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RIMA – Usina Termelétrica Tijucas. Responsável Técnico: Geol. Erik Wunder – CREA/SC 074327-0 Página I
1 APRESENTAÇÃO ............................................................................. 1
1.1 Empreendedor .......................................................................... 1
1.2 Empresas Consultoras e Equipe Técnica .................................. 2
2 JUSTIFICATIVA ............................................................................... 2
3 ASPECTOS LEGAIS .......................................................................... 5
3.1 Unidades de Conservação ........................................................ 9
3.2 Planos e Programas Governamentais ..................................... 10
4 LOCALIZAÇÃO E ACESSOS ............................................................. 13
5 CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO E ALTERNATIVAS
LOCACIONAIS ........................................................................................... 14
5.1 Descrições Gerais ................................................................... 14
5.2 Combustível Principal e Reagentes ........................................ 15
5.3 Concepção Térmica da Termoelétrica .................................... 16
5.3.1 Ciclo Termodinâmico ............................................................................ 16 5.3.2 Características dos Equipamentos Principais ...................................... 16 5.3.3 Emissões Tratamento dos Gases da Combustão ................................ 18 5.3.4 Principais Equipamentos e Sistemas Auxiliares Mecânicos ................ 18 5.3.5 Sistemas e Equipamentos Elétricos ..................................................... 21 5.3.6 Conexão da UTE Tijucas ao Sistema Interligado Nacional (SIN) ........ 22
5.4 Índices de Indisponibilidade (TEIF E IP).................................. 22
5.5 Alternativas Locacionais ......................................................... 23
6 AREAS DE INFLUÊNCIA ................................................................. 24
6.1 Área Diretamente Afetada - ADA ............................................ 24
6.1.1 Meio Físico, Meio Biótico e Socioeconômico ....................................... 24
6.2 Área de Influência Direta - AID ............................................... 24
6.2.1 Meio Físico e Meio Biótico ................................................................... 25 6.2.2 Meio Socioeconômico .......................................................................... 25
6.3 Área de Influência Indireta - AII .............................................. 25
6.3.1 Meio Físico ........................................................................................... 25 6.3.2 Meio Biótico .......................................................................................... 25 6.3.3 Meio Socioeconômico .......................................................................... 26
7 DIAGNÓSTICO AMBIENTAL ........................................................... 26
7.1 Meio Físico ............................................................................. 26
7.1.1 Ambientação Geológica Regional ........................................................ 26 7.1.2 Ambientação Geomorfológica .............................................................. 29 7.1.3 Solos ..................................................................................................... 31 7.1.4 Recursos Minerais ................................................................................ 32 7.1.5 Hidrogeologia ....................................................................................... 33 7.1.6 Hidrometeorologia ................................................................................ 34 7.1.7 Qualidade das Águas Superficiais ....................................................... 37 7.1.8 Qualidade do Ar .................................................................................... 41 7.1.9 Níveis de Pressão Sonora .................................................................... 42
7.2 Meio Biótico ........................................................................... 42
7.2.1 Fauna.................................................................................................... 42 7.2.2 Objetivo Geral do Estudo ..................................................................... 42 7.2.3 Flora...................................................................................................... 77
7.3 Meio Socioeconômico ............................................................ 87
7.3.1 Terras Indígenas .................................................................................. 90 7.3.2 Aspectos Populacionais ....................................................................... 90 7.3.3 Saúde ................................................................................................... 91 7.3.4 Educação .............................................................................................. 92 7.3.5 Infraestrutura ........................................................................................ 93 7.3.6 Aspectos Econômicos .......................................................................... 96
RIMA – Usina Termelétrica Tijucas. Responsável Técnico: Geol. Erik Wunder – CREA/SC 074327-0 Página II
7.3.7 Turismo ................................................................................................. 98 7.3.8 Pesquisa de Campo ............................................................................. 99
8 AVALIAÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS ..................................... 106
8.1 Metodologia Identificação de Impactos Ambientais ............... 106
8.1.1 Metodologias espontâneas (Ad Hoc) ................................................. 106 8.1.2 Sobreposição de mapas (Overlay mapping) ...................................... 106 8.1.3 Matrizes de correlação ....................................................................... 106 8.1.4 Redes de interação (Networks) .......................................................... 106 8.1.5 Modelos de simulação ........................................................................ 106
8.2 Identificação, Descrição e Avaliação de Impactos ................. 109
8.3 Caracterização dos Impactos Ambientais ............................. 109
8.3.1 Fase de Planejamento ....................................................................... 109 8.3.2 Fase de Implantação .......................................................................... 111 8.3.3 Fase de Operação .............................................................................. 119 8.3.4 Fase de Desmobilização .................................................................... 127
9 PROGRAMAS AMBIENTAIS ......................................................... 134
10 ANÁLISE DE RISCOS E ACIDENTES ............................................... 134
10.1 Etapa I – Análise exploratória ............................................... 135
10.1.1 Fase de Construção ........................................................................... 135 10.1.2 Fase de Operação .............................................................................. 136
10.2 Etapa II – Análise Quali-quantitativa ..................................... 138
10.2.1 Estimativa de Frequência ................................................................... 138 10.2.2 Estimativa da Magnitude .................................................................... 138 10.2.3 Estimativa do Risco ............................................................................ 138
10.3 Gerenciamento de Riscos e Acidentes Ocupacionais e
Ambientais ........................................................................................ 140
11 CONCLUSÕES ............................................................................. 141
12 GLOSSÁRIO ................................................................................ 144
13 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................... 148
RIMA – Usina Termelétrica Tijucas. Responsável Técnico: Geol. Erik Wunder – CREA/SC 074327-0 Página 1
1 APRESENTAÇÃO
O Relatório de Impacto Ambiental – RIMA, foi elaborado por uma
equipe multidisciplinar coordenada pela empresa Estelar Engenheiros
Associados Ltda., com base no Termo de Referência – TR,
protocolizado na FATMA em julho de 2011 e aprovado por meio do
Ofício DILIC/GEAIA n° 3661/2011. O objetivo é avaliar os possíveis
impactos ambientais causados pelo empreendimento visando à
obtenção da Licença Ambiental Prévia.
Os levantamentos preliminares das informações para este estudo
tiveram como base de dados o reconhecimento e levantamento a
campo, dados secundários, visando à identificação e a análise de
possíveis impactos ambientais, que se por ventura venham a ocorrer,
acompanhados de programas e propostas de possíveis medidas
mitigadoras e compensatórias.
O RIMA é uma síntese das informações que se encontram no EIA,
passada de uma forma acessível e de fácil compreensão ao leitor.
Serão evidenciados neste sentido, os aspectos mais importantes,
considerando principalmente os resultados obtidos nos estudos, e, os
possíveis impactos provenientes do empreendimento nas etapas de
planejamento, implementação, operação e desmobilização do mesmo.
1.1 Empreendedor
Quadro 1.1 – Empresa Empreendedora
Empreendedor
TIJUCAS GERADORA DE ENERGIA S/A
Endereço: Av Trompowsky, n° 351 Sala 802 parte
Centro – Florianópolis – SC
CEP: 88015 - 300
CNPJ: 13.414.072/0001-27
Representante Legal: Aires Watzko
Contato: (48) 3203-7650
RIMA – Usina Termelétrica Tijucas. Responsável Técnico: Geol. Erik Wunder – CREA/SC 074327-0 Página 2
1.2 Empresas Consultoras e Equipe Técnica
Quadro 1.2 – Empresas Consultoras e Equipe Técnica
2 JUSTIFICATIVA
O setor energético brasileiro teve em 2001 o ano marco de
racionamento de energia elétrica. Neste ano, a expansão foi
significativamente reduzida, e a sociedade vivenciou um quadro gerado
pela incapacidade do sistema atender a demanda energética, resultado
principalmente da falta de investimentos na ampliação do quadro da
produção de energia nacional.
No que tange o planejamento da expansão do setor elétrico, este, foi
produzido pela Empresa de Pesquisa Energética – EPE, que prevê a
diversificação da matriz da energia elétrica, historicamente concentrada
na geração por meio de fonte hidráulica. Um dos principais objetivos
desta decisão era reduzir a relação de dependência existente entre
volume produzido e condições hidrológicas (ou nível pluviométrico na
cabeceira dos rios que abrigam estas usinas).
Neste sentido, a viabilidade econômica das termelétricas a gás natural
se expressa pela disponibilidade de gás natural, que conforme a
Petrobras, não apresenta nenhum obstáculo. O cenário também é
positivo no que tange à venda da geração de energia termelétrica, que
em grande parte, ocorre em função do Preço de Liquidação das
Diferenças (PLD), o qual em níveis atuais remunera o gerador de forma
satisfatória.
Sendo assim, investimentos em termelétricas a gás natural no Brasil
apresentam-se como uma alternativa bastante positiva principalmente
Empresa Nome Formação Nº ConselhoCadastro
IBAMA
Erik Wunder Geólogo (M.Sc.) CREA-SC: 074327-0 5320221
Rodrigo KernEng. Sanitarista e
Ambiental (M.Sc.)CREA-SC: 079175-9 1296319
Ana Paula de Freitas Plácido Geógrafa (M.Sc.) CREA-SC: 084633-8 2020468
José Neto Eng. Eletricista CREA-SC: 010957-4 5816001
Mauren Marques Domit Geóloga CREA-SC:091815-3 5683078
Christian Kist Engenheiro Mecânico CREA-SC: 088361-8 5708705
Edemilson Luiz Rangel Júnior Eng. Eletricista CREA-SC: 106.538-0 5812795
Edegar Júnior Projetista - 5783436
Rodrigo Luís Custódio Batista Projetista - 5783775
Priscila Bogo PessiniEstagiária Eng.
Sanitarista e Ambiental- 5708685
Bruno ZanduzzoEstagiário Eng.
Sanitarista e Ambiental- 5808124
Leandro Reinhold Baucke Biólogo (M.Sc.) CRBio: 45278-03D 662084
Gladis Blanger Canello Bióloga CRBio 053294-03D 5173257
Diego Ricardo Bressan Engenheiro Florestal CREA-SC: 103576-5 5487564
Marcos Rodrigo De Marco Biólogo CRBIO: 045236-03D 1544791
ESTELAR ENGENHEIROS
ASSOCIADOS
IMPACTO ASSESSORIA
AMBIENTAL LTDA.
RIMA – Usina Termelétrica Tijucas. Responsável Técnico: Geol. Erik Wunder – CREA/SC 074327-0 Página 3
em regiões com baixo potencial hidrológico, o que representa uma
opção viável em termos econômicos. A recente descoberta de reservas
de gás natural (GN) e prospecção de áreas propícias proporcionam
também uma perspectiva positiva no uso de gás natural para geração
de energia tanto nacional quanto em países vizinhos como Bolívia,
Argentina e Peru, que são detentores de grandes reservas, o que
intensifica o comércio entre o Brasil e esses países.
Desta maneira, a UTE Tijucas torna-se uma alternativa viável e
estratégica para o município de Tijucas, representando um
investimento importante no Estado de Santa Catarina. Entre as
vantagens adicionais deste empreendimento está o fato de apresentar
um prazo relativamente curto de maturação, flexibilidade para o
atendimento de cargas de ponta e apresenta menores níveis de
impactos negativos, tanto sociais, como ambientais. Além disso, como
é previsto para a UTE Tijucas, comumente ocorre com as termelétricas
a gás natural, podem ser construídas em menor tempo com uma
viabilidade econômica maior.
O funcionamento da UTE Tijucas, portanto irá contribuir para o
desenvolvimento do sistema de produção energético no Estado que,
entre 2007 e 2008, apresentou um decréscimo de 4,1% na produção
energética geral, segundo fontes do IBGE (1992-2010). No que se
refere a sua localização (município de Tijucas), a logística de
implantação e operacionalização da UTE, é favorecida pela
proximidade com o gasoduto da TBG (Transportadora Brasileira de
Gasoduto), distando-se cerca de 2 km. Outro benefício é a proximidade
com a subestação já existente, cerca 0,9 km de distância da UTE,
facilitando também o transporte e manuseio do combustível, neste
caso, por gasoduto, não influenciando assim o tráfego do local.
Para a população de Tijucas e municípios próximos, a implantação da
UTE propiciará retornos socioeconômicos, e, seu funcionamento
contribuirá com 56 MW de energia, fornecida a um importante pólo
industrial de Santa Catarina. Além disso, trará status ao município,
atraindo novos investimentos à região, favorecendo a geração de
novos empregos, gerando estímulos ao comércio e ao setor turístico da
cidade.
Quando analisados os aspectos ambientais, uma das primeiras
questões apontadas é a relação entre os gases de emissão e a
poluição atmosférica. Entretanto, o gás natural é um combustível
constituído de hidrocarbonetos leves e a sua combustão é mais limpa.
Os gases de combustão são emitidos em baixas concentrações,
resultando em pequena ou nenhuma necessidade de tratamento de
gases, conforme os limites de emissão estabelecidos pela legislação
vigente.
Do mesmo modo que, no que tange a segurança, o gás natural não
requer estocagem, amenizando dessa forma os riscos que envolvem
vazamentos. E, por ser mais leve que o ar, se dissipa rapidamente na
RIMA – Usina Termelétrica Tijucas. Responsável Técnico: Geol. Erik Wunder – CREA/SC 074327-0 Página 4
atmosfera no caso da ocorrência de vazamentos, caracterizando-se
como de baixo impacto ambiental, quando comparada às demais.
Outra vantagem da usina movida a gás é a área ocupada, dispensando
locais de estocagem de combustível, como é o caso de termelétricas à
carvão ou à óleo.
A opção selecionada para a área de implantação da UTE Tijucas
apresentou-se como a mais viável do ponto de vista ambiental,
justificada principalmente pelo fato da usina estar localizada em uma
área outrora utilizada por atividades extrativistas, desprovida de
vegetação, próxima de empreendimentos no ramo da cerâmica e
olarias, e, afastada de fragmentos de mata preservados e da
concentração urbana do município. Além disso, de acordo com os
estudos realizados na região selecionada, o regime de ventos
apresenta-se desfavorável à dispersão atmosférica, o que significa que
possivelmente somente as regiões mais próximas à usina sejam
influenciadas pelas partículas e gases de emissão. Ainda assim, o
cenário de concentração de emissão menos favorável ao meio
ambiente, apresenta concentrações expressivamente inferiores ao
máximo determinado nos padrões de qualidade do ar.
Frente aos aspectos supracitados o gás natural tem se mostrado como
a melhor opção energética de combustível, face à necessidade de
reduzir os problemas ambientais associados à queima dos
combustíveis fósseis, o que incentiva a instalação da UTE Tijucas no
município. A substituição de outros combustíveis fósseis pelo gás
natural tende a ser motivada por uma legislação ambiental mais
restritiva aos combustíveis poluidores, abrindo espaço para a maior
participação do gás natural na matriz energética. Essa é uma tendência
mundial, permanecendo o gás natural como combustível de transição
até que surja uma nova tecnologia com menor impacto ambiental.
RIMA – Usina Termelétrica Tijucas. Responsável Técnico: Geol. Erik Wunder – CREA/SC 074327-0 Página 5
3 ASPECTOS LEGAIS
Legislação Federal Aplicável
Referência Legal Conteúdo Aplicabilidade
Constituição Federal
Em seu Artigo 225 enuncia que “Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de
uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade
o dever de defendê-lo para as presentes e futuras gerações".
O empreendimento, respeita a Constituição Federal, cumprindo com as
leis ambientais brasileiras que se referem à proteção ambiental e objetiva
a preservação do ambiente.
Lei Federal
6.766/1979 Dispõe sobre o parcelamento do solo urbano e dá outras providências.
A área de implantação da UTE Tijucas encontra-se de acordo com esta lei
e as leis municipais, especificamente com o Plano Diretor, portanto, não
há restrições legais quanto à instalação do empreendimento.
Lei Federal
4.771/1965
Estabelece o Novo Código Florestal brasileiro, especificando proteção à flora, além de estabelecer as
áreas de preservação permanente (APP), determinando ainda, que as florestas existentes no território
nacional e as demais formas de vegetação, reconhecidas de utilidade às terras que revestem, são bens
de interesse comum a todos seus habitantes.
A implantação da UTE Tijucas está de acordo com os termos da lei, uma
vez que não interfere nas áreas de preservação permanente, pois a área
na qual será implantado o empreendimento se encontra desprovida de
vegetação.
Lei Federal
9.427/1996
Institui a Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL e disciplina o regime de concessões de serviços
públicos de energia elétrica e dá outras providências. Neste caso, a UTE Tijucas está de acordo com as disposições da ANEEL.
Lei Federal
9.478/1997 Dispõe sobre a política energética nacional e dá outras providências.
Neste caso, a UTE Tijucas enquadra-se nas diretrizes da política
energética Nacional.
Lei Federal
9.605/1998
Dispõem sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio
ambiente, regulamentada pelo Decreto nº 3.179 de 21 de setembro de 1999. Definem a aplicação de
multas e demais instrumentos punitivos aos agressores do meio ambiente, especificando em seu capítulo
V, Seções I e II, os crimes e punições referentes a agressões sobre a fauna e flora respectivamente.
A UTE Tijcas primará em seguir a melhor conduta possível na execução
de suas atividades.
Lei Federal
9.795/1999
Dispõe sobre a educação ambiental, institui a Política Nacional de Educação Ambiental e dá outras
providências.
Nos Programas do EIA/RIMA da UTE especifica-se o Programa de
Educação e Comunicação Ambiental a ser desenvolvido pelo
RIMA – Usina Termelétrica Tijucas. Responsável Técnico: Geol. Erik Wunder – CREA/SC 074327-0 Página 6
empreendimento.
Lei Federal
9.985/2000
Institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza –SNUC, estabelecendo critérios e
normas para a criação, implantação e gestão das unidades de conservação.
A área de implantação da UTE Tijucas não pertence a nenhuma Unidade
de Conservação da Natureza, conforme informações da Secretaria de
Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano da Prefeitura Municipal de
Tijucas, 2013, não há UCs no município.
Lei Federal
10.257/2001
Regulamenta os arts. 182 e 183 da Constituição Federal estabelecendo diretrizes gerais da política
urbana e dá outras providências.
A área de implantação da UTE Tijucas localiza-se Zona Rural de Terra
Nova e Macrozona Urbana 2, segundo o Plano Diretor Municipal, atende
ao zoneamento urbano estabelecido.
Lei 12.651/2012
Dispõe sobre a proteção da vegetação nativa; altera as Leis nos 6.938, de 31 de agosto de 1981, 9.393,
de 19 de dezembro de 1996, e 11.428, de 22 de dezembro de 2006; revoga as Leis n° 4.771, de 15 de
setembro de 1965, e n° 7.754, de 14 de abril de 1989, e a Medida Provisória no 2.166-67, de 24 de
agosto de 2001; e dá outras providências.
O empreendimento atenderá a lei, entretanto, o terreno no qual será
instalado encontra-se desprovido de cobertura vegetal.
Decreto 96.652/1988 Aprova o plano nacional de energia elétrica 1987/2010 – plano 2010. fixa diretrizes e normas para
concessão ou autorização de centrais geradoras de energia elétrica no país e dá outras providências. Nesse caso, aplica-se à UTE Tijucas.
Decreto 3.371/2000 Institui, no âmbito do Ministério de Minas e Energia, o programa prioritário de termeletricidade e dá outras
providências. Nesse caso, aplica-se à UTE Tijucas.
Resolução CONAMA
001/1986
Dispõe sobre critérios básicos e diretrizes gerais para a avaliação de impacto ambiental. Define as
situações e estabelece os requisitos e condições para o desenvolvimento de Estudo de Impacto
Ambiental - EIA e respectivo Relatório de Impacto Ambiental – RIMA.
A elaboração do presente EIA/RIMA seguiu as diretrizes estabelecidas por
esta Resolução.
Resolução CONAMA
005/1989
Dispõe sobre o Programa Nacional de Controle da Poluição do Ar – PRONAR. Complementada pelas
Resoluções nº 03/1990, nº 08/1990, e nº 436/2011. Estabelece definições, diretrizes, padrões nacionais
de qualidade do ar, prevenção de deterioração significativa da qualidade do ar, monitoramento da
qualidade do ar, gerenciamento do licenciamento de fontes de poluição do ar, inventário nacional de
fontes e poluentes do ar, desenvolvimento nacional na área de poluição do ar, gestão política e ações de
A UTE instalada estará em concordância com o estipulado pelos órgãos
ambientais competentes.
RIMA – Usina Termelétrica Tijucas. Responsável Técnico: Geol. Erik Wunder – CREA/SC 074327-0 Página 7
curto, médio e longo prazo.
Resolução CONAMA
001/1990
Dispõe sobre critérios de padrões de emissão de ruídos decorrentes de quaisquer atividades industriais,
comerciais, sociais ou recreativas, inclusive as de propaganda política.
Os níveis de ruído produzidos no período de operação da UTE respeitarão
os limites estabelecidos pela NBR-10.152 – Níveis de Ruído para conforto
acústico, da associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT.
Resolução CONAMA
003/1990: Dispõe sobre padrões de qualidade do ar, previstos no PRONAR.
Em operação, a usina irá emitir gases como Óxido e Dióxido de
Nitrogênio, Monóxido e Dióxido de Carbono, Hidrocarbonetos e materiais
particulados, todos em conformidade com a concentração máxima
permitida pela lei, sujeitas as restrições estabelecidas pelo órgão estadual
competente
Resolução CONAMA
013/1990:
Dispõe sobre normas referentes às atividades desenvolvidas no entorno das Unidades de Conservação,
objetivando a proteção dos ecossistemas.
A área de implantação da UTE não pertence a nenhuma Unidade de
Conservação da Natureza, conforme informações da Secretaria de Meio
Ambiente e Desenvolvimento Urbano da Prefeitura Municipal de Tijucas,
2013, não há UCs no município.
Resolução CONAMA
307/2002 Estabelece diretrizes, critérios e procedimentos para a gestão dos resíduos da construção civil.
Para a instalação e desmobilização da UTE, serão seguidos todos os
procedimentos estabelecidos nesta lei.
Resolução CONAMA
357/2005
Dispõe sobre a classificação dos corpos de água e diretrizes ambientais para seu enquadramento, bem
como estabelece as condições e padrões de lançamento de efluentes e dá outras providências
O empreendimento instalado atenderá a estas condições, e estará em
concordância com o estipulado pelos órgãos ambientais competentes.
Portaria MINTER
092/1980 Estabelece critérios e diretrizes quanto à emissão de sons e ruídos
O nível de ruídos do empreendimento em operação será adequado ao
zoneamento municipal, em atendimento a esta portaria.
Portaria IPHAN
230/2002
Estabelece procedimentos para compatibilizar os estudos arqueológicos com as licenças ambientais de
empreendimentos potencialmente capazes de afetar o patrimônio arqueológico.
Em relação ao empreendimento em estudo, encaminhou-se o plano de
levantamento arqueológico sistemático e encontra-se sob o Processo
01510.002318/2012-80.
RIMA – Usina Termelétrica Tijucas. Responsável Técnico: Geol. Erik Wunder – CREA/SC 074327-0 Página 8
Legislação Estadual Aplicável
Referência Legal Conteúdo Aplicabilidade
Constituição Estadual
de 1989
Capitulo VI – do Meio Ambiente estabelece em seu artigo 181 que “todos têm o direito ao meio ambiente
ecologicamente equilibrado impondo-se ao poder público e à coletividade o dever de defendê-lo para as
presentes e futuras gerações”. No artigo 182 item v, fica estabelecido que o Estado deve exigir, para a
instalação de obra ou atividade potencialmente causadora de degradação ambiental, estudos prévios de
impacto ambiental a que se dará publicidade.
O empreendimento respeita a Legislação Estadual, cumprindo com as
leis ambientais que se referem à proteção ambiental objetivando a
preservação do ambiente. Assim como, realiza estudos ambientais de
acordo com o que determina a lei.
Lei 14.675/2009 Institui o Código Estadual do Meio Ambiente.
O empreendimento respeita a Legislação Estadual e Municipal,
cumprindo com as leis ambientais que se referem à proteção
ambiental objetivando a qualidade do meio ambiente.
Lei 13.557/2005: Dispõe sobre a Política Estadual de Resíduos Sólidos do Estado de Santa Catarina e adota outras
providências.
O empreendimento em todas as etapas, atenderá o solicitado
constante na Política Estadual de Resíduos Sólidos de Santa
Catarina.
Resolução
CONSEMA 003/2008
Aprova a Listagem das Atividades Consideradas Potencialmente Causadoras de Degradação Ambiental
passíveis de licenciamento ambiental pela Fundação do Meio Ambiente – FATMA e a indicação do
competente estudo ambiental para fins de licenciamento. Neste caso, a UTE Tijucas identifica-se de acordo
com a listagem em médio porte (10 <P <= 70 : médio (EIA)
Conforma a IN 65 (Atividades Diversas) o empreendimento se
enquadra: 34.11.00 – Produção de Energia Termelétrica
Pot. Poluidor/Degradador : Ar: G Água: M Solo: M Geral: G
Porte: P <= 10 : pequeno (EAS)
10 <P <= 70 : médio (EIA)
P > 70 : grande (EIA)
Instrução Normativa
FATMA nº 65:
Define a documentação necessária ao licenciamento e estabelece critérios para a apresentação dos planos,
programas e projetos ambientais para a implantação de atividades, incluindo tratamento de resíduos líquidos,
tratamento e disposição de resíduos sólidos, ruídos, vibrações e outros passivos ambientais.
Os estudos necessários realizados tanto para a elaboração do
EIA/RIMA, quanto para o licenciamento da UTE Tijucas como um
todo, encontram-se totalmente adequados aos critérios estabelecidos
por lei vigente.
RIMA – Usina Termelétrica Tijucas. Responsável Técnico: Geol. Erik Wunder – CREA/SC 074327-0 Página 9
Legislação Municipal Aplicável
Referência Legal Conteúdo Aplicabilidade
Lei Complementar Nº 5/2010 Dispõe sobre o Plano Diretor Participativo e dá outras Providências
Em consulta à prefeitura municipal de Tijucas as leis municipais, especificamente
suas Leis Orgânicas e Plano Diretor, não há restrições legais quanto à instalação
do empreendimento. Diante disto, se reporta à anuência prévia de uso do solo do
município de Tijucas, a qual declara a inexistência de óbices quanto ao uso e
ocupação do solo pelo empreendimento a ser instalado no local. O Terreno da
UTE localiza-se na Macrozona Rural Terra Nova e o sistema Adutor de Água na
Macrozona de Expansão Urbana 2.
3.1 Unidades de Conservação
Conforme a pesquisa realizada e de acordo com a lista Unidades de
Conservação do estado de Santa Catarina da ICMBio, o local de
implementação do empreendimento não está situado em áreas
circundantes de UCs.
A Unidade de Conservação mais próxima ao empreendimento, dista-se
cerca de 15,5 km, e denomina-se Área de Relevante Interesse
Ecológico - ARIE Costeira de Zimbros, classificada na categoria de
Unidade de Conservação de uso sustentável, ou seja, busca conciliar o
uso dos recursos naturais com o equilíbrio ecológico. A ARIE localiza-
se no município de Bombinhas, entre as coordenadas geográficas de
latitude 27º06’34”S e 27º12’38”S e longitude 48º30’24” W e 48º34’40”
W , limitando-se a norte e oeste com o município de Porto Belo, a sul
com o município de Tijucas e a leste com o Oceano Atlântico.
A figura a seguir representa a distância do empreendimento até a ARIE
Costeira de Zimbros, e, mostra a ausência de Unidades de
Conservação em um raio de 10 km no entorno do empreendimento.
Figura 3.1 – Unidade de Conservação mais próxima da UTE Tijucas.
RIMA – Usina Termelétrica Tijucas. Responsável Técnico: Geol. Erik Wunder – CREA/SC 074327-0 Página 10
3.2 Planos e Programas Governamentais
As informações acerca dos Planos e Programas Governamentais
existentes no município de Tijucas foram obtidas mediante contato
direto com a Prefeitura Municipal. Além disso, também foram obtidas
informações por meio do site dos Ministérios de Planejamento,
Orçamento e Gestão e Ministério do Desenvolvimento Social e
Combate à Fome.
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Projetos/AçõesProgramasEsfera do Governo
Programa Nacional de Fortalecimento da
Agricultura Familiar - PRONAF
Gov.
Fed
eral
Miistério do Desenvolvimento
Agrário
O Programa financia projetos individuais ou coletivos, gerem renda aos agricultores, familiares e
assentados da reforma agrária. Atua de forma direta no município de Tijucas, tornando viáveis
muitos dos projetos desenvolvidos pela Secretaria Municipal de Agricultura, Pesca e Meio
Ambiente.
O Programa atende a 18 escolas públicas, sendo 11 localizadas no perímetro urbano e 7 na área
rural do município, disponibilizando livros didáticos e acervos de obras literárias, complementares e
dicionários.
No município atende 27 entidades entre creches, escolas e centros de ensino, disponibilizando
obras literárias e matérias que visam apoiar a educação básica.
A Provinha Brasil entra em consonância com a meta de que todas as crianças até 8 anos devem
saber ler, prevista no Plano de Metas Compromisso Todos pela Educação da Rede Municipal de
Ensino de Tijucas, conforme o Decreto nº 801/2013.
Construção de UBS do Ministério da Saúde (Unidade Básica de Saúde de Morretes) em fase de
finalização;
Construção do CEO (Centro de Especialidades Odontológicas);
Reforma de Unidades Básicas de Saúde (Unidade de Saúde Orlando Barreto e Unidade de Saúde
Dona Calina) em fase realização de projeto;
Construção UPA (Unidade de Pronto Atendimento) em fase de realização do projeto. Este Serviço,
conforme a Secretaria de Saúde tem o objetivo de diminuir as filas nos prontos-socorros dos
hospitais, evitando que casos que possam ser resolvidos nas UPAS, ou unidades básicas de
saúde, sejam encaminhados para as unidades hospitalares.
Infraestrutura Logística, que envolvem a construção e ampliação de rodovias, ferrovias, portos,
aeroportos e hidrovias;
Infraestrutura Energética, correspondente à geração e transmissão de energia elétrica, produção,
exploração e transporte de petróleo, gás natural e combustíveis renováveis;
Infraestrutura Social e Urbana, que engloba saneamento, habitação, metrôs, trens urbanos,
universalização do programa Luz para todos e recursos hídricos.
O Programa Bolsa Família visa o auxílio financeiro às famílias que se enquadram em situação de
pobreza e de extrema pobreza, com renda per capita inferior a R$ 70,00 mensais. No município de
Tijucas, são atendidas pelo Programa 670 famílias.
Os Benefícios Eventuais e os Benefícios de Prestação Continuada (BPC) compõem a Proteção
Social Básica, dada a natureza de sua realização. No contexto de Tijucas, atualmente são
atendidas 226 pessoas com deficiência e 115 idosos pelo Benefício de Prestação Continuada.
De acordo com o Relatório de Informações de Proteção Social Especial (2013), Tijucas tem 291
crianças/adolescentes inseridas no Cadastro Único vinculadas ao Programa de Erradicação do
Trabalho Infantil (PETI). O programa objetiva a retirada de crianças e adolescentes, menores de 16
anos, expostas às práticas de trabalho infantil.
Programa Nacional Livro Didático – PNLD
Programa Nacional Biblioteca da Escola –
PNBE
Provinha Brasil –INEP
Ministério da Saúde
Programa Nacional de Fortalecimento da
Agricultura Familiar - PRONAF
Programa de Aceleração do Crescimento -
PAC
Programa de Proteção Social Básica
Programa de Proteção Social Especial -
PSE
Programa Bolsa Família
Ministério da Educação
Ministério do Planejamento,
Orçamento e Gestão
Gov.
Fed
eral
Ministério do Desv. Social e
Combate a Fome
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Gov.
Est
adual
Em relação aos Planos e Programas em âmbito Estadual, conforme informações disponibilizadas pelas Secretarias, não há, todavia incentivos ao município de Tijucas.
Gov.
Munic
ipal
Sec. Municipal de Saúde
Pauta suas ações na Atenção Básica em Saúde. Entre as atividades realizadas, consolida e efetiva
o Grupo da Estratégia Saúde da Família, realizando a assistência, prevenção e promoção à saúde
dos munícipes.
Destacam-se ainda os Programas de Erradicação ao Aedes Aegpty (mosquito da Dengue) e o
Programa DST/HIV. A vigilância Epidemiológica desenvolve, também, o Programa de atendimento
à tuberculose e hanseníase.
Núcleo de Apoio à Saúde da Família – NASF, e a participação de profissionais de Nutrição,
Psicologia, Educador Físico, Fisioterapeuta, Fonoaudiologista fazendo o matriciamento com as
equipes da Estratégia Saúde da Família.
A Vigilância Sanitária Municipal faz coleta de amostras, inspeciona os estabelecimentos que
comercializam, armazenam ou distribuem produtos como drogarias, ervanárias e afins.
estabelecimentos de ensino (creches, ensino médio), de estética e condicionamento físico, hotéis,
motéis, estabelecimentos relacionados aos serviços de saúde
Projeto Marca Turística de Tijucas, que visa levantar pontos turísticos, históricos e culturais, e,
verificar a potencialidade como incremento base ao Turismo Industrial, Turismo Artesanal e ao
Turismo Religioso.
Disponibilização de funcionário responsável pela pesca no município, visto que há 80 famílias que
sobrevivem exclusivamente da pesca artesanal. Além disso, alguns projetos são desenvolvidos
pela secretaria, a saber:
Arando a Terra
Melhoria Genética do Rebanho
Plantando Solidariedade
Otimização da Propriedade
Parque Municipal de Exposições
Mercado Público
Óleo Gerando Renda
"Peixe Fresco” – (Fábrica de Gelo)
Seminário Regional da Pesca
“Peixe Vivo”
Sec. Municipal de Indústria, Comércio e Turismo
Sec. Municipal de Agricultura, Pesca e Meio Ambiente*
Gov.
Munic
ipal
Sec. Municipal de Saúde
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4 LOCALIZAÇÃO E ACESSOS
A área de execução do empreendimento encontra-se em um terreno
localizado a aproximadamente 700 metros da rodovia SC-411 (Km 07),
na localidade de Nova Descoberta, município de Tijucas, Estado de
Santa Catarina.
Figura 4.1 – Espacialização do local de instalação da UTE, município de
Tijucas
Tijucas possui um território de 279,578 km2, é limitado ao norte, pelos
municípios de Camboriú e Porto Belo; ao sul por Biguaçu e Governador
Celso Ramos; a leste, pelo Oceano Atlântico e a oeste por Canelinha.
Em se tratando do percurso da Capital de Santa Catarina ao
empreendimento, pode-se seguir pela BR-101 no sentido norte do
estado, por 50 km até chegar à Sede Municipal de Tijucas. A partir daí
segue-se pela rodovia SC-411 por cerca de 10 km no sentido leste-
oeste, em direção ao município de Canelinha.
A via que dá acesso à UTE Tijucas a partir da SC-411 corresponde a
Rua Maria A. de Abreu Orsi, pertencente à localidade de Nova
Descoberta.
Figura 4.2 -Vias de acesso à UTE Tijucas.
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5 CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO E
ALTERNATIVAS LOCACIONAIS
5.1 Descrições Gerais
O objetivo da UTE Tijucas é gerar energia elétrica e fornecê-la para o
sistema interligado Sul como fonte de energia de reserva de potência.
A instalação da Usina decorrerá do resultado dos novos Leilões de
Energia no ambiente regulado e promovido pela ANEEL a partir do ano
de 2012.
O projeto proposto oferece benefícios significativos, dentre os quais,
cita-se a adição de uma reserva de potência de 56.054 kW, de geração
térmica confiável, na rede elétrica localizada no sub-mercado Sul.
Aponta-se, como outro benefício, a capacidade de proporcionar à
distribuidora de gás natural Petrobras - via contratação do fornecimento
de gás a UTE Tijucas - as condições financeiras que auxiliem na
viabilidade econômica e financeira para suprimento do gás natural
necessário para a geração de energia.
A UTE Tijucas será composta de 01 unidade motogeradora utilizando
gás natural em ciclo Brayton-Rankine combinado com 01 unidade
geradora utilizando vapor proveniente de uma caldeira de recuperação.
A conexão será realizada através da construção de uma linha de
transmissão de 138 kV com 900 m de extensão até a subestação
Tijucas da CELESC Distribuição.
O tipo de construção previsto para a UTE é modular, contando com um
centro de controle moderno e automatizado que permitirá a otimização
da operação de acordo com as necessidades de despacho de energia
elétrica.
Todos os equipamentos utilizados serão novos e fornecidos por
fabricantes nacionais e internacionais de qualidade e tradição de
fornecimento para empreendimentos desta natureza.
A figura a seguir apresenta um modelo de uma termelétrica com ciclo
combinado Brayton-Rankine com as características conceituais que
serão aplicadas na UTE Tijucas.
Figura 5.1 – Esquema de acoplamento da turbina a gás
com a HRSG
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Figura 5.2 – Casa de geradores e turbina a vapor
Fonte: Wärtsilä
A Figura 5.2 mostra um exemplo de estrutura para a turbina a vapor
com o gerador, também com características conceituais aplicadas na
UTE Tijucas.
Em relação ao sistema de refrigeração da UTE Tijucas, é um sistema
fechado que não requer uso constante de água de reposição. Uma vez
realizado o enchimento com água do sistema de refrigeração, não é
necessário mais adição, somente será necessária a reposição para
compensar pequenas perdas que possivelmente poderão ocorrer
durante sua operação.
O suprimento de água da UTE Tijucas inclui a captação de água do rio
Tijucas e bombeamento até a ETA (Estação de Tratamento de Água),
para que a água possa ser aproveitada no sistema, como pode ser
visualizado no desenho n° TGE-2C-DEAJ-003, em anexo ao final deste
estudo. A água proveniente da utilização no sistema retornará, por
bombeamento, ao rio Tijucas. O abastecimento de água potável para a
UTE Tijucas será por meio de uma ramificação do tanque de água
tratada. O consumo de água na usina durante a operação deverá
atender a demanda estabelecida para um contingente máximo de 30
funcionários, em função das atividades de manutenção e limpeza dos
prédios e dos usos em refeitórios e banheiros distribuídos pela planta
da usina.
5.2 Combustível Principal e Reagentes
A UTE Tijucas não necessitará do uso de reagentes para a geração de
energia elétrica. Quanto ao combustível principal, será utilizado gás
natural, suprido pela PETROBRAS através do gasoduto Bolívia-Brasil
de propriedade da Transportadora Brasileira Gasoduto Bolívia-Brasil
S.A – TBG, ilustrada na figura a seguir:
Figura 5.3 – Estação de Entrega de Gás da TGB em Tijucas – SC
Para interconectar a UTE Tijucas com a Estação de Entrega Tijucas
será construída uma tubulação margeando a Rodovia SC-411 e prevê
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a construção no local do empreendimento de um sistema de medição e
de válvulas de segurança (City Gate) para o atendimento pela
distribuidora do combustível – SCGÁS.
A Tijuca Geradora de Energia S.A., já iniciou as tratativas para a
obtenção do contrato de fornecimento de gás para a usina. As
especificações do gás natural devem seguir a Resolução ANP Nº 16,
de 17/06/2008, DOU 18/06/2008, da Agência Nacional do Petróleo. A
pressão de fornecimento do GN informado pela SCGás é de 5 kg/m² (5
bar).
5.3 Concepção Térmica da Termoelétrica
5.3.1 Ciclo Termodinâmico
A UTE Tijucas operará em ciclo Brayton-Rankine combinado. O
sistema contará com caldeira de recuperação, aproveitando as
propriedades térmicas da exaustão dos gases da turbina a gás para
fornecimento de vapor para a turbina a vapor.
5.3.2 Características dos Equipamentos Principais
A tabela a seguir apresenta os principais dados técnicos da UTE
Tijucas.
Tabela 5.1 - Dados da Central Geradora Termelétrica
5.3.2.1 Turbina a Gás
A usina foi previamente projetada para utilização de turbina a gás
modelo LM6000PC da fabricante GE. Entretanto, pode ser fornecido
por terceiros, desde que com potência igual ou superior e consumo
específico de gás compatível com o utilizado nas simulações
energéticas e financeiras. Na Tabela 5.2 estão descritas as
características técnicas da turbina a gás utilizada na UTE.
Características Dados Técnicos
Potência instalada total bruta 56.054 kW
Potência Líquida 54.990 kW
Consumo interno 1.064 kW
Rotação do eixo 3.600 rpm
Taxa de indisponibilidade forçada (TEIF) 2,40%
Indisponibilidade Programada (IP) 1,60%
“Heat Rate” (combustível principal) 7.456 kJ/kWh (LHV)
Consumo Específico na Geração Máxima 187,5 m³GN/MWh
Consumo de gás diário 252.200 m³/dia
Rendimento bruto total 49,22%
Rendimento líquido total 48,28%
Tanque de armazenamento de água desmineralizada200 m³
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Tabela 5.2 - Dados da Central Geradora Termelétrica
5.3.2.2 Turbina a Vapor
A turbina a vapor projetada para ser aproveitada neste sistema segue
as características descritas na tabela a seguir
Tabela 5.3 - Dados da Central Geradora Termelétrica.
5.3.2.3 Gerador Elétrico – Turbina a Gás
A Tabela a seguir apresenta os dados principais que caracterizam o
gerador elétrico a ser utilizado na turbina a gás da UTE Tijucas.
Tabela 5.4 - Principais dados do Gerador Elétrico.
5.3.2.4 Gerador Elétrico – Turbina a Vapor
A Tabela 5.5 apresenta os dados principais que caracterizam o gerador
elétrico a ser utilizado na turbina a vapor da UTE Tijucas.
Tabela 5.5 - Principais Dados do Gerador Elétrico.
Características Dados Técnicos
Quantidade 1
Potência bruta 38.998 kW
Rendimento bruto 39,00%
“Heat Rate” (LHV) 9.230 kJ/kWh
Fluxo de saída dos gases 423 t/h
Temperatura de saída dos gases 444°C
Valor bruto de energia calorífica do combustível (HHV) 110.493 kWth
Valor líquido de energia calorífica do combustível (LHV) 99.989 kWth
Características Dados Técnicos
Quantidade 1
Potência bruta 17.056 kW
Rendimento bruto 28,74%
Eficiência da Caldeira de Recuperação de Calor 86,30%
Valor bruto de energia calorífica do combustível (HHV) para os
queimadores no duto de gás (Duct-Burners)15.429 kWth
Valor líquido de energia calorífica do combustível (LHV) para os
queimadores no duto de gás (Duct-Burners)13.905 kWth
Valor líquido de energia calorífica do combustível (LHV) nos Duct-
Burners + Calor Sensível de Entrada da Caldeira de Recuperação de
Calor68.779 kW
Características Dados Técnicos
Tipo Síncrono – três fases
Potência 48.750 kVA
Fator de Potência 0,8
Voltagem Nominal 13,80 kV
Faixa de ajuste de voltagem ± 5 %
Freqüência 60 Hz
Rotação 3600 rpm
Características Dados Técnicos
Tipo Síncrono – três fases
Potência 22.500 kVA
Fator de Potência 0,8
Voltagem Nominal 13,80 kV
Faixa de ajuste de voltagem ± 5 %
Freqüência 60 Hz
Rotação 1800 rpm
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5.3.3 Emissões Tratamento dos Gases da Combustão
Na operação, a principal fonte de emissão de gases de combustão da
UTE Tijucas será a chaminé da caldeira de recuperação, tendo em
vista que os gases são aproveitados da combustão na turbina.
A Tabela a seguir, apresenta a concentração dos principais gases e de
material particulado na queima de gás natural para a produção de
energia elétrica.
Tabela 5.6 – Fatores de Emissão de Poluentes Atmosféricos
Para este estudo foi verificada a adequação das concentrações dos
gases de emissão, para tanto, realizou-se um estudo de dispersão de
emissões atmosféricas, basedo no modelo AERMOD. Conforme a
modelagem realizada, as concentrações dos gases, analisadas em seu
pior cenário de emissão, não ultrapassaram o limiar proposto pela
legislação vigente. Os resultados mostraram que todos os padrões de
qualidade do ar aplicados são respeitados os compostos avaliados,
validando ambientalmente o empreendimento sob a perspectiva da
qualidade do ar, sem a necessidade de um sistema de tratamento de
gases. De qualquer maneira, quando em funcionamento, todas as
emissões serão controladas.
5.3.4 Principais Equipamentos e Sistemas Auxiliares Mecânicos
5.3.4.1 Sistema de Admissão de Gás
A principal função do sistema é estabelecer a operação adequada do
fluxo de gás para a câmara de combustão, bem como para a caldeira
de recuperação. Assim, é possível manter o controle da pressão e grau
de pureza exigido pelos fabricantes dos equipamentos.
5.3.4.2 Sistema de Óleo Lubrificante
O sistema possibilita a lubrificação de todas as partes móveis da
turbina, providenciando resfriamento e filtragem do óleo lubrificante,
assim como estocagem de óleo usado e óleo novo. As partes principais
do sistema de óleo lubrificante são: unidade separadora, tanque de
armazenamento de óleo novo e óleo usado, unidades de
bombeamento, tubulações e válvulas específicas.
O consumo previsto de óleo lubrificante para a condição de operação
total da usina é de 200 l/min. A capacidade dos tanques de
armazenagem para a lubrificação das partes móveis do conjunto
turbina/gerador a gás é de 3.000 litros, o que permite a operação
ininterrupta da usina por um período de 10 meses.
Gases de Emissão Concentração
Óxido de Nitrogênio – NOx (mg/Nm³) 51 (Ref 15% O2)
NOx do Dióxido de Nitrogênio (NO2) – (kg/h) 15
Monóxido de Carbono – CO (mg/Nm3) 22 (Ref 15% O2)
Monóxido de Carbono – CO (kg/h) 6,62
Dióxido de Carbono (CO2) – (kg/h) 20.452
Hidrocarbonetos – HC (mg/Nm³) 2 (Ref 15 vol-% O2)
Hidrocarbonetos – HC (kg/h) 0,45
SOx do Dióxido de Enxofre (SO2) – (kg/h) 0
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5.3.4.3 Sistema de Refrigeração
A principal função do sistema é estabelecer resfriamento adequado ao
gerador e realizar a transferência de calor exigido no condensador.
Este sistema apresenta circuito fechado de refrigeração onde a água
aquecida do condensador e do gerador são resfriadas sem descarte.
O fluxograma do sistema de resfriamento da UTE Tijucas pode ser
visualizado no desenho que representa o balanço hídrico da usina, nº
TGE-2M-DEFL-002, presente nos anexos.
5.3.4.3.1 Condensador
O condensador é um trocador de calor onde o vapor de exaustão da
turbina é novamente convertido em água. O condensador da central
termelétrica em questão será do tipo casco-tubo. Nesse equipamento a
água de resfriamento é bombeada através de um feixe tubular
metálico, resfriando o vapor que passa externamente aos tubos dentro
da estrutura do condensador.
O vapor cede calor progressivamente e transforma-se em água sendo
bombeado para o desaerador e posteriormente para a caldeira,
completando o ciclo de geração.
5.3.4.3.2 Torres de Resfriamento
As torres de resfriamento têm como função reduzir a temperatura da
água de resfriamento que circula no condensador da turbina e em
outros trocadores da central de geração. Este processo de resfriamento
consiste na queda da água por gravidade da parte superior das torres
em contracorrente forçada com o ar puxado de baixo para cima por
exaustores, instalados no topo das mesmas.
5.3.4.4 Sistema de suprimento de água
Uma estação de tratamento, utilizando a técnica de micro filtração,
atenderá a demanda de água de toda a planta, de 139 t/h. Inclui-se no
volume da demanda: água potável, de combate a incêndios, de
resfriamento, de make-up e desmineralizada. O Balanço Hídrico
representado no desenho nº TGE-2M-DEFL-002, apresenta os
consumos de água fluvial.
Para a captação localizada na margem esquerda do rio Tijucas prevê a
instalação de uma estação de bombeamento – EEAB, compreendendo
um grupo de dois conjuntos de motobombas submersíveis com
capacidade total máxima de 140 m³/h, estando uma em funcionamento
em stand-by como reserva.
A vazão média de captação corresponderá a 140 m³/h (0,04 m³/s), o
que representa apenas 0,1% da vazão média do rio Tijucas.
A captação será implantada em nível tal que, mesmo na época da
cheia do rio, a montagem e instalações de operação e manutenção
serão preservadas e protegidas de inundação. O desenho nº TGE-2C-
DEAJ-003 mostra a planta do ponto de captação e do encaminhamento
da tubulação.
RIMA – Usina Termelétrica Tijucas. Responsável Técnico: Geol. Erik Wunder – CREA/SC 074327-0 Página 20
Com uma extensão de aproximadamente 4,3 km, a partir do ponto de
captação, a linha de adução seguirá pela margem direita da Rodovia
SC-411, com uso da faixa de domínio, até a UTE. Se houver
necessidade, poderão ser adicionados uma ou duas estações de
reforço no bombeamento ao longo da linha de adução.
5.3.4.5 Desaerador
É o equipamento responsável pela retirada de gases (O2 e CO2)
dissolvidos na água oriunda do condensador da turbina,
desempenhando também as funções de reaquecimento da água de
alimentação e de reservatório pulmão da caldeira.
5.3.4.6 Caldeira de Recuperação – HRSG
A caldeira de recuperação tem a finalidade de aproveitar o calor dos
gases de exaustão da turbina a gás, produzindo vapor por troca
térmica. Tal caldeira produz vapor em três níveis de pressão e
temperatura, o que resulta em uma maior capacidade de recuperação
de calor aumentando a eficiência e a potência gerada na turbina a
vapor.
As chaminés de exaustão das caldeiras foram projetadas em
consonância com a geometria das mesmas e de forma a atender às
exigências ambientais. Terão, a princípio, 35 metros de altura e cinco
metros de diâmetro interno e serão instaladas escadas e plataformas
junto aos pontos de amostragem para facilitar as análises de suas
emissões para a atmosfera. Equipamentos de monitoramento contínuo
serão implantados.
5.3.4.7 Sistema de Prevenção Contra Incêndios
Este sistema contemplará todos os equipamentos em toda a área da
usina e estará de acordo com os parâmetros da NFPA (National Fire
Protection Association), além das exigências locais e nacionais na
área. Serão examinadas, também, as certificações pertinentes à
prevenção e combate a incêndios.
A planta contará com um sistema automático de detecção de fogo
cobrindo todas as áreas suscetíveis, pontos de ativação manual de
alarmes, sistemas de hidrantes, extintores de incêndio portáteis,
sistemas de spray de água automáticos para o transformador de alta
tensão para os grupos geradores, e sistema de combate a fogo com
CO2 em instalações elétricas e geradores. Bombas de água de
combate a incêndio estarão à disposição deste sistema, duas elétricas
e uma a diesel.
5.3.4.8 Sistema de Água Potável
O sistema será composto basicamente por um ponto de captação junto
ao tanque de água tratada, um reservatório de abastecimento e
distribuição de água com capacidade unitária de 1.000 litros. O volume
de água armazenado será utilizado para abastecimento dos diversos
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pontos de consumo da casa de força, rede de tubulações, aparelhos
sanitários, bebedouros, válvulas e acessórios.
O suprimento de água tratada da usina será proveniente da estação de
tratamento. Análises químicas periódicas deverão ser realizadas de
modo que a mesma seja própria para o consumo humano.
5.3.4.9 Sistema de Esgoto Sanitário
Para tratamento e disposição dos efluentes sanitários foi previsto um
sistema de esgoto sanitário conforme fluxograma TGE-2M-DEFL-003,
em anexo neste estudo. O sistema consiste de um tanque séptico de
digestão e sedimentação de lodo, filtro anaeróbico, desinfecção do
efluente líquido por hipoclorito de sódio. Haverá ainda uma tubulação
principal, tubulação secundária e tubulação de ventilação. A
declividade mínima da tubulação deverá ser de 2 %, para diâmetros
DN 100 mm (4”) e de 1 %, para DN 150 mm (6”).
Os efluentes provenientes da copa e sanitários serão coletados através
de rede coletora e encaminhados para uma caixa de gordura
anteriormente ao sistema de tratamento.
O projeto e dimensionamento do sistema deverão ser feitos de modo a
atender as recomendações estabelecidas nas normas ABNT NBR-
7229 e NBR-8160, considerando um máximo de 15 (quinze) pessoas.
5.3.4.10 Sistema de Ar Comprimido de Serviço
O sistema de ar comprimido de serviço deve ser constituído
basicamente de compressores de ar, reservatório de ar, rede de
distribuição de ar comprimido, válvulas, instrumentos, ferramentas e
demais equipamentos da planta.
5.3.5 Sistemas e Equipamentos Elétricos
A estrutura básica dos Sistemas e Equipamentos Elétricos da UTE
Tijucas, resumidamente será composta dos seguintes equipamentos e
sistemas principais:
02 Geradores síncronos trifásicos com as seguintes
características:
- 01 de potência de 22500 kVA / 1800 rpm / 13,8 kV / 60 Hz
(turbina a vapor);
- 01 de potência de 48750 kVA / 3600 rpm / 13,8 kV / 60 Hz
(turbina a gás).
Cubículos:
- 02 Cubículos de Neutro;
- 02 Cubículos de Saída e Surtos dos Geradores;
- 01 Cubículo do Transformador Elevador;
- 01 Cubículo de Serviços Auxiliares.
Sistema de Supervisão, Controle e Proteção (SSCP):
- 01 Sistema Digital de Supervisão e Controle (SDSC);
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- 02 Quadros de Comando e Proteção dos Geradores;
- 01 Quadro de Comando e Controle do Transformador
Elevador e Subestação.
Sistemas Elétricos Auxiliares:
- Transformador de Serviços Auxiliares;
- Quadros CA;
- Quadros CC;
- Banco e Carregadores de Baterias;
- Sistemas de Iluminação e Tomadas;
- Malha de Aterramento;
- Sistema de Proteção Contra Descargas Atmosféricas
(SPDA).
Subestação Elevadora 13,8-138 kV
- 01 Transformador Elevador 67,5/75 MVA / 13,8-138 kV;
- Equipamentos de 138 kV: Disjuntor, Transformadores de
corrente, transformadores de potencial, seccionadoras,
pára-raios;
- Estruturas, pórticos, isoladores, cablagem, etc.
5.3.6 Conexão da UTE Tijucas ao Sistema Interligado Nacional
(SIN)
A Conexão da UTE Tijucas ao Sistema Interligado Nacional da Região
Sul será feita com o seccionamento da LT 138 kV Tijucas – Porto Belo
de propriedade da CELESC. A Linha de Transmissão seccionada
derivará até a subestação elevadora 13,8/138 kV da UTE Tijucas. Na
derivação será implantada uma Linha de Transmissão em 138 kV, de
aproximadamente 0,900m, circuito duplo, um condutor por fase.
O Bay de 138 kV a ser implantado na Subestação UTE Tijucas, será
construído de acordo com os padrões da CELESC e terá todos os
equipamentos que compõe um módulo de conexão de uma usina, ou
seja, disjuntor, chaves seccionadoras de isolamento e by-pass,
Transformadores de Potencial (TPs) e de Corrente (TCs), para-raios,
módulos de medição de faturamento, de medição operacional e os
painéis de Controle e Proteção.
A planta geral da linha de transmissão da usina pode ser visualizada no
desenho TGE-2E-DELT-001, respectivamente, em anexo.
5.4 Índices de Indisponibilidade (TEIF E IP)
Baseados na projeção de despacho da UTE Tijucas, só serão
necessárias manutenções menores nos grupos geradores durante o
período de Contrato de Comercialização de Energia Elétrica.
A estimativa é que o grupo gerador estará indisponível por menos de
210 horas / ano (2,4% do tempo) devido a manutenções periódicas (IP)
e de 140 horas /anos (1,6% do tempo) devido a indisponibilidades
forçadas (TEIF).
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5.5 Alternativas Locacionais
A escolha do local de instalação da UTE Tijucas, está intimamente
ligada ao atendimento de necessidades estruturais ou conjunturais do
Sistema Interligado Nacional, de forma a permitir a redução de
vulnerabilidades regionais de suprimento de energia, diante de
cenários devidamente validados pelo Ministério das Minas Energia.
O terreno de impantação da UTE localiza-se próximo a SC-411, entre
os municípios de Tijucas e Canelinha, como pode ser visualizado na
figura a seguir:
Figura 5.4 - Vias de acesso à UTE Tijucas.
As principais infraestruturas disponíveis nas proximidades da usina são
as vias de acesso à central geradora, à subestação, torres da linha de
transmissão e ao “City Gate”. Além disso, a UTE Tijucas encontra-se-á
a apenas 2,1 km de distância da Estação de Entrega de Tijucas da
TBG (Transportadora Brasileira de Gasoduto), o que otimiza a
obtenção do seu principal combustível, o gás natural. Também se levou
em consideração a proximidade com a subestação (0,9 km) e dista-se
cerca de 4,3 km do rio Tijucas, o que facilita o processo de captação de
água para o abastecimento da usina.
Atualmente no terreno destinado a UTE se encontra com a
compensação de corte/aterro realizada, portanto, preparado para
fundações das estruturas da usina. Em relação ao Uso do Solo, tanto a
Prefeitura Municipal de Tijucas, quanto à de Canelinha declararam que
não têm nada a se opor quanto a instalação da UTE e que o
empreendimento não interfere na captação de água para
abastecimento humano, conforme as declarações de viabilidade
municipal.
Sob o aspecto ambiental, o processo de escolha do local demonstra
que entre as opções possíveis para a implantação do empreendimento,
a alternativa selecionada representou ser a mais viável. Justificando-
se, principalmente, pelo fato de localizar-se em uma zona parcialmente
antropizada, próxima a empreendimentos de atividades de cerâmica e
olarias, afastada de fragmentos de mata preservada e de concentração
populacional.
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Além disso, de acordo com o estudo de dispersão atmosférica dos
poluentes emitidos pela Usina Termoelétrica Tijucas, o regime de
ventos apresenta situação desfavorável à sua dispersão. Os resultados
apontam que os valores mais elevados ficaram no entorno do
empreendimento e também ao Norte e ao Sul da usina, em que a
geomorfologia apresenta-se mais proeminente, exatamente por estas
formarem barreiras à dispersão dos poluentes devido ao regime de
ventos da região. Salienta-se, pois, que o pior cenário de concentração
de emissão é expressivamente inferior ao máximo permitido pelos
padrões de qualidade do ar.
6 AREAS DE INFLUÊNCIA
6.1 Área Diretamente Afetada - ADA
Corresponde à área que sofre diretamente as intervenções de
implantação e operação da atividade, considerando alterações físicas,
biológicas, socioeconômicas e das particularidades da atividade,
incluindo as alterações na qualidade do ar, bem como as operações
unitárias associadas exclusivamente à infraestrutura do projeto, ou
seja, de uso privativo do empreendimento.
6.1.1 Meio Físico, Meio Biótico e Socioeconômico
A ADA delimitada para a realização dos estudos dos meios físico,
biótico e socioeconômico, apresenta-se nos limites do terreno da Usina
Termelétrica Tijucas (30.000 m²), somada a um buffer de 300 metros,
e, complementada por um corredor de largura de 10 metros (5 metros
para cada lado) que envolve a tubulação de captação mínima de água
para utilização durante sua operação. Estas áreas localizam-se na
Zona Rural Terra Nova e Macrozona Urbana 2, localidade de Nova
Descoberta, município de Tijucas (Figura 6.1). A ADA pode ser
visualizada ainda no desenho n° TGE-2H-DEEA-001, em anexo.
Figura 6.1 - Vista geral da Área Diretamente Afetada.
Fonte Google Earth, 2010.
6.2 Área de Influência Direta - AID
Definida como a área geográfica diretamente afetada pelos impactos
tanto positivos quanto negativos decorrentes do
empreendimento/projeto.
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6.2.1 Meio Físico e Meio Biótico
Apesar da pluma de dispersão atmosférica delimitar-se em 10 km de
raio, adotou-se para a AID do empreendimento, um raio 1 km a partir
da usina. Isto porque no estudo foram observadas concentrações
elevadas no entorno da fonte emissora, com regime de ventos
apresentando calmarias, o que desfavorece a dispersão dos gases de
emissão. Também foram observados valores elevados ao Norte e ao
Sul da usina, nas regiões montanhosas, exatamente por estas
formarem barreiras à dispersão dos poluentes devido ao regime de
ventos da região, contudo, são áreas não habitadas. A área de
influência direta ficou definida conforme o desenho n° TGE-2H-DEEA-
002, em anexo.
6.2.2 Meio Socioeconômico
A AID do meio socioeconômico foi delimitada de forma distinta dos
outros meios, uma vez que seus critérios são significativamente
diferentes daqueles envolvidos no físico e biótico, compreendendo
então, o espaço físico onde efetivamente haverá alterações
socioambientais potenciais. Desta forma, apesar da AID do
socioeconômico abranger apenas os municípios de Tijucas e
Canelinha, entende-se que para uma melhor espacialização dos dados
é importante que sejam considerados os quatro municípios abrangidos
pela poligonal de dispersão dos poluentes (raio de 10 km), a saber:
Tijucas, Canelinha, São João Batista e Porto Belo, todos no Estado de
Santa Catarina. A Área de Influência Direta do Meio Socioeconômico
segue em anexo no desenho nº TGE-2H-DEEA-003.
6.3 Área de Influência Indireta - AII
Abrange o território afetado pelo empreendimento, mas que os
impactos e efeitos decorrentes do empreendimento são considerados
menos significativos do que os ocorridos nas áreas de influência (ADA
e a AID). Tem como objetivo a avaliação da inserção regional do
empreendimento.
6.3.1 Meio Físico
Definiu-se como AII do empreendimento a Bacia Hidrográfica do rio
Tijucas, na qual está localizada a UTE Tijucas, conforme determina a
Resolução 001/1986 do CONAMA. A Área de Influência Indireta pode
ser visualizada no desenho n° TGE-2H-DEEA-004, em anexo.
6.3.2 Meio Biótico
A (AII), definida para o meio biótico delimita-se pela Pluma de
dispersão dos gases, abrangendo os municípios de Tijucas, Canelinha,
São João Batista e Porto Belo, todos no Estado de Santa Catarina. De
modo a complementar as informações para a AII foram ainda utilizados
como referência dados secundários de fauna e flora disponíveis acerca
da bacia do Rio Tijucas.
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Cabe salientar que os registros faunísticos levantados para a Área de
Influência Indireta (AII) baseiam-se em publicações científicas e demais
estudos acerca da temática nos municípios citados, bem como na
bacia do rio Tijucas (de modo complementar), ou seja, em dados
secundários. A AII do Empreendimento para o Meio Biótico segue no
desenho n° TGE-2H-DEEA-005, em anexo.
6.3.3 Meio Socioeconômico
Na Área de Influência Indireta, as influências ocorrem, em sua maioria,
de forma indireta, e a abordagem dos estudos é regional. Ressalta-se
que não se utilizou a Bacia Hidrográfica como área elementar,
(respeitando a resolução 001/1986 do CONAMA), pelo fato de entender
que a área de influência indireta do empreendimento, delimita-se pela
poligonal máxima de dispersão dos poluentes, neste caso, abrange os
municípios de Tijucas, como sítio de execução do empreendimento e
Canelinha, São João Batista e Porto Belo, todos situados no Estado de
Santa Catarina.
Área de Influência Indireta do Empreendimento para o Meio
Socioeconômico segue em anexo no desenho TGE-2H-DEEA-003.
7 DIAGNÓSTICO AMBIENTAL
7.1 Meio Físico
7.1.1 Ambientação Geológica Regional
A AII deste estudo compreende a bacia do rio Tijucas que tem como
uma das suas principais características geológicas o seu controle
estrutural pelas Suítes Intrusivas Valsungana (norte) e Major Gercino
(sul), com orientação predominante SW-NE, associadas ao lineamento
Major Gercino, que delimita a bacia de modo geral. Entre esses dois
blocos, o Grupo Brusque predomina, compondo-se principalmente por
rochas metassedimentares, que se apresentam bastante friáveis, de
fácil intemperismo e erosão, e com grande potencial de geração de
sedimentos finos. As rochas associadas à Bacia do Paraná
(Formações Rio Bonito e Taciba) compõem a cabeceira do rio Tijucas,
e aparentemente têm papel secundário na produção de sedimentos,
tanto por sua pequena extensão como pelo seu posicionamento.
A UTE Tijucas insere-se na região de Depósitos de Sedimentos
Quaternários, que na AII, são caracterizados por sedimentos
litorâneos e colúvio-aluvionares, localizados próximos às margens
do rio Tijucas, do município de Major Gercino até Tijucas. Os
depósitos litorâneos indiferenciados são constituídos por depósitos
arenosos de cordões regressivos, sedimentos argilo-arenosos de
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origem flúvio-lagunar e sedimentos de mangues, em margens de
lagunas e no curso inferior de rios.
Os depósitos de sedimentos colúvio-aluvionares são constituídos,
geralmente, por uma alternância de níveis ou lentes arenosas e
argilosas, mal selecionadas, com a presença frequente de
horizontes de seixos e calhaus, os quais, tornam-se mais
expressivos próximos às áreas fontes. Abrangem os sedimentos
rudáceos, argilo-sílticos e arenosos depositados principalmente no
vale do rio Itajaí-Mirim. Estes sedimentos encontram-se assentados
sobre rocha decomposta do Grupo Brusque.
As rochas sedimentares da Bacia do Paraná, na AII, estão localizadas
no trecho alto do rio Tijucas, abrangendo os municípios de Alfredo
Wagner e Leoberto Leal.
A Formação Rio Bonito (Grupo Guatá) é caracterizada por conjunto de
rochas areníticas associadas a pelitos e camadas de carvão descritas
na seção padrão, entre as cidades de Lauro Müller - Guatá - São
Joaquim, em Santa Catarina. Schneider et al. (1974) propõem a
formalização das denominações de Triunfo, Paraguaçu e Siderópolis
para os membros desta formação.
A Bacia do Itajaí na AII é caracterizada por rochas intrusivas ácidas,
caracterizada por corpos graníticos denominado de granito Imaruí,
verificados na porção leste da AID, no município de Tijucas. O granito
Imaruí corresponde a um batólito granítico constituído por sieno e
monzogranitos de cor cinza a rosa, às vezes pegmatóide.
A Bacia de Guaratubinha, na AII, está representada por dois corpos
graníticos, conhecido sob a denominação de Major Gercino e
Valsugana. O granito Major Gercino na área em estudo está localizado
na margem direita do rio Tijucas nas proximidades do município de
Canelinha. Compõem essa suíte intrusiva granitóides
predominantemente de granulação grossa a porfiróides, com
megacristais brancos e rosados. Trata-se de granitos, granodioritos e
quartzo-monzonitos. Seccionando tais litologias ocorrem muitos diques
ácidos, de microgranitos, aplitos e riolitos. O granito Valsugana está
localizado na margem esquerda do rio Tijucas e é caracterizado por
sieno e monzogranitos, bem como granodioritos.
O Complexo Metamórfico Brusque (CMB), nas áreas em estudo,
apresenta o maior trecho localizado na margem esquerda do rio Tijucas
e se estende desde o município de Leoberto Leal até o município de
São João Batista. As litologias que compõem essa unidade
litoestratigráfica são metapelitos, metapsamitos, metapsefitos, rochas
calco-silicáticas, metacalcários, meta-riolitos, metabasitos e meta-
ultrabasitos.
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7.1.1.1 Geologia Estrutural
Para a avaliação geoestrutural da AII deste relatório realizou-se uma
análise regional dos lineamentos estruturais através da interpretação
de cartas topográficas e imagens aéreas na área delimitada pela bacia
do rio Tijucas, apresentados no diagrama de rosetas da figura a seguir.
Figura 7.1 - Diagrama de roseta dos lineamentos estruturais fotointerpretados
da AII (bacia do rio Tijucas).
De acordo com o diagrama de rosetas, verificam-se dois principais
sistemas de fraturas os quais a maioria condicionou a rede de
drenagem e a morfologia do terreno, associados a antigas zonas de
movimentação, o principal (F1) se encontra segundo a direção N40º-
50ºE, e, secundariamente (F2), N35º- 60ºW.
7.1.1.2 Ambientação Tectônica
O Brasil situa-se geologicamente na Placa Tectônica Sul-Americana,
onde a sismicidade é relativamente mais branda em relação às regiões
de borda ou limites de placa, porque o acúmulo de esforços tectônicos
ocorre de forma mais lenta. Grande parte dos sismos brasileiros é de
pequena magnitude (4,5), e ocorrem em baixa profundidade (30 km) e,
por isso, são sentidos até poucos quilômetros do epicentro.
Durante anos acreditava-se que o Brasil estivesse a salvo dos
terremotos por não estar sobre os contatos ou bordas das placas
tectônicas, pois o movimento dessas placas está entre as principais
causas dos terremotos naturais. No entanto, sabe-se que os terremotos
podem ocorrer inclusive nas regiões intraplacas, como é o caso do
território brasileiro, situado no interior da Placa Sul-Americana. Nessas
regiões, os tremores são relativamente mais suaves, menos intensos
que aqueles associados ao contato entre placas. Assim, os eventos
sísmicos que ocorrem no Brasil decorrem da existência de
descontinuidades ou falhas geológicas e/ou são reflexos de sismos
com epicentro em outros países da América Latina, mas ainda assim é
significativa dado o acúmulo histórico de eventos sísmicos ou tremores
com magnitude acima de 5,0.
Além dos sismos naturais de origem tectônica, existem também
aqueles abalos associados à atividade antrópica e às respectivas
acomodações de camadas em subsuperfície que são geralmente
localizados e de pequena intensidade, conhecidos como sismos
induzidos.
As obras de engenharia podem induzir abalos, e são obras que
agregam grandes massas de peso ou que alteram a morfologia do
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terreno nas proximidades de descontinuidades geológicas, acumulando
tensões nestas áreas relativamente fragilizadas.
A figura a seguir identifica os locais de ocorrência de tremores naturais,
com magnitude maior ou igual a 3,5 desde o período colonial até 2010.
Os círculos identificam os epicentros de eventos relativamente mais
recentes registrados por sismógrafos.
Magnitude 1720 a
1976
1976 a
1988
1988 a
1994
1994 a
1998
1998 a
2010
≥ 6,5
5,5 a 6,4
4,5 a 5,4
3,5 a 4,4
Figura 7.2 – Mapa do Brasil com a localização dos eventos sísmicos já registrados
7.1.1.3 Geologia Local
A ADA encontra-se sobre depósitos de sedimentos quaternários,
caraacterizado por uma extensa área, recoberto por sedimentos
arenosos e argilosos de origem marinha e fluvial provenientes da
alteração das rochas graníticas das cabeceiras dos afluentes do rio
Tijucas. Trata-se de uma área plana com a presença de terraço
aluvionar, no qual se estima que a cobertura de sedimentos esteja em
torno de dezenas de metros de espessura.
7.1.2 Ambientação Geomorfológica
De acordo com as características do relevo, as diferentes regiões no
estado de Santa Catarina podem ser discretizadas e ordenadas
segundo uma taxonomia geomorfológica que permite a divisão e
hierarquização do Estado de Santa Catarina em 4 Domínios
Morfoestruturais, 7 Regiões Geomorfológicas e 13 Unidades
Geomorfológicas.
Quadro 7.1 - Taxonomia geomorfológica do Estado de Santa Catarina
DOMÍNIO ESTRUTURAL REGIÃO GEOMORFOLÓGICA UNIDADE GEOMORFOLÓGICA
Depósitos Sedimentares Planícies Costeiras Planícies Litorâneas
Planície Colúvio-Aluvionar
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Bacias e Coberturas Sedimentares
Planalto das Araucárias
Planalto dos Campos Gerais
Planalto do Dissecado Rio Iguaçu / Rio Uruguai
Patamares da Serra Geral
Serra Geral
Depressão do Sudeste Catarinense
Depressão da Zona Carbonífera Catarinense
Planalto Centro-Oriental de Santa Catarina
Patamares do Alto Rio Itajaí
Planalto de Lages
Patamar Ocidental da Bacia do Paraná
Patamar de Mafra
Faixas de Dobramentos Remobilizados
Escarpas e Reversos da Serra do Mar
Serra do Mar
Planalto de São Bento do Sul
Embasamento em Estilos Complexos
Serras do Leste Catarinense Serras do Tabuleiro/Itajaí
Geomorfologicamente, a AII deste estudo, abrange os seguintes
domínios (ver Quadro 7.1): Bacias e Coberturas Sedimentares
(Patamares do Alto Rio Itajaí), Embasamento Cristalino em Estilos
Complexos (Serra do Tabuleiro/Itajaí) e os Depósitos de Sedimentares
(Planícies Litorâneas e Colúvio-Aluvionar). A ADA está inserida no
contexto do Domínio dos Depósitos Sedimentares, na Região das
Planícies Costeiras.
A nascente do rio Tijucas se dá nos Patamares do Alto Rio Itajaí, nesta
unidade ocorrem extensos patamares e relevos residuais de topo e
plano limitado por escarpas que são configuradas por arenitos (mais
resistentes à erosão) e por folhelhos (mais facilmente erodidos). Na AII
(bacia do rio Tijucas) esta unidade encontra-se nas proximidades do
município de Leoberto Leal – SC e Alfredo Wagner – SC.
A Unidade da Serra do Tabuleiro/Itajaí abrange cerca de 90% da AII é
caracterizada pela sequencia de serras dispostas de forma
subparalela, orientadas predominantemente no sentido NE-SO e com
cotas altimétricas que vão desde 1200 m, em alguns pontos da serra
do Tabuleiro e Anápolis, decrescendo gradativamente em direção ao
litoral onde atingem próximo à linha de costa, altitudes inferiores a 100
metros.
A Região dos Depósitos Sedimentares, onde se encontra a ADA,
apresenta duas subdivisões caracterizadas pelas unidades
geomorfológicas das Planicies Litorâneas e da Planície Colúvio-
Aluvionar. Estas se desenvolvem de forma descontínua e ocorrem
generalizadamente por toda a fachada atlântica, este domínio é
constituído fundamentalmente por planícies alongadas na direção N-S
e por superfícies em forma de rampas que se interiorizam pelos
principais vales fluviais.
As altitudes médias encontradas nas Planícies Litorâneas são em torno
de 10 m, atingindo em alguns terraços mais interioranos até 30 m.
Compreende áreas planas, sujeitas ou não a inundações periódicas,
resultantes de acumulações fluviais, marinhas e lacustres.
RIMA – Usina Termelétrica Tijucas. Responsável Técnico: Geol. Erik Wunder – CREA/SC 074327-0 Página 31
A Unidade Planície Colúvio-Aluvionar (onde se insere o
empreendimento), constitui área de transição entre depressões de
origens continental e marinha, sendo que nas áreas de influência
continental predominam os relevos planos e convexados, resultantes
da convergência de leques coluviais, cones de dejeção ou
concentração de depósitos de enxurradas, além de formas de topo
plano ou baixos tabuleiros. Nas áreas de influência marinha ocorrem
terraços marinhos e baixos tabuleiros, cujos topos mostram marcas de
remobilização eólica.
7.1.3 Solos
De acordo com o mapa de solos1 do Estado de Santa Catarina, na AII
podem ser encontrados os seguintes tipos de solo: Nitossolo Háplico;
Neossolo Litólico; Argissolo Vermelho – Amarelo; Gleissolo Háplico e
Cambissolo Háplico, todos com o caráter distrófico.
Na ADA, estima-se que a cobertura de solo deverá estar na ordem de
dezenas de metros por se tratar de um terraço aluvionar constituído por
sedimentos de origem marinha e fluvial.
Os nitossolos háplicos são encontrados apenas na AII deste estudo,
nas proximidades do município de Leoberto Leal. São solos
1 Mapa de solos do Estado de Santa Catarina. Fonte: Mapa de Solos do Brasil, escala 1:5.000.000
- IBGE, 2001.
constituídos por material mineral, que não apresentam a parte superior
do horizonte B (inclusive BA) de coloração bruna, não apresentam
caráter retrátil, horizonte A húmico e também, não apresentam o
conteúdo de carbono orgânico superior a 10 g/kg até 40 cm de
profundidade.
Os neossolos litólicos são encontrados apenas na AII deste estudo
entre os municípios de Leoberto Leal e Major Gercino. São solos que
não apresentam alterações expressivas em relação ao material
originário devido à baixa intensidade de atuação dos processos
pedogenéticos. Podem apresentar o horizonte A assentado
diretamente sobre: a rocha, sobre um horizonte C, sobre horizonte Cr
ou sobre material que apresente 90% ou mais do volume da sua massa
constituída por fragmentos de rocha com diâmetro maior que 2 mm
(cascalhos, calhaus e matacões).
Os argissolos vermelhos – amarelo, assim como os neossolos litólicos
são encontrados apenas na AII entre os municípios de Leoberto Leal e
Major Gercino, são solos constituídos por material mineral com argila
de atividade baixa ou alta, conjugada com saturação por bases baixa
ou caráter alítico2 e horizonte B textural imediatamente abaixo de
2 Refere-se à condição em que o solo se encontra dessaturado e apresenta teor de alumínio
extraível ≥ 4cmolc/kg de solo, associado à atividade de argila ≥ 20 cmolc/kg de argila e saturação
por alumínio [100 Al+3
/(S + Al+3
)] ≥ 50% e/ou saturação por bases (V% = 100 S/T) < 50%.
RIMA – Usina Termelétrica Tijucas. Responsável Técnico: Geol. Erik Wunder – CREA/SC 074327-0 Página 32
horizonte A ou E. Não apresentam a parte superior dos horizontes B e
BA mais escurecida em relação aos horizontes inferiores, não
apresentam cores acinzentadas, amarela ou vermelha em grande parte
dos primeiros 100 cm.
Os gleissolos podem ser encontrados na ADA e na AID deste estudo
compreendem solos hidromórficos, constituídos por material mineral,
que apresentam horizonte glei3 dentro dos primeiros 150 cm da
superfície do solo, imediatamente abaixo de horizontes A ou E, ou de
horizonte hístico com menos de 40 cm de espessura.
Os cambissolos háplicos, são encontrados em todas as áreas de
influência deste estudo, são solos com baixa argila são solos que não
apresentam o horizonte A com caráter húmico (alto teor de matéria
orgânica) e também não apresentam caráter flúvico (influência de
sedimentos aluvionares e com camadas estratificadas) nos primeiros
120 cm abaixo da superfície do solo. Apresentam argila de atividade
baixa e baixa saturação por bases (V<50%) na maior parte dos
primeiros 100 cm do horizonte B (inclusive BA).
3 Horizonte mineral, com espessura mínima de 15 cm, com menos de 15% de plintita (mineral de
argila) e é saturado com água por influência do lençol freático durante algum período ou o ano
todo, a não ser que tenha sido artificialmente drenado, apresentando evidências de processos de
redução, com ou sem segregação de ferro.
7.1.4 Recursos Minerais
Por se tratar de uma região propícia a formações de depósitos de areia
e argila em função da geologia no local, as áreas de influência direta e
indireta apresentam numerosos processos protocolados junto ao
DNPM (Departamento Nacional de Produção Mineral), para exploração
de argila e areia, bem como rocha para saibro, xisto e até mesmo ouro,
para uso industrial e construção civil.
A ADA encontra-se requerida sob o processo nº 815.200/1997 para
exploração de argila. O requerimento de autorização de pesquisa
ocorreu em 1997 e atualmente está protocolado em fase de
requerimento de lavra (protocolizado em 12/11/2008), abrangendo uma
área de 49,99 ha, em favor da empresa Extração de Areia Argila e
Transporte Santa Helena Ltda. No entorno, encontram-se outros
requerimentos sob os processos nº 815.810/2008, nº 814.120/1976, nº
815.266/2008, dentre outros. Apesar de a área estar requerida, não há
processo extrativo implantado na mesma.
Como parte do licenciamento da UTE Tijucas, solicitou-se junto ao
DNPM, uma área de bloqueio de uso minerário, que está sob o
processo número Processo: 48411-915653/2013-11. Tal área delimita-
se por uma poligonal de buffer de 100 metros a partir do terreno
destinado a usina e pode ser visualizada na Figura a seguir .
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Figura 7.3 – Poligonal da Área de Uso de Bloqueio Minerário solicitada ao
DNPM (em amarelo).
7.1.5 Hidrogeologia
Segundo o Mapa de Domínios/Subdomínios Hidrogeológicos do Brasil4
AII deste relatório compreende 4 domínios hidrogeológicos desde a
nascente do rio Tijucas até o deságue no oceano Atlântico, os
domínios da Bacia do Paraná, do Cristalino, dos
Metassedimentos/Metavulcânicas e do Cenozóico (subdomínio dos
Depósitos Litorâneos). A AID engloba estes domínios com exceção ao
4 Mapa de Domínios/Subdomínios Hidrogeológicos do Brasil – CPRM escala 1: 2.500.000, 2004.
domínio da Bacia do Paraná. A ADA encontra-se inserida no Domínio
Cenozóico, no subdomínio dos Depósitos Litorâneos.
Na AII, o subdomínio hidrogeológico da Bacia do Paraná está
localizado no trecho alto do rio Tijucas, no município de Leoberto Leal e
nas proximidades de Alfredo Wagner, sendo caracterizado por
aquíferos de extensão regional, livre a confinado (entre duas camadas
impermeáveis). A favorabilidade hidrogeológica é classificada como
baixa correspondendo às unidades geológicas da bacia onde os
sedimentos pelíticos de baixa permeabilidade, predominam sobre
arenitos e conglomerados.
Na AID o domínio Cristalino situa-se na porção sul da área,
abrangendo a margem direita do rio Tijucas, no trecho em que já é
caracterizado a AII este domínio encontra-se em ambos os lados do rio
Tijucas. Como quase não existe uma porosidade primária nas rochas
que constituem este domínio, a ocorrência de água subterrânea é
condicionada por uma porosidade secundária representada por fraturas
e fendas, o que se traduz por reservatórios aleatórios, descontínuos e
de pequena extensão.
Os litotipos relacionados aos Metassedimentos/Metavulcânicas reúnem
xistos, filitos, metarenitos, metassiltitos, anfibolitos, quartzitos, ardósias,
metagrauvacas, metavulcânicas diversas que estão relacionados ao
denominado aqüífero fissural. Apresenta comportamento similar ao
domínio Cristalino, porém reologia distinta, por isso se espera uma
724600
724600
725300
725300
726000
726000
69
83
20
0
69
83
20
0
69
83
60
0
69
83
60
0
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maior favorabilidade hidrogeológica neste domínio do que o esperado
no outro. Na AII este domínio está situado nas proximidades do
município de Leoberto Leal, abrangendo a margem esquerda do rio
Tijucas até o município de Tijucas. Na AID está localizado a noroeste e
norte da área.
O domínio Cenozóico nas áreas de influências deste estudo está
situado nas margens do rio Tijucas nas proximidades do município de
São João Batista até o município de Tijucas. Em termos
hidrogeológicos, o domínio Cenozóico tem um comportamento de
aquífero poroso, caracterizado por possuir uma porosidade primária, e
nos terrenos arenosos uma elevada permeabilidade. O fato da ADA
situar-se em ambientes costeiros flúvio-lacustres ou marítimos
litorâneos, faz com que a possibilidade da presença de água nestes
depósitos é muito variável decorrente da grande heterogeneidade e
anisotropia dos aquíferos.
De acordo com a topografia do terreno estima-se que o fluxo da água
subterrânea na ADA se dê em duas direções principais: para Sul, para
o curso d’água afluente da margem esquerda do rio do Cobre (afluente
da margem esquerda do rio Tijucas) e para Leste, indo para o oceano.
7.1.6 Hidrometeorologia
A Bacia Hidrográfica do Rio Tijucas drena uma área aproximada de
2.420 km², compreendida por onze municípios. O rio Tijucas nasce na
Serra da Boa Vista, em uma altitude de aproximadamente 1200 metros,
no município de Rancho Queimado. Desce em direção norte, passando
pelos municípios de Angelina e Major Gercino até São João Batista,
quando vira para sentido leste, percorrendo as cidades de Canelinha e
Tijucas, até desaguar no oceano Atlântico.
A densidade de drenagem do rio Tijucas é de 1,68 km/km² e possui
uma vazão média de longo termo de 53 m³/s no ponto de captação de
água do da UTE Tijucas. Seus principais afluentes são os rios Oliveira,
Moura, Alto Braço, Boa Esperança, Engano, Bonito e Garcia.
Por grande parte de sua extensão, o rio Tijucas possui ocupação em
suas margens, o que prejudica na sua qualidade da água, além da
grande descaracterização da vegetação original da bacia. A rizicultura
é um dos principais impactos em relação a disponibilidade de água na
bacia. A atividade industrial ainda não representa vetor negativo,
quanto à promoção de impactos ambientais, que ficam restritos à
agricultura e atividades extrativas.
A precipitação total anual média calculada foi de 1.554 mm. Os totais
médios mensais variam entre um mínimo de 77,49 mm, em junho, e um
máximo de 170,53 mm, em janeiro, com uma precipitação máxima total
mensal registrada no período considerado de 542,70 mm em julho de
1983.
Quadro 7.2 – Precipitações Totais Mensais no Posto Nova Trento.
RIMA – Usina Termelétrica Tijucas. Responsável Técnico: Geol. Erik Wunder – CREA/SC 074327-0 Página 35
Mês Precipitação Média (mm) Precipitação Máxima (mm) Precipitação Mínima (mm)
JAN 170,53 489,80 (1989) 16,30 (2006)
FEV 150,37 417,10 (1998) 11,30 (2007)
MAR 129,86 361,80 (2001) 10,20 (1963)
ABR 89,27 303,80 (1954) 5,00 (1997)
MAI 94,11 296,70 (1983) 4,50 (1997)
JUN 77,49 176,80 (1983) 1,70 (1948)
JUL 90,92 542,70 (1983) 8,00 (1997)
AGO 89,30 410,70 (1984) 0,00 (2004)
SET 135,28 469,70 (1986) 2,20 (2003)
OUT 133,77 387,10 (1997) 28,50 (1957)
NOV 109,23 345,30 (1960) 17,10 (1956)
DEZ 126,26 372,50 (1983) 13,40 (1964)
Gráfico 7.1 - Precipitações Totais Mensais no Posto Nova Trento
O Quadro 7.3 e Quadro 7.4 apresentam os valores médios de longo
período, para as estações Camboriú e Brusque, respectivamente, de
outros elementos que definem as características climáticas:
temperatura média, insolação, evaporação e umidade relativa. Para
descrição dos dados utilizou-se a Estação de Camboriú por ter um
clima mais semelhante e por possuir mais dados.
Quadro 7.3 – Valores Médios de Outros Elementos Climáticos na Estação Camboriú.
Estação Camboriú - Período de dados de 1961 a 1978
Parâmetro Un. jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez Anu
al
Temperatura Média °C 24,3 24,2 23,4 21,0 18,7 16,5 15,1 16,5 17,6 19,6 21,3 23,0 20,1
Temperatura
Mínima Média °C 19,9 19,7 18,7 16,2 13,5 11,2 10,6 11,7 13,6 15,5 17,0 18,7 15,5
Temperatura
Máxima Média °C 28,8 28,8 28,1 25,9 23,9 21,8 21,4 21,4 21,9 23,6 25,5 27,2 24,9
Evaporação mm 87,1 72,8 74,0 69,6 60,0 48,9 54,0 60,1 58,5 79,3 84,9 97,9 847,
0
Chuva mm 181,
9
190,
9
138,
0 99,2 94,9 89,9
100,
8 96,7
143,
7
139,
4
149,
3
161,
7
158
7 0
100
200
300
400
500
600
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
PR
ECIP
ITA
ÇÃ
O T
OTA
L (m
m)
MÊS
MÍNIMA
MÉDIA
MÁXIMA
RIMA – Usina Termelétrica Tijucas. Responsável Técnico: Geol. Erik Wunder – CREA/SC 074327-0 Página 36
Insolação h 4,8 5,1 4,3 5,4 5,4 4,4 4,5 3,5 2,8 3,6 4,7 4,7 4,4
Umidade Relativa % 82,4 84,0 84,3 84,4 85,2 85,7 86,5 85,2 85,0 82,9 81,5 81,0 84,0
Quadro 7.4 – Valores Médios de Outros Elementos Climáticos na Estação
Brusque.
Estação Brusque - Período de dados de 1961 a 1966
Parâmetro Un. jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez Anu
al
Temperatura Média °C 25,8 26,0 24,7 22,1 18,8 16,9 16,5 18,0 19,5 21,1 23,1 24,3 21,4
Temperatura Mínima
Média °C 19,7 20,2 19,2 16,8 12,7 11,3 10,9 12,4 15,0 16,1 17,4 18,6 15,9
Temperatura Máxima
Média °C 31,8 31,7 30,2 27,5 24,9 22,5 22,1 23,5 23,9 26,0 28,8 30,0 26,9
Evaporação mm 75,9 57,7 61,8 44,4 41,5 34,0 37,9 42,2 35,8 51,1 61,5 66,8 610
Chuva mm 149,
6
258,
2
225,
3
164,
1 84,2 87,7 99,9 77,1
206,
6
180,
2
176,
7
198,
4
190
8
Insolação h Sem dados
Umidade Relativa % 79,7 81,7 83,1 85,6 82,7 84,4 83,7 84,3 87,4 84,7 81,6 81,3 83,3
Para a caracterização fluviométrica foram utilizados dados de 3
estações da base de dados da Agência Nacional de Águas - ANA,
obtidos pelo site da mesma agência – HIDROWEB. As estações
encontram-se descritas nos quadros a seguir.
Na bacia existem poucas estações fluviométricas, as estações
utilizadas ficam próximas, a estação Mojor Gercino fica no rio Tijucas,
antes da Confluência com o Rio Alto Braço, onde em seu trecho final
está a estação Nova Trento. Logo após a confluência dos rios
supracitados encontra-se a estação São João Batista. O local do ponto
de captação de água no rio Tijucas fica a jusante desta última estação
com uma área incremental de 190 km². Neste trecho não há influência
de nenhum afluente de grande importância, logo as vazões no local da
estação São João Batista, transferidas por relação de área de
drenagem para o ponto de captação de água de abastecimento da UTE
Tijucas representam bem as vazões para este local.
Quadro 7.5 - Estações Fluviométricas
Posto Pluviométrico Código Rio Cidade AD (km²) Latitude Longitude
Major Gercino 84071000 Tijucas
Major
Gercino
1010
27°24'51" 48°57'10"
Nova Trento 84095000 Alto Braço Nova Trento 636 27°17'08" 48°56'00"
São João Batista 84095500 Tijucas
São João
Batista 1890
27°16'30" 48°51'00"
Para a determinação das vazões médias mensais no local do ponto de
captação de água para abastecimento da UTE Tijucas foi realizada a
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transferência de dados a partir da estação fluviométrica São João
Batista por relação de área de drenagem, conforme equação a seguir.
Onde:
- vazão média mensal do mês (i) no ponto de captação de água
da UTE Tijucas (m³/s)
– área de drenagem no ponto de captação de água da UTE
Tijucas (km²)
- área de drenagem no local da estação fluviométrica São João
Batista (km²)
- vazão média mensal do mês (i) no local da estação fluviométrica
São João Batista (m³/s)
Quadro 7.6 – Vazões Características Média Mensais no Local de Captação de Água no rio Tijucas
A/M Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Méd
Mé
d 58,81 65,97 55,02 45,36 46,10 42,50 48,68 50,64 59,25 59,25 54,58 51,81 53,22
Máx 187,9
0
172,4
2
140,3
4
113,6
0
180,4
7
109,1
9
354,7
4
170,4
5
190,0
9
122,3
0
241,4
7
146,0
7
120,3
8
Mín 12,11 20,17 15,48 7,55 12,99 14,90 17,08 11,30 10,89 14,49 13,37 12,15 17,68
Com base nas séries de vazões médias mensais, determinou-se a
curva de permanência de vazões mensais para o local do ponto de
captação de água. Esta curva foi obtida considerando o critério de
Kimball, que determina a ordenação, em ordem decrescente, das
vazões médias mensais do período histórico. Atribui-se a cada valor
uma percentagem calculada pela relação entre o seu número de ordem
e o número total de valores da série, acrescido de 1. Desta forma, uma
curva de permanência representa a percentagem do tempo em que
uma determinada vazão é superada no histórico.
7.1.7 Qualidade das Águas Superficiais
O empreendimento está situado na bacia do Rio Tijucas, que nasce na
Serra da Boa Vista, município de Rancho Queimado, numa altitude
próxima dos 1000m e deságua no oceano Atlântico, cerca de 50km ao
norte de Florianópolis.
Entre as principais atividades que influenciam na qualidade dos corpos
hídricos que compõem a bacia, destacam-se a extração mineral e a
atividade agrícola. O extrativismo mineral ocorre, principalmente,
próximo à jusante, como se observa nos municípios de Major Gercino,
Tijucas, São João Batista e Nova Trento. A região da bacia tem a argila
como principal produto de extração, seguida de areia, cascalho e
saibro. A atividade de extração mineral causa impactos
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transfronteiriços, devido à lixiviação e carreamento, que favorecem a
disseminação de poluentes.
O outro segmento que interfere na qualidade da água do rio Tijucas é a
atividade agrícola, essencialmente a rizicultura. A cultura de arroz
demanda uma quantidade considerável de pesticidas para controle de
pragas e plantas invasoras. Portanto, dado a época do ano de sua
utilização nas plantações, espera-se que a qualidade dos corpos
d’água sofra alterações. Entretanto, neste estudo, não foram
realizadas, diretamente, análises de pesticidas. Ademais, o uso
indevido do solo agregado ao assoreamento, erosão, desmatamento,
entre outros fatores, também influenciam na qualidade da água da
bacia em estudo.
A bacia encontra-se em sua maior parte desprovida de sua vegetação
original ( Mata Atlântica), para dar lugar às atividades agropecuárias,
povoamento e urbanização. Conforme o Panorama dos Recursos
Hídricos (2009), a bacia do rio Tijucas encontra-se classificada como
uma área de alta a média pressão urbana sobre os recursos naturais
da região, e, consta com saneamento parcial.
A usina terá sua demanda de água atendida pela captação à margem
esquerda do rio Tijucas. Para o suprimento de água, haverá uma
estação de tratamento da água captada, baseada na técnica de micro
filtração. A demanda prevista na planta do empreendimento
corresponde a 139 t/h, o que representa menos de 0,1% da vazão
média do rio Tijucas. Incluem-se no volume de demanda: água potável,
de combate a incêndios, de resfriamento, de make-up e
desmineralizada.
Figura 7.4 - Localização da UTE Tijucas em relação ao rio Tijucas.
Fonte: Google Earth
Parte da água oriunda da utilização no sistema, apresenta vazão de
21,72 m³/h, incluindo a da estação de tratamento, do sistema de
desmineralização, da caldeira de recuperação e da torre de
resfriamento, retorna ao rio Tijucas por bombeamento. A fração de
água utilizada na caldeira de recuperação que retornará ao rio Tijucas
não alterará na temperatura do corpo receptor, visto que a vazão
corresponde a 2,03 m³/s, e que irá se misturar anteriormente com a
água em temperatura ambiente, oriunda da utilização em outros
componentes do sistema. Além disso, a vazão proveniente da caldeira
de recuperação corresponde a 0,0014% da vazão total do rio Tijucas, o
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que indica a irrelevância na alteração de temperatura no ponto de
mistura e deságüe no corpo hídrico.
Figura 7.5 - Rio Tijucas. 13/03/2013
Com o intuito de obter os parâmetros que caracterizam a qualidade da
água, as análises relatadas foram baseadas na legislação vigente
Resolução CONAMA nº 357/2005 que dispõe da classificação dos
corpos d’água segundo seus usos preponderantes e determina,
respectivamente, os padrões de qualidade da água a que conferem
cada classe. Analisando-se os resultados, em relação às águas
superficiais, o rio Tijucas foi considerado Classe II.
Foram realizadas quatro campanhas, de setembro de 2012 a abril de
2013. As amostras foram coletadas em dois pontos de monitoramento:
Ponto 01 correspondente à montante, e, Ponto 02 correspondente à
jusante. As análises foram efetuadas na Hidroclínica – Análises
Químicas e Laboratório Biológico, sob responsabilidade técnica de
Helcio T. de Souza (CRQ 13401766), Marco Aurélio Ronchi (CRQ
13200466), Adriana Vieira (CRQ 13101073) e Rosecler Bilibio (CRBio
53261 – 03D).
Figura 7.6 - Coleta de amostras.
10/12/2012 Figura 7.7 - Coleta de amostras.
13/03/2013
De acordo com o resultado, quatro (04) dos parâmetros apresentados
nas análises mostraram-se fora do padrão proposto pela legislação
para rios de Classe II. Na primeira campanha (set/2012), o parâmetro
microbiológico que quantifica os coliformes fecais apresentou-se acima
do máximo permitido pela Resolução CONAMA 357/2005.
Outro parâmetro que apresentou valor acima do padrão estabelecido
pela Resolução CONAMA 357, foi DBO5. Na segunda campanha
(dez/2012), a análise da DBO5 mostrou um resultado de 6,12 mg/L de
O2, enquanto o máximo permitido seria 5 mg/L de O2.
A primeira e a quarta campanhas apresentaram valores de OD inferior
à 5,0 mg/L de O2, que corresponde ao limite mínimo estabelecido pela
legislação. O teor de oxigênio dissolvido é de grande importância para
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a flora e fauna aquática, sendo considerado como indicador de
poluição em corpos d’água.
Com exceção da quarta campanha (abr/2013), nas análises realizadas
o fósforo total apresentou-se acima dos padrões estabelecidos pela
legislação vigente. As principais fontes de fósforo em corpos d’água
correspondem a efluentes domésticos, especificamente matéria
orgânica fecal, e, alguns detergentes em pó. Pesticidas e fertilizantes
também são considerados possíveis fontes de fósforo.
7.1.7.1 Índice de Qualidade da Água - IQA
O IQA é calculado pelo produtório ponderado das qualidades da água
correspondentes às variáveis dos parâmetros que compõem o índice.
É possível determinar a qualidade das águas superficiais do rio Tijucas
pelo IQA obtido, este variando em uma escala de 0 a 100. A
classificação da qualidade da água é verificada no quadro abaixo, em
conformidade com o valor obtido no índice.
Quadro 7.7 – Nível de qualidade conforme o IQA calculado
Fonte: CETESB
Considerando a média do IQA entre as quatro campanhas realizadas,
chegou-se a um valor de 67,12. Conforme a classificação estabelecida,
as águas superficiais oriundas do rio Tijucas estão na faixa entendida
como nível médio de qualidade. O enquadramento nessa categoria
relata que há um determinado grau de poluição das águas superficiais
do rio, possivelmente devido à falta de tratamento adequado de
efluentes despejados no corpo d’água, e, dada a influência do uso e
ocupação do solo nos municípios que margeiam o rio.
7.1.7.2 Estações de Monitoramento
Objetivando-se realizar um comparativo com as campanhas e subsidiar
a análise de qualidade da água no rio Tijucas, escolheram-se três
estações que pautam o monitoramento, sendo estas: Estação Nova
Trento, Estação Major Gercino e Estação São João Batista. As
estações São João Batista e Major Gercino estão dispostas ao longo
do rio Tijucas, enquanto que a estação Nova Trento está situada no
afluente rio Alto Braço, como é possível visualizar na figura a seguir.
Nível de Qualidade Faixa
Excelente 90 < IQA < ou = 100
Bom 70 < IQA < ou = 90
Médio 50 < IQA < ou = 70
Ruim 25 < IQA < ou = 50
Muito Ruim 0 < IQA < ou = 25
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Figura 7.8 - Estações de Monitoramento da ANA.
Conforme os resultados e análise de qualidade da água, classsifica-se
a água do rio Tijucas em um nível médio de qualidade. Pode-se atribuir
este fato a ocorrência de eventuais fontes poluidoras ao processo de
ocupação do solo, à atividade industrial e mineradora, ao despejo de
efluente doméstico, e, a outros fatores conseqüentes da urbanização
dos municípios que margeiam o rio.
7.1.8 Qualidade do Ar
A qualidade do ar é influenciada em especial pela concentração das
emissões atmosféricas convencionais oriundas das atividades
industriais e quotidianas, aliadas às condições de meteorológicas e
topográficas que implicam no transporte e dispersão de poluentes. No
caso da UTE Tijucas, a principal fonte de emissão de gases na fase de
operação provém da chaminé da caldeira de recuperação.
Para a caracterização da qualidade do ar atual da área, realizou-se um
estudo da modelagem matemática, o qual, simula a dispersão dos
gases de emissão da UTE Tijucas, levando em consideração a atual
situação da área prevista para sua implantação, em que foram
avaliados compostos como: dióxido de nitrogênio (NO2), monóxido de
carbono (CO), hidrocarbonetos totais (HCT) e dióxido de carbono
(CO2). Utilizou-se para a realização do estudo, o Modelo Aermod,
assim como os padrões definidos pela Resolução CONAMA 03/90.
A modelagem foi crucial para a avaliação, orientando a locação dos
dos locais mais propícios à concentração dos poluentes na área do
estudo. Além disso, possibilitou ainda a determinação das áreas de
influencia do empreendimento.
Com a visualização dos possíveis pontos de maior concentração de
poluentes, determinaram-se os locais de instalação dos equipamentos
para a realização de monitoramentos, objetivando a caracterização da
qualidade do ar, (presença e concentrações de Partículas Totais em
Suspensão (PTS), Dióxido de Enxofre (SO2) e Dióxido de Nitrogênio
(NO2)).
Os resultados deste monitoramento considera o empreendimento
ambientalmente viável sob a perspectiva de qualidade do ar, desde que
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sejam mantidas as características da fonte emissora e as
concentrações adotadas para este estudo.
7.1.9 Níveis de Pressão Sonora
Considera-se que a intervenção humana no conjunto de atividades
desenvolvidas gera alteração nos níveis de pressão sonora no
ambiente. Os sons/ruídos indesejáveis ou intolerantes interferem
diretamente na qualidade de vida da população entorno. Os ruídos
podem gerar incômodos psíquicos e causar perdas temporárias ou
irreversíveis na audição, além dos demais danos gerados à saúde
humana, variando o risco conforme a intensidade e freqüência da fonte
emissora.
Na UTE Tijucas, durante as fases de implantação e desmobilização
haverá geração de ruídos por conta das obras civis, de montagem e
desmontagem industrial. Durante a fase operação, a emissão de ruídos
mais expressiva será proveniente do funcionamento das turbinas e
geradores.
Para a avaliação da situação da área em relação aos ruídos, realizou-
se um monitoramento, com o objetivo de caracterizar o cenário atual
nas imediações ao empreendimento, sustentado na análise da poluição
sonora, e, a avaliação do impacto do incremento nos níveis de pressão
sonora gerados na operação da usina. Para tal diagnóstico, adotou-se
como base a legislação para controle de poluição sonora expressa na
Resolução CONAMA 001/90, a qual estabelece que para cada emissão
do ruído oriunda de quaisquer atividades industriais, comerciais, sociais
ou recreativas, as medições deverão ser realizadas de acordo com a
ABNT/NBR 10151 de 2000.
O resultado do estudo informa que o cenário atual, no será inserida a
UTE Tijucas, apresenta níveis significativos de pressão sonora
conforme os critérios de avaliação. Além disso, o parecer técnico
sugere que haja monitoramento do ruído no início da fase de operação
do empreendimento para que seja possível estabelecer o real impacto
do ruído gerado pela usina.
7.2 Meio Biótico
7.2.1 Fauna
7.2.2 Objetivo Geral do Estudo
Levantar a fauna terrestre ocorrente (avifauna, mastofauna e
herpetofauna) na ADA da UTE Tijucas, bem como na AID do futuro
empreendimento, expressa em termos de diagnóstico faunístico por
seu entorno imediato.
Objetivos específicos
Levantar as espécies que compõem a fauna terrestre
ocorrentes na ADA e AID da UTE Tijucas;
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Identificar a presença / ausência de espécies raras ou
ameaçadas de extinção;
Identificar a possível ocorrência de espécies migratórias
ocorrentes na região de estudos;
Realizar um prognóstico da implantação e operação do
empreendimento, bem como a definição de medidas
mitigadoras de impactos à comunidade faunística local.
7.2.2.1.1 Justificativa do Estudo
O monitoramento da fauna terrestre na área de influência direta da
UTE Tijucas é de caráter fundamental para a compreensão exata dos
possíveis impactos decorrentes do processo de operação do
empreendimento, bem como para a formulação de medidas
mitigadoras capazes de atenuar os impactos negativos e assegurar a
manutenção e conservação da biodiversidade local em patamares
sustentáveis.
Somente um acompanhamento extensivo (de longo prazo) na área de
influência do empreendimento poderá possibilitar o diagnóstico das
modificações ocorridas na estrutura e dinâmica da fauna terrestre local
por ocasião da implantação e operação do empreendimento,
possibilitando ainda a formulação de estratégias de conservação
específicas para a fauna que habita a ADA e AID local.
7.2.2.1.2 Datas das campanhas de amostragem
Foram realizadas nas áreas de estudos (AID e ADA), quatro
campanhas amostrais, onde se observou a sazonalidade ocorrida na
região, sendo assim distribuídas.
Tabela 7.1 - Sazonalidade e datas de realização das campanhas de coleta.
Campanhas Datas Sazonalidade
1ª 12 a 14/09/2012 Inverno
2ª 27 a 29/11/2012 Primavera
3ª 07 a 09/02/2013 Verão
4ª 30/04 a 02/05/13 Outono
7.2.2.1.3 Descrição das metodologias de amostragem
A seguir é apresentada uma relação das metodologias de obtenção de
dados faunísticos primários e secundários empregadas nos estudos
desenvolvidos na área de influência do empreendimento.
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Tabela 7.2 - Metodologias de amostragem e obtenção de dados empregadas para cada grupo taxonômico nos estudos.
Natureza
dos Dados
Metodologia de
Amostragem
Grupos Taxonômicos
Avifauna Mastofauna Herpetofauna
Obtenção de
Dados Primários
Registro através de armadilha fotográfica
Registro de animais mortos
Registro de espécies através de vestígios
Busca ativa com procura visual e auditiva
Obtenção de
Dados Secundários
Entrevista com moradores locais
Levantamento bibliográfico de dados secundários
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Registros fotográficos das metodologias empregadas
Figura 7.9 - Instalação e disposição de uma das armadilhas fotográficas
utilizadas nos estudos e vista detalhada de um dos equipamentos utilizados. Figura 7.10 - Exemplar de Cerdocyon thous (graxaim), encontrado atropelado na
rodovia de acesso e profissional durante registro de vestígios encontrados na ADA.
Figura 7.11 - Profissional registrando vestígios na ADA e profissional em deslocamento pela ADA à procura de possíveis vestígios deixados pela fauna
local.
Figura 7.12 - Profissionais na ADA em observações à procura de melhores pontos para os registros da fauna em geral e profissional em deslocamento / transecto na AID na rodovia existente, na busca por possíveis exemplares da
fauna vítimas de atropelamento.
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Figura 7.13 - Vista de transecto realizado na AID em borda de plantação e
vegetação secundária, no intuito do registro de exemplares da fauna e profissional em período noturno em sítios específicos para procura e registro de
anfíbios locais.
Figura 7.14 - Profissional em ponto estratégico na observação de exemplares de avifauna local e profissional nas margens de corpo hídrico existente na
observação por exemplares da avifauna em geral.
Figura 7.15 - Profissional dentro da ADA no registro da avifauna local.
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7.2.2.2 Área de estudo
A figura a seguir apresenta a delimitação da ADA e AID no que tange
apenas os estudos faunísticos:
Figura 7.16 - Delimitação da área do terreno onde será edificada a UTE
Tijucas e que compreende a ADA – Área diretamente afetada. Fonte Google Earth, 2009.
Figura 7.17 - Delimitação da AID – Área de influência direta da UTE Tijucas,
compreendendo uma faixa de 500 metros no entorno do terreno. Fonte Google Earth, 2009.
Figura 7.18 - Localização em imagem de satélite dos pontos de fornecimento de insumos (terminal de gás e captação de água), bem como da subestação
destinada a receber a energia produzida na futura UTE TIJUCAS, todos vistoriados com vistas ao registro da fauna local.
Fonte: Google Earth, 2009
Figura 7.19 - Detalhe da locação da subestação Tijucas da CELESC.
Fonte Google Earth, 2009.
ADA - Área Diretamente
Afetada (Compreende toda
a extensão do terreno).
AID - Área de Influência
Direta (Faixa de 500 m no
entorno do terreno).
S 27º 15' 27,14"
W 48º 43' 03,89"
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Figura 7.20 - Detalhe da locação do terminal de gás.
Fonte Google Earth, 2009.
Figura 7.21 - Detalhe da locação do ponto de captação de água.
Fonte Google Earth, 2009.
7.2.2.3 Caracterização fotográfica
A seguir, uma breve caracterização fotográfica dos locais de estudos é
apresentada.
S 27º 15' 34,06"
W 48º 42' 35,68"
S 27º 16' 13,94"
W 48º 41' 46,91"
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Figura 7.22 - Escavações no local da implantação do empreendimento e
pequeno bosque. Este fragmento é utilizado como descanso e pouso por aves da região.
Figura 7.23 - Bordas de fragmento vistoriadas pelos profissionais e rodovia local e suas margens, vistoriadas com o intuito de registrar exemplares da fauna em
geral em seus entornos.
Figura 7.24 - Áreas úmidas no entorno do empreendimento e pequenos
fragmentos intercalados com áreas de pastagens, observados e estudados. Figura 7.25 - Áreas de pastagens, intercaladas com fragmentos florestais (ao
fundo) e ocupação antrópica com construções diversas e vista do local da implantação do empreendimento e de vegetação exótica no entorno.
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Figura 7.26 - Corpo hídrico existente nas imediações dos locais estudados e
vista do local da implantação do empreendimento e pequeno bosque com presença de espécies exóticas no local.
Figura 7.27 - Vista parcial de entornos do empreendimento e dos aspectos vegetacionais e depósitos de água nos entornos, alvo de registro de anfíbios.
Figura 7.28 - Transectos em estradas no entorno do empreendimento, tiveram
grande valia no registro de exemplares da fauna em geral e vista da subestação e das áreas antropizadas em seu entorno, onde há a existência de rodovia
pavimentada no local.
Figura 7.29 - Entornos do empreendimento (AID), observa-se diferentes fisionomias vegetais, com reflorestamentos, pequenos bosques, vegetação
inicial, áreas florestadas e pastagens.
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Figura 7.30 - Entornos do empreendimento (AID), se observa as diferentes fisionomias vegetais, com reflorestamentos, pequenos bosques, vegetação inicial, áreas florestadas e pastagens.
Figura 7.31 - Ocupações antrópicas com edificações diversas e estradas locais, estão presentes no entono das áreas de estudos no empreendimento.
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7.2.2.4 Levantamento da Herpetofauna
7.2.2.4.1 Anfíbios
Registros fotográficos dos principais locais de procura da anurofauna
Figura 7.32 - Banhado na AID vistoriado pelos profissionais na procura por anfíbios e depósito artificial de água localizado na AID do empreendimento,
alvo de estudos da anurofauna.
Figura 7.33 - Banhado na AID vistoriado pelos profissionais na procura por anfíbios e banhado / depósito natural de água na AID, alvo de estudo e buscas
por exemplares da anurofauna.
Resultados Obtidos
Como resultados das pesquisas realizadas na área de estudo,
obtivemos o registro de 17 espécies de anfíbios, sendo algumas delas
registradas dentro da ADA, as demais ocorreram em áreas
indiretamente afetadas, como bordas de lagos e depósitos de água nas
imediações do empreendimento (AID).
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Tabela 7.3 - Relação de espécies de anfíbios registrados nos estudos realizados na AID e ADA do empreendimento
Família Espécies Nome Comum
1º estudo 2º estudo 3º estudo 4º estudo
Áreas Áreas Áreas Áreas
ADA AID ADA AID ADA AID ADA AID
Bufonidae
Rhinella abei Sapo cururuzinho --- --- V RV, V --- V --- ---
Rhinella icterica Sapo cururu RV RV, V, E RV, V RV, V, E RV, V RV, V RV RV
Leptodactylidae
Leptodactylus fuscus Rã assobiadora V V V V V V --- V
Leptodactylus latrans Rã manteiga --- RV, V RV, V RV, V RV, V RV, V, E RV RV, V
Adenomera nana Ra piadeira --- --- V V V V V V
Hylidae
Scinax catharinae Perereca catarinense --- --- --- V --- V --- V
Scinax berthae Perereca --- V --- V --- V --- ---
Scinax fuscovarius Perereca --- RV, V RV, V RV, V V RV, V V V
Scinax alter Perereca do litoral --- RV, V --- V V V --- ---
Hypsiboas albopunctatus Perereca cabrinha --- --- --- V --- V --- ---
Hypsiboas faber Sapo Ferreiro --- RV, V V RV, V RV, V RV, V, E RV RV
Dendropsophus minutus Pererequinha-brejo V RV, V RV, V RV, V RV, V RV, V RV, V RV, V
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Ranidae Lithobates catesbeianus Rã touro --- V, E --- RV, V, E --- RV, V, E --- RV
Cycloramphidae Odontophrynus americanus Sapo --- --- --- V --- V --- ---
Microhylidae Elachistocleis bicolor Sapo guarda --- --- V RV, V V V --- V
Leiuperidae
Physalaemus gracilis Ra chorona --- --- --- RV, V --- V --- ---
Physalaemus cuvieri Rã cachorro --- V ---- RV, V --- RV, V --- RV
NÚMERO DE ESPÉCIES REGISTRADAS POR ÁREA 3 10 9 17 9 17 6 11
NÚMERO TOTAL DE ESPÉCIES REGISTRADAS POR ESTUDO 10 17 17 11
NÚMERO TOTAL DE ESPÉCIES REGISTRADAS 17
Legenda: RV – Registro visual / fotográfico, E – Entrevista, V – Vocalização. ADA – área diretamente afetada; AID – área de influência direta.
Registros fotográficos da anurofauna
Figura 7.34 - Exemplar de Rhinella icterica (sapo cururu, macho). Foto do 4º estudo e exemplar de Leptodactylus latrans (rã-manteiga). Foto 1º estudo.
Figura 7.35 - Exemplar de Scinax fuscovarius (perereca-de-banheiro). Foto 1º estudo e exemplar de Hypsiboas faber (sapo ferreiro). Foto 2º estudo.
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Figura 7.36 - Exemplar de Dendropsophus minutus (pererequinha-do-brejo) Foto 1º estudo e exemplar de Lithobates catesbeianus (rã touro). Foto 2º estudo.
Figura 7.37 - Exemplar de Elachistocleis bicolor (sapo-guarda). Foto 2º estudo e exemplar de Physalaemus cuvieri (rã cachorro). Foto 4º estudo.
Espécies de anfíbios ameaçadas de extinção
Nos estudos realizados, levou-se em consideração cinco listagens
oficiais descritas para os três estados do sul do país, uma nacional
elaborada pelo Ministério do Meio Ambiente em parceria com IBAMA e
uma mundial, elaborada pela IUCN Red List.
Das espécies de anfíbios registrados na ADA e AID, nenhuma delas é
ameaçada de extinção ou encontra-se relacionada as listagens oficiais,
visto que todas são espécies comuns, com grande valência ecológica,
sendo encontradas em inúmeros hábitats.
Espécies endêmicos de anfíbios
De acordo com Haddad et al., (2008), Deiques et al., (2007), e
International Union for Conservation of Nature (IUCN), das espécies
registradas durante as campanhas amostrais realizadas na área de
influência do empreendimento, nenhuma delas é considerada
endêmica para a região de estudos, nem tampouco para o estado
catarinense.
7.2.2.4.2 Répteis
Resultados Obtidos
Com relação ao registro de espécies de répteis para a área de estudo,
destaca-se a importância das entrevistas com moradores e pessoas
ligadas no entorno do empreendimento. Tal metodologia auxilia os
profissionais no registro de inúmeras espécies, que são conhecidas
pela população em geral, e que são de difícil encontro.
Ao total, registrou-se sete espécies de répteis, sendo apenas uma
espécie registrada dentro da ADA, o qual trata-se do teiídeo
Tupinambis merianae. A tabela a seguir apresenta os dados obtidos no
decorrer dos estudos realizados na ADA e AID do empreendimento.
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Tabela 7.4 - Espécies de répteis registrados nas áreas de estudos.
Família Espécie Nome comum
1º estudo 2º estudo 3º estudo 4º estudo
Áreas Áreas Áreas Áreas
ADA AID ADA AID ADA AID ADA AID
Colubridae
Spilotes pullatus Caninana --- E --- E --- E --- E
Philodryas sp. Cobra-cipó --- E --- E --- RV, E --- E
Liophis sp. Cobra d’água --- E --- E --- E --- E
Viperidae Bothrops jararaca Jararaca --- E --- E --- RV, E --- E
Elapidae Micrurus sp Coral verdadeira --- E --- E --- E --- E
Gekkonidae Hemidactylus mabouia Lagartixa --- RV, E --- RV, E --- E, RV --- E
Teiidae Tupinambis merianae Teiú V E, RV, V RV E, V, RV V RV, V, E --- E
NÚMERO DE ESPÉCIES REGISTRADAS POR ÁREA 1 7 1 7 1 7 0 7
NÚMERO DE ESPÉCIES REGISTRADAS POR ESTUDO 7 7 7 7
NÚMERO TOTAL DE ESPÉCIES REGISTRADAS 7
Legenda: E – entrevistas, RV – registro visual, V – vestígios, ADA – área diretamente afetada, AID área de influência direta.
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Registros fotográficos da herpetofauna –répteis
Figura 7.38 - Exemplar de Hemidactylus mabouia (lagartixa) e vestígio (rastro das patas e da cauda) de Tupinambis merianae (lagarto teiú).
Espécies de répteis ameaçados de extinção
Nos estudos realizados, levou-se em consideração cinco listagens
oficiais descritas para os três estados do sul do país, uma nacional
elaborada pelo Ministério do Meio Ambiente em parceria com IBAMA e
uma mundial, elaborada pela IUCN Red List.
Das espécies de répteis registrados na ADA e AID, nenhuma delas é
considerada como ameaçada de extinção, nem tampouco corre
quaisquer riscos, visto que em sua maioria são espécies com grande
valência ecológica e que ocupam os mais variados habitat.
Espécies endêmicas de répteis
De acordo com DEIQUES et al., 2007, Marques et al., 2001 e
BORGES, 2001, das espécies de répteis registrados nas campanhas
de estudos realizados na AID e ADA do empreendimento, não há
nenhuma considerada endêmica para a região de estudos.
Curva do coletor para a herpetofauna
Gráfico 7.2 - Curva do coletor para anfíbios e répteis.
7.2.2.4.3 Levantamento da avifauna
Resultados obtidos
Nos estudos realizados na AID e ADA do empreendimento, tivemos o
registro de 57 espécies de aves ocupando a região, sendo destas,
registradas 52 no primeiro estudo, 57 no segundo e terceiro e 49 no
quarto, sendo registrado um total de 30 espécies diretamente na ADA
do empreendimento, conforme aponta a tabela a seguir
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Tabela 7.5 - Relação de espécies de aves registradas nos estudos realizados na AID e ADA do empreendimento.
Ordem/Família Espécie Vernáculo SE HAB GT UE FV
1º estudo 2º estudo 3º estudo 4º estudo
Áreas Áreas Áreas Áreas
ADA AID ADA AID ADA AID ADA AID
SULIFORMES
Phalacrocoracidae
Phalacrocorax brasilianus Biguá R Br PIS Aq PG --- V --- V --- V --- V
ANSERIFORMES
Anatidae
Amazonetta brasiliensis Pé-vermelho R Au ONI Aq PG --- V --- V --- V --- V
PELICANIFORMES
Ardeidae
Bubulcus ibis Garça-vaqueira R Au INS T PG --- V --- V --- V --- V
Egretta thula Garça-branca-pequena R Au PIS Aq PG --- V V V --- V V V
Ardea alba Garça-branca-grande R Au PIS Aq PG --- V --- V --- V --- ---
Syrigma sibilatrix Maria-faceira R Aa CAR T S --- V --- V --- V --- V
Butorides striata Socozinho R Br CAR T S --- V --- V --- V --- V
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Ordem/Família Espécie Vernáculo SE HAB GT UE FV
1º estudo 2º estudo 3º estudo 4º estudo
Áreas Áreas Áreas Áreas
ADA AID ADA AID ADA AID ADA AID
Threskiornithidae
Theristicus caudatus Curicaca R Aa CAR T PG V/A V/A V\A V\A V V A V\A
CATHARTIFORMES
Cathartidae
Cathartes aura Urubu-de-cabeça-vermelha R F CAR Ar PG V V --- V V V V ---
Coragyps atratus Urubu-de-cabeça-preta R Aa CAR Ar PG V V V V V V V V
ACCIPITRIFORMES
Accipitridae
Rupornis magnirostris Gavião-carijó R Fb CAR Ar S V V V V V V\A V V\A
FALCONIFORMES
Falconidae
Elanoides forficatus Gavião-tesoura V/N Aa CAR Ar S --- --- --- V --- V --- ---
Milvago chimachima Carrapateiro R Aa CAR Ar S V/A V/A V V V V\A A V\A
Caracara plancus Caracará R Aa CAR Ar S V/A V/A V V V\A V\A V V\A
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Ordem/Família Espécie Vernáculo SE HAB GT UE FV
1º estudo 2º estudo 3º estudo 4º estudo
Áreas Áreas Áreas Áreas
ADA AID ADA AID ADA AID ADA AID
GRUIFORMES
Rallidae
Gallinula chloropus Frango d’água comum R Aa ONI Aq C --- V --- V --- V --- ---
Aramides saracura Saracura-do-mato R F ONI T S --- V --- A --- V\A --- ---
CHARADRIIFORMES
Charadriidae
Vanellus chilensis Quero-quero R Aa ONI T PG V/A V/A V\A V\A A V\A A V\A
CORACIIFORMES
Alcedinidae
Megaceryle torquata Martim-pescador-grande R Br PIS Ve S --- V/A --- V\A --- V\A --- V\A
Chloroceryle amazona Martim-pescador-verde R Br PIS Ve S --- V/A --- V --- V\A --- V\A
Chloroceryle americana Martim-pescador-pequeno R Br PIS Ve S --- V/A --- V --- V --- V\A
COLUMBIFORMES
Columbidae
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Ordem/Família Espécie Vernáculo SE HAB GT UE FV
1º estudo 2º estudo 3º estudo 4º estudo
Áreas Áreas Áreas Áreas
ADA AID ADA AID ADA AID ADA AID
Zenaida auriculata Pomba-de-bando R Aa GRA Ar B V V V V\A V\A V\A V V\A
Columbia livia Pombo doméstico R Aa GRA Ar PG --- V V V\A V V V V\A
Columbina picui Rolinha picui R F GRA Ar S --- V --- V --- V --- A
Columbina talpacoti Rolinha-roxa R Aa GRA Ar PG V V V V --- V V V
Leptotila rufaxilla Juruti gemedeira R F GRA Ar S --- V/A --- V --- V --- V
CUCULIFORMES
Cuculidae
Crotophaga ani Anú-preto R Aa INS Ve PG V/A V/A V V\A --- V\A A V\A
Guira guira Anú-branco R Aa INS Ve PG V/A V/A V\A V\A V\A V\A A V\A
STRIGIFORMES
Tytonidae
Tyto alba Suindara, coruja R Aa CAR DA S --- --- --- V --- V --- V
Strigidae
Athene cunicularia Coruja-buraqueira R Aa CAR T S --- V V V V V --- V
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Ordem/Família Espécie Vernáculo SE HAB GT UE FV
1º estudo 2º estudo 3º estudo 4º estudo
Áreas Áreas Áreas Áreas
ADA AID ADA AID ADA AID ADA AID
APODIFORMES
Trochilidae
Leucochloris albicollis Beija-flor-garganta-branca R Aa NEC Ar S --- V --- V --- V --- ---
Thalurania glaucopis Beija-flor-fte-violeta R F NEC Ar S ---- --- --- V --- V --- V
Amazilia versicolor Beija-flor-banda branca R R NEC Ar S --- --- --- V --- V --- V
PICIFORMES
Picidae
Colaptes campestris Pica-pau-do-campo R Aa INS Ve S V/A V/A V\A V\A V\A V\A A V\A
PASSERIFORMES
Furnariidae
Furnarius rufus João-de-barro R Aa INS Ar S V/A V/A V\A V\A V\A V\A A V\A
Tyrannidae
Pitangus sulphuratus Bem-te-ví R Aa ONI Ar S V/A V/A V\A V\A A V\A V\A V\A
Tyrannus savana Tesourinha R Aa INS Ar S --- --- V V V V --- V
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Ordem/Família Espécie Vernáculo SE HAB GT UE FV
1º estudo 2º estudo 3º estudo 4º estudo
Áreas Áreas Áreas Áreas
ADA AID ADA AID ADA AID ADA AID
Tyrannus melancholicus Suiriri R Aa INS Ar S --- V V V V V V V
Hirundinidae
Stelgidopteryx ruficollis Andorinha-serradora R Aa INS Ar B --- V V V V V --- ---
Progne chalybea Andorinha-doméstica-gde R Aa INS Ar B --- V V V V V V V
Progne tapera Andorinha do campo R Br INS Ar B --- V V V V V --- ---
Pygochelidon cyanoleuca Andorinha-pequena-casa R Aa INS Ar B V V V V V V V V
Troglodytidae
Troglodytes musculus Corruíra R Aa INS Ar S V/A V/A V A V\A V\A V\A A
Turdidae
Turdus amaurochalinus Sabia poca R F FRU Ar S --- V/A --- V A V V V
Turdus rufiventris Sabiá-laranjeira R Fb FRU Ar S --- V/A A V\A V\A A V\A A
Mimidae
Mimus saturninus Sabiá-do-campo R Aa ONI Ar S --- V V V\A V A V\A V\A
Parulidae
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Ordem/Família Espécie Vernáculo SE HAB GT UE FV
1º estudo 2º estudo 3º estudo 4º estudo
Áreas Áreas Áreas Áreas
ADA AID ADA AID ADA AID ADA AID
Basileuterus culicivorus Pula-pula R F INS Ar S --- V --- V --- V --- V
Thraupidae
Tachyphonus coronatus Tiê-preto R F INS Ar C --- V --- V --- V --- V
Tangara sayaca Sanhaço-cinzento R F ONI Ar S --- V --- V --- V\A --- V
Emberizidae
Zonotrichia capensis Tico-tico R Aa GRA Ar PG V/A V/A V V\A V V\A V\A V\A
Sporophila caerulescens Coleirinho R F GRA Ar S V V V V\A V V V V
Volatinia jacarina Tiziu R Aa GRA Ar S --- V/A A V --- A V\A A
Sicalis luteola Tipio R Aa GRA Ar S --- V --- V --- V --- V
Sicalis flaveola Canário-terra-verdadeiro R Aa GRA Ar C V/A V/A V V\A V V\A V\A V\A
Icteridae
Molothrus bonariensis Chopim, vira bosta R Aa ONI Ar S --- V --- V --- V V V
Gnorimopsar chopi Chopim, pássaro preto R Aa ONI Ar B --- V/A --- V V\A V V\A V
Fringillidae
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Ordem/Família Espécie Vernáculo SE HAB GT UE FV
1º estudo 2º estudo 3º estudo 4º estudo
Áreas Áreas Áreas Áreas
ADA AID ADA AID ADA AID ADA AID
Sporagra magellanica Pintassilgo R Aa GRA Ar PG --- V --- V --- V --- V
Passeridae
Passer domesticus Pardal R Aa ONI Ar PG V/A V/A V\A V\A V\A V\A V\A V\A
TOTAL DE ESPÉCIES REGISTRADAS POR ÁREA 20 52 30 57 29 57 30 49
TOTAL DE ESPÉCIES REGISTRADAS POR ESTUDOS 52 57 57 49
TOTAL DE ESPÉCIES REGISTRADAS 57
Quanto ao contato: V: Visual; A: Auditivo; V/A: visual e auditivo.
Quanto ao habitat - HAB: F: Florestal; Fb: Borda de floresta; Au: Áreas
úmidas; Br: Beira de rio; Aa: Áreas antrópica.
Quanto a Guilda Trófica - GT: ONI: Onívoro; CAR: Carnívoro; FRU:
Frugívoro; GRA: Granívoro; INS: Insetívoro; NEC: Nectarívoro; PIS:
Piscívoro.
Quanto ao status de endemismo - SE:
Stt: Status de endemismo, de acordo com CBRO, 2011; R: residente
(evidências de reprodução no país); VS: visitante sazonal oriundo do sul
do continente; VN: visitante sazonal oriundo do hemisfério norte; VO:
visitante sazonal oriundo de áreas a oeste do território brasileiro; VA:
vagante (espécie de ocorrência aparentemente irregular no Brasil; pode
ser um migrante regular em países vizinhos, oriundo do sul [VA (S)], do
norte [VA (N)] ou de oeste [VA (O)], ou irregular num nível mais amplo
[VA]); D: status desconhecido; Ex = espécie extinta em território
nacional; ExN: espécie extinta na natureza; sobrevive apenas em
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cativeiro; E: espécie endêmica do Brasil; #: status presumido mas não
confirmado.
Quanto à formação do voo – FV:
S – solitários; C – casais; B – bandos; PG – deslocam-se em pequenos
grupos.
Quanto à utilização do espaço – UE:
Aq – espécies aquáticas; T – espécies terrestres; Ar – espécies aéreas;
Ve – maior tempo sobre vegetação; DA – dificilmente deixam o solo e ou
água.
Espécies de aves ameaçadas de extinção
Cinco são as listagens oficiais de espécies ameaçadas de extinção,
sendo desenvolvida uma para cada estado do sul do país, uma
nacional pelo Ministério do Meio Ambiente – IBAMA e uma mundial
pela IUCN Red List Categories and Criteria. De acordo com as
referidas listagens, nos estudos realizados na ADA e AID, nenhuma
das espécies registradas encontra-se sob alguma categoria de ameaça
ou inserida de alguma forma nas listas mencionadas, visto que devido
ao local de estudos ser amplamente antropizado. A maioria das aves
aqui registradas possui ampla distribuição geográfica e grande valência
ecológica, podendo ser encontradas em locais com as mais diversas
formações vegetais, inclusive em áreas degradadas.
Espécies de aves endêmicas
De acordo com os dados do CBRO – Comitê Brasileiro de Registros
Ornitológicos, 2011, juntamente com FRISCH, 2005, SIGRIST, 2007 e
BELTON, 2004, das espécies de aves registradas nas campanhas de
estudos na AID e ADA do empreendimento, não há nenhuma
considerada endêmica unicamente para a região do futuro
empreendimento, nem tampouco para o estado catarinense.
Espécies de aves migratórias
A seguir apresenta-se uma listagem das espécies de aves migradoras
registradas na AID e ADA do empreendimento. Tal listagem baseia-se
nos critérios e ordem taxonômica proposta pelo CBRO (Comitê
Brasileiro de Registros Ornitológicos) e endossada pela SOB
(Sociedade Brasileira de Ornitologia), e adotada pelo CEMAVE em
março/2005.
A classificação das espécies migratórias também foi feita por meio de
pesquisas em bibliografia especializada, sendo: Belton, 2004; Sigrist,
2009; Marterer, 1996; Bege & Marterer, 1991; Nunes & Tomas, 2008.
Tabela 7.6 - Espécies migratórias de acordo com suas classificações taxonômicas e tipo de migração realizada, registradas nos estudos realizados.
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Ordem Família Espécies Vernáculo Tipo de Migração
Accipitriformes Accipitridae Elanoides forficatus Gavião-tesoura V/N
Passeriformes
Tyrannidae Tyrannus savana Tesourinha
Belton, 2004 *.
Hirundinidae
Progne tapera Andorinha-do-campo
Progne chalybea Andorinha-doméstica-gde.
Pygochelidon cyanoleuca Andorinha-pequena-casa
Stelgidopteryx ruficollis Andorinha-serradora
V/N = Espécie visitante do hemisfério norte;
V/S = Espécie visitante do hemisfério sul;
R = Residente (Espécie que possui evidências reprodutivas disponíveis em território nacional, podendo praticar deslocamentos migratórios de uma
região para outra dentro do país).
* Belton, 2004, destaca que as aves passeriformes citadas na tabela anterior, fazem migração dentro do país, deslocando-se para regiões mais
quentes nas épocas frias ocorrentes região sul do Brasil.
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Curva do coletor
Gráfico 7.3 - Curva do coletor no monitoramento da avifauna.
Registros fotográficos
Figura 7.39 - Exemplar e ninho de Furnarius rufus (joão-de-barro) e exemplar de Progne tapera (andorinha-do-campo).
Figura 7.40 - Exemplar de Bubulcus ibis (garça-vaqueira) e exemplar de
Vanellus chilensis (quero-quero)
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Figura 7.41 - Exemplar de Columbina talpacoti (rolinha-roxa) e exemplar de Pygochelidon cyanoleuca (andorinha-pequena-de-casa).
Figura 7.42 - Exemplar de Sicalis flaveola (canário-da-terra-verdadeiro) e exemplar de Pitangus sulphuratus (bem-te-vi).
Figura 7.43 - Exemplar de Tyrannus melancholicus (suiriri) e exemplares de
Gnorimopsar chopi (chopim). Figura 7.44 - Exemplar de Troglodytes musculus (corruíra) e exemplar de Passer
domesticus (pardal).
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Figura 7.45 - Exemplares de Cathartes aurea (urubu-cabeça-preta) e exemplares de Colaptes campestris (pica-pau).
Figura 7.46 - Exemplar de Mimus saturninus (sabiá-do-campo) e exemplar de Gallinula chloropus (Frango-d’água-comum).
Figura 7.47 - Exemplar de Zonotrichia capensis (tico-tico) e exemplar de Guira
guira (anú-branco). Figura 7.48 - Exemplar de Athene cunicularia (coruja buraqueira) e exemplar de
Chloroceryle amazona (martim-pescador-grande).
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Figura 7.49 - Exemplar de Zenaida auriculata (pomba-de-bando) e exemplar de
Rupornis magnirostris (gavião-carijó).
7.2.2.4.4 Levantamento da mastofauna
7.2.2.4.5 Mamíferos não-voadores
Resultados obtidos
Nas campanhas de amostragem realizadas na AID e ADA do
empreendimento, foram totalizadas 10 espécies componentes da
mastofauna, conforme apresenta a tabela
a seguir.
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Tabela 7.7 - Relação de espécies de mamíferos não voadores registrados nos estudos realizados.
Ordem Família Espécies Vernáculo
1º estudo 2º estudo 3º estudo 4º estudo
Áreas Áreas Áreas Áreas
ADA AID ADA AID ADA AID ADA AID
Carnivora
Procyonidae
Nasua nasua Quati --- V, E --- V, E --- V --- V, E
Procyon cancrivorus Mão pelada V V, E --- V, E --- V, E --- V
Mustelidae Galictis cuja Furão --- E --- E --- RV, E --- RV, E
Canidae Cerdocyon thous Graxaim --- V, E V Am, V, E --- AF, V, E V AF, V, E
Muridae
Mus musculus Rato doméstico --- --- --- RV, E --- E --- RV, E
Rodentia
Rattus rattus Rato doméstico --- E --- RV, E --- E --- RV
Caviidae Cavia aperea Preá, periá RV E RV RV RV E --- RV, E
Hydrochaeridae H. hydrochaeris Capivara --- V, E --- V, E --- V, E --- V, E
Didelphimorphia Didelphidae Didelphis albiventris Gambá, raposa V V, E V V, E V V, E V RV, V, E
Edentata Dasypodidae Euphractus sexcinctus Tatu peludo --- V, E --- V --- V, E --- V, E
NÚMERO DE ESPÉCIES REGISTRADAS POR ÁREA 3 9 3 10 2 10 2 10
NÚMERO DE ESPÉCIES REGISTRADAS POR ESTUDO 9 10 10 10
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NÚMERO TOTAL DE ESPÉCIES REGISTRADAS 10
RV – Registro visual, avistamentos, registros fotográficos, E – Entrevistas, V – Vestígios, AF – Armadilha Fotográfica, Am – animais encontrados
mortos.
Registros fotográficos
Figura 7.50 - Vestígio de Nasua nasua (quati) e rastros de Procyon cancrivorus (Mão-pelada).
Figura 7.51 - Vestígios de Cerdocyon thous (graxaim) e exemplar de Cerdocyon thous (graxaim).
Figura 7.52 - Exemplar de Cerdocyon thous (graxaim) e pegadas de
Hydrochaeris hydrochaeris (capivara). Figura 7.53 - Excrementos de Hydrochaeris hydrochaeris (capivara) e exemplar
de Didelphis albiventris (gambá de orelha branca).
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Figura 7.54 - Refúgio de Euphractus sexcinctus, (tatu peludo).
Curva do coletor
Gráfico 7.4 - Curva do coletor para a mastofauna.
Espécies ameaçadas de extinção encontradas localmente
Das 10 espécies de mamíferos não voadores registrados para as áreas
de estudos, temos três inseridas em alguma das listas consultadas,
sendo que para o estado catarinense, somente o roedor Cavia
intermedia é considerado sob alguma categoria de ameaça. Entretanto,
de acordo com Bovincino 2008, esta é endêmica para Florianópolis –
SC e a espécie registrada para o local de estudo, trata-se de Cavia
aperea. Neste caso, a mesma foi mencionada para sanar dúvidas que
pudessem ocorrer a respeito deste roedor.
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Tabela 7.8 - Relação de espécies de mamíferos não voadores ameaçados de extinção encontrados na área do empreendimento de acordo com IBAMA / MMA, 2008 e listagens oficiais dos três estados do sul do país.
Ordem Família Espécies Vernáculo
Ameaças
IBAMA SC PR RS IUCN
Carnivora
Procyonidae Nasua nasua Quati -- -- -- Vu LC
Mustelidae Lontra
longicaudis Lontra -- -- -- Vu DD
Rodentia Caviidae Cavia
intermedia * Preá -- CR -- Vu CR
TOTAL DE ESPÉCIES AMEAÇADAS DE EXTINÇÃO 3
Vu: Vulnerável; CR: Criticamente em Perigo, EN: Em Perigo, PE: Provavelmente Extinta, RE: Regionalmente Extinto, NT: Espécies quase Ameaçadas, DD: Dados Insuficientes, LC: Menor preocupação.
* NOTA: a espécie Cavia intermedia de acordo com Bovincino 2008, é endêmica para Florianópolis SC. A espécie registrada nos estudos trata-se de Cavia aperea.
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Espécies endêmicas de mamíferos não-voadores
De acordo com consultas em referenciais bibliográficos especializados
quanto às espécies endêmicas, das 10 espécies registradas para a
área de estudos, nenhuma pôde ser considerada endêmica unicamente
para a região de estudos, nem tampouco para o estado catarinense.
Salienta-se que Cavia intermedia, de acordo com Bovincino 2008, é
endêmica para a região de Florianópolis SC, entretanto a espécie
registrada para a área de estudos trata-se de Cavia aperea, esta, muito
comum em todo o território catarinense.
7.2.2.4.6 Mamíferos voadores
Resultados obtidos
Nos estudos realizados nas áreas determinadas junto ao
empreendimento, tivemos o registro de três espécies, conforme aponta
a tabela a seguir.
Tabela 7.9 - Resultados das campanhas amostrais realizadas.
Família Espécie Nome
comum Ambiente * Dieta * Sociab. Abundância *
Phyllostomidae
Artibeus sp Morcego-
fruteiro Ab, Fi, Fa Frugívoro Grupos Muito comum
Sturnira lilium Morcego-
fruteiro Ab, Fi, Fa Frugívoro Grupos Muito comum
Desmodontidae Desmodus
rotundus
Morcego-
vampiro Ab, Fi, Fa Hematófago Grupos Comum
Quanto ao hábitat: Al = áreas alagadas; Ab = áreas abertas; Fi = floresta em estágio inicial; Fa = floresta em
estágio médio ou avançado. * De acordo com Emmons, 1997.
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Tabela 7.10 - Relação de espécies de quirópteros registrados nos estudos.
Família Espécie Dieta
1º estudo 2º estudo 3º estudo 4º estudo
Áreas Áreas Áreas Áreas
ADA AID ADA AID ADA AID ADA AID
Phyllostomidae
Artibeus sp Frugívoro --- RV, E RV RV, E --- RV, E --- RV, E
Sturnira lilium Frugívoro --- RV --- RV, E RV RV, E --- RV, E
Desmodontidae Desmodus rotundus Hematófago --- --- --- E --- E --- E
TOTAL DE ESPÉCIES REGISTRADAS POR ÁREA 0 2 1 3 1 3 0 3
TOTAL DE ESPÉCIES REGISTRADAS POR ESTUDO 3 3 3 3
TOTAL DE ESPÉCIES REGISTRADAS 3
E – Entrevista.
7.2.3 Flora
7.2.3.1 Objetivos
O objetivo principal do presente levantamento florístico é a
determinação das espécies vegetais existentes na área de da UTE
Tijucas e a geração de uma lista expondo tais espécies. Ligado a este
objetivo maior listam-se os seguintes objetivos específicos:
Localização e identificação das espécies vegetais existentes;
Coleta e herborização de espécies não identificadas em campo;
Localização e mapeamento dos fragmentos vegetais existentes
na área de estudos;
Registro fotográfico do levantamento realizado;
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Avaliação do grau de antropização da área;
Estimativa da diversidade existente na área.
7.2.3.2 Justificativa do Estudo
As informações ambientais são cada vez mais importantes, visto que
os ecossistemas naturais vêm sendo cada vez mais alterados, e, desse
modo, os dados a respeito destes são perdidos ou sub-amostrados.
Neste sentido, é importante que sejam coletadas todas as informações
disponíveis acerca de determinado local antes que sofra alterações que
o descaracterizem e causem a perda de informações únicas a respeito
do ecossistema local.
Outra justificativa está atrelada diretamente ao Estudo de Impacto
Ambiental exigido pela legislação vigente, que obriga o empreendedor
a realizar, por meio de assessoria especializada a avaliação criteriosa
dos impactos gerados por determinado empreendimento.
7.2.3.3 Metodologia
A metodologia de levantamento das espécies seguiu o método
proposto por Filgueiras (1994), que sugere o método expedito de
caminhamento a fim de amostrar e identificar espécies da flora
existentes em determinada área de estudos. De acordo com o autor, o
profissional deve estabelecer uma linha reta imaginária em meio á
vegetação, ao longo da qual são amostradas e identificadas as
espécies vegetais existentes.
As figuras a seguir ilustram a execução do levantamento florístico na
área de instalação da UTE Tijucas.
Figura 7.55 - Registros ao longo da área de estudos e caminhamento ao
longo da área de estudos.
Figura 7.56 – Profissional avaliando as áreas no entorno dos locais de instalação das estruturas do empreendimento.
A fim de atender à metodologia descrita por Filgueiras (1994), e realizar
uma amostragem o mais completa quanto possível na área do
empreendimento, modificou-se parcialmente o método de
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caminhamento a fim de abranger todos os estágios sucessionais da
vegetação existentes dentro dos limites da área de influência do
empreendimento. Sendo assim, foram percorridas 5 (cinco) linhas retas
de diferentes comprimentos, traçadas ao longo dos fragmentos
florestais existentes na área de estudos. Tais linhas não puderam ser
traçadas observando um sentido único, devido a irregularidade e
fragmentação dos remanescentes florestais.
Figura 7.57 - Localização das linhas de caminhamento com relação ao
empreendimento.
7.2.3.4 Resultados
Figura 7.58 - Ilustração das formações vegetacionais existentes dentro da
ADA do empreendimento.
Terminal de gás
Linha - 05
Linha - 04
Linha - 02
Linha - 01
Linha - 03
Subestação
UTE Tijucas
Subestação
Atividades Antrópicas diversas
Silvicultura
Silvicultura
Gramíneas
Lavoura
Vegetação Estágio inicial mesclada por áreas alagadas e atividades antrópicas UTE Tijucas
Terminal de gás
Gramíneas
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Figura 7.59 – Vastas áreas de pastagem, não se verifica regeneração natural. Figura 7.60 – Curso d’água alterado em meio à pastagem e atividades silviculturais com exóticas, Eucalyptus SP
Figura 7.61 – Pastagens e plantio de Eucalyptus sp e atividades antrópicas à
frente e plantio de Eucalyptus sp. ao fundo Figura 7.62 – Linhas de transmissão existentes na região
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7.2.3.4.1 Listas das espécies amostradas na ADA do empreendimento
Tabela 7.11 - Lista das espécies vegetais existentes dentro da ADA do empreendimento.
Nome vulgar Nome científico Hábito Família
Aroeira vermelha Schinus terebinthifolius Árvore Anacardiaceae
Jerivá Syagrus romanzoffiana Coqueiro
Arecaceae
Palmeira real Archontophoenix
cunninghamiana Palmeira real
Vassoura Baccharis elaeagnoides Arbusto
Asteraceae
Vassoura brava Baccharis uncinella Arbusto
Picão Bidens pilosa Herbácea
Buva vermelha Conyza bonariensis Herbácea
Carobinha Jacaranda puberula Árvore
Corda de viola Ipomoea bonariensis Liana Convolvulaceae
Sena Senna multijuga Árvore
Fabaceae Unha de gato Senegalia bonariensis Árvore
Guapuruvú Schizolobium parahyba Árvore
Papuam Brachiaria plantaginea Herbácea
Gramineae
Capim centenário Panicum sp. Herbácea
Nome vulgar Nome científico Hábito Família
Canela guaicá Ocotea puberula Árvore
Lauraceae
Canela amarela Nectandra lanceolata Árvore
Pixirica Miconia hyemalis Árvore
Melastomataceae Quaresmeira Tibouchina granulosa Árvore
Jacatirão Miconia cinnamomifolia Árvore
Bananeira Musa paradisiaca Arbusto Musaceae
Eucalyptus Eucalyptus sp. Árvore
Myrtaceae Araça vermelho Psidium cattleyanum Árvore
Goiaba Psidium guajava Árvore
Pinus Pinus sp. Árvore Pinaceae
Tanssagem Plantago major Herbácea Plantaginaceae
Mamica de cadela Zanthoxylum rhoifolium Árvore Rutaceae
Vacum Allophyllus edulis Árvore Sapindaceae
Cambroé Casearia obliqua Árvore Salicaceae
Fumeiro bravo Solanum mauritianum Árvore Solanaceae
Figueira de jardim Ficus auriculata Árvore Moraceae
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Nome vulgar Nome científico Hábito Família
Tanheiro Alchornea triplinervia Árvore
Euphorbiaceae
Tanheiro graúdo Alchornea glandulosa Árvore
Mamona Ricinus communis Arbusto
Licurana Hieronyma
alchormeoides Árvore
Embaúba Cecropia glaziovii Árvore Cecropiaceae
Gráfico 7.5 - Gráfico das famílias mais representativas amostradas durante o
levantamento
Linha de Caminhamento 01
Tabela 7.12 - Lista das espécies vegetais amostradas na linha de caminhamento 01.
Nome vulgar Nome científico Hábito Família
Vassoura Baccharis elaeagnoides Arbusto
Asteraceae
Vassoura brava Baccharis uncinella Arbusto
Picão Bidens pilosa Herbácea
Buva vermelha Conyza bonariensis Herbácea
Corda de viola Ipomoea bonariensis Liana Convolvulaceae
Papuam Brachiaria plantaginea Herbácea
Gramineae
Capim centenário Panicum sp. Herbácea
Bananeira Musa paradisiaca Arbusto Musaceae
Eucalyptus Eucalyptus sp. Árvore
Myrtaceae
Goiaba Psidium guajava Árvore
Tanssagem Plantago major Herbácea Plantaginaceae
Mamona Ricinus communis Arbusto Euphorbiaceae
Linha de Caminhamento 02
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Tabela 7.13 - Lista das espécies vegetais amostradas na linha de caminhamento 02.
Nome vulgar Nome científico Hábito Família
Jerivá Syagrus romanzoffiana Coqueiro
Arecaceae
Palmeira real Archontophoenix
cunninghamiana
Palmeira
real
Vassoura Baccharis elaeagnoides Arbusto
Asteraceae
Vassoura brava Baccharis uncinella Arbusto
Picão Bidens pilosa Herbácea
Buva vermelha Conyza bonariensis Herbácea
Corda de viola Ipomoea bonariensis Liana Convolvulaceae
Sena Senna multijuga Árvore
Fabaceae Unha de gato Senegalia bonariensis Árvore
Guapuruvú Schizolobium parahyba Árvore
Papuam Brachiaria plantaginea Herbácea
Gramineae
Capim centenário Panicum sp. Herbácea
Canela guaicá Ocotea puberula Árvore Lauraceae
Pixirica Miconia hyemalis Árvore
Melastomataceae
Jacatirão Miconia cinnamomifolia Árvore
Nome vulgar Nome científico Hábito Família
Bananeira Musa paradisiaca Arbusto Musaceae
Eucalyptus Eucalyptus sp. Árvore
Myrtaceae Araça vermelho Psidium cattleyanum Árvore
Goiaba Psidium guajava Árvore
Pinus Pinus sp. Árvore Pinaceae
Tanssagem Plantago major Herbácea Plantaginaceae
Figueira de jardim Ficus auriculata Árvore Moraceae
Tanheiro Alchornea triplinervia Árvore
Euphorbiaceae
Tanheiro graúdo Alchornea glandulosa Árvore
Mamona Ricinus communis Arbusto
Licurana Hieronyma alchormeoides Árvore
Embaúba Cecropia glaziovii Árvore Cecropiaceae
Linha de Caminhamento 03
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Tabela 7.14 - Lista das espécies vegetais amostradas na linha de caminhamento 03.
Nome vulgar Nome científico Hábito Família
Aroeira vermelha Schinus terebinthifolius Árvore Anacardiaceae
Jerivá Syagrus romanzoffiana Coqueiro Arecaceae
Vassoura Baccharis elaeagnoides Arbusto
Asteraceae
Vassoura brava Baccharis uncinella Arbusto
Picão Bidens pilosa Herbácea
Buva vermelha Conyza bonariensis Herbácea
Carobinha Jacaranda puberula Árvore
Sena Senna multijuga Árvore
Fabaceae
Unha de gato Senegalia bonariensis Árvore
Papuam Brachiaria plantaginea Herbácea
Gramineae
Capim centenário Panicum sp. Herbácea
Canela guaicá Ocotea puberula Árvore Lauraceae
Pixirica Miconia hyemalis Árvore
Melastomataceae Quaresmeira Tibouchina granulosa Árvore
Jacatirão Miconia cinnamomifolia Árvore
Nome vulgar Nome científico Hábito Família
Eucalyptus Eucalyptus sp. Árvore
Myrtaceae Araça vermelho Psidium cattleyanum Árvore
Goiaba Psidium guajava Árvore
Mamica de cadela Zanthoxylum rhoifolium Árvore Rutaceae
Vacum Allophyllus edulis Árvore Sapindaceae
Cambroé Casearia obliqua Árvore Salicaceae
Fumeiro bravo Solanum mauritianum Árvore Solanaceae
Tanheiro Alchornea triplinervia Árvore
Euphorbiaceae Tanheiro graúdo Alchornea glandulosa Árvore
Licurana Hieronyma
alchormeoides Árvore
Embaúba Cecropia glaziovii Árvore Cecropiaceae
Linha de Caminhamento 04
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Tabela 7.15 - Lista das espécies vegetais amostradas na linha de caminhamento 04.
Nome vulgar Nome científico Hábito Família
Aroeira vermelha Schinus terebinthifolius Árvore Anacardiaceae
Jerivá Syagrus romanzoffiana Coqueiro Arecaceae
Vassoura Baccharis elaeagnoides Arbusto
Asteraceae
Vassoura brava Baccharis uncinella Arbusto
Picão Bidens pilosa Herbácea
Buva vermelha Conyza bonariensis Herbácea
Carobinha Jacaranda puberula Árvore
Corda de viola Ipomoea bonariensis Liana Convolvulaceae
Sena Senna multijuga Árvore
Fabaceae Unha de gato Senegalia bonariensis Árvore
Guapuruvú Schizolobium parahyba Árvore
Papuam Brachiaria plantaginea Herbácea
Gramineae
Capim centenário Panicum sp. Herbácea
Canela guaicá Ocotea puberula Árvore
Lauraceae
Canela amarela Nectandra lanceolata Árvore
Nome vulgar Nome científico Hábito Família
Pixirica Miconia hyemalis Árvore
Melastomataceae Quaresmeira Tibouchina granulosa Árvore
Jacatirão Miconia cinnamomifolia Árvore
Bananeira Musa paradisiaca Arbusto Musaceae
Eucalyptus Eucalyptus sp. Árvore
Myrtaceae Araça vermelho Psidium cattleyanum Árvore
Goiaba Psidium guajava Árvore
Tanssagem Plantago major Herbácea Plantaginaceae
Mamica de cadela Zanthoxylum rhoifolium Árvore Rutaceae
Vacum Allophyllus edulis Árvore Sapindaceae
Cambroé Casearia obliqua Árvore Salicaceae
Fumeiro bravo Solanum mauritianum Árvore Solanaceae
Tanheiro Alchornea triplinervia Árvore
Euphorbiaceae Tanheiro graúdo Alchornea glandulosa Árvore
Licurana Hieronyma
alchormeoides Árvore
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Nome vulgar Nome científico Hábito Família
Embaúba Cecropia glaziovii Árvore Cecropiaceae
Linha de Caminhamento 05
Tabela 7.16 - Lista das espécies vegetais amostradas na linha de caminhamento 05.
Nome vulgar Nome científico Hábito Família
Jerivá Syagrus romanzoffiana Coqueiro Arecaceae
Picão Bidens pilosa Herbácea
Asteraceae Buva vermelha Conyza bonariensis Herbácea
Carobinha Jacaranda puberula Árvore
Sena Senna multijuga Árvore
Fabaceae Unha de gato Senegalia bonariensis Árvore
Guapuruvú Schizolobium parahyba Árvore
Papuam Brachiaria plantaginea Herbácea
Gramineae
Capim centenário Panicum sp. Herbácea
Canela guaicá Ocotea puberula Árvore Lauraceae
Pixirica Miconia hyemalis Árvore Melastomataceae
Eucalyptus Eucalyptus sp. Árvore Myrtaceae
Nome vulgar Nome científico Hábito Família
Goiaba Psidium guajava Árvore
Tanssagem Plantago major Herbácea Plantaginaceae
Tanheiro Alchornea triplinervia Árvore
Euphorbiaceae
Mamona Ricinus communis Arbusto
Embaúba Cecropia glaziovii Árvore Cecropiaceae
Registros fotográficos
Figura 7.63 - Vista da região onde foi percorrida a linha 01 e 02, respectivamente.
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Figura 7.64 - Vista da vegetação onde foi percorrida a linha 03 e 04,
respectivamente.
Figura 7.65 - Vista da vegetação onde foi percorrida a linha 05.
7.2.3.5 Espécies ameaçadas de extinção
De acordo com a instrução normativa n° 06 de 23 de setembro de
2008, que oficializa a lista das espécies da flora brasileira ameaçadas
de extinção, não foi amostrada nenhuma espécie ameaçada de
extinção ao longo da área de instalação da UTE Tijucas e estruturas
associadas.
7.3 Meio Socioeconômico
Para estudo Socioeconômico da UTE Tijucas decidiu-se abordar
informações dos municípios pertencentes à área de abrangência da
pluma de dispersão de poluentes atmosféricos, a mesma área da AII,
visando uma maior espacialização e entendimento dos dados
abordados. Desta forma, os estudos socioeconômicos abrangem a
área, composta pelos municípios de Tijucas, Canelinha, Porto Belo e
São João Batista. Também foram analisados dados e informações
regionais e do Estado de Santa Catarina.
Inicialmente a região do Vale do Rio Tijucas era habitada pelos índios
carijós que deram o nome a estas terras de ‘’Tyuca’’, que na língua
guarani, significa ‘’lama escura’’, encontrada principalmente na foz do
Rio Tijucas.
Os primeiros estrangeiros a aportar em Tijucas foram os espanhóis, em
busca de alimentos para a tripulação, no período das grandes
navegações. No ano de 1752, dois imigrantes açorianos, chegaram à
Ponta das Bombas (hoje Bombinhas) e tomaram a primeira posse de
terra na região de Tijucas, que na época também abrangia os territórios
de Porto Belo e Bombinhas conjuntamente.
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O interior do vale do rio Tijucas foi explorado, principalmente na
primeira metade do século XIX. Neste período, vários casais foram se
estabelecendo na área que hoje compreende as cidades de Camboriú,
Bombas, Zimbros, Ganchos e Tijucas. Na cabeceira do rio Tijucas,
localizavam-se colonos de predominância alemã, enquanto nas
nascentes do rio do Braço, afluente do rio Tijucas, agrupavam-se
colonos italianos.
Figura 7.66 - Tijucas
Fonte: www.tiyucosimoveis.com.br
Em 1834, foi fundada a povoação de São João Batista do Alto Tijucas.
Nesta época, o povoado de São João Batista do Alto Tijucas crescera
principalmente devido ao comércio de madeira. O povoado tinha em
seu porto importante eixo de escoamento de produtos para as demais
regiões do país. Destacava-se, além da produção de madeira de lei, a
indústria familiar e de base agrícola que produziam produtos
alimentícios, sobretudo farinha de mandioca.
A região do vale, rica em argila contribuiu para que fosse desenvolvida
a indústria da cerâmica. Os imigrantes italianos foram os
empreendedores pioneiros da indústria de cerâmica nos municípios,
onde a atividade ganhou força a partir da década de 70 com o
crescimento de cidades como Blumenau, Joinville e Florianópolis.
Neste período, foram fundadas 70% das indústrias da região,
aumentando consideravelmente a atividade primária extrativista.
Essencialmente, destacavam-se as atividades relacionadas à lenha
para uso como combustível nos fornos cerâmicos, além da exploração
de argilo-minerais, para a confecção da cerâmica estrutural.
À medida que a região ia desenvolvendo-se economicamente,
municípios do Vale do Rio Tijucas, também obtiveram destaque na
produção de calçados.
A seguir uma breve descrição dos municípios pertencentes à Área de
Influência do empreendimento, os quais: Tijucas (local da implantação),
Canelinha, Porto Belo, São João Batista.
Tijucas
Os primeiros europeus a incursionar pelas terras da atual Tijucas foram
os espanhóis em meados do século XVI. Contudo, o povoamento do
município, inicia-se expressivamente em 1775 com a vinda dos
portugueses. Eram, aproximadamente quinhentas pessoas que
aportaram na enseada de Garoupas, região de Porto Belo, e foram
distribuindo-se pela região. Em 1788, um grupo de pessoas subiu o rio
Tijucas em busca de pinheiros, e constataram a existência de madeiras
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de lei, atraindo, desta maneira, outros exploradores que foram se
instalando na área.
Em 1848, foi criado o distrito de São Sebastião da Foz do Tijucas,
segundo traçado já existente, mas foi apenas em 1916 que passou a
denominar-se Tijucas.
Canelinha
A formação do município de Canelinha se deu, com a distribuição de
sesmarias por todo o vale do Rio Tijucas desde o final do século XVIII
até o início do século XIX. Inicialmente o povoado de Canelinha
pertencia ao município de Tijucas e passou a distrito em 26 de janeiro
de 1934 e a município em 03/12/1962 pela Lei 855/1962. No presente,
Canelinha é conhecida como Cidade das Cerâmicas devido ao grande
número de olarias, indústrias que movimentam boa parte da economia
do município.
Porto Belo
Foi em 1753, que o governo português inicia a colonização do
município, enviando 60 casais vindos das ilhas dos Açores para
iniciarem sua colonização. A partir destes colonizadores deu-se início a
atividade pesqueira na região. Seu crescimento foi lento e difícil, dada
as dificuldades com o clima, o ataque dos espanhóis e a distância do
centro administrativo da capitania de Santa Catarina. O município foi
fundado 1832 e seu nome surgiu devido à beleza e a tranquilidade de
suas águas. Tem como principais atividades econômicas a pesca e
turismo.
São João Batista
São João do Sul foi a primeira colônia italiana do Brasil, com o nome
de Nova Itália, tornou-se município em 1958, quando se desmembrou
de Tijucas. Além dos italianos também se instalaram no município os
açorianos. Entre as atividades econômicas desenvolvidas no município,
a indústria calçadista e comércio de calçados, são as principais.
No mapa a seguir podem ser visualizados os municípios que fazem
parte da área/Região de estudo
Figura 7.67 - Mapa de Localização dos municípios abrangidos pelo estudo
Socioeconômico.
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7.3.1 Terras Indígenas
A Terra Indígena mais próxima do local de instalação da usina localiza-
se a aproximadamente 11,01 km de distância, e denomina-se Terra
Indígena Amâncio, (Figura 10.2). A Amâncio é classificada como em
estudo pela FUNAI, e, encontra-se com situação fundiária em
identificação (Comissão Pró Índio de São Paulo, 2012). Abriga o povo
Guarani Mbya, que na língua Guarani significa “gente”. Atualmente, a
venda de artesanato, é a atividade que sustenta a comunidade.
Figura 7.68 - Distância aproximada por Google Earth da Terra Indígena mais
próxima.
Fonte: Fundação Nacional do Índio - FUNAI, Coordenação Geral de Geoprocessamento –
CGGEO (alterada Google Earth)
7.3.2 Aspectos Populacionais
7.3.2.1 Dinâmica Populacional
O estudo mostra a evolução populacional dos municípios entre os anos
de 1991 e 2010. Houve na região um acréscimo de 60% da população,
o que representa um aumento de 31.583 habitantes. São João Batista
apresentou o maior crescimento da população (105%), e, Canelinha
correspondeu ao menor crescimento (29%).
Em Tijucas, houve aumento populacional de 11.256 habitantes no
período analisado, atualmente possui uma população estimada de
32.087 habitantes, e segundo SEBRAE (2010), é a 40ª cidade
catarinense no ranking populacional e a 1° em relação à região em
estudo. O gráfico a seguir demonstra a evolução populacional dos
municípios nos últimos anos.
Gráfico 7.6 - Evolução populacional dos Municípios - Período 1991 - 2011.
Fonte: IBGE, Diretoria de Estatística, Geografia e Cartografia.
0
5000
10000
15000
20000
25000
30000
35000
1990 1995 2000 2005 2010P
op
ula
ção
To
tal
Ano
Evolução Populacional
Canelinha
Porto Belo
São João
Batista
Tijucas
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A população da região é bem distribuída entre homens e mulheres,
tendo aproximadamente a mesma quantidade, 50,24% são homens e
49,76% são mulheres. Essa população reside predominantemente no
perímetro urbano (85%), e, 15% habita a área rural.
Sobre a estrutura etária a população da região é predominantemente
adulta (90%), entre jovens e adultos.
O município de Tijucas de acordo com o Plano Diretor Participativo
compõe-se por nove (09) bairros e sete (07) localidades, distribuídos
entre área urbana e rural, respectivamente. Especificamente a
localidade de Nova Descoberta apresenta uma população de 2.596,
concentrando 8,38% da população total do município.
Tabela 7.17 – Densidade demográfica dos Municípios – 2012
Fonte: Censo Demográfico 2010 e Estimativa Populacional 2012.
Quadro 7.8 - Bairros pertencentes ao Município de Tijucas. Prefeitura Municipal de Tijucas, 2013
Gráfico 7.7 - Faixa etária da população dos Municípios - 2010
Fonte: IBGE, 2010.
7.3.3 Saúde
Referente às unidades de saúde e o número de leitos em tais
unidades, todos os municípios são atendidos, como pode ser
visualizado a seguir. Os estabelecimentos de saúde compreendem-se
entre clínicas especializadas, hospitais, policlínicas, postos de saúde,
consultórios isolados, e outros.
MunicípiosÁrea Territorial
(Km²)
População
Residente
Dens. Demog.
(hab/Km²)
Tijucas 279,578 30.906 110,55
Canelinha 152,56 10.603 69,501
Porto Belo 93,632 16.083 171,77
São João Batista 221,051 26.260 118,8
Região 746,821 83.852 110,55
Bairros (Zona Urbana): Localidades (Zona rural):
Areias Campo Novo
Centro Itinga
Joaia Morretes
Pernambuco Nova Descoberta
Praça Oliveira
Santa Luzia Terra Nova
Sul do Rio Timbé
Universitário
XV de novembro
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Tabela 7.18. Estabelecimentos de saúde e número de leitos existentes nos Municípios - 2009.
Legenda: NI- Não Informado
Fonte: IBGE, Diretoria de Estatística, Geografia e Cartografia em 2009..
Em relação à oferta de leitos por habitante, é maior no município de
Tijucas, 1,84 leito/hab, seguido de Canelinha 1,88 leito/hab e São João
Batista 1,56 leito/hab. Não há informação do número total de leitos no
município de Porto Belo.
O município de Tijucas contava em 2010 com 35 estabelecimentos de
saúde, entre estabelecimentos públicos, filantrópicos e privados.
Destaca-se no município o Centro de Saúde Orlando Barreto, o pronto
atendimento 24 horas conjunto a essa unidade, o Hospital São José e
a Maternidade Chiquinha Galotti.
Em relação às internações observam-se uma grande incidência
relacionada a doenças respiratórias, doenças do aparelho circulatório e
do aparelho digestivo. Estas, juntas, representam 35% das internações
no município de Tijucas.
Tijucas possui um Plano de Saúde Municipal 2010-2013, desenvolvido
pela Secretaria Municipal de Saúde, que é um instrumento de trabalho
de referência para a gestão da saúde pública no município que
estabelece metas aos programas e serviços prestados a população.
Figura 7.69 – Centro de Saúde Orlando
Barreto – Tijucas Data:22/04/2013. Fonte: Prefeitura Municipal de Tijucas.
Figura 7.70 – Hospital São José -
Tijucas Data:22/04/2013. Fonte: Site Notícias da Cidade.
Figura 7.71 – Centro Municipal de
Promoção à Saúde – Tijucas Data:22/04/2013.
Fonte: Prefeitura Municipal de Tijucas.
Figura 7.72 – Pronto Atendimento
SUS 24h. Data:22/04/2013
Fonte: Prefeitura Municipal de Tijucas.
7.3.4 Educação
Os dados demonstrados na tabela a seguir, referem-se às informações
sobre as matriculas realizadas em 2012 conforme o grau de ensino.
MunicípiosEstabelecimentos
de Saúde Total
Número de
Leitos Total
Populaçâo
Residente
Tijucas 35 57 30.960
Canelinha 6 20 10.603
Porto Belo 16 NI 16.083
São João Batista 24 41 26.260
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Tabela 7.19. Número de matrículas realizadas na rede de ensino nos Municípios – 2012
Fonte: INEP, Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira -Censo
Escolar 2012
O ensino fundamental se destaca em número de matriculas em todos
os municípios, como pode ser verificado na tabela acima. Em Tijucas
chega em 65% do total de matrículas. Na seqüência, ainda em
números de matrícula se destaca o ensino médio, continuando Tijucas
com a maior porcentagem 15%. O ensino fundamental de Educação de
Jovens e Adultos - EJA também se destaca em especial no município
de Canelinha.
Existem no município ainda para atender a população, 28 escolas
municipais, 04 escolas estaduais, 03 escolas particulares e 08 centros
de educação infantil, distribuídas pela área urbana e rural do município.
Conta também com um Campus Universitário, parte integrante da
Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI, no qual são oferecidos os
Cursos de Administração, Direito e Pedagogia, além de uma unidade
do SENAI que oferece cursos técnicos, de aprendizagem industrial e
de qualificação.
Figura 7.73 – Escola de Educação
Básica Alexandre Ternes Filho. Data: 22/04/2013.
Figura 7.74 – Centro de Educação Infantil Eneide Mannrich do Santos.
Data: 22/04/2013
7.3.5 Infraestrutura
7.3.5.1 Transporte
A região em estudo encontra-se em uma área bem localizada no
Estado de Santa Catarina, entre centros urbanos e conectadas por
importantes rodovias como a BR-101, a mais importante via de
comunicação rodoviária entre o norte e o sul do litoral catarinense,
escoando grande parte da produção, dando acesso também a
importantes portos catarinenses.
Em direção ao oeste do Estado, a SC-411 conecta-se a BR-101 no
município de Tijucas e liga as cidades de Canelinha, São João Batista
e Nova Trento ao litoral catarinense. Seu trecho final liga Nova Trento à
Gaspar, passando por Brusque. Há ainda a SC-408, rodovia de sentido
norte-sul do interior do estado, que chega a São João Batista.
Tijucas
Canelinha
Porto Belo
São João Batista
74 50
100 82
EJA
Educação InfantilMédio
EJA Presencial
Creche Pré-escola Fundamental Médio
Município
364 720 698
1.140 994 1.846
Ensino
Fundamental
Ensino Regular
828
224
2.962
7.826
7.878 1.804 2.116 322.376
28882740 04.254
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Em relação ao número de habitantes por automóvel, Canelinha e Porto
Belo são os municípios com maiores índices 3,68 hab/veículo e 3,55
hab/veículo respectivamente. Tijucas apresenta a relação de 2,76
habitantes por veículo.
Figura 7.75 – Principais rodovias de acesso para UTE Tijucas.
7.3.5.2 Segurança
Em 1998, foram inaugurados a Delegacia de Polícia Civil e o Corpo de
Bombeiros de Tijucas para incrementar a segurança pública. O
município conta ainda com o auxílio da Polícia Militar, a qual é
equipada com dez viaturas para realizar as patrulhas e atendimento à
população. O Batalhão da Polícia Militar gerencia, também, um sistema
de monitoramento urbano, composto por dez câmeras que foram
instaladas para auxiliar o serviço de fiscalização e combate à violência.
Figura 7.76 – Corpo de Bombeiros de
Tijucas.
Fonte: Prefeitura Municipal de Tijucas.
Figura 7.77 – Batalhão da Polícia
Militar.
Fonte: Prefeitura Municipal de Tijucas.
7.3.5.3 Energia
7.3.5.3.1 Energia Elétrica
Os municípios em estudo são atendidos pela CELESC – Centrais
Elétricas de Santa Catarina, que atua ainda na maior parte dos
municípios catarinenses, levando e gerando eletricidade para cerca de
2,4 milhões de unidades consumidoras.
Tijucas abriga uma subestação de transmissão e distribuição de
energia elétrica da CELESC as margens da rodovia SC-411, com
tensão de 138 kV, e abastece as cidades de Nova Trento, São João
Batista, Canelinha, Major Gercino e Governador Celso Ramos.
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Figura 7.78 – Subestação de Energia Elétrica SE Tijucas.
Fonte: Google Street View, 2013
Em Tijucas, segundo dados da CELESC, entre os anos de 2004 e 2008
houve um aumento de 15% no número de unidades consumidoras de
energia elétrica e um aumento de 13,6% no consumo total de energia
elétrica. Isso fez com que a média de consumo anual per capita caísse
em 1,2% no período, conforme a tabela a seguir.
No que se refere ao consumo por categoria, a industrial e a residencial
entre os municípios em estudo, são as categorias que mais consomem
energia.
7.3.5.3.2 Gás Natural
O município de Tijucas é atravessado o Gasoduto Bolívia-Brasil, via de
transporte de gás natural entre a Bolívia e o Brasil com 3.150 km de
extensão, destes, 2.593 km encontram-se em território brasileiro
(trecho administrado pela TBG) e 557 km em território boliviano (trecho
administrado pela GTB).
Figura 7.79 – Estação de Entrega de
Gás Natural do Gasoduto Bolívia/Brasil – TBG Tijucas.
Data: 17/03/2011
Figura 7.80 – Estação de Entrega de Gás Natural – SCGÁS Tijucas. Data:
17/03/2011
O ponto de distribuição de Tijucas está em funcionamento desde junho
de 2000, apresentou em 2011, segundo dados da Agência Nacional de
Petróleo, uma média de movimentação de 196.000 m³/dia de gás
natural. Atualmente, segundo dados da SC Gás, o grande usuário de
gás natural do município de Tijucas é a Cerâmica Portobello, que
consome cerca de 160.000 m³/mês, classificando-se como um dos
cinco maiores consumidores de gás natural do estado.
7.3.5.4 Saneamento Básico
7.3.5.4.1 Abastecimento de Água
O serviço de abastecimento de água na área de estudo ocorre de
forma diferenciada. No município de Tijucas, a empresa responsável é
a SAMAE – Serviço Autônomo de Água e Esgoto; em Porto Belo, o
serviço é de responsabilidade da CONASA – Companhia Nacional de
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Saneamento; em Canelinha o é oferecido pela SEMAIS - Serviço
Municipal de Água, Infra-estrutura, Saneamento Básico; e São João
Batista conta com a SISAM - Serviço de Infra-Estrutura, Saneamento e
Abastecimento de Água Municipal.
A água captada pela empresa SAMAE de Tijucas, provém de um
manancial no Rio Itinga, e é levada por adutoras até a Estação de
Tratamento localizada no Porto de Itinga, recebendo tratamento por
filtração e desinfecção, e posteriormente distribuída à população. Em
relação ao consumo de água da UTE, a vazão média de captação
corresponderá a 140 m³/h (0,04 m³/s), o que representa apenas 0,1%
da vazão média do rio Tijucas. Nesta demanda estão previstas o uso
de água potável, de combate a incêndios, de resfriamento, de make-up
e desmineralizada.
7.3.5.4.2 Esgoto
Entre os municípios catarinenses em estudo, apenas Tijucas possui
rede de coleta de esgoto, de responsabilidade da empresa SAMAE. Os
demais municípios utilizam principalmente de fossa séptica e fossa
rudimentar para o destino de seu esgoto.
7.3.5.4.3 Resíduos Sólidos
Os resíduos sólidos gerados nos municípios de Tijucas e Porto Belo
têm como destino o aterro sanitário de Biguaçu, sob responsabilidade
da empresa Proactiva.
O serviço de limpeza pública nos municípios em responsabiliza-se pela
maior parte do destino final dos resíduos sólidos nos municípios, como
mostra a tabela a seguir. Cerca de 95% do que é gerado nos
municípios de Porto Belo, Tijucas e São João Batista, é coletado pelo
serviço de limpeza. Em Canelinha, 36% dos resíduos sólidos gerados
são depositados em caçambas e posteriormente coletados.
7.3.6 Aspectos Econômicos
7.3.6.1 Balança Comercial
Em uma visão geral, a região em estudo apresentou um saldo negativo
de US$ 53.788.362, em que o setor industrial é o principal responsável
por este saldo. Dos municípios em estudo, que tiveram dados
disponibilizados, apenas São João Batista teve saldo positivo na
balança comercial durante o ano de 2012. Este saldo, positivo das
exportações esta relacionado à produção de calçados, principal
atividade econômica do município.
O cenário de importações em 2012, entre os anos analisados foi o mais
expressivo para o município de Tijucas. O município tem como principal
atividade econômica a indústria da cerâmica. Segundo dados da
Associação Comercial e Industrial de Tijucas – ACIT, os três principais
países de destino das exportações de 2008 do município foram:
Estados Unidos, Argentina e Paraguai.
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As empresas exportadoras de maior relevância destaca-se a Portobello
S.A., uma das maiores empresas de revestimentos cerâmicos da
América Latina, com faturamento anual superior a R$ 500 milhões,
conforme site da empresa.
Gráfico 7.8 – Balança Comercial de Tijucas – Período 2008/2012.
7.3.6.2 Empresas e Empregos
Em âmbito regional, Tijucas é o município com a maior concentração
de empresas formalmente cadastradas, concentrando 36% destas,
empregando 9.041 trabalhadores assalariados, isso corresponde a
29% da população do município em 2010. De acordo com o SEBRAE
2008, a maioria destas empresas (93,3%), caracteriza-se como
microempresas, responsáveis por 31,3% dos empregos formais
existentes nos municípios.
Em 2011, as atividades de maior destaque em geração de empregos
formais na região, assim como no estado, é a indústria de
transformação. Regionalmente emprega 26% da população. Outras
atividades que despontam é comércio (11%) e serviços (8%).
7.3.6.2.1 Setor Primário
O setor primário se sobressai entre os setores da economia na região
em estudo, representado em grande parte pela agricultura de caráter
familiar. Em relação aos produtos cultivados em 2011, destacam-se as
culturas de arroz, feijão, fumo, mandioca e milho, com a maioria das
culturas de lavouras temporárias.
O arroz detém 77% da área total plantada na região. Neste cenário,
Tijucas é o município com maior área plantada com arroz e de
produção mais notória, o qual dedica 8% da área total do município a
esse plantio e detém 78% da quantidade total produzida pela região.
Apesar deste setor se destacar, é o que menos agrega empregos
formais, concentrando 0,6% dos empregos. Isso ocorre provavelmente
porque há na região o forte desenvolvimento de agricultura familiar.
7.3.6.2.2 Setor Secundário
O setor secundário representa uma das frentes mais expressiva em
contratação de mão-de-obra na região do Vale do Rio Tijucas, em
especial a atividade industrial. Segundo SEBRAE 2008, o setor
empregou 47% dos trabalhadores de Tijucas.
2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012
Exportações 59.223.52 49.305.97 44.447.98 24.986.50 27.112.97 27.071.08 27.511.36
Importações 2.447.408 4.296.207 15.594.40 17.173.38 34.909.64 61.164.81 81.793.58
Saldo 56.776.11 45.009.77 28.853.58 7.813.121 -7.796.66 -34.093.7 -54.282.2
-80
-60
-40
-20
0
20
40
60
80
100
US$
Mil
hõ
es
Balança Comercial de Tijucas
RIMA – Usina Termelétrica Tijucas. Responsável Técnico: Geol. Erik Wunder – CREA/SC 074327-0 Página 98
A fabricação de produtos cerâmicos foi responsável pela maioria
destes empregos com 2.100 funcionários em 48 empresas, seguido da
fabricação de artigos de vestuário que empregou 210 funcionários e a
fabricação de calçados com 172 empregos em 9 empresas. O parque
industrial é composto no geral de pequenas e médias empresas,
totalizando, em Tijucas, 323 empresas.
7.3.6.2.3 Setor Terciário
Este setor está em expansão na região, tanto em termos econômicos,
quando analisada sua participação no PIB regional, quanto em termos
de mão-de-obra formal, concentrando 52% dos empregos. Em Tijucas
o número de empresas no comércio é de 1.671 e no setor de serviços
2.187, o que representa 77% das empresas do município.
Destacam-se neste caso, os serviços relacionados a transporte
rodoviário de carga que empregou em 2008, segundo SEBRAE, 265
trabalhadores em 77 empresas, e os restaurantes e outros serviços de
alimentação e bebidas que empregou 177 pessoas em 66 empresas.
Ainda, é relevante o número de empresas e empregos relacionados ao
comércio varejista de equipamentos de informática e comunicação, e o
comércio varejista de material de construção.
7.3.7 Turismo
O turismo nas cidades do Vale do Rio Tijucas é marcado por atrativos
naturais, praias, festas, turismo de aventura, turismo religioso e locais
de importância histórica.
Figura 7.81 – Casarão Galotti
Fonte: Prefeitura Municipal de Tijucas
Figura 7.82 – Avenida Beira Rio
Fonte: Prefeitura Municipal de Tijucas
Figura 7.83 – Ilha de Porto Belo.
Fonte: Guia SC, 2013.
Figura 7.84 – Igreja Matriz de Porto
Belo.
Fonte: Guia SC, 2013.
RIMA – Usina Termelétrica Tijucas. Responsável Técnico: Geol. Erik Wunder – CREA/SC 074327-0 Página 99
Figura 7.85 – Morro do Rolador.
Fonte: Prefeitura Municipal de Canelinha.
Figura 7.86 – Sítio Harmonia Natural.
Fonte: Prefeitura Municipal de Canelinha.
Tijucas apresenta diversidade cultural e geográfica, com bairros de
açorianos, negros, italianos. Num passeio pelo município, o Centro
Cultural Harry Laus, o Casarão da Família Galotti e antigos estaleiros
revelam influências de diferentes etnias que formaram Tijucas:
açorianos, italianos e negros.
Entre as atrações naturais destacam-se as cachoeiras, grutas, rio e
mar, como o Salto do rio Tijucas, uma queda d'água com 80m de
altura; o Salto Encanto, com seus 30m; a Gruta da Pedra do Xandoca,
que esconde um pequeno córrego bem no centro. Há também no
centro da cidade a Avenida Beira Rio lugar de caminhadas e ponto de
visitação com vista para o Rio Tijucas.
7.3.8 Pesquisa de Campo
A pesquisa de campo contou com um montante total de 48
questionários, o que se considera uma amostra representativa do total
da população em estudo, avaliada como válida, pois apresenta as
mesmas características gerais da população da qual foi extraída. As
residências visitadas concentram-se principalmente na localidade de
Nova Descoberta, região que conforme o Plano Diretor Participativo de
Tijucas, identificadas como Macrozona de Expansão Urbana 2 e
Macrozona Rural de Terra Nova.
Partindo-se da influência das condições atmosféricas da área e a
concentração da população vizinha ao empreendimento, considerou-se
um raio de 1km a partir deste, para a realização da pesquisa de campo.
Para melhor identificar os locais visitados organizou-se as áreas em
estudo em quatro (04) setores como podem ser visualizados na.
O resultado dos questionários aplicados permitiu traçar o perfil da
população sobre aspectos socioeconômicos, saúde e opinião sobre o
empreendimento.
O quadro a seguir demonstra, resumidamente, os resultados dados
obtidos por meio dos questionários realizados nos 18 domicílios
visitados.
Quadro 7.9- Resumo dos dados coletados no Diagnóstico Socioambiental
RIMA – Usina Termelétrica Tijucas. Responsável Técnico: Geol. Erik Wunder – CREA/SC 074327-0 Página 100
Figura 7.87 - Realização de entrevistas quantitativas com os moradores da
localidade de Nova Descoberta. Data: 17/06/2013
164 moradores
3,42 moradores por domicílio
Renda média familiar R$ 1.914,58
71% alvenaria
15% mista
15% madeira
62% menos de 10 anos
32% entre 11 e 30 anos
6% mais que 30 anos
Procedência 100% CELESC
2% falta regularmente
60% falta com alguma frequência
38% falta raramente
55% proveniente da rede
45% proveniente de fonte ou poço
14% rede de coleta
8% a céu aberto
78% fossa séptica
27% do lixo é separado
85% é coletado pelo município
19% Hospital
77% Posto de Saúde
Fumantes 23% das residências com fumantes
Influência do local da residência 8% considera que influencia na saúde
Principal meio de transporte 61% carro
Transporte Público 98% das residências são servidas de ônibus
Condição das Estradas 55% considera boa
Roubos e Assaltos 50% de ocorrência
80% católica
16% evangélica
100% aprovam
85% não vêem problema quanto a implantaçãoAprovação
Falta de Energia
Abastecimento de água
Esgotamento sanitário*
Segurança
Religião
Opinião sobre a UTE Tijucas
Lixo Domiciliar
Saúde
Em caso de doença
Transporte e Circulação
Religião
Saneamento
Demografia
População
Rendimentos
Tempo de residência local
Uso de Energia Elétrica
Domicílio
Tipo de construção
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Figura 7.88 - Setorização das áreas destinadas à aplicação dos questionários.
7.3.8.1 Análise dos Dados
As famílias visitadas têm em média 3,42 pessoas por domicílio,
apresentando-se de acordo com IBGE, 2010, acima da média de Santa
Catarina, que é de 2,58 pessoas por domicílio.
No que se refere caracterização da composição familiar, procurou-se
identificar informações sobre faixa etária, sexo, estado civil,
escolaridade e atividades atualmente desenvolvidas pelos moradores.
Sobre a renda mensal, obteve-se uma média salarial de R$ 1.914,58
por residência. A renda provém em sua maioria da atividade industrial,
representando 60% das atividades desenvolvidas pelos moradores
entrevistados.
Entre as principais atividades econômicas desenvolvidas estão as
industriais de cerâmica, calçados e a facção têxtil. 30%
63%
7%
Faixa Etária
Jovens - 0 a 19 anos
Adultos - 20 a 59 anos
Idosos - a partir de 60 anos
52%
48%
Distribuição por Sexo
Homens
Mulheres
1%
62%26%
2%9%
Escolaridade
Pré-escola
Ensino Fundamental (Regular)
Ensino Médio (Regular)
Ensino Superior
Sem escolaridade
18%
57%
16%
9%
Atividade Atual
Estudante
Trabalhador
Não trabalha
Aposentado
R$ -
R$ 1.000,00
R$ 2.000,00
R$ 3.000,00
R$ 4.000,00
R$ 5.000,00
R$ 6.000,00
1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31 33 35 37 39 41 43 45 47
Renda Mensal
RIMA – Usina Termelétrica Tijucas. Responsável Técnico: Geol. Erik Wunder – CREA/SC 074327-0 Página 102
Dos Dos 48 domicílios entrevistados, a grande maioria, 34 residências
são de alvenaria, o que equivale a 71% do total, o restante, sete (07)
são mistas e outras sete (07) são totalmente de madeira. Quanto ao
número médio de cômodos dos domicílios, a maioria das residências
possui 6 ou mais cômodos e, em sua totalidade, o sanitário encontra-se
no interior da residência.
Figura 7.89 - Exemplos de residências nas quais foram realizadas entrevistas.
Data: 17/06/2013.
Grande parte dos moradores entrevistados reside há menos de 10
anos no local e 3 famílias moram há mais de 31 anos.
Em relação aos benefícios sociais do governo, a maioria das famílias,
78% não recebe assistência. Entre as famílias que recebem auxílio,
nove (09) delas recebem benefícios ligados à saúde, como
medicamentos controlados, duas (02) recebem auxílio do programa
Bolsa Família, e outras duas (02) do programa Minha Casa Minha Vida.
Sobre o acesso à energia elétrica, 100% das residências visitadas
utilizam a rede distribuída pela CELESC.
0
5
10
15
20
25
30Principal Atividade Econômica
Comércio
Aposentado
Indústria
0
5
10
15
20
25
30
35
0 - 10 anos 11- 20 anos 21 - 30 anos 31 - mais
Tempo de Moradia
22%
78%
Recebe Benefício Social
Sim
Não
RIMA – Usina Termelétrica Tijucas. Responsável Técnico: Geol. Erik Wunder – CREA/SC 074327-0 Página 103
Quando questionados sobre a água, 55% dos residentes responderam
que consomem água proveniente da rede pública de abastecimento,
sendo, em algumas residências, a água oferecida pela companhia de
SAMAE.
Sobre a destinação do esgoto doméstico, conforme a população
entrevistada constatou-se que 78% das residências utilizam da fossa
com sumidouro para o destino final de seus efluentes, 14% dispõem o
esgoto a céu aberto em pequenos córregos ou valas e 8% das
residências são atendidas pela rede. Entretanto, de acordo com
informações da SAMAE, a comunidade não é servida pela rede de
esgoto.
Os resíduos sólidos secos frequentemente são queimados. A maioria
dos entrevistados salienta não é atendida pelo serviço de coleta de
resíduos da SELUMA, recorrendo a soluções individuais em suas
propriedades.
Entre os meios de comunicação e de transporte, os gráficos a seguir
demonstram a atual situação dos entrevistados.
Muitas foram as reclamações em relação aos constantes acidentes
envolvendo automóveis, à falta de fiscalização e sinalização. As
estradas secundárias, perpendiculares a SC-411, não são asfaltadas, o
que leva a descontentamento da população quanto à poeira, a buracos,
e a lama em dias de chuva.
Quanto à saúde, os entrevistados declararam que preferem a utilização
do posto de saúde em relação ao hospital. A maior parte da população
(77%) vai ao médico com regularidade. Dos que realizam visitas
regulares, geralmente recorrem ao auxílio médico porque necessitam
de medicamentos específicos ou precisam de acompanhamento
0
10
20
30
40
50
60
Meios de ComunicaçãoTelevisão
Rádio
Telefone fixo
Internet
Celular
Sinal de Celular
Parabólica/TV a Cabo
61%
35%
4%
Meios de Transporte
Carro
Ônibus
Motocicleta
55%24%
21%
Condição das Estradas
Boa
Regular
Péssima
29%
71%
Presença de Ruídos
Sim
Não
RIMA – Usina Termelétrica Tijucas. Responsável Técnico: Geol. Erik Wunder – CREA/SC 074327-0 Página 104
periódico do quadro. Em relação ao tipo de auxílio utilizado, a maior
parte recorre ao Sistema Único de Saúde – SUS.
Quando questionado sobre a existência de familiares que necessitam
de cuidados médicos especiais, dois (02) casos foram identificados.
Quanto ao quadro de doenças e epidemias, há predominância em
doenças do sistema circulatório, como pode ser visualizado no gráfico
a seguir. Na categoria “outros”, lista-se: bronquite, problemas renais,
problemas de coluna, artrose e colesterol alto.
No que tange ao tabagismo, 25% do total de famílias visitadas possui
algum fumante entre seus residentes.
Em síntese, quando perguntado da influência do local de trabalho na
saúde dos moradores, 15% alegaram que pode haver alguma
influência. Entre as interferências do ambiente foram citados problemas
de respiração em pessoas que trabalham nas fábricas de cerâmica e
problemas ortopédicos em outros empregos.
Quanto à possível influência do ambiente na saúde dos moradores, 6%
deles acreditam que exista alguma relação. Entre as causas citadas
estão a poluição do ar, e a demora na coleta de resíduos nas
proximidades de suas casas.
Em referência às informações sobre segurança, 50% dos moradores
entrevistados disseram que o bairro sofre de problemas relacionados a
roubos. Muitos deles atribuíram o motivo à vinda de novos moradores à
região, e ao aumento do consumo de substâncias ilícitas.
Na abordagem sobre religião, 80% das famílias entrevistadas seguem
a religião Católica, outros 16% são evangélicos, e 4% têm outra religião
ou são ateus. Como atividade de lazer, a maioria das pessoas visita os
parentes e vizinhos, vão a bailes e festas da igreja, praticam esportes,
pesca, fazem passeios.
Também houve o questionamento a cerca da opinião dos moradores
sobre o empreendimento. Neste momento foi exposto de maneira
77%
19%
2% 2%
Estabelecimento de Saúde utilizado
Posto de Saúde
Hospital
Farmácia
Clínica94%
6%
Tipo de Auxílio
SUS
Plano Privado
0
5
10
15
20
25
Problemas de Saúde
Pressão
Coração
Gripe e Resfriado
Rinite alérgica
Dor de cabeça
Asma
Diabetes
Outros
RIMA – Usina Termelétrica Tijucas. Responsável Técnico: Geol. Erik Wunder – CREA/SC 074327-0 Página 105
sucinta informações sobre a UTE Tijucas, bem como seu
funcionamento e função na matriz energética. A maioria dos
entrevistados não tinha conhecimento sobre a implementação da UTE
Tijucas. A visão da população entrevistada em relação à implantação
da usina mostrou-se positiva, variando as respostas de boa à regular
em todos os casos. Ainda, 85% dos entrevistados não vêem problemas
quanto à instalação da usina na região.
As expectativas em relação ao empreendimento, no geral, foram
positivas e relacionam-se principalmente à geração de novos
empregos. Outro ponto ressaltado foram as possíveis melhorias que a
usina pode trazer à cidade, como no fornecimento de energia elétrica,
uma redução dos custos, e melhorias estruturais para o município.
As expectativas negativas em relação à implantação da UTE Tijucas
abrangem aspectos relacionados principalmente a um possível
aumento da poluição do ar na região, a perigos de vazamentos de
gases e incêndio nas instalações do empreendimento, e a um possível
acréscimo de ruídos e odores.
Efetivamente, com a realização dos questionários foi possível conhecer
parte da população residente na área em torno do empreendimento,
seus questionamentos e expectativas acerca da UTE Tijucas. Além
disso, ficou clara a insatisfação dos mesmos no que se refere à
segurança das rodovias e os ruídos por ela gerados, acentuada nas
moradias mais próximas à SC-411. Soma-se a isso, o desagrado por
parte de todos os moradores entrevistados à situação atual do
transporte público, pois alguns horários foram excluídos. Apesar de em
um primeiro momento, a população apresentar pouco conhecimento a
cerca do empreendimento, mostrou interesse no assunto e reagiu
positivamente quando se abordava o tema geração de energia elétrica.
Houve ainda comentando sobre as possíveis melhorias que o
empreendimento poderia trazer atrelados à redução dos custos, e
melhorias estruturais para o município.
RIMA – Usina Termelétrica Tijucas. Responsável Técnico: Geol. Erik Wunder – CREA/SC 074327-0 Página 106
8 AVALIAÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS
8.1 Metodologia Identificação de Impactos Ambientais
A análise dos impactos baseou-se nos critérios da resolução CONAMA
001/86. Além disso, foram adotadas as metodologias espontâneas,
sobreposição de mapas, matrizes de correlação, redes de interação e
modelos de simulação.
8.1.1 Metodologias espontâneas (Ad Hoc)
Estas metodologias baseiam-se no conhecimento empírico dos
profissionais no assunto em questão. Realizam-se reuniões, com a
finalidade da obtenção de respostas integradas, aliadas ao
desenvolvimento de estudos, reconhecimentos de campo e
conhecimento técnico do empreendimento.
8.1.2 Sobreposição de mapas (Overlay mapping)
Com auxílio de ferramentas SIG (sistema de informações geográficas),
confecciona-se uma série de mapas temáticos para abordar diversos
temas de impactos ambientais e auxiliar na análise espacial dos
mesmos.
8.1.3 Matrizes de correlação
Têm como objetivo principal correlacionar ações com fatores
ambientais, de forma a identificar o impacto e consequências que uma
ação implica no meio ambiente. (relação de causa e efeito). Utilizou-se
para tanto a Matriz de Leopold, que consiste em identificar as possíveis
interações entre ações e fatores, para então quantificar cada potencial
impacto nos meios Biótico, Físico e Socioeconômico.
8.1.4 Redes de interação (Networks)
De maneira semelhante às matrizes de correlação, entretanto com o
objetivo de identificar relações de antecedência e precedência entre as
ações e os impactos consequentes, as redes fazem uso de métodos
gráficos (fluxograma) para identificar e estabelecer a sequência de
impactos derivada de uma determinada intervenção.
8.1.5 Modelos de simulação
Para analisar a dinâmica dos sistemas ambientais e as interações entre
os diversos fatores envolvidos com maior precisão, fez-se uso de
modelos matemáticos computacionais para representar o
comportamento ambiental e relações de causa e efeito derivadas do
projeto, à medida que a tecnologia atual e dados disponíveis permitem.
8.1.5.1 Modelo de dispersão atmosférica
Para a determinação dos impactos ambientais associados à dispersão
de poluentes atmosféricos emitidos pela chaminé da UTE Tijucas,
realizou-se um estudo de modelagem matemática de dispersão
atmosférica de poluentes utilizando o modelo AERMOD.
Com o resultado obtido pelo modelo verificou-se que os valores mais
elevados, deram-se em especial ao Norte e ao Sul da usina, em áreas
RIMA – Usina Termelétrica Tijucas. Responsável Técnico: Geol. Erik Wunder – CREA/SC 074327-0 Página 107
pontuais mais próximas a morros, exatamente por estas formarem
barreiras à dispersão dos poluentes tendo em vista o regime de ventos
da região. Além disto, foram observadas concentrações mais elevadas
também no entorno da fonte emissora devido às condições de ventos
calmos.
8.1.5.2 Modelo de Propagação de Ruídos
As medições realizadas conforme legislação pertinente e serviram para
caracterizar os níveis de pressão sonora atual nas proximidades do
empreendimento, os quais se deram por meio de simulação da
propagação do ruído de fundo, considerando a sua atenuação ao longo
da distância. Além disso, foram coletados dados na parte externa aos
limites da área em estudo, para a obtenção de uma referência, e,
assim, possibilitar a análise da contribuição dos ruídos da vizinhança.
Os resultados encontrados indicaram que há considerável influência de
fontes geradoras externas de ruído, como o trânsito de veículos leves e
pesados, ação do vento, aves e insetos, promovendo níveis
relativamente elevados de pressão sonora do ambiente.
RIMA – Usina Termelétrica Tijucas. Responsável Técnico: Geol. Erik Wunder – CREA/SC 074327-0 Página 108
Rela
ções I
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Segura
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Projeto Planejamento e atividades de campo - . + .Contratação de mão de obra - - - - + -Implantação e operação do canteiro de obras - - - - - - - - - - - + - -Preparo da área (Escavação das fundações) - - - . . - - - - - + - -Obras civis - . - - - - + - -Obras de montagem industrial - - - - + - -Desmobilização do Canteiro de Obras - - - - - + - +Contratação de mão de obra - - - - - + -
Admissão do gás natural +
Queima do combustível . -Geração de Energia (Turbina - Gás) - + +Tratamento dos Gases + + + +Liberação de Gases pela Chaminé . - - - -Suprimento de Água no Sistema - .Alimentação da Caldeira de Recuperação -Transformação de Estado da Água - Vapor . -Geração de Energia (Turbina - Vapor) - + +Condensação do Vapor -Retorno da Água para o Sistema + +Operação, Manutenção e Monitoramento + + - - + -Retorno de Água para o Rio + +Encerramento das Atividades . + + + + + + + + + - - -Desmontagem industrial e Civil - - - - - - + -Limpeza e recuperação da área + + + + - + - + - +
Desativação
Socioeconômico
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RIMA – Usina Termelétrica Tijucas. Responsável Técnico: Geol. Erik Wunder – CREA/SC 074327-0 Página 109
8.2 Identificação, Descrição e Avaliação de Impactos
A identificação dos potenciais impactos baseou-se nas interferências
do empreendimento sobre os fatores e aspectos ambientais dos meios
físico, biótico e socioeconômico. Tais interferências apresentam-se nas
seguintes fases do empreendimento:
• Ações durante a fase de planejamento;
• Ações durante a fase de implantação;
• Ações durante a fase de operação e
• Ações durante a fase de desativação.
Para tanto foram considerados os limites espaciais anteriormente
estabelecidos para as áreas de abrangência do estudo. A partir da
identificação dos possíveis impactos, classificaram-se as interferências
como negativas e/ou positivas utilizando-se de diretrizes metodológicas
para tal avaliação.
Ademais, aplicaram-se métodos e técnicas para qualificação dos
impactos, permitindo uma melhor análise e diferenciação entre mais ou
menos significativos. Realizaram-se ainda reuniões multidisciplinares,
visando uma melhor avaliação de tais impactos, suas respectivas
medidas mitigadoras e compensatórias, e, programas ambientais.
8.3 Caracterização dos Impactos Ambientais
Após a identificação e análise dos impactos realizados, os impactos
ambientais foram caracterizados de acordo com os seguintes critérios:
Natureza do Impacto (Positivo ou Negativo)
Forma Como se Manifesta o Impacto (Direta ou Indireta)
Duração do Impacto (Permanente, Temporário ou Cíclico)
Temporalidade da Ocorrência do Impacto (Curto, Médio ou
Longo Prazo)
Reversibilidade (Reversível ou Irreversível)
Magnitude (Alta, Média ou Baixa)
Abrangência
Importância (Alta, Média ou Baixa)
Para caracterização de cada impacto neste estudo, contou-se com a
análise de 7 (sete) atributos de caráter qualitativo, e, a partir da
compreensão dos mesmos, pode-se avaliar globalmente o
empreendimento.
8.3.1 Fase de Planejamento
8.3.1.1 Meio Socioeconômico
a. Geração de Expectativas
Durante o planejamento, as atividades correspondem aos
levantamentos de campo, aplicação de questionários e estudos
RIMA – Usina Termelétrica Tijucas. Responsável Técnico: Geol. Erik Wunder – CREA/SC 074327-0 Página 110
necessários à elaboração do projeto básico do empreendimento. É
nesta fase que se dá início à geração de expectativas da população
O fato de não ser necessária à realocação de famílias, instalação de
alojamentos e nem a supressão de vegetação, é visto como um
impacto positivo. No que tange a expectativa da administração
municipal de Tijucas, também é classificado como positivo, por conta
da geração de energia e a arrecadação de tributos. E ainda é
considerado positivo pela população devido à geração de empregos e
seus efeitos na economia, como a dinamização do mercado imobiliário.
Como impacto negativo, deve-se ressaltar a possibilidade de geração
de conflitos pessoais atrelados aos impactos gerados pelo
empreendimento.
Considera-se, portanto, um impacto positivo/negativo.
Quadro 8.1– Classificação do Impacto de Geração de Expectativas.
Medidas recomendadas:
Realizar ações de Comunicação Social e publicar com maior
abrangência a data de ocorrência da Audiência Pública.
b. Interferência na Arqueologia
O terreno destinado à implantação possui atividade licenciada de lavra
de argila, portanto qualquer interferência na arqueologia local não será
de grande magnitude. Ademais, realizou-se estudos de diagnóstico
arqueológico, condicionados pelo Instituto do Patrimônio Histórico e
Artístico Nacional (IPHAN) sob Protocolo n° 01510.002318/2012-80.
As alterações na arqueologia são consideradas como impacto
positivo/negativo e se manifestam de forma direta. Classifica-se como
positivo, uma vez que a realização de estudos arqueológicos na área é
visto como uma descoberta de novos insumos para arqueologia, e,
negativo, pois a construção de qualquer empreendimento é
considerada como uma ameaça ao patrimônio arqueológico.
Quadro 8.2 - Classificação do Impacto de Interferência na Arqueologia
Medidas recomendadas:
Apresentação ao IPHAN do Diagnóstico do Patrimônio Arqueológico
para a implantação de uma Usina Termoelétrica – UTE Tijucas, de
caráter não interventivo.
Positivo/
NegativoIndireta Temporário Curto Prazo Reversível AII Alta Alta
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Positivo/
Negativo Direta Temporária Curto Prazo Irreversível ADA Baixa Baixa
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8.3.2 Fase de Implantação
8.3.2.1 Meio Físico
a. Alteração no Nível de Pressão Sonora
Com a instalação da UTE são previstos ruídos normalmente intensos,
constantes, intermitentes e vibrações provenientes de equipamentos,
como os utilizados para limpeza do terreno, escavações, aberturas de
valas. Além destes, também serão ouvidos ruídos das fundações,
obras civis e montagem de equipamentos. Os efeitos dos ruídos serão
sentidos pelos operários e moradores vizinhos às estradas, entretanto,
serão atenuados, pois a edificação mais próxima ao empreendimento
localiza-se a aproximadamente 300 metros.
Conforme do estudo de ruído, devem ser considerados em seu
resultado a interferência de fontes geradoras de ruídos, como as
rodovias, presença de vento, e animais silvestres.
O aumento dos níveis de pressão sonora é visto como um impacto
negativo de baixa importância e baixa magnitude.
Quadro 8.3 - Classificação do Impacto de Alteração dos Níveis de Pressão Sonora
Medidas recomendadas:
Implantar um Programa de Monitoramento de Ruídos
b. Alteração da Disponibilidade Hídrica
A alteração na disponibilidade hídrica na fase de implantação está
relacionada ao consumo de água pelos funcionários no canteiro de
obras, refeitórios, cozinha, vestiários e banheiros. Estima-se um
consumo de 150 litros por funcionário a cada dia, totalizando-se um
valor médio de 34500 litros/dia, dado que a estimativa máxima é de
230 trabalhadores. A água para abastecimento do canteiro de obras
será obtida junto à concessionária municipal de Tijucas – SAMAE.
Quadro 8.4 - Classificação do Impacto de Alteração da Disponibilidade Hídrica
Medidas recomendadas:
Implantar um Programa de Supervisão e Gestão Ambiental,
Programa de Controle Ambiental, Programa de Prevenção e
Controle de Processos Erosivos e Programa Monitoramento da
Qualidade da Água Superficial e subterrânea.
Negativo Direta Temporário Curto Prazo Reversível Local* Baixa Baixa
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Negativo Direta Temporário Curto Prazo Reversível AII Baixa Baixa
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RIMA – Usina Termelétrica Tijucas. Responsável Técnico: Geol. Erik Wunder – CREA/SC 074327-0 Página 112
c. Alteração da Qualidade da Água
A alteração na qualidade da água é oriunda principalmente do canteiro
de obras pelos funcionários, tanto na cozinha/refeitórios, como
vestiários e banheiros. Prevê-se para a construção da usina um
período de aproximadamente 15 meses, com estimativa máxima de
230 trabalhadores.
Para os trabalhadores do canteiro de obras haverá a instalação de
sanitários que contará com um sistema simples de tratamento de
efluentes. Estimou-se, conforme a NBR13969/97, uma contribuição
unitária de esgoto por dia correspondente a 80 litros por funcionário,
resultando em um valor total de 18.400 litros/dia.
A geração de resíduos sólidos também é inerente à etapa construtiva,
e, embora sejam limitados os impactos ao corpo hídrico pela distância
do empreendimento (2,8 km do Rio Tijucas), é importante considerar
alguns casos isolados, como o impacto na escavação de vala para a
tubulação de captação de água. Neste caso, poderá alterar
minimamente de forma temporária a cobertura do solo, e,
consequentemente o padrão de escoamento superficial.
Deve-se levar em conta o risco de infiltração no solo e contaminação
do lençol freático, no caso de má disposição dos resíduos ou
vazamento acidental dos efluentes.
Quadro 8.5 - Classificação do Impacto de Alteração da Qualidade da Água
Medidas recomendadas:
Implantar um Programa de Supervisão e Gestão Ambiental,
Programa de Controle Ambiental, Programa de Prevenção e
Controle de Processos Erosivos e Programa Monitoramento da
Qualidade da Água Superficial e Subterrânea.
d. Alteração na Qualidade do Ar
Nesta fase, as atividades com maior possibilidade de alteração da
qualidade do ar são a movimentação de terra e tráfegos de veículos
pesados, pois o acesso direto ao empreendimento atualmente não
possui pavimento, e apresenta fluxo constante de caminhões devido
às atividades de transporte de cerâmica e olarias desenvolvidas na
região. O manuseio, pulverização e abrasão do solo também resultam
em maior exposição das partículas à ação dos ventos.
O fato de incrementar os níveis de poluição atmosférica configura o
impacto como negativo, de duração temporária, visto que se considera
apenas a etapa de obras, e a temporalidade de ocorrência é de curto
prazo, por encerrar juntamente com o final das obras.
Negativo Direta Temporário Curto Prazo Reversível AID Média Alta
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RIMA – Usina Termelétrica Tijucas. Responsável Técnico: Geol. Erik Wunder – CREA/SC 074327-0 Página 113
Quadro 8.6 - Classificação do Impacto de Alteração da Qualidade do ar
Medidas recomendadas:
Implantar um Programa de Supervisão e Gestão Ambiental e
Programa de Prevenção e Controle de Processos Erosivos.
e. Geração de Processos Erosivos
Na fase inicial de construção civil da UTE Tijucas, ocorrerá um ajuste
mínimo das estradas, do terreno e implantação da fundação, entretanto
é o período em que ocorrerão as maiores movimentações de terra. No
terreno de implantação do empreendimento atualmente realiza-se a
atividade de Lavra de Argila. Neste contexto, as movimentações de
terra para a implantação da usina serão mínimas, e devem ser
adotadas medidas como a implantação de sistemas de drenagem e
antecipação das contenções e proteções definitivas dos taludes e
revegetação.
O padrão de escoamento superficial, nesta fase pode desencadear
deposição de sedimentos, uma vez que o solo da região é
relativamente propício à erosão, entretanto terá pouca contribuição,
devido ao terreno ser plano e necessitar de poucos ajustes.
Quadro 8.7 – Classificação do Impacto de Geração de Processos Erosivos
Medidas recomendadas:
Implantar um Programa de Supervisão e Gestão Ambiental, Programa
de Controle Ambiental – PCA, Programa de Recuperação de Áreas
Degradadas e Programa de Prevenção e Controle de Processos
Erosivos.
8.3.2.2 Meio Biótico
f. Afugentamento de fauna
Com o início das obras de implantação da UTE Tijucas haverá uma
maior movimentação de maquinário e pessoas, o que poderá afugentar
a fauna que abriga-se atualmente nas bordas de alguns poucos
fragmentos florestais que circundam a área do empreendimento.
Entretanto, cabe-se destacar que a fauna encontrada na ADA ou em
sua adjacência imediata é formada principalmente por espécies
generalistas de habitat, e com elevada valência ecológica, e que
ocupam facilmente ambientes com influência antropogênica. Aliado a
isso, existe um fluxo constante de caminhões e movimentação de
pessoas e maquinário, devido à retirada de argila do local. Desta
Negativo Direta Temporário Curto Prazo Reversível AID Baixa Baixa
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RIMA – Usina Termelétrica Tijucas. Responsável Técnico: Geol. Erik Wunder – CREA/SC 074327-0 Página 114
forma, a fauna local não deve sentir de forma mais acentuada os
efeitos da execução do empreendimento.
Quadro 8.8 – Classificação do Impacto de Afugentamento da Fauna.
Medidas recomendada:
Implantar um Programa de Educação Ambiental
g. Atropelamento de fauna
A maior movimentação de maquinário na área de implantação do
empreendimento poderá causar eventuais atropelamentos de
elementos faunísticos, muito embora estime-se que tais encontros com
animais silvestres deverão ser muito raros, dado o elevado nível de
antropização da área de entorno do empreendimento.
Destaca-se ainda que a área atualmente apresenta-se sem cobertura
vegetal, não constituindo ambiente propício ao abrigo de elementos da
fauna local, além disso, raros são os registros de fauna dentro da ADA.
Quadro 8.9 – Classificação do Impacto de Atropelamento de Fauna.
Medidas recomendadas:
Implantar um Programa de Educação Ambiental.
8.3.2.3 Meio Socioeconômico
h. Alteração na Dinâmica Populacional
A fase de implantação é marcada pela presença do maior número de
funcionários, preveem-se para o pico da obra 230 trabalhadores.
Apesar de dar-se preferência à contratação de mão de obra da própria
região, é incontestável que ocorram alterações no cotidiano da
população.
Este contingente é pequeno se comparado à população de total de
Tijucas, que atualmente é de aproximadamente 31.000 habitantes.
Contudo a localidade de Nova Descoberta possui um contingente
populacional de possui um contingente populacional de 2.596
habitantes, com a presença mais de 230 trabalhadores, acresceria
cerca de 9% a população, o que poderia ocasionar a alteração na
dinâmica de vida dos moradores da região, principalmente na demanda
por serviços e sobrecarga da infraestrutura social.
Negativo Direta Temporário Curto Prazo Reversível ADA/AID Baixa Baixa
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Negativo Direta Temporário Curto prazo
Parcialmente/
Reversível ADA/AID Baixa Baixa
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Quadro 8.10- Classificação do Impacto da Alteração da Dinâmica Populacional.
Medidas recomendadas:
Implantar um Programa de Supervisão e Gestão Ambiental,
Programa de Comunicação Social e Educação Ambiental.
Priorizar a contratação de mão de obra local e aplicar um código de
conduta para os trabalhadores, a fim de evitar interferências negativas
sobre a população do entorno.
i. Geração de Conflitos Interpessoais
Os conflitos interpessoais ligados à fase de implantação podem ocorrer
desde divergências de opiniões até fatos ligados a segurança pública.
A mobilização da mão de obra ao local pode ocasionar desconforto aos
moradores, visto que parte da mão de obra contratada poderá ser de
fora da localidade, o que implicará em diferenças de hábitos e
costumes dos moradores locais.
Quadro 8.11 – Classificação do Impacto de Geração de Conflitos Interpessoais
Medidas recomendadas:
Implantar um Programa de Supervisão e Gestão Ambiental e
Programa de Comunicação Social e Educação Ambiental.
Priorizar a contratação de mão de obra local e aplicar um código de
conduta para os trabalhadores, a fim de evitar interferências negativas
sobre a população do entorno.
j. Alteração na Oferta de Empregos
A fase de instalação é marcada pelo maior número de contratações e
mobilização de mão de obra. Serão desenvolvidas atividades como a
terraplanagem, base civil, montagem e instalações finais do
empreendimento, totalizando máximo de 230 trabalhadores no pico de
construção.
A maioria será de cargos temporários, isto implica que parte da mão de
obra empregada será desmobilizada gradativamente.
Outro fator a mencionar é o provável aumento na procura por
atividades do setor de serviços e comércio do município, configurando-
se em um aquecimento das atividades econômicas.
Negativo Direta Temporária Curto Prazo Reversível AII Alta Alta
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Negativo Indireta CíclicoCurto/Longo
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Irreversível/
Reversível
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Quadro 8.12 – Classificação do Impacto de Alteração na Oferta de Empregos
Medidas recomendadas:
Implantar um Programa de Supervisão e Gestão Ambiental e
Programa de Comunicação Social.
Priorizar a mão de obra, serviços e empresas existentes no município.
k. Alteração no Mercado Imobiliário
Entre os fatores que contribuem para o aquecimento do mercado
imobiliário, destaca-se a valorização da localidade sob a visão de
novos empreendedores e a possível demanda na procura de imóveis
por parte do contingente de funcionários contratados. Em contrapartida,
há a possibilidade da desvalorização dos terrenos das áreas próximas
ao empreendimento destinados à residências, frente ao tipo de
atividade que será realizada pela UTE.
O incremento populacional repercutirá de forma positiva na economia
local criando novas oportunidades de empreendedorismo no mercado
de bens e serviços. Conforme o Plano Diretor de Tijucas, a área
prevista para implantação da usina está inserida na Macrozona Rural
Terra Nova e Zona de expansão Urbana 2, podendo atrair novos
empreendimentos de grande porte para a região.
Quadro 8.13 – Classificação do Impacto de Alteração no Mercado Imobiliário
Medidas recomendadas:
Programa de Supervisão e Gestão Ambiental e Programa de
Comunicação Social e Educação Ambiental.
l. Alteração na Arrecadação de Tributos/Economia
A execução da UTE Tijucas elevará à arrecadação de impostos
resultante da contratação de mão de obra, aquisição de materiais e a
manutenção equipamentos relacionados direta ou indiretamente ao
empreendimento.
O efeito multiplicador da geração e circulação de riquezas pode
propiciar ainda o surgimento ou fortalecimento de outras atividades
localizadas na área.. O incremento dos tributos é provocado pelo
crescimento das atividades econômicas, pela oferta de empregos e
aumento da renda da população.
Quadro 8.14 – Classificação do Impacto na Arrecadação de Tributos
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Positivo Direta Temporário Curto Prazo Reversível AII Alta Alta
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Indireta Temporária Longo Prazo Irreversível Local* Média Média
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Positivo/
Negativo
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Medidas recomendadas:
Priorizar a mão de obra, serviços e empresas existentes no município.
m. Alteração das Condições de Saúde da População
A alteração das condições de saúde da população no entorno da usina
nesta fase será inerente aos impactos gerados pela alteração da
qualidade do ar, água e condições de ruído de fundo.
Em relação à liberação de poluente, se restringe às emissões geradas
pelos veículos responsáveis pelo transporte do material, estimados em
três a quatro veículos pesados por dia, e, pela movimentação do solo e
obras aumenta o material particulado em suspensão.
Os ruídos gerados serão oriundos das fundações, obras civis e
montagem de equipamentos, entretanto este impacto é atenuado pela
distância da residência mais próxima (cerca de 300 metros).
Em relação à água devolvida ao rio, após passagem pelo processo de
tratamento da usina, parte retorna com qualidade superior a que foi
captada.
Em relação ao aumento do contingente populacional, será temporário,
mas poderá desencadear certa insegurança (população e
funcionários).
Quadro 8.15 – Classificação do Impacto de Alteração das Condições de Saúde no Entorno.
Medidas recomendadas:
Implantar um Programa de Monitoramento da Qualidade do Ar,
Programa de Monitoramento da Qualidade da Água e Programa de
Monitoramento de Ruídos.
Implantar um Programa de Supervisão e Gestão Ambiental e
Programa de Comunicação Social e Educação Ambiental.
n. Alteração no Tráfego Viário
No período de implantação da UTE haverá um aumento na
movimentação de veículos devido ao transporte de materiais,
equipamentos e máquinas necessárias à execução da obra. Para tais
atividades, estima-se de três (03) a quatro (04) caminhões por dia,
principalmente na fase de terraplanagem. O material considerado de
maior peso e risco, referente às obras de montagem industrial,
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Positivo Indireta Temporária Curto Prazo Irreversível AII Alta Alta
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Negativo Direta/
Indireta Temporária
Curto/Longo
Prazo Reversível AID Alta Alta
RIMA – Usina Termelétrica Tijucas. Responsável Técnico: Geol. Erik Wunder – CREA/SC 074327-0 Página 118
chegarão pelo porto e serão transportadas até o empreendimento via
SC-411.
Considera-se ainda nesta etapa, a construção e implantação da rede
adutora de água adjacente à rodovia SC-411, que se conectará ao rio
Tijucas. Esta obra será realizada em aproximadamente em seis (06)
meses, e influenciará diretamente no tráfego local.
Quadro 8.16 – Classificação do Impacto sobre a Alteração sobre a Infraestrutura Viária
Medidas recomendadas:
Implantação do Programa de Controle Ambiental.
Exigir das empreiteiras e empresas contratadas para a execução da
obra, que sejam respeitados os limites de velocidade, de carga máxima
a ser transportada na rodovia e horários. Além disso, devem ser
implementadas sinalizações que indiquem o canteiro de obras.
o. Alteração no Consumo de Energia
Durante a implantação da UTE Tijucas prevê-se a contratação de mão
de obra e a realização de atividades de montagem eletromecânica e de
construção civil, as quais, implicam diretamente no aumento do
consumo de energia elétrica. Mesmo assim, a disponibilidade de
energia para as residências no entorno não será afetada pelo uso de
energia na usina.
Quadro 8.17 – Classificação do Impacto sobre a alteração no Consumo de Energia
Medidas recomendadas:
Implantar o Programa de Supervisão e Gestão Ambiental e
Programa de Comunicação Social e Educação Ambiental.
p. Alteração na Geração de Resíduos
A geração de resíduos sólidos ocorrerá em todas as fases do
empreendimento, porém durante a fase de implantação ter-se-á um
maior volume devido aos resíduos da construção civil. Também serão
gerados resíduos no canteiro por parte dos funcionários. A seguir
apresenta-se um quadro com a classificação dos resíduos esperados
durante a fase de implantação do empreendimento e sua correta
destinação final:
Quadro 8.18 – Resumo dos Resíduos Gerados na Fase de Implantação
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Alta AltaNegativo Direta Temporária Curto Prazo Reversível AII
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Negativo Direta Temporária Curto Prazo Irreversível Regional Alta Baixa
RIMA – Usina Termelétrica Tijucas. Responsável Técnico: Geol. Erik Wunder – CREA/SC 074327-0 Página 119
Quadro 8.19 – Classificação do Impacto sobre a Alteração na Geração de
Resíduos Sólidos
Medidas recomendadas:
Implantar um Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos.
q. Alteração da Paisagem Local
A presença da UTE Tijucas resultará em uma alteração dos elementos
da paisagem do seu entorno de maneira imediata, tendo em vista a
substituição da paisagem atual que se caracteriza com pouca
infraestrutura e concentra atividades industriais, destacando-se olarias
e cerâmicas - por uma instalação industrial. Em relação ao sistema de
adução de água, apesar de sua maior extensão apresentar-se
submersa, as margens do rio Tijucas, haverá a estação elevatória e
parte da tubulação de adução aparente.
O terreno da usina atualmente destina-se à lavra de argila, é
desprovido de vegetação e afastado de fragmentos de mata
preservada.
Quadro 8.20 – Classificação do Impacto de Alteração da Paisagem Local
Medidas recomendadas:
Implantar barreira vegetal ao projeto paisagístico para integrar as
futuras instalações ao contexto local.
8.3.3 Fase de Operação
8.3.3.1 Meio Físico
a. Alterações no Clima
As possíveis alterações no micro-clima são oriundas do aumento de
temperatura devido à operação da UTE e da liberação de gases em
alta temperatura e gases que contribuem para o efeito estufa. Salienta-
Resíduo Classe Destinação Final
Higiene pessoal II Aterro Sanitário
Embalagens de Alimentos: plástico, papel, alumínio II Aterro Sanitário e Reciclagem
Restos de Alimentos II Aterro Sanitário
Embalagens de Materiais: plástico e papel II Reciclagem
Madeira (*) I ou II Reciclagem, Reutilização e Aterro Industrial
Vidro (*) I ou II Reciclagem e Reutilização
Aço (*) I ou II Reciclagem, Reutilização e Aterro Industrial
Ferro II Reutilização
Argamassa/Concreto II Reutilização
Fiação Elétrica I Reutilização
Baterias e Pilhas I Aterro Industrial
Lâmpadas I Aterro Industrial
Óleos I Aterro Industrial
Latas de óleo/solventes/tintas I Aterro Industrial
Lodo da Fossa/Sumidouro II Limpa Fossa –> Aterro Sanitário
(*) Depende do material residual que estiver em conjunto
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Alta AltaNegativo Direta Temporária Curto Prazo Irreversível ADA
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Negativo Direta Temporária Curto Prazo Reversível ADA Alta Baixa
RIMA – Usina Termelétrica Tijucas. Responsável Técnico: Geol. Erik Wunder – CREA/SC 074327-0 Página 120
se que os padrões de poluentes atmosféricos da UTE Tijucas
relacionados ao efeito estufa estão dentro do permitido pela legislação.
Apesar de ser possível uma alteração no micro-clima (principalmente
na temperatura ambiente) espera-se que esta seja mínima e fique
concentrada principalmente na área de influência direta do meio físico.
Quadro 8.21 – Classificação do Impacto de Alterações no Clima
Medidas recomendadas:
Implantar um Programa de Supervisão e Gestão Ambiental,
Programa de Controle e Monitoramento dos Poluentes
Atmosféricos e Programa de Monitoramento de Variáveis
Climáticas.
b. Alteração nos Níveis de Pressão Sonora
Durante a operação, a usina gerará ruídos que contribuirão no aumento
dos níveis de pressão sonora. Conforme o estudo realizado,
atualmente os níveis de pressão sonora encontram-se acima dos
limites sugeridos pelas normas em alguns pontos monitorados, por
conta da presença permanente de fontes geradoras de ruídos como as
rodovias e outros empreendimentos industriais.
É importante também enfatizar que a distância existente entre a fonte e
o receptor (residências) mais próximo encontra-se a aproximadamente
300 metros. Desta forma, a abrangência do impacto ultrapassa a ADA,
contudo não atinge os limites propostos à AID, portanto é considerado
impacto local, de média magnitude.
Quadro 8.22 - Classificação do Impacto de Alteração nos Níveis de Pressão Sonora
Medidas recomendadas:
Implantar um Programa de Monitoramento de Ruído, associado a
uma barreira vegetal integrada ao projeto paisagístico para atenuar o
ruído gerado pelo empreendimento.
c. Alteração na Disponibilidade Hídrica
A alteração na disponibilidade hídrica na fase de operação relaciona-se
ao consumo de água pela operação da usina e pelos funcionários de
operação e manutenção. Estima-se um consumo de 150 litros por
funcionário a cada dia, totalizando-se um valor médio de 4.500
litros/dia, dado que a estimativa máxima é de 30 trabalhadores.
Em relação à operação da usina, haverá uma estação de tratamento, e
atenderá a demanda de água de toda a planta, de 139 m³/h. Inclui-se
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Baixa Baixa Negativo Direta Temporário Longo Prazo Reversível AII
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Negativo Direta Temporária Curto Prazo Reversível Local* Média Alta
RIMA – Usina Termelétrica Tijucas. Responsável Técnico: Geol. Erik Wunder – CREA/SC 074327-0 Página 121
no volume da demanda: água potável, de combate a incêndios, de
resfriamento, de make-up e desmineralizada. A vazão média de
captação corresponderá a 140 m³/h (0,04 m³/s), o que representa
apenas 2% da vazão 50% Q98% de permanência (50 % da vazão com
98 % de permanência), vazão esta considerada como de máximo uso
consuntivo na Bacia a montante do ponto de captação da UTE Tijucas
pela SDS (Secretaria de Desenvolvimento Sustentável do Estado de
Santa Catarina).
Ressalta-se que a SDS comenta no documento APDH (avaliação
preliminar de reserva de disponibilidade hídrica), que atualmente são
utilizados apenas 20% da vazão máxima de uso consuntivo à montante
do ponto de captação, ou seja, o empreendimento não irá impactar de
forma significativa a disponibilidade hídrica da bacia.
Quadro 8.23 – Classificação do Impacto de Alteração da Disponibilidade Hídrica
Medidas recomendadas:
Implantar um Programa de Supervisão e Gestão Ambiental,
Programa de Controle Ambiental, Programa de Prevenção e
Controle de Processos Erosivos e Programa Monitoramento da
Qualidade da Água Superficial e Subterrânea.
d. Alteração da Qualidade da Água
As possíveis alterações na qualidade da água na fase de operação
procedem da utilização dos banheiros, vestiários e refeitório pelos
funcionários, e também, devido a alguns processos de operação e
manutenção da usina.
Para o tratamento e disposição do efluente doméstico provindo por
parte dos funcionários, prevê-se um sistema de tratamento de esgoto.
Nesse contexto, a quantidade total de efluente gerado estimada é de
2.400 litros por dia.
Parte da água do sistema retornará ao Rio Tijucas. Entretanto, a vazão
proveniente da caldeira de recuperação que retorna ao rio corresponde
a 0,0014% da vazão total do rio Tijucas, indicando ser irrelevante
qualquer alteração de temperatura local. Ademais, a água que
retornará ao rio apresenta-se de qualidade superior à captada.
Devem ser considerados possíveis vazamentos de óleo, gás ou
efluente, oriundos de falhas no sistema de condução e
acondicionamento destes fluídos, e, a má gestão de resíduos sólidos.
A alteração da qualidade da água é um impacto negativo de baixa
magnitude, no que se refere à análise atual de qualidade do rio Tijucas,
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Baixa BaixaNegativo Direta Temporário Curta Reversível AII
RIMA – Usina Termelétrica Tijucas. Responsável Técnico: Geol. Erik Wunder – CREA/SC 074327-0 Página 122
sendo que esta se encontra alterada em função das atividades
extrativistas e agrícolas existentes na bacia.
Quadro 8.24 – Classificação do Impacto de Alteração da Qualidade da Água
Medidas recomendadas:
Implantar um Programa de Supervisão e Gestão Ambiental e
Programa Monitoramento da Qualidade da Água Superficial e
Subterrânea.
e. Alteração da qualidade do Ar
As alterações na qualidade do ar nesta fase são decorrentes da
queima do gás natural e dos efluentes liberados pela chaminé, em que
os principais poluentes são: Óxidos de nitrogênio (NOx como NO2),
Monóxido de carbono (CO), Hidrocarbonetos totais (HCT), Dióxido de
carbono (CO2).
No estudo realizado, não foram consideradas eventuais emissões de
outras fontes e concentrações existentes na região (concentrações de
fundo naturalmente encontradas na atmosfera), representando apenas
a emissão da UTE Tijucas. O resultado mostrou que em todos os
poluentes analisados, nenhum excedeu os padrões determinados por
lei, isto é, não interfere no bem estar e saúde da população vizinha.
Quadro 8.25 - Classificação do Impacto de Alteração da Qualidade do Ar
Medidas recomendadas:
Implantar um Programa de Supervisão e Gestão Ambiental,
Programa de Controle e Monitoramento dos Poluentes
Atmosféricos.
8.3.3.2 Meio Biótico
f. Atropelamento de Fauna
Nesta fase haverá movimento de caminhões que trarão insumos até o
local, podendo causar eventuais atropelamentos de elementos
faunísticos.
Entretanto, conforme já citado anteriormente, os elementos faunísticos
que cruzam o local são poucos e em raras oportunidades, tornando o
impacto pouco expressivo.
Quadro 8.26 - Classificação do Impacto de Atropelamento de Fauna.
Natureza Forma
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Duração Temporal
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Negativo Direta Temporário Curta Reversível AID Baixa Baixa
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Média AltaNegativo Direta Temporário Curta Reversível AID
RIMA – Usina Termelétrica Tijucas. Responsável Técnico: Geol. Erik Wunder – CREA/SC 074327-0 Página 123
manifesta Ocorrênci
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Positivo/
Negativo
Direta Temporária/
Permanente
Curto
Prazo
Parcialmente
Reversível ADA/AID Baixa Baixa
Medidas recomendadas:
Implantar um Programa de Educação Ambiental.
8.3.3.3 Meio Socioeconômico
g. Alteração na Dinâmica Populacional
Na fase de operação haverá uma diminuição substancial na circulação
de pessoas, pois contará um contingente de 15 funcionários
(secretária, operadores, ajudantes e encarregados), além dos
terceirizados e funcionários responsáveis pela manutenção da usina
(30 funcionários). Estes últimos virão ao empreendimento somente
quando necessário seus serviços. Os demais funcionários,
provavelmente viverão no município. Sendo assim, este impacto
caracteriza-se por ser negativo de importância e magnitude baixa.
Quadro 8.27 – Classificação do Impacto de Alteração na Dinâmica Populacional
Medidas recomendadas:
Implantar um Programa de Supervisão e Gestão Ambiental e
Programa de Comunicação Social e Educação Ambiental.
Priorizar a mão de obra, serviços e empresas existentes no município.
h. Geração de Conflitos Interpessoais
Nesta fase também poderá ocorrer conflitos interpessoais,
evidenciados principalmente pela mobilização da mão de obra, que
apesar envolver um menor número de trabalhadores (máximo 30),
poderá causar desconforto aos moradores, visto que os mesmos
podem ser de fora da localidade.
Além disso, há a possibilidade de insatisfação dos moradores frente
aos possíveis impactos que o empreendimento poderá causar sob o
meio em que vivem.
Quadro 8.28 – Classificação do Impacto de Geração de Conflitos Interpessoais
Medidas recomendadas:
Implantar um Programa de Supervisão e Gestão Ambiental e
Programa de Comunicação Social e Educação Ambiental.
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Negativo DiretaTemporária/
PermanenteCurto Prazo
Parcialmente/
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Temporária/
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Negativo Indireta Curto/Longo
PrazoAII Alta Alta
RIMA – Usina Termelétrica Tijucas. Responsável Técnico: Geol. Erik Wunder – CREA/SC 074327-0 Página 124
Priorizar a mão de obra, serviços e empresas existentes no município.
i. Alteração da Oferta de Empregos
O funcionamento da UTE Tijucas é totalmente automatizado e permite
o despacho de energia conforme a necessidade, ficando sob a
responsabilidade dos operadores somente o monitoramento.
Os funcionários da fase de operação e seus familiares representarão
um aumento no consumo de bens e serviços local em decorrência dos
salários, colaborando para uma dinamização da economia. A oferta de
empregos prevista é para um contingente de 15 pessoas entre
secretaria, operadores, ajudantes e encarregados. Para a manutenção
será contratada uma empresa terceirizada de no máximo trinta (30)
funcionários.
Quadro 8.29 – Classificação do Impacto de Alteração da Oferta de Empregos
Medidas recomendadas:
Implantar um Programa de Supervisão e Gestão Ambiental e
Programa de Comunicação Social e Educação Ambiental.
Priorizar a mão de obra necessária para operação do empreendimento
do município, assim como prestadores de serviços.
j. Alteração no Mercado Imobiliário
Empreendimentos como a UTE Tijucas, que utiliza gás natural como
insumo energético, apresenta vantagens ambientais frente a outras
fontes fósseis de energia, e certamente contribuirá para a indução ao
desenvolvimento local, servindo de alavanca ao crescimento ou
intensificação do interesse de outras unidades industriais a se
instalarem na região.
Em menor escala, os funcionários, também contribuirão no mercado
imobiliário. O aumento na demanda de bens e serviços, também
implicará na valorização dos terrenos próximos ao empreendimento.
Ademais, a localidade de Nova Descoberta está inserida em uma zona
que prevê expansão urbana conforme o Plano Diretor municipal.
Em contrapartida, poderá ocorrer a desvalorização dos terrenos
próximos à usina quanto à procura de imóveis para a habitação, tendo
em vista o tipo de atividade desenvolvida pela UTE e seus possíveis
impactos.
Quadro 8.30 – Classificação do Impacto no Mercado Imobiliário
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AII Baixa Alta
Indireta Temporária Longo Prazo Irreversível Local*Positivo/
NegativoMédia Média
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RIMA – Usina Termelétrica Tijucas. Responsável Técnico: Geol. Erik Wunder – CREA/SC 074327-0 Página 125
k. Alteração na Arrecadação de Tributos/Economia
Na fase de operação um dos itens que mais contribuirá para a
alteração da arrecadação municipal é à geração de energia. A UTE
Tijucas será responsável em um primeiro momento, pela adição na
rede elétrica de potência de 56.054 kW, o que aportará incrementos ao
PIB municipal.
A geração de energia também gerará tributos (15% mais ou menos de
ICMS – Imposto Sobre Circulação de Mercadoria e Serviços) ao
Governo Federal. Ressalta-se que, 50 % deste valor gerado de ICMS
volta para o Estado de Santa Catarina para ser distribuído entre os
municípios, portanto, o que o município de Tijucas receberá depende
de seu IPM (Índice de Participação de Municípios).
Quadro 8.31 – Classificação do Impacto de Arrecadação de Tributos
l. Alteração das Condições de Saúde da População
As condições de saúde nesta fase, poderão sofrer alterações por conta
das possíveis mudanças qualidade do ar, ruído e dinâmica
populacional.
No que se refere à qualidade do ar, de acordo com os estudos
realizados, verificou-se a viabilidade ambiental do empreendimento, o
que significa que os gases emitidos não mostram riscos à saúde e ao
meio ambiente. Nesta fase, ainda, ocorrerá monitoramento das
concentrações dos gases de emissão, e deverão ser tomados os
cuidados necessários para que não ocorra nenhum incidente durante o
seu funcionamento.
Quanto aos ruídos, conforme o monitoramento, os ruídos de fundo
encontram-se acima do estipulado pela norma vigente. Mesmo em tais
condições, o ruído gerado pela usina ultrapassará de forma pouco
significativa os índices permitidos, representando um incremento
próximo de 13%. Além disso, por conta de sua propagação, o som não
será de substancial interferência na população do entorno,
considerando a localização das residências mais próximas da fonte
(cerca de 300 metros).
Sobre o incremento populacional, haverá um máximo de 30
funcionários trabalhando na usina durante a fase de operação, é um
aumento pouco significativo, mas que de qualquer forma, deve ser
levada em consideração, a hipótese do aumento na procura de
serviços de saúde.
Quadro 8.32 – Classificação do Impacto de Alteração das Condições de Saúde da População.
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Positivo Direta Temporária Curto Prazo Reversível Tijucas Alta
RIMA – Usina Termelétrica Tijucas. Responsável Técnico: Geol. Erik Wunder – CREA/SC 074327-0 Página 126
Medidas recomendadas:
Implantar um Programa de Monitoramento da Qualidade do Ar,
Programa de Monitoramento de Ruídos e Programa de
Comunicação Social e Educação Ambiental.
Priorizar a mão de obra necessária para operação do empreendimento
do município, assim como prestadores de serviços.
m. Alteração no Tráfego Local
A alteração no tráfego nesta fase restringe-se à movimentação dos
funcionários da usina ou operários de manutenção do
empreendimento. Haja vista que o número máximo de funcionários
previsto é de 30 pessoas trabalhando em horários diferenciados, a
maioria deles somente recrutados quando necessário.
Quadro 8.33 – Classificação do Impacto de Alteração no Tráfego Local.
Medidas recomendadas:
Implantar um Programa de Supervisão e Gestão Ambiental e
Programa de Comunicação Social e Educação Ambiental.
Priorizar a mão de obra necessária para operação do empreendimento
do município, assim como prestadores de serviços.
n. Alteração na Geração de Energia
A geração de energia é um dos principais impactos positivos em
relação à etapa de operação da UTE Tijucas. A UTE funcionará por
meio de ciclo combinado com grau de eficiência em torno de 50%.
A potência instalada da UTE Tijucas é 56,054 MW, em que cada 1 MW
médio gerado tem capacidade de abastecer em média 3.000 pessoas,
logo, os 56,054 MW poderiam levar energia a 168.162 pessoas.
O Rendimento financeiro mensal da UTE, se considerado um
funcionamento hipotético de 24 horas por dia, seria:
1. Potência Instalada: 56,054 MW
2. Eficiência (Rendimento Líquido Total): 48,28 %
3. Horas Mês: 24 horas/dia * 30,4 média dias de cada mês = 730
horas
4. Preço do MW/hora: 105,00 Reais
5. Rendimento Mensal = 56,054 * 0,4828 * 730 * 105 =
2.074.369,08 Reais
6. Rendimento Anual = 24.892.428,93 Reais
Tabela 8.1 – Classificação do Impacto de Geração de Energia.
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AltaNegativo Direta/
Indireta Temporária
Curto/Longo
Prazo Reversível AID Alta
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Negativo Direta Temporária Curto Prazo Reversível
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AID Baixa Baixa
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o. Alteração na Geração de Resíduos Sólidos
A geração de resíduos sólidos nesta fase diminui substancialmente e
consiste em resíduos domiciliares dos funcionários, da manutenção e
operação dos equipamentos. A seguir apresenta-se um quadro com os
prováveis resíduos gerados durante a fase de operação e seu destino
final:
Quadro 8.34 – Resumo dos Resíduos Sólidos Gerados
Os resíduos deverão ter correto acondicionamento e armazenamento
até o momento de sua coleta, visto que atraem roedores e vetores de
doenças, além da poluição visual. O tanque de armazenamento de óleo
lubrificante, e, o sistema que o compõe deve estar vedado, prevenindo-
se contra riscos de vazamento e conseqüente contaminação do solo e
do lençol freáticose.
Quadro 8.35 – Classificação do Impacto de Geração de Resíduos.
Medidas recomendadas:
Implantar um Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos,
Programa de Comunicação Social e Educação Ambiental.
8.3.4 Fase de Desmobilização
8.3.4.1 Meio Físico
a. Alterações no Clima
As possíveis alterações no microclima provocadas durante a fase de
operação da UTE Tijucas deixarão de ocorrer com a desativação da
usina, devido a interrupção na liberação de gases em alta temperatura
e dos gases que contribuem para o efeito estufa.
Quadro 8.36 – Classificação do Impacto de Alterações no Clima.
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Positivo Direta Temporária Curto Prazo Reversível Regional Alta Alta
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Resíduo Classe Destinação Final
Higiene Pessoal II Aterro Sanitário
Embalagens de Alimentos: plástico, papel, alumínio II Aterro Sanitário e Reciclagem
Restos de Alimentos II Aterro Sanitário
Embalagens de Materiais: metal, plástico e papel I e II Aterro Sanitário e Reciclagem
Baterias e Pilhas I Aterro Industrial
Lâmpadas I Aterro Industrial
Óleos I Aterro Industrial
Lodo da Fossa/Sumidouro I Aterro Industrial
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Negativo Direta Temporária Curto Prazo Irreversível ADA Alta Alta
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Medidas recomendadas:
Implantar um Programa de Supervisão e Gestão Ambiental.
b. Alteração nos Níveis de Pressão Sonora
Durante a desmobilização os ruídos ocorrerão por conta da circulação
de veículos pesados utilizados para o transporte de maquinários e
entulhos das obras civis.
O acréscimo do ruído será relativamente baixo durante esta fase,
devido à duração do desmonte da obra, ao porte da usina e o fraco
incremento no tráfego.
Com o encerramento das atividades da usina, as condições iniciais dos
níveis de pressão sonora retornarão aos de pré-implantação.
Quadro 8.37 - Classificação do Impacto de alteração nos Níveis de Pressão Sonora.
Medidas recomendadas:
Implantar um Programa de Supervisão e Gestão Ambiental,
Programa de Recuperação de Áreas Degradadas.
c. Alteração na Disponibilidade Hídrica
A alteração na disponibilidade hídrica na fase de desmobilização está
relacionada ao consumo de água pelos funcionários nas obras de
desmontagem. Estima-se neste caso, o consumo de 150 litros por
funcionário a cada dia, de água captada nas margens do rio Tijucas e
tratada na estação de tratamento do empreendimento. Após a
finalização das obras será interrompida a utilização de água do rio
Tijucas.
Quadro 8.38 – Classificação do Impacto de Alteração da Disponibilidade Hídrica.
Medidas recomendadas:
Implantar um Programa de Supervisão e Gestão Ambiental.
d. Alteração na Qualidade da Água
Positivo Direta Permanente Longo Prazo Irreversível AII
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Temporária/
Permanente
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IrreversívelCurto Prazo AII Baixa/Média Média Positivo Direta
RIMA – Usina Termelétrica Tijucas. Responsável Técnico: Geol. Erik Wunder – CREA/SC 074327-0 Página 129
A alteração na qualidade da água na fase de desmobilização relaciona-
se em especial à utilização das instalações do sistema de tratamento
de esgoto. A quantidade de esgoto gerada diariamente por habitante é
estimada em 80 litros por dia. No momento da desmontagem do
sistema de tratamento de esgoto, deve-se prever uma correta
destinação do dejeto, visto que na região do empreendimento inexiste
rede de coleta de esgoto.
A geração de resíduos sólidos também é inerente à etapa de
desmobilização, e, embora sejam limitados os impactos ao corpo
hídrico pela distância do empreendimento (2,8 km do Rio Tijucas),
deve-se levar em conta o risco de infiltração no solo e contaminação do
lençol freático, no caso de má disposição dos resíduos ou vazamento
acidental dos efluentes.
Quadro 8.39 – Classificação do Impacto de Alteração da Qualidade da Água.
Medidas recomendadas:
Implantar um Programa de Supervisão e Gestão Ambiental.
e. Alteração da Qualidade do Ar
Para esta fase, o tráfego de veículos pesados é a atividade com maior
possibilidade de alteração da qualidade do ar. Esta movimentação
acarretará no incremento nos gases de combustão e de material
particulado, pois a via de acesso direto ao empreendimento não possui
pavimento.
O fato de incrementar os níveis de poluição atmosférica configura-se
como um impacto negativo, que se manifesta diretamente, porém de
duração temporária. Com o término de sua operação, encerra-se
juntamente a liberação de efluentes.
Quadro 8.40 - Classificação do Impacto de Alteração da Qualidade do Ar.
Medidas recomendadas:
Aplicar o Programa de Supervisão e Gestão Ambiental.
8.3.4.2 Meio Biótico
f. Atropelamento de fauna
Na desmobilização das estruturas da UTE Tijucas, haverá tráfego de
caminhões utilizados para o transporte dos componentes do
empreendimento, podendo causar eventuais atropelamentos de
elementos faunísticos.
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IrreversívelAII Baixa
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Negativo Direta
Temporário/
Permanente Curto Prazo Reversível/ Irreversível AID
RIMA – Usina Termelétrica Tijucas. Responsável Técnico: Geol. Erik Wunder – CREA/SC 074327-0 Página 130
Quadro 8.41- Classificação do Impacto de Atropelamento de Fauna.
Medidas recomendadas:
Aplicar o Programa de Educação Ambiental e Comunicação Social.
8.3.4.3 Meio Socioeconômico
g. Alteração na Dinâmica Populacional
A fase de desmobilização da obra está prevista para aproximadamente
30 anos. Portanto, é importante que haja desde o início das obras da
UTE, a preocupação e ações para amenizar os impactos ligados à
dinâmica populacional. Serão desligados do empreendimento, os
funcionários vinculados direta e indiretamente a operação da Usina e
ao mesmo tempo estarão chegando os profissionais responsáveis pelo
desmonte do empreendimento. Este impacto é classificado como
negativo e temporário de curto prazo.
Quadro 8.42 – Classificação do Impacto de Alteração na Dinâmica Populacional.
Medidas recomendadas:
Aplicar o Programa de Comunicação Social e Educação Ambiental.
Priorizar a mão de obra do município, assim como prestadores de
serviços.
h. Geração de Conflitos Interpessoais
Os conflitos interpessoais podem estar presentes em todas as etapas
do empreendimento, e, por isso, há uma preocupação em mitigar os
possíveis problemas gerados com a população abrangida nas fases
anteriores. Durante o desmonte haverá a circulação de pessoas
estranhas e veículos pelas rodovias. Ao mesmo tempo ocorre os
desligamentos dos profissionais da fase de operação, tal situação pode
causar desconforto à população.
Quadro 8.43 – Classificação do Impacto de Geração de Conflitos Interpessoais.
Medidas recomendadas:
Aplicar o Programa de Comunicação Social e Educação Ambiental.
Priorizar a mão de obra do município, assim como prestadores de
serviços, durante a desmobilização do empreendimento.
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Negativo Direta Temporária Curto prazoParcialmente
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NegativoIndireto
Temporário/
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Longo/Curto
Prazo
Reversível/
Irreversível AII Baixa/Alta
RIMA – Usina Termelétrica Tijucas. Responsável Técnico: Geol. Erik Wunder – CREA/SC 074327-0 Página 131
i. Alteração da Oferta de Empregos
A desmobilização da UTE Tijucas irá gerar empregos nas atividades de
desmonte e limpeza da área. A quantificação de funcionários
necessários é difícil de especificar, mas, será contratada uma
empreiteira local para os serviços necessários. A oferta de empregos
nesta fase é considerada como um impacto positivo, entretanto
também é visto como negativo, uma vez que haverá desligamento dos
profissionais que trabalhavam na operação da usina.
Quadro 8.44 – Classificação do Impacto de Alteração da Oferta de Empregos.
Medidas recomendadas:
Priorizar a mão de obra do município, assim como prestadores de
serviços.
j. Alteração no Mercado Imobiliário
A presença da usina no município é destaque na geração de energia,
principalmente por ser movida a gás natural. Inevitavelmente, será
incorporada a ideia de viabilidade a outros empreendimentos no
município, servindo de alavanca ao crescimento ou intensificação do
interesse de outras unidades industriais a se instalarem na região.
Os cargos gerados pelos possíveis novos empreendimentos poderá
ocasionar um aumento nas oportunidades do mercado imobiliário nas
localidades próximas ao empreendimento e até mesmo na área urbana
do município. O aumento na demanda de bens e serviços, também
implicará na valorização dos terrenos na região.
Quadro 8.45 – Classificação do Impacto de Alteração no Mercado Imobiliário.
k. Alteração na Arrecadação de Tributos/Economia
Com a desmobilização da UTE Tijucas, a produção de energia elétrica
irá cessar e os impostos provenientes do funcionamento da
termelétrica deixarão de existir. Também ocorrerá a desmobilização da
mão de obra, mesmo em pequena escala, trata-se de um agravante na
arrecadação de tributos em esfera municipal.
Em contrapartida, haverá contratação de mão de obra para a
desmontagem industrial e civil, e, recuperação e limpeza da área,
contribuindo para o incremento na arrecadação de tributos, conquanto
não seja significativo quando comparado à arrecadação proveniente da
operação do empreendimento.
Quadro 8.46 – Classificação do Impacto de Alteração na Arrecadação de Tributos/Economia.
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Direto Temporário Curto Prazo Reversível AII Baixa
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Irreversível AID Média MédiaPositivo Direto Temporário Curto Prazo
RIMA – Usina Termelétrica Tijucas. Responsável Técnico: Geol. Erik Wunder – CREA/SC 074327-0 Página 132
l. Alteração nas Condições de Saúde
Nesta etapa, haverá um melhoramento nas condições de saúde, pois
cessação as alterações da qualidade do ar, geração de ruídos e
movimentação de pessoas.
Em relação às emissões atmosféricas, apesar de estar abaixo dos
limites estabelecidos pela legislação vigente e sob monitoramento, com
o término das atividades da UTE, finalizará também tais emissões.
Sobre os ruídos, ocorrerá apenas por conta da desmontagem,
transporte de materiais e limpeza do terreno, e será temporária.
A movimentação de pessoas, embora seja de curto prazo, de qualquer
maneira, é considerado um impacto negativo.
Quadro 8.47 – Classificação do Impacto de Alteração nas Condições da Saúde.
m. Alteração no Trafego Viário
A A necessidade da circulação de veículos pesados e leves nesta fase
ocasionará a alteração no tráfego viário por conta do transporte de
sucata e entulho de concreto.
Este impacto é classificado como negativo, no que diz respeito a esta
movimentação. Em contrapartida classifica-se também como positivo,
pois haverá a finalização das atividades da usina.
Quadro 8.48 – Classificação do Impacto de Alteração do Trafego Viário.
Medidas recomendadas:
Aplicar o Programa de Supervisão e Gestão Ambiental.
Priorizar a mão de obra do município, assim como prestadores de
serviços, durante a desmobilização do empreendimento.
n. Alteração na Matriz Energética
A desativação da UTE Tijucas deixará de disponibilizar energia elétrica,
o que afetará diretamente a matriz energética no sub-mercado Sul,
caracterizando-se como um impacto de grande magnitude.
Quadro 8.49 – Classificação do Impacto de Alteração na Matriz Energética.
Negativo DiretoTemporário/
PermanenteCurto Prazo Irreversível AII
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Alta Alta
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Reversível/
Irreversível AID Alta Alta
Positivo/
NegativoDireto
Temporário/
Permanente
Longo/Curto
Prazo
Positivo/
NegativoDireto Curto Prazo Reversível AII Alta
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AltaTemporário/
Permanente
RIMA – Usina Termelétrica Tijucas. Responsável Técnico: Geol. Erik Wunder – CREA/SC 074327-0 Página 133
o. Geração de Resíduos Sólidos
A geração de resíduos sólidos na fase de desmobilização se dará
principalmente pelas estruturas civil, mecânica e elétrica, gerando uma
quantidade significativa de aço em sucata e entulho de concreto.
Deverá ser contratada uma empreiteira local para os serviços
necessários de locomoção dos entulhos e limpeza e recuperação da
área.
A seguir apresenta-se um quadro com a classificação dos resíduos
esperados durante a fase de desativação do empreendimento e sua
correta destinação final:
Quadro 8.50 – Resumo dos Resíduos Gerados na Fase de Desativação
A geração de resíduos é um impacto negativo de alta importância e
magnitude, principalmente pela quantidade e tipo de resíduos gerados.
Contudo, os mesmos serão destinados adequadamente ou
reaproveitados.
Quadro 8.51 – Classificação do Impacto de Geração de Resíduos Sólidos.
Medidas recomendadas:
Aplicar o Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos.
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Reversível Regional Alta AltaNegativo Direto Permanente Curto Prazo
Resíduo Classe Destinação Final
Higiene pessoal II Aterro Sanitário
Embalagens de Alimentos: plástico, papel, alumínio II Aterro Sanitário e Reciclagem
Restos de Alimentos II Aterro Sanitário
Embalagens de Materiais: plástico e papel II Reciclagem
Madeira (*) I ou II Reciclagem, Reutilização e Aterro Industrial
Vidro (*) I ou II Reciclagem e Reutilização
Aço (*) I ou II Reciclagem, Reutilização e Aterro Industrial
Ferro II Reutilização
Argamassa/Concreto II Reutilização
Fiação Elétrica I Reutilização
Baterias e Pilhas I Aterro Industrial
Lâmpadas I Aterro Industrial
Óleos I Aterro Industrial
Latas de óleo/solventes/tintas I Aterro Industrial
Lodo da Fossa/Sumidouro II Limpa Fossa –> Aterro Sanitário
(*) Depende do material residual que estiver em conjunto
Negativo DiretoTemporária/
PermanenteCurto Prazo Irreversível ADA
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Alta Alta
RIMA – Usina Termelétrica Tijucas. Responsável Técnico: Geol. Erik Wunder – CREA/SC 074327-0 Página 134
p. Alteração da Paisagem
Nesta fase as estruturas que compõe a usina serão desativadas e
removidas, alterando a paisagem. Após ser desmobilizado o
empreendimento, o terreno deverá ser recuperado com o plantio de
espécies nativas da região.
Quadro 8.52 – Classificação do Impacto de Alteração da Paisagem.
Medidas recomendadas:
Aplicar o Programa de Recuperação de Áreas Degradadas.
9 PROGRAMAS AMBIENTAIS
Os resultados dos estudos de diagnóstico e prognóstico do
empreendimento resultaram na recomendação da implantação dos
seguintes programas ambientais:
Aplicação da Compensação Ambiental
Plano Ambiental de Construção – PAC
Programa de Supervisão Ambiental e Gestão Ambiental
Programa de Comunicação Social e Educação Ambiental;
Programa de Recuperação de Áreas Degradadas e Controle dos
Processos Erosivos;
Programa de Monitoramento de Ruídos;
Programa de Monitoramento das Emissões Atmosféricas e
Qualidade do Ar;
Programa de Monitoramento de Variáveis Climatológicas
Programa de Monitoramento da Qualidade da Água Superficial;
Programa de Monitoramento da Qualidade da Água Subterrânea;
Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos;
10 ANÁLISE DE RISCOS E ACIDENTES
Os riscos e acidentes em análises ambientais tratam dos eventos
incertos, futuros e inesperados, possíveis de causar prejuízos
ambientais e/ou sociais, comumente atrelados à construção e operação
do empreendimento. O termo risco neste trabalho entende-se como a
probabilidade de que um evento se torne realidade e cause prejuízos
ambientais e/ou sociais.
Identificaram-se os riscos decorrentes da UTE Tijucas, por meio da
Análise Preliminar de Perigos – APP, que é uma técnica qualitativa,
empregada na identificação de possíveis cenários de acidentes, que
registra para cada um dos eventos de possíveis riscos, suas causas e
consequências, tanto para seus trabalhadores, quanto para o meio
ambiente em nível local.
Com base nas informações obtidas sugerem-se medidas preventivas
ou mitigadoras dos perigos e riscos identificados, visando eliminar ou
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Reversível ADA Alta AltaPositivo Direta PermanenteCurto/ Longo
Prazo
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controlar as causas ou reduzir os efeitos significativos, exigindo a
adoção de medidas rápidas e seguras para o seu controle.
Para caracterização de cada risco ambiental, apresenta-se sua fase de
ocorrência (construção e operação), descrição, atributos, abrangência,
possibilidade de reversão, sinergia e as providências a serem
adotadas.
Para o gerenciamento destes riscos consubstancia-se na elaboração
de um plano permanente para a manutenção do nível de segurança
desejado durante toda a vida útil do empreendimento. Nesse sentido, é
primordial a elaboração de um Plano de Gerenciamento de Riscos,
objetivando a implantação efetiva de uma política que garanta a
manutenção dos níveis considerados seguros para o gerenciamento
dos riscos identificados e avaliados, classificados como de riscos para
as pessoas, o meio em que vivem e também para os bens materiais.
10.1 Etapa I – Análise exploratória
A identificação dos riscos tem por objetivo mapear os principais e mais
relevantes riscos potenciais. Para tanto, foi realizado um inventário de
riscos iniciando pela fase de construção da usina e, na sequência,
identificou-se os riscos associados à operação da UTE, classificando
os em ocupacionais e ambientais
10.1.1 Fase de Construção
10.1.1.1 Riscos Ocupacionais
1-OCco: Risco de atropelamento. Durante a obra, ainda que
pequeno, haverá aumento do fluxo de veículos na região devido
ao transporte de pessoas, materiais e equipamentos. Neste
sentido os riscos de acidentes de trânsito devem ser
considerados, tanto em relação às estradas de acesso como na
área da obra.
2-OCco: Risco de acidentes de trabalho durante a
terraplanagem do solo. A execução de terraplenagem é de curta
duração e a quantidade de material a ser removida é pequena.
Entretanto, mesmo com uso de EPIs e seguindo os padrões de
segurança para execução das atividades, podem ocorrer
acidentes com as pessoas no torno da usina.
-OCco: Risco de acidentes de trabalho durante a construção da
usina. As obras de construção civil também estarão em
conformidade com os padrões de segurança, mas acidentes
relacionados a altura de trabalho e às ferramentas podem
ocorrer durante a construção.
4-OCco: Risco de acidentes de trabalho durante a montagem
dos equipamentos da usina. Essa atividade correrá num
período muito curto, mas há uma pequena possibilidade da
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ocorrência de acidente com pessoas, uma vez que as mesmas
serão treinadas e habilitadas para tais tarefas.
10.1.1.2 Riscos Ambientais
1-AMco: Risco de derramamento de produtos perigosos devido
à acidentes de trânsito. O transporte de pessoas e
equipamentos para a obra pode gerar o vazamento de óleo dos
caminhões, em decorrência de acidentes com os mesmos.
Ainda que em pequenas quantidades do produto contaminante
e com baixa probabilidade de ocorrência, poderá contaminar o
solo e recursos hídricos.
2-AMco: Risco de derramamento de produtos perigosos devido
à terraplenagem. A execução dos serviços de terraplenagem da
área do empreendimento é de curta duração e a quantidade de
material a ser removida é pequena. Entretanto, poderão ocorrer
problemas com as máquinas de terraplanagem e surgir
vazamento de óleo das mesmas.
3-AMco: Risco de derramamento de produtos perigosos devido
à construção civil. As obras de construção civil serão
executadas em conformidade com os padrões de segurança
necessários para este tipo de atividade, que mesmo em
pequenas proporções, poderão surgir vazamentos de óleo das
máquinas.
4-AMco: Risco de derramamento de produtos perigosos devido
à montagem dos equipamentos. Esta atividade correrá num
período muito curto, mas existe a possibilidade, ainda que
pequena, de acidentes com pessoas, afetando a saúde dos
trabalhadores, e, como nos casos anteriores, pequenos
vazamentos de óleo próprios equipamentos podem ocorrer.
10.1.2 Fase de Operação
10.1.2.1 Riscos Ocupacionais
1-OCop: Riscos de acidentes de trânsito. Ainda que de
pequeno porte, o empreendimento envolve um aumento do
fluxo de veículos no entorno do mesmo, devido ao transporte de
pessoas para a operação e manutenção. Neste sentido os
riscos de acidentes de trânsito devem ser considerados, tanto
em relação às estradas de acesso, como na Rodovia Estadual,
SC-411, através da qual se faz o acesso da cidade de Tijucas
para o local do empreendimento.
2-OCop: Risco de Choque Elétrico – Sala de Comando. Nessa
área estarão instalados os painéis elétricos de proteção e
controle, assim como o sistema supervisório, através do qual se
faz o monitoramento de toda a UTE. O contato com esses
equipamento é feito com EPIs, mas o risco de acidente via
choque elétrico, pode existir quando da manutenção desses
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painéis. O local é utilizado por trabalhadores treinados e
credenciados.
3-OCop: Risco de Choque Elétrico – Sala de Máquinas. Nessa
área estarão instalados os geradores elétricos assim como o
painéis elétricos de serviços auxiliares. O contato com esses
equipamento é feito com EPIs e EPCs, mas o risco de acidente
via choque elétrico, pode existir quando da operação e
manutenção desses equipamentos. O local é utilizado por
trabalhadores treinados e credenciados.
4-OCop: Risco de choque elétrico – Subestação Elevadora.
Nessa área encontram-se equipamentos elétricos de alta
tensão, conforme exigências da NR10 e NR 26. O contato com
esses equipamentos é feito com EPIs e EPCs, contudo, risco de
acidente via choque elétrico, pode existir quando da
manutenção destes painéis. O local é utilizado por
trabalhadores treinados e credenciados.
5-OCop: Riscos provenientes do vazamento de fluidos – Sala
de Máquinas. Nesta área estarão as turbinas. O contato com
estes equipamentos é feito com EPIs, mas é preciso considerar
o risco de vazamento de gás e vapor d’água em alta pressão e
temperatura, o que pode acarretar uma intoxicação respiratória
nos trabalhadores, provocar queimaduras devido às alturas
temperaturas de confinamento ou até mesmo explosões no
local.
6-OCop: Risco de acidentes de trabalho – Escritório. Nesta
área estarão os trabalhadores da área administrativa da usina.
Logo, o risco de acidentes é muito pequeno, restringindo-se ao
manuseio de material de escritório.
7-OCop: Risco de queimaduras – Sistema de Refrigeração da
Água. Nesta área ocorre o resfriamento da água, que, embora
baixo, deve ser considerado o risco de o calor ocasionar
queimaduras aos trabalhadores envolvidos.
8-OCop: Risco de vazamento de gás – City Gate. Neste local
entrará gás para a usina, no qual, haverá uma válvula de fecho
rápido, eliminando eventuais vazamentos. Embora de baixa
probabilidade, podem ocorrer vazamentos de gás e muito
remotamente explosões.
9-OCop: Risco de acidentes de trabalho – Oficina / Depósito.
Área destinada a pequenas manutenções de peças e
ferramentas e depósito de óleo, apresenta baixo risco,
restringindo-se ao manuseio desses materiais.
10-OCop: Risco de explosão – Área de Compressão do Gás.
Nesta área estarão os equipamentos de compressão do gás. O
contato com esses equipamentos é feito com EPIs, mas o risco
de acidente via explosão de gás deve ser considerado.
11-OCop: Risco de explosão – Caldeira de Recuperação. Na
caldeira de recuperação é gerado vapor com alta pressão e
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superaquecido. Deve-se considerar o risco de explosão deste
equipamento.
10.1.2.2 Riscos Ambientais
1-AMop: Risco de acidentes de trânsito. O transporte de
pessoas e equipamentos para a obra pode gerar o vazamento
de óleo dos caminhões, em decorrência de acidentes com os
mesmos. Ainda que em pequenas quantidades do produto
contaminante e com baixa probabilidade de ocorrência,
eventualmente, poderá contaminar o solo e recursos hídricos.
2-AMop: Risco de contaminação do solo e água por
vazamentos. O transporte e armazenamento de óleos e
resíduos sólidos e efluentes está sujeito a falhas na vedação
dos condutos e possíveis vazamentos ao longo do tempo, o que
infere na possível contaminação dos solos e corpos hídricos.
3-AMop: Risco de vazamento do gás. Vazamentos acidentais
do gás natural podem acontecer (elencadas nos riscos
ocupacionais 5-OCop, 8-OCop e 10-OCop) e, em casos mais
extremos, comprometer o bem estar e a saúde da população
residente do entorno da fonte.
4-AMop: Risco de explosão. No tocante ambiental, explosões
decorrentes de vazamentos do gás (elencadas nos riscos
ocupacionais 5-OCop, 8-OCop e 10-OCop) podem
comprometer a segurança da população nas redondezas da
usina e até mesmo provocar o início de focos de incêndio na
vegetação ao redor.
10.2 Etapa II – Análise Quali-quantitativa
O problema dos acidentes ambientais e ocupacionais pode ser
analisado sob dois aspectos: a frequência e a magnitude das possíveis
ocorrências. Assim, os riscos elencados na primeira fase serão
analisados quali-quantitativamente quanto à frequência e magnitude.
10.2.1 Estimativa de Frequência
As frequências apresentam-se em categorias desde muito improvável
(extremamente improvável durante a vida útil do sistema) até
frequente, a qual se espera a ocorrência de várias vezes durante a vida
útil do sistema.
10.2.2 Estimativa da Magnitude
A estimativa quantitativa de consequência e vulnerabilidade de cada
ponto crítico de controle (PCC) deve ser realizada de acordo com as
categorias de indicação de severidade de consequências apresentadas
por FEPAM (2001).
10.2.3 Estimativa do Risco
A definição de risco é a combinação entre a frequência de um evento
pela consequência de seus impactos gerados, conforme apresentado
abaixo.
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Risco= Frequência x Magnitude
Esta estimativa deve ser realizada através da combinação entre as
categorias de risco, gerando uma matriz de classificação de risco. A
metodologia empregada no presente estudo levou em consideração a
probabilidade de ocorrência dos riscos (frequência), bem como a
gravidade do mesmo em caso de acidente.
Com base em tais parâmetros categorizou-se os riscos de acordo com
a magnitude de sua consequência para então discernir acerca dos
riscos aceitáveis e não aceitáveis.
Riscos aceitáveis são aqueles que possuem baixo grau de
periculosidade associado à baixa probabilidade de ocorrência.
Enquanto os riscos não aceitáveis compreendem aqueles que têm
grande probabilidade de ocorrer e/ou têm como consequências danos
catastróficos (danos ambientais irreparáveis, perda de vidas humanas,
etc.). Na seqüência apresenta-se a classificação para cada tipo de
risco.
Tabela 10.1 - Classificação dos riscos ocupacionais na Fase de Construção quanto ao valor, categoria e tipo de risco
Tabela 10.2 - Classificação dos riscos ambientais na Fase de Construção quanto ao valor, categoria e tipo de risco
Tabela 10.3 - Classificação dos riscos ocupacionais na Fase de Operação quanto ao valor, categoria e tipo de risco
Tabela 10.4 - Classificação dos riscos ambientais na Fase de Operação quanto ao valor, categoria e tipo de risco
Nomenclatura Frequencia Magnitude Risco Categoria Tipo de Risco
1-OCco D II 10-23 - Moderado Não Aceitável
2-OCco B I 10-51 - Desprezível Aceitável
3-OCco C I 10-41 - Desprezível Aceitável
4-OCco C I 10-41 - Desprezível Aceitável
Nomenclatura Frequencia Magnitude Risco Categoria Tipo de Risco
1-AMco A II 10-5 1 - Desprezível Aceitável
2-AMco A II 10-5 1 - Desprezível Aceitável
3-AMco A II 10-5 1 - Desprezível Aceitável
4-AMco B II 10-5 1 - Desprezível Aceitável
Nomenclatura Frequência Magnitude Risco Categoria Tipo de Risco
1-OCop C II 10-3 2 - Menor Aceitável
2-Ocop B II 10-4 1 - Desprezível Aceitável
3-OCop C III 10-2 3 - Moderado Não Aceitável
4-OCop C III 10-2 3 - Moderado Não Aceitável
5-OCop A III 10-4 1 - Desprezível Aceitável
6-OCop B I 10-5 1 - Desprezível Aceitável
7-OCop B II 10-4 1 - Desprezível Aceitável
8-OCop A III 10-4 1 - Desprezível Aceitável
9-OCop C II 10-3 2 - Menor Aceitável
10-OCop A III 10-4 1 - Desprezível Aceitável
Nomenclatura Frequência Magnitude Risco Categoria Tipo de Risco
1-AMop B II 10-4 1 - Desprezível Aceitável
2-AMop B II 10-4 1 - Desprezível Aceitável
3-AMop A III 10-4 1 - Desprezível Aceitável
4-AMop A III 10-4 1 - Desprezível Aceitável
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10.3 Gerenciamento de Riscos e Acidentes Ocupacionais e
Ambientais
A partir da análise prévia dos possíveis riscos inerentes as etapas de
construção e operação da UTE Tijucas, quer sejam ligados a questões
ocupacionais ou ambientais, de origem interna ou externa, detectou-se
quais são os de maior magnitude e frequência, suas categorias e tipos.
As possíveis consequências danosas aos trabalhadores, população e
meio ambiente, que ocorrerem durante ou após uma situação de
emergência, poderão ser minimizadas, deste que sigam corretamente
as regras operativas aprovadas.
Para tanto é importante a existência de um Plano de Gerenciamento
de Riscos e Acidentes, com implantação efetiva de uma política que
vise garantir a manutenção dos níveis considerados seguros. Os riscos
devem então ser gerenciados de modo a reduzir sua probabilidade de
ocorrência e, em caso de acidente, que as consequências sejam
minimizadas, preservando a segurança e integridade física dos
trabalhadores do empreendimento, dos residentes locais e do meio em
que vivem.
Entre os riscos verificados neste estudo, foram identificados como
aceitáveis e não aceitáveis. Para os riscos aceitáveis, identificados
como os que possuem baixo grau de periculosidade associado à baixa
probabilidade de ocorrência, devem ser designadas ações e medidas
preventivas e mitigatórias para maior segurança. Além disso, para cada
risco aceitável em sua fase específica, devem-se seguir as normas
regulamentadoras de segurança do trabalho.
Embora, a metodologia adotada para este trabalho considere o Risco
de Explosão como aceitável, conforme suas particularidades preferiu-
se classificá-lo como não aceitável. Contudo, é importante salientar sua
baixa probabilidade de ocorrência, e porte do empreendimento, em
especial pelo pequeno número de funcionários (cinco funcionários) em
cada jornada de trabalho.
Os riscos não aceitáveis compreendem aqueles que têm grande
probabilidade de ocorrer e/ou têm como consequências danos
ambientais irreparáveis, perda de vidas humanas, entre outros. Para
estes, devem ser adotadas medidas de prevenção de riscos
específicas para cada categoria e fase. Desta forma, a existência e
especificação de riscos não aceitáveis no Plano de Gerenciamento de
Riscos e Acidentes torna-se essencial instrumento de prevenção, por
necessitarem de plano de ações emergenciais, conforme a análise
quali-quantitativa.
O gerenciamento destes riscos deverá ser planejado sobre o critério de
prioridade das ações conforme os fatores agravantes que compõem a
ocorrência dos riscos levantados neste estudo. Os planos e ações que
compõem o gerenciamento deverão respeitar a vigência das normas
regulamentadoras para cada situação específica.
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Salienta-se que deverão existir dois Planos de Gerenciamento de
Riscos e Acidentes distintos, um para fase de implantação do
empreendimento e outro para a fase de operação, os quais deverão ser
apresentados ao órgão ambiental nos primeiros relatórios de execução
dos programas ambientais da fase de implantação e operação,
respectivamente.
11 CONCLUSÕES
O Relatório de Impacto Ambiental foi realizado atendendo à legislação
vigente e ao termo de referência aprovado pela FATMA, tratando das
fases de planejamento, instalação, operação e desativação da
Termelétrica Tijucas.
A Tijucas, é uma UTE movida a gás natural, a ser instalada no
município catarinense de Tijucas. Seu mecanismo de geração de
energia elétrica utiliza um sistema combinado de turbina a gás e turbina
a vapor, mostrando-se como alternativa vantajosa à eficiência
energética. Simplificadamente trata-se da energia elétrica gerada a
partir da energia liberada em forma de calor por meio da combustão de
gas natural.
O processo de produção de energia termelétrica a gás natural pode ser
dividido em duas etapas principais: geração de energia a partir da
combustão do gas natural e co-geração, em que o calor proveniente
dos gases de exaustão é reaproveitado na forma de vapor. Neste
último o vapor gerado aciona a segunda turbina. A energia térmica,
portanto, transforma-se em mecânica e, em seguida, em elétrica.
O processo de geração de energia utilizado na UTE Tijucas se dá pelo
ciclo Brayton Rankine combinado, desempenhando um melhor
aproveitamento energético atrelado a uma solução menos agressiva ao
meio ambiente. Vale lembrar que a característica básica de
termelétricas de ciclo combinado é a operação conjunta de turbinas
movidas a gás e a vapor. Em relação a eficiência, no ciclo simples, o
grau de eficiência é de 38,7%, e no ciclo combinado fica em torno de
50%.
Usinas a gás, como a UTE Tijucas apresentam algumas diferenças das
demais usinas, visto que o gás natural é composto de hidrocarbonetos
leves, portanto a sua combustão é considerada mais “limpa”. Além
disso, o gás natural não requer estocagem, o que ameniza os riscos de
vazamentos, e, por ser mais leve que o ar, se dissipa rapidamente na
atmosfera, caracterizando-se como de baixo impacto ambiental,
quando comparada às demais. Outra vantagem da usina movida a gás
é a área ocupada, dispensando locais de estocagem de combustível,
como é o caso de termelétricas à carvão ou à óleo.
Para a efetivação deste estudo, realizou-se um levantamento de dados
dos meios físico, biótico e socioeconômico, objetivando-se caracterizar
adequadamente a área passível de impactos do empreendimento.
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A escolha do local de instalação da UTE Tijucas, vincula-se ao
atendimento às necessidades estruturais/conjunturais do Sistema
Interligado Nacional, justificando-se pela proximidade com
infraestruturas como vias de acesso à central geradora, subestação,
torres da linha de transmissão, “City Gate” e Estação de Entrega de
Tijucas da TBG. Além disso, o terreno destinado a impantação da UTE
encontra-se desprovido de vegetação, afastado de fragmentos de mata
preservados e da concentração urbana do município.
Para a determinação das áreas de influência do empreendimento
levou-se em consideração os principais aspectos impactantes nos
meios físico, socioeconômico e biótico, em especial o alcance da pluma
de dispersão dos poluentes atmosféricos (obtida por meio de
modelagem computacional).
De acordo com os estudos atmosféricos, o regime de ventos
apresenta-se desfavorável à dispersão de poluentes, possivelmente as
regiões mais próximas à usina sejam as mais atingidas pelas partículas
e gases de emissão. Ainda assim, considerando o pior cenário de
concentração de emissão, os resultados foram expressivamente
inferiores ao máximo permitido pelos padrões de qualidade do ar.
Ademais, o processo de geração de energia contará com uma correção
química na concentração dos gases de emissão, não comprometendo
a saúde da população e o meio ambiente. Também haverá na fase de
operação da usina, monitoramentos periódicos da qualidade do ar.
A operação da UTE Tijucas, não interferirá na qualidade da água da
bacia, pois, trata-se de um sistema fechado, que libera uma parcela
irrisória de água para o Rio Tijucas, e, com qualidade superior a
captada. Ademais, a usina contará com tratamento de efluentes nas
fases de implantação e de operação.
Quanto à geração de ruídos durante a fase operação da usina, o
funcionamento das turbinas e geradores serão os mais relevantes. Vale
salientar, que o cenário atual apresenta-se com níveis de pressão
sonora acima do permitido por lei para a área. Neste sentido, por
sugestão do parecer técnico, é importante que haja monitoramento do
ruído no início da fase de operação do empreendimento, visando
estabelecer o real impacto do ruído gerado pela usina.
Acerca do diagnóstico do meio biótico, conclui-se que a área a ser
implantada a UTE Tijucas e estruturas associadas, se encontra
descaracterizada em função da ocupação humana e suas atividades,
de modo que a grande parte da vegetação natural foi removida. Sendo
assim, a área em questão não representará perda signifcativa do ponto
de vista ecológico com a instalação do empreendimento.
Sobre o uso do solo na região, conforme o Plano Diretor classifica-se
como macrozona rural Terra Nova, e é caracterizado pela presença de
residências e por atividades agrícolas e atividades industriais
extrativistas, como olarias e cerâmicas.
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Sobre o socioeconômico, realizou-se um questionário com o intuito de
caracterizar o perfil da população residente próxima ao
empreendimento, além de conhecer suas opiniões sobre o mesmo.
Ainda contou com um levantamento de dados primários e secundários
da área de influência indireta da usina.
Sobre os possíveis impactos gerados apartir da instalação do UTE,
identificaram-se como positivos: alteração na oferta de empregos;
melhorias para o município e da localidade; alteração no mercado
imobiliário; incremento na arrecadação de tributos; e, principalmente a
geração de energia. A UTE Tijucas, além de gerar empregos e
dinamizar a economia local, representará uma adição na rede elétrica
do sub-mercado Sul de 56,054 MW de potência instalada. Sabe-se que
a cada 1 MW médio gerado pode-se abastecer em média 3.000
pessoas. Em um um funcionamento hipotético de 24h, os 56,054 MW
poderiam levar energia a 168.162 pessoas.
Entre os possíveis impactos negativos elencados nas etapas do
empreendimento, em sua totalidade são mitigáveis, e estarão sob o
controle de programas ambientais,, o que permite a manutenção dos
atuais padrões de qualidade ambiental.
Considerando a efetiva implantação da UTE Tijucas, destaca-se o
pioneirismo do empreendimento na região no que se refere à geração
de energia agregando eficiência energética e a utilização de um
combustível considerado menos agressivo ao meio ambiente. Desta
forma, o local atrairá outros empreendimentos, novas oportunidades, e,
demanda na geração de energia e em outros setores da economia.
Entre os riscos verificados, foram identificados como aceitáveis e não
aceitáveis, ambos, constantes no Plano de Gerenciamento de Riscos
e Acidentes - um para fase de implantação, um para fase de
construção - respeitando a vigência das normas regulamentadoras
para cada situação específica.
Por conseguinte, os resultados do estudo demonstram que o
empreendimento é ambientalmente viável e que os impactos negativos
apontados são passíveis de mitigação e compatíveis com a qualidade
ambiental da região. Em suma, o empreendimento está amparado em
princípios de otimização contínua de processos energéticos, bem como
na responsabilidade compartilhada com o meio ambiente e sociedade.
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12 GLOSSÁRIO
Afloramento - Qualquer exposição de rochas ou solos na superfície da
Terra. Podem ser naturais (escarpas, lajeados) ou artificiais
(escavações);
Área de Influência - São as áreas que sofrerão de alguma forma
interferência pela implantação ou operação do empreendimento;
Bacia Hidrográfica - Área total de drenagem que alimenta uma
determinada rede rio principal e de seus afluentes, onde normalmente
a água se escoa dos pontos mais altos para os mais baixos;
Bacia Sedimentar - Entidade geológica que se refere ao conjunto de
rochas sedimentares que guardam relação geométrica e/ou histórica
mútua, cuja superfície hoje não necessariamente se comporta como
uma bacia de sedimentação;
Compartimentação Estrutural - Estudo das feições estruturais das
rochas, da distribuição geográfica destas feições e das suas causas.
Trata da atitude, forma e arranjo dos estratos na crosta terrestre e as
mudanças que neles ocorrem como resultado das deformações e
deslocações;
Diagnóstico Ambiental - Estudo da situação de qualidade de uma área,
a partir do estudo das interações e da dinâmica de seus componentes,
quer relacionados aos elementos físicos e biológicos, quer aos fatores
socioculturais;
Drenagem - Coleta do excesso de água do solo e sua condução para
rios ou lagoas, através de canais fechados ou abertos;
Efluentes Líquidos - Esgoto que podem ser domésticos ou industriais e
podem levar à poluição ambiental;
Estratigrafia - Ramo da geologia que estuda a sucessão original e a
idade das seqüências das camadas nas rochas;
Formação - É uma unidade genética, que representa um intervalo de
tempo e pode ser composta de materiais de fontes diversas e incluir
interrupções pequenas na sequência;
Fossa Séptica – É uma unidade que trata os esgotos domiciliares a
nível primário. Nela é feita a divisão físico-química da matéria sólida
presente no esgoto. É encontrada principalmente como destino para os
efluentes domésticos e funciona como alternativa na ausência de rede
coletora de esgoto.
Geomorfologia - Ciência que estuda o relevo da superfície terrestre,
sua classificação, descrição, natureza, origem e evolução, incluindo a
análise dos processos formadores da paisagem. Pode ainda ser
inserido o estudo das feições submarinas;
Grupo - Unidade litoestratigráfica formal, de categoria superior à
formação, e constituído necessariamente pela associação de duas ou
mais formações, relacionadas por características ou feições
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litoestratigráficas comuns ou por referenciais litoestratigráficos que o
delimitem;
Hidrogeologia - Ramo da geologia que estuda o armazenamento e
circulação das águas subterrâneas na zona saturada das formações
geológicas, considerando suas propriedades físico-químicas, suas
interações com o meio físico e biológico e suas reações à ação do
homem;
Impactos Ambientais - Qualquer alteração, benéficas ou não, das
propriedades físicas, químicas e biológicas do meio ambiente, causada
por qualquer forma de matéria ou energia resultante das atividades
humanas que, diretamente, afetem: (I) a saúde, a segurança e o bem-
estar da população; (II) as atividades sociais e econômicas; (III) a biota;
(IV) as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente; (V) a
qualidade dos recursos ambientais;
Impermeável – Corpo que não se deixa transpassar por fluidos.
Intemperismo - Conjunto de processos atmosféricos e biológicos que
causam a alteração, decomposição química, desintegração e
modificação das rochas e dos solos;
Investigações por métodos diretos – São investigações geológicas que
permitem a observação direta do subsolo ou através de amostras
coletadas ao longo de uma perfuração ou a medição direta de
propriedades in situ. Ex. escavações, sondagens e ensaios de campo;
Investigações por métodos indiretos – São investigações geológicas
onde as propriedades geotécnicas dos solos são estimadas
indiretamente pela observação a distância ou pela medida de outras
grandezas do solo métodos tais como, sensoriamento remoto e
ensaios geofísicos;
Licenciamento Ambiental - É o ato administrativo vinculado em
definitivo pelo qual o Poder Público, verificando que o interessado
atendeu a todas as exigências legais, permite o empreendedor de
realizar o empreendimento requerido;
Manejo - É o ato de intervir ou não no meio natural com base em
conhecimentos científicos e técnicos, com o propósito de promover e
garantir a conservação da natureza. Medidas de proteção aos
recursos, sem atos de interferência direta nestes, também fazem parte
do manejo;
Medidas corretivas - Ações para a recuperação de impactos ambientais
causados por qualquer empreendimento ou causa natural. Significam
todas as medidas tomadas para proceder à remoção do poluente do
meio ambiente, bem como restaurar o ambiente que sofreu degradação
resultante destas medidas;
Medidas de Controle Ambiental - Medidas tomadas pelos responsáveis
pela execução de um projeto, destinadas a compensar impactos
ambientais negativos, notadamente alguns custos sociais que não
podem ser evitados ou uso de recursos ambientais não renováveis;
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Medidas mitigadoras - São aquelas destinadas a prevenir impactos
negativos ou reduzir sua magnitude. É preferível usar a expressão
"medida mitigadora" em vez de "medida corretiva", uma vez que a
maioria dos danos ao meio ambiente, quando não pode ser evitada,
pode apenas ser mitigada ou compensada;
Medidas preventivas - Medidas destinadas a prevenir a degradação de
um componente do meio ou de um sistema ambiental;
MMA – Ministério do Meio Ambiente;
Monitoramento - Observação e avaliação contínua de certos
parâmetros ambientais ou populacionais, indicadores do funcionamento
e da dinâmica de um ecossistema;
Monitoramento Ambiental - Determinação continua e periódica da
quantidade de poluentes ou de contaminação radioativa presente no
meio ambiente;
Nível freático – É definido como a altura, em determinado tempo e
local, da superfície freática ou piezométrica de um aqüífero;
NBR – Norma Brasileira - Sistemas da Qualidade;
Padrões de qualidade da água - Plano para o controle da qualidade da
água, contemplando quatro elementos principais: o uso da água
(recreação, abastecimento, preservação dos peixes e dos animais
selvagens, industrial, agrícola); os critérios Para a proteção desses
usos; os planos de tratamento (Para o necessário melhoramento dos
sistemas de esgotamento urbano e industrial); e a legislação
antipoluição para proteger a água de boa qualidade existente;
Poder Calorífico – É a quantidade de energia interna na forma de calor
contida na substância, a qual pode ser liberada pela combustão.
Recursos minerais – São as concentrações minerais na crosta terrestre
cujas características fazem com que sua extração seja ou possa
chegar a ser técnica e economicamente factível;
Resíduos sólidos - Todos os resíduos sólidos ou semi-sólidos que não
têm utilidade, nem valor funcional ou estético para o gerador e são
originados em residências, indústrias, comércio, instituições, hospitais
e logradouros públicos;
Rocha pelítica - Rocha sedimentar formada de partículas finas - silte e
argila, ou seja, de granulometria abaixo de 0,06 mm;
Rochas sedimentar - Rocha composta de material erodido de um
terreno pré-existente e transportado ao seu lugar de acumulação onde
é depositado;
Sismos - Vibração ou tremor da crosta terrestre;
Sistema Supervisório – Monitoramento e rastreamento de informações
em um processo produtivo ou instalação física.
Sub-bacia - Área terrestre a partir da qual todas as águas fluem,
através de uma sequência de córregos, rios e eventualmente lagos
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para um determinado ponto de um curso de água (geralmente um lago
ou uma confluência de rios);
Tectônica - Estudo dos movimentos contínuos e descontínuos da
crosta terrestre devido a esforços de tensões e deformações.
Termelétrica – Instalação que produz energia elétrica através do calor
liberado pela queima/combustão de produtos considerados potenciais
combustíveis.
Terraplanagem – É a técnica construtiva que envolve movimentação de
solo com a finalidade de aplainar e aterrar um terreno.
Topografia – É a ciência que estuda os instrumentos e métodos
utilizados para obter a representação gráfica de uma porção do terreno
sobre uma superfície plana.
Unidade de Conservação - Espaço territorial e seus recursos
ambientais, incluindo as águas jurisdicionais, com características
naturais relevantes, legalmente instituído pelo Poder Público, com
objetivos de conservação e limites definidos, sob regime especial de
administração, ao qual se aplicam garantias adequadas de proteção;
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