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C/98/369 Bruxelas, 9 de Novembro de 1998 12560(Presse 369) 2129ª sessão do Conselho - ASSUNTOS GERAIS - Bruxelas, 9 de Novembro de 1998 Presidente:Wolfgang SCHÜSSEL Ministro Federal dos Negócios Estrangeiros da República da Áustria

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C/98/369

Bruxelas, 9 de Novembro de 199812560(Presse 369)

2129ª sessão do Conselho

- ASSUNTOS GERAIS -

Bruxelas, 9 de Novembro de 1998

Presidente:Wolfgang S CHÜSSELMinistro Federal dos Negócios Estrangeiros da República da Áustria

S U M Á R I O

PARTICIPANTES ............................................................................................................................ 3

PONTOS DEBATIDOS

AGENDA 2000 ................................................................................................................................ 5ALARGAMENTO .............................................................................................................................. 7RÚSSIA — CONCLUSÕES ............................................................................................................. 8RELAÇÕES COM A TURQUIA ....................................................................................................... 8NEGOCIAÇÕES COM A SUÍÇA — CONCLUSÕES ...................................................................... 9PROCESSO DE PAZ NO MÉDIO ORIENTE — CONCLUSÕES .................................................. 9BALCÃS OCIDENTAIS — CONCLUSÕES .................................................................................. 11BALCÃS OCIDENTAIS / CONDICIONALIDADE — CONCLUSÕES ........................................... 13REGIÃO DOS GRANDES LAGOS — CONCLUSÕES ................................................................ 16IRAQUE .......................................................................................................................................... 17AMÉRICA CENTRAL — FURACÃO MITCH.................................................................................. 17IMIGRAÇÃO CLANDESTINA .........................................................................................................18APLICAÇÃO DO TRATADO DE AMESTERDÃO ......................................................................... 18

PONTOS ADOPTADOS SEM DEBATE

RELAÇÕES EXTERNAS— Relações UE-EUA: Parceria Económica Transatlântica .............................................................. I— Acção de desminagem na Croácia ............................................................................................... I— Processo de Royaumont ............................................................................................................... I— Hungria — Conselho de Associação ............................................................................................ I— Polónia — Conselho de Associação ............................................................................................ II— República Checa — Conselho de Associação ............................................................................ II— Relações com Chipre e Malta ...................................................................................................... II— Processo de Paz no Médio Oriente — UNRWA ......................................................................... II

QUESTÕES ECONÓMICAS— Bulgária — Pescas ..................................................................................................................... III— PECO — aves de capoeira ....................................................................................................... III— Laos — têxteis ............................................................................................................................ IIIAnexo — Parceria Económica Transatlântica — Plano de Acção ................................................ IV

Para mais informações: tel. 285.87.04 — 285.74.59

Os Governos dos Estados-Membros e a Comissão Europeia estiveram representados do seguinte modo:

BélgicaErik DERYCKE Ministro dos Negócios Estrangeiros

DinamarcaNiels HELVEG PETERSENFriis Arne PETERSEN

Ministro dos Negócios EstrangeirosSecretário de Estado dos Negócios Estrangeiros

AlemanhaJoschka FISCHERGünter VERHEUGEN

Ministro dos Negócios EstrangeirosSecretário de Estado dos Negócios Estrangeiros

GréciaGiorgios PAPANDREOU Ministro-Adjunto dos Negócios Estrangeiros

EspanhaRamón DE MIGUEL Secretário de Estado da Política Externa e para a União

Europeia

FrançaHubert VEDRINEPierre MOSCOVICI

Ministro dos Negócios EstrangeirosMinistro dos Assuntos Europeus

IrlandaDavid ANDREWS Ministro dos Negócios Estrangeiros

ItáliaLamberto DINIUmberto RANIERI

Ministro dos Negócios EstrangeirosSecretário de Estado dos Negócios Estrangeiros

LuxemburgoJacques POOS Ministro dos Negócios Estrangeiros

Países BaixosJozias VAN AARTSENDick BENSCHOP

Ministro dos Negócios EstrangeirosSecretário de Estado dos Negócios Estrangeiros

ÁustriaWolfgang SCHÜSSELBenita FERRERO-WALDNER

Ministro dos Negócios EstrangeirosSecretária de Estado dos Negócios Estrangeiros

PortugalJaime GAMAFrancisco SEIXAS da COSTA

Ministro dos Negócios EstrangeirosSecretário de Estado dos Assuntos Europeus

FinlândiaTarja HALONEN Ministra dos Negócios Estrangeiros

SuéciaGunnar LUND Secretário de Estado junto do Ministro dos Negócios

Estrangeiros

Reino UnidoRobin COOK

Joyce QUIN

Ministro dos Negócios Estrangeiros e da CommonwealthSecretária de Estado no Ministério dos NegóciosEstrangeiros

• • •

ComissãoJacques SANTERManuel MARINJoão de Deus PINHEIROHans VAN DEN BROEKMonika WULF-MATHIESEmma BONINO

PresidenteVice-PresidenteComissárioComissárioComissáriaComissária

AGENDA 2000

O Conselho tomou conhecimento de um breve relatório de avaliação dos trabalhos realizados pelosórgãos do Conselho sobre os vários capítulos da Agenda 2000 desde a última reunião do ConselhoAssuntos Gerais de 26 de Outubro.

No que se refere aos instrumentos de pré-adesão , as orientações acordadas pelo Conselho na suaúltima sessão foram transpostas para os textos consolidados dos três regulamentos de pré-adesão:regulamento de coordenação, instrumento estrutural e instrumento agrícola. O Conselho tomouconhecimento de que, com a reserva de um Estado-Membro sobre o montante da assistência doinstrumento estrutural de pré-adesão, existe um acordo político de fundo sobre estes trêsinstrumentos.

O Conselho tomou igualmente conhecimento de que estão suficientemente avançados os trabalhossobre o AII (Acordo Interinstitucional sobre a disciplina orçamental e a melhoria do processoorçamental), sendo agora possível a análise técnica do projecto da Comissão em conjunto com oParlamento Europeu, não sendo no entanto de esquecer que algumas questões de ordem geralestão sujeitas ao resultado global das negociações da Agenda 2000.

No que se refere ao enquadramento financeiro , o Conselho tomou conhecimento de que os órgãosdo Conselho deram já início à análise técnica do relatório da Comissão sobre o funcionamento dosistema de recursos próprios, estando previstos para breve os trabalhos sobre o conceito daestabiliz ação das despesas das novas perspectivas financeiras, tal como sugerido no últimoConselho ECOFIN. Prosseguem também os trabalhos sobre o financiamentos da RTE com vista aoalcance de uma posição comum antes do final do ano.

Relativamente à reforma da CAP , que faz parte do acordo global sobre a Agenda 200, o ConselhoAgricultura foi instado a conseguir alcançar uma posição política clara na sua sessão de Novembro, atítulo de contribuição para a preparação do Conselho Europeu de Viena.

Relativamente aos fundos estruturais e de coesão , o Conselho analisou cinco questões específicasà luz dos trabalhos preparatórios dos órgãos do Conselho.

No que se refere à relação com as regras de concorrência, o Conselho tomou nota do acordo deprincípio de que as regiões cujo desenvolvimento continue a estar atrasado (Objectivo 1) deverão seras mesmas que as abrangidas pelo nº 3, alínea a), do artigo 92º. Relativamente à questão das áreaselegíveis para o Objectivo 2, essa áreas deverão corresponder às que beneficiam da assistência aoabrigo do nº 3, alínea c), do artigo 92º, devendo a Comissão preparar uma nova proposta para ir aoencontro dos pedidos dos Estados-Membros de uma margem de manobra suficiente para permitirsatisfazer exigências específicas.

No que se refere à programação e à coordenação, existe acordo sobre o carácter indicativo dadefinição das prioridades da Comunidade no início da elaboração dos planos de desenvolvimento dosEstados-Membros.

Chegou-se igualmente a acordo sobre o princípio da redução do número de iniciativas comunitárias –sendo a maior parte das delegações a favor das três iniciativas propostas pela Comissão(INTERREG: cooperação transnacional, transfronteiras e inter-regional; LEADER: desenvolvimentorural; e EQUAL: cooperação transnacional no combate a todas as formas de discriminação edesigualdades no acesso ao mercado do trabalho) – e sobre o princípio do financiamento de cadainiciativa através de um fundo estrutural único. As divergências relativamente à percentagem dasdotações a atribuir ao financiamento das iniciativas comunitárias foram também reduzidas.

No que se refere à chamada reserva de eficiência, a pagar a meio percurso dependendo do êxito dosprogramas, a Comissão fez uma nova sugestão limitando a reserva de 10% aos últimos três anos ecolocando o seu funcionamento ao nível de cada Estado-Membro. Esta nova sugestão vai seranalisada a nível técnico.

Finalmente, no que se refere à concentração da assistência do Fundo Social Europeu e à sua relaçãocom os planos nacionais plurianuais para o emprego, o Conselho chegou a um amplo consensosobre os princípios da concentração e da flexibilidade contidos no compromisso da Presidência,aplicáveis às cinco áreas de acção seguintes:— desenvolvimento de políticas laborais activas para combater o desemprego;— promoção da integração social e da igualdade de oportunidades no aceso ao mercado dotrabalho;— promoção dos sistemas de ensino e formação;— melhoria dos sistemas de promoção de uma força de trabalho especializada, bem formada eadaptável;— melhoria da participação da mulher no mercado de trabalho.

ALARGAMENTO

No seguimento do segundo ciclo de reuniões das Conferências de Adesão a nível Ministerial comChipre, Hungria, Polónia, Estónia, República Checa e Eslovénia realizadasem 10 de Novembro de 1998, o Conselho adoptou – sem debate (ponto A) – as posições comuns daUnião sobre os primeiros sete capítulos do acervo relativamente aos quais já foi feita uma análisecompleta. (1)

Além disso, o Conselho tomou conhecimento de uma apresentação feita pela Comissão dos seusprimeiros relatórios regulares sobre a evolução da adesão de Chipre, dos dez países candidatos daEuropa Central e Oriental e da Turquia, de acordo com as conclusões dos Conselhos Europeus doLuxemburgo e Cardiff.

Numa vasta troca de pontos de vista, os Ministros fizeram alguns comentários preliminares sobre osrelatórios de avaliação da Comissão. O Conselho pediu ao Comité de Representantes Permanentesque analisasse os documentos apresentados pela Comissão e que o informasse na sua reuniãode 7 de Dezembro de 1998, com vista à preparação do Conselho Europeu de Viena.

RÚSSIA — CONCLUSÕES

O Conselho subscreveu as recomendações feitas pelo Coreper relativas ao programa de trabalho decurto e médio prazo com vista a auxiliar a Rússia a ultrapassar a actual crise.

O Conselho debateu o relatório apresentado pela Comissão sobre a situação no sector daalimentação e no sector humanitário na Rússia no seguimento da sua missão de averiguaçãode 6 de Novembro de 1998. O Conselho tomou conhecimento de que a Rússia vai brevementeapresentar um pedido formal de assistência alimentar à União Europeia e congratula-se com aintenção da Comissão de apresentar uma proposta ao Conselho e ao Parlamento Europeu a título deprioridade assim que esse pedido tenha sido recebido. O Conselho analisará essa proposta de formaconstrutiva e com carácter de urgência. O Conselho tomou igualmente conhecimento de que estáprevista a deslocação a Moscovo ainda esta semana de uma nova missão da ECHO, para analisar osprojectos que estão a ser elaborados pelas ONG nos sectores da assistência humanitária. OConselho espera que o Governo russo tome as medidas administrativas necessárias para facilitaresta assistência.

(1) Ciência e Investigação, Telecomunicações e Tecnologias da Informação, Ensino eFormação, Cultura e Audiovisual, Política Industrial, Pequenas e Médias Empresas,Política Externa e de Segurança Comum.

Com vista ao Conselho Europeu de Viena, o Conselho solicitou ao COREPER que prepare a suasessão de 7 de Dezembro, apresentando-lhe um novo relatório sobre a evolução do desenvolvimentode uma política europeia global relativamente à Rússia.

RELAÇÕES COM A TURQUIA

O Conselho tomou nota de um relatório do Comissário van den Broek sobre a aplicação da estratégiaeuropeia para a Turquia, nomeadamente sobre as duas propostas de cooperação financeira daComissão. O Conselho incumbiu o Comité de Representantes Permanentes de prosseguir a análisedas propostas de regulamento.

RELAÇÕES COM A SUÍÇA

O Conselho tomou conhecimento do relatório da Comissão sobre as negociações com a Suíça econvidou a Comissão a prosseguir esforços com vista à obtenção rápida de um acordo sobre umpacote global e equilibrado.

O Conselho tomou nomeadamente nota de que um elemento-chave para a conclusão do pacotenegocial é o sector dos transportes terrestres e instou os Ministros dos Transportes a darem umaatenção especial a esta questão e aos problemas com ela relacionados na próxima sessão doConselho de 30 de Novembro de 1998.

O Conselho manifestou a sua viva esperança de que possam ser encontradas rapidamente soluçõespara todos os elementos pendentes das negociações e convidou ambas as partes nelas envolvidas aprosseguirem os seus respectivos esforços.

PROCESSO DE PAZ NO MÉDIO ORIENTE — CONCLUSÕES

O Conselho, na presença do Enviado Especial Miguel Moratinos, procedeu a uma troca de opiniõessobre o Processo de Paz no Médio Oriente na sequência do Memorando de Wye River. O Conselhosublinhou a importância da rápida implementação do Memorando e a necessidade de se evitaremactos unilaterais no contexto dos Acordos de Oslo e Madrid, nomeadamente do princípio "terra porpaz", e de se realizarem progressos a todos os níveis.

Neste contexto, o Conselho considera que deveriam ser dados apoio e prioridade às acçõesdestinadas a aproximar os dois povos e a reduzir a desconfiança entre eles.

O Conselho condenou veementemente os recentes actos de terrorismo, nomeadamente o ataque aMahane Yehuda em Jerusalém, em 6 de Novembro de 1998, que causou numerosas vítimas entre apopulação civil. Neste contexto, o Conselho recordou a sua Declaração de 26 de Outubro e instou aspartes a envidarem todos os esforços para prevenir as acções extremistas e impedir os extremistas eoutros grupos que procuram frustrar o Processo de Paz através de provocações de atingirem os seusobjectivos. Não se pode permitir que actos criminosos ponham em risco a rápida implementação doMemorando de Wye River e as importantes medidas para a paz e a estabilidade no Médio Orientenele consignadas.

O Conselho confirmou que a União está disposta a ser plenamente associada à implementação doMemorando e a contribuir para a resolução das questões relacionadas com o estatuto definitivo aserem negociadas entre as partes, nomeadamente nos moldes debatidos com o Enviado Especial. OConselho observou que a visita iminente ao Médio Oriente da Comissão e do Presidente doConselho, com a participação do Enviado Especial, constitui uma boa oportunidade para identificar oâmbito de um contributo político e económico significativo da UE para a implementação doMemorando de Wye River.

O Conselho sublinhou o empenhamento da União em cooperar estreitamente com todas as partes,em moldes que reflictam o papel de liderança da UE, durante a preparação, decurso eacompanhamento da reunião ministerial dos doadores para o desenvolvimento económico naCisjordânia e em Gaza, prevista para 30 de Novembro em Washington, assegurando assim o seuêxito. O Conselho convidou a Comissão a apresentar atempadamente propostas adequadas.

A UE está disposta a participar plenamente na selecção das prioridades da ajuda internacional, adecidir, e na gestão de projectos. A UE está pronta a contribuir para a implementação das questõeseconómicas intercalares pendentes, incluindo a construção e o funcionamento do porto marítimo deGaza.

BALCÃS OCIDENTAIS — CONCLUSÕES

O Conselho salientou a necessidade do cumprimento integral e imediato das Resoluções 1160, 1199e 1203 do UNSC e, neste contexto, registou os relatórios sobre a retirada das forças de segurança daRFJ do Kosovo.

O Conselho também registou uma certa melhoria da situação humanitária no Kosovo, que éconsequência directa da cessação das hostilidades e da cada vez maior presença internacional; oConselho permanece contudo preocupado com a situação das populações sem abrigo permanenteno início do Inverno. A UE continuará a mobilizar recursos substanciais para aliviar esta situação.

O Conselho louvou os esforços dos Estados-Membros da UE para tornar a missão de verificação daOSCE no Kosovo operacional logo que possível e congratulou-se com o facto de a estrutura da sededa MVK ir reflectir a contribuição global substancial da UE para esta missão.

O Conselho recordou a sua declaração de 26 de Outubro, que salienta a necessidade de umcumprimento integral e imediato, por todas as partes em causa, da Resolução 1203 do Conselho deSegurança, de 24 de Outubro; instou em especial os grupos armados albaneses do Kosovo arespeitarem a declaração de Ibrahim Rugova, de 22 de Outubro, e a absterem-se de quaisqueracções que possam servir de pretexto para novos ataques das forças de segurançasérvias/jugoslavas.

O Conselho decidiu em princípio que a UE solicitará à UEO, ao abrigo do nº 2 do artigo J.4 do TUE,que forneça informações do seu Centro de Satélites, a fim de contribuir para o controlo daimplementação do acordo assinado em 15-16 de Outubro, em Belgrado, entre a RFJ e aOSCE/NATO, e solicitou ao Coreper que finalizasse o texto com vista à sua adopção formal nospróximos dias.

O Conselho sublinhou que a cooperação com a ECMM constitui parte integrante do cumprimento pelaRFJ da Resolução 1199 do UNSC e espera, por conseguinte, que as autoridades da RFJ dêemacesso ilimitado à ECMM em todo o seu território.

O Conselho convidou as instâncias competentes a aprofundar o tema do reforço da assistência aoMontenegro, nomeadamente a questão de saber de que forma as Linhas Aéreas montenegrinaspoderão ser isentas do bloqueio aéreo contra a RFJ.

O Conselho salientou a necessidade de um rápido início de negociações políticas, bem como aimportância de a UE permanecer estreita e activamente envolvida no processo político,nomeadamente através do seu Enviado Especial in loco.

O Conselho convidou a Comissão e as instâncias competentes a prepararem, para a sua próximasessão, outras propostas de abordagem global UE/CE, em harmonia com a Declaração da UEde 26 de Outubro, e congratulou-se com os esforços em curso desenvolvidos pelo ECHO.

O Conselho reconheceu o trabalho da equipa finlandesa de peritos de polícia científica da UE emanifestou o desejo de que as autoridades da RFJ/Sérvia tomem as medidas necessárias paragarantir o acesso livre e desimpedido ao Kosovo dos peritos de polícia científica internacionais eaceitem que estes trabalhem e informem, de modo independente, sem entraves nem impedimentos.

O Conselho recordou as Resoluções 1160, 1199 e 1203 do UNSC, que enunciam a obrigação de aRFJ cooperar plenamente com o ICTY sobre o Kosovo, cumprindo nomeadamente as suas ordens,pedidos de informação e investigações. O Conselho exigiu que as autoridades da RFJ deixem deimpedir a Delegada Louise Arbour do ICTY e a sua equipa de realizar a sua missão no Kosovo.

Recordando as suas conclusões de 26 de Outubro, o Conselho condenou a prossecução dassanções das autoridades RFJ/sérvias contra os meios de comunicação social independentes ereiterou a determinação da UE em apoiar a democracia e a liberdade de expressão na RFJ. OConselho instou as autoridades RFJ/sérvias a alinhar a sua legislação em matéria de comunicaçãosocial pelas normas do Conselho da Europa.

O Conselho sublinhou o contínuo empenhamento da UE em apoiar a Albânia e congratulou-se com oêxito da Conferência Internacional de 30 de Outubro, em Tirana, tendo apelado às autoridadesalbanesas no sentido de implementarem rapidamente as medidas da reforma política e económicadefinidas nas conclusões operacionais da Conferência e no documento pertinente da UE.

O Conselho repetiu o apelo, formulado na recente Declaração da UE ao Partido Democrático, paraque este participe, em 22 de Novembro, no referendo sobre a Constituição, contribuindo desse modopara a estabilidade e a reconciliação nacional.

O Conselho confirmou a intenção da União de reforçar o seu contributo para o restabelecimento deuma força policial viável na Albânia; congratulou-se com a Recomendação da UEO sobre a melhorforma de o concretizar e solicitou-lhe que fornecesse rapidamente à UE todas as informaçõesnecessárias para a ultimação das suas decisões. O Conselho incumbiu as instâncias competentes deanalisarem urgentemente estas informações e considerarem a possibilidade de decisões rápidas combase no artigo J.3 e no nº 2 do artigo J.4 do TUE.

BALCÃS OCIDENTAIS/CONDICIONALIDADE — CONCLUSÕES (Adoptadas sem debate)

O Conselho procedeu a uma análise do cumprimento pela Bósnia e Herzegovina (BIH), pela Croácia,pela República Federativa da Jugoslávia (RFJ), pela Antiga República Jugoslava da Macedónia epela Albânia das condições para o desenvolvimento das relações com a UE constantes dasConclusões do Conselho de 29 de Abril de 1997. O Conselho analisou os resultados alcançados porestes países, em especial, nos seguintes domínios: princípios democráticos, direitos humanos eprimado do direito, respeito e protecção das minorias, reforma da economia de mercado, cooperaçãoregional, assim como — nos casos da BIH, Croácia e RFJ — cumprimento das obrigações previstasnos Acordos de Dayton/Paris e Erdut e nas conclusões de diversas reuniões do Conselho deImplementação da Paz (CIP).

O Conselho concorda com a análise global da Comissão Europeia de que o actual estado derelações com os países abrangidos pela Abordagem Regional deve continuar no que diz respeito àsmedidas comerciais autónomas (MCA), à assistência PHARE e às relações contratuais. Para salientara sua disponibilidade para um maior desenvolvimento destas relações — condicionado aopreenchimento das condições relevantes — o Conselho sublinhou que os progressos neste domíniodependem dos próprios países. O Conselho espera que estes progressos sejam colocados emevidência na próxima análise da condicionalidade, em Abril de 1999.

Adiante se apresenta a avaliação dos resultados alcançados por cada um dos países, assim como oseu impacto nos três instrumentos supramencionados.

Bósnia e Herzegovina (BIH)

A União espera que as autoridades recentemente eleitas aos diversos níveis cumpram todas asobrigações decorrentes do Acordo de Dayton/Paris. Até agora tem-se verificado a necessidade degrandes pressões da comunidade internacional, nomeadamente do Alto Representante, para obter aaprovação de determinadas leis fundamentais e a criação de instituições centrais, a maior parte dasquais ainda não funciona de forma adequada. Subsistem vários problemas importantes no domínioda democratização e dos direitos humanos e da reforma da justiça, assim como na educação, nasociedade civil e no combate à fraude. O regresso de refugiados, nomeadamente de minorias,continua a ser dificultado pela falta de cooperação, a todos os níveis administrativos, das duasEntidades, assim como por um sentimento generalizado de insegurança. Neste domínio devem serfeitos progressos. Foram dados alguns passos no sentido da reforma rumo à economia de mercado eda cooperação regional, mas muito continua por fazer. O CIP de Madrid constituirá um importanteponto de reflexão.

A BIH continuará a beneficiar de preferências comerciais autónomas. De momento, a assistênciaPHARE continuará disponível apenas para projectos que tenham efeitos imediatos na implementaçãodo acordo de paz, no estabelecimento de ligações entre entidades e no regresso dos refugiados, deacordo com as Conclusões do Conselho de 29 de Abril de 1997. Embora a UE tenha manifestado,em Junho passado, a sua vontade de intensificar as relações bilaterais, ainda não é chegado omomento para dar início a discussões sobre um futuro acordo de cooperação.

Croácia

Constata-se que foram feitos progressos em diversos domínios, mas estes foram alcançados deforma desigual, e continua a verificar-se uma discrepância entre as declarações de intenções e a suaexecução prática. Nos domínios da democratização e dos direitos humanos, nomeadamente no querespeita à comunicação social (e em especial à televisão, e das reformas eleitorais, os progressosalcançados foram poucos ou nenhuns. Subsistem problemas também em relação ao tratamento dasminorias e à independência do sistema judicial. A adopção de um programa de regresso derefugiados, em Junho último, e de um programa de reconstrução, em Outubro, eram portadores desinais encorajadores, mas o processo de regresso continua a desenrolar-se de forma muito lenta,sobretudo no que se refere ao regresso das minorias. A UE continuará a observar de muito perto osprogressos verificados, nomeadamente no processo de democratização e no regresso dosrefugiados. Se esses progressos se confirmarem, a UE poderá encarar a hipótese de aumentar osactuais níveis de apoio. A UE regista a intenção da Croácia de convocar uma Conferência deReconstrução e Desenvolvimento. A inadequação da supervisão da banca constitui um forte motivode preocupação no domínio da reforma da economia de mercado. A Croácia deu alguns passos paramelhorar a cooperação com os seus vizinhos, mas o cumprimento das obrigações decorrentes dosAcordos de Dayton/Paris e Erdut continua a arrastar-se.

De momento, a Croácia continuará a beneficiar de preferências comerciais autónomas. Ao invés,ainda não se encontram reunidas as condições para a concessão de assistência ao abrigo doprograma PHARE e as negociações para um acordo de cooperação seriam igualmente prematuras.

República Federativa da Jugoslávia (RFJ)

Tanto ao nível federal como na Sérvia, os princípios democráticos continuam, na prática, a sertransgredidos, os direitos humanos e os direitos das minorias são desrespeitados abertamente,nomeadamente no Kosovo, e os esforços para a reforma da economia de mercado também têmprimado pela ausência. A situação da liberdade dos meios de comunicação social e da liberdade depensamento não tem deixado de se deteriorar. O conflito do Kosovo tem sido um factor dominante,com repercussões negativas em vários domínios. As relações com os países vizinhos evoluíram deforma desigual, podendo vir a deteriorar-se ainda mais com os países fronteiros ao Kosovo.

No Montenegro, pelo contrário, o processo de democratização não deixou de evoluir, comodemonstram as recentes eleições, a crescente liberdade dos media e os progressos verificados emrelação aos direitos das minorias, à reforma da economia de mercado e à cooperação regional.

Ao nível federal, a RFJ não reúne, actualmente, as condições para beneficiar das preferênciascomerciais autónomas, e seria necessário desenvolver grandes esforços para considerar a suainclusão num futuro regime comercial autónomo. À luz da actual situação, tal como acima descrita,qualquer discussão sobre assistência ao abrigo do programa PHARE ou sobre eventuais relaçõescontratuais seria inapropriada. Na perfeita consciência de que os instrumentos supramencionados seaplicam às relações bilaterais entre a Comunidade Europeia e os Estados como entidade única, seráprestada assistência ao Montenegro por todos os meios possíveis.

Antiga República Jugoslava da Macedónia

A Antiga República Jugoslava da Macedónia respeita os princípios democráticos e está empenhadana estabilidade e cooperação regionais. Constata-se um empenhamento credível e um progressoassinalável em relação aos direitos humanos e ao primado do direito, ao respeito e à protecção dasminorias, assim como às reformas da economia de mercado. Apesar disso, verifica-se a necessidadede alcançar maiores progressos em diversos domínios, tais como a administração pública, a justiça, arepresentação e a participação das minorias na actividade política e o desenvolvimento do sectorprivado.

A Antiga República Jugoslava da Macedónia continuará a beneficiar de assistência ao abrigo doprograma PHARE. Todos os programas acordados devem ser implementados, incluindo os quedizem respeito à reforma da administração pública, ao desenvolvimento do sector privado e à reformaagrária. As autoridades comunitárias e a Antiga República Jugoslava da Macedónia estudarão emconjunto as possíveis formas de contribuição do programa PHARE para a melhoria das relaçõesentre os diferentes grupos étnicos. As relações contratuais continuarão a evoluir no quadro do Acordode Cooperação preferencial (incluindo o Protocolo sobre Cooperação Financeira), do Acordo sobreTransportes e do diálogo político, assim como dos grupos de trabalho criados na última sessão doConselho de Cooperação. Numa fase posterior será estudada uma eventual melhoria das relaçõesentre a Comunidade e a Antiga República Jugoslava da Macedónia, tendo em conta o estado, querdas relações no âmbito do Acordo de Cooperação e da assistência ao abrigo do programa PHARE,quer da evolução verificada no país, nomeadamente nos domínios supramencionados.

Albânia

A Albânia desenvolveu esforços consideráveis para restabelecer a estabilidade depois da crisede 1997, mesmo se os progressos foram realizados de forma desigual e se viram confrontados comfortes contrariedades. A UE espera que o novo governo, que tomou posse na sequência da agitaçãopolítica de Setembro de 1998, prossiga os seus esforços. Foram feitos progressos consideráveis emtermos de estabilização macro-económica, mas o desenvolvimento económico continua a serentravado por uma perigosa ausência de ordem pública e de segurança. As reformas estruturaisincipientes devem ser prosseguidas e protegidas através de um redobrar de esforços para eliminar afraude e a corrupção, assim como para estabelecer a ordem pública e a segurança. A segurançadeve ser controlada no Norte da Albânia, entre outras razões para contribuir para o processo deestabilização no Kosovo. Quanto às reformas institucionais, a adopção da nova constituição peloParlamento e a sua aprovação através de um referendo continuam a ser a principal prioridade.

A UE continuará a ajudar a Albânia a progredir na via da estabilização, da recuperação económica eda democratização, nomeadamente através do programa PHARE. Para que as prioridades acordadassejam implementadas, é imperativo que a Albânia construa uma atmosfera onde a segurança e aordem pública estejam garantidas. As relações bilaterais prosseguirão com base no Acordo deComércio e Cooperação de 1992 e na declaração sobre o estabelecimento de um diálogo político;serão exploradas todas as possibilidades deste quadro relacional. Para que um eventual aumento daintensidade das relações bilaterais possa ser encarado é indispensável que se consigam maioresprogressos, nomeadamente nos domínios económico e político. O Conselho acolhe favoravelmente aintenção da Comissão de apresentar, em devido tempo, uma proposta sobre a concessão depreferências comerciais em consonância com as normas para a região.

REGIÃO DOS GRANDES LAGOS — CONCLUSÕES

O Conselho debateu a actual situação à luz das informações comunicadas pelo Enviado Especial daUE para a Região dos Grandes Lagos, Aldo Ajello.

O Conselho decidiu que as prioridades imediatas são as seguintes:— cessação das hostilidades— retirada das tropas estrangeiras da RDC— negociações entre todas as partes tendo em vista uma resolução política o mais rapidamente

possível.

O Conselho manifestou a sua preocupação no tocante à necessidade de se respeitarem os direitoshumanos e o direito humanitário e instou todas as partes a permitirem o acesso livre e seguro dasagências humanitárias na RDC.

Além disso, o Conselho — recordando o Código de Conduta da UE — manifestou a sua preocupaçãocom o tráfico e o acesso generalizado às armas de pequeno calibre, que contribuemsubstancialmente para a violência e a instabilidade da região. O Conselho solicitou às suas instânciascompetentes que examinassem o problema e aconselhassem eventuais soluções.

O Conselho solicitou às suas instâncias competentes que, ao avaliarem a situação na região,formulassem recomendações sobre a forma que pode assumir o auxílio da UE e convidou o EnviadoAjello a prosseguir os seus esforços para o efeito nos contactos com os protagonistas da região,assim como com outras partes activamente empenhadas na actual situação na RDC.

IRAQUE — DECLARAÇÃO

O Conselho adoptou a seguinte declaração sobre o Iraque:"A UE condena como totalmente inaceitável a decisão do Iraque, de 31 de Outubro, de cessarqualquer cooperação com a UNSCOM. A UE apoia a resposta do Conselho de Segurança a essadecisão, RCS 1205, de 5 de Novembro. A UE insta o Iraque a retomar imediatamente a plenacooperação com a UNSCOM e a AIEA e manifesta o seu apoio continuado a ambas as organizações.A UE congratula-se também com o facto de o Conselho de Segurança ter novamente expressado asua disposição para rever globalmente as obrigações do Iraque depois de este país ter retomado acooperação. A UE manifesta a sua viva esperança de que o Iraque rapidamente assim proceda econfirma o seu pleno apoio ao Secretário-Geral nos seus esforços no sentido da plenaimplementação do Memorando de Acordo de 23 de Fevereiro de 1998.

Entretanto, a UE cooperará com todos os países vizinhos do Iraque, tendo em vista reforçar aexecução das sanções existentes. Especificamente, a Presidência (Tróica) contactará com estespaíses para esse efeito. Simultaneamente, a UE esforçar-se-á por continuar a garantir umaimplementação mais efectiva do programa "petróleo contra alimentos" e a plena cooperação doIraque para impedir qualquer sofrimento desnecessário do povo iraquiano."

AMÉRICA CENTRAL — FURACÃO MITCH

A pedido da Delegação Espanhola, o Conselho procedeu a uma troca de pontos de vista sobre asituação na América Central e sobre a ajuda de emergência e a longo prazo que a UE poderá dar àsvítimas do furacão Mitch.

As informações iniciais dadas pelas delegações durante a reunião do Conselho mostram que aassistência bilateral total decidida ou em consideração pelos Estados-Membros eleva-seaproximadamente a 70 Mecu (em dinheiro e em géneros); poderia além disso ser decidida umacontribuição adicional de 30 Mecu a partir do orçamento comunitário — 10 Mecu estão imediatamentedisponíveis através da ECHO — elevando a assistência total da UE para cerca de 100 Mecu. VáriosMinistros referiram-se igualmente à necessidade de uma acção para aliviar a dívida dos paísesafectados.

Neste contexto, o Conselho congratulou-se com a decisão da Comissária BONINO de se deslocarbrevemente à região a fim de avaliar as necessidades imediatas em termos de ajuda humanitária. OConselho tomou igualmente conhecimento das indicações do Vice-Presidente MARIN relativamente àintenção da Comissão de apresentar o mais rapidamente possível um plano de acção ao Conselho eao Parlamento europeu sobre a contribuição da UE para a reabilitação e a reconstrução dos paísesmais afectados por este furacão.

IMIGRAÇÃO CLANDESTINA

O Conselho tomou conhecimento de uma proposta da Delegação dos Países Baixos de criar umaforça multipilar de desenvolvimento de um plano de acção a curto prazo destinado a combater deforma coordenada o afluxo de pessoas que abusam dos procedimentos de asilo e de imigrantesclandestinos e dirigido aos principais países de origem.

Se para tal receber instruções, o Comité de Representantes Permanentes — e o Comité K.4 —poderiam analisar esta questão mais em pormenor a fim de prepararem a sua consideração no

próximo Conselho Justiça e Assuntos Internos e permitir ao Conselho Assuntos Gerais tomar umadecisão sobre a criação desta força de acção.

APLICAÇÃO DO TRATADO DE AMESTERDÃO

O Conselho acordou em analisar o relatório da Presidência sobre a preparação da aplicação doTratado de Amesterdão na sua próxima sessão de 7 de Dezembro.

OUTRAS DECISÕES

Adoptadas sem debate

RELAÇÕES EXTERNAS

Relações UE-EUA: Parceria Económica Transatlântica

O Conselho aprovou o plano de acção relativo à Parceria Económica Transatlântica, onde sãoidentificadas áreas de acção comum com os Estados Unidos a nível multilateral e bilateral (ver Anexo,pág. IV) e autorizou a Comissão a encetar negociações com vista à conclusão com os EstadosUnidos de acordos bilaterais nos sectores das barreiras técnicas ao comércio, dos serviços, doscontratos públicos e da propriedade intelectual.

Acção de desminagem na Croácia

O Conselho adoptou uma decisão que define uma acção específica da UE no sector da assistência àdesminagem na Croácia. Esta acção consiste na coordenação, supervisão e formação deespecialistas e instrutores em desminagem na Croácia e será financiada pelo orçamento comunitárioaté ao montante de 435.000 ecus.

O Conselho aprovou igualmente uma decisão que pede formalmente à UEO que aplique a acçãoacima referida. É esta a primeira vez que a UE pede a UEO para levar a cabo uma funçãooperacional com base no artigo J 4.2 do Tratado de Maastricht. Além disso, foram acordadasdisposições práticas a fim de facilitar a interacção entre a UE e a UEO.

Processo de Royaumont

O Conselho aprovou a posição comum destinada a consolidar o apoio da UE ao Processo deRoyaumont sobre estabilidade e relações de boa vizinhança na Europa do Sudeste.

A posição comum define as instruções de negociação do coordenador do processo,Panagiotis Roumeliotis, que desempenhará as suas funções sob a responsabilidade da Presidênciada UE. A posição comum determina igualmente que a UE pode apoiar projectos destinados aacompanhar as medidas do Processo de Royaumont.

Recorda-se que o Processo de Royaumont foi lançado em Dezembro de 1995 por iniciativa da UE afim de acompanhar a aplicação do Plano de Paz de Dayton/Paris, encorajando a definição e arealização de projectos nos sectores da estabilidade, boa vizinhança e sociedade civil na Europa doSudeste.

Nomeadamente, este processo pretende

— encorajar a normalização das relações e a reposição e desenvolvimento do diálogo e daconfiança entre os países envolvidos;

— encorajar as relações entre pessoas nos países da região e promover a cooperação regionalno sector da sociedade civil (p.ex. nos sectores da cultura, comunicação social, científico,profissional, sindicatos, ONG ou esferas religiosas bem como os contactos entreparlamentares);

— para este efeito, promover a definição e a aplicação de projectos relacionados com aestabilidade, a boa vizinhança e a sociedade civil.

Hungria — Conselho de Associ ação

O Conselho definiu a posição da UE a título da preparação do Conselho de Associação a realizarem 10 de Novembro (ver Comunicação à Imprensa UE-H 1513/98 (Presse 384)).

Polónia — Conselho de Associação

O Conselho definiu a posição da UE a título da preparação do Conselho de Associação a realizarem 10 de Novembro (ver Comunicação à Imprensa UE-PL 1416/98 (Presse 383)).

República Checa — Conselho de Associação

O Conselho definiu a posição da UE a título da preparação do Conselho de Associação a realizarem 10 de Novembro (ver Comunicação à Imprensa UE-CZ 1722/98 (Presse 385)).

Relações com Chipre e Malta

O Conselho autorizou a Comissão a negociar protocolos de alargamento do período durante o qualos fundos disponibilizados pelos Quartos Protocolos Financeiros entre a CE e Chipre e entre a CE eMalta podem ser autorizados. Estes protocolos, celebrados em 30 de Outubro de 1995, terminamem 31 de Dezembro de 1998 no caso de Chipre e em 31 de Outubro de 1998 no caso de Malta.

Processo de Paz no Médio Oriente — UNRWA

O Conselho autorizou a Comissão a negociar a renovação da Convenção entre a CE e a Agência dasNações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Médio Oriente (UNRWA). A novaConvenção permitirá a contribuição da CE para os programas de educação e saúde da UNRWA, bemcomo para o programa de auxílio alimentar.

QUESTÕES COMERCIAIS

Bulgária — Pescas

O Conselho autorizou a Comissão a negociar com a Bulgária concessões pautais recíprocas nosector das pescas.

A Comissão conduzirá estas negociações em consulta com os Estados-Membros.

PECO — Aves de capoeira

O Conselho adoptou um regulamento que altera o Regulamento (CE) nº 3066/95 que estabelececoncessões sob a forma de concessões pautais para determinados produtos agrícolas dos países daEuropa Central e Oriental. O objectivo é evitar a distorção dos fluxos comerciais tradicionais com aHungria, a Polónia, a República Checa, a República Eslovaca, a Roménia e a Bulgária no sector dacarne de aves de capoeira, qualificando para os acordos europeus os peitos de ganso e de pato.

Laos — Têxteis

O Conselho adoptou uma decisão sobre a aplicação provisória do acordo têxtil bilateral com o Laosrubricado em 16 de Junho de 1998, na pendência da conclusão do procedimento de celebração.

Anexo

PARCERIA ECONÓMICA TRANSATLÂNTICAPROGRAMA DE ACÇÃO

1. INTRODUÇÃO

Por ocasião da Cimeira realizada em Londres em 18 de Maio de 1998, a União Europeia e osEstados Unidos adoptaram uma declaração comum relativa à Parceria Económica Transatlântica(PET), onde é identificada uma série de elementos destinados a intensificar e a alargar a cooperaçãomultilateral e bilateral, bem como de acções comuns no domínio do comércio e do investimento. Talcomo previsto nessa declaração, o presente documento estabelece um programa onde sãoidentificados os sectores nos quais podem ser realizadas acções comuns quer a nível bilateral quermultilateral, fixando um calendário para a obtenção de resultados específicos. Este programa é oresultado de conversações aprofundadas e pormenorizadas entre a administração norte-americana ea Comissão Europeia.

Alguns dos elementos do programa serão prosseguidos através de acções de cooperação(nomeadamente, reforço da cooperação em matéria regulamentar, cooperação entre cientistas,definição de sectores prioritários para a supressão dos entraves, coordenação das posiçõescomunitária e norte-americana no âmbito de organizações internacionais). Noutros casos, a acçãoassumirá a forma de negociações comerciais. Por último, o programa prevê também as disposiçõesorganizativas gerais necessárias para realizar a Parceria Económica Transatlântica através dasacções identificadas no presente programa. No âmbito do processo de reforço da confiança previstona Nova Agenda Transatlântica de 1995, intensificaremos também os nossos esforços com vista àresolução de questões e litígios comerciais bilaterais.

2. ACÇÕES MULTILATERAIS(nºs 7 e 8 da Declaração da Parceria Económica Transatlântica)

2.1 Diálogo regular

Instituiremos um diálogo regular a fim de assegurar uma cooperação mais estreita na perspectiva daConferência Ministerial da OMC de 1999, tendo em vista imprimir liderança e facilitar os preparativosiniciados em Maio de 1998. Este diálogo será realizado de forma pragmática através de uma série dereuniões a nível de ministros e de funcionários até ao encontro ministerial da OMC em 1999. Paraalém da Declaração da Cimeira de Londres sobre a Parceria Económica Transatlântica, serão tidasem consideração as declarações feitas pelos nossos Dirigentes na Conferência Ministerial de 1998 daOMC e nas Comemorações do 50º Aniversário. Os esforços de cooperação que envidaremos noâmbito da OMC não excluem uma cooperação noutras instâncias internacionais. Além disso, estacooperação continuará a ser prosseguida depois dessa data (calendário das futurasnegociações/programas de trabalho relacionados com questões específicas).

Quanto ao seu teor, o diálogo que será iniciado com base nos objectivos comuns definidos no nº 8 dadeclaração relativa à Parceria Económica Transatlântica compreenderá uma passagem em revistadas questões que se prendem com a OMC e, progressivamente, definirá mais em pormenor posiçõescoordenadas sobre questões específicas da OMC. O âmbito das nossas consultas será abrangente,tomando ao mesmo tempo em conta os prazos existentes bem como a necessidade de prosseguir otrabalho em curso e a longo prazo em Genebra. O nosso objectivo será o de explorar e comparar asnossas posições políticas respectivas sobre as principais questões da agenda multilateral, e imprimirurgência ao processo sempre que necessário para melhorar a credibilidade da OMC junto das partesinteressadas por forma a reforçar o apoio ao sistema. Nalguns casos poderemos definir posiçõescomuns ou elaborar propostas a apresentar em discussões e negociações multilaterais.

Chegámos a acordo em relação a um calendário inicial de reuniões e outras medidas práticas para onosso diálogo durante o período até Dezembro de 1999, que será progressivamente adaptado emfunção dos resultados já alcançados. Segundo as necessidades, assim serão desenvolvidos planosde trabalho mais detalhados.

Na prossecução dos nossos objectivos multilaterais no âmbito do Programa, procuraremos de formaprioritária associar estreitamente outros parceiros comerciais às nossas actividades de cooperação nodomínio multilateral e explorar todas as oportunidades de diálogo com eles.

Tencionamos manter-nos mútua e plenamente informados sobre os nossos processos consultivosrespectivos no que se refere ao desenvolvimento da agenda para a reunião ministerial etrabalharemos em conjunto no desenvolvimento de oportunidades e acções que facilitem o diálogocom as partes interessadas.

2.2 Questões para o diálogo

A lista, adiante apresentada, de questões que irão fazer parte do nosso diálogo continua em certamedida a ser indicativa, uma vez que o conteúdo do diálogo poderá ter que ser adaptado à luz daevolução do processo de Genebra. Deste diálogo poderão também emergir acções cooperativas maisespecíficas.

Modalidades e princípios das negociações

Trocaremos opiniões sobre as modalidades e princípios possíveis para a condução de negociações,nos termos dos nºs 9, 10 e 11 da Declaração de Maio da OMC, que requer que os Ministros recebamrecomendações de decisão relativamente à futura organização e gestão do programa de trabalho daOMC, incluindo o âmbito, a estrutura e os prazos, assegurando assim que o programa de trabalhoserá iniciado e concluído de forma rápida e com o objectivo de alcançar um equilíbrio geral entre osinteresses de todos os membros. Tencionamos imprimir liderança neste processo e, neste contexto,exploraremos a conveniência e adequação de modalidades de negociação, contemplando a questãode como as negociações deverão ser conduzidas, incluindo a consideração de "empreendimentoúnico" e outras abordagens adequadas à nova economia para assegurar que um sistema globalcomercial aberto se move tão depressa como o mercado. No âmbito deste esforço, consideraremosprincípios e técnicas, incluindo disposições de "standstill", a utilização de limiares à implementação ede requisitos de massa crítica e outras inovações.

Resolução de litígios

Na medida do possível, harmonizaremos as nossas posições sobre o exame do Memorando deEntendimento na matéria, nomeadamente no que diz respeito ao reforço da transparência e aofuncionamento dos painéis.

Transparência

Confirmamos que iremos conferir uma alta prioridade à promoção de uma maior transparência nofuncionamento da OMC, desde a melhoria do acesso do público em geral aos documentos da OMCaté tornar o sistema mais aberto à consulta pelo público, sem deixar de preservar o carácter de"governo a governo" da OMC. Assim, iremos dedicar a atenção necessária aos procedimentos edisposições sobre transparência da OMC que necessitem de ser actualizados ou revistos. À luz daexperiência adquirida até agora, procuraremos retirar mais rapidamente o carácter restrito aosdocumentos e torná-los acessíveis a todas as partes interessadas, inclusive através das novastecnologias.

Aplicação

A situação em termos de aplicação dos vários acordos da OMC será passada em revista, procurar-se--á identificar os potenciais problemas e debater as eventuais medidas, inclusive para assegurar umcumprimento integral dos compromissos assumidos no âmbito da OMC por todos os seus membros.Tal incluirá também um trabalho conjunto para sustentar e melhorar a transparência e a vigilância emtodos os organismos da OMC, bem como esforços para simplificar os requisitos actuais tendo emvista evitar a duplicação e fomentar a cooperação em relação à assistência técnica e/ou outrasmedidas de apoio. Esses esforços deverão facilitar o desenvolvimento da agenda da OMC para ofuturo.

Serviços

A nossa cooperação concentrar-se-á na continuação prevista das negociações com base noartigo XIX do GATS, nomeadamente, com os seguintes objectivos:— aumentar as possibilidades de acesso aos mercados em todo o mundo;— eliminar os obstáculos específicos que existem em vários sectores de serviços;— melhorar as condições de estabelecimento;— melhorar os compromissos transfronteiras a fim de utilizar plenamente as possibilidades

oferecidas pelo comércio electrónico;— examinar a forma de melhorar a circulação de pessoas necessária à prestação de serviços;— desenvolver novas disciplinas destinadas a reforçar o acesso ao mercado e a garantir a

prestação de serviços num contexto propício à concorrência.

Agricultura

Tencionamos reforçar a nossa cooperação para facilitar o arranque de negociações tal comomandatado pelo Acordo sobre Agricultura, notando o contributo importante do processo deIntercâmbio de Análise e Informação já em curso no que se refere a questões de grande importânciana actualidade e o facto de que o Conselho Geral dispõe agora de um processo para preparar olançamento de negociações, tal como previsto no artigo 20º do Acordo sobre Agricultura. Iremosmelhorar e suplementar os nossos contactos regulares por forma a facilitar o processo em Genebra.As discussões centrar-se-ão no actual quadro de compromissos estabelecido na Ronda do Uruguay enas disposições do artigo 20º.

Simplificação do comércio

Recordando o acordo que alcançámos em Londres no sentido de intensificar os trabalhos em matériade simplificação do comércio empreendidos a nível da OMC numa perspectiva de futuro, iremoscooperar no desenvolvimento do processo de trabalho da OMC neste domínio, tendo em vista aobtenção de resultados concretos. Procuraremos além disso criar um consenso para melhorar oambiente comercial através de um aumento da transparência e da previsibilidade e da redução deencargos administrativos, sem deixar de salvaguardar a integridade das formalidades aduaneiras.

Direitos alfandegários aplicáveis a produtos industriais

Recordando o objectivo comum de Londres de que iríamos prosseguir um programa de trabalhoalargado na OMC para a redução, numa base de NMF, dos direitos alfandegários aplicáveis aprodutos industriais e a exploração da viabilidade da sua eliminação progressiva dentro de um prazoa acordar, trabalharemos em conjunto para assegurar que o Secretariado e os Membros da OMCempreendam os trabalhos necessários no que respeita às bases de dados e ao trabalho do Comitésobre Acesso ao Mercado com vista a permitir uma análise apropriada de todas as opções possíveispara avançar com a liberalização. Este trabalho deverá permitir-nos ponderar o leque de abordagense modalidades para uma maior liberalização.

No que toca aos trabalhos actualmente em curso na OMC em relação aos produtos farmacêuticos eao ITAII, continuaremos os nossos esforços para concluir de forma bem sucedida o nosso trabalhoantes do final de 1998, por forma a que a implementação possa ter lugar em Julho de 1999.

Propriedade Intelectual

A cooperação neste domínio abrangerá, nomeadamente, todas as questões relacionadas com aAgenda Integrada TRIPS (Aspectos dos Direitos de Propriedade Intelectual relacionados com oComércio), a aplicação e o respeito na integralidade e em tempo útil dos TRIPS pelos países emdesenvolvimento até Janeiro do ano 2000 e os aspectos que deverão ser negociados para melhoraro Acordo TRIPS. Além dos TRIPS, serão abordadas outras questões no âmbito de uma estreitacooperação, devendo, nomeadamente, assegurar-se a ratificação e aplicação dos dois mais recentesTratados da OMPI, incentivar a adesão e a aplicação do Tratado sobre o Direito das Marcas,fomentar a realização de trabalhos noutras instâncias tendo em vista resolver conflitos em matéria demarcas e nomes de domínios no âmbito da Internet e procurar tomar medidas contra a pirataria dossuportes ópticos de informação.

Investimento

Coordenaremos activamente a nossa participação no processo de Genebra, tendo em vistaassegurar a apresentação de um relatório ao Conselho Geral até ao final de 1998 que reflicta de umaforma adequada os debates que tiveram lugar no Grupo sobre Comércio e Investimento.Prosseguiremos as nossas consultas sobre trabalhos adicionais que possam ser feitos nesta áreaem 1999, tendo em vista aprofundar a nossa análise conjunta quanto à inclusão do investimento naagenda da OMC. Procuraremos obter o apoio de todos os nossos parceiros para os próximos passosrumo à criação de regras de investimento na OMC.

Concorrência

Cooperaremos no sentido de assegurar que o Grupo sobre Comércio e Concorrência apresente aoConselho Geral um relatório objectivo e informativo que resuma de forma factual os trabalhosempreendidos e ponha em destaque o valor de uma política activa de aplicação da lei sobreconcorrência como um complemento do processo de liberalização comercial.

Cooperaremos além disso no processo preparatório do encontro ministerial da OMC de 1999 tendoem vista permitir decisões adequadas sobre as próximas medidas da OMC, incluindo possíveisnegociações, tal como observado na Declaração Ministerial de Singapura. Neste contexto,procederemos a trocas de opiniões, nomeadamente sobre questões relacionadas com as regrasmultilaterais sobre lei da concorrência e a sua observância, e sobre as formas de reforçar acooperação internacional entre as autoridades responsáveis pela concorrência em relação a práticasanti-competitivas com impacto significativo no comércio e investimento internacionais.

Contratos públicos

Comungamos do objectivo de se alcançar um conjunto abrangente de regras multilaterais sobrecontratos públicos no âmbito da OMC. Para este efeito, continuaremos a cooperar estreitamentetendo em vista acelerar e completar o trabalho do Grupo sobre Transparência nos ContratosPúblicos, tendo em vista chegar a um acordo em 1999 e considerar como é que esse acordo podeser integrado nos esforços mais amplos da OMC no sentido de reforçar as práticas que reflictamprincípios de boa gestão. Trabalharemos também em conjunto para incentivar uma maior participaçãono Acordo sobre Contratos Públicos (GPA) multilateral e para fazer avançar o trabalho do GATS emmatéria de contratos públicos de serviços. Além disso, trabalharemos conjuntamente para fazeravançar a revisão em curso do GPA e para assegurar que as obrigações deste Acordo são devida ecabalmente implementadas.

Comércio e ambiente

Discutiremos as formas de incorporar as questões relativas ao ambiente nos trabalhos da OMC, a fimde que as considerações de ordem ambiental sejam devidamente tidas em conta em todos osacordos da OMC. Como um primeiro passo, estamos a tentar alcançar um consenso para aconvocação de uma Reunião de Alto Nível durante a primeira metade de 1999, e iremos centrar anossa atenção a curto prazo na obtenção de resultados positivos para essa reunião, por forma apreparar o caminho para o consenso sobre como tratar das questões ligadas ao ambiente noencontro ministerial da OMC de 1999 e na futura ordem de trabalhos da OMC.

Adesões

Continuaremos a trabalhar em estreita cooperação para obter a adesão rápida dos paísescandidatos, pequenos e grandes, com base em compromissos de acesso ao mercado mutuamenteaceitáveis e comercialmente viáveis e na aceitação das regras da OMC, reconhecendo que o ritmodos avanços depende grandemente dos esforços dos candidatos. Trabalharemos em conjunto parauma melhor coordenação dos nossos esforços de assistência técnica.

Países em desenvolvimento

Incluiremos na futura ordem de trabalhos da OMC os esforços para assegurar uma maior participaçãona OMC dos países em desenvolvimento, atendendo a que isso contribuirá de forma significativa parao seu desenvolvimento e crescimento económico. Continuaremos a estudar a forma de melhorarsubstancialmente as oportunidades comerciais e a integração dos países menos desenvolvidos, emparticular através da implementação dos resultados da reunião de Alto Nível sobre Países MenosDesenvolvidos. Além disso, ponderaremos se os condicionalismos particulares dos países menosdesenvolvidos, em particular, são devidamente avaliados e tomados em consideração.

Comércio electrónico

Procederemos a consultas com vista a assegurar a implementação do programa de trabalho da OMCsobre os aspectos relacionados com as trocas comerciais do comércio electrónico, incluindo a análisepelos Conselhos e comités relevantes dos aspectos identificados no programa de trabalho.Prosseguiremos a codificação, até ao final de 1999, do compromisso de standstill sobre ainaplicabilidade de direitos aduaneiros.

Regulamentação de base em matéria de condições de trabalho

Trabalharemos em conjunto para promover um seguimento integral e atempado da nova Declaraçãoda OIT sobre a regulamentação de base em matéria de condições de trabalho. Além disso, a UE e osEUA deverão apoiar os Secretariados da OMC e da OIT, colaborando nos trabalhos de investigação,na elaboração de relatórios e na realização de estudos, e identificar outras áreas de cooperaçãoconjunta entre os dois Secretariados. A este respeito, analisaremos como reforçar a sua relaçãorecíproca.

Questões relacionadas com o Estado de Direito

Procederemos a trocas de opiniões sobre a implementação da Convenção sobre Corrupção daOCDE e sobre outras acções no âmbito da OCDE. Além disso, trabalharemos em conjunto paradeterminar quais as acções abrangidas pelo programa de trabalho da OMC que poderão permitir atodos Membros da OMC reforçar o Estado de Direito e o seu exercício nos respectivos territórios.

Análise dos progressos realizados

Procederemos, pela primeira vez no final d 1998 e seguidamente a intervalos regulares, a umaanálise dos progressos realizados nos nossos debates sobre todas as questões acima mencionadas,tendo em vista assegurar a preparação de todas as questões importantes das futuras negociaçõesmultilaterais.

3. ACÇÃO BILATERAL(nºs 9 a 14 da Declaração)

3.1 Obstáculos técnicos ao comércio de bens

3.1.1. Cooper ação a nível regulamentar

A fim de melhorar (1) o diálogo bilateral entre as autoridades regulamentadoras da União Europeia edos Estados Unidos e (2) o acesso efectivo aos processos regulamentares dos poderes públicos porparte das entidades privadas e das autoridades governamentais de ambas as Partes, começaremospor tomar as seguintes medidas, tendo em conta os imperativos dos nossos respectivosprocedimentos regulamentares, tais como a transparência e a participação efectiva do público e detodas as partes interessadas, nomeadamente no âmbito do diálogo transatlântico entre empresas.

Mecanismos bilaterais existentes

a)Elaborar um resumo indicativo da cooperação bilateral existente entre as autoridadesregulamentares comunitárias e norte-americanas.

Este resumo não deverá ser exaustivo, mas deverá fornecer uma indicação clara e precisa dacooperação bilateral UE-EUA a nível regulamentar, incluindo no âmbito de instituições multilaterais(por exemplo, ao abrigo do acordo da OMC sobre obstáculos técnicos ao comércio) e de outrasinstâncias. Um tal resumo poderá igualmente compreender o tipo de informações trocadas, a eficáciada troca de informações; a continuidade do diálogo ao longo do tempo; a frequência de reuniões e ocalendário do diálogo em relação aos procedimentos regulamentares internos das Partes; etc..PRAZO PREVISTO: FINAL de Janeiro de 1999

b)Definir e aplicar conjuntamente os princípios e as orientações governamentais gerais a que deveráobedecer uma cooperação regulamentar efectiva.

Tais princípios/orientações deverão basear-se na declaração comum de Dezembro de 1994, queprevê consultas sempre que possível nas fases iniciais da elaboração da regulamentação, e umamaior confiança nas competências e nos recursos técnicos da outra Parte. Deverá igualmente ter-seem conta, por exemplo, a necessidade de que as consultas sejam realizadas o mais cedo possível noprocesso de regulamentação, bem como a importância de promover o intercâmbio de conhecimentostécnicos e científicos no âmbito das actividades de regulamentação.

c)Identificar os eventuais melhoramentos a introduzir na cooperação regulamentar bilateral existentecom base nos princípios/orientações gerais definidos em conjunto.

d)Identificar os sectores nos quais a cooperação regulamentar bilateral poderá ser intensificada ouestabelecida ex novo com base nos princípios definidos em conjunto.PRAZO PREVISTO PARA AS ALÍNEAS B), C) E D): FINAL de Junho de 1999

Procedimentos internos das autoridades regulamentadoras

a)Examinar em conjunto questões acordadas mutuamente, nomeadamente o acesso aosprocedimentos regulamentares de cada uma das Partes no que se refere à transparência e àparticipação do público — incluindo a oportunidade para todas as partes interessadas de poderemdar um contributo positivo a esses procedimentos e de os seus pontos de vista serem devidamenteconsiderados.PRAZO PREVISTO: Abril de 1999

b)Analisar os resultados do exame dos respectivos procedimentos regulamentares e, nessa base,procurar identificar formas de melhorar o acesso aos procedimentos regulamentares de cada Parte,desenvolver de comum acordo princípios/orientações gerais sobre esses procedimentos e, sempreque possível, trabalhar no sentido de incorporar essas melhorias, sem deixar de preservar aindependência das autoridades regulamentadoras nacionais.PRAZO PREVISTO: FINAL DE 1999

3.1.2 Reconhecimento mútuo

O nosso objectivo é a supressão ou redução substancial das barreiras resultantes de quaisquerrequisitos adicionais ou diferentes que devam ser satisfeitos pelas mercadorias que poderiam serproduzidas legalmente e/ou comercializadas numa das Partes quando se desloquem para a outraParte, sem deixar de manter o nosso elevado nível de protecção dos consumidores, da saúdehumana, da sanidade animal e vegetal, da segurança e do ambiente.

Tentaremos alargar o actual acordo de reconhecimento mútuo a novos sectores. Tentaremos tambémdeterminar o "grau" adequado de reconhecimento mútuo sector por sector e, por exemplo, determinarse se deve passar da avaliação de conformidade para o reconhecimento mútuo das regulamentaçõestécnicas, e/ou para determinar se acções ou medidas diferentes de um acordo de reconhecimentomútuo são possíveis para outros sectores. Como medida prática neste sentido, sempre queapropriado, serão empreendidas as seguintes acções:

a)Troca de pontos de vista sobre os sectores para os quais o estabelecimento de um ou mais grausde reconhecimento mútuo se revista de interesse, nomeadamente com base em recomendações daspartes interessadas.

Esta troca de pontos de vista deverá ser acompanhada por uma descrição da legislação,regulamentações e/ou normas aplicáveis ao sector em questão.

b)Troca de pontos de vista sobre a noção e a aplicação concreta de diferentes graus dereconhecimento mútuo.PRAZO PREVISTO PARA A) E B): ATÉ À CIMEIRA de Dezembro de 1998

c)Identificação de sectores específicos em que a comparação de requisitos regulamentares evidenciapotencial para o reconhecimento mútuo de regulamentações técnicas.

d)Identificação de sectores específicos em que o alargamento do actual acordo de reconhecimentomútuo parece ser viável e desejável.

e)No caso de não parecer viável ou de não se afigurar desejável qualquer grau de reconhecimentomútuo relativamente a um determinado sector, deverá procurar determinar-se se outras acções oudisposições eventuais permitem reduzir ou eliminar entraves regulamentares ao comércio no sectorem causa, numa forma compatível com os objectivos regulamentares internos.PRAZO PREVISTO PARA C) E E): FINAL de Janeiro de 1999

f)Negociação de novos anexos sectoriais ao actual acordo de reconhecimento mútuo.

g)Negociação do reconhecimento mútuo de regulamentações técnicas sobre os sectores específicosque foram identificados como sendo viáveis e desejáveis, com o objectivo de suprimir ou reduzirsignificativamente os entraves ainda existentes resultantes de quaisquer requisitos regulamentaresadicionais ou diferentes que devam ser observados pelos produtos importados provenientes da outraParte, sem deixar de manter o nosso elevado nível de protecção dos consumidores, da saúdehumana, da sanidade animal e vegetal, da segurança e do ambiente. Na medida do necessário, taldeverá incluir a criação de um novo quadro para englobar os sectores específicos que foramidentificados para negociação.

h)Identificação dos sectores nos quais poderá ser útil prosseguir as negociações após o finalde 1999, sem deixar de promover os objectivos regulamentares internos.PRAZO PREVISTO PARA AS ALÍNEAS F), G) E H): FINAL DE 1999

3.1.3. Alinhamento das normas e dos requisitos regulamentares

Atendendo à participação da União Europeia e dos Estados Unidos nos trabalhos de normalizaçãodesenvolvidos a nível internacional e ao seu empenho a esse respeito, assim como aos trabalhos emcurso no âmbito do Acordo da OMC sobre os obstáculos técnicos ao comércio, serão empreendidasas seguintes acções:

a)Avaliar os trabalhos existentes no domínio da normalização internacional (nomeadamente,planificação, adopção, transposição e utilização de normas internacionais), tendo em vista determinarformas de desenvolver uma cooperação mais estreita entre a UE e os EUA, sempre que possível, afim de ultrapassar eventuais dificuldades que poderão obstar a progressos nesta área e de melhorresponder aos imperativos de ambas as Partes nos domínios da saúde, da segurança, da qualidadee do ambiente, e de determinar se poderá ser feita uma utilização maior das normas internacionaismutuamente acordadas no desenvolvimento de requisitos regulamentares internos.PRAZO PREVISTO: FINAL de Janeiro de 1999

b)Encontrar formas de incentivar ligações mais estreitas entre organismos de normalizaçãointernacionais, regionais e nacionais.PRAZO PREVISTO: FINAL de Junho de 1999

c)Analisar – tendo em conta os condicionalismos nacionais – as actividades e funções dosorganismos de normalização do sector privado na determinação de normasnacionais, tendo em vista a melhoria da cooperação no desenvolvimento de normas a nível nacional,regional e internacional.PRAZO PREVISTO: FINAL DE 1999

3.1.4 Segurança dos produtos de consumo

No interesse da defesa dos consumidores e da transparência, procurar-se-á:a)identificar formas de desenvolver a cooperação entre os organismos competentes em matéria deprodutos de consumo potencialmente perigosos, eb)estudar a possibilidade de, a prazo, interligar os sistemas de alerta rápido da UE e dos EUA para osprodutos perigosos.

3.2 Serviços(Alínea b) do nº 10 e nº 11 da Declaração)

3.2.1. Manutenção da abertura dos mercados

Será criado um dispositivo destinado a garantir no futuro uma rápida troca de pontos de vista sobrequaisquer propostas políticas que uma das Partes considere capazes de terem uma incidêncianegativa nas condições comerciais a que estão sujeitos os prestadores de serviços.PRAZO PREVISTO: FINAL DE 1998

3.2.2. Redução dos obstáculos existentes através de uma política de reconhecimento mútuo

— Negociaremos a aprovação de um quadro de referência para os princípios e objectivos geraiscoerentes com as actuais regras e directrizes da OMC. Este quadro de referência servirá de modelopara a negociação de acordos de reconhecimento mútuo sobre sectores de serviços específicos, coma participação adequada de organismos profissionais e reguladores.

— Tentaremos que, até Março de 1999, seja completado um modelo e identificados sectores deserviços para negociação incluindo, em primeiro lugar, engenheiros, mas igualmente outros sectores.

— Estes acordos deverão ter em conta os interesses comerciais dos nossos respectivosprestadores de serviços. Em paralelo e com a mesma calendarização, trabalharemos em conjuntopara desenvolver o apoio por parte de uma massa crítica das nossas respectivas autoridadescompetentes para aderir e implementar os acordos o mais rapidamente possível. Passaremos emrevista os progressos de cada Parte sobre esta matéria, para assegurar o apoio à implementação deum acordo sobre o reconhecimento mútuo que possibilite concretizar os nossos objectivos sobre oacesso ao mercado.

— Além disso, nos sectores abrangidos por acordos de reconhecimento mútuo, trabalharemosem conjunto com as autoridades responsáveis para estudar medidas complementares no sentido deeliminar as restrições de acesso ao mercado em sectores em que tal seja necessário por forma a criarnovas oportunidades de negócio.

— Identificaremos também, em conjunto com as autoridades competentes, uma segundasérie de sectores que serão objecto de acções de seguimento dentro de prazos acordados

para depois de 1999.PRAZO PREVISTO: FINAL DE 1999

3.2.3 Aspectos comerciais das regulamentações sobre serviços

Empreenderemos trabalhos a nível bilateral sobre a definição de disciplinas, em sectores adequados,sobre os aspectos comerciais das regulamentações sobre serviços por forma a assegurar um efectivoacesso ao mercado, devendo o trabalho inicial ser completado até Dezembro de 1999 num ou maissectores acordados, e reflectindo princípios regulamentares comuns. Estas disciplinas poderão entãoser utilizadas, por sua vez, para fazer avançar os debates entre outros países no GATS 2000.

3.3 Contratos públicos(Alínea d) do nº 10 da Declaração)

Exploraremos as possibilidades de expansão equilibrada das oportunidades de acesso ao mercadoque se oferecem às empresas dos EUA e da UE nos respectivos mercados de contratos públicos.Cientes dos condicionalismos nacionais existentes em determinados domínios dos contratos públicos,prosseguiremos as seguintes linhas de acção, admitindo a possibilidade de lhes acrescentar outraspor comum acordo, à medida que os nossos debates forem progredindo:

– Trabalhar em conjunto para promover a expansão da actual cobertura a todos os níveis daadministração pública, sempre que possível, no que respeita às mercadorias e aos serviços;

– Procurar outras formas de aumentar o acesso em domínios que não estejam abrangidos pelosacordos existentes;

– Identificar as condições susceptíveis de permitir a supressão de sanções impostas por ambasas Partes em 1993;

– Cooperar tendo em vista promover a igualdade de acesso das nossas empresas aos contratospúblicos no caso de concursos que utilizem sistemas electrónicos, quer nos EUA, quer na UE,sempre que possível, a todos os níveis da administração pública. Neste domínio, acordamos aindaem reforçar a nossa cooperação, em proceder a trocas periódicas de informações sobre os nossossistemas respectivos e em partilhar experiências sobre a exploração destes sistemas com vista afomentar a sua utilização à maior escala possível.PRAZO PREVISTO: FINAL DE 1999

3.4 Propriedade intelectual(Alínea e) do nº 10 da Declaração)

Apesar de o acordo TRIPS já garantir uma boa protecção dos direitos de propriedade intelectual,deverá procurar melhorar-se ainda mais o nível de protecção concedida aos titulares de direitos noâmbito das relações bilaterais UE-EUA. As questões a abordar implicam objectivos a curto e a longoprazo:

1) Prioritariamente, as negociações e discussões devem ter como objectivo a obtenção deresultados concretos nos seguintes domínios:

a. Analisar todos os aspectos dos direitos das patentes, por forma a identificar eeventualmente adoptar medidas para reduzir os custos de obtenção da protecção depatentes. Tal deverá também incluir a partilha, entre os serviços de patentes, dosresultados das investigações e exames das patentes.

b. Resolver a questão do direito de voto, permitindo aos EUA aderir ao Protocolo deMadrid.

c. Estudar as formas e eventualmente adoptar medidas que assegurem que aadministração pública, na UE e nos EUA, apenas utilize software autorizado.Posteriormente, incentivar países terceiros a adoptarem medidas idênticas.

d. Trabalhar bilateralmente em questões relacionadas com os dois recentes Tratados daOMPI.

e. Assegurar, através da cooperação nas instâncias adequadas, uma protecçãoadequada para as indicações geográficas e as marcas comerciais.

2) Além disso, deverá ser examinada uma série de objectivos a médio e a longo prazo. Não épossível nesta fase fixar um calendário para a obtenção de resultados concretos. Trata-se de:

a. Examinar as consequências da utilização de patentes sem autorização do verdadeirotitular, incluindo a utilização pela administração pública, e requisitos de trabalho. Noscasos em que se verifiquem problemas concretos, identificar as soluções possíveis.

b. Estudar os meios adequados para conceder protecção de patentes às invenções queenvolvam programas de computador.

c. Estudar formas de assegurar uma protecção adequada aos dados confidenciaisapresentados pelas empresas farmacêuticas para apoiar a aprovação de novosprodutos. Abordar a questão também a nível multilateral.

d. Analisar as consequências do requisito da CE de utilizar uma marca comercial únicaem toda a CE como pré-requisito para o registo e aprovação da comercialização deprodutos farmacêuticos. Sempre que surgirem problemas relacionados com a co--comercialização e o co-licenciamento de produtos, identificar as soluções possíveis.

e. Analisar as consequências do regime da CE sobre a caducidade dos direitos depatente farmacêuticos e sobre se são devidamente tidas em conta nas políticasnacionais e da CE. Sempre que existam problemas concretos, identificar as soluçõespossíveis.

f. Estudar uma protecção adequada do design no domínio do têxtil e do vestuário.g. Estudar formas de assegurar uma protecção adequada das bases de dados.h. Explorar as questões suscitadas pela possível introdução e pelo tratamento

diferenciado dos direitos de sequência dos artistas na CE e nos EUA.i. Explorar as possibilidades de reforçar a aplicação dos direitos de propriedade

intelectual, incluindo os custos associados.k. Estudar a melhor forma de apoiar os esforços destinados a chegar a uma utilização

mútua dos resultados dos exames de patentes entre a OEP e a ESPTO.

3.5. Agricultura: Segurança Alimentar, questões fitossanitárias e veterinárias e biotecnologia(Alínea c) do nº 10 da Declaração)

Embora em numerosos sectores já existam estruturas formais ou informais de cooperação, épossível, em certos casos, aprofundar o diálogo já existente, por forma a identificar e resolver osconflitos comerciais relacionados com processos regulamentares.

3.5.1. Segurança alimentar, questões fitossanitárias e veterinárias

a) A fim de evitar o aparecimento de conflitos devido a uma falta de diálogo numa fasesuficientemente inicial do processo legislativo/regulamentar que permita a cada Parte exprimir o seuponto de vista sobre a legislação prevista pela outra Parte, prevemos a criação de um sistema deaviso prévio.

Os Estados Unidos criaram recentemente um ponto de contacto interserviços em matéria desegurança alimentar junto do USTR (representante norte-americano para o comércio), que éinformado semanalmente pelos organismos competentes de qualquer evolução nesse sector.Será criado um ponto de contacto idêntico na Comissão, que recolherá semanalmenteinformações equivalentes. Os dois pontos de contacto comunicarão periodicamente, a fim demanter os funcionários informados da evolução na outra Parte em matéria de segurançaalimentar, facilitar a troca de informações sobre iniciativas potenciais e, se for caso disso,facilitar um diálogo objectivo entre os peritos científicos de ambas as Partes.

b) Atendendo ao importante papel dos serviços de controlo e de inspecção de cada Parte, e ànecessidade de uma compreensão comum desse papel, trabalharemos com vista a umconvénio ao abrigo do qual funcionários norte-americanos e comunitários de organismoscientíficos e técnicos possam participar em programas de intercâmbio, a fim de sefamiliarizarem com os sistemas de segurança alimentar dos seus homólogos no que se refereaos procedimentos de inspecção e de controlo.

c) No interesse da segurança e da transparência, a UE e os EUA desenvolverão formas quepermitam aos organismos competentes cooperar no domínio dos produtos alimentaresperigosos. Estamos igualmente a estudar a possibilidade de ligar entre si os sistemas dealerta rápido americano e comunitário em matéria de produtos alimentares perigosos.

d) Será instituído um diálogo mais estruturado no domínio fitossanitário.

e) Estamos igualmente a estudar a possibilidade de uma coordenação mais estreita noutrosdomínios conexos, nomeadamente no que se refere aos pesticidas (nos EUA) e às vitaminase minerais (na CE).

f) Devido ao crescente papel que a avaliação de riscos desempenha na elaboração delegislação/regulamentações relativas à segurança alimentar, quer a nível interno querinternacional, a UE está a procurar desenvolver métodos e critérios comuns para a avaliaçãode riscos no domínio das doenças de origem alimentar, nomeadamente no que respeita àcontaminação microbiana.

Será igualmente estudada a possibilidade de criar uma ligação entre o American RiskAssessment Consortium e o seu homólogo europeu, tendo em vista a troca de informações,pontos de vista e comentários científicos sobre o desenvolvimento de novos métodos deavaliação de riscos. A existência de relações preventivas neste domínio poderia evitar mal--entendidos e incentivar o desenvolvimento de uma abordagem científica em matéria deavaliação de riscos em várias organizações internacionais, tais como o Codex Alimentarius.

PRAZO PREVISTO: FINAL DE 1998

3.5.2. Biotecnologia

a) Atendendo ao número de questões bilaterais que têm surgido no sector da biotecnologia, seráreforçado o diálogo bilateral. Actualmente, este diálogo é realizado em várias instânciasdiferentes, do que resulta que, por vezes, não são tratados todos os aspectos de um mesmoproblema e que nenhum grupo se reúne regularmente para acompanhar os vários debates emcurso. Por conseguinte, consideramos que é necessário criar um grupo abrangente com asseguintes funções:

— acompanhar a evolução do diálogo sobre as várias questões técnicas realizado noâmbito dos grupos existentes, e ter em conta os seus potenciais efeitos sobre ocomércio com o objectivo de reduzir entraves desnecessários ao comércio;

— procurar alargar e reforçar a cooperação em matéria científica e regulamentar, bemcomo a troca de informações, e promover a transparência e a informação dosconsumidores.

Este grupo não se destina a substituir ou a duplicar qualquer estrutura existente, mas incluiráparticipantes dos grupos existentes e tomará em conta os pontos de vista das várias partesinteressadas.

PRAZO PREVISTO: FINAL DE 1998

b) Uma primeira medida para acelerar o processo legislativo consistiria em incentivar aapresentação simultânea de pedidos de avaliação científica nos EUA e num Estado-Membro.Actualmente está a ser estudada a possibilidade de um projecto-piloto para este efeito.

Prazo previsto: logo que um novo pedido relevante esteja em preparação pelos i ndustriais dosector

3.6 Ambiente(nºs 12 e 15 da Declaração)

No âmbito da Parceria Económica Transatlântica, será criado um grupo para o ambiente, que ficaráencarregado de debater e negociar o programa de trabalho da Parceira Económica Transatlântica nodomínio do ambiente, centrado na interface entre o comércio e o ambiente. O trabalho da ParceriaEconómica Transatlântica será coordenado com as Consultas Bilaterais de Alto Nível sobre oAmbiente EUA-UE. O trabalho do grupo para o ambiente da Parceria Económica Transatlânticaincluirá, designadamente:

— desenvolvimento de objectivos comuns em relação ao comércio e ambiente, que orientem onosso trabalho conjunto nas instâncias adequadas;

— promoção de uma maior cooperação entre cientistas e as autoridades regulamentadoras dosEUA e da UE sobre as questões do ambiente com implicações comerciais e económicas;

— informação aos negociadores em matéria comercial do eventual impacto de outrasnegociações realizadas no âmbito da Parceria Económica Transatlântica sobre as questõesde saúde, segurança e ambiente, incluindo o impacto a nível dos aspectos de regulamentaçãoe de cumprimento da legislação; e

— elaboração de abordagens comuns para as questões relacionadas com o comércio nanegociação e implementação de acordos ambientais multilaterais com um impacto potencial anível do comércio e da concorrência internacionais.

Apoiamos a formação de um Diálogo Ambiental Transatlântico (TAED) que envolva um largo númerode ONG ligadas ao ambiente para informar os nossos governos sobre as questões ambientais,incluindo as que já fazem parte do processo Parceria Económica Transatlântica.PRAZO PREVISTO: FORMAÇÃO DO GRUPO PARA O AMBIENTE DA PARCERIA ECONÓMICATRANSATLÂNTICA ATÉ Janeiro de 1999

3.7 Trabalho(nº 15 da Declaração)

Tanto o SPG norte-americano como o comunitário contêm considerações relativas aos direitos dostrabalhadores, mas os dois sistemas funcionam de forma diferente. A UE e os EUA procederão acontactos sobre a aplicação das disposições relativas aos trabalhadores nos respectivos regimes deSPG.

Reconhecendo que os códigos de conduta voluntários constituem um instrumento eficaz paramelhorar as condições dos trabalhadores a nível mundial, continuaremos a apoiar o processo dediálogo transatlântico entre empregadores, trabalhadores e ONG em relação a esses códigos deconduta que teve início em Fevereiro de 1998, em Bruxelas, e que irá ter continuidade numa reuniãomarcada para Dezembro de 1998, em Washington DC.

Prosseguiremos o nosso diálogo com os grupos representativos dos empresários e dos trabalhadoresdos EUA e com os parceiros sociais da UE, convidando-os a transmitir-nos as suas ideias sobrenovos projectos transatlânticos no domínio do emprego.

Apoiaremos o Diálogo Transatlântico sobre o Trabalho (TALD) nos seus esforços para desenvolverum contributo para o processo da Parceria Económica Transatlântica. Como uma primeira medidairemos co-patrocinar, com as nossas respectivas entidades responsáveis pelo trabalho, uma reuniãoconjunta com o TALD para criar bases para uma maior compreensão das questões laboraisrelacionadas com a Parceria Económica Transatlântica.

Iremos igualmente aumentar o nível da nossa contribuição financeira para o Programa Internacionalde Eliminação do Trabalho Infantil da OIT (IPEC), para ajudar a eliminar a exploração do trabalhoinfantil.

3.8 Consumidores(nº 15 da Declaração)

O Diálogo Transatlântico sobre Consumidores (TACD), lançado em Setembro de 1998, será tambémintegrado no processo da Parceria Económica Transatlântica.

3.9 Procedimentos em matéria de direito da concorrência(nº 13 da Declaração)

Será dada prioridade à aplicação do acordo de cortesia, concluído em 1998, a casos concretos, deforma a demonstrar a utilidade prática deste instrumento. Continuaremos a estudar as possibilidadesde uma maior cooperação na aplicação da legislação sobre concorrência.

3.10 Comércio electrónico(Nº 14 da Declaração)

A "Declaração Conjunta EUA-UE sobre o Comércio Electrónico" de Dezembro de 1997 inclui osseguintes assuntos que serão objecto de posterior análise e debate a nível bilateral:

— a eliminação das barreiras jurídicas e regulamentares desnecessárias;— a promoção de normas voluntárias que facilitem a interoperabilidade, a inovação e aconcorrência;— a continuação da isenção de direitos no tratamento das transmissões electrónicas;— a implementação global dos compromissos da OMC em matéria de telecomunicações debase;— a conclusão do "Acordo sobre as Tecnologias da Informação II", e— a facilitação das trocas comerciais através do uso do comércio electrónico.

Começaremos por concentrar os nossos esforços comuns na realização de acções específicasdestinadas a facilitar o comércio (por exemplo, harmonização de protocolos e dos dados aduaneirospara efeitos das declarações aduaneiras). Tendo em vista a sua eliminação, abordaremos também osdesincentivos comerciais, jurídicos e regulamentares ao comércio Declaração Conjunta de 1997, afim de facilitar e promover a confiança dos consumidores no comércio electrónico.

4. Quadro organizativo e processual da Parceria Económica Transatlântica

A Parceria Económica Transatlântica impõe que a actual organização das relações económicas entreambas as Partes seja revista com base, eventualmente, nas actuais estruturas da Nova AgendaTransatlântica. O principal objectivo deverá ser o de criar um quadro organizativo que permita aambas as Partes tirar plenamente partido das potencialidades da sua parceria e aplicar a Declaraçãorelativa à Parceria Económica Transatlântica, bem como o Programa de Acção.

A Cimeira UE-EUA continuará a imprimir o impulso político e a dar as orientações necessárias àrealização dos objectivos da Parceria Económica Transatlântica, nomeadamente tendo em vista asnegociações dos vários acordos comerciais previstos no âmbito da parceria, tendo em conta anecessidade de se chegar a um resultado equilibrado. A cimeira constituirá igualmente a instância daqual dependerão todas as outras estruturas.

Entre as duas cimeiras semestrais, serão organizadas reuniões a nível de Gabinetes, para manter adinâmica política e resolver, na medida do possível, determinados problemas que exijam umadeliberação a nível político.

Será criado a nível oficial um Grupo Director Parceria Económica Transatlântica, inserido na estruturainstitucional da Nova Agenda Transatlântica. Este grupo informará os Ministros e o Grupo de AltoNível dos seus progressos. Será assistido se necessário por grupos de trabalho ad hoc ouespecializados e desempenhará as seguintes funções:

— acompanhar a realização dos objectivos da Parceria Económica Transatlântica e comunicar osresultados obtidos;— acompanhar a aplicação dos acordos concluídos no âmbito da Parceria EconómicaTransatlântica;— definir e rever os objectivos da cooperação numa base permanente;— constituir uma instância horizontal que possa receber recomendações formuladas no âmbitodo diálogo entre empresas, do diálogo no domínio do ambiente, do diálogo com os consumidores edo diálogo sobre o emprego (ver nºs 15 e 16 da Declaração);— constituir uma instância horizontal para a consulta bilateral e o aviso prévio sobre qualquerquestão de importância para o comércio e o investimento, tendo em vista a prevenção de conflitos e aresolução de diferendos comerciais.

Sempre que forem assumidos compromissos no âmbito de acordos sectoriais, serão estabelecidas,se necessário, disposições organizativas específicas. No domínio do alinhamento e da convergênciaregulamentares e do reconhecimento mútuo, estas disposições poderiam ser idênticas às previstasno Acordo de Reconhecimento Mútuo existente entre a Comunidade Europeia e os Estados Unidos.

Cada Parte prestará uma atenção particular ao impacto potencial dos acordos sectoriais propostosem matéria de saúde, segurança e ambiente no âmbito da Parceria Económica Transatlântica.

Além disso, apoiaremos plenamente e de forma activa os esforços actualmente envidados peloParlamento Europeu e pelo Congresso Norte Americano no sentido de reforçarem a sua cooperaçãosobre questões relativas à Parceria Económica Transatlântica, tendo em vista contribuírem para esteprocesso.PRAZO PREVISTO: Novembro de 1998

ACÇÕES MULTILATERAIS: PORMENORES RELATIVOS AOS SERVIÇOS

1. Nova liberalização

- Procederemos a trocas de pontos de vista sobre a forma de atingir o nível mais elevadopossível de liberalização no âmbito do processo GATS 2000. Nomeadamente, esforçar-nos--emos por definir uma ambiciosa agenda de negociações sobre sectores de serviçosrelevantes, por forma a imprimir uma grande dinâmica à preparação do terceiro encontroministerial da OMC. Exploraremos a possibilidade de chegar a acordo sobre uma maiorliberalização em sectores e áreas de interesse comum para os fornecedores de serviços daUE e dos EUA, e de anunciar que ambas as Partes estariam prontas para implementar essaliberalização caso uma massa crítica de países parceiros ofereça compromissos equivalentes.Exploraremos todas as possibilidades de diálogo conjunto com países terceiros, tendo emvista assegurar um largo apoio aos nossos ambiciosos objectivos nas negociações.

PRAZO PREVISTO: PREPARAÇÃO DO TERCEIRO ENCONTRO MINISTERIAL DA OMC, OUTONODE 1999

- Trabalharemos em conjunto para manter a dinâmica dos preparativos para o GATS 2000 comoutros parceiros comerciais, inclusive no QUAD.

- Incentivaremos sempre que possível o diálogo sectorial entre indústrias de serviços, por formaa assegurar a colaboração mais estreita possível entre todos os sectores, com base nosignificativo aumento deste diálogo entre indústrias nos últimos anos.

PRAZO PREVISTO: Dezembro de 1999, E DURANTE TODAS AS NEGOCIAÇÕES PARA OGATS 2000

2. Maior convivialidade do GATS

- Esforçar-nos-emos por promover uma maior clareza no que diz respeito ao significado doscompromissos, uma maior harmonia entre as definições dos serviços em relação aos quaissão oferecidos compromissos e, aspecto mais importante, um nível mais elevado decompromissos. Estas acções destinam-se a ajudar os prestadores de serviços norte--americanos e comunitários, no mundo inteiro, a explorarem mais energicamente aspossibilidades oferecidas pelo GATS 2000, dado que, na sua forma actual e com o presentenível de compromissos, não é fácil para os exportadores de serviços tirar partido do GATS.

- Estudaremos as formas de alcançar os objectivos de abertura e de clareza. Para este efeito,criaremos um programa de trabalho sobre esta temática, que abrangerá os seguintesaspectos principais:1) Identificar os entraves à compreensão entre as empresas e à utilização do GATS (por

exemplo, definições vagas ou que se sobreponham relativas às actividades cobertaspor um compromisso) e formular recomendações no sentido de eliminar tais entraves.

2) Desenvolver técnicas de negociação que possam resultar na aplicação de certosprincípios e objectivos em geral a um conjunto alargado de sectores.

3) Testar a aplicabilidade destas técnicas numa base sectorial, utilizando as actuaispolíticas internas dos EUA e da UE como modelo.

PRAZO PREVISTO: PRIMEIRO RELATÓRIO INTERCALAR, FINAL DE 1998

3. Aspectos comerciais das regulamentações em matéria de serviços

Elaboraremos orientações favoráveis à concorrência para as disciplinas nacionais relativas aosaspectos comerciais das regulamentações em matéria de serviços, a fim de evitar que os requisitosregulamentares levem à criação desnecessária de obstáculos técnicos ao comércio de serviços.Trata-se de um objectivo primordial para o GATS 2000, baseado no artigo VI do GATS UE e nasdisciplinas regulamentares da contabilidade e na experiência adquirida com as disposiçõesespecíficas contidas no Documento de Referência para as Telecomunicações. Esta abordagemcompreenderá, nomeadamente, os seguintes passos:

Conclusão dos trabalhos sobre disciplinas para a regulamentação da contabilidadeactualmente pendentes no Grupo sobre Serviços Profissionais do GATS, tentando obter umconsenso sobre o texto do acordo e continuando a explorar formas de tornar as disciplinasjuridicamente vinculativas, e ao mesmo tempo estudar a adaptabilidade dessas disciplinas aoutros serviços profissionais.

- Trabalharemos em conjunto para melhorar ainda mais as disciplinas durante a Ronda 2000 doGATS.

PRAZO PREVISTO: FINAL DE 1998

- Elaboração de um conjunto ambicioso de directrizes regulamentares, com base na experiênciaanterior nos domínios da contabilidade, das telecomunicações e do artigo VI, e sua aplicaçãoa sectores fundamentais seleccionados em consulta com a indústria.

PRAZO PREVISTO: PREPARAÇÃO DO TERCEIRO ENCONTRO MINISTERIAL DA OMC, OUTONODE 1999