52
www.cpb.org.br Maio e junho de 2007 n25 Patrocinador oficial do Comitê Paraolímpico Brasileiro Tudo sobre a delegação do Brasil no Parapan

Document25

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Tudo sobre a delegação do Brasil no Parapan Maio e junho de 2007 w w w . c p b . o rg . b r Patrocinador oficial do Comitê Paraolímpico Brasileiro

Citation preview

Page 1: Document25

w w w . c pb . org . br

Maio e junho de 2007n25

Patrocinador oficial do Comitê ParaolímpicoBrasileiro

Tudo sobre a delegação do Brasil no Parapan

Page 2: Document25
Page 3: Document25

No Pódio 02 Stephanie Dixon 28 Carlos Jordan 38 Amaury Veríssimo 43 Erick Epaminondas

Humor 5 Tirinha da Turma da Monica e caricaturas de Guto Alves

ESPorTE ESCoLAr 06 Paraolímpicos do Futuro chega à Internet

NoTíCiAS 10 Clodoaldo Silva volta para a S4

11 Reconhecimento do CPB

31 Tiro qualificado para Pequim

32 Mundial da Ibsa

34 Bocha consegue vaga em Pequim

35 Hipismo no Mundial

ComPETiçõES 8 Novo formato do Circuito Loterias CAIXA é aprovado

CAPA 12 Brasíl no Parapan

BASTidorES 41 Curiosidades do movimento paraolímpico

oPiNiÃo 46 Ruy Cezar - Secretário Especial Rio 2007

Brasil parapan-americanoÚltima edição da revista Brasil Paraolímpico an-

tes dos Jogos Parapan-americanos, que começam no Rio de Janeiro no dia 12 de agosto. Se na edição anterior, mostramos tudo sobre o evento, nesta que-remos destacar nossos atletas. Você vai conhecer as pessoas que estão vencendo obstáculos, preconcei-tos e contrariedades e hoje são atletas de alto-ren-dimento. A eles cabe a difícil, mas honrosa tarefa de vestir a camisa verde-amarela e lutar pelo Brasil, na busca incessante pelo lugar mais alto do pódio. Com eles, entre os dias 12 a 19 de agosto, estarão a esperança e o coração de milhões de brasileiros que poderão desta vez acompanhá-los de perto. Tam-bém apresentamos neste número mais um atleta de fora do país, a nadadora Stephanie Dixon, embaixa-dora dos Jogos. Nesta edição não teremos as seções “Cultura” e “Adrenalina” em função da publicação da lista da delegação brasileira convocada para o Parapan Rio 2007.

Novas seções ocupam as páginas desta edição da revista Brasil Paraolímpico. Ambas criadas com o objetivo de homenagear quem se empenha para que o esporte paraolímpico se desenvolva e que tem uma grande parcela de responsabilidade no que vemos acontecer hoje com o Brasil. A primei-ra é uma variação da seção “No pódio”, que ago-ra, em toda edição, homenageará não apenas os atletas, mas também os técnicos, classificadores, médicos e todos os profissionais envolvidos com o movimento paraolímpico. Para inaugurar a se-ção, ninguém melhor do que o técnico de atletis-mo Amaury Veríssimo, que há 24 anos dedica seu trabalho ao desenvolvimento do esporte tanto de alto-rendimento quanto a fomentar e estimular jovens atletas.

Outra novidade é a seção “Clubes em desta-que”, um justo reconhecimento do Comitê Parao-límpico aos clubes que desempenham um louvável

papel, apoiando, desenvolvendo e contribuindo para o desenvolvimen-to do atleta e a continuidade do esporte, através da busca de novos potenciais. Os clubes merecem ser reconhecidos e por isso queremos abrir este espaço para instituições de todo o Brasil que tenham um trabalho expres-sivo. A estréia é com a Sociedade Amigos do Defi-ciente Físico, a Sadef, de Natal, que já proporcionou ao esporte atletas como Clodoaldo Silva, Francisco Avelino, Edênia Garcia, Emicarlo Elias, Maria Luzi-neide e tantos outros que hoje brilham no Brasil e fora dele. Os clubes interessados em ter seu trabalho nesta seção podem – e devem – enviar seu material para nós através dos contatos disponibilizados no expediente desta revista ou entrar em contato com o nosso Departamento de Comunicação.

Muitas novidades, mas uma constante: o empe-nho, a preparação, a garra e a dedicação de todos em prol do desenvolvimento do esporte paraolímpico neste país. O Brasil está pronto para o Parapan. Que venham os norte-americanos! Que venham os cana-denses! Que venham os mexicanos, que nos dois Jo-gos Parapan-americanos ocuparam o primeiro lugar no ranking de medalhas! Que venham os outros paí-ses! Estamos prontos para enfrentá-los nas piscinas, nas quadras, nos tatames, nas pistas, nos campos e mostrar aos brasileiros e ao mundo porque o Brasil já é reconhecidamente um grande adversário e provar que caminhamos a passos largos para nos tornarmos uma potencia paraolímpica mundial.

Boa leitura e ótimo Parapan-americano para todos nós!

Vital Severino NetoPresidente do Comitê

Paraolímpico Brasileiro

Page 4: Document25

..............

função�

Page 5: Document25

funçãoAlém de competir pelo Canadá, a nadadora Stephanie Dixon também tem a missão de ser Embaixadora dos Jogos Parapan-americanos Rio �007

Ela vai estar nos Jogos Parapan-americanos Rio 2007 com duas “funções”. Além de atleta, Ste-

phanie Dixon é também a Embaixadora dos Jogos, nomeação que recebeu em março deste ano em cerimônia no Rio de Janeiro. A canadense de 23 anos, que nada pela classe S8, já acumula medalhas e recordes em Jogos Parao-límpicos e atualmente é uma das me-lhores atletas da equipe do Canadá. E uma das mais empolgada para os Jogos também uma vez que o currículo da na-dadora ainda não inclui um Parapan.

“Estou muito animada e acredito que vai ser uma grande competição em termos de performance dos atletas, acho que vai superar as expectativas. Como atleta, quero fazer o melhor que posso para representar o meu país e como embaixadora dos Jogos, pretendo continuar promovendo a competição e passando a mensagem que todos somos iguais no esporte”, afirma.

De acordo com o presidente do Co-mitê Paraolímpico das Américas, Andrew Parsons, a escolha da atleta foi apropria-da. “Ela certamente sabe transmitir essa mensagem de pioneirismo e igualdade entre atletas olímpicos e paraolímpicos. A palavra de ordem nesses jogos será in-tegração. Olímpicos, paraolímpicos, ho-mens, mulheres, pessoas da América do Sul, Norte, Central, Caribe, todos unidos numa celebração esportiva”.

Para a nadadora, a realização dos Jogos Parapan-americanos nos mesmos locais dos Jogos Pan-americanos sig-nifica essa integração e igualdade. “Os atletas paraolímpicos tiveram o mesmo reconhecimento e credibilidade. Isso é uma grande mudança e coloca a compe-tição em outro nível. Não tenho dúvidas

Autor: Luciana PereiraFotos: Arquivo Pessoal e Canadá Swimming

Page 6: Document25

de que isso trará um impacto nos atle-tas e até mesmo em suas performances. O Brasil dá um grande exemplo para o mundo esportivo”, ressalta.

Stephanie Dixon começou a na-dar aos dois anos, levada pelos pais. “Desde então, parecia mais um peixe que uma pessoa”, diverte-se. Ela nas-ceu com má formação congênita, sem a perna esquerda e um pedaço da cin-tura. A primeira competição foi aos 13 anos e um ano depois, já fazia parte da seleção canadense. Com 16, estreou em Paraolímpiada, nos Jogos de Sidney, quando conquistou cinco medalhas de ouro, nos 100m e 400m livre, 100m costas, 4x100m livre e 4x100m med-ley. Em Atenas, um recorde mundial nos 100m costas comprovou o favoritismo na prova.

“Quando comecei a participar de competições, a minha vontade de na-dar logo se transformou em determina-ção. Mas se tornar um atleta – olímpico ou paraolímpico – não é uma coisa que acontece da noite para o dia, há muitos passos que precisam ser dados ao longo do caminho”, alerta.

Passos como um treinamento forte e muita dedicação. Dixon treina dez ses-sões por semana com pelo menos duas horas de atividades na água. Antes, trinta minutos de exercícios. A cana-dense ainda consegue conciliar treinos e competições com a faculdade de psi-cologia e diz que, quando se aposen-tar no esporte, pretende trabalhar com crianças e dividir com as pessoas a sua experiência.

Do Brasil, ela ainda não conhece muito. A primeira visita foi este ano, quando veio para a cerimônia de nome-ação como Embaixadora. Na ocasião, conheceu o Rio de Janeiro e São Pau-lo, onde participou de atividades com crianças em comunidades pobres e, se-gundo ela, foi conquistada pela “ener-gia e alegria dos brasileiros”. Tanto que já garantiu presença na torcida brasi-leira. “No Brasil, encontrei as pessoas mais amáveis e simpáticas do mundo. Quando acabarem as provas do Canadá, a minha torcida vai ser para o Brasil. Nem que tenha que ficar bem quieti-nha”, promete.

Page 7: Document25

Turma da Mônica

Dois atletas da seção No pódio desta edição estarão nos Jogos Parapan-americanos Rio 2007.

Carlos Jordan, do tênis de cadeira de rodas (pág. 28) e Erick Epaminondas,

do basquete em cadeira de rodas (pág. 43).

Divirta-se!

Page 8: Document25

O projeto Paraolímpicos do Futuro ganha mais uma ferramenta para difusão da informação. O progra-ma agora tem um hotsite, uma área específica dentro da página

do Comitê Paraolímpico Brasileiro (CPB), em que estão disponibilizadas informações so-bre as modalidades paraolímpicas para as es-colas e professores de todo o país. “O grande objetivo é levar as informações para o maior número possível de professores de educação física. O site vai nos ajudar muito a multipli-car o número de professores atingidos com esse conhecimento”, comemora o presidente do Comitê Paraolímpico Brasileiro, Vital Se-verino Neto.

Na página estão disponíveis todas as cartilhas elaboradas para o projeto Parao-límpicos do Futuro com informações sobre a implantação das modalidades paraolím-picas nas escolas. Ao acessar os links de cada um dos esportes paraolímpicos, os conteúdos didáticos estarão disponíveis de forma prática. Quem navegar no site poderá aprender todas as regras, acessar os vídeos práticos e se aprofundar em cada um dos temas.

“A criação desse espaço foi muito importante para disseminar a informa-ção, vamos ter um calendário sendo di-vulgado, dessa forma as cidades vizinhas vão poder se articular e se programar

melhor antes de cada seminário”, aponta a professora Marli Cassoli, que dá aulas para pessoas com deficiência física desde 1991.

O programa, criado em 2006, com o primeiro seminário realizado em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul já atingiu mais de 1200 professores em atividades que passaram por cinco estados: Santa Ca-tarina, Pará, Mato Grosso do Sul, Ceará e Distrito Federal. Professores de quinze ci-dades brasileiras já receberam o Paraolím-picos do Futuro este ano. Em Santa Cata-rina o seminário passou por Florianópolis, Jaraguá do Sul, Rio do Sul e Chapecó. No Mato Grosso do Sul, o programa retornou

Cartilhas sobre dez modalidades e inscrições on-line disponíveis no novo site do projeto

na era da informação�

Page 9: Document25

Autor: Carol Coelho

Fotos: Arquivo Funesp e Saulo Cruz

à Campo Grande e foi estendido também a Três Lagoas e Ponta Porã.

“O projeto nasceu aqui e isso foi uma demonstração de confiança do CPB no trabalho desenvolvido pela prefeitura de Campo Grande por meio da Fundação Mu-nicipal de Esporte (Funesp). A ousadia de um projeto dessa envergadura traz bene-fícios para todos, disseminando conheci-mentos, ampliando atendimentos à área e despertando a auto-estima e o sentido de cidadania, não só para os alunos envolvi-dos, mas também para os profissionais”, disse presidente da Fundação Municipal de Esporte (Funesp) João Rocha. Os últimos estados visitados no mês de junho foram

Ceará (em Sobral e Quixadá) e o Distrito Federal (Brasília e Taguatinga).

Ainda este ano, será realizado o II Campeonato Paraolímpico Escolar Brasi-leiro, maior evento esportivo paraolímpi-co para crianças em idade escolar. Atletas de todas as escolas do território nacional poderão participar do evento que promove e amplia a mobilização da juventude estu-dantil com deficiência em torno do espor-te. O II Campeonato Paraolímpico Escolar Brasileiro acontece entre os dias 21 e 29 de outubro.

O campeonato tem como objetivo au-mentar a prática de atividades físicas em todas as escolas brasileiras e contribuir

para o aprimoramento técnico das modali-dades em disputa dando oportunidades de competição aos estudantes com deficiên-cia de acordo com as normas do desporto paraolímpico brasileiro.

O evento é uma realização do Comitê Paraolímpico Brasileiro (CPB) em parceria com o Ministério do Esporte, com apoio da Secretaria de Educação de São Paulo. Seis modalidades participam do Campeo-nato Escolar: atletismo, natação, futebol de cinco, futebol de sete, tênis de mesa e goalball. O regulamento geral completo está disponível no novo site do Paraolím-picos do Futuro, que pode ser acessado no endereço www.cpb.org.br.

na era da informação7

Page 10: Document25

Foram etapas regionais, mas com resultados dignos de competi-ções internacionais. Pela primeira vez, o Circuito Loterias CAIXA de Atletismo e Natação, organizado

pelo Comitê Paraolímpico Brasileiro, com o patrocínio das Loterias CAIXA, aconteceu em formatos regionais. Campeões parao-límpicos e novos talentos competiram lado a lado, defendendo a sua região com o ob-jetivo de garantir índice para duas grandes etapas nacionais. O objetivo era fomentar o esporte de base e revelar novos talentos para o movimento paraolímpico nacional.

“O sucesso da regionalização foi retum-bante. O Circuito Loterias CAIXA marca uma nova era no esporte brasileiro: uma era que consolida o esporte paraolímpico em nosso país”, resumiu o presidente do Comitê Parao-límpico Brasileiro (CPB), Vital Severino Neto.

As cinco competições passaram por Brasília, Uberlândia, Curitiba, Natal e Be-lém, representando as regiões Centro-Oes-te, Sudeste, Sul, Nordeste e Norte. Cada uma reuniu, em média 300 atletas, alguns participando pela primeira vez de compe-tições. Uma oportunidade de trazer novos atletas ao mundo das competições parao-límpicas de alto rendimento. Os resultados das etapas, que aconteceram entre março e junho deste ano, impressionam: mais de cem recordes brasileiros, 20 recordes para-pan-americanos e quatro recordes mundiais dos atletas Terezinha Guilhermina (AADV), nos 400m rasos, classe T11, Yohansson Nascimento (3IN), nos 400m rasos, clas-se T45, e duas marcas de Shirlene Santos (Cetefe), no lançamento de dardo, classe F37 (paralisados cerebrais). Os recordes de Shirlene, no entanto, ainda não podem

Fórmula de sucessoNovo formato do Circuito Loterias CAIXA confirma talentos do esporte e revela novos atletas

Por: Carol CoelhoFotos: Christophe Scianni e Saulo Cruz

Terezinha Guilhermina: recorde mundial nos 400m

Page 11: Document25

ser homologados uma vez que a atleta não tem classificação internacional.

Atletas que participaram pela primei-ra vez em um evento deste porte dividiam piscinas, pistas – e muitas vezes os pódios – com atletas veteranos, campeões de Para-olimpíadas. A jovem Valéria Santarém Lira (Fepam-AM), de apenas 13 anos, é um bom exemplo de estreante que brilhou em seu primeiro circuito. A atleta quebrou quatro recordes brasileiros na piscina em Belém, conquistando não apenas índice para a eta-pa nacional, mas também uma vaga na se-leção de natação que irá defender o Brasil no Parapan, tornando-se a atleta mais nova na delegação brasileira.

“Eu nunca participei de uma competição grande como essa e agora estou aqui dando entrevistas. Não estou acostumada e con-fesso que me assustei. Ainda é tudo muito novo para mim”, contou Valéria emociona-da, após estabelecer novas marcas brasilei-ras nos 100m borboleta e nos 100m, 400m e 50m livre da classe S8.

Mas as conquistas não foram apenas dos novos atletas. Terezinha Guilhermina (AADV), que participa dos Circuitos Lote-rias CAIXA desde 2005, quebrou, durante a etapa Sul, em Curitiba, o recorde mundial nos 400m rasos, da classe T11 (para velo-cistas cegas). Terezinha terminou a prova em 56s62, batendo a marca da espanhola Purificacion Santamarta, de 56s83, conse-guido na Paraolimpíada de Sidney, em 2000. “Eu sempre sonhei com isso e agora posso dizer que sou a melhor do mundo”, disse, emocionada, ainda no pódio. Terezinha, que corre com o atleta-guia Chocolate, ainda conquistou o ouro nos 100m e nos 200m rasos durante o mesmo circuito.

Na pista de atletismo da Unicemp, lo-cal das competições da etapa Sul, também foram quebrados dois recordes parapan-americanos. Os atletas Lucas Prado (AAVD), da classe T11, nos 400m rasos, e Edson Cavalcanti (Feder), da classe T38 (paralisa-dos cerebrais), nos 200m rasos. Na etapa Centro-Oeste, os destaques foram para os recordistas brasileiros José Cícero de Sou-za (400m, classe T44), Luiz Alberto Borges (Salto em Distância, classe F37) e Maria Aparecida de Souza. O anfitrião de Brasília, Ariosvaldo Fernandes da Silva, venceu Wen-del Silva Soares, e subiu ao lugar mais alto do pódio, nos 100m e 200m.

A etapa Sudeste, com o maior número

de inscritos de todas as regiões – quase 400 atletas - foi encerrada com um recor-de mundial da atleta Shirlene dos Santos (Cetefe-DF), da classe F37 (paralisados ce-rebrais), no lançamento de dardo. Na região Nordeste mais dois recordes mundiais. O primeiro recorde veio do alagoano da clas-se T45 Yohansson Nascimento (3IN), nos 400m rasos. O segundo veio novamente da brasiliense Shirlene Santos que aumentou a própria marca.

O diretor técnico do Comitê Paraolím-pico Brasileiro, Edílson Alves, confirma o saldo positivo das etapas “Atingimos os ob-jetivos com as regionais: fomentar a base do esporte paraolímpico descobrindo atle-tas com elevado potencial. Muitos aprovei-taram a oportunidade de participar da sua primeira competição quebrando recordes e garantindo vagas para disputar competi-ções em nível nacional”.

Com a nova formatação do Circuito, o CPB criou oportunidades também para as cidades-sede de cada etapa já que um evento deste porte atrai recursos para as regiões, fomentando a economia com movimento em hotéis e serviços tempo-rários. “As cidades foram muito parceiras e receberam bem os circuitos. Nós, do CPB, estamos cumprindo a nossa respon-sabilidade de difundir o esporte para-olímpico por todas as regiões do país. Eventos como estes trazem vários bene-fícios”, contou o presidente da Comissão Organizadora do Circuito (COC), Renaus-to Amanajás.

Os campeões das regionais conquista-ram índice para as duas etapas nacionais, em Porto Alegre e São Paulo. Os clubes com mais atletas selecionados paras as nacionais também ganham prêmios do Comitê Paraolímpico Brasileiro.

Lucas Prado quebrou a marca parapan-americana nos 400m

Uma das revelações do Circuito, Valéria Santarém, foi convocada para o Parapan

Page 12: Document25

Cinco meses depois de ter sido reclas-sificado como um atleta S5, Clodoaldo Silva volta para sua classe de origem, a

S4. A decisão da Corte de Apelação de Classi-ficação do Comitê Paraolímpico Internacional foi anunciada no dia 17 de maio, após recur-so enviado pelo Comitê Paraolímpico Brasi-leiro. A notícia foi comemorada pelo CPB, que considerou inadequada a reclassificação do atleta e desde então vinha trabalhando para que a classificação fosse revista. “A de-cisão foi a prova de que o esporte paraolím-pico brasileiro tem credibilidade”, vibrou o presidente do CPB, Vital Severino Neto. Para Clodoaldo, a justiça falou mais alto: “Agora, os países pensarão mil vezes antes de querer prejudicar algum atleta paraolímpico brasi-leiro”, desabafou.

Já treinando e competindo com atletas com comprometimento físico – e tempo

em provas – menores que o dele, Clodoaldo Silva agora tem suas

chances de medalhas sen-sivelmente aumentadas.

Apesar de ter subi-do ao pódio mesmo como um S5, como

aconteceu nas Etapas Regionais do Circuito Lo-terias CAIXA de Atletismo e Na-tação ao longo do primeiro se-mestre de 2007 e no Mundial de

Natação, compe-tição em que foi

reclassificado. A pró-xima competição in-

ternacional do nadador será o Parapan-americano

Rio 2007. “Vou terminar minha preparação para o

Parapan, competição em que terei o prazer especial de participar por dois motivos: por ser no Brasil e por voltar para onde eu nunca deveria ter saído”, disse, aliviado.

“A chance do ouro agora é de 99,9%. Isso também vai fortalecer a equipe brasi-leira porque não teremos mais a disputa com outro atleta do Brasil”, completou o presidente Vital Severino Neto referindo-se ao atleta Daniel Dias, da classe S5, e atual recordista mundial nos 200m medley.

A reclassificação de Clodoaldo Silva acon-teceu no dia 3 de dezembro, no Mundial de Natação do IPC, na África do Sul, após um protesto da Espanha. O CPB estudou com sua assessoria jurídica e com o atleta os detalhes do caso e rapidamente um recurso foi envia-do ao Comitê Paraolímpico Internacional. O julgamento aconteceu quatro meses depois, no dia 4 de abril, em uma teleconferência entre Brasil, Austrália, Alemanha, Escócia e Estados Unidos. Responsáveis pelo recur-so juntamente com a área internacional do CPB, os advogados brasileiros Carlos Miguel Aidar, Alfredo Zucca e Marcel Santos, do es-critório Felsberg e Associados, comemoraram o resultado. “Foi um recurso inédito uma vez que fixa, até Pequim, o atleta na classe S4”, explica Carlos Miguel Aidar, responsável pela assessoria jurídica do CPB.

Para pedir a reclassificação de Clodo-aldo Silva, que foi feita logo após a prova dos 150m medley, em que o atleta quebrou um recorde mundial, o Comitê Paraolímpico Espanhol alegou que o nadador dominava movimentos físicos não compatíveis com um atleta da classe S4. O Comitê Paraolímpico Brasileiro, por sua vez, entendeu que a mu-dança foi inadequada uma vez que o atleta já havia sido classificado internacionalmen-te. Além disso, a deficiência de Clodoaldo - paralisia cerebral - está estabilizada, ou seja, não há evolução e nem diminuição de seus comprometimentos físicos.

Vitória brasileira

CPB ganha recurso e Clodoaldo Silva volta para a classe S4

Por: Luciana PereiraFotos: Arquivo CPB

10

Page 13: Document25

São doze anos de história. Uma trajetória de sucesso do Co-mitê Paraolímpico Brasileiro

(CPB) que hoje ganha projeção na-cional e internacional. Não apenas pelas conquistas dos atletas, mas também pelo reconhecimento do trabalho desenvolvido pela insti-tuição, criada em 1995 e presidida desde 2001 por Vital Severino Neto. “O Brasil hoje é claramente um dos países líderes do movimento para-olímpico e um grande exemplo do desenvolvimento do esporte para pessoas com deficiência. O Comitê Paraolímpico Internacional (IPC) está confiante que o CPB continuará a aumentar sua contribuição no de-senvolvimento do movimento para-olímpico, principalmente na região das Américas”, afirma Xavier Gonza-lez, diretor geral do IPC.

No dia 2 de maio, o CPB foi ho-menageado em cerimônia no Palácio Itama-raty, com a presença do presidente da Re-pública Luis Inácio Lula da Silva. A bandeira do CPB foi condecorada pelo presidente com a insígnia da Ordem ao Estandarte, um re-conhecimento do Conselho da Ordem de Rio Branco. O presidente do CPB Vital Severino Neto esteve presente na cerimônia, em que também foram homenageados os atletas pa-raolímpicos Fabiana Sugimori, da natação, e Antonio Tenório, do judô, entre outras per-sonalidades como a nadadora Maria Lenk, que recebeu homenagem póstuma.

A condecoração da Ordem do Rio Branco existe desde 1963 e premia serviços cívicos, estimulando a prática de ações e feitos dig-nos de menção. A insígnia da Ordem é uma cruz de quatro braços e oito pontas, com uma esfera em prata dourada, com a legen-da “Ubique Patriae Memor”, que significa “Em qualquer lugar, terei sempre a Pátria em minha lembrança”.

No dia 29 de maio, o presidente do CPB Vital Severino Neto recebeu a “Medalha do Mérito Esportivo”, na Camara Municipal do Rio de Janeiro. A condecoração foi uma ini-ciativa do vereador Adilson Neto. “Tenho orgulho de ter sido um dos idealizadores e fundadores desta entidade que tanto contri-bui para o crescimento do esporte paraolim-pico no Brasil”, orgulha-se o presidente do CPB Vital Severino Neto.

Mas o trabalho desenvolvido pelo CPB já ganhou também reconhecimento inter-nacional. Em abril desde ano, uma comitiva do Reino Unido esteve na sede do CPB em Brasília para conhecer as atividades desen-volvidas pela instituição. O visita fez par-te de um grande projeto capitaneado pelo British Council, entidade de promoção da cultura britânica no Brasil, que visa à inte-gração entre Brasil e Reino Unido em pro-jetos esportivos. “Como expectadora, nós já percebíamos o crescimento do esporte pa-raolímpico. Agora tivemos certeza. Um belo

desenvolvimento em um espaço tão curto”, parabenizou Roberta Kacowicz, diretora do British Council e coordenadora da projeto.

Entre as atividades desenvolvidas pelo CPB, a que mais chamou atenção da comiti-va britânica foi o Paraolímpicos do Futuro, desenvolvido para a divulgação e promoção da prática do esporte paraolímpico nas es-colas. Promovido pelo Comitê Paraolímpico Brasileiro - em parceria com as secretarias estaduais e municipais - o Paraolímpicos do Futuro incentiva a prática de atividades físicas por crianças e adolescentes com de-ficiência na escola.

“Inclusão é a chave de nosso programa e acreditamos que isso pode ser dar nas es-colas e na comunidade através do esporte. Ficaríamos muito felizes em poder parti-cipar – de alguma forma – deste trabalho desenvolvido pelo Comitê Paraolímpico Bra-sileiro”, afirmou Elias Musangeya, consultor de programas do UK Sport e coordenador da delegação britânica no Brasil.

trabalho reconhecidoComitê Paraolímpico Brasileiro ganha homenagens e tem seu trabalho reconhecido por instituições do exterior

Por: Luciana PereiraFotos: Christophe Scianni

Comitê Paraolímpico Brasileiro recebe homenagem do presidente da República

11

Page 14: Document25

o time está formadoDelegação brasileira pronta para os Jogos

Por: Luciana PereiraFotos: Arquivo CPB

Rio �007

Os atletas já estão convocados. Os profissionais que compõem a comis-são técnica e a área médica também.

Tudo pronto para o Brasil estrear nos Jogos Parapan-americanos Rio 2007, que começam no dia 12 de agosto, utilizando as mesmas instalações do Pan. “Depois de assistir pela televisão a participação brilhante de nossa delegação nos Jogos Paraolímpicos de Ate-nas, a sociedade brasileira poderá assistir in loco os melhores atletas paraolímpicos das Américas, vibrar com as suas performances além de torcer pelo Brasil. A medalha, o pó-dio conquistado em casa, ao lado da famí-lia, terão um gostinho especial e não tenho duvidas de que o Brasil terá um resultado expressivo na competição”, aposta presi-dente do CPB, Vital Severino Neto.

Os Jogos Parapan-americanos Rio 2007 terão a maior participação brasileira em competições paraolímpicas. O crescimento do país em todas as modalidades é evidente com as conquistas de excelentes resultados nos últimos campeonatos mundiais e de va-gas para os Jogos Paraolímpicos de Pequim 2008. “Com a realização dos jogos no Brasil, o ânimo dos atletas ficou redobrado e todos lutaram muito por uma vaga na equipe bra-sileira. Em todas as competições qualifica-tórias, tivemos resultados expressivos, com quebras de recordes parapan-americanos e mundiais. O resultado é uma equipe forte e pronta para encarar os adversários”, explica o diretor técnico do Comitê Paraolímpico Brasileiro e sub-chefe da delegação brasi-leira nos Jogos, Edilson Alves da Rocha.

A fase final de preparação acontece de 1º a 7 de agosto, na cidade de Re-sende, no estado do Rio. A delegação se reunirá na Academia Militar das Agulhas Negras (Aman) para o último treinamen-to e também para aumentar a integração de toda a equipe. Durante este período, serão realizadas atividades pelo Depar-tamento de Psicologia do Esporte do Co-mitê Paraolímpico Brasileiro e reuniões com a Chefia de Missão para que possam ser repassadas informações referentes ao funcionamento da Vila Parapan-america-na e estrutura dos Jogos.

Os atletas convocados do futebol de cinco e judô, modalidades ligadas à Confe-deração Brasileira de Desporto para Cegos, além dos demais atletas com deficiência

1�

Page 15: Document25

visual do atletismo e natação não parti-cipam da semana de treinamento uma vez que estarão nos Jogos Mundiais da Ibsa neste período. Os convocados do tênis em cadeira de rodas também não participam da semana de preparação porque estarão em competições.

“Esta é a melhor delegação brasileira em todos os tempos. O profissionalismo está cada vez mais presente e marcante neste meio. Para mim, é um orgulho ser o chefe desta delegação. Uma maneira mara-vilhosa de defender meu país”, orgulha-se Alberto Martins, chefe da delegação brasi-leira nos Jogos Parapan-americanos.

Vale lembrar que a convocação para os Jogos foi feita com base no programa oficial de provas da competição. Algumas provas

ainda podem ser canceladas caso não haja número mínimo de inscrições necessárias. Nesse caso, o atleta que tenha suas provas canceladas será desconvocado.

Esta é a terceira edição dos Jogos Pa-rapan-americanos da história e o primeiro realizado na mesma cidade e com o mesmo Comitê Organizador dos Jogos Pan-ameri-canos. Em 1999, a Cidade do México, no México, sediou o primeiro Parapan-ame-ricano, com a participação de dezoito países. O Brasil ficou com o 2º lugar na competição, atrás do México, com 212 me-dalhas: 107 ouros, 69 pratas e 36 bronzes e quebrou cinco recordes mundiais, todos na natação. O nadador brasileiro Luis Silva foi eleito o melhor atleta dos Jogos. Qua-tro anos depois, em 2003, os Jogos foram

realizados na Argentina, em Mar del Plata. A delegação brasileira ficou novamente em 2º lugar, também atrás do México, com 165 medalhas.

“O modelo adotado no Pan e Para-pan Rio 2007 mostra o tratamento igual do atleta paraolímpico e do atleta con-vencional, já que ambos têm o mesmo objetivo: a excelência esportiva”, ressalta Andrew Parsons, presidente do Comitê Pa-raolímpico das Américas. “Para o Comitê Paraolimpico Brasileiro, os Jogos Para-pan-americanos Rio 2007 representam uma oportunidade única, um momento de consolidação do movimento paraolímpico nacional”, completa o presidente do Co-mitê Paraolímpico Brasileiro, Vital Seve-rino Neto.

1�

Page 16: Document25

A equipe brasileira é uma das mais fortes da história, composta por 50 atletas, dos quais 21 estão entre os quatro primeiros colocados do ranking mundial. Há ainda seis atletas detentores de recordes mundiais, o que dá garantia de conquistas de muitas medalhas.

Convocação Oficial Atletismo

Nº Nome Função Data de Nascimento

Classe Funcional Clube Cidade UF

1 Ádria Rocha Santos Atleta 8/11/1974 T11 ACIC/SC Joinville SC

2 Alex Cavalcante Mendonça Atleta 9/10/1981 T12 APADV/SP Diadema SP

3 André Luiz de Oliveira Atleta 6/9/1972 T44 3IN/SP São Paulo SP

4 Andre Luiz Garcia de Andrade Atleta 4/1/1981 T13 ACERGS Presidente Prudente SP

5 Antônio Delfino de Souza Atleta 11/8/1971 T46 AEEP/DF Brasilia DF

6 Ariosvaldo Fernandes da Silva Atleta 12/12/1976 F54 CETEFE/DF Planaltina DF

7 Aurélio Guedes Santos Atleta 17/11/1962 T12 APADV/SP Marília SP

8 Carlos José Barto da Silva Atleta 6/5/1982 T11 ADEVIBEL/MG Belo Horizonte MG

9 Christiano Henrique Parente Farias Atleta 28/4/1979 T11 AACIEQ Belém PA

10 Claudemir do Nascimento Santos Atleta 8/4/1975 T46 FLAMENGO/RJ Rio de Janeiro RJ

11 Diego Lucas Madeira Atleta 20/11/1983 T53 ADD/SP São Paulo SP

12 Edson Cavalcante Pinheiro Atleta 3/6/1979 T38 FEDER/RO Porto Velho RO

13 Emicarlo Elias de Souza Atleta 26/10/1981 T46 SADEF/RN Natal RN

14 Felipe de Souza Gomes Atleta 26/4/1986 T11 URECE/RJ Rio de Janeiro RJ

15 Gilson José dos Anjos Atleta 2/8/1983 T13 AJIDEVI/SC Joinville SC

16 Hilário Moreira Neto Atleta 14/5/1982 T11 URECE/RJ Rio de Janeiro RJ

17 Indayana Pedrina Moia Martins Atleta 22/11/1988 T13 AADV/PR Balneário Camboriú SC

18 Jenifer Martins dos Santos Atleta 30/6/1989 T38 AAPPD Recife PE

19 Joana Helena dos Santos Silva Atleta 16/2/1963 T12 ADEVIUD/MG Uberlândia MG

20 João Tenório de Araújo Atleta 7/7/1974 F56 ADEFAL/AL Maceió AL

21 José Carlos P. de Alecrim Atleta 23/10/1986 T46 ADFEGO/GO Goiânia GO

22 José Ribeiro da Silva Atleta 30/5/1977 T37 CPSP/SP São Paulo SP

23 Júlio César Petto de Souza Atleta 19/2/1977 T12 AJIDEVI/SC Joinville SC

24 Leonardo Amâncio Atleta 5/12/1977 F58 ADM/PE Recife PE

25 Lucas Prado Atleta 27/5/1985 T 11 AADV/PR Curitiba PR

26 Marco Aurélio Borges Atleta 1/1/1978 F44 CIEDEF/SP São Paulo SP

27 Maria José Ferreira Alves Atleta 10/3/1977 T 12 AJIDEVI/SC Joinville SC

28 Maria Joselita da Silva Moreira Atleta 8/8/1982 F54 ADM/CE Fortaleza CE

29 Marlete Vicente Atleta 3/1/1964 F42 JUDECRI/SC Criciúma SC

30 Moisés Vicente Neto Atleta 24/11/1963 T 46 AEEP/DF Águas Lindas de Goiás GO

31 Nelson Ned Trajano Pereira Atleta 16/7/1974 T13 AMC/MT Limeira SP

Atletismo 49 Atletas

ConvocaçõesO Brasil é forte candidato ao título de campeão geral da com-

petição, disputando, com chances reais de medalhas, todas as mo-dalidades. Confira, a seguir, os convocados de cada modalidade.

Page 17: Document25

32 Odair Ferreira dos Santos Atleta 17/5/1981 T12 CTLP Limeira SP

33 Ozivam dos Santos Bonfim Atleta 4/12/1975 T46 CPSP/SP Guarulhos SP

34 Paulo Douglas Moreira de Souza Atleta 20/9/1985 F36 ANDEF/RJ Niterói RJ

35 Pedro César da Silva Moraes Atleta 28/8/1973 T12 AMC/MT Cuiabá MT

36 Priscila Lima Teixeira Atleta 19/1/1991 T46 CORBRAZ Ceilândia DF

37 Raquel Adriana Alves Clemente Atleta 25/1/1975 T37 CTLP/SP Limeira SP

38 Roseane Ferreira dos Santos Atleta 15/10/1971 F58 3IN/SP Maceió AL

39 Rosinei Herrera Atleta 21/4/1972 F36 CAIRA/MS Campo Grande MS

40 Sheila Finder Atleta 15/8/1979 T46 CEPE/SC Joinville SC

41 Shirlene Santos Coelho Atleta 19/2/1981 F37 CETEFE/DF Brasília DF

42 Sirlene Aparecida Guilhermino Atleta 27/10/1981 T12 AADV/PR Curitiba PR

43 Sônia Maria Pereira Gouveia Atleta 1/6/1958 F53 ADEFAL/AL Maceió AL

44 Suely Rodrigues Guimarães Atleta 19/11/1957 F56 AAAUFPE/PE Recife PE

45 Terezinha Aparecida Guilhermino Atleta 3/10/1978 T11 AADV/PR Curitiba PR

46 Tito Alves de Sena Atleta 06/02/1967 T46 ADFEGO/GO Goiânia GO

47 Vanderson Alves da Silva Atleta 1/12/1982 F56 ANDEF/RJ São Gonçalo RJ

48 Wendel Silva Soares Atleta 24/8/1978 T54 CETEFE/DF Brasília DF

49 Yohansson do Nascimento Ferreira Atleta 25/9/1987 T46 3IN/SP Maceió AL

Atletas Guias

Nº Nome Função Atleta Guiado Cidade UF

1 Cássio Henrique Damião Atleta Guia Carlos Jose da Silva Barto Belo Horizonte MG

2 Fábio Dias de Oliveira Atleta Guia Felipe de Souza Gomes Rio de Janeiro RJ

3 Gerson Knitell Atleta Guia Maria José Ferreira Alves Joinville SC

4 Jorge Luiz Silva de Souza Atleta Guia Terezinha Aparecida Guilhermino Curitiba PR

5 Joseni da Silva Atleta Guia Alex Cavalcante de Mendonça São Caetano do Sul SP

6 Justino Barbosa Atleta Guia Lucas Prado Joinville SC

7 Luiz Rafael Krub Atleta Guia Adria Rocha Santos Joinville SC

8 Paulo Venicio Palheta Atleta Guia Christiano Henrique Parentes Farias Ananideua PA

9 Reginaldo Recofca Silva Atleta Guia Aurélio Guedes Santos Marília SP

10 Laércio Alves Martins Atleta Guia Sirlene Aparecida Guilhermino Joinville SC

11 Cédric de Magalhaes Neri Atleta Guia Hilário Moreira Neto Rio de Janeiro RJ

12 Ricardo de Oliveira Itacaramby Atleta Guia Pedro César Silva Moraes Cuiabá MT

Comissão Técnica

Nº Nome Função Entidade Cidade UF

1 Amaury Wagner Veríssimo Técnico CPB Joinville SC

2 João Paulo Cunha Técnico CPB São Caetano do Sul SP

3 Fábio Leandro Breda Técnico CPB Limeira SP

4 Manoel Ramos Técnico CPB Brasília DF

5 José dos Santos Figueiredo Técnico CPB Natal RN

6 Ricardo Silva Mello Staff Técnico CPB Campinas SP

7 Marcos dos Santos Staff Técnico CPB São Caetano do Sul SP

8 Márcio Cleber Rufino Moreira Staff Técnico CPB Ilha Solteira SP

9 Everaldo Braz Lúcio Staff Técnico CPB Joinville SC

1�

Page 18: Document25

Basquete em cadeira de rodas feminino – 12 atletasO ponto forte da equipe é o fato de jogarem juntas muito tempo o que garante um ótimo entrosamento em quadra. O Brasil vai

lutar para conquistar uma vaga para os Jogos Paraolímpicos de Pequim 2008. A presença de Canadá e EUA, que já conquistaram a vaga no Campeonato Mundial da Holanda em 2006, deixará os jogos ainda mais duros.

Convocação Oficial Basquetebol em Cadeira de Rodas - Feminino

Nº Nome Função Data de Nascimento

“Classe Funcional” Clube Cidade UF

1 Cintia Mariana Lopes de Carvalho Atleta 16/4/1985 1.0 ALL STAR RODAS/PA Belém PA

2 Cleonete de Nazare Santos Reis Atleta 26/9/1976 2.0 ALL STAR RODAS/PA Belém PA

3 Dilma Fernandes da Silva Atleta 29/6/1976 4.5 ALL STAR RODAS/PA Belém PA

4 Lia Maria Soares Martins Atleta 9/6/1987 4.5 ALL STAR RODAS/PA Belém PA

5 Helena Lucia Rodrigues Ferrão Atleta 17/1/1977 4.0 ALL STAR RODAS/PA Belém PA

6 Jucilene da Paixão Moraes Atleta 25/11/1978 4.0 ALL STAR RODAS/PA Belém PA

7 Lucicleia da Costa Costa Atleta 16/8/1980 3.0 ALL STAR RODAS/PA Belém PA

8 Maria das Graças Ramos Sá Atleta 14/7/1971 4.0 ALL STAR RODAS/PA Belém PA

9 Mônica Fernanda Andrade Santos Atleta 16/1/1979 4.6 CAD/SP São Paulo SP

10 Naides Jesus Mafra Atleta 22/11/1977 2.0 ALL STAR RODAS/PA Belém PA

11 Ozineide Lobato Pantoja Atleta 24/9/1971 2.5 ALL STAR RODAS/PA Belém PA

12 Rosália Ramos da Silva Atleta 22/1/1970 2.0 ACADEF/RJ Rio de Janeiro RJ

Comissão Técnica

Nº Nome Função Entidade Cidade UF

1 Wilson Flávio da Silva Corrêa Técnico CBBC Belém PA

2 Ana Maria Fonseca Teixeira Auxiliar Técnica CBBC Joinville SC

3 Lenilson João Silva de Medeiros Mecânico CBBC Belém PA

4 Mauricio Leonardo de Souza Lemos Coordenador Técnico CBBC Campos RJ

Basquete em cadeira de rodas masculino – 12 atletasO crescimento da seleção, atualmente a 3ª nas Américas, mostra a evolução da modalidade. No ultimo Parapan-americano em Mar

Del Plata 2003 o Brasil perdeu para os Estados Unidos na prorrogação, fato que se repetiu na Copa América de Colorado Springs. No Parapan, o Canadá deve grande favorito ao título, mas o Brasil vai contar com o apoio da torcida para garantir a vaga para Pequim.

Convocação Oficial Basquetebol em Cadeira de Rodas - Masculino

Nº Nome Função Data de Nascimento

“Classe Funcional” Clube Cidade UF

1 Anderson Carlos Silva Ferreira Atleta 21/3/1979 4.5 ÁGUIAS DA CADEI-RA DE RODAS/SP São Paulo SP

2 Erick Epaminondas da Silva Atleta 5/10/1978 3.5 CAD/SP São José do Rio Preto SP

3 Everaldo Caitano de Lima Atleta 24/7/1973 2.5 CAD/SP São José do Rio Preto SP

4 Heriberto Alves Roca Atleta 21/4/1980 1.0 ÁGUIAS DA CADEI-RA DE RODAS/SP São Paulo SP

5 Irio Francisco Nunes Atleta 2/5/1980 4.5 ANDEF/RJ Recife PE

6 José Marcos da Silva Atleta 2/2/1970 4.0 AEDREHC/SP São Paulo SP

7 José Soares da Silva Atleta 9/12/1977 4.0 ADDF/PE Recife PE

1�

Page 19: Document25

Futebol de 5 – 10 atletasAs duas principais potências da modalidade – Brasil e Argentina – estão nas Américas. O Brasil é atual Campeão Paraolímpico,

vencendo na final a equipe Argentina. A Argentina é a atual Campeã Mundial, vencendo na final o Brasil. Logo, o Parapan será a grande revanche com a vantagem brasileira de estar jogando em casa.

Convocação Oficial Futebol de 5

Nº Nome Função Data de Nascimento

“Classe Funcional” Clube Cidade UF

1 Damião Robson de Souza Ramos Atleta 28/12/1974 B1 APACE/PB João Pessoa PB

2 Emerson Carvalho Atleta 2/4/1984 B1 ADEVIPAR/PR Curitiba PR

3 Fábio Ribeiro Vasconcelos Atleta 22/7/1974 Goleiro CEIBC/RJ Campina Grande PB

4 Jefferson Gonçalves Atleta 5/10/1989 B1 IBC/RJ Candeias BA

5 João Batista da Silva Atleta 2/2/1980 B1 CEIBC/RJ Belo Horizonte MG

6 Marcos José Alves Felipe Atleta 14/10/1981 B1 APACE/PB João Pessoa PB

7 Ricardo Steinmetz Alves Atleta 15/12/1988 B1 ACERGS/RS Porto Alegre RS

8 Sandro Laina Soares Atleta 21/3/1981 B1 CEIBC/RJ Rio de Janeiro RJ

9 Severino Gabriel da Silva Atleta 13/9/1982 B1 APACE/PB João Pessoa PB

10 Andreonni Fabrizius Faria do Rego Atleta 19/7/1970 Goleiro APACE/PB João Pessoa PB

Comissão Técnica

Nº Nome Função Entidade Cidade UF

1 Antônio Pádua Alves da Costa Técnico CBDC João Pessoa PB

2 Cleber Ferreira Idalgo Preparador Físico CBDC Curitiba PR

3 Roderley Ferreira Coordenador Técnico CBDC Curitiba PR

Futebol de 7 – 10 atletasO Brasil é o grande favorito ao título da competição nessa modalidade. A base da equipe vice-campeã paraolímpica em Atenas

2004 foi mantida e comissão técnica também é a mesma. Este ano, a seleção brasileira de futebol de sete disputará não apenas o Parapan, mas o Campeonato Mundial da modalidade, que acontece em novembro, no Rio de Janeiro.

8 Leandro de Miranda Atleta 27/8/1982 4.5 ÁGUIAS DA CADEI-RA DE RODAS/SP Guarulhos SP

9 Natanael Alexandre da Silva Atleta 23/12/1978 4.5 ADDF/PE Recife PE

10 Nilton Divino Alves Pessoa Atleta 28/1/1976 2.0 ÁGUIAS DA CADEI-RA DE RODAS/SP São Paulo SP

11 Sergio Estevão de Barros Alexandre Atleta 13/1/1982 2.0 ADDF/PE Recife PE

12 Wandemberg Naijaim do Nascimento Atleta 28/9/1983 2.0 ÁGUIAS DA CADEI-RA DE RODAS/SP São Paulo SP

Comissão Técnica

Nº Nome Função Entidade Cidade UF

1 Maria de Fátima Fernandes Barbosa Técnica CBBC São Paulo/SP SP

2 Maria Adriana Constantino Atleta CBBC São José do Rio Preto SP

3 Marcelo Ferreira Romão Mecânico CBBC São Paulo SP

4 Paulo César dos Santos Coordenador Técnico CBBC São José do Rio Preto/SP SP

17

Page 20: Document25

Convocação Oficial Futebol de 7

Nº Nome Função Data de Nascimento

“Classe Funcional” Clube Cidade UF

1 Fabiano Rogério Bruzzi atleta 1/7/1980 C7 ANDEF/RJ Timóteo MG

2 Fermiano de Queiroz Neto atleta 30/5/1978 C7 CAIRA/MS Campo Grande MS

3 Flávio Dino Pereira atleta 18/1/1982 C7 CEMDEF/MS Campo Grande MS

4 Gilberto Ferreira de Moraes atleta 18/3/1977 C7 CEMDEF/MS Corumbá MS

5 Jean Adriano Rodrigues atleta 19/9/1981 C7 CAIRA/MS Campo Grande MS

6 José Carlos Monteiro Guimarães atleta 22/5/1978 C6 IBDD/RJ Rio de Janeiro RJ

7 Leandro Manso Marinho atleta 24/6/1978 C8 ANDEF/RJ Duque de Caxias RJ

8 Luciano Gonçalves Rocha atleta 15/6/1979 C8 CEMDEF/MS Campo Grande MS

9 Marcos dos Santos Ferreira atleta 7/4/1978 C7 CAIRA/MS Campo Grande MS

10 Moisés Tamiozzo da Silva atleta 19/3/1979 C6 ANDEF/RJ Itaboraí RJ

11 Pedro Ramão Gonçalves atleta 10/1/1979 C8 CAIRA/MS Campo Grande MS

12 Renato da Rocha Lima atleta 13/11/1980 C7 CAIRA/MS Campo Grande MS

Comissão Técnica

Nº Nome Função Entidade Cidade UF

1 Paulo Fernando Rodrgigues Cruz Técnico ANDE Rio de Janeiro RJ

2 Marcel Henriques Maciel Auxiliar Técnico ANDE Rio de Janeiro RJ

3 Paulo Sérgio de Miranda Coordenador Técnico ANDE Rio de Janeiro RJ

Halterofilismo – 18 atletasO fato de serem realizadas provas apenas nas categorias “leve” e “pesado” reduz a quantidade de medalhas oferecidas. Entretan-

to, o Brasil terá grandes representantes na competição. Destaque no masculino para Alexander Whitaker, quarto lugar em Atenas e no Campeonato Mundial, e no feminino para Maria Luzineide e Joselene Alves, recordistas parapan-americanas.

Convocação Oficial Halterofilismo

Nº Nome Função Data de Nascimento

Categoria de Peso Clube Cidade UF

1 Ailton Clemente da Silva Atleta 24/1/1976 Até 48 kg SADEF/RN Natal RN

2 Alexander Whitaker dos Santos Atleta 15/2/1970 Até 67,5 kg CPSP/SP São Paulo SP

3 Alexandre Pereira de Gouvêa Atleta 24/3/1977 Até 62 kg ANDEF/RJ Rio de Janeiro RJ

4 Carlos Antônio Trindade Cassim Atleta 13/6/1967 Até 60 kg INSTITUTO VIRTUS/MG Serra ES

5 Claudemar Santim Atleta 3/4/1969 Até 75 kg CPSP/SP Ubarana SP

6 Cristiano Aparecido Pacheco Atleta 2/10/1978 Acima 100kg CPSP/SP São Paulo SP

7 Emerson Júnior Barbosa Atleta 10/6/1974 Acima 100kg CPSP/SP São Paulo SP

8 Esnande Quirino da Silva Atleta 23/1/1975 Até 52 kg APODEC/CE Caruaru PE

9 João Euzébio Batista Atleta 7/5/1967 Até 82,5 kg SADEF/RN Natal RN

10 José Ricardo Costa da Silva Atleta 23/8/1968 Até 100 kg FEPAM/AM Manaus AM

11 Joseano dos Santos Felipe Atleta 20/10/1973 Até 90kg CADEF/RS Natal RN

12 Josilene Alves Ferreira Atleta 19/3/1969 Até 67,5 kg ADFEGO/GO Goiânia GO

13 Maria Luzineide Santos de Oliveira Atleta 3/5/1974 Até 44 kg SADEF/RN Natal RN

14 Raimundo Damasceno de Oliveira Atleta 2/7/1969 Até 56 kg SADEF/RN Natal RN

15 Rodrigo Rosa de Carvalho Marques Atleta 13/9/1985 Até 75 kg INSTITUTO VIRTUS/MG Uberlândia MG

1�

Page 21: Document25

16 Sandro Alves da Silva Atleta 6/5/1969 Até 90 kg FUNAD/PB João Pessoa PB

17 Terezinha Mulato dos Santos Atleta 2/11/1971 Até 60kg SADEF/RN Natal RN

18 Valmir Silvestre de Souza Atleta 11/11/1970 Até 82,5kg ANDEF/RJ Rio de Janeiro RJ

Comissão Técnica

Nº Nome Função Entidade Cidade UF

1 João Vieira Pereira Júnior Técnico CPB Goiânia GO

2 Carlos Willian Rodrigues da Silva Técnico CPB Natal RN

3 Mauro Aparecido de Gusmão Técnico CPB São Paulo SP

Judô – 21 atletasO Brasil participará do Parapan com uma equipe competitiva, devendo disputar medalhas em todas as categorias, tanto no

masculino como no feminino. A delegação inclui quatro medalhistas paraolímpicos, entre eles Antônio Tenório com três medalhas de ouro no curriculum e favorito em sua categoria.

Convocação Oficial Judô

Nº Nome Função Data de Nascimento

Categoria de Peso Classe Clube Cidade SP

1 Alexandre Magno Ferreria da Silva Atleta 8/1/1976 +100 B1 SADEF/RN Natal RN

2 Antônio Tenório da Silva Atleta 24/10/1970 -100 B1 IBDD/RJ São Paulo SP

3 Daniele Bernardes da Silva Atleta 6/8/1984 -57 B3 CESEC/SP São Bernardo do Campo SP

4 Denis Aparecido Rosa Atleta 18/10/1979 -81 B2 ADEVIG/SP Guarulhos SP

5 Divino Aurélio Dinato Atleta 21/6/1973 -90 B1 ADVEG/GO Goiânia GO

6 Eduardo Paes Barreto Amaral Atleta 29/6/1967 -73 B2 IBDD/RJ Rio de janeiro RJ

7 Elmo Mamede Carvalho Vaz Atleta 11/10/1961 +100 B2 IBDD/RJ Rio de Janeiro RJ

8 Helder Maciel Araújo Atleta 18/8/1977 -60 B2 CESEC/SP São Paulo SP

9 Karla Ferreira Cardoso Atleta 18/11/1981 -48 B3 CESEC/SP Rio de Janeiro RJ

10 Lourdes Maria Silva de Souza Atleta 15/2/1985 -70 B3 IBDD/RJ Rio de Janeiro RJ

11 Lucia da Silva Teixeira Atleta 17/6/1981 -63 B3 CESEC/SP São Paulo SP

12 Magno Marques Gomes Atleta 3/1/1983 -66 B3 AJG/SP São Bernardo do Campo SP

13 Michelle Aparecida Ferreira Atleta 18/11/1984 -52 B2 ADBIMS/MS Campo Grande MS

14 Regina Dornelas da Costa Atleta 30/4/1979 -63 B2 ADEVIBEL/MG Belo Horizonte MG

15 Renata Carvalho Quintão Atleta 1/10/1977 -52 B1 IBDD/RJ Belo Horizonte MG

16 Roberto Nunes da Paixão Atleta 29/12/1976 - 60 B1 IBDD/RJ Rio de Janeiro RJ

17 Robson André Santos de Souza Atleta 7/8/1985 -66 B1 RCP/RO Porto Velho RO

18 Ana Luiza Nonato de Farias Atleta 22/12/1975 -48 B2 SADEF/RN Natal RN

19 Harlley Damião Pereira Arruda Atleta 5/7/1979 -81 B1 AJG/SP São Paulo SP

20 Deane Silva de Almeida Atleta 12/8/1981 +70 B2 ADEVIBEL/MG Belo Horizonte MG

21 Wanderson Mauricio Ferreira Porfírio Atleta 21/2/1983 -73 B3 CESEC/SP São Paulo SP

Comissão Técnica

Nº Nome Função Entidade Cidade UF

1 Carmelino de Souza Vieira Coordenador Técnico CBDC Rio de Janeiero RJ

2 Jucinei Gonçalves da Costa Técnico Judô CBDC Rio de Janeiero RJ

3 Jaime Roberto Bragança Auxiliar Técnico CBDC São Paulo SP

4 José Pereira da Fonseca “Auxiliar Técnico Judô” CBDC Itabuaraí RJ

1�

Page 22: Document25

Natação – 60 atletasA maior delegação da história da natação brasileira mescla experiência de atletas como Clodoaldo Silva e Fabiana Harumi com

jovens talentos como André Brasil e Daniel Dias. A natação é uma das modalidades que mais cresceu nos últimos anos, subindo de um 10º lugar no Campeonato Mundial de 2002 para o 5º lugar no Mundial de 2006.

Convocação Oficial Natação

Nº Nome Função Data de Nascimento

“Classe Funcional” Clube Cidade UF

1 Adriana Gomes de Azevedo Atleta 6/4/1978 S6-SB5-SM6 SADEF/RN Natal RN

2 Adriano Galvão Pereira Atleta 21/8/1961 S2 CADEF/RN Natal RN

3 Adriano Gomes de Lima Atleta 21/6/1973 S6-SB5-SM6 COP/RN Natal RN

4 Alex Vieira de Lima Atleta 21/7/1972 S7-SB6-SM7 AAPPD/PE Recife PE

5 Ana Clara Carneiro Grillo Cruz Atleta 2/11/1991 S8 SERC/SP São Paulo SP

6 Ana Lucia Guilherme Novaes Atleta 4/6/1970 S2 TTC/RJ Rio de Janeiro RJ

7 Ana Raquel Montenegro Batista Lins Atleta 11/3/1971 S10 SADEF/RN Natal RN

8 André Brasil Esteves Atleta 23/5/1984 S10-SB9-SM10 IBDD/RJ São Paulo SP

9 André Luiz Meneghetti Atleta 23/10/1979 S 11 SERC/SP Campinas SP

10 Anselmo Alves Atleta 6/6/1978 S4-SB2-SM3 SERC/SP São José SC

11 Antônio Carlos Pereira Atleta 12/7/1975 S11 ADI/SP Indaiatuba SP

12 Carlos Alonso Farrenberg Atleta 10/1/1980 S13 ADFISA/SP Santos SP

13 Caroline Fernandes Werneck Atleta 20/9/1991 S6-SB5-SM6 AABB/SP Campinas SP

14 Claudia Celina da Silva Atleta 9/1/1966 S4-SM4 AAPPD/PE Recife PE

15 Clodoaldo Francisco da Silva Atleta 1/2/1979 S4-SB3-SM4 SADEF/RN Rio de Janeiro RJ

16 Daniel de Faria Dias Atleta 24/5/1988 S5-SB4-SM5 CIEDEF/SP Camanducaia MG

17 Danielson Pontes dos Santos Atleta 9/4/1987 S6-SB6-SM6 SADEF/RN Natal RN

18 Danilo Binda Glasser Atleta 23/3/1977 S10 CPSP/SP Americana SP

19 Edênia Nogueira Garcia Atleta 30/4/1987 S4 SADEF/RN Natal RN

20 Edivaldo Prado Aragão Júnior Atleta 19/11/19777 S3 PFDA Maracanau CE

21 Eliane Pereira de Souza Atleta 1/7/1952 S11 CEIBC/RJ Rio de Janeiro RJ

22 Fabiana Harumi Sugimori Atleta 1/12/1980 S11 TCC/SP Campinas SP

23 Fabiano Machado da Silva Atleta 31/5/1975 S9 CEDE/PUCPR Curitiba PR

24 Fábio Brandão Gomes Cruz Atleta 1/5/1981 S11 FLAMENGO/RJ Rio de Janeiro RJ

25 Felipe Marinho de Oliveira Atleta 5/1/1973 S11 ADEVIBEL/MG Belo Horizonte MG

26 Francisco de Assis Avelino Atleta 15/2/1966 S5-SB4 SADEF/RN Natal RN

27 Francisco Martins Atleta 1/5/1954 S4 ADEFIL/PR Londrina PR

28 Gabriel Feiten Atleta 20/5/1980 S2 ASASEPODE/RS Porto Alegre RS

29 Gabriela Cantagalo Atleta 25/5/1992 S9-SB8 ASMAG/SP Guarulhos SP

30 Genezi Alves de Andrade Atleta 31/8/1972 S3-SB2-SM3 CADEF/RN Natal RN

31 Gilberto Fernandes Neto Atleta 1/9/1978 S11 IBC/RJ Rio de Janeiro RJ

32 Gilmara Sol do Rosário Atleta 1/10/1971 S5 CPS/SP São Paulo SP

33 Gledson Soares Atleta 12/7/1976 S8-SB6-SM7 CADEF/RN Natal RN

34 Isidoro Angelo Mazotini Atleta 25/9/1975 S8-SB7 CIEDEF/SP Campinas SP

35 Ivanildo Alves de Vasconcelos Atleta 26/9/1972 S6-SB4-SM5 CAPP/SP Jaboatão dos Guararapes PE

�0

Page 23: Document25

36 Joelson Dionizio de Barros Atleta 20/8/1977 S7 CAPP/PE Recife PE

37 Joo Sok Seo Atleta 28/10/1966 S4 CIEDEF/SP São Paulo SP

38 José Afonso de Medeiros Atleta 6/8/1967 S7 IBDD/RJ Curitiba PR

39 Jourdan Renne Lutkus Atleta 30/12/1985 S10-SB9-SM10 SERC/SP São Paulo SP

40 Leticia Lucas Ferreira Atleta 16/6/1982 S5 UTC/MG Uberlândia MG

41 Lucas Emanuel Ito Atleta 17/9/1989 S1 CPSP/SP São Paulo SP

42 Luis Antônio Correa da Silva Atleta 25/9/1981 S6 CAPP/SP Recife PE

43 Marcelo Collet e Silva Mauro Atleta 17/9/1980 S10 ABAD/BA Salvador BA

44 Mauro Luiz Brasil da Silva Atleta 1/12/1981 S9-SM9 VASCO/SPORTECH Rio de Janeiro RJ

45 Michele Regina Linzmeyer Atleta 22/3/1981 S3 CEPE/SC Joinville SC

46 Milene Souza da Silva Atleta 1/5/1992 S8-SB6 SADEF/RN Natal RN

47 Moisés Domingues Batista Atleta 28/7/1977 S5-SB3-SM4 CEDE/PUCPR Curitiba PR

48 Nélio Pereira de Almeida Atleta 7/4/1976 S6-SB6-SM6 SADEF/RN Natal RN

49 Pollyane Rodrigues Miranda Atleta 21/2/1992 S13 UTC-CEMEESP Uberlândia MG

50 Regiane Nunes da Silva Atleta 11/10/1984 S12 MESC/SP Ribeirão Pires SP

51 Renato Nunes da Silva Atleta 2/4/1988 S12 MESC/SP Ribeirão Pires SP

52 Rildene Fonseca Firmino Atleta 12/2/1974 S5-SB3-SM4 SADEF/RN Natal RN

53 Rodrigo Machado de Souza Ribeiro Atleta 5/12/1979 S11 CEIBC/RJ Rio de Janeiro RJ

54 Romildo Ramos Santos Atleta 2/5/1976 S3-SB3-SM3 ADFEGO/GO Goiânia GO

55 Ronaldo Souza Santos Atleta 28/7/1977 S7-SM6 ABAD/BA Salvador BA

56 Rosival Marques Fernandes Atleta 9/8/1973 S4-SB3-SM4 AAPPD/PE Recife PE

57 Suely Cristina Carvalho de Souza Atleta 4/6/1979 S11 CEIBC/RJ Rio de Janeiro RJ

58 Tássia Fernandes Alves Atleta 5/3/1978 S10 CAPP/PE Recife PE

59 Valéria Santarem Lira Atleta 17/9/1993 S8 FEPAM/AM Manaus AM

60 Wagner Pires Atleta 6/8/1978 S7 CIEDEF/SP São Paulo SP

Comissão Técnica

Nº Nome Função Entidade Cidade UF

1 Murilo Moreira Barreto Técnico CPB Salvador BA

2 Rui Menslin Técnico CPB Curitiba PR

3 Carlos César da Paixão Aguiar Técnico CPB Rio de Janeiro RJ

4 Lívia Maria Amaro Prates Técnica CPB Rio de Janeiro RJ

5 Luiz Marcelo Ribeiro da Luz Técnico CPB Campinas SP

6 Marcos Rojo Prado Técnico CPB Bragança Paulista SP

7 Marcelo Hiroshi Suguimori Tapper CPB Campinas SP

8 Marcus Vinicius Doboc Guimarães Tapper CPB Rio de Janeiro RJ

9 Luiz Gustavo Santana Portugal Tapper CPB Belo Horizonte MG

10 Maico Cleber Cabestre Apoio CPB Campinas SP

11 Alisson Alves da Silva Apoio CPB Araraquara SP

12 Marcos Antônio Bento Pinheiro Apoio CPB Brasília DF

13 José Murilo Simas Abi-Râmia Apoio CPB Rio de Janeiro RJ

14 João Paulo de Oliveira Apoio CPB Natal RN

15 Thais Helena Molar Apoio CPB Paulinea SP

16 Zaira do Nascimento Mello Apoio CPB Rio de Janeiro RJ

�1

Page 24: Document25

Tênis de mesa – 28 atletasO Brasil é a grande força da modalidade nas Américas e o atual campeão parapan-americano por equipe. Os atletas evoluíram

muito com a participação em competições internacionais, o que fez com que todos subissem na classificação do ranking interna-cional. No Parapan do Rio, a luta é pela conquista do maior número medalhas e para manter o título de campeão das Américas.

Convocação Oficial Tênis de Mesa

Nº Nome Função Data de Nascimento

“Classe Funcional” Clube Cidade UF

1 Alexandre Lazarim Caldeira Atleta 16/1/1975 C 10 CPSP/SP Araçatuba/SP SP

2 Alexandre Macieira Ank Atleta 14/12/1979 C 4 APUCRE/MG Juiz de Fora/MG MG

3 Antônio Carlos Barbosa de Melo Atleta 3/11/1985 C 10 ADM/CE Fortaleza/CE CE

4 Carla Maia Limp de Azevedo Atleta 24/1/1981 C 2 CETEFE/DF Brasília/DF DF

5 Carlo di Franco Michell Atleta 10/5/1970 C 6 APUCRE/MG Belo Horizonte/MG MG

6 Carollina Maldonado Atleta 28/6/1981 C 10 CPSP/SP Santos/SP SP

7 Claudiomiro Segatto Atleta 15/9/1971 C 5 ADFP/PR Curitiba/PR PR

8 Cristovam Jaques Pereira Lima Atleta 17/12/1964 C 7 CETEFE/DF Brasília/DF DF

9 Dina Regina da Silva Abreu Atleta 10/4/1967 C 6 ADEJ/SC Joinville/SC SC

10 Ecildo Lopes de Oliveira Atleta 18/8/1963 C 4 SADEF/RS Natal/RN RN

11 Edimilson Matias Pinheiro Atleta 17/6/1977 C 9 CPSP/SP Cruzeiro/SP SP

12 Francisco Eugênio Braga Sales Atleta 7/3/1963 C 1 ADM/CE Fortaleza/CE CE

13 Francisco Wellington de Melo Atleta 10/5/1981 C 8 ADM/CE Fortaleza/CE CE

14 Hemerson Leocadio Kovalski Atleta 22/9/1971 C 2 ADFP/PR Curitiba/PR PR

15 Iranildo Conceição Espíndola Atleta 24/1/1969 C 2 CETEFE/DF Brasília/DF DF

16 Ivanildo Pessoa de Freitas Atleta 13/5/1966 C 4 CPSP/SP São Paulo/SP SP

17 Jane Carla Rodrigues Atleta 6/7/1975 C 8 ADFEGO/GO Aparecida de Goiânia/GO GO

18 João Fernando Martins do Nascimento Júnior Atleta 6/8/1980 C 8 RCP/RO Porto Velho/RO RO

19 Jorcerley Madeira da Silva Atleta 5/6/1975 C 3 ADFEGO/GO Goiânia/GO GO

20 Joyce Fernanda de Oliveira Atleta 24/6/1990 C 4 AACD/SP Jundiaí/SP SP

21 Luiz Algacir Vergílio da Silva Atleta 23/3/1973 C 3 CEDE/PR Curitiba/PR PR

22 Luiz Henrique Medina Atleta 4/6/1951 C 6 CPSP/SP São Paulo/SP SP

23 Maria Luiza Pereira Passos Atleta 9/6/1951 C 5 ADFP/PR Curitiba/PR PR

24 Roberto Pereira Alves Atleta 10/4/1959 C 5 ADFEGO/GO Goiânia/GO GO

25 Rosângela Azevedo Dalcim Atleta 14/4/1964 C 3 ADFP/PR Bento Gonçalves/RS RS

26 Sônia Maria de Oliveira Atleta 23/5/1961 C 5 ADFP/PR Curitiba/PR PR

27 Welder Camargo Knaf Atleta 6/4/1981 C 3 ADFP/PR Guarapuava/PR PR

28 Willian Gabriel Ricken Almeida Atleta 30/7/1986 C 10 CEDE/PR Curitiba/PR PR

Comissão Técnica

Nº Nome Função Entidade Cidade UF

1 José Ricardo Rizzone de Souza Vale Técnico CPB Brasília DF

2 Benedito Rodrgiues de Oliveira Técnico CPB Curitiba PR

3 Edir Domingues Oliveira Técnico CPB Belo Horizonte MG

4 Luiz Henrique Porto Villani Técnico CPB Belo Horizonte MG

5 Elton Shiraishi Técnico CPB Goiânia GO

6 Alice Hitomi Nakashima Técnica CPB Joinville SC

��

Page 25: Document25

7 Janet Suzan Davies Apoio CPB Santos SP

8 Luiz Gustavo Claro Amorin Apoio CPB Goiânia GO

9 Elinete Rodrigues da Silva Apoio CPB Brasília DF

Tênis em cadeia de rodas – 4 atletasO Brasil participará da competição com uma equipe completa: quatro atletas. Os grandes adversários serão Chile, Estados Unidos

e Canadá.

Convocação Oficial Tênis em Cadeira de Rodas

Nº Nome Função Data de Nascimento

“Classe Funcional” Clube Cidade UF

1 Carlos Alberto Chave dos Santos Atleta 14/2/1970 única CETEFE Brasília DF

2 Maurício Pommê Atleta 24/3/1970 única CBT São Paulo SP

3 Rejane Cândida da Silva Atleta 21/10/1976 única CETEFE Brasília DF

12 Samanta Almeida de Almeida Atleta 14/8/1978 única CBT Goiânia GO

Comissão Técnica

Nº Nome Função Entidade Cidade UF

1 Wanderson Araújo Cavalcante Técnico CBT Brasília DF

2 Josimário Alves Ferreira Técnico CBT Goiânia GO

3 Sérgio Alves dos Santos Apoio Técnico CBT São Gonçalo RJ

Voleibol sentado – 12 atletasUma das modalidades mais novas no Brasil. No primeiro ano de desenvolvimento, fez uma excelente participação nos Jogos Parapan-americanos

de Mar del Plata em 2003. A seleção ganhou um reforço de peso, com a chegada do campeão olímpico Amauri Ribeiro como técnico da equipe.

Convocação Oficial Voleibol Sentado

Nº Nome Função Data de Nascimento

“Classe Funcional” Clube Cidade UF

1 Deivisson Ladeira dos Santos Atleta 7/11/1982 CRUZ DE MALTA/SP São Paulo SP

2 Renato de Oliveira Leite Atleta 11/8/1982 CRUZ DE MALTA/SP São Paulo SP

3 Guilherme Borrajo Faria Gomes Atleta 25/4/1982 CRUZ DE MALTA/SP Rio de Janeiro RJ

4 Jose Mauro Vilarinho Atleta 30/4/1969 CRUZ DE MALTA/SP Rio de Janeiro RJ

5 Augusto Santos da Silva Atleta 16/4/1964 SUZANO PARAOLÍMPICO/SP Santos SP

6 Diogo Rebolças Atleta 24/10/1986 CRUZ DE MALTA/SP São Paulo SP

7 Giovani Eustáquio de Freitas Atleta 26/3/1971 CRUZ DE MALTA/SP Belo Horizonte MG

8 Claudio Irineu da Silva Atleta 21/7/1969 CETEFE/DF Ceilandia DF

9 Rodrigo Alves de Melo Atleta 6/1/1986 SUZANO PARAOLÍMPICO/SP Suzano SP

10 Gilberto Lourenço Da Silva Atleta 22/12/1978 PPP/SP Carapicuíba SP

11 Daniel Jorge da Silva Atleta 24/3/1981 ADFP/PR Curitiba PR

12 Rogerio Silva Camargo dos Santos Atleta 29/1/1976 CRUZ DE MALTA/SP São Paulo SP

Comissão Técnica

Nº Nome Função Entidade Cidade UF

1 Amauri Ribeiro Técnico ABVP São Paulo SP

2 Marco Aurélio Horvath Cziniel Auxiliar Técnico ABVP São Paulo SP

3 Marcelo Donizete Micheletto Preparador Físico Voleibol ABVP São Paulo SP

4 Rafael Gnecco Proença Fisioterapeuta ABVP São Paulo SP

��

Page 26: Document25

Nosso esporte paraolímpico é movido a talento, superação e apostas.

As Loterias CAIXA têm o maior orgulho de patrocinar o CPB – Comitê Paraolímpico Brasileiro. Mais do que um estímulo às conquistas, é uma forma de promover a inclusão social por meio do esporte. Desde 2004, a parceria firmada entre as Loterias CAIXA e o CPB tem contribuído para o desenvolvimento do paradesporto brasileiro. A criação do Circuito Loterias CAIXA Brasil Paraolímpico de Atletismo e Natação – atualmente na sua 3ª edição – oferece calendário anual de competições que permite o contínuo treinamento e o surgimento de novos talentos. Por isso, quando um atleta brasileiro sobe ao pódio, você pode se sentir orgulhoso porque também contribuiu para essa conquista. Cada vez que você aposta nas Loterias CAIXA, você aposta no esporte paraolímpico brasileiro.

Loterias CaiXa. Uma aposta no BrasiL.

Antônio DelfinoOuro nos 200m e 400mJogos ParaolímpicosAtenas 2004

Patrocinadora Oficial do Comitê Paraolímpico Brasileiro

Page 27: Document25

Nosso esporte paraolímpico é movido a talento, superação e apostas.

As Loterias CAIXA têm o maior orgulho de patrocinar o CPB – Comitê Paraolímpico Brasileiro. Mais do que um estímulo às conquistas, é uma forma de promover a inclusão social por meio do esporte. Desde 2004, a parceria firmada entre as Loterias CAIXA e o CPB tem contribuído para o desenvolvimento do paradesporto brasileiro. A criação do Circuito Loterias CAIXA Brasil Paraolímpico de Atletismo e Natação – atualmente na sua 3ª edição – oferece calendário anual de competições que permite o contínuo treinamento e o surgimento de novos talentos. Por isso, quando um atleta brasileiro sobe ao pódio, você pode se sentir orgulhoso porque também contribuiu para essa conquista. Cada vez que você aposta nas Loterias CAIXA, você aposta no esporte paraolímpico brasileiro.

Loterias CaiXa. Uma aposta no BrasiL.

Antônio DelfinoOuro nos 200m e 400mJogos ParaolímpicosAtenas 2004

Patrocinadora Oficial do Comitê Paraolímpico Brasileiro

Page 28: Document25

Sadef/RN estréia seção que irá mostrar as atividades dos clubes que possibilitam novos caminhos para os atletas

Por: Fernanda Villas BôasFotos: Divulgação Sadef

Justa homenagem

De dentro de uma pequena sa-linha no Caic Lagoa Nova, em Natal, saíram 19 dos 240 atletas convocados para o Pa-rapan. O número representa

8% da delegação que representará o Brasil entre os dias 12 e 19 de agosto no Rio de Janeiro. Só isso já seria motivo de sobra para a Sociedade Amigos do Deficiente Fí-sico do Rio Grande do Norte (Sadef/RN) estar na estréia da seção que fará uma homenagem aos clubes que desenvolvem um trabalho de relevância no esporte pa-raolímpico.

O clube tem 250 filiados. Desses, 160 são atletas e 16 estarão no Parapan-americano. De lá já saíram grandes campeões como Edê-nia Garcia, Rildene Firmino, Emicarlo Elias de

��

Page 29: Document25

Justa homenagemSouza, Maria Luzineide e continuam a apare-cer novos talentos, como Adriana Azevedo, que estréia em competições internacionais no Parapan do Rio de Janeiro.

Natação, halterofilismo, judô, atletis-mo, basquetebol em cadeira de rodas, ci-clismo, karatê, natação, tênis de mesa e tiro com arco. Isso mesmo. Tiro com arco. Uma modalidade ainda pouco desenvolvi-da no Brasil, mas que já foi representada – pelo clube – no Mundial da modalidade, realizado em Massa Carrara, na Itália, em 2005. O objetivo dos atletas Francisco das Chagas Dantas, que esteve no Mundial, e Severino Cavalcanti, Campeão Brasileiro da modalidade, é estar no Mundial que será realizado na Coréia, em outubro desde ano, e tentar uma vaga para a Paraolimpíada de Pequim, em 2008. O desenvolvimento da modalidade começou com o atleta Seve-rino Cavalcanti, quem adquiriu o primeiro material para treinamento. Atualmente, o clube já tem material para os atletas que treinam com o técnico Roberto di Sena.

Os atletas associados recebem todos os recursos necessários ao treinamento. Técnicos, uniformes e locais para treina-mento que vão desde as próprias depen-dências do Caic, onde funciona a sede, até as piscinas do Sesi Clube, o Centro de Reabilitação Infantil (CRI), o Colégio Ima-culada Conceição, o Conacan (Candelária)

e a Universidade Federal do Rio Grande do Norte. O clube também tem uma academia que funciona no bairro da Cidade Nova, onde treinam os atletas do halterofilismo. Para os atletas de baixa renda, ainda são oferecidas 32 cestas básicas, através de uma parceria com a Prefeitura de Natal, e transporte para o treino, feito em veículo adquirido em 2003 com recursos do Gover-no do Estado do Rio Grande do Norte, na Campanha Cidadão Nota 10. O clube ainda oferece, através de um patrocínio com a Uniodonto, assistência odontológica para 80 dos seus atletas filiados.

Atualmente, o clube também tem desen-volvido um trabalho de encaminhamento ao mercado de trabalho através de um convê-nio a ser firmado com o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte. Pela parceria, serão empregadas vinte pessoas nas funções de motoristas, secretária, telefonista e auxiliar de serviços gerais. Segundo Eduardo Gomes, investir na educação também é fundamental para garantia do futuro dos atletas. “Traba-lhamos em buscas de novas possibilidades através da formação escolar e universitária”, destaca. O trabalho já deu frutos e atual-mente a Sadef tem 19 atletas estudando com bolsas de estudo integrais na Universidade Potiguar – UNP, um convenio firmado este ano. Outros dez atletas – de nível fundamen-tal e médio – também têm bolsas de estu-

do através do CDF Colégio e Curso e Centro Avançado de Ensino – CADE.

“A Sadef não busca apenas o alto rendi-mento. Espero que as outras associações pos-sam seguir o mesmo exemplo”, diz o nadador Clodoaldo Silva que garante não trocar o clube por nada. “Tenho orgulho de representá-la”, acrescenta uma das estrelas do clube.

A Sadef foi fundada em fevereiro de 1995 e, em menos de um ano, ganhou o reconhecimento legal de instituição de utilidade pública do estado do Rio Grande do Norte e do município de Natal. “A idéia da criação da Sadef surgiu da carência de atleta, que não tinham nenhuma orienta-ção na prática esportiva. Ela surgiu para dar apoio a essas pessoas e representá-las nas competições” conta Eduardo Gomes, atual presidente.

O objetivo do clube agora é construir uma sede permanente para a instituição em um terreno doado pela Prefeitura de Natal. A expectativa é que ainda este ano a nova sede esteja pronta, ocupando uma área de 1.500 metros quadrados, onde serão construídos os escritórios adminis-trativos e um centro de treinamento para todas as modalidades desenvolvidas pelo clube, incluindo um ginásio no Bairro de Cidade Satélite, em Natal. Informações so-bre o clube pelo telefone 84-3231-4783 ou no endereço www.sadefrn.org.br.

�7

Page 30: Document25

..............

Jordan trocou a bola de basquete pelas raquetes de tênis e hoje é o

número um do ranking brasileiro

��

Page 31: Document25

Ele trocou a bola de basquete pe-las raquetes de tênis e hoje faz parte da seleção que irá defender o Brasil nos Jogos Parapan-ame-ricanos Rio 2007. Jordan, como

é conhecido o atleta Carlos Alberto Cha-ves dos Santos, teve poliomielite aos dois anos de idade e a doença afetou os seus membros inferiores. Aos 14 anos, buscou

o esporte para superar a timidez e tentar a reabilitação e logo começou a jogar bas-quete em cadeira de rodas. “O basquete foi meu primeiro esporte adaptado. Ele me deu condições para eu ser o que eu sou hoje”.

Jordan jogou basquete em cadeira de rodas durante quinze anos e chegou a participar da seleção que defendeu o país nos Jogos Parapan-americanos de 1999,

no México. Em 2003, durante o treino de basquete, assistiu a uma competição de tênis em cadeira de rodas, que acontecia no mesmo local do treinamento. Foi o pri-meiro contato com o esporte e Jordan teve a oportunidade de escolher.

De um lado, a modalidade que o atle-ta já conhecia há muito tempo. Do outro, a novidade, o desafio de jogar tênis, um

Autor: Carol CoelhoFOTOS: Arquivo pessoal

��

Page 32: Document25

esporte que passava, na época, por um momento muito especial no Brasil e em Brasília, onde existiam lugares que ofe-reciam treinamentos gratuitos da moda-lidade e estrutura aos atletas iniciantes. “Foi mais do que um desafio, o tênis em cadeira de rodas apareceu para mim como uma nova proposta e uma nova perspec-tiva de conhecer um esporte individual, além das boas condições que a cidade de Brasília oferecia”, lembra.

Depois de quatro anos do primeiro Parapan, Jordan volta aos jogos. Dessa vez como atleta do tênis. O primeiro do ranking brasileiro. E com a chance de disputar uma vaga para os Jogos Parao-límpicos de Pequim, em 2008. “Vejo uma grande possibilidade de o Brasil conse-guir uma medalha no tênis. Vamos dis-putar uma medalha de ouro, tenho certe-za”, contou Jordan, confiante na seleção que foi convocada aos Jogos.

Enquanto o Parapan não chega, Jor-dan participa de torneios internacionais. Nos últimos meses, esteve no Torneio de Nova Iorque, no Mundial de Tênis em Ca-deira de Rodas na Suécia e acaba de re-tornar do Torneio Internacional da Fran-ça. “Todas essas competições têm sido um grande e importante preparo para o Parapan-americano”.

O piauiense, nascido em Parnaíba, é um dos quatro integrantes da seleção que irá defender o Brasil no Parapan. O tenista se emociona ao falar sobre a sua ligação com o esporte e os objetivos para o futuro “A coisa que eu mais amo na vida é jogar e estar entre amigos, não consigo pensar em parar. Quero estar para sempre ligado a essa área e todo o meu círculo de convivência está ligado ao tênis. Não sei viver sem isso”, contou o atleta.

Desde os dois anos, Jordan mora em Brasília. A família foi em busca de trata-mentos específicos para o caso de polio-mielite. Na cidade, o atleta passou por al-gumas cirurgias e até hoje faz fisioterapia. Atualmente, a rotina é dividida entre os treinos nas quadras de tênis e o trabalho como funcionário público na área judiciá-ria. O dia começa bem cedo: às 7h da ma-nhã o atleta segue para o trabalho, onde fica até 13h. A tarde é no lugar que mais ama: as quadras de tênis. Não há dúvidas. A troca de modalidade fez bem ao cam-peão Carlos Alberto Chaves dos Santos.

�0

Page 33: Document25

O tiro esportivo brasileiro está cada vez mais próximo de ga-rantir vaga na Paraolimpíada de Pequim, em 2008. Durante o GP da França de Tiro Esporti-

vo, dois atletas brasileiros - Carlos Garletti e Sérgio Vida, atingiram o MQS (Minimum Qualification Standard), qualificação míni-ma necessária para a participação nos Jo-gos Paraolímpicos de Pequim, em 2008. O GP da França aconteceu em Dieuze, entre os dias 10 e 13 de maio.

O técnico nacional de Tiro Esportivo, Coronel Lima e Silva, explicou que o índi-ce, no entanto, não garante a participação dos atletas ou do país nos Jogos, e que é preciso ainda uma classificação ou mesmo um convite para que o país chegue até a paraolimpíada de Pequim. “Se tivermos um convite para o Brasil, podemos dizer que já possuímos atletas com as condições e índi-ces necessários para conseguir a vaga nos

próximos Jogos Paraolímpicos”, contou o técnico nacional da modalidade.

O recordista brasileiro de tiro paraolím-pico, Carlos Garletti, contou quais são os próximos desafios para a conquista dessa vaga inédita para o Brasil. “Agora iremos à Alemanha, no dia 21 de julho, para a cidade de Suhl, onde ocorrerá o Aberto Eu-ropeu. Com resultados positivos durante o Aberto acho que podemos carimbar mais um pedacinho da nossa etapa rumo a Pe-quim”, contou Garletti.

Garletti explicou que para se tornar elegível a pleitear uma vaga para as pa-raolimpíadas, o atleta deve conseguir no mínimo dois resultados qualificatórios mínimos (MQS), no mesmo evento (R1, R3, etc) em competições internacionais chanceladas pelo Comitê Paraolímpico In-ternacional (IPC), foi o que o recordista conseguiu pela primeira vez na Itália e na Suíça em 2006.

Atletas do tiro conseguem índices para Pequim

Perto do alVoSobre o Tiro Paraolímpico

As regras do tiro paraolímpico va-riam de acordo com a prova, distância e tipo do alvo, posição de tiro, núme-ro de disparos e o tempo que o atleta tem para atirar. Em cada competição as disputas ocorrem numa fase de classi-ficação e numa final. Todas as pontua-ções de ambas as fases são somadas e vence quem obtiver mais pontos. O alvo é dividido em dez circunferências que valem de um a dez pontos e são subdivi-didas, cada uma, entre 0.1 e 0.9 pontos. A menor e mais central circunferência vale dez pontos. Sendo assim, o valor máximo que pode ser conseguido é de 10.9. As regras das competições para atletas convencionais e com deficiência são basicamente as mesmas, porém com pequenas adaptações. Pessoas amputa-das, paraplégicas, tetraplégicas e com outras deficiências locomotoras podem competir no masculino e no feminino. Administram a modalidade tanto a Fe-deração Internacional de Tiro Esportivo-ISSF quanto o Comitê de Tiro Esportivo do Comitê Paraolímpico Internacional.

�1

Page 34: Document25

O ano de 2007 é mesmo especial para o movimento paraolímpi-co brasileiro. Além dos Jogos Parapan-americanos em agos-to, no Rio de Janeiro, e o Campeonato Mundial de Futebol de

Sete, em novembro, também no Rio, o país se prepara para receber a maior competição do mundo para atletas cegos e com baixa vi-são: a terceira edição dos Jogos Mundiais de Cegos. Organizada pela Confederação Brasileira de Desportos para Cegos, CBDC, e pela International Blind Sports Federation, Ibsa, entidade que dirige o esporte para cegos no mundo, a competição teve sua primeira edi-ção na Espanha, em 1998, e a segunda no Canadá, em 2003.

No Brasil, as provas acontecem entre 28 de julho e 08 agosto nas cidades de São Paulo e São Caetano do Sul, em São Paulo. Mais de 1700 atletas estão inscritos em sete modalidades: atle-tismo, futebol B1, para jogadores cegos, e B2/B3, para jogadores de baixa visão, natação, judô, goalball e halterofilismo. As provas são classificatórias e os índices obtidos nos Jogos acumulam pon-tos na disputa de vagas para Pequim.

“É uma alegria organizar este evento, principalmente pelo seu significado. Os melhores atletas do mundo estarão no Brasíl em busca de vagas para Pequim. A visibilidade vai ser fundamental

para que as pessoas conheçam o universo do deficiente visual de uma maneira muito positiva, através do esporte”, enfatiza David Farias Costa, presidente da CBDC.

Em maio, uma prévia do Mundial aconteceu na primeira seletiva para a competição. A sexta edição dos Jogos Brasileiros de Cegos reuniu 700 atletas de natação, atletismo e judô. Alguns com a ale-gria de quem inicia a caminhada no esporte paraolímpico. Outros, com a experiência de muitos quilômetros percorridos. No Mundial, os espanhóis são meus principais adversários. Eles devem vir fortes e ganhar deles aqui seria maravilhoso”, revela Odair Santos (CTLP/SP), da classe T12, referindo-se a Abel e Ignacio Ávila.

Mas o alto nível técnico da competição não assusta os atle-tas brasileiros. Pelo contrário. É sempre melhor e mais fácil de baixar os tempos, nadar bem e sair da prova satisfeito”, conta Carlos Farremberg (Adfisa/SP), da classe S13. Outra veterana e recordista mundial que está contando os minutos para as primei-ras disputas em São Paulo é Terezinha Guilhermina (AADV/PR). “Pra mim vai ser uma honra ser anfitriã das minhas adversárias. Vou competir com muita garra aqui no meu país”, promete a atleta, da classe T11.

Mais de 1700 inscritos disputam sete modalidades na maior competição para atletas cegos e com baixa visão

contagem regressiVa Para os Jogos mundiais de cegos

Por: Julia CensiFotos: Julio Maeda

��

Page 35: Document25

A dona do jogo

De quimono ou de chuteiras, ela é uma graça. E já está preparada para encarar todas as modalidades dos Jogos Mundiais de Cegos. A mascote do torneio faz sucesso entre crianças e adultos. E não é para menos! Dorinha é uma garotinha cega, criada por Mauricio de Sousa e inspirada na força, simpatia e sabedoria de Dorina Nowil, de 88 anos e cega desde os 17. Dorina é Presidente Vitalícia da fundação que leva seu nome e uma das brasileiras que mais lutam pela inclusão do deficiente visual. “Dorinha é uma personagem de força e superação. Além de ser antenada, principalmente em moda, assim como Dona Dorina”, disse Mauricio de Sousa. A musa inspiradora responde com humildade: “É muita generosidade dizer que fui a inspiração, mas não posso negar que fico muito feliz”.

��

Page 36: Document25

A bocha já tem vagas garantidas na Para-olimpíada de Pequim em 2008. Atletas de três das quatro classes da modalidade

abriram a vaga nos Jogos na Copa do Mundo de Bocha, realizada entre os dias 9 e 19 de maio, em Vancouver, no Canadá. Esta será a primeira vez que a bocha – como é praticada atualmente – participa de uma paraolimpíada. Com as con-quistas da equipe brasileira na Copa do Mundo, o Brasil estará com a equipe quase completa du-rante os Jogos.

“Isso é fruto de um trabalho de dez anos. A expectativa era muito boa pelo bom trabalho es-quematizado e planejado que a equipe técnica e os clubes fizeram nos últimos tempos”, comemo-rou o presidente da Associação Nacional de Des-porto para Deficientes (Ande), Ivaldo Brandão.

Durante a Copa do Mundo, o Brasil con-quistou o direito de participar nos pares da classe BC4 e ainda teve uma medalha de prata no individual com o atleta Eliseu dos Santos (ADFP-PR), também da BC4. Após a atualiza-ção do ranking, o país conquistou a vaga para equipe com as classes BC1 e BC2. Com isso, a seleção brasileira ganha também o direito de participar no individual das duas classes. Além de Eliseu dos Santos, delegação brasileira ainda tinha os atletas Flavio Marcelino (CAD-SP), José Carlos Oliveira (Adefu-MG), Raphael Gregório (ADFP-PR), Maciel de Souza Santos (CAD-SP), Eder Vieira Nogueira (ADD-MS), Daniele Martins (Aparu-MG), Gefferson Teixeira da Rosa (ADD-MS), Alexandre Gonçalves Neto (APBS-SP), Adriano Andrade da Silva (ASBS-SP) e Dirceu José Pinto (Tradef-SP).

As vagas conquistadas são do país, por isso, os atletas BC1, BC2 e BC4 vão precisar ainda de bons resultados nos campeonatos nacionais re-alizados pela Associação para que sejam convo-cados para os Jogos. Para o atleta Eliseu Santos, medalha de prata na Copa, é uma emoção garan-

tir a vaga para o seu país. “Agora eu vou treinar muito para entrar na seleção brasileira que vai à Pequim em 2008. Já consegui a vaga, agora quero ter a certeza de que estarei na seleção”, contou o atleta.

O diretor técnico da Ande, Paulo Miranda, falou sobre a delegação bra-sileira e a preparação dos atletas para o Mundial. “O Brasil foi muito bem colocado, nós conseguimos atingir o nosso objetivo nessa Copa do Mundo, a seleção teve um preparo específico que trouxe os bons resultados”, contou Pau-lo Miranda realizado com as conquistas do Brasil.

Para o árbitro internacional da moda-lidade, Erinaldo Chagas, grandes compe-tições como o Mundial do Rio de Janeiro, realizado em outubro de 2006, ajudam o país a ter conquistas como essas. “Isso re-flete o trabalho que a Ande e o CPB fazem junto com os clubes e associações, pro-movendo grandes competições, com uma estrutura jamais vista pela bocha parao-límpica. Hoje o Brasil conta com mais de dez árbitros internacionais, classificadores, técnicos, dirigentes e atletas com experi-ência e capacidade que nos conduziram a esse sucesso”.

O jogo de bocha foi adaptado para aten-der os atletas com grau severo de compro-metimento motor. Pode ser praticado in-dividualmente, em duplas ou equipes e os atletas são divididos nas classes BC1 e BC2 (paralisia cerebral com disfunção motora que afeta todo o corpo), BC3 (paralisia cerebral ou não cerebral, ou de origem degenerativa), BC4 (grave disfunção lo-comotora nos quatro membros, de origem degenerativa ou não cerebral).

Você sabia?A primeira medalha parao-

límpica brasileira da história foi conquistada em uma variação da bocha, o lawn bowls, uma espé-cie de bocha sobre a grama. Os atletas Róbson Sampaio de Al-meida e Luiz Carlos, o Curtinho conquistaram nos Jogos Parao-límpicos de Toronto, no Canadá, a medalha de prata.

bocha garante Vagas e estréia nos Jogos ParaolímPicos

Conquistas vieram na Copa do Mundo da modalidade

bocha garante Vagas e estréia nos Jogos ParaolímPicos

Por: Carol CoelhoFotos: Divulgação Ande

��

Page 37: Document25

Quatro cavaleiros brasileiros represen-tam o Brasil no Mundial de Hipismo Paraolímpico, realizado entre os dias

16 a 22 de julho, em Hartury College, na In-glaterra. Marcos Alves, Davi Salazar, Sergio Fróes e Vera Lucia Mazilli, todos de Brasília, conquistaram as vagas depois disputar duas seletivas: a primeira realizada em São Paulo, em dezembro de 2006, e a segunda em Bra-sília, nos dias 18, 19 a 20 de maio deste ano. Na Inglaterra, o Brasil, que é campeão sul-americano, terá a chance de garantir vagas para a Paraolimpíada de Pequim, em 2008.

“Estamos muito esperançosos e vamos lutar por três vagas em Pequim. Só temos quatro anos na modalidade, mas já esta-mos começando a aparecer mundialmente, apesar de ainda não termos o mesmo nível técnico de países que competem há vinte anos”, explica a técnica da delegação bra-sileira e da equipe de Brasília, Marcela Frias Pimentel, destacando o bom desempenho do país no Aberto da Bélgica, realizado em setembro de 2006, quando três dos seis ca-valeiros brasileiros presentes conseguiram percentual mínimo (60%) na competição, tornando o país elegível para Pequim.

Na Paraolimpíada de Atenas, em 2004, o Brasil teve apenas um representante, o cavaleiro Marcos Alves, o Joca, que encer-rou a competição em 9º lugar. Ele acredita que em Pequim, já pode pensar no pódio. “As expectativas são melhores. Acho que já podemos pensar em brigar por medalhas”, adianta. Mas antes, o Brasil enfrenta os adversários no Mundial da Inglaterra, país mais forte na modalidade. “A expectativa é grande e estamos treinando muito para chegarmos afiados no Mundial”, promete David Salazar, outro atleta classificado.

O hipismo é praticado por pessoas com vários tipos de deficiência e homens e mulheres competem juntos, nas mesmas provas. Ao contrário do adestramento con-vencional, a areia da pista é compactada para facilitar a locomoção do cavaleiro. As letras de posicionamento também são maiores e os atletas cegos podem utilizar chamadores para orientá-lo. Outra carac-terística do esporte é que tanto os com-petidores quanto os cavalos vencedores recebem medalhas.

Como em todas as modalidades pa-raolímpicas, os atletas passam por uma

classificação funcional e quanto menor o número de sua classificação, maior o comprometimento da deficiência. Os atle-tas são agrupados em quatro categorias: Ia, Ib, II, III, IV. As provas de hipismo paraolímpico são seqüências de figuras, de círculos e diagonais, em uma pista de 20x40m.A competição acontece em três dias: o primeiro com prova por equipe, o segundo com provas individuais, ambos com provas de reprise técnica. No último dia, os cavaleiros fazem uma apresenta-ção artística, com música.

Os atletas com graus mais baixos reali-zam movimentos apenas no passo, ou seja, o cavalo apenas anda. Os mais altos incluem galopes e movimentos laterais, utilizados no adestramento convencional. Mas além de de-corar a seqüência, é fundamental que o cava-leiro tenha sintonia com o seu cavalo.

“O cavalo não pode querer fazer uma coisa e o cavaleiro outra. O entrosamento é importante para que a seqüência seja feita corretamente e os movimentos sejam precisos. Isso é um dos principais pontos da avaliação”, resume Olívia Sikorski, juí-za da modalidade.

Equipe selecionada no Brasileiro da modalidade vai para o Mundial lutar por vagas na Paraolimpíada de Pequim

Por: Luciana PereiraFotos: Pedro Teixeira

hiPismo do brasil na inglaterra

��

Page 38: Document25

INVESTIR NO PARAPAN É INVESTIR NO BRASIL.II I JOGOS PARAPAN-AMERICANOS RIO 2007.

DE 12 A 19 DE AGOSTO.

Maurício Pomme – Atleta

Conheça, acompanhe, participe: www.brasi lnopan.com.brPraticar esporte faz bem à saúde.

Logo depois do Pan, vamos receber de braços abertos os Jogos

Parapan-americanos Rio 2007. O Governo Federal está investindo

cerca de R$ 60 milhões no evento, que contará com a participação de

mais de 1.300 atletas e 700 membros de delegações, disputando

10 modalidades. O projeto do Parapan é um importante passo para

garantir a acessibilidade de pessoas com deficiência física no País.

Serão utilizadas as mesmas instalações dos Jogos Pan-americanos

e também a Vila Pan-americana, que já foi projetada pensando-se

nesses atletas. E você também pode colaborar. Receba bem os atletas

e os turistas. Faça parte dessa torcida.

O E S P O R T E N Ã O T E M M E S M O L I M I T E S : D E P O I S D O P A N , C O M E Ç A T U D O D E N O V O . N Ã O P E R C A O P A R A P A N .

Rev.A+ Lance 42x28 pomme final 3/6/07 4:23 PM Page 1

Page 39: Document25

INVESTIR NO PARAPAN É INVESTIR NO BRASIL.II I JOGOS PARAPAN-AMERICANOS RIO 2007.

DE 12 A 19 DE AGOSTO.

Maurício Pomme – Atleta

Conheça, acompanhe, participe: www.brasi lnopan.com.brPraticar esporte faz bem à saúde.

Logo depois do Pan, vamos receber de braços abertos os Jogos

Parapan-americanos Rio 2007. O Governo Federal está investindo

cerca de R$ 60 milhões no evento, que contará com a participação de

mais de 1.300 atletas e 700 membros de delegações, disputando

10 modalidades. O projeto do Parapan é um importante passo para

garantir a acessibilidade de pessoas com deficiência física no País.

Serão utilizadas as mesmas instalações dos Jogos Pan-americanos

e também a Vila Pan-americana, que já foi projetada pensando-se

nesses atletas. E você também pode colaborar. Receba bem os atletas

e os turistas. Faça parte dessa torcida.

O E S P O R T E N Ã O T E M M E S M O L I M I T E S : D E P O I S D O P A N , C O M E Ç A T U D O D E N O V O . N Ã O P E R C A O P A R A P A N .

Rev.A+ Lance 42x28 pomme final 3/6/07 4:23 PM Page 1

Page 40: Document25

..............

De manhã, ele é professor de edu-cação física. Depois do almoço, vira o técnico dos maiores ve-

locistas paraolímpicos do país. Com a mesma serenidade e a mesma dedica-ção. A seriedade e o comprometimento com que cuida dos treinos de Terezi-nha Guilhermina, por exemplo, atual recordista mundial dos 400m para velocistas cegas, Amaury Veríssimo, de 51 anos, emprega nas aulas para deficientes visuais na pequena aca-demia improvisada na Ajidevi (Asso-ciação Joinvillense para Integração dos Deficientes Visuais). São 24 anos de contribuição valorosa ao espor-te paraolímpico de quem já passou por quatro paraolimpíadas, dois Pa-rapan-americanos, dois Campeonatos Mundiais e inúmeras competições nacionais e estaduais. E que ainda se emociona ao falar do seu trabalho.

“Não entrei no esporte paraolímpico por dinheiro. Eu via nas pessoas a ân-sia de aprender, de querer fazer. Foi isso

que me motivou. Quando você é professor e quer ensinar, precisa de alguém que queira aprender. Essa é a maior satisfação que o ser humano pode ter. Isso me fez seguir em frente”, diz, emocionado. “Todos os dias me orgulho do trabalho e agradeço a Deus por ter essas pessoas ao meu lado”.

Pessoas como Luis Fidelis (Ajidevi/SC), atleta da classe F12, que teve retinose pig-mentar e perdeu parcialmente a visão há 17 anos. Conheceu o técnico na associação e hoje se orgulha de participar de campeo-natos como o Circuito Loterias CAIXA Brasil Paraolímpico de Atletismo e Natação, nas provas de arremesso. “Ele é um exemplo para muitos, cativa o atleta. Sabe como in-centivar as pessoas a alcançar coisas nun-ca imaginadas, como aconteceu comigo. O trabalho dele é muito bem feito e merece todo o nosso respeito”, afirma.

Cidadão joinvillense desde 1977, como ele mesmo se define, Amaury, que é paulis-ta de nascimento, diz que não volta mais para a cidade em que nasceu, Assis, no in-terior de São Paulo. “Só vou ver meus pais,

Por: Luciana PereiraFotos: Saulo Cruz

carin ho de

��

Page 41: Document25

meus irmãos e já volto”, diz. Até o sotaque sumiu. Pouco tempo depois de chegar a Join-ville, percebeu que não sairia mais dali. Teve duas filhas, a fisioterapeuta Thaís Veríssimo, de 23 anos, do primeiro casamento, e Nicole Veríssimo, de 7 anos, com a atual mulher, Ju-liana Rodrigues. “Ela que me incentiva. Já tive momentos em que pensei em desistir. Nessas horas, ela me segura, me lembra tudo que eu já passei e tantas pessoas que contam com o meu trabalho”. Responsabilidade que Juliana assu-me com orgulho. “É um prazer estar ao lado dele”, derrete-se a também atleta, medalha de bronze no Troféu Brasil de Atletismo, que dia-riamente se junta aos demais para treinar sob o comando do marido. “A pista é o único lugar em que eu mando porque quando chegamos em casa não tenho mais vez”, brinca o técnico.

Tímido e reservado, Amaury fica à vontade quando está no meio dos atletas. Não escon-de o carinho e uma preocupação sem tama-nho. Dá carona para os treinos, muitos con-selhos e broncas de vez em quando também. Sim, durante o treino não cabem brincadeiras nem conversas. “Talento sozinho não leva o

atleta a conquistar medalhas. Claro que o talento é importante, mas ele precisa estar acompanhado de muito trabalho. Não existe o melhor atleta ou o melhor técnico, mas os melhores para trabalhar com alguém. A equipe precisa estar afinada”, analisa. E lamenta quando percebe um talento desperdiçado. “Às ve-zes, vemos pessoas com talento, mas sem determinação e que faz apenas resultados razoáveis. E isso não dá para ensinar e nem colocar na cabeça de ninguém. O técnico ajuda com o trabalho. A determinação é de cada um”. Mas Amaury pode ficar tranqüilo. Determinação parece não faltar entre os seus atuais “comandados”. Eles encaram, por exemplo, um treino puxado como uma seqüência de dez tiros de cerca de 60m em ladeira íngreme, depois de subir, correndo, um morro de 1300 metros. Sem perderem o bom humor e o carinho pelo técnico.

A retribuição de tanto trabalho vem, é claro, em forma de medalhas e recor-des. Mas quem tem este técnico por perto sabe reconhecer o valor e não

carin ho demestreO técnico Amaury Veríssimo inaugura seção que irá homenagear quem trabalha nos bastidores pelo desenvolvimento dos atletas e do esporte

��

Page 42: Document25

economiza quando o assunto é o professor. “O Amaury é um mestre. Amado, amigo, útil, responsável. Ele é indispensável. Eu nunca tive um técnico tão bom. Ele é o presente que a gente esperava e merecia”, elogia Terezinha Guilhermina (AADV/PR), que viaja 140km de Curitiba, onde mora, para Joinville só para treinar com ele. “É um grande profissional dentro e fora da pista. Muito dedicado ao trabalho e aos atletas que estão com ele. Estamos fazendo tudo, treinando forte e vamos representar o Amaury muito bem no Parapan”, promete o velocista Lucas Prado (AADV/PR).

Tamanha afinidade se deve também ao fato de Amaury ter estado, por algum tem-po, do mesmo lado deles, disputando as competições. Amaury foi atleta, competiu em todas as provas do atletismo e chegou a ganhar um bronze nos Jogos Abertos e ouro nos Jogos Universitários de Santa Catarina. “Não cheguei a disputar provas nacionais, mas foi a melhor fase. Falo isso para o pessoal todo dia. Ser atleta é bom demais, eles precisam aproveitar”, lembra. A carreira não continuou pois, segundo ele, logo percebeu que não teria condições de ir longe por seu tipo físico. Como já estu-dava educação física, optou por ficar fora da pista. “Por ter sido atleta, ele sabe lidar com a gente e com as dificuldades e se coloca no nosso lugar sempre, na hora da vitória e na hora da derrota. A gente vê o trabalho dele em cada treino, em cada re-sultado. Isso mostra a pessoa maravilhosa que ele é”, derrete-se Indayanna Martins (AADV/PR), a “caçula” da equipe.

No Parapan-americano, onde estarão alguns de seus melhores atletas, como Terezinha Guilhermina (AADV/PR), Lu-cas Prado (AADV/PR), Indayanna Martins (AADV/PR), Gilson dos Anjos (Ajidevi/SC) e Maria José Alves (Ajidevi/SC), Amaury será o responsável pela seleção brasilei-ra de atletismo, composta por 50 atletas. “Nunca o atletismo paraolímpico teve um crescimento tão grande, de quantidade e qualidade. Os atletas estão muito bem e esse crescimento vai repercutir no Para-pan. Quando o trabalho é organizado, tudo funciona. A delegação – guias, atletas, técnicos e apoios - foi escolhida a dedo. Tudo está sendo feito com profissionalismo e muita harmonia”.

�0

Page 43: Document25

Dever cumprido. Maria Luzineide e Josile-ne Alves depois de quebrarem o recorde para-pan-americano e conquistarem uma vaga na seleção brasileira de halterofilismo nos Jogos Parapan-americanos Rio 2007.

A alegria das meninas. Ao lado as nadadoras Re-giane Nunes, Pollyanne Miranda e Fabiana Sugimori durante a Seletiva dos Jogos Mundiais da Ibsa.

Nas etapas regionais do Circuito Loterias CAIXA, os atletas ganharam reforço das famílias na torcida. Em Curitiba, as irmãs Terezinha e Sirlene Guilhermi-na competiram com a irmã - e fã - Wania na arqui-bancada.

Em Natal, Adriano Lima teve um incentivo especial da filha Gabriela.

Fotos: Christophe Scianni

�1

Page 44: Document25

TEREZINHA GUILHERMINA NA GOLDEN LEAGUE

A atleta Terezinha Guilhermina (ADDV), da classe T11, chegou em segundo lugar na etapa de Paris da Golden League, evento promovido pela Federação Internacional de Atletismo (IAAF). Te-rezinha Guilhermina foi a brasileira escolhida para participar do evento e competiu na prova em que é recordista mundial - os 400m rasos. A atleta da classe T11 (cega total) enfrentou, além de suas habituais adversárias, atletas da classe T12 (baixa visão) e T13 (baixa visão). Terezinha conquistou a medalha de prata em uma prova emocionante. Ela chegou a liderar a prova até os 300m, quando a francesa Assia El’Hannouni, da classe T12, ultrapassou e chegou em primeiro lugar.

“A competição foi emocionante, revivi a final de Assen. Só que agora como recordista mundial da prova na minha classe”, disse orgulhosa a atleta, referindo-se ao Mundial de Atletismo Paraolím-pico, realizado em Assen, em setembro de 2006, quando ganhou a prata nos 100m rasos, o ouro nos 200m e chegou à final dos 400m rasos com a francesa Assia El’Hannouni. As provas foram realizadas na pista Paris Saint Dennis, em Paris, reuniram os melhores atletas – com e sem deficiência – do atletismo mundial.

BASQUETE EM CADEIRA DE RODAS NO CELULAR

A Associação Desportiva para De-ficientes (ADD), em parceria com a AndinaTech, empresa especializada na venda de conteúdos para celular, acaba de lançar um jogo exclusivo de basquete em cadeira de rodas. A empresa criou o jogo em sua incu-badora, sob orientação da ADD, a partir das regras e da movimentação em campo de jogos disputados por cadeirantes na vida real. A novidade já está disponível nas operadoras Oi, Brasil Telecom, TIM, Telemig e Ama-zônia Celular. Outras informações no site www.add.org.br.

CLUBE DO RIO PROMOVE TORNEIO DE FUTEBOL DE SETE

O IBDD (Instituto Brasileiro dos Direitos da Pessoa com Deficiência) promoveu a III Copa Fabiano Peixoto, uma competição de futebol de sete que reuniu times for-mados por deficientes e não-deficientes visando à integração entre as pessoas com deficiência. O torneio que existe há três anos é uma homenagem ao atleta Fabiano Peixoto, ex-jogador da seleção brasileira de futebol de sete, que morreu em 2005.

O futebol de sete é uma modalidade paraolímpica praticada por atletas com para-lisia cerebral, seqüelas de traumatismo crânio-encefálico ou acidentes vasculares ce-rebrais. Atualmente, o Brasil é vice-campeão paraolímpico na modalidade e se prepara para disputar os Jogos Parapan-americanos Rio 2007 e ainda o Mundial de Futebol de Sete, que também será realizado no Rio de Janeiro, em novembro deste ano. Nas duas competições, o Brasil terá a chance de conseguir uma vaga para a Paraolimpíada de Pequim.

ESGRIMA EM VARSóVIAQuatro atletas brasileiros defendem o Brasil na Copa do Mundo de Esgrima em

Cadeira de Rodas, na cidade de Varsóvia, na Polônia: Eduardo Franco de Oliveira, Mauricio Stempniak de Lima, Lauro Brachtvogel e Daiane Perón. A Copa do Mundo de Esgrima em Cadeira de Rodas é classificatória para a Paraolimpíada de Pequim. “Va-mos brigar por índices para tentar uma classificação para os Jogos de 2008”, aposta coordenador técnico da delegação, Válber Lázaro. ��

Page 45: Document25

..............

entre cestas e sonhos

O jogador Erick Epaminondas reforça a seleção brasileira de basquete que disputará os jogos Parapan-americanos Rio 2007.

��

Page 46: Document25

A cada jogo, o ritual se repete: an-tes de entrar em quadra, o sinal da cruz. Já são quase 15 anos de

carreira e incontáveis demonstrações de fé e de talento. O nome pomposo é só fachada. Erick Epaminondas da Sil-va é um pernambucano guerreiro que aos 29 anos de idade entra nas quadras de basquete sempre com uma grande responsabilidade: ele é pivô, um dos responsáveis pelos rebotes e defesa da equipe. Mas se a responsabilidade é grande, a alegria é maior ainda. Nas quatro horas diárias de treino, núme-ro que praticamente dobra quando ele está na seleção, o clima é sempre de amizade. E é justamente com os ami-gos de bola que Erick divide os momen-tos especiais de sua carreira.

“O esporte me deu coisas muito im-portantes, me deu a alegria de conse-guir comprar uma casa pra minha mãe e me deu o momento mais marcante da minha vida que foi participar da Paraolimpíada de Atenas em 2004”, relembra.

Fora da quadra ele é quase como um peixe fora d´água: fissurado por basquete, Erick “não consegue se ver em outra profissão”. Sorte do Brasil, porque antes ele ainda tentou o tê-nis de mesa e a natação. “Eu treinava no SESI de Paulista/PE e a técnica da ADDF me convidou pra conhecer o bas-quete. Foi a modalidade que eu mais me identifiquei por ser um esporte de equipe”.

Da infância, ele poderia guardar al-gumas marcas. Aos oito meses de vida, teve poliomielite, doença que afetou os movimentos da perna esquerda. Mas

Por: Júlia CensiFotos: Arquivo CPB

��

Page 47: Document25

Erick prefere mesmo é guardar lem-branças de uma infância bem vivida. “Eu era muito arteiro, brincalhão, ado-rava brincar na rua com os colegas, an-dar de bicicleta, bem levado”, conta. E é com a ansiedade de um garoto que ele se prepara para disputar os Jogos Parapan-americanos em agosto. “Fico muito feliz, pois o esporte paraolímpi-co é o que traz mais medalhas para o Brasil. A expectativa é grande de con-seguir medalhas e classificar o Brasil para a Paraolimpíada de Pequim”.

Das quadras vem também a grande inspiração do jogador: o polêmico as-tro da NBA, Dennis Rodman. Além das jogadas do ala americano, o atleta ad-mira a garra de Rodman. E revela que tenta seguir os mesmos passos. “Acho que a minha maior qualidade como atleta também é ter muita garra e es-pírito de equipe”. O maior defeito? O modesto guerreiro não sabe dizer.

Mas Erick não titubeia na hora de revelar seu grande sonho. Aliás, gran-des sonhos. Um, é claro, tem a ver com basquete. O outro é uma grande rea-lização pessoal. O pernambucano quer ganhar uma medalha paraolímpica e ser pai. E enquanto se prepara para seus objetivos, Erick guarda sempre um tempinho para a família. É em casa que ele se fortalece e encontra o apoio para todos os momentos difíceis.

“Quando não estou jogando eu gosto de ficar com a família, escutar música, brincar com meu cachorro e, é claro, fazer um churrasco com os ami-gos”, diz com as energias renovadas para enfrentar as grandes batalhas que vêm pela frente.

��

Page 48: Document25

*Ruy Cezar, Secretário Especial

Rio 2007

Ruy Cezar *

Foto:

Divu

lgaçã

o SER

IO

��

Entre os dias 12 e 19 de agosto o Rio de Janeiro será sede de uma competição esportiva de alto nível, disputada por atletas que ainda freqüentam pouco as páginas dos jornais e as telas de TV, em esportes que muita gente ainda não co-nhece. Basquetebol em cadeira de rodas, futebol de cinco, futebol de sete, tênis em cadeira de rodas, voleibol sentado são modalidades esportivas muito especiais que o Rio vai ver e com as quais vai se encantar nos Jogos Parapan-americanos.

Pela primeira vez, o Parapan será rea-lizado na mesma cidade do Pan-america-no, usando a mesma infra-estrutura. Seis instalações esportivas do Pan servirão aos atletas do Parapan: o Estádio Olím-pico João Havelange, a Arena Multiuso, o Parque Aquático Maria Lenk, o Riocentro, além do Centro de Hóquei de Deodoro e o Marapendi Country Club. Serão 1300 atletas disputando dez modalidades espor-tivas, pois também haverá competições de atletismo, natação, halterofilismo, judô e tênis de mesa. Outra indicação da impor-tância dessa competição: o Parapan servirá como seletiva para os Jogos Paraolímpicos de Pequim, em 2008. Segundo colocado no Parapan de Mar del Plata, em 2003, o Brasil lutará para ser o primeiro no Rio, contando para isso com o brilho de seus atletas e a torcida de todo o Brasil.

A Prefeitura do Rio tem uma longa história de apoio ao esporte paraolím-pico em nosso país. Em todas as Vilas Olímpicas da PCRJ há espaço, acessibi-lidade e atividades esportivas especí-ficas para as pessoas com deficiência. Graças ao apoio da Prefeitura já foram realizadas em nossa cidade, com ple-no sucesso, Campeonatos Mundiais de judô, goalball, atletas em cadeiras de rodas e bocha. Ainda este ano sediare-mos o Campeonato Mundial de futebol de sete, em novembro. Tanto o Comi-tê Paraolímpico das Américas como o Comitê Paraolímpico Internacional têm reconhecido e enaltecido esse apoio em suas visitas ao Brasil. As instala-ções de nível internacional construídas pela Prefeitura para os Jogos Pan-ame-ricanos estão integralmente à disposi-ção, com toda a sua infra-estrutura, do Parapan.

Temos a mais absoluta certeza de que o Parapan será um sucesso. Isso signifi-ca reduzir ainda mais a discriminação e assegurar a integração e a participação das pessoas com deficiência. As gran-des lições de superação trazidas pelos atletas se somarão às instalações e ao cenário do Pan para se transformar em um evento inesquecível para o Brasil e as Américas.

suPeração e grandeza

Page 49: Document25

Confira o calendário 2007

Cartas para esta seção no endereço eletrônico [email protected]. Os textos poderão ser editados em razão do tamanho ou para facilitar a compreensão.

RevistaObrigada pelo envio da revista Brasil Paraolímpico e parabéns pelo belo trabalho.

Walques Batista dos SantosPresidente da Confederação Brasileira de Bocha e Bolão

Tênis de MesaQuero dar os parabéns pela seletiva de tênis de mesa. A organização foi ótima!

Lincoln de Souza Lacerda Atleta paraolímpico

Circuito – Regional SulGostaria de parabenizar toda a equipe do Comitê Paraolímpico pelo excelen-te nível de organização demonstrada durante o Regional Sul de Curitiba. A qualidade das instalações revela que as pessoas do Comitê estão realmen-te preocupadas em aprimorar o nível técnico dos atletas paraolímpicos.

Sinceros cumprimentos.Luiz Portinho

Presidente RS PARADESPORTO

JuLHo

Evento Copa do Mundo de Esgrima em Cadeira de Rodas

Local Varsóvia - Polônia

data De 19 de 23 de julho de 2007

Evento III Jogos Mundiais da IBSA - Brasil 2007

Local São Paulo e São Caetano do Sul - SP

data De 28 de julho de 08 de agosto de 2007

AGoSTo

Evento 3º Jogos Parapanamericanos Rio 2007

Local Rio de Janeiro - RJ

data De 12 a 19 de agosto de 2007

SETEmBro

Evento Campeonato Brasileiro Paraolímpico de Halterofilismo

Local São Paulo - SP

data De 07 a 09 de setembro de 2007

Evento Jogos Mundiais em Cadeira de Rodas e Amputados - IWAS

Local Taipei/Taiwan

data De 09 a 19 de setembro de 2007

Page 50: Document25

Publicação bimestral do CPB5.000 exemplares

Presidente Vital Severino Neto

Vice-presidente Financeiro Sérgio Ricardo Gatto

Vice-presidente Administrativo Francisco de Assis Avelino

Assessora Especial para Assuntos institucionais

Ana Carla Thiago

Secretário Geral Andrew Parsons

diretor Financeiro Carlos José Vieira de Souza

diretor Administrativo Flavio Costa

diretor Técnico Edilson Alves

Assessor Especial de desenvolvi-mento das Atividades Técnicas e Científicas / Coordenador Geral

do desporto universitário Renausto Alves Amanajás

Editor Chefe Andrew Parsons

Jornalistas CPB Carol Coelho

Luciana Pereira

Jornalistas Colaboradoras Fernanda Villas-Bôas

Julia Censi

imagens Capa CPB

Editoração Télyo Nunes

Execução Gráfica Gráfica Brasil

Site: www.graficabrasil.com.br

Endereço Sede CPB SBN Qd. 2 - Bl. F - Lt. 12

Ed. Via Capital - 14º andar Brasília/DF - CEP 70 040-020

Fone: 55 61 3031 3030 Fax: 55 61 3031 3023

E-mail: [email protected] Site: www.cpb.org.br

Page 51: Document25

AO-0071-07 - An 21x28 12.06.07 17:45 Page 1

Page 52: Document25