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RIMA Usina Termelétrica Tijucas. Responsável Técnico: Geol. Erik Wunder CREA/SC 074327-0 Página I 1 APRESENTAÇÃO............................................................................. 1 1.1 Empreendedor .......................................................................... 1 1.2 Empresas Consultoras e Equipe Técnica.................................. 2 2 JUSTIFICATIVA ............................................................................... 2 3 ASPECTOS LEGAIS .......................................................................... 5 3.1 Unidades de Conservação ........................................................ 9 3.2 Planos e Programas Governamentais..................................... 10 4 LOCALIZAÇÃO E ACESSOS ............................................................. 13 5 CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO E ALTERNATIVAS LOCACIONAIS........................................................................................... 14 5.1 Descrições Gerais................................................................... 14 5.2 Combustível Principal e Reagentes ........................................ 15 5.3 Concepção Térmica da Termoelétrica .................................... 16 5.3.1 Ciclo Termodinâmico............................................................................ 16 5.3.2 Características dos Equipamentos Principais ...................................... 16 5.3.3 Emissões Tratamento dos Gases da Combustão................................ 18 5.3.4 Principais Equipamentos e Sistemas Auxiliares Mecânicos ................ 18 5.3.5 Sistemas e Equipamentos Elétricos ..................................................... 21 5.3.6 Conexão da UTE Tijucas ao Sistema Interligado Nacional (SIN) ........ 22 5.4 Índices de Indisponibilidade (TEIF E IP).................................. 22 5.5 Alternativas Locacionais ......................................................... 23 6 AREAS DE INFLUÊNCIA ................................................................. 24 6.1 Área Diretamente Afetada - ADA ............................................ 24 6.1.1 Meio Físico, Meio Biótico e Socioeconômico ....................................... 24 6.2 Área de Influência Direta - AID ............................................... 24 6.2.1 Meio Físico e Meio Biótico ................................................................... 25 6.2.2 Meio Socioeconômico .......................................................................... 25 6.3 Área de Influência Indireta - AII .............................................. 25 6.3.1 Meio Físico ........................................................................................... 25 6.3.2 Meio Biótico .......................................................................................... 25 6.3.3 Meio Socioeconômico .......................................................................... 26 7 DIAGNÓSTICO AMBIENTAL ........................................................... 26 7.1 Meio Físico ............................................................................. 26 7.1.1 Ambientação Geológica Regional ........................................................ 26 7.1.2 Ambientação Geomorfológica .............................................................. 29 7.1.3 Solos ..................................................................................................... 31 7.1.4 Recursos Minerais ................................................................................ 32 7.1.5 Hidrogeologia ....................................................................................... 33 7.1.6 Hidrometeorologia ................................................................................ 34 7.1.7 Qualidade das Águas Superficiais ....................................................... 37 7.1.8 Qualidade do Ar .................................................................................... 41 7.1.9 Níveis de Pressão Sonora .................................................................... 42 7.2 Meio Biótico ........................................................................... 42 7.2.1 Fauna.................................................................................................... 42 7.2.2 Objetivo Geral do Estudo ..................................................................... 42 7.2.3 Flora...................................................................................................... 77 7.3 Meio Socioeconômico ............................................................ 87 7.3.1 Terras Indígenas .................................................................................. 90 7.3.2 Aspectos Populacionais ....................................................................... 90 7.3.3 Saúde ................................................................................................... 91 7.3.4 Educação .............................................................................................. 92 7.3.5 Infraestrutura ........................................................................................ 93 7.3.6 Aspectos Econômicos .......................................................................... 96

6.1.1 1 APRESENTAÇÃO 1 2 JUSTIFICATIVA 2 · passada de uma forma acessível e de fácil compreensão ao leitor. Serão ... desenvolvimento do sistema de produção energético no

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RIMA – Usina Termelétrica Tijucas. Responsável Técnico: Geol. Erik Wunder – CREA/SC 074327-0 Página I

1 APRESENTAÇÃO ............................................................................. 1

1.1 Empreendedor .......................................................................... 1

1.2 Empresas Consultoras e Equipe Técnica .................................. 2

2 JUSTIFICATIVA ............................................................................... 2

3 ASPECTOS LEGAIS .......................................................................... 5

3.1 Unidades de Conservação ........................................................ 9

3.2 Planos e Programas Governamentais ..................................... 10

4 LOCALIZAÇÃO E ACESSOS ............................................................. 13

5 CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO E ALTERNATIVAS

LOCACIONAIS ........................................................................................... 14

5.1 Descrições Gerais ................................................................... 14

5.2 Combustível Principal e Reagentes ........................................ 15

5.3 Concepção Térmica da Termoelétrica .................................... 16

5.3.1 Ciclo Termodinâmico ............................................................................ 16 5.3.2 Características dos Equipamentos Principais ...................................... 16 5.3.3 Emissões Tratamento dos Gases da Combustão ................................ 18 5.3.4 Principais Equipamentos e Sistemas Auxiliares Mecânicos ................ 18 5.3.5 Sistemas e Equipamentos Elétricos ..................................................... 21 5.3.6 Conexão da UTE Tijucas ao Sistema Interligado Nacional (SIN) ........ 22

5.4 Índices de Indisponibilidade (TEIF E IP).................................. 22

5.5 Alternativas Locacionais ......................................................... 23

6 AREAS DE INFLUÊNCIA ................................................................. 24

6.1 Área Diretamente Afetada - ADA ............................................ 24

6.1.1 Meio Físico, Meio Biótico e Socioeconômico ....................................... 24

6.2 Área de Influência Direta - AID ............................................... 24

6.2.1 Meio Físico e Meio Biótico ................................................................... 25 6.2.2 Meio Socioeconômico .......................................................................... 25

6.3 Área de Influência Indireta - AII .............................................. 25

6.3.1 Meio Físico ........................................................................................... 25 6.3.2 Meio Biótico .......................................................................................... 25 6.3.3 Meio Socioeconômico .......................................................................... 26

7 DIAGNÓSTICO AMBIENTAL ........................................................... 26

7.1 Meio Físico ............................................................................. 26

7.1.1 Ambientação Geológica Regional ........................................................ 26 7.1.2 Ambientação Geomorfológica .............................................................. 29 7.1.3 Solos ..................................................................................................... 31 7.1.4 Recursos Minerais ................................................................................ 32 7.1.5 Hidrogeologia ....................................................................................... 33 7.1.6 Hidrometeorologia ................................................................................ 34 7.1.7 Qualidade das Águas Superficiais ....................................................... 37 7.1.8 Qualidade do Ar .................................................................................... 41 7.1.9 Níveis de Pressão Sonora .................................................................... 42

7.2 Meio Biótico ........................................................................... 42

7.2.1 Fauna.................................................................................................... 42 7.2.2 Objetivo Geral do Estudo ..................................................................... 42 7.2.3 Flora...................................................................................................... 77

7.3 Meio Socioeconômico ............................................................ 87

7.3.1 Terras Indígenas .................................................................................. 90 7.3.2 Aspectos Populacionais ....................................................................... 90 7.3.3 Saúde ................................................................................................... 91 7.3.4 Educação .............................................................................................. 92 7.3.5 Infraestrutura ........................................................................................ 93 7.3.6 Aspectos Econômicos .......................................................................... 96

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7.3.7 Turismo ................................................................................................. 98 7.3.8 Pesquisa de Campo ............................................................................. 99

8 AVALIAÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS ..................................... 106

8.1 Metodologia Identificação de Impactos Ambientais ............... 106

8.1.1 Metodologias espontâneas (Ad Hoc) ................................................. 106 8.1.2 Sobreposição de mapas (Overlay mapping) ...................................... 106 8.1.3 Matrizes de correlação ....................................................................... 106 8.1.4 Redes de interação (Networks) .......................................................... 106 8.1.5 Modelos de simulação ........................................................................ 106

8.2 Identificação, Descrição e Avaliação de Impactos ................. 109

8.3 Caracterização dos Impactos Ambientais ............................. 109

8.3.1 Fase de Planejamento ....................................................................... 109 8.3.2 Fase de Implantação .......................................................................... 111 8.3.3 Fase de Operação .............................................................................. 119 8.3.4 Fase de Desmobilização .................................................................... 127

9 PROGRAMAS AMBIENTAIS ......................................................... 134

10 ANÁLISE DE RISCOS E ACIDENTES ............................................... 134

10.1 Etapa I – Análise exploratória ............................................... 135

10.1.1 Fase de Construção ........................................................................... 135 10.1.2 Fase de Operação .............................................................................. 136

10.2 Etapa II – Análise Quali-quantitativa ..................................... 138

10.2.1 Estimativa de Frequência ................................................................... 138 10.2.2 Estimativa da Magnitude .................................................................... 138 10.2.3 Estimativa do Risco ............................................................................ 138

10.3 Gerenciamento de Riscos e Acidentes Ocupacionais e

Ambientais ........................................................................................ 140

11 CONCLUSÕES ............................................................................. 141

12 GLOSSÁRIO ................................................................................ 144

13 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................... 148

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1 APRESENTAÇÃO

O Relatório de Impacto Ambiental – RIMA, foi elaborado por uma

equipe multidisciplinar coordenada pela empresa Estelar Engenheiros

Associados Ltda., com base no Termo de Referência – TR,

protocolizado na FATMA em julho de 2011 e aprovado por meio do

Ofício DILIC/GEAIA n° 3661/2011. O objetivo é avaliar os possíveis

impactos ambientais causados pelo empreendimento visando à

obtenção da Licença Ambiental Prévia.

Os levantamentos preliminares das informações para este estudo

tiveram como base de dados o reconhecimento e levantamento a

campo, dados secundários, visando à identificação e a análise de

possíveis impactos ambientais, que se por ventura venham a ocorrer,

acompanhados de programas e propostas de possíveis medidas

mitigadoras e compensatórias.

O RIMA é uma síntese das informações que se encontram no EIA,

passada de uma forma acessível e de fácil compreensão ao leitor.

Serão evidenciados neste sentido, os aspectos mais importantes,

considerando principalmente os resultados obtidos nos estudos, e, os

possíveis impactos provenientes do empreendimento nas etapas de

planejamento, implementação, operação e desmobilização do mesmo.

1.1 Empreendedor

Quadro 1.1 – Empresa Empreendedora

Empreendedor

TIJUCAS GERADORA DE ENERGIA S/A

Endereço: Av Trompowsky, n° 351 Sala 802 parte

Centro – Florianópolis – SC

CEP: 88015 - 300

CNPJ: 13.414.072/0001-27

Representante Legal: Aires Watzko

Contato: (48) 3203-7650

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1.2 Empresas Consultoras e Equipe Técnica

Quadro 1.2 – Empresas Consultoras e Equipe Técnica

2 JUSTIFICATIVA

O setor energético brasileiro teve em 2001 o ano marco de

racionamento de energia elétrica. Neste ano, a expansão foi

significativamente reduzida, e a sociedade vivenciou um quadro gerado

pela incapacidade do sistema atender a demanda energética, resultado

principalmente da falta de investimentos na ampliação do quadro da

produção de energia nacional.

No que tange o planejamento da expansão do setor elétrico, este, foi

produzido pela Empresa de Pesquisa Energética – EPE, que prevê a

diversificação da matriz da energia elétrica, historicamente concentrada

na geração por meio de fonte hidráulica. Um dos principais objetivos

desta decisão era reduzir a relação de dependência existente entre

volume produzido e condições hidrológicas (ou nível pluviométrico na

cabeceira dos rios que abrigam estas usinas).

Neste sentido, a viabilidade econômica das termelétricas a gás natural

se expressa pela disponibilidade de gás natural, que conforme a

Petrobras, não apresenta nenhum obstáculo. O cenário também é

positivo no que tange à venda da geração de energia termelétrica, que

em grande parte, ocorre em função do Preço de Liquidação das

Diferenças (PLD), o qual em níveis atuais remunera o gerador de forma

satisfatória.

Sendo assim, investimentos em termelétricas a gás natural no Brasil

apresentam-se como uma alternativa bastante positiva principalmente

Empresa Nome Formação Nº ConselhoCadastro

IBAMA

Erik Wunder Geólogo (M.Sc.) CREA-SC: 074327-0 5320221

Rodrigo KernEng. Sanitarista e

Ambiental (M.Sc.)CREA-SC: 079175-9 1296319

Ana Paula de Freitas Plácido Geógrafa (M.Sc.) CREA-SC: 084633-8 2020468

José Neto Eng. Eletricista CREA-SC: 010957-4 5816001

Mauren Marques Domit Geóloga CREA-SC:091815-3 5683078

Christian Kist Engenheiro Mecânico CREA-SC: 088361-8 5708705

Edemilson Luiz Rangel Júnior Eng. Eletricista CREA-SC: 106.538-0 5812795

Edegar Júnior Projetista - 5783436

Rodrigo Luís Custódio Batista Projetista - 5783775

Priscila Bogo PessiniEstagiária Eng.

Sanitarista e Ambiental- 5708685

Bruno ZanduzzoEstagiário Eng.

Sanitarista e Ambiental- 5808124

Leandro Reinhold Baucke Biólogo (M.Sc.) CRBio: 45278-03D 662084

Gladis Blanger Canello Bióloga CRBio 053294-03D 5173257

Diego Ricardo Bressan Engenheiro Florestal CREA-SC: 103576-5 5487564

Marcos Rodrigo De Marco Biólogo CRBIO: 045236-03D 1544791

ESTELAR ENGENHEIROS

ASSOCIADOS

IMPACTO ASSESSORIA

AMBIENTAL LTDA.

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em regiões com baixo potencial hidrológico, o que representa uma

opção viável em termos econômicos. A recente descoberta de reservas

de gás natural (GN) e prospecção de áreas propícias proporcionam

também uma perspectiva positiva no uso de gás natural para geração

de energia tanto nacional quanto em países vizinhos como Bolívia,

Argentina e Peru, que são detentores de grandes reservas, o que

intensifica o comércio entre o Brasil e esses países.

Desta maneira, a UTE Tijucas torna-se uma alternativa viável e

estratégica para o município de Tijucas, representando um

investimento importante no Estado de Santa Catarina. Entre as

vantagens adicionais deste empreendimento está o fato de apresentar

um prazo relativamente curto de maturação, flexibilidade para o

atendimento de cargas de ponta e apresenta menores níveis de

impactos negativos, tanto sociais, como ambientais. Além disso, como

é previsto para a UTE Tijucas, comumente ocorre com as termelétricas

a gás natural, podem ser construídas em menor tempo com uma

viabilidade econômica maior.

O funcionamento da UTE Tijucas, portanto irá contribuir para o

desenvolvimento do sistema de produção energético no Estado que,

entre 2007 e 2008, apresentou um decréscimo de 4,1% na produção

energética geral, segundo fontes do IBGE (1992-2010). No que se

refere a sua localização (município de Tijucas), a logística de

implantação e operacionalização da UTE, é favorecida pela

proximidade com o gasoduto da TBG (Transportadora Brasileira de

Gasoduto), distando-se cerca de 2 km. Outro benefício é a proximidade

com a subestação já existente, cerca 0,9 km de distância da UTE,

facilitando também o transporte e manuseio do combustível, neste

caso, por gasoduto, não influenciando assim o tráfego do local.

Para a população de Tijucas e municípios próximos, a implantação da

UTE propiciará retornos socioeconômicos, e, seu funcionamento

contribuirá com 56 MW de energia, fornecida a um importante pólo

industrial de Santa Catarina. Além disso, trará status ao município,

atraindo novos investimentos à região, favorecendo a geração de

novos empregos, gerando estímulos ao comércio e ao setor turístico da

cidade.

Quando analisados os aspectos ambientais, uma das primeiras

questões apontadas é a relação entre os gases de emissão e a

poluição atmosférica. Entretanto, o gás natural é um combustível

constituído de hidrocarbonetos leves e a sua combustão é mais limpa.

Os gases de combustão são emitidos em baixas concentrações,

resultando em pequena ou nenhuma necessidade de tratamento de

gases, conforme os limites de emissão estabelecidos pela legislação

vigente.

Do mesmo modo que, no que tange a segurança, o gás natural não

requer estocagem, amenizando dessa forma os riscos que envolvem

vazamentos. E, por ser mais leve que o ar, se dissipa rapidamente na

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atmosfera no caso da ocorrência de vazamentos, caracterizando-se

como de baixo impacto ambiental, quando comparada às demais.

Outra vantagem da usina movida a gás é a área ocupada, dispensando

locais de estocagem de combustível, como é o caso de termelétricas à

carvão ou à óleo.

A opção selecionada para a área de implantação da UTE Tijucas

apresentou-se como a mais viável do ponto de vista ambiental,

justificada principalmente pelo fato da usina estar localizada em uma

área outrora utilizada por atividades extrativistas, desprovida de

vegetação, próxima de empreendimentos no ramo da cerâmica e

olarias, e, afastada de fragmentos de mata preservados e da

concentração urbana do município. Além disso, de acordo com os

estudos realizados na região selecionada, o regime de ventos

apresenta-se desfavorável à dispersão atmosférica, o que significa que

possivelmente somente as regiões mais próximas à usina sejam

influenciadas pelas partículas e gases de emissão. Ainda assim, o

cenário de concentração de emissão menos favorável ao meio

ambiente, apresenta concentrações expressivamente inferiores ao

máximo determinado nos padrões de qualidade do ar.

Frente aos aspectos supracitados o gás natural tem se mostrado como

a melhor opção energética de combustível, face à necessidade de

reduzir os problemas ambientais associados à queima dos

combustíveis fósseis, o que incentiva a instalação da UTE Tijucas no

município. A substituição de outros combustíveis fósseis pelo gás

natural tende a ser motivada por uma legislação ambiental mais

restritiva aos combustíveis poluidores, abrindo espaço para a maior

participação do gás natural na matriz energética. Essa é uma tendência

mundial, permanecendo o gás natural como combustível de transição

até que surja uma nova tecnologia com menor impacto ambiental.

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3 ASPECTOS LEGAIS

Legislação Federal Aplicável

Referência Legal Conteúdo Aplicabilidade

Constituição Federal

Em seu Artigo 225 enuncia que “Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de

uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade

o dever de defendê-lo para as presentes e futuras gerações".

O empreendimento, respeita a Constituição Federal, cumprindo com as

leis ambientais brasileiras que se referem à proteção ambiental e objetiva

a preservação do ambiente.

Lei Federal

6.766/1979 Dispõe sobre o parcelamento do solo urbano e dá outras providências.

A área de implantação da UTE Tijucas encontra-se de acordo com esta lei

e as leis municipais, especificamente com o Plano Diretor, portanto, não

há restrições legais quanto à instalação do empreendimento.

Lei Federal

4.771/1965

Estabelece o Novo Código Florestal brasileiro, especificando proteção à flora, além de estabelecer as

áreas de preservação permanente (APP), determinando ainda, que as florestas existentes no território

nacional e as demais formas de vegetação, reconhecidas de utilidade às terras que revestem, são bens

de interesse comum a todos seus habitantes.

A implantação da UTE Tijucas está de acordo com os termos da lei, uma

vez que não interfere nas áreas de preservação permanente, pois a área

na qual será implantado o empreendimento se encontra desprovida de

vegetação.

Lei Federal

9.427/1996

Institui a Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL e disciplina o regime de concessões de serviços

públicos de energia elétrica e dá outras providências. Neste caso, a UTE Tijucas está de acordo com as disposições da ANEEL.

Lei Federal

9.478/1997 Dispõe sobre a política energética nacional e dá outras providências.

Neste caso, a UTE Tijucas enquadra-se nas diretrizes da política

energética Nacional.

Lei Federal

9.605/1998

Dispõem sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio

ambiente, regulamentada pelo Decreto nº 3.179 de 21 de setembro de 1999. Definem a aplicação de

multas e demais instrumentos punitivos aos agressores do meio ambiente, especificando em seu capítulo

V, Seções I e II, os crimes e punições referentes a agressões sobre a fauna e flora respectivamente.

A UTE Tijcas primará em seguir a melhor conduta possível na execução

de suas atividades.

Lei Federal

9.795/1999

Dispõe sobre a educação ambiental, institui a Política Nacional de Educação Ambiental e dá outras

providências.

Nos Programas do EIA/RIMA da UTE especifica-se o Programa de

Educação e Comunicação Ambiental a ser desenvolvido pelo

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empreendimento.

Lei Federal

9.985/2000

Institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza –SNUC, estabelecendo critérios e

normas para a criação, implantação e gestão das unidades de conservação.

A área de implantação da UTE Tijucas não pertence a nenhuma Unidade

de Conservação da Natureza, conforme informações da Secretaria de

Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano da Prefeitura Municipal de

Tijucas, 2013, não há UCs no município.

Lei Federal

10.257/2001

Regulamenta os arts. 182 e 183 da Constituição Federal estabelecendo diretrizes gerais da política

urbana e dá outras providências.

A área de implantação da UTE Tijucas localiza-se Zona Rural de Terra

Nova e Macrozona Urbana 2, segundo o Plano Diretor Municipal, atende

ao zoneamento urbano estabelecido.

Lei 12.651/2012

Dispõe sobre a proteção da vegetação nativa; altera as Leis nos 6.938, de 31 de agosto de 1981, 9.393,

de 19 de dezembro de 1996, e 11.428, de 22 de dezembro de 2006; revoga as Leis n° 4.771, de 15 de

setembro de 1965, e n° 7.754, de 14 de abril de 1989, e a Medida Provisória no 2.166-67, de 24 de

agosto de 2001; e dá outras providências.

O empreendimento atenderá a lei, entretanto, o terreno no qual será

instalado encontra-se desprovido de cobertura vegetal.

Decreto 96.652/1988 Aprova o plano nacional de energia elétrica 1987/2010 – plano 2010. fixa diretrizes e normas para

concessão ou autorização de centrais geradoras de energia elétrica no país e dá outras providências. Nesse caso, aplica-se à UTE Tijucas.

Decreto 3.371/2000 Institui, no âmbito do Ministério de Minas e Energia, o programa prioritário de termeletricidade e dá outras

providências. Nesse caso, aplica-se à UTE Tijucas.

Resolução CONAMA

001/1986

Dispõe sobre critérios básicos e diretrizes gerais para a avaliação de impacto ambiental. Define as

situações e estabelece os requisitos e condições para o desenvolvimento de Estudo de Impacto

Ambiental - EIA e respectivo Relatório de Impacto Ambiental – RIMA.

A elaboração do presente EIA/RIMA seguiu as diretrizes estabelecidas por

esta Resolução.

Resolução CONAMA

005/1989

Dispõe sobre o Programa Nacional de Controle da Poluição do Ar – PRONAR. Complementada pelas

Resoluções nº 03/1990, nº 08/1990, e nº 436/2011. Estabelece definições, diretrizes, padrões nacionais

de qualidade do ar, prevenção de deterioração significativa da qualidade do ar, monitoramento da

qualidade do ar, gerenciamento do licenciamento de fontes de poluição do ar, inventário nacional de

fontes e poluentes do ar, desenvolvimento nacional na área de poluição do ar, gestão política e ações de

A UTE instalada estará em concordância com o estipulado pelos órgãos

ambientais competentes.

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curto, médio e longo prazo.

Resolução CONAMA

001/1990

Dispõe sobre critérios de padrões de emissão de ruídos decorrentes de quaisquer atividades industriais,

comerciais, sociais ou recreativas, inclusive as de propaganda política.

Os níveis de ruído produzidos no período de operação da UTE respeitarão

os limites estabelecidos pela NBR-10.152 – Níveis de Ruído para conforto

acústico, da associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT.

Resolução CONAMA

003/1990: Dispõe sobre padrões de qualidade do ar, previstos no PRONAR.

Em operação, a usina irá emitir gases como Óxido e Dióxido de

Nitrogênio, Monóxido e Dióxido de Carbono, Hidrocarbonetos e materiais

particulados, todos em conformidade com a concentração máxima

permitida pela lei, sujeitas as restrições estabelecidas pelo órgão estadual

competente

Resolução CONAMA

013/1990:

Dispõe sobre normas referentes às atividades desenvolvidas no entorno das Unidades de Conservação,

objetivando a proteção dos ecossistemas.

A área de implantação da UTE não pertence a nenhuma Unidade de

Conservação da Natureza, conforme informações da Secretaria de Meio

Ambiente e Desenvolvimento Urbano da Prefeitura Municipal de Tijucas,

2013, não há UCs no município.

Resolução CONAMA

307/2002 Estabelece diretrizes, critérios e procedimentos para a gestão dos resíduos da construção civil.

Para a instalação e desmobilização da UTE, serão seguidos todos os

procedimentos estabelecidos nesta lei.

Resolução CONAMA

357/2005

Dispõe sobre a classificação dos corpos de água e diretrizes ambientais para seu enquadramento, bem

como estabelece as condições e padrões de lançamento de efluentes e dá outras providências

O empreendimento instalado atenderá a estas condições, e estará em

concordância com o estipulado pelos órgãos ambientais competentes.

Portaria MINTER

092/1980 Estabelece critérios e diretrizes quanto à emissão de sons e ruídos

O nível de ruídos do empreendimento em operação será adequado ao

zoneamento municipal, em atendimento a esta portaria.

Portaria IPHAN

230/2002

Estabelece procedimentos para compatibilizar os estudos arqueológicos com as licenças ambientais de

empreendimentos potencialmente capazes de afetar o patrimônio arqueológico.

Em relação ao empreendimento em estudo, encaminhou-se o plano de

levantamento arqueológico sistemático e encontra-se sob o Processo

01510.002318/2012-80.

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Legislação Estadual Aplicável

Referência Legal Conteúdo Aplicabilidade

Constituição Estadual

de 1989

Capitulo VI – do Meio Ambiente estabelece em seu artigo 181 que “todos têm o direito ao meio ambiente

ecologicamente equilibrado impondo-se ao poder público e à coletividade o dever de defendê-lo para as

presentes e futuras gerações”. No artigo 182 item v, fica estabelecido que o Estado deve exigir, para a

instalação de obra ou atividade potencialmente causadora de degradação ambiental, estudos prévios de

impacto ambiental a que se dará publicidade.

O empreendimento respeita a Legislação Estadual, cumprindo com as

leis ambientais que se referem à proteção ambiental objetivando a

preservação do ambiente. Assim como, realiza estudos ambientais de

acordo com o que determina a lei.

Lei 14.675/2009 Institui o Código Estadual do Meio Ambiente.

O empreendimento respeita a Legislação Estadual e Municipal,

cumprindo com as leis ambientais que se referem à proteção

ambiental objetivando a qualidade do meio ambiente.

Lei 13.557/2005: Dispõe sobre a Política Estadual de Resíduos Sólidos do Estado de Santa Catarina e adota outras

providências.

O empreendimento em todas as etapas, atenderá o solicitado

constante na Política Estadual de Resíduos Sólidos de Santa

Catarina.

Resolução

CONSEMA 003/2008

Aprova a Listagem das Atividades Consideradas Potencialmente Causadoras de Degradação Ambiental

passíveis de licenciamento ambiental pela Fundação do Meio Ambiente – FATMA e a indicação do

competente estudo ambiental para fins de licenciamento. Neste caso, a UTE Tijucas identifica-se de acordo

com a listagem em médio porte (10 <P <= 70 : médio (EIA)

Conforma a IN 65 (Atividades Diversas) o empreendimento se

enquadra: 34.11.00 – Produção de Energia Termelétrica

Pot. Poluidor/Degradador : Ar: G Água: M Solo: M Geral: G

Porte: P <= 10 : pequeno (EAS)

10 <P <= 70 : médio (EIA)

P > 70 : grande (EIA)

Instrução Normativa

FATMA nº 65:

Define a documentação necessária ao licenciamento e estabelece critérios para a apresentação dos planos,

programas e projetos ambientais para a implantação de atividades, incluindo tratamento de resíduos líquidos,

tratamento e disposição de resíduos sólidos, ruídos, vibrações e outros passivos ambientais.

Os estudos necessários realizados tanto para a elaboração do

EIA/RIMA, quanto para o licenciamento da UTE Tijucas como um

todo, encontram-se totalmente adequados aos critérios estabelecidos

por lei vigente.

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Legislação Municipal Aplicável

Referência Legal Conteúdo Aplicabilidade

Lei Complementar Nº 5/2010 Dispõe sobre o Plano Diretor Participativo e dá outras Providências

Em consulta à prefeitura municipal de Tijucas as leis municipais, especificamente

suas Leis Orgânicas e Plano Diretor, não há restrições legais quanto à instalação

do empreendimento. Diante disto, se reporta à anuência prévia de uso do solo do

município de Tijucas, a qual declara a inexistência de óbices quanto ao uso e

ocupação do solo pelo empreendimento a ser instalado no local. O Terreno da

UTE localiza-se na Macrozona Rural Terra Nova e o sistema Adutor de Água na

Macrozona de Expansão Urbana 2.

3.1 Unidades de Conservação

Conforme a pesquisa realizada e de acordo com a lista Unidades de

Conservação do estado de Santa Catarina da ICMBio, o local de

implementação do empreendimento não está situado em áreas

circundantes de UCs.

A Unidade de Conservação mais próxima ao empreendimento, dista-se

cerca de 15,5 km, e denomina-se Área de Relevante Interesse

Ecológico - ARIE Costeira de Zimbros, classificada na categoria de

Unidade de Conservação de uso sustentável, ou seja, busca conciliar o

uso dos recursos naturais com o equilíbrio ecológico. A ARIE localiza-

se no município de Bombinhas, entre as coordenadas geográficas de

latitude 27º06’34”S e 27º12’38”S e longitude 48º30’24” W e 48º34’40”

W , limitando-se a norte e oeste com o município de Porto Belo, a sul

com o município de Tijucas e a leste com o Oceano Atlântico.

A figura a seguir representa a distância do empreendimento até a ARIE

Costeira de Zimbros, e, mostra a ausência de Unidades de

Conservação em um raio de 10 km no entorno do empreendimento.

Figura 3.1 – Unidade de Conservação mais próxima da UTE Tijucas.

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3.2 Planos e Programas Governamentais

As informações acerca dos Planos e Programas Governamentais

existentes no município de Tijucas foram obtidas mediante contato

direto com a Prefeitura Municipal. Além disso, também foram obtidas

informações por meio do site dos Ministérios de Planejamento,

Orçamento e Gestão e Ministério do Desenvolvimento Social e

Combate à Fome.

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Projetos/AçõesProgramasEsfera do Governo

Programa Nacional de Fortalecimento da

Agricultura Familiar - PRONAF

Gov.

Fed

eral

Miistério do Desenvolvimento

Agrário

O Programa financia projetos individuais ou coletivos, gerem renda aos agricultores, familiares e

assentados da reforma agrária. Atua de forma direta no município de Tijucas, tornando viáveis

muitos dos projetos desenvolvidos pela Secretaria Municipal de Agricultura, Pesca e Meio

Ambiente.

O Programa atende a 18 escolas públicas, sendo 11 localizadas no perímetro urbano e 7 na área

rural do município, disponibilizando livros didáticos e acervos de obras literárias, complementares e

dicionários.

No município atende 27 entidades entre creches, escolas e centros de ensino, disponibilizando

obras literárias e matérias que visam apoiar a educação básica.

A Provinha Brasil entra em consonância com a meta de que todas as crianças até 8 anos devem

saber ler, prevista no Plano de Metas Compromisso Todos pela Educação da Rede Municipal de

Ensino de Tijucas, conforme o Decreto nº 801/2013.

Construção de UBS do Ministério da Saúde (Unidade Básica de Saúde de Morretes) em fase de

finalização;

Construção do CEO (Centro de Especialidades Odontológicas);

Reforma de Unidades Básicas de Saúde (Unidade de Saúde Orlando Barreto e Unidade de Saúde

Dona Calina) em fase realização de projeto;

Construção UPA (Unidade de Pronto Atendimento) em fase de realização do projeto. Este Serviço,

conforme a Secretaria de Saúde tem o objetivo de diminuir as filas nos prontos-socorros dos

hospitais, evitando que casos que possam ser resolvidos nas UPAS, ou unidades básicas de

saúde, sejam encaminhados para as unidades hospitalares.

Infraestrutura Logística, que envolvem a construção e ampliação de rodovias, ferrovias, portos,

aeroportos e hidrovias;

Infraestrutura Energética, correspondente à geração e transmissão de energia elétrica, produção,

exploração e transporte de petróleo, gás natural e combustíveis renováveis;

Infraestrutura Social e Urbana, que engloba saneamento, habitação, metrôs, trens urbanos,

universalização do programa Luz para todos e recursos hídricos.

O Programa Bolsa Família visa o auxílio financeiro às famílias que se enquadram em situação de

pobreza e de extrema pobreza, com renda per capita inferior a R$ 70,00 mensais. No município de

Tijucas, são atendidas pelo Programa 670 famílias.

Os Benefícios Eventuais e os Benefícios de Prestação Continuada (BPC) compõem a Proteção

Social Básica, dada a natureza de sua realização. No contexto de Tijucas, atualmente são

atendidas 226 pessoas com deficiência e 115 idosos pelo Benefício de Prestação Continuada.

De acordo com o Relatório de Informações de Proteção Social Especial (2013), Tijucas tem 291

crianças/adolescentes inseridas no Cadastro Único vinculadas ao Programa de Erradicação do

Trabalho Infantil (PETI). O programa objetiva a retirada de crianças e adolescentes, menores de 16

anos, expostas às práticas de trabalho infantil.

Programa Nacional Livro Didático – PNLD

Programa Nacional Biblioteca da Escola –

PNBE

Provinha Brasil –INEP

Ministério da Saúde

Programa Nacional de Fortalecimento da

Agricultura Familiar - PRONAF

Programa de Aceleração do Crescimento -

PAC

Programa de Proteção Social Básica

Programa de Proteção Social Especial -

PSE

Programa Bolsa Família

Ministério da Educação

Ministério do Planejamento,

Orçamento e Gestão

Gov.

Fed

eral

Ministério do Desv. Social e

Combate a Fome

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Gov.

Est

adual

Em relação aos Planos e Programas em âmbito Estadual, conforme informações disponibilizadas pelas Secretarias, não há, todavia incentivos ao município de Tijucas.

Gov.

Munic

ipal

Sec. Municipal de Saúde

Pauta suas ações na Atenção Básica em Saúde. Entre as atividades realizadas, consolida e efetiva

o Grupo da Estratégia Saúde da Família, realizando a assistência, prevenção e promoção à saúde

dos munícipes.

Destacam-se ainda os Programas de Erradicação ao Aedes Aegpty (mosquito da Dengue) e o

Programa DST/HIV. A vigilância Epidemiológica desenvolve, também, o Programa de atendimento

à tuberculose e hanseníase.

Núcleo de Apoio à Saúde da Família – NASF, e a participação de profissionais de Nutrição,

Psicologia, Educador Físico, Fisioterapeuta, Fonoaudiologista fazendo o matriciamento com as

equipes da Estratégia Saúde da Família.

A Vigilância Sanitária Municipal faz coleta de amostras, inspeciona os estabelecimentos que

comercializam, armazenam ou distribuem produtos como drogarias, ervanárias e afins.

estabelecimentos de ensino (creches, ensino médio), de estética e condicionamento físico, hotéis,

motéis, estabelecimentos relacionados aos serviços de saúde

Projeto Marca Turística de Tijucas, que visa levantar pontos turísticos, históricos e culturais, e,

verificar a potencialidade como incremento base ao Turismo Industrial, Turismo Artesanal e ao

Turismo Religioso.

Disponibilização de funcionário responsável pela pesca no município, visto que há 80 famílias que

sobrevivem exclusivamente da pesca artesanal. Além disso, alguns projetos são desenvolvidos

pela secretaria, a saber:

Arando a Terra

Melhoria Genética do Rebanho

Plantando Solidariedade

Otimização da Propriedade

Parque Municipal de Exposições

Mercado Público

Óleo Gerando Renda

"Peixe Fresco” – (Fábrica de Gelo)

Seminário Regional da Pesca

“Peixe Vivo”

Sec. Municipal de Indústria, Comércio e Turismo

Sec. Municipal de Agricultura, Pesca e Meio Ambiente*

Gov.

Munic

ipal

Sec. Municipal de Saúde

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4 LOCALIZAÇÃO E ACESSOS

A área de execução do empreendimento encontra-se em um terreno

localizado a aproximadamente 700 metros da rodovia SC-411 (Km 07),

na localidade de Nova Descoberta, município de Tijucas, Estado de

Santa Catarina.

Figura 4.1 – Espacialização do local de instalação da UTE, município de

Tijucas

Tijucas possui um território de 279,578 km2, é limitado ao norte, pelos

municípios de Camboriú e Porto Belo; ao sul por Biguaçu e Governador

Celso Ramos; a leste, pelo Oceano Atlântico e a oeste por Canelinha.

Em se tratando do percurso da Capital de Santa Catarina ao

empreendimento, pode-se seguir pela BR-101 no sentido norte do

estado, por 50 km até chegar à Sede Municipal de Tijucas. A partir daí

segue-se pela rodovia SC-411 por cerca de 10 km no sentido leste-

oeste, em direção ao município de Canelinha.

A via que dá acesso à UTE Tijucas a partir da SC-411 corresponde a

Rua Maria A. de Abreu Orsi, pertencente à localidade de Nova

Descoberta.

Figura 4.2 -Vias de acesso à UTE Tijucas.

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5 CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO E

ALTERNATIVAS LOCACIONAIS

5.1 Descrições Gerais

O objetivo da UTE Tijucas é gerar energia elétrica e fornecê-la para o

sistema interligado Sul como fonte de energia de reserva de potência.

A instalação da Usina decorrerá do resultado dos novos Leilões de

Energia no ambiente regulado e promovido pela ANEEL a partir do ano

de 2012.

O projeto proposto oferece benefícios significativos, dentre os quais,

cita-se a adição de uma reserva de potência de 56.054 kW, de geração

térmica confiável, na rede elétrica localizada no sub-mercado Sul.

Aponta-se, como outro benefício, a capacidade de proporcionar à

distribuidora de gás natural Petrobras - via contratação do fornecimento

de gás a UTE Tijucas - as condições financeiras que auxiliem na

viabilidade econômica e financeira para suprimento do gás natural

necessário para a geração de energia.

A UTE Tijucas será composta de 01 unidade motogeradora utilizando

gás natural em ciclo Brayton-Rankine combinado com 01 unidade

geradora utilizando vapor proveniente de uma caldeira de recuperação.

A conexão será realizada através da construção de uma linha de

transmissão de 138 kV com 900 m de extensão até a subestação

Tijucas da CELESC Distribuição.

O tipo de construção previsto para a UTE é modular, contando com um

centro de controle moderno e automatizado que permitirá a otimização

da operação de acordo com as necessidades de despacho de energia

elétrica.

Todos os equipamentos utilizados serão novos e fornecidos por

fabricantes nacionais e internacionais de qualidade e tradição de

fornecimento para empreendimentos desta natureza.

A figura a seguir apresenta um modelo de uma termelétrica com ciclo

combinado Brayton-Rankine com as características conceituais que

serão aplicadas na UTE Tijucas.

Figura 5.1 – Esquema de acoplamento da turbina a gás

com a HRSG

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Figura 5.2 – Casa de geradores e turbina a vapor

Fonte: Wärtsilä

A Figura 5.2 mostra um exemplo de estrutura para a turbina a vapor

com o gerador, também com características conceituais aplicadas na

UTE Tijucas.

Em relação ao sistema de refrigeração da UTE Tijucas, é um sistema

fechado que não requer uso constante de água de reposição. Uma vez

realizado o enchimento com água do sistema de refrigeração, não é

necessário mais adição, somente será necessária a reposição para

compensar pequenas perdas que possivelmente poderão ocorrer

durante sua operação.

O suprimento de água da UTE Tijucas inclui a captação de água do rio

Tijucas e bombeamento até a ETA (Estação de Tratamento de Água),

para que a água possa ser aproveitada no sistema, como pode ser

visualizado no desenho n° TGE-2C-DEAJ-003, em anexo ao final deste

estudo. A água proveniente da utilização no sistema retornará, por

bombeamento, ao rio Tijucas. O abastecimento de água potável para a

UTE Tijucas será por meio de uma ramificação do tanque de água

tratada. O consumo de água na usina durante a operação deverá

atender a demanda estabelecida para um contingente máximo de 30

funcionários, em função das atividades de manutenção e limpeza dos

prédios e dos usos em refeitórios e banheiros distribuídos pela planta

da usina.

5.2 Combustível Principal e Reagentes

A UTE Tijucas não necessitará do uso de reagentes para a geração de

energia elétrica. Quanto ao combustível principal, será utilizado gás

natural, suprido pela PETROBRAS através do gasoduto Bolívia-Brasil

de propriedade da Transportadora Brasileira Gasoduto Bolívia-Brasil

S.A – TBG, ilustrada na figura a seguir:

Figura 5.3 – Estação de Entrega de Gás da TGB em Tijucas – SC

Para interconectar a UTE Tijucas com a Estação de Entrega Tijucas

será construída uma tubulação margeando a Rodovia SC-411 e prevê

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a construção no local do empreendimento de um sistema de medição e

de válvulas de segurança (City Gate) para o atendimento pela

distribuidora do combustível – SCGÁS.

A Tijuca Geradora de Energia S.A., já iniciou as tratativas para a

obtenção do contrato de fornecimento de gás para a usina. As

especificações do gás natural devem seguir a Resolução ANP Nº 16,

de 17/06/2008, DOU 18/06/2008, da Agência Nacional do Petróleo. A

pressão de fornecimento do GN informado pela SCGás é de 5 kg/m² (5

bar).

5.3 Concepção Térmica da Termoelétrica

5.3.1 Ciclo Termodinâmico

A UTE Tijucas operará em ciclo Brayton-Rankine combinado. O

sistema contará com caldeira de recuperação, aproveitando as

propriedades térmicas da exaustão dos gases da turbina a gás para

fornecimento de vapor para a turbina a vapor.

5.3.2 Características dos Equipamentos Principais

A tabela a seguir apresenta os principais dados técnicos da UTE

Tijucas.

Tabela 5.1 - Dados da Central Geradora Termelétrica

5.3.2.1 Turbina a Gás

A usina foi previamente projetada para utilização de turbina a gás

modelo LM6000PC da fabricante GE. Entretanto, pode ser fornecido

por terceiros, desde que com potência igual ou superior e consumo

específico de gás compatível com o utilizado nas simulações

energéticas e financeiras. Na Tabela 5.2 estão descritas as

características técnicas da turbina a gás utilizada na UTE.

Características Dados Técnicos

Potência instalada total bruta 56.054 kW

Potência Líquida 54.990 kW

Consumo interno 1.064 kW

Rotação do eixo 3.600 rpm

Taxa de indisponibilidade forçada (TEIF) 2,40%

Indisponibilidade Programada (IP) 1,60%

“Heat Rate” (combustível principal) 7.456 kJ/kWh (LHV)

Consumo Específico na Geração Máxima 187,5 m³GN/MWh

Consumo de gás diário 252.200 m³/dia

Rendimento bruto total 49,22%

Rendimento líquido total 48,28%

Tanque de armazenamento de água desmineralizada200 m³

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Tabela 5.2 - Dados da Central Geradora Termelétrica

5.3.2.2 Turbina a Vapor

A turbina a vapor projetada para ser aproveitada neste sistema segue

as características descritas na tabela a seguir

Tabela 5.3 - Dados da Central Geradora Termelétrica.

5.3.2.3 Gerador Elétrico – Turbina a Gás

A Tabela a seguir apresenta os dados principais que caracterizam o

gerador elétrico a ser utilizado na turbina a gás da UTE Tijucas.

Tabela 5.4 - Principais dados do Gerador Elétrico.

5.3.2.4 Gerador Elétrico – Turbina a Vapor

A Tabela 5.5 apresenta os dados principais que caracterizam o gerador

elétrico a ser utilizado na turbina a vapor da UTE Tijucas.

Tabela 5.5 - Principais Dados do Gerador Elétrico.

Características Dados Técnicos

Quantidade 1

Potência bruta 38.998 kW

Rendimento bruto 39,00%

“Heat Rate” (LHV) 9.230 kJ/kWh

Fluxo de saída dos gases 423 t/h

Temperatura de saída dos gases 444°C

Valor bruto de energia calorífica do combustível (HHV) 110.493 kWth

Valor líquido de energia calorífica do combustível (LHV) 99.989 kWth

Características Dados Técnicos

Quantidade 1

Potência bruta 17.056 kW

Rendimento bruto 28,74%

Eficiência da Caldeira de Recuperação de Calor 86,30%

Valor bruto de energia calorífica do combustível (HHV) para os

queimadores no duto de gás (Duct-Burners)15.429 kWth

Valor líquido de energia calorífica do combustível (LHV) para os

queimadores no duto de gás (Duct-Burners)13.905 kWth

Valor líquido de energia calorífica do combustível (LHV) nos Duct-

Burners + Calor Sensível de Entrada da Caldeira de Recuperação de

Calor68.779 kW

Características Dados Técnicos

Tipo Síncrono – três fases

Potência 48.750 kVA

Fator de Potência 0,8

Voltagem Nominal 13,80 kV

Faixa de ajuste de voltagem ± 5 %

Freqüência 60 Hz

Rotação 3600 rpm

Características Dados Técnicos

Tipo Síncrono – três fases

Potência 22.500 kVA

Fator de Potência 0,8

Voltagem Nominal 13,80 kV

Faixa de ajuste de voltagem ± 5 %

Freqüência 60 Hz

Rotação 1800 rpm

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5.3.3 Emissões Tratamento dos Gases da Combustão

Na operação, a principal fonte de emissão de gases de combustão da

UTE Tijucas será a chaminé da caldeira de recuperação, tendo em

vista que os gases são aproveitados da combustão na turbina.

A Tabela a seguir, apresenta a concentração dos principais gases e de

material particulado na queima de gás natural para a produção de

energia elétrica.

Tabela 5.6 – Fatores de Emissão de Poluentes Atmosféricos

Para este estudo foi verificada a adequação das concentrações dos

gases de emissão, para tanto, realizou-se um estudo de dispersão de

emissões atmosféricas, basedo no modelo AERMOD. Conforme a

modelagem realizada, as concentrações dos gases, analisadas em seu

pior cenário de emissão, não ultrapassaram o limiar proposto pela

legislação vigente. Os resultados mostraram que todos os padrões de

qualidade do ar aplicados são respeitados os compostos avaliados,

validando ambientalmente o empreendimento sob a perspectiva da

qualidade do ar, sem a necessidade de um sistema de tratamento de

gases. De qualquer maneira, quando em funcionamento, todas as

emissões serão controladas.

5.3.4 Principais Equipamentos e Sistemas Auxiliares Mecânicos

5.3.4.1 Sistema de Admissão de Gás

A principal função do sistema é estabelecer a operação adequada do

fluxo de gás para a câmara de combustão, bem como para a caldeira

de recuperação. Assim, é possível manter o controle da pressão e grau

de pureza exigido pelos fabricantes dos equipamentos.

5.3.4.2 Sistema de Óleo Lubrificante

O sistema possibilita a lubrificação de todas as partes móveis da

turbina, providenciando resfriamento e filtragem do óleo lubrificante,

assim como estocagem de óleo usado e óleo novo. As partes principais

do sistema de óleo lubrificante são: unidade separadora, tanque de

armazenamento de óleo novo e óleo usado, unidades de

bombeamento, tubulações e válvulas específicas.

O consumo previsto de óleo lubrificante para a condição de operação

total da usina é de 200 l/min. A capacidade dos tanques de

armazenagem para a lubrificação das partes móveis do conjunto

turbina/gerador a gás é de 3.000 litros, o que permite a operação

ininterrupta da usina por um período de 10 meses.

Gases de Emissão Concentração

Óxido de Nitrogênio – NOx (mg/Nm³) 51 (Ref 15% O2)

NOx do Dióxido de Nitrogênio (NO2) – (kg/h) 15

Monóxido de Carbono – CO (mg/Nm3) 22 (Ref 15% O2)

Monóxido de Carbono – CO (kg/h) 6,62

Dióxido de Carbono (CO2) – (kg/h) 20.452

Hidrocarbonetos – HC (mg/Nm³) 2 (Ref 15 vol-% O2)

Hidrocarbonetos – HC (kg/h) 0,45

SOx do Dióxido de Enxofre (SO2) – (kg/h) 0

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5.3.4.3 Sistema de Refrigeração

A principal função do sistema é estabelecer resfriamento adequado ao

gerador e realizar a transferência de calor exigido no condensador.

Este sistema apresenta circuito fechado de refrigeração onde a água

aquecida do condensador e do gerador são resfriadas sem descarte.

O fluxograma do sistema de resfriamento da UTE Tijucas pode ser

visualizado no desenho que representa o balanço hídrico da usina, nº

TGE-2M-DEFL-002, presente nos anexos.

5.3.4.3.1 Condensador

O condensador é um trocador de calor onde o vapor de exaustão da

turbina é novamente convertido em água. O condensador da central

termelétrica em questão será do tipo casco-tubo. Nesse equipamento a

água de resfriamento é bombeada através de um feixe tubular

metálico, resfriando o vapor que passa externamente aos tubos dentro

da estrutura do condensador.

O vapor cede calor progressivamente e transforma-se em água sendo

bombeado para o desaerador e posteriormente para a caldeira,

completando o ciclo de geração.

5.3.4.3.2 Torres de Resfriamento

As torres de resfriamento têm como função reduzir a temperatura da

água de resfriamento que circula no condensador da turbina e em

outros trocadores da central de geração. Este processo de resfriamento

consiste na queda da água por gravidade da parte superior das torres

em contracorrente forçada com o ar puxado de baixo para cima por

exaustores, instalados no topo das mesmas.

5.3.4.4 Sistema de suprimento de água

Uma estação de tratamento, utilizando a técnica de micro filtração,

atenderá a demanda de água de toda a planta, de 139 t/h. Inclui-se no

volume da demanda: água potável, de combate a incêndios, de

resfriamento, de make-up e desmineralizada. O Balanço Hídrico

representado no desenho nº TGE-2M-DEFL-002, apresenta os

consumos de água fluvial.

Para a captação localizada na margem esquerda do rio Tijucas prevê a

instalação de uma estação de bombeamento – EEAB, compreendendo

um grupo de dois conjuntos de motobombas submersíveis com

capacidade total máxima de 140 m³/h, estando uma em funcionamento

em stand-by como reserva.

A vazão média de captação corresponderá a 140 m³/h (0,04 m³/s), o

que representa apenas 0,1% da vazão média do rio Tijucas.

A captação será implantada em nível tal que, mesmo na época da

cheia do rio, a montagem e instalações de operação e manutenção

serão preservadas e protegidas de inundação. O desenho nº TGE-2C-

DEAJ-003 mostra a planta do ponto de captação e do encaminhamento

da tubulação.

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Com uma extensão de aproximadamente 4,3 km, a partir do ponto de

captação, a linha de adução seguirá pela margem direita da Rodovia

SC-411, com uso da faixa de domínio, até a UTE. Se houver

necessidade, poderão ser adicionados uma ou duas estações de

reforço no bombeamento ao longo da linha de adução.

5.3.4.5 Desaerador

É o equipamento responsável pela retirada de gases (O2 e CO2)

dissolvidos na água oriunda do condensador da turbina,

desempenhando também as funções de reaquecimento da água de

alimentação e de reservatório pulmão da caldeira.

5.3.4.6 Caldeira de Recuperação – HRSG

A caldeira de recuperação tem a finalidade de aproveitar o calor dos

gases de exaustão da turbina a gás, produzindo vapor por troca

térmica. Tal caldeira produz vapor em três níveis de pressão e

temperatura, o que resulta em uma maior capacidade de recuperação

de calor aumentando a eficiência e a potência gerada na turbina a

vapor.

As chaminés de exaustão das caldeiras foram projetadas em

consonância com a geometria das mesmas e de forma a atender às

exigências ambientais. Terão, a princípio, 35 metros de altura e cinco

metros de diâmetro interno e serão instaladas escadas e plataformas

junto aos pontos de amostragem para facilitar as análises de suas

emissões para a atmosfera. Equipamentos de monitoramento contínuo

serão implantados.

5.3.4.7 Sistema de Prevenção Contra Incêndios

Este sistema contemplará todos os equipamentos em toda a área da

usina e estará de acordo com os parâmetros da NFPA (National Fire

Protection Association), além das exigências locais e nacionais na

área. Serão examinadas, também, as certificações pertinentes à

prevenção e combate a incêndios.

A planta contará com um sistema automático de detecção de fogo

cobrindo todas as áreas suscetíveis, pontos de ativação manual de

alarmes, sistemas de hidrantes, extintores de incêndio portáteis,

sistemas de spray de água automáticos para o transformador de alta

tensão para os grupos geradores, e sistema de combate a fogo com

CO2 em instalações elétricas e geradores. Bombas de água de

combate a incêndio estarão à disposição deste sistema, duas elétricas

e uma a diesel.

5.3.4.8 Sistema de Água Potável

O sistema será composto basicamente por um ponto de captação junto

ao tanque de água tratada, um reservatório de abastecimento e

distribuição de água com capacidade unitária de 1.000 litros. O volume

de água armazenado será utilizado para abastecimento dos diversos

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pontos de consumo da casa de força, rede de tubulações, aparelhos

sanitários, bebedouros, válvulas e acessórios.

O suprimento de água tratada da usina será proveniente da estação de

tratamento. Análises químicas periódicas deverão ser realizadas de

modo que a mesma seja própria para o consumo humano.

5.3.4.9 Sistema de Esgoto Sanitário

Para tratamento e disposição dos efluentes sanitários foi previsto um

sistema de esgoto sanitário conforme fluxograma TGE-2M-DEFL-003,

em anexo neste estudo. O sistema consiste de um tanque séptico de

digestão e sedimentação de lodo, filtro anaeróbico, desinfecção do

efluente líquido por hipoclorito de sódio. Haverá ainda uma tubulação

principal, tubulação secundária e tubulação de ventilação. A

declividade mínima da tubulação deverá ser de 2 %, para diâmetros

DN 100 mm (4”) e de 1 %, para DN 150 mm (6”).

Os efluentes provenientes da copa e sanitários serão coletados através

de rede coletora e encaminhados para uma caixa de gordura

anteriormente ao sistema de tratamento.

O projeto e dimensionamento do sistema deverão ser feitos de modo a

atender as recomendações estabelecidas nas normas ABNT NBR-

7229 e NBR-8160, considerando um máximo de 15 (quinze) pessoas.

5.3.4.10 Sistema de Ar Comprimido de Serviço

O sistema de ar comprimido de serviço deve ser constituído

basicamente de compressores de ar, reservatório de ar, rede de

distribuição de ar comprimido, válvulas, instrumentos, ferramentas e

demais equipamentos da planta.

5.3.5 Sistemas e Equipamentos Elétricos

A estrutura básica dos Sistemas e Equipamentos Elétricos da UTE

Tijucas, resumidamente será composta dos seguintes equipamentos e

sistemas principais:

02 Geradores síncronos trifásicos com as seguintes

características:

- 01 de potência de 22500 kVA / 1800 rpm / 13,8 kV / 60 Hz

(turbina a vapor);

- 01 de potência de 48750 kVA / 3600 rpm / 13,8 kV / 60 Hz

(turbina a gás).

Cubículos:

- 02 Cubículos de Neutro;

- 02 Cubículos de Saída e Surtos dos Geradores;

- 01 Cubículo do Transformador Elevador;

- 01 Cubículo de Serviços Auxiliares.

Sistema de Supervisão, Controle e Proteção (SSCP):

- 01 Sistema Digital de Supervisão e Controle (SDSC);

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- 02 Quadros de Comando e Proteção dos Geradores;

- 01 Quadro de Comando e Controle do Transformador

Elevador e Subestação.

Sistemas Elétricos Auxiliares:

- Transformador de Serviços Auxiliares;

- Quadros CA;

- Quadros CC;

- Banco e Carregadores de Baterias;

- Sistemas de Iluminação e Tomadas;

- Malha de Aterramento;

- Sistema de Proteção Contra Descargas Atmosféricas

(SPDA).

Subestação Elevadora 13,8-138 kV

- 01 Transformador Elevador 67,5/75 MVA / 13,8-138 kV;

- Equipamentos de 138 kV: Disjuntor, Transformadores de

corrente, transformadores de potencial, seccionadoras,

pára-raios;

- Estruturas, pórticos, isoladores, cablagem, etc.

5.3.6 Conexão da UTE Tijucas ao Sistema Interligado Nacional

(SIN)

A Conexão da UTE Tijucas ao Sistema Interligado Nacional da Região

Sul será feita com o seccionamento da LT 138 kV Tijucas – Porto Belo

de propriedade da CELESC. A Linha de Transmissão seccionada

derivará até a subestação elevadora 13,8/138 kV da UTE Tijucas. Na

derivação será implantada uma Linha de Transmissão em 138 kV, de

aproximadamente 0,900m, circuito duplo, um condutor por fase.

O Bay de 138 kV a ser implantado na Subestação UTE Tijucas, será

construído de acordo com os padrões da CELESC e terá todos os

equipamentos que compõe um módulo de conexão de uma usina, ou

seja, disjuntor, chaves seccionadoras de isolamento e by-pass,

Transformadores de Potencial (TPs) e de Corrente (TCs), para-raios,

módulos de medição de faturamento, de medição operacional e os

painéis de Controle e Proteção.

A planta geral da linha de transmissão da usina pode ser visualizada no

desenho TGE-2E-DELT-001, respectivamente, em anexo.

5.4 Índices de Indisponibilidade (TEIF E IP)

Baseados na projeção de despacho da UTE Tijucas, só serão

necessárias manutenções menores nos grupos geradores durante o

período de Contrato de Comercialização de Energia Elétrica.

A estimativa é que o grupo gerador estará indisponível por menos de

210 horas / ano (2,4% do tempo) devido a manutenções periódicas (IP)

e de 140 horas /anos (1,6% do tempo) devido a indisponibilidades

forçadas (TEIF).

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5.5 Alternativas Locacionais

A escolha do local de instalação da UTE Tijucas, está intimamente

ligada ao atendimento de necessidades estruturais ou conjunturais do

Sistema Interligado Nacional, de forma a permitir a redução de

vulnerabilidades regionais de suprimento de energia, diante de

cenários devidamente validados pelo Ministério das Minas Energia.

O terreno de impantação da UTE localiza-se próximo a SC-411, entre

os municípios de Tijucas e Canelinha, como pode ser visualizado na

figura a seguir:

Figura 5.4 - Vias de acesso à UTE Tijucas.

As principais infraestruturas disponíveis nas proximidades da usina são

as vias de acesso à central geradora, à subestação, torres da linha de

transmissão e ao “City Gate”. Além disso, a UTE Tijucas encontra-se-á

a apenas 2,1 km de distância da Estação de Entrega de Tijucas da

TBG (Transportadora Brasileira de Gasoduto), o que otimiza a

obtenção do seu principal combustível, o gás natural. Também se levou

em consideração a proximidade com a subestação (0,9 km) e dista-se

cerca de 4,3 km do rio Tijucas, o que facilita o processo de captação de

água para o abastecimento da usina.

Atualmente no terreno destinado a UTE se encontra com a

compensação de corte/aterro realizada, portanto, preparado para

fundações das estruturas da usina. Em relação ao Uso do Solo, tanto a

Prefeitura Municipal de Tijucas, quanto à de Canelinha declararam que

não têm nada a se opor quanto a instalação da UTE e que o

empreendimento não interfere na captação de água para

abastecimento humano, conforme as declarações de viabilidade

municipal.

Sob o aspecto ambiental, o processo de escolha do local demonstra

que entre as opções possíveis para a implantação do empreendimento,

a alternativa selecionada representou ser a mais viável. Justificando-

se, principalmente, pelo fato de localizar-se em uma zona parcialmente

antropizada, próxima a empreendimentos de atividades de cerâmica e

olarias, afastada de fragmentos de mata preservada e de concentração

populacional.

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Além disso, de acordo com o estudo de dispersão atmosférica dos

poluentes emitidos pela Usina Termoelétrica Tijucas, o regime de

ventos apresenta situação desfavorável à sua dispersão. Os resultados

apontam que os valores mais elevados ficaram no entorno do

empreendimento e também ao Norte e ao Sul da usina, em que a

geomorfologia apresenta-se mais proeminente, exatamente por estas

formarem barreiras à dispersão dos poluentes devido ao regime de

ventos da região. Salienta-se, pois, que o pior cenário de concentração

de emissão é expressivamente inferior ao máximo permitido pelos

padrões de qualidade do ar.

6 AREAS DE INFLUÊNCIA

6.1 Área Diretamente Afetada - ADA

Corresponde à área que sofre diretamente as intervenções de

implantação e operação da atividade, considerando alterações físicas,

biológicas, socioeconômicas e das particularidades da atividade,

incluindo as alterações na qualidade do ar, bem como as operações

unitárias associadas exclusivamente à infraestrutura do projeto, ou

seja, de uso privativo do empreendimento.

6.1.1 Meio Físico, Meio Biótico e Socioeconômico

A ADA delimitada para a realização dos estudos dos meios físico,

biótico e socioeconômico, apresenta-se nos limites do terreno da Usina

Termelétrica Tijucas (30.000 m²), somada a um buffer de 300 metros,

e, complementada por um corredor de largura de 10 metros (5 metros

para cada lado) que envolve a tubulação de captação mínima de água

para utilização durante sua operação. Estas áreas localizam-se na

Zona Rural Terra Nova e Macrozona Urbana 2, localidade de Nova

Descoberta, município de Tijucas (Figura 6.1). A ADA pode ser

visualizada ainda no desenho n° TGE-2H-DEEA-001, em anexo.

Figura 6.1 - Vista geral da Área Diretamente Afetada.

Fonte Google Earth, 2010.

6.2 Área de Influência Direta - AID

Definida como a área geográfica diretamente afetada pelos impactos

tanto positivos quanto negativos decorrentes do

empreendimento/projeto.

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6.2.1 Meio Físico e Meio Biótico

Apesar da pluma de dispersão atmosférica delimitar-se em 10 km de

raio, adotou-se para a AID do empreendimento, um raio 1 km a partir

da usina. Isto porque no estudo foram observadas concentrações

elevadas no entorno da fonte emissora, com regime de ventos

apresentando calmarias, o que desfavorece a dispersão dos gases de

emissão. Também foram observados valores elevados ao Norte e ao

Sul da usina, nas regiões montanhosas, exatamente por estas

formarem barreiras à dispersão dos poluentes devido ao regime de

ventos da região, contudo, são áreas não habitadas. A área de

influência direta ficou definida conforme o desenho n° TGE-2H-DEEA-

002, em anexo.

6.2.2 Meio Socioeconômico

A AID do meio socioeconômico foi delimitada de forma distinta dos

outros meios, uma vez que seus critérios são significativamente

diferentes daqueles envolvidos no físico e biótico, compreendendo

então, o espaço físico onde efetivamente haverá alterações

socioambientais potenciais. Desta forma, apesar da AID do

socioeconômico abranger apenas os municípios de Tijucas e

Canelinha, entende-se que para uma melhor espacialização dos dados

é importante que sejam considerados os quatro municípios abrangidos

pela poligonal de dispersão dos poluentes (raio de 10 km), a saber:

Tijucas, Canelinha, São João Batista e Porto Belo, todos no Estado de

Santa Catarina. A Área de Influência Direta do Meio Socioeconômico

segue em anexo no desenho nº TGE-2H-DEEA-003.

6.3 Área de Influência Indireta - AII

Abrange o território afetado pelo empreendimento, mas que os

impactos e efeitos decorrentes do empreendimento são considerados

menos significativos do que os ocorridos nas áreas de influência (ADA

e a AID). Tem como objetivo a avaliação da inserção regional do

empreendimento.

6.3.1 Meio Físico

Definiu-se como AII do empreendimento a Bacia Hidrográfica do rio

Tijucas, na qual está localizada a UTE Tijucas, conforme determina a

Resolução 001/1986 do CONAMA. A Área de Influência Indireta pode

ser visualizada no desenho n° TGE-2H-DEEA-004, em anexo.

6.3.2 Meio Biótico

A (AII), definida para o meio biótico delimita-se pela Pluma de

dispersão dos gases, abrangendo os municípios de Tijucas, Canelinha,

São João Batista e Porto Belo, todos no Estado de Santa Catarina. De

modo a complementar as informações para a AII foram ainda utilizados

como referência dados secundários de fauna e flora disponíveis acerca

da bacia do Rio Tijucas.

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Cabe salientar que os registros faunísticos levantados para a Área de

Influência Indireta (AII) baseiam-se em publicações científicas e demais

estudos acerca da temática nos municípios citados, bem como na

bacia do rio Tijucas (de modo complementar), ou seja, em dados

secundários. A AII do Empreendimento para o Meio Biótico segue no

desenho n° TGE-2H-DEEA-005, em anexo.

6.3.3 Meio Socioeconômico

Na Área de Influência Indireta, as influências ocorrem, em sua maioria,

de forma indireta, e a abordagem dos estudos é regional. Ressalta-se

que não se utilizou a Bacia Hidrográfica como área elementar,

(respeitando a resolução 001/1986 do CONAMA), pelo fato de entender

que a área de influência indireta do empreendimento, delimita-se pela

poligonal máxima de dispersão dos poluentes, neste caso, abrange os

municípios de Tijucas, como sítio de execução do empreendimento e

Canelinha, São João Batista e Porto Belo, todos situados no Estado de

Santa Catarina.

Área de Influência Indireta do Empreendimento para o Meio

Socioeconômico segue em anexo no desenho TGE-2H-DEEA-003.

7 DIAGNÓSTICO AMBIENTAL

7.1 Meio Físico

7.1.1 Ambientação Geológica Regional

A AII deste estudo compreende a bacia do rio Tijucas que tem como

uma das suas principais características geológicas o seu controle

estrutural pelas Suítes Intrusivas Valsungana (norte) e Major Gercino

(sul), com orientação predominante SW-NE, associadas ao lineamento

Major Gercino, que delimita a bacia de modo geral. Entre esses dois

blocos, o Grupo Brusque predomina, compondo-se principalmente por

rochas metassedimentares, que se apresentam bastante friáveis, de

fácil intemperismo e erosão, e com grande potencial de geração de

sedimentos finos. As rochas associadas à Bacia do Paraná

(Formações Rio Bonito e Taciba) compõem a cabeceira do rio Tijucas,

e aparentemente têm papel secundário na produção de sedimentos,

tanto por sua pequena extensão como pelo seu posicionamento.

A UTE Tijucas insere-se na região de Depósitos de Sedimentos

Quaternários, que na AII, são caracterizados por sedimentos

litorâneos e colúvio-aluvionares, localizados próximos às margens

do rio Tijucas, do município de Major Gercino até Tijucas. Os

depósitos litorâneos indiferenciados são constituídos por depósitos

arenosos de cordões regressivos, sedimentos argilo-arenosos de

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origem flúvio-lagunar e sedimentos de mangues, em margens de

lagunas e no curso inferior de rios.

Os depósitos de sedimentos colúvio-aluvionares são constituídos,

geralmente, por uma alternância de níveis ou lentes arenosas e

argilosas, mal selecionadas, com a presença frequente de

horizontes de seixos e calhaus, os quais, tornam-se mais

expressivos próximos às áreas fontes. Abrangem os sedimentos

rudáceos, argilo-sílticos e arenosos depositados principalmente no

vale do rio Itajaí-Mirim. Estes sedimentos encontram-se assentados

sobre rocha decomposta do Grupo Brusque.

As rochas sedimentares da Bacia do Paraná, na AII, estão localizadas

no trecho alto do rio Tijucas, abrangendo os municípios de Alfredo

Wagner e Leoberto Leal.

A Formação Rio Bonito (Grupo Guatá) é caracterizada por conjunto de

rochas areníticas associadas a pelitos e camadas de carvão descritas

na seção padrão, entre as cidades de Lauro Müller - Guatá - São

Joaquim, em Santa Catarina. Schneider et al. (1974) propõem a

formalização das denominações de Triunfo, Paraguaçu e Siderópolis

para os membros desta formação.

A Bacia do Itajaí na AII é caracterizada por rochas intrusivas ácidas,

caracterizada por corpos graníticos denominado de granito Imaruí,

verificados na porção leste da AID, no município de Tijucas. O granito

Imaruí corresponde a um batólito granítico constituído por sieno e

monzogranitos de cor cinza a rosa, às vezes pegmatóide.

A Bacia de Guaratubinha, na AII, está representada por dois corpos

graníticos, conhecido sob a denominação de Major Gercino e

Valsugana. O granito Major Gercino na área em estudo está localizado

na margem direita do rio Tijucas nas proximidades do município de

Canelinha. Compõem essa suíte intrusiva granitóides

predominantemente de granulação grossa a porfiróides, com

megacristais brancos e rosados. Trata-se de granitos, granodioritos e

quartzo-monzonitos. Seccionando tais litologias ocorrem muitos diques

ácidos, de microgranitos, aplitos e riolitos. O granito Valsugana está

localizado na margem esquerda do rio Tijucas e é caracterizado por

sieno e monzogranitos, bem como granodioritos.

O Complexo Metamórfico Brusque (CMB), nas áreas em estudo,

apresenta o maior trecho localizado na margem esquerda do rio Tijucas

e se estende desde o município de Leoberto Leal até o município de

São João Batista. As litologias que compõem essa unidade

litoestratigráfica são metapelitos, metapsamitos, metapsefitos, rochas

calco-silicáticas, metacalcários, meta-riolitos, metabasitos e meta-

ultrabasitos.

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7.1.1.1 Geologia Estrutural

Para a avaliação geoestrutural da AII deste relatório realizou-se uma

análise regional dos lineamentos estruturais através da interpretação

de cartas topográficas e imagens aéreas na área delimitada pela bacia

do rio Tijucas, apresentados no diagrama de rosetas da figura a seguir.

Figura 7.1 - Diagrama de roseta dos lineamentos estruturais fotointerpretados

da AII (bacia do rio Tijucas).

De acordo com o diagrama de rosetas, verificam-se dois principais

sistemas de fraturas os quais a maioria condicionou a rede de

drenagem e a morfologia do terreno, associados a antigas zonas de

movimentação, o principal (F1) se encontra segundo a direção N40º-

50ºE, e, secundariamente (F2), N35º- 60ºW.

7.1.1.2 Ambientação Tectônica

O Brasil situa-se geologicamente na Placa Tectônica Sul-Americana,

onde a sismicidade é relativamente mais branda em relação às regiões

de borda ou limites de placa, porque o acúmulo de esforços tectônicos

ocorre de forma mais lenta. Grande parte dos sismos brasileiros é de

pequena magnitude (4,5), e ocorrem em baixa profundidade (30 km) e,

por isso, são sentidos até poucos quilômetros do epicentro.

Durante anos acreditava-se que o Brasil estivesse a salvo dos

terremotos por não estar sobre os contatos ou bordas das placas

tectônicas, pois o movimento dessas placas está entre as principais

causas dos terremotos naturais. No entanto, sabe-se que os terremotos

podem ocorrer inclusive nas regiões intraplacas, como é o caso do

território brasileiro, situado no interior da Placa Sul-Americana. Nessas

regiões, os tremores são relativamente mais suaves, menos intensos

que aqueles associados ao contato entre placas. Assim, os eventos

sísmicos que ocorrem no Brasil decorrem da existência de

descontinuidades ou falhas geológicas e/ou são reflexos de sismos

com epicentro em outros países da América Latina, mas ainda assim é

significativa dado o acúmulo histórico de eventos sísmicos ou tremores

com magnitude acima de 5,0.

Além dos sismos naturais de origem tectônica, existem também

aqueles abalos associados à atividade antrópica e às respectivas

acomodações de camadas em subsuperfície que são geralmente

localizados e de pequena intensidade, conhecidos como sismos

induzidos.

As obras de engenharia podem induzir abalos, e são obras que

agregam grandes massas de peso ou que alteram a morfologia do

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terreno nas proximidades de descontinuidades geológicas, acumulando

tensões nestas áreas relativamente fragilizadas.

A figura a seguir identifica os locais de ocorrência de tremores naturais,

com magnitude maior ou igual a 3,5 desde o período colonial até 2010.

Os círculos identificam os epicentros de eventos relativamente mais

recentes registrados por sismógrafos.

Magnitude 1720 a

1976

1976 a

1988

1988 a

1994

1994 a

1998

1998 a

2010

≥ 6,5

5,5 a 6,4

4,5 a 5,4

3,5 a 4,4

Figura 7.2 – Mapa do Brasil com a localização dos eventos sísmicos já registrados

7.1.1.3 Geologia Local

A ADA encontra-se sobre depósitos de sedimentos quaternários,

caraacterizado por uma extensa área, recoberto por sedimentos

arenosos e argilosos de origem marinha e fluvial provenientes da

alteração das rochas graníticas das cabeceiras dos afluentes do rio

Tijucas. Trata-se de uma área plana com a presença de terraço

aluvionar, no qual se estima que a cobertura de sedimentos esteja em

torno de dezenas de metros de espessura.

7.1.2 Ambientação Geomorfológica

De acordo com as características do relevo, as diferentes regiões no

estado de Santa Catarina podem ser discretizadas e ordenadas

segundo uma taxonomia geomorfológica que permite a divisão e

hierarquização do Estado de Santa Catarina em 4 Domínios

Morfoestruturais, 7 Regiões Geomorfológicas e 13 Unidades

Geomorfológicas.

Quadro 7.1 - Taxonomia geomorfológica do Estado de Santa Catarina

DOMÍNIO ESTRUTURAL REGIÃO GEOMORFOLÓGICA UNIDADE GEOMORFOLÓGICA

Depósitos Sedimentares Planícies Costeiras Planícies Litorâneas

Planície Colúvio-Aluvionar

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Bacias e Coberturas Sedimentares

Planalto das Araucárias

Planalto dos Campos Gerais

Planalto do Dissecado Rio Iguaçu / Rio Uruguai

Patamares da Serra Geral

Serra Geral

Depressão do Sudeste Catarinense

Depressão da Zona Carbonífera Catarinense

Planalto Centro-Oriental de Santa Catarina

Patamares do Alto Rio Itajaí

Planalto de Lages

Patamar Ocidental da Bacia do Paraná

Patamar de Mafra

Faixas de Dobramentos Remobilizados

Escarpas e Reversos da Serra do Mar

Serra do Mar

Planalto de São Bento do Sul

Embasamento em Estilos Complexos

Serras do Leste Catarinense Serras do Tabuleiro/Itajaí

Geomorfologicamente, a AII deste estudo, abrange os seguintes

domínios (ver Quadro 7.1): Bacias e Coberturas Sedimentares

(Patamares do Alto Rio Itajaí), Embasamento Cristalino em Estilos

Complexos (Serra do Tabuleiro/Itajaí) e os Depósitos de Sedimentares

(Planícies Litorâneas e Colúvio-Aluvionar). A ADA está inserida no

contexto do Domínio dos Depósitos Sedimentares, na Região das

Planícies Costeiras.

A nascente do rio Tijucas se dá nos Patamares do Alto Rio Itajaí, nesta

unidade ocorrem extensos patamares e relevos residuais de topo e

plano limitado por escarpas que são configuradas por arenitos (mais

resistentes à erosão) e por folhelhos (mais facilmente erodidos). Na AII

(bacia do rio Tijucas) esta unidade encontra-se nas proximidades do

município de Leoberto Leal – SC e Alfredo Wagner – SC.

A Unidade da Serra do Tabuleiro/Itajaí abrange cerca de 90% da AII é

caracterizada pela sequencia de serras dispostas de forma

subparalela, orientadas predominantemente no sentido NE-SO e com

cotas altimétricas que vão desde 1200 m, em alguns pontos da serra

do Tabuleiro e Anápolis, decrescendo gradativamente em direção ao

litoral onde atingem próximo à linha de costa, altitudes inferiores a 100

metros.

A Região dos Depósitos Sedimentares, onde se encontra a ADA,

apresenta duas subdivisões caracterizadas pelas unidades

geomorfológicas das Planicies Litorâneas e da Planície Colúvio-

Aluvionar. Estas se desenvolvem de forma descontínua e ocorrem

generalizadamente por toda a fachada atlântica, este domínio é

constituído fundamentalmente por planícies alongadas na direção N-S

e por superfícies em forma de rampas que se interiorizam pelos

principais vales fluviais.

As altitudes médias encontradas nas Planícies Litorâneas são em torno

de 10 m, atingindo em alguns terraços mais interioranos até 30 m.

Compreende áreas planas, sujeitas ou não a inundações periódicas,

resultantes de acumulações fluviais, marinhas e lacustres.

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A Unidade Planície Colúvio-Aluvionar (onde se insere o

empreendimento), constitui área de transição entre depressões de

origens continental e marinha, sendo que nas áreas de influência

continental predominam os relevos planos e convexados, resultantes

da convergência de leques coluviais, cones de dejeção ou

concentração de depósitos de enxurradas, além de formas de topo

plano ou baixos tabuleiros. Nas áreas de influência marinha ocorrem

terraços marinhos e baixos tabuleiros, cujos topos mostram marcas de

remobilização eólica.

7.1.3 Solos

De acordo com o mapa de solos1 do Estado de Santa Catarina, na AII

podem ser encontrados os seguintes tipos de solo: Nitossolo Háplico;

Neossolo Litólico; Argissolo Vermelho – Amarelo; Gleissolo Háplico e

Cambissolo Háplico, todos com o caráter distrófico.

Na ADA, estima-se que a cobertura de solo deverá estar na ordem de

dezenas de metros por se tratar de um terraço aluvionar constituído por

sedimentos de origem marinha e fluvial.

Os nitossolos háplicos são encontrados apenas na AII deste estudo,

nas proximidades do município de Leoberto Leal. São solos

1 Mapa de solos do Estado de Santa Catarina. Fonte: Mapa de Solos do Brasil, escala 1:5.000.000

- IBGE, 2001.

constituídos por material mineral, que não apresentam a parte superior

do horizonte B (inclusive BA) de coloração bruna, não apresentam

caráter retrátil, horizonte A húmico e também, não apresentam o

conteúdo de carbono orgânico superior a 10 g/kg até 40 cm de

profundidade.

Os neossolos litólicos são encontrados apenas na AII deste estudo

entre os municípios de Leoberto Leal e Major Gercino. São solos que

não apresentam alterações expressivas em relação ao material

originário devido à baixa intensidade de atuação dos processos

pedogenéticos. Podem apresentar o horizonte A assentado

diretamente sobre: a rocha, sobre um horizonte C, sobre horizonte Cr

ou sobre material que apresente 90% ou mais do volume da sua massa

constituída por fragmentos de rocha com diâmetro maior que 2 mm

(cascalhos, calhaus e matacões).

Os argissolos vermelhos – amarelo, assim como os neossolos litólicos

são encontrados apenas na AII entre os municípios de Leoberto Leal e

Major Gercino, são solos constituídos por material mineral com argila

de atividade baixa ou alta, conjugada com saturação por bases baixa

ou caráter alítico2 e horizonte B textural imediatamente abaixo de

2 Refere-se à condição em que o solo se encontra dessaturado e apresenta teor de alumínio

extraível ≥ 4cmolc/kg de solo, associado à atividade de argila ≥ 20 cmolc/kg de argila e saturação

por alumínio [100 Al+3

/(S + Al+3

)] ≥ 50% e/ou saturação por bases (V% = 100 S/T) < 50%.

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horizonte A ou E. Não apresentam a parte superior dos horizontes B e

BA mais escurecida em relação aos horizontes inferiores, não

apresentam cores acinzentadas, amarela ou vermelha em grande parte

dos primeiros 100 cm.

Os gleissolos podem ser encontrados na ADA e na AID deste estudo

compreendem solos hidromórficos, constituídos por material mineral,

que apresentam horizonte glei3 dentro dos primeiros 150 cm da

superfície do solo, imediatamente abaixo de horizontes A ou E, ou de

horizonte hístico com menos de 40 cm de espessura.

Os cambissolos háplicos, são encontrados em todas as áreas de

influência deste estudo, são solos com baixa argila são solos que não

apresentam o horizonte A com caráter húmico (alto teor de matéria

orgânica) e também não apresentam caráter flúvico (influência de

sedimentos aluvionares e com camadas estratificadas) nos primeiros

120 cm abaixo da superfície do solo. Apresentam argila de atividade

baixa e baixa saturação por bases (V<50%) na maior parte dos

primeiros 100 cm do horizonte B (inclusive BA).

3 Horizonte mineral, com espessura mínima de 15 cm, com menos de 15% de plintita (mineral de

argila) e é saturado com água por influência do lençol freático durante algum período ou o ano

todo, a não ser que tenha sido artificialmente drenado, apresentando evidências de processos de

redução, com ou sem segregação de ferro.

7.1.4 Recursos Minerais

Por se tratar de uma região propícia a formações de depósitos de areia

e argila em função da geologia no local, as áreas de influência direta e

indireta apresentam numerosos processos protocolados junto ao

DNPM (Departamento Nacional de Produção Mineral), para exploração

de argila e areia, bem como rocha para saibro, xisto e até mesmo ouro,

para uso industrial e construção civil.

A ADA encontra-se requerida sob o processo nº 815.200/1997 para

exploração de argila. O requerimento de autorização de pesquisa

ocorreu em 1997 e atualmente está protocolado em fase de

requerimento de lavra (protocolizado em 12/11/2008), abrangendo uma

área de 49,99 ha, em favor da empresa Extração de Areia Argila e

Transporte Santa Helena Ltda. No entorno, encontram-se outros

requerimentos sob os processos nº 815.810/2008, nº 814.120/1976, nº

815.266/2008, dentre outros. Apesar de a área estar requerida, não há

processo extrativo implantado na mesma.

Como parte do licenciamento da UTE Tijucas, solicitou-se junto ao

DNPM, uma área de bloqueio de uso minerário, que está sob o

processo número Processo: 48411-915653/2013-11. Tal área delimita-

se por uma poligonal de buffer de 100 metros a partir do terreno

destinado a usina e pode ser visualizada na Figura a seguir .

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Figura 7.3 – Poligonal da Área de Uso de Bloqueio Minerário solicitada ao

DNPM (em amarelo).

7.1.5 Hidrogeologia

Segundo o Mapa de Domínios/Subdomínios Hidrogeológicos do Brasil4

AII deste relatório compreende 4 domínios hidrogeológicos desde a

nascente do rio Tijucas até o deságue no oceano Atlântico, os

domínios da Bacia do Paraná, do Cristalino, dos

Metassedimentos/Metavulcânicas e do Cenozóico (subdomínio dos

Depósitos Litorâneos). A AID engloba estes domínios com exceção ao

4 Mapa de Domínios/Subdomínios Hidrogeológicos do Brasil – CPRM escala 1: 2.500.000, 2004.

domínio da Bacia do Paraná. A ADA encontra-se inserida no Domínio

Cenozóico, no subdomínio dos Depósitos Litorâneos.

Na AII, o subdomínio hidrogeológico da Bacia do Paraná está

localizado no trecho alto do rio Tijucas, no município de Leoberto Leal e

nas proximidades de Alfredo Wagner, sendo caracterizado por

aquíferos de extensão regional, livre a confinado (entre duas camadas

impermeáveis). A favorabilidade hidrogeológica é classificada como

baixa correspondendo às unidades geológicas da bacia onde os

sedimentos pelíticos de baixa permeabilidade, predominam sobre

arenitos e conglomerados.

Na AID o domínio Cristalino situa-se na porção sul da área,

abrangendo a margem direita do rio Tijucas, no trecho em que já é

caracterizado a AII este domínio encontra-se em ambos os lados do rio

Tijucas. Como quase não existe uma porosidade primária nas rochas

que constituem este domínio, a ocorrência de água subterrânea é

condicionada por uma porosidade secundária representada por fraturas

e fendas, o que se traduz por reservatórios aleatórios, descontínuos e

de pequena extensão.

Os litotipos relacionados aos Metassedimentos/Metavulcânicas reúnem

xistos, filitos, metarenitos, metassiltitos, anfibolitos, quartzitos, ardósias,

metagrauvacas, metavulcânicas diversas que estão relacionados ao

denominado aqüífero fissural. Apresenta comportamento similar ao

domínio Cristalino, porém reologia distinta, por isso se espera uma

724600

724600

725300

725300

726000

726000

69

83

20

0

69

83

20

0

69

83

60

0

69

83

60

0

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maior favorabilidade hidrogeológica neste domínio do que o esperado

no outro. Na AII este domínio está situado nas proximidades do

município de Leoberto Leal, abrangendo a margem esquerda do rio

Tijucas até o município de Tijucas. Na AID está localizado a noroeste e

norte da área.

O domínio Cenozóico nas áreas de influências deste estudo está

situado nas margens do rio Tijucas nas proximidades do município de

São João Batista até o município de Tijucas. Em termos

hidrogeológicos, o domínio Cenozóico tem um comportamento de

aquífero poroso, caracterizado por possuir uma porosidade primária, e

nos terrenos arenosos uma elevada permeabilidade. O fato da ADA

situar-se em ambientes costeiros flúvio-lacustres ou marítimos

litorâneos, faz com que a possibilidade da presença de água nestes

depósitos é muito variável decorrente da grande heterogeneidade e

anisotropia dos aquíferos.

De acordo com a topografia do terreno estima-se que o fluxo da água

subterrânea na ADA se dê em duas direções principais: para Sul, para

o curso d’água afluente da margem esquerda do rio do Cobre (afluente

da margem esquerda do rio Tijucas) e para Leste, indo para o oceano.

7.1.6 Hidrometeorologia

A Bacia Hidrográfica do Rio Tijucas drena uma área aproximada de

2.420 km², compreendida por onze municípios. O rio Tijucas nasce na

Serra da Boa Vista, em uma altitude de aproximadamente 1200 metros,

no município de Rancho Queimado. Desce em direção norte, passando

pelos municípios de Angelina e Major Gercino até São João Batista,

quando vira para sentido leste, percorrendo as cidades de Canelinha e

Tijucas, até desaguar no oceano Atlântico.

A densidade de drenagem do rio Tijucas é de 1,68 km/km² e possui

uma vazão média de longo termo de 53 m³/s no ponto de captação de

água do da UTE Tijucas. Seus principais afluentes são os rios Oliveira,

Moura, Alto Braço, Boa Esperança, Engano, Bonito e Garcia.

Por grande parte de sua extensão, o rio Tijucas possui ocupação em

suas margens, o que prejudica na sua qualidade da água, além da

grande descaracterização da vegetação original da bacia. A rizicultura

é um dos principais impactos em relação a disponibilidade de água na

bacia. A atividade industrial ainda não representa vetor negativo,

quanto à promoção de impactos ambientais, que ficam restritos à

agricultura e atividades extrativas.

A precipitação total anual média calculada foi de 1.554 mm. Os totais

médios mensais variam entre um mínimo de 77,49 mm, em junho, e um

máximo de 170,53 mm, em janeiro, com uma precipitação máxima total

mensal registrada no período considerado de 542,70 mm em julho de

1983.

Quadro 7.2 – Precipitações Totais Mensais no Posto Nova Trento.

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Mês Precipitação Média (mm) Precipitação Máxima (mm) Precipitação Mínima (mm)

JAN 170,53 489,80 (1989) 16,30 (2006)

FEV 150,37 417,10 (1998) 11,30 (2007)

MAR 129,86 361,80 (2001) 10,20 (1963)

ABR 89,27 303,80 (1954) 5,00 (1997)

MAI 94,11 296,70 (1983) 4,50 (1997)

JUN 77,49 176,80 (1983) 1,70 (1948)

JUL 90,92 542,70 (1983) 8,00 (1997)

AGO 89,30 410,70 (1984) 0,00 (2004)

SET 135,28 469,70 (1986) 2,20 (2003)

OUT 133,77 387,10 (1997) 28,50 (1957)

NOV 109,23 345,30 (1960) 17,10 (1956)

DEZ 126,26 372,50 (1983) 13,40 (1964)

Gráfico 7.1 - Precipitações Totais Mensais no Posto Nova Trento

O Quadro 7.3 e Quadro 7.4 apresentam os valores médios de longo

período, para as estações Camboriú e Brusque, respectivamente, de

outros elementos que definem as características climáticas:

temperatura média, insolação, evaporação e umidade relativa. Para

descrição dos dados utilizou-se a Estação de Camboriú por ter um

clima mais semelhante e por possuir mais dados.

Quadro 7.3 – Valores Médios de Outros Elementos Climáticos na Estação Camboriú.

Estação Camboriú - Período de dados de 1961 a 1978

Parâmetro Un. jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez Anu

al

Temperatura Média °C 24,3 24,2 23,4 21,0 18,7 16,5 15,1 16,5 17,6 19,6 21,3 23,0 20,1

Temperatura

Mínima Média °C 19,9 19,7 18,7 16,2 13,5 11,2 10,6 11,7 13,6 15,5 17,0 18,7 15,5

Temperatura

Máxima Média °C 28,8 28,8 28,1 25,9 23,9 21,8 21,4 21,4 21,9 23,6 25,5 27,2 24,9

Evaporação mm 87,1 72,8 74,0 69,6 60,0 48,9 54,0 60,1 58,5 79,3 84,9 97,9 847,

0

Chuva mm 181,

9

190,

9

138,

0 99,2 94,9 89,9

100,

8 96,7

143,

7

139,

4

149,

3

161,

7

158

7 0

100

200

300

400

500

600

JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

PR

ECIP

ITA

ÇÃ

O T

OTA

L (m

m)

MÊS

MÍNIMA

MÉDIA

MÁXIMA

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Insolação h 4,8 5,1 4,3 5,4 5,4 4,4 4,5 3,5 2,8 3,6 4,7 4,7 4,4

Umidade Relativa % 82,4 84,0 84,3 84,4 85,2 85,7 86,5 85,2 85,0 82,9 81,5 81,0 84,0

Quadro 7.4 – Valores Médios de Outros Elementos Climáticos na Estação

Brusque.

Estação Brusque - Período de dados de 1961 a 1966

Parâmetro Un. jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez Anu

al

Temperatura Média °C 25,8 26,0 24,7 22,1 18,8 16,9 16,5 18,0 19,5 21,1 23,1 24,3 21,4

Temperatura Mínima

Média °C 19,7 20,2 19,2 16,8 12,7 11,3 10,9 12,4 15,0 16,1 17,4 18,6 15,9

Temperatura Máxima

Média °C 31,8 31,7 30,2 27,5 24,9 22,5 22,1 23,5 23,9 26,0 28,8 30,0 26,9

Evaporação mm 75,9 57,7 61,8 44,4 41,5 34,0 37,9 42,2 35,8 51,1 61,5 66,8 610

Chuva mm 149,

6

258,

2

225,

3

164,

1 84,2 87,7 99,9 77,1

206,

6

180,

2

176,

7

198,

4

190

8

Insolação h Sem dados

Umidade Relativa % 79,7 81,7 83,1 85,6 82,7 84,4 83,7 84,3 87,4 84,7 81,6 81,3 83,3

Para a caracterização fluviométrica foram utilizados dados de 3

estações da base de dados da Agência Nacional de Águas - ANA,

obtidos pelo site da mesma agência – HIDROWEB. As estações

encontram-se descritas nos quadros a seguir.

Na bacia existem poucas estações fluviométricas, as estações

utilizadas ficam próximas, a estação Mojor Gercino fica no rio Tijucas,

antes da Confluência com o Rio Alto Braço, onde em seu trecho final

está a estação Nova Trento. Logo após a confluência dos rios

supracitados encontra-se a estação São João Batista. O local do ponto

de captação de água no rio Tijucas fica a jusante desta última estação

com uma área incremental de 190 km². Neste trecho não há influência

de nenhum afluente de grande importância, logo as vazões no local da

estação São João Batista, transferidas por relação de área de

drenagem para o ponto de captação de água de abastecimento da UTE

Tijucas representam bem as vazões para este local.

Quadro 7.5 - Estações Fluviométricas

Posto Pluviométrico Código Rio Cidade AD (km²) Latitude Longitude

Major Gercino 84071000 Tijucas

Major

Gercino

1010

27°24'51" 48°57'10"

Nova Trento 84095000 Alto Braço Nova Trento 636 27°17'08" 48°56'00"

São João Batista 84095500 Tijucas

São João

Batista 1890

27°16'30" 48°51'00"

Para a determinação das vazões médias mensais no local do ponto de

captação de água para abastecimento da UTE Tijucas foi realizada a

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transferência de dados a partir da estação fluviométrica São João

Batista por relação de área de drenagem, conforme equação a seguir.

Onde:

- vazão média mensal do mês (i) no ponto de captação de água

da UTE Tijucas (m³/s)

– área de drenagem no ponto de captação de água da UTE

Tijucas (km²)

- área de drenagem no local da estação fluviométrica São João

Batista (km²)

- vazão média mensal do mês (i) no local da estação fluviométrica

São João Batista (m³/s)

Quadro 7.6 – Vazões Características Média Mensais no Local de Captação de Água no rio Tijucas

A/M Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Méd

d 58,81 65,97 55,02 45,36 46,10 42,50 48,68 50,64 59,25 59,25 54,58 51,81 53,22

Máx 187,9

0

172,4

2

140,3

4

113,6

0

180,4

7

109,1

9

354,7

4

170,4

5

190,0

9

122,3

0

241,4

7

146,0

7

120,3

8

Mín 12,11 20,17 15,48 7,55 12,99 14,90 17,08 11,30 10,89 14,49 13,37 12,15 17,68

Com base nas séries de vazões médias mensais, determinou-se a

curva de permanência de vazões mensais para o local do ponto de

captação de água. Esta curva foi obtida considerando o critério de

Kimball, que determina a ordenação, em ordem decrescente, das

vazões médias mensais do período histórico. Atribui-se a cada valor

uma percentagem calculada pela relação entre o seu número de ordem

e o número total de valores da série, acrescido de 1. Desta forma, uma

curva de permanência representa a percentagem do tempo em que

uma determinada vazão é superada no histórico.

7.1.7 Qualidade das Águas Superficiais

O empreendimento está situado na bacia do Rio Tijucas, que nasce na

Serra da Boa Vista, município de Rancho Queimado, numa altitude

próxima dos 1000m e deságua no oceano Atlântico, cerca de 50km ao

norte de Florianópolis.

Entre as principais atividades que influenciam na qualidade dos corpos

hídricos que compõem a bacia, destacam-se a extração mineral e a

atividade agrícola. O extrativismo mineral ocorre, principalmente,

próximo à jusante, como se observa nos municípios de Major Gercino,

Tijucas, São João Batista e Nova Trento. A região da bacia tem a argila

como principal produto de extração, seguida de areia, cascalho e

saibro. A atividade de extração mineral causa impactos

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transfronteiriços, devido à lixiviação e carreamento, que favorecem a

disseminação de poluentes.

O outro segmento que interfere na qualidade da água do rio Tijucas é a

atividade agrícola, essencialmente a rizicultura. A cultura de arroz

demanda uma quantidade considerável de pesticidas para controle de

pragas e plantas invasoras. Portanto, dado a época do ano de sua

utilização nas plantações, espera-se que a qualidade dos corpos

d’água sofra alterações. Entretanto, neste estudo, não foram

realizadas, diretamente, análises de pesticidas. Ademais, o uso

indevido do solo agregado ao assoreamento, erosão, desmatamento,

entre outros fatores, também influenciam na qualidade da água da

bacia em estudo.

A bacia encontra-se em sua maior parte desprovida de sua vegetação

original ( Mata Atlântica), para dar lugar às atividades agropecuárias,

povoamento e urbanização. Conforme o Panorama dos Recursos

Hídricos (2009), a bacia do rio Tijucas encontra-se classificada como

uma área de alta a média pressão urbana sobre os recursos naturais

da região, e, consta com saneamento parcial.

A usina terá sua demanda de água atendida pela captação à margem

esquerda do rio Tijucas. Para o suprimento de água, haverá uma

estação de tratamento da água captada, baseada na técnica de micro

filtração. A demanda prevista na planta do empreendimento

corresponde a 139 t/h, o que representa menos de 0,1% da vazão

média do rio Tijucas. Incluem-se no volume de demanda: água potável,

de combate a incêndios, de resfriamento, de make-up e

desmineralizada.

Figura 7.4 - Localização da UTE Tijucas em relação ao rio Tijucas.

Fonte: Google Earth

Parte da água oriunda da utilização no sistema, apresenta vazão de

21,72 m³/h, incluindo a da estação de tratamento, do sistema de

desmineralização, da caldeira de recuperação e da torre de

resfriamento, retorna ao rio Tijucas por bombeamento. A fração de

água utilizada na caldeira de recuperação que retornará ao rio Tijucas

não alterará na temperatura do corpo receptor, visto que a vazão

corresponde a 2,03 m³/s, e que irá se misturar anteriormente com a

água em temperatura ambiente, oriunda da utilização em outros

componentes do sistema. Além disso, a vazão proveniente da caldeira

de recuperação corresponde a 0,0014% da vazão total do rio Tijucas, o

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que indica a irrelevância na alteração de temperatura no ponto de

mistura e deságüe no corpo hídrico.

Figura 7.5 - Rio Tijucas. 13/03/2013

Com o intuito de obter os parâmetros que caracterizam a qualidade da

água, as análises relatadas foram baseadas na legislação vigente

Resolução CONAMA nº 357/2005 que dispõe da classificação dos

corpos d’água segundo seus usos preponderantes e determina,

respectivamente, os padrões de qualidade da água a que conferem

cada classe. Analisando-se os resultados, em relação às águas

superficiais, o rio Tijucas foi considerado Classe II.

Foram realizadas quatro campanhas, de setembro de 2012 a abril de

2013. As amostras foram coletadas em dois pontos de monitoramento:

Ponto 01 correspondente à montante, e, Ponto 02 correspondente à

jusante. As análises foram efetuadas na Hidroclínica – Análises

Químicas e Laboratório Biológico, sob responsabilidade técnica de

Helcio T. de Souza (CRQ 13401766), Marco Aurélio Ronchi (CRQ

13200466), Adriana Vieira (CRQ 13101073) e Rosecler Bilibio (CRBio

53261 – 03D).

Figura 7.6 - Coleta de amostras.

10/12/2012 Figura 7.7 - Coleta de amostras.

13/03/2013

De acordo com o resultado, quatro (04) dos parâmetros apresentados

nas análises mostraram-se fora do padrão proposto pela legislação

para rios de Classe II. Na primeira campanha (set/2012), o parâmetro

microbiológico que quantifica os coliformes fecais apresentou-se acima

do máximo permitido pela Resolução CONAMA 357/2005.

Outro parâmetro que apresentou valor acima do padrão estabelecido

pela Resolução CONAMA 357, foi DBO5. Na segunda campanha

(dez/2012), a análise da DBO5 mostrou um resultado de 6,12 mg/L de

O2, enquanto o máximo permitido seria 5 mg/L de O2.

A primeira e a quarta campanhas apresentaram valores de OD inferior

à 5,0 mg/L de O2, que corresponde ao limite mínimo estabelecido pela

legislação. O teor de oxigênio dissolvido é de grande importância para

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a flora e fauna aquática, sendo considerado como indicador de

poluição em corpos d’água.

Com exceção da quarta campanha (abr/2013), nas análises realizadas

o fósforo total apresentou-se acima dos padrões estabelecidos pela

legislação vigente. As principais fontes de fósforo em corpos d’água

correspondem a efluentes domésticos, especificamente matéria

orgânica fecal, e, alguns detergentes em pó. Pesticidas e fertilizantes

também são considerados possíveis fontes de fósforo.

7.1.7.1 Índice de Qualidade da Água - IQA

O IQA é calculado pelo produtório ponderado das qualidades da água

correspondentes às variáveis dos parâmetros que compõem o índice.

É possível determinar a qualidade das águas superficiais do rio Tijucas

pelo IQA obtido, este variando em uma escala de 0 a 100. A

classificação da qualidade da água é verificada no quadro abaixo, em

conformidade com o valor obtido no índice.

Quadro 7.7 – Nível de qualidade conforme o IQA calculado

Fonte: CETESB

Considerando a média do IQA entre as quatro campanhas realizadas,

chegou-se a um valor de 67,12. Conforme a classificação estabelecida,

as águas superficiais oriundas do rio Tijucas estão na faixa entendida

como nível médio de qualidade. O enquadramento nessa categoria

relata que há um determinado grau de poluição das águas superficiais

do rio, possivelmente devido à falta de tratamento adequado de

efluentes despejados no corpo d’água, e, dada a influência do uso e

ocupação do solo nos municípios que margeiam o rio.

7.1.7.2 Estações de Monitoramento

Objetivando-se realizar um comparativo com as campanhas e subsidiar

a análise de qualidade da água no rio Tijucas, escolheram-se três

estações que pautam o monitoramento, sendo estas: Estação Nova

Trento, Estação Major Gercino e Estação São João Batista. As

estações São João Batista e Major Gercino estão dispostas ao longo

do rio Tijucas, enquanto que a estação Nova Trento está situada no

afluente rio Alto Braço, como é possível visualizar na figura a seguir.

Nível de Qualidade Faixa

Excelente 90 < IQA < ou = 100

Bom 70 < IQA < ou = 90

Médio 50 < IQA < ou = 70

Ruim 25 < IQA < ou = 50

Muito Ruim 0 < IQA < ou = 25

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Figura 7.8 - Estações de Monitoramento da ANA.

Conforme os resultados e análise de qualidade da água, classsifica-se

a água do rio Tijucas em um nível médio de qualidade. Pode-se atribuir

este fato a ocorrência de eventuais fontes poluidoras ao processo de

ocupação do solo, à atividade industrial e mineradora, ao despejo de

efluente doméstico, e, a outros fatores conseqüentes da urbanização

dos municípios que margeiam o rio.

7.1.8 Qualidade do Ar

A qualidade do ar é influenciada em especial pela concentração das

emissões atmosféricas convencionais oriundas das atividades

industriais e quotidianas, aliadas às condições de meteorológicas e

topográficas que implicam no transporte e dispersão de poluentes. No

caso da UTE Tijucas, a principal fonte de emissão de gases na fase de

operação provém da chaminé da caldeira de recuperação.

Para a caracterização da qualidade do ar atual da área, realizou-se um

estudo da modelagem matemática, o qual, simula a dispersão dos

gases de emissão da UTE Tijucas, levando em consideração a atual

situação da área prevista para sua implantação, em que foram

avaliados compostos como: dióxido de nitrogênio (NO2), monóxido de

carbono (CO), hidrocarbonetos totais (HCT) e dióxido de carbono

(CO2). Utilizou-se para a realização do estudo, o Modelo Aermod,

assim como os padrões definidos pela Resolução CONAMA 03/90.

A modelagem foi crucial para a avaliação, orientando a locação dos

dos locais mais propícios à concentração dos poluentes na área do

estudo. Além disso, possibilitou ainda a determinação das áreas de

influencia do empreendimento.

Com a visualização dos possíveis pontos de maior concentração de

poluentes, determinaram-se os locais de instalação dos equipamentos

para a realização de monitoramentos, objetivando a caracterização da

qualidade do ar, (presença e concentrações de Partículas Totais em

Suspensão (PTS), Dióxido de Enxofre (SO2) e Dióxido de Nitrogênio

(NO2)).

Os resultados deste monitoramento considera o empreendimento

ambientalmente viável sob a perspectiva de qualidade do ar, desde que

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sejam mantidas as características da fonte emissora e as

concentrações adotadas para este estudo.

7.1.9 Níveis de Pressão Sonora

Considera-se que a intervenção humana no conjunto de atividades

desenvolvidas gera alteração nos níveis de pressão sonora no

ambiente. Os sons/ruídos indesejáveis ou intolerantes interferem

diretamente na qualidade de vida da população entorno. Os ruídos

podem gerar incômodos psíquicos e causar perdas temporárias ou

irreversíveis na audição, além dos demais danos gerados à saúde

humana, variando o risco conforme a intensidade e freqüência da fonte

emissora.

Na UTE Tijucas, durante as fases de implantação e desmobilização

haverá geração de ruídos por conta das obras civis, de montagem e

desmontagem industrial. Durante a fase operação, a emissão de ruídos

mais expressiva será proveniente do funcionamento das turbinas e

geradores.

Para a avaliação da situação da área em relação aos ruídos, realizou-

se um monitoramento, com o objetivo de caracterizar o cenário atual

nas imediações ao empreendimento, sustentado na análise da poluição

sonora, e, a avaliação do impacto do incremento nos níveis de pressão

sonora gerados na operação da usina. Para tal diagnóstico, adotou-se

como base a legislação para controle de poluição sonora expressa na

Resolução CONAMA 001/90, a qual estabelece que para cada emissão

do ruído oriunda de quaisquer atividades industriais, comerciais, sociais

ou recreativas, as medições deverão ser realizadas de acordo com a

ABNT/NBR 10151 de 2000.

O resultado do estudo informa que o cenário atual, no será inserida a

UTE Tijucas, apresenta níveis significativos de pressão sonora

conforme os critérios de avaliação. Além disso, o parecer técnico

sugere que haja monitoramento do ruído no início da fase de operação

do empreendimento para que seja possível estabelecer o real impacto

do ruído gerado pela usina.

7.2 Meio Biótico

7.2.1 Fauna

7.2.2 Objetivo Geral do Estudo

Levantar a fauna terrestre ocorrente (avifauna, mastofauna e

herpetofauna) na ADA da UTE Tijucas, bem como na AID do futuro

empreendimento, expressa em termos de diagnóstico faunístico por

seu entorno imediato.

Objetivos específicos

Levantar as espécies que compõem a fauna terrestre

ocorrentes na ADA e AID da UTE Tijucas;

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Identificar a presença / ausência de espécies raras ou

ameaçadas de extinção;

Identificar a possível ocorrência de espécies migratórias

ocorrentes na região de estudos;

Realizar um prognóstico da implantação e operação do

empreendimento, bem como a definição de medidas

mitigadoras de impactos à comunidade faunística local.

7.2.2.1.1 Justificativa do Estudo

O monitoramento da fauna terrestre na área de influência direta da

UTE Tijucas é de caráter fundamental para a compreensão exata dos

possíveis impactos decorrentes do processo de operação do

empreendimento, bem como para a formulação de medidas

mitigadoras capazes de atenuar os impactos negativos e assegurar a

manutenção e conservação da biodiversidade local em patamares

sustentáveis.

Somente um acompanhamento extensivo (de longo prazo) na área de

influência do empreendimento poderá possibilitar o diagnóstico das

modificações ocorridas na estrutura e dinâmica da fauna terrestre local

por ocasião da implantação e operação do empreendimento,

possibilitando ainda a formulação de estratégias de conservação

específicas para a fauna que habita a ADA e AID local.

7.2.2.1.2 Datas das campanhas de amostragem

Foram realizadas nas áreas de estudos (AID e ADA), quatro

campanhas amostrais, onde se observou a sazonalidade ocorrida na

região, sendo assim distribuídas.

Tabela 7.1 - Sazonalidade e datas de realização das campanhas de coleta.

Campanhas Datas Sazonalidade

1ª 12 a 14/09/2012 Inverno

2ª 27 a 29/11/2012 Primavera

3ª 07 a 09/02/2013 Verão

4ª 30/04 a 02/05/13 Outono

7.2.2.1.3 Descrição das metodologias de amostragem

A seguir é apresentada uma relação das metodologias de obtenção de

dados faunísticos primários e secundários empregadas nos estudos

desenvolvidos na área de influência do empreendimento.

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Tabela 7.2 - Metodologias de amostragem e obtenção de dados empregadas para cada grupo taxonômico nos estudos.

Natureza

dos Dados

Metodologia de

Amostragem

Grupos Taxonômicos

Avifauna Mastofauna Herpetofauna

Obtenção de

Dados Primários

Registro através de armadilha fotográfica

Registro de animais mortos

Registro de espécies através de vestígios

Busca ativa com procura visual e auditiva

Obtenção de

Dados Secundários

Entrevista com moradores locais

Levantamento bibliográfico de dados secundários

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Registros fotográficos das metodologias empregadas

Figura 7.9 - Instalação e disposição de uma das armadilhas fotográficas

utilizadas nos estudos e vista detalhada de um dos equipamentos utilizados. Figura 7.10 - Exemplar de Cerdocyon thous (graxaim), encontrado atropelado na

rodovia de acesso e profissional durante registro de vestígios encontrados na ADA.

Figura 7.11 - Profissional registrando vestígios na ADA e profissional em deslocamento pela ADA à procura de possíveis vestígios deixados pela fauna

local.

Figura 7.12 - Profissionais na ADA em observações à procura de melhores pontos para os registros da fauna em geral e profissional em deslocamento / transecto na AID na rodovia existente, na busca por possíveis exemplares da

fauna vítimas de atropelamento.

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Figura 7.13 - Vista de transecto realizado na AID em borda de plantação e

vegetação secundária, no intuito do registro de exemplares da fauna e profissional em período noturno em sítios específicos para procura e registro de

anfíbios locais.

Figura 7.14 - Profissional em ponto estratégico na observação de exemplares de avifauna local e profissional nas margens de corpo hídrico existente na

observação por exemplares da avifauna em geral.

Figura 7.15 - Profissional dentro da ADA no registro da avifauna local.

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7.2.2.2 Área de estudo

A figura a seguir apresenta a delimitação da ADA e AID no que tange

apenas os estudos faunísticos:

Figura 7.16 - Delimitação da área do terreno onde será edificada a UTE

Tijucas e que compreende a ADA – Área diretamente afetada. Fonte Google Earth, 2009.

Figura 7.17 - Delimitação da AID – Área de influência direta da UTE Tijucas,

compreendendo uma faixa de 500 metros no entorno do terreno. Fonte Google Earth, 2009.

Figura 7.18 - Localização em imagem de satélite dos pontos de fornecimento de insumos (terminal de gás e captação de água), bem como da subestação

destinada a receber a energia produzida na futura UTE TIJUCAS, todos vistoriados com vistas ao registro da fauna local.

Fonte: Google Earth, 2009

Figura 7.19 - Detalhe da locação da subestação Tijucas da CELESC.

Fonte Google Earth, 2009.

ADA - Área Diretamente

Afetada (Compreende toda

a extensão do terreno).

AID - Área de Influência

Direta (Faixa de 500 m no

entorno do terreno).

S 27º 15' 27,14"

W 48º 43' 03,89"

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Figura 7.20 - Detalhe da locação do terminal de gás.

Fonte Google Earth, 2009.

Figura 7.21 - Detalhe da locação do ponto de captação de água.

Fonte Google Earth, 2009.

7.2.2.3 Caracterização fotográfica

A seguir, uma breve caracterização fotográfica dos locais de estudos é

apresentada.

S 27º 15' 34,06"

W 48º 42' 35,68"

S 27º 16' 13,94"

W 48º 41' 46,91"

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Figura 7.22 - Escavações no local da implantação do empreendimento e

pequeno bosque. Este fragmento é utilizado como descanso e pouso por aves da região.

Figura 7.23 - Bordas de fragmento vistoriadas pelos profissionais e rodovia local e suas margens, vistoriadas com o intuito de registrar exemplares da fauna em

geral em seus entornos.

Figura 7.24 - Áreas úmidas no entorno do empreendimento e pequenos

fragmentos intercalados com áreas de pastagens, observados e estudados. Figura 7.25 - Áreas de pastagens, intercaladas com fragmentos florestais (ao

fundo) e ocupação antrópica com construções diversas e vista do local da implantação do empreendimento e de vegetação exótica no entorno.

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Figura 7.26 - Corpo hídrico existente nas imediações dos locais estudados e

vista do local da implantação do empreendimento e pequeno bosque com presença de espécies exóticas no local.

Figura 7.27 - Vista parcial de entornos do empreendimento e dos aspectos vegetacionais e depósitos de água nos entornos, alvo de registro de anfíbios.

Figura 7.28 - Transectos em estradas no entorno do empreendimento, tiveram

grande valia no registro de exemplares da fauna em geral e vista da subestação e das áreas antropizadas em seu entorno, onde há a existência de rodovia

pavimentada no local.

Figura 7.29 - Entornos do empreendimento (AID), observa-se diferentes fisionomias vegetais, com reflorestamentos, pequenos bosques, vegetação

inicial, áreas florestadas e pastagens.

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Figura 7.30 - Entornos do empreendimento (AID), se observa as diferentes fisionomias vegetais, com reflorestamentos, pequenos bosques, vegetação inicial, áreas florestadas e pastagens.

Figura 7.31 - Ocupações antrópicas com edificações diversas e estradas locais, estão presentes no entono das áreas de estudos no empreendimento.

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7.2.2.4 Levantamento da Herpetofauna

7.2.2.4.1 Anfíbios

Registros fotográficos dos principais locais de procura da anurofauna

Figura 7.32 - Banhado na AID vistoriado pelos profissionais na procura por anfíbios e depósito artificial de água localizado na AID do empreendimento,

alvo de estudos da anurofauna.

Figura 7.33 - Banhado na AID vistoriado pelos profissionais na procura por anfíbios e banhado / depósito natural de água na AID, alvo de estudo e buscas

por exemplares da anurofauna.

Resultados Obtidos

Como resultados das pesquisas realizadas na área de estudo,

obtivemos o registro de 17 espécies de anfíbios, sendo algumas delas

registradas dentro da ADA, as demais ocorreram em áreas

indiretamente afetadas, como bordas de lagos e depósitos de água nas

imediações do empreendimento (AID).

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Tabela 7.3 - Relação de espécies de anfíbios registrados nos estudos realizados na AID e ADA do empreendimento

Família Espécies Nome Comum

1º estudo 2º estudo 3º estudo 4º estudo

Áreas Áreas Áreas Áreas

ADA AID ADA AID ADA AID ADA AID

Bufonidae

Rhinella abei Sapo cururuzinho --- --- V RV, V --- V --- ---

Rhinella icterica Sapo cururu RV RV, V, E RV, V RV, V, E RV, V RV, V RV RV

Leptodactylidae

Leptodactylus fuscus Rã assobiadora V V V V V V --- V

Leptodactylus latrans Rã manteiga --- RV, V RV, V RV, V RV, V RV, V, E RV RV, V

Adenomera nana Ra piadeira --- --- V V V V V V

Hylidae

Scinax catharinae Perereca catarinense --- --- --- V --- V --- V

Scinax berthae Perereca --- V --- V --- V --- ---

Scinax fuscovarius Perereca --- RV, V RV, V RV, V V RV, V V V

Scinax alter Perereca do litoral --- RV, V --- V V V --- ---

Hypsiboas albopunctatus Perereca cabrinha --- --- --- V --- V --- ---

Hypsiboas faber Sapo Ferreiro --- RV, V V RV, V RV, V RV, V, E RV RV

Dendropsophus minutus Pererequinha-brejo V RV, V RV, V RV, V RV, V RV, V RV, V RV, V

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Ranidae Lithobates catesbeianus Rã touro --- V, E --- RV, V, E --- RV, V, E --- RV

Cycloramphidae Odontophrynus americanus Sapo --- --- --- V --- V --- ---

Microhylidae Elachistocleis bicolor Sapo guarda --- --- V RV, V V V --- V

Leiuperidae

Physalaemus gracilis Ra chorona --- --- --- RV, V --- V --- ---

Physalaemus cuvieri Rã cachorro --- V ---- RV, V --- RV, V --- RV

NÚMERO DE ESPÉCIES REGISTRADAS POR ÁREA 3 10 9 17 9 17 6 11

NÚMERO TOTAL DE ESPÉCIES REGISTRADAS POR ESTUDO 10 17 17 11

NÚMERO TOTAL DE ESPÉCIES REGISTRADAS 17

Legenda: RV – Registro visual / fotográfico, E – Entrevista, V – Vocalização. ADA – área diretamente afetada; AID – área de influência direta.

Registros fotográficos da anurofauna

Figura 7.34 - Exemplar de Rhinella icterica (sapo cururu, macho). Foto do 4º estudo e exemplar de Leptodactylus latrans (rã-manteiga). Foto 1º estudo.

Figura 7.35 - Exemplar de Scinax fuscovarius (perereca-de-banheiro). Foto 1º estudo e exemplar de Hypsiboas faber (sapo ferreiro). Foto 2º estudo.

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Figura 7.36 - Exemplar de Dendropsophus minutus (pererequinha-do-brejo) Foto 1º estudo e exemplar de Lithobates catesbeianus (rã touro). Foto 2º estudo.

Figura 7.37 - Exemplar de Elachistocleis bicolor (sapo-guarda). Foto 2º estudo e exemplar de Physalaemus cuvieri (rã cachorro). Foto 4º estudo.

Espécies de anfíbios ameaçadas de extinção

Nos estudos realizados, levou-se em consideração cinco listagens

oficiais descritas para os três estados do sul do país, uma nacional

elaborada pelo Ministério do Meio Ambiente em parceria com IBAMA e

uma mundial, elaborada pela IUCN Red List.

Das espécies de anfíbios registrados na ADA e AID, nenhuma delas é

ameaçada de extinção ou encontra-se relacionada as listagens oficiais,

visto que todas são espécies comuns, com grande valência ecológica,

sendo encontradas em inúmeros hábitats.

Espécies endêmicos de anfíbios

De acordo com Haddad et al., (2008), Deiques et al., (2007), e

International Union for Conservation of Nature (IUCN), das espécies

registradas durante as campanhas amostrais realizadas na área de

influência do empreendimento, nenhuma delas é considerada

endêmica para a região de estudos, nem tampouco para o estado

catarinense.

7.2.2.4.2 Répteis

Resultados Obtidos

Com relação ao registro de espécies de répteis para a área de estudo,

destaca-se a importância das entrevistas com moradores e pessoas

ligadas no entorno do empreendimento. Tal metodologia auxilia os

profissionais no registro de inúmeras espécies, que são conhecidas

pela população em geral, e que são de difícil encontro.

Ao total, registrou-se sete espécies de répteis, sendo apenas uma

espécie registrada dentro da ADA, o qual trata-se do teiídeo

Tupinambis merianae. A tabela a seguir apresenta os dados obtidos no

decorrer dos estudos realizados na ADA e AID do empreendimento.

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Tabela 7.4 - Espécies de répteis registrados nas áreas de estudos.

Família Espécie Nome comum

1º estudo 2º estudo 3º estudo 4º estudo

Áreas Áreas Áreas Áreas

ADA AID ADA AID ADA AID ADA AID

Colubridae

Spilotes pullatus Caninana --- E --- E --- E --- E

Philodryas sp. Cobra-cipó --- E --- E --- RV, E --- E

Liophis sp. Cobra d’água --- E --- E --- E --- E

Viperidae Bothrops jararaca Jararaca --- E --- E --- RV, E --- E

Elapidae Micrurus sp Coral verdadeira --- E --- E --- E --- E

Gekkonidae Hemidactylus mabouia Lagartixa --- RV, E --- RV, E --- E, RV --- E

Teiidae Tupinambis merianae Teiú V E, RV, V RV E, V, RV V RV, V, E --- E

NÚMERO DE ESPÉCIES REGISTRADAS POR ÁREA 1 7 1 7 1 7 0 7

NÚMERO DE ESPÉCIES REGISTRADAS POR ESTUDO 7 7 7 7

NÚMERO TOTAL DE ESPÉCIES REGISTRADAS 7

Legenda: E – entrevistas, RV – registro visual, V – vestígios, ADA – área diretamente afetada, AID área de influência direta.

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Registros fotográficos da herpetofauna –répteis

Figura 7.38 - Exemplar de Hemidactylus mabouia (lagartixa) e vestígio (rastro das patas e da cauda) de Tupinambis merianae (lagarto teiú).

Espécies de répteis ameaçados de extinção

Nos estudos realizados, levou-se em consideração cinco listagens

oficiais descritas para os três estados do sul do país, uma nacional

elaborada pelo Ministério do Meio Ambiente em parceria com IBAMA e

uma mundial, elaborada pela IUCN Red List.

Das espécies de répteis registrados na ADA e AID, nenhuma delas é

considerada como ameaçada de extinção, nem tampouco corre

quaisquer riscos, visto que em sua maioria são espécies com grande

valência ecológica e que ocupam os mais variados habitat.

Espécies endêmicas de répteis

De acordo com DEIQUES et al., 2007, Marques et al., 2001 e

BORGES, 2001, das espécies de répteis registrados nas campanhas

de estudos realizados na AID e ADA do empreendimento, não há

nenhuma considerada endêmica para a região de estudos.

Curva do coletor para a herpetofauna

Gráfico 7.2 - Curva do coletor para anfíbios e répteis.

7.2.2.4.3 Levantamento da avifauna

Resultados obtidos

Nos estudos realizados na AID e ADA do empreendimento, tivemos o

registro de 57 espécies de aves ocupando a região, sendo destas,

registradas 52 no primeiro estudo, 57 no segundo e terceiro e 49 no

quarto, sendo registrado um total de 30 espécies diretamente na ADA

do empreendimento, conforme aponta a tabela a seguir

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Tabela 7.5 - Relação de espécies de aves registradas nos estudos realizados na AID e ADA do empreendimento.

Ordem/Família Espécie Vernáculo SE HAB GT UE FV

1º estudo 2º estudo 3º estudo 4º estudo

Áreas Áreas Áreas Áreas

ADA AID ADA AID ADA AID ADA AID

SULIFORMES

Phalacrocoracidae

Phalacrocorax brasilianus Biguá R Br PIS Aq PG --- V --- V --- V --- V

ANSERIFORMES

Anatidae

Amazonetta brasiliensis Pé-vermelho R Au ONI Aq PG --- V --- V --- V --- V

PELICANIFORMES

Ardeidae

Bubulcus ibis Garça-vaqueira R Au INS T PG --- V --- V --- V --- V

Egretta thula Garça-branca-pequena R Au PIS Aq PG --- V V V --- V V V

Ardea alba Garça-branca-grande R Au PIS Aq PG --- V --- V --- V --- ---

Syrigma sibilatrix Maria-faceira R Aa CAR T S --- V --- V --- V --- V

Butorides striata Socozinho R Br CAR T S --- V --- V --- V --- V

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Ordem/Família Espécie Vernáculo SE HAB GT UE FV

1º estudo 2º estudo 3º estudo 4º estudo

Áreas Áreas Áreas Áreas

ADA AID ADA AID ADA AID ADA AID

Threskiornithidae

Theristicus caudatus Curicaca R Aa CAR T PG V/A V/A V\A V\A V V A V\A

CATHARTIFORMES

Cathartidae

Cathartes aura Urubu-de-cabeça-vermelha R F CAR Ar PG V V --- V V V V ---

Coragyps atratus Urubu-de-cabeça-preta R Aa CAR Ar PG V V V V V V V V

ACCIPITRIFORMES

Accipitridae

Rupornis magnirostris Gavião-carijó R Fb CAR Ar S V V V V V V\A V V\A

FALCONIFORMES

Falconidae

Elanoides forficatus Gavião-tesoura V/N Aa CAR Ar S --- --- --- V --- V --- ---

Milvago chimachima Carrapateiro R Aa CAR Ar S V/A V/A V V V V\A A V\A

Caracara plancus Caracará R Aa CAR Ar S V/A V/A V V V\A V\A V V\A

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Ordem/Família Espécie Vernáculo SE HAB GT UE FV

1º estudo 2º estudo 3º estudo 4º estudo

Áreas Áreas Áreas Áreas

ADA AID ADA AID ADA AID ADA AID

GRUIFORMES

Rallidae

Gallinula chloropus Frango d’água comum R Aa ONI Aq C --- V --- V --- V --- ---

Aramides saracura Saracura-do-mato R F ONI T S --- V --- A --- V\A --- ---

CHARADRIIFORMES

Charadriidae

Vanellus chilensis Quero-quero R Aa ONI T PG V/A V/A V\A V\A A V\A A V\A

CORACIIFORMES

Alcedinidae

Megaceryle torquata Martim-pescador-grande R Br PIS Ve S --- V/A --- V\A --- V\A --- V\A

Chloroceryle amazona Martim-pescador-verde R Br PIS Ve S --- V/A --- V --- V\A --- V\A

Chloroceryle americana Martim-pescador-pequeno R Br PIS Ve S --- V/A --- V --- V --- V\A

COLUMBIFORMES

Columbidae

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Ordem/Família Espécie Vernáculo SE HAB GT UE FV

1º estudo 2º estudo 3º estudo 4º estudo

Áreas Áreas Áreas Áreas

ADA AID ADA AID ADA AID ADA AID

Zenaida auriculata Pomba-de-bando R Aa GRA Ar B V V V V\A V\A V\A V V\A

Columbia livia Pombo doméstico R Aa GRA Ar PG --- V V V\A V V V V\A

Columbina picui Rolinha picui R F GRA Ar S --- V --- V --- V --- A

Columbina talpacoti Rolinha-roxa R Aa GRA Ar PG V V V V --- V V V

Leptotila rufaxilla Juruti gemedeira R F GRA Ar S --- V/A --- V --- V --- V

CUCULIFORMES

Cuculidae

Crotophaga ani Anú-preto R Aa INS Ve PG V/A V/A V V\A --- V\A A V\A

Guira guira Anú-branco R Aa INS Ve PG V/A V/A V\A V\A V\A V\A A V\A

STRIGIFORMES

Tytonidae

Tyto alba Suindara, coruja R Aa CAR DA S --- --- --- V --- V --- V

Strigidae

Athene cunicularia Coruja-buraqueira R Aa CAR T S --- V V V V V --- V

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Ordem/Família Espécie Vernáculo SE HAB GT UE FV

1º estudo 2º estudo 3º estudo 4º estudo

Áreas Áreas Áreas Áreas

ADA AID ADA AID ADA AID ADA AID

APODIFORMES

Trochilidae

Leucochloris albicollis Beija-flor-garganta-branca R Aa NEC Ar S --- V --- V --- V --- ---

Thalurania glaucopis Beija-flor-fte-violeta R F NEC Ar S ---- --- --- V --- V --- V

Amazilia versicolor Beija-flor-banda branca R R NEC Ar S --- --- --- V --- V --- V

PICIFORMES

Picidae

Colaptes campestris Pica-pau-do-campo R Aa INS Ve S V/A V/A V\A V\A V\A V\A A V\A

PASSERIFORMES

Furnariidae

Furnarius rufus João-de-barro R Aa INS Ar S V/A V/A V\A V\A V\A V\A A V\A

Tyrannidae

Pitangus sulphuratus Bem-te-ví R Aa ONI Ar S V/A V/A V\A V\A A V\A V\A V\A

Tyrannus savana Tesourinha R Aa INS Ar S --- --- V V V V --- V

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Ordem/Família Espécie Vernáculo SE HAB GT UE FV

1º estudo 2º estudo 3º estudo 4º estudo

Áreas Áreas Áreas Áreas

ADA AID ADA AID ADA AID ADA AID

Tyrannus melancholicus Suiriri R Aa INS Ar S --- V V V V V V V

Hirundinidae

Stelgidopteryx ruficollis Andorinha-serradora R Aa INS Ar B --- V V V V V --- ---

Progne chalybea Andorinha-doméstica-gde R Aa INS Ar B --- V V V V V V V

Progne tapera Andorinha do campo R Br INS Ar B --- V V V V V --- ---

Pygochelidon cyanoleuca Andorinha-pequena-casa R Aa INS Ar B V V V V V V V V

Troglodytidae

Troglodytes musculus Corruíra R Aa INS Ar S V/A V/A V A V\A V\A V\A A

Turdidae

Turdus amaurochalinus Sabia poca R F FRU Ar S --- V/A --- V A V V V

Turdus rufiventris Sabiá-laranjeira R Fb FRU Ar S --- V/A A V\A V\A A V\A A

Mimidae

Mimus saturninus Sabiá-do-campo R Aa ONI Ar S --- V V V\A V A V\A V\A

Parulidae

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Ordem/Família Espécie Vernáculo SE HAB GT UE FV

1º estudo 2º estudo 3º estudo 4º estudo

Áreas Áreas Áreas Áreas

ADA AID ADA AID ADA AID ADA AID

Basileuterus culicivorus Pula-pula R F INS Ar S --- V --- V --- V --- V

Thraupidae

Tachyphonus coronatus Tiê-preto R F INS Ar C --- V --- V --- V --- V

Tangara sayaca Sanhaço-cinzento R F ONI Ar S --- V --- V --- V\A --- V

Emberizidae

Zonotrichia capensis Tico-tico R Aa GRA Ar PG V/A V/A V V\A V V\A V\A V\A

Sporophila caerulescens Coleirinho R F GRA Ar S V V V V\A V V V V

Volatinia jacarina Tiziu R Aa GRA Ar S --- V/A A V --- A V\A A

Sicalis luteola Tipio R Aa GRA Ar S --- V --- V --- V --- V

Sicalis flaveola Canário-terra-verdadeiro R Aa GRA Ar C V/A V/A V V\A V V\A V\A V\A

Icteridae

Molothrus bonariensis Chopim, vira bosta R Aa ONI Ar S --- V --- V --- V V V

Gnorimopsar chopi Chopim, pássaro preto R Aa ONI Ar B --- V/A --- V V\A V V\A V

Fringillidae

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Ordem/Família Espécie Vernáculo SE HAB GT UE FV

1º estudo 2º estudo 3º estudo 4º estudo

Áreas Áreas Áreas Áreas

ADA AID ADA AID ADA AID ADA AID

Sporagra magellanica Pintassilgo R Aa GRA Ar PG --- V --- V --- V --- V

Passeridae

Passer domesticus Pardal R Aa ONI Ar PG V/A V/A V\A V\A V\A V\A V\A V\A

TOTAL DE ESPÉCIES REGISTRADAS POR ÁREA 20 52 30 57 29 57 30 49

TOTAL DE ESPÉCIES REGISTRADAS POR ESTUDOS 52 57 57 49

TOTAL DE ESPÉCIES REGISTRADAS 57

Quanto ao contato: V: Visual; A: Auditivo; V/A: visual e auditivo.

Quanto ao habitat - HAB: F: Florestal; Fb: Borda de floresta; Au: Áreas

úmidas; Br: Beira de rio; Aa: Áreas antrópica.

Quanto a Guilda Trófica - GT: ONI: Onívoro; CAR: Carnívoro; FRU:

Frugívoro; GRA: Granívoro; INS: Insetívoro; NEC: Nectarívoro; PIS:

Piscívoro.

Quanto ao status de endemismo - SE:

Stt: Status de endemismo, de acordo com CBRO, 2011; R: residente

(evidências de reprodução no país); VS: visitante sazonal oriundo do sul

do continente; VN: visitante sazonal oriundo do hemisfério norte; VO:

visitante sazonal oriundo de áreas a oeste do território brasileiro; VA:

vagante (espécie de ocorrência aparentemente irregular no Brasil; pode

ser um migrante regular em países vizinhos, oriundo do sul [VA (S)], do

norte [VA (N)] ou de oeste [VA (O)], ou irregular num nível mais amplo

[VA]); D: status desconhecido; Ex = espécie extinta em território

nacional; ExN: espécie extinta na natureza; sobrevive apenas em

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cativeiro; E: espécie endêmica do Brasil; #: status presumido mas não

confirmado.

Quanto à formação do voo – FV:

S – solitários; C – casais; B – bandos; PG – deslocam-se em pequenos

grupos.

Quanto à utilização do espaço – UE:

Aq – espécies aquáticas; T – espécies terrestres; Ar – espécies aéreas;

Ve – maior tempo sobre vegetação; DA – dificilmente deixam o solo e ou

água.

Espécies de aves ameaçadas de extinção

Cinco são as listagens oficiais de espécies ameaçadas de extinção,

sendo desenvolvida uma para cada estado do sul do país, uma

nacional pelo Ministério do Meio Ambiente – IBAMA e uma mundial

pela IUCN Red List Categories and Criteria. De acordo com as

referidas listagens, nos estudos realizados na ADA e AID, nenhuma

das espécies registradas encontra-se sob alguma categoria de ameaça

ou inserida de alguma forma nas listas mencionadas, visto que devido

ao local de estudos ser amplamente antropizado. A maioria das aves

aqui registradas possui ampla distribuição geográfica e grande valência

ecológica, podendo ser encontradas em locais com as mais diversas

formações vegetais, inclusive em áreas degradadas.

Espécies de aves endêmicas

De acordo com os dados do CBRO – Comitê Brasileiro de Registros

Ornitológicos, 2011, juntamente com FRISCH, 2005, SIGRIST, 2007 e

BELTON, 2004, das espécies de aves registradas nas campanhas de

estudos na AID e ADA do empreendimento, não há nenhuma

considerada endêmica unicamente para a região do futuro

empreendimento, nem tampouco para o estado catarinense.

Espécies de aves migratórias

A seguir apresenta-se uma listagem das espécies de aves migradoras

registradas na AID e ADA do empreendimento. Tal listagem baseia-se

nos critérios e ordem taxonômica proposta pelo CBRO (Comitê

Brasileiro de Registros Ornitológicos) e endossada pela SOB

(Sociedade Brasileira de Ornitologia), e adotada pelo CEMAVE em

março/2005.

A classificação das espécies migratórias também foi feita por meio de

pesquisas em bibliografia especializada, sendo: Belton, 2004; Sigrist,

2009; Marterer, 1996; Bege & Marterer, 1991; Nunes & Tomas, 2008.

Tabela 7.6 - Espécies migratórias de acordo com suas classificações taxonômicas e tipo de migração realizada, registradas nos estudos realizados.

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Ordem Família Espécies Vernáculo Tipo de Migração

Accipitriformes Accipitridae Elanoides forficatus Gavião-tesoura V/N

Passeriformes

Tyrannidae Tyrannus savana Tesourinha

Belton, 2004 *.

Hirundinidae

Progne tapera Andorinha-do-campo

Progne chalybea Andorinha-doméstica-gde.

Pygochelidon cyanoleuca Andorinha-pequena-casa

Stelgidopteryx ruficollis Andorinha-serradora

V/N = Espécie visitante do hemisfério norte;

V/S = Espécie visitante do hemisfério sul;

R = Residente (Espécie que possui evidências reprodutivas disponíveis em território nacional, podendo praticar deslocamentos migratórios de uma

região para outra dentro do país).

* Belton, 2004, destaca que as aves passeriformes citadas na tabela anterior, fazem migração dentro do país, deslocando-se para regiões mais

quentes nas épocas frias ocorrentes região sul do Brasil.

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Curva do coletor

Gráfico 7.3 - Curva do coletor no monitoramento da avifauna.

Registros fotográficos

Figura 7.39 - Exemplar e ninho de Furnarius rufus (joão-de-barro) e exemplar de Progne tapera (andorinha-do-campo).

Figura 7.40 - Exemplar de Bubulcus ibis (garça-vaqueira) e exemplar de

Vanellus chilensis (quero-quero)

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Figura 7.41 - Exemplar de Columbina talpacoti (rolinha-roxa) e exemplar de Pygochelidon cyanoleuca (andorinha-pequena-de-casa).

Figura 7.42 - Exemplar de Sicalis flaveola (canário-da-terra-verdadeiro) e exemplar de Pitangus sulphuratus (bem-te-vi).

Figura 7.43 - Exemplar de Tyrannus melancholicus (suiriri) e exemplares de

Gnorimopsar chopi (chopim). Figura 7.44 - Exemplar de Troglodytes musculus (corruíra) e exemplar de Passer

domesticus (pardal).

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Figura 7.45 - Exemplares de Cathartes aurea (urubu-cabeça-preta) e exemplares de Colaptes campestris (pica-pau).

Figura 7.46 - Exemplar de Mimus saturninus (sabiá-do-campo) e exemplar de Gallinula chloropus (Frango-d’água-comum).

Figura 7.47 - Exemplar de Zonotrichia capensis (tico-tico) e exemplar de Guira

guira (anú-branco). Figura 7.48 - Exemplar de Athene cunicularia (coruja buraqueira) e exemplar de

Chloroceryle amazona (martim-pescador-grande).

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Figura 7.49 - Exemplar de Zenaida auriculata (pomba-de-bando) e exemplar de

Rupornis magnirostris (gavião-carijó).

7.2.2.4.4 Levantamento da mastofauna

7.2.2.4.5 Mamíferos não-voadores

Resultados obtidos

Nas campanhas de amostragem realizadas na AID e ADA do

empreendimento, foram totalizadas 10 espécies componentes da

mastofauna, conforme apresenta a tabela

a seguir.

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Tabela 7.7 - Relação de espécies de mamíferos não voadores registrados nos estudos realizados.

Ordem Família Espécies Vernáculo

1º estudo 2º estudo 3º estudo 4º estudo

Áreas Áreas Áreas Áreas

ADA AID ADA AID ADA AID ADA AID

Carnivora

Procyonidae

Nasua nasua Quati --- V, E --- V, E --- V --- V, E

Procyon cancrivorus Mão pelada V V, E --- V, E --- V, E --- V

Mustelidae Galictis cuja Furão --- E --- E --- RV, E --- RV, E

Canidae Cerdocyon thous Graxaim --- V, E V Am, V, E --- AF, V, E V AF, V, E

Muridae

Mus musculus Rato doméstico --- --- --- RV, E --- E --- RV, E

Rodentia

Rattus rattus Rato doméstico --- E --- RV, E --- E --- RV

Caviidae Cavia aperea Preá, periá RV E RV RV RV E --- RV, E

Hydrochaeridae H. hydrochaeris Capivara --- V, E --- V, E --- V, E --- V, E

Didelphimorphia Didelphidae Didelphis albiventris Gambá, raposa V V, E V V, E V V, E V RV, V, E

Edentata Dasypodidae Euphractus sexcinctus Tatu peludo --- V, E --- V --- V, E --- V, E

NÚMERO DE ESPÉCIES REGISTRADAS POR ÁREA 3 9 3 10 2 10 2 10

NÚMERO DE ESPÉCIES REGISTRADAS POR ESTUDO 9 10 10 10

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NÚMERO TOTAL DE ESPÉCIES REGISTRADAS 10

RV – Registro visual, avistamentos, registros fotográficos, E – Entrevistas, V – Vestígios, AF – Armadilha Fotográfica, Am – animais encontrados

mortos.

Registros fotográficos

Figura 7.50 - Vestígio de Nasua nasua (quati) e rastros de Procyon cancrivorus (Mão-pelada).

Figura 7.51 - Vestígios de Cerdocyon thous (graxaim) e exemplar de Cerdocyon thous (graxaim).

Figura 7.52 - Exemplar de Cerdocyon thous (graxaim) e pegadas de

Hydrochaeris hydrochaeris (capivara). Figura 7.53 - Excrementos de Hydrochaeris hydrochaeris (capivara) e exemplar

de Didelphis albiventris (gambá de orelha branca).

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Figura 7.54 - Refúgio de Euphractus sexcinctus, (tatu peludo).

Curva do coletor

Gráfico 7.4 - Curva do coletor para a mastofauna.

Espécies ameaçadas de extinção encontradas localmente

Das 10 espécies de mamíferos não voadores registrados para as áreas

de estudos, temos três inseridas em alguma das listas consultadas,

sendo que para o estado catarinense, somente o roedor Cavia

intermedia é considerado sob alguma categoria de ameaça. Entretanto,

de acordo com Bovincino 2008, esta é endêmica para Florianópolis –

SC e a espécie registrada para o local de estudo, trata-se de Cavia

aperea. Neste caso, a mesma foi mencionada para sanar dúvidas que

pudessem ocorrer a respeito deste roedor.

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Tabela 7.8 - Relação de espécies de mamíferos não voadores ameaçados de extinção encontrados na área do empreendimento de acordo com IBAMA / MMA, 2008 e listagens oficiais dos três estados do sul do país.

Ordem Família Espécies Vernáculo

Ameaças

IBAMA SC PR RS IUCN

Carnivora

Procyonidae Nasua nasua Quati -- -- -- Vu LC

Mustelidae Lontra

longicaudis Lontra -- -- -- Vu DD

Rodentia Caviidae Cavia

intermedia * Preá -- CR -- Vu CR

TOTAL DE ESPÉCIES AMEAÇADAS DE EXTINÇÃO 3

Vu: Vulnerável; CR: Criticamente em Perigo, EN: Em Perigo, PE: Provavelmente Extinta, RE: Regionalmente Extinto, NT: Espécies quase Ameaçadas, DD: Dados Insuficientes, LC: Menor preocupação.

* NOTA: a espécie Cavia intermedia de acordo com Bovincino 2008, é endêmica para Florianópolis SC. A espécie registrada nos estudos trata-se de Cavia aperea.

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Espécies endêmicas de mamíferos não-voadores

De acordo com consultas em referenciais bibliográficos especializados

quanto às espécies endêmicas, das 10 espécies registradas para a

área de estudos, nenhuma pôde ser considerada endêmica unicamente

para a região de estudos, nem tampouco para o estado catarinense.

Salienta-se que Cavia intermedia, de acordo com Bovincino 2008, é

endêmica para a região de Florianópolis SC, entretanto a espécie

registrada para a área de estudos trata-se de Cavia aperea, esta, muito

comum em todo o território catarinense.

7.2.2.4.6 Mamíferos voadores

Resultados obtidos

Nos estudos realizados nas áreas determinadas junto ao

empreendimento, tivemos o registro de três espécies, conforme aponta

a tabela a seguir.

Tabela 7.9 - Resultados das campanhas amostrais realizadas.

Família Espécie Nome

comum Ambiente * Dieta * Sociab. Abundância *

Phyllostomidae

Artibeus sp Morcego-

fruteiro Ab, Fi, Fa Frugívoro Grupos Muito comum

Sturnira lilium Morcego-

fruteiro Ab, Fi, Fa Frugívoro Grupos Muito comum

Desmodontidae Desmodus

rotundus

Morcego-

vampiro Ab, Fi, Fa Hematófago Grupos Comum

Quanto ao hábitat: Al = áreas alagadas; Ab = áreas abertas; Fi = floresta em estágio inicial; Fa = floresta em

estágio médio ou avançado. * De acordo com Emmons, 1997.

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Tabela 7.10 - Relação de espécies de quirópteros registrados nos estudos.

Família Espécie Dieta

1º estudo 2º estudo 3º estudo 4º estudo

Áreas Áreas Áreas Áreas

ADA AID ADA AID ADA AID ADA AID

Phyllostomidae

Artibeus sp Frugívoro --- RV, E RV RV, E --- RV, E --- RV, E

Sturnira lilium Frugívoro --- RV --- RV, E RV RV, E --- RV, E

Desmodontidae Desmodus rotundus Hematófago --- --- --- E --- E --- E

TOTAL DE ESPÉCIES REGISTRADAS POR ÁREA 0 2 1 3 1 3 0 3

TOTAL DE ESPÉCIES REGISTRADAS POR ESTUDO 3 3 3 3

TOTAL DE ESPÉCIES REGISTRADAS 3

E – Entrevista.

7.2.3 Flora

7.2.3.1 Objetivos

O objetivo principal do presente levantamento florístico é a

determinação das espécies vegetais existentes na área de da UTE

Tijucas e a geração de uma lista expondo tais espécies. Ligado a este

objetivo maior listam-se os seguintes objetivos específicos:

Localização e identificação das espécies vegetais existentes;

Coleta e herborização de espécies não identificadas em campo;

Localização e mapeamento dos fragmentos vegetais existentes

na área de estudos;

Registro fotográfico do levantamento realizado;

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Avaliação do grau de antropização da área;

Estimativa da diversidade existente na área.

7.2.3.2 Justificativa do Estudo

As informações ambientais são cada vez mais importantes, visto que

os ecossistemas naturais vêm sendo cada vez mais alterados, e, desse

modo, os dados a respeito destes são perdidos ou sub-amostrados.

Neste sentido, é importante que sejam coletadas todas as informações

disponíveis acerca de determinado local antes que sofra alterações que

o descaracterizem e causem a perda de informações únicas a respeito

do ecossistema local.

Outra justificativa está atrelada diretamente ao Estudo de Impacto

Ambiental exigido pela legislação vigente, que obriga o empreendedor

a realizar, por meio de assessoria especializada a avaliação criteriosa

dos impactos gerados por determinado empreendimento.

7.2.3.3 Metodologia

A metodologia de levantamento das espécies seguiu o método

proposto por Filgueiras (1994), que sugere o método expedito de

caminhamento a fim de amostrar e identificar espécies da flora

existentes em determinada área de estudos. De acordo com o autor, o

profissional deve estabelecer uma linha reta imaginária em meio á

vegetação, ao longo da qual são amostradas e identificadas as

espécies vegetais existentes.

As figuras a seguir ilustram a execução do levantamento florístico na

área de instalação da UTE Tijucas.

Figura 7.55 - Registros ao longo da área de estudos e caminhamento ao

longo da área de estudos.

Figura 7.56 – Profissional avaliando as áreas no entorno dos locais de instalação das estruturas do empreendimento.

A fim de atender à metodologia descrita por Filgueiras (1994), e realizar

uma amostragem o mais completa quanto possível na área do

empreendimento, modificou-se parcialmente o método de

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caminhamento a fim de abranger todos os estágios sucessionais da

vegetação existentes dentro dos limites da área de influência do

empreendimento. Sendo assim, foram percorridas 5 (cinco) linhas retas

de diferentes comprimentos, traçadas ao longo dos fragmentos

florestais existentes na área de estudos. Tais linhas não puderam ser

traçadas observando um sentido único, devido a irregularidade e

fragmentação dos remanescentes florestais.

Figura 7.57 - Localização das linhas de caminhamento com relação ao

empreendimento.

7.2.3.4 Resultados

Figura 7.58 - Ilustração das formações vegetacionais existentes dentro da

ADA do empreendimento.

Terminal de gás

Linha - 05

Linha - 04

Linha - 02

Linha - 01

Linha - 03

Subestação

UTE Tijucas

Subestação

Atividades Antrópicas diversas

Silvicultura

Silvicultura

Gramíneas

Lavoura

Vegetação Estágio inicial mesclada por áreas alagadas e atividades antrópicas UTE Tijucas

Terminal de gás

Gramíneas

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Figura 7.59 – Vastas áreas de pastagem, não se verifica regeneração natural. Figura 7.60 – Curso d’água alterado em meio à pastagem e atividades silviculturais com exóticas, Eucalyptus SP

Figura 7.61 – Pastagens e plantio de Eucalyptus sp e atividades antrópicas à

frente e plantio de Eucalyptus sp. ao fundo Figura 7.62 – Linhas de transmissão existentes na região

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7.2.3.4.1 Listas das espécies amostradas na ADA do empreendimento

Tabela 7.11 - Lista das espécies vegetais existentes dentro da ADA do empreendimento.

Nome vulgar Nome científico Hábito Família

Aroeira vermelha Schinus terebinthifolius Árvore Anacardiaceae

Jerivá Syagrus romanzoffiana Coqueiro

Arecaceae

Palmeira real Archontophoenix

cunninghamiana Palmeira real

Vassoura Baccharis elaeagnoides Arbusto

Asteraceae

Vassoura brava Baccharis uncinella Arbusto

Picão Bidens pilosa Herbácea

Buva vermelha Conyza bonariensis Herbácea

Carobinha Jacaranda puberula Árvore

Corda de viola Ipomoea bonariensis Liana Convolvulaceae

Sena Senna multijuga Árvore

Fabaceae Unha de gato Senegalia bonariensis Árvore

Guapuruvú Schizolobium parahyba Árvore

Papuam Brachiaria plantaginea Herbácea

Gramineae

Capim centenário Panicum sp. Herbácea

Nome vulgar Nome científico Hábito Família

Canela guaicá Ocotea puberula Árvore

Lauraceae

Canela amarela Nectandra lanceolata Árvore

Pixirica Miconia hyemalis Árvore

Melastomataceae Quaresmeira Tibouchina granulosa Árvore

Jacatirão Miconia cinnamomifolia Árvore

Bananeira Musa paradisiaca Arbusto Musaceae

Eucalyptus Eucalyptus sp. Árvore

Myrtaceae Araça vermelho Psidium cattleyanum Árvore

Goiaba Psidium guajava Árvore

Pinus Pinus sp. Árvore Pinaceae

Tanssagem Plantago major Herbácea Plantaginaceae

Mamica de cadela Zanthoxylum rhoifolium Árvore Rutaceae

Vacum Allophyllus edulis Árvore Sapindaceae

Cambroé Casearia obliqua Árvore Salicaceae

Fumeiro bravo Solanum mauritianum Árvore Solanaceae

Figueira de jardim Ficus auriculata Árvore Moraceae

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Nome vulgar Nome científico Hábito Família

Tanheiro Alchornea triplinervia Árvore

Euphorbiaceae

Tanheiro graúdo Alchornea glandulosa Árvore

Mamona Ricinus communis Arbusto

Licurana Hieronyma

alchormeoides Árvore

Embaúba Cecropia glaziovii Árvore Cecropiaceae

Gráfico 7.5 - Gráfico das famílias mais representativas amostradas durante o

levantamento

Linha de Caminhamento 01

Tabela 7.12 - Lista das espécies vegetais amostradas na linha de caminhamento 01.

Nome vulgar Nome científico Hábito Família

Vassoura Baccharis elaeagnoides Arbusto

Asteraceae

Vassoura brava Baccharis uncinella Arbusto

Picão Bidens pilosa Herbácea

Buva vermelha Conyza bonariensis Herbácea

Corda de viola Ipomoea bonariensis Liana Convolvulaceae

Papuam Brachiaria plantaginea Herbácea

Gramineae

Capim centenário Panicum sp. Herbácea

Bananeira Musa paradisiaca Arbusto Musaceae

Eucalyptus Eucalyptus sp. Árvore

Myrtaceae

Goiaba Psidium guajava Árvore

Tanssagem Plantago major Herbácea Plantaginaceae

Mamona Ricinus communis Arbusto Euphorbiaceae

Linha de Caminhamento 02

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Tabela 7.13 - Lista das espécies vegetais amostradas na linha de caminhamento 02.

Nome vulgar Nome científico Hábito Família

Jerivá Syagrus romanzoffiana Coqueiro

Arecaceae

Palmeira real Archontophoenix

cunninghamiana

Palmeira

real

Vassoura Baccharis elaeagnoides Arbusto

Asteraceae

Vassoura brava Baccharis uncinella Arbusto

Picão Bidens pilosa Herbácea

Buva vermelha Conyza bonariensis Herbácea

Corda de viola Ipomoea bonariensis Liana Convolvulaceae

Sena Senna multijuga Árvore

Fabaceae Unha de gato Senegalia bonariensis Árvore

Guapuruvú Schizolobium parahyba Árvore

Papuam Brachiaria plantaginea Herbácea

Gramineae

Capim centenário Panicum sp. Herbácea

Canela guaicá Ocotea puberula Árvore Lauraceae

Pixirica Miconia hyemalis Árvore

Melastomataceae

Jacatirão Miconia cinnamomifolia Árvore

Nome vulgar Nome científico Hábito Família

Bananeira Musa paradisiaca Arbusto Musaceae

Eucalyptus Eucalyptus sp. Árvore

Myrtaceae Araça vermelho Psidium cattleyanum Árvore

Goiaba Psidium guajava Árvore

Pinus Pinus sp. Árvore Pinaceae

Tanssagem Plantago major Herbácea Plantaginaceae

Figueira de jardim Ficus auriculata Árvore Moraceae

Tanheiro Alchornea triplinervia Árvore

Euphorbiaceae

Tanheiro graúdo Alchornea glandulosa Árvore

Mamona Ricinus communis Arbusto

Licurana Hieronyma alchormeoides Árvore

Embaúba Cecropia glaziovii Árvore Cecropiaceae

Linha de Caminhamento 03

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Tabela 7.14 - Lista das espécies vegetais amostradas na linha de caminhamento 03.

Nome vulgar Nome científico Hábito Família

Aroeira vermelha Schinus terebinthifolius Árvore Anacardiaceae

Jerivá Syagrus romanzoffiana Coqueiro Arecaceae

Vassoura Baccharis elaeagnoides Arbusto

Asteraceae

Vassoura brava Baccharis uncinella Arbusto

Picão Bidens pilosa Herbácea

Buva vermelha Conyza bonariensis Herbácea

Carobinha Jacaranda puberula Árvore

Sena Senna multijuga Árvore

Fabaceae

Unha de gato Senegalia bonariensis Árvore

Papuam Brachiaria plantaginea Herbácea

Gramineae

Capim centenário Panicum sp. Herbácea

Canela guaicá Ocotea puberula Árvore Lauraceae

Pixirica Miconia hyemalis Árvore

Melastomataceae Quaresmeira Tibouchina granulosa Árvore

Jacatirão Miconia cinnamomifolia Árvore

Nome vulgar Nome científico Hábito Família

Eucalyptus Eucalyptus sp. Árvore

Myrtaceae Araça vermelho Psidium cattleyanum Árvore

Goiaba Psidium guajava Árvore

Mamica de cadela Zanthoxylum rhoifolium Árvore Rutaceae

Vacum Allophyllus edulis Árvore Sapindaceae

Cambroé Casearia obliqua Árvore Salicaceae

Fumeiro bravo Solanum mauritianum Árvore Solanaceae

Tanheiro Alchornea triplinervia Árvore

Euphorbiaceae Tanheiro graúdo Alchornea glandulosa Árvore

Licurana Hieronyma

alchormeoides Árvore

Embaúba Cecropia glaziovii Árvore Cecropiaceae

Linha de Caminhamento 04

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Tabela 7.15 - Lista das espécies vegetais amostradas na linha de caminhamento 04.

Nome vulgar Nome científico Hábito Família

Aroeira vermelha Schinus terebinthifolius Árvore Anacardiaceae

Jerivá Syagrus romanzoffiana Coqueiro Arecaceae

Vassoura Baccharis elaeagnoides Arbusto

Asteraceae

Vassoura brava Baccharis uncinella Arbusto

Picão Bidens pilosa Herbácea

Buva vermelha Conyza bonariensis Herbácea

Carobinha Jacaranda puberula Árvore

Corda de viola Ipomoea bonariensis Liana Convolvulaceae

Sena Senna multijuga Árvore

Fabaceae Unha de gato Senegalia bonariensis Árvore

Guapuruvú Schizolobium parahyba Árvore

Papuam Brachiaria plantaginea Herbácea

Gramineae

Capim centenário Panicum sp. Herbácea

Canela guaicá Ocotea puberula Árvore

Lauraceae

Canela amarela Nectandra lanceolata Árvore

Nome vulgar Nome científico Hábito Família

Pixirica Miconia hyemalis Árvore

Melastomataceae Quaresmeira Tibouchina granulosa Árvore

Jacatirão Miconia cinnamomifolia Árvore

Bananeira Musa paradisiaca Arbusto Musaceae

Eucalyptus Eucalyptus sp. Árvore

Myrtaceae Araça vermelho Psidium cattleyanum Árvore

Goiaba Psidium guajava Árvore

Tanssagem Plantago major Herbácea Plantaginaceae

Mamica de cadela Zanthoxylum rhoifolium Árvore Rutaceae

Vacum Allophyllus edulis Árvore Sapindaceae

Cambroé Casearia obliqua Árvore Salicaceae

Fumeiro bravo Solanum mauritianum Árvore Solanaceae

Tanheiro Alchornea triplinervia Árvore

Euphorbiaceae Tanheiro graúdo Alchornea glandulosa Árvore

Licurana Hieronyma

alchormeoides Árvore

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Nome vulgar Nome científico Hábito Família

Embaúba Cecropia glaziovii Árvore Cecropiaceae

Linha de Caminhamento 05

Tabela 7.16 - Lista das espécies vegetais amostradas na linha de caminhamento 05.

Nome vulgar Nome científico Hábito Família

Jerivá Syagrus romanzoffiana Coqueiro Arecaceae

Picão Bidens pilosa Herbácea

Asteraceae Buva vermelha Conyza bonariensis Herbácea

Carobinha Jacaranda puberula Árvore

Sena Senna multijuga Árvore

Fabaceae Unha de gato Senegalia bonariensis Árvore

Guapuruvú Schizolobium parahyba Árvore

Papuam Brachiaria plantaginea Herbácea

Gramineae

Capim centenário Panicum sp. Herbácea

Canela guaicá Ocotea puberula Árvore Lauraceae

Pixirica Miconia hyemalis Árvore Melastomataceae

Eucalyptus Eucalyptus sp. Árvore Myrtaceae

Nome vulgar Nome científico Hábito Família

Goiaba Psidium guajava Árvore

Tanssagem Plantago major Herbácea Plantaginaceae

Tanheiro Alchornea triplinervia Árvore

Euphorbiaceae

Mamona Ricinus communis Arbusto

Embaúba Cecropia glaziovii Árvore Cecropiaceae

Registros fotográficos

Figura 7.63 - Vista da região onde foi percorrida a linha 01 e 02, respectivamente.

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Figura 7.64 - Vista da vegetação onde foi percorrida a linha 03 e 04,

respectivamente.

Figura 7.65 - Vista da vegetação onde foi percorrida a linha 05.

7.2.3.5 Espécies ameaçadas de extinção

De acordo com a instrução normativa n° 06 de 23 de setembro de

2008, que oficializa a lista das espécies da flora brasileira ameaçadas

de extinção, não foi amostrada nenhuma espécie ameaçada de

extinção ao longo da área de instalação da UTE Tijucas e estruturas

associadas.

7.3 Meio Socioeconômico

Para estudo Socioeconômico da UTE Tijucas decidiu-se abordar

informações dos municípios pertencentes à área de abrangência da

pluma de dispersão de poluentes atmosféricos, a mesma área da AII,

visando uma maior espacialização e entendimento dos dados

abordados. Desta forma, os estudos socioeconômicos abrangem a

área, composta pelos municípios de Tijucas, Canelinha, Porto Belo e

São João Batista. Também foram analisados dados e informações

regionais e do Estado de Santa Catarina.

Inicialmente a região do Vale do Rio Tijucas era habitada pelos índios

carijós que deram o nome a estas terras de ‘’Tyuca’’, que na língua

guarani, significa ‘’lama escura’’, encontrada principalmente na foz do

Rio Tijucas.

Os primeiros estrangeiros a aportar em Tijucas foram os espanhóis, em

busca de alimentos para a tripulação, no período das grandes

navegações. No ano de 1752, dois imigrantes açorianos, chegaram à

Ponta das Bombas (hoje Bombinhas) e tomaram a primeira posse de

terra na região de Tijucas, que na época também abrangia os territórios

de Porto Belo e Bombinhas conjuntamente.

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O interior do vale do rio Tijucas foi explorado, principalmente na

primeira metade do século XIX. Neste período, vários casais foram se

estabelecendo na área que hoje compreende as cidades de Camboriú,

Bombas, Zimbros, Ganchos e Tijucas. Na cabeceira do rio Tijucas,

localizavam-se colonos de predominância alemã, enquanto nas

nascentes do rio do Braço, afluente do rio Tijucas, agrupavam-se

colonos italianos.

Figura 7.66 - Tijucas

Fonte: www.tiyucosimoveis.com.br

Em 1834, foi fundada a povoação de São João Batista do Alto Tijucas.

Nesta época, o povoado de São João Batista do Alto Tijucas crescera

principalmente devido ao comércio de madeira. O povoado tinha em

seu porto importante eixo de escoamento de produtos para as demais

regiões do país. Destacava-se, além da produção de madeira de lei, a

indústria familiar e de base agrícola que produziam produtos

alimentícios, sobretudo farinha de mandioca.

A região do vale, rica em argila contribuiu para que fosse desenvolvida

a indústria da cerâmica. Os imigrantes italianos foram os

empreendedores pioneiros da indústria de cerâmica nos municípios,

onde a atividade ganhou força a partir da década de 70 com o

crescimento de cidades como Blumenau, Joinville e Florianópolis.

Neste período, foram fundadas 70% das indústrias da região,

aumentando consideravelmente a atividade primária extrativista.

Essencialmente, destacavam-se as atividades relacionadas à lenha

para uso como combustível nos fornos cerâmicos, além da exploração

de argilo-minerais, para a confecção da cerâmica estrutural.

À medida que a região ia desenvolvendo-se economicamente,

municípios do Vale do Rio Tijucas, também obtiveram destaque na

produção de calçados.

A seguir uma breve descrição dos municípios pertencentes à Área de

Influência do empreendimento, os quais: Tijucas (local da implantação),

Canelinha, Porto Belo, São João Batista.

Tijucas

Os primeiros europeus a incursionar pelas terras da atual Tijucas foram

os espanhóis em meados do século XVI. Contudo, o povoamento do

município, inicia-se expressivamente em 1775 com a vinda dos

portugueses. Eram, aproximadamente quinhentas pessoas que

aportaram na enseada de Garoupas, região de Porto Belo, e foram

distribuindo-se pela região. Em 1788, um grupo de pessoas subiu o rio

Tijucas em busca de pinheiros, e constataram a existência de madeiras

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de lei, atraindo, desta maneira, outros exploradores que foram se

instalando na área.

Em 1848, foi criado o distrito de São Sebastião da Foz do Tijucas,

segundo traçado já existente, mas foi apenas em 1916 que passou a

denominar-se Tijucas.

Canelinha

A formação do município de Canelinha se deu, com a distribuição de

sesmarias por todo o vale do Rio Tijucas desde o final do século XVIII

até o início do século XIX. Inicialmente o povoado de Canelinha

pertencia ao município de Tijucas e passou a distrito em 26 de janeiro

de 1934 e a município em 03/12/1962 pela Lei 855/1962. No presente,

Canelinha é conhecida como Cidade das Cerâmicas devido ao grande

número de olarias, indústrias que movimentam boa parte da economia

do município.

Porto Belo

Foi em 1753, que o governo português inicia a colonização do

município, enviando 60 casais vindos das ilhas dos Açores para

iniciarem sua colonização. A partir destes colonizadores deu-se início a

atividade pesqueira na região. Seu crescimento foi lento e difícil, dada

as dificuldades com o clima, o ataque dos espanhóis e a distância do

centro administrativo da capitania de Santa Catarina. O município foi

fundado 1832 e seu nome surgiu devido à beleza e a tranquilidade de

suas águas. Tem como principais atividades econômicas a pesca e

turismo.

São João Batista

São João do Sul foi a primeira colônia italiana do Brasil, com o nome

de Nova Itália, tornou-se município em 1958, quando se desmembrou

de Tijucas. Além dos italianos também se instalaram no município os

açorianos. Entre as atividades econômicas desenvolvidas no município,

a indústria calçadista e comércio de calçados, são as principais.

No mapa a seguir podem ser visualizados os municípios que fazem

parte da área/Região de estudo

Figura 7.67 - Mapa de Localização dos municípios abrangidos pelo estudo

Socioeconômico.

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7.3.1 Terras Indígenas

A Terra Indígena mais próxima do local de instalação da usina localiza-

se a aproximadamente 11,01 km de distância, e denomina-se Terra

Indígena Amâncio, (Figura 10.2). A Amâncio é classificada como em

estudo pela FUNAI, e, encontra-se com situação fundiária em

identificação (Comissão Pró Índio de São Paulo, 2012). Abriga o povo

Guarani Mbya, que na língua Guarani significa “gente”. Atualmente, a

venda de artesanato, é a atividade que sustenta a comunidade.

Figura 7.68 - Distância aproximada por Google Earth da Terra Indígena mais

próxima.

Fonte: Fundação Nacional do Índio - FUNAI, Coordenação Geral de Geoprocessamento –

CGGEO (alterada Google Earth)

7.3.2 Aspectos Populacionais

7.3.2.1 Dinâmica Populacional

O estudo mostra a evolução populacional dos municípios entre os anos

de 1991 e 2010. Houve na região um acréscimo de 60% da população,

o que representa um aumento de 31.583 habitantes. São João Batista

apresentou o maior crescimento da população (105%), e, Canelinha

correspondeu ao menor crescimento (29%).

Em Tijucas, houve aumento populacional de 11.256 habitantes no

período analisado, atualmente possui uma população estimada de

32.087 habitantes, e segundo SEBRAE (2010), é a 40ª cidade

catarinense no ranking populacional e a 1° em relação à região em

estudo. O gráfico a seguir demonstra a evolução populacional dos

municípios nos últimos anos.

Gráfico 7.6 - Evolução populacional dos Municípios - Período 1991 - 2011.

Fonte: IBGE, Diretoria de Estatística, Geografia e Cartografia.

0

5000

10000

15000

20000

25000

30000

35000

1990 1995 2000 2005 2010P

op

ula

ção

To

tal

Ano

Evolução Populacional

Canelinha

Porto Belo

São João

Batista

Tijucas

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A população da região é bem distribuída entre homens e mulheres,

tendo aproximadamente a mesma quantidade, 50,24% são homens e

49,76% são mulheres. Essa população reside predominantemente no

perímetro urbano (85%), e, 15% habita a área rural.

Sobre a estrutura etária a população da região é predominantemente

adulta (90%), entre jovens e adultos.

O município de Tijucas de acordo com o Plano Diretor Participativo

compõe-se por nove (09) bairros e sete (07) localidades, distribuídos

entre área urbana e rural, respectivamente. Especificamente a

localidade de Nova Descoberta apresenta uma população de 2.596,

concentrando 8,38% da população total do município.

Tabela 7.17 – Densidade demográfica dos Municípios – 2012

Fonte: Censo Demográfico 2010 e Estimativa Populacional 2012.

Quadro 7.8 - Bairros pertencentes ao Município de Tijucas. Prefeitura Municipal de Tijucas, 2013

Gráfico 7.7 - Faixa etária da população dos Municípios - 2010

Fonte: IBGE, 2010.

7.3.3 Saúde

Referente às unidades de saúde e o número de leitos em tais

unidades, todos os municípios são atendidos, como pode ser

visualizado a seguir. Os estabelecimentos de saúde compreendem-se

entre clínicas especializadas, hospitais, policlínicas, postos de saúde,

consultórios isolados, e outros.

MunicípiosÁrea Territorial

(Km²)

População

Residente

Dens. Demog.

(hab/Km²)

Tijucas 279,578 30.906 110,55

Canelinha 152,56 10.603 69,501

Porto Belo 93,632 16.083 171,77

São João Batista 221,051 26.260 118,8

Região 746,821 83.852 110,55

Bairros (Zona Urbana): Localidades (Zona rural):

Areias Campo Novo

Centro Itinga

Joaia Morretes

Pernambuco Nova Descoberta

Praça Oliveira

Santa Luzia Terra Nova

Sul do Rio Timbé

Universitário

XV de novembro

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Tabela 7.18. Estabelecimentos de saúde e número de leitos existentes nos Municípios - 2009.

Legenda: NI- Não Informado

Fonte: IBGE, Diretoria de Estatística, Geografia e Cartografia em 2009..

Em relação à oferta de leitos por habitante, é maior no município de

Tijucas, 1,84 leito/hab, seguido de Canelinha 1,88 leito/hab e São João

Batista 1,56 leito/hab. Não há informação do número total de leitos no

município de Porto Belo.

O município de Tijucas contava em 2010 com 35 estabelecimentos de

saúde, entre estabelecimentos públicos, filantrópicos e privados.

Destaca-se no município o Centro de Saúde Orlando Barreto, o pronto

atendimento 24 horas conjunto a essa unidade, o Hospital São José e

a Maternidade Chiquinha Galotti.

Em relação às internações observam-se uma grande incidência

relacionada a doenças respiratórias, doenças do aparelho circulatório e

do aparelho digestivo. Estas, juntas, representam 35% das internações

no município de Tijucas.

Tijucas possui um Plano de Saúde Municipal 2010-2013, desenvolvido

pela Secretaria Municipal de Saúde, que é um instrumento de trabalho

de referência para a gestão da saúde pública no município que

estabelece metas aos programas e serviços prestados a população.

Figura 7.69 – Centro de Saúde Orlando

Barreto – Tijucas Data:22/04/2013. Fonte: Prefeitura Municipal de Tijucas.

Figura 7.70 – Hospital São José -

Tijucas Data:22/04/2013. Fonte: Site Notícias da Cidade.

Figura 7.71 – Centro Municipal de

Promoção à Saúde – Tijucas Data:22/04/2013.

Fonte: Prefeitura Municipal de Tijucas.

Figura 7.72 – Pronto Atendimento

SUS 24h. Data:22/04/2013

Fonte: Prefeitura Municipal de Tijucas.

7.3.4 Educação

Os dados demonstrados na tabela a seguir, referem-se às informações

sobre as matriculas realizadas em 2012 conforme o grau de ensino.

MunicípiosEstabelecimentos

de Saúde Total

Número de

Leitos Total

Populaçâo

Residente

Tijucas 35 57 30.960

Canelinha 6 20 10.603

Porto Belo 16 NI 16.083

São João Batista 24 41 26.260

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Tabela 7.19. Número de matrículas realizadas na rede de ensino nos Municípios – 2012

Fonte: INEP, Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira -Censo

Escolar 2012

O ensino fundamental se destaca em número de matriculas em todos

os municípios, como pode ser verificado na tabela acima. Em Tijucas

chega em 65% do total de matrículas. Na seqüência, ainda em

números de matrícula se destaca o ensino médio, continuando Tijucas

com a maior porcentagem 15%. O ensino fundamental de Educação de

Jovens e Adultos - EJA também se destaca em especial no município

de Canelinha.

Existem no município ainda para atender a população, 28 escolas

municipais, 04 escolas estaduais, 03 escolas particulares e 08 centros

de educação infantil, distribuídas pela área urbana e rural do município.

Conta também com um Campus Universitário, parte integrante da

Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI, no qual são oferecidos os

Cursos de Administração, Direito e Pedagogia, além de uma unidade

do SENAI que oferece cursos técnicos, de aprendizagem industrial e

de qualificação.

Figura 7.73 – Escola de Educação

Básica Alexandre Ternes Filho. Data: 22/04/2013.

Figura 7.74 – Centro de Educação Infantil Eneide Mannrich do Santos.

Data: 22/04/2013

7.3.5 Infraestrutura

7.3.5.1 Transporte

A região em estudo encontra-se em uma área bem localizada no

Estado de Santa Catarina, entre centros urbanos e conectadas por

importantes rodovias como a BR-101, a mais importante via de

comunicação rodoviária entre o norte e o sul do litoral catarinense,

escoando grande parte da produção, dando acesso também a

importantes portos catarinenses.

Em direção ao oeste do Estado, a SC-411 conecta-se a BR-101 no

município de Tijucas e liga as cidades de Canelinha, São João Batista

e Nova Trento ao litoral catarinense. Seu trecho final liga Nova Trento à

Gaspar, passando por Brusque. Há ainda a SC-408, rodovia de sentido

norte-sul do interior do estado, que chega a São João Batista.

Tijucas

Canelinha

Porto Belo

São João Batista

74 50

100 82

EJA

Educação InfantilMédio

EJA Presencial

Creche Pré-escola Fundamental Médio

Município

364 720 698

1.140 994 1.846

Ensino

Fundamental

Ensino Regular

828

224

2.962

7.826

7.878 1.804 2.116 322.376

28882740 04.254

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Em relação ao número de habitantes por automóvel, Canelinha e Porto

Belo são os municípios com maiores índices 3,68 hab/veículo e 3,55

hab/veículo respectivamente. Tijucas apresenta a relação de 2,76

habitantes por veículo.

Figura 7.75 – Principais rodovias de acesso para UTE Tijucas.

7.3.5.2 Segurança

Em 1998, foram inaugurados a Delegacia de Polícia Civil e o Corpo de

Bombeiros de Tijucas para incrementar a segurança pública. O

município conta ainda com o auxílio da Polícia Militar, a qual é

equipada com dez viaturas para realizar as patrulhas e atendimento à

população. O Batalhão da Polícia Militar gerencia, também, um sistema

de monitoramento urbano, composto por dez câmeras que foram

instaladas para auxiliar o serviço de fiscalização e combate à violência.

Figura 7.76 – Corpo de Bombeiros de

Tijucas.

Fonte: Prefeitura Municipal de Tijucas.

Figura 7.77 – Batalhão da Polícia

Militar.

Fonte: Prefeitura Municipal de Tijucas.

7.3.5.3 Energia

7.3.5.3.1 Energia Elétrica

Os municípios em estudo são atendidos pela CELESC – Centrais

Elétricas de Santa Catarina, que atua ainda na maior parte dos

municípios catarinenses, levando e gerando eletricidade para cerca de

2,4 milhões de unidades consumidoras.

Tijucas abriga uma subestação de transmissão e distribuição de

energia elétrica da CELESC as margens da rodovia SC-411, com

tensão de 138 kV, e abastece as cidades de Nova Trento, São João

Batista, Canelinha, Major Gercino e Governador Celso Ramos.

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Figura 7.78 – Subestação de Energia Elétrica SE Tijucas.

Fonte: Google Street View, 2013

Em Tijucas, segundo dados da CELESC, entre os anos de 2004 e 2008

houve um aumento de 15% no número de unidades consumidoras de

energia elétrica e um aumento de 13,6% no consumo total de energia

elétrica. Isso fez com que a média de consumo anual per capita caísse

em 1,2% no período, conforme a tabela a seguir.

No que se refere ao consumo por categoria, a industrial e a residencial

entre os municípios em estudo, são as categorias que mais consomem

energia.

7.3.5.3.2 Gás Natural

O município de Tijucas é atravessado o Gasoduto Bolívia-Brasil, via de

transporte de gás natural entre a Bolívia e o Brasil com 3.150 km de

extensão, destes, 2.593 km encontram-se em território brasileiro

(trecho administrado pela TBG) e 557 km em território boliviano (trecho

administrado pela GTB).

Figura 7.79 – Estação de Entrega de

Gás Natural do Gasoduto Bolívia/Brasil – TBG Tijucas.

Data: 17/03/2011

Figura 7.80 – Estação de Entrega de Gás Natural – SCGÁS Tijucas. Data:

17/03/2011

O ponto de distribuição de Tijucas está em funcionamento desde junho

de 2000, apresentou em 2011, segundo dados da Agência Nacional de

Petróleo, uma média de movimentação de 196.000 m³/dia de gás

natural. Atualmente, segundo dados da SC Gás, o grande usuário de

gás natural do município de Tijucas é a Cerâmica Portobello, que

consome cerca de 160.000 m³/mês, classificando-se como um dos

cinco maiores consumidores de gás natural do estado.

7.3.5.4 Saneamento Básico

7.3.5.4.1 Abastecimento de Água

O serviço de abastecimento de água na área de estudo ocorre de

forma diferenciada. No município de Tijucas, a empresa responsável é

a SAMAE – Serviço Autônomo de Água e Esgoto; em Porto Belo, o

serviço é de responsabilidade da CONASA – Companhia Nacional de

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Saneamento; em Canelinha o é oferecido pela SEMAIS - Serviço

Municipal de Água, Infra-estrutura, Saneamento Básico; e São João

Batista conta com a SISAM - Serviço de Infra-Estrutura, Saneamento e

Abastecimento de Água Municipal.

A água captada pela empresa SAMAE de Tijucas, provém de um

manancial no Rio Itinga, e é levada por adutoras até a Estação de

Tratamento localizada no Porto de Itinga, recebendo tratamento por

filtração e desinfecção, e posteriormente distribuída à população. Em

relação ao consumo de água da UTE, a vazão média de captação

corresponderá a 140 m³/h (0,04 m³/s), o que representa apenas 0,1%

da vazão média do rio Tijucas. Nesta demanda estão previstas o uso

de água potável, de combate a incêndios, de resfriamento, de make-up

e desmineralizada.

7.3.5.4.2 Esgoto

Entre os municípios catarinenses em estudo, apenas Tijucas possui

rede de coleta de esgoto, de responsabilidade da empresa SAMAE. Os

demais municípios utilizam principalmente de fossa séptica e fossa

rudimentar para o destino de seu esgoto.

7.3.5.4.3 Resíduos Sólidos

Os resíduos sólidos gerados nos municípios de Tijucas e Porto Belo

têm como destino o aterro sanitário de Biguaçu, sob responsabilidade

da empresa Proactiva.

O serviço de limpeza pública nos municípios em responsabiliza-se pela

maior parte do destino final dos resíduos sólidos nos municípios, como

mostra a tabela a seguir. Cerca de 95% do que é gerado nos

municípios de Porto Belo, Tijucas e São João Batista, é coletado pelo

serviço de limpeza. Em Canelinha, 36% dos resíduos sólidos gerados

são depositados em caçambas e posteriormente coletados.

7.3.6 Aspectos Econômicos

7.3.6.1 Balança Comercial

Em uma visão geral, a região em estudo apresentou um saldo negativo

de US$ 53.788.362, em que o setor industrial é o principal responsável

por este saldo. Dos municípios em estudo, que tiveram dados

disponibilizados, apenas São João Batista teve saldo positivo na

balança comercial durante o ano de 2012. Este saldo, positivo das

exportações esta relacionado à produção de calçados, principal

atividade econômica do município.

O cenário de importações em 2012, entre os anos analisados foi o mais

expressivo para o município de Tijucas. O município tem como principal

atividade econômica a indústria da cerâmica. Segundo dados da

Associação Comercial e Industrial de Tijucas – ACIT, os três principais

países de destino das exportações de 2008 do município foram:

Estados Unidos, Argentina e Paraguai.

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As empresas exportadoras de maior relevância destaca-se a Portobello

S.A., uma das maiores empresas de revestimentos cerâmicos da

América Latina, com faturamento anual superior a R$ 500 milhões,

conforme site da empresa.

Gráfico 7.8 – Balança Comercial de Tijucas – Período 2008/2012.

7.3.6.2 Empresas e Empregos

Em âmbito regional, Tijucas é o município com a maior concentração

de empresas formalmente cadastradas, concentrando 36% destas,

empregando 9.041 trabalhadores assalariados, isso corresponde a

29% da população do município em 2010. De acordo com o SEBRAE

2008, a maioria destas empresas (93,3%), caracteriza-se como

microempresas, responsáveis por 31,3% dos empregos formais

existentes nos municípios.

Em 2011, as atividades de maior destaque em geração de empregos

formais na região, assim como no estado, é a indústria de

transformação. Regionalmente emprega 26% da população. Outras

atividades que despontam é comércio (11%) e serviços (8%).

7.3.6.2.1 Setor Primário

O setor primário se sobressai entre os setores da economia na região

em estudo, representado em grande parte pela agricultura de caráter

familiar. Em relação aos produtos cultivados em 2011, destacam-se as

culturas de arroz, feijão, fumo, mandioca e milho, com a maioria das

culturas de lavouras temporárias.

O arroz detém 77% da área total plantada na região. Neste cenário,

Tijucas é o município com maior área plantada com arroz e de

produção mais notória, o qual dedica 8% da área total do município a

esse plantio e detém 78% da quantidade total produzida pela região.

Apesar deste setor se destacar, é o que menos agrega empregos

formais, concentrando 0,6% dos empregos. Isso ocorre provavelmente

porque há na região o forte desenvolvimento de agricultura familiar.

7.3.6.2.2 Setor Secundário

O setor secundário representa uma das frentes mais expressiva em

contratação de mão-de-obra na região do Vale do Rio Tijucas, em

especial a atividade industrial. Segundo SEBRAE 2008, o setor

empregou 47% dos trabalhadores de Tijucas.

2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012

Exportações 59.223.52 49.305.97 44.447.98 24.986.50 27.112.97 27.071.08 27.511.36

Importações 2.447.408 4.296.207 15.594.40 17.173.38 34.909.64 61.164.81 81.793.58

Saldo 56.776.11 45.009.77 28.853.58 7.813.121 -7.796.66 -34.093.7 -54.282.2

-80

-60

-40

-20

0

20

40

60

80

100

US$

Mil

es

Balança Comercial de Tijucas

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A fabricação de produtos cerâmicos foi responsável pela maioria

destes empregos com 2.100 funcionários em 48 empresas, seguido da

fabricação de artigos de vestuário que empregou 210 funcionários e a

fabricação de calçados com 172 empregos em 9 empresas. O parque

industrial é composto no geral de pequenas e médias empresas,

totalizando, em Tijucas, 323 empresas.

7.3.6.2.3 Setor Terciário

Este setor está em expansão na região, tanto em termos econômicos,

quando analisada sua participação no PIB regional, quanto em termos

de mão-de-obra formal, concentrando 52% dos empregos. Em Tijucas

o número de empresas no comércio é de 1.671 e no setor de serviços

2.187, o que representa 77% das empresas do município.

Destacam-se neste caso, os serviços relacionados a transporte

rodoviário de carga que empregou em 2008, segundo SEBRAE, 265

trabalhadores em 77 empresas, e os restaurantes e outros serviços de

alimentação e bebidas que empregou 177 pessoas em 66 empresas.

Ainda, é relevante o número de empresas e empregos relacionados ao

comércio varejista de equipamentos de informática e comunicação, e o

comércio varejista de material de construção.

7.3.7 Turismo

O turismo nas cidades do Vale do Rio Tijucas é marcado por atrativos

naturais, praias, festas, turismo de aventura, turismo religioso e locais

de importância histórica.

Figura 7.81 – Casarão Galotti

Fonte: Prefeitura Municipal de Tijucas

Figura 7.82 – Avenida Beira Rio

Fonte: Prefeitura Municipal de Tijucas

Figura 7.83 – Ilha de Porto Belo.

Fonte: Guia SC, 2013.

Figura 7.84 – Igreja Matriz de Porto

Belo.

Fonte: Guia SC, 2013.

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Figura 7.85 – Morro do Rolador.

Fonte: Prefeitura Municipal de Canelinha.

Figura 7.86 – Sítio Harmonia Natural.

Fonte: Prefeitura Municipal de Canelinha.

Tijucas apresenta diversidade cultural e geográfica, com bairros de

açorianos, negros, italianos. Num passeio pelo município, o Centro

Cultural Harry Laus, o Casarão da Família Galotti e antigos estaleiros

revelam influências de diferentes etnias que formaram Tijucas:

açorianos, italianos e negros.

Entre as atrações naturais destacam-se as cachoeiras, grutas, rio e

mar, como o Salto do rio Tijucas, uma queda d'água com 80m de

altura; o Salto Encanto, com seus 30m; a Gruta da Pedra do Xandoca,

que esconde um pequeno córrego bem no centro. Há também no

centro da cidade a Avenida Beira Rio lugar de caminhadas e ponto de

visitação com vista para o Rio Tijucas.

7.3.8 Pesquisa de Campo

A pesquisa de campo contou com um montante total de 48

questionários, o que se considera uma amostra representativa do total

da população em estudo, avaliada como válida, pois apresenta as

mesmas características gerais da população da qual foi extraída. As

residências visitadas concentram-se principalmente na localidade de

Nova Descoberta, região que conforme o Plano Diretor Participativo de

Tijucas, identificadas como Macrozona de Expansão Urbana 2 e

Macrozona Rural de Terra Nova.

Partindo-se da influência das condições atmosféricas da área e a

concentração da população vizinha ao empreendimento, considerou-se

um raio de 1km a partir deste, para a realização da pesquisa de campo.

Para melhor identificar os locais visitados organizou-se as áreas em

estudo em quatro (04) setores como podem ser visualizados na.

O resultado dos questionários aplicados permitiu traçar o perfil da

população sobre aspectos socioeconômicos, saúde e opinião sobre o

empreendimento.

O quadro a seguir demonstra, resumidamente, os resultados dados

obtidos por meio dos questionários realizados nos 18 domicílios

visitados.

Quadro 7.9- Resumo dos dados coletados no Diagnóstico Socioambiental

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Figura 7.87 - Realização de entrevistas quantitativas com os moradores da

localidade de Nova Descoberta. Data: 17/06/2013

164 moradores

3,42 moradores por domicílio

Renda média familiar R$ 1.914,58

71% alvenaria

15% mista

15% madeira

62% menos de 10 anos

32% entre 11 e 30 anos

6% mais que 30 anos

Procedência 100% CELESC

2% falta regularmente

60% falta com alguma frequência

38% falta raramente

55% proveniente da rede

45% proveniente de fonte ou poço

14% rede de coleta

8% a céu aberto

78% fossa séptica

27% do lixo é separado

85% é coletado pelo município

19% Hospital

77% Posto de Saúde

Fumantes 23% das residências com fumantes

Influência do local da residência 8% considera que influencia na saúde

Principal meio de transporte 61% carro

Transporte Público 98% das residências são servidas de ônibus

Condição das Estradas 55% considera boa

Roubos e Assaltos 50% de ocorrência

80% católica

16% evangélica

100% aprovam

85% não vêem problema quanto a implantaçãoAprovação

Falta de Energia

Abastecimento de água

Esgotamento sanitário*

Segurança

Religião

Opinião sobre a UTE Tijucas

Lixo Domiciliar

Saúde

Em caso de doença

Transporte e Circulação

Religião

Saneamento

Demografia

População

Rendimentos

Tempo de residência local

Uso de Energia Elétrica

Domicílio

Tipo de construção

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Figura 7.88 - Setorização das áreas destinadas à aplicação dos questionários.

7.3.8.1 Análise dos Dados

As famílias visitadas têm em média 3,42 pessoas por domicílio,

apresentando-se de acordo com IBGE, 2010, acima da média de Santa

Catarina, que é de 2,58 pessoas por domicílio.

No que se refere caracterização da composição familiar, procurou-se

identificar informações sobre faixa etária, sexo, estado civil,

escolaridade e atividades atualmente desenvolvidas pelos moradores.

Sobre a renda mensal, obteve-se uma média salarial de R$ 1.914,58

por residência. A renda provém em sua maioria da atividade industrial,

representando 60% das atividades desenvolvidas pelos moradores

entrevistados.

Entre as principais atividades econômicas desenvolvidas estão as

industriais de cerâmica, calçados e a facção têxtil. 30%

63%

7%

Faixa Etária

Jovens - 0 a 19 anos

Adultos - 20 a 59 anos

Idosos - a partir de 60 anos

52%

48%

Distribuição por Sexo

Homens

Mulheres

1%

62%26%

2%9%

Escolaridade

Pré-escola

Ensino Fundamental (Regular)

Ensino Médio (Regular)

Ensino Superior

Sem escolaridade

18%

57%

16%

9%

Atividade Atual

Estudante

Trabalhador

Não trabalha

Aposentado

R$ -

R$ 1.000,00

R$ 2.000,00

R$ 3.000,00

R$ 4.000,00

R$ 5.000,00

R$ 6.000,00

1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31 33 35 37 39 41 43 45 47

Renda Mensal

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Dos Dos 48 domicílios entrevistados, a grande maioria, 34 residências

são de alvenaria, o que equivale a 71% do total, o restante, sete (07)

são mistas e outras sete (07) são totalmente de madeira. Quanto ao

número médio de cômodos dos domicílios, a maioria das residências

possui 6 ou mais cômodos e, em sua totalidade, o sanitário encontra-se

no interior da residência.

Figura 7.89 - Exemplos de residências nas quais foram realizadas entrevistas.

Data: 17/06/2013.

Grande parte dos moradores entrevistados reside há menos de 10

anos no local e 3 famílias moram há mais de 31 anos.

Em relação aos benefícios sociais do governo, a maioria das famílias,

78% não recebe assistência. Entre as famílias que recebem auxílio,

nove (09) delas recebem benefícios ligados à saúde, como

medicamentos controlados, duas (02) recebem auxílio do programa

Bolsa Família, e outras duas (02) do programa Minha Casa Minha Vida.

Sobre o acesso à energia elétrica, 100% das residências visitadas

utilizam a rede distribuída pela CELESC.

0

5

10

15

20

25

30Principal Atividade Econômica

Comércio

Aposentado

Indústria

0

5

10

15

20

25

30

35

0 - 10 anos 11- 20 anos 21 - 30 anos 31 - mais

Tempo de Moradia

22%

78%

Recebe Benefício Social

Sim

Não

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Quando questionados sobre a água, 55% dos residentes responderam

que consomem água proveniente da rede pública de abastecimento,

sendo, em algumas residências, a água oferecida pela companhia de

SAMAE.

Sobre a destinação do esgoto doméstico, conforme a população

entrevistada constatou-se que 78% das residências utilizam da fossa

com sumidouro para o destino final de seus efluentes, 14% dispõem o

esgoto a céu aberto em pequenos córregos ou valas e 8% das

residências são atendidas pela rede. Entretanto, de acordo com

informações da SAMAE, a comunidade não é servida pela rede de

esgoto.

Os resíduos sólidos secos frequentemente são queimados. A maioria

dos entrevistados salienta não é atendida pelo serviço de coleta de

resíduos da SELUMA, recorrendo a soluções individuais em suas

propriedades.

Entre os meios de comunicação e de transporte, os gráficos a seguir

demonstram a atual situação dos entrevistados.

Muitas foram as reclamações em relação aos constantes acidentes

envolvendo automóveis, à falta de fiscalização e sinalização. As

estradas secundárias, perpendiculares a SC-411, não são asfaltadas, o

que leva a descontentamento da população quanto à poeira, a buracos,

e a lama em dias de chuva.

Quanto à saúde, os entrevistados declararam que preferem a utilização

do posto de saúde em relação ao hospital. A maior parte da população

(77%) vai ao médico com regularidade. Dos que realizam visitas

regulares, geralmente recorrem ao auxílio médico porque necessitam

de medicamentos específicos ou precisam de acompanhamento

0

10

20

30

40

50

60

Meios de ComunicaçãoTelevisão

Rádio

Telefone fixo

Internet

Celular

Sinal de Celular

Parabólica/TV a Cabo

61%

35%

4%

Meios de Transporte

Carro

Ônibus

Motocicleta

55%24%

21%

Condição das Estradas

Boa

Regular

Péssima

29%

71%

Presença de Ruídos

Sim

Não

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periódico do quadro. Em relação ao tipo de auxílio utilizado, a maior

parte recorre ao Sistema Único de Saúde – SUS.

Quando questionado sobre a existência de familiares que necessitam

de cuidados médicos especiais, dois (02) casos foram identificados.

Quanto ao quadro de doenças e epidemias, há predominância em

doenças do sistema circulatório, como pode ser visualizado no gráfico

a seguir. Na categoria “outros”, lista-se: bronquite, problemas renais,

problemas de coluna, artrose e colesterol alto.

No que tange ao tabagismo, 25% do total de famílias visitadas possui

algum fumante entre seus residentes.

Em síntese, quando perguntado da influência do local de trabalho na

saúde dos moradores, 15% alegaram que pode haver alguma

influência. Entre as interferências do ambiente foram citados problemas

de respiração em pessoas que trabalham nas fábricas de cerâmica e

problemas ortopédicos em outros empregos.

Quanto à possível influência do ambiente na saúde dos moradores, 6%

deles acreditam que exista alguma relação. Entre as causas citadas

estão a poluição do ar, e a demora na coleta de resíduos nas

proximidades de suas casas.

Em referência às informações sobre segurança, 50% dos moradores

entrevistados disseram que o bairro sofre de problemas relacionados a

roubos. Muitos deles atribuíram o motivo à vinda de novos moradores à

região, e ao aumento do consumo de substâncias ilícitas.

Na abordagem sobre religião, 80% das famílias entrevistadas seguem

a religião Católica, outros 16% são evangélicos, e 4% têm outra religião

ou são ateus. Como atividade de lazer, a maioria das pessoas visita os

parentes e vizinhos, vão a bailes e festas da igreja, praticam esportes,

pesca, fazem passeios.

Também houve o questionamento a cerca da opinião dos moradores

sobre o empreendimento. Neste momento foi exposto de maneira

77%

19%

2% 2%

Estabelecimento de Saúde utilizado

Posto de Saúde

Hospital

Farmácia

Clínica94%

6%

Tipo de Auxílio

SUS

Plano Privado

0

5

10

15

20

25

Problemas de Saúde

Pressão

Coração

Gripe e Resfriado

Rinite alérgica

Dor de cabeça

Asma

Diabetes

Outros

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sucinta informações sobre a UTE Tijucas, bem como seu

funcionamento e função na matriz energética. A maioria dos

entrevistados não tinha conhecimento sobre a implementação da UTE

Tijucas. A visão da população entrevistada em relação à implantação

da usina mostrou-se positiva, variando as respostas de boa à regular

em todos os casos. Ainda, 85% dos entrevistados não vêem problemas

quanto à instalação da usina na região.

As expectativas em relação ao empreendimento, no geral, foram

positivas e relacionam-se principalmente à geração de novos

empregos. Outro ponto ressaltado foram as possíveis melhorias que a

usina pode trazer à cidade, como no fornecimento de energia elétrica,

uma redução dos custos, e melhorias estruturais para o município.

As expectativas negativas em relação à implantação da UTE Tijucas

abrangem aspectos relacionados principalmente a um possível

aumento da poluição do ar na região, a perigos de vazamentos de

gases e incêndio nas instalações do empreendimento, e a um possível

acréscimo de ruídos e odores.

Efetivamente, com a realização dos questionários foi possível conhecer

parte da população residente na área em torno do empreendimento,

seus questionamentos e expectativas acerca da UTE Tijucas. Além

disso, ficou clara a insatisfação dos mesmos no que se refere à

segurança das rodovias e os ruídos por ela gerados, acentuada nas

moradias mais próximas à SC-411. Soma-se a isso, o desagrado por

parte de todos os moradores entrevistados à situação atual do

transporte público, pois alguns horários foram excluídos. Apesar de em

um primeiro momento, a população apresentar pouco conhecimento a

cerca do empreendimento, mostrou interesse no assunto e reagiu

positivamente quando se abordava o tema geração de energia elétrica.

Houve ainda comentando sobre as possíveis melhorias que o

empreendimento poderia trazer atrelados à redução dos custos, e

melhorias estruturais para o município.

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8 AVALIAÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS

8.1 Metodologia Identificação de Impactos Ambientais

A análise dos impactos baseou-se nos critérios da resolução CONAMA

001/86. Além disso, foram adotadas as metodologias espontâneas,

sobreposição de mapas, matrizes de correlação, redes de interação e

modelos de simulação.

8.1.1 Metodologias espontâneas (Ad Hoc)

Estas metodologias baseiam-se no conhecimento empírico dos

profissionais no assunto em questão. Realizam-se reuniões, com a

finalidade da obtenção de respostas integradas, aliadas ao

desenvolvimento de estudos, reconhecimentos de campo e

conhecimento técnico do empreendimento.

8.1.2 Sobreposição de mapas (Overlay mapping)

Com auxílio de ferramentas SIG (sistema de informações geográficas),

confecciona-se uma série de mapas temáticos para abordar diversos

temas de impactos ambientais e auxiliar na análise espacial dos

mesmos.

8.1.3 Matrizes de correlação

Têm como objetivo principal correlacionar ações com fatores

ambientais, de forma a identificar o impacto e consequências que uma

ação implica no meio ambiente. (relação de causa e efeito). Utilizou-se

para tanto a Matriz de Leopold, que consiste em identificar as possíveis

interações entre ações e fatores, para então quantificar cada potencial

impacto nos meios Biótico, Físico e Socioeconômico.

8.1.4 Redes de interação (Networks)

De maneira semelhante às matrizes de correlação, entretanto com o

objetivo de identificar relações de antecedência e precedência entre as

ações e os impactos consequentes, as redes fazem uso de métodos

gráficos (fluxograma) para identificar e estabelecer a sequência de

impactos derivada de uma determinada intervenção.

8.1.5 Modelos de simulação

Para analisar a dinâmica dos sistemas ambientais e as interações entre

os diversos fatores envolvidos com maior precisão, fez-se uso de

modelos matemáticos computacionais para representar o

comportamento ambiental e relações de causa e efeito derivadas do

projeto, à medida que a tecnologia atual e dados disponíveis permitem.

8.1.5.1 Modelo de dispersão atmosférica

Para a determinação dos impactos ambientais associados à dispersão

de poluentes atmosféricos emitidos pela chaminé da UTE Tijucas,

realizou-se um estudo de modelagem matemática de dispersão

atmosférica de poluentes utilizando o modelo AERMOD.

Com o resultado obtido pelo modelo verificou-se que os valores mais

elevados, deram-se em especial ao Norte e ao Sul da usina, em áreas

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pontuais mais próximas a morros, exatamente por estas formarem

barreiras à dispersão dos poluentes tendo em vista o regime de ventos

da região. Além disto, foram observadas concentrações mais elevadas

também no entorno da fonte emissora devido às condições de ventos

calmos.

8.1.5.2 Modelo de Propagação de Ruídos

As medições realizadas conforme legislação pertinente e serviram para

caracterizar os níveis de pressão sonora atual nas proximidades do

empreendimento, os quais se deram por meio de simulação da

propagação do ruído de fundo, considerando a sua atenuação ao longo

da distância. Além disso, foram coletados dados na parte externa aos

limites da área em estudo, para a obtenção de uma referência, e,

assim, possibilitar a análise da contribuição dos ruídos da vizinhança.

Os resultados encontrados indicaram que há considerável influência de

fontes geradoras externas de ruído, como o trânsito de veículos leves e

pesados, ação do vento, aves e insetos, promovendo níveis

relativamente elevados de pressão sonora do ambiente.

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Projeto Planejamento e atividades de campo - . + .Contratação de mão de obra - - - - + -Implantação e operação do canteiro de obras - - - - - - - - - - - + - -Preparo da área (Escavação das fundações) - - - . . - - - - - + - -Obras civis - . - - - - + - -Obras de montagem industrial - - - - + - -Desmobilização do Canteiro de Obras - - - - - + - +Contratação de mão de obra - - - - - + -

Admissão do gás natural +

Queima do combustível . -Geração de Energia (Turbina - Gás) - + +Tratamento dos Gases + + + +Liberação de Gases pela Chaminé . - - - -Suprimento de Água no Sistema - .Alimentação da Caldeira de Recuperação -Transformação de Estado da Água - Vapor . -Geração de Energia (Turbina - Vapor) - + +Condensação do Vapor -Retorno da Água para o Sistema + +Operação, Manutenção e Monitoramento + + - - + -Retorno de Água para o Rio + +Encerramento das Atividades . + + + + + + + + + - - -Desmontagem industrial e Civil - - - - - - + -Limpeza e recuperação da área + + + + - + - + - +

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Socioeconômico

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8.2 Identificação, Descrição e Avaliação de Impactos

A identificação dos potenciais impactos baseou-se nas interferências

do empreendimento sobre os fatores e aspectos ambientais dos meios

físico, biótico e socioeconômico. Tais interferências apresentam-se nas

seguintes fases do empreendimento:

• Ações durante a fase de planejamento;

• Ações durante a fase de implantação;

• Ações durante a fase de operação e

• Ações durante a fase de desativação.

Para tanto foram considerados os limites espaciais anteriormente

estabelecidos para as áreas de abrangência do estudo. A partir da

identificação dos possíveis impactos, classificaram-se as interferências

como negativas e/ou positivas utilizando-se de diretrizes metodológicas

para tal avaliação.

Ademais, aplicaram-se métodos e técnicas para qualificação dos

impactos, permitindo uma melhor análise e diferenciação entre mais ou

menos significativos. Realizaram-se ainda reuniões multidisciplinares,

visando uma melhor avaliação de tais impactos, suas respectivas

medidas mitigadoras e compensatórias, e, programas ambientais.

8.3 Caracterização dos Impactos Ambientais

Após a identificação e análise dos impactos realizados, os impactos

ambientais foram caracterizados de acordo com os seguintes critérios:

Natureza do Impacto (Positivo ou Negativo)

Forma Como se Manifesta o Impacto (Direta ou Indireta)

Duração do Impacto (Permanente, Temporário ou Cíclico)

Temporalidade da Ocorrência do Impacto (Curto, Médio ou

Longo Prazo)

Reversibilidade (Reversível ou Irreversível)

Magnitude (Alta, Média ou Baixa)

Abrangência

Importância (Alta, Média ou Baixa)

Para caracterização de cada impacto neste estudo, contou-se com a

análise de 7 (sete) atributos de caráter qualitativo, e, a partir da

compreensão dos mesmos, pode-se avaliar globalmente o

empreendimento.

8.3.1 Fase de Planejamento

8.3.1.1 Meio Socioeconômico

a. Geração de Expectativas

Durante o planejamento, as atividades correspondem aos

levantamentos de campo, aplicação de questionários e estudos

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necessários à elaboração do projeto básico do empreendimento. É

nesta fase que se dá início à geração de expectativas da população

O fato de não ser necessária à realocação de famílias, instalação de

alojamentos e nem a supressão de vegetação, é visto como um

impacto positivo. No que tange a expectativa da administração

municipal de Tijucas, também é classificado como positivo, por conta

da geração de energia e a arrecadação de tributos. E ainda é

considerado positivo pela população devido à geração de empregos e

seus efeitos na economia, como a dinamização do mercado imobiliário.

Como impacto negativo, deve-se ressaltar a possibilidade de geração

de conflitos pessoais atrelados aos impactos gerados pelo

empreendimento.

Considera-se, portanto, um impacto positivo/negativo.

Quadro 8.1– Classificação do Impacto de Geração de Expectativas.

Medidas recomendadas:

Realizar ações de Comunicação Social e publicar com maior

abrangência a data de ocorrência da Audiência Pública.

b. Interferência na Arqueologia

O terreno destinado à implantação possui atividade licenciada de lavra

de argila, portanto qualquer interferência na arqueologia local não será

de grande magnitude. Ademais, realizou-se estudos de diagnóstico

arqueológico, condicionados pelo Instituto do Patrimônio Histórico e

Artístico Nacional (IPHAN) sob Protocolo n° 01510.002318/2012-80.

As alterações na arqueologia são consideradas como impacto

positivo/negativo e se manifestam de forma direta. Classifica-se como

positivo, uma vez que a realização de estudos arqueológicos na área é

visto como uma descoberta de novos insumos para arqueologia, e,

negativo, pois a construção de qualquer empreendimento é

considerada como uma ameaça ao patrimônio arqueológico.

Quadro 8.2 - Classificação do Impacto de Interferência na Arqueologia

Medidas recomendadas:

Apresentação ao IPHAN do Diagnóstico do Patrimônio Arqueológico

para a implantação de uma Usina Termoelétrica – UTE Tijucas, de

caráter não interventivo.

Positivo/

NegativoIndireta Temporário Curto Prazo Reversível AII Alta Alta

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8.3.2 Fase de Implantação

8.3.2.1 Meio Físico

a. Alteração no Nível de Pressão Sonora

Com a instalação da UTE são previstos ruídos normalmente intensos,

constantes, intermitentes e vibrações provenientes de equipamentos,

como os utilizados para limpeza do terreno, escavações, aberturas de

valas. Além destes, também serão ouvidos ruídos das fundações,

obras civis e montagem de equipamentos. Os efeitos dos ruídos serão

sentidos pelos operários e moradores vizinhos às estradas, entretanto,

serão atenuados, pois a edificação mais próxima ao empreendimento

localiza-se a aproximadamente 300 metros.

Conforme do estudo de ruído, devem ser considerados em seu

resultado a interferência de fontes geradoras de ruídos, como as

rodovias, presença de vento, e animais silvestres.

O aumento dos níveis de pressão sonora é visto como um impacto

negativo de baixa importância e baixa magnitude.

Quadro 8.3 - Classificação do Impacto de Alteração dos Níveis de Pressão Sonora

Medidas recomendadas:

Implantar um Programa de Monitoramento de Ruídos

b. Alteração da Disponibilidade Hídrica

A alteração na disponibilidade hídrica na fase de implantação está

relacionada ao consumo de água pelos funcionários no canteiro de

obras, refeitórios, cozinha, vestiários e banheiros. Estima-se um

consumo de 150 litros por funcionário a cada dia, totalizando-se um

valor médio de 34500 litros/dia, dado que a estimativa máxima é de

230 trabalhadores. A água para abastecimento do canteiro de obras

será obtida junto à concessionária municipal de Tijucas – SAMAE.

Quadro 8.4 - Classificação do Impacto de Alteração da Disponibilidade Hídrica

Medidas recomendadas:

Implantar um Programa de Supervisão e Gestão Ambiental,

Programa de Controle Ambiental, Programa de Prevenção e

Controle de Processos Erosivos e Programa Monitoramento da

Qualidade da Água Superficial e subterrânea.

Negativo Direta  Temporário Curto Prazo Reversível  Local* Baixa Baixa

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c. Alteração da Qualidade da Água

A alteração na qualidade da água é oriunda principalmente do canteiro

de obras pelos funcionários, tanto na cozinha/refeitórios, como

vestiários e banheiros. Prevê-se para a construção da usina um

período de aproximadamente 15 meses, com estimativa máxima de

230 trabalhadores.

Para os trabalhadores do canteiro de obras haverá a instalação de

sanitários que contará com um sistema simples de tratamento de

efluentes. Estimou-se, conforme a NBR13969/97, uma contribuição

unitária de esgoto por dia correspondente a 80 litros por funcionário,

resultando em um valor total de 18.400 litros/dia.

A geração de resíduos sólidos também é inerente à etapa construtiva,

e, embora sejam limitados os impactos ao corpo hídrico pela distância

do empreendimento (2,8 km do Rio Tijucas), é importante considerar

alguns casos isolados, como o impacto na escavação de vala para a

tubulação de captação de água. Neste caso, poderá alterar

minimamente de forma temporária a cobertura do solo, e,

consequentemente o padrão de escoamento superficial.

Deve-se levar em conta o risco de infiltração no solo e contaminação

do lençol freático, no caso de má disposição dos resíduos ou

vazamento acidental dos efluentes.

Quadro 8.5 - Classificação do Impacto de Alteração da Qualidade da Água

Medidas recomendadas:

Implantar um Programa de Supervisão e Gestão Ambiental,

Programa de Controle Ambiental, Programa de Prevenção e

Controle de Processos Erosivos e Programa Monitoramento da

Qualidade da Água Superficial e Subterrânea.

d. Alteração na Qualidade do Ar

Nesta fase, as atividades com maior possibilidade de alteração da

qualidade do ar são a movimentação de terra e tráfegos de veículos

pesados, pois o acesso direto ao empreendimento atualmente não

possui pavimento, e apresenta fluxo constante de caminhões devido

às atividades de transporte de cerâmica e olarias desenvolvidas na

região. O manuseio, pulverização e abrasão do solo também resultam

em maior exposição das partículas à ação dos ventos.

O fato de incrementar os níveis de poluição atmosférica configura o

impacto como negativo, de duração temporária, visto que se considera

apenas a etapa de obras, e a temporalidade de ocorrência é de curto

prazo, por encerrar juntamente com o final das obras.

Negativo  Direta  Temporário Curto Prazo   Reversível AID  Média  Alta

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Quadro 8.6 - Classificação do Impacto de Alteração da Qualidade do ar

Medidas recomendadas:

Implantar um Programa de Supervisão e Gestão Ambiental e

Programa de Prevenção e Controle de Processos Erosivos.

e. Geração de Processos Erosivos

Na fase inicial de construção civil da UTE Tijucas, ocorrerá um ajuste

mínimo das estradas, do terreno e implantação da fundação, entretanto

é o período em que ocorrerão as maiores movimentações de terra. No

terreno de implantação do empreendimento atualmente realiza-se a

atividade de Lavra de Argila. Neste contexto, as movimentações de

terra para a implantação da usina serão mínimas, e devem ser

adotadas medidas como a implantação de sistemas de drenagem e

antecipação das contenções e proteções definitivas dos taludes e

revegetação.

O padrão de escoamento superficial, nesta fase pode desencadear

deposição de sedimentos, uma vez que o solo da região é

relativamente propício à erosão, entretanto terá pouca contribuição,

devido ao terreno ser plano e necessitar de poucos ajustes.

Quadro 8.7 – Classificação do Impacto de Geração de Processos Erosivos

Medidas recomendadas:

Implantar um Programa de Supervisão e Gestão Ambiental, Programa

de Controle Ambiental – PCA, Programa de Recuperação de Áreas

Degradadas e Programa de Prevenção e Controle de Processos

Erosivos.

8.3.2.2 Meio Biótico

f. Afugentamento de fauna

Com o início das obras de implantação da UTE Tijucas haverá uma

maior movimentação de maquinário e pessoas, o que poderá afugentar

a fauna que abriga-se atualmente nas bordas de alguns poucos

fragmentos florestais que circundam a área do empreendimento.

Entretanto, cabe-se destacar que a fauna encontrada na ADA ou em

sua adjacência imediata é formada principalmente por espécies

generalistas de habitat, e com elevada valência ecológica, e que

ocupam facilmente ambientes com influência antropogênica. Aliado a

isso, existe um fluxo constante de caminhões e movimentação de

pessoas e maquinário, devido à retirada de argila do local. Desta

Negativo  Direta Temporário  Curto Prazo  Reversível  AID  Baixa   Baixa

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forma, a fauna local não deve sentir de forma mais acentuada os

efeitos da execução do empreendimento.

Quadro 8.8 – Classificação do Impacto de Afugentamento da Fauna.

Medidas recomendada:

Implantar um Programa de Educação Ambiental

g. Atropelamento de fauna

A maior movimentação de maquinário na área de implantação do

empreendimento poderá causar eventuais atropelamentos de

elementos faunísticos, muito embora estime-se que tais encontros com

animais silvestres deverão ser muito raros, dado o elevado nível de

antropização da área de entorno do empreendimento.

Destaca-se ainda que a área atualmente apresenta-se sem cobertura

vegetal, não constituindo ambiente propício ao abrigo de elementos da

fauna local, além disso, raros são os registros de fauna dentro da ADA.

Quadro 8.9 – Classificação do Impacto de Atropelamento de Fauna.

Medidas recomendadas:

Implantar um Programa de Educação Ambiental.

8.3.2.3 Meio Socioeconômico

h. Alteração na Dinâmica Populacional

A fase de implantação é marcada pela presença do maior número de

funcionários, preveem-se para o pico da obra 230 trabalhadores.

Apesar de dar-se preferência à contratação de mão de obra da própria

região, é incontestável que ocorram alterações no cotidiano da

população.

Este contingente é pequeno se comparado à população de total de

Tijucas, que atualmente é de aproximadamente 31.000 habitantes.

Contudo a localidade de Nova Descoberta possui um contingente

populacional de possui um contingente populacional de 2.596

habitantes, com a presença mais de 230 trabalhadores, acresceria

cerca de 9% a população, o que poderia ocasionar a alteração na

dinâmica de vida dos moradores da região, principalmente na demanda

por serviços e sobrecarga da infraestrutura social.

Negativo  Direta Temporário Curto Prazo Reversível ADA/AID Baixa Baixa

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Quadro 8.10- Classificação do Impacto da Alteração da Dinâmica Populacional.

Medidas recomendadas:

Implantar um Programa de Supervisão e Gestão Ambiental,

Programa de Comunicação Social e Educação Ambiental.

Priorizar a contratação de mão de obra local e aplicar um código de

conduta para os trabalhadores, a fim de evitar interferências negativas

sobre a população do entorno.

i. Geração de Conflitos Interpessoais

Os conflitos interpessoais ligados à fase de implantação podem ocorrer

desde divergências de opiniões até fatos ligados a segurança pública.

A mobilização da mão de obra ao local pode ocasionar desconforto aos

moradores, visto que parte da mão de obra contratada poderá ser de

fora da localidade, o que implicará em diferenças de hábitos e

costumes dos moradores locais.

Quadro 8.11 – Classificação do Impacto de Geração de Conflitos Interpessoais

Medidas recomendadas:

Implantar um Programa de Supervisão e Gestão Ambiental e

Programa de Comunicação Social e Educação Ambiental.

Priorizar a contratação de mão de obra local e aplicar um código de

conduta para os trabalhadores, a fim de evitar interferências negativas

sobre a população do entorno.

j. Alteração na Oferta de Empregos

A fase de instalação é marcada pelo maior número de contratações e

mobilização de mão de obra. Serão desenvolvidas atividades como a

terraplanagem, base civil, montagem e instalações finais do

empreendimento, totalizando máximo de 230 trabalhadores no pico de

construção.

A maioria será de cargos temporários, isto implica que parte da mão de

obra empregada será desmobilizada gradativamente.

Outro fator a mencionar é o provável aumento na procura por

atividades do setor de serviços e comércio do município, configurando-

se em um aquecimento das atividades econômicas.

Negativo Direta  Temporária  Curto Prazo  Reversível  AII   Alta Alta 

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Reversível

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RIMA – Usina Termelétrica Tijucas. Responsável Técnico: Geol. Erik Wunder – CREA/SC 074327-0 Página 116

Quadro 8.12 – Classificação do Impacto de Alteração na Oferta de Empregos

Medidas recomendadas:

Implantar um Programa de Supervisão e Gestão Ambiental e

Programa de Comunicação Social.

Priorizar a mão de obra, serviços e empresas existentes no município.

k. Alteração no Mercado Imobiliário

Entre os fatores que contribuem para o aquecimento do mercado

imobiliário, destaca-se a valorização da localidade sob a visão de

novos empreendedores e a possível demanda na procura de imóveis

por parte do contingente de funcionários contratados. Em contrapartida,

há a possibilidade da desvalorização dos terrenos das áreas próximas

ao empreendimento destinados à residências, frente ao tipo de

atividade que será realizada pela UTE.

O incremento populacional repercutirá de forma positiva na economia

local criando novas oportunidades de empreendedorismo no mercado

de bens e serviços. Conforme o Plano Diretor de Tijucas, a área

prevista para implantação da usina está inserida na Macrozona Rural

Terra Nova e Zona de expansão Urbana 2, podendo atrair novos

empreendimentos de grande porte para a região.

Quadro 8.13 – Classificação do Impacto de Alteração no Mercado Imobiliário

Medidas recomendadas:

Programa de Supervisão e Gestão Ambiental e Programa de

Comunicação Social e Educação Ambiental.

l. Alteração na Arrecadação de Tributos/Economia

A execução da UTE Tijucas elevará à arrecadação de impostos

resultante da contratação de mão de obra, aquisição de materiais e a

manutenção equipamentos relacionados direta ou indiretamente ao

empreendimento.

O efeito multiplicador da geração e circulação de riquezas pode

propiciar ainda o surgimento ou fortalecimento de outras atividades

localizadas na área.. O incremento dos tributos é provocado pelo

crescimento das atividades econômicas, pela oferta de empregos e

aumento da renda da população.

Quadro 8.14 – Classificação do Impacto na Arrecadação de Tributos

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Positivo Direta Temporário Curto Prazo Reversível AII Alta Alta

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RIMA – Usina Termelétrica Tijucas. Responsável Técnico: Geol. Erik Wunder – CREA/SC 074327-0 Página 117

Medidas recomendadas:

Priorizar a mão de obra, serviços e empresas existentes no município.

m. Alteração das Condições de Saúde da População

A alteração das condições de saúde da população no entorno da usina

nesta fase será inerente aos impactos gerados pela alteração da

qualidade do ar, água e condições de ruído de fundo.

Em relação à liberação de poluente, se restringe às emissões geradas

pelos veículos responsáveis pelo transporte do material, estimados em

três a quatro veículos pesados por dia, e, pela movimentação do solo e

obras aumenta o material particulado em suspensão.

Os ruídos gerados serão oriundos das fundações, obras civis e

montagem de equipamentos, entretanto este impacto é atenuado pela

distância da residência mais próxima (cerca de 300 metros).

Em relação à água devolvida ao rio, após passagem pelo processo de

tratamento da usina, parte retorna com qualidade superior a que foi

captada.

Em relação ao aumento do contingente populacional, será temporário,

mas poderá desencadear certa insegurança (população e

funcionários).

Quadro 8.15 – Classificação do Impacto de Alteração das Condições de Saúde no Entorno.

Medidas recomendadas:

Implantar um Programa de Monitoramento da Qualidade do Ar,

Programa de Monitoramento da Qualidade da Água e Programa de

Monitoramento de Ruídos.

Implantar um Programa de Supervisão e Gestão Ambiental e

Programa de Comunicação Social e Educação Ambiental.

n. Alteração no Tráfego Viário

No período de implantação da UTE haverá um aumento na

movimentação de veículos devido ao transporte de materiais,

equipamentos e máquinas necessárias à execução da obra. Para tais

atividades, estima-se de três (03) a quatro (04) caminhões por dia,

principalmente na fase de terraplanagem. O material considerado de

maior peso e risco, referente às obras de montagem industrial,

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Negativo Direta/

Indireta Temporária

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Prazo Reversível  AID Alta  Alta

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chegarão pelo porto e serão transportadas até o empreendimento via

SC-411.

Considera-se ainda nesta etapa, a construção e implantação da rede

adutora de água adjacente à rodovia SC-411, que se conectará ao rio

Tijucas. Esta obra será realizada em aproximadamente em seis (06)

meses, e influenciará diretamente no tráfego local.

Quadro 8.16 – Classificação do Impacto sobre a Alteração sobre a Infraestrutura Viária

Medidas recomendadas:

Implantação do Programa de Controle Ambiental.

Exigir das empreiteiras e empresas contratadas para a execução da

obra, que sejam respeitados os limites de velocidade, de carga máxima

a ser transportada na rodovia e horários. Além disso, devem ser

implementadas sinalizações que indiquem o canteiro de obras.

o. Alteração no Consumo de Energia

Durante a implantação da UTE Tijucas prevê-se a contratação de mão

de obra e a realização de atividades de montagem eletromecânica e de

construção civil, as quais, implicam diretamente no aumento do

consumo de energia elétrica. Mesmo assim, a disponibilidade de

energia para as residências no entorno não será afetada pelo uso de

energia na usina.

Quadro 8.17 – Classificação do Impacto sobre a alteração no Consumo de Energia

Medidas recomendadas:

Implantar o Programa de Supervisão e Gestão Ambiental e

Programa de Comunicação Social e Educação Ambiental.

p. Alteração na Geração de Resíduos

A geração de resíduos sólidos ocorrerá em todas as fases do

empreendimento, porém durante a fase de implantação ter-se-á um

maior volume devido aos resíduos da construção civil. Também serão

gerados resíduos no canteiro por parte dos funcionários. A seguir

apresenta-se um quadro com a classificação dos resíduos esperados

durante a fase de implantação do empreendimento e sua correta

destinação final:

Quadro 8.18 – Resumo dos Resíduos Gerados na Fase de Implantação

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Alta  AltaNegativo Direta  Temporária  Curto Prazo  Reversível  AII 

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Negativo Direta   Temporária  Curto Prazo  Irreversível Regional   Alta Baixa 

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RIMA – Usina Termelétrica Tijucas. Responsável Técnico: Geol. Erik Wunder – CREA/SC 074327-0 Página 119

Quadro 8.19 – Classificação do Impacto sobre a Alteração na Geração de

Resíduos Sólidos

Medidas recomendadas:

Implantar um Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos.

q. Alteração da Paisagem Local

A presença da UTE Tijucas resultará em uma alteração dos elementos

da paisagem do seu entorno de maneira imediata, tendo em vista a

substituição da paisagem atual que se caracteriza com pouca

infraestrutura e concentra atividades industriais, destacando-se olarias

e cerâmicas - por uma instalação industrial. Em relação ao sistema de

adução de água, apesar de sua maior extensão apresentar-se

submersa, as margens do rio Tijucas, haverá a estação elevatória e

parte da tubulação de adução aparente.

O terreno da usina atualmente destina-se à lavra de argila, é

desprovido de vegetação e afastado de fragmentos de mata

preservada.

Quadro 8.20 – Classificação do Impacto de Alteração da Paisagem Local

Medidas recomendadas:

Implantar barreira vegetal ao projeto paisagístico para integrar as

futuras instalações ao contexto local.

8.3.3 Fase de Operação

8.3.3.1 Meio Físico

a. Alterações no Clima

As possíveis alterações no micro-clima são oriundas do aumento de

temperatura devido à operação da UTE e da liberação de gases em

alta temperatura e gases que contribuem para o efeito estufa. Salienta-

Resíduo Classe Destinação Final

Higiene pessoal II Aterro Sanitário

Embalagens de Alimentos: plástico, papel, alumínio II Aterro Sanitário e Reciclagem

Restos de Alimentos II Aterro Sanitário

Embalagens de Materiais: plástico e papel II Reciclagem

Madeira (*) I ou II Reciclagem, Reutilização e Aterro Industrial

Vidro (*) I ou II Reciclagem e Reutilização

Aço (*) I ou II Reciclagem, Reutilização e Aterro Industrial

Ferro II Reutilização

Argamassa/Concreto II Reutilização

Fiação Elétrica I Reutilização

Baterias e Pilhas I Aterro Industrial

Lâmpadas I Aterro Industrial

Óleos I Aterro Industrial

Latas de óleo/solventes/tintas I Aterro Industrial

Lodo da Fossa/Sumidouro II Limpa Fossa –> Aterro Sanitário

(*) Depende do material residual que estiver em conjunto

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Alta AltaNegativo Direta   Temporária Curto Prazo Irreversível ADA

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Negativo  Direta Temporária   Curto Prazo Reversível ADA Alta  Baixa

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se que os padrões de poluentes atmosféricos da UTE Tijucas

relacionados ao efeito estufa estão dentro do permitido pela legislação.

Apesar de ser possível uma alteração no micro-clima (principalmente

na temperatura ambiente) espera-se que esta seja mínima e fique

concentrada principalmente na área de influência direta do meio físico.

Quadro 8.21 – Classificação do Impacto de Alterações no Clima

Medidas recomendadas:

Implantar um Programa de Supervisão e Gestão Ambiental,

Programa de Controle e Monitoramento dos Poluentes

Atmosféricos e Programa de Monitoramento de Variáveis

Climáticas.

b. Alteração nos Níveis de Pressão Sonora

Durante a operação, a usina gerará ruídos que contribuirão no aumento

dos níveis de pressão sonora. Conforme o estudo realizado,

atualmente os níveis de pressão sonora encontram-se acima dos

limites sugeridos pelas normas em alguns pontos monitorados, por

conta da presença permanente de fontes geradoras de ruídos como as

rodovias e outros empreendimentos industriais.

É importante também enfatizar que a distância existente entre a fonte e

o receptor (residências) mais próximo encontra-se a aproximadamente

300 metros. Desta forma, a abrangência do impacto ultrapassa a ADA,

contudo não atinge os limites propostos à AID, portanto é considerado

impacto local, de média magnitude.

Quadro 8.22 - Classificação do Impacto de Alteração nos Níveis de Pressão Sonora

Medidas recomendadas:

Implantar um Programa de Monitoramento de Ruído, associado a

uma barreira vegetal integrada ao projeto paisagístico para atenuar o

ruído gerado pelo empreendimento.

c. Alteração na Disponibilidade Hídrica

A alteração na disponibilidade hídrica na fase de operação relaciona-se

ao consumo de água pela operação da usina e pelos funcionários de

operação e manutenção. Estima-se um consumo de 150 litros por

funcionário a cada dia, totalizando-se um valor médio de 4.500

litros/dia, dado que a estimativa máxima é de 30 trabalhadores.

Em relação à operação da usina, haverá uma estação de tratamento, e

atenderá a demanda de água de toda a planta, de 139 m³/h. Inclui-se

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Negativo Direta Temporária Curto Prazo Reversível Local* Média Alta 

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no volume da demanda: água potável, de combate a incêndios, de

resfriamento, de make-up e desmineralizada. A vazão média de

captação corresponderá a 140 m³/h (0,04 m³/s), o que representa

apenas 2% da vazão 50% Q98% de permanência (50 % da vazão com

98 % de permanência), vazão esta considerada como de máximo uso

consuntivo na Bacia a montante do ponto de captação da UTE Tijucas

pela SDS (Secretaria de Desenvolvimento Sustentável do Estado de

Santa Catarina).

Ressalta-se que a SDS comenta no documento APDH (avaliação

preliminar de reserva de disponibilidade hídrica), que atualmente são

utilizados apenas 20% da vazão máxima de uso consuntivo à montante

do ponto de captação, ou seja, o empreendimento não irá impactar de

forma significativa a disponibilidade hídrica da bacia.

Quadro 8.23 – Classificação do Impacto de Alteração da Disponibilidade Hídrica

Medidas recomendadas:

Implantar um Programa de Supervisão e Gestão Ambiental,

Programa de Controle Ambiental, Programa de Prevenção e

Controle de Processos Erosivos e Programa Monitoramento da

Qualidade da Água Superficial e Subterrânea.

d. Alteração da Qualidade da Água

As possíveis alterações na qualidade da água na fase de operação

procedem da utilização dos banheiros, vestiários e refeitório pelos

funcionários, e também, devido a alguns processos de operação e

manutenção da usina.

Para o tratamento e disposição do efluente doméstico provindo por

parte dos funcionários, prevê-se um sistema de tratamento de esgoto.

Nesse contexto, a quantidade total de efluente gerado estimada é de

2.400 litros por dia.

Parte da água do sistema retornará ao Rio Tijucas. Entretanto, a vazão

proveniente da caldeira de recuperação que retorna ao rio corresponde

a 0,0014% da vazão total do rio Tijucas, indicando ser irrelevante

qualquer alteração de temperatura local. Ademais, a água que

retornará ao rio apresenta-se de qualidade superior à captada.

Devem ser considerados possíveis vazamentos de óleo, gás ou

efluente, oriundos de falhas no sistema de condução e

acondicionamento destes fluídos, e, a má gestão de resíduos sólidos.

A alteração da qualidade da água é um impacto negativo de baixa

magnitude, no que se refere à análise atual de qualidade do rio Tijucas,

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Baixa BaixaNegativo  Direta  Temporário Curta   Reversível AII 

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sendo que esta se encontra alterada em função das atividades

extrativistas e agrícolas existentes na bacia.

Quadro 8.24 – Classificação do Impacto de Alteração da Qualidade da Água

Medidas recomendadas:

Implantar um Programa de Supervisão e Gestão Ambiental e

Programa Monitoramento da Qualidade da Água Superficial e

Subterrânea.

e. Alteração da qualidade do Ar

As alterações na qualidade do ar nesta fase são decorrentes da

queima do gás natural e dos efluentes liberados pela chaminé, em que

os principais poluentes são: Óxidos de nitrogênio (NOx como NO2),

Monóxido de carbono (CO), Hidrocarbonetos totais (HCT), Dióxido de

carbono (CO2).

No estudo realizado, não foram consideradas eventuais emissões de

outras fontes e concentrações existentes na região (concentrações de

fundo naturalmente encontradas na atmosfera), representando apenas

a emissão da UTE Tijucas. O resultado mostrou que em todos os

poluentes analisados, nenhum excedeu os padrões determinados por

lei, isto é, não interfere no bem estar e saúde da população vizinha.

Quadro 8.25 - Classificação do Impacto de Alteração da Qualidade do Ar

Medidas recomendadas:

Implantar um Programa de Supervisão e Gestão Ambiental,

Programa de Controle e Monitoramento dos Poluentes

Atmosféricos.

8.3.3.2 Meio Biótico

f. Atropelamento de Fauna

Nesta fase haverá movimento de caminhões que trarão insumos até o

local, podendo causar eventuais atropelamentos de elementos

faunísticos.

Entretanto, conforme já citado anteriormente, os elementos faunísticos

que cruzam o local são poucos e em raras oportunidades, tornando o

impacto pouco expressivo.

Quadro 8.26 - Classificação do Impacto de Atropelamento de Fauna.

Natureza Forma

como se

Duração Temporal

idade da

Reversibilida

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Abrangên

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Negativo  Direta  Temporário Curta   Reversível AID Baixa Baixa

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Média  AltaNegativo  Direta Temporário  Curta  Reversível  AID 

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RIMA – Usina Termelétrica Tijucas. Responsável Técnico: Geol. Erik Wunder – CREA/SC 074327-0 Página 123

manifesta Ocorrênci

a

Positivo/

Negativo

Direta Temporária/

Permanente

Curto

Prazo

Parcialmente

Reversível ADA/AID Baixa Baixa

Medidas recomendadas:

Implantar um Programa de Educação Ambiental.

8.3.3.3 Meio Socioeconômico

g. Alteração na Dinâmica Populacional

Na fase de operação haverá uma diminuição substancial na circulação

de pessoas, pois contará um contingente de 15 funcionários

(secretária, operadores, ajudantes e encarregados), além dos

terceirizados e funcionários responsáveis pela manutenção da usina

(30 funcionários). Estes últimos virão ao empreendimento somente

quando necessário seus serviços. Os demais funcionários,

provavelmente viverão no município. Sendo assim, este impacto

caracteriza-se por ser negativo de importância e magnitude baixa.

Quadro 8.27 – Classificação do Impacto de Alteração na Dinâmica Populacional

Medidas recomendadas:

Implantar um Programa de Supervisão e Gestão Ambiental e

Programa de Comunicação Social e Educação Ambiental.

Priorizar a mão de obra, serviços e empresas existentes no município.

h. Geração de Conflitos Interpessoais

Nesta fase também poderá ocorrer conflitos interpessoais,

evidenciados principalmente pela mobilização da mão de obra, que

apesar envolver um menor número de trabalhadores (máximo 30),

poderá causar desconforto aos moradores, visto que os mesmos

podem ser de fora da localidade.

Além disso, há a possibilidade de insatisfação dos moradores frente

aos possíveis impactos que o empreendimento poderá causar sob o

meio em que vivem.

Quadro 8.28 – Classificação do Impacto de Geração de Conflitos Interpessoais

Medidas recomendadas:

Implantar um Programa de Supervisão e Gestão Ambiental e

Programa de Comunicação Social e Educação Ambiental.

Abr

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Mag

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Negativo DiretaTemporária/

PermanenteCurto Prazo

Parcialmente/

ReversívelADA/AID Baixa Baixa

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Temporária/

Permanente

Reversível/

Irreversível

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Negativo Indireta Curto/Longo

PrazoAII Alta Alta

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Priorizar a mão de obra, serviços e empresas existentes no município.

i. Alteração da Oferta de Empregos

O funcionamento da UTE Tijucas é totalmente automatizado e permite

o despacho de energia conforme a necessidade, ficando sob a

responsabilidade dos operadores somente o monitoramento.

Os funcionários da fase de operação e seus familiares representarão

um aumento no consumo de bens e serviços local em decorrência dos

salários, colaborando para uma dinamização da economia. A oferta de

empregos prevista é para um contingente de 15 pessoas entre

secretaria, operadores, ajudantes e encarregados. Para a manutenção

será contratada uma empresa terceirizada de no máximo trinta (30)

funcionários.

Quadro 8.29 – Classificação do Impacto de Alteração da Oferta de Empregos

Medidas recomendadas:

Implantar um Programa de Supervisão e Gestão Ambiental e

Programa de Comunicação Social e Educação Ambiental.

Priorizar a mão de obra necessária para operação do empreendimento

do município, assim como prestadores de serviços.

j. Alteração no Mercado Imobiliário

Empreendimentos como a UTE Tijucas, que utiliza gás natural como

insumo energético, apresenta vantagens ambientais frente a outras

fontes fósseis de energia, e certamente contribuirá para a indução ao

desenvolvimento local, servindo de alavanca ao crescimento ou

intensificação do interesse de outras unidades industriais a se

instalarem na região.

Em menor escala, os funcionários, também contribuirão no mercado

imobiliário. O aumento na demanda de bens e serviços, também

implicará na valorização dos terrenos próximos ao empreendimento.

Ademais, a localidade de Nova Descoberta está inserida em uma zona

que prevê expansão urbana conforme o Plano Diretor municipal.

Em contrapartida, poderá ocorrer a desvalorização dos terrenos

próximos à usina quanto à procura de imóveis para a habitação, tendo

em vista o tipo de atividade desenvolvida pela UTE e seus possíveis

impactos.

Quadro 8.30 – Classificação do Impacto no Mercado Imobiliário

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Positivo Direta Temporária Curto Prazo Reversível

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AII Baixa Alta

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RIMA – Usina Termelétrica Tijucas. Responsável Técnico: Geol. Erik Wunder – CREA/SC 074327-0 Página 125

k. Alteração na Arrecadação de Tributos/Economia

Na fase de operação um dos itens que mais contribuirá para a

alteração da arrecadação municipal é à geração de energia. A UTE

Tijucas será responsável em um primeiro momento, pela adição na

rede elétrica de potência de 56.054 kW, o que aportará incrementos ao

PIB municipal.

A geração de energia também gerará tributos (15% mais ou menos de

ICMS – Imposto Sobre Circulação de Mercadoria e Serviços) ao

Governo Federal. Ressalta-se que, 50 % deste valor gerado de ICMS

volta para o Estado de Santa Catarina para ser distribuído entre os

municípios, portanto, o que o município de Tijucas receberá depende

de seu IPM (Índice de Participação de Municípios).

Quadro 8.31 – Classificação do Impacto de Arrecadação de Tributos

l. Alteração das Condições de Saúde da População

As condições de saúde nesta fase, poderão sofrer alterações por conta

das possíveis mudanças qualidade do ar, ruído e dinâmica

populacional.

No que se refere à qualidade do ar, de acordo com os estudos

realizados, verificou-se a viabilidade ambiental do empreendimento, o

que significa que os gases emitidos não mostram riscos à saúde e ao

meio ambiente. Nesta fase, ainda, ocorrerá monitoramento das

concentrações dos gases de emissão, e deverão ser tomados os

cuidados necessários para que não ocorra nenhum incidente durante o

seu funcionamento.

Quanto aos ruídos, conforme o monitoramento, os ruídos de fundo

encontram-se acima do estipulado pela norma vigente. Mesmo em tais

condições, o ruído gerado pela usina ultrapassará de forma pouco

significativa os índices permitidos, representando um incremento

próximo de 13%. Além disso, por conta de sua propagação, o som não

será de substancial interferência na população do entorno,

considerando a localização das residências mais próximas da fonte

(cerca de 300 metros).

Sobre o incremento populacional, haverá um máximo de 30

funcionários trabalhando na usina durante a fase de operação, é um

aumento pouco significativo, mas que de qualquer forma, deve ser

levada em consideração, a hipótese do aumento na procura de

serviços de saúde.

Quadro 8.32 – Classificação do Impacto de Alteração das Condições de Saúde da População.

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Positivo Direta Temporária Curto Prazo Reversível Tijucas Alta

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Medidas recomendadas:

Implantar um Programa de Monitoramento da Qualidade do Ar,

Programa de Monitoramento de Ruídos e Programa de

Comunicação Social e Educação Ambiental.

Priorizar a mão de obra necessária para operação do empreendimento

do município, assim como prestadores de serviços.

m. Alteração no Tráfego Local

A alteração no tráfego nesta fase restringe-se à movimentação dos

funcionários da usina ou operários de manutenção do

empreendimento. Haja vista que o número máximo de funcionários

previsto é de 30 pessoas trabalhando em horários diferenciados, a

maioria deles somente recrutados quando necessário.

Quadro 8.33 – Classificação do Impacto de Alteração no Tráfego Local.

Medidas recomendadas:

Implantar um Programa de Supervisão e Gestão Ambiental e

Programa de Comunicação Social e Educação Ambiental.

Priorizar a mão de obra necessária para operação do empreendimento

do município, assim como prestadores de serviços.

n. Alteração na Geração de Energia

A geração de energia é um dos principais impactos positivos em

relação à etapa de operação da UTE Tijucas. A UTE funcionará por

meio de ciclo combinado com grau de eficiência em torno de 50%.

A potência instalada da UTE Tijucas é 56,054 MW, em que cada 1 MW

médio gerado tem capacidade de abastecer em média 3.000 pessoas,

logo, os 56,054 MW poderiam levar energia a 168.162 pessoas.

O Rendimento financeiro mensal da UTE, se considerado um

funcionamento hipotético de 24 horas por dia, seria:

1. Potência Instalada: 56,054 MW

2. Eficiência (Rendimento Líquido Total): 48,28 %

3. Horas Mês: 24 horas/dia * 30,4 média dias de cada mês = 730

horas

4. Preço do MW/hora: 105,00 Reais

5. Rendimento Mensal = 56,054 * 0,4828 * 730 * 105 =

2.074.369,08 Reais

6. Rendimento Anual = 24.892.428,93 Reais

Tabela 8.1 – Classificação do Impacto de Geração de Energia.

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Indireta Temporária

 Curto/Longo

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AID Baixa Baixa

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o. Alteração na Geração de Resíduos Sólidos

A geração de resíduos sólidos nesta fase diminui substancialmente e

consiste em resíduos domiciliares dos funcionários, da manutenção e

operação dos equipamentos. A seguir apresenta-se um quadro com os

prováveis resíduos gerados durante a fase de operação e seu destino

final:

Quadro 8.34 – Resumo dos Resíduos Sólidos Gerados

Os resíduos deverão ter correto acondicionamento e armazenamento

até o momento de sua coleta, visto que atraem roedores e vetores de

doenças, além da poluição visual. O tanque de armazenamento de óleo

lubrificante, e, o sistema que o compõe deve estar vedado, prevenindo-

se contra riscos de vazamento e conseqüente contaminação do solo e

do lençol freáticose.

Quadro 8.35 – Classificação do Impacto de Geração de Resíduos.

Medidas recomendadas:

Implantar um Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos,

Programa de Comunicação Social e Educação Ambiental.

8.3.4 Fase de Desmobilização

8.3.4.1 Meio Físico

a. Alterações no Clima

As possíveis alterações no microclima provocadas durante a fase de

operação da UTE Tijucas deixarão de ocorrer com a desativação da

usina, devido a interrupção na liberação de gases em alta temperatura

e dos gases que contribuem para o efeito estufa.

Quadro 8.36 – Classificação do Impacto de Alterações no Clima.

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Positivo Direta Temporária Curto Prazo Reversível Regional Alta Alta

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Resíduo Classe Destinação Final

Higiene Pessoal II Aterro Sanitário

Embalagens de Alimentos: plástico, papel, alumínio II Aterro Sanitário e Reciclagem

Restos de Alimentos II Aterro Sanitário

Embalagens de Materiais: metal, plástico e papel I e II Aterro Sanitário e Reciclagem

Baterias e Pilhas I Aterro Industrial

Lâmpadas I Aterro Industrial

Óleos I Aterro Industrial

Lodo da Fossa/Sumidouro I Aterro Industrial

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Negativo Direta  Temporária Curto Prazo Irreversível ADA Alta Alta

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Medidas recomendadas:

Implantar um Programa de Supervisão e Gestão Ambiental.

b. Alteração nos Níveis de Pressão Sonora

Durante a desmobilização os ruídos ocorrerão por conta da circulação

de veículos pesados utilizados para o transporte de maquinários e

entulhos das obras civis.

O acréscimo do ruído será relativamente baixo durante esta fase,

devido à duração do desmonte da obra, ao porte da usina e o fraco

incremento no tráfego.

Com o encerramento das atividades da usina, as condições iniciais dos

níveis de pressão sonora retornarão aos de pré-implantação.

Quadro 8.37 - Classificação do Impacto de alteração nos Níveis de Pressão Sonora.

Medidas recomendadas:

Implantar um Programa de Supervisão e Gestão Ambiental,

Programa de Recuperação de Áreas Degradadas.

c. Alteração na Disponibilidade Hídrica

A alteração na disponibilidade hídrica na fase de desmobilização está

relacionada ao consumo de água pelos funcionários nas obras de

desmontagem. Estima-se neste caso, o consumo de 150 litros por

funcionário a cada dia, de água captada nas margens do rio Tijucas e

tratada na estação de tratamento do empreendimento. Após a

finalização das obras será interrompida a utilização de água do rio

Tijucas.

Quadro 8.38 – Classificação do Impacto de Alteração da Disponibilidade Hídrica.

Medidas recomendadas:

Implantar um Programa de Supervisão e Gestão Ambiental.

d. Alteração na Qualidade da Água

Positivo  Direta  Permanente  Longo Prazo Irreversível AII 

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Irreversível

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 Temporária/

Permanente

 Reversível/

IrreversívelCurto Prazo  AII  Baixa/Média  Média Positivo  Direta

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A alteração na qualidade da água na fase de desmobilização relaciona-

se em especial à utilização das instalações do sistema de tratamento

de esgoto. A quantidade de esgoto gerada diariamente por habitante é

estimada em 80 litros por dia. No momento da desmontagem do

sistema de tratamento de esgoto, deve-se prever uma correta

destinação do dejeto, visto que na região do empreendimento inexiste

rede de coleta de esgoto.

A geração de resíduos sólidos também é inerente à etapa de

desmobilização, e, embora sejam limitados os impactos ao corpo

hídrico pela distância do empreendimento (2,8 km do Rio Tijucas),

deve-se levar em conta o risco de infiltração no solo e contaminação do

lençol freático, no caso de má disposição dos resíduos ou vazamento

acidental dos efluentes.

Quadro 8.39 – Classificação do Impacto de Alteração da Qualidade da Água.

Medidas recomendadas:

Implantar um Programa de Supervisão e Gestão Ambiental.

e. Alteração da Qualidade do Ar

Para esta fase, o tráfego de veículos pesados é a atividade com maior

possibilidade de alteração da qualidade do ar. Esta movimentação

acarretará no incremento nos gases de combustão e de material

particulado, pois a via de acesso direto ao empreendimento não possui

pavimento.

O fato de incrementar os níveis de poluição atmosférica configura-se

como um impacto negativo, que se manifesta diretamente, porém de

duração temporária. Com o término de sua operação, encerra-se

juntamente a liberação de efluentes.

Quadro 8.40 - Classificação do Impacto de Alteração da Qualidade do Ar.

Medidas recomendadas:

Aplicar o Programa de Supervisão e Gestão Ambiental.

8.3.4.2 Meio Biótico

f. Atropelamento de fauna

Na desmobilização das estruturas da UTE Tijucas, haverá tráfego de

caminhões utilizados para o transporte dos componentes do

empreendimento, podendo causar eventuais atropelamentos de

elementos faunísticos.

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Negativo Direta

Temporário/

Permanente Curto Prazo Reversível/ Irreversível AID 

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Quadro 8.41- Classificação do Impacto de Atropelamento de Fauna.

Medidas recomendadas:

Aplicar o Programa de Educação Ambiental e Comunicação Social.

8.3.4.3 Meio Socioeconômico

g. Alteração na Dinâmica Populacional

A fase de desmobilização da obra está prevista para aproximadamente

30 anos. Portanto, é importante que haja desde o início das obras da

UTE, a preocupação e ações para amenizar os impactos ligados à

dinâmica populacional. Serão desligados do empreendimento, os

funcionários vinculados direta e indiretamente a operação da Usina e

ao mesmo tempo estarão chegando os profissionais responsáveis pelo

desmonte do empreendimento. Este impacto é classificado como

negativo e temporário de curto prazo.

Quadro 8.42 – Classificação do Impacto de Alteração na Dinâmica Populacional.

Medidas recomendadas:

Aplicar o Programa de Comunicação Social e Educação Ambiental.

Priorizar a mão de obra do município, assim como prestadores de

serviços.

h. Geração de Conflitos Interpessoais

Os conflitos interpessoais podem estar presentes em todas as etapas

do empreendimento, e, por isso, há uma preocupação em mitigar os

possíveis problemas gerados com a população abrangida nas fases

anteriores. Durante o desmonte haverá a circulação de pessoas

estranhas e veículos pelas rodovias. Ao mesmo tempo ocorre os

desligamentos dos profissionais da fase de operação, tal situação pode

causar desconforto à população.

Quadro 8.43 – Classificação do Impacto de Geração de Conflitos Interpessoais.

Medidas recomendadas:

Aplicar o Programa de Comunicação Social e Educação Ambiental.

Priorizar a mão de obra do município, assim como prestadores de

serviços, durante a desmobilização do empreendimento.

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Permanente

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i. Alteração da Oferta de Empregos

A desmobilização da UTE Tijucas irá gerar empregos nas atividades de

desmonte e limpeza da área. A quantificação de funcionários

necessários é difícil de especificar, mas, será contratada uma

empreiteira local para os serviços necessários. A oferta de empregos

nesta fase é considerada como um impacto positivo, entretanto

também é visto como negativo, uma vez que haverá desligamento dos

profissionais que trabalhavam na operação da usina.

Quadro 8.44 – Classificação do Impacto de Alteração da Oferta de Empregos.

Medidas recomendadas:

Priorizar a mão de obra do município, assim como prestadores de

serviços.

j. Alteração no Mercado Imobiliário

A presença da usina no município é destaque na geração de energia,

principalmente por ser movida a gás natural. Inevitavelmente, será

incorporada a ideia de viabilidade a outros empreendimentos no

município, servindo de alavanca ao crescimento ou intensificação do

interesse de outras unidades industriais a se instalarem na região.

Os cargos gerados pelos possíveis novos empreendimentos poderá

ocasionar um aumento nas oportunidades do mercado imobiliário nas

localidades próximas ao empreendimento e até mesmo na área urbana

do município. O aumento na demanda de bens e serviços, também

implicará na valorização dos terrenos na região.

Quadro 8.45 – Classificação do Impacto de Alteração no Mercado Imobiliário.

k. Alteração na Arrecadação de Tributos/Economia

Com a desmobilização da UTE Tijucas, a produção de energia elétrica

irá cessar e os impostos provenientes do funcionamento da

termelétrica deixarão de existir. Também ocorrerá a desmobilização da

mão de obra, mesmo em pequena escala, trata-se de um agravante na

arrecadação de tributos em esfera municipal.

Em contrapartida, haverá contratação de mão de obra para a

desmontagem industrial e civil, e, recuperação e limpeza da área,

contribuindo para o incremento na arrecadação de tributos, conquanto

não seja significativo quando comparado à arrecadação proveniente da

operação do empreendimento.

Quadro 8.46 – Classificação do Impacto de Alteração na Arrecadação de Tributos/Economia.

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Irreversível  AID Média MédiaPositivo Direto Temporário Curto Prazo

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l. Alteração nas Condições de Saúde

Nesta etapa, haverá um melhoramento nas condições de saúde, pois

cessação as alterações da qualidade do ar, geração de ruídos e

movimentação de pessoas.

Em relação às emissões atmosféricas, apesar de estar abaixo dos

limites estabelecidos pela legislação vigente e sob monitoramento, com

o término das atividades da UTE, finalizará também tais emissões.

Sobre os ruídos, ocorrerá apenas por conta da desmontagem,

transporte de materiais e limpeza do terreno, e será temporária.

A movimentação de pessoas, embora seja de curto prazo, de qualquer

maneira, é considerado um impacto negativo.

Quadro 8.47 – Classificação do Impacto de Alteração nas Condições da Saúde.

m. Alteração no Trafego Viário

A A necessidade da circulação de veículos pesados e leves nesta fase

ocasionará a alteração no tráfego viário por conta do transporte de

sucata e entulho de concreto.

Este impacto é classificado como negativo, no que diz respeito a esta

movimentação. Em contrapartida classifica-se também como positivo,

pois haverá a finalização das atividades da usina.

Quadro 8.48 – Classificação do Impacto de Alteração do Trafego Viário.

Medidas recomendadas:

Aplicar o Programa de Supervisão e Gestão Ambiental.

Priorizar a mão de obra do município, assim como prestadores de

serviços, durante a desmobilização do empreendimento.

n. Alteração na Matriz Energética

A desativação da UTE Tijucas deixará de disponibilizar energia elétrica,

o que afetará diretamente a matriz energética no sub-mercado Sul,

caracterizando-se como um impacto de grande magnitude.

Quadro 8.49 – Classificação do Impacto de Alteração na Matriz Energética.

Negativo DiretoTemporário/

PermanenteCurto Prazo Irreversível  AII

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Reversível/

Irreversível AID Alta Alta

Positivo/

NegativoDireto

Temporário/

Permanente

Longo/Curto

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NegativoDireto Curto Prazo Reversível AII Alta

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AltaTemporário/

Permanente

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o. Geração de Resíduos Sólidos

A geração de resíduos sólidos na fase de desmobilização se dará

principalmente pelas estruturas civil, mecânica e elétrica, gerando uma

quantidade significativa de aço em sucata e entulho de concreto.

Deverá ser contratada uma empreiteira local para os serviços

necessários de locomoção dos entulhos e limpeza e recuperação da

área.

A seguir apresenta-se um quadro com a classificação dos resíduos

esperados durante a fase de desativação do empreendimento e sua

correta destinação final:

Quadro 8.50 – Resumo dos Resíduos Gerados na Fase de Desativação

A geração de resíduos é um impacto negativo de alta importância e

magnitude, principalmente pela quantidade e tipo de resíduos gerados.

Contudo, os mesmos serão destinados adequadamente ou

reaproveitados.

Quadro 8.51 – Classificação do Impacto de Geração de Resíduos Sólidos.

Medidas recomendadas:

Aplicar o Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos.

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Reversível Regional Alta AltaNegativo Direto Permanente Curto Prazo

Resíduo Classe Destinação Final

Higiene pessoal II Aterro Sanitário

Embalagens de Alimentos: plástico, papel, alumínio II Aterro Sanitário e Reciclagem

Restos de Alimentos II Aterro Sanitário

Embalagens de Materiais: plástico e papel II Reciclagem

Madeira (*) I ou II Reciclagem, Reutilização e Aterro Industrial

Vidro (*) I ou II Reciclagem e Reutilização

Aço (*) I ou II Reciclagem, Reutilização e Aterro Industrial

Ferro II Reutilização

Argamassa/Concreto II Reutilização

Fiação Elétrica I Reutilização

Baterias e Pilhas I Aterro Industrial

Lâmpadas I Aterro Industrial

Óleos I Aterro Industrial

Latas de óleo/solventes/tintas I Aterro Industrial

Lodo da Fossa/Sumidouro II Limpa Fossa –> Aterro Sanitário

(*) Depende do material residual que estiver em conjunto

Negativo DiretoTemporária/

PermanenteCurto Prazo Irreversível ADA

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Alta Alta

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RIMA – Usina Termelétrica Tijucas. Responsável Técnico: Geol. Erik Wunder – CREA/SC 074327-0 Página 134

p. Alteração da Paisagem

Nesta fase as estruturas que compõe a usina serão desativadas e

removidas, alterando a paisagem. Após ser desmobilizado o

empreendimento, o terreno deverá ser recuperado com o plantio de

espécies nativas da região.

Quadro 8.52 – Classificação do Impacto de Alteração da Paisagem.

Medidas recomendadas:

Aplicar o Programa de Recuperação de Áreas Degradadas.

9 PROGRAMAS AMBIENTAIS

Os resultados dos estudos de diagnóstico e prognóstico do

empreendimento resultaram na recomendação da implantação dos

seguintes programas ambientais:

Aplicação da Compensação Ambiental

Plano Ambiental de Construção – PAC

Programa de Supervisão Ambiental e Gestão Ambiental

Programa de Comunicação Social e Educação Ambiental;

Programa de Recuperação de Áreas Degradadas e Controle dos

Processos Erosivos;

Programa de Monitoramento de Ruídos;

Programa de Monitoramento das Emissões Atmosféricas e

Qualidade do Ar;

Programa de Monitoramento de Variáveis Climatológicas

Programa de Monitoramento da Qualidade da Água Superficial;

Programa de Monitoramento da Qualidade da Água Subterrânea;

Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos;

10 ANÁLISE DE RISCOS E ACIDENTES

Os riscos e acidentes em análises ambientais tratam dos eventos

incertos, futuros e inesperados, possíveis de causar prejuízos

ambientais e/ou sociais, comumente atrelados à construção e operação

do empreendimento. O termo risco neste trabalho entende-se como a

probabilidade de que um evento se torne realidade e cause prejuízos

ambientais e/ou sociais.

Identificaram-se os riscos decorrentes da UTE Tijucas, por meio da

Análise Preliminar de Perigos – APP, que é uma técnica qualitativa,

empregada na identificação de possíveis cenários de acidentes, que

registra para cada um dos eventos de possíveis riscos, suas causas e

consequências, tanto para seus trabalhadores, quanto para o meio

ambiente em nível local.

Com base nas informações obtidas sugerem-se medidas preventivas

ou mitigadoras dos perigos e riscos identificados, visando eliminar ou

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Reversível ADA Alta  AltaPositivo Direta PermanenteCurto/ Longo

Prazo

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controlar as causas ou reduzir os efeitos significativos, exigindo a

adoção de medidas rápidas e seguras para o seu controle.

Para caracterização de cada risco ambiental, apresenta-se sua fase de

ocorrência (construção e operação), descrição, atributos, abrangência,

possibilidade de reversão, sinergia e as providências a serem

adotadas.

Para o gerenciamento destes riscos consubstancia-se na elaboração

de um plano permanente para a manutenção do nível de segurança

desejado durante toda a vida útil do empreendimento. Nesse sentido, é

primordial a elaboração de um Plano de Gerenciamento de Riscos,

objetivando a implantação efetiva de uma política que garanta a

manutenção dos níveis considerados seguros para o gerenciamento

dos riscos identificados e avaliados, classificados como de riscos para

as pessoas, o meio em que vivem e também para os bens materiais.

10.1 Etapa I – Análise exploratória

A identificação dos riscos tem por objetivo mapear os principais e mais

relevantes riscos potenciais. Para tanto, foi realizado um inventário de

riscos iniciando pela fase de construção da usina e, na sequência,

identificou-se os riscos associados à operação da UTE, classificando

os em ocupacionais e ambientais

10.1.1 Fase de Construção

10.1.1.1 Riscos Ocupacionais

1-OCco: Risco de atropelamento. Durante a obra, ainda que

pequeno, haverá aumento do fluxo de veículos na região devido

ao transporte de pessoas, materiais e equipamentos. Neste

sentido os riscos de acidentes de trânsito devem ser

considerados, tanto em relação às estradas de acesso como na

área da obra.

2-OCco: Risco de acidentes de trabalho durante a

terraplanagem do solo. A execução de terraplenagem é de curta

duração e a quantidade de material a ser removida é pequena.

Entretanto, mesmo com uso de EPIs e seguindo os padrões de

segurança para execução das atividades, podem ocorrer

acidentes com as pessoas no torno da usina.

-OCco: Risco de acidentes de trabalho durante a construção da

usina. As obras de construção civil também estarão em

conformidade com os padrões de segurança, mas acidentes

relacionados a altura de trabalho e às ferramentas podem

ocorrer durante a construção.

4-OCco: Risco de acidentes de trabalho durante a montagem

dos equipamentos da usina. Essa atividade correrá num

período muito curto, mas há uma pequena possibilidade da

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ocorrência de acidente com pessoas, uma vez que as mesmas

serão treinadas e habilitadas para tais tarefas.

10.1.1.2 Riscos Ambientais

1-AMco: Risco de derramamento de produtos perigosos devido

à acidentes de trânsito. O transporte de pessoas e

equipamentos para a obra pode gerar o vazamento de óleo dos

caminhões, em decorrência de acidentes com os mesmos.

Ainda que em pequenas quantidades do produto contaminante

e com baixa probabilidade de ocorrência, poderá contaminar o

solo e recursos hídricos.

2-AMco: Risco de derramamento de produtos perigosos devido

à terraplenagem. A execução dos serviços de terraplenagem da

área do empreendimento é de curta duração e a quantidade de

material a ser removida é pequena. Entretanto, poderão ocorrer

problemas com as máquinas de terraplanagem e surgir

vazamento de óleo das mesmas.

3-AMco: Risco de derramamento de produtos perigosos devido

à construção civil. As obras de construção civil serão

executadas em conformidade com os padrões de segurança

necessários para este tipo de atividade, que mesmo em

pequenas proporções, poderão surgir vazamentos de óleo das

máquinas.

4-AMco: Risco de derramamento de produtos perigosos devido

à montagem dos equipamentos. Esta atividade correrá num

período muito curto, mas existe a possibilidade, ainda que

pequena, de acidentes com pessoas, afetando a saúde dos

trabalhadores, e, como nos casos anteriores, pequenos

vazamentos de óleo próprios equipamentos podem ocorrer.

10.1.2 Fase de Operação

10.1.2.1 Riscos Ocupacionais

1-OCop: Riscos de acidentes de trânsito. Ainda que de

pequeno porte, o empreendimento envolve um aumento do

fluxo de veículos no entorno do mesmo, devido ao transporte de

pessoas para a operação e manutenção. Neste sentido os

riscos de acidentes de trânsito devem ser considerados, tanto

em relação às estradas de acesso, como na Rodovia Estadual,

SC-411, através da qual se faz o acesso da cidade de Tijucas

para o local do empreendimento.

2-OCop: Risco de Choque Elétrico – Sala de Comando. Nessa

área estarão instalados os painéis elétricos de proteção e

controle, assim como o sistema supervisório, através do qual se

faz o monitoramento de toda a UTE. O contato com esses

equipamento é feito com EPIs, mas o risco de acidente via

choque elétrico, pode existir quando da manutenção desses

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painéis. O local é utilizado por trabalhadores treinados e

credenciados.

3-OCop: Risco de Choque Elétrico – Sala de Máquinas. Nessa

área estarão instalados os geradores elétricos assim como o

painéis elétricos de serviços auxiliares. O contato com esses

equipamento é feito com EPIs e EPCs, mas o risco de acidente

via choque elétrico, pode existir quando da operação e

manutenção desses equipamentos. O local é utilizado por

trabalhadores treinados e credenciados.

4-OCop: Risco de choque elétrico – Subestação Elevadora.

Nessa área encontram-se equipamentos elétricos de alta

tensão, conforme exigências da NR10 e NR 26. O contato com

esses equipamentos é feito com EPIs e EPCs, contudo, risco de

acidente via choque elétrico, pode existir quando da

manutenção destes painéis. O local é utilizado por

trabalhadores treinados e credenciados.

5-OCop: Riscos provenientes do vazamento de fluidos – Sala

de Máquinas. Nesta área estarão as turbinas. O contato com

estes equipamentos é feito com EPIs, mas é preciso considerar

o risco de vazamento de gás e vapor d’água em alta pressão e

temperatura, o que pode acarretar uma intoxicação respiratória

nos trabalhadores, provocar queimaduras devido às alturas

temperaturas de confinamento ou até mesmo explosões no

local.

6-OCop: Risco de acidentes de trabalho – Escritório. Nesta

área estarão os trabalhadores da área administrativa da usina.

Logo, o risco de acidentes é muito pequeno, restringindo-se ao

manuseio de material de escritório.

7-OCop: Risco de queimaduras – Sistema de Refrigeração da

Água. Nesta área ocorre o resfriamento da água, que, embora

baixo, deve ser considerado o risco de o calor ocasionar

queimaduras aos trabalhadores envolvidos.

8-OCop: Risco de vazamento de gás – City Gate. Neste local

entrará gás para a usina, no qual, haverá uma válvula de fecho

rápido, eliminando eventuais vazamentos. Embora de baixa

probabilidade, podem ocorrer vazamentos de gás e muito

remotamente explosões.

9-OCop: Risco de acidentes de trabalho – Oficina / Depósito.

Área destinada a pequenas manutenções de peças e

ferramentas e depósito de óleo, apresenta baixo risco,

restringindo-se ao manuseio desses materiais.

10-OCop: Risco de explosão – Área de Compressão do Gás.

Nesta área estarão os equipamentos de compressão do gás. O

contato com esses equipamentos é feito com EPIs, mas o risco

de acidente via explosão de gás deve ser considerado.

11-OCop: Risco de explosão – Caldeira de Recuperação. Na

caldeira de recuperação é gerado vapor com alta pressão e

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superaquecido. Deve-se considerar o risco de explosão deste

equipamento.

10.1.2.2 Riscos Ambientais

1-AMop: Risco de acidentes de trânsito. O transporte de

pessoas e equipamentos para a obra pode gerar o vazamento

de óleo dos caminhões, em decorrência de acidentes com os

mesmos. Ainda que em pequenas quantidades do produto

contaminante e com baixa probabilidade de ocorrência,

eventualmente, poderá contaminar o solo e recursos hídricos.

2-AMop: Risco de contaminação do solo e água por

vazamentos. O transporte e armazenamento de óleos e

resíduos sólidos e efluentes está sujeito a falhas na vedação

dos condutos e possíveis vazamentos ao longo do tempo, o que

infere na possível contaminação dos solos e corpos hídricos.

3-AMop: Risco de vazamento do gás. Vazamentos acidentais

do gás natural podem acontecer (elencadas nos riscos

ocupacionais 5-OCop, 8-OCop e 10-OCop) e, em casos mais

extremos, comprometer o bem estar e a saúde da população

residente do entorno da fonte.

4-AMop: Risco de explosão. No tocante ambiental, explosões

decorrentes de vazamentos do gás (elencadas nos riscos

ocupacionais 5-OCop, 8-OCop e 10-OCop) podem

comprometer a segurança da população nas redondezas da

usina e até mesmo provocar o início de focos de incêndio na

vegetação ao redor.

10.2 Etapa II – Análise Quali-quantitativa

O problema dos acidentes ambientais e ocupacionais pode ser

analisado sob dois aspectos: a frequência e a magnitude das possíveis

ocorrências. Assim, os riscos elencados na primeira fase serão

analisados quali-quantitativamente quanto à frequência e magnitude.

10.2.1 Estimativa de Frequência

As frequências apresentam-se em categorias desde muito improvável

(extremamente improvável durante a vida útil do sistema) até

frequente, a qual se espera a ocorrência de várias vezes durante a vida

útil do sistema.

10.2.2 Estimativa da Magnitude

A estimativa quantitativa de consequência e vulnerabilidade de cada

ponto crítico de controle (PCC) deve ser realizada de acordo com as

categorias de indicação de severidade de consequências apresentadas

por FEPAM (2001).

10.2.3 Estimativa do Risco

A definição de risco é a combinação entre a frequência de um evento

pela consequência de seus impactos gerados, conforme apresentado

abaixo.

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Risco= Frequência x Magnitude

Esta estimativa deve ser realizada através da combinação entre as

categorias de risco, gerando uma matriz de classificação de risco. A

metodologia empregada no presente estudo levou em consideração a

probabilidade de ocorrência dos riscos (frequência), bem como a

gravidade do mesmo em caso de acidente.

Com base em tais parâmetros categorizou-se os riscos de acordo com

a magnitude de sua consequência para então discernir acerca dos

riscos aceitáveis e não aceitáveis.

Riscos aceitáveis são aqueles que possuem baixo grau de

periculosidade associado à baixa probabilidade de ocorrência.

Enquanto os riscos não aceitáveis compreendem aqueles que têm

grande probabilidade de ocorrer e/ou têm como consequências danos

catastróficos (danos ambientais irreparáveis, perda de vidas humanas,

etc.). Na seqüência apresenta-se a classificação para cada tipo de

risco.

Tabela 10.1 - Classificação dos riscos ocupacionais na Fase de Construção quanto ao valor, categoria e tipo de risco

Tabela 10.2 - Classificação dos riscos ambientais na Fase de Construção quanto ao valor, categoria e tipo de risco

Tabela 10.3 - Classificação dos riscos ocupacionais na Fase de Operação quanto ao valor, categoria e tipo de risco

Tabela 10.4 - Classificação dos riscos ambientais na Fase de Operação quanto ao valor, categoria e tipo de risco

Nomenclatura Frequencia Magnitude Risco Categoria Tipo de Risco

1-OCco D II 10-23 - Moderado Não Aceitável

2-OCco B I 10-51 - Desprezível Aceitável

3-OCco C I 10-41 - Desprezível Aceitável

4-OCco C I 10-41 - Desprezível Aceitável

Nomenclatura Frequencia Magnitude Risco Categoria Tipo de Risco

1-AMco A II 10-5 1 - Desprezível Aceitável

2-AMco A II 10-5 1 - Desprezível Aceitável

3-AMco A II 10-5 1 - Desprezível Aceitável

4-AMco B II 10-5 1 - Desprezível Aceitável

Nomenclatura Frequência Magnitude Risco Categoria Tipo de Risco

1-OCop C II 10-3 2 - Menor Aceitável

2-Ocop B II 10-4 1 - Desprezível Aceitável

3-OCop C III 10-2 3 - Moderado Não Aceitável

4-OCop C III 10-2 3 - Moderado Não Aceitável

5-OCop A III 10-4 1 - Desprezível Aceitável

6-OCop B I 10-5 1 - Desprezível Aceitável

7-OCop B II 10-4 1 - Desprezível Aceitável

8-OCop A III 10-4 1 - Desprezível Aceitável

9-OCop C II 10-3 2 - Menor Aceitável

10-OCop A III 10-4 1 - Desprezível Aceitável

Nomenclatura Frequência Magnitude Risco Categoria Tipo de Risco

1-AMop B II 10-4 1 - Desprezível Aceitável

2-AMop B II 10-4 1 - Desprezível Aceitável

3-AMop A III 10-4 1 - Desprezível Aceitável

4-AMop A III 10-4 1 - Desprezível Aceitável

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10.3 Gerenciamento de Riscos e Acidentes Ocupacionais e

Ambientais

A partir da análise prévia dos possíveis riscos inerentes as etapas de

construção e operação da UTE Tijucas, quer sejam ligados a questões

ocupacionais ou ambientais, de origem interna ou externa, detectou-se

quais são os de maior magnitude e frequência, suas categorias e tipos.

As possíveis consequências danosas aos trabalhadores, população e

meio ambiente, que ocorrerem durante ou após uma situação de

emergência, poderão ser minimizadas, deste que sigam corretamente

as regras operativas aprovadas.

Para tanto é importante a existência de um Plano de Gerenciamento

de Riscos e Acidentes, com implantação efetiva de uma política que

vise garantir a manutenção dos níveis considerados seguros. Os riscos

devem então ser gerenciados de modo a reduzir sua probabilidade de

ocorrência e, em caso de acidente, que as consequências sejam

minimizadas, preservando a segurança e integridade física dos

trabalhadores do empreendimento, dos residentes locais e do meio em

que vivem.

Entre os riscos verificados neste estudo, foram identificados como

aceitáveis e não aceitáveis. Para os riscos aceitáveis, identificados

como os que possuem baixo grau de periculosidade associado à baixa

probabilidade de ocorrência, devem ser designadas ações e medidas

preventivas e mitigatórias para maior segurança. Além disso, para cada

risco aceitável em sua fase específica, devem-se seguir as normas

regulamentadoras de segurança do trabalho.

Embora, a metodologia adotada para este trabalho considere o Risco

de Explosão como aceitável, conforme suas particularidades preferiu-

se classificá-lo como não aceitável. Contudo, é importante salientar sua

baixa probabilidade de ocorrência, e porte do empreendimento, em

especial pelo pequeno número de funcionários (cinco funcionários) em

cada jornada de trabalho.

Os riscos não aceitáveis compreendem aqueles que têm grande

probabilidade de ocorrer e/ou têm como consequências danos

ambientais irreparáveis, perda de vidas humanas, entre outros. Para

estes, devem ser adotadas medidas de prevenção de riscos

específicas para cada categoria e fase. Desta forma, a existência e

especificação de riscos não aceitáveis no Plano de Gerenciamento de

Riscos e Acidentes torna-se essencial instrumento de prevenção, por

necessitarem de plano de ações emergenciais, conforme a análise

quali-quantitativa.

O gerenciamento destes riscos deverá ser planejado sobre o critério de

prioridade das ações conforme os fatores agravantes que compõem a

ocorrência dos riscos levantados neste estudo. Os planos e ações que

compõem o gerenciamento deverão respeitar a vigência das normas

regulamentadoras para cada situação específica.

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Salienta-se que deverão existir dois Planos de Gerenciamento de

Riscos e Acidentes distintos, um para fase de implantação do

empreendimento e outro para a fase de operação, os quais deverão ser

apresentados ao órgão ambiental nos primeiros relatórios de execução

dos programas ambientais da fase de implantação e operação,

respectivamente.

11 CONCLUSÕES

O Relatório de Impacto Ambiental foi realizado atendendo à legislação

vigente e ao termo de referência aprovado pela FATMA, tratando das

fases de planejamento, instalação, operação e desativação da

Termelétrica Tijucas.

A Tijucas, é uma UTE movida a gás natural, a ser instalada no

município catarinense de Tijucas. Seu mecanismo de geração de

energia elétrica utiliza um sistema combinado de turbina a gás e turbina

a vapor, mostrando-se como alternativa vantajosa à eficiência

energética. Simplificadamente trata-se da energia elétrica gerada a

partir da energia liberada em forma de calor por meio da combustão de

gas natural.

O processo de produção de energia termelétrica a gás natural pode ser

dividido em duas etapas principais: geração de energia a partir da

combustão do gas natural e co-geração, em que o calor proveniente

dos gases de exaustão é reaproveitado na forma de vapor. Neste

último o vapor gerado aciona a segunda turbina. A energia térmica,

portanto, transforma-se em mecânica e, em seguida, em elétrica.

O processo de geração de energia utilizado na UTE Tijucas se dá pelo

ciclo Brayton Rankine combinado, desempenhando um melhor

aproveitamento energético atrelado a uma solução menos agressiva ao

meio ambiente. Vale lembrar que a característica básica de

termelétricas de ciclo combinado é a operação conjunta de turbinas

movidas a gás e a vapor. Em relação a eficiência, no ciclo simples, o

grau de eficiência é de 38,7%, e no ciclo combinado fica em torno de

50%.

Usinas a gás, como a UTE Tijucas apresentam algumas diferenças das

demais usinas, visto que o gás natural é composto de hidrocarbonetos

leves, portanto a sua combustão é considerada mais “limpa”. Além

disso, o gás natural não requer estocagem, o que ameniza os riscos de

vazamentos, e, por ser mais leve que o ar, se dissipa rapidamente na

atmosfera, caracterizando-se como de baixo impacto ambiental,

quando comparada às demais. Outra vantagem da usina movida a gás

é a área ocupada, dispensando locais de estocagem de combustível,

como é o caso de termelétricas à carvão ou à óleo.

Para a efetivação deste estudo, realizou-se um levantamento de dados

dos meios físico, biótico e socioeconômico, objetivando-se caracterizar

adequadamente a área passível de impactos do empreendimento.

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A escolha do local de instalação da UTE Tijucas, vincula-se ao

atendimento às necessidades estruturais/conjunturais do Sistema

Interligado Nacional, justificando-se pela proximidade com

infraestruturas como vias de acesso à central geradora, subestação,

torres da linha de transmissão, “City Gate” e Estação de Entrega de

Tijucas da TBG. Além disso, o terreno destinado a impantação da UTE

encontra-se desprovido de vegetação, afastado de fragmentos de mata

preservados e da concentração urbana do município.

Para a determinação das áreas de influência do empreendimento

levou-se em consideração os principais aspectos impactantes nos

meios físico, socioeconômico e biótico, em especial o alcance da pluma

de dispersão dos poluentes atmosféricos (obtida por meio de

modelagem computacional).

De acordo com os estudos atmosféricos, o regime de ventos

apresenta-se desfavorável à dispersão de poluentes, possivelmente as

regiões mais próximas à usina sejam as mais atingidas pelas partículas

e gases de emissão. Ainda assim, considerando o pior cenário de

concentração de emissão, os resultados foram expressivamente

inferiores ao máximo permitido pelos padrões de qualidade do ar.

Ademais, o processo de geração de energia contará com uma correção

química na concentração dos gases de emissão, não comprometendo

a saúde da população e o meio ambiente. Também haverá na fase de

operação da usina, monitoramentos periódicos da qualidade do ar.

A operação da UTE Tijucas, não interferirá na qualidade da água da

bacia, pois, trata-se de um sistema fechado, que libera uma parcela

irrisória de água para o Rio Tijucas, e, com qualidade superior a

captada. Ademais, a usina contará com tratamento de efluentes nas

fases de implantação e de operação.

Quanto à geração de ruídos durante a fase operação da usina, o

funcionamento das turbinas e geradores serão os mais relevantes. Vale

salientar, que o cenário atual apresenta-se com níveis de pressão

sonora acima do permitido por lei para a área. Neste sentido, por

sugestão do parecer técnico, é importante que haja monitoramento do

ruído no início da fase de operação do empreendimento, visando

estabelecer o real impacto do ruído gerado pela usina.

Acerca do diagnóstico do meio biótico, conclui-se que a área a ser

implantada a UTE Tijucas e estruturas associadas, se encontra

descaracterizada em função da ocupação humana e suas atividades,

de modo que a grande parte da vegetação natural foi removida. Sendo

assim, a área em questão não representará perda signifcativa do ponto

de vista ecológico com a instalação do empreendimento.

Sobre o uso do solo na região, conforme o Plano Diretor classifica-se

como macrozona rural Terra Nova, e é caracterizado pela presença de

residências e por atividades agrícolas e atividades industriais

extrativistas, como olarias e cerâmicas.

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Sobre o socioeconômico, realizou-se um questionário com o intuito de

caracterizar o perfil da população residente próxima ao

empreendimento, além de conhecer suas opiniões sobre o mesmo.

Ainda contou com um levantamento de dados primários e secundários

da área de influência indireta da usina.

Sobre os possíveis impactos gerados apartir da instalação do UTE,

identificaram-se como positivos: alteração na oferta de empregos;

melhorias para o município e da localidade; alteração no mercado

imobiliário; incremento na arrecadação de tributos; e, principalmente a

geração de energia. A UTE Tijucas, além de gerar empregos e

dinamizar a economia local, representará uma adição na rede elétrica

do sub-mercado Sul de 56,054 MW de potência instalada. Sabe-se que

a cada 1 MW médio gerado pode-se abastecer em média 3.000

pessoas. Em um um funcionamento hipotético de 24h, os 56,054 MW

poderiam levar energia a 168.162 pessoas.

Entre os possíveis impactos negativos elencados nas etapas do

empreendimento, em sua totalidade são mitigáveis, e estarão sob o

controle de programas ambientais,, o que permite a manutenção dos

atuais padrões de qualidade ambiental.

Considerando a efetiva implantação da UTE Tijucas, destaca-se o

pioneirismo do empreendimento na região no que se refere à geração

de energia agregando eficiência energética e a utilização de um

combustível considerado menos agressivo ao meio ambiente. Desta

forma, o local atrairá outros empreendimentos, novas oportunidades, e,

demanda na geração de energia e em outros setores da economia.

Entre os riscos verificados, foram identificados como aceitáveis e não

aceitáveis, ambos, constantes no Plano de Gerenciamento de Riscos

e Acidentes - um para fase de implantação, um para fase de

construção - respeitando a vigência das normas regulamentadoras

para cada situação específica.

Por conseguinte, os resultados do estudo demonstram que o

empreendimento é ambientalmente viável e que os impactos negativos

apontados são passíveis de mitigação e compatíveis com a qualidade

ambiental da região. Em suma, o empreendimento está amparado em

princípios de otimização contínua de processos energéticos, bem como

na responsabilidade compartilhada com o meio ambiente e sociedade.

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12 GLOSSÁRIO

Afloramento - Qualquer exposição de rochas ou solos na superfície da

Terra. Podem ser naturais (escarpas, lajeados) ou artificiais

(escavações);

Área de Influência - São as áreas que sofrerão de alguma forma

interferência pela implantação ou operação do empreendimento;

Bacia Hidrográfica - Área total de drenagem que alimenta uma

determinada rede rio principal e de seus afluentes, onde normalmente

a água se escoa dos pontos mais altos para os mais baixos;

Bacia Sedimentar - Entidade geológica que se refere ao conjunto de

rochas sedimentares que guardam relação geométrica e/ou histórica

mútua, cuja superfície hoje não necessariamente se comporta como

uma bacia de sedimentação;

Compartimentação Estrutural - Estudo das feições estruturais das

rochas, da distribuição geográfica destas feições e das suas causas.

Trata da atitude, forma e arranjo dos estratos na crosta terrestre e as

mudanças que neles ocorrem como resultado das deformações e

deslocações;

Diagnóstico Ambiental - Estudo da situação de qualidade de uma área,

a partir do estudo das interações e da dinâmica de seus componentes,

quer relacionados aos elementos físicos e biológicos, quer aos fatores

socioculturais;

Drenagem - Coleta do excesso de água do solo e sua condução para

rios ou lagoas, através de canais fechados ou abertos;

Efluentes Líquidos - Esgoto que podem ser domésticos ou industriais e

podem levar à poluição ambiental;

Estratigrafia - Ramo da geologia que estuda a sucessão original e a

idade das seqüências das camadas nas rochas;

Formação - É uma unidade genética, que representa um intervalo de

tempo e pode ser composta de materiais de fontes diversas e incluir

interrupções pequenas na sequência;

Fossa Séptica – É uma unidade que trata os esgotos domiciliares a

nível primário. Nela é feita a divisão físico-química da matéria sólida

presente no esgoto. É encontrada principalmente como destino para os

efluentes domésticos e funciona como alternativa na ausência de rede

coletora de esgoto.

Geomorfologia - Ciência que estuda o relevo da superfície terrestre,

sua classificação, descrição, natureza, origem e evolução, incluindo a

análise dos processos formadores da paisagem. Pode ainda ser

inserido o estudo das feições submarinas;

Grupo - Unidade litoestratigráfica formal, de categoria superior à

formação, e constituído necessariamente pela associação de duas ou

mais formações, relacionadas por características ou feições

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litoestratigráficas comuns ou por referenciais litoestratigráficos que o

delimitem;

Hidrogeologia - Ramo da geologia que estuda o armazenamento e

circulação das águas subterrâneas na zona saturada das formações

geológicas, considerando suas propriedades físico-químicas, suas

interações com o meio físico e biológico e suas reações à ação do

homem;

Impactos Ambientais - Qualquer alteração, benéficas ou não, das

propriedades físicas, químicas e biológicas do meio ambiente, causada

por qualquer forma de matéria ou energia resultante das atividades

humanas que, diretamente, afetem: (I) a saúde, a segurança e o bem-

estar da população; (II) as atividades sociais e econômicas; (III) a biota;

(IV) as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente; (V) a

qualidade dos recursos ambientais;

Impermeável – Corpo que não se deixa transpassar por fluidos.

Intemperismo - Conjunto de processos atmosféricos e biológicos que

causam a alteração, decomposição química, desintegração e

modificação das rochas e dos solos;

Investigações por métodos diretos – São investigações geológicas que

permitem a observação direta do subsolo ou através de amostras

coletadas ao longo de uma perfuração ou a medição direta de

propriedades in situ. Ex. escavações, sondagens e ensaios de campo;

Investigações por métodos indiretos – São investigações geológicas

onde as propriedades geotécnicas dos solos são estimadas

indiretamente pela observação a distância ou pela medida de outras

grandezas do solo métodos tais como, sensoriamento remoto e

ensaios geofísicos;

Licenciamento Ambiental - É o ato administrativo vinculado em

definitivo pelo qual o Poder Público, verificando que o interessado

atendeu a todas as exigências legais, permite o empreendedor de

realizar o empreendimento requerido;

Manejo - É o ato de intervir ou não no meio natural com base em

conhecimentos científicos e técnicos, com o propósito de promover e

garantir a conservação da natureza. Medidas de proteção aos

recursos, sem atos de interferência direta nestes, também fazem parte

do manejo;

Medidas corretivas - Ações para a recuperação de impactos ambientais

causados por qualquer empreendimento ou causa natural. Significam

todas as medidas tomadas para proceder à remoção do poluente do

meio ambiente, bem como restaurar o ambiente que sofreu degradação

resultante destas medidas;

Medidas de Controle Ambiental - Medidas tomadas pelos responsáveis

pela execução de um projeto, destinadas a compensar impactos

ambientais negativos, notadamente alguns custos sociais que não

podem ser evitados ou uso de recursos ambientais não renováveis;

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Medidas mitigadoras - São aquelas destinadas a prevenir impactos

negativos ou reduzir sua magnitude. É preferível usar a expressão

"medida mitigadora" em vez de "medida corretiva", uma vez que a

maioria dos danos ao meio ambiente, quando não pode ser evitada,

pode apenas ser mitigada ou compensada;

Medidas preventivas - Medidas destinadas a prevenir a degradação de

um componente do meio ou de um sistema ambiental;

MMA – Ministério do Meio Ambiente;

Monitoramento - Observação e avaliação contínua de certos

parâmetros ambientais ou populacionais, indicadores do funcionamento

e da dinâmica de um ecossistema;

Monitoramento Ambiental - Determinação continua e periódica da

quantidade de poluentes ou de contaminação radioativa presente no

meio ambiente;

Nível freático – É definido como a altura, em determinado tempo e

local, da superfície freática ou piezométrica de um aqüífero;

NBR – Norma Brasileira - Sistemas da Qualidade;

Padrões de qualidade da água - Plano para o controle da qualidade da

água, contemplando quatro elementos principais: o uso da água

(recreação, abastecimento, preservação dos peixes e dos animais

selvagens, industrial, agrícola); os critérios Para a proteção desses

usos; os planos de tratamento (Para o necessário melhoramento dos

sistemas de esgotamento urbano e industrial); e a legislação

antipoluição para proteger a água de boa qualidade existente;

Poder Calorífico – É a quantidade de energia interna na forma de calor

contida na substância, a qual pode ser liberada pela combustão.

Recursos minerais – São as concentrações minerais na crosta terrestre

cujas características fazem com que sua extração seja ou possa

chegar a ser técnica e economicamente factível;

Resíduos sólidos - Todos os resíduos sólidos ou semi-sólidos que não

têm utilidade, nem valor funcional ou estético para o gerador e são

originados em residências, indústrias, comércio, instituições, hospitais

e logradouros públicos;

Rocha pelítica - Rocha sedimentar formada de partículas finas - silte e

argila, ou seja, de granulometria abaixo de 0,06 mm;

Rochas sedimentar - Rocha composta de material erodido de um

terreno pré-existente e transportado ao seu lugar de acumulação onde

é depositado;

Sismos - Vibração ou tremor da crosta terrestre;

Sistema Supervisório – Monitoramento e rastreamento de informações

em um processo produtivo ou instalação física.

Sub-bacia - Área terrestre a partir da qual todas as águas fluem,

através de uma sequência de córregos, rios e eventualmente lagos

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para um determinado ponto de um curso de água (geralmente um lago

ou uma confluência de rios);

Tectônica - Estudo dos movimentos contínuos e descontínuos da

crosta terrestre devido a esforços de tensões e deformações.

Termelétrica – Instalação que produz energia elétrica através do calor

liberado pela queima/combustão de produtos considerados potenciais

combustíveis.

Terraplanagem – É a técnica construtiva que envolve movimentação de

solo com a finalidade de aplainar e aterrar um terreno.

Topografia – É a ciência que estuda os instrumentos e métodos

utilizados para obter a representação gráfica de uma porção do terreno

sobre uma superfície plana.

Unidade de Conservação - Espaço territorial e seus recursos

ambientais, incluindo as águas jurisdicionais, com características

naturais relevantes, legalmente instituído pelo Poder Público, com

objetivos de conservação e limites definidos, sob regime especial de

administração, ao qual se aplicam garantias adequadas de proteção;

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