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2018 Semana 2423____ 2 7j ul
Este conteúdo pertence ao Descomplica. Está vedada a cópia ou a reprodução não autorizada previamente e por escrito. Todos os direitos reservados.
Bixo SP
B
io.
Bio.
Professor: Brenda Braga
Monitora: Carolina Matucci
B
io.
Tipos de ovos e segmentações 26
jul
RESUMO
TIPOS DE OVOS A característica que difere os óvulos dos organismos é a quantidade de vitelo (substância de reserva
energética) disponível no seu interior, que irá implicar no padrão de segmentação do zigoto.
É importante ressaltar que quanto maior for a quantidade de vitelo disponível, menor será a velocidade de
segmentação e, quanto menor for a quantidade disponível, será maior velocidade que o processo irá ocorrer.
Os óvulos são agrupados nos seguintes grupos:
OLIGOLÉCITOS: pobres em vitelo (mamíferos)
HETEROLÉCITOS (OU MESOLÉCITOS): razoavelmente providos de vitelo (anfíbios)
TELOLÉCITOS (OU MEGALÉCITO): muito ricos em vitelo (aves)
CANTROLÉCITOS: vitelo central (artrópodes)
B
io.
SEGMENTAÇÃO
A segmentação, também é conhecida como clivagem, está relacionado à quantidade de vitelo acumulada
no óvulo: quanto maior a quantidade de vitelo no óvulo, mais lenta será a segmentação do zigoto.
Os tipos de segmentação embrionária são: segmentação holoblástica ou total, e segmentação meroblástica
ou parcial.
Segmentação holoblástica ou total é o tipo de segmentação que ocorre no ovo todo e é comum nos ovos
alécitos, oligolécitos e heterolécitos. A segmentação holoblástica é dividida em holoblástica igual,
holoblástica desigual e holoblástica subigual.
• Segmentação Holoblástica Igual: divisão completa e igual, ou seja, todas as células são do mesmo
tamanho. Possui pouco vitelo. Acontece no humanos, por exemplo.
• Segmentação Holoblástica Desigual: divisão mais rápida e fácil na parte de cima (é onde se
concentra pouco vitelo). Acontece em anfíbios e alguns peixes.
B
io.
• Segmentação Meroblástica Discoidal: segmentação incompleta; se concentra apenas em uma
parte. É dividida em dois polos: polo vegetativo, onde tem muito vitelo e o polo animal, que tem
pouco vitelo. O polo animal, então, fica responsável apenas para desenvolver o embrião. Ocorre
em répteis e aves: por eles possuírem ovo com casca, eles precisam de muito nutriente para se
desenvolver.
• Segmentação Meroblástica Superficial: segmentação incompleta, porém, o vitelo fica
concentrado no centro do ovo. Ocorrendo, então, a divisão apenas na periferia. Ocorre em
artrópodes e insetos
EXERCÍCIOS
1. Nos ovos mesolécitos, é possível observar uma quantidade considerável de vitelo, que está distribuído
de maneira desigual pela estrutura. O lado que possui maior quantidade de vitelo é chamado de:
a) núcleo.
b) polo animal.
c) polo vegetativo.
d) polo terminal.
e) nucléolo.
2. O tipo de segmentação que ocorre em um ovo depende diretamente do tipo de ovo analisado. Em
ovos oligolécitos, por exemplo, é possível observar divisões em toda a estrutura, com a formação de
B
io.
blastômeros que possuem o mesmo tamanho aproximadamente. Marque a alternativa que indica
corretamente o nome desse tipo de segmentação:
a) segmentação holoblástica igual.
b) segmentação holoblástica desigual.
c) segmentação meroblástica igual.
d) segmentação meroblástica desigual.
3. Assinale a correlação correta:
a) ovos heterolécitos razoavelmente providos de vitelo, ocorrem no ouriço-do-mar;
b) ovos heterolécitos razoavelmente providos de vitelo, ocorrem nos insetos;
c) ovos oligolécitos, pobres em vitelo, ocorrem no ouriço-do-mar;
d) ovos oligolécitos, pobres em vitelo, ocorrem em anfíbios;
e) ovos telolécitos, muito ricos em vitelo, ocorrem em insetos.
4. Com relação à quantidade de reservas nutritivas, encontram-se os seguintes tipos de ovos:
oligolécitos, telolécitos com a diferenciação polar incompleta, telolécitos com a diferenciação polar
completa e centrolécitos.
Leia com atenção a descrição a seguir:
vitelo tende a ficar e um dos polos, no caso polo vegetativo ou nutritivo; enquanto o
núcleo fica deslocado para o polo oposto, isto é, o polo animal. Esse tipo de ovo ocorre nos
Pergunta-se: Qual o tipo de ovo descrito no texto acima?
5. Os diferentes tipos de ovos dos animais podem ser classificados pela quantidade de vitelo presente.
Um ovo com pouca quantidade de vitelo, estando este espalhado de forma homogênea pelo
citoplasma, é chamado de:
a) oligolécito.
b) heterolécito.
c) telolécito.
d) centrolécito.
6. Em alguns ovos, é possível observar que o vitelo, uma espécie de reserva de nutrientes, está localizado
próximo ao centro. Ovos com essa característica são chamados de:
a) isolécitos.
b) heterolécitos.
c) telolécitos.
d) centrolécitos.
7. Algumas vezes, a segmentação não ocorre em todas as partes de um ovo, mas apenas na região do
disco germinativo. Esse tipo de segmentação, comum em ovos telolécitos, é chamado de:
a) segmentação holoblástica igual.
b) segmentação holoblástica desigual.
c) segmentação meroblástica discoidal.
d) segmentação meroblástica superficial.
8. Qual a diferença, no desenvolvimento embrionário, entre animais com ovos oligolécitos e animais com
ovos telolécitos?
a) Número de folhetos embrionários formados.
b) Presença ou ausência de celoma.
c) Presença ou ausência de notocorda.
d) Tipo de segmentação do ovo.
e) Modo de formação do tubo neural.
9. Quando se escreve o seguinte sobre a evolução dos processos embrionários dos vertebrados:
B
io.
à medida que se caminha para a direita:
a) estamos descendo a escala animal;
b) vai diminuindo a quantidade de anexos embrionários;
c) aumenta a quantidade de vitelo no ovo;
d) diminui o tempo do período embrionário;
e) o número de gametas formados pelos adultos aumenta.
10. De acordo com seus conhecimentos em embriologia, explique: Qual é a influência do vitelo no tipo
de segmentação do ovo? Exemplifique.
QUESTÃO CONTEXTO
A tartaruga marinha é um exemplo de que, quando embriões, apresentam desenvolvimento externo, ou
seja, ovos que se desenvolvem fora do organismo materno, enterrado na areia de praias. O
desenvolvimento do embrião ocorre independentemente da presença da mãe, sendo que o ovo contém
uma grande quantidade de vitelo, suficiente para todo o desenvolvimento embrionário até a eclosão dos
ovos.
Qual é o tipo de ovo das tartarugas marinhas?
B
io.
GABARITO
Exercícios
1. c
O polo vegetativo possui maior quantidade de vitelo quando comparado com o polo animal.
2. a
Na segmentação holoblástica, todo o ovo sofre divisões. Na segmentação holoblástica igual, todas as
divisões formam blastômeros relativamente do mesmo tamanho.
3. c
Os oligolécitos possuem pouco vitelo e são comuns em mamíferos e ouriços do mar.
4. Trata-se de um ovo mediolécito, telolécito com diferenciação polar incompleta ou heterolécito. Ocorre
também nos anfíbios.
5. a
O ovo oligolécito, também chamado de isolécito, possui pouco vitelo, que está distribuído de forma
relativamente homogênea por toda a estrutura.
6. d
Como o próprio nome sugere, os ovo centrolécitos apresentam vitelo em maior quantidade na região
central.
7. c
Toda segmentação meroblástica provoca divisões em apenas uma parte do ovo. Na segmentação
discoidal, essas divisões ocorrem na região do disco germinativo.
8. d
A segmentação do ovo está intimamente relacionada com a quantidade e distribuição do vitelo. Em
ovos oligolécitos, a segmentação é holoblástica igual. Já em ovos telolécitos, a segmentação é
meroblástica discoidal.
9. c
Conforme a quantidade de vitelo no ovo vai aumentando, sua segmentação também se modifica, pois
fica mais difícil de realiza-la.
10. Quanto maior a quantidade de vitelo no ovo, mais difícil será a clivagem ou segmentação. Ovo oligolécito
(mamífero) apresenta clivagem total. Ovo megalécito (ave) apresenta clivagem parcial.
Questão Contexto
A esse ovo damos o nome de telolécito.
F
ís.
Fís.
Professor: Silvio Sartorelli
Monitor: Guilherme Brigagão
F
ís.
Exercícios de Energia Mecânica e
Colisões
26
jul
EXERCÍCIOS
1. Criança feliz é aquela que brinca, fato mais do que comprovado na realidade do dia a dia. A brincadeira
ativa, a que faz gastar energia, que traz emoção, traz também felicidade. Mariana é uma criança que
foi levada por seus pais para se divertir em um parquinho infantil.
Em uma das oscilações, Mariana partiu do extremo, de uma altura de 80 cm acima do solo e, ao atingir
a posição inferior da trajetória, chutou uma bola, de 0,5 kg de massa, que estava parada no solo. A
bola adquiriu a velocidade de 24 m/s imediatamente após o chute, na direção horizontal do solo e do
movimento da menina. O deslocamento de Mariana, do ponto extremo até o ponto inferior da
trajetória, foi realizado sem dissipação de energia mecânica. Considere a massa de Mariana igual a 12
kg, e a aceleração da gravidade com o valor 10 m/s2. A velocidade de Mariana, imediatamente após o
chute na bola, passou a ser, em m/s, de
a) 2,0.
b) 2,4.
c) 3,0.
d) 3,2.
e) 3,6.
2. Um objeto de massa m1 = 4,0 kg e velocidade escalar v1 = 3,0 m/s choca-se com um objeto em repouso,
de massa m2 = 2,0 kg. A colisão ocorre de modo que a perda de energia cinética é máxima, mas
consistente com o Princípio de Conservação da Quantidade de Movimento.
a) Quais as velocidades escalares dos objetos imediatamente após a colisão?
b) Qual a variação da energia cinética do sistema?
3. A figura 1 a seguir ilustra um projétil de massa m1 = 20 g disparado horizontalmente com velocidade de
módulo v1 = 200 m/s contra um bloco de massa m2 = 1,98 kg, em repouso, suspenso na vertical por um
fio de massa desprezível. Após sofrerem uma colisão perfeitamente inelástica, o projétil fica incrustado
no bloco e o sistema projétil-bloco atinge uma altura máxima h, conforme representado na figura 2.
Desprezando-se a força de resistência do ar e adotando-se g = 10 m/s2, resolva os itens abaixo.
a) Calcule o módulo da velocidade que o sistema projétil-bloco adquire imediatamente após a colisão.
b) Aplicando-se o Princípio da Conservação da Energia Mecânica, calcule o valor da altura máxima h
atingida pelo sistema projétil-bloco após a colisão.
4. Um corpo de massa m é lançado com velocidade inicial V0 na parte horizontal de uma rampa, como
indicado na figura. Ao atingir o ponto A, ele abandona a rampa, com uma velocidade VA (VAx, VAy),
segue uma trajetória que passa pelo ponto de máxima altura B e retorna à rampa no ponto C. Despreze
o atrito. Sejam hA, hB e hC as alturas dos pontos A, B e C, respectivamente, VB (VBx, VBy) a velocidade
do corpo no ponto B e VC (VCx, VCy) a velocidade do corpo no ponto C.
F
ís.
Considere as af irmações:
I. V0 = VAx = VB = VCx
II. VAx = VB = VCx
III. (1/2)mVB2 = (1 /2)mVA
2 mg(hB hA)
IV. (1/2)mV02 = mghB
V. (1/2)mVAy = mg(hB hA)
São corretas as afirmações:
a) todas.
b) somente I e II.
c) somente II, III e IV.
d) somente II, III, IV e V.
e) somente II, III e V.
5. Numa montanha-russa, um carrinho com 300 kg de massa é abandonado do repouso de um ponto A,
que está a 5,0 m de altura. Supondo que os atritos sejam desprezíveis e que g = 10 m/s2, calcule:
a) o valor da velocidade do carrinho no ponto B;
b) a energia cinética do carrinho no ponto C, que está a 4,0 m de altura.
6. No arranjo experimental da figura, desprezam-se o atrito e o efeito do ar:
O bloco (massa de 4,0 kg), inicialmente em repouso, comprime a mola ideal (constante elástica de
3,6x103 N/m) de 20 cm, estando apenas encostado nela. Largando-se a mola, esta distende-se
impulsionando o bloco, que atinge a altura máxima h. Adotando |g| = 10 m/s2, determine:
a) o módulo da velocidade do bloco imediatamente após desligar-se da mola;
b) o valor da altura h.
F
ís.
7. Dois estudantes da FGV divertem-se jogando sinuca, após uma exaustiva jornada de estudos. Um deles
impulsiona abola branca sobre a bola vermelha, idênticas exceto pela cor, inicialmente em repouso.
Eles observam que, imediatamente após a colisão frontal, a bola branca para e a vermelha passa a se
deslocar na mesma direção e no mesmo sentido da velocidade anterior da bola branca, mas de valor
10% menor que a referida velocidade. Sobre esse evento, é correto afirmar que houve conservação de
momento linear do sistema de bolas, mas sua energia mecânica diminuiu em
a) 1,9%.
b) 8,1%.
c) 10%.
d) 11,9%.
e) 19%.
8. Imagine a seguinte situação: um dálmata corre e pula para dentro de um pequeno trenó, até então
parado, caindo nos braços de sua dona. Em consequência, o trenó começa a se movimentar.
Considere os seguintes dados:
I. A massa do cachorro é de 10 kg;
II. A massa do conjunto trenó + moça é de 90 kg;
III. A velocidade horizontal do cachorro imediatamente antes de ser agarrado por sua dona é de 18
km/h.
a) Desprezando-se o atrito entre o trenó e o gelo, bem como a influência do ar, determine a velocidade
horizontal do sistema trenó + moça + cachorro imediatamente após o cachorro ter caído nos braços
de sua dona.
b) Determine a variação da energia cinética do sistema no processo
9. Realiza-se, no laboratório, um experimento em que são utilizados dois pêndulos iguais, A e B, em cujos
fios estão presas esferas de massa de vidraceiro. Inicialmente, os pêndulos encontram-se em repouso,
dispostos conforme ilustra o esquema:
Largando-se o pêndulo A, ele desce sem sofrer os efeitos do ar, indo colidir de modo totalmente
inelástico com o pêndulo B. Podemos afirmar que o percentual de energia mecânica dissipado nesse
experimento, por efeito da colisão, vale:
a) 10%.
b) 25%.
c) 50%.
d) 75%.
e) 100%.
10. Um bloco A, de massa 2,0 kg, deslocando-se sem atrito sobre uma superfície horizontal plana, com
velocidade de módulo igual a v, atinge em uma colisão frontal um bloco B, de massa 3,0 kg,
inicialmente em repouso. Após a colisão, A e B deslocam-se unidos, com velocidade de módulo igual
a 6,0 m/s. Admita agora que a colisão ocorra, nas mesmas condições da colisão anterior, entre o bloco
A e uma mola ideal. A mola tem constante elástica igual a 5,0x105 N/m e foi colocada no lugar de B,
com uma das extremidades fixa. Determine a deformação máxima da mola, em unidades do SI e em
notação científica. Despreze qualquer perda de energia mecânica na interação entre o bloco A e a
mola.
F
ís.
11. Numa importante final futebolística, um jogador cobra um pênalti e a bola, depois de chocar-se contra
o travessão, sai numa direção perpendicular à do movimento inicial.
A bola, que tem 0,50 kg de massa, incide no travessão com velocidade de módulo 80 m/s e recebe
deste uma força de intensidade média 5,0x103 N. Sabendo que o impacto da bola no travessão dura
1,0x10 2 s, calcule:
a) o módulo da velocidade da bola imediatamente após o impacto;
b) a energia mecânica dissipada no ato do impacto.
12. Um bloco de massa m = 0,60 kg, sobre um trilho de atrito desprezível, comprime uma mola de
constante elástica k = 2,0x103 N/m, conforme a figura abaixo.
Considere que a energia potencial gravitacional seja zero na linha tracejada. O bloco, ao ser liberado,
passa pelo ponto P (h = 0,60 m), onde 75% de sua energia mecânica é cinética. Adote g = 10,0 m/s2 e
despreze o efeito do ar. A compressão x da mola foi de:
a) 9,0 cm.
b) 12,0 cm.
c) 15,0 cm.
d) 18,0 cm.
e) 21,0 cm.
13. Uma bolinha é abandonada do ponto A do trilho liso AB e atinge o solo no ponto C. Supondo que a
velocidade da bolinha no ponto B seja horizontal, a altura h vale:
a) 1,25 m.
b) 1,75 m.
c) 2,00 m.
d) 2,25 m.
e) 2,50 m.
F
ís.
14. Um corpo de massa 1,0 kg cai livremente, a partir do repouso, da altura y = 6,0 m sobre uma mola de
massa desprezível e eixo vertical, de constante elástica igual a 1,0x102 N/m. Adotando g = 10 m/s2 e
desprezando todas as dissipações de energia mecânica, calcule a máxima deformação x da mola.
15. O pêndulo da figura oscila para ambos os lados, formando um ângulo máximo de 60° com a vertical:
O comprimento do fio é de 90 cm e, no local, o módulo da aceleração da gravidade vale 10 m/s2.
Supondo condições ideais, determine:
a) o módulo da velocidade da esfera no ponto mais baixo de sua trajetória;
b) a intensidade da força que traciona o fio quando este se encontra na vertical (adotar, para a massa
da esfera, o valor 50 g).
QUESTÃO CONTEXTO
Bungee-jump é um esporte radical, muito conhecido hoje em dia, em que uma pessoa salta de uma grande
altura, presa a um cabo elástico. Considere o salto de uma pessoa de 80 kg. No instante em que a força
elástica do cabo vai começar a agir, o módulo da velocidade da pessoa é de 20 m/s. O cabo adquire o dobro
de seu comprimento natural quando a pessoa atinge o ponto mais baixo de sua trajetória. Para resolver as
questões abaixo, despreze a resistência do ar e considere g = 10 m/s2.
a) Calcule o comprimento normal do cabo.
b) Determine a constante elástica do cabo.
F
ís.
GABARITO
Exercícios
1. c
2. a) 2,0 m/s; b) 6,0 J
3. a) 2,0 m/s; b) 20 cm
F
ís.
4. e
5. a) 10 m/s; b) 3,0 kJ
F
ís.
6. a) 6,0 m/s; b) 1,8 m
7. e
8. a) 0,50 m/s; b) 112,5 J
9. c
F
ís.
10. 3,0x10 2 m
11. a) 60 m/s; b) 7,0x102 J
12. b
13. a
F
ís.
14. 1,2 m
F
ís.
15. a) vB = 3,0 m/s; b) T = 1,0 N
Questão Contexto
F
ís.
1. a) 20 m; b) 160 N/m
G
eo
.
Geo.
Professor: Ricardo Marcílio
Monitor: Rhanna Leoncio
G
eo
.
Projetos agrominerais e industriais no
Brasil
23
jul
RESUMO
A grande ocupação orientada da Amazônia, ocorrida a partir de 1960, é resultado de uma política territorial
planejada pelo Estado brasileiro com o objetivo de integrar economicamente a região ao restante do Brasil
e do mundo como área fornecedora de matérias-primas, novamente, e consumidora de produtos
industrializados do Centro-Sul. Para isso o Estado montou uma infraestrutura, financiou grandes projetos
agrominerais e industriais e criou uma política de incentivos fiscais às grandes empresas.
Amazônia e o lema
A ocupação da região Norte se enquadrou na ideia
especialmente no governo de Castelo Branco, a partir do qual a Amazônia seria integrada ao restante do
Brasil através das rodovias federais, através do PIN Programa de Integração nacional e do I PND Plano
de Desenvolvimento Nacional (1968-1972), além de infraestrutura técnica de comunicação e energia. Foi
nesse momento que foi construída a Transamazônica em 1972 e dois anos depois a estrada Belém-Brasília.
Porém, o que aconteceu foi que essa integração reforçou a condição periférica da Amazônia como área
fornecedora de matéria-prima e consumidora de produtos industrializados do Centro-Sul e dos países
desenvolvidos. Os militares usaram o discurso da ameaça externa, em especial, a comunista, devido ao
período da Guerra Fria.
Posteriormente, na segunda metade da década de 1970, entra em ação o II PND (1975 1979) cujo o objetivo
era a exploração dos recursos naturais, através de grandes projetos. Para isso foi feito um mapeamentos dos
recursos naturais, por meio do Projeto Radam Radar da Amazônia, através do levantamento
aerofotogramétrico e pesquisa de campo.
Os grandes projetos que visavam a exploração dos recursos naturais da região amazônica para a exportação
foram empreendimentos que receberam investimentos de bilhões de dólares, subsidiados pelo Estado, com
grandes extensões de terra, excelente infraestrutura logística, com a construção de minas, fábricas, portos,
usinas hidrelétricas, rodovias e ferrovias, estando ligados muito mais a realidade nacional e internacional do
que local, gerando, contraditoriamente, grandes enclaves socioambientais na região e estimulando uma
intensa migração desordenada.
Para organizar a exploração dos recursos naturais e tornar o Estado Brasileiro mais presente na região, foi
criado a SUDAM Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia, criada em 1966. O objetivo da
SUDAM era elaborar, aprovar e fiscalizar os empreendimentos econômicos na Amazônia, através de uma
política de incentivos fiscais. Porém este órgão esteve associado a escândalos de corrupção sendo em 2001
substituída pela ADA Agência de Desenvolvimento da Amazônia, mas durante o governo Lula a SUDAM, em
2003, foi reativada.
Para a Amazônia Ocidental, em especial a cidade de Manaus, foi criada a SUFRAMA Superintendência da
Zona Franca de Manaus, em 1967, com o objetivo de desenvolver essa parte da região e integrá-la a economia
nacional, sem acesso direto por rodovias, com a criação de um pólo industrial, turístico, agropecuário e uma
Zona Franca de Comércio, além uma política pesada de incentivos fiscais.
Para organizar a política de distribuição de terra foi criado o INCRA Instituto Nacional de Colonização e
Reforma Agrária em 1970.
Serra do Navio (AP): Criado em 1953, para explorar, beneficiar e exportar o manganês da Serra do Navio no
Amapá, pela empresa ICOMI Indústria e Comércio de Minérios, durante 50 anos. Construção de uma infra-
estrutura que envolve a mina da Serra do Navio, a ferrovia Amapá e o porto de Santana e as company towns
Vila Amazonas e Serra do Navio. O manganês é utilizado para a fabricação de pilhas, ligas metálicas e melhoria
do aço.
G
eo
.
A empresa saiu do Amapá e deixou uma herança maldita para esse Estado da Amazônia, um imenso buraco,
iente e a
sociedade, através da contaminação de rios, desmatamento, pobreza da população, e, principalmente, não
gerou desenvolvimento para a região, servindo de exemplo para a Amazônia, para que isso não se repetisse
mais.
Projeto Jarí: Criado em 1967, pelo norte-americano Daniel Ludwig, que via na região a oportunidade de
ganhar dinheiro com a produção de celulose, matéria-prima do papel, Caulim, minério para
embranquecimento, e Agropecuária. Localizado nas proximidades da foz do Amazonas, nas margens do rio
Jarí, na fronteira entre os municípios de Laranjal do Jarí, resultado da divisão de Mazagão (AP), e de Almerim
(PA).
O projeto atraiu milhares de pessoas para seu entorno, que foram em busca de empregos, e encontraram a
miséria nas favelas do Beiradão e Beiradinho nas margens do rio Jarí. No entanto, o projeto contou com uma
boa infraestrutura.
POLAMAZÔNIA: O Programa de Pólos Agropecuários e Agrominerais da Amazônia, criado a partir de 1975,
na lógica do II PND e do PIN, com a finalidade de explorar as potencialidades naturais da região, baseado na
teoria dos pólos centrais de François Perroux. Foram criados 15 pólos de exploração agropecuários e
agrominerais, esse projeto materializou o interesse do Estado em apoiar grandes empreendimentos.
Com a implantação do POLAMAZÔNIA, inúmeras mudanças ocorreram no espaço amazônico, destaque
para: maior presença do médio e grande capital nacional e estrangeiro, atraídos pelos subsídios fiscais da
SUDAM; apropriação monopolista da terra, ou seja, a terra monopólio de empresas agropecuárias e
fazendeiros individuais e intensificação dos conflitos fundiários.
A maioria desses pólos fracassaram, apenas alguns deram, relativamente, certo, caso do Trombetas,
Rondônia e de Carajás, devido não se enquadrarem a realidade local.
Projeto Grande Carajás:
O Projeto Grande Carajás (PGC) foi lançado no fim da década de 1970 e teve por objetivo realizar a exploração
integrada e em alta escala dos recursos minerais dessa província mineralógica, que é considerada a mais rica
do mundo (possui minério de ferro, ouro, estanho, bauxita, manganês, níquel e cobre).
A jazida mineral de Carajás localiza-se numa grande área de cerca de 895 mil quilômetros quadrados. É
cortada pelos rios Xingu, Tocantins e Araguaia e abrange terras do sudoeste do Pará, norte de Tocantins e
oeste do Maranhão.
G
eo
.
Além da exploração mineral, o Projeto Grande Carajás incluiu também a exploração de recursos
agroflorestais, extrativistas, agropecuários, além do aproveitamento do potencial hidrelétrico de alguns rios
amazônicos, caso do Tocantins, onde foi construída a hidrelétrica de Tucuruí para fornecer energia elétrica
para as indústrias de alumina e alumínio.
EXERCÍCIOS
1. A área destacada no mapa identifica a instalação de uma Usina Hidrelétrica na Amazônia. Assinale a
alternativa que estabeleça correspondência entre essa usina e seu principal objetivo de construção:
a) Tucuruí abastecimento do Projeto Carajás.
b) Tucuruí abastecimento da Zona Franca de Manaus.
c) Xingu abastecimento do Projeto Albrás e Alcan.
d) Balbina abastecimento do Projeto Carajás.
e) Balbina abastecimento da Zona Franca de Manaus.
2. "No final da década de 1970, a Vale do Rio Doce apresentou ao governo um projeto bastante ambicioso,
denominado 'Amazônia Oriental um projeto nacional de exportação', envolvendo não só a
exploração dos recursos minerais mas também o potencial agrícola-pecuário e madeireiro." (Melhem Adas. "Panorama Geográfico do Brasil." São Paulo: Moderna, 1998. p. 271.)
Conhecido como Projeto Grande Carajás, este empreendimento implicou na construção de grandes
equipamentos de infra-estrutura na região Norte, dentre os quais destacam-se:
a) a usina hidrelétrica de Tucuruí, o porto de Itaqui no Maranhão e a Estrada de Ferro Carajás.
b) a Zona Franca de Manaus, a rodovia Transamazônica e a usina hidrelétrica de Tucuruí.
c) o projeto SIVAM, a Zona Franca de Manaus e a Companhia Siderúrgica Nacional no Pará.
d) a usina hidrelétrica de Balbina, a rodovia Belém-Brasília e o porto de Itaqui no Maranhão.
e) o porto de Tubarão no Pará, a Zona Franca de Manaus e a Estrada de Ferro Carajás.
3. Em relação ao Projeto Carajás, localizado na Amazônia, assinale a afirmativa INCORRETA:
a) A serra de Carajás possui imensas jazidas de vários minerais, destacando-se um aproveitamento
maior do minério de ferro;
b) A instalação da Usina Hidrelétrica de Tucuruí foi necessária para fornecer energia ao projeto de
industrialização da bauxita na Zona de Carajás;
c) A Estrada de Ferro Carajás é a responsável pelo escoamento da produção mineral da área;
d) O reaparelhamento do porto de Itaqui, no Maranhão, está vinculado à exploração econômica da
região;
e) A instalação de usinas produtoras de ferro-gusa na região, as quais utilizam carvão vegetal como
combustível, está levando ao desmatamento de uma imensa área de florestas nativas.
G
eo
.
4. Considere as afirmações adiante sobre os grandes Projetos Minerais no Brasil.
I - Usam técnicas conservacionistas, preservando o meio ambiente.
II - Por suas características é considerado fator de repulsão de população.
III - De modo geral implantam-se com o objetivo de atender aos mercados nacionais e internacionais.
IV - São exercidas por empresas mistas de capital nacional e internacional.
Estão corretas SOMENTE
a) I e II
b) I e IV
c) II e III
d) II e IV
e) III e IV
5. A paisagem desta sub-região da Amazônia, em duas décadas, transformou-se. Várias construções
foram realizadas: ferrovia, moderno terminal de exportação de minérios, represa para a produção de
eletricidade. Até a segunda metade da década atual, tudo isso pertencia a um Projeto de uma
companhia estatal. A paisagem continua a mesma, mas houve mudanças profundas no gerenciamento
da empresa.
O texto aplica-se à paisagem construída
a) no Amazonas, entre os rios Madeira e Xingu, onde a companhia mineradora americana United Steel
Company tinha 49% das ações desse grande projeto, sendo os minérios exportados para os países
industrializados pelo Porto de Ponta da Madeira, em São Luís do Maranhão.
b) no Amapá, às margens do rio Jari, onde a Cia. Vale do Rio Doce construiu toda a infra-estrutura
para a exportação de manganês, minério raro no mundo, mas indispensável para a produção do
aço.
c) em Rondônia, às margens do rio Madeira, onde a Cia. Meridional de Mineração devastou a mata
para extrair a cassiterita e transformá-la em estanho, necessário à indústria brasileira.
d) no sul do Pará, entre os rios Tocantins e Xingu, onde a Cia. Vale do Rio Doce, hoje privatizada,
detém o monopólio da extração de vários minérios para exportá-los para Alemanha, Estados
Unidos, Japão e outros países industrializados.
e) em terras limítrofes entre os Estados do Amazonas e do Pará, onde a extração da bauxita e a
construção de barragens para a produção do alumínio transformaram essa área em pólo de atração
para os trabalhadores amazônicos e nordestinos.
6. O Projeto -I - consiste na instalação de bases militares, na porção -II - dos vales dos
rios -III - com o objetivo de controlar militarmente a região, defender fronteiras, combater o
contrabando de ouro e exercer ação nos conflitos entre garimpeiros, indígenas, empresários e
fazendeiros. Algumas bases já foram instaladas. No entanto, o Projeto prevê uma área de 6.500 km de
extensão por 160 km de largura, ao longo das fronteiras com a Guiana Francesa, Suriname, Guiana,
Venezuela e Colômbia.
Os termos que melhor preenchem a sequência correta das lacunas I, II e III do texto acima são:
a) Calha Norte / Meridional / Solimões e Madeira.
b) Jari / Oriental / Jari e Amazonas.
c) Calha Norte / Setentrional / Solimões e Amazonas.
d) Marabá / Oriental / Xingu e Tocantins.
e) Jari / Meridional / Jari e Tocantins.
7. Os pontos numerados no mapa indicam importantes áreas de exploração mineral na região Norte do
país, com extração de manganês, bauxita, ferro, cobre, ouro e níquel. Os grandes projetos
relacionados aos pontos 1, 2 e 3 são, respectivamente,
G
eo
.
a) Trombetas, Carajás e Quadrilátero Ferrífero.
b) Serra do Navio, Trombetas e Carajás.
c) Serra do Navio, Carajás e Maciço do Urucum.
d) Trombetas, Serra do Navio e Paragominas.
e) Maciço do Urucum, Alumar e Carajás.
8. Observe a região destacada no mapa a seguir e assinale a alternativa correta.
a) A área em destaque refere-se à Serra dos Carajás, no sudeste do estado do Pará. A área da Serra
está totalmente inserida no Projeto Grande Carajás, um projeto de extração mineral em operação.
Anteriormente à colonização, esse território era povoado pelos povos Karajá e Kayapó.
b) A área corresponde à Usina Hidrelétrica de Belo Monte, uma central hidrelétrica que está sendo
construída no rio Xingu, no estado do Pará, nas proximidades da cidade de Altamira.
c) A área equivale ao território do futuro estado do Tapajós, que devido à grande extensão territorial
do Pará tem sido um dos argumentos utilizados para uma divisão desse território e a consequente
formação de dois novos estados, além do atual Pará: Tapajós e Carajás.
d) O estado de Tapajós terá 722.000 quilômetros quadrados, sendo, portanto, o mais extenso. Apesar
de compreender a maior área do Pará, essa região é a menos populosa: cerca de 1 milhão de
habitantes. Sua capital será a cidade de Santarém. Essa região apresenta pouco desenvolvimento
econômico, composta por grandes áreas preservadas e muitos rios.
e) A região corresponde à área de cultivo da pimenta-do-reino (pipericultura) no Pará (maior produtor
e exportador nacional), que vai receber uma "injeção" tecnológica concentrada com as atividades
de um novo projeto da Embrapa Amazônia Oriental, a ser lançado na cidade de Bragança (PA).
G
eo
.
9. Brasis: diversidade
-se caracterizado por políticas, projetos e ações impostos de
fora pelo poder central, combinado a poderosos grupos econômicos transnacionais e a grupos
privados regionais, que criam riquezas voláteis e empregos precários na região, desestabilizando-a. A
lista é longa. Para ficar nas últimas décadas, mencionamos a mineração; o complexo
hidrelétrico/mineral/siderúrgico (Pólo Carajás); a agroindústria; as milhares de madeireiras; as terras
raras do Noroeste da Amazônia brasileira; a pecuária extensiva; a exportação de animais silvestres; o
extrativismo de madeiras e essências (pau-rosa); a pesca industrial; a Zona Franca de Manaus; os
projetos de colonização. No período mais recente, assistimos ao avanço da fronteira agrícola, com a
expansão da produção de soja, expansão esta acompanhada pela abertura de hidrovias e estradas. (Le Monde Diplomatique Brasil, abril, 2008. Adaptado.)
Sobre a mineração na Amazônia, citada no texto, é CORRETO afirmar que
a) a Serra do Navio se destaca na produção de bauxita.
b) o estado de Rondônia se destaca na produção de cassiterita.
c) o estado de Roraima é o principal produtor de estanho.
d) o Projeto Jari, no Amapá, caracteriza-se pela extração de manganês.
e) o Quadrilátero Ferrífero é a principal área de produção de manganês.
10. O II Plano Nacional de Desenvolvimento criou, na década de 70, os chamados "pólos regionais". Um
deles, o Polamazônia, implicava carrear recursos e viabilizar projetos destinados a áreas específicas,
privilegiando:
a) o setor de indústrias de base e a infra-estrutura urbana.
b) a redução das disparidades regionais, atendendo as áreas de maior pobreza.
c) os setores da agropecuária e mineral.
d) a construção de hidrovias e a ampliação do sistema rodoviário.
e) a demarcação das terras indígenas e das reservas extrativistas.
QUESTÃO CONTEXTO
Disponível em: lahistoriaconmapas.com. Acesso em: 17 de Jul 2018.
A construção da rodovia Transamazônica (BR-230) foi um projeto ambicioso que fez parte das chamadas
e que implicou impactos diversos. Aponte
e explique duas razões que justificam o fracasso do projeto.
G
eo
.
GABARITO
Exercícios
1. e
A usina hidrelétrica de Balbina está localizada no estado do Amazonas e foi inaugurada em 1989 sob forte
crítica por conta dos impactos ambientais causados, tais como, a liberação de gases do efeito estufa (tais
como o metano e o dióxido de carbono) a partir do apodrecimento da vegetação sob a hidrelétrica.
Grande parte da energia gerada pela hidrelétrica é destinada às empresas e indústrias da Zona Franca de
Manaus localizada majoritariamente no mesmo estado.
2. a
O projeto Grande Carajás é uma das principais áreas de exploração de minérios do mundo e é explorado
pela Vale. Além de possuir uma grande reserva de minério de ferro possui também manganês, cobre,
níquel, ouro, bauxita e cassiterita. Para a consolidação do projeto foi implantada uma importante
infraestrutura, que incluiu a Usina hidrelétrica de Tucuruí visando o abastecimento energético da região,
a Estrada de Ferro Carajás como via de escoamento e o porto de Itaqui visando a exportação.
3. b
A opção incorreta afirma a UH de Tucuruí, localizada no rio Tocantins, foi instalada visando o
fornecimento de energia para a industrialização da bauxita, quando na verdade foi visando fornecer
energia elétrica para as indústrias de alumina e alumínio da região.
4. e
A maior parte dos projetos minerais do Brasil, muito mais do que apenas o objetivo de desenvolver
determinada localidade, visam a exploração dos recursos para atender a demanda comercial interna e
externa e, por isso, demandam diversas fontes de investimentos, deixando, em muitos casos, de lado a
preocupação ambiental.
5. d
O texto aborda o Projeto Grande Carajás que se concentra majoritariamente no estado do Pará e cujo o
enfoque está na exploração de recursos minerais, especialmente, o ferro, visando a comercialização deste
externamente. A exploração é feita pela empresa Vale que ao longo dos anos passou por uma
reestruturação interna com a transformação de uma empresa estatal em uma empresa privada.
6. c
A Amazônia sempre foi uma área preocupante para os setores militares do Brasil por conta da baixa taxa
de ocupação, a grande extensão do território e por conta do internacional nas riquezas encontradas na
região, e por isso houve a necessidade de um planejamento regional do Estado brasileiro. Nas últimas
décadas os cálculos militares passaram a considerar os riscos da entrada, em território nacional, de grupos
guerrilheiros e traficantes de droga de países vizinhos, como é o caso da Colômbia. Foi nesse contexto
que nasceu o chamado Projeto Calha Norte, na década de 1980, que consistiu na instalação de bases das
Forças Armadas brasileiras próximo às fronteiras com o Peru, a Colômbia, a Venezuela, a Guiana, Suriname
e a Guiana Francesa, situadas ao norte (setentrional) da calha dos rios Solimões e Amazonas.
7. b
A numeração das localidades do mapa apontam importantes áreas ligadas à exploração mineral no Brasil.
A área 1 (estado do Amapá) é onde se localiza a Serra do Navio, importante área de exploração de
manganês, a área 2 (norte do estado do Pará) é onde está localizado o Porto Trombetas, importante ponto
infraestrutural que dá suporte a mineração da Serra do Sacará, e a área 3 (sul do estado do Pará) onde está
localizada Carajás, importante área de exploração de ferro.
G
eo
.
8. a
A área destacada no mapa representa a área da Serra de Carajás onde foi desenvolvido o Projeto Grande
Carajás que visava a exploração dos minérios encontrados na região e a exportação destes e que para
atender tal objetivo demandou a instalação de uma infraestrutura logística compatível.
9. b
Quase metade da cassiterita encontrada no Brasil vem do estado de Rondônia. Junto com o estado do
Amazonas são os maiores responsáveis pelo fornecimento de tal minério. Entre os usos mais comuns deste
minério destacam-se sua utilização na composição das ligas de chumbo, matéria-prima que integra a
produção de latas e embalagens, serve também como solda para fabricação e conserto de aparelhos
eletrônicos.
10. c
Os projetos de desenvolvimento criados pelo governo federal brasileiro visavam a integração nacional e
o desenvolvimento de determinadas regiões brasileiras, com o caso da região Norte. Para alcançar tal
objetivo estimulou e orientou os projetos agropecuários e de exploração mineral, atividades estas
favorecidas por conta dos aspectos naturais da região.
Questão contexto
A grande extensão da rodovia: o objetivo era interligar a Amazônia transversalmente ao restante do país, ou
seja, no sentido, Leste-Oeste, passando por diversos estados, Paraíba, Piauí, Maranhão, Pará e Amazonas.
Contudo, a falta de recursos implicou a não finalização do projeto, existindo, por exemplo, trechos não
pavimentados que no período de chuvas ficam intransitáveis.
O desmatamento: Para a construção da rodovia e após a sua inauguração muitos trechos da floresta
amazônica foram desmatados visando atender a demanda logística e o assentamento de migrantes
nordestinos ao longo da rodovia.
H
is.
His.
Professor: João Daniel
Monitor: Octavio Correa
H
is.
Crise da Primeira República 23
jul
RESUMO
Breve Perfil de Vargas.
Getúlio Dornelles Vargas, nascido em São Borja no Rio Grande do Sul em 1882, filho de estancieiros da região
se alista no exército depois de estudar em São Borja e Ouro Preto, lá participado destacamento que garantiria
a posse do Acre pelo Brasil em disputa com a Bolívia, no exército conhece o ainda jovem cadete Eurico
Gaspar Dutra, mais tarde em 1904 entra na atual UFRGS (Univ. Fed. Do Rio Grande do Sul) da onde sai bacharel
em 1907. Seu primeiro cargo eletivo foi em 1909 como deputado estadual pelo Partido Republicano
Riograndense (PRR).
A sua juventude na caserna e a formação em direito deram a Getúlio Vargas sua base política, se o direito lhe
deu o pensamento positivista o exército lhe deu a disciplina e sua determinação, ainda o ensinou que as
forças armadas deveriam ser modernizadas e mantidas longe da política. Como todos os humanos Vargas
ainda era fruto de seu tempo e meio, assim adota o Castilhismo como corrente política, o Castilhismo era
inspirado nas ideias de João Prates Castilho fundador do PRR que tinha forte influência do positivismo, seus
três princípios básicos eram a escolha de governantes com base na pureza moral, a valorização da virtude na
política e o dever de regeneração e modernização do estado e da sociedade.
A Revolução de 1930 e a Ascensão de Vargas.
A sociedade antes da revolução de 1930, estava em um grau de agitação muito alto, diversos grupos desde
os primeiros anos da república contestaram o modelo vigente ou os políticos dentro desse modelo. As
revoltas da armada, as greves gerais dos primeiros vinte anos do século XX, o cangaço, o Arraial de Canudos
e a Guerra do Contestado são exemplos de como o governo tratava as questões sociais.
Influenciados pelos ideais positivistas os militares e os civis no poder tratavam as questões sociais como casos
militares e com extrema violência, logo, a revolta das camadas mais pobres acabava aumentando com as
reações desmedidas do governo. Não somente a população civil estava descontente com o governo, a baixa
oficialidade do exército não via com bons olhos essa alternância de poder entre os cafeicultores de São Paulo
e Minas Gerais.
Assim, surgiram movimentos dentro dos quartéis, o tenentismo é um movimento dos jovens oficiais do
exército que mesmo sem um projeto ideológico claro eles defendiam a moralização da política nacional e o
voto secreto. Esse movimento foi um dos mais marcantes do Brasil, a revolta do Forte de Copacabana em
1922 foi o início do movimento, onde dezessete militares e um civil se revoltaram contra a presidência de
Arthur Bernardes.
Esse movimento com o tempo ganhou apoio da burguesia industrial, banqueiros e as oligarquias dissidentes,
apoios o movimento cresceu e ganhou mais adeptos e mais tarde financiamento para a empreitada
revolucionária de 1930.
A Cisão e a Aliança liberal.
Como acabamos de ver nos parágrafos anteriores a situação social do Brasil era das piores e constantemente
ignorada pelos políticos da época que estavam mais voltados para o interesse próprio do que para os
interesses da população. Sendo assim, o fluminense (com carreira em São Paulo) Washington Luís, quebrou
H
is.
a ordem de sucessão e indicou outro paulista para o cargo da presidência Júlio Prestes criando uma divisão
nas oligarquias de Minas e São Paulo.
Porém, algum pouco tempo antes havia sido criado a Aliança Liberal, que juntava as oligarquias dissidentes
como Paraíba, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Pernambuco e agora parte de Minas Gerais. Estes,
descontentes com a falta de participação política e com as votações altamente fraudulentas, assim, estes
lançaram Getúlio para presidente (Vargas era presidente do Rio Grande do Sul, cargo equivalente a
governador).
As eleições de 1929 foram recheadas de acusações de fraudes e violência de ambos os lados, resultando
inclusive em mortes, Vargas e a Aliança perderam o pleito para o paulista Júlio Prestes, a AL contestou o
resultado, no entanto sem reclamar a presidência, sabiam que a via armada seria a única opção. Porém, havia
a necessidade de um estopim e este veio quando João Pessoa (candidato a vice de Vargas) foi assassinado
na Paraíba, e mesmo que o crime fora cometido por um motivo pessoal o acontecimento piorou ainda mais
o caos político e social que o Brasil estava mergulhado.
A revolução iniciava-se, os militares que apoiavam Getúlio, tomaram o poder em 24 de outubro de 1930
instituindo uma junta militar que dias mais tarde entregaria o poder para Getúlio Vargas. Assim então iniciava
o governo provisório de Vargas, as primeiras medidas foram revogar a constituição de 1891, compor um
ministério com os dissidentes mineiros e gaúchos e colocou interventores militares no comando dos estados.
Planos de Recuperação.
Para a recuperação econômica do Brasil, Vargas desde antes de 1934 havia criado o Conselho Nacional do
Café, que pretendia regularizar a exportação e preços do produto, o governo comprava vastas quantidades
de sacas de café para queimar ou jogar ao mar afim de aumentar o preço.
Na Indústria Getúlio investiu na indústria de substituição de exportações, sendo que os mercados
estadunidenses e europeus estavam mais voltados para o mercado interno com o advento da crise, ele
também autorizava linhas de crédito para investimento industrial.
Vargas seguiria nessa linha durante todo o seu governo, fomentando a indústria geral em um primeiro
momento e depois investindo pesadamente em indústria de base e bélica, o presidente contava com
investimentos estrangeiros tanto europeus como estadunidenses. Porém, por questões econômicas, mas
também claramente políticas não deixara de investir no café e na agricultura nacional.
H
is.
EXERCÍCIOS
1. eleições de 1930. Apuradas as urnas,
venceu o candidato governista Júlio Prestes com mais de um milhão de votos, contra 737 000 para
bancar a máquina eleitoral montada pelo governo em 17 Estados. A
(In Nosso Século. São Paulo: Abril Cultural. v. 5. p. 34).
É fácil notar que o trecho está tratando do contexto político-eleitoral de 30, em relação ao qual é
correto dizer mais que:
a) Tais eleições tiveram seus resultados plenamente respeitados pelos atores do processo respectivo;
b) Consagrou uma alternância legal e legítima de poder à frente da presidência da república;
c) Imerso o Brasil em profunda crise social, mas com economia vigorosa e sem sobressaltos, a
presidência Júlio Prestes foi das mais profícuas que o Brasil conheceu em sua história republicana;
d) São Paulo foi vanguardista das mudanças impostas ao país, e o fez pelo levante popular de 9 de
e) a Aliança Liberal acabou por triunfar sob a liderança de uma fração militar e de Getúlio Vargas,
quebrando a ordem constitucional vigente e organizando novo governo federal.
2. "A década de 1920 foi marcada pela instabilidade política. Até então, a governabilidade do país era
garantida por um pacto entre as elites agrárias (as oligarquias). Este pacto se expressava na política dos
governadores, na aliança café-com-leite, no coronelismo e na dominação regional das oligarquias." (ARRUDA, J. J. de A. & PILETTI, N. Toda História: História Geral e do Brasil. São Paulo: Ática, 2002. p. 355.)
A respeito da História do Brasil da década de 1920, assinale a alternativa incorreta.
a) No ano de 1922, a guarnição militar do Forte de Copacabana se rebelou, exigindo a renúncia do
presidente Artur Bernardes. O levante foi derrotado, e o episódio ficou conhecido como "Os
Dezoito do Forte de Copacabana".
b) Constituído por jovens tenentes e capitães, o Tenentismo foi um movimento de enfrentamento ao
governo federal, exigindo mudanças políticas como voto secreto e reforma do ensino.
c) Na década de 1920, o café continuava sendo um dos principais sustentáculos da economia
brasileira, e, no meado da década, o Brasil já era responsável por 3/5 da produção mundial.
d) O descontentamento de vários segmentos sociais com a situação vivida no Brasil durante a década
de 1920 culminou na chamada Revolução de 1930, que levou Getúlio Vargas ao poder.
e) A década de 1920 foi marcada também pela primeira eleição brasileira em que o Partido Comunista
elegeu uma grande bancada na Câmara Federal.
3. Os desentendimentos começaram quando, de forma surpreendente, Washington Luís insistiu na
candidatura de um paulista à sucessão. Como se isso não bastasse, fechou questão em torno do
governador de São Paulo, Júlio Prestes. Até hoje, as razões da intransigência de Washington Luís são
discutidas. (...) Seja como for, a atitude de Washington Luís empurrou mineiros e gaúchos para um
acordo, reproduzindo até certo ponto o alinhamento de forças da campanha 1909-1910. A articulação
de uma candidatura de oposição partiu do governador de Minas (...) Em plena campanha eleitoral,
estourou em outubro de 1929 a crise mundial. Ela apanhou a cafeicultura em uma situação complicada.
(...) (Boris Fausto, História do Brasil)
A situação descrita no texto acabou por desencadear
a) a Campanha Civilista, que defendia a candidatura de um civil contra o militar apoiado pelos
cafeicultores paulistas.
H
is.
b) a eclosão do movimento tenentista, que pretendia acabar com o domínio das oligarquias,
principalmente a cafeeira.
c) a formação da Aliança Liberal, chapa de oposição que venceu a eleição presidencial e conduziu
Getúlio Vargas ao poder.
d) o fortalecimento da Política do Café com Leite, a fim de manter o governo sob controle dos
cafeicultores diante da crise econômica.
e) a Revolução de 1930, que pôs fim ao Estado oligárquico e levou o Brasil a uma nova organização
política, econômica e social.
4. Em tempos de forte turbulência republicana, o ano de 1922 converteu-se em marco simbólico de
grandes rupturas e da vontade de mudança. Eventos como a Semana de Arte Moderna, o levante
tenentista, a criação do Partido Comunista e ainda a conturbada eleição presidencial sepultaram
simbolicamente a Velha República e inauguraram uma nova época. , Brasil, um século de transformações. 2001.)
Pode-se afirmar que a situação descrita decorre, sobretudo,
a) do forte crescimento urbano e das classes médias.
b) do descontentamento generalizado dos oficiais do Exército.
c) da postura progressista das elites carioca e paulista.
d) do crescimento vertiginoso da industrialização e da classe operária.
e) da influência das vanguardas artísticas europeias e norte-americanas.
5. Em 1930, um golpe colocou Getúlio Vargas no poder. Esse ato foi justificado pelas acusações de que
grupo vitorioso com relação
a) à predominância de São Paulo na federação?
b) às práticas políticas imperantes nas eleições?
6. Num momento em que o Estado republicano oligárquico já apresentava sintomas de declínio o
problema criado pela sucessão, até então dividida entre São Paulo e Minas Gerais, desencadeou o fim
do regime. (Leonel Itaussu. História do Brasil)
Considerando que as atuais circunstâncias do país exigem de todos o sacrifício das suas comodidades
e interesses, em favor da defesa da causa pública, resolveram os abaixo-assinados fundar um partido
ao qual denominaram Partido Democrático, nome assaz significativo por inculcar o seu principal
objetivo, de obter para o povo o livre exercício da soberania e da escolha de seus representantes. -1930)
Os textos apresentam o cenário vivido pelo Brasil quando da disputa à sucessão do presidente
Washington Luís. Quanto ao envolvimento do Partido Democrático nesta eleição, aponte a alternativa
que demonstre qual era a composição do Partido Democrático (PD) e qual foi a sua posição na eleição:
a) O PD era composto por membros da aristocracia cafeeira e apoiou a candidatura de Júlio Prestes.
b) O PD era formado por dissidentes do Partido Republicano Paulista (PRP) e apoiou o candidato da
Aliança Liberal.
c) O PD era composto exclusivamente por membros da classe média e seguiu a atitude de Luís Carlos
Prestes que se recusou a apoiar algum candidato.
d) O PD surgiu como um movimento operário e seguiu as posições defendidas pelo Partido
Comunista.
e) O PD contava com intensa influência de militares e a exemplo dos tenentistas apoiou a candidatura
de Júlio Prestes, candidato lançado pelo governo.
7.
1924, houve um redirecionamento do Modernismo, com a publicação do Manifesto do Pau-Brasil, de
Oswald de Andrade. Nesse momento, passou-se a exigir que o processo de modernização não fosse
mais feito de forma imediata, pela simples adoção de linguagens artísticas modernas, mas que ele
H
is.
(Eduardo Jardim. Entrevista. Revista de História da Biblioteca Nacional, ano 7, n. 77, fevereiro 2012, p. 38)
social vigente e de reflexões sobre a identidade nacional brasileira. O movimento artístico e literário
modernista, no Brasil, foi uma das expressões da crise dos anos 20.
a) Identifique uma proposta do modernismo brasileiro, justificando sua relação com a crise dos anos
20.
b) Caracterize outro movimento que foi expressão da crise dos anos 20.
8. Desgraçado processo
era uma pausa revigorante na alucinação da vida cotidiana. Alguém dirá que nem tudo era paz nos
cafés de antanho, que havia muita briga e confusão neles. E daí? Não será por isso que lamento seu
desaparecimento do Rio de Janeiro. Hoje, se houver desaforo, a gente o engole calado e humilhado.
Já não se pode nem brigar. Não há clima nem espaço. ALENCAR, E. Os cafés do Rio. In: GOMES, D Antigos cafés do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Kosmos, 1989 (adaptado).
O autor lamenta o desaparecimento dos antigos cafés pelo fato de estarem relacionados com
a) a economia da República Velha, baseada essencialmente no cultivo do café.
b) que mantinha a lavoura cafeeira.
c) a especulação imobiliária, que diminuiu o espaço disponível para esse tipo de estabelecimento.
d)
brigas.
e) o aumento da violência urbana, já que as brigas, cada vez mais frequentes, levaram os cidadãos a
abandonarem os cafés do Rio de Janeiro.
9. O economista Celso Furtado, em seu livro Formação Econômica do Brasil, na última parte, analisa os
efeitos da Grande Depressão de 1929 sobre a Economia Brasileira, particularmente em relação à
produção de café e à industrialização. Dentre as afirmações de Furtado, podemos citar
a) a Grande Depressão de 1929 que provocou a crise do setor cafeeiro e induziu a diversificação das
exportações agrícolas.
b) a Grande Depressão de 1929 que provocou a crise do setor cafeeiro e a mudança do eixo dinâmico
da economia para a região nordeste.
c) a Grande Depressão de 1929 que não atingiu o setor cafeeiro, pois este produzia para o mercado
interno.
d) a Grande depressão de 1929 que provocou a crise do setor cafeeiro e induziu, indiretamente, o
crescimento da produção industrial para o mercado interno.
e) a Grande depressão de 1929 que provocou a crise do setor cafeeiro e induziu, indiretamente, o
crescimento da produção industrial para o mercado externo.
10. Enquanto o Modernismo trazia grandes transformações no campo da arte, uma grave crise política
eclodia no Brasil. A sua origem situava-se na crescente insatisfação do Exército e das camadas médias
urbanas (...) (...) as eleições foram vencidas por Artur Bernardes. Finalmente, as frustrações longamente
acumuladas eclodiram: no dia 5 de julho de 1922, jovens oficiais do forte de Copacabana se rebelaram,
com o apoio das guarnições do Distrito Federal, Rio de Janeiro e Mato Grosso. O objetivo era impedir
a posse de Artur Bernardes. (Luiz Koshiba, História do Brasil)
O texto faz referência:
a) ao Coronelismo durante a década de 1920.
b) à organização da marcha da Coluna Prestes pelo país.
c) ao apoio do Exército ao Estado oligárquico.
d) à ação dos militares na proclamação da república.
e) ao início do Tenentismo na República Velha.
QUESTÃO CONTEXTO
Veja a foto e responda às alternativas.
H
is.
Na foto podemos ver o presidente Washington Luís acompanhado de sua comitiva, o último presidente da
chamada República Oligárquica começada com Campos Salles em 1896 caiu á vinte e dois dias do término
de seu mandato.
a) Indique um fator indispensável para a queda a República Oligárquica.
b) Sobre a Revolução de 1930, aponte uma continuidade da política anterior e um rompimento.
H
is.
GABARITO
Exercícios
1. e
frente as inúmeras denúncias de fraude e a saturação das políticas abusivas da república oligárquica por
diversas classes como os tenentes a Aliança Liberal se lançou na luta armada contra a ordem estabelecida.
2. e
os partidos de esquerda não tinham uma representatividade considerável, assim é impossível que tenha
acontecido um governo de maioria comunista.
3. e
além dos desentendimentos entre as elites dominantes da política nacional, a crise de 1929 acabou por
acelerar o processo de queda do presidente Washington Luis.
4. a
todos os fatos e organizações citadas no texto remetem á classe urbana como a criação do PCB com
base no operariado urbano, a Semana de Arte Moderna acontecida em São Paulo capital e o tenentismo
que era representado pelas baixas oficialidades e apoiado pela burguesia urbana.
5. a) As oligarquias e os grupos dissidentes no movimento de 1930 criticavam, entre outros aspectos, o
predomínio dos interesses do setor ligado à produção cafeeira, representado pela burguesia paulista
tanto do ponto de vista político (política do café-com-leite), como do ponto de vista econômico (o
Convênio de Taubaté de 1906, por exemplo), ou seja, do uso que a mesma fazia do Estado para a
consecução de seus interesses.
b) A República instaurou o sufrágio universal, alargando significativamente o número de eleitores.
Todavia, tratava-se do sufrágio universal masculino, e o voto era aberto. Dado que a maioria da população
era rural, esta, transformada em eleitores, tornou-se cativa dos grandes proprietários rurais que, por
intermédio dos mais variados estratagemas troca de favores, "voto de cabresto", uso das mais variadas
formas de coação faziam com que as eleições se transformassem em um "jogo de cartas marcadas",
perpetuando no poder as oligarquias então dominantes. Para além desses aspectos, não havia no período
uma justiça eleitoral, ficando a fiscalização dos procedimentos eleitorais e a diplomação de candidatos
eleitos controladas pelos próprios interessados. Por tais razões, os críticos da "República Velha" lutavam
pelo que chamavam de "moralização dos costumes políticos", que envolvia, entre outros aspectos, a
instituição do voto secreto e outras formas de controle dos processos eleitorais. Tais exigências se
concretizaram com a aprovação da Constituição de 1934, que estabeleceu o voto secreto e o voto
feminino, e criou uma justiça eleitoral.
Vargas não compactuava com as políticas impostas pela elite cafeeira e enxergava em seu governo formas
arcaicas e antiliberais dentro do entendimento político de liberalismo, sendo assim, era natural que
Vargas colocasse interventores nos estados e neutralizasse a máquina eleitoral com a anulação da
constituição de 1891
6. b
Com o aquecimento das tensões políticas nacionais o Partido Democrático, por fazer oposição ao PRP e
por ser formado por uma dissidência do mesmo adota uma posição favorável á Vargas na eleição de 1929.
7. a) O modernismo brasileiro teve como característica principal a preocupação com a afirmação da
especificidade e da singularidade cultural brasileira, assim compreendida como uma busca por uma
H
is.
identidade nacional. Essa perspectiva impregnou o ambiente político e intelectual da época, que se
formulação modernista foi um paradigma, nos anos 20, para os projetos de transformação da sociedade
e do Estado oligárquico.
b) A crise dos anos 20 se expressou através dos projetos formulados por vários movimentos sociais, entre
os quais: - o tenentismo, liderado por jovens oficiais do Exército descontentes com os interesses
particularistas das oligarquias estaduais; - o movimento dos educadores, preocupado com a constituição
de um sistema escolar brasileiro e com a formulação de novas práticas educacionais; - o movimento dos
higienistas, que investiu na criação de órgãos públicos para a promoção do saneamento e da saúde
pública; - o movimento operário, organizado através de sindicatos para a reivindicação da promulgação
de leis de proteção ao trabalho.
A ordem oligárquica acaba tendo críticas da maioria dos setores da sociedade brasileira, assim, mesmo
com esforços marginais como o atendimento ao movimento higienista, mas nunca estruturais como uma
reforma eleitoral ou uma atenção as demandas populares.
8. d
a sociedade posterior a república oligárqu
muito forte no Rio de Janeiro foi substituída pela disciplinarização dos operários nas grandes cidades.
9. d
a crise no café que vinha antes mesmo da crise de 1929 ajudou a diversificar os investimentos dos grandes
cafeicultores.
10. e
o tenentismo acumulou uma suas fileiras as reclamações moralizantes do exército e as reclamações
políticas da classe média urbana.
Questão Contexto.
a) O fator indispensável foi a cisão na aliança entre mineiros e paulistas, assim as oligarquias dos
principais estados além de romper a aliança dividiram-se internamente entre apoiadores de Júlio
Prestes e Getúlio Vargas.
b) Na ponta das continuidade podemos colocar o incentivo a elite agrária em especial a do café no
sudeste, e na parte dos rompimentos Vargas termina com a máquina eleitoral do governo anterior ao
revogar a constituição de 1891.
L
it.
Lit.
Professor: Diogo Mendes
Monitor: Maria Paula Queiroga
L
it.
Modernismo em Portugal 27
jul
RESUMO
Tal qual o modernismo brasileiro, o modernismo português surgiu sob a influência dos movimentos
de vanguarda europeus na primeira metade do século XX. O movimento buscou, através da irreverência e de
um espírito contestador, quebrar com os padrões de escrita vigentes até então, propondo uma nova
abordagem temática e linguística para as artes em geral, inclusive a literatura. O movimento perdurou até o
Estado Novo português, durante a década de 1970.
Autores como Fernando Pessoa, Mário de Sá-Carneiro, Almada Negreiros, Irene Lisboa, Miguel
Torga, entre outros, representaram as quatro vertentes do modernismo: o Orfismo, o Presencialismo, o
Neorrealismo e o Surrealismo.
Orfismo
Foi a primeira fase do modernismo português e teve como marco inicial a publicação da revista Orfeu.
Os orfistas buscavam chocar a burguesia ao apresentar uma poesia livre da métrica e inserir a literatura
portuguesa no contexto cultural europeu, que àquela época estava sob forte influência das tendências
futuristas. Os principais nomes deste momento do modernismo português foram Fernando Pessoa, Mário de
Sá-Carneiro, Raul Leal, Luís de Montalvor, Almada Negreiros e o brasileiro Ronald de Carvalho.
Fernando Pessoa: Sua poesia caracteriza-se, principalmente, pelo fenômeno da heteronímia. Pessoa
criou diferentes personalidades com biografias e estilos próprios, Trata-se de um complexo processo de
fragmentação psicológica. Seus principais heterônimos são Alberto Caeiro, considerado o mestre de todos
os outros, Ricardo Reis e Álvaro de Campos. Há ainda Bernardo Soares, um semi-heterônimo, assim
denominado por apresentar uma linguagem e visão de mundo muito parecidas com a do próprio Pessoa e,
conforme suas palavras, Bernardo era como ele, mas desprovido de seu raciocínio e afetividade.
Presencialismo
Esta é a segunda fase do modernismo português. Recebe esse nome devido à revista Presença,
fortemente influenciada pela revista Orfeu e seus ideais artísticos. Buscou dar continuidade à onda
modernista em Portugal após o fim do orfismo mas apresentou características próprias que fizeram com que
fosse considerado um nova fase modernista. A escrita tornou-se mais intimista e introspectiva, voltada para
o experimentalismo. Os principais nomes do período foram José Régio, Adolfo Rocha, João Gaspar Simões,
Miguel Torga, Irene Lisboa, entre outros. Com a Segunda Guerra Mundial, o movimento se dissolveu.
Neorrealismo
Surgiu em momento histórico conturbado, no qual a Europa vivia um momento de crise devido à
Segunda Guerra Mundial e à ascensão dos regimes totalitários. As revistas Seara Nova, Sol Nascente e o Diabo
foram as principais responsáveis pela divulgação das tendências neorrealistas. O neorrealismo teceu duras
críticas ao individualismo e ao esteticismo temas caros ao Presencialismo e divulgou na literatura o
pensamento marxista e a forte rejeição ao socialismo utópico. Os principais nomes deste movimento foram
Alves Redol, Manuel da Fonseca, Afonso Ribeiro, Joaquim Namorado, Mário Dionísio, Vergílio Ferreira,
Fernando Namora, Mário Braga, Soeiro Pereira Gomes ou Carlos de Oliveira, entre outros.
Surrealismo
É considerada a última fase do modernismo português. Caracteriza-se por uma
com destaque para a livre associação de ideias e de palavras e a modificação das estruturas da realidade. A
escrita era baseada em um mundo onírico, o que reafirmava um caráter figurativo e irracional. Os principais
L
it.
Vasconcelos e outros como Natália Correia, Henrique Rasques Pereira, Artur do Cruzeiro Seixas, Antônio
José Forte, Fernando Alves dos Santos e Isabel Meyrelles.
EXERCÍCIOS
1. Sobre o Modernismo português estão corretas as seguintes proposições:
I. O Modernismo em Portugal costuma ser dividido em duas partes, Orfismo (primeira geração) e
Presencismo (segunda geração), muito embora alguns estudiosos considerem os movimentos
neorrealistas e surrealistas como vertentes modernistas.
II. Entre os principais ideais dos presencistas, estavam a busca por uma literatura inovadora
influenciada pelo Futurismo e pelo Cubismo, o rompimento com o passadismo da literatura de
caráter histórico e a retratação do homem e seu espanto de existir.
III. A Revista Presença, publicação literária de maior êxito durante os anos do Modernismo, foi
responsável por divulgar os ideais do Presencismo, consolidando as conquistas dos escritores que
representaram a primeira fase do movimento.
IV. Surgido em um período de lutas de classes sociais e de crises religiosas, o Modernismo português
foi marcado por uma literatura cuja linguagem refletia os estados de tensão da alma humana e que
era permeada pelo rebuscamento e por figuras de linguagem de difícil compreensão.
V. Marcado pelo subjetivismo, nostalgia, melancolia e combinação de vários gêneros literários, o
Modernismo português marcou o fim do Neoclassicismo, instaurando um novo modo de
expressão em Portugal e em toda a Europa.
a) I e III.
b) Todas estão corretas.
c) II, IV e V.
d) I e II.
e) III e IV.
2. A Terceira Fase do Modernismo português foi fortemente influenciada por um grande marco histórico
da época (Segunda Guerra Mundial). Devido a este marco, esta literatura acabou sendo fortemente
marcada pela seguinte característica:
a) Arte que lamenta os horrores vividos pelas vítimas da Segunda Grande Guerra.
b) Desejo de criação de uma arte moderna, com rejeição dos valores antigos e gosto por "irritar" o
burguês.
c) Desejo de volta para o "eu", com uma reflexão sobre os acontecimentos da época.
d) Desejo de construção de uma literatura engajada, com a denúncia social.
3. Leia o poema Prece, de Fernando Pessoa.
Senhor, a noite veio e a alma é vil.
Tanta foi a tormenta e a vontade!
Restam-nos hoje, no silêncio hostil,
O mar universal e a saudade.
Mas a chama, que a vida em nós criou,
Se ainda há vida ainda não é finda.
O frio morto em cinzas a ocultou:
A mão do vento pode ergué-ía ainda.
Dá o sopro, a aragem - ou desgraça ou ânsia -,
Com que a chama do esforço se remoça,
E outra vez conquistaremos a Distância -
Do mar ou outra, mas que seja nossa! (Fernando Pessoa. Mensagem, 1995.)
L
it.
Extraído do Iivro Mensagem, o poema pode ser considerado nacionalista, na medida em que o eu lírico
a) apresenta Portugal como uma nação decadente, que não faz jus ao seu passado de heroísmo e
glórias.
b) inspira-se no passado de heroísmo do povo português que, no presente, já não acredita na sua
história.
c) busca reviver o sonho de uma da nação grandiosa, cantando um Portugal almejado por seus feitos
gloriosos.
d) reconhece o desejo de o povo português glorificar seus heróis, o que não foi possível até o seu
presente.
e) descreve o Portugal de seu tempo como uma nação gloriosa e marcada por histórias de heroísmo.
4.
A tirinha acima estabelece uma interessante relação dialógica com o poema de Fernando Pessoa, Eu
sou do tamanho do que vejo
Da minha aldeia vejo quanto da terra se pode ver no Universo...
Por isso minha aldeia é grande como outra qualquer
Porque sou do tamanho do que vejo
E não do tamanho da minha altura... (Alberto Caeiro)
A tira Hagar e o poema de Alberto Caeiro (um dos heterônimos de Fernando Pessoa) expressam, com
linguagens diferentes, uma mesma ideia: a de que a compreensão que temos do mundo é
condicionada, essencialmente,
a) pelo alcance de cada cultura.
b) pela capacidade visual do observador.
c) pelo senso de humor de cada um.
d) pela idade do observador.
e) pela altura do ponto de observação.
5. Embora existam divergências sobre sua estruturação, o Modernismo em Portugal pode ser dividido
em:
a) Presencismo, Futurismo, Realismo e Naturalismo.
b) Orfismo, Presencismo, Neorrealismo e Surrealismo.
c) Orfismo, Neorrealismo, Romantismo e Literatura Contemporânea.
d) Orfismo, Presencismo, Futurismo e Surrealismo.
e) Humanismo, Cubismo, Neorrealismo e Concretismo.
6. Considere os fragmentos a seguir.
Texto I
Ao longo do sereno
Tejo, suave e brando,
Num vale de altas árvores sombrio,
Estava o triste Almeno
Suspiros espalhando
Ao vento, e doces lágrimas ao rio. Luís de Camões. Ao longo do sereno.
L
it.
Texto II
Bailemos nós ia todas três, ay irmanas,
so aqueste ramo destas auelanas
e quen for louçana, como nós, louçanas,
se amigo amar,
so aqueste ramo destas auelanas
uerrá baylar. Aires Nunes. In: Nunes, J.J., Crestomatia arcaica.
Texto III
Tão cedo passa tudo quanto passa!
morre tão jovem ante os deuses quanto
Morre! Tudo é tão pouco!
Nada se sabe, tudo se imagina.
Circunda-te de rosas, ama, bebe
E cala. O mais é nada. Fernando Pessoa. Obra poética.
Texto IV
Os privilégios que os Reis
Não podem dar, pode Amor,
Que faz qualquer amador
Livre das humanas leis.
Mortes e guerras cruéis,
Ferro, frio, fogo e neve,
Tudo sofre quem o serve. Luís de Camões. Obra completa.
Texto V
As minhas grandes saudades
São do que nunca enlacei.
Ai, como eu tenho saudades
Dos sonhos que nunca sonhei!... Mário de Sá-Carneiro. Poesias.
Assinale a alternativa que contém textos de autoria de poetas do Modernismo português.
a) I e V.
b) II e III.
c) III e IV.
d) III e V.
e) IV e V.
7. Estão, entre os principais escritores do modernismo português (do Orfismo ao Surrealismo):
a) Eça de Queiros, Antero de Quental, Florbela Espanca e Fernando Pessoa.
b) José Saramago, Graciliano Ramos, Eugênio de Castro e Euclides da Cunha.
c) Fernando Pessoa, José Régio, Fernando Namora e Alexandre O'Neill
d) Sophia de Mello Breyner Andresen, Camilo Castelo Branco, Mário de Sá-Carneiro e Cesário Verde.
e) Almeida Garrett, Júlio Dinis, José Agostinho de Macedo e Miguel Torga.
L
it.
8. A Primeira Fase do Modernismo português, também chamada de Orfismo, opôs-se fortemente aos
ideais neo-simbolistas. Além dessa oposição, o que podemos apontar como características fortes deste
período?
a) Poesia irreverente; gosto por "irritar" o burguês; crítica social e moral; criação de uma arte
engajada; volta para o "eu".
b) Literatura intimista, voltada para o "eu"; crítica social, política e moral; sentimentalismo; presença
de nacionalismo.
c) Poesia agressiva e irreverente, com formas sem metro; gosto por "irritar" o burguês; incorporação
das vanguardas na arte portuguesa moderna, com crítica aos valores artísticos antigos; domínio da
metafísica e dos sentidos; presença de nacionalismo.
d) Incorporação das vanguardas na arte portuguesa moderna; crítica aos valores artísticos e morais
antigos; literatura nacionalista e intimista; sentimentalismo.
9. Considere as seguintes afirmações sobre a poesia de Álvaro de Campos, heterônimo de Fernando
Pessoa.
I. Em Todas as Cartas de Amor São, o eu lírico recusa-se a escrever porque prefere sonhar a viver.
II. No Poema em Linha Reta, a trajetória do indivíduo é descrita como sendo vinculada a fracassos e
vilezas, o que provoca seu cansaço e sua revolta.
III. Em Aniversário, o eu lírico, acreditando ter recuperado a perfeição do passado, renega os
familiares mortos.
Quais estão corretas?
a) Apenas I
b) Apenas II
c) Apenas I e II
d) Apenas I e III
e) I, II e III
10. Aquela senhora tem um piano
Que é agradável mas não é o correr dos rios
Nem o murmúrio que as árvores fazem...
Para que é preciso ter um piano?
O melhor é ter ouvidos
E amar a Natureza.
Sobre o poema acima apresentado. de Alberto Caeiro, é INCORRETO dizer que
a) compara contrastivamente um símbolo de cultura e a própria natureza.
b) revela a opção do poeta pelo mundo natural, pois os sons da natureza são superiormente mais
agradáveis.
c) deixa clara a concepção de que a natureza é o maior dado do objetivismo absoluto.
d) reforça a ideia de que a natureza e as produções humanas estão sempre impregnadas de história e
sugestões metafísicas.
e) nega que o som do piano seja desagradável mas considera-o inferior aos sons dos rios e das
árvores.
L
it.
GABARITO
Exercícios
1. a
O modernismo, como visto em aula, pode ser dividido em três partes: 1ª, 2ª e 3ªgeração. Além disso, a
revista presença trouxe ao público o intuito dessa nova fase literária.
II. Contém características do Orfismo.
IV. Contém características do estilo Barroco.
V. Características do Romantismo.
2. d
A terceira fase do modernismo reflete uma denúncia social, sobretudo sobre os desdobramentos da
Guerra. Como exemplo, temos o poeta Carlos Drummond de Andrade.
3. c
Segundo o texto, essa busca por um Dá o sopro, a aragem ou
desgraça ou ânsia -,/Com que a chama do esforço se remoça,/ E outra vez conquistaremos a Distância/
Do mar ou outra, mas que seja nossa!
4. a
Na tirinha, Hagar satiriza a crença do filho de que o mundo é redondo, já que, para ele, a realidade
imediata sugeriria o efeito contraditório. No fragmento de Caeiro, o eu lírico busca defenderque ele é
do tamanho do que vê, o que é uma maneira de mostrar que a interpretação da realidade depende dos
valores de cada um. Ambos os textos expressam o fato de o mundo é condicionado, essencialmente,
pelo alcance de cada cultura.
5. b
A literatura moderna em Portugal pode ser dividida em quatro diferentes fases: Orfismo, Presencismo,
Neorrealismo e Surrealismo. Todavia, algumas teorias não consideram o Neorrealismo e o Surrealismo
fases integrantes do Modernismo em razão de algumas especifidades estéticas.
6. d
Luís de Camões, um dos maiores nomes da literatura em língua portuguesa, é representante do
Renascimento. O Renascimento foi marcado pela introdução de novos gêneros literários, entre eles os
romances de cavalaria e a literatura de viagens. Aires Nunes é representante do Trovadorismo, primeiro
movimento literário da língua portuguesa, surgido em um período no qual a escrita era pouco difundida,
por esse motivo, os poetas transmitiam suas poesias oralmente, na maioria das vezes, cantando-as. Assim
sendo, os primeiros textos receberam o nome de cantigas, tradicionalmente divididas em cantigas de
amor, de amigo, escárnio e maldizer.
7. c
Fernando Pessoa foi fundador e um dos principais representantes do Orfismo; José Régio é considerado
um dos principais escritores e teóricos do Presencismo; Fernando Namora é um dos principais nomes do
Neorrealismo, e Alexandre O'Neill, do Surrealismo.
8. c
A primeira fase moderna é definida
ruptura com os padrões impostos sobre arte, sobretudo em relação à métrica e à linha europeia, era a
busca por uma identidade única de demonstração de arte.
L
it.
9. e
Todas as alternativas contemplam a característica de Álvaro de Campos.
10. d
Ao referir-se à impregnação da natureza e das ações humanas pela história e pela metafísica, a alternativa
d contraria frontalmente a enfática oposição de Caeiro à especulação metafísica, às abstrações
M
at.
Mat.
Professor: Gabriel Miranda
M
at.
Redução de quadrantes 25
jul
RESUMO
Redução de quadrante
Em cada um dos quadrantes temos intervalos iguais cada um com 90° ou radianos (ou rad).
● Quadrante I
● Quadrante II:
● Quadrante III:
● Quadrante VI:
Já vimos que no círculo trigonométrico os valores de senos e cossenos conhecidos estão no 1° quadrante
(como 30°,45° e 90°). Por isso caso o ângulo seja maior que 90° precisamos reduzir ao primeiro quadrante
para estudá-los.
Para reduzir do 2° quadrante para o primeiro basta diminuir 180° do ângulo. Do 3°para o primeiro diminui-se
o ângulo menos 180° e do 4°,360° menos o ângulo.
Por exemplo:
O ângulo de 150° reduzido ao primeiro quadrante é igual ao de 30° assim como o de 210° e o de 330°.
Para estudar seno, cosseno e tangente desses ângulos precisamos lembrar dos seus sinais no quadrante em
que o ângulo se encontra.
Por exemplo: Se fossemos estudar o seno de 30 graus: Nos 1° e 2° quadrantes eles são positivos e nos 3° e 4°
negativos, assim seno de 150° = seno 30° e seno de 210°=seno de 330° = - seno 30°
Os sinais de seno, cosseno e tangente são:
x
M
at.
Interaja você com o ciclo trigonométrico no site do Geogebra acessando em:
https://www.geogebra.org/m/s2tqv3dG
EXERCÍCIOS
1. O 𝑠𝑒𝑛 122𝜋
9 é igual a:
a) 𝑠𝑒𝑛 5𝜋
9
b) 𝑠𝑒𝑛 4𝜋
9
c) −𝑐𝑜𝑠 5𝜋
9
d) −𝑠𝑒𝑛 4𝜋
9
2. A figura indica os gráficos das funções I, II e III. Os pontos A(72º, 0,309), B(𝑥𝐵, 0,309) e C(𝑥𝑐, 0,309)
são alguns dos pontos de intersecção dos gráficos.
Nas condições dadas, 𝑥𝐵 + 𝑥𝐶 é igual a
a) 538º
b) 488º
c) 540º
d) 432º
e) 460º
M
at.
3. Nos X-
-se o segundo
atleta no mundo a conseguir esse feito. A denominação -se ao número de graus que o
atleta gira no ar em torno de seu próprio corpo, que, no caso, corresponde a:
a) uma volta completa.
b) uma volta e meia.
c) duas voltas completas.
d) duas voltas e meia.
e) cinco voltas completas
4. No estudo de trigonometria, Maria e João se depararam com as seguintes desigualdades:
I) 𝑐𝑜𝑠 (−20°) < 𝑐𝑜𝑠 (35°) II) 𝑠𝑒𝑛 (20°) < 𝑠𝑒𝑛 (35°) III) 𝑐𝑜𝑠 (−20°) < 𝑠𝑒𝑛 (−35°)
A alternativa que apresenta a afirmação ou afirmações corretas é:
a) I
b) II
c) III
d) I e II
e) I e III
5. Assinale a alternativa correspondente a soma da expressão a seguir:
a) −2
b) −√3
c) 0
d) √3−1
2
e) √3+1
2
6. Reduzindo-se ao primeiro quadrante um arco de medida 7344º, obtém-se um arco, cuja medida, em
radianos, é:
a) 9𝜋
10
b) 𝜋
3
c) 𝜋
2
d) 2𝜋
3
e) 𝜋
5
7. O valor da expressão é:
a) 1
b) 1
2
c) −√3
d) √3
e) −1
2
M
at.
8. Assinale a alternativa que corresponde ao valor da expressão:
a) 6
b) 5
c) 9
2
d) 3
e) 23
4
9. O valor de 𝑐𝑜𝑠 165° + 𝑠𝑖𝑛 155° + 𝑐𝑜𝑠 145° − 𝑠𝑖𝑛 25° + 𝑐𝑜𝑠 35° + 𝑐𝑜𝑠 15° é:
a) √2
b) 1
c) 0
d) 1
e) 1
2
10. Assinale o que for correto:
SOMA: ( )
M
at.
GABARITO
Exercícios
1. d
No 4º quadrante o seno é negativo
M
at.
2. c
O gráfico representa a função cosseno. Os pontos 𝑥𝐵 𝑒 𝑥𝐶 estão respectivamente no terceiro e quarto
quadrantes. Assim, se 𝑐𝑜𝑠 72° = 0,309, então:
3. d
4. b
5. c
6. e
7344° = 360° . 20 + 144°
Logo o arco de 7344° é côngruo do arco de 144°
Agora vamos passar 144° para radianos
180° ----------- 𝜋 rad
144° ---------------- x
M
at.
7. d
8. a
9. c
10. Soma = 31
P
or.
Por.
Professor: Fernanda Vicente
Monitor: Maria Paula Queiroga
P
or.
Orações subordinadas adjetivas 24
jul
RESUMO
Uma oração subordinada adjetiva é aquela que possui função de adjetivo na frase. Ou seja, se encaixa na
oração principal sendo seu adjunto adnominal. Podem ser classificadas em explicativas, restritivas e
reduzidas.
As orações subordinadas explicativas têm como função esclarecer o termo ao qual se refere e podem ser
apresentadas entre vírgulas.
Exemplo: O exame final, que estava muito difícil, deixou todos apreensivos.
Oração principal: O exame final deixou todos apreensivos Oração Subordinada Adjetiva Explicativa: que estava muito difícil
Além disso, podem ser classificadas também como restritivas, que têm como função delimitar o significado
ou caracterização da oração principal antecedente, dessa forma, não são separadas por vírgula.
Exemplo: Os artistas que declararam seu voto foram criticados.
Oração principal: Os artistas foram criticados Oração Subordinada Adjetiva Restritiva: que declararam seu voto
Diferentemente das duas caracterizações acima, as orações reduzidas são caracterizadas por poder ter o
verbo no infinitivo, no gerúndio ou no particípio.
Exemplo: Li quatro livros censurados pelo governo brasileiro. Oração subordinada adjetiva restritiva: Li os quatro livros que foram censurados pelo governo brasileiro.
Lembre-se: O adjunto adnominal possui valor adjetivo que serve para especificar ou delimitar o significado
de um substantivo independente da função dele. Esse termo pode vir expresso por adjetivo, locução adjetiva,
pronome relativo, artigo, numeral, entre outros.
EXERCÍCIOS
1. Tem gente que junta os trapos, outros juntam os pedaços.
O que, empregado como conectivo, introduz a oração:
a) substantiva
b) adverbial causal
c) adverbial consecutiva
d) adjetiva explicativa
e) adjetiva restritiva
2. Assinale a alternativa que apresenta um período composto onde uma das orações é subordinada
adjetiva
a) "...a nenhuma pedi ainda que me desse fé: pelo contrário, digo a todas como sou"'.
b) "Todavia, eu a ninguém escondo os sentimentos que ainda há pouco mostrei".
c) "... em toda a parte confesso que sou volúvel, inconstante e incapaz de amar três dias um mesmo
objeto".
d) "Mas entre nós há sempre uma grande diferença; vós enganais e eu desengano."
e) " - Está romântico!... está romântico... - exclamaram os três..."
P
or.
3. O Mar Vermelho, onde a chuva é uma exceção durante todo o ano, banha Israel, que é o berço da
Humanidade.
Neste texto, indique: a) oração principal; b) como se chama a oração: «que é o berço da Humanidade»?
4. Classificar corretamente as orações grifadas, indicando a sequência obtida: a) subordinada adverbial final; b) subordinada adverbial concessiva; c) subordinada adverbial consecutiva; d) subordinada adverbial comparativa; e) subordinada substantiva subjetiva.
1. ( ) Criminoso que seja, não deve ser maltratado. 2. ( ) Não és mais prudente que eu. 3. ( ) Fiz-lhe sinal que se calasse. 4. ( ) Sabido é que a alma não morre. 5. ( ) Bebia que era uma lástima. 6. ( ) Por mais que gritasse, ninguém a socorreu.
5. Não compreendíamos a razão por que o ladrão, que estava fugindo, não montava o cavalo". A oração
em destaque é:
a) subordinada adjetiva restritiva
b) subordinada adjetiva explicativa
c) subordinada adverbial causal
d) substantiva objetiva indireta
e) substantiva completiva nomina
6. Nota-se facilmente a menina decepcionada com seu bolo de aniversário" A oração em destaque é:
a) substantiva objetiva direta
b) substantiva completiva nominal
c) adjetiva restritiva
d) adjetiva reduzida
e) n.d.a
7. Há no período uma oração subordinada adjetiva:
a) Ele falou que compraria a casa.
b) Não fale alto, que ela pode ouvir.
c) Vamos embora, que o dia está amanhecendo.
d) Em time que ganha não se mexe.
e) Parece que a prova não está difícil.
8. Leia abaixo alguns trechos do capítulo 36, da obra São Bernardo, de Graciliano Ramos, e responda às
questões. "Foi aí que me surgiu a ideia esquisita de, com o auxílio de pessoas mais entendidas que eu, compor
esta história. A ideia gorou, o que já declarei. Há cerca de quatro meses, porém, enquanto escrevia a
certo sujeito de Minas, recusando um negócio confuso de porcos e gado zebu, ouvi um grito de coruja
e sobressaltei-me. (...) De repente voltou-me a ideia de construir o livro. Assinei a carta ao homem dos porcos e, depois de
vacilar um instante, porque nem sabia começar a tarefa, redigi um capítulo. Desde então procuro
descascar fatos, aqui sentado à mesa da sala de jantar, fumando cachimbo e bebendo café, à hora em
que os grilos cantam e a folhagem das laranjeiras se tinge de preto. (...)
P
or.
Anteontem e ontem, por exemplo, foram dias perdidos. Tentei debalde canalizar para termo razoável
esta prosa que se derrama como a chuva da serra, e o que me apareceu foi um grande desgosto.
Desgosto e a vaga compreensão de muitas coisas que sinto."
Leia com atenção as afirmações abaixo. I. Em "Há cerca de quatro meses...", se empregássemos o verbo haver por fazer, teríamos: Fazem
cerca de quatro meses.
II. Em "fumando cachimbo e bebendo café", há paralelismo sintático.
III. A oração "que me apareceu" é subordinada adjetiva, iniciada pelo conectivo que, pronome
relativo, cuja função sintática é sujeito.
Podemos considerar corretas as informações:
a) I e II apenas;
b) II e III apenas;
c) I e III apenas;
d) todas;
e) nenhuma.
9. O Programa Mulheres está mudando. Novo cenário, novos apresentadores, muito charme, mais
informação, moda, comportamento e prestação de serviços. Assista amanhã, a revista eletrônica
feminina que é a referência do gênero na TV.
a) b)
que seria modificado em relação ao significado de
10. Leia o texto seguinte:
Levantamento inédito com dados da Receita revela quantos são, quanto ganham e no que trabalham
os ricos brasileiros que pagam impostos.
do setor privado, um que vive de rendas. O outro, quem diria, é servidor público. (Veja, 12/7/2000.)
a) A ausência de vírgula no trecho em destaque, no primeiro parágrafo, afeta o sentido? Justifique.
b) Por que o emprego da vírgula é obrigatório no trecho em destaque, no segundo parágrafo? O que
esse trecho permite inferir?
P
or.
GABARITO
Exercícios 1. e
o
juntam os trapos.
2. b
a alternativa mostra uma oração que encontra certa restrição ao explicitar os sentimentos (sendo esses
pouco mostrados).
3. a) O Mar Vermelho banha Israel. b) Oração Substantiva Adjetiva Explicativa
4. B, D, A, E, C, B.
5. a
6. d
sendo a alternativa D.
7. d
A alternativa está restringindo o a ideia de não mexer SOMENTE nos times que ganham.
8. b
Há paralelismo sintático pelos dois verbos estarem no gerúndio (fumando e bebendo) e há a presença
de uma oração subordinada adjetiva restri
9. a) A palavra amanhã funciona como Adjunto Adverbial. Como é uma palavra pequena e vem intercalada
na oração, há duas possibilidades de pontuação: - isolando a palavra amanhã, com uma vírgula antes e
outra depois; - eliminando-se a vírgula após amanhã, para que se evite a separação de termos essenciais
da oração (verbo assistir e seu complemento revista eletrônica).
b) Sem a vírgula, imagina-
que é a referência do gênero na TV torna-se uma oração subordinada adjetiva restritiva; com a vírgula,
imagina-
na TV passa a ser oração subordinada adjetiva explicativa.
10. a) Sim. Sem a vírgula, a oração "que pagam impostos" é adjetiva restritiva, ou seja, apenas alguns ricos
brasileiros pagam impostos. Caso seja colocada a vírgula, a oração passaria a ser adjetiva explicativa, ou
seja, todos os ricos brasileiros passariam a pagar impostos.
b) As vírgulas são obrigatórias, uma vez que se trata de uma oração intercalada (entre o sujeito e o seu
verbo). A expressão "quem diria" expressa a surpresa de entre os ricos brasileiros haver um funcionário
público. Essa surpresa pode ser motivada pela crença de que funcionário público ganha pouco ou pela
indignação diante da descoberta de mais um 'marajá'.
Quí.
Professora: Abner Camargo
Monitor: Rodrigo Pova
Cinética Química 24
jul
RESUMO
Cinética é um termo que denota movimento. Na física, a ciência assim denominada estuda o
movimento dos corpos. A cinética química, então, estuda o movimento das reações químicas, ou
seja, as velocidades com que elas ocorrem, e ela possui diversas aplicações práticas importantes
para o nosso dia a dia: como desacelerar o apodrecimento dos alimentos, como acelerar cozimentos,
como produzir com rapidez alguma substância que, de forma natural, levaria muito tempo, etc.
I. Velocidades das reações
Existem reações que duram segundos e outras que levam anos para se concluírem. Mas como se
mede a velocidade com que uma reação ocorre?
Uma reação química, como sabemos, possui reagente(s), que é(são) consumido(s), e produto(s),
que é(são) formado(s) ao longo do decorrer da reação. Ou seja, uma reação, num primeiro
momento, possui apenas reagente(s), cuja quantidade diminui ao longo do seu decorrer. Após um
tempo é que o(s) produto(s) quantidade inicial igual a zero começa(m) a aparecer e a ter sua
quantidade aumentada ao longo do decorrer da reação.
Se anotamos a hora de início de determinada reação química e, após muito tempo, a quantidade
de reagentes for só um pouco menor que a quantidade inicial e a quantidade de produtos for só um
pouco maior que a quantidade inicial (zero), entendemos que a reação está ocorrendo de forma
lenta. Por outro lado, caso a variação das quantidades de reagentes e produtos tenha sido grande,
entendemos que a reação está rápida.
Diante disso, fica claro que o cálculo da velocidade de uma reação consiste no cálculo da
velocidade de consumo do(s) reagente(s) ou da velocidade de formação do(s) produto(s).
II. Velocidade média
A velocidade com que uma reação ocorre não é constante, havendo momentos de maior rapidez
e outros de maior lentidão. Por isso, calculamos a velocidade média, que consiste na divisão do
quanto uma substância variou por quanto tempo se passou, desde o início da reação até o momento
em que a quantidade da tal substância foi contada.
Vm = = quantidade final quantidade inicial
tempo final tempo inicial
IMPORTANTE À BEÇA:
a. A quantidade do reagente ou do produto, na equação, pode ser expressa em mol, mol/L,
g, g/L e em unidades de volume no caso dos gases (L, m³, etc).
b. O tempo decorrido pode ser expresso em h, min ou s.
c. Como a quantidade de reagente diminui ao longo do tempo, a quantidade final será
menor que a inicial, o que nos dará uma variação de valor negativo. Veja um exemplo:
• Quantidade inicial = 8 mol/L
• Quantidade final = 2 mol/L
= 2 mol/L 8 mol/L = 6
mol/L
Neste caso, devemos ignorar esse sinal e dizer que a taxa de consumo de reagente foi de 6 mol/L.
Matematicamente, isso significa dizer que o cálculo da taxa de consumo de um reagente deve
ser expressado em módulo
Tx(consumo do reagente) = |quantidade final quantidade inicial|
ou então com o sinal de menos na frente
Tx(consumo do reagente) = (quantidade final quantidade inicial)
d. A taxa de formação de um produto, no entanto, não é calculada dessa forma, visto que a
quantidade ou concentração final sempre é maior que a inicial. Usa-se, normalmente,
Tx(formação do produto) = (quantidade final quantidade inicial)
Exemplo: Na reação C6H12O6 + 6 O2 6 CO2 + 6 H2O, calculam-se as concentrações (em mol/L)
de glicose em alguns intervalos de tempo.
[C6H12O6] (mol.L-
1)
2 1,4 1 0,8
Tempo (min) 0 2 4 6
Vamos calcular a velocidade média dos seguintes intervalos:
• 0 a 6 min:
Vm =|0,8 − 2|
6 − 0=
1,2
6= 0,2 mol. L−1. min−1
• 0 a 2 min:
Vm =|1,4 − 2|
2 − 0=
0,6
2= 0,3 mol. L−1. min−1
• 2 a 4 min:
Vm =|1 − 1,4|
4 − 2=
0,4
2= 0,2 mol. L−1. min−1
• 4 a 6 min:
Vm =|0,8 − 1|
6 − 4=
0,2
2= 0,1 mol. L−1. min−1
Como nós conhecemos as proporções estequiométricas da reação (1 C6H12O6 : 6 O2 : 6 CO2 : 6
H2O), podemos descobrir a velocidade de consumo do O2 e de produção de CO2 e H2O.
Observe que a proporção da glicose em relação aos demais é igual:
1 mol/L C6H12O6 ----- 6 mol/L O2 ----- 6 mol/L CO2 ----- 6 mol/L H2O
Com isso, vamos calcular:
• No intervalo de 0 a 6 min, a velocidade de consumo de O2:
1 C6H12O6 ----- 6 O2 1,2 mol/L C6H12O6 ----- X
X = 7,2 mol/L de O2 consumido Vm(O2) =7,2 mol.L−1
6 min= 1,2 mol. L−1. min−1
OBS: Como a proporção do consumo de C6H12O6 em relação à produção de CO2 e H2O é a
mesma do consumo de O2, a quantidade de CO2 e H2O produzidos será igual à quantidade
de O2 consumido. Por isso, vamos continuar calculando, para os demais intervalos, a
velocidade de O2, CO2 e H2O ao mesmo tempo.
• No intervalo de 0 a 2 min, a velocidade de consumo/formação de O2, CO2 e H2O:
1 C6H12O6 ----- 6 O2/CO2/H2O
0,6 mol/L C6H12O6 ----- Y
Y = 3,6 mol/L de O2/CO2/H2O
consumido/formados
Vm(𝑂2/C𝑂2/𝐻2O) =3,6 mol. L−1
2 min= 1,8 mol. L−1. min−1
• No intervalo de 2 a 4 min, a velocidade de consumo/formação de O2, CO2 e H2O:
1 C6H12O6 ----- 6 O2/CO2/H2O
0,4 mol/L C6H12O6 ----- Z
Z = 2,4 mol/L de O2/CO2/H2O
consumido/formados
Vm(𝑂2/C𝑂2/𝐻2O) =2,4 mol. L−1
2 min= 1,2 mol. L−1. min−1
• No intervalo de 4 a 6 min, a velocidade de consumo/formação de O2, CO2 e H2O:
1 C6H12O6 ----- 6 O2/CO2/H2O
0,2 mol/L C6H12O6 ----- W
W = 1,2 mol/L de O2/CO2/H2O
consumido/formados
Vm(𝑂2/C𝑂2/𝐻2O) =1,2 mol. L−1
2 min= 0,6 mol. L−1. min−1
Q
uí.
Agora, vamos comparar as velocidades de O2, CO2 e H2O com as de C6H12O6:
Intervalos
(min)
Vm da C6H12O6
(mol.L-1.min-1)
Vm de
O2/CO2/H2O
(mol.L-1.min-1)
0 a 6 0,2 1,2
0 a 2 0,3 1,8
2 a 4 0,2 1,2
4 a 6 0,1 0,6
Analisando essa tabela, percebemos que as velocidades médias de O2, CO2 e H2O também obedecem à
proporção 6:1 em relação às velocidades de C6H12O6, já que são 6 vezes maiores que as velocidades de
consumo de C6H12O6.
Concluímos, assim, que o valor de Vm de cada composto da reação dividido pelo seu coeficiente
estequiométrico sempre vai ser igual ao valor de Vm dos demais compostos da reação divididos pelos seus
coeficientes estequiométricos, como podemos ver abaixo:
Vm(C6H12O6)
1=
Vm(O2)
6=
Vm(CO2)
6=
Vm(H2O)
6
Este valor comum é considerado o valor da velocidade média da reação. Logo, generalizamos da
seguinte forma:
Para a reação 𝐚𝐀 + 𝐛𝐁 ⟶ 𝐜𝐂 + 𝐝𝐃 , 𝐕𝐦(𝐫𝐞𝐚çã𝐨) =𝐕𝐦(𝐀)
𝐚=
𝐕𝐦(𝐁)
𝐛=
𝐕𝐦(𝐂)
𝐜=
𝐕𝐦(𝐃)
𝐝
III. Lei da velocidade
CONHECIMENTOS PRÉVIOS IMPORTANTES:
a. Reações elementares são aquelas que ocorrem em apenas uma etapa. Exemplo:
2 NO2 (g) + O3 (g) ⟶ N2O5 (g) + O2 (g)
b. Reações não elementares são aquelas que ocorrem em duas ou mais etapas, sendo uma lenta e
as demais rápidas. Exemplo:
i. NO2 (g) + NO2 (g) ⟶ NO (g) + NO3 (g)
ii. NO3 (g) + CO (g) ⟶ NO2 (g) + CO2 (g)
Global: NO2 (g) + CO (g) ⟶ NO (g) + CO2 (g)
Sabe-se que a concentração dos reagentes de uma reação química influi na velocidade com que ela vai
ocorrer. Aumentando a concentração de um e/ou de outro reagente, a velocidade da reação também
aumenta. Diminuindo a concentração, a velocidade também diminui.
Dois cientistas (Guldberg e Waage), ao estudarem as variações nas velocidades das reações com o
acréscimo ou a retirada de reagentes, perceberam que cada reação tem sua velocidade alterada seguindo
um padrão, que depende apenas da temperatura do meio. Esse padrão definiu que cada reação possui sua
constante de velocidade (k).
Notaram, ainda, que, para as reações elementares, a velocidade aumenta igual ao aumento da
concentração do reagente elevado ao coeficiente desse mesmo reagente. Ou seja, se a reação é 2A + B ⟶
C e eu multiplico a concentração de A por 2, a velocidade ficará multiplicada por 2² (4). Já se eu multiplico
a concentração de B por 2, a velocidade ficará multiplicada por 2¹ (2).
Exemplo: Lei de velocidade da reação 2 NO2 (g) + O3 (g) ⟶ N2O5 (g) + O2 (g) : v = k[NO2]²[O3]¹ Para as reações não elementares, no entanto, a velocidade aumenta igual ao aumento da concentração
dos reagentes da etapa lenta da reação elevados aos seus coeficientes estequiométricos.
Exemplo: Lei de velocidade da reação
i. NO2 (g) + NO2 (g) ⟶ NO (g) + NO3 (g) (lenta)
ii. NO3 (g) + CO (g) ⟶ NO2 (g) + CO2 (g) (rápida)
Global: NO2 (g) + CO (g) ⟶ NO (g) + CO2 (g) : v = [NO2][NO2] ou v = [NO2]²
Q
uí.
OBS:
a. Não é necessário representar expoentes 1, pois estes ficam implícitos;
b. A questão tem que dizer qual é a etapa lenta ou te dar meios para descobrir isso (geralmente acontece
quando a lei de velocidade é dada na questão).
IMPORTANTE À BEÇA:
a. Estes expoentes são chamados de ordem da reação. No caso acima, a ordem da reação para NO2 é 2
(2ª ordem). A soma das ordens de reação de cada reagente nos dá a ordem total da reação. No caso acima,
a ordem total da reação é 2 (2ª ordem), visto que só há um reagente com expoente 2. Caso houvesse mais
um reagente na lei de velocidade, com ordem 1, por exemplo, a ordem total da reação seria 3 (3ª ordem);
b. À série de etapas de uma reação química, chamamos mecanismo de reação.
Como há essa diferença entre os expoentes das concentrações dos reagentes de reações elementares
e de não elementares, Guldberg e Waage definiram que tais expoentes devem ser determinados
experimentalmente, isto é, faz-se experimentos com valores diferentes das concentrações de cada reagente
e mede-se as velocidades obtidas.
Veja o exemplo:
3 H2 (g) + N2 (g) ⟶ 2 NH3 (g)
Experimento [H2] (mol/L) [N2] (mol/L) Velocidade (mol/L.s)
1 0,5 0,1 2,5.10-6
2 0,5 0,3 7,5.10-6
3 1 0,1 1.10-5
Do experimento 1 para o experimento 2, a concentração de H2 não foi alterada, enquanto a de N2 foi.
Com isso, sabemos que a análise desses experimentos nos permitirá encontrar o expoente do N2, isto é, a
ordem de reação em relação ao N2.
Ocorre assim:
• No modo mais detalhado, a gente faz uma relação entre as velocidades do experimento 1 e do
experimento 2. Quando você vir relação entre equações, leia divisão. Além da divisão, podemos
igualar o k1 com k2, uma vez que a constante de velocidade (k) é sempre igual para duas reações
iguais em temperaturas iguais (mesmo que os componentes dessas reações estejam em
concentrações molares diferentes). Aqui eu vou utilizar a divisão das leis de velocidade.
O que eu sei:
V1 = k1.[H2]α.[N2]
β
V2 = k2.[H2]α.[N2]
β
k1 = k2 = k
O que eu faço:
V1/ V2 = k1.[H2]α.[N2]
β / k2.[H2]α.[N2]
β
• Como k1 = k2, substituímos ambos por k, e então eles podem se cancelar;
V1/ V2 = k.[H2]α.[N2]
β / k.[H2]α.[N2]
β
• Agora substituímos as concentrações dos compostos pelos valores da tabela e seguimos a
equação;
2,5.10-6 / 7,5.10-6 = (0,5)α.(0,1)β/(0,5)α.(0,3)β
2,5.10−6
7,5.10−6=
(0, 5)α
(0,5)∝×
(0,1)β
(0,3)β
Q
uí.
1
3=
(1)β
(3)β
3-1 = 3-β
- 1 = - β
β = 1
• Concluímos, assim, que a ordem de reação para N2 é 1.
Do experimento 1 para o experimento 3, a concentração de N2 não foi alterada, enquanto a de H2 foi.
Com isso, sabemos que a análise desses experimentos nos permitirá encontrar o expoente do H2, isto é, a
ordem de reação em relação ao H2.
• O procedimento é idêntico ao anterior, só que pegamos as informações dos experimentos 1 e 3:
V1/ V3 = k1.[H2]α.[N2]
β / k3.[H2]α.[N2]
β
V1/ V3 = k.[H2]α.[N2]
β / k.[H2]α.[N2]
β
2,5.10-6 / 1.10-5 = (0,5)α.(0,1)β/(1)α.(0,1)β
• Repare que V3 = 10-5. Colocando em base 10-6, fica V3 = 10.10-6:
2,5.10−6
10.10−6=
(0, 5)α
(1)∝×
(0,1)β
(0,1)β
1
4=
(1)∝
(2)∝
1
22=
(1)∝
(2)∝
2−2 = 2−∝
- 2 = - α
α = 2
• Concluímos, assim, que a ordem de reação para H2 é 2.
Este procedimento, contudo, é muito longo e formal. Na prática, iremos utilizar um muito mais simples,
que, com o treino, permitirá você saber a ordem de reação (α e β) apenas olhando para a tabela e fazendo
poucos cálculos mentais. É o seguinte:
• Assim como o procedimento anterior, a gente seleciona dois experimentos em que a concentração
de um dos reagentes permaneça constante e a do outro varie;
• Experimentos 1 e 2: H2 constante e N2 varia; ou seja, encontraremos β;
Experimento [H2] (mol/L) [N2] (mol/L) Velocidade (mol/L.s)
1 0,5 0,1 2,5.10-6
2 0,5 0,3 7,5.10-6
3 1 0,1 1.10-5
• Como vemos, a concentração de N2 é multiplicada por 3 e a velocidade também. O quanto [N2]
variou elevado a β tem que ser igual ao quanto a velocidade variou:
3β = 3
3β = 3¹
β = 1
x 3 x 3
Q
uí.
• Experimentos 1 e 3: N2 constante e H2 varia; ou seja, encontraremos α;
Experimento [H2] (mol/L) [N2] (mol/L) Velocidade (mol/L.s)
1 0,5 0,1 2,5.10-6
2 0,5 0,3 7,5.10-6
3 1 0,1 1.10-5
• Como vemos, a concentração de H2 é multiplicada por 2 e a velocidade é multiplicada por 4, ou
seja, 2². O quanto [H2] variou elevado a α tem que ser igual ao quanto a velocidade variou:
2α = 4
2α = 2²
α = 2
• Agora, ao fim desse processo, podemos determinar que a lei de velocidade é v = k.[H2]².[N2] e que
a ordem da reação é 3 (α + β = 2 + 1 = 3), ou seja, esta é uma reação de 3ª ordem.
Diante de tudo isso, Guldberg e Waage cunharam a lei da velocidade, lei de Guldberg-Waage, lei de
ação das massas ou lei cinética, que diz o seguinte: a velocidade de uma reação química é diretamente
proporcional ao produto das concentrações molares dos reagentes elevados a expoentes determinados
experimentalmente.
IV. Molecularidade
A molecularidade de uma reação elementar nos indica a quantidade de moléculas que reagiram para
formar os produtos da reação. Se na reação ocorre somente o rearranjo ou a decomposição de 1 molécula
reagente, ela é unimolecular. Se ocorre choque entre 2 moléculas reagentes, ela é bimolecular. Se ocorre
choque entre 3 moléculas reagentes, é trimolecular.
Exemplo: 2 NO2 (g) + O3 (g) ⟶ N2O5 (g) + O2 (g) → 2 moléculas de NO2 mais 1 de O3 → reação trimolecular ou
de molecularidade 3.
Repare que a molecularidade, nas reações elementares, pode ser encontrada pela soma dos coeficientes
estequiométricos dos reagentes ou determinada pela ordem de reação (v = [NO2]²[O3], 3ª ordem).
Nas reações não elementares, determinaremos a molecularidade de cada etapa do mecanismo de reação
separadamente, visto que cada etapa da reação consiste em uma reação elementar.
Exemplo: Reação global NO2 (g) + CO (g) ⟶ NO (g) + CO2 (g), constituída pelas etapas:
i. NO2 (g) + NO2 (g) ⟶ NO (g) + NO3 (g) → bimolecular
ii. NO3 (g) + CO (g) ⟶ NO2 (g) + CO2 (g) → bimolecular
EXERCÍCIOS
1. Um técnico de laboratório químico precisa preparar algumas soluções aquosas, que são obtidas a partir
das pastilhas da substância precursora no estado sólido. A solubilização desta substância consiste em
um processo endotérmico. Ele está atrasado e precisa otimizar o tempo ao máximo, a fim de que essas
soluções fiquem prontas. Desse modo, assinale a alternativa que apresenta o que o técnico deve fazer
para tornar o processo de dissolução mais rápido.
a) Ele deve triturar as pastilhas e adicionar um volume de água gelada para solubilizar.
b) Ele deve utilizar somente água quente para solubilizar a substância.
c) Ele deve utilizar somente água gelada para solubilizar a substância.
d) Ele deve triturar as pastilhas e adicionar um volume de água quente para solubilizar.
e) A temperatura da água não vai influenciar no processo de solubilização da substância, desde que
esta esteja triturada.
x 2 x 4
Q
uí.
2. O estudo cinético de um processo químico foi realizado por meio de um experimento de laboratório,
no qual foi analisada a velocidade desse determinado processo em função das concentrações dos
reagentes A e 2B . Os resultados obtidos nesse estudo encontram-se tabelados abaixo.
Experimento 1[A] (mol L )− 1
2[B ] (mol L )− 1 1v inicial (mol L min )− −
X 21 10− 21 10−
42 10−
Y 35 10− 21 10−
55 10−
Z 21 10− 35 10−
41 10−
Com base nos resultados obtidos, foram feitas as seguintes afirmativas:
I. As ordens de reação para os reagentes A e 2B , respectivamente, são 2 e 1.
II. A equação cinética da velocidade para o processo pode ser representada pela equação
22v k [A] [B ].=
III. A constante cinética da velocidade k tem valor igual a 200.
Considerando-se que todos os experimentos realizados tenham sido feitos sob mesma condição de
temperatura, é correto que
a) nenhuma afirmativa é certa. b) apenas a afirmativa I está certa. c) apenas as afirmativas I e II estão certas. d) apenas as afirmativas II e III estão certas. e) todas as afirmativas estão certas.
3. A reação química de hidrólise de ésteres de ácidos carboxílicos é catalisada por ácidos e segue uma
cinética de primeira ordem. Uma solução aquosa 0,1mol L, de acetato de etila praticamente não
apresenta hidrólise em pH 7;= porém, ao se adicionar HC até a concentração de 0,1mol L, observa-
se hidrólise, de modo que a concentração de éster cai pela metade a cada 17,5 horas, ou seja, o tempo
de meia-vida da reação de hidrólise do acetato de etila é considerado constante e igual a 17,5 horas.
A reação prossegue até praticamente todo o éster reagir.
No quadriculado abaixo, esboce os gráficos das concentrações de éster (acetato de etila), de álcool
(etanol) e de HC ao longo do tempo para essa reação, nomeando a curva referente a cada composto.
Justifique sua resposta.
4. A reação química genérica X Y→ tem lei de velocidade de primeira ordem em relação ao reagente
X. À medida que a reação ocorre a uma temperatura constante, é ERRADO afirmar que a) a constante de velocidade da reação não se altera. b) o tempo de meia-vida do reagente X permanece constante. c) a energia de ativação da reação não se altera. d) a velocidade da reação permanece constante. e) a ordem de reação não se altera.
Q
uí.
5. O fluoreto de nitrila 2(NO F) é um composto explosivo que pode ser obtido a partir da reação do
dióxido de nitrogênio 2(NO ) com gás flúor 2(F ), descrita pela equação.
2(g) 2(g) 2 (g)2 NO F 2 NO F+ →
A tabela a seguir sintetiza os dados experimentais obtidos de um estudo cinético da reação.
Experimento 2[NO ] em 1mol L− 2[F ] em
1mol L− V inicial em 1 1mol L s− −
1 0,005 0,001 42 10−
2 0,010 0,002 48 10−
3 0,020 0,005 34 10−
A expressão da equação da velocidade nas condições dos experimentos é
a) 2v k [NO ]=
b) 2 2v k [NO ][F ]=
c) 2
2 2v k [NO ] [F ]=
d) 2v k [F ]=
6. Considere que a decomposição do 2 5N O , representada pela equação química global
2 5 2 22 N O 4 NO O ,→ +
apresente lei de velocidade de primeira ordem. No instante inicial da reação, a concentração de 2 5N O
é de 10,10 mol L− e a velocidade de consumo desta espécie é de
1 10,022 mol L min .− − Assinale a
opção que apresenta o valor da constante de velocidade da reação global, em 1min .−
a) 0,0022
b) 0,011
c) 0,022
d) 0,11
e) 0,22
7. Para mostrar a diferença da rapidez da reação entre ferro e ácido clorídrico, foi utilizado o ferro em
limalha e em barra. Pingando dez gotas de ácido clorídrico 11,0 mol L− em cada material de ferro,
espera-se que a reação seja
a) mais rápida no ferro em barra porque a superfície de contato é menor.
b) mais r疳ida no ferro em limalha porque a superf兤ie de contato ・ maior.
c) igual, pois a concentração e a quantidade do ácido foram iguais. d) mais lenta no ferro em limalha porque a superfície de contato é menor. e) mais lenta no ferro em barra porque a superfície de contato é maior.
8. Um estudo publicado pela revista Nature aponta que a quantidade de metano 4(CH ) liberada por
alguns poços de gás de xisto (cuja composição química padrão apresenta, além de outros compostos,
o óxido de ferro(III) e o óxido de alumínio) seria cerca de 4 vezes maior que o previsto, o que o tornaria
uma fonte de energia emissora de gás de efeito estufa tão nociva quanto o carvão. A combustão
completa do metano produz outro gás estufa, o 2CO , de acordo com a reação:
4(g) 2(g) 2(g) 2 ( )CH 2O CO 2H O+ → +
(www.lqes.iqm.unicamp.br. Adaptado.)
a) Escreva as fórmulas químicas dos óxidos presentes na composição do xisto, sabendo que nesses
compostos a carga do ferro e do alumínio é 3.+
b) Supondo que a reação de combustão completa do metano seja elementar, escreva a expressão da lei de
velocidade dessa reação. Explique o que irá acontecer com a velocidade se a concentração do metano for
dobrada e a concentração do oxigênio permanecer constante.
Q
uí.
9. O ânion bromato reage com o ânion brometo em meio ácido gerando a substância simples bromo
segundo a equação:
3 (aq) (aq) (aq) 2(aq) 2 ( )BrO 5 Br 6 H 3 Br 3 H O− − ++ + → +
A cinética dessa reação foi estudada a partir do acompanhamento dessa reação a partir de diferentes
concentrações iniciais das espécies 3 (aq)BrO ,− (aq)Br− e (aq)H .+
experimento 3[BrO ]−
1(mol L )− [Br ]− 1(mol L )− [H ]+
1(mol L )− Taxa relativa
1 0,10 0,10 0,10 v
2 0,20 0,10 0,10 2v
3 0,10 0,30 0,10 3v
4 0,20 0,10 0,20 8v
Ao analisar esse processo foram feitas as seguintes observações:
I. Trata-se de uma reação de oxidorredução.
II. O ânion brometo (Br )− é o agente oxidante do processo.
III. A lei cinética dessa reação é 2
3v k[BrO ][Br ][H ] .− − +=
Pode-se afirmar que estão corretas
a) I e II, somente. b) I e III, somente. c) II e III, somente. d) I, II e III.
10. Graças a sua alta conversão energética e à baixa geração de resíduos, o gás hidrogênio é considerado
um excelente combustível. Sua obtenção a partir da fermentação anaeróbia de biomassas, como
bagaço de cana, glicerol, madeira e resíduos do processamento da mandioca, abundantes e de baixo
custo, parece ser uma boa alternativa tecnológica para o Brasil. A velocidade da fermentação, bem
como os diferentes produtos formados e suas respectivas quantidades, dependem principalmente do
tipo de substrato e do tipo de microrganismo que promove a fermentação. As equações e a figura
abaixo ilustram aspectos de uma fermentação de 1 litro de solução de glicose efetuada pela bactéria
Clostridium butyricum.
Equação 1: 6 12 6(aq) 2 ( ) 3 (aq) 2(g) 2(g)C H O 2 H O 2 CH COOH 4 H 2 CO+ → + +
Equação 2: 6 12 6(aq) 2 ( ) 3 2 2 (aq) 2(g) 2(g)C H O 2 H O CH CH CH COOH 2 H 2 CO+ → + +
Q
uí.
a) Levando em conta as informações presentes no texto e na figura, e considerando que a fermentação
tenha ocorrido, concomitantemente, pelas duas reações indicadas, qual ácido estava presente em
maior concentração 1(mol L )− ao final da fermentação, o butanoico ou o etanoico? Justifique sua
resposta.
b) A velocidade instantânea da fermentação, em qualquer ponto do processo, é dada pela relação
entre a variação da quantidade de hidrogênio formado e a variação do tempo. De acordo com o
gráfico, quanto tempo após o início da fermentação a velocidade atingiu seu valor máximo?
Justifique sua resposta.
Dados: massa molar da glicose: 1180 g mol ;− volume molar do hidrogênio:
125 L mol .−
Q
uí.
GABARITO
1. d
Como se trata de um processo endotérmico, o melhor processo será utilizar água quente e ainda triturar
as pastilhas para aumentar a superfície de contato e assim, agilizar o processo de dissolução.
2. e
x y2v k [A] [B ]=
Substituindo os valores da primeira e segunda linha da tabela, vem:
4 2 x 2 y
5 3 x 2 y
2 10 k (1 10 ) (1 10 ) (I)
5 10 k (5 10 ) (1 10 ) (II)
− − −
− − −
=
=
Dividindo (I) por (II):
4 2 x 2 y
5 3 x 2 y
x 2 x
2 10 k (1 10 ) (1 10 )
k5 10 (5 10 ) (1 10 )
4 2 2 2
x 2 (a ordem de A é 2)
− − −
− − −
=
= =
=
Substituindo os valores da primeira e terceira linha da tabela, vem:
4 2 x 2 y
4 2 x 3 y
2 10 k (1 10 ) (1 10 ) (III)
1 10 k (1 10 ) (5 10 ) (IV)
− − −
− − −
=
=
Dividindo (III) por (IV):
4 2 x 2 y
4 2 x 3 y
y 1 y
2
2 10 k (1 10 ) (1 10 )
k1 10 (1 10 ) (5 10 )
2 2 2 2
y 1 (a ordem de B é 1)
− − −
− − −
=
= =
=
[I] Correta. As ordens de reação para os reagentes A e 2B , respectivamente, são x 2= e y 1.=
[II] Correta. A equação cinética da velocidade para o processo pode ser representada pela equação
22v k [A] [B ].=
x y2
2 12
v k [A] [B ]
x 2
y 1
v k [A] [B ]
=
=
=
=
[III] Correta. A constante cinética da velocidade k tem valor igual a 200.
Substituindo os valores da primeira linha da tabela na equação cinética da velocidade, vem:
4 2 2 2 1
4
2 2 2 1
2
2 10 k (1 10 ) (1 10 )
2 10k
(1 10 ) (1 10 )
k 2 10
k 200
− − −
−
− −
=
=
=
=
Q
uí.
3. A hidrólise do acetato de etila pode ser representada por:
Na cinética de primeira ordem ( )= 1v k[R] a curva representativa é exponencial.
Como a proporção entre o éster (acetato de etila; reagente) e o álcool (etanol; produto) é de 1:1, deve-
se representar as curvas exponenciais espelhadas levando-se em conta a meia-vida de 17,5 horas
+ + + +⎯⎯⎯⎯→ ⎯⎯⎯⎯→ ⎯⎯⎯⎯→ ⎯⎯⎯⎯→
17,5 17,5 17,5 17,5(17,5 h 35,0 h 52,5 h 70,0 h 87,5 h...) .
De acordo com o enunciado deve-se adicionar HC até a concentração de 0,1mol L para a hidrólise ter
início e este valor não sofre alteração. Neste caso deve-se representar uma curva paralela ao eixo das
abscissas no gráfico.
Então:
4. d
ativação
1
E
R T
ativação
X Y
v k[X] (Pr imeira ordem em relação a X)
k A e (Equação de Arrhenius)
A constante
E constante
R constante
T constante
e constante
Tempo de meia-vida constante
−
→
=
=
=
=
=
=
=
=
À medida que X é consumido sua concentração diminui e, consequentemente, a velocidade da reação
não permanece constante.
Q
uí.
5. b
Experimento a b2 2v k[NO ] [F ]=
1 4 3 a 3 b2 10 k(5 10 ) (10 )− − − =
2 4 2 a 3 b8 10 k(10 ) (2 10 )− − − =
4 2a b 3b
4 a 3a 3b
a b 2 (a b)
a b2 2
1 12 2
(2) (1)
8 10 k 10 2 10
2 10 k 5 10 10
4 2 2 2 2
v k[NO ] [F ]a b 2
1 1 2 v k[NO ] [F ]
− − −
− − −
+
=
= =
= + =
+ = =
6. d
2 5 2 2
2 5 2 2
2 5
2 5
2 5 2 2
N O NO O
N O NO OReação
1 1Consumo de N O
1 1N O 1 1
Reação
2 N O 4 NO 1O
v v v
2 4 1
v v vv
2 4 1
v 0,022 mol L min
v 0,022 mol L minv 0,011 mol L min
2 2
− −
− −− −
⎯⎯→ +
= = =
=
= = =
Para uma ração de primeira ordem: 1v k [R] ,= então:
12 5
1
v k [N O ]
0,011 mol L−
=
1 1
1 1
1
min k 0,10 mol L
0,011 mol L mink
0,10 mol L
− −
− −
−
=
=
1
1
0,11min
k 0,11min
−
−
=
=
7. b
A velocidade da reação será mais rápida quanto maior for a superfície de contato. No caso do ferro, será
em forma de limalhas, já que a concentração de ácido será a mesma em ambos os casos.
8. a) Óxido de ferro III: 2 3Fe O .
Óxido de alumínio: 2 3A O .
b) Supondo que a reação de combustão completa do metano seja elementar, vem:
4(g) 2(g) 2(g) 2 ( )
1 24 2
1CH 2O CO 2H O
v k[CH ] [O ] (expressão da lei de velocidade)
+ → +
=
Se a concentração do metano for dobrada e a concentração do oxigênio permanecer constante, a
velocidade da reação dobrará:
1 24 2
1 2 1 24 2 4 2
v k[CH ] [O ] (expressão da lei de velocidade)
v ' k(2[CH ] )[O ] 2k[CH ] [O ]
v ' 2 v
=
= =
=
9. b
Q
uí.
[I] Correta.
[II] Incorreta. O íon brometo é o agente redutor.
[III] Correta.
Entre os experimentos:
- 1 e 2: ao dobrarmos a 3[BrO ]− e mantendo as demais concentrações constantes a velocidade dobra,
ou seja, é de primeira ordem em relação ao 3[BrO ];−
- 1 e 3: ao triplicarmos a [Br ]− e mantendo as demais concentrações constantes, a velocidade triplica,
ou seja, é de primeira ordem em relação a [Br ];−
- 2 e 4: ao dobrar a [H ]+ e mantendo as demais concentrações constantes, a velocidade quadruplica,
ou seja, é de segunda ordem em relação a [H ].+
Assim, a lei cinética dessa reação será: 2
3v k[BrO ][Br ][H ] .− − +=
10.
a) Analisando a figura, vem:
Q
uí.
Glicose 1
molar
Concentração 0 25 25 g L
m 25 gn 0,138 mol
M 180 g mol
V 25 L
1mol
−
= − =
= = =
=
25 L
n 9 L
9 L 1moln 0,36 mol
25 L
Proporção de glicose para hidrogênio 0,138 : 0,36.
0,138 : 0,36 ( 0,138) 1: 2,6
= =
A proporção de 1mol de 6 12 6C H O para 2,6 mol de 2H é mais próxima da proporção presente na
equação 2:
6 12 6(aq) 2 ( ) 3 2 2 (aq) 2(g) 2(g)
Ácido butanoico
1 C H O 2 H O CH CH CH COOH 2 H 2 CO+ → + +
Conclusão: o ácido que estava presente em maior concentração era o butanoico.
b) A velocidade instantânea da reação de formação de 2H está relacionada com a inclinação da reta
tangente à curva contínua no gráfico. Quanto maior a inclinação, maior a velocidade instantânea.
De acordo com o gráfico 30 h após o início da fermentação a velocidade atingiu seu valor máximo.
R
ed
.
Red.
Professor: Carolina Achutti
Monitor: Maria Paula Queiroga
R
ed
.
Coesão, coerência e progressão textual 25
jul
RESUMO
Quando escrevemos um texto, seja ele uma redação dissertativa-argumentativa ou de qualquer outro
gênero, fazemos usos de alguns artifícios para que o interlocutor no caso específico da redação do
vestibular, o corretor compreenda o que é lido. Tais artifícios são mecanismos linguísticos que estabelecem
a conexão entre as partes de um texto e a retomada de ideias previamente abordadas. A eles, dá-se o nome
de coesão textual.
A coesão permite que se desenvolva coerência entre os elementos que compõem a oração e entre a
sequência de orações e parágrafos apresentados no texto. A coesão pode dar-se de maneira explícita, através
do uso de conjunções conectivas como porém, entretanto, portanto, assim, na medida em que, etc ou
implícita, através da exploração no texto de conhecimentos de mundo compartilhados entre o leitor e o autor
como por exemplo através do uso de elipses evitando a repetição de termos e conceitos previamente
citados.
Assim, podemos pensar que a coesão se relaciona com o propósito de clareza do texto. Uma redação
não pode ser construída a partir de uma grande quantidade de palavras, orações e parágrafos. É necessário
que as partes do texto se relacionem e conectem entre si, levando a uma estrutura baseada no
desencadeamento lógico de ideias.
A partir desses conceitos, fica claro que uma boa redação não deve conter frases desconexas, mas
sim representar uma unidade baseada na ligação entre as partes, atingida através da coesão. Abaixo,
encontram-se algumas dicas de como estruturar um texto coeso:
1. Como mencionado acima, o uso de conectivos como certos pronomes, advérbios e expressões
adverbiais e conjunções é sempre essencial para uma estruturação lógica do texto;
2. Para evitar repetições, o emprego de sinônimos é essencial, além de demonstrar riqueza vocabular
por parte de quem escreve;
3. Também buscando evitar repetições, o uso de elipses, supressão de um termo mencionado
anteriormente e que fica subentendido pelo enunciado, é uma boa ideia.
4. A nominalização emprego alternativo entre um verbo, o substantivo ou o adjetivo
correspondente (por exemplo, desgastar -> desgaste -> desgastante) também ajuda a evitar repetições.
Somente a coesão, contudo, não é suficiente para que haja sentido no texto. A coerência também é
outro fator essencial, estando mais ligada à argumentação do que à estrutura do texto propriamente dita. É
Para que entendamos o conceito de coerência, devemos pensar que um texto sempre tem uma
intencionalidade, ou seja, um objetivo, uma mensagem específica que se quer transmitir. No caso da redação
de vestibular, por exemplo, a intencionalidade do texto se relaciona com a exposição de argumentos em
favor de determinado ponto de vista. Nesse caso, para que a coerência ocorra, as ideias devem ser
complementares, e não opostas. Um argumento deve ser a continuação e o complemento do outro. Se não
houver essa relação, as frases do texto acabarão por se contradizerem ou romperem com o raciocínio lógico,
levando à falta de coerência. Assim, podemos concluir que a coerência é resultado da não contradição entre
as partes do texto e do texto com relação ao mundo.
R
ed
.
EXERCÍCIOS
1. Indique as relações semânticas estabelecidas pelos conectivos em destaque:
I. Como a chuva estava muito forte, não foi possível continuar o show.
II. Eu não consegui apresentar o trabalho porque estava muito nervosa!
III. Os manifestantes terão suas reivindicações atendidas, exceto se usarem de violência.
IV. Estava doente, mas foi trabalhar.
V. Os brasileiros são tão trabalhadores quanto os norte-americanos.
a) causa, causa, condição, oposição, comparação.
b) comparação, condição, finalidade, oposição, tempo.
c) causa, causa, conformidade, oposição, condição.
d) finalidade, comparação, tempo, condição, causa.
e) causa, causa, condição, condição, causa.
2. Abaixo, apresentamos alguns segmentos de discurso separados por ponto final. Retire o ponto final e
estabeleça entre eles o tipo de relação que lhe parecer compatível, usando para isso os elementos de
coesão adequados.
a) O solo do nordeste é muito seco e aparentemente árido. Quando caem as chuvas, imediatamente
brota a vegetação.
b) Uma seca desoladora assolou a região sul, principal celeiro do país. Vai faltar alimento e os preços
vão disparar.
c) O trânsito em São Paulo ficou completamente paralisado dia 15, das 14 às 18 horas. Fortíssimas
chuvas inundaram a cidade.
3. Estabeleça a coesão do texto abaixo, valendo-se de expressões que substituam o excesso do emprego
da palavra "golfinho". Utilize expressões que, mesmo não-oficiais, possam servir como substitutas.
"O golfinho nada velozmente e sai da água em grandes saltos fazendo acrobacias. É mamífero e, como
todos os mamíferos, só respira fora da água. O golfinho vive em grupos e comunica-se com outros
golfinhos através de gritos estranhos que são ouvidos a quilômetros de distância. É assim que golfinho
pede ajuda quando está em perigo ou avisa os golfinhos onde há comida. O golfinho aprende
facilmente os truques que o homem ensina e é por isso que muitos golfinhos são aprisionados,
treinados e exibidos em espetáculos em todo o mundo."
4. No texto a seguir há um trecho que, se tomado literalmente (ao pé da letra), leva uma interpretação
absurda.
"Um cadáver morto foi encontrado boiando em canal." (Folha de S. Paulo, 2 nov. 1990.)
a) Identifique o trecho problemático.
b) Diga qual a interpretação absurda que se pode extrair desse trecho.
c) Qual a interpretação pretendida pelo autor?
d) Reescreva o trecho de forma que deixe explícita tal interpretação.
5. Reúna os segmentos de cada item, subordinando a segunda sentença à palavra sublinhada na primeira.
a) A chuva é necessária em todas as regiões do planeta, embora muitas pessoas não tenham
consciência disso. A chuva é fonte de vida.
b) O lavrador reconhece o valor da chuva e do sol para a plantação. Seu ofício depende dos recursos
naturais e requer paciência e habilidade.
c) A terra é rica, embora não reconheçamos seu valor. Extraímos nosso alimento da terra.
d) Na cidade, as pessoas esquecem que a harmonia do planeta depende do equilíbrio entre os dias
de sol e os dias de chuva. Lá já não se tem noção da origem dos gêneros alimentícios.
R
ed
.
6. No texto seguinte, há impropriedade quanto ao uso do pronome relativo. Reescreva-o com a correção
que se faz necessária.
A festa em homenagem ao centenário da cidade cuja eu nasci durou três dias. As atividades que
abrilhantaram o evento realizaram-se na colina onde se originou a primeira vila em que deu início à
cidade. O ponto alto das solenidades foi o momento onde as crianças encenaram, representando os
fundadores da cidade.
7. Nas questões seguintes, apresentamos alguns segmentos de discurso separados por ponto final. Retire
o ponto final e estabeleça entre eles o tipo de relação indicado entre parênteses, usando para isso os
elementos de coesão adequados e fazendo as alterações necessárias.
a) O homem alcançará a satisfação de suas necessidades. O homem viver em sociedade. (condição)
b) Os seres humanos vivem em sociedade. Eles necessitam de apoio material, espiritual e psicológico.
(causa)
c) A sociedade deve ser organizada com justiça. Todas as pessoas possam satisfazer suas
necessidades. (finalidade)
d) Uma pessoa poderia ter condições materiais para viver isolada. Ela poderia sentir falta de
companhia. (oposição)
8. Na frase: O Brasil é um país subdesenvolvido. Dessa forma, não tem muito prestígio. Qual palavra ou
expressão coesiva dá sequenciação a este enunciado:
a) É
b) Não tem muito prestigio
c) Dessa forma
d) País
e) O Brasil
9. Na frase: Sou coletivo. Tenho o mundo dentro de mim. O elemento coesivo que melhor uniria estas
duas orações é:
a) E
b) Afinal
c) Entretanto
d) Ou
e) Ainda que
R
ed
.
10.
Sobre o nível de linguagem adotado por Calvin, podemos afirmar que se trata, em relação aos tipos
de coerência, de uma
a) incoerência pragmática.
b) incoerência genérica.
c) incoerência estilística.
d) incoerência temática.
e) incoerência semântica.
R
ed
.
GABARITO
Exercícios
1. a
I e II: termo que explica o motivo/causa do cancelamento do show.
III: termo que condiciona uma ação que ainda não ocorreu.
IV: termo adversativo, que contradiz o que foi dito anteriormente.
V e VI: Os termos estão comparando os americanos com os brasileiros em relação ao trabalho.
2. a) mas,
b) portanto
c) já que
3. "ele", "que esses animais", "os avisa", "esse mamífero", "outros".
4. a) "cadáver morto"
b) como pode um cadáver morto?
c) foi encontrado alguém morto boiando.
d) Um cadáver foi encontrado boiando em canal.
5. a) Ela
b) Já que
c) Pois
d) Haja vista que
6. A cidade em que
7. a) Se
b) Porque
c) Já que
d) Porém
8. c
A palavra conectiva para expressar uma sequ
9. b
-
e contraditório na última alternativa, por trazer duas
sentenças de um mesmo caráter.
10. c
De acordo com a estilística, cada situação interativa exige do falante ou do produtor do texto a
adequação à variedade linguística, desse modo, deve-se optar, pela diversidade de padrão ou pela
variedade não padrão. Analisando as falas de Calvin, pode-se dizer que, ao adotar a variedade padrão
fora de seu contexto ideal de uso, ele cometeu uma incoerência estilística.
S
oc
.
Soc.
Professor: Gui de Franco
Monitor: Debora Andrade
S
oc
.
O conceito antropológico de cultura e
o multiculturalismo
27
jul
RESUMO
O conceito antropológico de cultura
Na área das ciências humanas, um dos temas de estudo mais importantes é o da cultura. Tratados de
modelo colateral em disciplinas como a história, a filosofia e a própria sociologia, os fenômenos culturais
ganharam uma ciência exclusivamente voltada para a sua investigação em fins do século XIX: a antropologia.
consideradas mais nobres pela sociedade, como o teatro, a música clássica, a alta literatura, o cinema de
vanguarda, etc. No nosso dia-a-dia, não costumamos considerar cultural o ato de um sujeito comer pipoca
Na antropologia (e, portanto, também na sociologia, que é sua parente próxima) é diferente. Nessa
perspectiva, cultura é todo e qualquer elemento da vida humana que não seja natural, isto é, que não seja
fruto de nossa própria constituição física, química e biológica. Enquanto o natural é aquilo que o homem
realiza espontaneamente, em virtude do seu próprio ser, como respirar, por exemplo; o cultural, por sua vez,
é aquilo que é criado pelo homem em sociedade e que, portanto, ele adquire através do seu convívio com
os outros: a habilidade de escrever, por exemplo. Enquanto o natural é algo universal, que vale para todo e
qualquer contexto histórico, independentemente das circunstâncias específicas, uma vez que deriva da
própria constituição humana (a capacidade de falar, de emitir sons, por exemplo); o cultural, por sua vez,
sendo fruto da sociedade, é particular, variando conforme o tempo e o espaço (a língua específica que se
fala, por exemplo). Vê-se aqui que, enquanto o sentido cotidiano de cultura é bastante restrito, o sentido antropológico
de cultura é bem mais amplo, incluindo sim o comer pipoca e o lavar louça como fenômenos culturais. Por
outro lado, é bom lembrar que, por mais que a visão antropológica parta de uma diferenciação entre natureza
e cultura, estes dois domínios não são completamente separados, mas, ao contrário, por mais que distintos,
estão sempre muito conectados no mundo real. O fato cultural da existência da língua portuguesa, por
exemplo, só existe em virtude do fato natural da capacidade humana de falar.
Multiculturalismo
Uma vez que se compreende o conceito antropológico de cultura, imediatamente percebe-se que
há variadas e inúmeras culturas ao redor do mundo, cada uma com seus respectivos valores, crenças, ideais,
etc. Mais: consegue-se perceber também que estas variadas culturas estão em contínuo processo de
transformação e que muitas vezes entram em contato entre si, seja de modo pacífico ou conflitivo. Quando duas ou mais culturas distintas entram em contato entre si, fundindo-se e se
interpenetrando, estamos diante daquilo que os antropólogos chamam tecnicamente de aculturação. Por
sua vez, uma vez ocorrida, a aculturação tem como consequência a concretização da diversidade cultural ou
multiculturalismo, que é precisamente a coexistência de várias matrizes culturais, no interior de um mesmo
espaço, ao mesmo tempo. O fato de existirem várias culturas no mundo, mas em lugares diferentes ou épocas
diferentes, não é multiculturalismo ou diversidade cultural. Esta só se dá no contexto de uma pluralidade
coexistente e não distante. Um grande exemplo de país multicultural e diverso, fruto claríssimo de um profundo e complexo
processo de aculturação é o Brasil. Habitadas originalmente pelos ameríndios, colonizadas a seguir pelos
portugueses, que serviram-se de milhões de escravos africanos, povoadas sucessivamente enfim por
imigrantes das mais diferentes nacionalidades, as terras brasileiras manifestam na cultura a sua própria
história. Falamos o português, língua lusa, europeia, e somos predominantemente cristãos, como eram os
colonizadores; no entanto, trazemos conosco hábitos arraigados de clara raíz indígena, como o costume dos
vários banhos por dia, e nossa culinária também tem muitos elementos que denotam suas origens ameríndias
ancestrais; por sua vez, também não são poucos os elementos que herdamos dos escravos vindos de África,
sejam a feijoada, o samba, a capoeira ou tantos outros caracteres.
S
oc
.
De um ponto de vista mais teórico, a grande questão motivada pelo multiculturalismo é o problema
da hierarquia cultural, isto é, se há ou não culturas superiores e inferiores, se há ou não fenômenos culturais
que podem ser considerados de modo justo mais valorosos do que outros. Quanto ao tema, há duas visões
fundamentais possíveis. O etnocentrismo, concepção muito comum entre os primeiros antropólogos, é a
posição daqueles que creem que sim, há valores culturais superiores e, portanto, há sociedades mais
civilizadas e com mais progresso do que outras. Por sua vez, o relativismo cultural, concepção predominante
hoje entre os antropólogos, é aquela que crê que não, não há valores culturais superiores em si mesmos,
uma vez que toda avaliação cultural depende do ponto de vista adotado, que, por sua vez, é sempre fruto de
uma cultura específica. Nesta visão, o valor das diversas culturas, portanto, é sempre relativo.
EXERCÍCIOS
1. A cultura é constituída de um conjunto de valores, símbolos e bens materiais produzidos pela ação
humana. Assim, o mundo humano é essencialmente o mundo da cultura, e pertencer a ele significa
transcender as nossas condições biológicas.
Como se constitui a relação cultura-natureza na sociedade contemporânea?
2. Pode-se dizer que nos últimos anos as sociedades se caracterizam pela multiculturalidade. O que isso
quer dizer e qual seria a razão para tal transformação?
3. Nas Grandes Antilhas, alguns anos após a Descoberta da América, enquanto os espanhóis enviavam
comissões de investigação para indagar se os indígenas possuíam ou não alma, estes últimos
dedicavam-se a afogar os brancos feitos prisioneiros para verificarem através de uma investigação
prolongada se o cadáver daqueles estava ou não sujeito à putrefação. Esta anedota simultaneamente
barroca e trágica ilustra bem o paradoxo do relativismo cultural: é na própria medida em que
pretendemos estabelecer uma discriminação entre as culturas e os costumes, que nos identificamos
mais completamente com aqueles que pretendemos negar. Recusando a humanidade àqueles que
surgem como os mais "selvagens" ou "bárbaros" dos seus representantes, mais não fazemos que copiar-
lhes suas atitudes típicas. O bárbaro é em primeiro lugar o homem que crê na barbárie. LÉVI-STRAUSS, Claude. Raça e História. 1987.
Considerando o texto do antropólogo Lévi-Strauss, responda se os critérios que definem o grau de
progresso de determinada civilização ou cultura são absolutos ou relativos. Explique o conceito de
ideológica da dominação da civilização ocidental sobre outras civilizações na história.
4. Segundo Roque de Barros Laraia (Cultura: um conceito antropológico. Rio de Janeiro: Zahar, 2008,
determinismo geográfico considera que as diferenças do ambiente físico condicionam a
partir de 1920, antropólogos procuraram demonstrar que existe uma limitação
na influência geográfica sobre os fatores culturais. Utilizando exemplos, explique como a Antropologia
compreende as relações entre os fatores culturais e o ambiente físico.
5. Explique a seguinte frase: "A coerência de um hábito cultural somente pode ser analisada a partir do
sistema a que pertence". LARAIA, Roque de Barros. Cultura: um conceito antropológico. Rio de Janeiro: Zahar, 2008.
6. Na segunda metade do século XIX, a capoeira era uma marca da tradição rebelde da população
trabalhadora urbana na maior cidade do Império do Brasil, que reunia escravos e livres, brasileiros e
imigrantes, jovens e adultos, negros e brancos. O que mais os unia era pertencer aos porões da
sociedade, e na última escala do piso social estavam os escravos africanos. SOARES, C. E. L. Capoeira mata um. In: FIGUEIREDO, L. História do Brasil para ocupados. Rio de Janeiro: Casa da Palavra,
2013.
De acordo com o texto, um fator que contribuiu para a construção da tradição mencionada foi a
a) elitização de ritos católicos.
S
oc
.
b) desorganização da vida rural.
c) redução da desigualdade racial.
d) mercantilização da cultura popular.
e) diversificação dos grupos participantes.
7. "O grupo do 'eu' faz, então, de sua visão a única possível, ou mais discretamente se for o caso, a melhor,
a natural, a superior, a certa. O grupo do 'outro' fica, nessa lógica, como sendo engraçado, absurdo,
anormal ou inteligível". ROCHA, Everardo P. Guimarães. O que é etnocentrismo. 1. ed. São Paulo: Brasiliense, 1984, p. 9.
A citação explicita o fenômeno social denominado etnocentrismo. Assinale entre as alternativas abaixo
aquela que explica o conceito.
a) O etnocentrismo demonstra como convivemos em harmonia com grupos e indivíduos que
padrões de comportamento socialmente aceitos na sociedade em que vivemos.
b) O etnocentrismo é uma visão de mundo (que pode compreender ideias e ideologias) em que nosso
próprio grupo é tomado como centro de referência e todos os outros são pensados e avaliados
através de nossos valores, nossos modelos e nossas definições do que é a existência.
c) O etnocentrismo é uma visão de mundo (que pode compreender ideias e ideologias) em que
buscamos não julgar e não avaliar as diferenças e sim compreender as especificidades culturais de
cada grupo ou cultura.
d) O etnocentrismo demonstra a luta de classe nas sociedades capitalistas a partir da teoria marxista.
e) O etnocentrismo é uma teoria que explica por que não devemos interferir nas outras culturas.
8. Assinale a(s) alternativa(s) correta(s) acerca do que são etnocentrismo e relativismo.
(01) Enquanto a Sociologia enfrenta a tarefa de pensar a sociedade, a Antropologia busca registrar e
compreender os fenômenos humanos a partir do conhecimento do outro. Esse outro pode ser
alguém pertencente a uma cultura distante e distinta da nossa, mas também pode ser alguém
pertencente à nossa própria cultura, colocado em perspectiva e observado a partir de um ponto
de vista distinto do que nos é habitual, familiar e cotidiano.
(02) O etnocentrismo é a propensão de os seres humanos enxergarem o mundo através de sua própria
cultura considerando seu modo de vida como mais natural e mais correto do que os outros.
(04) O conceito de cultura é um dos mais polêmicos nas ciências sociais, mas há consenso em relação
à superioridade cultural do Ocidente em relação a culturas não ocidentais.
(08) O relativismo cultural se opõe ao princípio de que valores, costumes ou ideias associados a
determinada cultura são universalmente válidos.
(16) A perspectiva que classifica populações indígenas como inferiores é uma expressão do
etnocentrismo.
SOMA: ( )
9. alternativa(s) correta(s) em relação a concepções de cultura correntes nas Ciências Sociais.
(01) Embora os seres humanos já nasçam preparados para viver com outros de sua espécie, cada pessoa
aprende formas culturais específicas pertencentes à sociedade onde nasceu e viverá.
(02) O acesso à cultura é uma escolha pessoal e depende dos gostos e estilos preferidos por cada um.
S
oc
.
(04) Os únicos tipos legítimos de expressão cultural para a sociologia são a literatura, a poesia, a
música, o teatro e a pintura.
(08) Elementos relacionados à percepção do mundo, a ideias e valores são considerados formas da
cultura que penetram a consciência humana e passam a constituir a visão de mundo dos
indivíduos.
(16) A família humana é a instituição onde a socialização primária das crianças inicia sua constituição
como seres culturais.
SOMA: ( )
10. Muitos países se caracterizam por terem populações multiétnicas. Com frequência, evoluíram desse
modo ao longo de séculos. Outras sociedades se tornaram multiétnicas mais rapidamente, como
resultado de políticas incentivando a migração, ou por conta de legados coloniais e imperiais. GIDDENS. A. Sociologia. Porto Alegre: Penso, 2012 (adaptado).
Do ponto de vista do funcionamento das democracias contemporâneas, o modelo de sociedade
descrito demanda, simultaneamente,
a) defesa do patriotismo e rejeição ao hibridismo.
b) universalização de direitos e respeito à diversidade.
c) segregação do território e estímulo ao autogoverno.
d) políticas de compensação e homogeneização do idioma.
e) padronização da cultura e repressão aos particularismos.
11. bárbaros, pelo latim barbaru] Adj.1. Entre os gregos e os romanos, dizia-se daquele
que era estrangeiro. 2. Sem civilização, selvagem, rude, inculto. 3. Cruel, desumano: tirano bárbaro. 4
V. bacana (1). S. M. 5. Aquele que tem essas qualidades. 6. Hist. Indivíduo dos bárbaros (godos,
vândalos, hunos, francos, álanos, suevos etc.) povos do N. invasores do Império Romano do Ocidente
entre os séculos III e VI de nossa era. Interj. 7. FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Dicionário da Língua Portuguesa. Coordenação Marina Baird Ferreira, Margarida
dos Anjos. 5.ª ed., Curitiba: Positivo, 2010, p. 282.
A definição do termo bárbaro, presente no dicionário Aurélio, permite pensar em uma categoria
bastante importante para as Ciências Sociais, o Etnocentrismo, pois a origem do termo está nas
civilizações grega e romana, que definiram como bárbaro toda a pessoa que não compartilhasse da
sua cultura.
Sobre o Etnocentrismo é correto afirmar:
(01) O etnocentrismo contempla a crença de que uma sociedade é o centro da humanidade, a partir
da qual as outras sociedades são julgadas inferiores.
(02) Segundo a perspectiva etnocêntrica, as diferentes culturas são colocadas no mesmo patamar.
(04) O etnocentrismo é uma forma de pensamento que pode colocar o grupo a que uma pessoa
pertence como a única expressão da humanidade.
(08) O etnocentrismo desconsidera as categorias e normas da sua própria sociedade ou cultura como
parâmetro aplicável às demais.
(16) Na perspectiva do etnocentrismo, o ponto de referência essencial não é a humanidade como um
todo, mas o grupo particular ao qual se pertence.
SOMA: ( )
12. Pude entender o discurso do cacique Aniceto, na assembleia dos bispos, padres e missionários, em
que exigia nada mais, nada menos que os índios fossem batizados. Contestava a pastoral da Igreja, de
não interferir nos costumes tribais, evitando missas e batizados. Para Aniceto, o batismo aparecia como
sinal do branco, que dava reconhecimento de cristão, isto é, de humano, ao índio. MARTINS, J. S. A chegada do estranho. São Paulo: Hucitec, 1993 (adaptado).
O objetivo do posicionamento do cacique xavante em relação ao sistema religioso externo às tribos
era
a) flexibilizar a crença católica e seus rituais como forma de evolução cultural.
b) acatar a cosmologia cristã e suas divindades como orientação ideológica legítima.
S
oc
.
c) incorporar a religiosidade dominante e seus sacramentos como estratégia de aceitação social.
d) prevenir retaliações de grupos missionários como defesa de práticas religiosas sincréticas.
e) reorganizar os comportamentos tribais como instrumento de resistência da comunidade
indígena.
S
oc
.
GABARITO
Exercícios
1. A pergunta possibilita duas respostas: o homem, no seu desenvolvimento social, transforma a natureza
externa a ele (ecossistema) por meio de seu trabalho, trazendo consequências diversas como o
desenvolvimento econômico e a crise ecológica que vivenciamos. Podemos dizer, então, que a cultura
transforma a natureza. Ao mesmo tempo, organizar a vida em sociedade significa também uma
transformação da própria natureza instintiva do homem, que é refreada pelos processos sociais,
afastando-o de sua condição animal. A relação contemporânea cultura-natureza pode ser, portanto,
entendida como a transformação da cultura pela natureza.
2. Multiculturalidade é a diversidade de grupos culturais que caracteriza as sociedades contemporâneas.
Durante muito tempo, as sociedades não respeitavam a variedade cultural, tratando de forma
hostil hábitos e maneiras de pensar diferenciadas. Com o desenvolvimento dos meios de
comunicação, com a globalização, as conquistas de movimentos identitários e sociais, com o aumento
das populações urbanas e mesmo das cidades, surgiu a necessidade de as sociedades se adaptarem a
uma maior diversidade de formas de agir. O aumento da diferenciação social criou novos grupos culturais
que têm de ocupar os mesmos espaços urbanos e respeitar-se mutuamente, surgindo, então, essa
relação de multiculturalidade.
3. Os critérios que definem o grau de progresso de uma civilização ou cultura só são válidos se forem
relativos. As culturas formam-se de maneiras distintas, portanto seu entendimento não pode depender
de critérios absolutos e de que apenas uma delas se valha. Para o autor, o conceito de bárbaro é relativo,
tanto é bárbaro o indígena (do ponto de vista europeu) como o europeu (do ponto de vista indígena).
Isso porque a ideia de barbárie implica a necessidade de enquadramento do que é diferente, e que vale
para os dois lados. Se seguirmos o raciocínio do autor, perceberemos que a dominação do europeu
sobre o indígena foi uma afronta aos direitos destes, pois o critério de maior ou menor grau de civilização
não servia para justificar as ações do primeiro grupo sobre o segundo.
4. Os antropólogos relativizam o determinismo geográfico e mostram como as culturas inseridas num
mesmo ambiente físico podem apresentar diferenças significativas. Por isso, não é correto observar
apenas as condicionalidades do ambiente físico sobre o desenvolvimento das culturas, mas a capacidade
variada de adaptação de cada cultura ao mesmo ambiente físico.
5. Abordar o relativismo cultural, a crítica ao etnocentrismo. Uma cultura deve ser interpretada em seus
próprios termos.
6. [Resposta do ponto de vista da disciplina de Sociologia]
A capoeira, ao ultrapassar barreiras culturais desde o período escravista de nosso país, consolidou-se
como um importante elemento identitário brasileiro.
[Resposta do ponto de vista da disciplina de História]
Como o próprio texto ressalta, diversos grupos confraternizavam-se na prática da capoeira ligados por
um simples fator: a marginalização social, ou seja, todos se sentiam excluídos socialmente.
7. b
O etnocentrismo corresponde à atitude ou forma de pensar que avalia a cultura alheia a partir dos
critérios da minha própria cultura. Essa forma de pensar está intimamente relacionada com o preconceito
e se opõe ao relativismo cultural.
S
oc
.
8. 01 + 02 + 08 + 16 = 27.
A afirmativa [04] é a única incorreta. O conceito de cultura é, de fato, bastante polêmico, mas o
consenso não está em afirmar a cultura do ocidente superior, mas o de considerar que não existem
culturas superiores ou inferiores.
9. 01 + 08 + 16 = 24.
As afirmativas [02] e [04] são as únicas incorretas. Para as ciências sociais, não existem expressões
culturais mais legítimas que outras. Uma vez que todo ser humano adquire cultura ao se socializar, toda
expressão cultural é coletiva e válida.
10. b
A existência de populações multiétnicas depende do reconhecimento das diversas etnias no território
nacional. Isso somente pode se dar através da universalização de direitos e de um amplo respeito jurídico
e social à diversidade.
11. 01 + 04 + 16 = 21.
O etnocentrismo corresponde à atitude de utilizar a sua própria cultura como referência para julgar as
demais. Assim, as outras culturas aparecem como sendo inferiores ou piores. As únicas alternativas que
não estão de acordo com essa definição são a [02] e a [08], pois tratam do relativismo cultural, ou seja,
do inverso do etnocentrismo.
12. c
A demanda por batizar os indígenas aparece, no texto, como uma forma de fazer o índio ser reconhecido
como humano. Assim, o cacique Aniceto demonstra utilizar a religiosidade cristã como estratégia para
que os índios de sua tribo sejam reconhecidos socialmente.