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Pároco Virgílio Rocio em entrevistaInvestir para criar o sentido da paróquia
Semanário diocesano • www.jornalpresente.pt Diretor: Carlos Magalhães de CarvalhoAno LXXXI • nº 4137 • P7 • 11 de julho de 2013 • 0,50€
Paróquias em destaqueAlpedriz e Pataias
p. 8 e 9
DR
“Lumen Fidei”: primeira encíclica do Papa Francisco“A Fé faz grande e plena a vida” última
Em 13 de julho próximoInstituição de leitores marca aniversário da Sé de Leiria pág. 5
Pré-Seminário encerra ano “Vitaminas de fé” para descobrir novas vocações pág. 5
Julho e agosto são os meses de eleição
para as férias do clero diocesano
O descanso merecidoChegou o verão e com ele o anseio de férias. Esta parece ser uma verdade
transversal à maioria dos portugueses à qual não é exceção o clero da diocese de Leiria-Fátima. Pág. 3
Lino MedeirosPataias
Apenas “núcleo duro” vive a paróquia como um todo
Existe na paróquia de Pataias um forte sentimento de religiosidade. Esse fator é ilustrado com a presença de um conjunto de cristãos, sempre os mesmos, em todas as atividades das diversas localidades da paróquia. À parte desse “núcleo duro”, os restantes paroquianos envolvem-se apenas nos eventos das localidades onde residem. Penso que este fator é prejudicial, pois não nos dá conta de uma paróquia unida, como deveria ser, por exemplo, na possibilidade de utilização por todos de bens materiais que são pertença das várias comissões que integram a paróquia.
Cátia AlexandreMartingança
União pode fazer uma paróquia melhor
Penso que existe algum envolvimento, mas não na totalidade. Pontualmente ainda vamos encontrando pessoas que ajudam qualquer localidade da paróquia ao nível de organização de eventos diversos. Não são muitos, mas existem e fazem toda a diferença. Contudo, penso que a paróquia de Pataias está minimamente organizada e é bastante funcional. Mas, se nos unirmos, podemos construir uma paróquia melhor, sem dúvida.
Nelson LopesMartingança
Energias são canalizadas para as atividades locais
Penso que os paroquianos estão voltados, de uma forma mais acentuada, para as ati-vidades em torno da igreja da sua localida-de. No entanto, não me parece que esta si-tuação seja de todo prejudicial ou negativa para a paróquia de Pataias. Vejamos pelo lado positivo: os residentes de cada uma das localidades da paróquia são bastante ativos nas atividades locais, canalizando todas as energias para as mes-mas.
Fernando RodriguesMartingança
Falta um envolvimento coletivo
Da minha experiência, reparo que a Mar-tingança é a que está mais disponível a ajudar as restantes localidades da paró-quia. Isto verifica-se, por exemplo, nos pe-ditórios que as comissões de festas fazem nos outros lugares: a Martingança tem sido generosa com todas as comissões que aqui vêm efetuar peditórios. É pena não haver um envolvimento coletivo na paróquia pa-taiense que, apesar de funcionar bem, não tem crescido ao ritmo desejado.
Os paroquianos de Pataias envolvem-se nas atividades das suas diversas localidades?
PRESENTE LEIRIA-FÁTIMA – Semanário Diocesano; Registo na ERC: 102262; Diretor: Carlos Magalhães de Carvalho ([email protected]); Assesso-ria de direção: Isabel Galamba ([email protected]); Redação ([email protected]): Armanda Balinha (CP 8165), Joaquim Santos (CP 7731), Luís Miguel Ferraz (CP 5023), Sandrina Fausti-no; Projeto gráfico e paginação: Paulo Adriano ([email protected]); Publicidade e Assina-turas: Margarida Gaspar (09h30-13h30); Contactos: Tel. +351 244 821 100 • Email: [email protected]; Propriedade e editor: Fundação Signis • Diretor: Vitor Coutinho • 100% do Capital: Diocese de Leiria-Fátima; NIF 510504639; Sede da Redação/Editor: R. Joaquim Ribeiro Carvalho, n.º 60, Semi-nário Diocesano, 2414-011 Leiria; Impressão e ex-pedição: Empresa do Diário do Minho, Lda • Braga • Tel. 253303170 • Fax 253303171; Depósito Legal: 1672/83; Periodicidade: Sai à quinta-feira; Tiragem desta edição: 5.000 exemplares.
ficha técnica
Por que razão as traduções católicas da bíblia retiraram o nome de Deus (Javé, Jeová...) dos textos sagrados. Se Deus diz que quem pronunciar o seu Nome será salvo, por que o retiraram? ?
Na Bíblia hebraica, existem vários no-
mes de Deus. Na tradução portuguesa
dos capuchinhos, indicam-se os seguin-
tes: Javé (que traduzem por SENHOR,
pois era assim que o liam os piedosos ju-
deus para cumprir o respeito ao nome
de Deus), 'Adonai (Senhor), 'El (Deus),
'Elohim (Deus), 'Elion (Altíssimo), 'El
'Eliôn (Deus altíssimo), Shadai (Supremo),
'El Shaddai (Deus supremo) e 'Adonai
Yavé (Senhor Deus).
No livro do Êxodo (3,14-15), Deus apre-
senta-se com o nome misterioso de Javé,
que significa "Eu sou". Pode entender-se
de vários modos mas sempre para ex-
primir que Deus é o único e verdadei-
ro a quem se deve adorar e que Ele está
presente e atuante no seu povo e em fa-
vor dos seus fiéis. Quer dizer que mesmo
o nome Javé não é suficiente para expri-
mir totalmente o mistério de Deus. Por
isso não O podemos fechar num nome
só e em palavras.
Nós, cristãos, aprendemos a conhecer e a
olhar Deus como Jesus nos ensinou com
o seu exemplo e palavras. Jesus não lhe
chamava Javé. Dizia: ‘Abba, Pai…’ (Mc
14,16). E ensinou-nos a chamar a Deus
‘Pai nosso…’. O Espírito torna-nos capa-
zes de assim O chamarmos. Por isso, S.
Paulo diz-nos: ‘Vós recebestes um espí-
rito de filhos adotivos, pelo qual clama-
mos Abbá, Pai’ (Rm 8,15; Gl 4,6).
Em todo o caso, mais do que o nome em
hebraico, seja Javé ou outro, importa ter
presente que ele indica o ser de Deus.
Para um verdadeiro crente, pronunciar
o Nome de Deus é acreditar nele, aco-
lher o seu amor e a sua graça com con-
fiança e cumprir a sua vontade. Assim
se honra e se santifica o seu nome.
Não é correto chamar a Deus Jeová.
Para se distinguirem de outros grupos
religiosos, as “Testemunhas de Jeová”
adotaram este nome e julgam ser a úni-
ca religião que difunde o nome de Deus.
Jorge GuardaVigário Geral
Envie a sua questão pararedacao@jornalpresente ou deixe-a em facebook.com/jornalpresente
Pergunta da semana
Correio do Leitor
Do Movimento da Legião de Maria re-
cebemos uma carta a dar conta do convívio
de junho passado que aqui publicamos (ain-
da que não na sua forma integral).
O Movimento da Legião de Maria
efetuou o seu convívio no dia 22 de junho,
ao Santuário de Nossa Senhora da Paz do
Barral, em Ponte da Barca.
Peregrinamos juntos o Comitium
de Nossa Senhora de Fátima, de Leiria e
a Cúria de Nossa Senhora Mãe da Igre-
ja, de Monte Redondo, acompanhados
pelo Diretor Espiritual Pe. Joaquim Jesus
João. Chegados ao Barral, fomos carinho-
samente recebidos e acolhidos pelo Presi-
dente da Confraria que nos encaminhou
até ao Santuário, onde tudo estava primo-
rosamente preparado. Desde a Eucaristia,
na bela ornamentação do Altar até ao es-
paço exterior envolvente, nada falhou.
Por curiosidade, o Pe. Joaquim sa-
lientou a coincidência de receber telefo-
nicamente o Pe. Moisés dando-lhe as boas
vindas e justificando a sua ausência. Esta-
va precisamente reunido com membros
da Legião de Maria, noutra Paróquia.
Portanto, duas Cúrias distantes, com
o mesmo título Mariano. E, alegremente
saudou Leiria dizendo: “que também o
Bispo desta Diocese: D. Anacleto é de Lei-
ria.” São referências cristãs que mais nos
identificam como família universal, nos
aproximam e irmanam.
Tudo mereceu reparo favorável dos
peregrinos, que se sentiram como em
suas casas:
- No Santuário, aquele Banquete Eucarís-
tico, centro primordial da nossa fé;
- No recinto, mesas e cadeiras para mais
de 100 pessoas, à sombra de frondosas ár-
vores, onde decorreu o piquenique parti-
lhado.
O padre Moisés, após o seu encontro
legionário, surpreendeu-nos com a sua
alegre jovialidade, simpatia e abertura,
testemunhando e transmitindo o verda-
deiro Evangelho de Cristo.
Na visita à Capelinha das Aparições
de Nossa Senhora ao vidente, apreciámos
mais um enorme altar de pedra de cris-
tais de quartzo, onde ao redor se encon-
tram, representadas em azulejo, as apa-
rições mais conhecidas de Nossa Senhora
nos últimos séculos (Fátima em grande
relevo). Aqui, os peregrinos, não resisti-
ram à tentação de adquirir algumas re-
cordações e tiveram oportunidade de
visitar o Museu do Santuário. Tudo reves-
tido duma singela e particular beleza!
Como representantes da Legião de
Maria da Diocese de Leiria-Fátima, fomos
embaixadores da Mensagem de Fátima,
que é idêntica à deixada aqui ao vidente
no mesmo ano, e trouxemos connosco a
felicidade e beleza da fé cristã mais firme
e enraizada nesta reciprocidade do dar e
receber. Agradecemos ao Senhor a Sua
escolha, dando-nos o privilégio de fazer-
mos parte desta grande Família.
Num longo abraço somos a Igreja
mística de Cristo que o Espírito Santo une
e aperta nos braços de Maria. Bem-haja
a todos os irmãos intervenientes nestes
projetos de proximidade, e feliz alegria do
Amor de Cristo. | Maria Albina Simões
11 de julho de 20132 •
TEMA DE CAPA
Julho e agosto são os meses de eleição para as férias do clero diocesano
O descanso merecido
Chegou o verão e com ele o anseio de férias. Esta
parece ser uma verdade transversal à maioria
dos portugueses à qual não é exceção o clero
da diocese de Leiria-Fátima. Contactados pelo
Presente Leiria-Fátima, percebe-se que o verão é a época favorita para
reorganizar as obrigações pastorais e ganhar tempo
para outras atividades.
Sandrina [email protected]
Nestes períodos de férias percebe-se que
o trabalho de equipa é importante, só com
muita coordenação e inter ajuda se consegue
garantir a normal atividade pastoral nos me-
ses de julho e agosto, mesmo que para isso seja
necessário diminuir o ritmo de celebrações.
Visitar amigos e família parecem ser as pri-
meiras prioridades dos sacerdotes da diocese
de Leiria-Fátima. Dentro ou fora do país, ou
até mesmo sem sair da paróquia, o importan-
te parece ser descansar, colocar as leituras em
dia e recarregar baterias para um novo ano.
Férias sem surpresasGonçalo Diniz, pároco de Leiria e da
Cruz da Areia, não tem dúvidas, escolhe
agosto para “sair, arejar um bocadinho o cor-
po e a alma”. Por regra, este pároco tira duas
semanas em agosto para “descansar e reequi-
librar forças”. É seu hábito não sair do país e
procurar sempre “lugares tranquilos, seja na
praia, no campo ou na serra”.
Os compromissos pastorais de Leiria
permitem-lhe gozar o maior período de férias
em agosto. Os restantes dias serão para gozar
em momentos de atividade menos intensa ou
quando for oportuno.
Quem também não costuma sair de
Portugal é o pároco dos Marrazes, Augusto
Gonçalves. Passa a primeira quinzena de ju-
lho em termas, onde é capelão. “É aqui que me
sinto bem”, diz ao explicar que “aqui consigo
descansar e cuidar da saúde”. Mantém esta
rotina há vários anos pelo que amigos e fami-
liares não têm grandes dificuldades em visi-
tá-lo. É fácil vê-lo rodeado de grupo de amigos
que vêm de todo o país em momentos de puro
lazer e convívio. Nestes dias a rotina altera-
se por completo. As manhãs são aproveitadas
para “descansar” enquanto que as tardes são
dedicadas ao convívio e à leitura, “estes tem-
pos livres são ideais para por a leitura em dia”,
conta.
Nos Marrazes o serviço fica assegurado
pelo padre Marco Brites. Ambos conseguem
conciliar os seus momentos de férias sem pre-
judicar a atividade pastoral da paróquia.
Este ano, Marco Brites, vigário paro-
quial dos Marrazes, consegue tirar duas se-
manas seguidas no verão. Não tem por hábi-
to gozar períodos superiores a uma semana
e, por regra, dedica esses dias a “passear e vi-
sitar amigos pelo país e ler, ler muito”. “Che-
go a pegar na tenda e passar dois ou três dias
onde o carro me levar” conta ao lembrar que
durante o ano “ninguém me tira uma sema-
na em casa dos meus pais”.
Albino Carreira, pároco de Minde, des-
cobriu que é na sua paróquia que gosta de
passar os seus dias de férias. Desde que foi
para Minde que nunca mais de lá saiu. “Feliz-
mente já fiz tudo o que queria fazer na vida e
visitei os países que queria conhecer”, diz ao
lembrar os anos em que foi assistente espiri-
tual de uma agência de viagens. Hoje, “é aqui
que me sinto bem e não pretendo alterar a
minha rotina”. Como ele, vários são os páro-
cos diocesanos que passam estes dias de des-
canso a trabalhar.
Este ano tudo será diferenteJosé Augusto Rodrigues, vigário paro-
quial de Leiria e Cruz da Areia, não tem por
hábito sair do país. É aqui que encontra condi-
ções para estar com a família e os amigos. “Te-
mos uma costa lindíssima” diz ao contar que
“não raras vezes passo temporadas na praia
com amigos ou família”.
“Este ano tudo vai ser diferente”, prepa-
ra-se para gozar uns dias nos Estados Unidos
da América. Pretende visitar a comunidade
onde residiu durante os dois anos que ali es-
tudou e “rever amigos”. Pensa ainda dedicar
uns dias à família, em casa dos pais, “mas essa
é questão que nem se coloca em tempo de fé-
rias porque geralmente visito-os regular-
mente ao longo do ano”.
Este ano Vítor Coutinho, chefe do gabi-
nete episcopal, não consegue tirar períodos
de férias superiores a uma semana. “As ativi-
dades letivas não permitem mais dias segui-
dos e terão de ser em agosto, os restantes dias
terão de ser repartidos ao longo do ano”, con-
ta. Por isso “tenho de aproveitar esta sema-
na para pôr a leitura em dia e fazer uns bons
passeios a pé”. Não vai para longe mas garan-
te que escolheu um destino muito tranquilo.
Por regra consegue períodos maiores
que lhe permitem ir ao estrangeiro. Chegou
várias vezes a tirar três semanas seguidas,
nomeadamente quando ia para a Alema-
nha, em colaboração com uma paróquia lo-
cal, onde chegou a residir. “Esses períodos fo-
ram ótimos para rever amigos, reviver outras
culturas e não esquecer a língua”.
Habitualmente Manuel Armindo Pe-
reira, reitor do seminário, não tem dificulda-
des em tirar uma ou duas semanas seguidas.
A atividade do seminário é facilmente coor-
denada com outros colegas que o substituem
quando necessário. Mas este ano tudo vai ser
diferente. Com a sua nomeação para páro-
co de Nossa Senhora da Piedade, em Ourém,
consegue tirar o mês de setembro por inteiro.
Vai dedica-lo “a visitar a família que tem no
estrangeiro e perceber o que se tem publica-
do pela Europa sobre a sua área de formação”.
Entretanto, nos últimos anos tem dedicado os
dias de férias a projetos pessoais. Será even-
tualmente o que voltará a fazer, já em Ourém.
Um direito regulamentado
As férias do clero são regulamenta-das pelo Código de Direito Canónico no Capítulo III, reservado às obrigações e aos direitos dos clérigos.
No c. 283 percebe-se que é desejo do Concílio estender o direito a férias a todos os clérigos (que em tempos era benefício de algumas elites). O Código de Direito Canónico alerta no entanto para a necessidade de assegurar o nor-mal funcionamento determinados servi-ços ministeriais.
O Código de Direito Canónico deixa claro que compete a todo o clérigo “a fa-culdade de gozar todos os anos do devi-do e suficiente tempo de férias” que, em Portugal é por norma de 22 dias úteis.
Gonçalo Diniz:
Vou descansar e reequilibrar forças
Augusto Gonçalves:
Nas termas consigo descansar e cuidar da saúde
Marco Brites:
Ninguém me tira uma semana em casa dos meus pais
José Augusto:
Temos uma costa lindíssima
Vítor Coutinho:
Vou aproveitar para andar a pé e ler, ler muito
Manuel Armindo:
Aproveito para visitar a família que tenho lá fora
Albino Carreira:
É aqui que me sinto bem
11 de julho de 2013 • 3
Pataias deverá receber a segunda edição
Curso Alpha encerra com balanço positivo
Catorze convidados concluí-
ram, recentemente, o Curso Alpha
que decorreu na vigararia da Ma-
rinha Grande. Definido como “uma
experiência piloto”, o Curso iniciou-
se com a participação de 30 convi-
dados. Por motivos pessoais, mais
de metade foram abandonando o
curso, havendo no entanto alguns
que já manifestaram vontade em
frequentar o próximo, que deve-
rá arrancar no final de setembro,
data em que terá lugar o jantar de
apresentação do Curso Alpha. Des-
tinado essencialmente “às pessoas
que pretendam redescobrir a prá-
tica cristã”, o curso irá decorrer na
paróquia de Pataias, destinando-se
a todos os membros da comunida-
de cristã da vigararia marinhense.
Na opinião de Patrício Olivei-
ra, vigário paroquial da Marinha
Grande e formador, “a experiência
do primeiro curso correu de for-
ma muito positiva, tendo em conta
que os convidados gostaram e tive-
mos testemunhos bastante positi-
vos”. Concluída esta primeira abor-
dagem, é tempo, agora, de preparar
o segundo Curso Alpha, onde se-
rão envolvidos os fiéis que frequen-
taram o primeiro e que manifesta-
rem disponibilidade.
Apesar de funcionar atra-
vés de convites individuais, qual-
quer pessoa poderá frequentar o
curso, bastando efetuar a inscrição
junto do respetivo pároco. Quinze
dias depois do jantar de apresenta-
ção terá lugar o início do curso, com
uma sessão por semana.
Armanda Balinha
NA DIOCESE
Inscrições abertas até final de julho
Santuário inicia Oficinas Musicais Criativas
Em período de férias escola-
res, o Santuário de Fátima arran-
ca já em agosto com a realização
de Oficinas Musicais Criativas para
crianças e adolescentes. A iniciati-
va integra um projeto integrado de
várias propostas culturais que es-
tão a ser levadas a cabo pelo San-
tuário.
A primeira Oficina irá decor-
rer de 4 a 7 de agosto e é destina-
da a adolescentes entre os 10 e os
13 anos de idade. A seguinte está
agendadas para 25 a 28 de agosto
e tem como destinatários crianças
entre os 8 e os 10 anos.
O projecto insere-se no âmbi-
to das comemorações do Centená-
rio das Aparições de Fátima e “visa
a promoção de diversas atividades
onde as crianças podem aprender e,
ao mesmo tempo, divertir-se, num
contexto cristão e espiritualmente
enriquecedor”, revela o boletim in-
formativo do Santuário de Fátima.
Cada turno tem capacidade para 15
participantes.
O Santuário explica que estas
oficinas estão sob a direção artística
do maestro leiriense Paulo Lameiro
e “pretendem aliar à componente
musical atividades de leitura e de
teatro, de dança, de pintura e artes
plásticas e atividades desportivas”.
A primeira edição, em dois turnos,
será o início de um projeto que se
pretende alargado a outras datas.
As oficinas decorrerão em es-
paços do Santuário de Fátima. Du-
rante a sua duração as crianças es-
tarão ao cuidado do Santuário.
Prevêem-se dois momentos de
inscrições: um a decorrer até ao fi-
nal de julho, e outro de 16 a 24 de
agosto. A participação tem um cus-
to de 30 € por participante, valor
que inclui a participação nas ativi-
dades, refeições, alojamento e o se-
guro.
Os interessados poderão fa-
zer as suas inscrições ou pedir mais
informações em oficinas.musicais.
[email protected] ou consultar o
balcão do Serviço de Pastoral Litúr-
gica, na Reitoria do Santuário.| SF
História e a mensagem de Fátima estarão na JMJ
A pedido do arcebispo do
Rio de Janeiro, D. Orani João
Tempesta, o Reitor do Santuário
de Fátima, Carlos Cabecinhas
estará nas Jornada Mundial da
Juventude num momento espe-
cial de divulgação da história e
da mensagem de Fátima.
O grande encontro dos jo-
vens com o Papa Francisco de-
correrá no Rio de Janeiro, no
Brasil, de 23 a 28 de julho.
A propósito, recorde-se
que a 12 de maio, em Fátima, D.
Orani João Tempesta, recebeu
de D. António Marto, bispo de
Leiria-Fátima, o filme "Fátima
no Mundo", produzido em ex-
clusivo para ser exibido na JMJ.
20 e 21 de julho
Peregrinação nacional do Movimento da Mensagem de Fátima
O Movimento da Mensa-
gem de Fátima realiza a sua pe-
regrinação nacional anual ao
Santuário de Fátima no fim de
semana de 20 e 21 de julho. De-
dicada ao tema que neste ano
pastoral guia as várias realiza-
ções e iniciativas no Santuário
de Fátima, “Não tenhais medo”,
a peregrinação será alusiva à
segunda aparição de Maria em
Fátima, a 13 de junho de 1917.
Preside à peregrinação o bispo
de Coimbra, D. Virgílio Antu-
nes.
Santuário de Nossa Senhora da Encarnação
Festa do 1.º milagre
O Santuário de Nossa Se-
nhora da Encarnação celebra
o primeiro milagre no próximo
domingo, dia 14 de julho, com
missa seguida de procissão. Re-
corde-se que foi este milagre,
datado de 1588, que terá despo-
letado o processo da criação des-
te santuário.
Nas “Memórias do Bispa-
do de Leiria” percebe-se que “no
monte em que está a Ermida
de Nossa Senhora da Encarna-
ção, havia outra, muito peque-
na, da invocação de S. Gabriel, e
estava também nela a imagem
da Senhora”. A Ermida em hon-
ra à Senhora da Encarnação foi
mandada construir pelo bispo
(D. Brás de Barros) “à sua custa,
e foi aí que a Senhora começou
a fazer milagres”.
A mesma obra explica que
“no ano de 1588, aos onze dias
do mês de julho, estando na Er-
mida a Marquesa de Vila Real,
Dona Filipa, com muita gente,
a Senhora fez um notável mila-
gre a uma Susana Dias, do lugar
das Cortes, que havia 28 anos
que estava aleijada das pernas”.
O milagre foi aprovado de ime-
diato e foi o mote para o início
de importantes peregrinações
ao santuário que, entretanto foi
palco de outros milagres. | SF
DR
DR
O que é o Curso Alpha?O Curso Alpha é um curso
básico de fé cristã, normalmen-te auto-proclamado como “uma oportunidade de explorar o sen-tido da vida”. Com origem na Igreja Anglicana, o curso é ofe-recido em 152 países por muitas denominações cristãs diferentes, incluindo as Igrejas Anglicana, Católica, Luterana, Batista, Me-todista, Pentecostal e Ortodoxa.
O curso é organizado numa série de 10 sessões, uma por se-mana, antecedida por uma re-feição, que inclui a exposição do tema: "Cristianismo: uma re-ligião falsa, aborrecida e ultra-passada?". A meio do curso, é agendado um dia ou um fim-de-semana fora, que inclui três ou quatro palestras (retiro). Cada sessão começa com uma refei-ção, seguida de uma palestra ou filme e depois tem lugar a dis-cussão em pequenos grupos. As palestras centram-se nos pilares da fé cristã.
11 de julho de 20134 •
NA DIOCESE
Pré-Seminário encerra ano com encontro de verão
“Vitaminas de fé” para descobrir novas vocações
Sandrina [email protected]
Termina amanhã, dia 12 de
julho, o encontro de verão do Pré-
Seminário da diocese de Leiria-Fá-
tima. O encontro tem duração de
cinco dias e assinala o encerra-
mento do ano pastoral e do traba-
lho desenvolvido com estes jovens
na busca de vocações. Integrado no
tema anual do projeto pastoral, a fé,
o encontro deste verão tem como
tema genérico “Vitaminas de fé”.
Coincidente com o período de
férias letivas, o encontro de verão
do Pré-Seminário será passado no
Seminário de Leiria e na casa pa-
roquial do Coimbrão onde são de-
senvolvidas atividades lúdicas e
recreativas com vista ao aprofun-
damento do sentimento de parti-
lha, espírito de equipa e de vida co-
munitária. Atividades lúdicas na
praia e no campo, jogos em grupo e
contacto com outras realidades, no-
meadamente idosos, são algumas
das atividades que preencherão es-
tes dias de convívio e oração.
Este ano, o encontro reuniu 13
adolescentes do Grupo Samuel (alu-
nos do 7º ao 9º ano de escolaridade)
e 3 jovens do Grupo S. Paulo (alunos
do ensino secundário, até ao 12º
ano de escolaridade) oriundos de di-
versas paróquias da diocese.
À descoberta de vocaçõesRecorde-se que, ao longo do
ano, a Diocese dinamizou encon-
tros mensais com estes dois grupos.
A intenção é desenvolver um “pro-
cesso de descoberta vocacional e
criar espaços onde estes jovens pos-
sam partilhar experiências e pro-
mover um espírito de grupo”, expli-
ca o padre Armindo Janeiro, reitor
do Seminário Diocesano. A par da
descoberta das vivências de figu-
ras bíblicas e de testemunhos reais,
nestes encontros é ainda apresen-
tado “o estilo de vida sacerdotal e
desenvolvidos momentos de inicia-
ção à oração e celebração da fé”, diz.
A propósito destes jovens, o
padre Armindo Janeiro mostra-se
confiante do trabalho desenvolvi-
do. “É possível que para o próximo
ano se tenha de pensar numa nova
forma de acompanhar os que ago-
ra saem do grupo de S. Paulo” con-
ta ao revelar que encontrou nal-
guns uma forte “vontade de servir
o outro”. Este será eventualmente o
novo desafio do próximo ano.
A seleção destes jovens conta
com a participação de catequistas e
párocos que, “melhor que ninguém
conhecem os seus jovens”. O padre
Armindo explica que “esta relação
de proximidade” permite a identi-
ficação “de sinais de disponibilidade
para servir o próximo” que poderão
resultar em vocações sacerdotais.
Estes grupos foram acompa-
nhados ao longo do ano pastoral
pelo padre André Batista, entre-
tanto nomeado pároco de Azóia e
Barosa. No próximo ano pastoral
serão acompanhados pelo padre
Manuel Henrique Gameiro, recém-
nomeado diretor do Pré-Seminário.
Refira-se que o Pré-Seminário
apenas procura vocações sacerdo-
tais. Na diocese há um outro servi-
ço que faz um trabalho mais global
de apoio às vocações, que trabalha
com homens e mulheres de todas
as idades.
Em 13 de julho próximo
Instituição de leitores marca aniversário da Sé de Leiria
Jorge [email protected]
Os seminaristas João Jordão
e Tiago Silva vão ser instituídos
no ministério de leitor, do próximo
dia 13, sábado, às 19 horas, na Sé de
Leiria, que nesse dia celebra o ani-
versário da sua dedicação. O Bispo
diocesano, D. António Marto, irá
presidir à Eucaristia. Para tal ato,
convidam-se os fiéis, especialmen-
te os mais empenhados na vida da
Igreja diocesana, incluindo os sa-
cerdotes, na medida em que pos-
sam estar presentes.
A participação nesta celebra-
ção ajuda a avivar e alimentar a
consciência da Igreja diocesana re-
unida à volta do seu Bispo. Por ou-
tro lado, em ano pastoral dedicado
à fé, faz crescer o sentido de que a
pertença a esta Igreja local que está
em Leiria-Fátima, o amor por ela e
a comunhão ecleisal são aspetos ir-
renunciáveis de uma vivência ma-
dura da fé. Estar nesta celebração
torna-se ainda ocasião de apoio
aos seminaristas que vão ser ins-
tituídos e aos outros, na sua voca-
ção para o ministério presbiteral. É
igualmente ato de oração em que se
agradece a Deus o dom destas voca-
ções ao sacerdócio e se implora que
o chamamento chegue também a
outros.
O ministério de leitorMediante a instituição para o
ministério de leitor, os que a rece-
bem assumem uma tarefa oficial
de serviço no âmbito do anúncio e
do ensino da Palavra de Deus quer
na liturgia quer na catequese ou em
outras circunstâncias. Tal ministé-
rio pode ser confiado a fiéis leigos,
todavia, na prática, só o recebem os
jovens ou adultos que se orientam
para a ordenação de diácono ou de
sacerdote. A instituição referida é o
primeiro passo de vários outros que
os conduzem progressivamente à
entrega da própria vida para o ser-
viço do povo de Deus. Há, no entan-
to, hoje muitos cristãos leigos que,
sem qualquer instituição, desempe-
nham na Igreja tarefas de difusão,
testemunho e proclamação da pa-
lavra divina.
A dedicação da catedralA dedicação de uma igreja é
a celebração mediante a qual o bis-
po consagra a Deus um lugar ou
edifício de culto, para que se desti-
ne a espaço sagrado, onde os fiéis
acorrem para a oração e para rece-
berem do Alto as graças divinas. O
aniversário deste ato é celebrado,
na própria catedral, como solenida-
de, e nas outras igrejas da diocese,
como festa, em sinal de comunhão
e de pertença à mesma porção do
povo de Deus. A igreja catedral tem
grande significado simbólico para a
Diocese.
Nela está a cátedra ou sede do
Bispo, sinal da sua missão de pastor
e de mestre da fé para a Igreja parti-
cular ou diocese e sinal também de
unidade e comunhão dos crentes
na mesma fé. Por isso, a Igreja reco-
menda aos fiéis que tenham amor
e veneração para com a catedral.
A celebração do aniversário da sua
dedicação contribui para melhor
realçar a importância e dignida-
de da Igreja particular ou Diocese.
O Cerimonial dos Bispos afirma que
a celebração do aniversário da de-
dicação da catedral pode contribuir
para inculcar nos fiéis a veneração
pela igreja matriz da Diocese.
Tiago SilvaDesafio ao nosso próprio crescimento vocacional
A instituição de leitor insere-se no percurso formativo dos can-didatos ao sacerdócio, como porventura um primeiro pequeno pas-so "institucional" do caminho que conduz à ordenação. O ministério do leitorado é assim um desafio ao nosso próprio crescimento vo-cacional: compromete-nos um pouco mais com o chamamento de Deus e da Igreja, mas também nos envia em missão, pois o especí-fico do leitor instituído é proclamar a Palavra de Deus, não sem an-tes a ter meditado, ao mesmo tempo que também a anuncia, na ca-tequese, e na vida em geral. O caminho para o presbiterado é um caminho longo, feito de pequenos passos, pequenas respostas que somos convidados a dar a Deus que chama, sentindo também a ale-gria dos passos já dados, confirmados pela Igreja, na pessoa do nos-so Bispo, a quem queremos entregar as nossas vidas, para o serviço de Deus e dos homens.
11 de julho de 2013 • 5
“Identidades – olhares na Fé” tem vencedor
“Sobre o telhado da Igre-
ja Matriz da Fátima encontra-
se uma custódia, em pedra. O
autor da foto soube olhar, em
tempo oportuno, surpreen-
dido, tamanha maravilha:
o sol no seu declínio a pou-
sar completamente os seus
raios nesta tão si ngela cus-
tódia. Para quem conhece a
vida dos Pastorinhos, as apa-
rições do Anjo na Loca do Ca-
beço e a presença do Sacrá-
rio na Igreja Matriz poderá
tentar uma relação espiritual
e ver mais longe, da custó-
dia até ao Sol e do Sol à cus-
tódia; do sacrário à vida espi-
ritual dos pastorinhos e vice-versa”. O comentário da foto é dado
pela paróquia de Fátima, entidade responsável pela iniciativa.
Inserida num programa pastoral dedicado ao ano da Fé, a iniciativa da pa-
róquia de Fátima pretendeu conseguir uma mostra “de modos de ver as
coisas e as pessoas com o olhar da Fé”.
O trabalho vencedor está publicado no facebook da paróquia de Fáti-
ma e é atribuído a Agostinho David Marto.
A paróquia explica que foram a “a concurso vários trabalhos e a vota-
ção não foi unânime, o que poderá significar também diferentes olhares de
quem votou no concurso”. Note-se que o júri foi composto por três pessoas
ligadas aos setores da fotografia, captação de imagem e vivência cristã. | SF
A-do-Barbas
Festas de São TiagoEntre os dias 25 e 29 de julho,
São Tiago e Nossa Senhora da Pie-
dade são homenageados na locali-
dde de A-do-Barbas, paróquia da
Maceira. Na quinta feira, haverá
celebração de missa, pelas 21h00,
seguida de procissão de velas, aber-
tura do arraial e atuação da banda
Professor Ra.pi.do. Na sexta, o des-
taque vai para a atuação da banda
TZ Music, que abrilhantará o ar-
raial onde haverá esplanada, quer-
messe e tasquinha de São Tiago. No
sábado, terá lugar a tradicional pro-
va de ciclismo (16h00) e a atuação
do grupo TV5. O domingo fica mar-
cado pela celebração da missa so-
lene (14h30), seguida de procissão,
concerto pela Filarmónica Macei-
rense, atuação do Rancho Folclóri-
co de Picassinos, da Associação de
Dança de Leiria e do grupo Hi-Fi.
Na segunda feira, haverá missa so-
lene e procissão, quebra de panelas,
entrega da bandeira à comissão de
festas para 2014 e atuação do gru-
po Função Públika. Os festejam en-
cerram com fogo de artifício, quan-
do for meia noite.
NA DIOCESE
IPL promove Conferência Internacional para a Inclusão
INCLUDiT resultará em livro
O Instituto Politécni-co de Leiria promoveu nos passados dias 5 e 6 uma Conferência Internacional para a Inclusão. A iniciativa esteve a cargo da Unidade de Investigação Acessibi-lidade e Inclusão em Ação que se propôs levar a cabo uma reunião científica in-
ternacional capaz de se estimular o diálogo de investigadores de di-versas áreas e criar espaços para a partilha de boas práticas e o estí-mulo de novos saberes.
Ao longo dos dois dias realizaram-se sessões plenárias e para-lelas para a apresentação de comunicações livres. Promoveram-se espaços para a exposição de trabalhos, troca informal de ideias e criação de parcerias. Houve ainda lugar para manifestações artísticas subordinadas ao grande tema da inclusão.
Num contributo para a discussão científica de assuntos do domí-nio da inclusão, a reunião científica internacional – INCLUDiT – pre-tendeu ser uma conferência enriquecedora de um debate informa-do e interdisciplinar estimulando novos percursos de investigação.
A par de personalidades reconhecidas internacionalmente pelo seu trabalho desenvolvido nas áreas de inclusão social, a iniciativa contou ainda com a participação de jovens empreendedores e repu-tados especialistas, investigadores e artistas de várias áreas e de di-versas regiões do globo, envolvidos em projetos relacionados com o tema.
Desta conferência resultará a publicação de um livro com comu-nicações selecionadas.
CULTURA
União das Associações dos Antigos Alunos dos Seminários Portugueses
“Por mares dantes navegados!...”Luis [email protected]
No contexto das celebrações
do Ano da Fé, a UASP – União das
Associações dos Antigos Alunos
dos Seminários Portugueses lan-
çou o projeto “Por mares dantes na-
vegados”, com o objetivo de criar
oportunidades de encontro e par-
tilha, mútuo conhecimento e en-
riquecimento espiritual e cultural,
principalmente no espaço lusófo-
no, para o serviço do qual muitos
dos antigos alunos dos seminários,
sobretudo dos religiosos, foram for-
mados.
A primeira iniciativa des-
te novo projeto da UASP vai cen-
trar-se nas dioceses de Cabo Verde
e realizar-se-á nos finais do mês de
fevereiro de 2014, entre os dias 21 e
28, com a visita às ilhas de Santiago,
São Vicente e Santo Antão. Os con-
tactos com as dioceses de Santiago e
Mindelo, iniciados já há alguns me-
ses, contam com o apoio dos respe-
tivos Bispos e a colaboração de pes-
soas por eles indicadas para o efeito.
“As associadas das UASP, re-
unidas em Lamego no passado sá-
bado, dia 22 de junho, decidiram
promover a divulgação do projeto
junto dos seus associados e de ou-
tros possíveis interessados em par-
ticipar – pois ele está aberto a to-
dos os que se identifiquem com o
seu espírito – e organizar algumas
iniciativas com o objetivo de anga-
riar fundos que permitam auxiliar
alguma das principais necessidades
das referidas dioceses, como seja a
formação dos seus seminaristas”,
escreve o padre Armindo Janeiro,
presidente da UASP, numa nota de
divulgação.
Este responsável adianta, ain-
da, que “para além de visitarmos,
em cada ilha, o seu património am-
biental e histórico, queremos tam-
bém conhecer a riqueza das suas
tradições culturais e viver com as
comunidades cristãs a alegria da
fé que nos une e reúne, na diversi-
dade das tradições e na beleza das
suas expressões e celebrações”.
Mais informações e inscrições
poderão ser acedidas em www.
uasp.pt.
No dia da cidade natal do Bispo de Leiria-Fátima
Chaves condecorou D. António Marto
O Bispo de Leiria-Fátima, D.
António Augusto dos Santos Mar-
to, foi um dos galardoados com a
medalha de honra do município de
Chaves, no passado dia 8 de julho,
dia desta cidade sede do concelho
de onde é natural.
Segundo a nota de aprovação
desta condecoração, decidida por
unanimidade pelo executivo mu-
nicipal, a medalha visa “distinguir
pessoas singulares ou coletivas, na-
cionais ou estrangeiras, que se no-
tabilizem pelos seus méritos pes-
soais ou feitos cívicos”.
Na mesma sessão, foi atribuí-
da igual condecoração ao professor
António Cruz Serra e ainda a meda-
lha de mérito, grau ouro, ao Agru-
pamento 198 de Chaves do Cor-
po Nacional de Escutas e ao Grupo
Desportivo de Chaves.
11 de julho de 20136 •
ENTREVISTA
Virgílio Rocio, pároco de Pataias e Alpedriz
Investir para criar o sentido da paróquia
Depois de uma passagem pela paróquia do Juncal e do Reguengo
do Fetal, onde esteve desde 1993, Virgilio Rócio chegou a Pataias.
Decorria o mês de novembro de 2005, quando o pároco fez a
primeira abordagem àquela que viria a ser uma das suas paróquias
nos últimos nove anos. Em 2007, é lhe confiada a paróquia de
Alpedriz. Desde então, Virgílio Rócio trabalha para aproximar
ambas e conferir-lhes o sentido da comunhão.
Armanda [email protected]
Qual foi a sua primeira impressão quando chegou a Pataias, em 2005?Desde o início que senti que, em Pataias, ha-
via um grupo de pessoas envolvidas ativa-
mente com a Igreja, mas um grupo um pou-
co cristalizado. Desde o início que temos feito
um esforço para que outras pessoas possam
integrar e estar mais recetivas às questões
da paróquia. A paróquia estava organizada
e funcionava, apesar de haver alguma de-
pendência do pároco para tratar de assuntos
que, na minha opinião, não deveriam ser tra-
tados pelo mesmo. Por isso, senti desde logo
que não conseguia chegar a todo o lado, como
me era pedido. Desde então, tenho feito sen-
tir aos grupos e movimentos que devem ter
alguma autonomia, sem se perder a natural
dependência.
Sente-se em casa nas suas paróquias?As minhas paróquias despertam-me para de-
safios constantes e isso dá-me gosto. Em pri-
meiro lugar porque gosto de ser padre, e de-
pois, porque a minha atitude tem sido a de
onde eu estou, é aí que é o meu lugar, e é aí que
tenho de ir descobrindo a riqueza e beleza das
coisas. O meu grande desafio é o de conseguir
criar uma roda dentada que permita transmi-
tir dinamismo aos outros, para que assim pos-
samos crescer enquanto organismo.
Esse crescimento de que fala, enquan-to organismo, passa muito pelo estreita-mento da ligação entre os paroquianos e a Igreja. Vamos falar, por exemplo, do ma-trimónio… Sente que, hoje em dia, os casais contraem matrimónio devido às pressões familiares e à tradição ou porque, contra-riamente, essa opção resulta do acompa-nhamento cristão que vivem?Há de uns e outros. Mas, se calhar hoje, acon-
tece muito que se contraia o matrimónio por
alguma tradição ou pressão, nomeadamente
familiar. No entanto, também se registam ca-
sos de casais que se preparam para o matri-
mónio. Criou-se hoje uma certa facilidade das
pessoas viverem outro tipo de união que não
o casamento pela Igreja. Por um lado há um
certo ambiente que desvaloriza o matrimó-
nio como sacramento. Por outro, vai ajudan-
do a que aqueles que optem pelo casamento o
façam com mais consciência e com mais que-
rer. No entanto, parece-me que o matrimónio
como sacramento está cada vez mais desva-
lorizado.
É possível que essa opção de não contraí-rem o matrimónio como sacramento se deva ao facto de, na paróquia de Pataias, não haver continuidade no acompanha-mento dos jovens depois de concluída a catequese?Há duas questões que me parecem ter peso
nessa decisão: a qualidade da nossa cateque-
se, desde a formação dos catequistas e o gos-
to pela fé, que é transmitido às crianças e que
tem um papel determinante nas ligações fu-
turas à Igreja. Depois há a dificuldade de ter-
mos uma proposta que seja válida e de quali-
dade para manter os jovens ligados à Igreja,
mesmo depois de concluírem a catequese.
Aqui, na nossa paróquia, há um acréscimo de
dificuldade, porque uma das surpresas que
tive foi a quantidade de bares que existem.
Além da escola já ocupar bastante os jovens,
há os bares que são uma oferta a considerar.
E isso cria o tal afastamento…
De qualquer forma, existem jovens que não se sentem vocacionados para esses ambientes. Que alternativas são ofereci-das pelas suas paróquias?Em Pataias, houve uma proposta que ainda
não morreu totalmente, de encontros quin-
zenais com jovens e agendamento de encon-
tros com outros grupos de jovens da viga-
raria e da diocese. Vamos ver se esta é uma
semente que não morre.
O agrupamento de escuteiros fechou por-tas, há cerca de dois anos, em Pataias. Como sentiu essa decisão, enquanto pá-roco?O agrupamento dos escuteiros debateu-se
sempre com alguma dificuldade em ter
chefes. Depois começou a haver uma difi-
culdade acrescida em que o agrupamen-
to começou a ser um espaço de terapia
de crianças em situações complica-
das, nomeadamente os chamados hi-
perativos e os de situações familia-
res dificeis, que eram aconselhados
pelos psicólogos a integrarem o
agrupamento de escuteiros. E isso começou
a criar uma dificuldade bastante maior para
os chefes. Depois, o facto da sede ser distan-
te do centro da vila também não ajudou mui-
to: nem a comunidade sentia o agrupamento
como seu, nem o agrupamento sentia a co-
munidade como sua. Isto foi trazendo algum
desgaste e acabou por perceber-se que não
poderíamos dar continuidade ao projeto sem
termos alguma qualidade.
Como sente a dedicação dos seus paro-quianos?É um facto que me sinto muito bem aceite em
qualquer caminho que eu passe, nas minhas
paróquias. Já me sinto da comunidade. E vou
sentindo também que as pessoas gostavam
de mais e vai-me sendo feito algum desafio,
desde a questão dos jo-
vens, dos casais e de
mais tempo para
atender o públi-
co. No entan-
to, a paróquia
de Pataias é
muito disper-
sa e é preci-
so entender
que não é fá-
cil chegar a
todos os luga-
res. Isso difi-
culta-me bastan-
te dar respostas.
O que seria necessário, então, para que as suas paróquias fossem mais fáceis de ge-rir?Se calhar acabar com algumas coisas. As pes-
soas estão habituadas a ter a sua missa, a sua
catequese, mesmo que com poucas crianças!
Penso que teremos que pensar em criar algo
de muito bom e com muita qualidade, que
atraía mais os fiéis às paróquias. Há que pen-
sar em criar situações com outra qualidade,
no futuro.
Por outro lado, há a questão da formação dos
agentes que temos procurado e pela qual te-
mos feito um esforço muito grande. Temos
conseguido alguma evolução, mas temos de
investir ainda mais e criar o sentido da comu-
nhão, da paróquia como um todo e da entrea-
juda, e deixarmos cair a ideia de nos conten-
tarmos com o que se tem e o que se faz na sua
localidade.
Até porque essa filosofia é anti-cristã…É um facto! Falta essa dimensão de comuni-
dade e de partilha. Este é um problema um
pouco social, em que as pessoas se esquecem
da dádiva e da sua importância. O contribuir
e o dar no sentido do bem comum está mui-
to fragilizado e isso reflete-se na Igreja. Mas
isto não é uma desculpa, dado que deveria
ser uma exigência maior no sentido de ser-
mos promotores numa evangelização, que
ainda não existe, de uma forma espontânea
e abrangente.
Consegue envolver as duas paróquias?Essa tem sido uma dificuldade bastante gran-
de. Quando vim para a paróquia de Pataias
havia uma grande integração inter-paroquial,
ao ponto dos processos estarem todos em Pa-
taias e, até mesmo, os carimbos serem iguais.
Mais tarde fiquei como pároco de Pataias e o
padre Sérgio ficou com Alpedriz, havendo a
separação e todas as atividades começaram a
ser feitas em duplicado. Mais tarde, quando
fiquei pároco de ambas as paróquias, sondei a
possibilidade de centrar as atividades em Pa-
taias e não houve recetividade. Essa tem sido
uma grande dificuldade. Contudo, vou ten-
tando que isso aconteça, pois considero que
essa falta de ligação entre as paróquias tem
trazido algum empobrecimento para Alpe-
driz. Tenho procurado dar o meu melhor nes-
se sentido, porque entendo que é necessários
criar um novo dinamismo que, depois, os pa-
roquianos de Alpedriz sintam o desejo de se
aproximarem mais a Pataias. Reconheço que
Alpedriz tem sido uma paróquia com algu-
ma pobreza ao nível económico e algum es-
vaziamento. Mas, em qualquer proposta que
se faça em Alpedriz, as pessoas aderem e co-
laboram.
11 de julho de 2013 • 7
EM DESTAQUE: Pataias e Alpedriz
Círio sai a 15 de agosto
Capela da Vitória com nove séculosTexto Armanda Balinha; Pesquisa Tiago Inácio
Nos próximos dias 15, 16, 17, 18 e 19 de agosto, Pataias
volta a acolher a realização da festa mais antiga da paróquia.
Em honra de Nossa Senhora da Vitória, os festejos integram
um círio que acompanha a imagem até à capela da praia das
Paredes da Vitória. A tradição cumpre-se há mais de 150
anos, registando uma forte afluência de fiéis que – no dia 15
de agosto – acompanham a imagem em romaria até àque-
la que é considerada uma das capelas mais emblemáticas da
paróquia de Pataias.
Não se conhece com exatidão a data de construção da
capela das Paredes da Vitória. No entanto, tudo indica que
deverá ter sido erguida durante o reinado de D. Dinis que
concedeu, à localidade, o seu primeiro foral a 17 de dezem-
bro de 1282, tenho em conta que, para a fundação de uma
povoação, era necessária a construção ou existência de uma
capela de culto e oração. Com o despovoamento das Paredes
da Vitória, a paróquia é transferida para Pataias, em 1542.
Nas memórias paroquiais de 1758, encontramos uma
interessante caraterização da localidade: “Tem mais esta fre-
guesia uma capela anexa, de invocação a Nossa Senhora da
Vitória muy antiga sujeita ao reverendíssimo cabido da Sé
da cidade de Leiria com frequência de romaria e se faz esta
festividade em setembro; a qual a capela se conserva desde a
destruição da Vila das Paredes onde está situada, que em ou-
tro tempo foi muy populosa”.
Ainda durante o século XVIII ou já durante o sécu-
lo XIX, a capela é adornada com azulejos da real Fábrica do
Juncal. É sobretudo durante o século XX que a Capela sofre
grandes transformações. Num periódico datado de junho
1909 é publicada a seguinte notícia: “Na noite de 17 para 18
do corrente manifestou-se um violento incêndio na capela
da Senhora da Vitória (…) a qual ficou completamente des-
truída. Esta capela possuía diversos objetos de valor, assim
considerados pela sua antiguidade. (…) o fogo se deve ao des-
cuido de três mulheres do Sitio da Nazareth, que ali foram fi-
car no dia 17 (…)”.
Na sequência do incêndio, a capela sofre a sua maior
transformação com a destruição das suas “abas” laterais.
Outras obras vão sendo efetuadas ao longo do século XX.
Atualmente, e no seu interior, pode observar-se um peque-
no painel de azulejos recuperados, da antiga Real Fábrica do
Juncal, para além da imagem da padroeira Nossa Senhora
da Vitória.
Nuno Alves
Martingança
Realizaram-se, no passado fim de semana, as tradi-
cionais festas em honra de São João Baptista na Martin-
gança, paróquia de Pataias. O ponto alto dos festejos, or-
ganizados pelos nascidos em 1963 e 1983, teve lugar no
domingo, altura em que a procissão de imagens e ando-
res percorreu o tradicional percurso, registando uma for-
te afluência de fiéis. Na segunda feira, a prova de ciclismo,
que juntou nomes sonantes do ciclismo regional, foi outro
dos momentos dignos de registo. No próximo ano, a comis-
são organizadora dos festejos será integrada pelos nasci-
dos em 1964 e 1984.
PataiasEm Pataias, fazem-se os últimos preparativos para
a realização das festas do Sagrado Coração de Jesus, que
decorrem no próximo fim de semana. Organizadas pelas
pessoas nascidas em 1978, os festejos iniciam-se amanhã,
12 de julho, com a celebração da missa, seguida de procis-
são de velas, a partir das 21h00, e abertura da área de co-
mercialização de café, filhós e bifanas. No sábado, quan-
do forem 16h30, o programa inclui animação infantil com
palhaços e pinturas faciais e um workshop de música com
professores da Filarmónica de Pataias.
A atuação dos Patinotas e do grupo de hip-hop das
Piscinas Municipais em Pataias dará continuidade aos fes-
tejos, havendo ainda a celebração da missa (21h00), aber-
tura da esplanada e atuação do grupo musical Os Celtas.
No domingo, haverá a recolha de andores pela Banda Fi-
larmónica Pataiense (14h00), seguindo-se a celebração da
missa e procissão (15h00) e a atuação do Trio D’Arromba a
encerrar os festejos.
BurinhosaA Burinhosa, na paróquia de Pataias, acolhe, nos pró-
ximos dias 19, 20, 21 e 22 de julho, as tradicionais festas em
honra da padroeira da localidade, Nossa Senhora do Rosá-
rio. No dia 19, sexta feira, o programa inclui a celebração
de missa (21h00), seguida de procissão de velas, abertura
do arraial e atuação de Montero Keys e Dj Gonzy M No
sábado, haverá vacada (17h00), atuação dos Lords e tenda
eletrónica com o Dj Cazablanca.
O programa de domingo inicia-se com o hastear da
bandeira, cortejo de oferendas acompanhado pela Banda
Filarmónica Pataiense, missa e procissão (15h00), atuação
do grupo de dança bip-bop Boom Lockers, da Tuna de Lei-
ria, dos Netos Del Vira, da banda Wega Band e do Dj Leo-
nel Vieira. Na segunda, haverá quebra de panelas (18h00),
a atuação do duo Zé Café e Guida, a entrega da bandeira à
comissão de festas de 1988, fogo de artifício e tenda eletró-
nica com Dj Nuno Carreira.
FESTAS
Igreja de Pataias
Igreja de Alpedriz
Igreja da Moita
Igreja da Burinhosa
Igreja da Ribeira do Pereiro
11 de julho de 20138 •
EM DESTAQUE: Pataias e Alpedriz
Centro de Assistência Paroquial de Pataias
Instituição ao serviço dos mais pequenos
“Uma instituição com prestígio e quali-
dade, regida pelos direito canônico, e gerida
por uma Direção de voluntários, que admi-
nistra todo o patrimônio, bem como a par-
te financeira e ,administrativa. Falamos do
Centro de Assistência Paroquial de Pataias
(CAPP), uma Instituição Particular de Soli-
dariedade Social, criada pelo Padre Franklin,
em 1955, e que, ao longo dos anos, contou com
a ajuda do comendador Joaquim Matias (pro-
prietário da empresa cimenteira sedeada em
Pataias - Cibra).
Ao abrigo do acordo estabelecido com a
Segurança Social, a capacidade de utentes do
CAPP é de 75 para valência de creche, e de
100 para a valência de jardim de infância. No
entanto, o número de crianças que é apoia-
do diariamente na instituição é superior, sen-
do que, por essa razão, estão a fazer obras nas
instalações para ficar de acordo com a legis-
lação, refere Célio Coelho, vice-presidente da
Direção.
As fontes de receita do CAPP assentam
no apoio da Segurança Social, ao abrigo do ci-
tado protocolo, e as mensalidades dos uten-
tes. A boa gestão permite que seja possível
“dar todo o conforto, higiene e aprendizagem
às nossas crianças, para que os pais possam
estar despreocupados. É este o nosso lema,
pois outra coisa não faria sentido, dado que
esta é a segunda casa destas crianças”, acres-
centa o diretor.
Idas às piscinas municipais em Pataias
uma vez por semana (para as crianças de
duas salas), ginástica para o jardim de infân-
cia, saídas no âmbito do projeto pedagógico,
visitas de lazer e cultura, comemorações de
todas as datas festivas, e a realização da festa
de final de ano, onde os "protagonistas" são as
crianças e os pais, são algumas das principais
atividades levadas a cabo ao longo do ano leti-
vo. A instituição conta com 38 funcionárias e
11 voluntários ligados aos órgãos sociais.
Ao nível de projetos, Célio Coelho apon-
ta os mais prementes. A construção de um
berçário e requalificação de todas as salas de
creche, sendo esta uma das obras que se espe-
ra concluída no próximo ano letivo. A subs-
tituição das telhas de fibrocimento (agora
proibido por lei) é outra das obras que já se en-
contra adjudicada, esperando-se concluída já
em setembro. A remodelação do espaço exte-
rior “para que as crianças possam desfrutar
de novos brinquedos e espaços de diversão” é
outro dos projetos a médio prazo da Direção
do CAPP.
Grupo catequético de Pataias
É preciso o envolvimento das famílias São cinco os centro que integram o gru-
po catequético da paróquia de Pataias (Pa-
taias, Burinhosa, Martingança, Moita e Pi-
sões e Pataias). Na pequena localidade da
Mélvoa, a catequese deixou de funcionar ao
longo do último ano catequético.
O grupo de catequese do centro de Pa-
taias é composto por 105 crianças e adoles-
centes, 16 catequistas, com catequese do 1º
ao 3 ano ao domingo de manhã os restantes
ao sábado à tarde. Ao todo, o grupo catequé-
tico da paróquia envolve cerca de cinco deze-
nas de catequistas. Financiado pela paróquia,
o grupo catequético de Pataias é organizado
por quatro fases e inclui formação até ao 10º
ano de catequese.
“Procurar trazer mais adultos respon-
sáveis para este movimento, de forma a ter
mais crianças na catequese e ver as suas fa-
mílias também envolvidas, continuar com a
catequese para adultos, e ter mais formação”
são os principais projetos a curto/médio pra-
zo, de acordo com Ana Cristina Caixeiro, res-
ponsável pelo centro de catequese de Pataias. D. António na visita à comunidade dos Pisões
Grupo catequético da paróquia de Alpedriz
Força para levar a missão por diante“ Evangelizar, anunciando a palavra de
Deus, educar na fé as crianças, jovens e adul-
tos, compreender o que é ser cristão, desco-
brir Jesus, a palavra de Deus e os valores da
religião cristã. Tudo isto de forma organiza-
da e sistematizada, adequando os temas às di-
versas idades dos diferentes grupos”. É des-
ta forma que Paula Moniz, coordenadora do
grupo catequético de Alpedriz, define a ação
da catequese na sua paróquia. “Em Alpedriz
existe a catequese dita normal e o grupo de jo-
vens constituído pelos jovens que fizeram o
Crisma o ano passado”, explica, referindo que
alguns desses jovens animam as eucaristias,
cantando e tocando guitarra
No ano catequético que encerrou recen-
temente, foram cerca de 50 os jovens e crian-
ças que frequentaram os momentos dedica-
dos à evangelização. Agrupadas por vários
anos – “dado o reduzido número de catequis-
tas voluntários – as crianças foram acompa-
nhados por 11 catequistas.
“Precisamos de catequistas”, diz Paula
Moniz. “Como paróquia precisamos de ânimo
para continuar a sentir a Fé em comunidade,
precisamos de força para continuar a remar
neste mar difícil”, confessa ainda a catequista.
Outra das lacunas apontadas passa pelo fac-
to dos catequistas sentirem uma grande fa-
lha na participação dos jovens na vivência
dos sacramentos, nomeadamente a Eucaris-
tia. “Assim decidimos dinamizar a Eucaristia,
reunindo semanalmente para preparação da
catequese e fazer a preparação do Evangelho
do domingo seguinte com algumas dinâmi-
cas para animar a eucaristia com o objetivo
de promover a participação ativa das crian-
ças e da comunidade”, adianta Paula Moniz,
considerando que a iniciativa mereceu “um
balanço final positivo”.
“No próximo ano gostaríamos de con-
tinuar a crescer como paróquia. Para tal, te-
mos esperança que o Espírito Santo chame
catequistas suficientes e dê força e coragem
aos catequistas veteranos para se manterem
nesta missão, pois este ano foi um ano mui-
to difícil”, concluiu a coordenadora. Outra das
aspirações para o próximo ano, passa pela
manutenção do grupo de jovens e do grupo
coral, com mais dinamismo, apesar de reco-
nhecermos a dificuldade em conseguir jun-
tar todos”, remata Paula Moniz.
11 de julho de 2013 • 9
AGENDA
12sexta
julho Pré-Seminário - Encontro de Verão (todos) Exercícios Espirituais
13sábado
julho Exercícios Espirituais ACR - Encontro Nacional Aniversário da Dedicação da Catedral Peregrinação Internacional Aniversária a Fátima
14domingo
julho Exercícios Espirituais ACR - Encontro Nacional
15segunda
julho Exercícios Espirituais Retiro para o clero
16terça
julho Exercícios Espirituais Retiro para o clero
17quarta
julho Retiro para o clero
18quinta
julho Retiro para o clero Exercícios Espirituais
19sexta
julho Retiro para o clero Exercícios Espirituais
20sábado
julho Exercícios Espirituais FMME - Retiro aberto "Maria, Mãe da espe-
rança"
21domingo
julho Exercícios Espirituais FMME - Retiro aberto "Maria, Mãe da espe-
rança"
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Cartas ao Diretor
Exmo Sr. Diretor do Jornal PRESENTE
No vosso jornal de 27 de Junho último, pág. 8 e 9, vinha uma entrevista ao P. David Barreirinhas, pároco de Rio de Cou-ros e Formigais, em que o seu antecessor é referido repetida-mente, embora sem mencionar o nome. Sou eu esse ante-cessor, que agora em repouso em Fátima. Gostei de saber da vitalidade das paróquias referidas que paroquiei ao longo de quarenta anos. O Fárrio nunca esteve ao meu cuidado.
Um dos assuntos da entrevista referia-se à Catequese. Quanto a esse tema parece-me haver uma afirmação digna de reparo. Ele (P. Barreirinhas) terá encontrado no total 5 ou 6 ca-tequistas, que agora ascendem a 21. Se me recordo ( a minha cabeça já está cansada!) eu tinha a funcionar a catequese em quatro centros, a saber: Formigais, Sandoeira, Casal do Ribeiro e Rio de Couros. Quatro centros de catequese e com tão pou-cos catequistas (5 ou 6), afigura-se-me ridículo. Se a diferen-ça fosse apenas de mais um ou dois, o caso seria insignificante. Efetivamente de minimis non curat praetor. Mas a coisa muda de figura se o número exacto de catequistas no ano pastoral de 2010-2011 tiver sido por exemplo uma dúzia, ou quinze, ou vinte. Em vão aguardei uma rectificação no jornal seguinte.
Porque não desgosto de mim e ainda porque as pessoas que, desprendida e abnegadamente, me auxiliaram em tal ta-refa merecem o meu respeito e gratidão, gostaria que o Sr Di-rector procurasse averiguar a verdade. Factos são factos e não se compadecem com deturpações.
Quanto ao conteúdo doutrinal da Catequese que foi dada, isso foi da minha completa e exclusiva responsabilidade. Não me cingi em exclusivo aos Catecismos Nacionais, cuja vacuida-de doutrinal me pareceu flagrante, mas não excluo a possibili-dade de, num futuro, mudar de opinião. Tal ainda não sucedeu.
Resumindo: gostaria que o Sr. Director procurasse indagar qual o número exacto de catequistas que no ano pastoral de 2010 – 2011 prestaram serviço nas paróquias de Rio de Cou-ros e Formigais. Eu talvez pudesse fazê-lo, mas a idade e a im-parcialidade (ninguém é juiz em causa própria) levam-me a pedir-lhe tal favor. Grato ficaria se no próximo jornal ou no se-guinte viesse esse esclarecimento. Tudo simples.
Sem outro assunto, a bem da verdade, agradeço a infor-mação. Deus guarde V. Ex cia. Fátima, 4/VII/13.
P. Luís Henriques Francisco
Nota da redação: A redação agradece a colaboração do P. Luís Henriques Francisco no sentido de esclarecer alguns pontos alu-sivos às paróquias de Rio de Couros, Formigais e Ribeira do Fár-rio, em destaque na nossa edição do passado dia 27 de Junho.Em defesa do rigor noticioso do Presente Leiria-Fátima e por respeito a toda a equipa, colaboradores, leitores e anunciantes pedimos desculpas por qualquer lapso que tenha dado origem a mal entendidos.A redação esclarece que não foi sua intenção, e certamente também não terá sido a do entrevistado, ferir susceptibilidades ou criar qualquer mau estar em relação ao trabalho desenvol-vido por parte d0 P. Luís Henriques Francisco nestas paróquias.
Exmo Senhor Diretor
Queres viver alegremente? Caminha com dois sacos, um para dares, outro para receberes. – Johann Goethe
GRATIDÃOQuando o Presente ‘Leiria-Fátima’ era já uma confluência
eu não pude estender-lhe os braços, para o receber, como se-ria o meu desejo. Estava a contas com uma dispneia seguida de sequelas respiratórias graves, que me iam custando a vida.
Sempre foram quase cem anos na companhia de dois vi-gorosos caudais que nasceram e morreram, na nossa Dioce-se. Na casa onde fui criado, nunca houve outros jornais. O Pre-sente Leiria-Fátima aí está, pela mão do seu ilustre Diretor, a quem felicitamos. Não é ousadia que seja um bolo; vamos (to-dos) pôr-lhe a cereja.
Estou em falta com a douta Administração do Centro Hos-pitalar Leiria-Pombal, por ter abandonado o edifício, com alta, sem que ali tivesse deixado um cartão de reconhecimento. Contava fazê-lo aqui, logo que a saúde mo permitisse. É o que estou a tentar fazer; agradecer do coração. O asseio, os cuida-dos médicos e paramédicos, a prescrição clínica do doente e a pontualidade, são factos que no meu peito não morrem mais. Não sei se ficarei o mesmo homem que andou ao encontro de tão grata benevolência, profissional e humana. Obrigado a todos; do mais alto ao mais humilde servidor. Aos barbeiros Pedro e Felizardo, (Voluntariado), que, com as suas lâminas, vão raspando a cara, padecente a padecente. E as bênçãos do emérito capelão, Pe João Trindade, querido amigo e guia de há muitos anos, são graças para eu dar a Deus. Finalmente ao terno dos Bombeiros que, da Marinha Grande me conduziu a Leiria; o carinho, agilidade e segurança, com que o fizeram.
Bem-hajam. Manuel Gomes Elias
Horário da Missas DominicaisParóquia de Leiria
Sábados19h00 Sé19h30 Franciscanos
Domingos08h30 Espírito Santo09h00 Franciscanos09h45 Paulo VI10h00 S. Francisco
10h00 S. Romão10h30 Franciscanos11h00 Santo Agostinho11h30 Sé e Seminário18h30 Sé19h30 Franciscanos21h30 Nª Sr.ª Encarnação11h00 Hospital de Leiria
11 de julho de 201310 •
PAÍS
D. Manuel Clemente sucede a D. José Policarpo
Lisboa tem novo patriarca
D. Manuel Clemente tomou
posse, no passado sábado, como 17º
patriarca de Lisboa, na Sé da dioce-
se, sucedendo a D. José Policarpo,
responsável pelo Patriarcado du-
rante 15 anos.
Para o novo patriarca de Lis-
boa, a designação “tomada de pos-
se” tem um significado “impreciso”,
porque “a única posse é de Cristo” e
hoje, mais do que assumir um cargo
afirma a disponibilidade para que a
diocese “tome conta” dele. “Esta to-
mada de posse significa, na verda-
de, uma despossessão de mim pró-
prio para que a Igreja de Lisboa
tome conta de mim”, referiu.
“A única coisa que peço a Deus
é que seja assim: Que todos nos de-
sapossemos de nós próprios para
que Jesus Cristo seja em nós o úni-
co sinal a apresentar ao mundo”, re-
feriu aos presentes na Sé de Lisboa.
“Que a igreja de Lisboa tome con-
ta de mim, que o Senhor tome con-
ta das nossas vidas, e que deixemos
que Ele seja tudo em nós”, disse D.
Manuel Clemente no fim da cele-
bração da tomada de posse.
D. Manuel Clemente tomou
posse como patriarca de Lisboa
após a oração da “Hora Intermédia”,
na Sé de Lisboa. Antes de assinar a
ata da tomada de posse, o núncio
apostólico em Lisboa, D. Rino Passi-
gato, leu o decreto de nomeação do
Papa Francisco.
Missa da entrada solene com mensagens
D. Manuel Clemente pediu às
comunidades cristãs que acolham
todas as pessoas e recordou as con-
sequências socioculturais do Evan-
gelho, nomeadamente a dignidade
da pessoa humana desde a “conce-
ção à morte natural”. O apelo foi dei-
xado no decorrer da homilia da mis-
sa da primeira missa celebrada pelo
novo Patriarca de Lisboa, realiza-
da no passado domingo no Mosteiro
dos Jerónimos. Ainda na celebração
religiosa, D. Manuel Clemente pediu
que na diocese se constituam “comu-
nidades de acolhimento e missão”.
“E que importante é e será que
nas nossas comunidades todos pos-
sam encontrar um “sim” à pessoa
que são, mesmo quando não deva-
mos conceder o que imediatamente
peçam”, disse o patriarca de Lisboa.
Sem adiantar “detalhes programá-
ticos”, D. Manuel Clemente disse
que “a Igreja de Lisboa seguirá as in-
dicações” saídas do Sínodo dos Bis-
pos sobre a nova evangelização e as
propostas da Conferência Episcopal
Portuguesa, na Nota Pastoral de 11
de abril último sobre a “renovação
da Pastoral da Igreja em Portugal”.
D. Manuel Clemente referiu-
se depois às “consequências socio-
culturais do Evangelho”, tanto na
“concretização comunitária” como
na sua “aplicação pastoral”, sugerin-
do a inclusão dos princípios da dou-
trina social da Igreja “nos percursos
da nova evangelização” e na “for-
mação dos cristãos que se empe-
nhem em servir a convivência hu-
mana na vida social e política”.
“Com a difusão do cristianis-
mo e a sua feliz coincidência com
as aspirações de tantas sabedorias e
credos, foram pouco a pouco germi-
nando sementes de vida, civiliza-
ção e cultura de que não podemos
abdicar”, disse D. Manuel Clemente.
Para o patriarca de Lisboa, é
necessário defender “a dignidade
da pessoa humana, na variedade
enriquecida de raças e povos e sem-
pre protegida e promovida da con-
ceção à morte natural de cada um”
para que não se coloque “em risco” a
“humanidade”.
O bispo de Lisboa defendeu “a
verdade familiar, na complementa-
ridade homem-mulher, na geração
e educação dos filhos e na entreaju-
da entre mais novos e mais velhos”
e a distinção entre “Deus e César,
que abriu caminho à laicidade posi-
tiva das instituições políticas e à li-
berdade religiosa dos cidadãos”.
A entrada na diocese de Lis-
boa acontece um dia depois de D.
Manuel Clemente ter tomado posse
como 17º patriarca, no passado sá-
bado, na Sé, sucedendo a D. José Po-
licarpo, que apresentou o pedido de
renúncia por limite de idade.
D. João Lavrador fala de D. Manuel Clemente
Novo Patriarca de Lisboa é sábio e prudente
Um homem “sábio e prudente” e que sabe valorizar as “capacida-des de todos”. É desta forma que D. João Lavrador, bispo auxiliar na Diocese do Porto, considera D. Manuel Clemente. O novo Patriarca de Lisboa “cativa” pela sua humildade e simplicidade enriquecendo quem contacta com ele, sublinha o bispo que foi auxiliar de D. Manuel Cle-mente desde 2008, num artigo publicado na última edição do sema-nário digital Ecclesia.
“Pessoa de invulgar cultura que sabe como ninguém interpretar os sinais dos tempos em que vivemos com as dimensões de uma profun-didade histórica e do realismo do ser humano acreditando nas suas capacidades e pugnando pelo diálogo como meio para atingir o bem social”, escreve o bispo auxiliar do Porto.
Segundo D. João Lavrador, o Patriarca é o “bom pastor” que está atento ao seu rebanho e que “sofre interiormente” com quem se sente marginalizado não poupando esforços “para acolher e responder a to-das as situações humanas com que se depara”.
Patriarca de Lisboa faz apelo aos políticos
É necessário criar empregosPorque o momento “é complexo” e é necessário apostar na
“criação de emprego”, D. Manuel Clemente pediu aos políticos pre-
sentes na primeira missa que celebrou, para fazerem “o melhor”. Em
declarações aos jornalistas, no fim da celebração no Mosteiro dos Je-
rónimos e após ter cumprimentados todos os presentes que o qui-
seram saudar, no passado sábado, D. Manuel Clemente disse que
o fundamental é que “em todas as equações", se pense no “bem co-
mum, no que é para todos”.
“O que disse a todas as pessoas que aqui passaram ligadas à As-
sembleia da República, ao Estado, ao Governo foi que todos temos de
fazer o melhor e com certeza que estamos dispostos a isso porque as
dificuldades são grandes”, referiu.
O patriarca de Lisboa disse que “ninguém pode descolar de
ninguém” e que é preciso “apoiar todos os que precisam”. "O apoio
passa muitíssimo pela criação de emprego, pelo trabalho, porque as
pessoas que não trabalham não se realizam, ficam frustradas”, afir-
mou D. Manuel Clemente.
Pedro Mota Soares, Paulo Portas, Passos Coelho, Assunção Es-
teves e Aníbal Cavaco Silva foram algumas das pessoas com res-
ponsabilidades políticas presentes na primeira missa de D. Manuel
Clemente, no Mosteiro dos Jerónimos.
Pastoral das migrações alerta bispos
Preocupação relativa à migração denunciada
Os responsáveis diocesanos do setor da pastoral das migrações
vão escrever “uma carta aberta aos bispos portugueses” onde ex-
pressarão a preocupação relativa ao fenómeno migratório, disse frei
Francisco Sales, à Agência Ecclesia. O responsável da Obra Católica
Portuguesa das Migrações (OCPM) realça que o documento, a sair
no final do encontro dos secretariados diocesanos deste setor, que
terminou na passada sexta-feira, em Vila Real, pretende ser “uma
ajuda aos bispos” para que tomem “opções pastorais” que possam ir
ao “encontro desta realidade que é extremamente urgente”. O êxodo
da população portuguesa continua “devido à situação atual do país”,
lamentou o responsável da OCPM.
Para além dos portugueses que procuram melhores condições
de vida noutras paragens, frei Francisco Sales frisou, baseado no re-
latório do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, que, só no ano de
2012, “20 mil imigrantes que residiam em Portugal, alguns com na-
cionalidade portuguesa, saíram do nosso país”.
Em Portugal, “não existem saídas profissionais” e os “rendi-
mentos das famílias” continuam a diminuir, basta ver o “que está a
acontecer com o pessoal ligado ao mundo da medicina”, e acrescen-
ta: “não vêm futuro no nosso país”.
Portugal está a perder oportunidades e quem está “à frente dos
destinos do país parece que brinca” com as pessoas, denuncia aque-
le responsável.
DR
11 de julho de 2013 • 11
MUNDOProtocolo assinado entre CTV e canal argentino
Transmissão de arquivo do cardeal Bergoglio permitida
Foi assinado o protocolo que vai permitir a distribuição, na Itá-
lia e na Europa, do arquivo da emissora argentina relativo ao car-
deal Bergoglio. O Centro Televisivo do Vaticano (CTV) e o Canal 21,
da Arquidiocese de Buenos Aires, assinaram o documento, em fi-
nais de junho último.
Segundo o diretor do CTV, o Papa Francisco comentou o acor-
do, dizendo “que se trata “de um modo concreto de fazer conhecer
na Itália e na Europa, a realidade da Igreja de Buenos Aires”. Por sua
vez, o Papa argentino, antigo arcebispo da capital deste país sul-a-
mericano, observou que “o uso das imagens ajuda a construir pon-
tes e a conhecer modalidades de ser Igreja nas várias latitudes do
mundo”.
O Centro Televisivo Vaticano abordou ainda o processo de di-
gitalização dos sinais televisivos, em colaboração com a Sony, que
prevê agora a realização de uma nova sala de controlo, na sede da
emissora pontifícia.
Papa Francisco e Bento XVI inauguram estátua do arcanjo São Miguel
A escultura está nos Jardins do Vaticano
O Papa Francisco e o seu antecessor, Bento XVI, estiveram
juntos, no passado dia 5 de julho, nos jardins do Vaticano, na inau-
guração de uma estátua do arcanjo São Miguel, protetor da igreja
universal e padroeiro da cidade do Vaticano.
O evento foi noticiado pela Agência Ecclesia que adiantou que
a escultura em bronze, tem 5 metros, está colocada numa área dos
Jardins do Vaticano, próxima do prédio do Governatorato e é uma
obra monumental patrocinada pelo presidente emérito do Gover-
natorato, cardeal Giovanni Lajolo, para celebrar o Arcanjo Miguel,
principal defensor da fé e custódio universal da Igreja.
Na alocução que pronunciou, o Papa Francisco recordou o sig-
nificado que assume, neste Ano da Fé, a inauguração de uma ima-
gem dedicada ao arcanjo São Miguel, cujo nome significa “Quem é
como Deus?” e Miguel – sublinhou o Papa “é o campeão do primado
de Deus, da sua transcendência e potência”. A escultura recorda que
“o mal é vencido, o acusador é desmascarado, a sua cabeça é esma-
gada, porque a salvação realizou-se uma vez para sempre no san-
gue de Cristo”, disse o Papa Francisco citado pela Agência Ecclesia.
O autor é o artista Giuseppe Antonio Lomuscio, da cidade de
Trani (Itália) vencedor do concurso internacional organizado pelo
Governatorato do Estado do Vaticano e avaliado por uma comis-
são de especialistas, presidida pelo diretor dos Museus do Vaticano,
Paolo Paolucci. A escultura está apoiada sobre uma base de mármo-
re travertino, também projetada pelo artista, e caracterizada pela
presença de dois baixo-relevos em bronze.
Rio de Janeiro prepara voluntários para a inclusão
Jornada Mundial da Juventude dá atenção a peregrinos com deficiência
A próxima Jornada Mundial
da Juventude (JMJ) vai ter volun-
tários para acompanhar os peregri-
nos com deficiência física, auditiva,
visual e/ou intelectual nos atos cen-
trais e nas catequeses. A iniciativa é
comunicada pela Agência Ecclesia
que adianta que a organização do
evento, a decorrer no Rio de Janei-
ro, Brasil, pretende que a emoção e
o espírito da JMJ sejam vividos por
todos os que quiserem participar e
que não existam entraves de qual-
quer natureza.
A propósito desta iniciativa, a
Agência Ecclesia recorda que no fi-
nal de junho já estavam inscritos
100 peregrinos brasileiros surdos,
90 cegos, 80 com deficiência inte-
lectual e 123 pessoas dependentes
de cadeiras de rodas. Para ajuda-
rem estes e outros peregrinos, serão
treinados 120 voluntários, nas mais
diversas áreas.
O voluntário César Bacchin,
responsável pelas pessoas com de-
ficiência explicou à Agência Eccle-
sia que as pessoas dependentes de
cadeiras de rodas que optarem por
alojamento especial, no momento
da inscrição, terão um lugar reser-
vado em Andaraí, no Norte do Rio
de Janeiro. Prevê-se ainda a dispo-
nibilização de transporte específico
que levará estes peregrinos aos atos
centrais de Copacabana e Guarati-
baonde, que poderão escolher por
ficar na vigília e voltar para a hos-
pedagem, ir só para a missa ou ain-
da permanecer no local, acrescen-
tou César Bacchin.
Os peregrinos dependentes
de cadeiras de rodas, “devidamente
inscritos como tal”, nos atos centrais
terão espaços reservados com ca-
sas-de-banho adaptadas e voluntá-
rios preparados para assisti-los. Em
Guaratiba, no ‘Campus Fidei’, esta-
rão, ainda, mecânicos disponíveis
caso existam problemas com as ca-
deiras de rodas.
A Agência Ecclesia adianta
ainda que nos locais das catequeses,
segundo César Bacchin, existirão
intérpretes para facilitar a comu-
nicação entre os peregrinos surdos,
mudos e demais participantes. Será
traduzido tudo o que estiver a ser
ensinado e informado e terão em
atenção o facto de a língua gestual
variar conforme os diferentes paí-
ses de origem. Aos peregrinos invi-
suais serão disponibilizados cerca
de cem aparelhos de audiodescri-
ção, em português, com a informa-
ção do que está a acontecer nos atos
centrais. Haverá ainda uma apre-
sentação geral de cada momento
em braile, também em língua por-
tuguesa.
A 28ª Jornada Mundial da Ju-
ventude vai decorrer entre 23 e 28
de julho no Rio de Janeiro e tem
como lema ‘Ide e fazei discípulos de
todos os povos’, expressão baseada
no evangelho segundo São Mateus.
Esta será a segunda vez que
uma cidade sul-americana acolhe a
edição internacional da JMJ, depois
de Buenos Aires (Argentina), em
1987, na primeira ocasião em que
a iniciativa criada por João Paulo II
(1920-2005) saiu de Roma.
O Papa Francisco vai partici-
par nos atos conclusivos deste en-
contro internacional de jovens
promovido pela Igreja Católica, na-
quela que será a sua primeira via-
gem ao estrangeiro desde o início
do pontificado.
DR
DR
Foi no passado dia 1 de junho de 2013 que
Irene da Costa Oliveira e José Pedrosa celebraram com imensa felicidade e emoção as
bodas de ouro
A celebração eucarística foi realizada na Igreja Paroquial de Monte Redondo, Leiria, freguesia a que ambos pertencem, pelas 11h30 na presença de familiares e amigos.A comemoração continuou com um almoço bem animado e alegre onde todos os convidados pu-deram felicitar os noivos que pareciam jovens enamorados.
Muitas felicidades e muitos anos de vida são os votos de todos os familiares.
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11 de julho de 201312 •
A questão religiosa é central
Sou professora de Educação Moral e Religiosa Católica, EMRC e pro-curo viver consciente da chama-da de Jesus a ser fermento no meio
da massa, ou seja, a fé em Jesus Cristo fa-z-me acreditar que é possível a transforma-ção da sociedade a partir da mudança das mentalidades e das estruturas. O processo de transformação que propõe o evangelho não é automático e respeita a liberdade de cada um. Neste processo Jesus convida-me a, como o semeador do evangelho, lançar a semente sabendo que há uma diversidade de ter-renos, que necessitam ser cuidados. Esta é a fé que me move em todas as di-mensões da minha vida e de um modo especial na minha profissão.
A EMRC é uma dis-ciplina de oferta obriga-tória e de frequência fa-cultativa. Talvez por ser opcional é frequente-mente considerada uma disciplina pouco relevante. Mas é “finalidade da escola construir a comunidade humana” e para isso é necessário oferecer aos alunos a possibilidade de “crescerem” em valores humanos e na consciência do valor da digni-dade do ser humano. Como diz o Papa Fran-cisco: “A crise atual não é só económica e fi-nanceira, mas afunda as raízes numa crise ética e antropológica”. Estas palavras são in-terpelantes: vivemos uma “crise do humano”. Neste sentido a Educação Moral e Religiosa Católica adquire não só relevância mas tam-bém se torna cada vez mais urgente promo-ve-la junto dos alunos e respetivos encar-regados de educação. Como o seu próprio
nome indica, esta disciplina abrange duas grandes áreas do conhecimento: a ético-moral e a dimensão religiosa. Parece-me im-portante precisar que a EMRC não se pode confundir com a catequese e neste senti-do o seu objetivo primordial não é tornar os alunos membros da Igreja Católica. Esse é o objetivo da catequese, ou seja transmi-tir a fé católica de modo a tornar as pessoas membros da Igreja. A EMRC tem como fi-nalidade colaborar com a escola promoven-do a formação integral do aluno, nas dimen-
sões que lhe são próprias. Os ateus, agnósticos ou membros de outras reli-giões ou confissões po-dem, se o desejarem, frequentar a disciplina. Confesso que conservo uma boa recordação dos meus alunos islâmicos e de outas tradições cris-tãs, assim como de um que se dizia ateu mas era muito autêntico e interes-sado em encontrar res-
postas para as perguntas mais profundas da sua existência.
A questão religiosa é central na existên-cia humana. Mais tarde ou mais cedo sur-gem nos jovens as inquietantes perguntas pelo sentido da vida.
Por último e não menos importante, é a necessidade de aprender a linguagem e a simbologia religiosa para aceder à própria história e cultura. Considero esta disciplina, em conjunto com as outras disciplinas, im-prescindível para que a escola leve a cabo a sua missão. A sua relevância depende do tipo de sociedade que queremos construir.
Amor ao(s) inimigo(s)
Um cristão tem inimigos, diz-nos a Igreja. E não há escândalo nisso. Pelo contrário. A vida dele reflec-te a de Cristo. Nela se actualiza,
em cada geração, a paixão, morte e ressur-reição do Filho de Deus. Por isso, também no quotidiano de um cristão haverá um Ju-das, um Pilatos ou um Simão de Cirene.
«Rezem por mim!» Foi com estas pala-vras que o Papa Francisco se apresentou ao mundo. Pareceram-nos fazer sentido. E sin-ceramente não soaram nada a palavras de circunstância. O tempo, ainda curto, tem-no pro-vado. Pelas vozes que têm testemunhado a sua autencidade – faz sempre aquele pedido a quem conhece – e pelos sinais que nos chegam.
«Com Francisco, os “carreiristas” não serão bispos». A notícia surge na revista online espa-nhola Vida Nueva (28 de Junho) e dá conta da au-sência do Papa num con-certo promovido pelo Conselho Pontificio de Promoção à Nova Evan-gelização, alegadamente por considerar que tinha coisas mais importantes para fazer. Ela recupera ainda algumas das inter-venções do sucessor de Bento XVI, nas quais é particularmente incisivo. Sobretudo com o clero. «Pastores! Precisamos deles!» Refe-ria-se ao primeiro critério de um candidato a bispo. «Que sejam padres e irmãos; que sejam mansos, pacientes e misericordiosos;
que amem a pobreza (…) que não tenham uma mentalidade de “príncipes”». Para o também Bispo de Roma, «os que procuram o episcopado, esses não convém». Palavras repletas de significado, na semana em que entregou o pálio ao novo Patriarca de Lis-boa, D. Manuel Clemente, e a mais 33 ar-cebispos; em que é noticiada uma alegada corrupção no banco do Vaticano, envolven-do um padre e dois funcionários.
O Papa já teria inimigos antes mesmo de sair do Conclave. Pessoas que o odeiam.
Algumas sem saberem porquê. A cada atitu-de ou intervenção suas, pensamos que o seu nú-mero aumentará. Fora e dentro da própria Igre-ja. Judas, que era íntimo de Cristo, não escolheu o seu papel. “Coube-lhe em sorte”. Entregou o Fi-lho de Deus. Deu sentido à ressurreição.
Parece-nos, pois, fa-zer sentido o pedido do Papa. Cada vez mais! Quem será o próximo Judas? Eu? Alguém que convive comigo? Na fa-mília? No trabalho? Na Igreja? «Amai os vossos inimigos; fazei o bem aos que vos odeiam e orai
pelos que vos perseguem e caluniam» (Mt. 5, 44). Assim seja!
Nota: O autor não escreve segundo o novo Acordo Ortográfico.
Pedro Jerónimo*Bolseiro de investigação ciêntifica; foi jornalista n'O Mensageiro (2003-2013)
Elsa Jorge FilipeProfessora
OPINIÃO
A EMRC tem como finalidade colaborar
com a escola promovendo a
formação integral do aluno, nas
dimensões que lhe são próprias
F. Costa PereiraMédico Especialista
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Consultas CoM Hora MarCaDa2ª, 4ª e 5ª: 11h-13h e 15h-19h,
3ª: 10h-13h e 15h-19h
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«Rezem por mim!» Foi com estas
palavras que o Papa Francisco
se apresentou ao mundo. Pareceram-
nos fazer sentido. E sinceramente
não soaram nada a palavras de
circunstância. O tempo, ainda curto,
tem-no provado.
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CARTÓRIO NOTARIAL DA BATALHA Notária: Sónia Marisa Pires Vala
Certifico, para fins de publicação, que por escritura lavrada hoje, exarada de folhas cento e sete a folhas cento e oito, do Livro Cento e Noventa -B, deste Cartório.
Fernando Pereira Antunes, NIF 182 424 120 casado com Maria Lídia Carreira Ferreira Antunes, NIF 182 424 111, sob o regime da comunhão de adquiridos, naturais, ele da freguesia de Caranguejeira, ela da freguesia de Santa Eufémia, ambas do concelho de Lei-ria, residentes na Rua do Barro da Ponte, n°55, Caxieira, Santa Eufémia, Leiria, que outorga por si e na qualidade de procurador da sua referida mulher, declara que com exclusão de outrem, ele e a sua representada são donos e legítimos possuidores do prédio rústico, composto de terra de pousio, com a área de dois mil e cem metros quadrados, sito em Quinta dos Frades, freguesia de Santa Eufémia, concelho de Leiria, a confrontar de norte com Avenida Nossa Senhora de Fátima, de sul com Rua do Moinho de Vento, de nascente com Cândido Pereira da Costa Neves e de poente com Fernando Pereira Antunes, não descrito na Primeira Conservatória do Registo Predial de Leiria, inscrito na matriz predial rústica sob o artigo 4.634, com o valor
Patrimonial de €760,00.Que, o primeiro outorgante e a sua representada adquiriram o identificado prédio no ano de mil novecentos e oitenta e sete, por
compra verbal a Armindo Dionísio Ferreira e mulher Alzira Rosa Andrino Ferreira, residentes em Carrasqueira, Santa Eufémia, Leiria, não dispondo os justificantes de qualquer título formal para o registar na Conservatória, mas desde logo entraram na posse e frui-ção do mesmo. Que em consequência daquela compra verbal, o primeiro outorgante e a sua representada possuem o identificado prédio em nome próprio há mais de vinte anos sem a menor oposição de quem quer que seja desde o seu início, posse que sem-pre exerceram sem interrupção e ostensivamente com o conhecimento de toda a gente e a prática reiterada dos actos habituais de um proprietário pleno, com o amanho da terra, recolha de frutos, conservação e defesa da propriedade, pagamento das contribui-ções e demais encargos, pelo que, sendo uma posse pacífica, contínua, pública e de boa fé durante aquele período de tempo, adqui-riram o prédio por usucapião.
Batalha, vinte e sete de Junho de dois mil e treze.A funcionária com delegação de poderesLucília Maria Ferreira dos Santos Fernandes - 46/3 Delegação de poderes autorizada pela Notária Sónia Marisa Pires Vala, publicada na Ordem dos Notários, em lO de Fevereiro de
2012 (artº 8° do Dec. Lei 26/2004 de 4 de Fevereiro e artº 6° da Portaria 55/2011 de 28 de Janeiro).Conta registada sob o n° 186 Com Recibo
11 de julho de 2013 • 13
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Isabel, Princesa em Aragão Rainha em Portugal Santa no CéuMaria Susana Mexia
D. Isabel de Aragão, filha de Pe-dro III de Aragão e de D. Constan-ça de Navarra terá nascido em Sarago-ça por volta de 1270 e morrido a 4 de Julho, em Estremoz, no ano de 1336. Foi Rainha de Portugal pelo seu casamen-to com D. Dinis, tendo ficado conhecida por Rainha Santa Isabel. Nunca se alheou dos problemas políticos nacionais; interferiu na guerra civil que opôs o rei ao príncipe her-deiro D. Afonso; influenciou a assinatura do tratado de paz de 1322.. Depois da morte de D. Dinis (1325) recolheu-se nos Paços de Santa Ana, junto a Santa Clara de Coimbra. Até à sua morte promoveu uma série de obras fundando ou ajudando à fundação dos hospitais de Coimbra, Santarém, Leiria, asilos,
albergarias. Mosteiros e capelas em Leiria e Óbidos. Foi sepultada por sua vontade no Convento de Santa Clara e, no século XVII, o seu corpo foi trasladado para o novo mos-teiro fundado por D. João IV em substi-tuição do antigo, ameaçado pelas águas do Mondego, e depositada num cofre de prata e cristal. O povo, desde cedo, considerou--a Santa, atribuindo-lhe inúmeros milagres, como a cura da sua dama de companhia e de diversos leprosos. Diz-se também que fez com que uma pobre criança cega começasse a ver e que curou numa só noite os graves ferimentos de um criado. No entanto o mais conhecido é o Milagre das Rosas.Reza a lenda que, durante o cerco de Lisboa, D. Isabel estava a distribuir moedas de prata
para socorrer os necessitados da zona de Alvalade, quando o marido apareceu. O Rei perguntou-lhe: “O que levais aí, Senhora?” Ao que ela, com receio de desgostar D. Dinis respondeu: “Levo rosas Senhor” E, abrindo o manto, pe-rante o olhar atónito do rei, não se viram moedas, mas sim rosas encarnadas e frescas.A pedido de D. Manuel I, foi beatificada por Leão X (15-4-1516) e, em 1625, foi canoni-zada por Urbano VIII.Quando esta notícia chegou à cidade reali-zaram-se grandes festejos que se prolongam até aos nossos dias. A sua festa celebra-se no dia 4 de Julho.
Desenho de Ricardo Gonçalves
Sopa de LetrasDescobre as 11 palavras escondidas e faz uma oração
CAMINHOSFAROL
LUZMEUS
PALAVRAPARA
PASSOSSENHOR
TUA
r s w a u i o b m s f ys e q t u a p n l d g ot n z e v p a s s o s io n y t x a m k r e y lk o t q n l v é r l y oh r p a r a b m e u s tf v d v p v n q d z m ua x o b t r x p q a f yr c s q c a m i n h o so l z o b h j k s c a fl j s d f g h j k o i p
11 de julho de 201314 •
Comentário
O teu próximo? É aquele de quem te aproximas
José Frazão Correia, sjsacerdote jesuíta
A vida que é eterna é gerada pelo amor a Deus e ao próximo. Inseparavelmente. Quan-do temos tendência para complicar o que é simples e para retirar força ao que é vital, corremos o risco de fazer da fé uma devo-ção muito pia, uma observância muito rígi-da ou uma ideia muito abstrata. Porém, o Evangelho traz-nos para o essencial. «Deus é amor» (1Jo 4,16) e eu, sem amor, «não sou nada» (1 Cor 13,12). O amor diz quem é Deus e diz quem somos nós. Por isso, quem dese-ja a vida, ame o Senhor com tudo o que é e com tudo o que tem. E ame o próximo como a si mesmo. Tudo o mais que diz respeito à vida humana e à fé virá por acréscimo. Mas sem esse princípio e fundamento, a própria fé será sentimento efémero, observância le-galista, doutrina vazia. E a vida humana per-de-se.
A fonte e lei da vida é o amor a Deus e
ao próximo. Mas, «quem é o meu próximo», pergunta o doutor da lei? Sendo tão enten-dido em coisas religiosas e morais, será mes-mo que não sabe? Na verdade, é possível que procure uma resposta simples, uma catego-ria que delimite o objeto da sua dedicação. A sua pergunta parece pedir como resposta: “o meu próximo é este e aquele e só esses. Uma vez estabelecida a minha obrigação, ficarei descomprometido e desresponsabilizado em relação a todos os outros”. Mas Jesus força o doutor a implicar-se. Conta-lhe a história do pobre homem caído nas mãos dos salteado-res diante de quem, aqueles de quem mais se esperaria a misericórdia, passaram indiferen-tes. Parece que o culto e a oração – a pure-za do serviço de Deus e a observância da lei – os tornou insensíveis às necessidades dos irmãos. Querendo tanto a Deus, não o soube-ram reconhecer nos encontros e circunstân-cias de cada dia. Outro, porém, um samarita-no – o descrente, o inimigo, aquele que não é dos nossos –, enchendo-se de compaixão, aproximou-se e socorreu o homem maltra-tado. A história termina com uma nova per-gunta que força o doutor a comprometer-se. «Qual dos três parece ter sido o próximo da-quele homem?». À resposta segue-se uma ordem: «vai e faz tu, também, o mesmo».
Jesus retira o próximo do campo bem de-
limitado de uma categoria social. Não cabe numa definição. O próximo diz respeito ao comportamento efetivo de se tornar presen-te a alguém, na sua necessidade, não impor-ta se crente ou descrente, se rico ou pobre, se amigo ou inimigo, se dos nossos ou dos que são diferentes. No fundo, não se sabe previa-mente quem é o próximo nem se delimita de antemão o alcance da proximidade. Não te-nho um próximo. Faço-me, sim, próximo de alguém. Por isso, se queres saber quem é o teu próximo, aproxima-te. Só esse de quem efetivamente te aproximaste com misericór-dia foi o teu próximo. O resto não passou de boa intenção de uma fé descentrada do es-sencial, de facto, insensível a Deus e desaten-ta aos irmãos.
À luz da profecia de Mateus 25,31-46 («Vinde, benditos de meu Pai...porque tive fome e me deste de comer, …») sabemos que os gestos de amor geram, já agora, a vida que permanece para a eternidade. Quando o co-ração se inclina sobre a miséria dos mais pe-queninos (este é o coração misericordioso) é a Cristo que reconhece e ama, porque Cristo identifica-se com eles. Em todos os pequeni-nos deste mundo de quem nos fizermos pró-ximos, amaremos o Senhor, porque o amor que temos ao Senhor nos levará a amá-los, tal como o Senhor os ama.
Ano C • Tempo Comum • Domingo XVLeitura I Salmo Leitura II Aleluia Evangelho
LITURGIA: 14 de julho
Leitura do Livro do Deuteronómio
Moisés falou ao povo, dizendo: «Escutarás a
voz do Senhor teu Deus, cumprindo os seus
preceitos e mandamentos que estão escritos
no Livro da Lei, e converter-te-ás ao Senhor
teu Deus com todo o teu coração e com toda
a tua alma. Este mandamento que hoje te im-
ponho não está acima das tuas forças nem
fora do teu alcance. Não está no céu, para
que precises de dizer: ‘Quem irá por nós subir
ao céu, para no-lo buscar e fazer ouvir, a fim
de o pormos em prática?’. Não está para além
dos mares, para que precises de dizer: ‘Quem
irá por nós transpor os mares, para no-lo
buscar e fazer ouvir, a fim de o pormos em
prática?’. Esta palavra está perto de ti, está na
tua boca e no teu coração, para que a possas
pôr em prática».
Palavra do Senhor.
Deut 30, 10-14
Procurai, pobres, o Senhor
e encontrareis a vida.
A Vós, Senhor, elevo a minha súplica,
pela vossa imensa bondade respondei-me.
Ouvi-me, Senhor,
pela bondade da vossa graça,
voltai-Vos para mim
pela vossa grande misericórdia.
Eu sou pobre e miserável:
defendei-me com a vossa protecção.
Louvarei com cânticos o nome de Deus
e em acção de graças O glorificarei.
Vós, humildes, olhai e alegrai-vos,
buscai o Senhor
e o vosso coração se reanimará.
O Senhor ouve os pobres
e não despreza os cativos.
Deus protegerá Sião,
reconstruirá as cidades de Judá.
Os seus servos a receberão em herança
e nela hão-de morar
os que amam o seu nome.
Salmo 68 (69), 14.17.30-31.33-34.36ab.37 (R. cf. 33)
Leitura da Epístola do apóstolo São Paulo
aos Colossenses
Cristo Jesus é a imagem de Deus invisível, o
Primogénito de toda a criatura; porque n’Ele
foram criadas todas as coisas no céu e na ter-
ra, visíveis e invisíveis, Tronos e Domina-
ções, Principados e Potestades: por Ele e para
Ele tudo foi criado. Ele é anterior a todas as
coisas e n’Ele tudo subsiste. Ele é a cabeça da
Igreja, que é o seu corpo. Ele é o Princípio, o
Primogénito de entre os mortos; em tudo Ele
tem o primeiro lugar. Aprouve a Deus que
n’Ele residisse toda a plenitude e por Ele fos-
sem reconciliadas consigo todas as coisas, es-
tabelecendo a paz, pelo sangue da sua cruz,
com todas as criaturas na terra e nos céus.
Palavra do Senhor.
Col 1, 15-20
As vossas palavras, Senhor,
são espírito e vida:
Vós tendes palavras de vida eterna.
Jo 6, 63c.68c
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo se-
gundo São Lucas
Naquele tempo, levantou-se um doutor da lei
e perguntou a Jesus para O experimentar:
«Mestre, que hei-de fazer para receber como
herança a vida eterna?». Jesus disse-lhe:
«Que está escrito na Lei? Como lês tu?». Ele
respondeu: «Amarás o Senhor teu Deus com
todo o teu coração e com toda a tua alma,
com todas as tuas forças e com todo o teu en-
tendimento; e ao próximo como a ti mesmo».
Disse-lhe Jesus: «Respondeste bem. Faz isso e
viverás». Mas ele, querendo justificar-se, per-
guntou a Jesus: «E quem é o meu próximo?».
Jesus, tomando a palavra, disse: «Um homem
descia de Jerusalém para Jericó e caiu nas
mãos dos salteadores. Roubaram-lhe tudo o
que levava, espancaram-no e foram-se em-
bora, deixando-o meio- morto. Por coinci-
dência, descia pelo mesmo caminho um sa-
cerdote; viu-o e passou adiante. Do mesmo
modo, um levita que vinha por aquele lu-
gar, viu-o e passou também adiante. Mas um
samaritano, que ia de viagem, passou jun-
to dele e, ao vê-lo, encheu-se de compaixão.
Aproximou-se, ligou-lhe as feridas deitando
azeite e vinho, colocou-o sobre a sua própria
montada, levou-o para uma estalagem e cui-
dou dele. No dia seguinte, tirou duas moedas,
deu-as ao estalajadeiro e disse: ‘Trata bem
dele; e o que gastares a mais eu to pagarei
quando voltar’. Qual destes três te parece ter
sido o próximo daquele homem que caiu nas
mãos dos salteadores?». O doutor da lei res-
pondeu: «O que teve compaixão dele». Disse-
lhe Jesus: Então vai e faz o mesmo».
Palavra da salvação.
Lc 10, 25-37
21 de julho | Domingo XVI
Entrada Que alegria quando me disseram 698Iremos com alegria M. Luís, 439Salmo Ensinai-nos Senhor quem viverá em vossa casa M. Luís, 332Apresentação dos dons Felizes os que habitam B. Sousa, 398Grandes e admiráveis F. Santos, 1138Comunhão A semente é a palavra de Deus C. Silva, 116Bendito bendito o que vem M. Luís, 176Pós-comunhão Louvai louvai o Senhor F. Silva, 479Meu Senhor eu Vos amo J. Santos, 498Final Anunciaremos Teu Reino Senhor 153És Senhor minha força A. Espinosa, 341
Nota: os números a seguir ao autor do cântico remetem para a coletânea Laudate
sugestão de cânticos
Mais
suge
stões
em: www.canticos.org (Leia este código com
a aplicação do seu telemóvel!)
11 de julho de 2013 • 15
O calor chegou e com ele o tempo em que tanta gente parte para lugares turísti-cos, para praias, campo ou simplesmente, sem sair do local habitual, muda de rotina. É tempo de férias! Poucos ou muitos dias, a generalidade das pessoas ainda vai ten-do este espaço de tempo para retempe-rar forças para o novo ano. Para uns, este tempo é de uma certa distância da intimi-dade com Deus, como se fosse possível fazer férias numa relação pessoal tão vi-tal ao homem como é respirar. Para ou-tros, ocasião para revitalizar a fé, intensi-ficando a busca de Deus que temos tanta dificuldade em encontrar durante a nossa labuta. Como cristãos não podemos des-perdiçar este tempo livre e por isso é im-portante que invistamos tudo o que so-mos e temos para O encontrar em nós, nas pessoas com quem nos vamos cruzar e nos acontecimentos de cada dia. Se te-mos Deus no coração o nosso olhar tem que ser um olhar de um coração puro, mas se pelo contrário a maldade e a inveja corroem as nossas entranhas não existirá tranquilidade exterior que nos valha para ver, na Natureza e nos outros, a presen-ça de Deus. Sugiro, pois, que levemos para férias entre as nossas leituras a Bíblia, (lei-tura por excelência de um cristão) a nova Encíclica acabadinha de sair, para irmos começando a saborear lentamente as pé-rolas de sabedoria que a mesma contém e, sobretudo uma abertura de coração ao amor de Deus, para com o Seu olhar ver tudo e todos de outra maneira, acalman-do assim a tempestade interior que a azá-fama desta nossa vida diária nos causa e permitindo que a bonança de Deus har-monize todo o nosso ser. Nesta linha, con-tactamos com alguns sacerdotes da nos-sa Diocese de forma a partilharem com os nossos leitores como também eles apro-veitam este tempo, às vezes curto de mais para recuperarem energias para o traba-lho intenso e exigente que têm ao lon-go do ano, na missão que Deus lhes con-fiou.Claro, que neste tempo de descanso, a oração é fundamental, pois, como dizia Ghandhi “ A oração é a chave da manhã e o ferrolho da noite”.
DR
"A fé não é luz que dissipa todas as nossas tre-vas, mas lâmpada que guia os nossos pas-
sos na noite, e isto basta para o caminho. Lumen Fidei, n. 57
11 de julho de 201316 •
Carlos Magalhães de [email protected]
editorial“Lumen Fidei”: primeira encíclica do Papa Francisco
“A Fé faz grande e plena a vida”Jorge Guarda
O Papa Francisco acaba
de tornar pública a sua primei-
ra encíclica sob o título “Lumen
Fidei” (A Luz da Fé). O texto que
recebeu de Bento XVI comple-
tou-o com uma ou outra “nova
contribuição”. Apresenta a fé
como uma luz recebida de Deus
que ilumina e “enriquece a exis-
tência humana em todas as suas
dimensões”. A publicação visa,
pois, ajudar “a redescobrir” a luz
da fé como um bem para a vida
pessoal, familiar e social, e incen-
tivar a sua transmissão “de pes-
soa a pessoa”, partilhando com
outros o dom de Deus.
A encíclica tem quatro ca-
pítulos: 1. “Acreditámos no amor”,
sobre o testemunho bíblico e ecle-
sial da fé; esta nasce do encontro
e da interpelação de Deus ao ho-
mem e da resposta confiante des-
te; 2. “Se não acreditardes, não
compreendereis”, sobre a relação
da fé com a verdade, o conheci-
mento, o amor, a razão, a busca
de Deus e a teologia; 3. “Transmi-
to-vos aquilo que recebi”, sobre a
transmissão da fé na Igreja e os
meios para a comunicar a todos
os homens; 4. “Deus prepara para
eles uma cidade”, sobre o “bem co-
mum” da fé como luz para a vida
em família e na sociedade e “for-
ça consoladora no sofrimento”. A
conclusão centra-se na Virgem
Maria como “ícone perfeito da fé”.
A ela se dirige, por fim, o Papa im-
plorando-lhe, como Mãe, que aju-
de “a nossa fé”.
No documento, Francis-
co responde a algumas objeções
do ambiente cultural, afirmando
que a fé não é “uma luz ilusória”
nem uma experiência meramen-
te subjetiva. Considera que “a luz
do amor, própria da fé, pode ilu-
minar as perguntas do nosso
tempo acerca da verdade”. Aler-
ta para as tentações da increduli-
dade e da idolatria a que a fé está
sujeita. Aponta a fé como um
bem necessário para a vida do
homem e para própria convivên-
cia social. Reconhece o enraiza-
mento humano da fé e declara
que “a luz da fé ilumina todas as
nossas relações humanas” e não
somente com Deus. Apresenta a
figura exemplar de Santo Agos-
tinho, o seu caminho para a fé e
como a viveu e pensou. Defen-
de o diálogo com os homens nas
suas experiências religiosas, va-
lorizando “o caminho de cada ho-
mem para Deus”. A fé sustenta a
vida da família, leva ao respeito e
ao cuidado pela vida de cada pes-
soa, mas também “faz-nos olhar
com maior respeito para a natu-
reza”.
Trata-se de um texto rico
que ajuda a compreender o dom
da fé nas suas várias dimensões
e implicações. Nota-se nele a he-
rança do pensamento de Bento
XVI, mas o contributo específico
do Papa Francisco e o seu estilo
vivo de comunicação não são tão
perceptíveis. Entre os aspetos re-
levantes, destaco a consideração
da fé como “bem comum”, a afir-
mação da sua relevância social
e a sua caracterização como “to-
que” do coração humano, além
da escuta de Deus e da visão.
Ajudai, ó Mãe, a nossa fé.Abri o nosso ouvido à Palavra, para reconhecermos a voz de Deus e a sua chamada.Despertai em nós o desejo de seguir os seus passos, saindo da nossa terra e acolhendo a sua promessa.Ajudai-nos a deixar-nos tocar pelo seu amor, para podermos to-cá-Lo com a fé.Ajudai-nos a confiar-nos plenamente a Ele, a crer no seu amor, so-bretudo nos momentos de tribulação e cruz, quando a nossa fé é chamada a amadurecer.Semeai, na nossa fé, a alegria do Ressuscitado.Recordai-nos que quem crê nunca está sozinho.Ensinai-nos a ver com os olhos de Jesus, para que Ele seja luz no nosso caminho. E que esta luz da fé cresça sempre em nós até chegar aquele dia sem ocaso que é o próprio Cristo, vosso Filho, nosso Senhor. (Lumen Fidei, n. 60)
Oração
DR
11 de julho de 201316 •