Ligamos fechas, unas ve n t u ro-s a s, otras tri s t e s, y me tocó agre g a rque ese día era mi cumpleaños. Deinmediato se registró una escena su-r realista: un Ha p py birthday en el ce-m e n t e ri o.

Justo en el Día de la Poesía me llegó“Sin valor comerc i a l”, el único libro depoemas de Ronald, que publicó enedición póstuma nuestro buen amigoGu i l l e rmo Ra zo. En ese volumen hayun verso que Ronald escribió sin sa-ber que sería su epitafio. Tiene unaf u e rza poética mayo r, un sentimientomístico que resume aquél que latía enel fondo de su alma noble: “Un díac u a l q u i e ra despertamos / hablandocon Dios del universo / y en esa exac-ta pureza de palabra s, / nos damoscuenta que hemos muert o.” La sole-dad y el insomnio lo acercó a Di o squizá de la única forma que podía ex-p resarlo su alma atormentada: conbuen humor. En La Visita dice:

“Dios vendrá esta tard e. / Ju g a re-mos con barro, / ensayaremos unoque otro hombre / borrachos de su-ciedad y de pureza. / Lava re m o sn u e s t ras manos / no con agua bendi-ta: / con el agua clara del estanque. /De s p u é s, tomaremos un café / en-f riándolo a soplos divinos. / Por laventana / ve remos pasar vírg e n e sn u e vas / altas, more n a s, negra s, /s e n s u a l e s, pletóricas y suave s. / Ha-b l a remos nuevamente / de la fácil re-d o n d ez de la tierra / de lo absurd oque salió el infinito / de lo poco quecostó / improvisar este unive r s o. / Yae n t rada la noche, / cada cual, / re t o r-nará / a su propia cru z .”

Ronald amó a su madre, “f u e n t einagotable de amor” y a sus hijos Cé-sar Javier y Chari s, “quienes caminanmidiendo la distancia que existe en-t re sueño y sueño”. Del amor a la mu-jer tuvo la única experiencia que ins-p i ra poemas impere c e d e ros: la desdi-cha; y de su oficio, la hidalguía poéti-ca de contemplarse al desnudo, comosólo se contemplan los grandes poe-tas:

“A decir ve rdad / no soy un intelec-tual que se respete / cometo versos /e n t re gallos y medianoche. / Soy ung u a rdián nefasto del unive r s o. / Al-quilo mi alma a cualquier vientre. /Ad m i ro la fácil desnudez viciosa /del cigarro. / No ejercito oraciones /ni comulgo / por llegar pri m e ro / enlos cien metros planos del hambre /o en la carre ra sin re l e vos / de lased… En serena complicidad con elv i n o, / le robo horas a la noche. / A

veces me apiado de mi sombra / y laa c a ricio tiernamente / hasta saber /que ya no llora… Soy un pobre durode roer / que siempre elude / el caroalquiler / del para í s o. / A decir ve r-dad / no soy un intelectual que sere s p e t e. / No guardo una infamia enla solapa / ni alabo al barrigón det u rn o. / No me aplauden ni en losb a res / no me leen ni en los inodo-ros… Fumo veinte suicidios diarios /amo a tres mujeres distintas / en unsolo vientre ve rd a d e ro. / Toco lascampanas de la desolación / y casis i e m p re, las de la ri s a .”

Ronald tocó fondo, viajó a lo pro-fundo de la noche, como los gra n d e spoetas malditos. De allí trajo ecos deEd u a rdo Ca m a rgo y Lautréamont,que traman una autobiografía exis-tencial intensa, inolvidable, re g i s t ra-da en nuestra memoria más allá de sul l o rada muert e. � �

Ma rt í n e z, Ron a l d1 9 0 7 - 1 9 9 4

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A l f redo Me d ra-no influyó decisi-vamente en lac o n s t rucción deli m a g i n a rio y laf o rma de pensardel cochabambi-

no urbano y una referencia constan-te para los cochabambinos de pro-vincia. Sus temas recurrentes fueronla defensa constante del medio am-biente, de los árboles y de la cocinaregional.

Nació y murió en Co c h a b a m b a ,hijo del periodista José Medrano Ca-r rillo y de doña Concepción Ro d r í-g u ez de Me d ra n o. Fue connotadop e riodista en Prensa Li b re y en L o sTi e m p o s, y fundador del semanari ohumorístico El Hu e vo, además deo t ras publicaciones menos perm a-n e n t e s. Hi zo célebre el seudónimoUrbano Campos, que aludía a su al-ma escindida, urbana y rural, con elcual firmaba la columna Reflexionesbajo el molle, publicada en L o sTiempos. En Prensa Libre publicó en-trevistas y reportajes incisivos a per-sonalidades de la cultura, el mov i-miento cívico y el naciente mov i-miento ecologista.

Nació un 16 de noviembre, murióun 15 de abril, en Sábado Santo y seenterró un Domingo de Re s u r re c-ción. Se destacó también como es-critor de cuentos y como caricaturis-ta bajo el seudónimo de Sk o r p i o,además de editor de numerosas re-vistas culturales como Canata y Uni-versidad, publicada ésta por la Uni-versidad de San Simón.

Se casó con la poetisa cruceña Sa-ra María Vásquez Rivero.

Una de sus hazañas fue la organi-zación de la Primera Feria de la Coci-na Regional en el Campo Fe rial deCochabamba, el año 1986, un acon-tecimiento que movilizó cientos de

miles de visitantes durante tres finesde semana y contribuyó a re s c a t a rplatos tradicionales en peligro de ex-tinción. Organizó numerosos colo-quios sobre cultura popular y me-m o ria histórica regional, que están

buscando un investigador joven quelos rescate, por su valor como histo-ria oral.

Fue enterrado entre las figuras no-tables de Cochabamba y en su tum-ba figura el siguiente epitafio:

Amó los molles, las jarcas, los chi-llijchis,

La vida amable, el vino, la tertulia.Vida y obra consagró a la expre-

sión justa, Pero la fe en el amigo fue su virtud

maestra.��

M e dra n oRodríguez, A l f r e d o

1944-2005

OBRAS

Cuentos perros; Cuentos en es-cala; El puente de los suicidas.

1 0 7

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La Facultad de Medicina dela UMSS lleva el nombre de es-te prestigioso médico que con-sagró su vida profesional a ladocencia.

Fue Rector de la UMSS en1936 y desarrolló su gestión

con notables auspicios, como el Decreto Ley de 1ºde julio de 1936, que consagra la Autonomía Eco-nómica de las Universidades y señala sus recursos,expedido por el Presidente Gral. David Toro, sien-do Ministro de Educación el Tcnl. Alfredo Peñaran-da; decreto modificado por Ley de 5 de febrero de1941 y otras disposiciones. Asimismo se expidió elDe c reto de 26 de septiembre, que autorizó la ex-p ropiación del terreno contiguo a las dependen-cias de la Un i versidades ubicadas en el actualCampus Universitario, ampliando el área del Fun-do Las Cuadras.

Un año después, el Dr. Meleán volvió brevemen-te al Rectorado de la UMSS. ��

M e l e á n,

A u r e l io

1889-1986

Fu e, junto a Manuel AscencioVi l l a r roel, un apóstol de la Pe d i a-tría. Estudió Medicina en la Un i-versidad de Buenos Aires y se es-pecializó como Pe d í a t ra en 1913.A su re t o rno fue Di rector de laAsistencia Pública y luego desem-

peñó su especialidad en el Pabellón de Niños Albina Pa t i-ñ o, del Hospital Viedma, en el período 1918-1943 y fue suDi rector Ge n e ral. (So b re esa base, se creó el Hospital In-fantil “Albina Pa t i ñ o”). Enseñó Pediatría y Pu e ri c u l t u raen la Facultad de Medicina y Medicina Legal en la Fa c u l-tad de De recho de la Un i ve r s i-dad de San Simón. Fue funda-dor y luego Presidente de laSociedad Boliviana de Pe d i a-tría, filial Cochabamba. Fu n-dó la escuela de pediatras yf o rmó profesionales que si-g u i e ron su ejemplo y el deManuel Ascencio Vi l l a r roel.

Investigó la incidencia de lalepra en Bolivia, pero su preo-cupación central fueron losniños. ��1 0 8

1 0 9

M e dra n oV i l la r roe l ,

José N a p ol e ó n

OBRAS

Cruzada de pro-tección al niño boli-v i a n o (1939), Pro-tección integral ma-t e r n o - i n f a n t i l(1943) y Ni ñ o l o g í ac o n t e m p o r á n e a(1962).

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Fue uno de losp residentes másc o n t rove rt i d o sde la historia na-cional o, comodecía el histori a-dor Alcides Ar-

g u e d a s, un Caudillo Bárbaro inmort a-lizado por Tomás O’Connor D’ A r l a c h(Dichos y hechos de Me l g a re j o), porMax Da i reaux (Me l g a re j o, un tirano ro-m á n t i c o) y por Carlos Fu e n t e s, quienc reó un personaje parecido de apellidoMa rm o l e j o.

Es curioso el culto popular que serinde a su memoria, pues había cien-tos de ex votos que agradecían mila-g ros “al hermanito Ma ri a n o” en el sitiode la Ma t riz, de Ta rata, donde se exhi-bía en una urna su calave ra, siniestrap o rque conservaba la barba y era no-t o rio el balazo en la sien, que acabócon la vida de Me l g a re j o. La calave rafue rescatada gracias a una gestión dela Alcaldía de Ta rata con el mov i m i e n-to espírita del Perú, que invo c a b aconstantemente el nombre de Me l g a-re j o. Una disposición de la Iglesia de-t e rminó que la urna fuera velada y re t i-rados los ex vo t o s, las ofrendas flora l e sy las ve l a s.

Nació en Ta rata, Cochabamba, ym u rió trágicamente en Lima, Perú. Erahijo natural de Juana Valencia. In i c i ósu carre ra militar a los 15 años dura n t ela Co n f e d e ración Bo l i v i a n o - Pe ruana. Alos 20 años era Sa rgento Pri m e ro y co-mo tal participó en el leva n t a m i e n t odel Batallón Legión, de Oru ro, a favo rdel Gral. José Ballivián, hecho que levalió el exilio a Pu n o, Perú. La inva s i ó nde Ga m a r ra en 1828 favo reció a Ba l l i-vián y éste lo ascendió a Su b t e n i e n t e.Como tal participó en la batalla de In-gavi y siendo Presidente Ballivián lo as-cendió a Co ronel. Los presidentes Ve-lasco y Belzu lo marg i n a ron, peroconspiró con linaristas y ballivianistas

p a ra derrocar a Belzu. Fue sentenciadoa muert e, pero el clamor del ve c i n d a ri ode Cochabamba evitó que fuera ejecu-t a d o. Desde Tacna apoyó a los linari s-tas en el derrocamiento del Pre s i d e n t eJo rge Córdoba, ye rno de Belzu, en1957. Linares lo reincorporó al ejérc i t oy le dio comando, del cual fue separa-do por su adicción al alcohol y su tem-p e ra m e n t o. Se sublevó y fue declara d oenajenado mental. Asumió la Pre s i-dencia el Gral. José María Achá y lo as-cendió a Ge n e ral de Brigada y Co m a n-dante Militar de Cochabamba (1863),p e ro al año siguiente encabezó el gol-pe que depuso a Achá y lo convirtió enPresidente el 28 de diciembre de 1864,en lugar de la cabeza visible, Ad o l f o

Ballivián, hijo del héroe de Ingavi. Du rante su agitado gobiern o, que

t rasladó su sede a merced de los conti-nuos levantamientos en su contra, alpunto que se dice que fijaba dicha sedeen la grupa de su caballo, lo asistió Ma-riano Donato Mu ñ oz, un intelectual denota que procuró ejecutar la pri m e rare f o rma agra ria con la ex vinculaciónde las tierras comunitari a s, para deri-varlas al libre merc a d o. Por entonces seacuñó una moneda célebre con las efi-gies de Me l g a rejo y Mu ñ oz y la leye n-da: Al valor y al talento. � �

M e lg a r e jo Va l e n c i a ,

Ma r i a n o1820-1871

1 1 0

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Hay que vo l ver a leer las tesis deJulio Méndez para encontrar las pri-meras grandes lecciones de geopolí-tica en la historia del país. Así lo pro-claman los inve s t i g a d o res que lea t ri b u yen una impere c e d e ra signifi-cación histórica por haber sido unode los pocos intelectuales y hombrespúblicos que hizo aportes sustancia-les a la geopolítica. Pe ro de ori g e nhabía colaborado con el caudilloMariano Melgarejo y ello le ocasionóel re c h a zo de sus contemporáneos,pues a la caída de este Presidente fu-nesto tuvo que ir al exilio en el Perú,y a su retorno lo persiguió el estigmapolítico.

Retornó al país en 1880 pero ya eratarde. Había estudiado Derecho en laUMSS y se recibió de abogado en1860. Sus biógrafos dicen que murióprácticamente olvidado, pero sus te-sis volvieron a tener actualidad por-que fue el pri m e ro en proponer lan e u t ralización perpetua de Bo l i v i acomo garantía del equilibrio hispa-noamericano.

Otra actitud que le valió el rechazode sus contemporáneos fue el habercombatido a los políticos conserva-d o res cuando esta tendencia se en-c o n t raba en auge, pero los libera l e sno lo tomaron en cuenta no obstantesus ideas practicistas.

Hoy que se habla de un corre d o ri n t e rocéanico vuelve a tomar vigen-cia el pensamiento de Julio Méndeze x p resado en su opúsculo “Re a l i d a ddel equilibrio hispano-americano yla necesidad de la neutralización per-petua de Bolivia (1872). Fue tambiénun polemista de nota en sus re s p u e s-tas al diario La Re f o rma, de La Pa z ,que lo atacaba por ser órgano oficialdel gobierno del Presidente Ma ri a n oBaptista Ca s e rta. Estas notas se pu-b l i c a ron en Tacna en 1876. ��

M é n de z, Julio

1 1 1

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En t re los Ca n c e l a rios de laUMSS hubo va rios firmantes delActa de la Independencia, entreellos Mariano Méndez, que ejerciócomo pri m e ra autoridad de laUniversidad pública en 1845. Bajosu gestión se crearon las primeras

facultades de Derecho y de Medicina. Fue asimismo Di-putado por Cochabamba en el Congreso de 1831.

Otros destacados juristas firmantes del Acta de la Inde-pendencia fueron el Dr. Miguel Va rg a s, Ca n c e l a rio de laUMSS en 1833; el Dr. Manuel Cabello, Cancelario en 1837;y el Dr. Manuel Argote, Cancelario en 1852. El Dr. MiguelMaría de Aguirre, Cancelario en 1842, fue Ministro del ga-binete del Presidente Antonio José de Sucre y Congresistaen 1831, 1834 y 1839.

Abajo, el Mariscal de Santa Cruz cuando era joven y enel exilio. En su Presidencia se creó la Universidad Mayorde San Simón por Decreto del 5 de noviembre de 1835.

La UMSS tiene siete años menos que la República y hoyes la institución educativa y cultural más importante delDepartamento, y una de las más importantes del País.

El esfuerzo de los primeros Cancelarios dio su fruto dossiglos después con la consolidación de la Universidad Pú-blica y Autónoma desde 1931. ��

M É N DE Z,

Ma r i a n o

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Conocemos a estai l u s t re educadora gra-cias al celo del Dr. Jo s éMacedonio Urq u i d i ,que rescató su memo-ria en Bolivianas Il u s-t res (1919). En 1876 es-

cuchó el clamor de los padres de familia y consu hermana Clotilde abrió y dirigió la Escuelade Niñas El Co l m e n a r. Era hija del Dr. Ma ri a-no Méndez, quien fuera Ca n c e l a rio de laUMSS y diputado a la Asamblea De l i b e ra n t e ;e ra famosa por su conocimiento del fra n c é s,el italiano y el latín y su formación científica eh i s t ó rica. En Ta rata fue Presidenta de la Ju n t ade Se ñ o ras In s p e c t o ras de In s t rucción de Ni-ñ a s, iniciativa del Dr. Melchor Urquidi, tam-bién Ca n c e l a rio de la UMSS- � �

M É N DE ZU N Z U E TA ,

S a b i n a1 8 3 9 - 1 8 8 2

Fue internacionalista y periodista de nota,conocido por los poemas que publicó en lasegunda época de la Revista de Co c h a b a m b a(1878) y como redactor de El Tu n a ri, El Ge r-men del Pro g re s o, La Pa t ria, La Defensa Na-cional, El Eco del Tu n a ri, La Prensa y La Co-r respondencia, en el período 1872-1880; fue

p ro p i e t a rio de El Pro g reso y El Siglo XX y La Paz, redactor de La Épocadesde 1909. Estudió De recho en la UMSS, se recibió de abogado en1877, fue munícipe, fundador del Pa rtido Liberal (1883) y luego de ro m-per con él pasó a las filas del Pa rtido de la Unión Republicana (1914).Fue diputado y senador entre 1881 y 1910; Oficial Ma yor de Ha c i e n d aen 1883; Fiscal Ge n e ral y Mi n i s t ro de la Co rte Su p rema; Se c re t a rio de laLegación en Chile cuando se firmó el Pacto de Tregua; y abogado de Bo-livia ante el Tribunal Arbitral de Petrópolis después de la Gu e r ra delAc re. A este respecto publicó su Defensa de los derechos de Bolivia anteel Tribunal Arbitral Bo l i v i a n o - Bra s i l e ñ o, 1906. Escribió acerca de él Jo s éMacedonio Urquidi: “Un prócer inolvidable”. � �

M É N DE ZV E RG A RA, Jo s é

1 8 5 5 - 1 9 2 2 , 2 3

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Fue el primer político en fun-damentar el federalismo comosistema y es vindicado por losp a rt i d a rios de las autonomías deh oy. Abogado (1837) con estudiosen la Facultad de De recho de laUn i versidad de San Simón, seinició en la política no bien sed e r rumbó la Co n f e d e ración Bo l i-v i a n o - Pe ruana. El Presidente Jo-sé Ballivián le confió la educa-ción de su hijo, Adolfo Ba l l i v i á n ,quien luego sería también Pre s i-d e n t e. Gozó de la confianza delos Presidentes Belzu, como Se-c re t a rio Ge n e ral y Mi n i s t ro deIn s t rucción, de Linares en la mis-ma Ca rt e ra y en Relaciones Ex t e-ri o res; de Achá como Mi n i s t ro deGo b i e rno y de Mo ra l e s, sin cart e-ra específica. Se negó a firmar lasentencia de muerte contra elFray José María Pórcel impuestapor Linare s.

Se sublevó en 1868 contra Me l-g a rejo y fue exiliado al Perú. A sure t o rn o, fue diputado en cuatrol e g i s l a t u ras y Presidente de la úl-tima (1871), donde expuso su te-sis federalista. Fue rector del Co-legio Su c re, de Cochabamba, yp rotector de Fe d e rico y Cleóme-des Bl a n c o, hijos del Pre s i d e n t ePe d ro Bl a n c o, héroe de Junín yAy a c u c h o, asesinado en 1829.

Su nombre y su tesis federa l i s-ta, expuestas en los opúsculosProyecto de Constitución federa l(1871) y el Discurso corre s p o n-d i e n t e, no han dejado de sermencionados en casi siglo y me-d i o. � �

M e n d o zade la Ta pia, Lu c as

1811-1872

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A b o g a d o ,p e r i o d i s t a ,poeta, Uy u n iel 2 de agostoy murió enC o c h a b a m -ba… Pa d re s :

Ed u a rdo Me n d oza Galindo y Te re s aL ó p ez Gu t i é r rez. Esposa: Nancy Lei-gue Me l g a r. Hijos: Gonzalo Ad o l f o( p rimer Senador por Co c h a b a m b a ) ,Rosa Giovanna y Danitza Miluska. Es-cuela de Niños de Pu l a c a yo, EscuelaMa n z a n o, de Potosí, Ignacio León, deOruro, Colegio Saracho, Abaroa y Ma-yor Rocha. UMSS. Curso Su p e rior dePe riodismo y Relaciones Públicas,UMSS.

Se c re t a rio Go b i e rno FES, 1951. Pe r-manente de la FUL, 1956, Ge n e ral de laFUL, 1957, Pro s e c re t a rio UMSS y Je f ede Cu l t u ra UMSS, jefe páginas intern a sde El Mundo (1959); Ej e c u t i vo Si n d .Prensa Cochabamba, 59-69); Di re c t o rde Cu l t u ra, UMSS 60, de la Im p re n t a61; Se c re t a rio Prensa COD 1960; Di re c-tor El Mundo 1960-1; Co r re s p o n s a lPrensa Latina 1961, Se c re t a rio Re c t o ra-do 63-66; Di rector Ex t ra 63; Jefe de Re-laciones Públicas y Protocolo Se n a d o66-67; St rio Gral. Pre f e c t u ra Co c h a-bamba 1970; Di rector Ej e c u t i vo Se m i-n a rio Cri s i s, Cambio y De s a r ro l l o, nov1974, 5, CO R D E CO, UMSS y Mu n i c i-pio; Asesor de Ge rencia Ge n e ral, Je f ede Personal, Di rector De p t o. Re l a c i o-nes In d u s t riales y Ad m i n i s t ración delPersonal y St rio Gral. Del LAB 75-79;Ge rente Cámara Ex p o rt a d o res Co c h a-bamba 83-84); Columnista y editori a-lista Opinión 85-89); Primer oficial ma-yor cultura 88-89; Organizador Ed i t o-rial Un i ve r s i t a ria, UMSS. Militante PI R50-89; Fundador Sind Prensa 61; So c i e-dad de Escri t o res y Artistas de Co c h a-bamba; Club de Leones El Castillo; fa-lleció 1989. � �

M e n d o zaL Ó PEZ, J u l io E d ua r d o

1933 - 1989

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Fue fundador del Pa rtido Libera ly brillante polemista por su agu-d eza y humorística acidez, atri b u-tos de algunos intelectuales va l l u-n o s.

Nació en Ta rata y murió en LaPaz. Fue el proyectista de la polé-mica Ley de Im p renta, vigentehasta hoy. Abogado por la Un i ve r-sidad de San Simón, se destacó enel periodismo desde las páginas deEl Siglo XX y de El Im p a rcial, de LaPaz. Fino y mordaz en el arte dell i b e l o, era un crítico sin concesio-nes a todos los gobiern o s. En s e ñ óDe recho en la Un i versidad de Oru-ro. Fustigó al Presidente AnicetoA rc e, pero al final lo alabó en lai n a u g u ración del monumento eri-gido en su memoria en Oru ro. Fu eva rias veces Se n a d o r, presidió elCo n g reso y ocupó interi n a m e n t ela Presidencia en 1924.

En su visión, los jurados de im-p renta, puntal de su proyecto deLey de Im p renta, eran gara n t e sde la libertad de expresión. Sui d e a rio en este punto se encuen-t ra en el opúsculo Discusión de laLey de Im p renta en el Senado de1918. � �

M e n d o za ,José Quintín

1857-1926

1 1 7

OBRAS

Bo l í var y Don Qu i j o t e, publi-cada gracias al celo de su nieto,el Dr. José Quintín Me n d oza; yotros opúsculos.

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El pro f e s o rH u m b e r t oMontaño Mi-lán nació enCo c h a b a m b aen 1922. Suvocación de-

p o rt i va y sus reconocidas aptitudes paraello le perm i t i e ron integró seleccionadosnacionales y depart a m e n t a l e s. Eg re s ódel Instituto Su p e rior de Educación Físi-ca de La Paz y el Comité Nacional de De-p o rtes le confirió el títuo de director téc-n i c o, función que desempeñó entre 1950y 1952. Fue una de las glorias del fútbolboliviano y un ejemplo de caballero s i d a dy respeto a los ri va l e s. Mu rió un 8 de fe-b re ro.

Debutó con el club New Pl a yers en1940 frente a Estudiantes de Chile inte-g rando el medio campo con Ro d o l f oMaida y Natalio Richter, una barre ra in-f ranqueable para los delanteros ri va l e ssegún El Pa í s. En 1941 integró la selec-ción cochabambina que goleó al club Sa-lamanca por 4-0, oportunidad en la cualMontaño fue el eje del equipo jugandoen el mediocampo, y a partir de entoncesfue inamovible en ese puesto de la selec-ción albinegra .

En ese entonces, la selección albinegratenía una alineación de lujo: Arm a n d oDe l g a d i l l o, Alberto de Achá, que fue elp rimer boliviano que jugó en un equipomexicano en la década del 40; Ro d o l f oMaida, Max Pa re d e s, He rnán Aráoz, Leo-n a rdo Fe r rel, del Club Au ro ra; Qu i n t í nFe rn á n d ez y Hu m b e rto López, goleado-re s. En 1944 Montaño integró la selec-ción nacional en el torneo sudameri c a n oe x t ra o rd i n a rio jugado en Chile en enerode 1945 junto a otros vallunos como Ar-mando De l g a d i l l o. En 1945, siendo juga-dor y entrenador de New Pl a yers fue ca-pitán de la selección cochabambina. Vo l-vió al seleccionado nacional en el suda-m e ricano de 1946 en Argentina y en 1947en Guayaquil, Ec u a d o r. Luego integró el

plantel de la Escuela de Clases Max Pa re-des y empató con Bo l í var en La Paz 3 a 3el 16 de diciembre de 1945. La Ac a d e m i alo contrató para re f o rzar su equipo en1947 y dos años después integró una delas mejores selecciones nacionales parael sudamericano en Brasil, en el cual ocu-pamos el cuarto puesto y el campeón fueBrasil. En el equipo nacional se destaca-ron: Hu m b e rto Mo n t a ñ o, Leonardo Fe-r rel, el Ma e s t ro Víctor Agustín Ug a rt e, Va-lencia, Sa n t o s, Arraya y otro s.

El mediocampista cochabambinos i e m p re fue la figura de las seleccionesnacinales y vallunas en los campeonatosi n t e rnacionales y en los nacionales quese disputaron en la década del 40. Ad e-más fue entrenador de los combinadoso ru reños y cochabambinos que compi-

t i e ron en los nacionales. En 1951 Bo l í va rle pagó una prima de 100 mil bolivianos,suma crecida para la época, lo contra t ócomo pre p a rador físico del elenco y ledio pasajes en vía aérea para visitar con-tinuamente a su madre en Cochabamba.

En 1970 presentó su libro “F ú t b o l”, quecontiene una valiosa historia del fútbolb o l i v i a n o, además de lecciones de entre-namiento y pre p a ración física. Este librocuenta que la Fe d e ración Boliviana deFútbol se constituyó el 12 de septiembrede 1935 y fue afiliada a la FIFA en form ap rovisional en junio y definitivamente el9 de julio de 1926 gracias al pionero delfútbol boliviano Luis Castel Qu i roga. Ob-tuvimos esta valiosa información gra c i a sal periodista deport i vo José A. Ga n d a ri-l l a s. � �

M on ta ñ o M i l á n ,

H um b e rto1 9 2 2 - 2 0 0 9

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M e n t a l i d a drutilante en laa vanzada del re-visionismo his-t ó ri c o, se lo co-noce como ideó-logo del nacio-

nalismo re vo l u c i o n a rio por su obra Na-cionalismo y Co l o n i a j e. Se conocen de éllas siguientes obras: “Frente al De re c h odel Estado, el oro de la St a n d a rd Oi l” y “L ah o ra cero del capitalismo”, que fue edita-da sin nombre de autor; “Las inve r s i o n e se x t ra n j e ras en América Latina”, de ediciónpóstuma, y “Nacionalismo y coloniaje”, .

Así como había identificado al enemigop rincipal en el imperialismo y la Ro s c am i n e ro feudal, así en lo ideológico se dioa la tarea de tipificar y destruir la histori o-g rafía tradicional. Tomó del mexicanoCarlos Pe re y ra el concepto de “f u riosa au-t o d e n i g ra c i ó n” para denunciar a los inte-lectuales de la oligarquía contra la naciónboliviana.

En el panorama de la histori o g rafía bo-liviana, reconocía, sin embarg o, intentosa n t e ri o res como los de Isaac Ta m a yo, Is-mael V á s q u ez, José Macedonio Urq u i d i ,Hu m b e rto y José V á s q u ez Ma c h i c a d o, yR i g o b e rto Pa re d e s.

Va rios autores coinciden en la podero s ainfluencia que ejerció en su modo depensar el debate político arg e n t i n o, quevivió muy de cerca entre 1935 y 1939, pri-m e ro, y entre 1946 y 1952. En el exilio de-c retado a la muerte de Vi l l a r roel, Mo n t e-n e g ro fundó en Buenos Aires la re v i s t a"SEA" (Síntesis Económica Americana) yfue activo colaborador del pero n i s m o.

En el entorno de Perón, conoció a inte-lectuales de la talla de Manuel Ug a rt e, Ar-t u ro Ja u re t c h e, Rafael Scalabrini Ortiz yRodolfo Pu i g g r ó s.

“A fines de 1949, Mo n t e n e g ro y Au g u s-to Céspedes fueron designados editori a-listas de “La Pre n s a”, de Buenos Aire s. Se-gún el socialista

Abel Alexis Latendroff, en su libro

M on t e n e g roQ u i roga, C a r lo s

1 9 0 3 - 1 9 5 3

1 1 9

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" Nu e s t ra América Difícil", Mo n t e n e g ro es-c ribió el discurso que, en 1950, Perón pro-nunció ante el Grupo de Oficiales Un i d o s(GOU), versión argentina de la logia Ra-zón de Pa t ria (RADEPA), de Bolivia.

Al calor de los conflictos de octubre de2003 vuelve a escucharse su teoría del mo-tín que re vela la sintomatología del cho-que de dos fuerzas históricas encontra d a s,y pre f i g u ra el concepto de “a u t o d e t e rm i-nación de la masa” propuesto por Re n éZa valeta con fundamentos más sólidos.

Carlos Mo n t e n e g ro Qu i roga nació enCochabamba el 26 de diciembre de 1903 ym u rió en una clínica de Estados Unidos el10 de marzo de 1953. Hijo de Ro d o l f oMo n t e n e g ro y de Raquel Qu i roga, que tu-v i e ron cinco hijos: Arm a n d o, el pri m o g é n i-t o, de brillante gestión en la alcaldía co-chabambina, Ca r l o s, Ma rina, Emma y Ol-ga. El padre participó del levantamiento deMa rtín Lanza, a fines del siglo XIX y en elexilio conoció a José Ma rtí, según Va l e n t í nAbecia López.

Mo n t e n e g ro se casó en pri m e ras nup-cias con María Qu i roga, con quien tuvodos hijos, Ma rio y Ma rtha, y luego con Yo-landa Céspedes, con quien tuvo un hijo:Wa s k a r.

Mo n t e n e g ro se inició muy temprano ba-jo la conducción espiritual del legendari oCe s á reo Ca p ri l e s, anarquista libert a rio yfundador de la revista “A rte y Tra b a j o”, queconcentró a la joven intelectualidad co-chabambina. Ap oyó al Presidente He rn a n-do Si l e s, se alistó para la campaña del Cha-c o, fundó la Unión De f e n s o ra del Pe t r ó l e o,p a ra denunciar los excesos de la St a n d a rdOil contra el patrimonio nacional y cola-boró con el Presidente David To ro. Fue se-c re t a rio de la Co n f e rencia de Paz del Cha-c o”. Fue también amigo y colaborador delp residente Ge rmán Busch, dejó una bio-g rafía inédita y no concluida del malogra-do héroe del Chaco y poco después de sum u e rte fundó el semanario “Bu s c h” y eld i a rio “La Ca l l e”.

Gonzalo Ro m e ro re vela que Mo n t e-n e g ro admiró al Dr. Lisandro de la To r re,nacionalista intransigente y parlamentari oa rg e n t i n o. En esa aproximación se ori g i n óel nombre del partido que fundó Mo n t e-n e g ro junto a Céspedes, Paz Estenssoro,Mo n roy Block, Gu e va ra y otro s. Se habíaatentado contra la vida del Dr. De la To r reen el hemiciclo parlamentario y había caí-do su amigo Vo d a ve re. Entonces De la To-r re dijo: “A este Movimiento Na c i o n a l i s t aRe vo l u c i o n a rio nadie lo atajará”. � �

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OBRAS

Once Cuentos, 1939. Estañom a l a y o, 1943. Los últimos.Cu e n t o s , 1 9 4 7 . Mi ra d o r, c o-lumnas, 1948. Introducción alas doctrinas político econó-m i c a s . F C E, M é x i c o. La Un i-versidad de San Andrés, 1982.Las oportunidades perd i d a s .Bolivia y el mar, 1987.

Musicólogo de talento múlti-p l e, ejerció la litera t u ra, la ges-tión cultural y el periodismo y sulibro Introducción a las doctrinasp o l í t i c o - e c o n ó m i c a s, de la Co-lección Breviarios, del Fondo deCu l t u ra Económica, en México,fue quizás el libro boliviano máspublicado en el exterior.

Estudió De recho en la UMSA;durante la Guerra del Chaco fues e c re t a rio del Gral. David To ro,más tarde Presidente de la Repú-blica. Fue funcionario de la Can-cillería, Cónsul en Si n g a p u r(1941); Embajador en Japón y Pe-rú. Ej e rció el periodismo en LaPatria de Oruro, en La Noche y LaRazón (1947- 1952); en Presenciay Última Hora. Fue corresponsalde la revista Life durante 10 añosdesde 1952 y Ministro de Culturadel Presidente Luis Adolfo Si l e sSalinas (1969). Usó el seudónimode Buenavista. Escribió acerca deél Luis Ramiro Beltrán: Memoriade Buenavista. � �

M on t e n e g ro S or i a ,

W á lt e r1 9 0 9 ( 1 2 ) - 1 9 9 1

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Uno de los genealogistas bo-livianos más conocidos, inve s-tigador en el Arc h i vo Ge n e ra lde Indias y el Arc h i vo Ge n e ra lde la Nación, así como en ar-c h i vos civiles, eclesiásticos yp ri va d o s. Era un oráculo queo rientaba en temas históri c o s,como lo demostró durante ladisputa sobre la doble funda-ción de Cochabamba y la cele-b ración del IVº Ce n t e n a ri o.En t re los años 60 y 70 fue di-rector del Museo Nacional deA rt e, del Museo Hi s t ó rico Mi l i-t a r, del Arc h i vo Hi s t ó rico Mu-nicipal, de Cochabamba y vo-cal fundador del Instituto deIn vestigaciones Hi s t ó ri c a s, deLa Pa z .

Como poeta colaboró en larevista Ko l l a s u yo. Fue Agre g a-do Cu l t u ral en Ma d rid y Bu e-nos Aire s, publicó en peri ó d i-cos y re v i s t a s, y sus biógra f o sdicen que vendió a un colegaa rgentino trabajos inéditos deimportancia. ��

M ora l e s y

Sánchez, A d ol f o de1 9 1 1 - 1 9 9 3

1 2 1

OBRAS

El re p a rto de tierras deHuayna Ca p a c, 1977. La do-ble fundación de Cochabam-ba (1571-74), 1978. El testa-mento del Gobernador Inten-dente de la Prov. De Cocha-bamba, Don F. Viedma y Nar-v á e z , 1978. Nobiliario deCharcas, inédito.

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Wilson Ga rcía Mérida, en Un siglo en Cochabamba. Mi rando laciudad desde La Taquiña, destaca un largo período municipalis-ta, cara c t e rizado por la actividad de ilustres cochabambinos quet rabajaban con generosidad y desprendimiento por el desarro l l ourbano de la ciudad capital. En t re ellos cita a Lisandro Qu i ro g a ,p i o n e ro de la construcción de una carre t e ra Co c h a b a m b a - Be n i ,pues en 1894 pedía apoyo para continuar la construcción de uncamino iniciado por él entre Arroyo del Ti g re (Chapare) y Sa nBorja, vía terre s t re que proyectaba combinar con la nave g a c i ó nfluvial. Co m e rciaba café, caña, arroz, cacao y ganado vacuno ym o s t raba su preocupación por la competencia de la India en elc u l t i vo de la quina. Ga rcía Mérida cita asimismo a Juan Cri s ó s t o-mo Ca r ri l l o, Juan de la Cruz To r re s, Nataniel Aguirre, Be n j a m í nBl a n c o, Simón López, Ismael V á s q u ez, Eu f ronio Vi s c a r ra, Ju l i oRo d r í g u ez, Ramón Rive ro, Ubaldo Anze y Rafael Urquidi, entreo t ros fundadores del Club Social (1890), que cre a ron la pri m e raescuela pública donada al Municipio y genera ron industria en elDe p a rt a m e n t o. Hay que añadir a Je rmán Von Holten, miembrode la Sociedad Geográfica de Cochabamba, que se re f i rió a la“Cuestión Caminos del De p a rtamento de Cochabamba en 1889,que defendía la conexión terre s t re con el Beni como una vía deacceso al At l á n t i c o, tras la derrota en la Gu e r ra del Pa c í f i c o. Aña-dir asimismo a Gil Gu m u c i o, conocido pro p i e t a rio de una casaque se conserva a orillas del río Rocha. Colectas públicas finan-c i a ron por entonces el telégra f o, la re f o restación de la Plaza 14 des e p t i e m b re, la construcción del Hospital Viedma, el alumbra d op ú b l i c o, las 18 escuelas que funcionaban en 1895 a cargo de 59p ro f e s o res pagados por el Municipio y la canalización de la ace-quia de La Carbonería (Serpiente Ne g ra ) .

Juan de la Cruz To r res fue calificado como “el alma de la Ju n t ade Aguas de Aro c a g u a”. Donó parte de sus terrenos en La Mu y u ri-na para construir depósitos de agua potable que se distribuyó enla ciudad, cuya construcción fue dirigida por los ingenieros Ju l i oPinkas y Gu i l l e rmo Mannó. Las cañerías metálicas de distri b u-ción fueron estrenadas en 1896; la Junta de Aguas funcionó conéxito durante 15 años.

En 1895, la pujante colonia alemana se congregó en un clubc u yos fundadores fueron: He rmann Brockmann, Ge o rg De c k e r,He rm Fri c k e, He rmann von Holten, Rodolfo Kru g e r, León Leh-mann, Oto Schmidt, Carl Schultze y Alfred W. Ba r b e r, entre otro s.Barber fue pionero del comercio entre Beni y Cochabamba; lle-vaba cerveza Taquiña y embutidos Dillmann, entre otros pro d u c-t o s.

MU N Í C I PE S DE LA CIU-

DAD C A PI TA L

1 2 2 - 1 2 5

Eufronio Viscarra

Juan Crisóstomo Carrillo

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A fines del siglo XIX había cuatro farmacias: la Boliviana, de Ub a l d oA n ze, la Americana, de Castelfor Qu i roga, la Eu ropea, de Luis Vi r re y ray la Botica del Co m e rc i o, de José E. Me rc a d o. Víctor Guzmán Achá ySimón López eran import a d o res de productos euro p e o s. Charles Fo r-gues abrió un re s t a u rante francés; Nicolás La Tapia Ro j a s, la Pa s t e l e r í ay Heladería “El e g a n t e”, que funcionaba en casa de don Ramón Pa zSoldán, quien había instalado un hotel. José Palazzi atendía una quin-ta en El Pra d o. Palazzi era lombard o, ingeniero agrícola, arquitecto ymatemático; llegó durante el gobierno de Me l g a rejo y murió en Co-chabamba. La comisión “Trabajos de la Alameda” inició las obras pú-blicas que convirt i e ron el antiguo paseo en la actual Avenida Ba l l i-v i á n .

Capítulo aparte para Ma riano En rique Mo s c o s o, dueño de la Ha-cienda Mu y u rina y para su ye rn o, Juan de la Cruz To r re s, quien abri óla casa comercial “To r res y He rm a n o” en 1870. La firma import a b aa rtículos euro p e o s, pero en 1889 To r res fundó la Viña Mu y u rina; en1891 donó terrenos para el almacenamiento de agua potable, impor-tó el primer arado de hierro, la pri m e ra tri l l a d o ra de trigo y la pri m e rarueda hidráulica Pelton. Mu rió en 1912.

El múltiple esfuerzo cívico de Juan de la Cruz Torres lo heredó suyerno, Ramón Rivero, también munícipe desde 1895 y propulsor deldesarrollo urbano de Cochabamba. En 1920 fue Presidente del Cír-culo Comercial, promotor y socio de la Empresa de Luz y Fuerza, elLloyd Aéreo Boliviano y una compañía petrolera que hizo prospec-ciones en la zona del Isiboro Sécure. A él se debe también un primerp royecto de canalización del río Rocha, que inundó la ciudad en1895, por lo cual Rivero cedió más tierras de La Muyurina para em-prender la canalización. Instaló la lechería de Puntiti, la primera ha-cienda mecanizada de Cochabamba, donde Rivero inventó un aradopatentado por la firma Collins, en los Estados Unidos. A él se debeasimismo la apertura de la calle 25 de mayo, que fue concluida alre-dedor de 1935. Para ello tuvo que afectar parte del convento de San-ta Clara, que obstruía la unión de la vieja avenida Perú con la calleColombia.

El valioso estudio de Ga rcía Mérida cita asimismo a Braulio Ma l d o-n a d o, uno de los fundadores de la Ce rvecería Taquiña el 6 de febre rode 1893 según escri t u ra firmada ante el notario Ciprián Álva rez, juntoa los súbditos alemanes Gu i l l e rmo Kunst, Luis Bessand, He rm a n nBrockmann, En rique We rth, Rodolfo Kru g e r, Carlos Óscar Klein y elboliviano Isaac Daza. Maldonado fue el primer técnico de dicha cer-vecería; se retiró de la sociedad y fue sustituido por el muniqués Al-b e rto Ko l l e m b e rg e r, en 1894. Poco después se sumaron a la sociedadva rios accionistas bolivianos, entre ellos: Víctor Guzmán Achá, Ju l i oVa rg a s, Manuel Venancio Mo n t a ñ o, Antenor Co s s í o, Ubaldo Anze,Víctor Za m b rana y Ernesto Urquidi a nombre de él y de sus herm a-n o s.

La escasez inicial de botellas forzó a importar barriles y a incorpo-rar la costumbre del chop. La empresa importó seis serpentines, unode los cuales funciona todavía en el Chop Co m e rc i o, here d e ro delMax Chop, del alemán Max Re i n k e n d o rf, que funcionó en la calleSa n t i va ñ ez en el período 1917-1930 y años más tarde se trasladó a lacalle Bo l í va r.

Rafael Urquidi, Ramón Rive ro, Ro b e rto Su á rez a nombre del Ba n c oA rgandoña y Rafael To r rico Lemoine, entre otro s, pro p i c i a ron la fun-dación de la Ce rvecería “Co l ó n”, ubicada en Ti rani. El técnico fue elalemán Ma rtín Hirschmann.

El fin de esta era municipalista coincidió con el triunfo de la re vo l u-ción federal y el férreo centralismo impuesto por los gobiernos libera-l e s, que administra ron el país hasta 1920, según Ga rcía Méri d a .� �

Simón López

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Benjamín Blanco

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Era hijo de Maria-no Donato Muñoz -- m i n i s t ro del Pre s i-dente Me l g a re j o,que hizo acuñarmonedas con am-bas efigies y la ins-c ripción: “Al valor y

al talento”. Tu vo una vida plena yagitada desde que era estudiante deMedicina en la Un i versidad de Sa nMa rc o s, de Lima, y en 1880 form óparte de las ambulancias que aten-dían a los heridos en los combatesde Chorrillos y Miraflores, contra eli n vasor chileno durante la guerradel Pacífico.

Nació en Cochabamba y murió enSantiago de Chile. Ya en Bolivia, fue

c i rujano militar y comandante deambulancias durante la RevoluciónFederal, en la cual se alineó junto alGeneral Pando.

Éste lo designó Delegado Na c i o-nal en el Territorio Nacional de Co-lonias o del Acre y el Purús, a iniciosde la guerra del Ac re (1899-1901).En esa condición, combatió el sepa-ratismo y actuó en la victoria deRiosinho, en los orígenes de la gue-rra. Fue docente y Decano de Medi-cina en la UMSA; Senador por Co-chabamba y el Beni (1914-1920),Mi n i s t ro de In s t rucción Pública yFomento, de Guerra, de Gobierno yRelaciones Ex t e ri o re s, Prefecto deO ru ro y Mi n i s t ro Pl e n i p o t e n c i a ri oen Brasil. ��

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Mu ñ o z Q u ev e d o ,

A n dr é s1 8 5 9 - 1 9 2 2

1 2 6 OBRAS

Informe y anexos a la re n d i-ción de cuentas que presenta elDelegado del Gobierno en el Te-rritorio Nacional de Colonias delNoroeste, 1907.

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Su figura ama-ble estuvo ligadaa la cátedra de Fi-losofía del De re-c h o, en la UMSS,y a su pert e n e n-cia a la Orden Ro-

s a c ruz, donde hizo grandes pro g re-sos espirituales.

Nació un 15 de mayo y murió un 5de junio en Cochabamba. Era hijo deManuel Olguín y de Pe t rona Estra d ay se casó con Elena Jiménez Galindo.Estudió De recho en la UMSS y susespecialidades fueron, además de laFilosofía, la Psicología Jurídica y laPsiquiatría Forense.

Hizo la primaria en la Escuela Ma-riano Ricardo Terrazas y la Secunda-ria en el Colegio Nacional Bo l í var yen el Colegio Naciona Su c re. Co m-pletó sus estudios académicos con fi-losofía esotérica en la Antigua Místi-ca Orden Rosacruz (AMORC) y prác-ticas de Filosofía Yogui y ocultismooriental en la Asociación de Autorea-lización Pa ramahansa Yo g a n a n d a .Fue maestro de primaria en la Escue-la Simón Bolívar y en la Darío Monta-ñ o, de secundaria en el Colegio deo b re ros Alejo Calatayud y en el Ca r-los Blanco Ga l i n d o, va rios años dic-tando cátedra de Humanidades, gra-t u i t a m e n t e. En la UMSS enseñó In-t roducción al Estudio del De re c h o,Filosofía del Derecho y Psicología Ju-rídica. Fue Subdecano y Decano. En-t re sus múltiples distinciones desta-caremos un diploma que le otorgó en1930 el H. Concejo Municipal de Co-chabamba por su trabajo escrito “Bo-lívar el loco sublime””Bolívar y su ac-ción en América, la Medalla de Oro yDiploma de Ho n o r, por meri t o ri o ss e rvicios a la Un i versidad Ma yor deSan Simón, y la de Ciudadano Me ri-t o rio otorgada por la H. Mu n i c i p a l i-dad de Cochabamba. ��

Olg u í n E s t ra da ,

José A n ton io1906 - 1993

1 2 7

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E u f r o n i oVi s c a r ra dicelo siguiente:“Juan Ba u t i s t aOquendo na-ció por losaños de 1770.

O b t u vo de sus padres una educaciónc ristiana, y ella a no dudarlo, impulsósu espíritu hacia el sacerd o c i o. De s d emuy joven se sintió indignado ante lahumillación de su patria, y con esa ar-diente fe propia tan sólo de las almasg ra n d e s, contribuyó como el que más ala independencia.”

(…) “Así, en 1810, Arze y Guzmán fue-ron la acción del levantamiento de Co-chabamba y Oquendo su palabra. Na-die como este último poseía el dondepersuadir y de conmove r”. (Apuntes pa-ra la historia de Cochabamba) Ma n u e lJosé Co rtéz se re f i e re al famoso discursoque pronunció Oquendo el 23 de sep-t i e m b re de 1810: “El clérigo Oq u e n d o,o rador disert o, dotado de fogosa imagi-nación, y manejando con singularmaestría la lengua de los incas, sabíah e rmanar las ideas de libertad con lasd o c t rinas re l i g i o s a s, re c o rdando el anti-guo esplendor del imperio del Pe r ú ,pintaba con negros colores su abati-miento pre s e n t e. El orador ponía enc o n t rastes las cosas suntuosas, los es-pléndidos banquetes, los costosos ve s-tidos de los españoles, con la misera b l ec h oza, el escaso alimento y los andra j o sde los indios.

Las minas, eran según él, otras tantasbocas que denunciaban la codicia delos dominadores del país. Al influjo desu palabra re vo l u c i o n a ria corrían a lasa rmas millares de individuos. En las va-rias comarcas que hizo sus pre d i c c i o-n e s, se le escuchó como al oráculo de lal i b e rt a d .” (Me m o rias de Lord Co c h ra-ne).

Su discurso decía: “He roicos cocha-b a m b i n o s, yo veo que aspiráis a gra n-

des glorias; habitantes del más fecundoy delicioso país del mundo, campeonesi n m o rtales de la patriótica libert a d ,v u e s t ra fuerza rendirá la máquina quetodavía sostienen en vuestras comarc a slos enemigos de la patria y del Estado;esa vigilancia con que acumuláis vues-

t ras tro p a s, esa unidad de sentimientoscon que detestáis el egoísmo y queréissostener con una pasmosa ri validad losd e rechos de la patria y del Estado, es elmás convincente argumento de que envo s o t ros no existe más que un solopensamiento y un solo deber.” � �

O q u e n d o, Jua n

Ba u t i s ta 1 7 9 5 - 1 8 2 9

1 2 8

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Su recia einquieta per-sonalidad lollevó al pri-mer plano dela lucha inde-p e n d e n t i s t a

al lado de personalidades como Co rn e-lio Sa a ve d ra, Vicente Pa zos Kanki y Ja i-me de Zu d á ñ ez. Fue amigo de Fra n c i s-co de Mi randa, el precursor de la inde-pendencia ve n ezolana y asesor del Gra l .boliviano José María Pérez de Urd i n i-nea. Fue de los pocos que defendió lai n t e g ridad del Gral. Pe d ro Bl a n c o, he-cho que le costó el exilio. Alimentó ide-as independentistas desde la inva s i ó ninglesa a Buenos Aire s. Fue un re p u b l i-

cano radical, civilista y federalista. Te-nía fama de ave n t u re ro e incluso de in-t ri g a n t e, por lo cual cosechó más ene-migos que amigos. En cualquier caso,pocos cochabambinos tuvieron inter-venciones tan intensas durante la gue-r ra de la independencia y los pri m e ro saños de vida re p u b l i c a n a .

Estudió en la Un i versidad de Sa nFrancisco Xavier y al parecer en 1802 seradicó en Buenos Aire s. En 1807 fundóen Montevideo La Es t rella del Sud / The

Morning St a r, periódico bilingüe. En1808 se radicó en Londre s, donde fre-cuentó a Mi randa. En 1810 la Junta deBuenos Aires lo reenvió a Londres ac o m p rar armas y otros negocios. A sure t o rno fue detenido y se trasladó a Chi-l e, donde fue confinado a Ac o n c a g u a .En 1822 volvió a actuar en lo que hoy esBolivia; en 1823 fue redactor de El Cos-m o p o l i t a y en 1824 de El Tizón Re p u b l i-c a n o, en Chile. Expulsado de ese país,re t o rnó a Bolivia en 1828, participó enel motín contra el Presidente Su c re, fueelegido a la Co n s t i t u yente de dicho año,se opuso a invasión de Ga m a r ra y de-fendió al Presidente Bl a n c o. En Sa l t apublicó La Di a n a, periódico anticru c i s-ta. En 1841 re t o rnó a Bolivia. � �

Pa di l la, Ma n u e l

A n ic e to1 7 6 5 - 1 8 4 3

1 2 9 SOBRE ÉL

M A P, un cochabambino fuera deserie. Mariano Baptista.

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El empre s a rio más importante de lah i s t o ria boliviana, su nombre está li-gado al inicio de la era del estaño, y essin duda un personaje legendari o.Gracias a la conducción sagaz de susi n t e reses a partir de la compra de la

mina La Sa l va d o ra, en Llallagua, logró controlar las pri n c i p a l e sconcesiones mineras de estaño y otros metales, codiciadas porcapitales chilenos, y poco después internacionalizó sus em-p resas y se convirtió en el quinto millonario del mundo.

La historia de su ascenso ha sido comparada por Se rgio Al-m a raz a cualquiera de los episodios coloniales del imperio in-glés: gobiern o s, leye s, justicia, régimen laboral, todo lo contro-ló para desarrollar el capitalismo en Bolivia a partir de la mine-ría. Du rante la posguerra del Chaco surg i e ron críticos de la lla-mada Gran Minería y del entorno político que la protegía, la“Rosca minero feudal”, y desarro l l a ron tal campaña en contrade “los Ba rones del Estaño” (Pa t i ñ o, Ma u ricio Hochschild yCarlos Víctor Ara m a yo), que esa acumulación de fuerzas deter-minó la re volución de 1952 y las medidas ulteri o re s, entre ellasla nacionalización de las minas de dichos pro p i e t a rios y lap ro s c ripción de sus nombres que hoy no invocan ni los em-p re s a rios pri vados ni las universidades afines. La Fu n d a c i ó nSimón I. Patiño desarrolla actualmente en Bolivia una laborencomiable en educación, cultura, genética, agro p e c u a ria ys a l u d .

Nació en Sa n t i v á ñ ez, Cochabamba y murió en Buenos Aire s,A rgentina. Era hijo de María Pa t i ñ o, y la “I .” de su apellido re-p resentaría el apellido It u r ri, de su padre, que habría usadodesde 1897. Luego de una infancia modesta, se trasladó a Co-chabamba en 1875, donde su tío, Felipe Pa t i ñ o, lo inició en eldebate político de la época. En 1878 emigró a las minas de Co l-quechaca, Pu l a c a yo y otra s, pero volvió a Cochabamba y esta-lló la guerra del Pa c í f i c o. No se alistó en el Cuerpo de Vo l u n t a-rios organizado por Nataniel Aguirre y José María Sa n t i v á ñ ez, yre t o rnó a Oru ro en 1882. Allí trabajó en la tienda de Vi r re y rad u rante cinco años y, a la muerte del dueño, pasó a la casa co-m e rcial Fri c k e, export a d o ra de minerales a Alemania, dondep e rmaneció durante ocho años. Allí constituyó la sociedadOp o rt o - Pa t i ñ o, para explotar la mina La Sa l va d o ra, y al cabode tres años fue único dueño. Se casó con Albina Ro d r í g u ez ,n a t u ral de Oru ro, y tuvo seis hijos: René, Antenor, Luzmila, He-lena y Graziella.

El inicio de la era del estaño lo favo reció e hizo fortuna por-que poseía yacimientos ricos en ese mineral. En 1900 export a-ba un tercio de las 9.000 tm anuales que vendía el país; cons-t ruyó en Oru ro un palacio y se hizo socio del Club Social, En1906 fundó el Banco Me rcantil con un capital de un millón de

l i b ras doblado al año siguiente, hasta alcanzar los cinco millo-n e s. En 1910 recibió la condecoración Águila Real, de Alema-nia. Estableció oficina en Ha m b u rgo y adquirió un paquete deacciones de la fundición Zi n n e rwe rke Wi l h e l m s b u rg Gmbh,p a ra ingresar a los mercados de Estados Unidos e In g l a t e r ra .Presentó al gobierno boliviano tres proyectos: la canalizacióndel río De s a g u a d e ro, la construcción del Fe r ro c a r ril Co c h a-bamba-Chimoré y del ramal Ma c h a c a m a rc a - Uncía, y el esta-blecimiento de una flota naviera para exportar sus minerales aL i verpool.

En los años 1912-1913, la exportación de minerales estra t é-gicos aumentó con la proximidad y estallido de la Iª Gu e r raMundial y Patiño se convirtió en rey del estaño. No ejerció nin-gún cargo político, aunque fue Enviado Ex t ra o rd i n a rio y Em-bajador Pl e n i p o t e n c i a rio ante las Co rtes de España y Francia ap a rtir de 1921. Se estableció en París en el período 1939-1940 ydesde allí controló la empresa que había establecido en Eu ro-pa y los Estados Unidos desde 1924: la Patiño Mines and En-t e r p rises Co. In c. En Bolivia constituyó la Bolivian Tin andTungsten Mines Co. Con domicilio en Oru ro (1936) y con uncapital de 2.2 millones libra s. En 1929, la depresión mundial lep e rmitió comprar paquetes de acciones del estaño malayo y elc o n t rol internacional de la industria minera: explotación, fun-dición y refinamiento de minerales más capital de inve r s i o n e s.

En agosto de 1945 se estableció en Buenos Aires alimentan-do el propósito de re t o rnar a Bolivia, pero murió allí; sus re s t o sy los de su esposa descansan en su hacienda de Pa i ru m a n idesde 1967. La ciudad de Cochabamba se benefició con el Pa-lacio de Po rt a l e s, que hoy es sede de un centro pedagógico yc u l t u ral de pri m e ra importancia. � �

Pat i ñ o,

Simón I.1 8 6 0 - 1 9 4 7

1 3 0

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De pocos hombres se lamentaque no hayan escrito su autobio-g rafía como de este gran conve r s a-d o r, proverbial por su memori apuntillosa, y por haber sido testigoy a veces protagonista de momen-tos capitales de la vida pública del

p a í s, que relataba con galanura y buen humor.Al re s p e c t o, Wilson Ga rcía Mérida ha recogido va rias anéc-

dotas en su imperdible Un siglo de vida en Cochabamba.En 1941 fue redactor de la Cámara de Diputados y, entre mu-

c h a s, rescató la siguiente anécdota: el escritor Alcides Arg u e-das era Mi n i s t ro de Agri c u l t u ra y fue interpelado por los re p re-sentantes del naciente MNR.

El expositor fue el entonces joven político Ge rmán Mo n royBlock y le re p rochó que no hubiera un plan nacional de agri-c u l t u ra. Entonces se produjo el siguiente intercambio de pala-b ras: “El H. Mo n roy Block es muy joven y está pagando su de-recho de piso: habla mucho. Yo también estuve sentado en esec u rul pero nosotros no hablábamos mucho y por eso nos de-cían “Los caballeros del silencio”. El Ho n o rable pregunta porqué en Bolivia no hay un plan nacional de agri c u l t u ra y le re s-p o n d o, porque no es necesari o, pues los bolivianos somosa g ri c u l t o res por instinto. En cuanto a mi pensamiento, bien leharía al joven diputado leer mi obra, en especial “Pueblo En-f e rm o”. Mo n roy Block le contestó: “El ministro Arg u e d a s, agri-cultor por instinto, debería saber que la enfermedad de lospueblos no se cura con el silencio de los caballero s”. � �

Pa z A r z e ,

N i va r d o

1 3 1

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Su nombre de comba-te era Inti. Nació un 30de abril y murió en LaPaz el 9 de septiembrede 1969. Era hijo del co-nocido periodista Ró-mulo Arano Pe re d o. Pa-

só la mayor parte de su niñez y juve n t u den el Beni. Militó en el PCB desde muy jo-ven y se distinguió por ser uno de sus cua-d ros más abnegados y va l i e n t e s. Fue pri-mer secre t a rio del Comité Regional de LaPaz y miembro del Comité Ce n t ral de sup a rt i d o, elegido en su IIº Co n g reso Na c i o-nal (1964). Al igual que su hermano Co c oy muchos otros militantes del PCB, part i-cipó en tareas de apoyo a la guerrilla pe-ruana del ELN y a la organización delEj é rcito Re vo l u c i o n a rio del Pueblo (ERP),de Argentina. En Ñancahuazú fue uno delos guerri l l e ros más sobresalientes comoc o m i s a rio político y jefe militar.

Después de la emboscada del Churo, enla cual fue capturado el Che, eludió conlos sobrevivientes el tenaz cerco militar yg racias a la protección de los campesinosse salvó. Junto a Urbano llegó a Sa n t aCruz y luego por avión a Co c h a b a m b a ,donde tomó contacto con su partido at ravés de su suegro, el escritor Jesús Lara ,p a ra organizar el rescate de los tres gue-r ri l l e ros que permanecían ocultos. Re o r-ganizó el ELN y cuando se aprestaba a“vo l ver a las montañas”, como lo anuncióen comunicado público, fue cercado ym u e rto por las fuerzas re p re s i vas en LaPa z .

El Che escribió una evaluación sobre élen nov i e m b re de 1966: Guido Pe redo Lei-g u e. 29 años. Ca s a d o, dos hijos, 2 y 1 año

( t res personas dependientes). Co l o m b i a3067 – Cochabamba. 27/2/67 – tres me-ses – Muy bueno. Sus funciones de co-m i s a rio dedicado especialmente a losbolivianos las cumple eficientemente yes ejemplo en todo tipo de labor.

27/5/67 – 6 meses: Muy bueno. Ma n-tiene el espíritu a pesar de su endebleconstitución física, es ejemplo y ha pa-sado por la doble prueba del sacrificio yel combate a entera satisfacción.

27/8/67 – 9 meses: Muy bueno. Semantiene su espíritu y se está demostra n-do como un gran combatiente. � �

Pe r e d oL e ig u e ,

G u i d o

Á lva ro

1 3 21 9 3 8 - 1 9 6 9

OBRAS

Mi campaña jun-to al Che, libro co-r regido por El m oCatalán. Hu m b e rt oV á z q u ez Viaña po-ne en duda su au-t e n t i c i d a d .

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Su nombre deg u e r ra era Co c o.Nació un 23 dem a yo y muri óen la embosca-da de El Ba t á n ,c e rca de La Hi-

g u e ra, junto con Miguel y Ju l i o, ens e p t i e m b re de 1967. Pasó la juve n t u den el Beni, junto a su hermano In t i .Era hijo de Rómulo Arano Pe redo yestudió Medicina en Moscú. Era unode los cuatro militantes del PCB asig-nados por Ma rio Monje al trabajo conlos enlaces cubanos. Estuvo en todoslos pre p a ra t i vos de la org a n i z a c i ó ng u e r ri l l e ra desde sus inicios y adqui-rió la finca Ñancahuazú a su nombre.Se alineó en la va n g u a rdia junto a Mi-guel, como jefe; Be n i g n o, Pa c h o, Loro,A n i c e t o, Camba, Da r í o, Ju l i o, Pablo yRaúl. A la noticia de su muert e, el Chee s c ribió: “La pérdida más sensible esla de Co c o, pero Miguel y Julio era nmagníficos luchadores y el valor hu-mano de los tres es impondera b l e”.

El Che escribió sobre él la siguientee va l u a c i ó n :

27/2/67 – tres meses = In c o r p o ra-ción formal porque está en los tra b a-jos de abastecimiento y ahora en lafinca. No se puede hablar de él comoc o m b a t i e n t e.

27/5/67 – 6 meses – Bueno: Ha pa-sado las pruebas re q u e ridas con am-plio margen y se está desarro l l a n d ocomo guerri l l e ro.

27/8/67 – 9 meses – Muy bueno: seestá desarrollando como gran com-batiente y futuro gran cuadro re vo l u-c i o n a ri o.

26/9/67 – Mu e re en la sorpresa dela Hi g u e ra, junto con Inti los mejore sp royectos bolivianos. Era una gara n-tía en todo sentido, arrojado en elcombate y de una alta moral. La pér-dida más gra ve luego de la de Ro l a n-d o. � �

Pe r e d o L e ig u e ,

Rob e rto1939 – 1967

1 3 3

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107 Martes 14 de septiembre • 2010

Su nom-b re sonócon insis-t e n c i acuando sere u n i e ro ncríticos y

l i t e ratos convocados por el Mi n i s t e-rio de Cu l t u ras para seleccionar lasd i ez novelas fundamentales boli-v i a n a s, que luego se eleva ron aq u i n c e. Se mencionó la novela Ca u-c h o, que ya había sido distinguidapor el crítico Juan Siles Gu e va ra en-t re las 100 obras capitales de la lite-ra t u ra boliviana.

Diómedes de Pe re y ra vivió al ini-cio de la avenida Ramón Rive ro, en

la segunda casa frente al Club Te n i sCochabamba; pero éste fue el re-mate de una vida agitada como pe-riodista y escri t o r, que lo llevó de1914 a 1952 a los Estados Un i d o s,donde escribió cuentos para sema-n a rios y revistas de Nu e va Yo rk, yfue asimismo corresponsal y peri o-dista en París y Ma d rid. Ese larg op e riplo fue interrumpido en doso p o rtunidades: durante la Gu e r radel Chaco y bajo el gobierno deGe rmán Busch, que lo designóCónsul en Santiago de Chile (1937-1939).

Sus biógrafos dicen que en el pe-ríodo 1941-1943 trabajó para Ne l-son Rockefeller y desde 1945 fue

editor del boletín de la ONU. Era unconsumado escritor bilingüe, quet raducía sus propios textos. Ti e n ecuentos dispersos por el mundo yf recuentó el género novelístico en ladécada 1928-1938. Le fascinaba elt r ó p i c o, su poética era modern i s t a ,e ra un dandy solitario que cayó enlas redes del matrimonio a su ve j ez ,una personalidad exótica con gus-tos cosmopolitas y talante nómada,s i e m p re según sus biógra f o s. � �

Pe r ey ra,

Di ó m e des de1 8 9 7 - 1 9 7 6

OBRAS

La trama de oro( Novela de la selva ) .Ca u c h o, Santiago de Chile, 1938.1 3 4

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Fue la cumbrede la plástica colo-nial en lo que hoyes Bolivia. Le de-cían Brocha deO ro, según Te re s aGi s b e rt. Nació en

Cochabamba pero desarrolló su arte en Po t o-sí desde 1693. De esa época datan sus lienzo sde San Pe d ro de Alcántara y San Juan de Di o s,c a ra c t e rizados por la predominancia del gri s,a diferencia de su pintura de fines de dichos i g l o, más colorida y con grandes composi-ciones: El Juicio Final, del templo de San Lo-re n zo; escenas de la Gl o ria y el In f i e rno; Lab a rca de la Iglesia, hoy en el Museo de Sa nFra n c i s c o, de Potosí. En 1710 pintó para laIglesia de la Me rced, de La Plata, sobre la vidade San Pe d ro No l a s c o. Suele aparecer en al-gunos cuadro s, como en las escenas del Ju i-cio final y en su célebre En t rada en Potosí delVi r rey Mo rcillo Rubio de Auñón, de 1716, quese conserva en el Museo de América, Ma d ri d ,valioso testimonio de las costumbres suntuo-sas y las fiestas barrocas de la Villa Im p e ri a l :damas con esclava s, balcones, indios y mesti-zos en las calles, doctrina de San Ma rtín concapillas exteri o res en el atri o. Tiene dos re-c u a d ros superi o res: uno, la plaza mayor y eli n g reso a la misa matutina en la Ma t riz; yo t ro, una mascarada o desfile nocturno en laPlaza Ma yo r, en la cual pueden verse re ye se s p a ñ o l e s, incas, etíopes y otros enmascara-d o s.

En 1724 pintó a los eva n g e l i s t a s, inspira d oen los grabados de Ma rtín de Vo s, conserva-dos en la Casa de Moneda, de Potosí y en elMuseo Nacional de Art e, ubicado en La Pa z .Finalmente pintó la infancia de Cristo: De s-canso en la huída a Eg i p t o, también conser-vado en el Museo Nacional de Art e. Según es-tudiosos fue el pintor mejor considerado enC h a rcas por su estilo personal en el tra t a-miento de sus personajes; realzó el ascetismoy el misticismo en las fisonomías; pintó san-t o s, místicos, ascetas, como reflejo de losideales religiosos del Ba r ro c o. Tu vo numero-sos imitadores aun en el siglo XIX, que copia-ron sus técnicas de composición y estilo. � �

P é r e z De Holg u í n ,

M e lc hor1 6 6 0 , 6 5 - 1 7 3 2

1 3 5

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Hay unaf o t o g r a f í ai n o l v i d a b l ede Ro b e rt oPrada Estra-da, cuandol e vanta la

Copa Su d a m e ricana que ganó el selec-cionado boliviano en 1963. Era Pre s i d e n-te de la Fe d e ración Boliviana de Fútbol(1962-1969) y su ambición de diri g e n t ev i s i o n a rio hizo que aceptara el reto deo rganizar el Campeonato en Bo l i v i ac o n t ra la oposición generalizada que te-mía por nuestra falta de infra e s t ru c t u rap e ro también por el posible fracaso delelenco nacional. Sin embarg o, salimoscampeones invictos con un solo empateen el partido inaugural contra Ecuador yv i c t o rias sobre seleccionados aguerri d o scomo los de Colombia, Perú, Arg e n t i n a ,Pa raguay y Brasil (bicampeón mundial).Don Ro b e rto puso el ojo en Danilo Alvimcomo director técnico, quien había inte-g rado el seleccionado bra s i l e ro como elmejor half izquierdo del mundo en 1950,cuando la selección uruguaya le arre b a-tó al Scratch el campeonato mundial enel célebre Ma ra c a n a zo. Los hijos de donRo b e rto re c u e rdan su estrategia: “Da n i l opuede lleva rnos a la victoria, pues así co-mo es un gran derro t a d o, pudo ser ung ran triunfador y, desde ese sino, puedee n c a rnarse en el triunfo de este país ded e r ro t a d o s.” Fue tal el regocijo bolivianoque el Presidente Paz Estenssoro lo con-decoró con el Cóndor de los Andes.

La figura de don Ro b e rto se proye c t óen el mundo, pues fue el primer diri g e n-te del futbol boliviano que formó part ede la Fe d e ración In t e rnacional de Fu t b o lAsociado (FIFA), como miembro del Co-mité Ej e c u t i vo en el período 1962-1970.Este año se celebró el Mundial México70 y don Ro b e rto fue Vi c e p residente de

la Comisión Di s c i-p l i n a ria del org a-nismo intern a c i o-n a l .

Nació un 7 de ju-nio y murió un 24de julio. Se casó con Ma rina Ra m í rez Te-jada y tuvo tres hijos: Ro b e rt o, Luz Ma ri-na, inolvidable figura de la natación bo-liviana, y Fe rn a n d o. Era Me t e reólogo dep rofesión, con estudios en la UMSA, enla Un i versidad de Chicago y en la Un i-versidad de Medellín; docente de Clima-tología en la Facultad de Agronomía dela UMSS; autor de una de las pri m e ra sm o n o g rafías sobre climas de Bo l i v i a(1946) y parte del equipo que constru y óla Re p resa México, en la Angostura, jun-to a la delegación mexicana. Ej e rció sup rofesión en el De p a rtamento de Me-t e o rología del Ll oyd Aéreo Bo l i v i a n o,donde fundó, junto con los tra b a j a d o re s,el equipo de San José de Banda, que lue-go llevaría el nombre de Jo rge Wi l s t e r-mann, por iniciativa suya y del Dr. Jo rg eRojas Ta rd í o. Fue Presidente de Club Jo r-ge Wi l s t e rmann (1955- 1960) y en su ges-tión el equipo logró sus dos pri m e ros tí-tulos nacionales en los años 1958 y 1959.Fue una gestión memorable en la cuale s t u vo acompañado por el Dr. Rojas Ta r-d í o, como vicepre s i d e n t e, y por don Jo s éde la Se rna, como tesore ro.

Don Ro b e rto depositó su fe y sus idea-les en el Pa rtido de Iz q u i e rda Re vo l u c i o-n a ria, que concentró a jóvenes intelec-tuales de la Po s g u e r ra del Chaco, pero sedesilusionó con la claudicación de susd i rigentes a la muerte de José AntonioA rze, que se profundizó después de 1964con la espuria alianza del PIR con el Pre-sidente Ba r ri e n t o s, quien extremó el en-t reguismo de nuestros recursos natura-l e s, el rigor con los tra b a j a d o res minero sa partir del Sistema de Ma yo de 1965 y la

re p resión contra ellos en la Ma s a c re deSan Juan (1967) y de otros dirigentes quef u e ron confinados y enviados al exilio.En 1969, el gobierno del Gral. Alfre d oO vando Candia, que nacionalizó lasconcesiones petro l í f e ras de la Gulf, lodesignó Prefecto del De p a rt a m e n t o(1969-1970), y desde allí se acercó a loscampesinos con una nueva visión pro-d u c t i va que rompía con el manejo elec-t o ralista de los sindicatos agra ri o s, ca-racterístico de los regímenes mov i m i e n-tistas y de los militares con el Pacto Mi l i-tar Ca m p e s i n o. Don Ro b e rto buscaba lai n t e g ración social y económica del de-p a rtamento y su emprendimiento pri n-cipal fue el Proyecto Misicuni, en el cualh i zo los pri m e ros estudios hidro g r á f i c o sde la cuenca junto al In g e n i e ro Luis Ca l-vo So u x .

Sus hijos coinciden en considerar que“Lo más significativo de su vida fue la or-ganización en el Campeonato Su d a m e-ricano de 1963, que se escenificó en losestadios de La Paz y Cochabamba, cul-minando con el contundente triunfo deBolivia. En esa ocasión, RPE hizo una de-m o s t ración de optimismo y confianzaen que la historia, en la que algunos jue-gan con dados carg a d o s, abre un segun-da oportunidad a los que no ganan, paraasumir su dignidad de seres humanos,no aplastados por el misterio pro f u n d ode la existencia para deri var en el pra g-matismo sin escrúpulos, sino más bienp re s e rvando la apert u ra a la solidari d a d ,con honra d ez y decencia, como funda-mentos de un compromiso ético con lasociedad y el hombre.” � �

P RA DAE S T RA DA ,

Rob e rto1 9 1 7 - 1 9 7 9

1 3 6

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Presidente de la República tras elsuicidio de Ge rmán Busch, pasó susúltimos años en Cochabamba. Era unaf i g u ra familiar, siempre acompañadopor uno de los ministros de su gabine-t e, paseando alrededor de la casa desus padre s, ubicada en la calle 25 de

mayo, donde hoy funciona la Cooperativa Hospicio Lt-da. Du rante el gobierno de Pe ñ a randa, el Co n g reso leotorgó el grado de mariscal por su actuación en la gue-rra del Chaco, en la cual Guerra se inició en el comand

del Iº Cuerpo de Ejército, que tomó los fortines Corrales,Boquerón, Huajó, Rojas Silva y Huijay. Desacuerdos conSalamanca por lo que calificó de cri t e rio intolerante yoposición tozuda al criterio del Estado Mayor provoca-ron su re l e vo del mando a la caída de Boquerón, de lacual el Gobierno lo responsabilizó. Dicen sus biógrafosque se radicó en Ta rija y pidió vo l ver al frente comosimple soldado. Rehabilitado en 1934, comandó el IIºCuerpo, que actuó en el sector central; dirigió las bata-llas de Ñancoraínza, Laguna Camatindi y Ta c u a ra n d í ,que evitaron la caída de la zona petro l í f e ra. Fue Co-

mandante del Cuerpo de Caballería en la defensade Vi l l a m o n t e s, las serranías de Aguara g ü e, Cha-ragua y Parapetí en 1935. Fue militante de la res-t a u ración constitucionalista, que rompió con elsocialismo militar encarnado en los gobiernos deToro y Busch. Convocó a elecciones en las cualesganó el general En rique Pe ñ a randa, quien lonombró Embajador ante la Santa Sede (1940-1943).

Inició sus estudios en el Colegio Militar en 1907;p rosiguió su formación en Alemania, en el 81ºRegimento de Frankfurt (1909-1; a su retorno, fueinstructor del Colegio Militar en 1912; edecán delPresidente Ismael Montes en 1913. A la caída delliberalismo, el presidente Bautista Saavedra lo diode baja. Re i n c o r p o ra d o, viajó a Alemania a etu-diar en la Vª División de Infantería en Grafenwohr,en la Escuela de Aplicación de Infantería en Dres-den (1923-1926). Fue edecán del Presidente He r-nando Siles en 1926; Comandante del RegimientoPérez 3º Infantería en 1927 y del Loa 4º de Infante-ría en 1928. Comandó la IVª División el Chacohasta 1929 y elevó un informe general sobre situa-ción del país y del Ej é rc i t o, que desestimaba laguerra y prevenía contrastes. En el período 1930-1931 fue Agregado Militar en Alemania y tuvo a suc a rgo misiones en países euro p e o s. A su re t o rn ofue designado Comandante de la Iª División ySubjefe del Estdo Ma yor Ge n e ral; comisionadoespecial a Alemania en 1935 y al término de laguerra, Comandante del Iº Cuerpo de Ejército en1938. Sus biógrafos le atribuyen una personalidadfranca y abierta, formación germánica que infun-día re s p e t o, carácter disciplinado, organizador yhonrado; en suma, un buen militar. Dejó inéditassus Memorias. Escribió acerca de él Porfirio DíazMachicao: Toro, Busch, Quintanilla. ��

Q u i n ta n i l laQ u i roga, C a r lo s

1 8 8 8 - 1 9 6 4

1 3 7

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Su vida política fue unascenso continuo y para-lelo en dos órdenes: laética y el socialismo. Enesa línea, Ma rcelo convir-tió su línea de conductapersonal en un pri n c i p i o

de acción de su vida pública. Ma rcelo hizo un denoda-do esfuerzo ideológico, pro g ramático y estratégico porl i b e rarse de todo resabio nacionalista re vo l u c i o n a rio yp roclamar el socialismo como nuevo paradigma.

Se inició como parlamentario en 1965. Debido al pe-dido de juicio de responsabilidades que presentó con-t ra el Gral. Ba r ri e n t o s, fue confinado a un campo dec o n c e n t ración en Madidi. En 1967 la Fe d e ración Un i-ve r s i t a ria Local de Cochabamba, convocó en diciembrede aquel año al “Fo ro Nacional sobre el Petróleo y Ga s”.Tres de las intervenciones más comentadas fueron lasde Se rgio Almaraz, René Za valeta y Ma rcelo Qu i roga; yel conjunto fue editado en el libro “Gas y Petróleo – Li-b e ración o De p e n d e n c i a”.

El 26 de septiembre de 1969 se produjo el golpe delGe n e ral Alfredo Ovando Candia. Ma rcelo fue designa-do Mi n i s t ro de Minas y Petróleo y en menos de un messe nacionalizaron las concesiones petro l í f e ras de laGulf Oil el 17 de octubre de aquel año, proclamado “D í ade la Di g n i d a d”.

El precio de la nacionalización fue el re t i ro de Ma rc e-lo en mayo de 1970.

Ma rcelo escogió el 1º de mayo de 1971 como fecha defundación del Pa rtido Socialista, porque aquel día ini-ció sus sesiones la Asamblea del Pueblo durante el go-b i e rno del general Juan José To r re s.

El 19 de agosto se inició el golpe militar cuya cabez asería el entonces coronel Hugo Ba n zer Su á rez. El nuevorégimen desató la re p resión más dura y sistemática den u e s t ra historia contra el movimiento sindical, unive r-s i t a rio y político, hasta conseguir descabezarlo por al-gunos años, pues numerosos líderes fueron re c l u i d o sen cárc e l e s, casas de seguridad y campos de concentra-ción o tomaron el camino del exilio.

A Ma rcelo le tocó entonces vivir durante dos años “ l avía chilena al socialismo” bajo el gobierno de Allende.Allí escribió “El Saqueo de Bo l i v i a”, que fue editado enBuenos Aire s, por la revista “Cri s i s”. Producido el san-g riento golpe del 11 de septiembre de 1973, Ma rcelo tu-vo que refugiarse en Argentina, donde escribió “Ol e o-c racia o Pa t ri a”, publicado en 1982.

Q u i ro g a S a n ta Cruz,

Ma rc e lo1 9 3 1 - 1 9 8 0

1 3 8

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Era poetisa y se form ócomo discípula de Ad e l aZa m u d i o. Sus especialida-des como pro f e s o ra eran lal i t e ra t u ra y la filosofía. Ob-t u vo su primer galardón enlos Juegos Fl o rales convo-cados por la Sociedad 27de mayo, de Co c h a b a m b aen 1923.

Su cuento Fatalidad fuea c reedor a un premio de laRevista Va n g u a rdia, en1930. Su Himno a la Ma d rem e reció la medalla de orode la Asociación Fe m e n i n aPro Ma d re.

Fundó y dirigió la re v i s t a

Anhelos y fue activa colabo-ra d o ra en la prensa nacionaly en revistas extra n j e ra s. In-tegró la Sociedad Ge o g r á f i c ay de Hi s t o ria de Co c h a b a m-ba.

En 1967, el mov i m i e n t opaceño Fuego de la poesíale otorgó la “L i ra de oro”.Fue la pri m e ra esposa deCarlos Mo n t e n e g ro, ideó-logo del MNR. � �

Q u i ro g aVa rg as ,

Ma r í a1 8 9 8 - 1 9 8 1

1 3 9

En septiembre de 1974 intentaron secuestrar a Ma rc e l o.Poco después se estableció en México, donde vivió hasta elaño 1977, y formó parte del Ce n t ro de Estudios Latinoame-ri c a n o s, de la Un i versidad Nacional Autónoma de México /UNAM. Fue asimismo columnista del periódico “El Día”.

En las postrimerías de la dictadura de Ba n ze r, Ma rc e l oi n g resó al país y dio una conferencia de prensa desde laclandestinidad el 11 de enero de 1978.

Fue elegido diputado y en las sesiones del 30 y 31 deagosto y 3 de septiembre de 1979, presentó un alegato dejuicio de responsabilidades contra Ba n ze r. Su objetivo erano sólo pronunciar un juicio integral sobre el régimen ban-ze rista con exámenes específicos de cada sector de su polí-tica, sino aislar sus responsabilidades concretas como go-b e rnante de las responsabilidades del conjunto de lasFu e rzas Arm a d a s. En sus palabras finales, Ma rcelo pro-nunció frases agore ras que al cabo se cumplieron trágica-m e n t e.

En las elecciones de 1980, Ma rcelo presentó “un fre n t ep ro g ra m á t i c o, anti-oligárquico y anti-imperi a l i s t a”, con elcual obtuvo el cuarto lugar con 115 mil votos que le signifi-c a ron diez diputados y un senador; pero al mismo tiempocomenzó a recibir amenazas de muerte como “enemigo delas Fu e rzas Arm a d a s”.

El 17 de julio de 1980 un grupo de para m i l i t a res arm a d o si r rumpió a la reunión y capturó a los miembros del CO N A-DE, en la sede de la Fe d e ración de Mi n e ro s..

Ma rcelo fue heri d o, tort u rado y asesinado por esbirro sm i l i t a res y para m i l i t a re s, según denunció la familia, y susrestos estarían enterrados al pie del mástil central del Esta-do Ma yo r, en La Paz.

Ma rcelo Qu i roga Santa Cruz nació en Cochabamba el 13de marzo de 1931 y murió trágicamente en La Paz el 17 dejulio de 1980. Hijo del Dr. José Antonio Qu i roga Chinchillay de doña María Helena Santa Cruz Ug a rt e, perteneció auna familia de terratenientes y su padre fue funcionario dealta confianza de la Patiño Mi n e s, así como Mi n i s t ro deGu e r ra y confidente del Presidente Daniel Salamanca du-rante la guerra del Chaco. Se casó con María Cristina Tri g oy tuvo dos hijos, Ro d rigo y María So l e d a d .

Estudió en el Colegio Nacional Bo l í va r, de Co c h a b a m b a ;l u e g o, De re c h o, Filosofía y Letras en la Un i versidad de Chi-l e.

En 1952 dirigió el semanario “Pro - A rt e” y escribió un li-b ro de poesía, hasta hoy inédito, titulado “Un Arlequín estám u ri e n d o”, firmado por su heterónimo poético Pe d ro Za r-zal. En 1953 asistió al Co n g reso Continental de la Cu l t u raque coord i n a ron Jo rge Amado y Pe d ro Ne ruda en Sa n t i a g ode Chile. En 1957 escribió “Los De s h a b i t a d o s”, pre m i a d apor la Fundación William Faulkner en 1962 como la mejorn ovela escrita después de la segunda guerra mundial enBo l i v i a .

En 1958 dirigió el quincenario “Gu i ó n” y filmó la película“El combate”, cuyo tema es la lucha entre el bien y el malescenificado en una riña de gallos.

En 1964 fundó el matutino “El So l”, diario de combatec o n t ra la política entreguista del llamado Ge n e ral del Pu e-blo; y emitió el pro g rama radial “Pido la Pa l a b ra”, por Ra d i oA l t i p l a n o. � �

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OBRAS

Tra n s ve r b e ra c i ó n .Poesías (1938), con pró-logo de Gre g o rio Re y-n o l d s. V é s p e ro, p o e s í a s,1958. Cantos en mi va-lle de lágrimas, 1973.Poemas infantiles, iné-dito.

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Fundó el Pa rtido Liberal en Co-chabmaba y lo presidió en va ri o sp e r í o d o s. En 1974, uno de los pabe-llones del Hospital Viedma lleva sun o m b re. Estudió Medicina en laUn i versidad de San Francisco Xa-

vier y se tituló en 1861. Fue Cirujano Ma yor del Ej é rcito Bo l i v i a-

no en 1864, ejerció en el Hospital de San Juan de Dios y en elHospital Viedma desde 1892. Un año después integró el plantelde fundadores de la Facultad de Medicina de la UMSS. Fue Te-niente del Protomedicato (1866-1893), Vocal y Presidente delTribunal Médico en un período que abarca desde 1894 hasta1911. Fue elegido Concejal en Potosí (1862) y en Co c h a b a m b a(1870-1871). Nació en Potosí y murió en Cochabamba. � �

Q U I RO G A,

J uan de Dio s1 8 3 8 - 1 9 1 9

1 4 0

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Q u i r ó s G a rcía, Jua n1 9 1 4 - 1 9 9 2

OBRAS

Índice de la po-esía bolivianac o n t e m p o r á n e a,1964. Las cienm e j o res poesíasbolivianas, 1968.

Sa c e rdote y crítico li-t e ra rio de intensa activi-dad editorial, fundó larevista Signo en 1952, ytambién Cu a d e rnos Bo-livianos de Cu l t u ra. En1957 fundó asimismo el

suplemento Presencia Litera ria, que diri g i óhasta su muert e. En 1985 el gobierno leo t o rgó el Premio Nacional de Cu l t u ra. Su la-bor crítica y editorial propició la iniciaciónde connotados escri t o res y la difusión de suo b ra, como es el caso del poeta y peri o d i s t aPe d ro Sh i m o s e, quien más tarde obtuvotambién el Premio Nacional de Cu l t u ra .

Monseñor Juan Quirós presidió la Ac a d e-mia Boliviana de la Lengua desde 1975 has-ta su muert e.

Estudió el noviciado en la orden Mi s i o n e-ros del Co razón de María, en Chile; pro s i-guió su formación en Cataluña y Roma, y seo rdenó en 1938. Inició su labor crítica en LaPaz, en 1952, en La Nación y El Di a ri o, aun-que ya colaboró en Chile, en El Im p a rcial yEl Di a rio Il u s t ra d o. Sus biógrafos dicen queno confiaba en análisis form a l e s, que erae rudito y tenía alergia a los eufemismos.Dotado de un estilo sutil e irónico, sus críti-cas eran cert e ras e incluso dura s, pero nom o rd a c e s. Mu rió en La Paz. � �

1 4 1

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Pe rteneció a la pléyade def u n d a d o res de la Escuela de Be-llas Art e s, de Cochabamba. Es-tudió en la Escuela Nacional deBellas Art e s, de Buenos Aires yen la Academia de Bellas Art e sde San Fe rn a n d o, de Ma d rid. A

su re t o rno fundó la Escuela de Co c h a b a m b a .De 1930 a su muert e, fue profesor de art e splásticas en España. Pintó alegorías históri c a s

y religiosas y murales en templos de Ma d ri d ,L o n d res y Pa r í s. Tiene obra dispersa en Bo l i v i a ,Eu ropa y Estados Un i d o s, y premios por gra-bados que exhibió en la IXª Exposición de Be-llas Artes de Ma d rid, en 1936. Usó el seudóni-mo de Ke m e r.

Mu rió en Marbella, España. Escri b i e ro na c e rca de él Michelle Pentimalli y P. Luján enRe t ro s p e c t i va. Dos siglos de pintura en Co c h a-bamba, 1995. � �

R e q u e M e r u v i a ,

A rt u ro1 9 0 6 - 1 9 6 7

1 4 2Don Arturo, tercero de la derecha.

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El libro de Carlos So ria Ga l va r ro sobrela Gu e r rilla del Che dice lo siguiente:

Bo l i v i a n o. Comandó la Cu a rta Di v i-sión de Ej é rc i t o, asentada en Ca m i r i , yt u vo un rol activo en la campaña anti-g u e r r i l l e ra de 1967, p a rticularmente enel desmantelamiento de los depósitos es-

t ratégicos de la guerrilla, ubicados en las márgenes delrío Ñacahuasu, y en la presión a la columna del Chehacia el nort e , o b j e t i vos de la denominada Op e ra c i ó n

“ Ci n t h i a” a su cargo. Du rante el gobierno de To r res fuecomandante general del Ej é rc i t o. Por ello fue ex i l i a d ocuando Ba n zer llegó al poder en 1971. Publicó el libro“ La campaña de Ñancahuazú con documentos e infor-mes de su actuación. ( 1 9 8 7 ) . Bajo el régimen de Lu i sGa rcía Meza fue embajador de Bolivia en Argentina yrefugió al ex Mi n i s t ro del In t e rior del régimen, coro-nel Luis Arce Gómez y al futuro Presidente Arm a n d oTo r relio Villa. Con la apert u ra democrática, cesó entoda actividad pública. � �

R e q u e Terán, Lu i s

A n ton io1 9 0 6 - 1 9 6 7

1 4 3

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Se la llamó Ga by delMar por los encendi-dos discursos quep ronunció en torno asu pasión: la re i v i n d i-cación marítima. Su sp a d res fueron Luis de

la Reza y Abigail Su á rez Guzmán. Estudióen la Escuela Cobija y la secundaria en elColegio Ir l a n d é s. En 1940 cumplió el ser-vicio premilitar femenino y recibió el gra-do de Subteniente Honorífico del Ej é rc i t o.Pe rteneció a Acción Católica Fe m e n i n a ,fundó la Sociedad de Ap i c u l t u ra Co c h a-bamba, integró el Ce n t ro de In t e rc a m b i oy Amistad Bo l i v i a n o - A m e ricano y la Me s aRedonda Pa n a m e ricana; fue pre s i d e n t adel Ce n t ro de Damas Cochabambinas re-sidentes en La Paz, coord i n a d o ra de Ac-ción Cívica Nacional. Fue seleccionadae n t re los 100 notables convocados en1975 para una consulta nacional sobre elp roblema marítimo, y pro f e s o ra de Ed u-cación Cívica ad honorem en diversos es-t a b l e c i m i e n t o s. Fundó el Comité Pro Ma rBoliviano en 1975, declarada Pre s i d e n t avitalicia en 1978, Presidenta de la delega-ción boliviana al centenario de la Ba t a l l adel Alto de la Alianza en 1980. Fue decla-rada Ciudadana Me ri t o ria e Hija Pre d i l e c-ta de Cochabamba. Su re t rato figura en laGalería de Notables del Palacio de la Cu l-t u ra, en Cochabamba. � �

R E ZA,

G a by de la

1 4 4Fue un jurista muy conocido en el medio por

su humanismo, su simpatía y sus lecturas clási-c a s, además del dominio del inglés y el fra n c é s.En el arc h i vo pri vado de don Franklin AnayaA rze se re g i s t ra una anécdota: el Dr. RicoTo ro yCarlos Mo n t e n e g ro compartían bufete y el pro-c u rador era el joven don Franklin que, de inicio,

estudió De recho antes e ser Arq u i t e c t o. El Dr. Rico To ro era abogado yp ro f e s o r. Nació un 22 de diciembre y murió un 10 mayo. Sus padres fue-ron José Antonio Rico Sossi y María To ro Ga n d a rillas y tuvo siete hijos:A l b e rt o, José Antonio, Ligia, Juan, Amanda, Faustino y Gu s t a vo. Estudióen la Escuela San Albert o, de Su c re, en el Colegio Bo l í va r, en la No rm a lSimón Bo l í va r, de Su c re, y obtuvo el título de Ma e s t ro. Estudió De re c h oen la Un i versidad de San Francisco Xavier y en la UMSA, y se tituló en1927. Fue profesor de la No rmal en el periodo 1920-1924. Era conocidomilitante del Pa rtido Republicano Ge n u i n o. Fue designado Se c re t a ri oGe n e ral de la Pre f e c t u ra en el periodo 1926-1927; Prefecto interi n o <elegido Diputado (1927-1930); Di rector de El Im p a rcial (1931-1933);Su b s e c re t a rio de Go b i e rno y Justicia en el gobierno del Cnl. David To ro,1936-1937. Fundador del PURS en 1947; Mi n i s t ro de Educación en laa d m i n i s t ración de He rt zog (1948-1950). Prefecto de Santa Cruz en1950-1951. Se destacó por su brillante ora t o ria. Fue miembro de la co-misión para crear el Mi n i s t e rio de Trabajo cuando gobernaba David To-ro debido a su amplio conocimiento de las leyes laborales y sindicales.Ej e rció labor activa en el Mi n i s t e rio de Educación como conocedor deltema, part i c u l a rmente en la creación de No rmales Ru ra l e s. Por ese yo t ros méritos mereció el Cóndor de los Andes, el Águila Azteca y la Me-dalla O'Hi g g i n s, de Chile. Mu rio en Buenos Aire s. � �

R ICO

TORO, Jo s é

A n ton io1 8 9 8 - 1 9 5 2

1 4 5

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Jo rge Ríos Dalenz nació en Co c h a-bamba, Bolivia, en 1941, hijo de Hu m-b e rto Ríos Za m b rana (Cochabamba) yCa rmen Dalenz Tapia (La Paz), re a l i z ósus estudios de pri m a ria y secundaria enel colegio La Salle de Cochabamba, des-tacándose como buen estudiante y de-p o rtista, principalmente en el basquet-bol y la natación. En 1963 se casó conRo s a rio Galindo Benavides con quient u vo dos hijos: Jo rge y Juan Ma ri o.

Inició sus estudios de Odontología enla Un i versidad Ma yor de San Si m ó n(UMSS) y se tituló como cirujano dentis-ta el 25 de julio de 1969 en la Un i ve r s i d a dMa yor de San Andrés de la ciudad de LaPaz. Po s t e ri o rmente por motivos políti-cos se traslado a Santiago de Chile, don-de realizaba un postgrado en la Fa c u l t a-da Latinoamericana de Ciencias So c i a l e s( F LACSO) en Ciencia Política y Ad m i n i s-t ración Pública, estudios que no pudoconcluir porque fue apresado y asesina-do por la dictadura chilena de Au g u s t oP i n o c h e t .

Jo rge Ríos, conocido como “C h i c h i ”,e ra de una personalidad que se cara c t e-rizaba por un gran carisma, lidera z g o,alegría y buen talente, firm eza en susc o n v i c c i o n e s, valentía, capacidad desíntesis y compromiso social, especial-mente por los menos favo recidos en las o c i e d a d .

Tr a ye c t o ria Po l í t i c aInició sus actividades políticas al influ-

jo del cristianismo compro m e t i d o, la re-volución cubana y de la re volución na-cional de 1952, formó parte de un gru p ode jóvenes cristianos imbuidos de ung ran compromiso social, que se consti-tuyó inicialmente como la Ju ventud De-m ó c rata Cristiana y que terminaría, jun-to a otros grupos unive r s i t a rios y políti-cos de la época, organizando el Mov i-miento de Iz q u i e rda Re vo l u c i o n a ri a( M I R ) .

Los jóvenes demócrata cri s t i a n o s, en-t re los que destacaban Jo rge Ríos, Anto-nio Ara n i b a r, Alfonso Fe r ru f i n o, AlfonsoCamacho y otro s, fueron el puntal dePa rtido De m ó c rata Cristiano (PDC) en laUn i versidad Boliviana, pri n c i p a l m e n t een la UMSS; conform a ron el Frente Un i-ve r s i t a rio De m ó c rata Cristiano que con-dujo durante va rias gestiones la Fe d e ra-ción Un i ve r s i t a ria Local y posteri o rm e n-te la Co n f e d e ración Un i ve r s i t a ria Bo l i-viana. Jo rge Ríos fue secre t a rio ejecutivode la FUL de Cochabamba en 1964 y pre-sidente de la CUB durante los períodos1966 a 1968.

Tanto la agitada vida política bolivianade finales de la década del 60 como lap o l a rización a nivel internacional, em-pujó a los unive r s i t a rios cristianos a ra-dicalizar su visón política e interpelarp e rmanentemente a la estru c t u ra org á-nica del PDC, llegando a la ru p t u ra yp o s t e rior formación del Pa rtido Re vo l u-c i o n a rio De m ó c rata Cristiano (PDCR).

El PDCR, del que Jo rge Ríos fue uno desus principales diri g e n t e s, y otras org a-nizaciones políticas de jóvenes marx i s t ae intelectuales destacados (Jaime Pa zZa m o ra y René Za valeta Me rcado entreo t ros) dio origen al MIR en 1971, pri m e-ro como agrupación política unive r s i t a-ria y posteri o rmente como mov i m i e n t ode carácter nacional, cuya praxis políticap rimigenia fue la resistencia a la dicta-d u ra militar de Hugo Ba n zer y la re c u p e-ración de la democra c i a .

Du rante su bre ve vida pero agitadísi-ma actividad política, Jo rge Ríos fue per-seguido y en algunos casos apresado yexiliado por los gobiernos militares de

Ba r rientos y Ovando; la confro n t a c i ó nllegó al extremo que durante la masacrem i n e ra de Catavi y Siglo XX, Ríos re a l i z óuna fuerte arenga re vo l u c i o n a ria a losm i n e ros en presencia del presidente Ba-r ri e n t o s.

Con el golpe de estado encabez a d opor el Co ronel Ba n ze r, luego de comba-tirlo como parte de las fuerzas populare sy democráticas, tuvo que exiliarse en elChile de Allende para desde allí contri-buir a la resistencia al gobierno militar.

El 11 de septiembre de 1973 se pro d u-jo en Chile el golpe de estado lidera d opor Augusto Pinochet, pro b a b l e m e n t euno de los más cruentos de la historia deA m é rica Latina; el 12 de septiembre fuea p resado en su domicilio en un edificiode Santiago y, tort u rado y asesinado lam a d rugada del 14 de septiembre de esemismo año, a sus 32 años de vida. Sec o n s i d e ra que su muerte fue una de lasp ri m e ras acciones de coordinación en-t re los dictadores de la región, que luegodio origen al tristemente célebre Pl a nC ó n d o r.

Co n t ribución intelectualRealizó va rias contribuciones intelec-

tuales re l a t i vas al compromiso social dela Un i versidad Boliviana, tanto desde lap e r s p e c t i va de su organización comodesde la visón de su relación con la so-ciedad, sin embarg o, su trabajo más im-p o rtante probablemente sea el ensayotitulado “La Cuestión Na c i o n a l” que esuno de los pri m e ros documentos de esaépoca en el que se reflexiona, desde unap e r s p e c t i va marxista, sobre el rol delcampesinado en la construcción de una l t e rn a t i va socialista para Bolivia. � �

R í o s Dalenz, Jorg e

1 4 61941 - 1973

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Nació enTo t o ra un 13de octubre ym u rió en Co-c h a b a m b a .Fue uno delos militantes

más re p re s e n t a t i vos en Co c h a b a m b adel MNR, partido del cual llegó a serSe c re t a rio Ej e c u t i vo poco antes de sucaída. Sus padres fueron Abel T. Rivas yMaría Ug a l d e. Estudió en los colegiosBolívar y La Salle e hizo el Colegio Mili-tar en el periodo 1933/1934 y la Escue-la de Armas en 1943. Fue desterra d o,confinado, perseguido y dos veces da-do de baja acusado de ser miembro de

la Logia Radepa en 1946 y por su mili-tancia en 1964, que le valió el destierroal Perú. Había sido cadete vo l u n t a ri odel grupo Tres Pasos al Frente, que fue-ron como vo l u n t a rios a la Gu e r ra delChaco en 1934. Durante la campaña to-mó parte en la Retoma de Charagua, elPaso del Parapetí y el Combate de Que-brada de Cuevo; la Defensa de Yohay, elCombate de Ca ra n d a i t í - Moz a - It a g u a-s u re n d a - Pozo Roca; Paso del Río Am-boró y Defensa de Cabeza de Burro. Susméritos militares le valieron el ascensoa Subteniente en guerra, y al térm i n ode la campaña volvió al Colegio Militaren 1937, donde se graduó como Subte-niente de Infantería y fue ascendiendo

hasta ser Jefe de Estado Mayor de la 7ªDivisión en 1959 y Comandante de laEscuela de Clases en 1960. Fue Prefectode Cochabamba en 1956, Senador porChuquisaca el mismo año, Ministro deGobierno y de Asuntos Campesinos enel periodo 1961-1963; Secretario Ejecu-tivo del MNR en 1964 y Alcalde en 1972.Recibió varias distinciones: A la Cons-tancia Mi l i t a r, el Cóndor de los Andesen el grado de Comendador, el Castillode Oro del Colegio Militar; fue Comen-dador de la Orden de San Ma rtín. Co-mendador de la Orden del Sol, Pe r ú ;obtuvo la Medalla por Servicios Distin-guidos, Benemérito de la Patria y PilotoMilitar Honoris Causa. ��

R I VAS U G A L DE,

E d ua r d o

1 9 1 5 - 1 9 7 4

1 4 7

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Se educó en lac é l e b re Escuela 2de Ma yo, fundadapor Eugen von Bo-eck; hizo el bachi-l l e rato en el Co l e-gio San Luis y antes

de cumplir los 28 años era Ad m i n i s-t rador de la Compañía Hu a n c h a c ade Bolivia (1885-1893). De re t o rno aCochabamba fundó la Ce rve c e r í aColón, la Sociedad de Fo m e n t oAgrícola, la Em p resa Nacional deCu rtiduría y colaboró con su sue-g ro, don Juan de la Cruz To r res en laf i rma J.C.To r res e Hi j o s. En 1905 fuediputado por Cochabamba, muní-cipe y Presidente del H. Co n c e j oMunicipal; Mi n i s t ro de Ha c i e n d adel gabinete del Presidente Ba u t i s t aSa a ve d ra (1922); Co n s e j e ro del Ba n-co de la Nación Boliviana y Pre f e c t ode Oru ro. Como redactor de la re-vista “A rte y Tra b a j o” planteó porp ri m e ra vez una conexión intero-céanica por el ferro c a r ril Ari c a - Sa n-t o s, con 3.300 kilómetros de línea,similar al que existe entre Nu e vaYo rk y San Fra n c i s c o. Fue Se n a d o r(1925-1931) y Presidente del ClubSocial de Cochabamba, de la Cáma-ra de Co m e rc i o.

Junto a Juan de la Cruz To r re s, An-tonio Mo re n o, Simón López y Jo s éMo rales hizo la pri m e ra pro p u e s t ap a ra la apert u ra de una vía camine-ra Co c h a b a m b a - Beni (1895) y cons-tituyó la única compañía petro l e raque tuvo Cochabamba junto a Ca s-to Ro j a s, Augusto Salamanca, Leo-n a rd Ball, H.C. Ku m a r, Jo rge Ta rd í oy Manuel Ca r rasco llamada Co m p a-ñía Pe t ro l e ra Águila Doble, que per-foró pozos en el Valle Bajo y el Va l l eAlto (1931), part i c u l a rmente en Ka-l u yo, a 15 kilómetros de la ciudadcapital. La Compañía tenía otra sconcesiones en Chuquisaca, Ta rija ySanta Cru z .� �

1 4 8

R i v e ro L ó pe z ,

Ramón

Martes 14 de septiembre • 2010 120

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En c a b ezó el grito libert a rio del 14 des e p t i e m b re de 1810 como coronel dele j é rcito realista y ese es su mérito ma-yo r; luego, las vicisitudes extremas de lag u e r ra patria determ i n a ron en él unaconducta frecuente en una época carg a-da de amenazas de muerte de uno y otro

b a n d o, pero eso no pesa en el juicio de la posteri d a dcomo su adhesión temprana a la causa independen-tista y a la re volución que estalló en Chuquisaca, en LaPaz y luego en Buenos Aire s.

En 1783 era capitán de infantería del ejército re a l i s t ay en 1802, comandante del Regimiento de Ca b a l l e r í a .Un año después fue Regidor y había ascendido a coro-nel para 1810. Su dirigencia en el levantamiento del14 de septiembre contra el Presidente Nieto le valió elascenso a Brigadier Ge n e ral en 1811, decretado por laJunta de Buenos Aire s. Tras la derrota del primer ejér-

cito auxiliar argentino en Guaqui, frente a las fuerz a srealistas del general Goye n e c h e, la Junta de Co c h a-bamba pidió que fuera reemplazado por el militar ar-gentino Díaz V é l ez para organizar la defensa de la ciu-dad frente a Goye n e c h e, quien acabó tomando la ciu-dad. Un cabildo organizado por la ciudad tomada lodesignó Comandante Ge n e ral a Rive ro. Llegó el se-gundo ejército auxiliar arg e n t i n o, en el cual venían Es-teban Arze y Ma riano Antezana, y tomaron preso a Ri-ve ro. Arze era muy allegado a Rive ro años antes de1810 y es dudoso que haya intervenido en la muert ede su amigo. Eu f ronio Vi s c a r ra, en Apuntes para la his-t o ria de Cochabamba, dice que “fue víctima de unaf i e b re que contrajo en su finca de Sucusuma de dondelo tra j e ron a esta ciudad. Mu rió en la casa que hoy esde los señores Un z u e t a .” En 2010 fue inaugurado unmonumento a su memoria, emplazado en el Paseo delPra d o. � �

R i v e ro,

F ra n c i s co del 1 7 5 5 - 1 8 1 3

1 4 9

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M é d i c o, hijo de mili-tar peruano del Ej é rc i t oL i b e rtador y de cri o l l acochabambina. De re-cho en la UMSS 60-61,luego Medicina en SFX,62-66. 1871,Co c h a-

bamba. Militó con ex linaristas “ l i b e ra l e s”, re-gidor municipal. Presidente Mo rales lo nom-bró cónsul en en 1872, se quedó en Va l p a ra í s o,en Ca l d e ra y re n u n c i ó . Viajó a Eu ropa 73-4.

Desde 1881, Teniente del Pro t o m e d i c a t o. Pre-sidente Concejo Municipal 84-6 y 94-900, pro-g reso urbano.

En salud pública propuso en 1879 constru c-ción del nuevo Hospital, inaugurado en 1884.Militó con Pa c h e c o, Arce y Baptista. Ro m p i ócon éste en 1892 y a partir del 96 en filas libe-ra l e s. Diputado en 1883, Presidente Co n ve n-ción de Oru ro 99-900, senador por Potosí 01-04 y por Cochabamba 04-06, Ca n c e l a rio de laUn i versidad 02-04. � �

Rodr í g u e zM orales, Julio

1 8 4 3 - 1 9 2 6

1 5 0 SOBRE ÉL

Julio RodríguezR i va s : Don Ju l i o.Re t rato de losaños cruciales dela turbulenta Bo-livia, 1843-1926.

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Rodr í g u e zR i vas, Julio

1908 – ?

Medicina en U de Chile, tituladoen 35. Gu e r ra Teniente Sanidad. Mé-dico Ingenio Mi n e ro y Fe r ro c a r ri lMa c h a c a m a rca. 42, Co c h a b a m b a ,médico Viedma LA B, Seton. 26 años,p rofe y decano de Medicina. Asocia-ción de Facultades de Medicina de

Bolivia, Co n f e d e ración Pa n a m e ricana de Facultades deMedicina, fundador, y presidente de la Sociedad Médicade Cochabamba Fe d e ración Médica sindical, Co c h a b a m-ba. Concejal 1951-2. Llama In m o rtal, Primer premio poe-sía UTO 1966. Del instante eternidad, tercer premio jue-

gos florales Cochabamba, 1967. Estudios Chagas, pri m e rmédico en reconocer cardiopatías chagásicas aguda ycrónicas en Bolivia. DON JULIO, Re t rato en los años cru-ciales de la turbulenta Bolivia, 1843-1926, Los Amigos delL i b ro, 1978. Ma rio Estenssoro: “Esta obra acerca de la vi-da de Julio Ro d r í g u ez, médico ilustre y ciudadano ejem-p l a r, tiene el inapreciable valor de penetrar a través delpersonaje en la trama social de una época muy poco es-tudiada y de difícil interpretación, sin cuya compre n s i ó nno será posible crear una conciencia histórica capaz dea c e rc a rnos a nuestra propia realidad para entenderla y,a s i m i s m o, para aclarar la visión de nuestro futuro.” � �

1 5 1

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Roj as G u eva ra ,

Jo s é

Su nombre está ligado a la diri g e n c i asindical en el agro en un pueblo emble-mático de la re f o rma agra ria, como esUc u reña, y a la historia de las miliciascampesinas en el Valle Alto de Co c h a-bamba, donde sostuvo un pro l o n g a d oe n f rentamiento en defensa del oficialis-

mo movimientista y en contra de grupos similare sinfluidos por la disidencia del Dr. Walter Gu e va ra Ar-ze, que comandaba Miguel Veizaga y tenía su cuart e lg e n e ral en Cliza.

José Rojas Gu e va ra nació en Cliza. Su familia habíasido expulsada de la hacienda de Santa Clara y emi-gró a la Argentina. En 1946 fue Presidente del Si n d i-

cato de Campesinos de Uc u reña bajo la influenciadel PIR. Tras la re volución de 52 fue elegido Se c re t a-rio de Go b i e rno del Sindicato Campesino de Cliza( Uc u reña), fundado el 1º de mayo de 1952, al cual si-guió el Sindicato Agra rio del Cantón San Is i d ro, pre-sidido por Agapito Va l l e j o s. En diciembre de 1952 sefundó la Ce n t ral Campesina del Va l l e, que agru p a b aa 24 sindicatos del Valle Alto, para desmarcarse de lapolítica de derecha incrustada en el MNR, que sabo-teaba la dictación de la Re f o rma Agra ria. Uc u reña sec a ra c t e rizó por liderizar el proyecto de Re vo l u c i ó nA g ra ria, en contra del proyecto de Re f o rma Agra ri adiseñado por una Comisión que convocó el gobiern om ovimientista. El MNR cerró filas contra la autono-mía de Uc u reña, sus líderes fueron deportados a LaPaz en febre ro de 1953 y allí fueron presionados paraa d h e rirse al proyecto oficial. En esa emergencia serealizó el Primer Co n g reso De p a rtamental de Ca m-p e s i n o s, en Sa n t i v á ñ ez, en el cual se equilibró el po-der de los líderes del Valle Bajo (7 sindicatos bajo elmando del Se c re t a rio Ej e c u t i vo Si n f o roso Rivas) ydel Valle Alto (7 sindicatos bajo el mando del Se c re-t a rio Ge n e ral José Rojas Gu e va ra).

El Segundo Co n g reso De p a rtamental Ca m p e s i n ose realizó en Uc u reña en junio de 1954 y José Ro j a sa l t e rnó cargos con Si n f o roso Riva s. Fue militante delMNR desde aquel año; el IIIº Co n g reso designó Se-c re t a rio Ej e c u t i vo a Sa l vador V á s q u ez y Se c re t a ri oGe n e ral a Jo rge Campos en agosto de 1956; José Ro-jas fue pro m ovido a diputado. Se vino la estabiliza-ción monetaria y el gobierno de Siles Zu a zo trató den e u t ralizar a los grupos de izquierda y al sindicalis-mo campesino, que se oponían a la medida. Así lo-gró atraer a José Rojas como ministro de AsuntosCa m p e s i n o s. En 1960 se anunció la candidatura deVíctor Paz, que contó con el apoyo de José Ro j a s,c o n t ra la disidencia del Dr. Gu e va ra Arze en 1959.

En esas circunstancias se produjo el proceso quese conoce como la Ch’ampa Gu e r ra de milicias cam-pesinas de Cliza y Uc u reña. A la caída del MNR, fir-mó con el Presidente Ba r rientos el Pacto Mi l i t a rCampesino y ordenó la desmovilización de las mili-cias campesinas el 9 de abril de 1964, meses antesdel golpe del 4 de nov i e m b re de ese año. Volvió a lac a rt e ra de Asuntos Campesinos bajo el binomio Pa z -Ba r rientos en 1964.

E s c ribió acerca de él J. M. Go rd i l l o, Campesinos re-volucionarios en Bo l i v i a, 2000. � �

1 5 21 9 1 7 - 1 9 6 5

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Izquierda, José Rojas Guevara. Escucha Sinforoso Rivas, dirigen-te campesino del Valle Bajo.

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Ho m b re pú-blico muy liga-do a la histori af i n a n c i e ra deBolivia, iniciósu carre ra polí-tica en las filas

del liberalismo y actuó en primer planodesde 1913 como Mi n i s t ro de Ha c i e n d a .El Presidente He rnando Siles lo designóc o n t ra p a rte de la Misión Ke m m e re r. Acontinuación re o rganizó la banca, lamoneda, la Co n t raloría Ge n e ral de la Re-pública y el sistema de recaudación dei m p u e s t o s, además de presidir en 1941el Banco Ce n t ral.

Había nacido en Anzaldo y murió enLa Paz. Estudió De recho en la UMSS y seg raduó de abogado en 1900; luego se es-pecializó en Finanzas en Francia. Fu emunícipe en 1902, diputado en 1904, se-nador en 1913, Su b s e c re t a rio del Mi n i s-t e rio de Hacienda e In d u s t ria en 1908 yMi n i s t ro de Hacienda en 1913. Allegadoal Presidente Mo n t e s, entre sus ideashay que destacar su defensa del mono-polio del uso de moneda por el Banco dela Nación. Defendió asimismo la estati-zación de las minas y la adopción de unapolítica minera acorde con los intere s e sn a c i o n a l e s. En 1916, cuando se pro d u j oel descubrimiento de los pri m e ros yaci-mientos de hidro c a r b u ro s, sugirió que elEstado los explotara. A la caída del libe-ralismo fue exiliado a Argentina en 1920.

Divulgó sus ideas financieras en eld i a rio El Co m e rcio; fue director de ElDi a rio (1916-1920) y columnista de Últi-ma Ho ra y La Razón. Su seudónimo pe-riodístico era Juan de La Paz. Fue sociofundador de la Academia Boliviana de laLengua y de la Academia Boliviana deHi s t o ria. OBRA: Hi s t o ria financiera deBolivia (1916). El Dr. Montes y la polítical i b e ral (1918). Ge o g rafía económica deBolivia, 1977. Escribió acerca de él Ma r-cela Inch: Casto Ro j a s, Esbozo Bi o g r á f i-c o, 1989. � �

1 5 31 8 7 9 - 1 9 7 3

Roj as Q u e s a da ,

C as to

Edificio del Banco Central de Bolivia. La situación financiera del país fue unapreocupación constante del Dr. Casto Rojas

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Roj asTa r d í o ,

Jorge

Pocos hin-chas de la Fu ri aRoja cocha-bambina sa-ben que los ac-tuales colore sdel Club Wi l s-

t e rmann datan de 1955 y fueron iniciati-va del Dr. Jo rge Rojas Ta rd í o, por enton-ces vicepresidente del Club, siendo pre-sidente Ro b e rto Prada Estrada y Te s o re-ro José de la Se rna. Antes el uniforme eraceleste y blanco, y las pri m e ras camise-tas fueron confeccionadas por la señoraAlicia, la esposa del legendario Si x t oOq u e n d o, kinesiólogo del equipo. Po c o sre c u e rdan que la idea original de la in-signia era “un corazón bullente con lainicial del Wi l s t e rmann y algo que sim-bolice y refleje su origen aero n á u t i c o”. Elejecutor de la idea fue el arquitecto ymúsico Franklin Anaya Arze.

Don Jo rge nació en Cochabamba un28 de marzo; hizo el bachillerato en elColegio La Salle y estudió Medicina en laUn i versidad de Chile, donde se gra d u óen 1941. Se especializó en Ot o r ri n o l a ri n-gología en el Se rvicio del Profesor Alfre-do Alcaino (Santiago 1941-1943); ganó la

Beca Quilmes para proseguir su espe-cialización con el Profesor Juan Ma n u e lTa t o, en Buenos Aire s, en 1946. Fue Je f ede Clínica de la Cátedra de Ot o r ri n o l a-ringología de la Facultad de Medicina deCochabamba, y después profesor de lamisma durante 20 años; fundador y Je f edel Se rvicio de Ot o r ri n o l a ringología delHospital Viedma de Cochabamba, desde1944 a 1968; Ot o r ri n o l a ringólogo delLl oyd Aéreo Boliviano durante 25 años,de la Caja Pe t ro l e ra hasta 1974; de Y P F Bd u rante 10 años. Pa rticipó en cinco Co n-g resos Latinoamericanos de Ot o r ri n o l a-ringología, en dos Co n g resos Pa n a m e ri-canos y dos mundiales en la especiali-dad. Fue Presidente de la Sociedad Bo l i-viana de Ot o r ri n o l a ringología en tre so p o rtunidades; Vicedecano de la Fa c u l-tad de Medicina de la UMSS en 2 perío-dos y Decano accidental en 1966; miem-b ro fundador de la Sociedad Bo l i v i a n ade Ot o r ri n o l a ringología, socio activo delclub arg e n t i n o, de la sociedad chilena,de la sociedad peruana y de la sociedadp a n a m e ricana de la especialidad.Mi e m b ro Ej e c u t i vo del Consejo de laAsociación Médica Pa n a m e ricana en lasección Ot o r ri n o l a ringología, 1966-1968. Fundador de la escuela de sord o-

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mudos y presidente de la So c i e d a dde Audiología de Cochabamba, hasta1968.

El Presidente René Ba r rientos lointegró a su gabinete como Mi n i s t rode Salud Pública (1968-1969). Asistióen re p resentación del país a confe-rencias y congresos en México, Gru-po Andino y Ma d rid. Fue Pre s i d e n t ede la Caja Nacional de Se g u ridad So-cial (1974-1980); miembro fundadorde la Academia Boliviana de Ciru g í a ,1980 y Presidente del Comité CívicoPro Cochabamba (1983-1984).

Por su amplia tra ye c t o ria mere c i óel Cóndor de los Andes en grado deCo m e n d a d o r, otorgado por el Go-b i e rno Bo l i v i a n o, el 25 de nov i e m b rede 1.991, por sus 50 años de ejerc i c i op rofesional. A este máximo galard ó n ,se añaden los siguientes: Mi e m b roHo n o ra rio de la Sociedad Bo l i v i a n ade Salud Pública; Medalla de oro alM é rito Leonístico, por el Club deLeones; Medalla de oro al Méri t oQu i r ú rg i c o, otorgada por la So c i e d a dBoliviana de Cirugía, 1978; Hijo Pre-dilecto de Cochabamba, el 14 de sep-t i e m b re de 1978; Medalla de oro alM é rito de la Salud, 1987; Pre s i d e n t eHo n o ra rio Vitalicio del club Jo rg eWi l s t e rmann. Insignia de Oro; Me j o rDi rigente del Fútbol Local en los últi-mos 30 años, por el Circulo de Pe ri o-distas De p o rt i vos de Co c h a b a m b a ,1990; Co n d e c o ración Medalla de Oroy Banda Esteban Arze, por el Co m i t éCívico de Cochabamba, 1991; Pl a-queta de Homenaje del XI Co n g re s oBoliviano de Ot o r ri n o l a ringología, yla V Jo rnada Ib e ro Latinoameri c a n ade Ot o r ri n o l a ringología por sus Bo-das de Oro pro f e s i o n a l e s, 1991; Co n-d e c o ración Ho s p i t a l a ria "Fra n c i s c ode Viedma", Medalla de Oro en gra d om á x i m o, 1992; Nominación del Sa-lón de Co n venciones del Hotel Po rt a-les con el nombre de “Dr. Jo rge Ro j a sTa rd í o”.

En t re los galardones intern a c i o n a-l e s, mereció los siguientes: Pre m i oBo l i va riano como "Pionero y el Espe-cialista más destacado del País", IVºCo n g reso Bo l i va riano de Ot o r ri n o l a-ringología, 1977; Ca b a l l e ro de la Or-den de San Si l ve s t re Papa; Co m e n d a-dor de la Orden de San Gre g o ri oMagno; Mérito a la Salud, concedidopor el Go b i e rno de Chile. � �

A rr i b a , la concepción delescudo fue obra del Dr. RojasTardio.

A b a j o, el salón principaldel Hotel Po rtales lleva sunombre.

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Fue un maestro de la estrategia mili-tar que contribuyó como docente en laf o rmación de oficiales y jefes del Ej é r-cito boliviano en la antigua EscuelaSu p e rior de Gu e r ra, que hoy se llamade Comando y Estado Ma yo r. Un ho-nor para el país, que duró de 1943 a

1957, en que re t o rnó a España para ser juzgado por re-belión militar, condenado e indultado bajo el régimende Fra n c o.

Sus méritos militares eran innegables: siendo pro f e-sor de la Academia de Infantería de To l e d o, habìa fun-dado y dirigido la Colección Bibliográfica Mi l i t a r, quelogró editar más de 180 títulos en el período 1928-1936.Estalló la Gu e r ra Civil, fue designado Jefe de Estado Ma-yor y dirigió la defensa republicana de Ma d rid en las ba-tallas del Ja rama, Gu a d a l a j a ra, Bru n e t e, Be l c h i t e, Te ru e ly el Eb ro. Fue ascendido a general en octubre de 1937 ytomó a su cargo la Je f a t u ra del Estado Ma yor Ce n t ra l .Con el triunfo de Francisco Franco en 1939 salió al exilio

a Argentina, donde publicó va rios libros y actuó comoc ronista de la IIª Gu e r ra Mundial. El gobierno del Ge n e-ral En rique Pe ñ a randa lo contrató en 1943 como pro f e-sor de Escuela Su p e rior de Gu e r ra. De re t o rno a su país,Bolivia le reconoció honores y pensión de general re t i-ra d o. So b re su vida en Cochabamba, donde vivió y fun-dó familia, dejó un libro de memorias y observa c i o n e sdel paisaje y del hombre bolivianos. Nació en Font de laFi g u e ra y murió en Ma d rid. Escribió acerca de él Fe r-nando Vaca Toledo: Los papeles del general Vicente Ro j o,el tra s t e r rado de Cochabamba, 1999. � �

Rojo L lu c h ,

V ic e n t e1893 – 1966

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SOBRE ÉL

España Heroica, 1942, Elementos del arte de la gue-rra, 1947. Tríptico de la guerra, I-III, La Paz, 1953. Ca-minar, 1974. Así fue la defensa de Madrid, 1962.

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Ro s a l e sC la ros, W á lt e r

Su apostolado se encarnó en la socie-dad cochabambina por la hondura de sup a l a b ra y su proverbial sencillez, que seinició en el acendrado amor por su fami-lia, por su pueblo, por el deporte y porlos soldados que asistió como sanitari od u rante la campaña del Chaco y como

p ri s i o n e ro en el Pa ra g u a y. La devoción de su familia y dels a c e rdote jesuita Javier Baptista reunió en cinco libros unab i o g rafía (El Sa c e rdote de Cochabamba) así como compi-laciones de serm o n e s, homilías, discursos y responsos quededicó a personajes conocidos.

Nació en Tolata un 2 de enero y fue el menor de 5 her-manos: Lucía, Ba l d o m i ra, Constantina, Luis y Wa l t e r; susp a d res fueron Víctor Rosales y Lucía Claro s. La iglesia pa-r roquial de Tolata fue construida en predios de la familiaRo s a l e s, al lado de la antigua iglesia donde Monseñor fue

b a u t i z a d o, construida por el fundador y primer párroco deTolata, Máximo Ro s a l e s, hermano de don V í c t o r.

Walter vivió en la casa familiar de Cochabamba, ubicadaen la Avenida Aroma esquina Ayacucho; estudió la pri m a-ria en la Escuela Modelo “B ”, hoy Ma riano Ricardo Te r ra-z a s. Se aficionó al fútbol en la Pampa Ca r re ra s, hoy Ave n i-da Aroma, en la Plazuela San Sebastián o en el Ac h o, hoyColiseo José Casto Méndez, donde se celebraban corri d a sde toros para la Fiesta de San Sebastián, del 20 al 24 dee n e ro, y se armaban wallunk’as y se armaba competenciasde sortija para San Andrés, el 30 de nov i e m b re.

A los 13 años ingresó al Se m i n a rio San Luis (Perú esqui-na Baptista) y allí estudió la secundaria. En 1934 se alistócomo enferm e ro del Hospital Militar y en junio de ese añop a rtió a la Gu e r ra del Chaco como sargento de sanidad enel Regimiento Loa y en el Regimiento Ca m p o s. El 16 de no-v i e m b re cayó pri s i o n e ro en Cañada Ca rmen y fue re s i d e n-ciado al Cu a rtel Tacumbú, donde hizo trabajos forz a d o sp a ra construir caminos. Allí servía de peluquero y escri b í ac a rtas por encargo de los pri s i o n e ros bolivianos y los sol-dados para g u a yo s. Una oportuna intervención de Mo n s e-ñor Tomás Aspe, Obispo de Cochabamba determinó queMonseñor Juan Si n f o riano Bogarín, Arzobispo de Asun-ción, ord e n a ra su paso al seminario de los padres lazari s-t a s, donde ofició de telefonista, de sacristán y fabri c a n t ede velas antes de ser alumno.

Re p a t riado a Cochabamba, se reintegró al Se m i n a ri oSan Luis a proseguir sus estudios de filosofía y teología. Seo rdenó de diácono y recibió su ordenación sacerdotal en1939 en La Paz, de manos de Monseñor Bogarín, su pro-tector en Asunción. Celebró su pri m e ra misa cantada enCochabamba el 4 de junio de ese año; el periodista Art u roZa m b rana publicó un artículo en El Pa í s, que re c o rd a b alas visitas del novicio Rosales al campo de concentra c i ó nen estos términos: “Allí con alguna frecuencia se pre s e n t a-ba Walter Rosales Claro s, estudiante de teología en Co c h a-bamba. Amable, dichara c h e ro y jovial, nos endulzaba lavida con unos instantes fugaces. Su vida era más grata yt ranquila que la nuestra, en medio de la paz mística y con-ve n t u a l”.

Aquel año le habían otorgado una beca al Colegio PíoL a t i n o a m e ricano en Roma, pero el estallido de la Se g u n-da Gu e r ra Mundial impidió que viajara y fue designadop refecto de disciplina y profesor de geografía e histori adel Se m i n a rio San Luis(1940-1943). En el período fue ca-pellán del Colegio de las Esclavas del Sa g rado Co ra z ó nde Jesús y fue designado Vi c e r rector de dicho Se m i n a ri o.En el período 1941-1943 atendió las parroquias de To l a-

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ta y San Benito y, entre múltiples obra s,a b rió el camino Tolata-Cliza, que hoy llevasu nombre.

En el período 1943-1966 ejerció de canci-ller de la curia diocesana, fue asesor de laJunta Diocesana de Acción Católica e hizot rabajo pastoral en la ciudad de Co c h a b a m-ba. En 1944 tenía sólo 29 años de edadcuando fue nombrado Canónigo Di a c o n a lde la Iglesia Ca t e d ral; en esa condición pro-nunció su célebre sermón de las tres hora sel Vi e rnes Santo de 1946, que impresionó alpoeta Gre g o rio Reynolds a tal punto que loinvitó a integrarse a la Sociedad de Escri t o-res y Artistas de Co c h a b a m b a .

En 1958 el Papa Pío XII lo nombró Pre l a d oDoméstico de Su Santidad y desde entoncesllevó con humildad el título de Mo n s e ñ o r.Un año después fundó el Colegio Pío XII,que dirigió hasta 1968. En 1964 el Papa Pa-blo VI lo nombró Deán del Cabildo Ec l e s i á s-tico y en 1966 Monseñor Gu t i é r rez Gra n i e rlo designó Vi c a rio Ge n e ral de la Di ó c e s i s. En1971 el Papa lo nombró Pro t o n o t a rio Ap o s-tólico Su p e rn u m e ra ri o, con derecho a usarm i t ra y en 1980 el Cabildo Eclesiástico lo eli-gió Vi c a rio Capitular hasta la llegada deMonseñor Ge n a ro Prata, Arzobispo de Co-c h a b a m b a .

Las instituciones cochabambinas re c l a-m a ron que se lo designara Obispo Auxiliar yp ro t e s t a ron cuando esa dignidad le fueo t o rgada al sacerdote Abel Co s t a s. Nu n c afue designado Obispo. Armando Mo n t e n e-g ro sintetizó el sentimiento regional con es-tas palabras: “Muchos de los que ri n d i e ro nhomenaje a Monseñor Rosales le dieron elt ratamiento de “Obispo Au x i l i a r” de Co c h a-bamba. Y aunque estaban equivo c a d o s, de-cían la ve rdad, porque la palabra “o b i s p o”viene del griego “e p í s k o p o s” que significa“s u p e rv i s o r”, que se puede traducir tambiénpor “v i g i l a n t e, guardián, cuidador, observa-d o r”. Y todo eso es Monseñor Ro s a l e s, comoel jark’ a s i ri que vigila los maizalos, a ra t o sdesde la altura de la chapapa y a ratos cami-nando en medio de los maizales mismos.”

En 1975 la Alcaldía lo designó hijo pre d i-lecto de Cochabamba. Como resume el Pa-d re Javier Baptista, “Muchos le dicen Ta t aRo s a l e s. El término “t a t a” viene indudable-mente del quechua y significa “p a d re”, perotambién es “s e ñ o r”, y antepuesto a un nom-b re “d o n”. (...) Al decir “Tata Ro s a l e s” el co-chabambino quiere significar algo más que“Pa d re Ro s a l e s” o “Monseñor Ro s a l e s”. Us ael término dándole el sentido de cari ñ o, fa-m i l i a ridad, confianza y respeto al mismot i e m p o.” � �

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Fue el primer presidente de la Fe d e ra c i ó nNacional de Periodistas y pionero de la ense-ñanza de la Comunicación en la UMSA, en1949. Fue además miembro y Presidente de laAcademia Boliviana de la Lengua y de la Aca-demia Boliviana de Historia.

Se inició en los tallere sde La Patria, de Oruro, junto a Demetrio Canelas.En 1937, en La Paz, fue redactor de los diarios Úl-tima Hora, La Nación y La Razón. En El Diario, fuejefe de redacción y director interino. En los años80 fue columnista en Presencia y luego en ÚltimaHora. Murió en La Paz, luego de dedicar toda suvida al periodismo. � �

S a lama n c aLa f u e n t e ,

Rod ol f o

OBRAS

Historia de lap rensa bolivia-n a , i n é d i t o.

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Le decían El Ho m b reS í m b o l o. Re p resentó unac o r riente del libera l i s m oapegado a la ley y a la de-m o c racia, y por eso se se-paró de los intentos cau-dillistas del montismo y el

s a a ve d ri s m o. Le tocó ejercer la Presidencia conbeneplácito de la opinión pública. ¿Qué le em-pujó a romper hostilidades con el Pa raguay yc o n d u c i rnos a tres años de guerra? El ejército nofue tolerante con el mandato civil y depuso elMandato de Salamanca antes que concluye ra lag u e r ra. ¿Tenía razón Augusto Céspedes cuandolo calificó como “el metafísico del fra c a s o”?

Sus críticos dicen que fue el clásico políticoo l i g á rquico liberal novecentista, que obraba alm a rgen del movimiento obre ro y del mov i m i e n-to estudiantil, que a partir de 1928 pedía con-quistas históricas que signaron la historia del si-glo XX. Recibió el país a merced de la cri s i smundial de 1929 y propuso una Ley de De f e n s aSocial que le otorgaba facultades extra o rd i n a-ri a s, pero la oposición congresal la impidió. Estohabría obrado entre otros motivos en su ánimop a ra el estallido de la guerra del Chaco (1932-1935), como una forma de re c u p e rar autoridad.

Estudió De recho en la Un i versidad de San Si-món y se graduó de abogado en 1890. Era hijode José Domingo Salamanca, terrateniente en elValle Ba j o, y de Manuela Ure y, pro p i e t a rios det i e r ras en Montecillo y Chapisirca, en el Va l l eBa j o, más tarde afectadas por la Re f o rma Agra-ria.

Junto a Bautista Sa a ve d ra fundó el Pa rtido Re-publicano en 1914, como una división del Pa rt i-do Liberal; se opuso a la corriente montista, queimponía el pre s i d e n c i a l i s m o, y pidió eleccionesl i b re s. Luego se separó del saave d rismo y fundóel Pa rtido Republicano Ge n u i n o. Vivía re t i ra d oen sus propiedades agrícolas en Co c h a b a m b acuando fue elegido Presidente en 1931, perocon el Co n g reso en manos del Pa rtido Libera l ,o p o s i t o r. Fue derrocado en el corralito de Vi l l a-m o n t e s, el 27 de nov i e m b re de 1934, re t o rnó aCochabamba y murió. Escri b i e ron acerca de élDavid Alvéstegui y Augusto Céspedes, desde óp-ticas encontra d a s. � �

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S a lama n c a U r ey,

Da n i e l

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OBRAS

Discursos parl a m e n t a r i o s . Do c u m e n t o sp a ra una historia de la Gu e r ra del Chaco.Arc h i vo de Daniel Salamanca, 1951. 1974.

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El Dr. AntonioSalazar So ri a n o,nació en Co c h a-bamba el 17 dee n e ro de 1920,fue el menor det res herm a n o s

(Jacobo y Jaime) hijos de los espososDr. Antonio Salazar Va l ve rde y Ne p t a l íSo riano Ro j a s.

Realizó sus pri m e ros estudios en loscolegios Alemán y La Sa l l e.

En 1938, formó parte de la delega-ción que re p resentó a Bolivia en losp ri m e ros juegos deport i vos boliva ri a-nos en Colombia, corría los 100 mts.p l a n o s.

En 1945, se graduó de abogado en laFacultad de De recho de la UMSS, du-rante sus estudios trabajó en la Ra d i oPo p u l a r, leía los inform a t i vos y los par-tes que llegaban de la guerra euro p e a ,la radio sacaba un parlante a la calle y

la gente se reunía a escuchar las noti-c i a s. En 1948, contrajo matrimonio conM. Be a t riz Hinojosa Estrada, tuviero nc u a t ro hijos: Iri s, Os va l d o, Cecilia y Ri-c a rd o.

Ej e rció la docencia en la Facultad deDe recho consciente de su misión y re s-ponsabilidad, dio las materias de De re-cho In t e rnacional Público y Pri va d o.Fue Decano de la Facultad y de estetiempo datan algunas de sus publica-ciones como: “Los derechos de Bo l i v i as o b re el río Lauca”. Fue también Re c t o rs u b rogante en San Simón y posteri o r-mente asesor jurídico.

Fue Presidente de la Co rte Su p e ri o rdel Di s t rito Judicial de Co c h a b a m b a ,1970 – 1972. Y Mi n i s t ro de la Co rte Su-p rema de Justicia 1979 y 1993 – 1999(+). Falleció el 13 de mayo de 1999, dejósin publicar un fichero de juri s p ru d e n-cia. Fue un hombre de deber y de unaconvicción profunda en la Justicia. � �

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S a la za r S or i a n o ,

A n ton io

1 8 1 5 - 1 8 9 3

Fue un políticoc o c h a b a m b i n oque pudo llegar ala Presidencia dela Re p ú b l i c acuando candida-

teó por el Pa rtido Rojo en 1876, si no so-b re venía el cuart e l a zo de Hi l a rión Da z a .En su juventud, gozó de la confianza de Jo-sé Ballivián y de José María Linare s, por locual fue exiliado al Perú cuando el gobier-no de Manuel Is i d o ro Belzu. Como hom-b re de pri n c i p i o s, fue también opositor a

la dictadura de Me l g a re j o. Estudió Medicina en la UMSA y se gra-

duó en 1837. A continuación fue diputadoen va rias legislatura s. El Presidente Lina-res lo nombró Prefecto de Chuquisaca yJefe Político de La Paz. En 1860 fue Mi n i s-t ro Pl e n i p o t e n c i a rio en Chile y negoció lacuestión de límites. El Presidente Ad o l f oBallivián lo designó Prefecto de Co c h a-bamba en el período 1873-1876. Fu em i e m b ro de la célebre Co n vención de1880 y colaborador de la Revista de Co c h a-bamba, en 1852. � �

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S a n t i v á ñ e zG umu c io,

Jo s é Ma r í a

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En t re mis re c u e rdos más antiguosy gratos está la presencia de miabuela, de mi padre, y las deliciosasempanadas del Wi s t’u Piku. Si algúnp a riente llegaba de La Paz, la abuelase afanaba en invitarlo a compart i resa vieja tradición de la hospitalidad

valluna, que consistía en un par de pukakapas ro c i a d acon un doble de buena chicha. El lugar era uno solo, sellamaba Empanadas Lanza, por su ubicación en dichac a l l e, pero como la ciudad era amable y pequeña todosteníamos sobre n o m b re s, y al dueño del establecimien-t o, don José Solís Vaca, le decían el Wi s t’u Piku. Claroque no se lo decían de fre n t e, porque don José teníabuenas ra zones para montar en cólera: durante la Gu e-r ra del Chaco había sido herido con una esquirla que lemalogró nervios y tendones, y años después le pro d u j ouna parálisis facial. Era un auténtico héroe y beneméri-t o, y hombre de carácter, porque tenía que lidiar conuna multitud que le pedía diez para esa mesa, quincep a ra lleva r, dositas por favo r, o ejercía cualquier art i-maña para sortear la cola.

Felizmente don José tenía una deferencia especialpor mi abuela y así recibíamos pronto una canastitacon las deliciosas pukakapas y un doble de chicha perc a p i t a .

Don José nació en Cochabamba el 26 de nov i e m b rede 1902, se casó con doña Elisa Lazarte Ayala y tuvouna única hija, doña Blanca So l í s. A su muert e, ocurri-da en 1968, doña Elisa tomó las riendas del negociojunto a su hija Blanca. Sólo entonces se puso de mani-fiesto que detrás de un hombre emprendedor hays i e m p re una gran mujer, pues don José prestaba su re-cia imagen, pero en realidad doña Elisa Lazarte fue lai n ve n t o ra de la tradicional pukakapa o empanada ro j aque hoy tiene logotipo y denominación re g i s t rada: Wi s-t’u Piku.

Co n versé con Wilson Ra m í rez So l í s, nieto de don Jo s éy uno de los artífices de la imagen empre s a rial quea h o ra tiene esta cadena de empanadas y otros pro d u c-t o s, que abrió sucursales en Cochabamba, La Paz ySanta Cruz, todas con enorme éxito. Le pregunté cuáles el secreto de la empanada roja del Wi s t’u Piku y medio las clave s. 1) El horno es de barro, no admite otraf ó rmula tecnológica; 2) Se usa exc l u s i vamente quesillodel Valle Alto, por su tenor gra s o, pues se fabrica con le-che entera. Hay que desplazarse casa por casa, miérc o-les y sábados, y seleccionar el queso salado del k’ a i m a ,

p o rque no hay una estandarización. Así se adquieree n t re el 35 y el 40 por ciento de toda la pro d u c c i ó n .¿ Por qué del Valle Alto? Por la alimentación del ganadocon chala y alfalfa, distinta a la de soya y sorg o, o a lasp a s t u ras del Altiplano, que no producen leche del mis-mo sabor. 3) La masa es tradicional y no se modificadesde 1939, porque se pre p a ra con manteca de chicha-rrón, y no cualquiera, pues un exceso de limón u otro sc í t ricos la adultera. Ni hablar de usar marg a rinas uo t ros sustitutos. 4) Se agrega quilquiña y ají picado, quele dan el picor y el aroma cara c t e r í s t i c o s, aunque ya nose pre p a ra empanadas tan picantes como las de DonJosé.

Wilson estudió Ad m i n i s t ración de Em p resas en laUn i versidad Ma yor de San Simón, y su tesis de gra d ofue precisamente el desarrollo empre s a rial de las Em-panadas Wi s t’u Piku. La producción se ha dive r s i f i c a d ocon helados de canela, api, tojorí, pasteles de queso yp roductos típicamente cruceños como las empanadasde pollo, carne y charke pero al horn o. En proye c c i ó n ,Wi s t’u Piku quiere producir empanadas de dulce de la-c a yote y los tradicionales bizcochos envueltos en papelsábana cosido con pajitas. En fin, ya tienen el ojo pues-to en el mercado de los Estados Un i d o s.

José Solís Vaca nació en Cochabamba un 26 de no-v i e m b re. Se casó con Elisa Lazarte Ayala y tuvo una hi-ja, Blanca. � �

S ol í z Vaca,

Jo s é1 9 0 2 - ?

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S or i a G a lva r ro

S i lva, Rob e rto

Ro b e rto So ria Ga l va r ro Si l va nació enSa n t i v á ñ ez, De p a rtamento de Co c h a b a m-ba, un 7 de nov i e m b re y murió de muert en a t u ral un 1º de junio. Era el menor de seishijos de Natalio So ria Ga l va r ro y Pilar Si l va :Elena, Ho rtensia, Ca r l o s, Soledad, Jo rge yRo b e rt o.

Casado con Josefina Ca m a c h o, tuvo cinco hijos. Jo s é ,Edgar Freddy (muerto en la Gu e r rilla de Teoponte), Gu i-d o, Ma rco Antonio y Ligia. En segundo matri m o n i o, conMónica Cu e va s, tuvo dos hijas: Iris y Ko rania.

Ligia So ria Ga l va r ro dice que Ro b e rt o, su padre, "gus-taba mucho de la lectura, escribía poesía, amaba pro f u n-damente a su país, fue un hombre apasionado y soña-d o r, fuerte física y espiri t u a l m e n t e, muy guapo, 1,80m dee s t a t u ra, atlético, acostumbrado al trabajo duro " .

Ro b e rto So ria Ga l va r ro pide a gritos una biogra f í acopiosa y circunstanciada de su intensa vida. Gracias asus hijas Ligia y Kori se conservaron los originales de ElTesoro del Sacta, novela que adapté parcialmente paraun mediometraje que se rodó bajo la dirección deClaudio Araya Si l va, como señuelo para pescar, en elmejor estilo de nuestro héroe, un productor de largo-metrajes que nos permita conocer en detalle la vida deeste explorador e infatigable amante de la naturaleza.

Roberto nació con una inclinación natural por el ar-te, la aventura y los viajes azarosos. No pasó por ningu-

na academia, pero fue escultor, arquitecto y taxider-mista con técnicas pro p i a s. Dejó, en escultura, unaobra profusa y desordenada; construyó y habitó edifi-cios delira n t e s, al calor de su fantasía, que hoy soncentinelas abandonados en la ruta al Chapare; y fueautor de dos colecciones de taxidermia, la segunda delas cuales le sirvió para formar un Museo Móvil, conmás de 800 ejemplares de la fauna amazónica, cazadosy disecados por él mismo. Con este Museo realizó ex-posiciones en todo el país y también hizo giras porChile y Argentina, adonde a veces viajó junto a su es-posa Josefina y su hija Ligia.

Antes de iniciar su trabajo de taxidermia, trabajó enCatavi en la Patiño Mines y luego en COMIBOL, como je-fe de campamento. Allí fue amigo de Juan LechínOq u e n d o, a quien protegió en una huida, utilizando enun camión que tra n s p o rtaba paja.

Cuando Ro b e rto tenía 16 años, falleció su madre, ycon ella se acabó la única fuente familiar de compre n-sión y apoyo para el espíritu ave n t u re ro del muchacho.Decidió entonces emigrar a la Argentina, sin destino fijo.

A su re t o rn o, reunió gente en Catavi para organizar ung rupo de colonización de "La Jota", en el Chapare. "Gra nconocedor del Chapare, exploró zonas de selva virgen enexpediciones que lo alejaban por meses de la civiliza-ción. Falleció el 1 de junio de 1999, a los 78 años deedad". � �

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Fue un temprano militante de ladefensa del medio ambiente, funda-dor del Museo Nacional de Hi s t o ri aNatural, en 1980 y designado Direc-tor de la Estación Biológica del Benien 1982. Colaboró en revistas cientí-

ficas del exterior y participó en reuniones internacionales; fuejurado del Premio B.A. Hoyssay, que otorga la OEA.

Estudió Bioquímica en la Universidad de La Plata y Farmaciaen la Un i versidad de Buenos Aires; se doctoró en Bi o q u í m i c a .Durante la Guerra del Chaco fue jefe de Laboratorio del HospitalCe n t ral de Vi l l a m o n t e s, identificó las adenitis del cuello comosíntomas de la tuberc u l o s i s. Enseñó Pa rasitología en la UMSA(1938-1954). Tras la revolución del 52 seretiró a la actividad privada en IndustriasAlbus S.A. de la cual fue fundador y presi-dente de Directorio. Fue Presidente de laC á m a ra Nacional de In d u s t rias (1957-1958); Di rector del Banco In d u s t ri a l(1966-1967). El Presidente René Ba r ri e n-tos lo nombró Embajador en Israel (1967-1968) y en Austria (1969). Fue vocal y lue-go primer vicepresidente de la Academia Nacional de Ciencias(1960-1968); Vocal en Biología (1972-1976); Presidente en 1976 yPresidente honora rio en 1986. Fundó y presidió la AsociaciónBoliviana Pro-defensa de la Naturaleza PRODENA, pionera de laecología (1979) . � �

1 9 0 6 - 1 9 9 0 ?

1 6 3

S u á r e zM ora l e s ,

Ov i dio

OBRAS

Pa rques na-cionales y afinesde Bo l i v i a , 1 9 8 6 .

1 9 3 1 - 1 9 9 8

Fue un ilustre card i ó l o g of o rmado en la UMSS y conespecializaciones y serv i c i o sen Argentina, Bolivia, Espa-ña y Francia; militante delPOR junto a Gu i l l e rmo Loray Profesor emérito de la

UMSS (1996). Trabajó con los más grandes de la card i o-logía de siglo XX (Rosenbaum y Lenègre) y contribuyó ala edificación de la cardiología modern a .

René Antonio nació en Sa n t i v á ñ ez un 8 de diciembrey falleció en Cochabamba un 3 de junio. Fue el mayo rde 6 hijos de Vi c t o ria Antezana y Silvio So ria Gu z m á n .Se casó en 1972 con Chantal Chereul, francesa, lingüis-ta y pianista y tuvo una hija: He l é n e, cardióloga, y dosnietos: René y Wa y ra. Estudió pri m a ria en Sa n t i v á ñ ez ys e c u n d a ria en el Colegio Nacional Su c re, de donde sa-lió Bachiller en 1950 y en 1959 Médico Cirujano por laUMSS. Se especializó en Ca rdiología y El e c t ro c a rd i o-g rafía con el Profesor Rosenbaum, de fama mundial enel Hospital Ramos Mejía, Buenos Aire s, y re t o rnó conel primer aparato de El e c t ro c a rd i o g rafía en Co c h a-bamba. Fue Jefe de Clínica Médica y profesor de la Fa-cultad de Medicina hasta el golpe de 1971 en el cual su-f rió cautive rio político en Viacha. Fue médico asistentede Ca rdiología en el Hospital Pu e rta de Hi e r ro, de Ma-d rid; médico asistente del Profesor Jean Lenegre, Ho s-pital Boucicaut, Pa ris; y Di rector de la Gaceta MédicaBoliviana. Rechazó el Mi n i s t e rio de Salud pro p u e s t opor el Presidente To r re s. En 1971 fue detenido y tort u-rado en Viacha y Coati; más tarde refugiado político enFrancia. En t re 1973 y 1975 fue Médico Titular en el ser-vicio de Ca rdiología del Doctor Gerbaux, Ho s p i t a lBoucicaut, Pa ris; In vestigador reconocido por la De l e-gación Ge n e ral de la In vestigación Científica y T é c n i c adel Mi n i s t e rio del De s a r rollo In d u s t rial y Científico deFrancia; Médico titular en el servicio de Re a n i m a c i ó nCa rdiaca del Profesor Jacques LISSAC, Hospital Bo u c i-caut, Pa ris (1975 - 1993); Ca rdiólogo titular en el Ce n t ro

S or i a A n t e zana, R e n é

1 6 2 médico de In vestigaciones pre - c l í n i c a s, Pa ris; Mi e m b rode la Sociedad Francesa de Ca rdiología; Ca rdiólogo Ti-tular en el servicio de Ca rdiología del Doctor HANANIAen el Hospital 'Ro b e rt Ba l l a n g e r, Au l n a y-sous- Bo i s(1987-1994); autor de publicaciones científicas, y autore xc l u s i vo de la sección electro c a rdiográfica de “Co e u r2 0 0 0 ”, revista francesa de cardiología mensual.( 84 art í-culos). � �

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Atilio de Su c reRo d o, tatara n i e t ode Antonio José deSu c re, se veló yenterró en Pu n a-ta, donde vivió 53a ñ o s. Había naci-

do en San Lore n zo, Ta rija, pero es pa-t rimonio histórico de Pu n a t a .

El estudio genealógico de El v i ra Zi l-veti habla de Manuela Ro j a s, una mu-jer bra va, a quien ningún hombre al-canzó a desbra va r. Tu vo nueve hijosde nueve padres distintos. ¡Pe ro quép a d res! El pri m e ro fue Antonio José deSu c re, con quien pro c reó a Pe d ro Cé-s a r, de quien desciende don Atilio; elsegundo apellidaba Olañeta, porq u ela niña volvió a los bra zos del ilustrefundador de la República; luego hayAp a ri c i o s, Be rdecios… hasta que Ma-nuela se casó, in articulo mort i s, conun magistrado de la Co rte Su p re m ade apellido Ca b e ro. Él le legó pro p i e-dades y alguna fortuna. Entonces Ma-nuela dictó su testamento, manifes-tando los nombres de sus nueve hijosy los apellidos de sus nueve padre s.

Vaya uno a saber por qué dos hijass o l t e ras se ave c i n d a ron en Chuquisa-ca, la pri m e ra, María Agustina Sa l o-mé, y la segunda, Manuela de la Co n-cepción, nacida en 1809. Ambas llega-ron a la ilustre ciudad en 1818; era nhijas de José Rafael Rojas y de Dolore sBa z q u ez, (sic). Manuela tenía por en-tonces sólo nueve años. Du ra debióser la vida de ambas, porque Ra f a e lRojas era herm a n o, o pri m o, de Ma-nuel y Ramón Ro j a s, guerri l l e ros de laindependencia que combatieron jun-to a Eustaquio Méndez, El Mo t o, y aG ü e m e s. No era algo ra ro, segura-mente eran cri o l l o s, de sangre espa-ñola, pero sin patri m o n i o. Cu a n d ollegó Su c re a Chuquisaca, se le acerc óCa s i m i ro Olañeta y le presentó a Ma-nuelita, que tenía 16 años. Le dijo quee ra su novia, aunque ya se había casa-do con su prima, que era doña Ma r í aSantiesteban. El amor cayó como unra yo y Su c re, joven oficial, se enamoró

de Manuela Ro j a s, para constern a-ción de Ca s i m i ro Olañeta que sufríacómo se la volaban. Hay histori a d o re ss e ri o s, entre ellos, Joaquín Ga n t i e r,que explican la inquina de Ol a ñ e t acon este episodio. Quizá las cosas fue-ron más complejas, pero algo debiót rabajar en el ánimo de Olañeta paraodiar a Su c re y comandar el motín del18 de abril de 1928 en el cual hiri e ro nal Ma riscal en el bra zo. Debió ser unepisodio muy doloroso porque le ex-t i r p a ron 14 esquirlas de hueso, en unaépoca en la que no había anestesia, ycuando Ga m a r ra invadió el país des-de el Perú, se lo lleva ron en rehenes ycabalgando pese al dolor del bra zo.Pasó el incidente y Su c re se re p o n í aen Ñujchu, en junio, cuando lo visitóManuela Rojas para mostrarle al fru t ode su amor. El Ma riscal no dudó enl l e varlo al bautismo y le puso el nom-b re de Pe d ro César Su c re, de quiendescendía directamente mi amigoAt i l i o.

Cuando Su c re se fue del país, Ma-nuela volvió al cobijo de Olañeta y tu-vo un hijo con él. Olañeta era tan tor-tuoso que le puso a la cri a t u ra el nom-b re de Jano Ta ñ e l a o. Pe ro Manuela lo

llamó Ca s i m i ro. Ca s i m i ro y Pe d ro Cé-sar cre c i e ron, y pronto llegaron a nue-ve herm a n o s, todos de apellido dis-t i n t o. Hay que ponerse en el lugar deManuela Ro j a s, que vivió en una épo-ca difícil, sobre todo para una jove ns o l t e ra, y sin embargo supo sobre p o-n e r s e. La última pareja que tuvo fue elDoctor Ca b e ro, ministro de la Su p re-ma, con quien se casó in articulo mor-t i s, y heredó de él algunas posesiones.Entonces hizo un testamento en elcual re vela cuántos hijos tuvo, nueve,y quiénes fueron sus padre s. Por en-tonces tenía sólo cuarenta años. Asíe ra la vida en esos tiempos.

Atilio de Su c re Rodo era nieto deAntonio José de Su c re, Co m a n d a n t edel Ej é rcito en la presidencia de Ma-riano Baptista, de quién conserva b asu re t ra t o. Fue rector de la No rmal Ru-ral de Ca n a s m o ro y se trasladó a laNo rmal de Pa racaya, gracias a la ges-tiones de la familia de quien sería suesposa, doña Nelly Montaño de Su c re.Desde entonces se avecindó en Pu n a-ta donde falleció en 2009. El H. Co n-cejo Municipal de dicha ciudad le ri n-dió homenaje y fue enterrado en el si-tio de los Ciudadanos Il u s t re s. � �

S u c r e Rodo, At i l io¿ - 2009

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Junto a Adela Za m u d i o, es pionera de la li-t e ra t u ra boliviana con una obra poética só-lida que ganó el primer premio de la So c i e-dad In t e ra m e ricana de Escri t o re s, en Bu e-nos Aires (1950). Fundó la Sociedad de Es-c ri t o res y Artistas de Bolivia. Cultivó unap rosa pre c u r s o ra del indigenismo, con esce-nas que tra n s c u r ren en el Ta w a n t i n s u yo. Enpoesía, publicó en la prensa cochabambinay en Chile. En Cochabamba obtuvo pre m i o sen 1930 y 1931. � �

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Ta b org ade Requena, Lola

OBRAS

Cuadros incásicos, 1952. Espigas, 1956.1 6 5

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Ta r d í o, Fra n c i s co

El origen de este apellido de larga des-cendencia en Cochabamba es va s c of rancés y deri va de Ta rdieau o Ta rd i e u .Según el genealogista Adolfo de Morales,el primer Tardío venido de los Reinos deEspaña comienzos del siglo XVII (1600)fue Don FRANCISCO TARDIO que llegó

en misión militar a resguardar la frontera con los Chi-ri g u a n o s, en Tomina (Chuquisaca) para proteger a laAudiencia de Charcas, y se casó con Doña Micaela Ga-l i n d o, española. De la pareja desciende BERNARDOTARDIO Y GALINDO, nacido en La Plata, el 19 de Fe-brero de 1634, casado en la misma ciudad con Jeróni-ma de Miranda y Azurduy el 28 de Diciembre de 1653.

Ot ra rama es la de los Ta rdío Rive ro, fundada porManuel Antonio Tardío y Fortunata Rivero, que tuvie-ron siete hijos. La última, de nombre Amalia, nacida

en Sucre el 13 de noviembre de 1839 se casó en la mis-ma ciudad el 5 de junio de 1856 con Don Ma m e rt oUrriolagoitia y Ozaniz, natural de Vizcaya, España. Suhija Amalia se casó con Canuto Querejazu, tronco de lafamilia Querejazu en Bolivia e Isabel se casó con Pedrode Lazaertegui (propietarios del Palacio del Guereo enSucre).

En la siguiente generación, Mamerto Urriolagoitia secasó con Corina Harriague Moreno y tuvo ocho hijos;uno de ellos fue el Presidente Ma m e rto Ur ri o l a g o i t i aHarriague.

Ot ra línea es Ta rdío Pa z - Soldán, descendientes deJosé María Tardío Rivero y Candelaria Paz-Soldán Val-déz. De esta familia nació Fortunata, casada con el es-pañol Leoncio Arias, cuya hija Carmen se casó con Ro-dolfo To r rico Za m u d i o, el fotógrafo más import a n t eque tuvo Bolivia en la primera mitad del siglo XX. � �

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Tor r icoA r i as, V i rg i n i a

Presidenta delEquipo de Obras So-ciales de la Pa r ro q u i ade Santo Domingo,fue una dama ejem-plar por su dedica-ción al auxilio de losnecesitados y su par-

ticipación piadosa en los empre n d i-mientos cari t a t i vos y las cere m o n i a soficiales de la Iglesia Católica. Po restas ra zo n e s, Mo n s. Walter Ro s a l e spublicó una “O ración Fúnebre” enm e m o ria de la señorita Vi rg i n i a(2006) resaltando sus obra s.

Vi rginia To r rico Arias era herm a n agemela de Ro d o l f o, ambos hijos delc é l e b re fotógrafo Rodolfo To r ri c oZamudio y de Ca rmela Ari a s, y so-

b rinos nietos de Adela Za m u d i o. Es-tudió pri m a ria y secundaria en elColegio Irlandés y dedicó sus pri m e-ros años a entronizar el Sa g rado Co-razón de Jesús en los hogare s, al mis-mo tiempo que albergó la Libre r í aCatólica Voluntad en la planta bajade la casa familiar, ubicada en la es-quina Ayacucho y Sa n t i v á ñ ez, de lacual fue pri m e ro dependiente y lue-go pro p i e t a ria; y en esa calidad des-tinó las ganancias a obras socialesjunto a la Srta. Emma Orellana, quela acompañó hasta su muert e. Vi rg i-nia nació un 15 de agosto y murió un14 de marzo.

Mo n s. Rosales resumió la obra deVi rginia To r rico consignando el Sa-g ra rio de mármol y los candelabro s

de metal que importó de Buenos Ai-res; la imagen de San Ma rtín de Po-r re s, Patrón de las Obras Sociales deSanto Domingo; 60 bancos donadosa la Iglesia Ca t e d ral; un escri t o rio ysillas para el Despacho Pa r ro q u i a l ;refacción de las dos Sa c ri s t í a s, prov i-sión de agua potable y servicio sani-t a rio; refacción del coro de la Ig l e s i a ;gestión para obtener la Casa Pa r ro-quial de Santo Domingo, donadapor la familia de Don Ernesto Pa zTo r rico; adquisición de un lote enLacma, de 10.000 m2 donado por laSrta. Te resa Solís donde se constru-ye ron 22 viviendas para obre ros po-b res y con familia numerosa; y do-nación de una casa al Mov i m i e n t oO b re ro Ca t ó l i c o. Mo n s. Rosales re-saltó asimismo su piedad cri s t i a n ae x p resada en los espléndidos altare sde Ju e ves Santo y su colaboración alas ceremonias de la Iglesia Ca t ó l i c a ,así como su empeño en atraer laatención sanitaria de las Re l i g i o s a sHijas de la Iglesia en el Puesto Sa n i-t a rio Vi rgen de Lourd e s, de Pocoata.

Un informe del Equipo de Obra sSociales re f e rido al período 1959-1969, da cuenta del plan de tra b a j ocumplido en diversos ru b ros: mejo-ramiento de viviendas pobre s, cons-t rucción de casas para hogares po-b res y de numerosos hijos, instala-ción del ro p e ro y botiquín parro-q u i a l e s, instalación de un taller pa-r roquial, ayuda a la vivienda pro p i ay servicios médico y dental. Estaso b ras se lleva ron a cabo con donati-vos gestionados y conseguidos porla Srta. Vi rg i n i a .

La Pre f e c t u ra del De p a rtamento ladeclaró “Mujer distinguida de Co-c h a b a m b a” y el Papa Juan Pablo II leo t o rgó la condecoración pontificiad u rante su visita a Cochabamba enhomenaje a su destacada labor jun-to a la Iglesia. � �

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El 6 de agosto de 1971, el Ge n e ral Ju a nJosé To r re s, Presidente de la Re p ú b l i c a ,p ronunció un Mensaje a la Nación cuyal e c t u ra hoy resulta patética, pues 13 díasdespués fue cruentamente derro c a d opor un golpe derechista que desencade-nó una furiosa persecución en todo el pa-

í s, con la infaltable secuela de muert e, prisión, tort u ra, vi-da clandestina y exilio. To r res inició entonces un peri p l oque terminó trágicamente con su asesinato el 2 de juniode 1976 como parte del Plan Cóndor.

Había cumplido diez meses de gobierno y en ese Me n-saje transmitido por ese juguete recién estre n a d o, el Ca n a l7 de Televisión, evitó informar al país sobre la escalada dela conjura derechista cuyos hilos conocía bien el Mi n i s t e-rio del In t e ri o r. La cabecera de puente de los golpistas eraSanta Cruz, y de allí la conspiración extendía sus tentácu-los por buena parte de las guarniciones del eje central; do-ce días después del Me n s a j e, el Ge n e ral To r res ordenaría ladetención de una de las cabezas de la conjura, el entoncesCo ronel Hugo Ba n zer Su á rez, junto a numerosos civiles;sin embarg o, el Mensaje no sugería nada anormal ni si-q u i e ra en un plano subliminal. A To r res sólo parecía in-quietarle en qué medida se había cumplido con “la tare afundamental de vencer la dependencia para salir del atra-so y de la pobrez a .” La obra de gobierno le parecía íntima-mente ligada al “m ovimiento ascendente y creador de lasmasas populare s”, al punto que nada de lo que se habíahecho hubiese sido posible “sin la orientación, sin el im-pulso y sin la participación activa del pueblo.”

La fórmula del bloque popular que tenía en mente cons-taba de “o b re ro s, campesinos, intelectuales y Fu e rzas Ar-m a d a s” y su tarea era “conducir al país por el camino de lal i b e ración nacional”.

En ninguna parte del Me n s a j e, To r res admitió dudas so-b re la real participación de esos cuatro componentes so-ciales en el movimiento que encabezaba.

“En primer lugar”, decía To r re s, “me dediqué a cre a runa estru c t u ra de poder popular” (…) El 7 de octubre de1970, día en que ascendió al poder “la nación se encontra-ba polarizada por dos fuerzas antagónicas: de un lado lad e recha re a c c i o n a ria en el auge de su audacia y su agre s i-vidad y, del otro, las fuerzas re vo l u c i o n a rias carentes deuna organización efectiva, centralizada y dinámica.” Pe ro,t ras diez meses de gobiern o, To r res afirmaba: “Hoy estoyen condiciones de decir al pueblo boliviano que, a pesar

Tor r e s, Juan Jo s é

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Es insospechable suponer que uncochabambino pre s e n c i a ra los ri g o-res de la Comuna de París (1870),cuando el gobierno y el ejército deFrancia permitió que las tropas pru-sianas masacra ran al pueblo pari s i-n o, que se organizó espontánea-

mente para resistir al inva s o r. Se le atri b u ye la inaugu-ración del género novelesco en la litera t u ra boliviana,basándose en este suceso.

Te r razas tuvo una vida ru t i l a n t e. Militó en el Pa rt i d oRojo y escribió crónicas contra los caudillos militare s, enespecial contra Me l g a re j o, que lo hizo apresar en 1865,aunque huyó y se libró de ser fusilado. Persistió su tare acrítica en Lima y en 1869 se fue a Eu ropa, donde vivió elsitio a la Comuna. Re t o rnó a Lima, donde vivió entre 1872y 1873. El Presidente Adolfo Ballivián lo nombró AgenteFi n a n c i e ro en Londres y fue ratificado por el Pre s i d e n t eTomás Frías hasta 1876, año en el cual re t o rnó a Lima yluego a Cochabamba, hasta el final de sus días. � �

T e r ra zas, Ma r i a n o

R ic a r d o1 8 3 5 - 1 8 7 8

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de nuestras deficiencias, hemos consolidado victori o s a m e n t ela posición del Go b i e rno Re vo l u c i o n a rio en el poder. Con ela p oyo de las masas oprimidas del país desbaratamos el apara-to de la conspiración derechista (…) En este 6 de agosto, po-demos aseve rar que nos encontramos fuertes y firmes en elg o b i e rn o. La ola de ru m o re s, la campaña de confusión y lac o n j u ra permanente de nuestros adve r s a ri o s, se estrellan im-potentes ante la alianza tácita de los obre ro s, campesinos, in-telectuales y Fu e rzas Arm a d a s, que hemos sabido conserva rcon tenacidad y clari v i d e n c i a .”

Pe ro, ¿hasta qué punto marchaban con él los obre ro s, losc a m p e s i n o s, los intelectuales o las Fu e rzas Armadas?

El Gral. Juan José To r res Gonzáles nació en Cochabamba un5 de marzo y fue victimado en Buenos Aires un 2 de junio. Erahijo de Juan To r res y de Sabina Gonzáles y contrajo matri m o-nio con Emma Obleas.

Desde su infancia tuvo una vida laboriosa y luego ingresóal Colegio Militar. Era capitán cuando secundó una suble-vación contra el Presidente Ur riolagoitia. Más tarde fueagregado militar en Brasil, ministro de Hacienda del Presi-dente Barrientos y Comandante en jefe de las Fuerzas Ar-madas. El 7 de octubre de 1970 se hizo fuerte en la Base Aé-rea de El Alto para resistir una asonada golpista de militaresde derecha y asumió la Presidencia en vista de la renunciadel general Alfredo Ovando. Su posesión tuvo respaldo po-pular. Se vivía momentos de efervescencia social y radicali-zación política que influyeron en el tinte de las medidas degobierno que adoptó, tales como la nacionalización de lasconcesiones de Mina Matilde Co., la expulsión del Cuerpode Paz de los Estados Unidos, la liberación de Regis Debrayy Ciro Bustos, que cumplían una sentencia de prisión pro-nunciada por un tribunal militar por sus vínculos con laguerrilla del Che Guevara; y la inauguración de la planta defundición de Vi n t o. El proceso político se inclinó a la iz-quierda con medidas tales como la intervención de variosmedios escritos por los periodistas sindicalizados, la tomadel edificio del Centro Boliviano Americano y el Instituto deEstudios Sociales en La Paz por los universitarios y la apari-ción del grupo armado Unión de Campesinos Po b res /UCAPO, en el norte de Santa Cruz, organizado por el Parti-do Comunista Ma rxista Leninista presidido por Óscar Za-mora Medinaceli. Al influjo de sectores ultristas de izquier-da, ese año de 1970 la Central Obrera Boliviana aprobó laTesis Socialista, que por pri m e ra vez habla de la toma delpoder por el organismo sindical de los trabajadores, e insta-ló la Asamblea Popular en el hemiciclo del Poder Legislativoel 22 de junio de 1971. Lejos de apoyar al Presidente Torres,la Asamblea criticó su condición militar y de clase desdeuna posición dogmática, mientras crecía una activa conspi-ración militar de derecha que tendría apoyo social sobre to-do en sectores de la clase media urbana, espantados por laperspectiva de “caos y anarquía” que abría la Asamblea Po-p u l a r. El golpe estalló el 19 y se consolidó el 21 de agostocon cruentos choques armados, seguidos de una persecu-ción sistemática al movimiento sindical, universitario y po-lítico de entonces. El nuevo régimen presidido por el enton-ces coronel Hugo Banzer Suárez contó con el apoyo activode dos partidos tradicionales: el MNR, liderado por VíctorPaz Estensoro, y FSB, cuyo jefe era Mario Gutiérrez. � �

Prestigioso hombre público yfundador de numerosa descen-dencia, fue el pri m ro en comer-cializar la Ce rveza Taquiña enSanta Cruz de la Si e r ra a través dela casa To r res y He rmano entre1892 y 1893. La casa comercial fue

establecida hacia el año 1876 para dedicarse a la im-p o rtación de mercadería de ultra m a r, con las dificul-tades de tra n s p o rte de la época y las operaciones ban-c a ri a s. Se asoció a su hermano José Lino To r res y ex-p o rtó productos como quina, coca, goma, cueros yo t ros productos nacionales. To r res tuvo el primer telé-fono en Cochabamba, el primer arado de hierro, lap ri m e ra tri l l a d o ra de granos y la pri m e ra rueda hi-dráulica Pelton. Fue también industrial y org a n i z óc u rt i e m b re s, plantas de cerveza y destilación de alco-hol de gra n o s, pero su principal empeño fue el cultivode la viña y la elaboración de vinos de excelente cali-dad. A su fallecimiento le sucedió su ye rn o, Ramón Ri-ve ro, desde enero de 1912. � �

Tor r e s,

J uan de la

C r u z1830 - 1912

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Viajaba con una pesada y fina má-quina fotográfica de caja, de marc ae u ropea, con aparejos aparatosos yp e s a d o s. Rigoberto Vi l l a r roel Claurerecogió el siguiente testimonio del ar-tista: “Lo que apre c i o, sobre todo, sonlos contrastes luminosos, la enfoca-

d u ra con luz contra ria. Cuando debo copiar un paisaje, las nu-bes son un excelente cortinaje; en la vida profesional hay queaumentar o disminuir sombras art i f i c i a l m e n t e, cosa que en lan a t u ra l eza se encuentra a pri m e ra vista. Todo el busilis se hallaen esa observación y en ese momento supremo; de lo demás see n c a rga la química… El mes de marzo es, según mi experi e n-cia, el mejor en Cochabamba para la re p roducción de paisajes,por las nubes favo ra b l e s.”

Rodolfo To r rico Zamudio tiene en Bolivia la misma impor-tancia que Ma rtín Chambi en el Perú. To r rico muestra una per-cepción enamorada de la natura l eza, pero en ambos se nota laintensidad del oficio, la pasión artística y la sensibilidad paracaptar a ojo luces y sombras; y esto les permitió dejar va l i o s o sa rc h i vos sobre personajes, vida cotidiana y sucesos de su épo-ca.

Rodolfo To r rico Zamudio es el fotógrafo más importante dela pri m e ra mitad del siglo XX boliviano. Pa i s a j e s, evo c a c i o n e sde la guerra del Chaco, de la historia de la aviación en Bolivia ydel desarrollo urbano de Cochabamba son los temas re c u r re n-tes del rico acervo fotográfico del llamado Tu rista To r ri c o, asín o m b rado por su afición por los viajes, que en la época se ha-cían en diligencia o a lomo de bestia.

Rodolfo To r rico Zamudio nació un 29 de agosto y murió un 5de junio. Era hijo del médico cirujano Adán To r rico Co rtéz y deAmalia Zamudio Ribero, hermana de la poetisa Adela Za m u d i o,quien lo crió desde los 12 años por la muerte de su madre, jun-to a sus hermanas Ca rolina e Isolina.

La estética de un artista se forma en su concepción del mun-d o, en sus ideas. En ese proceso influyen los mayo re s, las lectu-ra s, los viajes. En el caso de Rodolfo To r rico seguramente influ-yó Adela Zamudio con sus evocaciones del proteico paisaje bo-liviano que escribió en 1920 en homenaje a su sobri n o. “Un via-j e ro solitari o, amante apasionado de la natura l eza, la ha re c o-r rido a pesar de todo, sin más auxilio y equipaje que un abrigo yuna máquina fotográfica sujetos al hombro. Desde su lago his-t ó ri c o, dormido en una porción de la extensa meseta andina, alpie de los colosos de la Co rd i l l e ra, hasta sus ríos nave g a b l e s, tri-b u t a rios del Amazonas y del Plata, lo ha visto todo y todo ha si-do re p roducido en el objetivo de su pequeño apara t o”, tal la ci-ta de la poetisa que evoca el periodista Jo rge Delgado en unavaliosa reseña. En ella cuenta que El Tu rista escaló a la cima del

Tu n a ri a sus veinte años, y que el fruto de su trabajo figuró en elc é l e b re Álbum del Ce n t e n a rio de la República (1925) y en Bo l i-via Pintoresca, editado por The Un i versity Society (Nu e va Yo rk ,1926). Dice también que el investigador e historiador nort e a-m e ricano Daniel Buck califica el arc h i vo fotográfico de To r ri c ocomo el más extenso de Bolivia re g i s t rado y reunido por un so-lo fotógra f o, el cual contiene al presente más de 4.000 imágenesa cargo de la Fundación To r rico Za m u d i o. Avelino No g a l e s,m a e s t ro de grandes artistas plásticos opinó lo siguiente: “Su sefectos de luna y las fotografías al sol, cara a cara sobre lasaguas del río o las torre n t e ras del bosque, parecen composicio-nes perfeccionadas con elementos reales por lo bien escogidos,siendo por tanto ve rd a d e ros triunfos fotográficos. Sus penum-b ra s, que merecen especial mención por haber conseguidodestacar siluetas límpidas en primer térm i n o, a pesar de las im-p e rtinencias del ambiente difuso y sombrío, son soberbias”. To-ro Mo re n o, artista ecuatori a n o, dijo: “Los asuntos que pre s e n t ason novedosos por la feliz elección del paraje y en contraste su-mamente original del claro - o s c u ro. Estos efectos de sol pru e-ban la audacia del artista por conseguir la suprema belleza dela luz que, rompiendo suavemente cúmulos de nubes, se des-g rana en las aguas inquietas cual perlas luminosas e impalpa-b l e s”. � �

Tor r ico Zamu dio ,

Rod ol f o

1 7 11 8 9 0 - 1 9 5 5

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Nació enPunata y mu-rió en Su c re.Se doctoróen De recho yTeología porla Un i ve r s i-

dad San Francisco Xavier y se graduó deabogado en 1820. Enseñó Latín, Fi l o s o-fía y Teología; fue Primer Rector del Co-legio de Ciencias y Artes de Co c h a b a m-ba (1826), fundador y Ca n c e l a rio de laUn i versidad de San Simón y de la Ac a-demia de Práctica Fo re n s e, en 1831.Siendo diputado, presentó el proye c t ode ley de creación de la Co rte Su p e ri o rdel Di s t rito de Cochabamba.

El Presidente Andrés de Santa Cruz leconfió la nueva legislación y lo integróa la Comisión Revisora del Código Pe-nal. Fue en Bolivia el brazo derecho delMariscal de Zepita e integró su gabine-te en la cartera de Gobierno y Relacio-nes Ex t e ri o re s, siendo Presidente delConsejo de Estado Ma riano En ri q u eCalvo.

En1837 fue Se c re t a rio Ge n e ral delPresidente Santa Cruz y Di rector Se c re t ode la Asamblea de Sicuani, donde de-fendió el Pacto Fe d e ral de Tacna ante elCo n g reso en 1838. La Asamblea Na c i o-nal destacó su labor como Fiscal de Go-b i e rn o. Tras la derrota de Yungay y la di-solución de la Co n f e d e ración Bo l i v i a n o -Pe ruana en1839 marchó al destierro conAndrés de Santa Cruz.

Ap oyó al Presidente José Ba l l i v i á n ;p a rticipó en el interinato del Pre s i d e n t eJosé María Velasco y en 1848 ocupó lac a rt e ra de Hacienda; luego fue designa-do Ma g i s t rado de la Co rte Su p rema deJusticia. Fue re t i rado por el Pre s i d e n t eBelzu, pero volvió con el Presidente Li-n a res a la Co rte Su p rema por diez años,de los cuales siete ocupó la Pre s i d e n c i a .Era part i d a rio de la perpetuidad en lafunción judicial y defensor del Mi n i s t e-rio Fiscal.

La Asamblea Co n s t i t u yente de 1871 leo t o rgó la jubilación como Mi n i s t ro de laCo rte Su p rema de Justicia con el sueldoí n t e g ro y los honores y pre e m i n e n c i a s

i n h e rentes al carg o. Fue ante todo unMa g i s t rado de nota. Se casó en La Pl a t aen 1826 con Calixta Lemoine, hija del re-vo l u c i o n a rio Joaquín de Lemoine. � �

Tor r ico C ama c ho ,

A n dr é s Ma r í a

1 7 2

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O B R A S

Elojio de la jurispruden-cia boliviana, 1844. Al S.D. D. Ca s i m i ro Ol a ñ e t a ,Presidente de la Exc m a .C o rte Su p rema de Ju s t i c i a– sobre el pro c e d i m i e n t oc r i m i n a l , 1859. Ley de Or-ganización Ju d i c i a l, 1863.

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Fue un insigne defensor de la Au t o-nomía Un i ve r s i t a ria frente a la inter-vención del CNES y de la dictadurag a rciamecista. Pa rticipó como estu-diante en los movimientos de Re f o r-ma Un i ve r s i t a ria de los años 60.

En 1974 obtuvo en examen decompetencia la cátedra de Hi s t o ria Económica Nacional, y en1977, la de In t roducción al De re c h o. Eran tiempos de interve n-ción impuesta por el gobierno del Gral. Hugo Ba n ze r, quienc reó el Consejo Nacional de Educación Su p e rior (CNES) parad e s a rticular el movimiento unive r s i t a rio implantando un siste-ma de desintegración académica por créditos y semestre s, quedesató el movimiento de resistencia docente, estudiantil y ad-m i n i s t ra t i va .

En ese pro c e s o, el Dr. Trigo fue Presidente del Comité de Ba-ses Docente y gestor del Comité Tri p a rt i t o, el cual conquistó sureconocimiento por el CNES y prosiguió la resistencia por la re-c u p e ración de la Autonomía Un i ve r s i t a ria. Así logró pre s i o n a rexitosamente logrando que los interve n t o res convo c a ran aexámenes de competencia en pleno régimen del CNES, para le-galizar la situación de los docentes.

La dictadura cenesista trató de estrangular a la UMSS re d u-ciendo drásticamente la participación en rentas disponibles,hecho que paralizó las obras de infra e s t ru c t u ra y obligó a man-tener bajos niveles salari a l e s. Pe ro el Dr. Trigo encabezó el mo-vimiento unive r s i t a rio que consiguió un incremento del 60 porciento en el pre s u p u e s t o, con el respaldo y la solidaridad de di-versas organizaciones cochabambinas. Asimismo prosiguió sulucha por una universidad científica al servicio de su pueblo.

En pleno gobierno de Ba n ze r, el Comité de Bases Docentec o n vocó a elecciones para el Sindicato de Docentes de la UMSSy en ellas ganó por voto casi unánime la fórmula integrada porJo rge Trigo andia, para Se c re t a rio Ej e c u t i vo, acompañado porJosé Ara m a yo y Héctor Vi l l a r roel. Desde esta nueva plataform a ,el movimiento unive r s i t a rio prosiguió su lucha por la re c u p e ra-ción de la Autonomía y el Co g o b i e rn o, y para conseguir la con-vo c a t o ria a elecciones para re c t o r, vicerrector y decanos.

En 1978 fue elegido Rector en la pri m e ra vuelta y por mayo r í aabsoluta, junto al Dr. Ma rio Argandoña Ya ñ ez, como Vi c e r re c-t o r, cabezas del Frente de la Iz q u i e rda Docente Estudiantil Au-tonomista-IDEA; y de inmediato inició la re f o rma académica.

El proceso institucional fue interrumpido por el golpe narc o-militar del 17 de julio de 1980, que desencadenó una nueva in-t e rvención a la Un i versidad autónoma sometida a un régimende terror e imposición de re c t o res militare s. Pe ro la re s i s t e n c i aautonomista integró con más fuerza que nunca el frente popu-

lar conformado para la apert u ra democrática. La Un i ve r s i d a dde San Simón fue intervenida por para m i l i t a res dirigidos por elconocido criminal Ga ry Alarcón, cabeza de la Legión Bo l i v i a n aSocial Nacionalista. Las autoridades de entonces, el Rector Tri-g o, el Vi c e r rector Argandoña y el Di rector de la DAF José Ara-m a yo se asilaron en la Nu n c i a t u ra.

Exiliado en Lima, el Dr. Trigo se resistió a establecerse y re t o r-nó al país en la clandestinidad, re a rticuló la resistencia y el mo-vimiento autonomista, que consiguió el desconocimiento a losi n t e rve n t o res y la restitución de Trigo y Argandoña, en mayo de1982, como Rector y Vi c e r rector autonomistas.

Sin embarg o, ambos re n u n c i a ron a sus cargos a la espera den u e vas elecciones en las cuales fueron re e l e c t o s. En t retanto elDr. Trigo fue Co o rdinador de In vestigación y Extensión Un i ve r-s i t a ria bajo el re c t o rado del Arq. Freddy Ara n í b a r, desarro l l a n d otodo su empeño en la puesta en funcionamiento de los institu-tos de investigación, los proyectos de extensión unive r s i t a ria yel mejoramiento del Bienestar Estudiantil.

El último golpe en su vida política lo recibió en 1986, bajo elg o b i e rno del Dr. Paz Estenssoro, cuando fue detenido con la in-tención de residenciarlo en Pu e rto Rico, De p a rtamento de Pa n-d o, donde eran confinados los dirigentes políticos por no co-mulgar con la ideología y las imposiciones del gobiern o. Si ne m b a rg o, intervino el Nuncio Apostólico y el Dr. Trigo fue re s i-denciado en la ciudad de La Pa z .

Aquejado de un mal incurable continuó trabajando conahínco en el Re c t o rado y poco después falleció en 1987. � �

T r ig oA n di a ,

Jorg e

1 7 3

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A ella se debe la edifica-ción del Monumento a lasHeroínas de la Coronilla, queno llegó a ver pese a que en-cabezó ese movimiento cívi-co. Era esposa del PresidenteDaniel Salamanca, con

quien se casó en 1893. Se la recuerda como filántro-pa y poetisa. Siendo adolescente asistió a los solda-dos heridos en la guerra del Pacífico y vendió su co-lección de muñecas para contribuir a la acuñaciónde una medalla para el Cabo Gallardo, ex prisione-ro y evadido de Chile. Enpoesía usó el seudónimoClora para escribir La Huér-fana y Fantasía. Cultivó asi-mismo la prosa polémicap a ra defender sus convic-ciones católicas. Fundó ydirigió el periódico femeni-no Nuestra Aurora. Publicóen periódicos y re v i s t a s.También pintaba. ��

U g a rt eDe

S a lama n c a ,

S a ra

Ot ro personaje cochabambino quevivió las vicisitudes de la Comuna deParís en 1870. Fue un industrial ani-mado por la llama de hacer conocer lari q u eza natural boliviana en el exte-rior, como lo demuestran los esfuerzosque hizo para enviar 1.893 muestra de

693 colecciones de flora y fauna, 3.800 mariposas y muestras deminerales a las exposiciones mundiales de Chicago, de Bruselas(1898) y de Londres (1901), en las cuales obtuvo medallas deoro. Al parecer fue el primer boliviano en obtener el clorhidratode cocaína.

Ot ra de sus grandes inquietudes fue la extracción y expor-tación de la cascarilla. En 1879 re t o rnó al país y con su her-mano Gu i l l e rmo se abocó a la extracción de dicho pro d u c t oen su hacienda de Cocapata, para exportar sulfatos de quini-na y cocaína.

Creció bajo la tutela y orientación de su tío José María Santi-váñez, tras ser huérfano de padre. Viajó a Francia en 1868 a estu-diar agrimensura, ensaye de metales y quinología. En 1885 en-vió remesas de alcaloides a Europa e Hispanoamérica. En mine-ría, diseñó un labora t o rio de análisis minera l ó g i c o s. Ex p l o t óoro, Wolfram y estaño sin fortuna. � �

1844 - 1907

OBRASINÉDITA

C o n d i c i o n e ss o c i o h i s t ó r i c a sdel país en laépoca de la guer-ra con Chile.

1 7 5 1 7 6

U g a rt eS A N T I V Á Ñ E Z ,

S amuel de

Fue el hé-roe quechuamás impor-tante de losvalles cocha-b a m b i n o s ,que secundó

la rebelión de Tupac Ka t a ri, que se le-vantó contra la corona del 28 de febre roal 25 de mayo de 1871.

Rosa Ba rtola, viuda de Ma rtín Uc h u ,reclamó los bienes amparados en el libroNº 5, Título 19 de las Ordenanzas de Ca s-tilla. Sacabamba comprendía Locotal yPa re d o n e s, y Ma rtín Uchu había sido

n o m b rado curaca por la Co rona españo-la, pero secundó o coincidió con las in-s u r recciones de Tupac Amaru en el Pe r ú ,Tupac Ka t a ri en La Paz y Tomás Ka t a ri enChayanta, en el período 1780-1782, mo-vimientos que pretendían romper el do-minio peninsular y re c o n s t ruir el Ta w a n-t i n s u y u .

Ma rtín Uchu inició hostilidades elm i é rcoles de ceniza del carn a val de1781 contra la Colonia, para re s t a u ra rel antiguo sistema comunitario de laépoca incaica. Los rebeldes tomaro nSacabamba, incendiaron el templo ylucharon a orillas de los ríos Itapaya y

Ca i n e, en la hacienda Sucusuma y enlas minas de Choquecamata, ubicadasen la provincia Ayopaya. El capitán decaballería Manuel de Olguín con másde mil quinientos jinetes, fueron inter-ceptados desde las alturas por hom-bres y mujeres en la batalla del río La-capaya.

Ot ro grupo rebelde tomó Pa re d o n e sen busca de vituallas y coca. Los re b e l-des buscaban un pachakuti, es decir elvuelco drástico del orden existente. Noincluían en sus planes a blancos, cri o l l o sy mestizo s, pues querían re s t a u rar el vie-jo orden del Ta w a n t i n s u yo. � �

U c h u, Ma rt í n

1 7 4

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Es quizá el discípulo cocha-bambino más importante deli m p re s i o n i s m o, aunque sus bió-g rafos y críticos dicen que culti-vó una temática naturalista, uni m p resionismo no ort o d oxo deg ruesos empastes. Fue alumno

de Avelino Nogales y director de la Escuela de Be l l a sA rt e s, de Cochabamba (1938-1982). Obtuvo va l i o-sos premios nacionales, como la medalla de oro dela Exposición de homenaje al IVº Ce n t e n a rio de LaPaz.

Fue profesor de dibujo en colegios y academiasde Cochabamba en el período 1920-1930. Co m b a t i óen la guerra del Chaco y en el período 1930-1953 fuep rofesor de Filosofía del Liceo Adela Za m u d i o. Ensu especialidad, concurrió a exposiciones indivi-duales nacionales y colectivas en Santiago de Chiley en las Bienales de Sao Pa u l o.

En peri o d i s m o, dirigió el ve s p e rtino La Época(1940-1945). En litera t u ra, escribió una novela cos-t u m b rista y poemas que en gran parte se conserva ni n é d i t o s. Ganó el Jazmín de Plata en los Juegos Fl o ra-les de 1925. So b re su obra, los críticos hablan de in-t rospección, sentimientos del autor y vivencias: lag u e r ra, nostalgia, afectos familiares y la natura l ez a .

Don Ma rio Unzueta fue maestro de genera c i o n e sde artistas plásticos que estudiaron en la Escuela deBellas Art e s, de Cochabamba. Su fino tacto y capaci-dad pedagógica han sido proverbiales en la edu-cación de sus discipulos.

Muchas obras de las nuevas generaciones tieneninfluencia impresionista a través de la obra deMa rio Un z u e t a .

Pe ro su trabajo como artista no se redujo al culti-vo de la pintura porque fueh o m b re de fina sensibili-dad para la lectura, posee-dor de una cultura hu-manística copiosa y cultorde la escri t u ra litera ria y pe-riodística, como se puedao b s e rvar leyendo la finap rosa de sus numerosos es-c ritos peri o d í s t i c o s. � �

U n z u e taU rq u i di ,

Ma r io

OBRAS

Va l l e . Cu e n t o sy crónicas, 1 9 4 5 ,n ovela. Ti e r ra desol y de miseria,1945, novela.

1 7 8Era un orador de impacto enla juventud urbana, de clasemedia, sobre todo en Co c h a-bamba y un conspirador empe-d e rnido contra la re volución de1952 y el MNR, partido al cualcalificó de comunista y lo obligó

a vivir entre la clandestinidad y el exilio. Por inspi-ración de las corrientes de su época fundó la Fa l a n-ge Socialista Boliviana el 15 de agosto de 1937 y fuesu líder indiscutido hasta su muert e, el 19 de abri lde 1959.

Lo animaba una mística aversión al comunismo,una adhesión sincera al cri s t i a n i s m o, un sentido lí-rico de patria y de orden con justicia social contrael pesimismo de la posguerra y las tesis de Arg u e-d a s, ideales que congre g a ron a la juventud urbanade su tiempo alrededor de su part i d o, del cual fues e c re t a rio general y luego jefe desde el inicio.

Era de formación católica y part i d a rio del ord e ncon justicia . Concluida la Gu e r ra del Chaco se tra s-ladó a Chile a estudiar Agronomía, que no conclu-yó. Fundado su part i d o, re t o rnó a Cochabamba yuna convención realizada en Oru ro lo designó jefe.

Quienes lo conocieron coinciden en su condi-ción de lector apasionado de litera t u ra boliviana,en particular la obra de Ga b riel René Mo re n o, deAlcides Arguedas y del español Miguel de Un a m u-n o. Fue diputado en 1947. Sus biógrafos dicen queel padre Luis Sa g redo tuvo influencia en él y en sup a rt i d o. Dejó el poema “Canto a la juve n t u d”, en elcual proclama su fe en el destino de Bo l i v i a .

Falange Socialista Boliviana (FSB) no volvió atener la vitalidad y fuerza política que ejercia Os-car Unzaga de laVega en el imagi-n a rio de la clasemedia urbana.La ciudad de Co-chabamba ySanta Cruz fue-ron sus plazasmás import a n-t e s. � �

Ú n za g aDe La Vega,

Ó s c a r

1 9 1 6 - 1 9 5 9

OBRAS

Una filosofía y una con-ducta cristiana, 1958. Ve r-bo y espíritu de Únzaga,edición Ma rio Gu t i é r rez ,1 9 6 8 .

1 7 7

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Era un insigne estadista,Presidente de la Co n ve n-ción Nacional de 1851 y Mi-n i s t ro de Estado en las Ca r-t e ras de Hacienda, del In t e-rior y de In s t rucción Públi-ca, autor de “Bases para la

Re f o rma de la Hacienda y Contabilidad Pública”, de“Indicaciones sobre Finanzas y Sistema Re n t í s t i c o” yo t ros notables tra b a j o s, y de la creación de va rias In s t i-tuciones educacionales. Nació en Ta rata, estudió en laUn i versidad de San Francisco Xavier y se graduó comodoctor en De recho Canónico y Teología. Exiliado porAndrés de Santa Cruz al Perú, re t o rnó en 1841. Fue di-putado en 1848,18 51 y 1862, presidente del Co n c e j oMuncipal de Cochabamba en 1851 y en el de Cliza en1861; Prefecto de Potosí entre 1854 y 1856 y de Co c h a-bamba en 1861; Mi n i s t ro de In s t rucción Pública, deHacienda y de Justicia con Belzu y de Hacienda conAchá (1862-1863). Ga b riel René Mo reno lo calificó dea rdiente patriota e infatigable filántro p o. En 1864 fueCa n c e l a rio de la UMSS. � �

1 8 0

U RQ U I DI,

M e lc hor

Su Mo n o g rafía de Co c h a b a m b aes una hazaña editorial que bri l l apor el acopio de documentos y lae rudición del autor. Es un re p a s ode la geografía y la historia conmúltiples testimonios de observa-d o res de la ri q u eza del depart a-

mento efectuados por viajeros y estudiosos nacionales y ex-t ra n j e ro s. Fue fundador y primer presidente de la Sociedad deGe o g rafía e Hi s t o ria de Co c h a-bamba en 1926. Es asimismo im-p o rtante su recopilación de ju-ri s p ru d e n c i a .

Estudió De recho en la UMSS yfue docente en la enseñanza bá-sica y superi o r, así como inspec-tor y dire c t o r. En De recho ense-ñó Economía Política; fue conce-jal y diputado; Prefecto interi n o ;Co n j u ez de la Co rte Su p e rior delDi s t rito y Oficial Ma yor de Ju s t i-cia. � �

1 8 8 0 - 1 9 5 8

1 7 9

U rq u i diG ó m e z ,

G u i l l e r m o

OBRAS

Ti e r ras del Sécure .Te s o ros nacionales des-c o n o c i d o s , 1932. Mo-n o g rafía de la Prov i n-cia Ara n i , 1942. Mo n o-g rafía del De p a rt a-mento de Cochabam-b a , 1954.

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U rq u i diGómez, Jo s é

Ma c e d on io

1 8 8 1 - 1 9 7 8

U rq u i diZam b ra n a ,

C a r lo s W.

1 9 0 4 - 1 9 8 7

Fue la memoria viva de laUn i versidad Ma yor de San Si-món, muy útil para conocer lanómina y la obra de sus can-c e l a rios y re c t o re s, y un gra-cioso fiscal de las atro c i d a d e sque se cometen en la práctica

d i a ria de la lengua castellanao ral y escrita mediante su feste-jada columna Gra m a t i q u e r í a s,que publicó el diario Los Ti e m-p o s. Mi e m b ro de número de laAcademia de Ciencias de Bo l i-via, tuvo a su cargo la cart e ra deCiencias de la Cu l t u ra.

Estudió De recho en laUMSS, fue distinguido miem-bro de la generación que pro-picio con éxito la Au t o n o m í aUn i ve r s i t a ria, y se graduó deabogado en 1928. Se alistó du-rante la guerra del Chaco y a sure t o rno ejerció la docenciau n i ve r s i t a ria en De re c h oConstitucional y De recho Ad-

m i n i s t ra t i vo (1936). Integró la Comisión re v i s o ra de laConstitución en 1937, fue diputado en 1940, director y je-fe de la sección jurídica del Banco Central de Bolivia de1942 al 1947; Di rector de la Cámara Nacional de In d u s-

1 8 2Fue catedrático de De recho In t e r-nacional Público y Pri vado dura n t e50 años. Fundó y organizó el Arc h i voHi s t ó rico Municipal, que dirigió du-rante 25 años. Fue Presidente de laSociedad de Ge o g rafía e Hi s t o ria deCochabamba por más de 25 años.

Creó asimismo el Museo Público Municipal junto a su herm a n oGu i l l e rm o, y más tarde los bienes fueron donados a la UMSS pa-ra abrir el actual Museo Arq u e o l ó g i c o. Dicen sus biógrafos quesu obra historiográfica es pionera en la atención del papel quej u g a ron las mujeres y en el uso de fuentes pri m a ri a s. En peri o-dismo dirigió El He ra l d o, ElPa í s, La Pa t ria, El Co m e rc i o,El Fe r ro c a r ril y La Re p ú b l i-ca. De s a r rolló una labor in-fatigable junto a su esposaMe rcedes Anaya, tambiéne s c ri t o ra e histori a d o ra .Ma rtha, su única hija, here-dó la vocación paterna ym a t e rna por las letra s.

Estudió De recho en laUMSS y se graduó de aboga-do en 1913. Fue profesor deHi s t o ria y Litera t u ra en loscolegios Su c re y Bo l í va r. � �

1 8 1

OBRAS

Los hombres del tiempo he-roico. Anales y glorias de Cocha-b a m b a , 1 9 1 0 . Fi g u ras históri-cas. Diputados altoperuanos enel Congreso constituyente deTucumán 1816. Bolivianas ilus-t re s, 1919-1967. El origen de lanoble Villa de Oropeza. La fun-dación de Cochabamba en1571,1949.

OBRAS

Gramatiquerías. Elcastellano en serio yen bro m a , 1 9 7 9 ;1994. Un siglo y me-dio en la vida de SanSimón. Historia de laUn i versidad de Co-c h a b a m b a . Ce l e-brando su Sesquicen-t e n a r i o. Inédito; hayversión digital enwww.umss.edu.bo.

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Fue cinco veces Rector en la era dela Autonomía Un i ve r s i t a ria, consoli-dó la propiedad sobre el Fundo LasCu a d ra s, actual Campus Un i ve r s i t a-rio de San Simón; propició la cons-t rucción de la Ciudad Un i ve r s i t a ri ap royectada por el Arq. Franklin Ana-

ya Arze; creó facultades, institutos de investigación y pro-ye c t o s, e hizo méritos suficientes para ser considera d oMentor de los sucesivos re c t o res de esta casa de estudioss u p e ri o res fundada en 1832.

A rt u ro Urquidi Mo rales nació en Sicaya, provincia Ca p i-nota de este De p a rtamento un 6 de mayo y murió en Co-chabamba un 8 de julio. Era hijo de don Ignacio Urq u i d iMendizábal y de doña Prudencia Mo rales Urquieta. Co n t ra-jo matrimonio con Rita Elena Urquidi Za m b rana y tuvo doshijos: Os va l d o, agrónomo, y Ma rio Albert o, médico. Fue abo-gado especialista en De recho Agra rio y Sociología y se gra-duó en la Un i versidad de San Simón en 1931. Hi zo estudioss e c u n d a rios en los colegios Bo l í var y Su c re, de esta ciudad, yo b t u vo su bachillerato en 1925. Co n c u r rió a la Gu e r ra delChaco y fue desmovilizado en 1935 con el grado de Sa rg e n t o.

Don Art u ro fue un símbolo de la Un i versidad Au t ó n o m a ,pues integró el Primer Comité Ce n t ral Ej e c u t i vo de la Fe d e-ración Un i ve r s i t a ria Boliviana en el período 1928-1929 y fueRector de la Un i versidad Autónoma Ma yor de San Simón encinco períodos: 1946-1949; 1949-1952; 1952-1955; 1967-1970y 1970-1973. En 1955 enfrentó la intervención armada del 19de mayo de aquel año y en 1971 tuvo que interrumpir suRe c t o rado a raíz del golpe militar de Hugo Ba n zer Su á rez .

En su copiosa hoja de vida se mezclan la docencia unive r-s i t a ria, los estudios de Sociología y De recho Agra ri o, la ase-soría en temas de su especialidad, la animación cultural e in-telectual en cargos de jera rquía y el trabajo vigoroso y soste-nido para institucionalizar y desarrollar la Un i versidad Ma-yor de San Simón.

Fue profesor de Hi s t o ria y Ge o g rafía Nacional e In s t ru c-ción Cívica del Colegio Nacional “Su c re” (1929); catedráticode De recho Penal (1933) de Economía Política, Finanzas yEstadística (1933), de Sociología (1936-1955), de De re c h oConstitucional (1942), de Criminología y De recho Pe n a l(1944). En la Organización de Estados Americanos dictó lac á t e d ra de Re f o rma Agra ria dentro del Pro g rama In t e ra m e-ricano de Ad i e s t ramiento del Personal en De s a r rollo de Co-munidades Indígenas (1965) y fue también catedrático con-

f e rencista de la Escuela de Altos Estudios Mi l i t a res “C n l .Ed u a rdo Ava ro a” (La Paz, 1965). Fue asimismo Decano titu-lar de la Facultad de De recho en dos períodos y Rector su-b rogante (1944-1946).

Tu vo destacada actuación como Vi c e p residente de la Co-misión Re d a c t o ra del De c reto Ley de Re f o rma Agra ria porinvitación del Presidente de la República Dr. Víctor Paz Es-t e n s s o ro y en re p resentación de la UMSS (1953), y como re-dactor del Plan Ge n e ral para el Estudio de la Re f o rma Agra-ria. En la misma materia fue miembro de la Comisión re d a c-t o ra del Anteproyecto de la Ley Ge n e ral de Comunidades In-dígenas de origen (1964) y sociólogo ru ral del Instituto In d i-genista Boliviano por concurso de méritos (1964-1966).

En su vasta labor de asesoría destaca su labor dentro delCo n venio entre el Su p remo Go b i e rno de Bolivia, el Co m i t éIn t e ra m e ricano de De s a r rollo Agrícola y la Un i versidad deWisconsin. (1966) y en el Consejo de asistencia técnica delMi n i s t e rio de Agri c u l t u ra de carácter regional (1971).

Ha sido autor de una treintena de estudios valiosos enSociología y De recho Agra ri o, tales como Et n o g rafía Bo l i-viana (1939), La Comunidad Indígena (1942), Bases So c i o-lógicas de la Re f o rma Agra ria (1953), Plan Ge n e ral para elestudio de la Re f o rma Agra ria (1953), El Feudalismo enA m é rica y la Re f o rma Agra ria en Bolivia, dos ediciones(1966-1990), Defensa del Anteproyecto de la Ley Ge n e ra lde Comunidades Indígenas (1966), Bolivia y su Re f o rm aA g ra ria, Premio a la Cu l t u ra Simón I. Pa t i ñ o, 1969, Co m u n i-dades indígenas en Bolivia (1970), Temas de Re f o rma Agra-ria (1976-1985), Los problemas del medio ru ral en Améri c aLatina, estudio encargado por la UNESCO (1974), Un i ve r s i-dad y Ecología (1984). � �

U rq u i diM ora l e s

A rt u ro

1 8 31 9 0 5 - 1 9 9 2

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U s t á r i zArze, V í ctor

1 8 9 7 - 1 9 3 2

Le decían El Charata por su habili-dad proverbial para moverse en unag e o g rafía tan inhóspita para el gru e-so de la tropa boliviana que comba-tió en la Gu e r ra del Chaco. Tu vo unavida corta y rutilante que se inició enTa rata y acabó en el sitio de Bo q u e-

rón. Era un explorador y un satinador experi m e n t a d o, queconocía las sendas, aguadas, los puestos militares para-g u a yos y los dialectos que hablaban los habitantes ori g i-n a rios del lugar. Burló el cerco de Boquerón e ingresó en elf o rtín con 40 hombres del Regimiento Loa.

Mu rió practicando un de la picada a Yu j ra. Había egre-sado del Colegio Militar como subteniente de In f a n t e r í aen 1919 y fue destinado al Chaco hasta el año 1929, en elcual el Presidente He rnando Siles lo nombró su edecán. Ala caída de Siles fue destinado a la fro n t e ra como oficial delRegimiento Ca m p o s.

Sus biógrafos dicen que era un militar temera ri o, ru d o,fiel al deber, poeta y virtuoso del violín. Dicen además quecumplía trabajos de inteligencia para el Estado Ma yor bo-l i v i a n o. � �

1 8 5

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Urquidi en Bolivia es una de-nominación de origen. Ha yuna pléyade de Urquidis queabarca varias generaciones.

Julia Urquidi Illanes fallecióel 10 de marzo en Santa Cruz alos 84 años de edad, según nos

lo recuerda Edmundo. Se hizo célebre por inspirar la no-vela de Vargas Llosa, publicada en 1977, que mereció unarespuesta aguda de la Tía Julia que titula “Lo que Vargui-tas no dijo”. Ambas se refieren a la historia de un amor in-tenso (mientras duró) entre un joven escritor y una damaque le llevaba casi diez años de vida. Julia Urquidi se casócon Vargas Llosa en 1955 y el matrimonio duró ocho años.

Ma ravillosa condición para un joven la de encontra runa mujer mayor que él que encienda en su cuerpo y sualma los secretos de la vida. Esto lo resumió Julia Urquidicon palabras predecibles: con Marito vivió los años másfelices de su vida pero también los momentos de mayortristeza. Hay algo de maternal en las declaraciones al pe-riódico El Deber que reproduce Edmundo en www.ecdo-tica.com: “Yo lo hice a él. El talento era de Mario, pero elsacrificio fue mío. Me costó mucho. Sin mi ayuda no hu-biera sido escritor. El copiar sus borradores, el obligarlo aque se sentara a escribir. Bueno, fue algo mutuo, creo quelos dos nos necesitábamos”.

Vargas Llosa conoció a su tía política Julia en mayo de1955 en las calles de Miraflores. Era hermana de Olga Ur-quidi, esposa del tío Lucho Llosa, hermano de la madrede Mario). Julia acababa de divorciarse pero al conocer aMario decidió casarse con él. La ley peruana no permitíacasarse a menores de 21 años: Mario tenía entonces die-cinueve y Julia era diez años mayor.

Falsificaron la partida de nacimiento de Mario y se ca-saron furtivamente en Chincha, en el municipio de Gro-cio Prado en mayo de 1955, después de muchas aventu-ras en las que ningún alcalde de la comarca quería sellarel compromiso por la minoría de edad del novio. Además,fue una boda por la que el padre de Mario, al enterarse,prometió "matar" a su hijo: Julia se vio forzada a alejarsede su mari d o, viajando a Santiago de Chile. Raúl Po r ra sBarrenechea, amigo y maestro de Mario, apaciguó al pa-dre y lo hizo desistir de anular el matrimonio, tal como locuenta el propio Vargas Llosa en El pez en el agua.

A Julia Urquidi le preguntaban mucho sobre MVLL. Enuna ocasión afirmó: "Yo lo hice a él. El talento era de Ma-rio, pero el sacrificio fue mío”. Julia escribió Lo que Var -guitas no dijo. � �

1 8 4

U rq u i di,

J u l i a1926 - 2010

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V i la,

Lu i s

Q u i n t í n

1 8 3 9 - 1 8 9 9

Es fama que seanticipó a Ricard oJaimes Fre y re enla formulación deuna teoría rítmicadel metro espa-ñol. Pasó a la me-

m o ria histórica como fino ora d o r, ironista y po-lemista de nota. Cultor de la Filosofía, su pensa-miento defendió a Di o s, el alma, la libertad, laley natural y la tradición, en contra del positivis-mo y el escepticismo. Estudió De recho en laUMSS y se graduó de abogado en 1874; fueCo n s t i t u yente en 1881. Escribió acerca de élGu i l l e rmo Fra n c ovich, en su libro La filosofía enBolivia, 1945. � �

1 8 8

OBRAS

Teoría Musical del Ritmo Ca s t e l l a n o, 1889.

V á z q u e zV i r r e i ra, I sma e l

1865 - 1930

Se lo re-c u e rda co-mo un pro-m i n e n t eo rador afi-liado al libe-ralismo y

h o m b re de confianza del Pre s i d e n-te Ismael Mo n t e s. No obstante,c o n s e rvó sus convicciones de cató-lico militante frente al laicismo libe-ral. Hay testimonios múltiples de suvehemente oposición a proye c t o so f i c i a l i s t a s, tanto del gobierno cen-t ral como de la municipalidad deCochabamba, conforme se quejabael Ing. Eu d o ro Galindo en su librode memorias pro f e s i o n a l e s. Fu eelegido Vi c e p residente de la Re p ú-blica como acompañante de fór-mula del Presidente José Gu t i é r rezGu e r ra en 1917. Como muchos li-b e ra l e s, fue defensor del federa l i s-

mo en la Co n vención de Oru ro(1899); se opuso como diputado alos tratados suscritos con Chile(1895-1896).

Era hijo de Donato V á z q u ez, pro-minente político de destacada ac-tuación en la Gu e r ra del Pa c í f i c ohasta la Presidencia de Na rc i s oCa m p e ro. Estudió en la Un i ve r s i d a dde San Simón y se graduó de aboga-do en 1890.

Fue catedrático de Filosofía delDe re c h o, Economía Política, So c i o-logía y De recho Público Co n s t i t u-cional. Fue Mi n i s t ro Pl e n i p o t e n c i a-rio en Ve n ezuela; Mi n i s t ro de Ju s t i-cia e In d u s t ria del gobierno deMontes (1915-1916); y Mi n i s t ro deGo b i e rno y Justicia en 1919. Ej e rc i óla presidencia del Concejo Mu n i c i-pal de Cochabamba en 1930. Fi g u-ra en la Antología de la ora t o ria bo-liviana, 1968. � �

Va rg as C a n dia, T e ó f i lo

Es autor de la música del Himno a Co-chabamba y de una obra musical pro f u-sa: 22 cuecas y bailecitos, 26 yara v í e s, 12zapateados y pasacalles, obert u ra s, poe-mas sinfónicos, pre l u d i o s, marchas pa-t rióticas y música religiosa. Escri b i ótambién los melodramas La Co ronilla yA roma, puestos en escena. En 1980, lai n t e r p retación de la pianista M. A. Ga rc í a

Mesa de P. rescató sus bailecitos y cue-c a s.

Teófilo Va rgas Candia era un alma mu-sical; nació en Quillacollo y tuvo inclina-ciones por la música y el canto desde lainfancia, en el Co ro de la Ca t e d ral de Co-chabamba; fue compositor y director deo rquesta. En 1894 dedicó su pri m e racomposición al Obispo Félix María delGra n a d o, quien lo ayudó a proseguir susestudios de música.

Fue profesor de su especialidad en laEscuela de Hu é rfanos de Gu e r ra; diri-gió la Escuela Musical; organizó el Con-servatorio Musical de Cochabamba en1907, y lo dirigió hasta 1953.

Di rigió coros y orquestas y escri b i óa rtículos de crítica musical. Fue dis-tinguido con la Medalla de Oro de laSociedad Fi l a rmónica, en 1917. � �

1 8 6 OBRAS

Teoría Musical del Ritmo Ca s t e-llano, 1889.

A i res nacionales de Bolivia I-IV,Santiago de Chile, 1940. Álbum demúsica indígena. C o m p o s i c i o n e soriginales, 1945.

1 8 7

1 8 6 8 - 1 9 6 0

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Su figura inte-lectual serás i e m p re re c o rd a-da como la de unm a e s t ro unive r-s i t a rio de las teo-rías del Estado,

las ideas políticas y la sociología. Fu eun consejero importante del ex Pre-sidente Juan José To r res durante sug o b i e rno y en el exilio. A su re t o rn o,fue residenciado en Villa Tu n a rim i e n t ras duró el régimen del gene-ral Hugo Ba n ze r, y luego dedicó sutiempo exc l u s i vamente a la cátedray a la práctica de su profesión deabogado especializado en De re c h oNo t a ri a l .

Ra m i ro He rnando Vi l l a r roel Clauresalió bachiller del Colegio La Sa l l e, es-tudió De recho en la UMSS, se diplo-mó en De recho No t a rial y fue catedrá-tico de De recho Po l í t i c o, De s a r ro l l oEconómico I, De recho Co n s t i t u c i o n a l ,

Hi s t o ria Económico Social de Bo l i v i a ,Sociología del Tra b a j o, Sociología I ySistemática III, en va rias carre ras de laUMSS, en la Un i versidad Católica, enUn i valle y en la Un i versidad de Chile.Por sus méritos docentes fue declara-do Profesor Ho n o ra rio de la UMSS en1997. Fue Decano de la Facultad deCiencias Económicas y Sociología, ytambién de la Facultad de De re c h o, enla UMSS, así como Se c re t a rio Ej e c u t i-vo del CEUB.

Se lo re c o rdará asimismo como Al-calde Municipal (1962-1963), Su b s e-c re t a rio del Mi n i s t e rio de En e rgía eHi d ro c a r b u ros (1969), Se c re t a rio Pri-vado del Presidente To r res (1971) yMi n i s t ro de In f o rm a c i o n e s, en la mis-ma gestión presidencial. Ot ros carg o sque ocupó fueron: Vi c e p re s i d e n t eCo rte Nacional El e c t o ral, 1980. Di re c-tor Nacional de Política Ca m b i a ri a ,1984. Fue fundador y Se c re t a rio Ge n e-ral del Instituto de Estudios de De re-

cho Constitucional y Ad m i n i s t ra t i vo,1997 y Mi e m b ro Titular de la Sala In-t e rnacional de la Un i versidad No t a ri a lA rgentina, 2008.

En t re las múltiples distincionesque mereció destaca la medalla Ale-jo Calatayud al Mérito Cu l t u ra l ,o t o rgada por el Concejo Mu n i c i p a len 2008. ��

V i l la r roe l C la u r e ,

Ram i ro1 9 3 2 - 2 0 0 9

1 8 9 OBRAS

La fundación de la Re p ú b l i c a,1959. Sociología del folklore,1967. Mito y realidad del Desarro-llo en Bo l i v i a, 1959. Prensa y Re-vo l u c i ó n, 1971. Sociología Ge n e-ra l, 1978. Sociología Es p e c i a l,1980. Sociología del De re c h o,1990. Fundamentos de De re c h oNotarial y Registral Inmobiliario,2005.

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Martes 14 de septiembre • 2010 153

Su obra menosp e re c e d e ra fue lade fundador delSalón Pe d ro Do-mingo Mu ri l l ocomo integra n t edel Consejo de

Cu l t u ra de la Alcaldía de La Paz. Era crí-tico de art e, profesor y escri t o r. Pro p i c i óel arte contemporáneo y dejó monogra-

fías sobre los escultores Emiliano Lu j á ny Ma rina Núñez del Pra d o, así como laplástica en la pri m e ra mitad del sigloXX.

Ej e rció también la crítica litera ria, fuec ronista y crítico de arte y difundió susconocimientos estéticos en artículos dep rensa y re v i s t a s. Escribió acerca de élAugusto Guzmán en La novela en Bo l i-v i a y El ensayo en Bo l i v i a . ��

V i l la r roe l C la u r e ,

R ig ob e rto1 8 6 9 - 1 9 4 7

OBRAS

Arte contemporáneo.P i n t o re s , e s c u l t o res y gra-b a d o res bolivianos, 1 9 5 2 .Marina Núñez del Pra d o,1962. Emiliano Lu j á n ,1962. Bolivian Art in LatinAmerica To d a y, Wa s h i n g-ton, 1963. Teorías estéticasy otros estudios, 1976.

Su nombre está ligado al apos-tolado de la medicina en su espe-cialidad de pedíatra. Fue inmor-talizado por el escultor AlejandroGu a rdia en un monumento ubi-cado frente al Hospital Vi e d m a ,donde tra n s c u r rió su vida pro f e-

sional. Fue declarado “Apóstol de los niños” por su la-bor filantrópica a favor de la infancia de bajos re c u r-s o s.

Nació En Punata, estudió Medicina en la Un i ve r s i-dad de buenos Aires (1897-1907) donde se especializóen pediatría médico quirúrgica.

Operó exitosamente al hijo de Patiño y no aceptóh o n o ra rios; a cambio el magnate donó el Pabellón in-fantil del Hospital Viedma “Albina Pa t i ñ o” (1914). Ej e r-ció la profesión durante 43 años; fue Di rector De p a rt a-mental de Salud, Fundador de la Cruz Roja en Co c h a-bamba, concejal y diputado. Practicó las pri m e ras tra-queotomías en Cochabamba en casos de difteria. Es-c ribió acerca de él el Dr. Gastón Co rnejo Bascopé. � �

V i l la r roe l,

Ma n u e l

As c e n c io1898-1980

1 9 1

1 9 0

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Su inmola-ción en la Pl a z aMu rillo fue elpeor históri c ode los part i d o st ra d i c i o n a l e sque la pro p i c i a-

ron, porque en seis años estalló la re-volución de 1952 y su figura fue consa-g rada como la de un mártir popular,debido a que durante su gobiern op ropició dos medidas de tra s c e n d e n-cia histórica: convocó al Primer Co n-g reso Indígena en 1945, en el cual seabolió el pongueaje y la educación in-digenal; y alentó a través de su Mi n i s-t ro del Trabajo Ge rmán Mo n roy Bl o c kla fundación de la Fe d e ración Si n d i c a lde Tra b a j a d o res Mi n e ros de Bo l i v i a ,c u yo primer secre t a rio general fueEmilio Carbajal.

El mencionado ministro asistió alsegundo congreso en el cual se creó laSe c retaría Ej e c u t i va a cargo de un jo-ven dirigente obre ro, ex futbolista yc é l e b re porq u e, siendo Intendente deUncía, también designado por el go-b i e rno Vi l l a r roel, ordenó la apre h e n-sión del gerente de la Em p resa Mi n e raPa t i ñ o. Era Juan Lechín Oq u e n d o,quien dirigió durante décadas laFSTMB y la Ce n t ral Obre ra Bo l i v i a n a ,fundada después de la re volución del52. Todo esto lo cuenta Gu i l l e rmo Loraen su Hi s t o ria del Movimiento Obre roBoliviano (Tomo III) y reflexiona queno importa quién organiza al pro l e t a-ri a d o, que pronto hallará su pro p i oru m b o.

Medidas adicionales como la apro-bación del fuero sindical y del dere c h ol a b o ral a los beneficios sociales deter-minó que la memoria de Vi l l a r ro e lp e r s i s t i e ra entre la clase tra b a j a d o ramucho después de su muert e, cosadistinta de la que sostienen algunosh i s t o ri a d o re s, que atri b u yen el hechoa la construcción de una “imagen ma-niquea y hagiográfica como un pre d e-

cesor de la Re volución del 1952”, califi-cada también como “ro s á c e a”.

Ot ra medida discutida por la oposi-ción fue el establecimiento de re l a-ciones con la Unión Soviética en elcontexto internacional de la Se g u n d aGu e r ra Mundial. Esto determinó quelos Estados Unidos y 18 países deA m é rica Latina demora ran en re c o-nocer al nuevo régimen, hecho quese produjo sólo después del aleja-miento de los ministros del MNR y ladisolución de la junta militar. La me-dida más criticada de su gestión fuela aprehensión y eliminación de con-notados ciudadanos en Chuspipata yChallapata en nov i e m b re de 1944,que fue atribuida a la Logia militarRazón de Pa t ria (RADEPA) y un tanto

menos a los militantes del MNR. Ese fue el principio del fin, que se

p recipitó el 21 de julio de 1946, cuan-do colgaron el cadáver de Vi l l a r roel deun farol de la Plaza Mu ri l l o, al igualque el de su edecán, el militar Wa l d oBallivián, y el de su secre t a rio pri va d o,Luis Uría de la Ol i va. En la oport u n i-dad fue colgado también el diri g e n t epolítico Ro b e rto Hinojosa y más tard eJosé Escóbar y José Oblitas.

Gu a l b e rto Vi l l a r roel nació en Vi l l aR i ve ro; estudió en el Colegio Militar ap a rtir de 1925; fue a la guerra del Cha-co como subteniente; actuó en el Co-mando Su p e rior en Campaña, en elRegimiento Ay a c u c h o, en las batallasde Cañada St rongest, Charagua, Aga-ragüe y Villa Mo n t e s. Fue el mejoralumno de la Escuela de Gu e r ra en elperíodo 1939-1941, y más tarde fuedestinado como Jefe de Sección al Es-tado Ma yo r. Era miembro de la LogiaR A D E PA, que propició el golpe del 20de diciembre 43 en alianza con elMNR, partido recientemente fundado.La Co n vención de 1944 lo designó Pre-sidente Constitucional. � �

V i l la r roe l L ó pe z ,

G ua l b e rto1 8 7 8 - 1 9 4 1

OBRAS

El pueblo y el Ej é rc i t o, 1943. Re-alizaciones iniciales de la Re vo l u-ción Nacional en materia social,1944.

1 9 2

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1848-1939

El Dr. El i o d o ro Villazón Mo n-taño nació en Sacaba, Co c h a-bamba, el 22 de enero de 1848 ym u rió en la misma ciudad el 12de septiembre de 1939. EstudióDe re c h o, con especialización enf i n a n z a s, aptitud que le valió laconfianza de la banca y le facili-

tó la obtención de un patrimonio import a n t e. Se inició en lapolítica en el Pa rtido Ro j o. Se destacó como concejal muni-cipal de Cochabamba y diputado. Integró la Co n vención de1880 y más tarde fue ministro de hacienda del Pre s i d e n t eCa m p e ro.

Su ingreso al Pa rtido Liberal le permitió ascender en el es-pacio político, de inicio como ministro de Relaciones Ex t e ri o-res del Presidente Pando y más tarde como Primer Vi c e p re s i-dente del Presidente Ismael Mo n t e s. Ganó las elecciones pre-sidenciales de 1909 y asumió la jefatura del Ej e c u t i vo en 1909.

Su experiencia en finanzas determinó el rumbo de un go-b i e rno de bienestar y superávit, de paz social y administra-ción tranquila que le permitió solucionar problemas de lími-tes con la Argentina. En una época de institucionalidad, ter-minó su mandato en 1913, fue diplomático y, en su re t i ro deCochabamba, murió a los 91 años. � �

V i l la z ó nM on ta ñ o ,

E l iod oro

Le decían El Pico de Oropor sus dotes de ora d o r.Dejó a la posteridad unab i o g rafía de Esteban Arzeal estilo de la época, sinconsulta documentaria defuentes pri m a ri a s. Fu e

fundador del Pa rtido Liberal y Vi c e p re s i d e n t eelecto junto a Ef raín Guachalla (1908), perono se posesionaron por la muerte súbita deGuachalla. Había sido antes diputado (1880-1902), Prefecto de Cochabamba (1907). Na c i óen Mizque y estudió De recho en la UMSS. � �

1 8 5 7 - 1 9 1 1

V i s c a r ra,

E u f ron io

OBRAS

Estudio histórico de la re volución de donAlejo Ca l a t a y u d , 1877. Bi o g rafía del Je n e ra lEt e van Ar ze , 1878. Apuntes para la historiade Cochabamba, 1882. Casos históricos y tra-diciones de la ciudad de Mi z q u e , 1 9 0 7 .

1 9 3

1 9 4

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1893 - 1972

156 Martes 14 de septiembre • 2010

El capitán Walter Lehm, gere n t eg e n e ral del Ll oyd Aéreo Bo l i v i a n o,i n m o rtalizó el nombre de Jo rge Wi l s-t e rmann al bautizar así al antiguoClub De p o rt i vo LA B. Había sido elp rimer piloto comercial de la em-p resa y tripulante de los famososm o n o m o t o res y tri m o t o res Ju n k e r.

Nació en Punata y era hijo de Ed g a rWi l s t e rmann y de Delfina Ca m a c h o.Su padre era mecánico del Ll oyd Aé-reo Boliviano y lo inclinó por la mis-ma carre ra, que estudió en la Escuelade Mecánicos y Pilotos comerc i a l e sdel LAB en 1928 y se tituló como me-cánico en 1930. En tres años cumplió

casi 250 mil horas de vuelo en avio-nes monomotores y tri m o t o res Ju n-ker y luego se graduó como pilotoaviador comercial a fines de 1933.Du rante la guerra del Chaco fue pilo-to militar y en toda su carre ra vo l óc e rca de 700 mil kilómetro s.

El 17 de enero de 1936 tripulaba elt rimotor Choro l q u e, con el cual ha-bía partido “de la pista de San José dela Ba n d a” a las 8:10 con destino Oru-ro y La Paz cuando sufrió un fatal ac-cidente en Challavinto. Junto a él per-d i e ron la vida Gu i l l e rmo Hanel, me-cánico; Máximo Di e s c h e r, ayudantede mecánico. Pa s a j e ros: Ca p. Leóni-das Ro j a s, Ro b e rto Braunstein, Fra n-cis Ba r b e r, Antonio Ba k ovic, T t e. Ju a nO rtega, Ab raham Asbún, Pa s t o ra Sa a-ve d ra, Juan Gil, David Tra p e ro y Jo rg eEid. El capitán Jo rge Wi l s t e rmann fuee n t e r rado con honores en el Ce m e n-t e rio Alemán. � �

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W i l s t e r ma n nC ama c ho, Jorg e

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Fue catedrático meri t o rio de laUMSS, jurista de peso y va rias veces Re-p resentante Nacional. Nació en Sa c a b aun 3 de marzo y murió en Co c h a b a m b aun 29 de julio. Sus padres fueron Ma-nuel María Zabalaga y Ca rmen Ve l a s c o.Estudió De recho en la UMSS y se titulóde abogado el 19 de febre ro de 1919.Dos años después era catedrático de

Criminología, Diputado Nacional en losperíodos 1923-1925 y 1929-1930 por lap rovincia Chapare. En 1931 presidió laH. Junta Municipal de Sacaba. En el pe-ríodo 1947-1951 fue elegido Se n a d o rpor el De p a rtamento y entre 1950 y1951 fue Mi n i s t ro de Obras Públicas yCo m u n i c a c i o n e s.

Su empeño más persistente, que duródesde 1936 hasta su lamentable deceso,fue enseñar el De recho Romano en laUMSS. En 1954 fue Presidente del Co l e-gio de Abogados; Co n j u ez de la Co rt eSu p e rior del Di s t rito por va rios años yabogado del Fe r ro c a r ril Co c h a b a m b a -Santa Cruz.

53 años de su carre ra profesional losdedicó a la asesoría jurídica del Ba n c oNacional de Bolivia en sus oficinas deCochabamba y fue distinguido por laoficina central de Su c re al cumplir susBodas de Oro como funcionario de di-cha institución.

La UMSS le otorgó Medallas de Pl a t ay Oro por el ejercicio de la docencia, yfue declarado Hijo Predilecto de Sa c a b aen una ceremonia en la cual le impusie-ron una Medalla de Oro. A su falleci-m i e n t o, se colgó su re t rato en la Ga l e r í ade Ciudadanos Il u s t res y Notables de laMunicipalidad de Cochabamba el 29 deJulio de 1.972.� �

Za ba laga V e las co, Lu c io

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Su nove l aÍ n t i m a s f u es e l e c c i o n a d ae n t re las 15n ovelas fun-damentales deBolivia por un

equipo de expertos convocado por elMi n i s t e rio de Cu l t u ras en 2009. Es másconocida como poetisa, crítica de la so-ciedad patri a rcal y defensora de los de-rechos de la mujer a través de artículos yuna célebre polémica con Mo n s e ñ o rP i e rini, obispo de Cochabamba. Ta m-bién se la conoce como maestra funda-d o ra y pri m e ra dire c t o ra del Liceo de Se-ñ o ritas que hoy lleva su nombre. El Pre-sidente He rnando Siles la coronó comopoetisa el 27 mayo de 1927. Dicen suscríticos que denunció la situación de lamujer en una sociedad patri a rcal y cleri-cal como la boliviana, que la enfrentó alos líderes conserva d o res y clericales lo-c a l e s. En todo momento mostró su ente-reza y lucidez de mujer solitaria frente ala hipocresía de la sociedad colonial yp u e b l e rina, como lo re vela en su poemaNacer hombre. De la misma tendenciaes El velo de la Pu r í s i m a, cuento escri t odesde sus íntimos sentimientos femeni-nos sobre la realidad oscura y re t r ó g ra d aen que vivía. Íntimas es una novela epis-t o l a r, con dos sujetos que escriben entreva rones y luego entre mujere s. Usó elseudónimo Soledad.

Mu e s t ra de su prosa es la siguiente:“Llegué oportunamente a la Angosturadonde tomé la diligencia. Tenía tiro deremuda y entramos en la ciudad tem-p ra n o. Un compañero de viaje tuvo laamabilidad de darme un guía que carg a-ra mi maleta y me enseñara la casa de mih e rm a n o. Este muchacho me explicóque el gran silencio de la ciudad teníapor causa hallarse aún casi todas las fa-milias en los balnearios del otro lado delRocha. Yo pensé que así estaría Po m p e y aen el momento de la explosión que sor-p rendió a gran parte de sus habitantesen el circ o.

Lo pri m e ro que llama la atención eneste país es el mal enlosado de las acera sen la generalidad de las calles. Em p e ro,

son sus montañas tan azules y sus casas,u n i f o rmemente construidas y pintadascasi todas de cobalto pálido, que se alzanbajo un cielo tan risueño y tan benigno,que bien pudiera llamarse la ciudad ce-l e s t e .” Í n t i m a s, pg. 32. Ed. Pl u ral, 2009.

Juana Plácida Adela Rafaela Za m u d i oR i b e ro nació el 11 de octubre de 1854 enla casa de Juan de la Cruz To r re s, dondeh oy es el Co n vento de las Ca p u c h i n a s.Era hija de Adolfo Za m u d i o, quien vinodel Perú luego de la victoria de Ay a c u c h o,como militante activo de las filas de la in-dependencia, y de Modesta Ribero Ba-rrón. Era autodidacta. En 1900 fue maes-t ra en la Escuela San Alberto y Di re c t o rade la Escuela Fiscal de Se ñ o ritas por un

l a rgo período (1905-1920). Fue alumnade Avelino Nogales y dejó algunos óleosque conservan sus sobrinos nietos.

Cumplidos los 50 años pro t a g o n i z óuna célebre polémica con el clero, queadoptó un radicalismo ultra m o n t a n ocomo reacción al ascenso del libera l i s-mo al poder. La chispa se encendió conla persecución a un vendedor pro t e s t a n-te de Bi b l i a s. En 1903, Adela publicó elpoema ¿Quo Vadis?, del cual citamosuna cuarteta: “Allí está Pe d ro. El pesca-dor que un día / predicó la pobreza y lahumildad, / cubierto de lujosa pedrería /ostenta su poder y majestad.” En 1905, elg o b i e rno de Ismael Montes le encomen-dó un plan de educación laica y así fuef u n d a d o ra y dire c t o ra de la pri m e ra Es-cuela Fiscal de Se ñ o ri t a s. Monseñor Pie-rini, obispo de Cochabamba, trató defundar en 1913 un establecimiento si-milar con la Liga de Se ñ o ras Ca t ó l i c a s,p e ro no prosperó.

Su poema más citado es Nacer hom-b re, el más célebre alegato feministac o n t ra la sociedad patri a rcal. � �

Zamu dio R i b e ro, A de la1 8 4 3 - 1 8 8 8

OBRAS

Ensayos poéticos,1887. Í n t i m a s,1913. R á f a g a s, 1914. Pe re g r i n a n d o,1943. Cuentos bre ve s, 1943. Nove l a scortas,1943.

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Te m p rano militante de la izquierd am a rxista, tuvo destacada actuaciónen la toma de haciendas que anticipóla firma del decreto ley de Re f o rm aA g ra ria el 2 de agosto de 1953 en Uc u-reña. So b resalió como periodista e in-telectual y fue figura principal en el

episodio de entrega de las manos de Ernesto Che Gu e va-ra tras la guerrilla de Ñancahuazú.

Era un conversador genial, de memoria infatigable yp a l a b ra galana y fácil; fue una lástima que no escri b i e rasus memori a s. Hablaba en tono zumbón e irónico conmucha gracia. Luis Mérida Co i m b ra pudo filmar su va l i o-so testimonio que incluye un diálogo tenso con la hija delChe Gu e va ra, por entonces de visita en Co c h a b a m b a .

Hay fotografías que lo muestran muy joven junto a Jo s éAntonio Arze y otros connotados militantes del PIR, yo t ras junto a Ñuflo Chávez Ortiz y Óscar Arze Qu i n t a n i l l apoco antes de la firma del decreto ley de Re f o rma Agra ri a .En t re 1952 y 1956 fue Co o rdinador de Asuntos Ca m p e s i-n o s. Conoció a personalidades como Fidel Ca s t ro, Ma ri oVa rgas Llosa y Oriana Fallaci, quien lo calificó como “u nh o m b re de exc e p c i ó n”. José Nogales Nogales dice de él:“Era un ser generoso al extre m o, sin cálculo alguno ensus actos, se daba plenamente a la solidaridad humana ya la amistad.”

Era hijo del italiano Francisco Zannier Toniatty y deMaría Valenzuela Córd ova, el mayor de ocho herm a n o s.Era soltero y tuvo una hija, Stephanie Zannier V.

Estudió De recho en la UMSS y fue secre t a rio ejecutivode la FUL; fue asimismo director de la Biblioteca Ce n t ra lJosé Antonio Arze, de dicha universidad.

Fundó el diario “El Mu n d o” y lo dirigió en el período1955-1964, reuniendo a intelectuales de nota como Re n éRocabado Alcócer y, Jo rge Su á rez; allí hizo sus pri m e ra sa rmas José Nogales No g a l e s. Una anécdota curiosa: acre-ditó a Ma rio Va rgas Llosa como corresponsal eventual deEl Mu n d o, en Pa r í s. Desde sus páginas defendió los re-cursos naturales del país y llevó una línea crítica contra elrégimen del MNR propiciando su caída en 1964. La re vo-lución cubana triunfante lo miró siempre con buenosojos y así desarrolló amistad estrecha con Fidel Ca s t ro yo t ros jera rcas cubanos. A raíz de ello, en enero de 1968 elm i n i s t ro del In t e rior Antonio Arguedas le encargó entre-gar al gobierno cubano los microfilmes del Di a rio del Che

Gu e va ra. Hi zo un periplo por Santiago de Chile, desdedonde envió a La Habana los microfilmes camufladoscon vinilos de música chilena; entretanto Zannier logróllegar a La Habana y conocer a Fidel Ca s t ro, quien anun-ció públicamente que “la Re volución tenía amigos y queg racias a ellos el Di a rio del Che había sido rescatado demanos del enemigo”.

En 1969, el mismo Antonio Arguedas le encomendó lasmanos y la mascarilla del Che Gu e va ra con el mismo des-t i n a t a ri o, rescatada de una urna oculta en el patio de lacasa del ex ministro, según el valioso relato de José No g a-les Nogales en su libro Che Gu e va ra , rebelde con causa.Víctor se valió de la embajada húngara para tra n s p o rt a rel encargo vía Montevideo – Buenos Aires – París – Bu d a-pest – Moscú y finalmente La Habana, con una peligro s aescala técnica en las Be rm u d a s. No quiso recibir por ellorecompensa alguna y mantuvo re s e rva y anonimato porcasi tres décadas sobre este episodio, según la mismafuente que re vela otra faceta de nuestro personaje: la deocultar y colaborar a guerri l l e ros de Ñancahuazú en sud o m i c i l i o, entre ellos Tania, que cenó en casa de Za n n i e r.En Chile lo colaboró el periodista He rnán Uri b e, quiendiseñó la llamada Op e ración Vi c t o ria, según su libro en elcual llama a Zannier el Mamut o el Me n s a j e ro, sin re ve l a rsu identidad. El portador de los microfilmes fue Ma ri oDíaz, redactor de la revista Punto Final, que dirigía Uri b e.

So b re las manos del Che y el papel de Antonio Arg u e-d a s, Nogales Nogales dice: “Las tenía guardadas en unbote de formol, debajo de la cama, dentro de una urna dem a d e ra tapizada con “t e rciopelo ro j o” y con un “a c a b a d omuy elegante”, según él.” El testimonio de Víctor Za n n i e res coincidente. � �

Za n n i e rVa l e n z u e la ,

V í ctor1 9 2 5 - 2 0 0 9

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Za valeta, como Almara z ,t u vo la generosidad de vi-vir la re volución del 52 ycaer con ella. Esta semillase tradujo en un discursoi n t ra n s i g e n t e, mord a z ,agudo y radical que re c o g í a

c i e rto élan cholo, cierta agresividad khesti que excede losm a rcos clasistas porque responde a una acumulación cul-t u ral étnica. Za valeta fue digno here d e ro de ese pro c e s o.

Al trabajo teórico de Za valeta le debemos la constru c-ción de conceptos básicos como “sociedad abigarra d a”,“momento constitutivo”, “acumulación en el seno de lac l a s e”, “c e n t ralidad obre ra” y “a u t o d e t e rminación de lam a s a”. Como fue testigo del papel central que jugó el pro-l e t a riado minero en la victoria del 52 sobre el ejército oli-g á rq u i c o, no le costó hablar del concepto de “c e n t ra l i d a do b re ra”, pero no deduciéndolo de la teoría marxista, sinode la observación empírica de un gran momento de ru p-t u ra histórica, que fue el escenario en el cual la clase obre-ra boliviana tuvo su “momento constitutivo”.

A Za valeta no le parecía suficiente la concepción mar-xista de que una clase se define por el lugar que ocupa enla estru c t u ra económica; creía más importante estudiarsu “ h i s t o ria subjetiva”, el conjunto de prácticas y métodosde lucha que había acumulado en su memoria de clase,las relaciones concretas con otros actores sociales que ha-bía incorporado a su experiencia. A esto Za valeta lo deno-minó “acumulación en el seno de la clase”. El 52 había in-c o r p o rado definitivamente al indio en la vida nacional,p e ro al mismo tiempo había re a rticulado a la casta seño-rial que gobernó el país desde la fundación de la Re p ú b l i-ca. Lo mismo pensaba del inicio del proceso democráticoen 1982: le dolía la soledad de clase del pro l e t a riado mine-ro, y su carencia de líderes populares de alcance nacional.Allí es donde Za valeta comenzó a hablar de la “a u t o d e t e r-minación de la masa”.

¿ Qué problemas básicos nos deja? El de continuar in-vestigando el papel preciso del ‘ i n d i o’ en esta ‘s o c i e d a da b i g a r ra d a’ que no termina de asemejarse a una ‘n a c i ó n’ ”,dice Ricardo Ca l l a .

René Za valeta Me rc a d o, según testimonio de su pri m o,Os valdo Navia Me rc a d o, nació en Tacopaya, entonces pro-vincia Arque un 3 de junio y murió en México un 23 de di-c i e m b re; lo inscri b i e ron en Oru ro como nacido allí. Por es-tas ra zones lo incluimos en esta lista. Sus padres: René Za-valeta Arroyo y He rminia Me rc a d o. Tu vo dos herm a n o s. Es-tudió en el Colegio Nacional Ayacucho y se graduó de abo-gado en la UMSA; se casó en Uruguay con Alma Reyles y tu-vo numerosa familia. Colaboró en la revista “Pra x i s” y en laCo o rd i n a d o ra de la Resistencia Nacionalista, ambas funda-das por Se rgio Almaraz. Fue diplomático en Uruguay y enC h i l e, cuando la desviación de las aguas del río Lauca, que

d e t e rminó la ru p t u ra de relaciones el 16 de abril de 1962,que dura hasta hoy, siendo embajador Ge rmán Mo n royBl o c k .

Fue el último ministro de Minas del régimen del MNRhasta el 4 de nov i e m b re de 1964, en que salió al exilio, aVe n ezuela y luego al Uru g u a y.

En 1967 publicó en Montevideo su ensayo “Bolivia, eld e s a r rollo de la conciencia nacional”. En 1971 concurrió ala fundación del Movimiento de la Iz q u i e rda Re vo l u c i o n a-ria desde su exilio en Chile, aunque luego abandonaría elp roye c t o.

Hasta 1973 fue consultor de la Oficina de Pl a n i f i c a c i ó nde la Presidencia de la República de Chile / ODEPLAN yen el Ce n t ro de Estudios de la Realidad Nacional / CEREN,de la Un i versidad de Chile. A fines de 1972 concluyó sue n s a yo “El poder dual”, publicado por Ed i t o rial Siglo XXI,M é x i c o. En esta época ingresó al Pa rtido Comunista deBolivia, aunque poco después no era visible ni clara su mi-litancia part i d a ria. Fue director de la Facultad Latinoame-ricana de Ciencias Sociales / FLAC S O, en México, y pro f e-sor tanto en este instituto como en la Un i versidad Na c i o-nal Autónoma de México. En 1983 fue coordinador del li-b ro “Bolivia hoy ”, editado por Siglo XXI, México; el mismoaño publicó “Las masas en nov i e m b re”, que contiene tre svaliosos ensayo s, y poco antes de mori r, en 1984, salió aluz “Lo nacional-popular en Bo l i v i a”, su última contri b u-ción al pensamiento latinoameri c a n o. � �

Zava l e ta M e rcado, R e n é1 9 3 6 - 1 9 8 4

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Era un conocido jefe militar y mu-rió asesinado en Pa r í s, cuando eraEmbajador de Bolivia. Pa rticipó enel Estado Ma yor que hizo frente a lag u e r rilla del Che en 1967 y el habert ransmitido la decisión colectiva deejecutar al famoso guerri l l e ro arg e n-

tino cubano habría sido la causa de su muerte trágica, según de-s e rt o res cubanos. La prensa francesa habló de izquierd i s t a sf ranceses que opera ron en el comando que ajustició a Ze n t e n o.Las Brigadas “Che Gu e va ra”, de Francia, re i v i n d i c a ron pública-mente el atentado cometido el 11 de mayo de ese año. Sin em-b a rg o, otras fuentes culparon al entonces Presidente Hugo Ba n-zer Su á rez de dicha muerte ocurrida semanas después del asesi-nato del Gral. Juan José To r res Go n z á l ez en Buenos Aire s, comop a rte de la Op e ración Cóndor. Así informó Le No u vel Observa-t e u r, al culpar a servicios secretos del gobierno boliviano, por in-sistir en sus críticas al régimen del Presidente Ba n zer a partir de1973, y a su insistencia en conformar un gobierno civil militarp a ra evitar la colonización política y económica de Bolivia porBrasil y Argentina.

Pa ra este medio, Ba n zer lo consideraba el enemigo pri n c i p a l .Tres fueron sus victimadore s, que llegaron de Ma d rid a París porvía férrea el 10 de mayo de aquel año; tenían la coartada perf e c-ta si difundían la tesis del ajusticiamiento de Zenteno para ve n-gar la muerte del Che. Regis De b ray también acusó a Ba n ze r. Lap rensa francesa agregó que el asesinato del coronel Andrés Se-lich, amigo y camarada de Ze n t e n o, motivó la reacción de éstec o n t ra Ba n ze r, agra vada con los acuerdos económicos suscri t o spor Bolivia y Brasil en 1974.

También informó que los responsables del asesinato pert e n e-cían a un comando compuesto de merc e n a rios italianos, port u-g u e s e s, españoles, fra n c e s e s, alemanes y brasileños re c l u t a d o spor la OAS, que conform a ron una In t e rnacional negra de neo-nazis para alquilar sus serv i c i o s. Algunos eran del célebre gru p oPaladin, reclutados como expertos en camuflaje, explosivos y enlengua vietnamita en anuncios económicos publicados por elIn t e rnational He rald Tri b u n e. Un diplomático boliviano, deapellido Sa a ve d ra Ba n ze r, re p resentante de los servicios de se-g u ridad de Bolivia, habría visitado la oficina de este grupo ubi-cada en la calle Rey Fra n c i s c o, en Ma d rid, para poner en marc h ael opera t i vo Ze n t e n o, dirigido desde el Hotel Co n s u l a d o, próxi-mo a la Estación Atocha. Los victimadores tenían un dossier so-b re los desplazamientos de Zenteno e incluso un film super 8s o b re el tema. Ellos arri b a ron a París el 10 de mayo, re c i b i d o spor una organización religiosa ultra integrista. Al día siguiente, ah o ras 13, Zenteno salió de su oficina ubicada en 12 Quai Ke n-n e d y, y al intentar subir a su coche fue interceptado por unh o m b re alto, barbado, con gafas negra s, arm a d o, que le disparót res proyectiles calibre 7,65. Luego escapó por las gradas queconducían a la Rue de l’Alboni, según declara ron seis testigos.Coincidió con esta versión el diario Libéra t i o n .

En 1974 era público y notorio que Zenteno estaba disgustadocon la muerte de su camarada Andrés Selich en manos de la po-licía política banze rista y que se había reunido con líderes civi-l e s, entre ellos Víctor Paz Estenssoro, líder del antes cogober-nante MNR (que volvió a la Presidencia en 1985) y esas manio-b ra s, más el peso institucional que Zenteno tenía en la oficiali-dad joven, habría desencadenado su asesinato. Cuando un disi-dente cubano dijo que Fidel Ca s t ro había dado la orden dem u e rte contra Ze n t e n o, el embajador cubano en La Paz, Anto-nio Bru g u e s, lo descalificó moralmente y agregó que Ze n t e n ohabía cumplido su deber de militar al enfrentar la guerrilla delChe y que el régimen cubano no albergaba odios.

La prensa francesa dijo que la muerte de Zenteno corre s p o n-dió al quinto atentado contra diplomáticos en París en los últi-mos 18 meses, y conjeturó que los autores no serían identifica-d o s. En febre ro de 1982, el Mi n i s t e rio de Relaciones Ex t e ri o re si n f o rmó a la señora Leonor Sejas viuda de Zenteno que tres in-dividuos habían sido arrestados en posesión del arma que seusó para victimar a su esposo. Joaquín Zenteno Anaya había na-cido en Cochabamba el 11 de nov i e m b re de 1921. Era hijo de Jo-sé Zenteno Anaya y de He rminia Anaya, casado con Leonor Si e-r ra y padre de dos hijos: Ximena y Joaquín. Se graduó de bri g a-dier mayor en el Colegio Militar de Ej é rc i t o, de La Paz en 1943, yde 1947 a 1950 prosiguió estudios en Francia, desde el 93° Ba t a-llón de Infantería, de Fri l e u s e, en 1947 hasta graduarse de la Es-cuela de Estado Ma yor de París en 1950 como miembro de laPromoción Leclerc. De re t o rno al país, fue abanderado de la Es-cuela de Comando y Estado Ma yor en Cochabamba, y se gra d u óen 1957.

Luego de cumplir con la docencia en los institutos militare s,fue Comandante de la Escuela de Comando y Estado Ma yor yluego Comandante de la Oc t a va División, con sede en Mo n t e ro,Santa Cruz. En esa condición participó activamente en la cam-paña antiguerri l l e ra de Ñancahuazú. En 1971 fue Jefe de EstadoMa yor Ge n e ral, durante el gobierno del Ge n e ral Juan José To r re sy luego Comandante en Jefe de las Fu e rzas Armadas de la Na-ción, en el período 1971-73, durante el gobierno de Ba n ze r.

O b t u vo las máximas condecoraciones de Bolivia, Francia, Pe-rú, Ec u a d o r, Argentina, España, Italia, China Nacionalista, Ja-pón y Brasil, además de distinciones militares bolivianas y deo t ros países. Su obra de profesional militar incluye trabajos so-b re inteligencia estratégica y de Estado, y Rol de las Fu e rzas Ar-madas en el proceso nacional, además de ensayos geopolíticosy confere n c i a s. � �

Z e n t e n o A n aya, Joa q u í n

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