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A Adoção em Famílias Homoafetivas Foto: Facebook Adoção: um direito de todos e todas", CFP, capítuo 3. Por Maria Cristina d’Avila de Castro. Página 23. Quando um casal homoafetivo decide pela adoção e preenche todos os requisitos, um(a) dos(as) dois(duas) tem de escolher qual deles(as) formalizará o pedido de paternidade/maternidade da criança. Uma criança adotada em guarda única só receberá direitos relativos ao pai/mãe que tem a sua guarda. Entretanto, após a adoção, os(as) dois(duas) educam e criam-na juntos, como acontece com um casal heteroafetivo. Parece, então, que a dificuldade da sociedade jurídica brasileira está em aceitar a existência de famílias homoafetivas. Tivemos duas aberturas em relação a esse aspecto: » a primeira, na cidade de Catanduva-SP, em 2004, quando o juiz e o promotor, dentre outros fundamentos para a aceitação da adoção conjunta, orientaram-se pela Resolução nº 01/99, do Conselho Federal de Psicologia, que, estabelecendo normas de atuação para os psicólogos em relação à orientação sexual humana, veda qualquer tipo de tratamento discriminatório com relação à homossexualidade, ratificando que esta não se trata de doença, desvio ou distorção; » a segunda, quando o juiz da Infância e Juventude, da cidade de Bagé-RS, concedeu a adoção de duas crianças por duas mulheres. Ambas viviam juntas, em união afetiva sólida

A Adoção Em Famílias Homoafetivas

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estudo sobre o direito a adoção por casais homossexuais.

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A Adoo em Famlias Homoafetivas

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Adoo: um direito de todos e todas", CFP, captuo 3.Por Maria Cristina dAvila de Castro. Pgina 23.Quando um casal homoafetivo decide pela adoo e preenche todos os requisitos, um(a) dos(as) dois(duas) tem de escolher qual deles(as) formalizar o pedido de paternidade/maternidade da criana. Uma criana adotada em guarda nica s receber direitos relativos ao pai/me que tem a sua guarda. Entretanto, aps a adoo, os(as) dois(duas) educam e criam-na juntos, como acontece com um casal heteroafetivo. Parece, ento, que a dificuldade da sociedade jurdica brasileira est em aceitar a existncia de famlias homoafetivas. Tivemos duas aberturas em relao a esse aspecto: a primeira, na cidade de Catanduva-SP, em 2004, quando o juiz e o promotor, dentre outros fundamentos para a aceitao da adoo conjunta, orientaram-se pela Resoluo n 01/99, do Conselho Federal de Psicologia, que, estabelecendo normas de atuao para os psiclogos em relao orientao sexual humana, veda qualquer tipo de tratamento discriminatrio com relao homossexualidade, ratificando que esta no se trata de doena, desvio ou distoro; a segunda, quando o juiz da Infncia e Juventude, da cidade de Bag-RS, concedeu a adoo de duas crianas por duas mulheres. Ambas viviam juntas, em unio afetiva slida h mais de oito anos, e uma delas j havia conseguido a adoo das duas crianas. A deciso do magistrado estendeu, companheira da me adotiva, o vnculo de maternidade para com as crianas, pois, alm de esses j estarem, de fato, sendo educados e convivendo com ambas, o pedido da outra me scio-afetiva baseou-se no claro desejo de compartilhar, juridicamente, com a sua companheira (j, legalmente, me adotiva), as mesmas responsabilidades e deveres jurdico-parentais para com as crianas.Existe outra razo para se justificar o no reconhecimento legal de famlias homoafetivas: a crena generalizada de que essa configurao familiar poder ser prejudicial ao desenvolvimento psicossociolgico normal das crianas. Questiona-se se a ausncia de modelo do gnero masculino e feminino pode, eventualmente, tornar confusa a prpria identidade sexual, havendo o risco de a criana tornar-se homossexual. A se confunde sexualidade com funo parental, como se a orientao sexual das figuras parentais fosse determinante na orientao sexual dos filhos. A funo parental no est contida no sexo, e, sim, na forma como os adultos que esto no lugar de cuidadores lidam com as questes de poder e hierarquia no relacionamento com os filhos, com as questes relativas a problemas disciplinares, de controle de comportamento e de tomada de deciso. As atitudes que compem a funo parental so responsividade que favorece a individualidade e a auto-afirmao por meio de apoio e aquiescncia, exigncia que nada mais do que atitude de superviso e de disciplina para com os filhos. Essas atitudes no esto relacionadas ao sexo das pessoas.Outra razo para o no reconhecimento da famlia homoafetiva a apreenso, quanto possibilidade de o filho ser alvo de repdio no meio em que freqenta ou de ser vtima de escrnio por parte de colegas e vizinhos, o que lhe poderia acarretar perturbaes psquicas ou problemas de insero social. Conforme relata Maria Berenice Dias, desembargadora do Tribunal de Justia do RS,essas preocupaes so afastadas com segurana por quem se debrua no estudo das famlias homoafetivascom prole. As evidncias apresentadas pelas pesquisasno permitem vislumbrar a possibilidade de ocorrnciade distrbios ou desvios de conduta pelo fato de algumter dois pais ou duas mes. No foram constatadosquaisquer efeitos danosos ao desenvolvimento moral ou estabilidade emocional decorrentes do convvio compais do mesmo sexo. Tambm no h registro de danosequer potencial, ou risco ao sadio desenvolvimento dosvnculos afetivos. Igualmente nada comprova que a faltade modelo heterossexual acarretar perda de referenciaisa tornar confusa a identidade de gnero. Diante detais resultados, no h como prevalecer o mito de quea homossexualidade dos genitores gere patologias naprole. Assim, nada justifica a viso estereotipada de que acriana que vive em um lar homossexual ser socialmenteestigmatizada ou ter prejudicada a sua insero social.Disponvel em www.mariaberenice.com.br.

Conclu-se, ento, que os problemas que se colocam s famlias homoparentais so de ordem social, jurdica e poltica, como sempre foram em todas as situaes de mudana na instituio familiar, como, por exemplo, por ocasio do estatuto do divrcios e a existncia de pais/mes solteiros nos anos de 1970 e 1980.Miriam Grossi (antroploga da Universidade Federal de Santa Catarina/UFSC) tem razo quando fala que a luta nas paradas gays da Frana pelo direito reproduo. J no Brasil, a luta central trata da homofobia.

O fato que a visibilidade que vem adquirindo a homoafetividade tem levado cada vez mais as pessoas a assumirem a sua verdadeira orientao sexual. Gays e lsbicas buscam a realizao do sonho de estruturarem uma famlia com a presena de filhos, e freqente crianas e adolescentes viverem em lares homoafetivos. Negar ao par homossexual o direito convivncia familiar e no reconhecer a existncia de pais do mesmo sexo s uma questo de tempo. Como diz Uziel: A discusso a respeito no inaugura essa realidade social, d apenas visibilidade a tal condio e a inclui na pauta da conquista de direitos, concorrendo para a extenso da concepo de entidade familiar (2007, p. 197).

[Maria Cristina dAvila de Castro Psicloga CRP12. Especialista Clnica CFP; Coordenadora tcnica, supervisora e professora do Movimento Instituto e Clnica Sistmica de Florianpolis, de 1994 a 2003. Scia fundadora e presidente da Associao Catarinense de Terapia Familiar (ACATEF)gesto 20042006; Coordenadora da Comisso Cientfica do VI Congresso Brasileiro de Terapia Familiar julho 2004; membro do Conselho Cientfico da ACATEF e do Conselho Deliberativo e Cientfico da Associao Brasileira de Terapia Familiar (ABRATEF) na Comisso de Formao na gesto 2006 [email protected]]

Referncias:PEREIRA, ngelo B. Retrato em branco e preto: manual prtico para pais solteiros. Coleo Para homens e mulheres.SILVA, Denise M. P. Psicologia Jurdica no processo civil brasileiro. So Paulo: Casa do Psiclogo, 2003.VITALE, M. A F. (org.). Laos Amorosos: Terapia de Casal e Psicodrama. So Paulo: Editora Agora, 2004.PAPP, Peggy. Casais em Perigo: novas diretrizes para terapeutas. Porto Alegre: Artmed Editora, 2002.FRES-CARNEIRO, T. (org.). Famlia e casal: arranjos e demandas contemporneas. Rio de Janeiro: Ed. PUC-Rio; So Paulo: Ed. Loyola, 2003.BETHOULD, C. M. E. Re-significando a parentalidade: os desafios de ser pais na atualidade. Taubat/SP: Cabral Editora Universitria, 2003.RIESENFELD, R. Papai, mame, sou gay! Um guia para compreender a orientao sexual dos filhos. So Paulo: Summus, 2002.BRUN, G. Pais, filhos & cia. ilimitada. Rio de Janeiro: Editora Record, 1999.VAINER, R. Anatomia de um divrcio interminvel: o litgio como forma de vnculo. So Paulo: Casa do Psiclogo, 1999.UZIEL, Anna Paula. Homossexualidade e adoo. Rio de Janeiro: Garamond, 2007.Sites consultados:http://www.apase.org.br/http://www.ibdfam.org.br/http://www.mariaberenice.com.br/http://www.googleacademico.com/

Adoo por casais Homoafetivos"Adotar acreditar que a histria mais forte que a hereditariedade, que o amor mais forte que o destino".(Lidia Weber)Marcus Vinicius de Oliveira RibeiroCom o advento da Constituio de outubro de 1988 o direcionamento poltico tomou um novo rumo abrindo um leque de perspectivas para novos e diversos tipos de pactos sociais. Anteriormente, a famlia era considerada, legal apenas aquela famlia oriunda do casamento. Conceito que mudara, pois passou-se a reconhecer a unio estvel e a famlia monoparental, fato qual, mexeu com os juristas, pois assim, se possibilitou a todos os cidados brasileiros o exerccio do direito de constituir famlia seja ela de forma natural, artificial ou por adoo. A advogada Aureni de Almeida afirma que:...essa institucionalizao da famlia mono parental veio fortalecer a tese de que o homossexual tem direito a adoo, pois a carta magna nem a descriminou, j que prega em um princpio fundamental a proibio de qualquer tipo de discrimao, nem a afastou, ento se concluiu que o homossexual tem direito...A Carta Magna omissa quanto a Adoo por Homoafetivos:... at porque a legislao no poderia tocar em orientao sexual porque seria uma forma de diferenciar os cidados e as cidads...Enzio de Deus Silva Jnior, Advogado Especialista em Polticas Pblicas.Ento a legislao no traz como requisito a orientao sexual da pessoa. Desde 1988, a partir da promulgao do Estatuto da Criana e do adolescente em 1990, a adoo por homossexuais solteiros j uma realidade no Brasil. J a adoo por casais uma realidade hodierna. A lei diz que podem adotar os casais que forem casados ou constiturem unio estvel e a partir disso o que foi ratificado pela lei 12.010/09, lei qual dispe sobre adoo e altera as Leis nos 8.069, de 13 de julho de 1990 - Estatuto da Criana e do Adolescente, 8.560, de 29 de dezembro de 1992; revoga dispositivos da Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002 - Cdigo Civil, e da Consolidao das Leis do Trabalho - CLT, aprovada pelo Decreto-Lei no 5.452, de 1o de maio de 1943; entre outras providncias, que a jurisprudncia foi sendo construda em um lento processo na considerao que por analogia na unio estvel a unio homoafetiva poderia tambm estar apta para a adoo e foi a que comeou a surgir os primeiros casos no Brasil.Segundo Antonio Demetrio de Morais o primeiro caso brasileiro ocorreu na cidade de Catanduva, So Paulo, quando dois homens h 14 anos mantendo unio homoafetiva pblica e contnua, em 2004, socorreram-se ao judicirio para pedir a adoo de uma menor, tendo deferido tal pedido. A criana fora escolhida em um orfanato, com prvio estgio de convivncia e parecer positivo da equipe de psiclogos e assistentes sociais, inclusive do Ministrio Pblico. Desse modo, o Juzo da Vara nica de Infncia e Juventude de Catanduva julgou procedente a adoo conjunta em 01/11/2006, sendo este o primeiro caso de adoo homoafetiva oficial no Brasil. Depois deste, em Bag, Rio Grande do Sul, o Juzo autorizou trs irmos menores de idade fossem adotados por um casal lsbico. A me biolgica das crianas j havia dado os dois mais velhos desde o nascimento aos cuidados do casal e lhes ofereceu o terceiro. Na sentena, foi dito que "a sociedade no pode ignorar a relao entre pessoas do mesmo sexo", e que "o homossexualidade no afeta o carter nem a personalidade de ningum. E assim vem sendo construda uma base jurisprudencial em decises por base na analogia da unio estvel.A aceitao da aplicao desta analogia que vinha sendo discutida, porque at a promulgao dessas leis que deixam lacunas e tentam regulamentar as variadas formas de famlias, segundo a Advogada e professora Simone Medeiros, a unio homoafetiva era apenas tratada pelo judicirio como uma sociedade de fato, uma relao negocial, tanto que na maioria dos estados quando vai tratar algum assunto relativa a unio homo afetiva tratada na rea civil comum. No Rio Grande do Sul j existe uma determinao do Tribunal de Justia onde estas questes j so tratadas pela Vara de Famlia, o que facilita muito a adoo.Uma das problemticas psico-culturais que formam este tipo de debate na adoo por casais homossexuais que eles influenciariam negativamente na personalidade das crianas.Tatiana Guerra, psicloga e terapeuta de famlia que a personalidade da criana est ligada a outras questes que no esta. E afirma que se a convivncia familiar em conjunto com casais homoafetivos determinassem a sexualidade da criana, seria fcil distinguir os hteros e os homossexuais. O que se v, segundo a psicloga, o que forma realmente a personalidade da criana todo o desenrolar da formao educacional e moral da criana no mbito familiar, inclusive com os pares como figuras de referncia materno e paterno, o que no necessariamente tem a ver com gnero.A Doutora Psicloga Ldia Weber, considerada a maior referncia quando se fala no assunto da adoo e psicologia no Brasil, cita pesquisas na Califrnia, levantadas desde a dcada de 60 por pesquisadores como Samuel L. Jackson, com a as chamadas famlias alternativas e estas crianas hoje j adultas nada de novo ou diferente em relao aos outros seres humanos, so pessoas to normais quanto as outras e as estatsticas presumida de que 10% da populao seria homossexual se manteve estvel e a maior parte destas pessoas criadas em famlias alternativas (homoafetivas) so de orientao heterossexual. E por isso que as grandes Associaes de Psicologia e Psiquiatria entre outras dezenas delas se pronunciam a muitos anos favorveis em relao a esta adoo.O problema no tanto a adoo por homoafetivo (expressa criada por Maria Berenice Dias), mas sim, por casais homoafetivos com o direito do nome dos dois na certido de nascimento, esta hoje a luta maior, pois, na maioria dos casos de adoo apenas uma pessoa do par que adota e d seu nome a criana, desta forma somente um estaria obrigado, a assistncia, a educao, a direitos sucessrios, ao passo que, os dois possam registrar a criana como filhos do casal, os dois tero direitos e obrigaes iguais em relao a criana.O professor Paulo Luiz Netto Lobo, civilista e tambm constitucionalista, ele defende que desde 1988 com o advento da Constituio Federal em seu caput do artigo 226 dizendo que a famlia base da sociedade tem especial proteo do Estado, o Constituinte naquele momento no disse que tipo de famlia apenas trouxe alguns exemplos nos pargrafos, o que no significa que o Estado possa excluir da sua apreciao a entidades diversas familiares por conta do preconceito emanado tanto da sociedade quando dos prprios legisladores. Segundo o especialista em polticas pblicas Enzio de Deus Silva Jnior, os casais homoafetivos no podem ser considerados famlia alternativas pois ensejam um sentido de estarem a margem da sociedade o que no verdade, ela existe e forma bases em nossa cultura. O conceito de famlia hoje, o agrupamento de pessoas unidas por laos de afetividades, e se formos pensar, sempre foi assim, justamente o afeto que est sendo notado e levado em consideraes nas decises dos juzes singulares que esto vivenciando este tipo de casos nos fruns hoje. Existiu uma resistncia muito grande em usar das lacunas da lei e impor decises pela a analogia por parte do judicirio porque h tambm uma omisso muito grande do Legislativo devido ao preconceito que ainda existe. Destarte, enquanto tudo isso no legalizado como deve o que move as decises dos juzes mais lcidos e modernos, talvez at como uma fuga, o afeto. O bem-estar mental de uma criana e sua adaptao na realidade da sociedade tem a ver mais com as relaes familiares do que com o modelo familiar.Discute-se muito, se necessrio o acompanhamento psiquitrico de uma criana em uma famlia de par homoafetivo, a psicloga Tatiana Guerra diz que no, que se a criana for orientada adequadamente desde cedo dentro da prpria casa, as claras de como realmente seu ncleo familiar, a criana no sofrer nenhum complexo no decorrer de sua formao pois se h afeto, ela crescer sem preconceito achando aquilo normal. Ela frisa a importncia dos pais estarem preparados para orientar a criana, ento, o caso dos pais fazerem acompanhamento com um profissional mesmo aps a habilitao da adoo.As principais organizaes mundiais de sade, incluindo muitas de psicologia, no mais consideram a homossexualidade uma doena, distrbio ou perverso. Desde 1973, a homossexualidade deixou de ser classificada como tal pela Associao Americana de Psiquiatria. Em 1975 a Associao Americana de Psicologia adotou o mesmo procedimento, deixando de considerar a homossexualidade como doena. No Brasil, em 1985, o Conselho Federal de Psicologia deixa de considerar a homossexualidade como um desvio sexual e, em 1999, estabelece regras para a atuao dos psiclogos em relao questes de orientao sexual, declarando que "a homossexualidade no constitui doena, nem distrbio e nem perverso" e que os psiclogos no colaboraro com eventos e servios que proponham tratamento e cura da homossexualidade. No dia 17 de Maio de 1990 a Assemblia-geral da Organizao Mundial de Sade retirou a homossexualidade da sua lista de doenas mentais, a Classificao internacional de doenas (sigla CID). Por fim, em 1991, a Anistia Internacional passa a considerar a discriminao contra homossexuais uma violao aos direitos humanos. E por isso no influi na formao moral, sexual ou cultural da criana adotada. Destarte, os Magistrados e o Poder Judicirio, levando em considerao o princpio da dignidade humana, o princpio da isonomia e que existem estatsticas que mostram cerca de 180.000 crianas institucionalizadas, crescendo despersonalizadas e:[...] o interesse da criana ou adolescente um dos fundamentos para se deferir ou no a adoo, ou seja, a roientao sexual no deve ocasionar o deferimento, ou indeferimento, da adoo[...] (BARANOSKI, 2009, p. 67)Maria Berenice Dias, a Desembargadora especializada nesta causa, diz [...]que as nicas exigncias para o deferimento da adoo (CC 1625 e ECA 43) so as que apresente reais vantagens para o adotado e se fundamente em motivos legtimos. Ora, vivendo o adotado com quem com quem mantm um vnculo familiar estvel, exclui a possibilidade de adoo, e mant-lo institucionalizado, s vem em seu prejuzo.[..]Hodiernamente o conceito est mudando, ainda se tem um caminho longo, demorado e rduo em suas discusses para que seja legalizado e aceito o bsico, que o respeito a dignidade humana, aos direitos fundamentais, a plena isonomia entre os cidados e do direito de ser feliz e dividir esta felicidade com uma criana.