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 117 Pesquisa Aplicada & Agrotecnologia v3 n2 Mai.- Ago. 2010 Print-ISSN 1983-6325 (On line) e -ISSN 1984-7548  Avaliação das características físicas de substratos formulados com resíduos orgânicos para a produção de mudas orestais em tubetes Rubens Marques Rondon Neto 1  , Carolina Bombardelli Ramos  2 Recebido em: 29 out. 2009. Aceito para publicação em: 19 jan. 2010. 1 Professor Adjunto do Depto. de Engenharia Florestal da UNEMAT – Universidade do Estado de Mato Grosso, Campus Universitário de Alta Floresta/MT. V. Rogério Silva, s/n – Jd. F lamboyant, CEP: 78580-000, Alta Floresta/MT. E-mail: [email protected]. 2 Engenharia F lorestal, Consultora Autônoma. E-mail: [email protected]. Resumo O experimento foi desenvolvido no Laboratório de Solos do Campus Universitário de Alta Floresta, pertencente à UNEMAT - Universidade do Estado de Mato Grosso. Os componentes utilizados na formulação dos substratos testados foram obtidos no município de Alta Floresta – extremo norte do Estado de Mato Gros so. O objetivo deste trabalho foi avaliar as características físicas de diferentes composições de substratos formulados com resíduos orgânicos para a produção de mudas orestais em tubetes. F oram testadas doze combinações de substratos (tratamentos). As características analisadas foram: densidade global, porosidade total, micro e macroporosidade e capacidade máxima de retenção de água em tubetes de 50 cm 3 . O T6 (70% de esterco bovino curtido e 30% de casca de arroz carbonizada) foi o substrato que apresentou os melhores valores para os parâmetros analisados, podendo ser testado para produção de mudas orestais. Palavras-chave:  Substrato; macroporosidade; microporosidade; porosidade total Evaluación de las características físicas de los sustratos formulados con los residuos orgánicos para la producción de plántulas forestales en tubetes Resumen El experimento fue desarrollado en el Laboratorio de Suelos de la Ciudad Universitaria de Alta Floresta, pertenecientes a UNEMA T - Universidad de Estado de Mato Grosso. Los componentes utilizados en la formulación de los sustratos utilizados se obtuvieron de la Municipalidad de Alta Floresta - extremo norte de Mato Grosso. El obj etivo de este estudio fue evaluar las características físicas de los sustratos de diferentes composiciones formuladas con residuos orgánicos para la producción de plántulas forestales en tubetes. Fueran testadas doce combinaciones de sustrato (tratamientos). Las características analizadas fueron: densidad, porosidad total, micro y macro porosidad y capacidad de retención de agua en los tubetes de 50 cm 3 . El T6 (70% de estiércol de ganadería curado y 30% cáscara de arroz carbonizada) fue el sustrato que mostró los mejores valores de los parámetros analizados, y estos poden ser testados para la producción de plántulas forestales. Palabras clave: Sustrato; macroporosidad; microporosidad; porosidad total Introdução A principal função do substrato usado na produção de mudas orestais é sustentar a planta e fornecer-lhe nutrientes. Esse composto tem uma fase sólida, constituída de partículas minerais e orgânicas; uma líquida constituída pela água, no qual se encontram nutrientes, denominada solução do solo ou do substrato; e uma gasosa, constituída pelo ar (GOMES e PAIVA, 2004). Também deve apresentar adequado equilíbrio entre os seus constituintes de forma a promover adequada relação entre macro (ocupada por ar) e microporosidade (ocupada por água) (GONÇALVES e BENEDETTI, 2005). Nos sistemas de produção de mudas de espécies florestais em tubetes, quer a partir de sementes ou estacas, as características físicas do substrato são fundamentais para um adequado

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    Avaliao das caractersticas fsicas de substratos

    formulados com resduos orgnicos para a produo de mudas florestais em tubetes

    Rubens Marques Rondon Neto1, Carolina Bombardelli Ramos2

    Recebido em: 29 out. 2009. Aceito para publicao em: 19 jan. 2010.1 Professor Adjunto do Depto. de Engenharia Florestal da UNEMAT Universidade do Estado de Mato Grosso, Campus Universitrio de Alta

    Floresta/MT. V. Rogrio Silva, s/n Jd. Flamboyant, CEP: 78580-000, Alta Floresta/MT. E-mail: [email protected] Engenharia Florestal, Consultora Autnoma. E-mail: [email protected].

    Resumo O experimento foi desenvolvido no Laboratrio de Solos do Campus Universitrio de Alta Floresta, pertencente UNEMAT - Universidade do Estado de Mato Grosso. Os componentes utilizados na formulao dos substratos testados foram obtidos no municpio de Alta Floresta extremo norte do Estado de Mato Grosso. O objetivo deste trabalho foi avaliar as caractersticas fsicas de diferentes composies de substratos formulados com resduos orgnicos para a produo de mudas florestais em tubetes. Foram testadas doze combinaes de substratos (tratamentos). As caractersticas analisadas foram: densidade global, porosidade total, micro e macroporosidade e capacidade mxima de reteno de gua em tubetes de 50 cm3. O T6 (70% de esterco bovino curtido e 30% de casca de arroz carbonizada) foi o substrato que apresentou os melhores valores para os parmetros analisados, podendo ser testado para produo de mudas florestais.Palavras-chave: Substrato; macroporosidade; microporosidade; porosidade total

    Evaluacin de las caractersticas fsicas de los sustratos formulados con los residuos orgnicos para la produccin de plntulas forestales en tubetes

    Resumen El experimento fue desarrollado en el Laboratorio de Suelos de la Ciudad Universitaria de Alta Floresta, pertenecientes a UNEMAT - Universidad de Estado de Mato Grosso. Los componentes utilizados en la formulacin de los sustratos utilizados se obtuvieron de la Municipalidad de Alta Floresta - extremo norte de Mato Grosso. El objetivo de este estudio fue evaluar las caractersticas fsicas de los sustratos de diferentes composiciones formuladas con residuos orgnicos para la produccin de plntulas forestales en tubetes. Fueran testadas doce combinaciones de sustrato (tratamientos). Las caractersticas analizadas fueron: densidad, porosidad total, micro y macro porosidad y capacidad de retencin de agua en los tubetes de 50 cm3. El T6 (70% de estircol de ganadera curado y 30% cscara de arroz carbonizada) fue el sustrato que mostr los mejores valores de los parmetros analizados, y estos poden ser testados para la produccin de plntulas forestales.Palabras clave: Sustrato; macroporosidad; microporosidad; porosidad total

    IntroduoA principal funo do substrato usado na

    produo de mudas florestais sustentar a planta e fornecer-lhe nutrientes. Esse composto tem uma fase slida, constituda de partculas minerais e orgnicas; uma lquida constituda pela gua, no qual se encontram nutrientes, denominada soluo do solo ou do substrato; e uma gasosa, constituda pelo ar

    (GOMES e PAIVA, 2004). Tambm deve apresentar adequado equilbrio entre os seus constituintes de forma a promover adequada relao entre macro (ocupada por ar) e microporosidade (ocupada por gua) (GONALVES e BENEDETTI, 2005).

    Nos sistemas de produo de mudas de espcies florestais em tubetes, quer a partir de sementes ou estacas, as caractersticas fsicas do substrato so fundamentais para um adequado

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    enraizamento e crescimento das plantas (VALERI e CORRADINI, 2005). As caractersticas qumicas dos substratos so relativamente fceis de serem corrigidas com realizaes de fertilizaes de base e cobertura (GONALVES et al., 2005).

    Os materiais orgnicos mais utilizados para produo de mudas florestais em tubetes so: compostos orgnicos, esterco de gado curtido, serragem, cama de frango, casca de arroz carbonizada, entre outros. Alguns desses substratos podem ser usados isolados ou em conjunto. Tal prtica busca melhorar as caractersticas fsicas do substrato, diminuindo a densidade, obtendo assim uma melhor drenagem.

    Entre as principais limitaes na produo de substratos para mudas florestais tem-se a disponibilidade dos materiais em grande escala e o custo de aquisio. Na regio do extremo norte mato-grossense predominam as atividades de extrao e transformao da madeira de espcies nativas, bovinocultura de corte e agricultura familiar. Essas atividades geram produes considerveis de resduos orgnicos acumulados, os quais em sua maioria no tm usos destinados. Tal situao gera poluio no meio rural e urbano, onde so depositados os resduos.

    A necessidade de buscar utilizaes dos resduos orgnicos disponveis para produo de mudas florestais, primeiramente inicia-se com a avaliao das propriedades fsicas dos materiais. Essas anlises podem ser feitas apenas de um componente ou a combinao entre eles, a fim de

    obter caractersticas fsicas adequadas. Dentre os principais aspectos fsicos a serem considerados nos substratos para produo de mudas florestais tem-se: uniformidade, boa drenagem, capacidade de reteno de gua e baixa densidade.

    Nesse presente contexto, o objetivo deste trabalho foi avaliar algumas caractersticas fsicas de diferentes composies de substratos a base de resduos orgnicos agroindustriais para a produo de mudas florestais em tubetes.

    Material e mtodosO exper imento foi desenvolvido no

    Laboratrio de Solos do Campus Universitrio de Alta Floresta, pertencente UNEMAT - Universidade do Estado de Mato Grosso. Os componentes utilizados na formulao dos substratos testados foram obtidos no municpio de Alta Floresta extremo norte do Estado de Mato Grosso.

    Foram testados doze composies de substratos variando-se as propores, para os seguintes componentes: esterco bovino curtido, cama de frango curtida, serragem decomposta, casca de caf decomposta, casca de arroz carbonizada e moinha de carvo (Tabela 1). Os substratos de cada tratamento foram misturados manualmente conforme suas propores. O delineamento experimental adotado foi o inteiramente casualizado, com cinco repeties.

    Baseando-se nas recomendaes de GONALVES e POGGIANI (1996), as

    Tabela 1. Proporo de materiais utilizados na formulao de 12 substratos para produo de mudas florestais em tubetes.

    Tratamento SD EB CF CCF CAC MCT1 30% 50% - - - - 20% - -T2 50% - - 30% - - 20% - -T3 70% - - - - 20% - - 10%T4 - - 30% 40% 30% - - - -T5 - - 50% - - 30% - - 20%T6 - - 70% - - - - 30% - -T7 - - 20% 30% 30% 20% - -T8 - - - - 50% 40% - - 10%T9 - - - - 70% 20% - - 10%T10 - - 30% 30% 30% 10% - -T11 - - - - 30% 50% - - 20%T12 - - 30% - - 70% - - - -

    Sendo: SD = serragem decomposta; EB = esterco bovino curtido; CF = cama de frango curtida; CCF = casca de caf decomposta; CAC = casca de arroz carbonizada; MC = moinha de carvo.

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    caractersticas dos substratos analisados foram: densidade global, porosidade total, macroporosidade e microporosidade e capacidade mxima de reteno de gua. A determinao dessas caractersticas foi realizada conforme metodologia proposta por EMBRAPA (1997), exceto a capacidade mxima de reteno de gua nos tubetes de 50 cm3.

    A determinao da densidade global dos doze substratos testados procedeu da seguinte forma: anis volumtricos de 102 cm, totalmente cheios de substrato, tiveram a base fechada com tecido do tipo morim, preso por um elstico, os quais foram colocados em estufa 105 C por 24 horas, a fim de se obter a massa seca. A determinao da densidade foi obtida pela seguinte frmula:

    D = Massa seca / Volume do anel

    Para determinao da porosidade total, macro e microporosidade foram utilizados quatro amostras de cada substrato testado (tratamento). Os anis preenchidos com substrato foram colocados em uma bandeja plstica com gua destilada at na metade dos anis, permanecendo por 24 horas para saturao. Aps esse perodo os anis foram pesados e colocados na mesa de tenso durante 24 horas, a qual apresentava 0,006 MPa de tenso. Depois da retirada dos anis da mesa de tenso foi realizada a pesagem dos mesmos. Atravs das frmulas abaixo foram determinados os valores da porosidade total, macro e microporosidade:

    Percentagem de saturao (PS)PS = (a b) X 100 / c

    Sendo:a = Peso do bloco de substrato saturado;b = Peso do bloco de substrato seco a 105 oC;c = Volume do cilindro (anel).

    Microporosidade (Micp)Micp = (a - b) X 100 / c

    Sendo:a = Peso da amostra aps ser submetida a uma

    tenso de 0,006 MPa (60 cm de coluna de gua);b = Peso da amostra seca a 105 C;

    c = Volume do cilindro.

    Macroporosidade (Macp)Macp = PS Micp

    Porosidade total (Pt)Pt = Micp + Macp

    A capacidade mxima de reteno de gua nos tubetes de 50 cm3 foi obtida com a adio de gua nos tubetes, preenchidos com cada substrato formulado, at iniciar o gotejamento, ou seja, at a capacidade de campo, determinando assim a quantidade de gua retida nos tubetes.

    Os dados sem transformao das caractersticas fsicas analisadas foram submetidos anlise de varincia e as mdias foram comparadas o teste de Skott-Knott a 5% de probabilidade de erro. Essas anlises foram realizadas com auxlio do programa SISVAR (FERREIRA, 2003).

    Resultados e discussoNa Tabela 2 so apresentados os resultados das

    caractersticas fsicas dos 12 substratos testados. Os dados obtidos o presente trabalho foram comparados com a classificao proposta por GONALVES e POGGIANI (1996), os quais colocam escala de valores para interpretao das caractersticas fsicas dos substratos (Tabela 3).

    De acordo com a classificao supracitada, nenhum tratamento avaliado apresentou densidade classificada como adequada ou alta, a qual variou entre 0,23 a 0,40 g cm-3, sendo semelhante aos valores de densidade encontrados por WENDLING et al. (2007) em quatorze substratos testados. Entre os tratamentos T1 at o T11 os valores da densidade foram considerados mdios, dentre esses os T1 e T2 tiveram valores prximos do nvel adequado, apenas o T12 teve densidade baixa. Acredita-se que o aumento da densidade do T2 esteja relacionado com a proporo de serragem (50%) combinada com cama de frango (30%), sendo que a serragem apresenta granulometria muito fina diminuindo os espaos porosos. O predomnio de tratamentos com densidades mdias possivelmente seja devido ao uso de grandes propores na mistura do substrato de

    RONDON NETO, R. M.; RAMOS, C. B.

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    Tabela 3. Escala de valores para interpretao de caractersticas fsicas de substratos usados para produo de mudas florestais no sistema de tubetes.

    Caractersticas NvelBaixo Mdio Alto Adequado

    Densidade global (g cm-) < 0,25 0,25-0,50 > 0,50 0,45-0,55Porosidade total (%) < 55 55-75 > 75 75-85

    - Macroporosidade (%) < 20 20-40 > 40 35-45- Microporosidade (%) < 25 25-50 > 50 45-55

    Capacidade mxima de reteno de gua (ml 50 cm-) < 15 15-25 > 25 20-30Fonte: GONALVES e POGGIANI (1996).

    materiais orgnicos de baixa densidade. O T2 apresentou o maior valor de densidade

    global (0,40 g cm-3), diferindo estatisticamente dos demais tratamentos, j os tratamentos T7, T10 e T11 no mostraram diferenas estatsticas entre si para os valores de densidade, os quais tinham 0,28 e 0,30 g cm-3, ou seja, as menores densidades juntamente com T12 (0,23 g cm-3).

    Quanto porosidade total dos substratos testados, T2 e T3 foram classificados como baixa porosidade, o que pode ser atribudo a presena de 50 e 70% de serragem, respectivamente. Com porosidade total considerada mdia observou-se, T1 e T4 at o T12, os quais eram compostos por propores variando entre 30 a 50% de cama de frango, esterco bovino e casca de caf. Prximos do nvel adequado

    para porosidade total destacaram T5, T6 e T10, possivelmente devido utilizao de compostos orgnicos com materiais porosos na composio do substrato como a casca de arroz carbonizada e moinha de carvo. LACERDA et al. (2006) tambm encontraram maiores porosidades em substratos orgnicos a base de p de coco e resduo de sisal.

    Nos tratamentos avaliados os valores da porosidade total variaram entre 39,5 a 72,7%, tendo T6 (72,7%) com o maior valor obtido, diferindo estatisticamente dos demais tratamentos. Os tratamentos que tiveram menores valores de porosidade total foram T2 (51%) e T3 (39,5%), os quais apresentaram diferenas estatsticas entre si.

    No que se refere microporosidade dos substratos testados, os tratamentos T2, T3, T7, T8,

    Tabela 2. Caractersticas fsicas de doze substratos formulados com resduos orgnicos para produo de mudas florestais em tubetes.

    Tratamento Densidade global(g cm-)Porosidade

    total (%)Microporosidade

    (%)Macroporosidade

    (%)Capacidade mxima de reteno

    de gua (ml 50 cm-)T1 0,38 b (M) 60,2 d (M) 45,0 b (Ad) 15,5 e (M) 15,0 a (M)T2 0,40 a (M) 51,0 f (B) 39,5 d (M) 11,0 f (B) 14,1 b (B)T3 0,31 d (M) 39,5 g (B) 33,7 e (M) 6,0 g (B) 6,0 f (B)T4 0,35 c (M) 65,5 c (M) 45,0 b (Ad) 20,5 c (M) 12,0 c (B)T5 0,30 d (M) 68,7 b (M) 48,2 a (Ad) 20,5 c (M) 14,0 b (B)T6 0,32 d (M) 72,7 a (M) 49,7 a (Ad) 22,5 c (M) 15,1 a (M)T7 0,28 e (M) 64,7 c (M) 40,5 c (M) 24,2 b (M) 14,1 b (B)T8 0,31 d (M) 57,2 e (M) 39,2 d (M) 17,7 d (B) 9,0 e (B)T9 0,34 c (M) 58,2 e (M) 42,0 c (M) 16,0 e (B) 10,0 d (B)T10 0,30 e (M) 68,2 b (M) 44,5 b (M) 23,5 b (M) 14,2 b (B)T11 0,28 e (M) 60,0 d (M) 38,5 d (M) 21,5 c (M) 12,0 c (B)T12 0,23 f (B) 66,7 c (M) 38,5 d (M) 28,2 a (M) 14,8 a (B)

    CV (%) 4,0 3,0 4,0 7,0 2,0- Mdias seguidas de mesma letra minscula no diferiram entre si estatisticamente pelo teste de Scott-Knott 5% de probabilidade. - As letras entre parnteses referem-se classificao da qualidade das caractersticas fsicas do substrato, conforme proposta de GONALVES e POGGIANI (1996), sendo: B = baixo, M = mdio, Al = alto e Ad = Adequado.

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    T9, T10, T11 e T12 apresentaram microporosidade mdia. J T1, T4, T5 e T6 tiveram os valores de microporosidade classificados como adequados, o que deixa como suspeita de tal fato a ocorrncia de esterco bovino curtido na proporo de 30 a 70% na composio desses substratos. O menor valor de microporosidade foi encontrado no T3, podendo ser motivado pela considervel concentrao de serragem (70%), o que confere a esse substrato baixa capacidade de reteno de gua. Tal fato contrrio a BURS (1997), o qual comenta que substratos com alto percentual de serragem podem apresentar problemas de reteno excessiva de umidade, recomendando para aumentar a drenagem e reduzir o acmulo de gua com a realizao de misturas com materiais de maior granulometria e menor capacidade de reteno de gua. Os valores de microporosidade dos substratos testados variam entre 33,7 e 49,7%, sendo que os maiores valores foram obtidos nos tratamentos T5 (48,2%) e T6 (49,7%), os quais no tiveram diferenas estatsticas entre si. A menor microporosidade ocorreu no T3 (33,7%).

    Para a macroporosidade dos substratos avaliados, sete tratamentos apresentaram valores classificados como mdios (T4, T5, T6, T7, T10, T11 e T12). Essa situao provavelmente foi motivada pela presena da casca de caf, cama de frango e casca de arroz carbonizada, presentes em 6, 4 e 3 substratos testados, respectivamente. Segundo VALERI e CORRADINI (2005) a casca de arroz carbonizada aumenta a porosidade dos substratos. Valores de macroporosidade classificados como baixos foram verificados em T1, T2, T3, T8 e T9, o que pode ser atribudo a utilizao da serragem nos trs primeiros tratamentos e moinha de carvo nos dois ltimos tratamentos.

    De acordo com BURS (1997) o principal problema do uso da serragem com elevada quantidade de partculas finas o risco de compactao que reduz a aerao, podendo ocorrer processos anaerbios de fermentao, gerando cidos orgnicos que interferem no crescimento de razes. A variao dos valores de macroporosidade dos tratamentos analisados foi de 6,0 a 28,2% para os tratamentos T3 e T12, respectivamente. Os tratamentos T8 (17,7%), T2 (11%) e T3 (6%) apresentaram os trs valores mais

    baixos de macroporosidade.Quanto capacidade mxima de reteno

    de gua, observaram-se valores baixos para os tratamentos: T2, T3, T4, T5, T7, T8, T9, T10, T11 e T12, e valores mdios para T1 e T6. A atribuio de valores baixos aos substratos testados, possivelmente foi em funo de serem compostos por serragem, nos dois primeiros e cama de frango nos demais. Para os valores mdios, acredita-se que seja participao de esterco bovino na composio do substrato. Os tratamentos que apresentaram os trs menores valores foram T3 (6 ml 50 cm-), T8 (9 ml 50 cm-) e T9 (10 ml 50 cm-), diferindo estatisticamente um do outro e os tratamentos com maiores valores, no diferindo entre si, foram T1 (15 ml 50 cm-), T6 (15,1 ml 50 cm-) e T12 (14,8 ml 50 cm-).

    Pressupondo-se que o substrato ideal para a produo de mudas florestais em tubetes deve apresentar adequado equilbrio entre os seus constituintes, a fim de proporcionar adequada relao entre macro e microporosidade, no tratamento T6, os valores das caractersticas fsicas analisadas foram as que se apresentaram mais equilibradas, entre os nveis mdios e adequados. Em menor expresso que o T6 tem-se T5, T10 e T12 que tambm tiveram destaque quanto aos valores dos parmetros fsicos avaliados. Sugere-se que a presena da casca de arroz carbonizada pode ter contribudo para o equilbrio entre macro e microporosidade no T6. Deve-se levar em considerao, alm das caractersticas fsicas desejveis, a disponibilidade do material utilizado e a facilidade de preparo do substrato. Os tratamentos T5, T10 e T12 foram considerados bons para utilizao como substrato, pois alm de apresentarem as melhores caractersticas fsicas so compostos por dois materiais facilmente encontrados na regio do extremo norte do Estado de Mato Grosso.

    ConclusoOs tratamentos T2 e T3 apresentaram

    valores indesejveis para as caractersticas fsicas analisadas, portando no sendo recomendados para utilizao como substrato para produo de mudas. O tratamento T6 apresentou os melhores valores de porosidade total, microporosidade e capacidade

    RONDON NETO, R. M.; RAMOS, C. B.

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    mxima de reteno de gua, sendo este o melhor tratamento, recomendado para produo de mudas florestais em tubetes.

    Referncias Apresentadas no final da verso em ingls.

    Espaamento reduzido para o cultivo do sorgo granfero no sistema irrigado e em sequeiroEspaciamiento reducido para el cultivo de sorgo granadero en sistema de secano y regadoCarlos Juliano Brant Albuquerque, Gilson Ribeiro da Rocha, Renata da Silva Brant, Marcelo Cruz Mendes

    Uniformidade de distribuio e lmina de gua aplicada em sistema piv central em funo da posio relativa da linha lateralUniformidad de la distribucin y lmina del agua aplicada en sistema de pivote central en funcin de la posicinAdenilsom dos Santos Lima, Joo Lus Zocoler

    Resduo de efluente de frigorfico bovino como fertilizante alternativo para a produo de rculaGilson Araujo de Freitas, Luniara Bastos dos Santos, Susana Cristine Siebeneichler, Ildon Rodrigues do Nascimento, Rubens Ribeiro da Silva, Aristteles Capone2

    Uso de diferentes doses de hidrogel para produo de mudas de pimentoEl uso de diferentes dosis de hidrogel para para la produccin de plntulas de pimientoSIG aplicado na anlise do conflito de uso da terra em reas de preservao permanentes numa microbaciaSrgio Campos, Muriel Cicatti Emanoeli Soares, Raquel Cavasini2, Marina Granato2, Monica Yuri Mashiki, Junia Ruggiero3, Katiuscia Fernandes Moreira, Zacarias Xavier de Barros1

    Expanso citrcola do municpio de Botucatu SP, obtidas por meio de fotografias areasExpansin de la citricultura do municipio de Botucatu - SP, obtenidas por medio de fotografas areas Flvia Meinicke Nascimento2; Zacarias Xavier de Barros3; Srgio Campos3; Jos Guilherme Lana Rodrigues2; Bruna Soares Xavier de Barros2Arquitetura de ninhos de Acromyrmex (Moellerius) balzani (Formicidae: Myrmicini: Attini) em pastagem na regio sudoeste da BahiaLa arquitectura de Nidos de Acromyrmex (Moellerius) balzani (Formicidae: Myrmicini: Attini) em reas de pastos en el suroeste de BahaKatiane Santiago Silva, Maria Aparecida Castellani, Luiz Carlos Forti, Aldenise Alves moreira3, Odair Lacerda Lemos3, Rita de Cssia Silva Carneiro, Camila Rodrigues Khouri3, Ana Elizabete Lopes Ribeiro

    Avaliao das caractersticas fsicas de substratos formulados com resduos orgnicos para a produo de mudas florestais em tubetesEvaluacin de las caractersticas fsicas de los sustratos formulados con los residuos orgnicos para la produccin de plntulas forestales en tubetesRubens Marques Rondon Neto, Carolina Bombardelli Ramos2

    Uso de biofertilizante foliar em adubao de cobertura da alface cv. VernicaEl uso de bio-fertilizante foliar en la fertilizacin de cobertura de lechuga cv. VernicaAumento no desenvolvimento de plantas de ip roxo (Tabebuia impetiginosa) em funo da adubao foliar com urina de vaca na regio sudoeste da Amaznia LegalAumento de lo desarrollo de las plantas de ip prpura (Tabebuia impetiginosa) en funcin de la fertilizacin foliar con orina de vaca en el suroeste del Amazonas Rubens Ribeiro da Silva, Gilson Araujo de Freitas, Aurlio Vaz de melo2, Miria Aparecida Bezerra Pereira3, Antnio Carlos Martins dos Santos, Josilene Silva Rocha, Joenes Mucci Peluzio2

    Efecto de la fertilizacin orgnica en la biomasa area de quimiotipos de Salvia morada (Lippia alba Mill.)Fisiologia do desenvolvimento do estdio vegetativo da cana-de-acar (Saccharum officinarum l.)leber Junior Jadoski, Eder Victor Braganti Toppa, Alessandra Julianetti, Tarcisio Hulshof, Elizabeth Orika Ono

    Aditivos qumicos utilizados em silagensAditivos qumicos utilizados en el ensilajeMikael Neumann, Rodrigo Oliboni, Marcos Rogrio Oliveira, Marcos Ventura Faria2, Robson Kyoshi Ueno, Luan Lucas Reinerh, Thomer Durman5

    Reduced spacing for Sorghum bicolor in the irrigated and rainfed systemsCarlos Juliano Brant Albuquerque, Gilson Ribeiro da Rocha, Renata da Silva Brant, Marcelo Cruz Mendes

    Uniformity of distribution of water and water depth applied in central pivot system in function of the relative position of the lateral lineAdenilsom dos Santos Lima, Joo Lus Zocoler

    Residues of cattle slaughterhouse effluent as an alternative fertilizer for the production of rocketGilson Araujo de Freitas, Luniara Bastos dos Santos, Susana Cristine Siebeneichler, Ildon Rodrigues do Nascimento, Rubens Ribeiro da Silva, Aristteles Capone2

    Use of different doses of Hidrogel for sweet pepper seedling productionPatricia Anglica Alves Marques, Rhona Ortenzi Bastos

    SIG applied in the analysis of the conflict of soil use in permanent preservation areas in a watershedSrgio Campos, Muriel Cicatti Emanoeli Soares, Raquel Cavasini2, Marina Granato2, Monica Yuri Mashiki, Junia Ruggiero3, Katiuscia Fernandes Moreira, Zacarias Xavier de Barros1

    Expansion of citrus crops in Botucatu - SP, obtained by aerial photographyFlvia Meinicke Nascimento2; Zacarias Xavier de Barros3; Srgio Campos3; Jos Guilherme Lana Rodrigues2; Bruna Soares Xavier de Barros2

    Architecture of nests of Acromyrmex (Moellerius) balzani (formicidae: myrmicini: attini) in pastureKatiane Santiago Silva, Maria Aparecida Castellani, Luiz Carlos Forti, Aldenise Alves moreira3, Odair Lacerda Lemos3, Rita de Cssia Silva Carneiro, Camila Rodrigues Khouri3, Ana Elizabete Lopes Ribeiro

    Evaluation of physical characteristics of substrates formulated with organic waste for the production of forestry seedlings in tubesRubens Marques Rondon Neto, Carolina Bombardelli Ramos2

    Foliar biofertilizer applied in cover fertilization in the production of lettuce cv. Veronica Miria Aparecida Bezerra Pereira, Jucielle Cardoso da Silva, Jhansley Ferreira da Mata2, Joseanny Cardoso da Silva2, Gilson Arajo de Freitas2, Luniara Bastos dos Santos2, Ildon Rodrigues do Nascimento

    Increase in the development of plants of purple ip (Tabebuia impetiginosa) in function of the foliar fertilization with cow urine in the Southwest area of the Legal AmazonRubens Ribeiro da Silva, Gilson Araujo de Freitas, Aurlio Vaz de melo2, Miria Aparecida Bezerra Pereira3, Antnio Carlos Martins dos Santos, Josilene Silva Rocha, Joenes Mucci Peluzio2

    Effect of organic fertilization on the shoot biomass of chemotypes of Lippia alba Gilberto Iris S. de Oliveira, Valria Gomes Moment, Ildon Rodrigues do Nascimento2, Horllys Gomes Barreto1, Rubens Ribeiro da Silva2, Iane Brito Tavares

    Physiology development in the vegetative stage of sugarcaneleber Junior Jadoski, Eder Victor Braganti Toppa, Alessandra Julianetti, Tarcisio Hulshof, Elizabeth Orika Ono

    Chemicals additive used in silagesMikael Neumann, Rodrigo Oliboni, Marcos Rogrio Oliveira, Marcos Ventura Faria2, Robson Kyoshi Ueno, Luan Lucas Reinerh, Thomer Durman5