10
O CAMPO Lamparina Revista de Ensino de Teatro EBA/UFMG. Volume 01- Número 02/ 2011.

8 - Teatralidades Na Tenra Infância

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Tearia

Citation preview

  • 55

    O CAMPO

    Lamparina

    Revista de Ensino de Teatro

    EBA/UFMG.

    Volume 01- Nmero 02/ 2011.

  • 56

    Teatralidades na Tenra Infncia, ou Bolacharecheada na cena contempornea

    Marina Marcondes Machado1

    RESUMO Esta reflexo trata da riqueza cotidiana de ambientes, contextos, relaes vividas por crianas muito pequenas: consigo, com o outro e com o mundo. Um dos mbitos desta riqueza a autora nomeia teatralidade: algo relacionado diretamente com a capacidade imaginativa e brincante, que se desdobrar em brincadeiras de faz de conta, e, bem mais tarde, nas possibilidades do fazer teatral. Os primeiros passos desta teatralidade encontram-se na relao da criana com os adultos cuidadores cujo cenrio primordial o corpo prprio: lugar de vivncia e pesquisa de si mesmo, passo fundante para estar com os outros de modo ldico, na condio de pertena, condio doada e cultivada pela segurana do colo e do cuidar adulto. Pertencer participar ativamente, gritar, saltar, bater palmas, balbuciar, bem como perceber a si mesmo, ao outro e o entorno de muitas maneiras, introspectivamente inclusive. Participar ativamente e perceber introspectivamente so caminhos para a educao esttica das crianas pequenas, na direo de fazer teatro e usufruir teatro, fazer msica e usufruir msica, danar e usufruir dana, fazer arte e usufru-la. Enxergar teatralidades nos gestos cotidianos, ordinrios e comuns parte do exerccio de um olhar antropolgico para a criana, olhar que enriquece a leitura adulta das culturas da infncia. Palavras-chave: Infncia. Teatralidade. Cotidiano.

    ABSTRACT

    This text studies the wealth of everyday environments, contexts, and relationships that very young children experience within themselves, with others and with the world. The author gives the name of theatricality to a dimension from these environments: the childs imaginative and playful capabilities, which unfold in games of make-believe and, much later, in the possibilities of making theater. The first steps of this theatricality can be found in the childs relationship with care-giving adults. The primary setting for this relationship is the body itself: a place of experience and research of self, where the child, secure in the condition of belonging thanks to the caring adults embrace, takes fundamental steps to be with others through play. Belonging means to participate actively, yell, jump, clap, babble, and understand ones self, other people, and the environment in many ways, including introspectively. Actively participating and introspectively perceiving are pathways in the education of young children

    1 Pesquisadora das relaes entre infncia e cena contempornea, formadora de professores de teatro e docente na Escola Superior de Artes Clia Helena. Psicloga, mestre em Artes e doutora em Psicologia da Educao, terminou em 2010 seu ps-doutoramento em Pedagogia do Teatro, na ECA/USP (Bolsista FAPESP).

  • 57

    toward making theater and enjoying theater, making music and enjoying music, dancing and enjoying dancing, making art and enjoying it. Perceiving the theatricality of daily, ordinary gestures nourishes the anthropological viewpoint of the child, and this enriches an adults reading of childhood cultures.Key words: Childhood. Theatricality. Daily life.

    Este texto comeou a ser preparado no momento em que fui convidada a participar de uma mesa de debates em um evento organizado pelo Centro Cultural So Paulo, cuja temtica tocava a Conversas poticas entre arte e bebs, acontecido em agosto de 2011. Convidada inicialmente por Fabiana Prado para falar sobre teatro e bebs, percebendo as crescentes referncias a crianas muito pequenas e o usufruto da arte, e em especial o mote teatro para bebs, percebi que seria rico e interessante falar sobre minha experincia com crianas pequenas, bem como meu encontro com a antropologia da criana. O estudo da fenomenologia, das propositivas da antropologia cultural, as relaes entre a cena contempornea e a vida cotidiana me levam a ficar em alerta, em uma postura crtica em relao ao surgimento de um possvel novo filo de mercado de consumo e cultura: arte voltada para crianas de zero a trs anos. No entanto, a ateno adulta especialmente voltada s crianas pequenas importante e do interesse das prprias crianas envolvidas. O que precisamos agora discutir o que os adultos faro com isso.

    Noo de infncia

    Comeo esmiuando, amassando, desdobrando e revisitando minha noo de primeira infncia, construda ao longo de 15 anos de um estudo interdisciplinar entre psicologia, arte e educao. Bebi da fonte da fenomenologia tal como proposta por Maurice Merleau-Ponty (1990a; 1990b) em seus Cursos na Sorbonne. Do estudo desta parte da obra do filsofo Merleau-Ponty, surgiu a imagem de uma Flor da vida, elaborada durante minha pesquisa de doutorado, e posteriormente, a noo da criana como performer, em meu ps-doutorado (ECA-USP/bolsista FAPESP), momento no qual realizei pesquisa etnogrfica das crianas na cidade de So Paulo, algo que desdobrou-se em dramaturgia e cujo tema foi o tempo de espera das crianas pequenas. Uma Flor da vida uma pessoalidade, feita das ptalas outridade (relao criana-outro), corporalidade (relao criana-corpo), temporalidade (relao criana-tempo), espacialidade (relao criana-espao), linguisticidade (relao criana-lngua) e o cabo nutriente da flor: a mundaneidade (relao criana-mundo). So esses os eixos existenciais a partir dos quais podemos tecer anlises fenomenolgicas com fios e tessituras de situaes cotidianas, ordinrias. O que rega a Flor da vida? A responsividade do adulto, inicial e especialmente.

  • 58

    A criana, ao longo da primeira infncia, encontra-se mergulhada na vivncia de seu espao corpo prprio (Merleau-Ponty, 1999). So experincias de toque: cuidado, trocas, banho, colo, e que lhe do a noo de contorno, de limite e de espao. Da o papel do outro ser fundamental/fundante: como a criana foi tocada, cuidada, trocada, banhada, levada no colo, fato nico, algo ntimo e identitrio da dupla me-beb, e beb-cuidadores. a esta relao de profundo convvio com os outros que a fenomenologia nomeia outridade. na outridade, na relao eu-outro, que a corporalidade, relao eu-corpo se desenha. E o corpo prprio, acompanhado pelo outro, encontra-se no mundo: adultos e crianas habitam o mesmo mundo, diferem apenas no modo de viver nele, de apreend-lo. Esses modos inserem-se num dado tempo, num dado espao, numa dada cultura: temporalidade, espacialidade, mundaneidade. O uso destas palavras, na perspectiva da fenomenologia, comunica a no existncia de separao eu-outro, eu-tempo, eu-mundo. Portanto dizer mundaneidade no sinnimo de dizer a relao da criana com o mundo, pois ela encontra-se no mundo, mergulhada nele, de tal forma que a criana est no mundo tanto quanto o mundo est nela. Ela ser-no-mundo, no h, nesta leitura, divises nem distines entre indivduo e ambiente.

    Noo de teatro

    O grande risco de se propor a ida ao teatro para crianas muito pequenas seria incorrer no que eu hoje nomeio, a partir da leitura de Merleau-Ponty, a intelectualizao da experincia. Merleau-Ponty nos ensina que a criana pequena experiencia o mundo num modo de ser e estar pr-reflexivo. Anterior a qualquer possibilidade de distanciamento de si, a criana no egocentrada ao contrrio do que formulou Jean Piaget, ela mundocentrada: vive a vida sem filtros, sem aparato intelectual para distanciar-se, defender-se, apalavrar-se; ela est ausente do mbito representacional, e seu modo de simbolizar onrico, polimorfo e vivencial e sua estrutura egica como que um rabisco. Tudo depender de a qual teatro o beb adentrou, como foi que isso aconteceu, quem eram as pessoas que encenavam e qual a dinmica relacional disso tudo. Nesse sentido seria importante que teatro para bebs fosse o mais prximo possvel da performance, do happenning, dos environments! Acontecimento situacional, que inclusive no necessita acontecer entre as paredes da sala do teatro. Coisas interessantes acontecendo: tocveis, tangveis, audveis, palatveis cheias de teatralidade, de criao de tempos e de espaos. Meu caminho para pensar a relao entre teatro e bebs, hoje a trilha antropolgica, traada pelas relaes adulto-criana e criana-cultura, e est demarcada pela observao cuidadosa dessas relaes. Proponho, em meu pensamento atual, a no necessidade da ida ao teatro como experincia vivida e dado observacional na tenra infncia; antes, proponho, em

  • 59

    sintonia fina com a arte contempornea, uma vida repleta de atos performativos e teatralidades. Entenda-se como exemplos de atos performativos de um beb: Gritar Rir Chorar Puxar Cuspir Babar Jogar-se Jogar coisas Dormir Abraar Fazer careta ou beicinho Apontar Dar tchau Assoprar a vela do primeiro aniversrio Bater palmas Beliscar o outro! Comer uma bolacha recheada no metr!

    Qual o mote para que as aes aconteam de modo performativo? Do que se precisaria para que um ato cotidiano fosse vivido como um acontecimento, happenning ou evento/ coisa environmental, como querem os anglo-saxes?

    Brinco de planejar aes performativas

    Para responder minha prpria pergunta, vou brincar de planejamento e introduzirei como contraponto maneira tradicional de se ver e fazer teatro dentro do teatro as hipteses contemporneas que dialogam com a antropologia do cotidiano e as artes sem fronteiras teatro fora do teatro, inserido na vida mesma. 1.Atividade: andar no metr; comer uma bolacha 2.Metodologia: na vida cotidiana, propor criana o protagonismo 3.Lista de material: um beb e um adulto cuidador; adicione uma bolacha

  • 60

    4.Objetivos: Objetivo geral, viver a vida plenamente; objetivos especficos: conhecer

    meios de transporte e a bolacha recheada e obter prazer nesta nova experincia de sabores, toques e meleca.

    5.Habilidades a serem desenvolvidas: No adulto, a pacincia, a responsividade, a capacidade de preocupar-se

    (concerning) com o outro. Na criana, o sentimento de pertena (belonging), de modo que a criana

    se veja acolhida e compreendida em seu cotidiano, e criar, ela mesma, atos de significao.

    Um neurologista de um tipo de corrente que poderamos nomear, grosso modo, de velha guarda, poderia dizer que, na narrativa que se seguir (Cara, Olha Esta Bolacha!), quem viu tudo aquilo e expressou em palavras foi o adulto, no o beb Aqueles que assim pensam revelam o modo de ser que eu chamo de realista em estrito senso. Um neurologista mais contemporneo, leitor digamos de Maturana, dir que o beb a mente humana mais malevel possvel; trata-se de uma pessoa em processo, uma pessoalidade passvel de toda plasticidade que se possa imaginar. A traduo em palavras do encontro com a bolacha, feita por um adulto, poderia tanto enriquecer quanto diminuir a experincia da descoberta e do usufruto do ato de lamber, sorver, tocar, etc. a bolacha recheada. Um psicanalista estudioso de Winnicott diria que tudo se passa em relao; o campo relacional dado ali, enriqueceu a vida e a experincia do beb, cujo gesto espontneo deu a impresso de que a bolacha estava ali para ser descoberta por ele. Enfim, comer bolachas, comear a falar, balbuciar, cantar e sorrir so aes comuns, ordinrias dos modos de vida das crianas pequenas, nos mais diferentes locais e culturas. Para tais experincias estsicas e estticas se tornarem significativas no h necessidade da sala de espetculo, e sim de uma vida convidativa, dia aps dia; um estar junto, co-presena entre criana e adulto, entre criana e criana, entre criana e mundo compartilhado.

    Teatralidades

    Segue ento a transcrio de uma observao de um de meus Dirios de Bordo, escrito no final da dcada de 1990; depois coment-la-ei, tendo como lentes a noo de infncia e a noo de teatro esboadas at o momento.

    Cara, olha esta bolacha!2

    2 Na poca a linha verde ia apenas da Estao Ana Rosa, at a Estao Clnicas.

  • 61

    Descrio de situao observada no dia 25 de junho de 1997, linha verde do metr de So Paulo. Entram pela porta do metr, na estao Ana Rosa, uma me com uma nen de cerca de um ano de idade; uma mulher de cerca de trinta anos; outra me com seu filho, portador de Sndrome de Down. Ele deve ter entre 5 e 6 anos e veste uniforme da A.P.A.E. A nen veste um macaco do tipo tip top e est com a chupeta alfinetada no peito; bem cabeluda e seu cabelo est arrumado com duas chucas. A mulher de 30 anos sentou-se de um jeito que fica de lado com a me e a nen, e em linha perpendicular ao garoto e a outra me. Esse garoto vai ao mesmo tempo conversando alto com a me e comendo um lanchinho: bolachas e um Yakult. A mulher de 30 anos est entre duas situaes; a nen, chupando chupeta, a encara, olhos nos olhos. Ela se virou para buscar contato com a moa. A outra cena o menino que come as bolachas e expe, em ao, sua alegria ingnua. A moa deixa que a nen segure a corrente dourada de sua bolsa: era aparentemente por isso que a nen a olhava to fixamente. Desse modo a moa facilitou o acesso da nen quela corrente, deixando sua bolsa no colo, passvel de manejo. Esta moa percebe, ao mesmo tempo, a inteligente vitalidade da nen e a ingnua vitalidade do garoto excepcional, que vai falando coisas bem alto mas no parece querer resposta enquanto que a nen, sem falar, conversou com ela e conseguiu o que queria. O menino com Sndrome de Down parece apenas curtir o momento de estar n o metr comendo seu lanche, voltando da escola, ao meio-dia de uma quarta-feira... Sua me o faz socializar: pega uma bolacha do pacote, para dar para a nen. E a moa de trinta anos quem faz a intermediao entre crianas; de um modo bastante ntimo, d a bolacha para a nen e ainda tira de sua boca a chupeta. A me parece no se incomodar. A nen nesse momento parece se deleitar. Como poderia prever ou adivinhar que o contato inicial com o brilho de uma corrente dourada fosse lhe dar t a m a n h o prmio?! Sendo assim ela passa a fazer uso da bolacha como um prmio. No a morde: a mostra ao mundo. Num gesto to redondo quanto a bolacha que ganhou. Esta bolacha muito preciosa. Bem mais preciosa que as bolachas que foram comidas pelo dono-do-pacote: que talvez inconsequentemente, ou porque

  • 62

    tinha fome, as comia rapidamente. J a nen no se mostra voraz. Pensa comer a bolacha com todo o tempo do mundo. No a morde, lambe. E mostra, e olha e sorri, todo o prazer e todo o t e m p o do mundo. Quando o metr pra na Estao Consolao penltima antes da final Clnicas a me da nen acaba se afligindo com aquela bolacha de chocolate, esfarelada, grudenta. A me ento tira a bolacha da mo da nen, de um modo firme e decidido mas com delicadeza. Guarda a bolacha num bolsinho da sacola. Pega uma fralda branca e comea a faxinar a filha: rosto e mos, dedinho por dedinho. A nen fica surpresa, mas no contrariada faz algumas caretas como que cmplice da mensagem da me: que bolacha grudenta e inoportuna! A me recoloca a chupeta na boca da filha. O metr pra, cada dupla e a mulher de 30 seguem seu caminho, sem se despedirem.

    Breve anlise existencial da cena Cara, Olha Esta Bolacha!

    O mundo ali est para ser usufrudo. Levada de metr, a nen se depara com uma corrente dourada e seu gesto fala, seu olhar, seu corpo total pede algo, e a mulher de 30 anos compreende, traduz e permite que a menina toque sua bolsa. Tratou-se de um tipo de inteligncia, revelada na troca comum s duas pessoas, mulher e menina. O colo da me espao-dentro-do-espao: zona de conforto dentro do vago do trem do metr, que por sua vez encontra-se no subterrneo da rua, em So Paulo, capital, no pas de origem chamado Brasil. Sua temporalidade: todo o tempo do mundo! Saberia a nen para onde a levam, de onde veio, e quanto tempo tem? Poderia ela prever que logo lhe tirariam a bolacha-prmio, seu trofu de interao e mundaneidade? Corrente dourada e bolacha recheada, que pareamento esplndido! Mas o gesto certeiro, verdadeiro, nada duvidoso da faxina da me lhe apresenta uma nova situao: esto chegando, vo chegar, chegaram ao destino final, e preciso estar limpa, focada no transporte de colo, direto para onde precisam ir. A rpida retirada da bolacha foi vivida como cuidado, no como impedimento ou censura, pois ningum chora. Todos seguem. Eu tambm.

    Para finalizar, uma aula de teatro para bebs!?

    E para finalizar, darei um exemplo, brincante, do que eu acreditaria ser uma aula de teatro contemporneo para bebs, aula que eu definiria como ato performtico, como experincia esttica, como convite estesia e vida.

  • 63

    Leve seu beb para andar de metr; permanea com ele no vago por d i v e r s a s estaes, e procure observ-lo em tudo que ele mesmo observa e absorve: sons, luzes, vozes, cores, pessoas de todos os tipos, bagagens, outras crianas Oferea a ele, passadas algumas estaes, uma bolacha recheada. Tente perceber se prazeroso comer bolacha recheada e andar de metr, sentado, ainda por cima, no colo confortvel de um adulto em quem se confia! Tente criar redes e teias de significaes para seu beb, por meio do seu gesto e palavra. Traduza para ele esse mundo, no qual existe o metr: meio de transporte mundialmente utilizado. Comente as cores e os nomes. E permita ao beb, sempre, ser ele mesmo na situao interativa.

    Pronto, o beb fez teatro: fez parte da cena contempornea. Assim reafirmo meu ponto de vista, num breve manifesto: caso constitua-se de fato um campo cultural, o teatro para bebs no deve cobrar ingresso nem pressupor conteno na poltrona da sala de espetculo. O teatro para bebs dever ser fenmeno da vida pulsando, sinnimo de um adulto narrador das coisas do mundo por perto, liberdade de ir e vir; aprender, mergulhado na experincia, a interpretar o mundo, de modo prprio, significativo e compartilhado. Ele especialmente fruio e pesquisa do gesto espontneo, algo que paradoxalmente depende de um ambiente propcio, proporcionado por adultos cuidadores e cuidadosos, pessoas ordinrias e comuns prescinde de produtores culturais, dramaturgos, atores e figurinistas especialistas em. Nesta perspectiva, a criana na tenra infncia j encontra-se mergulhada em potencialidades estticas, artsticas e criadoras; ela ser-no-mundo.

    MERLEAU-PONTY

  • 64

    REFERENCIAS MACHADO, Marina Marcondes. A criana performer. Educao & Realidade FACED/UFRGS. Porto Alegre v.35 n.2. maio/ago. 2010a. P. 115-137.

    __________________________. Merleau-Ponty & a Educao. BH: Autntica, 2010b.

    MERLEAU-PONTY, Maurice. O visvel e o invisvel. So Paulo: Perspectiva, 2003.

    _________________________. Merleau-Ponty na Sorbonne/Resumo de cursos. Filosofia e Linguagem. Campinas: Papirus, 1990a.

    _________________________. Merleau-Ponty na Sorbonne/Resumo de cursos. Psicossociologia e Filosofia. Campinas: Papirus, 1990b.

    __________________________. A Fenomenologia da Percepo. So Paulo: Martins Fontes, 1999.

    WINNICOTT, Donald Woods. Playing and Reality. New York: Routledge, 1994.