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2011Relatório Anual de Atividades
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Carta do Diretor Desenvolvimento Local e Áreas Protegidas
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Mobilização de Recursos
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Caros Leitores,
É com crescente preocupação que nós, do Instituto Peabiru, acompanhamos as políticas públicas e estratégias privadas de desenvolvimento para a Amazônia. A região entra em novo ciclo de expansão, agora ciclópico, de dimensões inimagináveis, com mais de 300 empreendimentos de grande impacto previstos para a PanAmazônia (nos nove países). Para a PanAmazônia há cerca de R$ 600 bilhões em investimentos para os próximos anos (VERISSIMO, 2012), em obras de infra-estrutura (hidrelétricas,
estradas, portos e outros
empreendimentos), mineração e agronegócio. A este contexto, alia-se a forte pressão da expansão da pecuária bovina, que cresce duas vezes mais que no restante do país, e que alcançará, em breve, um rebanho de 100 milhões de cabeças, metade do total brasileiro. Vale lembrar que a pecuária é o principal motor de desmatamento da Amazônia, (causa de desmatamento de 90% dos
70 milhões de hectares), e que esta é a realidade do Brasil como um todo, afinal 25% do território é ocupado pela pecuária (cerca de 220 milhões ha) de pastagens (BARBOSA, EMBRAPA, 2006).
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O que se espera é maior pressão sobre os recursos naturais, especialmente a água e as florestas, com impacto direto para a conservação da biodiversidade e as mudanças climáticas. Se as cidades amazônicas apresentam infraestrutura e serviços públicos combalidos e insuficientes, quem mais sofre com os efeitos deste ciclo desenvolvimentista são as populações já marginalizadas, especialmente os povos tradicionais, quilombolas e indígenas. Aumentam enormemente: a exclusão destes grupos como beneficiários potenciais da expansão econômica, a insegurança alimentar e nutricional;
a fragmentação de seus territórios; a dificuldade de acesso a recursos naturais; e a descaracterização da cultura tradicional e dos modos de vida. A exclusão para as mulheres e os jovens é ainda mais crítica, na medida que têm menor acesso a esses recursos, quando comparadas aos homens.
De que maneira contribuir para que os grupos tradicionais sejam respeitados, tenham voz e se fortaleçam para defender os seus direitos à cidadania? Como valorizar o conhecimento tradicional, o patrimônio cultural e a conservação da biodiversidade e dos recursos naturais? Em que medida as
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comunidades amazônicas poderão conviver com estes empreendimentos, que impactam suas vidas e as de futuras gerações? Como discutir, abertamente, com os grandes grupos econômicos sobre seus impactos? – Estas são algumas das nossas principais preocupações.
Criado em 1998, em São Paulo, o Instituto Peabiru transferiu sua sede para Belém, Pará, em 2004. Nestes treze anos, o biênio 2010-2011 apresenta-se como o período de maiores mudanças e de consolidação institucional.
Este grande avanço resulta de um processo de reflexão, com a revisão e análise acerca de nossa maneira de agir, a partir de questões como: o que
queremos transformar? o que esperam
de nós os públicos beneficiários?; de
que maneira a nossa contribuição será
mais eficiente?; em que regiões somos
capazes de efetivamente contribuir? Este processo de reflexão, a partir de um esforço interno de planejamento estratégico, resulta em: a) uma missão mais clara – valorizar a diversidade cultural e ambiental e apoiar processos de transformação social na
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Amazônia – b) identificação, como público preferencial, dos grupos sociais que moram em áreas rurais da Amazônia Oriental, em particular as mulheres e jovens das populações tradicionais, quilombolas e indígenas; c) consolidação de nossa abordagem participativa; d) nova estrutura de governança; e e) organização da entidade em três áreas temáticas de ação – Desenvolvimento Local e Áreas Protegidas, Responsabilidade Socioambiental Corporativa e Cadeias de Valor Inclusivas. Na área temática de Desenvolvimento
Local e Áreas Protegidas o Instituto
Peabiru trabalha para influenciar as políticas públicas de ordenamento territorial, especialmente para que grupos sociais locais sejam capazes de garantir maior participação nas decisões sobre seus territórios. Nossa prioridade relaciona-se à regularização fundiária, o zoneamento ecológico-econômico, e às áreas protegidas e seu manejo, especialmente para aquelas de uso sustentável e os assentamentos agro-extrativistas. O Instituto Peabiru prioriza dois territórios de alta relevância para a conservação da água, da biodiversidade e da cultura: o Salgado Paraense, e a
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mesorregião do Marajó. A primeira, a área mais desmatada da Amazônia, com importantes conjuntos de manguezais; e a segunda, uma das regiões úmidas de maior importância do planeta, historicamente excluída das políticas públicas.
A área temática de Responsabilidade
Socioambiental Corporativa tem como objetivo promover a reflexão por parte das grandes corporações, acerca do impacto social e ambiental de suas ações, o que inclui o diálogo com as comunidades de sua área de influência, para o estabelecimento de políticas e práticas empresariais que caminhem
junto ao desenvolvimento sustentável. Nossa atenção especial é para o setor da palma (dendê), em que trabalhamos desde 2007 e para a mineração.
A área temática de Cadeias de Valor
Inclusivas tem como objetivo melhorar a posição das populações rurais atendidas, para gerar renda, mas principalmente como ferramenta de fortalecimento das organizações locais e valorização de seus modos de vida e recursos naturais, segundo o contexto da economia verde, proposta na Rio+20. Almeja, ainda, o fortalecimentos das capacidades humanas e da organização comunitária, a conservação e a valorização da
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diversidade cultural e ambiental, visando a conservação da biodiversidade, a valoração dos recursos naturais, incentivando mudanças em práticas em substituição ao desmatamento e à queimada, e o desenvolvimento de estratégias de segurança alimentar. Esta área temática dedica-se a dois programas: Abelhas Nativas e Ecoturismo de Base Comunitária, além de promover o debate acerca da pecuária bovina extensiva. Mencione-se, ainda, a participação em redes, como o Fórum Amazônia
Sustentável. Ao mesmo tempo, realizamos grandes mudanças na
governança e administração da entidade. Reorganizamos a área com nova equipe, consolidamos processos, investimos em sistemas de informação, contabilidade e recursos humanos, alcançando maior segurança gerencial. A maior estabilidade institucional permitiu melhores salários, benefícios e condições de trabalho. Em termos de governança, consolidamos o grupo de gestores, que reúne os cinco coordenadores de programa, como a principal instância de decisão e apoio ao diretor geral.
Por fim, registramos um agradecimento especial a nossos associados fundadores, especialmente Fernanda Martins, que
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aceitou o desafio de se mudar para Belém em 2004, e contribuir para esta entidade desde seu nascimento. Agradecemos, outrossim, o apoio voluntário de João Marcos Silveira, como advogado, associado e colega de diretoria; e, de Maria Jose Barney Gonzalez, que há cinco anos colabora para a reflexão que aqui nos traz.
Alcançamos preparar este relatório coletivamente, e esperamos que seja o primeiro de uma série, em que apresentamos um pouco de nossa vivência e aprendizado, e compartilhamos a alegria de nos dedicar a uma organização sem fins lucrativos, em prol de um novo caminho, um novo Peabiru, para a Amazônia e seus povos. Boa leitura, e estamos à disposição para quaisquer esclarecimentos e informações,
João Meirelles Filho
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MaranhãoParáAmazonas
Roraima Amapá
Baseado em mapa deCGI e Imazon
Belém
Sede
Território do Amapá Oiapoque, AP
AT Cadeias de Valor Inclusivas
PG Programa Abelhas Nativas
B Indígenas Karypuna, Palykur,
Galibi Marworno e Galibi Kalinã
P TNC, FUNAI
Macapá, AP
AT Cadeias de Valor Inclusivas
PG Programa Abelhas Nativas
B Quilombolas
P CCADA, SAMBAZONFloresta
Campos ou savana
Áreas desmatadas
LEGENDAAT Área temáticaPG ProgramaB BeneficiáriosP Parceiros
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Território da Calha NorteAlmeirim, PAAT Cadeias de Valor Inclusivas
PG Programa Ecoturismo
de Base Comunitária
PG Programa Abelhas Nativas
P IFT, Fundo Vale, SEMA, PARATUR
Monte Alegre, PA
AT Cadeias de Valor Inclusivas
PG Programa Ecoturismo
de Base Comunitária
PG Programa Abelhas Nativas
P IFT, Fundo Vale, SEMA,
PARATUR Floresta
Campos ou savana
Áreas desmatadas
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MaranhãoParáAmazonas
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Território do Marajó
Arquipélago do Marajó, PA
AT Desenvolvimento Local
e Áreas Protegidas
PG Programa Viva Marajó Ordenamento territorial
Fortalecimento da sociedade civil
Cultura
Cadeias de valor
P Fundo Vale, CODETEM, MPEG,
Floresta
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Áreas desmatadas
LEGENDAAT Área temáticaPG ProgramaB BeneficiáriosP Parceiros
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MaranhãoParáAmazonas
Roraima Amapá
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Território do Salgado Curuçá, PA
AT Desenvolvimento Local
e Áreas Protegidas;
PG Casa da Virada;
Agentes Ambientais
Abelhas Nativas
Ecoturismo
Agenda 21
Pesquisa Científica
P PETROBRAS, MPEG,
ASMELC, Tapiaim
Floresta
Campos ou savana
Áreas desmatadas
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Roraima Amapá
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Território do Dendê (Oil Palm) Tailândia, Acará, Moju, Tomé-Açu, PA AT Responsabilidade Socioambiental Corporativa;PG Programa Dendê; Indicadores Biossociais;
Agenda 21 e Desenvolvimento local
na Vila dos Palmares;
Diagnóstico ambiental e
socioeconômico.
P AGROPALMA, AMDP, Associações locais, PETROBRAS BIOCOMBUSTÍVEL, STTR, ADCRA, PSA B Organizações Locais; Agricultores familiares produtores de
óleo de palma.
Floresta
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Localidades nas quais atuamos no passado: Juruti, Barcarena, Cotijuba (Belém), Acará, Santo Antônio do Tauá, Boa Vista do Acará, Castanhal, Paragominas, Ipixuna, PA.
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Nesta área o Instituto Peabiru apóia o fortalecimento das comunidades locais, para que exerçam a sua capacidade de negociação e participem ativamente no planejamento, implementação e monitoramento de planos de desenvolvimento local, especialmente aquelas relacionadas ao ordenamento territorial, com o zoneamento ecológico-econômico e o estabelecimento e gestão de áreas protegidas. Entre as finalidades deste processo estão: a) Incrementar a capacidade de reflexão e atuação sobre problemáticas sócio-econômicas e ambientais locais; b) Fortalecer as organizações locais
para que alcancem melhor capacidade de negociação e reivindicação de seus direitos; c) Promover o uso sustentável de recursos naturais; e d) Estabelecer o sistema de áreas protegidas para a conservação dos recursos naturais, da biodiversidade e do patrimônio cultural. Os programas desta área temática são o Programa Viva Marajó e o Programa Casa da Virada, a seguir.
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1. Programa Viva MarajóO Programa Viva Marajó iniciado em 2010, com apoio do Fundo Vale e colaboração da Secretaria de Estado de Meio Ambiente – SEMA-PA, tem como objetivo contribuir para a implementação e consolidação de áreas protegidas do Marajó, para a melhoria da qualidade de vida, a conservação da biodiversidade e da cultura e promoção da sustentabilidade. O Viva Marajó trabalha nos 16 municípios da mesorregião do Marajó, em cinco estratégias. Em 2011 teve os seguintes resultados:
1.1. Observatório A partir do Diagnóstico Socioeconômico e Ambiental (Escuta Marajó) realizado em 2010 – em que se comparou o prometido e o realizado do Plano de Desenvolvimento Territorial do Marajó (Plano Marajó) –, o Instituto Peabiru e parceiros, com destaque ao Colegiado Territorial do Marajó – CODETEM, organizaram reuniões de “devolutória” em 10 municípios do Marajó, além de apoiar três encontros do CODETEM (vide abaixo). Diversas demandas regionais foram encaminhadas por meio de ofício a órgãos públicos em temas prioritários. 17
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O Marajó tem 104 mil km2 de superfície, território maior que sete estados brasileiros. Apesar de grande diversidade biológica em seus 48 ecossistemas, menos de 1% são de áreas de proteção integral e menos de 7% são de unidades de conservação de uso sustentável (RESEX, RDS e FLONA). Possui, outrossim, o maior conjunto de sítios arqueológicos da Amazônia e um patrimônio cultural entre os mais ricos do Brasil. Ao mesmo tempo, sua população, de cerca de meio milhão de pessoas, sofre com a exclusão e o acesso precário à maioria dos serviços públicos essenciais, principalmente água tratada, educação, transporte e atendimento médico.
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1.2. Fortalecimento da sociedade civil O CODETEM, com 63 membros entre organizações da sociedade civil e órgãos públicos é a rede de maior capilaridade e legitimidade no Marajó. O Instituto Peabiru apoiou reuniões de planejamento estratégico do CODETEM, com diferentes órgãos públicos e dois eventos regionais – a Carta de Cristo da Praia (sobre a questão fundiária, Ponta de Pedras, novembro de 2011), e a Carta de Educação Ribeirinha (Portel, março de 2012), além de facilitar seu planejamento estratégico anual (fevereiro de 2012).
1.3. Estratégia de Reserva da Biosfera Além de contribuir com a SEMA na preparação de documentação para a candidatura do Marajó como Reserva da Biosfera, adotamos o marco conceitual da Reserva da Biosfera (Programa Homem e Biosfera, da UNESCO), internacionalmente reconhecido, o que nos permite enfocar o trabalho sobre o Território e não sobre partes deste. Esta visão abrange a proteção da biodiversidade, o manejo de recursos naturais, a economia verde, a sustentabilidade e a valorização da cultura local. Contribuímos, ainda,
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na mediação entre a SEMA-PA e as comunidades residentes no Parque Estadual Charapucu, Afuá. Um dos maiores aprendizados se refere ao termo “Reserva” que desperta localmente o sentimento de que se quer “imobilizar”, “congelar” o Marajó, economicamente. Daí a proposta da abordagem como “Território”.
1.4. Território Verde A partir dos elementos conceituais relacionados à Reserva da Biosfera, conjugados a Município Verde e os Território da Cidadania, indicam-nos a estratégia de tratar o Marajó como Território Verde. A partir desta análise e
reflexão, a equipe elaborou o primeiro rascunho do marco conceitual de Território Verde.
1.5. Ordenamento Territorial Sem segurança fundiária não se pode falar de Áreas Protegidas e bem estar das comunidades. Visualizamos que esta nos permite alinhar às políticas sociais e de conservação e contribui na destinação das áreas. Elaboramos o Mapa Fundiário do Marajó, onde pela primeira vez se visualiza o impacto da política de assentamentos e áreas protegidas. Este demonstra que apenas 26% do Marajó possui destinação fundiária definida 20
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(cerca de 2,7milhões de ha). O Instituto Peabiru trabalha com o CODETEM sobre o ordenamento territorial de 905.017 ha, correspondente a 9% do Território. Este esforço beneficiará cerca 2.844 famílias (3% das famílias marajoaras), em cinco modalidades fundiárias: a) 41 mil hectares de novas UC’s em discussão; b) 64 mil ha para Plano de manejo de UC’s existentes ; c) 788 mil ha de novos assentamentos em discussão; d) Assessoria na mediação de conflitos de destinação fundiária -65 mil ha; além de discutir sobre a destinação de propriedades privadas – 17 mil ha.
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APA Área de Proteção Ambiental
FLONA Floresta Nacional
PA Parque Estadual
PEC Parque Ecológico
RDS Rede de Desenvolvimento
Sustentável
Resex Reserva Extrativista
Assentamento Agro Extrativistas
Áreas Quilombolas
Mapa Fundiário da Mesorregião do Marajó
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1.6. Valorização Cultural Em 2011 o documentário “Expedição Viva Marajó” foi apresentado em todos os municípios do Marajó em praça pública. Participou, ainda, de festivais internacionais de cinema, foi lançado no Rio de Janeiro e em São Paulo e exibido no Canal Brasil. Este dá voz ao marajoara, em seus diferentes contextos e serve como meio de reflexão sobre a realidade local. A outra estratégia é discutir as diversas problemáticas do Marajó por meio de um evento mensal em Belém, em parceria com o SESC-PA, no SESC Boulevard, o “Dia do Marajó”, em que foram realizados vinte e dois eventos.
1.7. Cadeias de Valor Prioritárias Após realizar estudos sobre açaí, pecuária, pesca artesanal e farinha de mandioca, em parceria com pesquisadores da UFRA e Museu Paraense Emilio Goeldi, em 2011, foram realizadas devolutórias em Portel e Curralinho, além de outros municípios do Território. Foram ainda realizadas três oficinas de planejamento e melhoramento da qualidade da produção entre Curralinho e Portel. Mencione-se, ainda a dedicação ao estabelecimento de alianças e propostas de mobilização de recursos para as cadeias de valor prioritárias. 23
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24th FIPA Festival Internacional des Programmes Audiovisuels Janeiro de 2011 | Biarritz, França
9th Ischia Film Festival Official Selection Julho de 2011 | Ischia, Itália
6o. Festival Latino-Americano de Cinema Julho de 2011 | São Paulo, Brasil 4th Upto3 Versão 3' Outubro de 2011 | Toronto, Canadá
Dirigido pela cineasta Regina Jeha, o documentário Expedição
Viva Marajó foi selecionado em 2011 para diversas mostras
nacionais e internacionais de cinema e festivais especializados:
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Acima, equipe de produção do documentário. Na sequência, as cidades Afuá e Soure na ilha do Marajó, recebem mostras de filme a céu aberto.
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2. Programa Casa da Virada
No final de 2011 o Programa Casa da Virada retomou suas atividades no município de Curuçá, na região do Salgado Paraense, com a renovação do patrocínio do programa PETROBRAS AMBIENTAL, da PETROBRAS e do Governo Federal. Entre as ações estão: a) valorização da biodiversidade e consolidação de pesquisas científicas com o Museu Paraense Emilio Goeldi – MPEG e a Universidade Federal do Pará - UFPA/NUMA, b) fortalecimento do ecoturismo de base comunitária e da
produção de mel de abelhas nativas; c) formação de novos agentes ambientais e professores da rede pública de ensino e d) capacitação e empoderamento de lideranças comunitárias. De 2007 a 2009, o Programa lançou o Fórum da Agenda 21, abrangendo 52 comunidades rurais; formou 120 agentes ambientais; iniciou o desenvolvimento das cadeias de ecoturismo de base comunitária, com a criação do Instituto Tapiaim, e da produção de mel de abelhas nativas, com a criação da Associação dos Meliponicultores de Curuçá – ASMELC; além de realizar pesquisas científicas em
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diversas áreas do conhecimento, com destaque à identificação da presença das cinco espécies de tartarugas marinhas da costa brasileira no município, bem como apresentar indícios de um novo tipo de ecossistema – a Floresta
Amazônica Atlântica. A partir dos resultados da primeira fase da Casa da Virada, o Ministério do Turismo (MTUR) financiou a continuidade do processo de fortalecimento do grupo social que integra o Instituto Tapiaim (concluído em 2011), e o Projeto Criança Esperança (UNESCO/Rede
Globo) apoiou a capacitação de agentes ambientais (em 2010).
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Quando o Peabiru chegou a Curuçá em 2006, houve uma
reunião com 42 jovens, organizada pelo João Meirelles. Ele
fez a seguinte pergunta: o que nós pensávamos para o nosso
futuro? E aí veio um monte de ideia de se trabalhar com
várias coisas. Música, capoeira, artesanato, ecoturismo, etc.
O que marcou foi que, pela primeira vez uma organização
chegou e quis ouvir o que nós queríamos, diferente de outras
iniciativas que já trazem propostas prontas, achando que
conhece a realidade local” Charles Cardoso, 38, Instituto Tapiaim.
““Quando o Peabiru chegou a Curuçá em 2006, houve uma reunião com 42 jovens, organizada pelo João Meirelles. Ele fez a seguinte pergunta: o que nós pensávamos para o nosso futuro? E aí veio um monte de ideia de se trabalhar com várias coisas. Música, capoeira, artesanato, ecoturismo, etc. O que marcou foi que, pela primeira vez uma organização chegou e quis ouvir o que nós queríamos, diferente de outras iniciativas que já trazem propostas prontas, achando que conhece a realidade local”. Charles Cardoso, 38, Agente Ambiental.
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Para o Instituto Peabiru é fundamental envolver o setor privado no enfrentamento da exclusão social e da degradação ambiental, estimulando o investimento social no território de impacto dos empreendimentos de mineração, agronegócio e infra-estrutura (hidroelétricas, portos, ferrovias e rodovias). A prioridade é para a cadeia produtiva da palma, onde desde 2007 nos dedicamos ao Programa Dendê, na microrregião de Tomé-Açú, em parceria com a AGROPALMA.
Neste âmbito, entre 2010 e 2011 realizamos trabalho pioneiro, relacionado à chegada de novos atores neste setor, em parceria com a PETROBRAS BIOCOMBUSTIVEL, e estudos no entorno de propriedades de reflorestamento com espécies nativas da empresa florestal AMATA, em três municípios no Pará. A seguir, os principais resultados e aprendizados desta área.
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1. Programa Dendê
O Programa Dendê atua especialmente nos municípios de Tailândia e Mojú, no Nordeste Paraense. Uma região de histórica exploração madeireira e degradação de seus recursos naturais, que atualmente se destaca como de grande potencial para o plantio de palma de óleo (Elaeis guineensis), tanto para fins alimentícios como para a produção de biodiesel. Desde 2007, a Agropalma, a maior produtora de óleo de palma para o mercado de produtos alimentícios do Brasil, e o Instituto Peabiru constroem
uma relação de parceria, por meio do Programa Dendê. Este visa à melhoria da qualidade de vida das populações do entorno da empresa e de agricultores familiares com quem mantêm relação comercial. O Programa é composto por dois Projetos: 1) Indicadores de Sustentabilidade; e 2) Desenvolvimento Local da Vila dos Palmares.
As ações se caracterizam por seus mecanismos participativos, almejando o fortalecimento das organizações locais e o desenvolvimento das capacidades humanas. Este trabalho é realizado na medida em que as populações locais se tornam protagonistas dos
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processos de planejamento, negociação e implementação de ações para o desenvolvimento social, econômico e ambiental junto ao poder público e as companhias privadas da região, com
ênfase às questões de gênero.
1.1.Indicadores de Sustentabilidade
É um projeto que tem como estratégia o método de pesquisa-ação, no qual foi desenvolvido um sistema de monitoramento participativo. Para isto foi criado um Caderno Indicadores de
Sustentabilidade1 para medir a melhoria
da qualidade de vida e os impactos das relações comerciais entre 150 agricultores familiares, fornecedores de frutos de palma e a Agropalma. O monitoramento, realizado por 35 jovens (Pesquisadores
Socioambientais - PSA), filhos dos produtores, permite que seus resultados se tornem ferramentas para a reflexão da realidade vivenciada, oriente ações para a resolução de problemas, além de contribuir para a formação de futuros líderes locais. Entre os principais avanços se destacam:
• Melhor compreensão dos jovens
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Caderno Indicadores de Sustentabilidade está disponível para download no web-site do Instituto Peabiru.
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acerca de temáticas sociais, ambientais e econômicas, como esses temas se apresentam em suas realidades, e como se dá a articulação de estratégias para mitigar problemas;
• Aumento da capacidade individual dos jovens na articulação e mobilização local; aumento da responsabilidade dos jovens com os dados referentes à pesquisa e ao monitoramento dos Indicadores de Sustentabilidade; e maior capacidade de sistematização e análise dos dados de pesquisa; • Melhoria na auto-estima, com a melhor capacidade de expressão e apresentação de assuntos de interesse coletivo em
espaços públicos diversos; • Maior participação e envolvimento dos jovens nas reuniões e ações comunitárias; • Realização de três monitoramentos do Caderno de Indicadores de Sustentabilidade feitos pelos pesquisadores socioambientais (pesquisa e análises); e • Trinta e cinco jovens com certificado de iniciação em informática (Word, Excel, PowerPoint e Internet), direcionado para a sistematização e análise de pesquisa
qualitativa e quantitativa.
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Outros avanços referem-se ao Desenvolvimento Local e a articulação social das comunidades envolvidas, na busca de melhoria de qualidade de vida e bem estar social, conforme segue abaixo: • Curso de Informática, em implementação, na comunidade Soledade para 100 jovens articulados pelos Pesquisadores Socioambientais – PSA; • Ações de conscientização ambiental e sobre o uso de equipamentos de proteção individual (EPI), desenvolvidas nas comunidades Arauaí e Soledade pelos PSA; • Inserção de pautas referentes à melhoria de qualidade de vida
junto à diretoria da Associação de Desenvolvimento Comunitário do Ramal Arauaí; • Formação de novas lideranças: dois pesquisadores socioambientais são integrantes da nova diretoria da Associação de Desenvolvimento Comunitário do Ramal Arauaí, sendo um o tesoureiro e outro vice-secretário; • Aproximação e fortalecimento da Associação de Desenvolvimento Comunitário do Ramal Arauaí junto aos pesquisadores socioambientais, como na parceria no desenvolvimento de ações referentes a melhoria de qualidade de
vida e bem estar social.34
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1.2. Desenvolvimento Local da Vila dos Palmares Trata-se de um projeto de desenvolvimento local, por meio da metodologia da Agenda 21 Local. Esta foi utilizada para construir, de forma participativa, o Plano de Desenvolvimento da Vila dos Palmares. Este é um instrumento de negociação, visando aumentar o acesso e o poder das organizações locais, para exigir os direitos básicos da comunidade. Para sua implementação o projeto busca o fortalecimento das organizações locais e o maior diálogo entre o setor privado e o poder público.
Entre os principais avanços destacam-se: • O processo de fortalecimento da Associação de Moradores do Distrito de Palmares – AMDP: a) há maior participação dos membros das diretorias nas reuniões e ações da associação; b) os membros das diretorias intervêm, de maneira mais enfática, nas tomadas de decisões da instituição, monitorando e cobrando os resultados das ações em andamento; c) as diretorias assumiram seu papel na organização, e estão esclarecidas quanto às ações a serem realizadas, e trabalham nos encaminhamentos necessários para
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o desenvolvimento das ações para a melhoria de qualidade de vida da Vila dos Palmares; • A Agenda 21 na Vila dos Palmares e a elaboração do Plano de Desenvolvimento apresentam-se como importantes na organização e articulação do movimento social local, para poder influenciar políticas locais e estaduais, como demonstram os avanços obtidos: a) no processo de regularização fundiária, onde foi criado o Distrito de Palmares e a Vila dos Palmares possui sua área reservada para ser integrada ao município de Tailândia pelo decreto nº328 de 20 de janeiro de 2012 ; b) no maior
acesso a serviços de saúde pública, com odontologista atendendo 4 vezes por semana e posto de saúde em construção; c) na ampliação da infraestrutura local, onde o alargamento das ruas e infraestrutura de calçadas já está sendo implementado; d) no maior acesso a direitos básicos, como água encanada na maioria das casas, segurança pública, serviços previdenciários etc. 36
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Hoje o Plano de Desenvolvimento é nossa principal ferramenta nas mãos de todos os representantes do governo. Agora todos já sabem o que os moradores da Vila dos Palmares querem para seu desenvolvimento”. Manoel Evangelista, Presidente do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadores Rurais - subsede Palmares, Tailândia
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Como resumo dos aprendizados, acreditamos que os desafios do Programa Dendê relacionam-se ao processo de lidar com os diferentes interesses e culturas das organizações envolvidas (empresa, terceiro
setor e comunidades). Outro desafio está na internalização dos aprendizados dos estudos realizados, para que reflitam nas práticas e políticas empresariais, bem como nas políticas públicas relacionadas à produção do biodiesel, à agricultura familiar e ao acesso aos direitos básicos das populações locais. Esses desafios são superados na medida em que há o estreitamento de parcerias, em que se promove a abordagem participativa, e se realizam os diálogos e as negociações em
prol do Desenvolvimento Sustentável.
2. Marco Zero: pesquisa científica na área do dendê
Entre 2010 e 2011, a PETROBRAS BIOCOMBUSTIVEL iniciou suas operações de produção de biocombustíveis na Amazônia. O Instituto Peabiru realizou, de forma pioneira, o levantamento de parâmetros preliminares para diagnósticos socioambientais em propriedades rurais de polos de desenvolvimento agrícola nos municípios de Mojú e Tailândia, Pará. Este trabalho, envolvendo cerca de 36 pesquisadores nas áreas social, arqueológica e ambiental 38
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(hidrologia, botânica, zoologia e microbiologia dos solos) resultou em um Marco Zero das operações na região, visando subsidiar o planejamento de atividades empresariais para o dendê, de maneira a minimizar seu impacto sociombiental.
3. Levantamentos Socioambientais – AMATA
Em 2011, o Instituto Peabiru elaborou um diagnóstico econômico, social, ambiental e institucional dos municípios de Castanhal, Ipixuna do Pará e Paragominas, no Pará, para a AMATA, empresa florestal especializada em
madeira certificada e que já convocara o Instituto Peabiru para ação anterior. Foi realizado levantamento de dados primários e secundários, da geração de índices, taxas, gráficos e mapas que servem para entender o comportamento de características socioeconômicas e ambientais da região.
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Para o Instituto Peabiru é prioritário promover a sustentabilidade segundo o conceito de economia verde, tema da Rio+20. O propósito é fortalecer a posição das comunidades rurais excluídas nas cadeias produtivas, ao mesmo tempo em que se valoriza a biodiversidade e os recursos socioambientais. O conceito geral é a teoria relacionada a cadeias de valor (value chain approach). Nossa prioridade é para o ecoturismo de base comunitária, as abelhas nativas e a discussão sobre o impacto da pecuária bovina extensiva.
1. Programa de Ecoturismo de Base Comunitária
O ecoturismo está presente no Instituto Peabiru desde sua origem, quando se denominava Instituto Peabiru de Ecoturismo. A partir de 2008 a instituição adota o conceito de Ecoturismo de Base Comunitária, evidenciando a participação das comunidades na gestão, tomada de decisão e acesso aos benefícios da atividade turística.
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O programa objetiva o fortalecimento do tecido social e o desenvolvimento das capacidades humanas por meio do turismo. Em 2011, contou com dois projetos: Cooperativa de Ecoturismo Comunitário de Curuçá (PA), financiado pelo Ministério do Turismo – Mtur; e Almeirim Sustentável: um novo paradigma de município verde, do Instituto Floresta Tropical – IFT, com apoio do Fundo Vale.
1.1. Almeirim Sustentável
Em 2011 o Instituto Peabiru iniciou o Programa de Ecoturismo de Base Comunitária no município de Almeirim e
deu continuidade em Monte Alegre, na região da Calha Norte, Pará. Inicialmente, foi realizado o Diagnóstico do Potencial Ecoturístico de Almeirim (PA): sede do município e comunidades tradicionais do Rio Amazonas. A seguir, foram realizadas duas oficinas de socialização dos resultados do diagnóstico (na sede
municipal e na comunidade de Bota Fogo,
onde representantes das comunidades de
Praia Verde, Nova Arumanduba, Bota Fogo
e Lago Branco participaram).
Nessas comunidades, cerca de trinta pessoas receberam capacitação em Ecoturismo de Base Comunitária. Todas as atividades do projeto foram
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planejadas de forma participativa com as quatro comunidades de Almeirim e as duas de Monte Alegre (Ererê e
Maxirazinho). Houve, ainda, a capacitação de aproximadamente quarenta e cinco pessoas de Almeirim e Monte Alegre por meio de oficina de Agentes
Socioambientais.
a. Regularização de empreendimentos turísticos Com a articulação do Instituto Peabiru, Almeirim recebeu, pela primeira vez em pelo menos dez anos, a visita técnica da PARATUR, órgão estadual de turismo.
Isso resultou na aproximação com o poder público municipal e no registro de empreendimentos turísticos no sistema nacional de regularização da atividade, o CADASTUR. Foi realizada reunião de esclarecimentos sobre o sistema; o registro de três meios de hospedagem (dos quatro existentes na cidade de
Almerim); e a inserção de três meios de hospedagem nos web-sites do Ministério do Turismo e da PARATUR. Além disto, em relação a Monte Alegre, foram realizadas reuniões conjuntas com PARATUR e SEMA para a formalização de Termo de Cooperação Técnica para ações na área do Parque Estadual de Monte
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Alegre – PEMA e na Área de Proteção Ambiental – APA Paytuna. Neste sentido, o Instituto Peabiru foi convidado a integrar os Conselhos Gestores do PEMA
e da APA Paytuna.
b. Intercâmbio de Ecoturismo de Base Comunitária Trinta e seis representantes das comunidades e representantes dos órgãos públicos envolvidos (SEMA estadual, Paratur e SEMA de Almeirim) participaram de intercâmbio de experiências em Ecoturismo de Base Comunitária, em Santarém, Pará.
Durante cinco dias, os comunitários e gestores municipais e estaduais conheceram comunidades localizadas às margens do Rio Arapiuns, para saber como elas estruturam o ecoturismo, em parceria com uma organização da
sociedade civil, o Projeto Saúde e Alegria.
c. Outros Resultados O Instituto Peabiru participou, ainda, de dois eventos sobre o tema: o Congresso
de Natureza, Turismo e Sustentabilidade
– CONATUS, Cuiabá, MT (outubro), e o Seminário de Ecoturismo de Base Comunitária nas Reservas Extrativistas, São Luís, MA (dezembro). Foi realizado
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um diagnóstico sobre o potencial de meliponicultura (criação de abelhas nativas), nas comunidades de Almeirim e Monte Alegre, para verificar a viabilidade desta cadeia de valor (vide o tema abelhas
nativas a seguir).
1.2. Ecoturismo Comunitário de Curuçá
Em 2011 o Instituto Peabiru concluiu em Curuçá, as ações do projeto de Ecoturismo de Base Comunitária, selecionado no Edital de Chamada Pública do Ministério do Turismo – MTUR. Como principais resultados, destacam-se:
• Formalização do grupo de jovens como pessoa jurídica – o Instituto Tapiaim; elaboração de Plano de Negócios participativo do Instituto Tapiaim; aumento da capacidade de influência do Instituto Tapiaim nas políticas públicas locais; jovens capacitados em turismo sustentável, cooperativismo, empreendedorismo e monitores de ecoturismo; e Instituto Tapiaim, selecionado no edital de novos membros da Rede Brasileira de Turismo Solidário e Comunitário – Turisol; • Divulgação do destino Curuçá, por meio de visita técnica para agentes de
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Como princípios que norteiam esse modelo de turismo,
destacam-se: este é planejado e desenvolvido a partir
das comunidades; é uma atividade estruturante e
complementar ao modo de vida local; facilita o intercâmbio
cultural e as oportunidades de aprendizado entre turistas
e comunitários; preza pela transparência em todas as
relações e pela divisão justa dos recursos financeiros; e
promove a conservação ambiental e o patrimônio cultural.
Princípios do Ecoturismo de Base Comunitária
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Passamos a conhecer e dar valor a natureza, pois esse intercâmbio deixou um conhecimento de como devemos cuidar do nosso meio ambiente. Em relação às comunidades do Rio Arapiuns, é um grande exemplo de vida para nós a humildade, a simplicidade, a união e a perseverança em seus projetos.” Comununidade de Praia Verde, Almeirim.
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viagens e jornalistas, e comercialização dos roteiros do Instituto Tapiaim por duas agências de turismo; • Aumento da auto-estima dos jovens envolvidos no projeto; surgimento de novas lideranças, uma vez que um membro fundador do grupo foi convidado a assumir cargo na Secretaria Municipal de Turismo; incentivo à continuação dos estudos, por exemplo, dois jovens ingressaram na Universidade Federal do Pará, no curso de Engenharia de Pesca;
• Reconhecimento pelo Órgão Oficial de Turismo do Pará – PARATUR e pela Prefeitura Municipal de Curuçá,
da experiência como modelo de boas práticas em ecoturismo de base comunitária.
2. Programa Abelhas Nativas
O Programa de Abelhas Nativas, envolve educação ambiental, oportunidade de incrementar a renda familiar dos agricultores e combate ao desmatamento e queimadas. Desde 2007, a instituição desenvolve o programa e atende cerca de 350 famílias rurais no Pará e Amapá. As abelhas nativas, também conhecidas como abelhas sem ferrão, são os principais polinizadores de espécies de
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grande interesse local, como o açaí, o cacau e frutos regionais, contribuindo para a conservação dos ecossistemas naturais. Entre os principais resultados de 2011 estão:
2.1. Povos Indígenas do Oiapoque
A partir do Plano de Vida dos Povos Indígenas do Oiapoque, a ONG The Nature Conservancy convidou o Instituto Peabiru a fortalecer a capacidade das quatro etnias indígenas da Terra Indígena do Oiapoque – Palikur, Karipuna, Galibi Marworno e Galibi Kalinã – a manejar as
abelhas nativas. Com o apoio da FUNAI, foram capacitados 80 indígenas em manejo e criação de abelhas, e realizadas inúmeras discussões para a formação de equipe técnica indígena para liderar a organização da cadeia de mel na região. A aldeia Açaizal2 , da etnia Karipuna, tornou-se modelo do projeto. Os 39 indígenas que participaram da capacitação manejam um meliponário de 38 caixas. O nível da organização, o empoderamento no manejo das abelhas, o envolvimento de jovens, mulheres e crianças e a condução dada aos processos participativos, resultaram em experiência
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Açaizal está localizada na Terra Indígena Uaçá, na margem esquerda do Rio Curipi,
município de Oiapoque, Amapá. Tem população de 108 indígenas, organizados em cerca de 30 famílias
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que poderá ser replicada em outras aldeias, inclusive de outras etnias.
2.2. Comercialização de Mel dos Quilombolas do Amapá Em 2011, o Programa intermediou a comercialização de mel de duas comunidades quilombolas do Amapá – Mel da Pedreira e São Pedro dos Bois, apoiadas pelo Conselho das Comunidades Quilombolas do Amapá (CCADA). Foram vendidos 60 kg de mel para a AMATA BRASIL S/A como brinde empresarial. Em 2010, estas realizaram sua primeira venda para o Fundo Vale.
Há dez comunidades quilombolas produzindo mel, com cerca de 1000 caixas em uso.
2.3. Fortalecimento dos Produtores de Curuçá
Em 2011, o Programa Casa da Virada, retomou o fortalecimento dos produtores de mel, em Curuçá. Para ampliar e melhorar a organização dos produtores da região e aumentar a capacidade produtiva de mel e cosméticos derivados, a estratégia é fortalecer a capacidade de gestão da diretoria da Associação de Meliponicultures do Município de Curuçá – ASMELC. 50
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Esta possui 40 produtores associados, manejando cerca de 670 caixas de abelhas com capacidade de produzir uma tonelada de mel ao ano além de
inúmeros cosméticos.
2.4. Almeirim Sustentável
O Instituto Peabiru, em parceria com o Instituto Floresta Tropical (IFT), apoiados pelo Fundo Vale, realizou um diagnóstico sobre o potencial da meliponicultura em seis comunidades de Almeirim e Monte Alegre. Os resultados apontam para o grande potencial da atividade, acrescido
pelo fato de que há mais de 30 pequenos produtores, que apresentam, no entanto, baixo conhecimento técnico. A região da Calha Norte possui uma rica vegetação com vários ambientes diferentes o que
possibilita a produção de um mel único.
2.5. Outras ações
Com o apoio da SAMBAZON, parceira do Instituto Peabiru desde 2007, foram realizados estudos e assistência a outros grupos de produtores, como os de famílias ribeirinhas, nas Ilhas do Pará, em
Afuá, no Marajó, Pará.
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3. Pecuária Bovina Extensiva
Desde a década de 1980, o diretor geral, João Meirelles Filho, questiona a desatenção da sociedade brasileira perante o impacto da pecuária na Amazônia. Esta preocupação é ainda maior na medida que poucos relacionam o impacto social e ambiental da pecuária e o crescente consumo de carne do brasileiro e no contexto mundial3. Em 2011, o Instituto Peabiru concluiu um estudo, financiado pela Fundação AVINA, com a publicação de um artigo
(MEIRELLES & BARNEY, 2011), ainda disponível somente em língua inglesa, traduzido como: deliciosa bisteca de 500 gr. de carne amazônica, produzida por 7 kg de CO2, 7.000 litros de água, e salpicada com metano, é a receita ideal
para mudança climática.
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Segundo a FAO, o aumento previsto é de 71% para 2050.
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Referências Bibliográficas
O Instituto Peabiru participa do debate sobre responsabilidade socioambiental, sobre o investimento social, e sustentabilidade, por meio da Rede AVINA (da qual o diretor geral é líder-
parceiro desde 1999), do Fórum Amazônia Sustentável (desde sua fundação, da qual o
diretor geral é membro do Comitê de Ética) e de outros foros temáticos (Rede Gerco -
Rede Brasileira de Gerenciamento Costeiro,
Conselho Estadual de Turismo - PA, e de
conselhos de unidades de conservação).
Em 2011 o Instituto Peabiru participou da construção da agenda da sociedade civil para a Rio+20, como um dos representantes da Amazônia e, em parceria com o Grupo de Trabalho da Amazônia, Fórum Amazônia Sustentável e Vitae Civilis, realizou em Belém, reunião preparatória para a Rio+20, com apoio da Natura, AVINA e Fundo Vale.
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O Instituto Peabiru se vê como facilitador de processos de transformações sociais, para o qual emprega métodos participativos com os diferentes grupos e parceiros com que trabalha. O método participativo faz com que a aprendizagem seja um resultado natural do processo, gerando uma postura estratégica da sociedade local, capacitando-a para reagir e se adaptar às mudanças. (Buarque,S.C. 2008).
A metodologia participativa é um processo, uma maneira de trabalhar, que permite que se adquira o conhecimento por intermédio da participação e da
avaliação da experiência vivida. É uma ferramenta que favorece o envolvimento, a integração e a participação do grupo social, incentivando a espontaneidade e a criatividade, quebrando resistências e facilitando a assimilação e a compreensão dos contextos sociais. A metodologia participativa amplia a visão dos participantes sobre a importância de seus papéis na sociedade e nas organizações, tornando-se protagonistas dos processos de desenvolvimento e, desta forma, garantindo a continuidade das ações após termino do projeto.
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Uma das estratégias metodológicas é o método da pesquisa-ação. Como visto acima no Programa Dendê, os Pesquisadores Socioambientais participam do processo de elaboração da pesquisa, aplicação da pesquisa, levantam suas problemáticas, e o que deve ser aprofundado na pesquisa, refletem e discutem sobre os resultados as maneiras de se esclarecer ou resolver estas questões. Segundo Michel Thiollent (1985), a pesquisa-ação é um tipo de pesquisa social concebida e realizada em estreita associação com uma ação, ou a resolução de um problema coletivo. Nesta os pesquisadores e os participantes representativos da situação
ou do problema se envolvem de modo cooperativo e participante. A pesquisa-ação tem como característica principal a participação das pessoas implicadas nos problemas pesquisados e uma ação destinada a resolver o problema
em questão.
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Para cumprir o seu papel de facilitador técnico de processos de transformação social nos territórios de atuação, o Instituto Peabiru reúne recursos financeiros, humanos e materiais de diversos parceiros. Esse cenário demanda crescentemente a adoção de medidas de acompanhamento e controle dos recursos, para garantir perante financiadores, parceiros, associados e públicos preferenciais, os princípios da accountabillity: transparência e prestação de contas e tomada participativa de decisões.
Em 2011 o Instituto Peabiru realizou a sua mais profunda reestruturação
gerencial, financeira e contábil. Novas normas e procedimentos aprimoraram o controle gerencial e financeiro, principalmente em relação a: a) integridade e confiabilidade das informações e registros; b) mensuração dos processos e dos resultados comparativamente aos recursos empregados; c) controle e bom uso dos ativos; e d) fundamentação das tomadas de decisões estratégicas:
• Implantação de sistema de gestão contábil-financeiro – O Instituto Peabiru adquiriu, com recursos próprios, um novo sistema, o ERP Radar, desenvolvido pela WK Sistemas, pois: a) é utilizado por 59
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organizações parceiras e de referência (IFT, Imazon e Fundo Vale); b) oferece nível elevado de integração entre as áreas financeira, contábil e de orçamento. Sua implementação resultou em: (1) maior controle sobre a movimentação financeira; (2) demonstrativos contábeis just-in-time; e (3) melhor administração de impostos e encargos; (4) melhores relatórios gerenciais, mais ajustados à realidade da Instituição; • Melhor controle sobre adiantamentos – Novos procedimentos foram estipulados para adiantamentos de recursos para viagens e atividades, possibilitando maior controle sobre os
custos das atividades e viagens, e vincular a execução financeira às atividades previstas no plano de ação do projeto; • Implantação de Sistema de Administração de Pessoal – foi internalizado o departamento de pessoal, para o que se implantou o sistema de administração de pessoal Rubi, permitindo maior gerenciamento de folha de pagamento, férias, encargos e impostos e rescisões. • Ponto Eletrônico – foi implantado
o ponto eletrônico biométrico,
regulamentado pelo Ministério do
Trabalho. O investimento possibilita 60
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administrar horários de entrada e saída, gerenciar banco de horas, e economia de tempo da equipe responsável.
• Sistema Sumano – A equipe interna desenvolveu o Sumano – sistema de controle gerencial de processos e de informações geradas nos projetos. O sistema controla o uso e empréstimo de equipamentos, bem como permite realizar relatórios eletrônicos de atividades. Este último significa a possibilidade de pesquisas de resultados, ferramentas metodológicas, aprendizados, parceiros etc. Assim, as análises podem ser mais fundamentadas e complexas, e os
resultados comparados no tempo e
espaço, de forma rápida e fácil.
• Recursos Humanos – foram
estabelecidas novas políticas de
benefícios, com a aquisição de plano
de saúde, vale alimentação e, para os
coordenadores, vale combustível.
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Em 2011 o Instituto Peabiru persistiu em sua política de priorizar recursos de institutos empresariais e empresas, relacionados ao investimento social (AGROPALMA, Fundo Vale, Natura e
outros). A prioridade foi para a renovação de parcerias, o que foi bem sucedido com o Programa Casa da Virada, financiado pela PETROBRAS (Edital Público PETROBRAS Ambiental), e a continuidade de convênios com a AGROPALMA (desde 2007) e Fundo Vale, além de novo convite da AMATA. O bom desempenho da economia, certamente, favoreceu esta opção.
Participamos de editais públicos, sem sucesso em 2011. O planejamento de mobilização de recursos, e o monitoramento de oportunidades melhorou, permitindo ser mais criterioso nas oportunidades de mobilização de recursos. Por fim, avançou substancialmente a capacidade da equipe em elaborar propostas, com maior acuidade no planejamento orçamentário. Nos quase oito anos da organização no Pará foram realizados convênios com cerca de trinta fontes distintas, das quais, em 2011 havia doze financiadores, sendo oito empresas (ou institutos de empresas), duas organizações de cooperação
internacional e duas organizações da 63
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sociedade civil brasileira (AGROPALMA,
AMATA SA, Fundação AVINA, Fundo
Vale, Instituto Floresta Tropical – IFT,
Ministério do Turismo, Natura Cosméticos,
PETROBRAS BIOCOMBUSTIVEL,
PETROBRAS, SAMBAZON, Vitae Civilis, The
Nature Conservancy, VALE SA, Vitae Civils).
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Nos últimos 4 anos, entre receitas e doações, o Instituto Peabiru obteve os
seguintes faturamentos:
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Evolução do Faturamento
Ano Faturamento
2008 R$ 1.680.816,76
2009 R$ 1.308.751,35
2010 R$ 1.602.106,75
2011 R$ 2.439.465,52
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Em termos financeiros, os maiores
projetos em 2011 foram:
Item Valor
Programa Viva Marajó R$ 579.729,45
Programa Dendê R$ 427.501,62
Indicadores Tailândia R$ 410.122,00
Almeirim Sustentável R$ 185.607,41
Estudo sobre Cadeias de Valor do Marajó R$ 141.820,45
TOTAL R$ 1.744.780,93
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Em 2011, o Instituto Peabiru iniciou a estruturação do setor de comunicação institucional, para apoiar o fortalecimento da entidade, bem como as ações dos programas, com a divulgação e mobilização social. A abertura do edital de contratação de profissional da área foi o começo destes processos.
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1. Equipe Funcional A equipe funcional em 2011 se constituía de 17 funcionários e 4 estagiárias e 1 consultora, num total de 21 colaboradores, sendo 7 homens e 14
mulheres (66%).
DiretoriaJoão Meirelles Filho Diretor Geral
Maria José Barney Gonzalez Consultora de Fortalecimento Institucional
Suelen Carvalho Gerente de Comunicação
Aline Rafaella Sena Pinto Estagiária
Ana Carolina C. Vieira Assistente de Metodologias
Área temática de Desenvolvimento Local e Áreas
ProtegidasPrograma Viva MarajóCarlos Augusto Ramos Coordenador
Manoel Potiguar Assistente
Vivian Silva Assistente
Programa Casa da Virada
Richardson Frazão Coordenador
Paula Silva Assistente
Xavier Cardoso Auxiliar Administrativo
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Área temática de Responsabilidade Socioambiental Corporativa
Programa Dendê
Ana Carolina Vieira Coordenadora
Thiara Fernandes Assistente
Andrielle da Silva Estagiária
Área temática de Cadeias de Valor Inclusivas
Programa Ecoturismo de Base
Comunitária
Ana Gabriela Fontoura Coordenadora
Angela Kaxuyana Assistente
Programa de Abelhas Nativas
Richardson Ferreira Frazão Coordenador
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Hermógenes Oliveira Coordenador de Administração
Francinaldo Junior Gerente Financeiro
Maíra Parente Assistente Administrativo
Jane Pontes Auxiliar de Serviços Gerais
Rosani Silva Auxiliar de Serviços Gerais
Swellen Barbosa Estagiária
Cintia Santana Estagiária
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Associados Alberto GuedesEdney MartinsFernanda MartinsFrancisco VilaGilberto Meirelles NetoGilberto CabralHermógenes OliveiraJoão Meirelles FilhoJoão Marcos SilveiraJosé Pedro MeirellesLéo Sussumo OtaMaria José Barney GonzalezMaria Teresa MeinbergRichardson FrazãoRogério Ruschel
Rui Martins
Conselho DiretorJoão Meirelles FilhoHermógenes SáJoão Marcos Silveira
Gilberto Meirelles Neto
Conselho FiscalAlexandre Brandani FornariMario SattoZoraide Bertussi
Associados e Conselho Fiscal
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Referências Bibliográficas
BARBOSA, Rodrigo Amorim, Editor Técnico. Morte de pastos de brachiaria.
EMBRAPA Gado de Corte, 2006.
VERISSIMO, Adalberto, entrevista in RedeGife Online, Iniciativas em prol da
sustentabilidade precisam de inovação, transparência e foco na transformação
local para conseguir, GIFE, 14.5.2012
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ContatosInstituto PeabiruRua Ó de Almeida, 1083 Reduto66053-190 Belém Pará Brasil+ 55 (91) 3222 [email protected]