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A navegação consulta e descarregamento dos títulos inseridos nas Bibliotecas Digitais UC Digitalis, UC Pombalina e UC Impactum, pressupõem a aceitação plena e sem reservas dos Termos e Condições de Uso destas Bibliotecas Digitais, disponíveis em https://digitalis.uc.pt/pt-pt/termos. Conforme exposto nos referidos Termos e Condições de Uso, o descarregamento de títulos de acesso restrito requer uma licença válida de autorização devendo o utilizador aceder ao(s) documento(s) a partir de um endereço de IP da instituição detentora da supramencionada licença. Ao utilizador é apenas permitido o descarregamento para uso pessoal, pelo que o emprego do(s) título(s) descarregado(s) para outro fim, designadamente comercial, carece de autorização do respetivo autor ou editor da obra. Na medida em que todas as obras da UC Digitalis se encontram protegidas pelo Código do Direito de Autor e Direitos Conexos e demais legislação aplicável, toda a cópia, parcial ou total, deste documento, nos casos em que é legalmente admitida, deverá conter ou fazer-se acompanhar por este aviso. A cidade romana de Ammaia Autor(es): Encarnação, José d' Publicado por: Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra URL persistente: URI:http://hdl.handle.net/10316.2/38460 Accessed : 15-May-2021 14:56:11 digitalis.uc.pt impactum.uc.pt

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A cidade romana de Ammaia

Autor(es): Encarnação, José d'

Publicado por: Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra

URLpersistente: URI:http://hdl.handle.net/10316.2/38460

Accessed : 15-May-2021 14:56:11

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JOSE o'ENCAR NAi;:AO N6/u/as bibliograficas 259

Por seu nrrno, Juan Manuel Abascal (da Universidade de Alicante) e Rosario Cebrian (do Parque Arqueol6gico de Seg6briga), redigiram o texto «Jose Andres Comide de Folgueira e as inscricoes de Ammaia (conventus Pacensis)» (p. 15-32).

Dentre os investigadores da Antiguidade hispilnicos, poucas personalidades conheceram tlio bem Portugal como Comide (La Coruiia, 25-4-1734 - Madrid, 22-2-1803) . E o grande empreendimento da sua vida foi a viagem a Portugal, encarregado pela Real Academia da Hist6ria e encorajado pelo pr6prio Manuel Godoy, que via nele a possibilidade de conhecer, em primeira mM, o sistema defensivo do pais vizinho, na perspectiva de um eventual conflito. Comide realizou essa viagem entre 20 de Outubro de 1798 e 1 Ode Marco de 1801.

Os dois autores observam a paisagem, o terreno e os lugares de um ponto de vista muito parecido, ou seja, as suas potencialidades para fins militares; mas, enquanto Cornide concilia a sua misslio de espionagem com um vivo interesse de antiquario, Dickson, naturalmente educado com os classicos, e, antes de mais, soldado, empenhado, alem disso, numa guerra real, e interessa-se pelos vestigios arqueol6gicos apenas como um curioso.

0 que, para os historiadores da Antiguidade e, nomeadamente, para os epigrafistas resulta interessante e que Comide- para alem dos in(uneros ponnenores que narra acerca da paisagem e das fortalezas - vai ii cidade romana de Ammaia ea[ copia inscricoes que, mais tarde, desapareceram ou chegaram ate n6s incompletas, por terem sido reaproveitadas em construcoes. E esse e, sem duvida, um importante contributo.

A Cidade Romana de A mmaia

Foi tambem especial um n(nnero especial deste ano de 2009 dessa mesma revista, !bn Maman, que veiculou a dissertacao de mestrado de Sergio Pereira, defendida na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, no quadro do Mestrado em Arqueologia Regional.

Tintlo: A Cidade Romana de Ammaia - Escaw1.yoes Arqueologicas 2000-2006. ISBN: 978-972-772-934-0. Edi90e:s Colibri I CM Marvao, 2009.

Jorge Oliveira, director da rev1sta, assina o editorial; Vitor Frutuoso, presidente da autarquia, faz a nota de apresenta',110 e tambem foi dada a palavra aos orientadores do trabalho academico, Helena Catarino e Jose d'Encamacao, para se referirem ao interesse da publicacao.

«Ammaia - entre o espaco e o tempo» e o 1° capftulo, de breve enquadramento geografico e slntese l1ist6rica (p. 17- 35). No 2° capitulo abordam-se os antecedences, ou seja, as escava9oes levadas a efeito entre 1995 e 1999 (p. 37-54). E, porem, o capin1Jo 3° aquele que mais novidades traz, pois ai se faz o relat6rio circunstanciado do que foram as pesquisas ali realizadas desde 2000 a 2006, sob expressa orienta~ao do autor do livro, designadamente nas areas designadas <<porta sub>, «edificio da Quinta do Delio», «estacionamentos» 1 e 2.

Conimbriga, 49 (2010) 257-270

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260 JOSE o'ENCARNAi;:Ao N6iulas bibliografica s

Antes da exaustiva bibliografia, dos anexos, das estampas e das fotografias, Sergio Pereira apresenta, em trav0s gerais, as concluslles a que chegou, tendo em conta os novos dados postos a descoberto.

Dois motivos, portanto, de aplauso especial: primeiro, o de a autarquia (por lucida interven, 1lo do Prof. Jorge Oliveira) se ter prontamente disponibilizado a fazer a publicacao, ciente como esta deste valor hist6rico-patrimonial que detem no seu territ6rio; segundo, o de assim se ter, pela vez primeira, wna ideia mais concreta acerca dos problemas que os vestigios descobertos levantam do ponto de vista hist6rico-arqueol6gico. Esta e uma interpretacao; mas, perante os dados apresentados com este rigor, outras reflexlles poderao ser encetadas com amplo proveito para a Hist6ria e para a Arqueologia.

Ammaia entra, assim, pelas maos de Sergio Pereira, no rol das cidades do Porn1gal romano de cujo passado algo mais ora se sabe, mere~ das sistemilticas campanhas de escava,i!o al i levadas a efeito.

Cornide, o espiao e1>panl10/

Foi na sequ~ncia da investiga,llo ent1lo em curso sobre os manuscritos do atras referido Cornide que se deu relevo ao que escrevera sobre Ammaia. Contudo, o result.ado completo dessa pesquisa nao se fez esperar muito: Los Viajes de Jose Cornide por Espa1ia y Portugal de 1754 a /80 1, preparado por Juan Manuel ABASCAL e Rosario CEBRIAN e publicado pela Real Academia de la Historia (Madrid, 2009; ISBN: 978-84-96849-55-6) .

De facto, tambem aqui a poHtica soube lam;ar m1!o de um pretexto hist6rico­cienlifico e, na mira de voltarem a ocupar Portugal, aliados a Fran,a, os govemantes espanh6is, usaram de todos os meios para obter informar,;Oes acerca do estado da nossa defesa. E, para tal, nao hesitaram em conceder todas as facilidades a Jose Andres Comide de Folgueira y Saavedra: vestindo sabiamente a pele de investigador das Antiguidades (que o era, na realidade), sem dificuldade lograria ir obtendo, sob pretexto de saber de inscricoos romanas e de monumentos antigos, aqueloutros dados estrategicos do maior interesse em caso de invasi!o.

Sao 919 paginas, em que, depois da cuidada bibliografia e da introducao de enquadramento, se dil conta da vida de Comide, «viajero ilustrado y espia» (p. 51-136), e se transcrevem, profusamente comentados e anotados, os diarios de viagem (p. l 39-843), sendo de destacar o periplo que faz em Portugal, transcrito nas p. 315-824.

E se «Los informes para invadir Portugal» (p. 845-865) se apresentam como elementos de hist6ria militar nilo despiciendos, o que, do ponto de vista da Arqueologia e da Hist6ria Antiga, particularmente nos interessa e o facto de Cornide vir bem documentado acerca dessas antigualhas e, assim, tudo procurou confrontar e, ate, desenhar, nomeadamente no que as inscrir;oes romanas dizia respeito. Escusado sera, pons, dizer quanto toda essa informar,;1!o resulta constin1i, para muitos documentos hoje perdidos (por exemplo ), um manancial da maior valia.

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