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www.metrojornal.com.br | [email protected] | www.facebook.com/metrojornal | @MetroJornal_SP MÍN: 17°C MÁX: 26°C ABC Terça-feira, 14 de abril de 2015 Edição nº 1.335, ano 6 Santo André proíbe frituras e refrigerantes nas escolas Fraude no DPVAT chega a R$ 28 mi Câmara aprova projeto de lei que veta alimentos com alto teor de açúcar e gordura nas cantinas. Tema vai para sanção do prefeito PÁG. 02 Segundo a PF, quadrilha agia em MG, RJ, BA, GO, ES e no DF PÁG. 04 Adeus a Eduardo Galeano e Günter Grass Autor de ‘As Veias Abertas da América Latina’, uruguaio morreu aos 74 anos; ganhador do Nobel, alemão tinha 87 PÁG. 10 SOB O DOMÍNIO DA DENGUE Dados do Ministério da Saúde mostram avanço da doença no país, principalmente em SP; 132 pessoas já morreram Luto na literatura Eduardo Galeano (1940-2015) Günter Grass (1927-2015) PÁG. 05 1º trimestre de 2014* 1º trimestre de 2015* 135.397 (26% do total) (56% do total) 460.502 Casos notificados, segundo o Ministério da Saúde Brasil São Paulo 257.809 35.141 * PERÍODO DE 4/01 A 28/03 QUE TAL UM CAFEZINHO? HOJE É O DIA INTERNACIONAL DELE. COMEMORE! PÁG. 08 Inimiga nº 1 da hora do recreio RECICLE A INFORMAÇÃO: PASSE ESTE JORNAL PARA OUTRO LEITOR

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MÍN: 17°CMÁX: 26°C

ABC Terça-feira, 14 de abril de 2015Edição nº 1.335, ano 6

sunny

hazy

snow rain partly sunny

cloudy sleet thunder part sunny/showers

showers

thunder showers

windy

Santo André proíbe frituras e refrigerantes nas escolas

Fraude no DPVAT chega a R$ 28 mi

Câmara aprova projeto de lei que veta alimentos com alto teor de açúcar e gordura nas cantinas. Tema vai para sanção do prefeito PÁG. 02

Segundo a PF, quadrilha agia em MG, RJ, BA, GO, ES e no DF PÁG. 04

Adeus a Eduardo Galeano e Günter Grass

Autor de ‘As Veias Abertas da América Latina’, uruguaio morreu aos 74 anos; ganhador do Nobel,

alemão tinha 87 PÁG. 10

SOB O DOMÍNIO DA DENGUE

Dados do Ministério daSaúde mostram avanço

da doença no país, principalmente em SP;

132 pessoas já morreram

Luto na literatura

Santo André proíbe

DOMÍNIO DA

Eduardo Galeano(1940-2015)

Günter Grass(1927-2015)

PÁG. 05

1º trimestre de 2014*

1º trimestre de 2015*

135.397

(26% do total)

(56% do total)

460.502

Casos notificados, segundoo Ministério da Saúde

Brasil São Paulo

257.809

35.141* PERÍODO DE 4/01 A 28/03

QUE TAL UM CAFEZINHO?HOJE É O DIA INTERNACIONAL DELE. COMEMORE! PÁG. 08

Inimiga nº 1 da

hora do recreio

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O QUE DIZ A LEI

FONTE: CÂMARA DE SANTO ANDRÉ

O QUE DIZ A LEIO QUE DIZ A LEIPrincipais pontos do projeto 144/13 aprovado pelos

vereadores de Santo André que restringe o comércio de alimentos nos estabelecimentos de ensino da cidade

Refrigerantes, massas folhadas, qualquer tipo de fritura, biscoitos recheados, pipocas industrializadas, sucos artificiais, produtos enlatados, produtos que contenham gordura trans, balas, pirulitos e gomas de mascar

Fornecimento de mostarda, maionese, ketchup e outros molhos calóricos também entram no pacote de proibidos

Escolas públicas e particulares da cidade ficam proibidas de comercializar para pessoas com menos de 18 anos os

seguintes alimentos:

O projeto sugere que esses alimentos sejam

substituídos por:

Sanduíches e sucos naturais, salgados assados, pelo menos dois tipos de frutas, água de coco, queijos magros, iogurtes e cereais

Para entrar em vigor, a lei precisa agora ser sancionada pelo prefeito Carlos Grana

ABC, TERÇA-FEIRA, 14 DE ABRIL DE 2015www.metrojornal.com.br |02| {FOCO}

1FOCO

O jornal Metro circula em 22 países e tem alcance diário superior a 18 milhões de leitores. No Brasil, é uma joint venture do Grupo Bandeirantes de Comunicação e da Metro Internacional. É publicado e distribuído gratuitamente de segunda a sexta em São Paulo, Brasília, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre, ABC, Campinas e Grande Vitória, somando 513 mil exemplares diários.

Editado e distribuído por Metro Jornal S/A. Endereço: Avenida Rebouças, 1585, Pinheiros, CEP 05401-909, São Paulo, SP, Brasil. Tel.: 3528-8500.O Metro jornal é impresso na Plural Editora e Gráfica Ltda.

EXPEDIENTE Metro Brasil. Presidente: Cláudio Costa Bianchini (MTB: 70.145) Editor Chefe: Luiz Rivoiro (MTB: 21.162). Diretor Comercial e Marketing: Carlos Eduardo Scappini Diretora Financeira: Sara Velloso. Gerente Executivo: Ricardo AdamoEditor-Executivo de Arte: Vitor Iwasso

Metro ABC. Editor-Executivo: Marcelo Camargo (MTB: 33.618) Coordenadora Comercial: Fabiana Segatto

A tiragem e distribuição desta edição são auditadas pela BDO.30.000 exemplares

FALE COM A REDAÇÃ[email protected]/4122-0503

COMERCIAL: 011/4122-0500

Os vereadores de Santo An-dré aprovaram projeto que proíbe venda de alimentos ricos em gordura e açúcar para crianças e adolescentes nas escolas. Coxinha, refri-gerante, balas e biscoitos re-cheados entram nesta lista do que não deve ser ofertado aos estudantes. A regra vale para estabelecimentos pú-blicos e privados de ensino.

O projeto segue agora pa-ra avaliação do prefeito Car-los Grana (PT), que pode sancionar ou vetar o tema. A matéria, de autoria do presidente da Câmara, Ro-naldo de Castro (PRB), tra-mitava desde 2013 na Casa.

“A proibição foi aprova-da por todos os vereadores e não traz custos ao poder executivo. Por isso acredito que não terá problemas em ser sancionada pelo prefei-to”, disse Castro.

O tema, porém, foi vetado em 2009 quando proposto pa-ra valer em todo o Estado. Pro-jeto semelhante foi aprovado pela Assembleia e mais tarde

descartado pelo então gover-nador José Serra (PSDB). A jus-tificativa na época foi de que a aplicação e fiscalização pelos agentes da Vigilância Sanitá-ria ficava inviável com concei-tos vagos sobre os alimentos.

Se aprovada pelo prefei-to, a proposta de Santo An-dré vai precisar ainda de re-gulamentação para estipular, por exemplo, penalidades pa-ra as escolas. O Executivo dis-se ter recebido o projeto nes-ta semana e que técnicos vão avaliar o conteúdo.

A presidente da Associa-ção de Escolas Particulares do Grande ABC, Valdineia Caba-laro, afirma que a maior par-te das unidades privadas já aboliu a “junk food” das can-tinas. “O problema é que são muitas leis e poucas ações pa-ra mudar atitude. Não adianta a gente proibir na escola e os pais levarem a criança depois para o fast food”, disse.

Junk food. Projeto aprovado pelos vereadores proíbe venda de alimentos como coxinha e refrigerante para crianças e adolescentes nos colégios públicos e privados da cidade

Câmara de Santo André veta fritura e doce nas escolas

VOX POP Você é a favor da proibição ?

“Acho interessante, isso acaba ajudando na saúde dos nossos filhos. Aprovo a medida, pois o meu come muito esse tipo de alimento.”

ERMINO DENIS, 47, GERENTE COMERCIAL

“Aprovo sim . Minha filha não tem costume de comer esses alimentos, mas sou favorável, pois ajuda na reeducação alimentar da crianças.”

MÁRCIA LORENZO, 50, CONSULTORA DE VENDAS

Pais também precisam mudarA nutricionista e professo-ra de gastronomia da Fa-culdade Anhanguera de São Caetano Giorgia Var-zoni apoia a iniciativa de Santo André. Ela afirma, porém, que é preciso ter boa alimentação também em casa. “A criança não es-

tá o dia todo na escola. A família precisa con-versar sobre o benefício dos alimentos saudáveis e, principalmente, dar o exemplo na mesa”, disse.

A nutricionista afirma que apresentar pratos co-loridos e com variedade de nutrientes ajuda a conven-cer a criança. “O pirulito, por exemplo, é colorido. A refeição saudável tam-bém pode ficar atrativa desta forma.” METRO ABC

Na mesa

VANESSASELICANI METRO ABC

As obras do piscinão Jac-quey, no Rudge Ramos, em São Bernardo, entraram nesta semana na metade dos trabalhos programados.

O reservatório está sendo concretado. A expectativa é que até junho tenha início o processo de cobertura. No lo-cal, será erguida área de lazer para a população vizinha.

Quando finalizado, o pis-cinão terá capacidade pa-ra armazenar 6,2 mil m³, o equivalente a sete mil cai-xas de água de mil litros. A intervenção faz parte do projeto Drenar, que execu-ta até 2016 obras para com-bate à enchentes em toda a cidade com investimento de R$ 600 milhões. METRO ABC

Piscinão. Cobertura deve ter início em junho

Concretagem começou nesta semana | TIAGO SILVA/METRO ABC

O Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental) entregou no final de semana a primeira fase de obras de recuperação do córrego Guai-xaya, na avenida das Nações. O projeto, de R$ 34 milhões, consiste na ampliação da ca-lha e na recuperação hidráu-lica do córrego. Até julho, se-rão finalizados outros dois trechos. METRO ABC

Guaixaya. Primeira fase fica pronta

1FOCO

Rocha Mattos

Ex-juiz é condenado a 17 anos Sentença da Justiça

Federal condenaJoão Carlos da Rocha Mattos

à prisão por lavagem de dinheiro e evasão de

divisas. Ele pode recorrer em liberdade. O ex-juiz já havia sido condenado a

12 anos por envolvimento em esquema de venda

de sentenças descoberto em 2003 pela PF.

Dólar + 1,74%%

(R$ 3,125)

Bovespa + 0,05% (54.240 pts)

Euro + 0,54%

(R$ 3,282)

Selic (12,75% a.a.)

Salário mínimo(R$ 788)

Cotações

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ABC, TERÇA-FEIRA, 14 DE ABRIL DE 2015www.metrojornal.com.br {FOCO} |03|◊◊

A Prefeitura de Santo André expandiu as vagas de esta-cionamento rotativas da Zo-na Azul. A partir deste mês serão ativadas outras 455.

Elas serão instaladas no entorno do Hospital Esta-dual Mário Covas, no bairro Paraíso, do Hospital Santa Helena, na Vila Alzira, e em trechos da avenida Queirós Filho, na Vila América.

Na região do Mário Co-vas, o sistema já está em funcionamento, com 146 pontos. A avenida Queirós Filho possui a sinalização de Zona Azul, porém ain-da faltam os parquímetros para entrar em operação. Serão 115 vagas. O entor-no do Hospital Santa Hele-na, que terá o maior núme-

ro delas, 194, ainda não foi sinalizado.

Nos últimos dois anos, Santo André viu dobrar a quantidade de estacionamen-tos rotativos. Eram 2.562 em 2013 e, com as novas vagas, chega neste ano em 5.000.

O sistema agrada ao co-mércio, que tem maior rota-tividade dos espaços para os clientes. Mas é alvo de recla-mação de muitos motoris-tas, que veem desaparecer a chance de parar gratuita-mente na rua.

Desde a semana passa-da, o preço da Zona Azul andreense subiu até 66%, dependendo do tempo esco-lhido. Parar por duas horas no Centro, por exemplo, pas-sa a custar R$ 4. METRO ABC

Zona Azul. Entorno dos hospitais Mário Covas e Santa Helena e parte da avenida Queirós Filho passam a contar com o estacionamento. Em dois anos, prefeitura dobrou número de vagas

Preço pela hora ficou mais caro desde semana passada | TIAGO SILVA/ METRO ABC

Sto. André vai ter mais 455 vagas rotativas

Sistema Rio Grande tem melhor volume do Estado | TIAGO SILVA/METRO ABC

A Sabesp (Companhia de Sa-neamento Básico do Estado de São Paulo) colocou em operação uma nova adutora que vai levar água do Siste-ma Rio Grande, na Billings, para a capital.

Esta será a primeira vez, desde o início de sua utiliza-ção em 1958, que a represa alimentará cidade fora do ABC.

A adutora de grande por-te liga o Parque Real, em Diadema, à região de Pedrei-ra, na capital. Ela levará água do Rio Grande para bairros

como Balneário São Francis-co, Cidade Júlia, Eldorado, Jardim Apurá, Jardim Guacu-ri, Jardim Rubilene, Jardim Selma e Pedreira. O investi-mento foi de R$ 7,6 milhões. A adutora tem 2,1 quilôme-tros de extensão e foi implan-tada com mão-de-obra pró-pria da companhia.Os bairros da capital eram antes atendidos pela Gua-rapiranga. O Sistema Rio Grande tem hoje o melhor nível de armazenamento no Estado, com 96,5% de sua capacidade. METRO ABC

Água. Billings passa a abastecer também a capital

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ABC, TERÇA-FEIRA, 14 DE ABRIL DE 2015www.metrojornal.com.br |04| {BRASIL}

Ao menos 39 pessoas foram presas durante a madruga-da de ontem em uma ope-ração da PF (Polícia Federal) que desmantelou uma orga-nização criminosa suspeita de fraudar pagamentos do DPVAT (seguro obrigatório).

O grupo inclui servido-res públicos, policiais ci-vis e militares, médicos, en-fermeiros, fisioterapeutas, dentistas e agenciadores de seguros.

A PF estima que o rom-bo aos cofres públicos pode chegar a R$ 28 milhões. A

operação Tempo de Desper-tar expediu 229 mandatos judiciais –41 de prisão– em Minas Gerais, Bahia, Rio de Janeiro, Goiás, Espírito San-to e Brasília.

Segundo a Polícia Fede-ral, a quadrilha agia de di-versas formas para a obten-ção do valor do benefício, tudo em nome de terceiros, que eram envolvidos sem o conhecimento do esquema. A ação incluía falsificação de assinaturas, laudos médi-cos, periciais e até boletins de ocorrência para o paga-

mento do seguro em valores expressivos.

De acordo com o dele-gado Marcelo Freitas, em meio a diversos papeis de seguro fraudados, os inves-tigadores encontraram até documentos que compra-vam o pagamento do seguro DPVAT para uma pessoa que teria utilizado uma ocorrên-cia de maus tratos domésti-cos relativos à Lei Maria da Penha.

Os mandados judiciais fo-ram cumpridos em 33 cida-des de Minas Gerais, além de

outras duas da Bahia no mu-nicípio do Rio de Janeiro.

Os suspeitos poderão res-ponder por formação de quadrilha, falsificação e uso de documentos públicos, es-telionato e corrupção ativa e passiva.

A investigação foi con-duzida pela Polícia Fede-ral de Montes Claros, ci-dade do norte de Minas, onde a maioria dos envolvi-dos foi presa e também on-de foram constatados os primeiros casos de fraude.

METRO BH

ENTENDA COMO FUNCIONAVA O ESQUEMA DO DPVATCriminosos atuavam de quatro formas distintas

AJUIZAMENTO DE AÇÕES:

Advogados agiam sem o conhecimento das

vítimas, falsificando assinaturas e declarações

de residência, para dar entrada no seguro.

PAGAMENTO DE INDENIZAÇÕES PELA

SEGURADORA:O grupo utilizava a

seguradora oficial para o pagamento dos valores,

mesmo depois de ter sido negada a homologação por um juiz, diante da

constatação de indícios de fraude.

FORMALIZAÇÃO DE ACORDO SEM LAUDO PERICIAL:

Mesmo sem laudo da perícia da Polícia Civil, do IML ou com laudos falsificados, a

quadrilha formalizava acordos para o recebimento

do seguro. O pagamento ocorria mesmo sem registro

de acidente.

BOLETINS DE OCORRÊNCIA E ATESTADOS

MÉDICOS FALSOS:O requerimento do

seguro era realizado com base em boletins de

ocorrência fraudados por agentes policiais e em

laudos periciais médicos falsificados.

Corrupção. Quadrilha com profissionais de várias áreas agia em Minas Gerais, Rio de Janeiro, Bahia, Goiás, Espírito Santo e no Distrito Federal

PF descobre fraude de R$ 28 milhões no seguro DPVAT

PP APOIARÁ DILMA CONTRA REDUÇÃO DE MINISTÉRIOS. O Partido Progressista (PP), presidido pelo sena-dor Ciro Nogueira (PI), um dos políticos acusados na Operação Lava Jato, deve ficar ao lado do Palácio do Planalto e votar contra a proposta que limita em 20 o número de ministé-rios. A proposta é conside-rada uma das mais popu-lares, mas a cúpula do PP avalia que o PMDB “joga para a torcida” e que o Le-gislativo não deve se me-ter nesse assunto.

QUEM É O PAI. A PEC 299/13, que limita o número de ministérios, é de autoria do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

CARTÕES GASTADORES. Apenas nos três primei-ros meses do ano, o go-verno Dilma conseguiu gastar R$ 9,12 milhões com os cartões corporati-vos. A conta é nossa.

ESPELHO MEU. As relações entre o ex-deputado An-dré Vargas e o publicitá-rio Ricardo Hoffman, da agência Borghi Lowe, que levaram ambos à prisão, foram reveladas nesta co-luna, em primeira mão, no dia 6 de abril de 2014.

DE ESTADO, NÃO. Obama se dispôs a receber Dilma em visita de Estado, com pompa e circunstância, mas em 2016. É que os EUA só recebem duas vi-sitas do gênero por ano, e as de 2015 estão reser-vadas para Japão e China.

FORA DO RUMO. Dilma atra-palha a articulação política de Michel Temer, que tem evitado temas polêmicos, ao criticar a redução da maioridade penal só para dar uma bajulada nos pe-tistas. Ela deveria consul-tas as pesquisas, antes.

O CANECO É NOSSO. A cam-panha “A pegada do Car-naval é usar camisinha”, de combate à Aids, que a agência Feeling fez para a secretaria de Saúde de Mi-nas, foi considerada uma das melhores do mundo pela revista Archive.

DILMA NO GUINNESS. Em menos de um mês, Dil-ma foi alvo de uma coisa rara no mundo: duas ma-nifestações com um total de 3,5 milhões de pessoas pedindo sua saída e cha-mando seu governo de corrupto. Um recorde.

COM GABRIEL GARCIA, RODRIGO VILELA E TIAGO VASCONCELOSWWW.DIARIODOPODER.COM.BR

PODER SEM PUDORSem contestações

Filiado à Arena, Horário Vargas quase se deu mal ao apoiar o candidato do MDB à prefeitura de Pon-ta Grossa (PR), em 1976. O partido se reuniu pa-ra expulsá-lo, mas na ho-ra agá ele nem sequer foi

admoestado.- Você tinha muito apoio? – quis saber um repórter, intrigado.- 38 – respondeu o políti-co, secamente.- Votos?- Cano longo, carga dupla. 

“É MUITA GENTE QUE

ESTÁ NA RUA, INSATISFEITA”.

MOREIRA FRANCO, EX-MINISTRO, PARA QUEM DILMA NÃO DEVE USAR

ARITMÉTICA PARA AVALIAR PROTESTOS

Política

Ciro Nogueira | DIVULGAÇÃO

CLÁUDIO [email protected]

Caixa e Saúde apuram denúnciasDepois de a Caixa Econômi-ca Federal anunciar que vai apurar as denúncias contra o banco surgidas na 11ª fase da Operação Lava Jato, o Ministé-rio da Saúde publicou ontem no Diário Oficial da União que também abriu uma comis-são interna para examinar as suspeitas.

Contratos com ambos os órgãos teriam beneficiado o ex-deputado André Vargas

(sem partido-PR), um dos três ex-parlamentares presos na última sexta pela PF (Polícia Federal).

Sobre a Caixa, a in-vestigação aponta que a agência de publicidade Borghi Lowe, que atendia o banco, depositava dinheiro em empresas controladas por Vargas. O pagamento foi fei-to por empresas subcontrata-das. Ontem a Caixa anunciou

ter suspendido os pagamen-tos de serviços prestados pela IT7 e pela Borghi Lowe.

Vargas teria recebido R$ 2,4 milhões em espécie de Alberto Youssef. O pagamen-to foi anotado em duas notas frias que a contadora do dolei-ro emitiu para a IT7 Sistemas, de Leon Vargas (irmão do ex--deputado, também preso). A mesma IT7 recebeu, só em 2013, R$ 50 milhões da Caixa.

André Vargas também te-ria atuado no Ministério da Saúde: de acordo com a Jus-tiça, ele mediou um contrato entre o Ministério e a empre-sa Labogen, que Youssef usava para enviar dinheiro ilegal pa-ra fora do Brasil.

Os outros dois ex-deputa-dos, Luiz Argôlo (SDD-BA) e Pedro Corrêa (PP-PE), são in-vestigados no âmbito da cor-rupção na Petrobras. METRO

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ABC, TERÇA-FEIRA, 14 DE ABRIL DE 2015www.metrojornal.com.br {BRASIL} |05|◊◊

EVOLUÇÃO DA DENGUEBRASIL SÃO PAULO

EVOLUÇÃO DA DENGUE

“O Estado de São Paulo jáse encontra em situação de epidemia

porque ultrapassou os 500 casospor 100 mil habitantes”

Arthur Chioro(MINISTRO DA SAÚDE)

“Epidemia é um conceitoque cabe a Sucen avaliar. Estamos

colocando 500 agentes de saúde e 30 médicos para atuar contra a dengue”

Geraldo Alckmin(GOVERNADOR)

AVANÇO DA DENGUEEstados que vivem

epidemia (casos por 100 mil habitantes)

AM

RR

PA

AP

BA

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1º TRIM.2014

1º TRIM.2015

135.397

460.502

é o aumento de casos de 2015 em relação a 2014

é o aumento de casos de 2015 em relação a 2014

240% 633%

PARTICIPAÇÃO DE SÃO PAULO NO TOTAL

FONTE: MINISTÉRIO DA SAÚDE

NÚMERO DE CASOS NÚMERO DE CASOS

1º TRIM.2014

1º TRIM.2015

2015 em relação a 2014

56%26%

Balanço divulgado pelo Mi-nistério da Saúde mostra que São Paulo concentra mais da metade dos casos de dengue notificados no país e vive uma epidemia. Nos três primeiros meses do ano, o foram 257.809 notificações, um cresci-mento de 633% na compa-ração com o mesmo perío-do de 2014 (35.141).

Em todo o país, o mi-nistério já contabiliza 460.500 casos no ano, nú-mero 240% maior do que as 135.300 notificações re-cebidas no primeiro trimes-tre do ano passado. Isso sig-nifica que, em média, 215 brasileiros contraem den-gue por dia. Além de São Paulo, Acre, Goiás e Mato Grosso do Sul também en-frentam epidemia.

A confirmação de um quadro de epidemia gerou um bate boca entre o go-vernador Geraldo Alckmin (PSDB) e o ministro da Saú-de, Arthur Chioro. Ques-tionado sobre a epidemia, Alckmin questionou a me-todologia utilizada pelo ór-gão federal e afirmou que apenas a Sucen (Superin-tendência de Controle de Endemias), órgão ligado à Secretaria de Estado da Saúde, pode confirmar se o Estado enfrenta ou não uma epidemia. O governa-

dor disse, ainda, que 80% das contaminações ocorre-ram dentro de casas.

De acordo com os nú-meros do ministério, São Paulo já registra 585,5 ca-sos da doença para cada 100 mil habitantes. A OMS (Organização Mundial da Saúde) considera que, a partir de há 300 infectados para cada 100 mil habitan-tes, está configurada uma epidemia. Em nota, a Secre-taria da Saúde admite que 235 dos 645 municípios de São Paulo têm um índice epidêmico.

MortesDe acordo com o balanço do Ministério da Saúde, a dengue já causou 132 mor-tes neste ano–99 no Estado de São Paulo. Nos três pri-meiros meses do ano pas-sado, o Estado somava 15 mortes. METRO

Saúde. Ministério diz que Estado vive epidemia, com 585,5 casos para cada 100 mil habitantes. Secretaria admite epidemia em 235 cidades

Número de casos de dengue em São Paulo cresce 633%

Uma simples questão me-todológica é responsável pela divergência entre os dados sobre a dengue apre-sentados pelo Ministério da Saúde e pela Secretaria de Estado da Saúde.

Para o órgão federal, qual-quer notificação feita em hospitais ou postos de saúde é computada como um no-vo caso.

Ou seja, uma simples aná-lise clínica por parte de um médico que, na maioria dos casos, leva em conta o relato

de dores no corpo e o diag-nostico de febre alta, eleva as estatísticas.

Já para a Secretaria da Saúde, um caso só é contabi-lizado após a doença ser con-firmada com a realização de um exame de sangue (soro-logia), que poderá compro-var a infecção pelo vírus da dengue. Essa divergência entre metodologias dificul-ta o mapeamento do total de infectados e, como con-sequência, o planejamento das ações. METRO

Estado e ministério têm metodologia distintas

Leia mais sobre a situação da dengue no Brasil em: www.metrojornal.com.br

A Prefeitura de São Paulo colocou em funcionamento mais quatro tendas de apoio para atendimento aos casos suspeitos de dengue.

Já estão em funciona-mento novas tendas nos bairros Jaraguá, M’Boi Mi-rim e Cidade Ademar. A da Freguesia do Ó será inaugu-rada na manhã de hoje.

A primeira estrutura da capital foi instalada ao lado da UBS Jardim Vista Alegre, na Brasilândia na última se-gunda-feira. Entre segunda e sexta-feira, foram atendi-das 858 pessoas.

De acordo com a Secre-taria Municipal da Saúde, outras quatro estruturas devem começar a funcio-nar até a próxima sema-na nos bairros da Lapa, Rio

Pequeno, Vila Manchester e Itaquera.

O governo estadual tam-bém prometeu reforçar o combate à doença. O go-vernador Geraldo Alckmin (PSDB) afirmou ontem que estuda implantar tendas médicas com o apoio das prefeituras.

Na última sexta-feira, o prefeito da capital, Fernan-do Haddad (PT), já havia di-to que estava negociando uma parceria com o Esta-do para implantar as novas estruturas.

O governador prometeu também destinar uma equi-pe de 500 agentes de saúde, 30 médicos, 150 atomizado-res e 50 veículos para auxi-liar no combate da dengue.

METRO

Prefeitura instala mais quatro tendas na cidade

Contraponto Profissionais da saúde também discordam quanto ao método mais eficiente para divulgar os casos de dengue.

‘Notificações indicam tendência’O biólogo e mestre em saúde pública João Paulo Correia Gomes afirmou que notificações e casos confirmados são informações diferentes, e ambas devem ser divulgadas. “As notificações são importantes porque mostram os resultados de análises médicas e dão uma previsão sobre o que acontecerá com o número de confirmações.” Gomes acredita que a confirmação do vírus é necessária, mas demorada. Com as notificações, os médicos têm noção da proporção da doença e podem iniciar o tratamento dos pacientes.

‘Ideal é aguardar confirmação’ A infectologista do hospital Edmundo Vasconcelos Graziella Hanna Pereira acre-dita que os casos confirmados dão uma visão mais confiável sobre o avanço do vírus no país. “Esses casos com certeza são de dengue.” Segundo ela, uma noti-ficação é apenas uma desconfiança, não garante a presença da doença. “Os ca-sos notificados não são necessariamente dengue, são uma suspeita. O melhor seria divulgar apenas os casos confirmados para manter a autenticidade e não informar uma estimativa da realidade.”

257.809casos foram notificados no Estado de São Paulo de janeiro a 28 de março, de acordo com balaço do Ministério da Saúde

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ABC, TERÇA-FEIRA, 14 DE ABRIL DE 2015www.metrojornal.com.br |06| {ECONOMIA}

A Caixa Econômica Federal realiza até sexta (17) a Se-mana Auto Caixa, com ta-xas promocionais a partir de 1,09% ao mês para o finan-ciamento de automóveis. Se-gundo informações do Banco Central, a taxa média ofereci-da pelo banco na modalidade de 23 a 27 de março era de 1,69% ao mês. No mesmo pe-ríodo, as principais institui-ções financeiras cobravam

juros mensais entre 1,48% (HSBC) e 1,93% ( Bradesco).

A taxa média de juros pa-ra financiamento de veícu-los vem acompanhando o movimento de alta da Selic. Em março, a taxa subiu para 2,01% ao mês, ante 1,77% em igual mês de 2014, segundo a Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças)

O Crédito Auto Caixa fi-nancia a compra de motos ou carros, novos ou usados, na-cionais ou importados, com parcelamento em até 60 me-ses e até 90% do valor do veí-culo.  Para obter uma avalia-ção de crédito na agência, o cliente deverá apresentar do-cumento de identidade, CPF e comprovantes de residên-cia e renda. No site do banco (www.caixa.gov.br), o cliente pode simular as condições do financiamento. METRO

O número de consumido-res inadimplentes no mês passado aumentou 3,76%, na comparação com março de 2014. O resultado repre-senta uma aceleração em relação à alta de fevereiro (2,33%), mas fica muito pró-ximo da variação de março de 2014, quando houve au-mento de 3,46%.

Hoje, 37,5% da população brasileira entre 18 e 95 anos estão negativados em bancos ou outros serviços que impli-cam pagamento de boletos, como água, luz e telecomuni-cações. São 54,7 milhões de brasileiros endividados, se-gundo dados divulgados on-tem pelo SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito) e pe-la Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas.

Para os economistas do SPC Brasil, a atual cenário de inflação elevada, alto cus-

to das taxas de juros e piora dos dados de emprego e de renda tem dificultado o pa-gamento das contas de um modo geral. Por outro lado, houve um recuo na deman-da e na oferta de crédito, o que tende a frear o consumo de bens dependentes do cré-dito e, consequentemente, reduzir a inadimplência.

O setor bancário concen-tra a maior fatia do total de dívidas em atraso no banco de dados do SPC Brasil, com 47,71% das pendências da ba-se. O comércio vem em se-gundo lugar, com 20,42% do total. A maior contribuição para a alta anual de 3,46% da inadimplência veio jus-tamente do setor de bancos, que além de concentrar boa parte das dívidas, apresentou variação acima da média, de 4,55%, em relação a março do ano passado. METRO

Calote. Inadimplência avança mais em março

Carro. Caixa dá desconto em financiamento até sexta-feira

Para facilitar a vida dos qua-se 5 milhões de microem-preendedores individuais (MEI) do Brasil, o Sebrae e o Buscapé assinaram parceria para lançar o Qipu (www.qi-pu.com.br), aplicativo gra-tuito disponível para iOS, Android e Windows Phone, que ajudará a controlar pe-lo celular ou pela sua versão web todas as obrigações das microempresas.

“Os microempreende-dores ainda não contavam com uma ferramenta ami-gável e gratuita para organi-zar a movimentação e para lembrá-los das obrigações, como o Documento de Ar-recadação do Simples Na-cional (DAS) e a declaração anual”, assinala o presiden-te do Sebrae Nacional, Luiz Barretto. METRO

Microempresa. Novo aplicativo facilita gestão

Economistas consultados pe-lo Banco Central reduziram a projeção para a inflação nes-te ano pela primeira vez após 14 semanas de alta. Segundo a pesquisa semanal Focus di-vulgada ontem, a estimativa para o IPCA ao final de 2015 caiu a 8,13%, contra 8,2% no levantamento anterior.

Apesar da queda, a ex-pectativa para os preços administrados, a princi-pal fonte de pressão, conti-nua sendo de alta de 13%. Em março, o IPCA acelerou a 1,32%, maior taxa para o mês em duas décadas, devi-do principalmente à pres-são dos preços da energia, acumulando em 12 meses avanço de 8,13%.

A meta do governo é de 4,5%, com margem de 2 per-centuais para mais ou me-nos. Se a previsão do merca-do para a inflação de 2015 (de 8,13%), o IPCA atingirá o maior patamar desde 2003, quando ficou em 9,3%.

O dólar também preo-cupa em relação à inflação, mas a perspectiva dos ana-

listas de mercado para o fim de 2015 foi mantida em R$ 3,25, inalterada ante a pes-quisa anterior.

Para o final de 2016, os es-pecialistas calculam o IPCA a 5,6%, com alta de 5,5% dos ad-ministrados, sem alterações em relação à semana anterior. A previsão para o dólar, tam-bém mantida, é de R$ 3,30.

Com o alto nível de infla-ção, os economistas consul-tados no Focus veem mais uma alta de 0,50 ponto per-centual na Selic, atualmente em 12,75%, na reunião do fi-

nal deste mês do Copom (Co-mitê de Política Monetária). Eles também continuam vendo mais uma elevação, de 0,25 ponto, na reunião de junho, com a Selic sofrendo corte em novembro para ter-minar o ano no patamar de 13,25%. Em relação a 2016, a projeção continua apontan-do a Selic a 11,5%.

Em relação ao PIB, a pre-visão para este ano no Focus continua sendo de uma con-tração de 1,01%. Para 2016, a perspectiva é de expansão de 1%, contra 1,1% antes. METRO

Pesquisa. Economistas consultados pelo Banco Central reduziram projeção de variação do IPCA de 8,2% para 8,13%. Apesar da queda, indicador continua acima do teto da meta

ESTIMATIVAS PARA 2015

FONTE: BANCO CENTRAL

5

6

7

8

9

1022720136272013630231692JANEIRO FEVEREIRO MARÇO ABRIL

INFLAÇÃO, EM %

6,56

8,13 -1,01%

R$ 3,25

13,25%AO ANO

6,6 6,676,99 7,01 7,15 7,27 7,33

7,477,77

7,938,12 8,13 8,2 PIB

DÓLAR

SELIC

Analistas de mercado cortam previsão de inflação após 14 altas

Índice de preço da 3a idade sobe 4,16%O IPC-3i (Índice de Preços ao Consumidor da Tercei-ra Idade), que mede a va-riação de preços da ces-ta de compras de pessoas com mais de 60 anos, re-gistrou inflação de 4,16% no primeiro trimestre do ano. A taxa dobrou em relação ao quarto tri-mestre de 2014, quan-do variou 2,02%, segundo FGV (Fundação Getulio Vargas).

A principal contribui-ção para alta partiu de habitação, cuja taxa pas-sou de 1,94% para 6,88%. O item que mais influen-ciou o comportamento do grupo foi tarifa de ener-gia, que variou 35,11%, no primeiro trimestre, ante 6,77%, no anterior. METRO

Custo de vida

Mais de 54 milhões de brasileiros estão endividados | LEANDRO MARTINS/FUTURA PRESS

Dólar sobe a R$ 3,12 com dados ruins da economia chinesaO dólar fechou em alta, após dados mostrarem queda sur-preendente das exportações da China. A moeda norte--americana subiu ontem 1,74%, a R$ 3,1245 na venda, anulando grande parte da queda acumulada na sema-na passada, de 1,86%.

As exportações da Chi-na caíram 15% em março, a maior queda em cerca de um ano, ante estimativas de alta de 12%. “As exportações da China tiveram uma que-da inesperada em março, e isso está afetando moedas li-gadas a commodities e o real está indo na esteira do movi-mento”, disse à “Reuters” o estrategista-chefe do Banco Mizuho, Luciano Rostagnov.

No mercado acionário, a Petrobras chegou a disparar 7% com notícia sobre venda

de fatia na Braskem, embora tenha sustentado ganho for-te, conforme segue a expecta-tiva de divulgação do balanço auditado de 2014 no final da semana. As preferenciais ter-minaram em alta de 3,81% e as ordinárias subiram 4,99%.

O declínio no setor de educação e nos papéis da Vale, no entanto, contra-balançou o avanço de Pe-trobras. Com isso, o Ibo-vespa fechou com alta de apenas 0,05%, a 54.239 pontos. METRO

Homens trabalham em siderúrgica na China | REUTERS

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ABC, TERÇA-FEIRA, 14 DE ABRIL DE 2015www.metrojornal.com.br {MUNDO} |07|◊◊

Cuba e EUA acabam de fa-zer história na 7ª Cúpula das Américas com o aper-to de mãos dos respectivos presidentes, Raúl Castro e Barack Obama. Agora vem a parte mais difícil. “Não vamos nos enganar. Te-mos um monte de diferen-ças”, disse Raúl Castro, de 83 anos, inimigo dos EUA durante a maior parte de sua vida e que ainda criti-ca as políticas do governo norte-americano.

O embargo econômico dos EUA, que bloqueou qua-se todo o comércio entre as duas nações nas últimas cin-co décadas, se mantém fir-me. A situação dos direitos humanos em Cuba ainda é desdenhada por Washing-ton, e a política externa nor-te-americana é motivo de desprezo por parte de Hava-na. A estrada ainda é longa. E esburacada. METRO

Para presidente de Cuba (esq), ainda há muito o que fazer | REUTERS

Pós-Cúpula. ‘Não vamos nos enganar, temos um monte de diferenças’, diz Raúl Castro

O passageiro morto em um acidente em uma atração com carros esportivos no Walt Disney World, domin-go, na Flórida, foi identifi-cado como o instrutor Gary Terry, de 36 anos, um expe-riente gerente da atração Exotic Driving Experience.

Ele estava no Lamborghi-ni que bateu na mureta após o motorista Tavon Watson, de 24 anos, perder o contro-le. Watson foi levado ao hos-

pital apenas com ferimentos leves. A velocidade estimada era de 160 km/h.

Não é necessário ter ex-periência como piloto para guiar os carros da atração, que conta ainda com Ferra-ris, Audis e Porsches. A ve-locidade máxima varia de acordo com a experiência do piloto. Um instrutor de direção profissional fornece orientações sentado no ban-co do passageiro. METRO

Disney. Instrutor morre em atração com carros velozes

Sebastián Dávalos, filho da presidente do Chile, Michel-le Bachelet, depôs ontem na sede do Ministério Público de Rancágua. Foi a primeira aparição pública de Dávalos desde que ele abandonou o cargo de diretor Sociocultu-ral do governo após a reve-lação de um empréstimo mi-lionário do Banco do Chile feito à sua mulher, Natalia Compagnon, para a realiza-ção de negócios imobiliários.

Dávalos é investigado por uso de informações pri-vilegiadas e tráfico de in-fluência na compra de ter-renos na cidade de Macahlí, no sul do país, que foram valorizados após um proje-tos de reutilização do solo.

Michelle Bachelet negou qualquer conhecimento da negociação. “Não tenho ne-nhuma ligação com nada disso”, afirmou ela. METRO

Chile. Filho da presidente depõe sobre tráfico de influência

Michelle Bachelet: “Não tenho nenhuma ligação” | DIVULGAÇÃO

Um homem negro de 44 anos foi morto no último dia 2 de abril após um po-licial que o abordou ter - supostamente por engano - usado uma pistola no lu-gar de uma arma de cho-que não letal para atingi--lo. O caso foi divulgado somente ontem pelas au-toridades do Estado do Ok-lahoma (EUA), onde acon-teceu o incidente.

Segundo o vídeo divul-gado, Eric Harris, suspeito de venda ilegal de armas, correu após ser abordado por policiais. Ele já estava imobilizado quando Ro-bert Bates, um policial da reserva de 73 anos, dispa-rou, pensando estar ma-nuseando a taser - arma de choque que não mata, apenas atordoa a vítima.

“Oh, eu atirei nele. Eu sinto muito”, grita Bates, desesperado, após per-ceber que havia atingido Harris com um tiro de pis-tola. Harris chegou a ser socorrido, mas não resis-tiu. O vídeo foi registrado pelas câmeras que alguns dos agentes carregavam nos óculos e divulgado a pedido da família do ho-

mem morto. As imagens foram analisadas por um especialista, que identifi-cou “lapso e confusão au-tomatizada” como as cau-sas do incidente.

Na semana passada, Walter Scott, um homem

negro de 50 anos, foi ba-leado nas costas e morto por um policial depois de ter sido parado por um su-posto delito de trânsito.

METRO

Por engano. Policial da reserva teria confundido arma de choque com pistola e atirado em homem após perseguição em Oklahoma

Eric Harris, 44, foi baleado por Robert Bates, 73 (destaque) | REPRODUÇÃO/REUTERS

Negro é morto após policial se atrapalhar com armas nos EUA

Veja o vídeo no metrojornal.com.br

Leia análise no metrojornal.com.br

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ABC, TERÇA-FEIRA, 14 DE ABRIL DE 2015www.metrojornal.com.br |08| {ESPECIAL}

ESPECIAL+

Você pode até não gostar e recusar, mas, certamen-te, já ouviu muitas vezes a pergunta ‘aceita um cafezi-nho?’ E continuará ouvin-do, porque o café é indiscu-tivelmente uma preferência nacional. É a segunda bebi-da mais consumida no Bra-sil, perdendo apenas para a água, segundo dados de um levantamento recente da Abic (Associação Brasileira da Indústria de Café).

Depois de uma retração de -1,23% em 2013, a indús-tria agora comemora um crescimento de 1,24%. E cor-re para atender um con-sumidor de gosto cada vez mais refinado e exigente.

Por isso, o que você de-ve ouvir cada vez menos é aquela velha conversa, de que o melhor café vai para fora do país. “Essa informa-ção há tempos já perdeu a validade”, garante Nathan Herszkowicz, diretor execu-tivo da Abic. Além de ser o maior produtor do mundo,

o Brasil foi reconhecido re-centemente também como maior produtor de grãos de alta qualidade. E boa parte dessa produção permanece por aqui, de acordo com o diretor da Abic.

QualidadeA qualidade do produto no país melhorou impulsiona-da pelo crescimento no con-sumo, afirma Herszkowicz. “Em 2000 não havia no mer-cado brasileiro nenhum ca-fé do tipo gourmet, hoje são mais de 250 marcas”.

Uma pesquisa do Insti-tuto Nielsen de 2014 apon-ta que 98% dos lares brasi-leiros têm café. O preferido, que representa 92% do con-sumo, é o tipo tradicional. Mas, mesmo esse, mais co-mum, melhorou. “Impure-zas representam menos de 2%”, diz o diretor da Abic

Dia Internacional do Café. Segunda bebida mais consumida do Brasil, o café está presente em 98% dos lares; a indústria comemora o crescimento do mercado e corre para atender um consumidor cada vez mais exigente

A qualidade do produto no país melhorou impulsionada pelo crescimento do consumo | ANDRÉ PORTO/METRO

Vai um cafezinho?

CARLOSMINUANOMETRO SÃO PAULO

Coado ou expresso?

CafeínaQual café tem mais

cafeína, o expresso ou o coado? A substância representa de 1 a 2,5% de cada grão de café.

É a última a ser extraída nos diversos modos de preparo. Quanto mais tempo a água fica em

contato com o pó, mais cafeína será extraída. No expresso, a água

fica em contato com o pó em torno de 20 a 30

segundos. No café coado, a água fica em contato

com o pó cerca de quatro minutos. Ou seja, a conta

é simples, o coado tem bem mais cafeína.

14

36

2

553

Estamos acostumados a classifi car o café como uma bebida que acompanha nossas refeições simples, mas ele é usado na composição de diversos produtos

METRO

Com café, sim, senhor!

BalaTem gente que gosta tanto de café que além de tomá-lo, compra ba-las e as consome ao longo do dia.

MacaronO doce francês se ren-deu aos encantos do in-grediente brasileiro. Os macarons também incluem o café como uma opção de sabor vendável.

CervejaQuem diria que café com-binaria com cerveja... Mas, de fato, são bebidas com-postas por ingredien-tes fortes e podem ser hamonizados.

LicorIdeal para ser servido depois das refeições, o licor de ca-fé, além de digestivo, é saboroso.

Chocolate

Contrastar o sabor bem doce do chocolate com o amargo do café é ir-resistível para os fãs das duas iguarias.

Sorvete

O sabor do café vai muito bem no sorvete. Para os que gostam da sobremesa, vale a pena experimentar.

“Garçom, a conta, por favor. Ah, e pode trazer um cafezi-nho também!”. É fato que al-guma vez na vida você já dis-se ou ouviu alguém dizer essa frase quase que canoni-zada nos restaurantes e ba-res do Brasil. Mas é impor-tante perceber que o café entrou na onda da “gourme-tização” nos últimos anos e passou a ser uma bebida va-lorizada, diversificada e tam-bém um ingrediente inte-ressante na composição de outros tipos de alimentos.

Combinações com caféO chef francês Emmanuel Bassoleil, do Hotel Unique, em São Paulo, explica que existem combinações que podem parecer inusitadas, mas que são interessantes.

“Pensar em café é pensar em chocolate e sobremesa, mas já tive experiências re-centes que provaram que o ingrediente pode ser usado perfeitamente na harmo-nização de pratos salgados”.

Segundo Bassoleil, os fru-tos do mar são os alimentos que têm menos afinidade com o café, já que é muito forte em comparação a eles. Na verdade, as carnes que mais combinam são as ver-melhas porque têm um teor parecido. E não pense no café como bebida acompa-nhante: na realidade, o pó

vai na composição dos mo-lhos do tempero da carne. Experimente!

É comum polvilhar quei-jo ralado, orégano, ou um tempero convencional no processo de finalização de um prato, mas você sabia que o café também pode ser usado? Segundo o chef, um risoto fica ótimo quan-do polvilhado um pouco de café em cima no prato. “Além de harmonia no sa-bor, o aroma também co-labora para agradar o pala-dar”, ressalta.

Os doces também entram no cardápio. Bassoleil indica acrescentar o pó de café às massas de cookies ou até uti-lizá-lo numa calda de waffle.

O chef finaliza as dicas frisando a importância do café para a cultura brasilei-ra. “O brasileiro nunca valo-rizou o produto como agora. O café do Brasil é conhecido mundialmente, a maioria admira o país por ser o pai desse ingrediente”. METRO

Alimento polivalente“O café do Brasil é conhecido mundialmente. A maioria admira o país por ser o pai desse ingrediente” EMMANUEL BASSOLEIL, CHEF DE COZINHA 2

ESPECIAL+

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ABC, TERÇA-FEIRA, 14 DE ABRIL DE 2015www.metrojornal.com.br |10| {CULTURA}

2CULTURA2CULTURA

‘True Detective’

Estreia simultânea

Estrelada por Vince Vaughn (foto) e Colin

Farrell, a segunda temporada da série vencedora de cinco prêmios Emmy tem

estreia marcada para 21 de junho. No Brasil,

o canal pago HBO vai exibir a nova leva de episódios simultaneamente

aos EUA.

Morre Günter Grass, Nobel de Literatura

O escritor em 2009 fumando seu tradicional cachimbo | REUTERS

O escritor alemão Günter Grass, conhecido por livros de forte crítica ao passado nazis-ta de seu país natal, morreu ontem, aos 87 anos. Vencedor do Prêmio Nobel em 1999, ele havia sido internado na sema-na passada com uma infecção respiratória.

Um dos escritores alemães contemporâneos mais conhe-cidos no mundo, o escritor in-centivou o debate e o ques-tionamento das atrocidades cometidas durante a Segunda Guerra e fez uso da poesia e da ironia para tratar da situa-ção atual da política.

“Ultimamente se fala mui-to do perigo de uma Terceira Guerra Mundial. Às vezes me pergunto se não começou há tempos, de uma forma distin-ta”, afirmou em entrevista da-da em fevereiro deste ano ao jornal alemão “Neue Westfä-lische”, sobre os conflitos na

Ucrânia e na Síria.Nascido em 1927 em

Gdansk, Grass foi duramente criticado por ter admitido em 2006, no livro “Descascando a Cebola”, ter integrado ainda na adolescência a SS, a elite do exército de Hitler, duran-te a Segunda Guerra Mundial.

Após o fim da guerra ele se mudou para Paris, onde começou a escrever seu pri-meiro e mais conhecido ro-mance, “O Tambor”, publica-do em 1959. Grass também escreveu poemas e peças tea-trais, mas ficou marcado por seus longos livros como “Pas-so de Caranguejo” (2002) e “A Ratazana” (1986).

Em 2012, o autor acusou Israel de prejudicar a paz por guerrear contra o Irã, sendo acusado de antissemita. Grass parou de escrever em 2014 devido à saúde fragilizada. METRO BRASÍLIA

Autor ajudou Alemanha a se reconstruir no pós-guerra“O Tambor” (1959) perma-nece como a obra mais ex-citante e influente de Gün-ter Grass, tendo inspirado “Os Filhos da Meia-Noite” (1981), de Salman Rushdie, e “O Mundo Segundo Garp” (1978), de John Irving. Ele foi uma instituição públi-ca da literatura alemã por mais de 50 anos e foi tam-bém o herdeiro natural dos grandes autores da primeira metade do século 20, como

Bertolt Brecht, Franz Kafka e Thomas Mann. Em 1945, a Alemanha estava em ruí-na moral, espiritual e social assim como as cidades bom-bardeadas. Grass tomou co-mo missão dar vida nova à língua alemã e reconstruir a compreensão do país sobre a democracia. Ele é um dos arquitetos centrais da con-fiança, tolerância e paz da Alemanha de hoje. Todos os romances dele foram best-sellers em seu país natal, o que é raro quando se trata de obras de literatura séria.

Análise

JULIANPREECEProfessor de literatura alemã na Swansea University, do Reino Unido

Conhecido por criar tratados poéticos sobre a situação po-lítica e social da América La-tina, Eduardo Galeano mor-reu na manhã de ontem, em Montevidéu, no Uruguai, aos 74 anos. Internado desde a semana passada para tra-tar de complicações de um câncer de pulmão, o escri-tor se orgulhava de ter fica-do em paz com o mundo no fim da vida.

Sua obra mais conhecida se mantém sendo “As Veias Abertas da América Latina”, lançado em 1971. Nele, Ga-leano, faz uma análise polí-tica e econômica da América Latina desde o colonialis-mo até a contemporaneida-de – tema a que o jornalista e escritor uruguaio dedicou toda sua obra. “Eu não co-nhecia como achava”, disse em 2014.

BiografiaNascido em Montevidéu, em 1940, em uma família de classe média, desde a adoles-cência Galeano se associou a movimentos de esquerda,

tendo começado sua carreira no jornalismo aos 20 anos.

Foi preso três anos depois com o início da ditadura no país, e se refugiou na Argen-tina – onde passaria a ser perseguido a partir de 1976. Foi na Argentina que escre-veu “Veias Abertas”. Galea-no se refugiou na década de 1980 na Espanha, quan-do escreveu a trilogia “Me-mória do Fogo”. Ele é autor também de “Dias e Noites de Amor e de Guerra” (1978), “O Livro dos Abraços” (1989) e outros.

Galeano só voltou para o Uruguai em 1985. Ele se en-volveu ao longo da vida na luta pela punição dos mili-tares responsáveis pela di-tadura. O câncer de pulmão de Galeano foi diagnostica-do em 2007, retirado às pres-sas e voltou a se manifestar apenas este ano. O escritor foi casado quatro vezes e te-ve três filhos.

Luto. Responsável por extensa obra sobre cultura e política da região, escritor uruguaio Eduardo Galeano morreu ontem de câncer de pulmão

BRUNOBUCIS METRO BRASÍLIA

Livros imperdíveis

As Veias Abertas da América Latina. Clássico da esquerda, analisa cinco séculos da história do imperialismo no continente americano.

Trilogia Memória do

Fogo. Os livros analisam a cultura latina de maneira

poética.

O Livro dos Abraços. Composto por delicados contos, o livro aborda a América Latina a partir de momentos do cotidiano.

Como o senhor vê a situação do Uruguai no momento?O Uruguai sempre foi mara-vilhoso, especialmente no co-meço do século 20. Foi um dos primeiros países a validar a lei do divórcio, a estabelecer a separação entre o Estado e a Igreja, a proteger o direito dos trabalhadores. Durante a ditadura, aconteceu um re-trocesso. Antes, existia como norma a confiança na palavra de um cidadão, mas, duran-te o regime militar, a menti-ra começou a imperar. Foram anos tenebrosos, mas esta-mos nos recuperando agora, tentando estabelecer um ver-dadeiro sentido de democra-cia e apostar na diversidade.

O senhor vê a legalização da maconha no Uruguai co-mo parte dessa política de diversidade?Sim, mas não só isso. A legali-zação é o primeiro passo rea-lista para se combater o trá-fico. Qualquer outra solução não passa de hipocrisia. A po-lítica atual de combate às dro-gas vê o usuário como delin-quente. Mas usuários não são criminosos, e sim, doentes. Como doentes, precisam de tratamento e não de cadeia. Então, o sistema atual não funciona, isso já foi provado e testado à exaustão. Então a iniciativa que o [ex-presiden-te José] Mujica estabeleceu foi

uma atitude radical, viável e funcional de acabar com esse problema.

Como o senhor e Mujica se conheceram?Nos conhecemos há muitos anos e nos tornamos muito bons amigos. Ele é uma pes-soa fascinante, que tem calor humano e é isso que o dife-rencia de outros políticos.

Como foi escrever seu último livro, “Os Filhos dos Dias”?O processo da escrita é o mes-ma para mim. Tento manter sempre o elemento poético, porque acredito que há poe-sia em tudo na vida. Desde quando comecei a escrever, com influências de Juan Car-los Onetti e Ambrose Bierce, nada mudou: a poesia da lin-guagem é o que me move. É ela que faz a vida bela.

ALEX LACERDAMETRO BELO HORIZONTE

Pensador da América Latina morre aos 74

EDUARDO GALEANOEm uma entrevista inédita, o escritor falou

ao Metro Jornal sobre a necessidade de respeito social, a poesia como combustível essencial para

a vida e sua amizade com José Mujica

O uruguaio Eduardo Galeano

ANDRESSA ANHOLETE/METRO BRASÍLIA

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ABC, TERÇA-FEIRA, 14 DE ABRIL DE 2015www.metrojornal.com.br {CULTURA} |11|◊◊

Cantor aposta em músicas com versos polêmicos | DANIEL BOCZARSKI/GETTY IMAGES

O visual é gótico e um tan-to esquisitão, como de cos-tume. Já a rebeldia, Marilyn Manson vem tentando do-mesticar – embora, na se-mana passada, segundo o site TMZ, ele tenha levado um soco em um restauran-te no Canadá após xingar uma mulher. Seja como for, em “The Pale Emperor”, seu nono disco de estúdio, o ro-queiro norte-americano de 46 anos tenta se reinventar.

Depois de explodir na dé-cada de 1990, Manson viu a força do seu trabalho dimi-nuir nos últimos anos. Para mudar isso, ele tem tenta-do transformar velhos hábi-tos, como o alto consumo de drogas, e aposta em novas iniciativas como ator: recen-temente, ele participou das séries “Californication” e “Sons of Anarchy” abrindo mão da maquiagem pesada que lhe é peculiar.

O nome do novo álbum é uma referência a Constâncio 1º, imperador romano do sé-culo 4 conhecido como “O Pálido”. O trabalho foi dedi-cado a sua mãe, Barbara, que morreu em 2014.

Nele, Manson deixa de

lado os sons eletrônicos de seus últimos discos e sur-preende com canções com um toque de blues.

“The Pale Emperor” foi produzido pelo próprio can-tor e por Tyler Bates, que já trabalhou com trilhas sono-ras de filmes como “Guar-diões da Galáxia”.

As dez faixas do disco al-ternam vozes sussurradas com gritos, além de serem permeadas por menções sa-tânicas – “é melhor acreditar no inferno”, diz um trecho.

A primeira delas, “Kil-ling Strangers”, já traz ver-sos sinistros, como “We got guns, you better run” (“nós temos armas, é melhor vo-cê correr”). Em seguida, vem “Third Day of a Seven Day Binge”, que foi gravada em apenas uma tomada, eviden-ciando o aspecto rústico de algumas canções.

“Birds of Hell Awaiting” é marcada por uma intro-dução assustadora, enquan-to “Cupid Carries a Gun” já é conhecida por ser tema da série de TV “Salem”. Ele fe-cha com “Odds of Even”, mais lenta e com voz arras-tada. METRO RIO

“THE PALE EMPEROR”

MARILYN MANSONLAB 344

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FESTA MACABRA

Ciarán Hinds encarna Júlio César na série | DIVULGAÇÃO

Vencedora de sete prêmios Emmy, a série “Roma” es-treia hoje na Band. Exibida originalmente na TV paga entre 2005 e 2007, a super-produção, que leva as assina-turas de HBO, BBC e RAI, re-trata a ascensão e a queda de Júlio César no Império Ro-mano no período que vai dos anos 52 a.C. a 44 a.C.

Elogiada pelo realismo com que reconstruiu esse pe-ríodo histórico, a série tem o ator Ciarán Hinds na pele do imperador. O elenco traz ainda Kevin McKidd, James Purefoy e Kerry Condon.

Com 22 episódios no to-tal, as duas temporadas de “Roma” serão exibidas de terça a sexta-feira sempre à meia-noite. METRO

TV. Série ‘Roma’ estreia hoje na Band

Música. Marilyn Manson lança seu nono disco, ‘The Pale Emperor’, em busca do sucesso alcançado na década de 1990

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ABC, TERÇA-FEIRA, 14 DE ABRIL DE 2015www.metrojornal.com.br |12| {PUBLIMETRO}

Leitor fala

ProtestoNo domingo tivemos a oportunidade de ver um protesto contra um partido político e a insatisfação contra um go-verno. A maioria saiu às ruas para pe-dir a saída da presidenta Dilma e a ex-tinção do Partido dos Trabalhadores. Acabar com um partido não vai dimi-nuir a corrupção, tirar um presiden-te do seu cargo não coloca o candidato derrotado. Acorda Brasil, vamos fiscali-zar sim, temos esse direito e é o nosso dever. Mas vamos parar com o discur-so superficial.MÁRCIO FERNANDES - SÃO BERNARDO

Parque CentralExcelente a iniciativa de Santo André em trazer novamente shows para o Parque Central. Estava presente no do-mingo quando Pitty e outros cantores fizeram uma grande e bela festa aos 462 anos da cidade.CLAÚDIO NUNES - SANTO ANDRÉ

Final Sempre teremos pelo menos um time grande na final do campeonato paulis-ta, não me recordo de assistir a uma final com dois times do interior. Es-se ano a final será boa, não importa quem passar, será um grande clássico. RUBENS TOLEDO - SÃO BERNARDO

Caso sinta necessidade de mais autonomia e desprendimento de padrões, busque fazer isso

com paciência e sem ignorar lugares e pessoas.

Não deixe que suas obrigações impeçam de aproveitar prazeres e momentos especiais com

as pessoas que mais gosta.

O exercício da sua fé, a dedicação a temas espirituais e prazeres culturais serão

bem-vindos para compensar desgastes da rotina.

Fará muito bem dedicar atenção a temas que revitalizem o seu emocional, como terapias,

temas espirituais, meditação e exercícios.

É essencial saber se colocar no lugar das pessoas e valorizar suas experiências para compreender

atitudes sem opinar precipitadamente.

Dia mais propício para se desapegar do que não serve, sejam objetos ou mesmo

relações. Algo que fará muito bem para novas prioridades.

Propensões maiores a empenho em estudos e atividades culturais. Temas

que funcionam como um elixir aos sagitarianos.

Boa ocasião para expressar as emoções e surpreender quem gosta com atitudes prestativas.

Tende a estar mais sentimental.

Momento para superar algumas cismas e receios ligados à vida amorosa. Nada de se culpar

por algo que não eu certo ou situações antigas.

Hoje vale a pena incrementar um pouco mais de diversão ao dia, especialmente se estiver

sobrecarregado em obrigações.

Situações mais intensas e exposições de sentimentos marcarão o convívio com

quem se relaciona ou se estiver em paquera.

Fará bem uma dedicação extra ao seu habitat, família, vizinhança e tudo que faça

parte da sua história para preservar bons sentimentos.

Horóscopo Está escrito nas estrelas www.estrelaguia.com.br

Caso sinta necessidade de

Os invasores

Cruzadas

Sudoku

Soluções

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Papo de propaganda

JOÃO [email protected]

João Faria é jornalista e sócio-diretor da Agência Cidadã

MARKETING EM ESCULTURASA escultura é a materialização física de uma imagem ou ideia. Na publicidade, a direção de arte tem um papel relevante na comunicação entre marcas e con-sumidores. Alexandre Leonato, sócio-diretor de cria-ção do ALN studio, revela como uma marca pode ser transformada em obra de arte.

De que maneira as marcas podem criar campanhas através das esculturas?Existem algumas maneiras. Para eventos como pre-miações, criamos troféus com a logomarca da em-presa - ou apenas a obra dependendo do briefing - que se tornam conquistas pessoais e símbolos de sucesso na carreira. Tem ainda os brindes normal-mente usados para campanhas de divulgação em massa - para conhecimento ou reconhecimento de uma marca ou um personagem – e os presentes para os clientes que é uma forma de agradecimento e su-cesso pela parceria.

Como foi a ideia de transformar monumentos da cidade de São Paulo em esculturas?É muito comum as pessoas viajarem para outros paí-ses e trazerem lembranças ou mesmo colecionarem peças que lembrem monumentos e locais pitores-cos. Aqui no Brasil, a valorização da nossa história ainda é pouca. Minha intenção foi justamente enal-tecer as nossas origens. Recebo contatos de pessoas encantadas com as peças no sentido de nunca terem prestado atenção em detalhes, no interesse em co-nhecer mais sobre o local, a origem do nome, etc. É também uma forma do turista levar um pouco de nossa cultura e do nosso patrimônio histórico. Ima-ginei que se há o interesse numa Torre Eiffel, por-que não em uma Catedral da Sé. O desenvolvimento de uma peça se inicia na construção de um arquivo CAD, em seguida uma impressora 3D materializa es-se arquivo, que serve de matriz para confeccionar-mos uma forma que dará origem às cópias que serão pintadas a mão.

E o trabalho para os deficientes visuais?Participo de projetos de acessibilidade em espaços culturais da percursora Amanda Tojal e da maquetis-ta Dayse Tarricone, que proporcionam aos deficien-tes visuais um contato efetivo com as obras através de maquetes táteis. Obras de valor inestimável e ina-cessíveis a todos podem ser conhecidas e apreciadas através do toque por intermédio da tecnologia 3D. Até quadros são transformados em esculturas bidi-mensionais para que sejam conhecidas as formas e o contexto. Essas obras são acessíveis a todas as pes-soas, proporcionando aos que não possuem essa li-mitação, fechar os olhos e vivenciar a experiência única do sentir para ver.

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ABC, TERÇA-FEIRA, 14 DE ABRIL DE 2015www.metrojornal.com.br {CULTURA} |13|◊◊

Bruno & Marrone traz novos ritmos para São Bernardo

Nos últimos 14 anos a dupla foi a que mais tocou nas rádios | DIVULGAÇÃO

Ingressos à venda. Dupla fará show quinta no Restaurante São Judas Tadeu.

O Restaurante São Judas Ta-deu, em São Bernardo, rece-be quinta o show da dupla sertaneja Bruno e Marrone.

De acordo com o local ainda há entradas disponí-veis para três setores. Na compra do ingresso está in-cluso o serviço de jantar. As vendas são feitas no próprio restaurante.

A dupla mostra seu novo trabalho “Bruno & Marrone – Agora ao Vivo”, produzido no ano passado.

O DVD traz releituras de ritmos variados dos anos 70, 80, 90 e 2000 e apresen-ta o registro em vídeo de cinco faixas inéditas e 18 re-gravações, quatro delas ser-tanejas e o restante de ou-tros segmentos como pop e pagode.

Músicas como “Você me vira a cabeça” de Alcione e “Garçom”, de Reginaldo Rossi fazem parte do reper-tório, além de relembrarem sucessos como “Dormi na

Praça”e “Choram as Rosas”. Em 2011 a dupla anun-

ciou a separação temporá-ria devido a um acidente de helicóptero sofrido por Mar-rone. O cantor passou por um tratamento para se re-cuperar do trauma e retor-nou aos palcos após 80 dias.

METRO ABC

17é o número de CDs que a dupla já lançou em 28 anos de carreira

Restaurante São Judas Ta-deu (avenida Maria Servi-dei Demarchi, 174). Quin-ta. Abertura da casa às 20h. Ingressos: Setor Ver-de: R$ 240; Setor Rosa: R$ 180; e Setor Amarelo: R$ 150.

Serviço

O Teatro Municipal de San-to André recebe hoje, às 20h, o show de Kleber Albu-querque com o seu novo tra-balho “Psicoaudiocardiogra-ma”. A entrada é gratuita.

O cantor vem acompa-nhado dos músicos Este-van Sinkovitz e Rovílson Paschoal.

Das composições pró-prias de Kleber estão inclu-

sas no repertório “Passean-do Com Meu Cachorro” e uma versão funk “Passinho do Romano”, em parceria com Élio Camalle.

O cantor também traz músicas de Pinxinguinha flautista, saxofonista e com-positor brasileiro.

O Teatro fica na Praça 4º Centenário, s/nº, Centro.

METRO ABC

Terças Musicais. Kleber Albuquerque mostra novo álbum para Santo André

Kleber fará a quarta apresentação das Terças Musicais | DIVULGAÇÃO

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ABC, TERÇA-FEIRA, 14 DE ABRIL DE 2015www.metrojornal.com.br |14| {ESPORTE}

3ESPORTE A Federação Paulista de Fu-

tebol confirmou ontem que as duas semifinais do Cam-peonato Paulista aconte-cem no domingo. Em reu-nião realizada na manhã de ontem na sede da entidade, na zona oeste de São Pau-lo, ficou decidido que Co-rinthians e Palmeiras due-lam às 16h, em Itaquera. Às 18h30, Santos e São Paulo se enfrentam na Vila Belmiro.

As semifinais do Paulis-ta são disputadas em jogo único. Em caso de empate, a vaga é decidida nos pênal-tis. Corinthians e Santos são os mandantes dos confron-tos porque tiveram as me-lhores campanhas na pri-meira fase e nas quartas de final. Caso chegue à final, o Timão fará a segunda parti-da em casa.

Ficou acertado ontem que a torcida do Palmeiras terá direito a 1.800 ingres-sos na Arena Corinthians para o Dérbi de domingo.

“Vamos seguir nossa ideia de ter torcida visitante sempre. Como sempre que-remos que nossa torcida es-teja em qualquer estádio. Vamos receber. Ninguém cogitou torcida única”, disse

o gerente de futebol do Co-rinthians, Edu Gaspar.

Já o presidente do San-tos, Modesto Roma Júnior, explicou que a escolha pela Vila Belmiro foi feita a pedi-do dos atletas.

Sem patrocínioA Federação Paulista de Fu-tebol cancelou o contra-to de patrocínio da Crefisa e da Faculdade das Améri-cas – que estampavam suas marcas na camisa dos árbi-tros na reta final do Paulis-tão – após recomendação da Fifa. O problema é que as duas marcas também pa-trocinam o Palmeiras, o que configura conflito de inte-resses. METRO

Definição. Jogos serão na Arena Corinthians, às 16h, e na Vila Belmiro, às 18h30. Patrocínio da Crefisa à Federação é cancelado

Crefisa patrocinava Palmeiras e os árbitros | REGINALDO CASTRO/FOLHAPRESS

Semifinais do Paulistão acontecem no domingo

Serginho também joga pelo Sesi-SP | DOUG PATRICIO /BRAZIL PHOTO PRESS

PaulistãoSemifinais

16h - Itaquera

CORINTHIANS PALMEIRAS

18h30 - V. Belmiro

SANTOS SÃO PAULO

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Duas partidas abrem hoje as quartas de final da Liga dos Campeões da Europa. Às 15h45 (de Brasília), Atléti-co de Madrid e Real Madrid reeditam a final do último ano no estádio Vicente Cal-derón, casa do Atlético. No mesmo horário, a Juventus recebe o Monaco na Itália.

Amanhã, é a vez das úl-

timas duas partidas. Paris Saint-Germain e Barcelona se enfrentam na França às 15h45 (de Brasília). Porto e Bayern de Munique jogam em Portugal na mesma hora.

Os duelos de volta acon-tecem nos dias 21 e 22 des-te mês. METRO

Liga. Quartas iniciam hoje com dois jogos

Cristiano Ronaldo é o destaque do Real | DAVID RAMOS/GETTY IMAGES

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Olho no Rio

“Deixo aqui registrada a minha vontade de

representar o taekwondo e o Brasil nos Jogos Olímpicos de 2016”

ANDERSON SILVA, 39, LUTADOR DE MMA, EM CARTA À CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE TAEKWONDO. ATLETA COMEÇOU NAS

ARTES MARCIAIS NO TAEKWONDO E É FAIXA PRETA DA MODALIDADE

Líbero Serginho volta à seleção aos 39 anos

Entre os 25 nomes anuncia-dos pelo técnico Bernardi-nho para a disputa da Liga Mundial deste ano, um cha-mou a atenção na Seleção Masculina de vôlei: o líbero Serginho. Aos 39 anos, o jo-gador havia anunciado apo-sentadoria do grupo após os Jogos Olímpicos de 2012, em Londres – onde o Brasil ficou com a prata.

“Estou muito feliz. Uma convocação é sempre espe-cial, é um chamado. Fiquei longe desde Londres, estava como torcedor durante es-se tempo todo, e sei bem o tamanho da responsabilida-de que é defender o Brasil”, falou o atleta, que no do-mingo foi vice-campeão da Superliga defendendo o Se-si-SP. “Vou jogar pela minha família, pelos meus amigos e pelo povo brasileiro, que sempre me deu muito apoio e carinho”, completou o ca-misa 10 da Seleção na Olim-píada de 2004, 2008 e 2012.

O Brasil estreia na Liga Mundial no dia 29 de maio, contra a Sérvia, em Belo Hori-zonte. A equipe está no Gru-po A da competição, ao lado dos sérvios e também de ita-lianos e australianos. METRO

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ABC, TERÇA-FEIRA, 14 DE ABRIL DE 2015www.metrojornal.com.br |16| {ESPORTE}

Ficar a apenas dois centési-mos de uma medalha olím-pica. Essa foi a sensação vi-vida pelo nadador Bruno Fratus nos Jogos de Londres, em 2012. O atleta, que faz parte da equipe do Pinhei-ros, chegou em quarto lugar nos 50m livres, logo atrás do também brasileiro Cesar Cielo, que levou o bronze.

Quase três anos de-pois, o atleta deu o troco na mesma prova e conquis-tou o ouro no Troféu Ma-ria Lenk, disputado na pis-cina do Fluminense, no Rio de Janeiro, na semana pas-sada, deixando Cielo com a prata. Fratus comenta a vi-tória e a relação com Cielo.

Como você se preparou para essa competição?Foi a primeira vez na car-reira que eu não descansei e que eu não fiz polimento [treinos mais leves antes da competição] para um Tro-féu Maria Lenk. Eu vim de cabeça aberta, não sabia o que podia acontecer.

Como você avalia essa pro-va que lhe deu o ouro?Fiquei contente com o que vi no placar. Já nadei mais rápido, mas não estava des-cansado dessa vez. O obje-tivo aqui era assegurar mi-nha vaga no Mundial, e nadar na casa dos 21 se-gundos. Foi o objetivo es-tabelecido para as últimas competições. Nem sempre é possível, por ser uma ta-refa difícil. Mas ter feito is-so duas vezes no dia, e, de tarde, sendo 20 centésimos mais rápido, foi bem legal.

Você acha que existe uma rivalidade com o Cielo?Não tem briga com ele. É na-tural que eu queira bater na frente dele e ele na minha frente, assim como se fosse um nadador francês, ameri-cano, chinês ou australiano. O melhor que podemos fa-zer é evoluirmos juntos. E é o que acredito que tem acon-tecido. Nunca houve nenhu-ma falta de respeito ou ri-validade mais forte. É tudo dentro da água. Ficamos fe-lizes com o resultado do ou-tro. Crescer junto é o cami-

nho para chegar ao topo forte e trazer medalhas pa-ra o Brasil.

O quarto lugar em Lon-dres, muito próxi-mo do bronze, ainda te incomoda?Em 2012, incomodou um pouco naquele tempo logo depois dos Jogos. Mas hoje faz parte de algo que ana-lisei, aprendi e coloquei na gaveta da memória. Algo que hoje me faz ter certeza de onde estou indo.

Você passou por uma ci-rurgia em 2013. Se sen-te bem fisicamente agora e melhor do que naquele período?Me vejo bem melhor agora. Tenho trabalhado mais for-te, tenho sido mais maduro e estou tomando decisões mais conscientes. Me ma-chuquei por uma decisão infeliz de fazer coisas que passavam do meu limite fí-sico e de técnica. Mas hoje estou bem melhor.

Neste ano, o Troféu Maria Lenk foi realizado na pis-cina do Fluminense. Como você avalia essa estrutura?Não vou mentir: não é per-feita. Para um país que será sede da próxima Olimpía-da, ainda deixa um pouco a desejar em termos de es-truturas físicas. Mas a co-missão técnica está fazen-do o melhor possível, assim como o pessoal da CBDA [Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos], do Pinheiros e do Comi-tê Olímpico. O pessoal es-tá trabalhando para forne-cer a melhor condição. Não é o ideal, mas, em relação ao que era anos atrás, está muito melhor e evoluindo.

Na próxima edição do Tro-féu, no ano que vem, é im-portante que o torneio já seja disputado na piscina olímpica?Neste ano não era tão im-portante, mas no ano que vem isso é indispensável. Tem que ser na piscina olímpica, visando a prepa-ração para os Jogos.

BRADESCO ESPORTES FMPAULO CAMPOS/FOLHAPRESS

BRUNO FRATUSQuarto colocado na Olimpíada de Londres, dois centésimos atrás deCesar Cielo, o nadador do Pinheiros deixou o medalhista olímpico

para trás e venceu os 50m no Troféu Maria Lenk

‘NÃO TEM RIVALIDADE’VAI UMA LIMONADA AÍ?Sabem quando tudo começa complicado e parece que na-da vai dar certo? Pois é, foi assim que começou para mim o GP da Louisiana, mas no final fui para o pódio com o 2º lu-gar e fiquei muito feliz. Desde a sexta-feira os problemas fo-ram grandes, mas o importante é que a gente nunca desis-tiu, nunca deixou de trabalhar e é aquela grande verdade: “Quando a vida lhe dá limões, o melhor é fazer uma deli-ciosa limonada”. E foi o que aconteceu.

Por causa das chuvas, praticamente não tivemos o Practice 2 da sexta, foram cancelados o Qualifying e o warm-up e a corrida diminuiu de 76 para 47 voltas. E, pas-mem, apenas 21 em bandeira verde. O resto foi tudo sob bandeira amarela, inclusive a última.

Nada, realmente, indicava um resultado como es-se e a explicação não foi apenas o tempo instável, mas também pelo fato de ser uma pista nova. A gente che-gou a Nova Orleans quase sem referência, pois a pro-va do domingo foi a primeira da IndyCar nessa pis-ta. Com tantas variações, era preciso desenvolver um acerto para o seco e outro para molhado, mas quem disse que houve tempo?

Confesso que fui beneficiado com o cancelamen-to do Qualifying, já que o meu carro não estava muito bom na chuva. Como o grid acabou sendo formado a partir da classificação do campeonato, eu saí em 4º em razão do bom resultado de St. Pete. Não fosse isso, te-ria tido mais dificuldades.

Apesar de a chuva ter dado uma trégua na hora da corrida e de a largada ter sido antecipada em 45 mi-nutos, havia muita água na pista e os problemas co-meçaram assim que a bandeira verde foi dada. Eu larguei bem, pulei para 3º e cheguei a liderar. Na re-largada da volta 21, o Francesco Dracone, que era re-tardatário, acho que não me viu o jogou o carro de-le para cima do meu. Na batida, o bico do meu carro quebrou e caí para 20º lugar. Ou seja, era limão que não acabava mais na nossa cesta. Mas foi aí que co-meçou a preparação da limonada.

Mudamos a estratégia, antecipamos nossa tercei-ra parada em quatro voltas, o pessoal do pit foi fantás-tico e deu tudo muito certo. Tanto que, quando todo mundo parou, eu subi para 3º. Ainda houve a chance de pular para 2º e esse pódio, vou ser honesto com vo-cês, teve sabor de vitória, pois o que foi duro não foi brincadeira!

Agora já estou seguindo para Long Beach, onde nes-te domingo, 19, teremos a terceira prova do 2015 Ve-rizon IndyCar Series. Convido todo mundo para ficar ligado no BandSports a partir das 17h30 e espero ter um bom resultado para comemorar com vocês aqui na semana que vem.

Abração e vamos que vamos!!!

Opinião

HELIO [email protected]

Helio Castroneves, 39, nasceu em São Paulo e foi criado em Ribeirão Preto. É o piloto brasileiro com mais vitórias na Indy, com 29 conquistas, e venceu três edições da Indy 500 (2001, 2002 e 2009). Disputa em 2015 sua 17ª temporada na categoria e 15ª pelo Team Penske.

Fratus levou o ouro nos 50m do Troféu Maria Lenk

Duas das mais cobiçadas taças do circuito interna-cional de tênis, a Copa dos Mosqueteiros – erguida por Gustavo Kuerten três vezes em Roland-Garros – e a Copa Suzanne Lenglen para as campeãs de Paris, chegam hoje a São Paulo.

Os troféus chegam para enaltecer o “Rendez-Vous à Roland-Garros”, torneio qua-lificatório para brasileiros

que dá chance de entrada na chave juvenil do Grand Slam francês de 2015. A competi-ção vai de quinta-feira a do-mingo (16 a 19 deste mês) no clube Paineiras do Morumby. Os visitantes poderão ver os artefatos na final do torneio.

Roland Garros aconte-ce entre os dias 26 de maio e 7 de junho, com transmis-são exclusiva do BandSports.

METRO

Tênis. Taça de Roland Garros chega a São Paulo