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    COMIT DE PRONUNCIAMENTOS CONTBEIS

    PRONUNCIAMENTO TCNICO CPC 39

    Instrumentos Financeiros: Apresentao

    Correlao s Normas Internacionais de Contabilidade IAS 32

    ndice Item

    OBJETIVO 1 3

    ALCANCE 4 10DEFINIES 11 14

    APRESENTAO 15 50

    Passivo e patrimnio lquido 15 27

    Instrumentos com opo de venda 16A 16B

    Instrumentos, ou componentes de instrumentos, que impem entidade a obrigao de entregar a terceiros uma parte (pro rata)dos ativos lquidos da entidade apenas na liquidao 16C 16D

    Reclassificao de instrumentos com opo de venda einstrumentos que impem entidade a obrigao de entregar aterceiros uma parte da divisopro ratareferente aos ativoslquidos da entidade somente na liquidao 16E 16F

    Ausncia de obrigao contratual de entregar caixa ou outroativo financeiro

    17 20

    Liquidao nos instrumentos patrimoniais da entidade 21 24

    Proviso de liquidao contingente 25

    Opo de liquidao 26 27

    Instrumentos financeiros compostos 28 32

    Aes em tesouraria 33 34

    Juros, dividendos, perdas e ganhos 35 41

    Compensao de ativo financeiro e passivo financeiro 42 50

    APNDICE GUIA DE APLICAO AG1 AG39

    DEFINIES AG3 AG24

    Ativos financeiros e passivos financeiros AG3 AG12

    Instrumentos patrimoniais AG13 AG14JClasse de instrumentos que subordinada a todas as outras AG14A AG14D

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    classes

    Fluxo de caixa total esperado atribuvel ao instrumento ao longode seu prazo de durao

    AG14E

    Transaes nas quais o detentor do instrumento no participacomo detentor do instrumento patrimonial

    AG14F AG14I

    Inexistncia de outros instrumentos financeiros ou contratos comfluxos de caixa totais que fixam ou restringem substancialmenteo retorno residual para o detentor do instrumento (itens 16B e16D)

    AG14J

    Instrumentos financeiros derivativos AG15 AG19Contratos para comprar ou vender itens no financeiros AG20 AG24

    APRESENTAO AG25 AG39

    Passivo e patrimnio lquido AG25 AG29A

    Ausncia de obrigao contratual de entregar caixa ou outroativo financeiro

    AG25 AG26

    Liquidao em aes da prpria entidade AG27

    Proviso de liquidao contingente AG28

    Tratamento nas demonstraes contbeis consolidadas AG29 AG29AInstrumentos financeiros compostos AG30 AG35

    Aes em tesouraria AG36

    Juros, dividendos, perdas e ganhos AG37

    Compensando um ativo e um passivo financeiro AG38 AG39

    Objetivo1. [Eliminado].

    2. O objetivo deste Pronunciamento estabelecer princpios para a apresentao de instrumentosfinanceiros como passivo ou patrimnio lquido e para compensao de ativos financeiros epassivos financeiros. Aplica-se classificao de instrumentos financeiros, na perspectiva doemitente, em ativos financeiros, passivos financeiros e instrumentos patrimoniais; aclassificao de juros respectivos, dividendos, perdas e ganhos; e as circunstncias em queativos financeiros e passivos financeiros devem ser compensados.

    3. Os princpios deste Pronunciamento complementam os princpios para reconhecimento emensurao dos ativos financeiros e passivos financeiros do Pronunciamento Tcnico CPC 38

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    Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensurao, e para divulgao dasinformaes sobre eles do Pronunciamento Tcnico CPC 40 Instrumentos Financeiros:Evidenciao.

    Alcance

    4. Este Pronunciamento deve ser aplicado por todas as entidades para todos os tipos deinstrumentos financeiros, exceto:

    (a)as participaes em controladas, coligadas e sociedades de controle conjunto (jointventures) que sejam contabilizados de acordo com os Pronunciamentos Tcnicos CPC

    35 Demonstraes Separadas, CPC 36 Demonstraes Consolidadas, CPC 18 -Investimento em Coligada e CPC 19 - Investimento em Empreendimento Controladoem Conjunto (Joint Venture). No entanto, em alguns casos esses Pronunciamentospermitem que a entidade contabilize participaes em controlada, coligada ouempreendimento conjunto utilizando o Pronunciamento Tcnico CPC 38 InstrumentosFinanceiros: Reconhecimento e Mensurao; nesses casos a entidade deve aplicar osrequisitos deste Pronunciamento. A entidade tambm deve aplicar este Pronunciamentoa todos os derivativos ligados a participaes em controladas, coligadas e sociedades decontrole conjunto (jointventures);

    (a) as participaes em controladas, coligadas ou empreendimentos controlados em

    conjunto que sejam contabilizados de acordo com os Pronunciamentos Tcnicos CPC35 Demonstraes Separadas, CPC 36 Demonstraes Consolidadas ou CPC 18 -Investimento em Coligada, em Controlada e em Empreendimento Controlado emConjunto. Entretanto, em alguns casos esses Pronunciamentos Tcnicos permitem que aentidade contabilize participaes em controlada, coligada ou empreendimentocontrolado em conjunto utilizando o Pronunciamento Tcnico CPC 38 InstrumentosFinanceiros: Reconhecimento e Mensurao; nesses casos a entidade deve aplicar osrequisitos deste Pronunciamento Tcnico. A entidade tambm deve aplicar estePronunciamento Tcnico a todos os derivativos vinculados a participaes emcontroladas, coligadas ou empreendimentos controlados em conjunto; (Alterada pelaReviso CPC 03)

    (a) as participaes em controladas, coligadas ou empreendimentos controlados emconjunto que sejam contabilizadas de acordo com os Pronunciamentos Tcnicos CPC35 Demonstraes Separadas, CPC 36 Demonstraes Consolidadas ou CPC 18 Investimento em Coligada, em Controlada e em Empreendimento Controlado emConjunto. No entanto, em alguns casos, esses Pronunciamentos exigem ou permitemque a entidade contabilize participaes em controlada, coligada ou empreendimentocontrolado em conjunto utilizando o Pronunciamento Tcnico CPC 38 InstrumentosFinanceiros: Reconhecimento e Mensurao; nesses casos, a entidade deve aplicar osrequisitos deste Pronunciamento Tcnico. A entidade tambm deve aplicar tambm estePronunciamento Tcnico a todos os derivativos vinculados a participaes emcontroladas, coligadas ou empreendimentos controlados em conjunto; (Alterada pelaReviso CPC 04)

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    (b)direitos e obrigaes da entidade empregadora/patrocinadora decorrentes de planos debenefcio de empregados, aos quais se aplica o Pronunciamento Tcnico CPC 33 -Benefcios a Empregados;

    (c) (eliminada);

    (d)contratos de seguro, tais como definidos no Pronunciamento Tcnico CPC 11 -Contratos de Seguro. No entanto, este Pronunciamento aplica-se aos derivativos queesto embutidos nos contratos de seguro, se o Pronunciamento Tcnico CPC 38 exigirque a entidade os contabilize separadamente. Alm disso, um emitente deve aplicar este

    Pronunciamento a contratos de garantia financeira se o emitente aplicar oPronunciamento Tcnico CPC 38 no reconhecimento e mensurao dos contratos, masdeve aplicar o Pronunciamento Tcnico CPC 11 - Contratos de Seguro, caso o emitenteopte, de acordo com o item 4(d) do Pronunciamento Tcnico CPC 11, por aplicar o CPC11 no reconhecimento e mensurao dos mesmos;

    (e) instrumentos financeiros que estejam dentro do alcance do Pronunciamento TcnicoCPC 11 - Contratos de Seguro, porque contm caracterstica de participaodiscricionria. O emitente desses instrumentos est dispensado da aplicao, a estacaracterstica, dos itens 15 a 32 e AG25 a AG35 deste Pronunciamento no que dizrespeito distino entre passivos financeiros e instrumentos patrimoniais. Entretanto,

    esses instrumentos esto sujeitos a todos os demais requisitos deste Pronunciamento.Alm disso, este Pronunciamento aplica-se aos derivativos que so embutidos nessesinstrumentos (ver Pronunciamento Tcnico CPC 38 Instrumentos Financeiros:Reconhecimento e Mensurao);

    (f) instrumentos financeiros, contratos e obrigaes relacionados a transaes compagamentos baseados em aes s quais o Pronunciamento Tcnico CPC 10 -Pagamento baseado em Aes deve ser aplicado, exceto para:

    (i) contratos dentro do mbito dos itens 8 a 10 deste Pronunciamento, aos quaiseste Pronunciamento aplicvel;

    (ii) itens 33 e 34 deste Pronunciamento, que devem ser aplicados s aes emtesouraria compradas, vendidas, emitidas ou canceladas em conexo complanos de opo de aes para empregados, planos de compra de aes paraempregados, e outros acordos de pagamento baseado em aes.

    5 a 7. [Eliminados].

    8. Este Pronunciamento deve ser aplicado aos contratos de compra ou venda de item nofinanceiro que possa ser liquidado pelo seu valor lquido em caixa ou com outro instrumentofinanceiro, ou pela troca de instrumentos financeiros, como se os contratos fosseminstrumentos financeiros, com exceo dos contratos que foram celebrados e so mantidoscom a finalidade de recebimento ou entrega de item no financeiro, de acordo com a

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    expectativa da entidade na compra, venda ou exigncias de uso.

    9. H diversas maneiras pelas quais um contrato para compra ou venda de item no financeiropode ser liquidado pelo seu valor lquido em caixa, outro instrumento financeiro ou pela trocade instrumentos financeiros. Elas incluem:

    (a)quando os termos do contrato permitem que ambas as partes do contrato liquidem-nopelo valor lquido em caixa, outro instrumento financeiro ou pela troca de instrumentosfinanceiros;

    (b)quando a capacidade de liquidar pelo valor lquido em caixa, outro instrumento

    financeiro ou pela troca de instrumentos financeiros, no est explcita nos termos docontrato, porm a entidade tem a prtica de liquidar contratos semelhantes em caixa ououtro instrumento financeiro, ou pela troca de instrumentos financeiros (seja com acontraparte, celebrando contratos de compensao ou vendendo o contrato antes do seuexerccio ou prescrio);

    (c)quando, para contratos similares, a entidade tenha a prtica de aceitar a entrega do ativosubjacente e vend-lo num curto perodo aps a entrega com o propsito de obterresultado de curto prazo pelas flutuaes no preo ou margem do negociante; e

    (d)quando o item no financeiro, que objeto do contrato, facilmente conversvel em

    caixa.

    Um contrato no qual (b) ou (c) se aplica no celebrado com o propsito de receber ouentregar um item no financeiro, de acordo com os requisitos de compra, venda ou usoesperados pela entidade, e, portanto, est dentro do alcance deste Pronunciamento. Outroscontratos, aos quais o item 8 aplicvel, devem ser avaliados para determinar se eles foramcelebrados e so mantidos com o propsito de receber ou entregar os itens no financeiros, deacordo com a expectativa de compra, venda ou uso, e, conforme o caso, se eles esto dentrodo alcance deste Pronunciamento.

    10. A opo lanada de compra ou venda de item no financeiro que pode ser liquidada pelo valor

    lquido em caixa, ou por outro instrumento financeiro ou pela troca de instrumentosfinanceiros, de acordo com o item 9(a) ou (d), encontra-se dentro do alcance destePronunciamento. Esse contrato no pode ser celebrado com o propsito de entrega ourecebimento dos itens no financeiros, de acordo com os requisitos de compra, venda ou uso.

    Definies (ver tambm os itens AG3 a AG23)

    11. Os termos seguintes so utilizados neste Pronunciamento com os seguintes significados:

    Instrumento financeiro qualquer contrato que d origem a um ativo financeiro para aentidade e a um passivo financeiro ou instrumento patrimonial para outra entidade.

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    Ativo financeiro qualquer ativo que seja:

    (a)caixa;(b)instrumento patrimonial de outra entidade;(c)direito contratual:

    (i) de receber caixa ou outro ativo financeiro de outra entidade; ou(ii) de troca de ativos financeiros ou passivos financeiros com outra entidade sob

    condies potencialmente favorveis para a entidade;

    (d)um contrato que seja ou possa vir a ser liquidado por instrumentos patrimoniais da

    prpria entidade, e que:(i) no um derivativo no qual a entidade ou pode ser obrigada a receber um nmero

    varivel de instrumentos patrimoniais da prpria entidade; ou(ii) um derivativo que ser ou poder ser liquidado de outra forma que no pela troca

    de um montante fixo de caixa ou outro ativo financeiro, por nmero fixo deinstrumentos patrimoniais da prpria entidade. Para esse propsito, os instrumentospatrimoniais da prpria entidade no incluem os instrumentos financeiros comopo de venda classificados como instrumentos patrimoniais de acordo com ositens 16A e 16B, os instrumentos que imponham a obrigao a uma entidade deentregar outra parte um pro rata como parte dos ativos lquidos da entidade

    apenas na liquidao e so classificados como instrumentos patrimoniais de acordocom os itens 16C e 16D, ou os instrumentos que so contratos para futurorecebimento ou entrega de instrumentos patrimoniais da entidade.

    Passivo financeiro qualquer passivo que seja:(a)uma obrigao contratual de:

    (i) entregar caixa ou outro ativo financeiro a uma entidade; ou(ii) trocar ativos financeiros ou passivos financeiros com outra entidade sob condies

    que so potencialmente desfavorveis para a entidade; ou

    (b)contrato que ser ou poder ser liquidado por instrumentos patrimoniais da prpriaentidade, e seja:

    (i) um no derivativo no qual a entidade ou pode ser obrigada a entregar um nmerovarivel de instrumentos patrimoniais da entidade; ou

    (ii) um derivativo que ser ou poder ser liquidado de outra forma que no pela trocade um montante fixo em caixa, ou outro ativo financeiro, por um nmero fixo deinstrumentos patrimoniais da prpria entidade. Para esse propsito, os instrumentospatrimoniais da entidade no incluem instrumentos financeiros com opo de vendaque so classificados como instrumentos patrimoniais de acordo com os itens 16A e16B, instrumentos que imponham entidade a obrigao de entregar outra parteum pro rata de parte dos ativos lquidos da entidade apenas na liquidao e soclassificados como instrumentos patrimoniais de acordo com os itens 16C e 16D,

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    ou instrumentos que so contratos para futuro recebimento ou entrega deinstrumentos patrimoniais da prpria entidade.

    Como uma exceo, um instrumento que satisfaa a definio de passivo financeiro classificado como instrumento patrimonial se tiver todas as caractersticas e reunir ascondies dos itens 16A e 16B ou dos itens 16C e 16D.

    Instrumento patrimonial qualquer contrato que evidencie uma participao nos ativos deuma entidade aps a deduo de todos os seus passivos.

    Valor justo o montante pelo qual um ativo poderia ser trocado, ou um passivo liquidado,

    entre partes com conhecimento do negcio e interesse em realiz-lo, em uma transao emque no h favorecidos.

    Valor justo o preo que seria recebido pela venda de um ativo ou que seria pago pelatransferncia de um passivo em uma transao no forada entre participantes do mercado nadata de mensurao (ver Pronunciamento Tcnico CPC 46 Mensurao do Valor Justo).(Alterada pela Reviso CPC 03)

    Instrumento com opo de venda um instrumento financeiro que d ao seu detentor o direitode retornar o instrumento ao emissor por caixa, ou outro ativo financeiro, ou retornarautomaticamente ao emissor no caso de evento futuro incerto, morte ou aposentadoria do

    detentor do instrumento.

    12. Os seguintes termos so definidos no item 9 do Pronunciamento Tcnico CPC 38 Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensurao e so utilizados nestePronunciamento com o significado especificado no Pronunciamento Tcnico CPC 38:

    custo amortizado de ativo financeiro ou passivo financeiro ativos financeiros disponveis para venda desreconhecimento derivativo mtodo de juros efetivos ativo financeiro ou passivo financeiro mensurado pelo valor justo por meio do

    resultado contrato de garantia financeira compromisso firme transao prevista eficcia de hedge item objeto de hedge (posio protegida) instrumento de hedge investimentos mantidos at o vencimento emprstimos e recebveis compra ou venda regular custos de transao

    13. Neste Pronunciamento, contrato e contratual referem-se a um acordo entre duas ou mais

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    partes que reconhecem claramente que elas tm pouco, ou nenhum, critrio para evitar osefeitos econmicos desse acordo, porque, normalmente, o acordo obrigatrio nos termos dalei.

    Contratos e, portanto, instrumentos financeiros podem tomar uma variedade de formas e noprecisam ser formalizados.

    14. Neste Pronunciamento, entidade inclui empresas, indivduos, parcerias, rgosincorporados, fundos e agncias governamentais.

    Apresentao

    Passivo e patrimnio lquido (ver tambm itens AG13, AG14J e AG25 a AG29A)

    15. O emissor de instrumento financeiro deve classificar o instrumento, ou parte de seuscomponentes, no reconhecimento inicial como passivo financeiro, ativo financeiro ouinstrumento patrimonial de acordo com a essncia do acordo contratual e as definies depassivo financeiro, ativo financeiro e instrumento patrimonial.

    16. Quando um emitente aplicar as definies do item 11 para determinar se um instrumentofinanceiro um instrumento patrimonial em vez de um passivo financeiro, o instrumento serum instrumento patrimonial se, e somente se, estiver de acordo com ambas as condies (a) e

    (b) a seguir:

    (a)o instrumento no possuir obrigao contratual de:

    (i) entregar caixa ou outro ativo financeiro outra entidade; ou

    (ii) trocar ativos financeiros ou passivos financeiros com outra entidade sobcondies potencialmente desfavorveis ao emissor.

    (b)se o instrumento ser ou poder ser liquidado por instrumentos patrimoniais do prprioemitente, :

    (i) um no derivativo que no inclui obrigao contratual para o emitente deentregar nmero varivel de seus prprios instrumentos patrimoniais; ou

    (ii) um derivativo que ser liquidado somente pelo emitente por meio da troca deum montante fixo de caixa ou outro ativo financeiro por nmero fixo de seusinstrumentos patrimoniais. Para este efeito, os instrumentos patrimoniais doemitente no incluem instrumentos que tm todas as caractersticas e satisfazemas condies descritas nos itens 16A e 16B ou itens 16C e 16D, ou instrumentosque so contratos para futuro recebimento ou entrega de instrumentospatrimoniais do emitente.

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    Uma obrigao contratual, incluindo aquela advinda de instrumento financeiro derivativo, queresultar ou poder resultar em entrega ou recebimento futuro dos instrumentos patrimoniaisdo prprio emitente, mas no satisfazem s condies (a) e (b) acima, no um instrumentopatrimonial. Como exceo, um instrumento que satisfaa a definio de passivo financeiro classificado como instrumento patrimonial se tiver todas as caractersticas e reunir ascondies dos itens 16A e 16B ou itens 16C e 16D.

    Instrumentos com opo de venda

    16A. Um instrumento financeiro com opo de venda inclui uma obrigao contratual para oemitente de recomprar ou resgatar aquele instrumento por caixa ou outro ativo financeiro no

    exerccio da opo de venda. Como uma exceo definio de passivo financeiro, uminstrumento que inclua tal obrigao classificado como instrumento patrimonial se tivertodas as seguintes caractersticas:

    (a)d ao detentor uma partepro ratados ativos lquidos da entidade em caso de liquidaoda entidade. Os ativos lquidos da entidade so aqueles ativos que remanescem aps adeduo de todas as outras contingncias vinculadas aos seus ativos. A diviso pro rata determinada por:

    (i) diviso dos ativos lquidos da entidade em liquidao em unidades de valorigual; e

    (ii) multiplicao daquele montante pelo nmero de unidades mantidas pelodetentor dos instrumentos financeiros;

    (b)o instrumento est na classe de instrumentos subordinados a todas as outras classes deinstrumentos. Para estar em tal classe o instrumento:

    (i) no tem prioridade sobre os demais crditos relacionados aos ativos da entidadeem liquidao; e

    (ii) no precisa ser convertido em outro instrumento antes de estar na classe de

    instrumentos que so subordinados a todas as outras classes de instrumentos;

    (c) todos os instrumentos financeiros de uma classe de instrumentos que so subordinados atodas as outras classes de instrumentos possuem caractersticas idnticas. Por exemplo,todos eles precisam ter opo de venda, e a frmula ou outro mtodo utilizado paracalcular os preos de recompra ou resgate so os mesmos para todos os instrumentosdessa classe;

    (d)alm da obrigao contratual para o emitente de recomprar ou resgatar o instrumento porcaixa ou outro ativo financeiro, o instrumento no inclui qualquer obrigao contratualde entregar caixa ou outro ativo financeiro outra entidade, ou de trocar ativosfinanceiros ou passivos financeiros com outra entidade sob condies potencialmentedesfavorveis entidade, e no um contrato que ser ou poder ser liquidado por

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    instrumentos patrimoniais da prpria entidade, tal como estabelecido no item (b) dadefinio de passivo financeiro;

    (e)o fluxo de caixa total esperado atribudo ao instrumento ao longo do seu prazo deexistncia baseado substancialmente no resultado, na mudana no reconhecimento dosativos lquidos da entidade ou na mudana do valor justo dos ativos lquidosreconhecidos e no reconhecidos da entidade durante o prazo de existncia doinstrumento (excluindo quaisquer efeitos do instrumento).

    16B. Para um instrumento ser classificado como instrumento patrimonial, alm de ter todas ascaractersticas acima, o emitente no deve ter outro instrumento financeiro ou contrato quetenha:

    (a) total de fluxos de caixa baseados substancialmente no resultado, a mudana nos ativoslquidos reconhecidos ou a mudana no valor justo nos ativos lquidos reconhecidos ouno reconhecidos da entidade (excluindo quaisquer efeitos de tal instrumento oucontrato); e

    (b)o efeito de restringir substancialmente ou fixar o retorno residual aos detentores dosinstrumentos com opo de venda.

    Para o propsito de aplicao desta condio, a entidade no deve considerar contratos nofinanceiros com um detentor de instrumento descrito no item 16A que tenha termos

    contratuais e condies que so similares aos termos contratuais e condies de contratoequivalente que possa ocorrer entre um detentor de instrumento no financeiro e a entidadeemissora. Se a entidade no puder determinar que essa condio est satisfeita, no deveclassificar o instrumento com opo de venda como instrumento patrimonial.

    Instrumentos, ou componentes de instrumentos, que impem entidade a obrigao deentregar a terceiros uma parte (pro rata) dos ativos lquidos da entidade apenas na liquidao

    16C. Alguns instrumentos financeiros incluem uma obrigao contratual para a entidade emissorade entregar outra entidade uma parte da divisopro ratareferente a ativos lquidos somentena liquidao. A obrigao surge porque a liquidao certa de ocorrer e est fora de

    controle da entidade (por exemplo, uma entidade com prazo de existncia limitado) ou incerta de ocorrer, mas consta da opo do titular do instrumento. Tal como uma exceo nadefinio de passivo financeiro, um instrumento que inclui essa obrigao classificado comoinstrumento patrimonial se tiver todas as seguintes caractersticas:

    (a)d ao detentor uma parte da diviso pro ratados ativos lquidos da entidade no eventode sua liquidao. Os ativos lquidos da entidade so aqueles ativos que remanescemaps a deduo de todas as outras contingncias vinculadas aos seus ativos. A diviso

    pro rata determinada por:

    (i) diviso do ativo lquido da entidade em liquidao em unidades de igualmontante; e

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    (ii) multiplicao daquele montante pelo nmero de unidades mantidas pelodetentor dos instrumentos financeiros;

    (b)o instrumento est na classe de instrumentos subordinados a todas as outras classes deinstrumentos. Para estar em tal classe o instrumento:

    (i) no tem prioridade sobre os demais passivos e contingncias passivas daentidade em liquidao; e

    (ii) no precisa ser convertido em outro instrumento antes de estar na classe deinstrumentos que so subordinados a todas as outras classes de instrumentos;

    (c) todos os instrumentos financeiros da classe de instrumentos que est subordinada atodas as outras classes de instrumentos devem possuir obrigaes contratuais idnticaspara a entidade emissora de entregar a diviso pro rata de seus ativos lquidos emliquidao.

    16D. Para o instrumento ser classificado como instrumento patrimonial, alm do instrumento tertodas as caractersticas acima, o emitente no deve ter outro instrumento financeiro oucontrato que tenha:

    (a) fluxos de caixa totais que se baseiam substancialmente no resultado, mudana nos ativos

    lquidos reconhecidos ou a mudana no valor justo dos ativos lquidos reconhecidos eno reconhecidos da entidade (excluindo os efeitos de tal instrumento ou contrato); e

    (b)o efeito de restringir substancialmente ou fixar o retorno residual para os detentores dosinstrumentos.

    Para efeitos da aplicao dessa condio, a entidade no deve considerar contratos nofinanceiros com um detentor de instrumento descrito no item 16C que tenha termoscontratuais e condies que sejam similares aos termos contratuais e condies de contratoequivalente que possa ocorrer entre um detentor de contrato no financeiro e a entidadeemissora. Se a entidade no pode determinar se essa condio est satisfeita, no deve

    classificar o instrumento como instrumento patrimonial.

    Reclassificao de instrumentos com opo de venda e instrumentos que impem entidade aobrigao de entregar a terceiros uma parte da diviso pro rata referente aos ativos lquidosda entidade somente na liquidao.

    16E. A entidade deve classificar um instrumento financeiro como instrumento patrimonial deacordo com os itens 16A e 16B ou itens 16C e 16D a partir da data em que o instrumentopossuir todas as caractersticas e satisfizer as condies previstas nesses itens. A entidadedeve reclassificar um instrumento financeiro a partir da data em que o instrumento deixa deter todas as caractersticas ou satisfaa as condies previstas nos referidos itens. Porexemplo, se a entidade repactuar todos os seus instrumentos emitidos sem opo de venda equaisquer instrumentos com opo de venda que permaneam pendentes, tenham todas as

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    caractersticas e satisfaam todas as condies dos itens16A e 16B, a entidade devereclassificar os instrumentos com opo de venda como instrumentos patrimoniais a partir dadata da repactuao dos instrumentos sem opo de venda.

    16F. Para reclassificar um instrumento de acordo com o item 16E, a entidade deve efetuar acontabilizao da forma a seguir especificada:

    (a)deve reclassificar um instrumento patrimonial como passivo financeiro a partir da dataem que o instrumento deixar de apresentar todas as caractersticas e condies dos itens16A e 16B ou itens 16C e 16D. O passivo financeiro deve ser mensurado pelo valor

    justo do instrumento na data de reclassificao. A entidade deve reconhecer no

    patrimnio lquido qualquer diferena entre o valor contbil do instrumento patrimoniale o valor justo do passivo financeiro na data da reclassificao;

    (b)deve reclassificar um passivo financeiro como patrimnio lquido a partir da data em queo instrumento apresentar todas as caractersticas e satisfizer as condies enunciadas nositens 16A e 16B ou itens 16C e 16D. O instrumento patrimonial deve ser mensuradopelo valor contbil do passivo financeiro na data da reclassificao.

    Ausncia de obrigao contratual de entregar caixa ou outro ativo financeiro (item16(a))

    17. Com exceo das circunstncias descritas nos itens 16A e 16B ou itens 16C e 16D, umacaracterstica crtica para diferenciar um passivo financeiro de um instrumento patrimonial aexistncia de obrigao contratual de uma parte do instrumento financeiro (emitente) paraentregar caixa ou outro ativo financeiro para outra parte (titular) ou trocar ativos financeirosou passivos financeiros com o titular sob condies que so potencialmente desfavorveis aoemitente. Apesar de o titular de um instrumento patrimonial poder ter o direito de receber umapartepro ratade quaisquer dividendos ou outras distribuies de capital, o emitente no temobrigao contratual de fazer tais distribuies, uma vez que no pode ser obrigado a entregarcaixa ou outro ativo financeiro outra parte.

    18. A essncia de um instrumento financeiro, em vez de sua forma jurdica, rege sua classificaono balano patrimonial da entidade. Essncia e forma legal so comumente consistentes, masnem sempre. Alguns instrumentos financeiros assumem a forma legal de patrimnio lquido,mas so passivos em sua essncia e outros podem combinar caractersticas associadas ainstrumentos patrimoniais e caractersticas associadas a passivos financeiros. Por exemplo:

    (a)uma ao preferencial que proporcione resgate obrigatrio pelo emitente por umaquantia fixa ou determinvel em data fixa ou futura, ou d ao titular o direito de exigirque o emitente resgate o instrumento numa ou aps uma data especfica por uma quantiafixa ou determinvel, um passivo financeiro;

    (b)um instrumento financeiro que d ao seu detentor o direito de devolv-lo ao emitente porcaixa ou outro ativo financeiro (instrumento com opo de venda) um passivo

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    financeiro, com exceo dos instrumentos classificados como instrumentos patrimoniaisde acordo com os itens 16A e 16B ou itens 16C e 16D. O instrumento financeiro umpassivo financeiro mesmo quando o montante de caixa ou outro ativo financeiro determinado com base em ndice ou outro item que tenha potencial de aumentar ediminuir. A existncia de uma opo para o titular do instrumento devolv-lo para oemitente por caixa ou outro ativo financeiro significa que o instrumento com opo devenda satisfaz a definio de passivo financeiro, com exceo dos instrumentosclassificados como instrumentos patrimoniais de acordo com os itens 16A e 16B ou itens16C e 16D. Por exemplo, os fundos mtuos abertos, trustes, parcerias e algumasentidades cooperativas podem fornecer a seus membros o direito de resgate de suasparticipaes a qualquer momento por caixa, o que resulta em que essas participaes

    sejam classificadas como passivos financeiros, com exceo daqueles instrumentosclassificados como instrumentos patrimoniais de acordo com os itens 16A e 16B ou itens16C e 16D. No entanto, classificaes como passivo financeiro no impedem o uso dedescries como ativos lquidos atribuveis aos detentores dos ttulos nasdemonstraes contbeis da entidade que no tenha patrimnio lquido prprio (comoalguns fundos mtuos ou trustes), ou a utilizao de divulgao adicional para mostrarque as participaes dos membros incluem itens como reservas que atendem definiode patrimnio e instrumentos com opo de venda que no atendam.

    19. Se a entidade no tem o direito incondicional de evitar a entrega de caixa ou outro ativofinanceiro para liquidar uma obrigao contratual, a obrigao satisfaz a definio de passivo

    financeiro, com exceo dos instrumentos classificados como instrumentos patrimoniais deacordo com os itens 16A e 16B ou itens 16C e 16D. Por exemplo:

    (a)uma restrio na capacidade da entidade de cumprir uma obrigao contratual, como afalta de acesso a moeda estrangeira ou a necessidade de obter autorizao parapagamento da entidade reguladora, no nega a obrigao contratual da entidade ou odireito contratual do titular no mbito do instrumento;

    (b)uma obrigao contratual que condicionada contraparte exercer seu direito deresgatar um passivo financeiro porque a entidade no tem o direito incondicional deevitar a entrega de caixa ou outro ativo financeiro.

    20. Um instrumento financeiro que no estabelece explicitamente uma obrigao contratual deentregar caixa ou outro ativo financeiro pode estabelecer uma obrigao indireta por meio deseus termos e condies. Por exemplo:

    (a)um instrumento financeiro pode conter uma obrigao no financeira que deve serliquidada se, e somente se, a entidade falhar ao fazer distribuies ou resgatar. Se aentidade pode evitar a transferncia de caixa ou outro ativo financeiro apenas por meioda liquidao da obrigao no financeira, o instrumento financeiro um passivofinanceiro.

    (b)um instrumento financeiro um passivo financeiro se na liquidao a entidade vaientregar:

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    (i) caixa ou outro ativo financeiro; ou

    (ii) suas prprias aes cujo valor excede substancialmente o valor de caixa ououtro ativo financeiro.

    Embora a entidade no tenha a obrigao contratual explcita de entregar caixa ou outro ativofinanceiro, o valor da alternativa de liquidao da ao tal que ser liquidado em caixa pelaentidade. Em qualquer caso, na essncia, o titular possui a garantia de recepo de montanteque seja pelo menos igual opo de liquidao em caixa (ver item 21).

    Liquidao nos instrumentos patrimoniais da entidade (item 16(b))

    21. Um contrato no um instrumento patrimonial somente porque pode resultar no recebimentoou entrega de instrumentos patrimoniais da prpria entidade. A entidade pode ter a obrigaoou direito contratual de receber ou entregar uma quantidade de suas prprias aes ou outroinstrumento patrimonial de modo que o valor justo dos instrumentos patrimoniais da prpriaentidade a ser recebido ou entregue igual ao valor do direito ou obrigao contratual. Talobrigao ou direito contratual pode ser um montante fixo ou um montante que flutue, emparte ou na ntegra, em resposta s mudanas em uma varivel diferente do preo de mercadodos instrumentos patrimoniais da prpria entidade (ex: taxa de juros, preo de commoditiesoupreo de instrumento financeiro). Dois exemplos so:

    (a) contrato para entrega de instrumentos patrimoniais da prpria entidade equivalentes aovalor de $ 100; e

    (b) contrato para entrega de instrumentos patrimoniais da prpria entidade equivalentes aovalor de 100 gramas de ouro. Esse contrato um passivo financeiro da entidade embora aentidade deva ou possa liquid-lo por meio da entrega de seus prprios instrumentospatrimoniais. No um instrumento patrimonial porque a entidade utiliza um nmero varivelde seus prprios instrumentos patrimoniais como meio para liquidar o contrato. Assim, ocontrato no mostra uma participao nos ativos da entidade aps a deduo de todos os seuspassivos.

    22. Exceto o indicado no item 22A, um contrato que ser liquidado pela entidade por meio daentrega ou recebimento de nmero fixo de seus prprios instrumentos em troca de ummontante fixo de caixa ou outro ativo financeiro, um instrumento patrimonial. Por exemplo,uma opo de ao emitida que d contraparte o direito de comprar um nmero fixo deaes da entidade por um preo fixo ou por um montante pr-especificado (valor de face deum ttulo) um instrumento patrimonial. Mudanas no valor justo de contrato decorrentes devariaes nas taxas de juros do mercado que no afetam o montante de caixa ou outro ativofinanceiro a serem pagos ou recebidos, ou o nmero de instrumentos patrimoniais a seremrecebidos ou entregues na liquidao do contrato no impedem o contrato de ser um

    instrumento patrimonial. Qualquer recebimento (tal como o prmio recebido por opolanada de aes da prpria entidade) deve ser adicionado diretamente ao patrimnio lquido.

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    Qualquer contraprestao paga (como prmio pago por opo de compra) deve ser deduzidadiretamente do patrimnio lquido. Variaes no valor justo de instrumento patrimonial nodevem ser reconhecidas nas demonstraes contbeis.

    22A. Se os instrumentos patrimoniais da prpria entidade a serem recebidos ou entregues pelaentidade acerca da liquidao de contrato so instrumentos financeiros com opes de vendacom todas as caractersticas e que satisfazem todas as condies descritas nos itens 16A e16B, ou instrumentos que impem obrigao de entregar outra parte uma diviso pro ratados ativos lquidos da entidade somente na liquidao com todas as caractersticas e condiesdescritas nos itens16C e 16D, o contrato um ativo financeiro ou um passivo financeiro. Issoinclui um contrato que ser liquidado pela entidade por meio da entrega ou recebimento de

    nmero fixo de tal instrumento em troca de um montante fixo de caixa ou de outro ativofinanceiro.

    23. Com exceo das circunstncias descritas nos itens 16A e 16B ou itens 16C e 16D, umcontrato que contm a obrigao para a entidade de comprar seus prprios instrumentospatrimoniais em caixa ou outro ativo financeiro d origem a um passivo financeiro no valorpresente do montante de resgate (por exemplo, pelo valor presente do preo de recomprafutura, preo de prtica da opo, ou outra quantia de resgate). Esse o caso mesmo quando ocontrato em si um instrumento patrimonial. Um exemplo a obrigao da entidade, numcontrato futuro, de comprar seus prprios instrumentos patrimoniais em caixa. Quando opassivo financeiro reconhecido inicialmente de acordo com o Pronunciamento Tcnico CPC

    38 Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensurao, seu valor justo (o valorpresente do montante de resgate) deve ser reclassificado do patrimnio lquido.Posteriormente, o passivo financeiro deve ser mensurado de acordo com esse PronunciamentoTcnico CPC 38. Se o contrato expirar sem entrega, o valor contbil do passivo financeirodeve ser reclassificado para o patrimnio lquido. A obrigao contratual da entidade decomprar seus prprios instrumentos patrimoniais d origem a um passivo financeiro pelovalor presente do montante de resgate mesmo que a obrigao de compra seja condicionadaao exerccio do direito de resgate pela contraparte (por exemplo, opo de compra lanadaque d contraparte o direito de vender um instrumento patrimonial da prpria entidade entidade por um preo fixo).

    23. Com exceo das circunstncias descritas nos itens 16A e 16B ou itens 16C e 16D, umcontrato que contm a obrigao para a entidade de comprar seus prprios instrumentospatrimoniais em caixa ou outro ativo financeiro d origem a um passivo financeiro no valorpresente do montante de resgate (por exemplo, pelo valor presente do preo de recomprafutura, preo de prtica da opo, ou outra quantia de resgate). Esse o caso mesmo quando ocontrato em si um instrumento patrimonial. Um exemplo a obrigao da entidade, numcontrato futuro, de comprar seus prprios instrumentos patrimoniais em caixa. O passivofinanceiro deve ser reconhecido inicialmente pelo valor presente do montante de resgate edeve ser reclassificado do patrimnio lquido. Posteriormente, o passivo financeiro deve sermensurado de acordo com o Pronunciamento Tcnico CPC 38. Se o contrato expirar sementrega, o valor contbil do passivo financeiro deve ser reclassificado para o patrimniolquido. A obrigao contratual da entidade de comprar seus prprios instrumentospatrimoniais d origem a um passivo financeiro pelo valor presente do montante de resgate

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    mesmo que a obrigao de compra seja condicionada ao exerccio do direito de resgate pelacontraparte (por exemplo, opo de compra lanada que d contraparte o direito de venderum instrumento patrimonial da prpria entidade entidade por um preo fixo). (Alterado pelaReviso CPC 03)

    24. Um contrato que ser liquidado pela entidade por meio da entrega ou recebimento de nmerofixo de seus prprios instrumentos patrimoniais em troca de quantia varivel de caixa ou outroativo financeiro um ativo financeiro ou passivo financeiro. Um exemplo um contrato paraa entidade entregar 100 de seus prprios instrumentos patrimoniais em troca da quantia decaixa equivalente ao valor de 100 gramas de ouro.

    Proviso de liquidao contingente

    25. Um instrumento financeiro pode exigir que a entidade entregue caixa ou outro ativofinanceiro, ou de outra forma, liquide-o de tal forma que seria um passivo financeiro no casode ocorrncia ou no ocorrncia de eventos futuros incertos (ou como resultado decircunstncias incertas) que estariam alm do controle do emitente e do detentor doinstrumento, tal como uma alterao no ndice de bolsa de valores, no ndice de preos aoconsumidor, na taxa de juros ou nos impostos cobrados, ou receitas, lucro lquido ou no ndicedvida/patrimnio futuros do emitente. O emitente de tal instrumento no tem o direitoincondicional de evitar a entrega de caixa ou outro ativo financeiro (ou, de outro modo,liquid-lo de tal forma que seria um passivo financeiro). Portanto, um passivo financeiro do

    emitente, salvo se:

    (a)a parte da proviso de liquidao contingente que poderia exigir liquidao em caixa ououtro ativo financeiro (ou, de outro modo, de tal forma que seria um passivo financeiro)no for verdadeira;

    (b)puder exigir do emitente que liquide a obrigao em caixa ou outro ativo financeiro (ou,de outro modo, liquidar de tal forma que seria um passivo financeiro) somente no casode evento de liquidao do emitente; ou

    (c)o instrumento tiver todas as caractersticas e satisfizer todas as condies dos itens 16A e16B.

    Opo de liquidao

    26. Quando o instrumento financeiro derivativo d a uma das partes a escolha de como serliquidado (ex: o emitente ou o titular pode escolher liquidar em caixa ou pela troca de aespor caixa), um ativo financeiro ou passivo financeiro, a menos que todas as alternativas deliquidao resultem neste instrumento como sendo instrumento patrimonial.

    27. Um exemplo de instrumento financeiro derivativo com uma opo de liquidao que um

    passivo financeiro uma opo de ao em que o emitente pode decidir liquidar em caixa oupela troca de suas prprias aes por caixa. Da mesma forma, alguns contratos de compra ou

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    venda de item no financeiro em troca de instrumentos patrimoniais da prpria entidade estodentro do mbito deste Pronunciamento porque eles podem ser liquidados tanto pela entregado item no financeiro quanto em caixa ou outro instrumento financeiro (ver itens 8 a 10).Tais contratos so ativos financeiros ou passivos financeiros e no instrumentos patrimoniais.

    Instrumentos financeiros compostos (ver tambm itens AG30 a AG35)

    28. O emitente de instrumento financeiro no derivativo deve avaliar os termos do instrumentofinanceiro para determinar se ele contm tanto um passivo quanto um componente depatrimnio lquido. Tais componentes devem ser classificados separadamente como passivosfinanceiros, ativos financeiros ou instrumentos patrimoniais de acordo com o item 15.

    29. A entidade deve reconhecer separadamente os componentes de instrumento financeiro que (a)crie um passivo financeiro da entidade e (b) conceda opo ao titular do instrumento deconvert-lo em instrumento patrimonial da entidade. Por exemplo, um ttulo ou instrumentosimilar conversvel pelo titular em um nmero fixo de aes ordinrias da entidade uminstrumento financeiro composto. Sob a perspectiva da entidade, tal instrumento compreendedois componentes: um passivo financeiro (acordo contratual de entregar caixa ou outro ativofinanceiro) e um instrumento patrimonial (opo de compra concedendo ao titular o direito,por perodo especfico de tempo, de convert-la em nmero fixo de aes ordinrias daentidade). O efeito econmico da emisso desse tipo de instrumento essencialmente omesmo da emisso simultnea de instrumento de dbito com clusula de liquidao

    antecipada e contrato com garantia (warrant) de compra de aes ordinrias, ou da emisso deinstrumento de dbito com garantia (warrant) destacvel da compra de aes. Assim, emtodos os casos, a entidade deve apresentar o passivo e os componentes do patrimnio lquidoseparadamente nas suas demonstraes contbeis de encerramento do perodo ou doexerccio.

    30. A classificao dos componentes do passivo e do patrimnio lquido de um instrumentoconversvel no revisada como resultado de alterao na possibilidade da opo conversvelser exercida, mesmo quando o exerccio da opo parecer ter se tornado uma vantagemeconmica a alguns titulares. Titulares podem nem sempre agir da forma que se esperaporque, por exemplo, os efeitos fiscais resultantes da converso podem ser diferentes entre os

    titulares. Alm disso, a possibilidade de converso muda de tempos em tempos. A obrigaocontratual da entidade de efetuar pagamentos futuros permanece pendente at que seja extintapor intermdio de converso, vencimento do instrumento ou qualquer outra operao.

    31. O Pronunciamento Tcnico CPC 38 Instrumentos Financeiros: Reconhecimento eMensurao trata da mensurao de ativos financeiros e passivos financeiros. Instrumentospatrimoniais so instrumentos que evidenciam uma participao residual nos ativos daentidade aps a deduo de todos os passivos. Portanto, quando o valor contbil inicial doinstrumento financeiro composto deve ser atribudo aos seus componentes de patrimniolquido e passivo, ao componente de patrimnio lquido deve ser atribudo o valor residualaps deduzir, do valor justo total do instrumento, o montante separadamente determinado parao componente do passivo. O valor de qualquer caracterstica de derivativos (como opo decompra) embutido no instrumento financeiro composto diferente do componente do

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    patrimnio lquido (como opo de converso de patrimnio lquido) deve ser includo nocomponente do passivo. A soma dos montantes atribudos aos componentes do passivo epatrimnio lquido no reconhecimento inicial sempre igual ao valor justo que seria atribudoao instrumento como um todo. Nenhum ganho ou perda deve decorrer do reconhecimentoinicial dos componentes do instrumento separadamente.

    32. De acordo com a abordagem descrita no item 31, o emissor de ttulo conversvel em aesordinrias deve determinar primeiro o valor contbil do componente do passivo, mensurandoo valor justo de passivo similar (incluindo quaisquer caractersticas embutidas de derivativoque no seja de patrimnio lquido) que no tenha um componente de patrimnio lquidoassociado. O valor contbil do instrumento patrimonial representado pela opo de converso

    do instrumento em aes ordinrias deve ser, ento, determinado pela deduo do valor justodo passivo financeiro do valor justo do instrumento financeiro composto como um todo.

    Aes em tesouraria (ver tambm item AG36)

    33. Se a entidade readquire seus prprios instrumentos patrimoniais, esses instrumentos (aesem tesouraria) devem ser deduzidos do patrimnio lquido. Nenhum ganho ou perda deve serreconhecido no resultado na compra, venda, emisso ou cancelamento de instrumentospatrimoniais da prpria entidade. Tais aes em tesouraria podem ser adquiridas e mantidaspela entidade ou outro membro do grupo consolidado. Montantes pagos ou recebidos devemser contabilizados diretamente no patrimnio.

    34. O montante de aes em tesouraria mantidas deve ser divulgado separadamente no balano ounas notas explicativas, de acordo com o Pronunciamento Tcnico CPC 26 - Apresentao dasDemonstraes Contbeis. A entidade deve divulgar informao, de acordo com oPronunciamento Tcnico CPC 05 Divulgao sobre Partes Relacionadas, se readquirir seusprprios instrumentos patrimoniais das partes relacionadas.

    Juros, dividendos, perdas e ganhos (ver tambm item AG37)

    35. Juros, dividendos, perdas e ganhos relativos a um instrumento financeiro ou a um componenteque um passivo financeiro devem ser reconhecidos como receita ou despesa no resultado.

    Distribuies a titulares de instrumento patrimonial devem ser debitadas pela entidadediretamente no patrimnio lquido, lquido de qualquer benefcio tributrio. Custos detransao de uma transao de patrimnio lquido devem ser contabilizados como deduo dopatrimnio lquido, lquido de qualquer benefcio fiscal.

    35A. Tributos sobre o lucro relacionado a distribuies aos titulares de instrumentos patrimoniais ecustos de transao de capital prprio devem ser contabilizados de acordo com oPronunciamento Tcnico CPC 32 - Tributos sobre o Lucro. (Includo pela Reviso CPC 03)

    36. A classificao de um instrumento financeiro como passivo financeiro ou instrumentopatrimonial determina se os juros, dividendos, perdas e ganhos relativos quele instrumentodevem ser reconhecidos como receita ou despesa no resultado. Assim, dividendos a pagar deaes, que so inteiramente reconhecidos como passivos, devem ser reconhecidos como

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    despesa, da mesma forma que os juros em um ttulo (bonds). Similarmente, ganhos e perdasassociados com resgates ou refinanciamentos de passivos financeiros devem ser reconhecidosno resultado, enquanto que resgates ou refinanciamentos de instrumentos patrimoniais devemser reconhecidos como mudanas no patrimnio lquido. Alteraes no valor justo deinstrumento patrimonial no devem ser reconhecidas nas demonstraes contbeis.

    37. A entidade incorre normalmente em vrios custos na emisso ou aquisio de seus prpriosinstrumentos patrimoniais. Esses custos podem incluir registro e outras taxas regulatrias,montantes pagos a consultores jurdicos, contbeis e outros profissionais, custos de impressoe outros tributos. Os custos de transao de uma transao de patrimnio lquido socontabilizados como deduo do patrimnio (lquido de qualquer benefcio tributrio) na

    medida em que representam custos incrementais atribudos diretamente transao depatrimnio lquido que de outra forma seriam evitados. Os custos de transao de patrimniolquido que abandonada devem ser reconhecidos como despesa.

    38. Custos de transao que se relacionam com a emisso de instrumento financeiro compostodevem ser atribudos aos componentes do patrimnio lquido e passivo do instrumento emproporo alocao dos rendimentos. Custos de transao que se relacionam conjuntamentea mais de uma transao (por exemplo, custos de oferta concorrente de algumas aes elistagem em bolsa de outras aes) devem ser atribudos a essas transaes utilizando umabase para alocao coerente e consistente com transaes similares.

    39. O montante dos custos de transao contabilizado como deduo do patrimnio lquido noperodo deve ser divulgado separadamente de acordo com o Pronunciamento Tcnico CPC 26 Apresentao das Demonstraes Contbeis. O montante relacionado aos tributos incidentessobre o lucro, reconhecido diretamente no patrimnio lquido, deve ser includo no montantetotal de imposto de renda, diferido ou corrente, ou contabilizado no patrimnio e divulgado deacordo com o Pronunciamento Tcnico CPC 32 Tributos sobre o Lucro.

    40. Dividendos classificados como despesa podem ser apresentados na demonstrao dosresultados abrangentes ou na demonstrao do resultado em separado (se apresentada), querem conjunto com juros sobre outros passivos ou em uma linha separada. Alm dos requisitosdeste Pronunciamento, a apresentao de juros e dividendos est sujeita aos requisitos do

    Pronunciamento Tcnico CPC 26 Apresentao das Demonstraes Contbeis ePronunciamentoTcnico CPC 40 Instrumentos Financeiros: Evidenciao. Em algumascircunstncias, devido diferena entre juros e dividendos, em relao a questes como adedutibilidade fiscal, desejvel a divulgao separada deles na demonstrao do resultado.A divulgao dos efeitos fiscais deve ser feita de acordo com o Pronunciamento Tcnico CPC32 Tributos sobre o Lucro.

    41. Ganhos e perdas relacionados a alteraes no valor contbil de passivo financeiro devem serreconhecidos como receita ou despesa no resultado, mesmo quando se relacionarem a uminstrumento que inclua direito residual nos ativos da entidade em troca de caixa ou outro ativofinanceiro (ver item 18(b)). De acordo com o Pronunciamento Tcnico CPC 26 Apresentao das Demonstraes Contbeis, a entidade deve apresentar qualquer ganho ouperda decorrente de nova mensurao de tal instrumento separadamente na demonstrao do

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    resultado quando for relevante para a explicao do desempenho da entidade.

    Compensao de ativo financeiro e passivo financeiro (ver tambm os itens AG38 e AG39)

    42. Um ativo financeiro e um passivo financeiro devem ser compensados, e o montante lquidoapresentado nas demonstraes contbeis, quando, e somente quando, a entidade:

    (a)dispe de um direito legalmente executvel para liquidar pelo montante lquido; e

    (b)tiver a inteno tanto de liquidar em base lquida, ou realizar o ativo e liquidar o passivosimultaneamente.

    Na contabilizao da transferncia de ativo financeiro que no se qualifica para baixa, aentidade no deve compensar o ativo transferido e o passivo associado (PronunciamentoTcnico CPC 38 Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensurao, item 36).

    43. Este Pronunciamento exige a apresentao de ativos e passivos financeiros em base lquidaquando isso refletir uma expectativa da entidade de fluxos de caixa futuros a partir daliquidao de dois ou mais instrumentos financeiros separados. Quando a entidade tem odireito de receber ou pagar um nico montante lquido e pretende fazer isso, ela tem, narealidade, somente um nico ativo ou passivo financeiro. Em outras circunstncias, ativos epassivos financeiros devem ser apresentados separadamente um do outro, consistentemente

    com suas caractersticas de recursos ou obrigaes da entidade.

    44. Compensar um ativo financeiro e um passivo financeiro reconhecidos, e apresentar omontante lquido difere da reverso do reconhecimento (baixa) de ativo financeiro ou passivofinanceiro. Embora compensar no enseje o reconhecimento de ganho ou perda, a reverso doreconhecimento (baixa) de instrumento financeiro no resulta somente na remoo do itemreconhecido anteriormente no balano, mas tambm pode resultar em reconhecimento deganho ou perda.

    45. O direito de compensao um direito legal do devedor, por contrato ou de outra forma, deliquidar ou, de outra maneira, eliminar a totalidade ou uma parte do montante devido aocredor, por meio da aplicao contra esse montante de um montante devido pelo credor. Emcircunstncias incomuns, um devedor pode ter o direito legal de compensar um montantedevido por terceiros ao credor desde que exista um acordo entre as trs partes que claramenteestabeleam o direito de compensao. Pelo fato de o direito de compensao ser um direitolegal, as condies para suportar o direito podem variar de uma jurisdio para outra e as leisaplicveis s relaes entre as partes precisam ser consideradas.

    46. A existncia do direito de liquidar um ativo financeiro e um passivo financeiro afeta osdireitos e as obrigaes associados com um ativo financeiro e um passivo financeiro, e podeafetar a exposio da entidade a risco de crdito e de liquidez. No entanto, a existncia dodireito, por si s, no base suficiente para compensao. Na ausncia de inteno de exercero direito ou de liquidar simultaneamente, o montante e o momento dos fluxos futuros de caixa

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    no devem ser afetados. Quando a entidade pretende exercer o direito ou liquidarsimultaneamente, a apresentao do ativo e do passivo em base lquida reflete maisapropriadamente os montantes e o momento dos fluxos de caixa futuros, bem como o risco aque cada um dos fluxos de caixa est exposto. A inteno por uma ou ambas as partes deliquidar em base lquida sem o direito legal de faz-lo no suficiente para justificar acompensao, porque os direitos e obrigaes associados ao ativo financeiro individual epassivo financeiro individual permanecem inalterados.

    47. As intenes da entidade com relao liquidao de ativos e passivos particulares podem serinfluenciadas por suas prticas de negociao usuais, exigncias dos mercados financeiros eoutras circunstncias que podem limitar a capacidade de liquidao ou liquidao simultnea.

    Quando a entidade tem o direito de compensao, mas no pretende liquidar ou realizar oativo e liquidar o passivo simultaneamente, o efeito do direito sobre a exposio ao risco decrdito da entidade deve ser divulgado de acordo com o item 36 do Pronunciamento TcnicoCPC 40 Instrumentos Financeiros: Evidenciao.

    48. Liquidao simultnea de dois instrumentos financeiros pode ocorrer por meio, por exemplo,da operao de cmara de compensao em mercado financeiro organizado ou a troca face aface. Nessas circunstncias, os fluxos de caixa so, na realidade, equivalentes a um nicovalor lquido e no h exposio a risco de crdito ou de liquidez. Em outras circunstncias, aentidade pode liquidar dois instrumentos pelo recebimento ou pagamento de montantesseparados, tornando-se exposta ao risco de crdito para o valor total do ativo ou risco de

    liquidez para o valor do passivo. Tais exposies ao risco podem ser significativas mesmosendo relativamente breves. Assim, a realizao de ativo financeiro e a liquidao de passivofinanceiro devem ser tratadas como simultneas somente quando as transaes ocorrerem nomesmo momento.

    49. As condies estabelecidas no item 42 no so satisfeitas usualmente e a compensao normalmente inadequada quando:

    (a)vrios instrumentos financeiros diferentes so utilizados para simular as caractersticasde um nico instrumento financeiro (instrumento sinttico);

    (b)ativos financeiros e passivos financeiros resultam de instrumentos financeiros tendo amesma exposio ao risco (por exemplo, ativos e passivos dentro de uma carteira decontratos futuros ou outros instrumentos derivativos) mas envolvem contrapartesdiferentes;

    (c)ativos financeiros ou outros ativos so penhorados como garantia de passivosfinanceiros;

    (d)ativos financeiros so disponibilizados com o propsito de cobrir uma obrigao semque esses ativos tenham sido aceitos pelo credor na liquidao da obrigao (porexemplo, acordos de fundos de amortizao); ou

    (e)obrigaes resultantes de eventos que deram origem a perdas e h a expectativa de

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    recuper-las de um terceiro em virtude de reclamao feita de acordo com o contrato deseguro.

    50. Uma entidade que assume uma quantidade de transaes de instrumentos financeiros comuma s contraparte pode entrar em um acordo de liquidao mastercom essa contraparte.Tal acordo converge para uma nica liquidao, de forma lquida, para todos os instrumentosfinanceiros abrangidos pelo acordo no caso de descumprimento ou trmino de qualquercontrato. Esses acordos so comumente usados por instituies financeiras para fornecerproteo contra perdas em casos de falncia ou outras circunstncias que resultam naincapacidade da contraparte de cumprir suas obrigaes. Um acordo de liquidao mastergeralmente cria o direito de compensao que se torna exigvel e afeta a realizao ou a

    liquidao de ativos financeiros individuais e passivos financeiros somente aps eventoespecfico de descumprimento ou outras circunstncias que no so esperadas no cursonormal dos negcios. Um acordo de liquidao masterno fornece base para compensao ano ser que ambos os critrios do item 42 sejam satisfeitos. Quando ativos financeiros epassivos financeiros sujeitos a um acordo de liquidao masterno so compensados, o efeitodo acordo na exposio da entidade a risco de crdito deve ser divulgado de acordo com oitem 36 do Pronunciamento Tcnico CPC 40 Instrumentos Financeiros: Evidenciao.

    51 a 95. Eliminados.

    APNDICE - GUIA DE APLICAO

    Este apndice parte integrante do Pronunciamento Tcnico CPC 39.

    AG1. Este guia de aplicao fornece orientaes relativas a aspectos particulares doPronunciamento.

    AG2. O Pronunciamento no trata de reconhecimento e mensurao de instrumentos financeiros.Requisitos dessa natureza so definidos no Pronunciamento Tcnico CPC 38 InstrumentosFinanceiros: Reconhecimento e Mensurao.

    Definies (itens 11 a 14)

    Ativos financeiros e passivos financeiros

    AG3. Moeda (caixa) um ativo financeiro porque representa um meio de troca e, portanto,constitui a base sobre a qual todas as transaes so mensuradas e reconhecidas nasdemonstraes contbeis. Um depsito de caixa em banco ou instituio financeira similar um ativo financeiro porque representa o direito contratual do depositante de obter caixa dainstituio ou de descontar cheque, ou instrumento similar, reduzindo o saldo em favor de

    credor, em pagamento de passivo financeiro.

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    AG4. Exemplos comuns de ativos financeiros que representam direito de receber caixa no futuro eos correspondentes passivos financeiros que representam obrigao contratual de entregarcaixa no futuro so:

    (a) contas a receber e a pagar;(b) notas a receber e a pagar;(c) emprstimos a receber e a pagar; e(d) ttulos de dvida a receber e a pagar.

    Em cada caso, o direito contratual de uma parte de receber (ou obrigao de pagar) compensada pela correspondente obrigao de pagar da outra parte (ou direito de receber)

    AG5. Outro tipo de instrumento financeiro aquele para o qual o benefcio econmico a serrecebido ou cedido um ativo financeiro que no caixa. Por exemplo, um instrumento dedvida pagvel em ttulos do governo que d ao seu detentor o direito contratual de receber,e ao emissor a obrigao contratual de entregar ttulos do governo, no por caixa. Os ttulosso ativos financeiros porque representam obrigaes do emissor, governo, de pagar porcaixa. O instrumento de dvida , portanto, um ativo financeiro para o detentor e um passivofinanceiro para o emissor.

    AG6 Instrumentos de dvida perptuos (como debntures, capital notes e ttulos perptuos)normalmente fornecem ao detentor o direito contratual de receber pagamentos de juros em

    datas pr-estabelecidas se estendendo por um perodo indeterminado com ou sem o direitode receber o principal sob condies que sejam muito desfavorveis no futuro. Por exemplo,a entidade pode emitir um instrumento financeiro determinando que sejam feitospagamentos anuais em perpetuidade iguais taxa de juros de 8% a.a. aplicada a um valor dereferncia ou montante principal de $ 1.000. Assumindo 8% como sendo a taxa de mercadopara o instrumento quando emitido, o emissor assume a obrigao contratual de fazer umfluxo futuro de pagamentos de juros com o valor justo (valor presente) de $ 1.000 noreconhecimento inicial. O detentor e o emissor do instrumento possuem um ativo financeiroe um passivo financeiro, respectivamente.

    AG7. O direito contratual ou a obrigao contratual de receber, entregar ou trocar instrumentos

    financeiros constitui, por si s, um instrumento financeiro. Uma cadeia de direitoscontratuais ou obrigaes contratuais satisfazem a definio de instrumento financeiro casoleve ao recebimento ou pagamento de caixa, ou aquisio ou a emisso de um instrumentopatrimonial.

    AG8. A capacidade de exercer um direito contratual ou a exigncia de satisfazer uma obrigaocontratual pode ser absoluta, ou pode ser dependende da ocorrncia de evento futuro. Porexemplo, uma garantia financeira um direito contratual do credor de receber caixa dogarantidor, e a correspondente obrigao contratual do garantidor de pagar o credor em casode inadimplncia por parte do tomador do emprstimo. O direito contratual e a obrigaoexistem devido ocorrncia de uma transao ou evento passado (assuno da garantia),mesmo que a capacidade do credor de exercer seu direito e a obrigao do garantidor decumprir com a sua obrigao sejam ambos contingentes em relao a um ato futuro de

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    inadimplncia por parte do tomador do emprstimo. Um direito e uma obrigaocontingentes atendem definio de ativo e passivo financeiro apesar do fato de que nemsempre esses ativos e passivos so reconhecidos nas demonstraes contbeis. Algunsdesses direitos e obrigaes contingentes podem ser contratos de seguro de acordo com adefinio apresentada no Pronunciamento Tcnico CPC 11 Contratos de Seguro.

    AG9. De acordo com o Pronunciamento Tcnico CPC 06 Operaes de ArrendamentoMercantil, o leasing financeiro considerado como um direito do arrendador de receber euma obrigao do arrendatrio de pagar um fluxo de pagamentos que so equivalentes a umacombinao de principal e juros em um contrato de financiamento. O arrendador contabilizao ativo como o valor dos pagamentos a receber em vez do valor do ativo arrendado

    propriamente dito. O leasingoperacional, por outro lado, considerado como um contratoincompleto que compromete o arrendador a fornecer o uso de um ativo durante perodosfuturos em troca de uma compensao financeira similar a uma taxa paga por um servio. Oarrendador continua a contabilizar o ativo arrendado em vez dos pagamentos futuros areceber. Assim, o leasingfinanceiro considerado um instrumento financeiro e um leasingoperacional no considerado um instrumento financeiro (exceto para os pagamentosindividuais devidos e pagveis no perodo corrente).

    AG10. Ativos tangveis (como estoques, instalaes, terrenos e equipamentos), ativos objeto deleasinge ativos intangveis (como patentes e marcas) no so ativos financeiros. O controlede tais ativos tangveis e intangveis criam a oportunidade de gerao de caixa ou outro ativo

    financeiro, mas no do direito ao recebimento direto de um ativo financeiro ou caixa.

    AG11. Ativos (como despesas antecipadas) para as quais o benefcio econmico futuro orecebimento de produtos ou servios em vez do direito de receber caixa ou outro ativofinanceiro no so ativos financeiros. De forma semelhante, receitas diferidas e a maiorparte das garantias (warrant) oferecidas no so passivos financeiros porque o fluxo de sadade benefcios econmicos associados com eles a entrega de produtos ou servios em vezda obrigao de desembolsar caixa ou outro ativo financeiro.

    AG12. Ativos e passivos que no so contratuais (como os tributos sobre a renda que so criadospor leis aprovadas ou sancionadas pelo governo) no so ativos ou passivos financeiros. A

    forma de contabilizao dos tributos sobre a renda tratada no Pronunciamento CPC 32 Tributos sobre o Lucro. De forma similar, as obrigaes contingentes so definidas noPronunciamento Tcnico CPC 25 Provises, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes,as quais no se originam de contratos e no constituem passivos financeiros.

    Instrumentos patrimoniais

    AG13. Exemplos de instrumentos patrimoniais incluem aes ordinrias no resgatveis, algunsinstrumentos resgatveis (ver itens 16A e 16B), alguns instrumentos que impem entidadeobrigao de entregar, para outra contraparte, parte de seus ativos (pro-rata) lquidos de umaentidade somente na liquidao (ver itens 16C e 16D), alguns tipos de aes preferenciais(ver itens AG25 e AG26), warrantse opes de compra lanadas (bnus de subscrio) quepermitem ao detentor subscrever ou adquirir um nmero fixo de aes ordinrias no

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    resgatveis da entidade emissora em troca de um montante fixo de caixa ou outro ativofinanceiro. A obrigao da entidade de emitir ou comprar um nmero fixo de suas prpriasaes por um montante conhecido de caixa ou outro ativo financeiro um instrumentopatrimonial da entidade (exceto de acordo com o disposto no item 22A). No entanto, se essecontrato contm uma obrigao por parte da entidade de pagar um montante fixo de caixa ououtro ativo financeiro (que no um contrato classificado como patrimnio de acordo com ositens 16A e 16B ou itens 16C e 16D), ele tambm d origem a uma obrigao pelo valorpresente do valor do resgate (ver item AG27(a)). O emitente de aes ordinrias noresgatveis assume um passivo quando formaliza o ato para fazer uma distribuio e setorna legalmente obrigado a faz-lo perante os acionistas. Esse pode ser o caso aps adeclarao de dividendos ou quando a entidade est sendo liquidada e os ativos

    remanescentes sero distribudos para os acionistas.AG14. A opo de compra ou outro contrato similar adquirido por uma entidade que d o direito de

    readquirir um nmero fixo de suas prprias aes em troca de um montante fixo de caixa ououtro ativo financeiro no constitui um ativo financeiro da entidade (exceto de acordo com odisposto no item 22A). Qualquer recurso pago por esse contrato deve ser deduzido dopatrimnio lquido.

    Classe de instrumentos que subordinada a todas as outras classes (itens 16A(b) e 16C(b))

    AG14A. Uma das caractersticas dos itens 16A e 16C que o instrumento financeiro est em uma

    classe de instrumentos que subordinada a todas as outras classes.

    AG14B. Para se avaliar se um instrumento est em uma classe subordinada, a entidade deve avaliara preferncia do instrumento na liquidao como se a liquidao ocorresse na data daclassificao. A entidade deve reavaliar a reclassificao se ocorrerem alteraes nascircunstncias relevantes. Por exemplo, se a entidade emite ou recompra outro instrumentofinanceiro, isso pode afetar a avaliao sobre a presena do instrumento em questo naclasse de instrumentos que esto subordinados a todas as outras classes.

    AG14C. Um instrumento que possui direito preferencial na liquidao da entidade no uminstrumento que possui direitos sobre uma parcela proporcional do patrimnio lquido da

    entidade. Por exemplo, um instrumento possui direito preferencial na liquidao se ele d aodetentor o direito a dividendo fixo na liquidao em adio a sua participao nos ativoslquidos da entidade, enquanto outros instrumentos na classe subordinada com o direito participao proporcional nos ativos lquidos da entidade no possuem o mesmo direito naliquidao.

    AG14D. Se a entidade possui somente uma classe de instrumentos financeiros, essa classe deve sertratada como se fosse subordinada a todas as outras classes.

    Fluxo de caixa total esperado atribuvel ao instrumento ao longo de seu prazo de durao(item 16A(e))

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    AG14E. O fluxo de caixa total esperado de um instrumento ao longo de sua durao deve serbaseado substancialmente no resultado, na variao nos ativos lquidos ou no valor justo dosativos lquidos reconhecidos e no reconhecidos ao longo da durao do instrumento. Osresultados e as alteraes nos ativos lquidos reconhecidos devem ser mensurados de acordocom Pronunciamento apropriado do CPC.

    Transaes nas quais o detentor do instrumento no participa como detentor do instrumentopatrimonial da entidade (itens 16A e 16C)

    AG14F. O detentor de instrumento financeiro resgatvel ou instrumento que impe entidadeemissora a obrigao de entregar a um terceiro parcela proporcional dos ativos lquidos da

    entidade somente em caso de liquidao pode participar de transaes com a entidadeassumindo um papel diferente do de proprietrio. Por exemplo, o detentor do instrumentopode ser um empregado da entidade. Somente os fluxos de caixa e os termos contratuais econdies do instrumento que se relacionam com o detentor do instrumento comoproprietrio da entidade devem ser considerados na avaliao de se o instrumento deve serclassificado como instrumento patrimonial de acordo com o disposto no item 16A ou 16C.

    AG14G. Um exemplo uma sociedade limitada que possui scios limitados (limited partners, cujaresponsabilidade est limitada ao investimento na sociedade, alm de no estaremautorizados a participar ativamente da gesto da entidade) e scios gerais (general partners,que possuem responsabilidade ilimitada sobre os passivos da entidade, e que so

    responsveis pela conduo das operaes da entidade). Alguns scios gerais podemfornecer garantias entidade e podem ser remunerados pelo fornecimento dessa garantia.Nessas situaes a garantia e os fluxos de caixa associados se relacionam aos detentores doinstrumento em seu papel de garantidores e no como proprietrios. Dessa forma, essagarantia e os fluxos de caixa associados no fazem com que os scios gerais (general

    partners) se tornem subordinados aos scios limitados (limited partners) e deve serdesconsiderada quando da verificao se os instrumentos dos scios limitados e gerais soidnticos.

    AG14H. Outro exemplo o acordo de participao nos resultados que aloca o lucro ou prejuzo aosdetentores do instrumento com base nos servios prestados ou negcios gerados durante o

    exerccio corrente ou anterior. Tais acordos so transaes realizadas com os detentores dosinstrumentos em seu papel de no proprietrios e no devem ser consideradas quando daverificao das caractersticas listadas no item 16A ou 16C. No entanto, acordos departicipaes nos resultados que alocam os resultados aos detentores dos instrumentosbaseados no montante nominal desses instrumentos relativos a outros na mesma classerepresentam transaes com os detentores dos instrumentos no papel de proprietrios e deveser considerado quando da anlise das caractersticas listadas no item 16A ou 16C.

    AG14I. Os fluxos de caixa e os termos e condies contratuais da transao entre o detentor doinstrumento (em seu papel de no proprietrio) e a entidade emissora devem ser similares auma transao equivalente que poderia ocorrer entre o no detentor do instrumento e aentidade emissora.

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    Inexistncia de outros instrumentos financeiros ou contratos com fluxos de caixa totais quefixam ou restringem substancialmente o retorno residual para o detentor do instrumento(itens 16B e 16D)

    AG14J. Uma condio para classificar um instrumento financeiro como patrimonial que de outraforma atenderia aos critrios estabelecidos no item 16A ou 16C que a entidade no possuaoutros instrumentos financeiros ou contratos que contenham (a) fluxos de caixa totaisbaseados substancialmente no resultado, na variao nos ativos lquidos reconhecidos ou namudana no valor justo dos ativos lquidos reconhecidos e no reconhecidos e (b) o efeito derestringir substancialmente ou fixar o retorno residual. Os seguintes instrumentos, quandocontratados em condies comerciais normais com partes no relacionadas entidade, no

    iro, provavelmente, evitar que instrumentos que de outra forma atenderiam aos critriosdefinidos no item 16A ou 16C sejam classificados como patrimnio:

    (a) instrumentos com fluxos de caixa totais substancialmente baseados em ativos especficosda entidade;

    (b)instrumentos com fluxos de caixa totais baseados em percentual da receita;

    (c)contratos criados para remunerar empregados por servios prestados entidade;

    (d)contratos requerendo o pagamento de percentual insignificante do lucro por servios

    prestados ou produtos fornecidos.

    Instrumentos financeiros derivativos

    AG15. Instrumentos financeiros incluem instrumentos primrios (como recebveis, contas a pagar einstrumentos patrimoniais) e instrumentos financeiros derivativos (como opes, futuros econtratos a termo, swapsde taxa de juros e de moedas). Instrumentos financeiros derivativosatendem definio de instrumento financeiro e esto de acordo com o alcance destePronunciamento.

    AG16. Instrumentos financeiros derivativos criam direitos e obrigaes que tm o efeito de

    transferir entre as partes do instrumento um ou mais dos riscos financeiros inerentes aoinstrumento financeiro subjacente. Na data da operao, instrumentos financeirosderivativos oferecem a uma parte o direito contratual de trocar ativos financeiros ou passivosfinanceiros com outra parte sob condies que so potencialmente favorveis ou umaobrigao contratual de trocar ativos financeiros ou passivos financeiros que sopotencialmente desfavorveis. No entanto, eles normalmente (*) no resultam natransferncia do ativo financeiro subjacente na data da celebrao do contrato, e essatransferncia no necessariamente ocorre na liquidao do contrato. Alguns instrumentospossuem o direito e a obrigao de realizar a troca. Como os termos da troca soestabelecidos na realizao do instrumento financeiro derivativo, na medida em que ospreos nos mercados financeiros sofrem alteraes esses termos podem se tornar favorveisou desfavorveis.

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    (*) Isso verdade para a maior parte, mas no para todos os derivativos; um exemplo o contrato ( cross-currency swap) entre duas moedas diferentes nos quais o principal trocado na realizao (e trocadosnovamente no vencimento).

    AG17. A opo de compra ou venda para trocar ativos financeiros ou passivos financeiros(exemplo: instrumentos financeiros que no sejam ttulos patrimoniais da prpria empresa)do ao detentor o direito de obter benefcios econmicos potenciais associados com asmudanas no valor justo do instrumento financeiro subjacente ao contrato.Alternativamente, o lanador da opo assume uma obrigao de abrir mo de benefcioseconmicos futuros ou sofrer perdas potenciais associadas com alteraes no valor justo doinstrumento financeiro subjacente. O direito contratual do titular e a obrigao dolanador/vendedor atendem definio de instrumento financeiro ativo e passivo,

    respectivamente. O instrumento financeiro subjacente a um contrato de opo pode serqualquer instrumento financeiro ativo incluindo aes de outras entidades e ttulos de rendafixa. A opo pode exigir que o lanador/vendedor emita um instrumento de dvida, em vezda transferncia de um ativo financeiro, mas o instrumento subjacente opo seria uminstrumento financeiro do detentor caso a opo fosse exercida. O direito do detentor daopo de trocar o instrumento financeiro sob condies favorveis e a obrigao dolanador/vendedor de trocar o instrumento em condies potencialmente desfavorveis sodistintas do instrumento financeiro ativo que ser trocado no exerccio da opo. A naturezado direito do detentor e da obrigao do lanador/vendedor no so afetados pelaprobabilidade de que a opo venha a ser exercida.

    AG18. Outro exemplo de instrumento financeiro derivativo um contrato a termo para serliquidado em seis meses no qual uma parte (o comprador) promete entregar $ 1.000.000 emtroca de ttulos pblicos com mesmo valor de face e a outra parte (o vendedor) prometeentregar o mesmo montante em ttulos pblicos em troca de $ 1.000.000 em caixa. Duranteo perodo de seis meses ambas as partes possuem um direito e uma obrigao contratual detrocar instrumentos financeiros. Se o valor de mercado dos ttulos pblicos subir acima de $1.000.000, as condies sero favorveis ao comprador e desfavorveis ao vendedor; se ovalor de mercado cair abaixo de $ 1.000.000, o efeito ser oposto. O comprador tem umdireito contratual (ativo financeiro) similar ao direito possudo na opo de compra e umaobrigao (passivo financeiro) contratual similar quela existente em uma opo de venda

    lanada; o vendedor tem um direito contratual (ativo financeiro) similar ao direito existentena opo de venda e a obrigao contratual (passivo financeiro) similar quela existente naopo de compra lanada. Da mesma forma que com as opes, esses direitos contratuaiscorrespondem a ativos e passivos financeiros distintos e separados dos instrumentosfinanceiros subjacentes (os ttulos pblicos e o caixa). Ambas as partes do contrato a termotm obrigao de realizar no prazo contratado, enquanto no contrato de opes aperformance somente ocorre quando o titular decide exercer a opo.

    AG19. Muitos outros tipos de instrumentos financeiros derivativos contm um direito ou umaobrigao de realizar uma troca futura, incluindo contratos de swapsde moedas e taxas de

    juros, capsde taxas de juros, collarsefloors, compromissos de emprstimos, condies de

    emisso de ttulos e cartas de crdito. O contrato de swapde taxas de juros pode ser vistocomo uma variao do contrato a termo no qual as partes concordam em realizar uma srie

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    futura de trocas de fluxos de caixa, sendo o montante calculado em relao a uma taxaflutuante e o outro com referncia a uma taxa fixa. Contratos futuros so outra variao doscontratos a termo, diferindo principalmente no que tange padronizao e negociao embolsas.

    Contratos para comprar ou vender itens no financeiros (itens 8 a 10)

    AG20. Contratos para comprar ou vender itens no financeiros no se encaixam na definio deinstrumento financeiro porque o direito contratual de uma parte de receber um ativo nofinanceiro ou um servio e a correspondente obrigao da outra parte no constituem umaobrigao ou direito presente de ambas as partes de receber, entregar ou trocar um ativo

    financeiro. Por exemplo, contratos que estabelecem para liquidao somente a entrega ourecebimento de item no financeiro (opo, contrato a termo ou futuro de prata) no soinstrumentos financeiros. Muitos contratos de commodities so desse tipo. Muitos sopadronizados e negociados em mercados organizados da mesma forma que muitosinstrumentos financeiros derivativos. Por exemplo, um contrato futuro de commoditiespodeser comprado e vendido em caixa porque listado em bolsa e pode trocar de mos muitasvezes. No entanto, as partes do contrato esto de fato negociando a commoditysubjacente. Acapacidade de comprar ou vender um contrato de commoditiesem caixa, a facilidade com aqual ele pode ser comprado e vendido e a possibilidade de se negociar uma liquidao daobrigao em caixa no alteram a caracterstica fundamental do contrato de forma a criar uminstrumento financeiro. No entanto, muitos contratos de compra e venda de itens no

    financeiros que podem ser liquidados por diferena ou pela troca de instrumentosfinanceiros, ou no qual o item no financeiro prontamente conversvel em caixa estodentro do alcance deste Pronunciamento como se fossem instrumentos financeiros (ver oitem 8).

    AG 21. Um contrato que envolva a entrega ou o recebimento de ativos tangveis no origina uminstrumento financeiro ativo em uma parte e um instrumento financeiro passivo na outraparte a menos que um pagamento seja feito aps a data que o ativo tenha sido transferido.Esse o caso de compras e vendas realizadas com financiamento comercial.

    AG22. Alguns contratos esto relacionados ao preo de commodities, mas a liquidao no envolve

    a entrega fsica da mesma. Eles determinam que o pagamento seja feito em caixa, cujomontante determinado de acordo com uma frmula no contrato em vez do pagamento demontantes fixos. Por exemplo, o montante principal do ttulo pode ser calculado pelaaplicao do preo de mercado do petrleo no vencimento a uma dada quantidade fixa depetrleo. O principal indexado com referncia ao preo de commodity, mas somenteliquidado em caixa. Esse tipo de contrato um instrumento financeiro.

    AG23. A definio de instrumento financeiro tambm abrange contratos que originam um ativo oupassivo no financeiro em adio a ativo ou passivo financeiro. Esses contratosnormalmente do a opo a uma das partes de trocar um ativo financeiro por outro nofinanceiro. Por exemplo, um ttulo indexado ao preo do barril de petrleo pode dar ao seudetentor o direito a um fluxo de recebimentos de juros fixos peridicos e um montante emcaixa no vencimento, com a opo de trocar o montante do principal por uma quantidade

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    fixa de petrleo. A convenincia de se exercer essa opo ir variar de perodo para perododependendo do valor justo do petrleo em relao razo de troca estabelecida (o preo detroca) inerente ao ttulo. A inteno do titular em relao ao exerccio da opo no afeta asubstncia dos ativos componentes. Os ativos financeiros do detentor e passivos financeirosdo emissor fazem com que o ttulo seja um instrumento financeiro independentemente deoutros ativos ou passivos que tambm tenham sido criados.

    AG24. (Eliminado).

    Apresentao

    Passivo e patrimnio lquido (itens 15 a 27)

    Ausncia de obrigao contratual de entregar caixa ou outro ativo financeiro (itens 17 a 20)

    AG25. Aes preferenciais podem ser emitidas com vrios tipos de direitos. Para determinar se aao preferencial um instrumento patrimonial ou um passivo financeiro, o emissor deveverificar os direitos particulares associados com a ao para determinar se ela apresenta ascaractersticas fundamentais de um passivo financeiro. Por exemplo, a ao preferencial, quepode ser resgatada em uma data especificada ou opo do detentor, contm um passivofinanceiro porque o emissor tem obrigao de transferir ativos financeiros ao detentor daao. A incapacidade potencial do emissor de resgatar a ao preferencial quando

    contratualmente determinado, seja por falta de recursos, requisito estatutrio, ou lucros oureservas insuficientes, no nega a obrigao. A opo do emissor de resgatar as aes emtroca de caixa no atende definio de passivo financeiro porque o emissor no possuiobrigao presente de transferir ativos financeiros para os acionistas. Nesse caso, o resgatedas aes ocorre a critrio do emissor. A obrigao pode surgir, entretanto, quando oemissor das aes exerce seu direito, normalmente por intermdio da notificao aosacionistas, de sua inteno de resgatar as aes.

    AG26. Quando a ao preferencial no resgatvel, a classificao apropriada deve serdeterminada por outros direitos associados a ela. A classificao deve ser baseada naverificao da substncia dos acordos contratuais e das definies de passivos financeiros ede instrumentos patrimoniais. Quando as distribuies aos acionistas das aespreferenciais, cumulativas ou no, ocorre de acordo com o critrio do emissor, as aes soinstrumentos patrimoniais. A classificao de ao preferencial como passivo financeiro ouinstrumento patrimonial no deve ser afetada pelos seguintes aspectos:

    (a)histrico de realizao dessas distribuies;

    (b)inteno de realizar essas distribuies no futuro;

    (c)possvel impacto negativo no preo das aes ordinrias do emissor se distribuies noso realizadas (devido a restries ao pagamento de dividendos sobre as aes ordinriasse os dividendos sobre as aes preferenciais no so pagos);

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    (d)montante das reservas do emissor;

    (e)expectativa do emissor de lucro ou prejuzo no perodo; ou

    (f) capacidade ou incapacidade do emissor de influenciar seu lucro ou prejuzo no perodo.

    Liquidao em aes da prpria entidade (itens 21 a 24)

    AG27. Os seguintes exemplos ilustram como classificar tipos diferentes de contratos envolvendoinstrumentos patrimoniais da prpria entidade:

    (a)O contrato que ser liquidado pela entidade pela entrega ou recebimento de um nmerofixo de suas prprias aes, ou trocando um nmero fixo de suas prprias aes por ummontante fixo em caixa ou outro ativo financeiro, um ttulo patrimonial (exceto comodefinido no item 22A). Da mesma forma, qualquer recurso pago ou recebido em funodesse contrato deve ser adicionado ou deduzido diretamente do patrimnio. Um exemplo a opo que d ao detentor o direito de comprar um nmero fixo de aes da emitentepor um montante fixo em caixa. No entanto, se o contrato requer que a entidade resgatesuas prprias aes em troca de caixa ou outro instrumento financeiro, em data fixa oudeterminvel no futuro de acordo com a demanda do detentor, a entidade tambm devereconhecer um passivo financeiro pelo valor presente do montante resgatvel (com

    exceo do instrumento que possui todas as caractersticas e atende s definies dositens 16A e 16B ou itens 16C e 16D). Um exemplo a obrigao da entidade, emcontrato a termo, de recomprar um nmero fixo de suas prprias aes por um montantefixo de caixa.

    (b)A obrigao de a entidade comprar suas prprias aes em caixa d origem a um passivofinanceiro pelo valor presente do montante resgatvel mesmo que o nmero de aes quea entidade seja obrigada a recomprar no seja fixo ou se a obrigao condicional aoexerccio do direito pela contraparte (exceto como estabelecido nos itens 16A e 16B ouitens 16C e 16D). Um exemplo de obrigao condicional opo lanada que requer quea entidade recompre suas prprias aes em caixa caso a contraparte exera a opo.

    (c)O contrato que liquidado em caixa ou outro ativo financeiro um instrumentofinanceiro ativo ou passivo financeiro mesmo que o montante de caixa ou outro ativofinanceiro que recebido ou entregue esteja baseado em variaes no preo de mercadodas aes da prpria entidade (exceto como definido nos itens 16A e 16B ou itens 16C e16D). Um exemplo opo de aes liquidada pelo valor lquido.

    (d)O contrato que liquidado por um nmero varivel de aes da prpria empresa cujovalor iguala um montante fixo ou um montante baseado em variaes de uma subjacentevarivel (como o preo de uma commodity) ativo financeiro ou passivo financeiro. Umexemplo a opo lanada de compra de ouro que, se exercida, deve ser liquidada eminstrumentos da prpria entidade pela entrega de quantos contratos forem necessriospara igualar o valor do contrato de opes. Esse tipo de contrato um ativo ou passivo

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    financeiro mesmo que a varivel subjacente seja ao da prpria empresa em vez doouro. Da mesma forma, um contrato que liquidado em um nmero fixo de aes daprpria empresa, mas com os direitos relacionados a essas aes sendo variveis, deforma que o montante liquidado iguala um montante fixo ou um montante baseado emalteraes em vari