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ASSIGNATURASOORTl
Ôá*<3. . . . /(S/000
@44**4*4e. . ^W
Propriedade de —
Redacção Sua da Quitanda n. 56
Imp. T.itb. a vapor da P Braga le 0
ASSIGNATURASPROVÍNCIAS
©Amo.&4moá4*.©Auuáo. .
J0/00A/J/00À
Rua Nora do Ouridor Ni. 90 a 39 -^j m f
i"f ^K"lí\*^^r*»^.«-x3</í_Ufl B!^^^^^^^^^x£XÃ3P'*^9ÇI*^Í»VÍb.*^Çb!i83SSRÍ ^^¦¦^^B - -"G*' *'v^R
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Os últimos momentos.
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O MEQUETREFE 20 de Setembro, 1885.
o MüMÜTWE ¦,s - y*y
Rio, 20 de Setembro de 188S.
Redacçao, rua dá QúHanda n. 56
* ¦ ' yy :.y- fâ
O nosso escriptorio acha-se aberto das7 horas da manhã ás 6 da tarde.
... —, * . .
* Recebemos:su'" 'Processo da monarchia brazileira, necessidade da con-
vocação de uma Constituição, pelo Sr. Dr. Anfriso Fialho.¦- - • > >Conselheiro Franklin Doria, biographia por Timon. Faz- parte da terceira serie de Estadistas eparlamentares.
I — Gil Braz de Santilhana*,'fase. n. 4. Nada fica a dever em.magnificência aos três primeiros.
A Illustracçâo, n, 16. Feliz escolha de artigos e gravuras.-A Semana, ns. 36, 37 e 38. Este ultimo traz o retrato de
Gonçalves Dias.*-r Jornal das crianças, n. 4.
t$i&M<JÍ^W*' 3, impresso em papel verde e amarello porter sido distnbuido no dia 7 de Setembro.• -Distração, ns. 49 e50. Cada vez mais interessante. Está
publicando, bomitos contos de Luiz Guimarães Júnior.0 Cadastro da Policia, n. 29. •
y -La Víw dei Popolo, n. 214. Traz as suas cores nacionaespor ser distribuído hoje. anniversario da entrada das tropas ita-lianas ein Eoma.
Convite da Confederação Italiana do Rio de Janeiro, parao festival comemorativo que realisa hoje no theatro S. Pedro deAlcântara.-Convite para ? brilhante concerto realisado ante-hontem
pplo notável violpncenista portuguez Frederico do Nascimento, noConservatório de Musica.
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Politicagem
O heróe da semana não foi o Sr. Duque deSaxe. 75 contos pof anno ! Um páo por um olho,Alteza I Menos um ou dous puros sangues nas estre-banas principescas. # 4
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E os príncipes D. Josée D. Pedro sem os seiscontecos para os alimentos irão morrer á fome ? Nâocreio. Em S. Christovam a meza é lauta, e onde
come um, comedi dous, lá dizem p ditado e o Sr. D.Pedro IÍV* fi.*|i| ¦ ¦ :¦ "''¦•¦
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Quem lhes mandou deitar entrarem republi-canos na Cadeia Velha? Ahi têm os resultados IDeitam de fora as mangüinhas... e os príncipes...e os principios !¦¦'¦¦•"'""¦''..¦.''
.
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E o projecto-Bosco, arrematado pela situaçãoconservadora ?
Lá anda a fazer no Senado o seu passeio sobregargalos de garrafa.
E o grande caso é que se equilibra perfeitamente.O Sr. de Cotegipe é um Sureesh Biswash. de se
lhe tirar o chapço !Cosme.
Um candidato
O Sr. Malvino Reis apresenta-se candidato â de-putação geral pelo 6o districto da provincia do Rio deJaneiro.
O illustre cidadão descobrio ura novo systema deapresentar caudidatura ; a carta preventiva annun-ciando a circular definitiva.
— Não comprometiam os seus votos antes de ler aminha circular ! brada o Sr. Malvino aos seus pa-tricios dos figjtacazes.
O que faz lembrar os annuncios de certas lojas :— Ninguém compre camizas sera ir primeiro á ruaTal numero tantos.
Estimo que a pretensão politica do Sr. Malvinoseja bem suecedida, para proveito de Campos e dotheatro nacional.
Flik-Flok.
Bellas Artes
Noticias de Pariz dizem que Oirtfn e Vasquezestudam com vontade e têm feito muitos progressos.
Déx
Os nossos pezames á Exma. Sra. Dona C. F.F.pelos caboclos expostos na Glace Elegante.
Sinceras condolências ao Sr. Rosalbino Santóro,pela sua vista do Rio de Janeiro, tomada da ilha das
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20 de Setembro, 1885.0 MEQUETREFE
Cobras. Ha ali um escaler maior que o Pão de As- 3
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vel So°veTd?rd? mSV Mn Petit Pelü detesta.
Ie lhe peguT. "* ***?***: Não ha por onde
X "Parabéns as Sr. Estevam Silva pelas fructas oueexpoz na mesma casa. F 'rucras que
X**"- I
X; Quem aos poucos está se. tornando, um Dnv*•gista muito aceitável é o Sr. Franca Junio WÊtmcto.escriptor ha de ser em tudo companheiro in"paravel do suecesso. ^uneiro mse-
#
Cosmé;
forte, o sangue precipita-se sob essa pelle de ooala
' As suas toiiletes tão originalíssimas e doidas- oraevidentes até a extravagância, ora sombrias como esahissem g„tos de desespero do velludo e da sedTLese enroscam, d.vinas cobras, em torno do seu Xcorpo. A sua existência é igual ás suas toiiletes dnrante uma semana, um vertiginoso'turbilhão de ÍS"tares e bailes, arrasta-a, a endiabrada v A? da du'queza embriaga e arrebata o cortejo de adoradoresque a nao deixa nunca ; alguns" dias depois o paSfecha-se ; a duqueza passa* os seus dias no oKtoocom os olhos erguidos para o Christo - mSque Bonnat pintou para ella e que ninguém conhece
Níotlciarete
-Acha-se na Corte o illustrado Dr Rebourgeor discípulo de Pasteur, e Director da ImperialEscola
Jeterinana e de Agricultura Pratica.de Pe-lotas. Nao haverá por ahi alguma besta enferma ?A - Ultimamente tem se fallado muito dos Índios, enchanas do Amazonas, e da catechese promovidapelo Dr. Barboza Rodrigues.¦;
O ilustrado botânico remeteu um relatório aoSr mm.stt-0 da Agricultura, que jã o mandou pu-pubhcar. Deve ser um trabalho interessante.- Não se sabe em que deu o incidente Calado.Jredra em cima.
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V. ¦-". .¦
A cieatriz¦. ____ t
A duqueza é formosa e altiva e n.,^^pes.oa a vê passar no seu huü reZt p^tZ*nado de botões de oiro, pensa que ha mX?Joquem o destino ^ ^e §0^belleza, espirito e riqueza ; ninguém r/nJa^rsombrio que se Ihes^oncemraIooi of-duas e?rellas no crepúsculo - na expressão desolada dl'abios, aceusando em uma prega o desdém en S?fnmento : e se por accaso vemos a cicatrizScon JSs^c^pregados de oiro, a horrível S^cggíS. tada com tao angust.oso cuidado, conciu.Wn'" ,dama se queimou na oceasiâo em queK ^X,3bellos claros e macio», üluminados a SU 1
moSS íhrite ^ •UqUCZa tem a ondulacão domoire, o brilho do setim, a carne é uma fiôr-
' mi„ndo o coração pulsa impero por uma commS
"'- "V Aa'a a'- .*, ""> "» . .rAjA-A . . v :-|"'-'Y .«¦'"'"'-¦ e, :-,"e. .'-.y, YY" ¦¦' '*¦'¦¦ ".'--,¦'.,.,-''.. y- •¦'-"'.*'¦;
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O marido viaja e todos a julgam feliz nelo fiw«de estar separada por muilo tempo pafalmpealvez, do homem vulgar que não foliava que^Semp lava extatico a adora.vel creatura. cujalosse sês%t8sUerasVuaoerheth?°Ur0 ^ ^ ^P^Süos cães e supentendia o tratamento do cavalln favonto Quando perguntam noticias d'efleTduqUeza*- o que e raro, quem se preoecupa com esse IT!
possuir um bel o nome - ella empallidece e nlnresponde.;pung,l-a-ha o, remorso de nío chamarpara junto de si um marido que a amava ?A duqueza tem muito espirito e a d**iW*« aphrase dè Mme. Lamberc, que affirma Jc ZTmülher nunca é espirituosa sinão á custa dasuaZnZTmnguem lhe conhece um amante. Entmanto mí 'mura-se ao ouvido um nome: um bonito TfmZl'que outr'ora apaixonou a dama, e qMdííS?-desappareceu ; seu marido ách.valseeKilTSI'época, mas esse simulacro de marido n"o .
"ncS?moda va, ao contrario, tornava ainda mais El"essa bonita pa.xão, toda enflorada de Eia? n *pnohibidas. Era pois á memória do prindi8?""1duqueza permanecia fiel, as ebriedade/ SÍ P q Vpunham lagrimas nas suas long
' pestanas !T&Ú°vam a cornos lábios, que já não slbíZe*P*&-áquelles que tinham encontrado
°pr&? J*rr» '
ma acompanhando uma cantora celebre enrT.^°"os hombros ; e as suas amigas riam esn/nci ° h'am
contando a historia do ingràtd qu?S5;Tinente'amável convivência de LTZIT^-^ ?jrtmmT
os olhos da m^"^^ *
s^my^z:zzh£^'-a uma arvore soltando um gemido surdn a
CnCOntrotempo que.um homem lhe tràv^do^lmesmo"arrastava. , Invdva aos pulsos e a
>i ...-'-^^ -"' :Yi:r"--" •'>¦'¦¦¦ . V í,YV'V«:-.r:r ¦¦;YVÍY^*:
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6 O MEQUETREFE
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Entraram.ambos no boudoir forrado no setimcreme, o elegante boudoir. onde ella ouvira tantaspalavras ternas, onde permittira tantos gestos apai-xonados ; ellè atirou-a para um divan, o marido ul-trajado, e como um animal furioso, bateu-lhe comos pés, com as mãos cerrando os dentes, sem fallar!
^Ella não gritou 1 Com as suas maravilhosasmãos, com as süas: mãos flexíveis, de dedos curvoscom o arco do amor e que parecem modelados emmármore rosa,, deligenciou cobrir o rosto, mas aspancadas choviam sobre essa boca adorável, tepidade beijos, sobre esses cabellos tão finos que umsopro-os fazia voar como plumas, sobre esse corpodescido do Olympo em uma nuvem ; as bofetadasorvalhavam de sangue essas faces similhantes a pe-cegos maduros ; e quando lhe faltaram as forças parabater, pizou-a aos pés, ferio-a com o tacão da bota ;por ultimo cuspio-lhe nã face a ignóbil injuria, efugio deixando-a humilhada, morta 1
Depois d^esse dia, a duqueza adora o homem,que é seu marido, eque nunca*mais tornará a ver ;a sua alma ulcerada deu-se aquelle cuja cólera deTitam agitou todas as fibras do seu ser ; nunca, nem Iumsó momento, se lembrou do cobarde amantefugindo nas trevas da noite ; estende as mãossuppli-cantes para esse esposo que não se dignou matal-a,e em longas orações murmuradas rio oratório, pedea Deus que lhe seja dado vel-a ainda, uma vez, umaúnica, para se prostrar aos seus pés, beijar-lhe osjoelhos, e èm um grito de paixão ardente, inven-cível, fazer-lhe comprehender a sua dor e o seueterno amor.'¦- Mostrar-lhe-ha a cicatriz que esconde sob os fri-zadosde oiro-.; elle comprehendêrá que depois da suapartida, n'essa horrível noute, ella tentou quebraracabeça contra o mármore do f0fráo, perdoará,mm A duqueza permanece amortalhada erriyidâ nessa ternura inextinguively morrerá soberbae, altiva, recusando todas as consolações, morreráde amor por aquelle que ella tem o direito de amarpor aquele que rnão pode amar I
Jeanne Thilda .
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20 de Setembro, 1885
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; ;¦ A velhice do Padre Eterno
Já se acha publicado este livro de Guerra Jun-flueiro, que ha dez annos era anciosamente esperado
. Nao^nos parece que esteja na altura da Morle deV. João ; mas, ainda assim, passou por essas du-zeptas paginas Um sopro quasi genial de poesia e de'- ¦:* > r
'' * ¦ .i
Para dar aos leitores uma idéa do livro, vamostranscrever a composição que o poeta denominou aWdra,e escreve», diz elle, ao ver passar um bando«e seminaristas.
«Olhae, vêde-os passar em legiões escurasIntonsos, apezar de todas as tonsuras,Com um ar imbecil, caliginoso, estranho,Marcados a tesoira assim como um rebanhoE envoltos em cruéis balandráos de entremez, "- As lobas, sob as quaes ha lobos muita vez
'..O' galuchos da Fé, recrutas do Divino, 'Que um chocalho de bronze hype*rbolico -um sino -Faz erguer, faz dormir, faz deitar, faz andar,Eu não sinto por vós, marionettes do altar'Nem ódio nem rancor. Sois victimas. ÇoyJlaDobra-vos a cérviz com a canga da estoía,E jungindo-vos, bois nocturnos, ao arado',
. Rasga comvosco o negro e fúnebre valladoAonde o vosso Deus semeia para a infância' .A flor da estupidez e o trigo da ignorância.A Egreja, a cortezan sensual de ventre obesoHontem mulher de Christo e hoje mulher de^resoPara.a rapina odiosa e vil de que se nutreMochos, deu-vos a calva ortodoxa do abutre!Matilha de Leão XIII, a vossa presa é o mundoTartufo, bode obsceno e theologo profundo,Ensina-vos, conforme o ritual mais perfeito •A cruzar, como S. Francisco, as mãos no peitoSob a sotaina arqueando a gravidez das pançasA impor jejuns, benzercaixões, salgar creanças
'A grunhir, a ladrar sermões, missas cantadasE a escripturar o céo por partidas dobradas
'Nao vos odeio, não, pallidos salafrários •Vós sois unicamente os comparsas murtuariosDo papa, esse Barnum que assombra a multidãoCom o Espirito-Santo a vir comer-lhe á mãoSatanaz a frigir (sarrabulhada trágica !jHeresiarchas de estopa em caldeirões de mágicaE Jehovah, um urso estúpido e cruel '
A lamber-lhe a sandália, a babujar-lhe o annelE a ameaçar furibundo este mundo precfto '
A rufos de trovões no tambor infinito 'A Egreja é uma serpente escura, bicho imniundo,Gigantesco réptil que dá a volta ao mundoE em cujas espiraes ebrias de raiva insanaUm Laçooote immortal-a consciência humana,Ha séculos se estorce em convulsão atroz. ¦Os elos d'esse monstro implacável sois vósSacnstas. A cabeça é o papa. *
ta^ n Ora, as serpentesTem a força na cauda e o veneno nos dentes.»
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Gberra Junqueiro é verdadeiramente um grande^oeta quando faz versos lyricos.Si elle de uma vez por todas, se deixasse de
padres e de egrejas, a litteratura portugueza ga-nhana immenso com essa resolução.Deixe-nos Guerra Junqueiro um poema modernosobre o amor, e o seu nome passará á Posteridadenuma nuvem azule serena.
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20 de Setembro, 1885. O MEQUETREFE
O jogo
Vamos de mal a peior.Todos os dias apparecem novas loterias.E o caso é que ninguém sabe quem tira a sorte
grande.Bem fe#z a Policia, acabando com as barraquinhas
do Campo.Mas, uma vez que prohibio o jogo cornos cavai-
linhos de chumbo, prohiba-o^ também com os decarne e osso.
* »
Onde vamos parar ?E as.taes kermesses que, sob o manto da caridade,
vão incutindo nas crianças o gosto pela jogatina ?Acabe-se com tudo isso. Seja prohibido jogar,seja qual fôr o jogo, seja qual fôr o pretexto.Só assim poderemos ser ura povo honrado.
TlC;
A companhia dramática do Sant'Anna fbie-se...A companhia dramática do Recreio só representa
peças velhas, visto que quem alli vae o faz menospelos espectaculos du Dias Braga que pela kermessedo club Thalia.
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A companhia Manzoni dissolve-se...A companhia Heller continua era S. Paulo...Só temos os cavallos dos irmãos Cario e os ma-
cacos do Sr. Salvini....»¦¦•
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A certa velha de quem sou visinho
Madruga a velha rouca; eu,,mísero visinho,l)o somno perco logo a bemaventurança:Ouço-lhe a rouca voz, a vpz que não descançaEmquanto não me tira aos meus len.çoes de linho.
Nas horas èm que o somno espalha mais carinho,Desperta a tal megera e principia a dança: -Insulta a pobre negra e ralha co' a criança,Palmatoadas dá n'um triste molequinho.
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Chama burro ao cunhado e manda-o comer palha,Investe contra a neta e descompõe a nora,Porque no chão deixou cahir uma toalha.
Tu, que és o cão tinhoso em fôrmas de senhora,Oh ! ralha, ralha e ralha, e ralha mais... e ralha...Mas deixa-me primeiro ir para sempre embora.
Na cama, 1874. Arthür Azevedo.
Por isso mesmo os espectaculos da rua do Livradjotêm sido muito concorridos.
Os tigres e leões têm feito muita sensação. v0 outro dia vi trabalhar no trapezio volante um
acrobata chamado Ozor, e confesso que ainda não viartista raais perfeito no gênero.
Si eu tivesse um ideal de acrobata, seria elle,Ozur.
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A despedida da Duse-Checchi realisou-se com umespectaculo que deixará gratas recordações a quantosse acharam presentes.
Reprezentou-se o bello drama de Augier — Leoaspobres—, e forçoso é confessa? qtie, desta vez, foi o*;Rossi quem teve as honras da noite. Já não era sem }tempo. í
No final da peça a menina Cândida Barata re-'citou de uma frisa uraa bonita poesia do nosso i\$-ltineto collega Dr Valentim Magalhães. Todos seadmiraram do timbre da voz dessa criança e da jus-teza de todas as inflexões. Uma pequena artista.
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Falla-se em mil¦« uma novidades; não quero ante-;cipar para não mentir... corao me siiccede ás vezes, i
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E' lastimosp o estado actual dos nossos theatros.Não tem o publico para onde ir.
A companhia lyrica italiana foi-se...A companhia dramática italiana foi-se..'.
Pedimos aos Srs. assignantes a quementregamos recibos em confiança, o obse-quio de remetterem o importe dos mesmos;e assim também aos Srs. que se acham ematraso de suas assignaturas. A Empreza.
Typographia da Distracção, r. d'Ajuda 31 « ,-. Gonçalves Dias 40.
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