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Neus Bruguera Ursula Wölfel Ilustrações de

29 historias disparatadas

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Kalandraka. 7 Léguas

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Neus Bruguera

Ursula Wölfel

Ilustrações de

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Título original em alemão: Neunundzwanzig verrückte Geschichten

Colecção SETELÉGUAS© da edição original: Thienemann Verlag (Thienemann Verlag, GmbH), Stuttgart/ Wien, 1974© do texto original: Ursula Wölfel, 1974© das ilustrações: Neus Bruguera, 2006© da tradução portuguesa: Isabelle Buratti, Miguel Mouro e Cris, 2006© correcção: Elisabete Ramos, 2006© desta edição: Kalandraka Editora Portugal Lda., 2009Rua Alfredo Cunha, n.º 37, Salas 34 e 564450–023 Matosinhos. PortugalTelefone: (00351) 229 375 [email protected]

Impresso em EujoaSegunda edição: Julho, 2009ISBN: 978-972-8781-55-2DL: 294727/09

Reservados todos os direitos

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Ursula Wölfel

Ilustrações

Neus Bruguera

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1. A HISTÓRIA SOBRE AFIAR LÁPIS || p. 07

2. A HISTÓRIA DA FAMÍLIA || p. 09

3. A HISTÓRIA DA MÁQUINA DE ESPERAR || p. 11

4. A HISTÓRIA DO PAI QUE SUBIA PELAS PAREDES || p. 13

5. A HISTÓRIA DA SUPER DONA DE CASA || p. 15

6. A HISTÓRIA DA MENINA ALEGRE || p. 17

7. A HISTÓRIA DO HALTEROFILISTA QUE ESTAVA DE FÉRIAS || p. 19

8. A HISTÓRIA DA MULHER PEQUENA E DO HOMEM GRANDE || p. 21

9. A HISTÓRIA DO BANHO DE ESPUMA || p. 23

10. A HISTÓRIA DO REBUÇADO QUE CAIU NAS URTIGAS || p. 25

11. A HISTÓRIA DUMA MULHER QUE FAZIA UM PLANO PARA TUDO || p. 27

12. A HISTÓRIA DO AMARELO, AMARELO || p. 29

13. A HISTÓRIA DA MULHER PLANTADA || p. 31

14. A HISTÓRIA DA ESTÁTUA EQUESTRE || p. 33

15. A HISTÓRIA DA TOSSE PERDIDA || p. 35

16. A HISTÓRIA DO GATO GORDO || p. 37

17. A HISTÓRIA DA MÃE QUE QUERIA PENSAR EM TUDO || p. 39

18. A HISTÓRIA DO HOMEM ARRUMADO || p. 41

19. A HISTÓRIA DOS SACOS DE PLÁSTICO BARATOS || p. 43

20. A HISTÓRIA DO RAPAZ DE OLHOS PENETRANTES || p. 45

21. A HISTÓRIA DOS CABELOS DE RELVA || p. 47

22. A HISTÓRIA DA MULHER QUE QUERIA ANDAR MAGRA || p. 49

23. A HISTÓRIA DO ASSALTANTE || p. 51

24. A HISTÓRIA DO RAPAZ OBEDIENTE || p. 53

25. A HISTÓRIA DA FAMÍLIA ESPECIAL || p. 55

26. A HISTÓRIA DO FUNCIONÁRIO SORRIDENTE || p. 57

27. A HISTÓRIA DA PIPS || p. 59

28. A HISTÓRIA DO INVENTOR DE COLA || p. 61

29. A HISTÓRIA DO PLANTOCOX || p. 63

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Era uma vez uma mulher que queria escrever um grande livro e,

para isso, comprou um montão de papel, cinquenta lápis novos

e um bom afiador de lápis. A partir daquele dia, o seu marido e

os seus filhos tinham que falar baixo e andar nas pontas dos

pés, porque a mulher queria começar a escrever o livro.

Primeiro preparou o papel e afiou o lápis enquanto pensava na

primeira frase. Depois afiou outro lápis, mas continuava a

pensar na primeira frase.

A mulher afiou os cinquenta lápis até ao final e ainda mais

outros seis mil quinhentos e doze lápis. Nisto, já se tinham

passado três semanas e ela ainda não tinha escrito a primeira

frase, mas agora era a campeã do mundo de afiar lápis e até

saiu no jornal.

A HISTÓRIA SOBRE AFIAR LÁPIS

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2A HISTÓRIA DA FAMÍLIA

QUE QUERIA TER SEMPRE RAZÃO

Era uma vez uma família que estava sempre a discutir. Um dia

foram passear ao parque. Era Inverno e, de repente, levantou-se

uma grande tempestade de neve. O pai disse: «Indo pela direita

chegamos mais depressa à saída». «Que disparate!», disse a mãe.

«Temos que ir pela esquerda». «Vocês estão doidos!», berrou a

filha. «O portão está por trás de nós! Temos que dar a volta!».

Ficaram parados porque não chegavam a acordo. Fez-se noite, a

tempestade era cada vez maior e estava cada vez mais frio. Os

três continuavam a discutir e não se aperceberam de que

estavam a ficar com os pés congelados.

Um guarda foi fechar o portão do parque. Deparou com três

bonecos de neve e ouviu gritar: «Direita! Direita. Não, esquerda!

Dar a volta!».

Sob a neve as vozes soavam apagadas. O guarda assustou-se

tanto que deu meia volta e correu para casa deixando o portão

do parque aberto. Teve que tomar sete copos de aguardente

para se acalmar.

De manhã, estavam os três congelados e rígidos. Agora viam que

o portão estava mesmo à sua frente. Alegraram-se por nenhum

ter razão mas só o conseguiam dizer com o olhar. Entretanto

chegou o guarda do parque. Quando viu que os bonecos de neve

mexiam os olhos, teve que tomar de novo sete copos de

aguardente. Depois chamou a polícia e os bombeiros.

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3

Era uma vez um menino que não queria ter sempre que esperar

pelas coisas, por isso construiu uma máquina de esperar. Por

fora parecia uma caixa de tabaco redonda. O menino fechou a

tampa com fita adesiva. Ninguém sabia como era a máquina de

esperar por dentro. Agora, para este menino, já não havia aulas

aborrecidas. Metia a máquina de esperar no bolso dos calções

e era ela que esperava no seu lugar pelo toque do recreio. Na

paragem do autocarro metia-a na papeleira do poste com o

horário. Depois punha-se tranquilamente a ver as montras e os

cartazes de cinema. É que a sua máquina esperava em vez dele

pelo autocarro. Até esperava, no lugar do menino, pelo seu ani-

versário, pela Páscoa e pelo Natal. Agora já nunca estava impa-

ciente. Um dia levou-a também ao futebol. Ele era o guarda-

-redes e não queria estar sempre à espera da bola. Assim, colo-

cou a máquina de esperar atrás das redes e encostou-se com

toda a calma a um poste da baliza, mas claro que a máquina de

esperar não era capaz de defender nenhuma bola. Nisso o meni-

no não tinha pensado e, assim, a sua equipa perdeu o jogo por

dezassete a um.

Agora já não queria ter nenhuma máquina de esperar. Furioso,

deu-lhe um pontapé que a mandou por cima da cerca e foi

espalmada por um camião. Esta é a razão porque ainda hoje

ninguém sabe como é que se constroem as máquinas de espe-

rar. O menino nunca contou a ninguém.

A HISTÓRIA DA MÁQUINA DE ESPERAR

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Uma família que não parava de discutir até ficar congelada,

um banho com tanta espuma que transbordou da banheira,

um halterofilista que levita,

um rebuçado que incha,

uma doença contagiosa de nome «pips»,

ou um ser enigmático chamado Plantocox,

fazem parte destas «29 Histórias disparatadas»

que Ursula Wölfel nos oferece.

Com elas continua a série iniciada com

«27 Histórias para comer a sopa»

e «28 Histórias para rir».

C O L E C Ç Ã O