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A ciencia atravs dos tempos 1

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QUÍMICA NOVA NA ESCOLA O Mito da Substância N° 1, MAIO 1995

3. Em termos filosóficos, o devir repre-senta a condição de vir a ser algo, ou, emoutras palavras, a capacidade que o sertem de sofrer transformações, conver-tendo-se em outro.

4. Usamos propositalmente o termo‘ver’ para comentar como, na literaturadidática, um mero recurso de expressãopode se constituir em meio absoluto de

A ciência através dos temposA ciência através dos temposA ciência através dos temposA ciência através dos temposA ciência através dos temposAttico Chassot (IQ - UFRGS). Editora

Moderna, Coleção Polêmica, 12 capítulos,191 páginas, 1994, R$7,67.

Nos seis primeiros capítulos, o livro nosleva em uma viagem através da ciência edo tempo, procurando relacionar a evolu-ção do pensamento e da observaçãocientífica com a evolução da própriahumanidade. Assim, ela se inicia com osegípcios, mesopotâmicos, fenícios, he-breus, hindus e chineses, passa pelosgregos, romanos e árabes e desemboca naIdade Média, época de preparação para arevolução científica que viria a seguir. Noscapítulos sete, oito e nove, o leitor éconduzido através do século XVII, querepresenta o nascimento da ciência moder-na, e do século XVIII, o chamado século dasluzes, culminando com o século XIX,quando a ciência se consolida. Os capítulosdez e onze fazem a virada para o séculoXX, época das descobertas experimentaisque ampliaram o conhecimento sobre amatéria, do ponto de vista microscópico. Oúltimo capítulo apresenta algumas dasmaravilhas que a ciência produziu e produze os aspectos polêmicos de suas verdades.O livro é recomendado para professores deciências de um modo geral (ensino funda-mental, médio e superior) e alunos do ensinomédio e superior como um meio auxiliar nacompreensão ampla e rápida da evoluçãodo conhecimento científico. (Roberto Ribeiroda Silva - UnB)

Alquimistas e químicos - o passado, oAlquimistas e químicos - o passado, oAlquimistas e químicos - o passado, oAlquimistas e químicos - o passado, oAlquimistas e químicos - o passado, opresente e o futuropresente e o futuropresente e o futuropresente e o futuropresente e o futuro

José Atílio Vanin (professor do Institutode Química da USP), Editora Moderna,Coleção Polêmica, oito capítulos, 95páginas, 1994, R$6,22.

Nos capítulos iniciais, o autor procuradescrever de maneira resumida comosurgiram as artes ligadas à química, otrabalho inicial dos alquimistas e o surgi-mento da química como ciência. A seguir, otrabalho de dois grandes cientistas édescrito: o de Lavoisier, que marcou a his-tória do desenvolvimento da ciência, e o dePasteur, que abriu novas fronteiras na quí-mica, Finalmente, a química do cotidiano,seu impacto na sociedade e possíveis no-vos rumos ao futuro são abordados de mo-do a atingir os objetivos da coleção: a polê-mica. O livro é recomendado para professo-res de química, alunos de ensino médio,estudantes de graduação e para todosaqueles que se interessam por ciência, tec-nologia e sociedade — ou, como diz o pró-prio autor, por ciência, economia e comu-nicação. (Roberto Ribeiro da Silva - UnB).

Universo: teorias sobre sua origem eUniverso: teorias sobre sua origem eUniverso: teorias sobre sua origem eUniverso: teorias sobre sua origem eUniverso: teorias sobre sua origem eevoluçãoevoluçãoevoluçãoevoluçãoevolução

Roberto de Andrade Martins (IF -UNICAMP), Editora Moderna, ColeçãoPolêmica, 12 capítulos, 183 páginas, 1994,R$7,70.

A origem do Universo é um assuntoque desperta uma enorme curiosidade

entre os jovens. Essa curiosidade resultade um anseio da humanidade: compreen-der nosso papel e nos situarmos no mundoatual. Essa busca procura responder aquestões do tipo: de onde viemos? Paraonde vamos? O Universo sempre existiuou teve um início? Se teve um início, o quehavia antes? Ele vai ter um fim? Na tentativade responder a essas questões, o autorleva-nos através da história do pensamen-to humano (religioso, filosófico e científico)ao longo de 12 capítulos extremamenteinteressantes, a saber: “A origem do Uni-verso na mitologia e na religião”; “O mitofilosófico na Grécia e na Índia”; “O pensa-mento filosófico e a origem do Universo”;“A reinterpretação dos mitos”; “O pensa-mento medieval e o renascentista”; “Opensamento científico moderno e a origemdo mundo”; “Kant e Laplace: a formaçãodo Sistema Solar”; “As concepções sobreo infinito: o tempo e o espaço”; “As fontesde energia do Universo”; “A teoria da relati-vidade e a cosmologia moderna”; “A cria-ção da matéria e o Big Bang”; “Estudos edúvidas mais recentes”.

A título de ilustração, no capítulo dez oautor consegue, numa linguagem extrema-mente acessível, prender a atenção do leitorao explicar a teoria da relatividade. O livro éfortemente recomendado para professorese alunos do ensino médio e superiorpreocupados com uma visão mais amplado ensino de ciências. (Roberto Ribeiro daSilva - UnB)

RESENHAS

explicação: Sardella e Mateus (1983:100) representam o átomo de hidrogêniopor meio de um boneco que, munido deuma luneta, pergunta: “onde andarámeu elétron?”

5. Tito M. Peruzzo & Eduardo L. do Canto,Química na Abordagem do Cotidiano.Passagem extraída da apresentaçãocomum aos três volumes da coleção.

QUÍMICA NOVA NA ESCOLA Resenha N° 1, MAIO 1995

Referências bibliográficasBACHELARD, GASTON. A filosofia do

não. Lisboa, Presença, 1984. . Études. Paris, Vrin, 1970. . La formation de l’esprit

scientifique. Paris, Vrin, 1947. . Le materialisme ration-

nel. Paris, P.U.F., 1972. . Le rationalisme appli-

qué. Paris, P.U.F., 1975. . O novo espírito cien-

tífico. Rio de Janeiro, Tempo Brasileiro,1985.

HEISENBERG, WERNER. Física efilosofia. Brasília, UnB, 1987.

PERUZZO, TITO M. & CANTO,EDUARDO LEITE DO. Química - naabordagem do cotidiano. São Paulo,Moderna, 1993, vols. 1, 2 e 3.

SARDELLA, ANTONIO e MATEUS, EDE-

GARD. Química. São Paulo, Ática, 1983.

Para saber maisJAPIASSU, H. Introdução ao pensa-

mento epistemológico. Rio de Janeiro,Francisco Alves, 1991.

LOPES, A.C.R. Livros didáticos: obs-táculos verbais e subtancialistas ao apren-dizado da vivência química. Revista Brasi-leira de Estudos Pedagógicos. Brasília,INEP (v. 74, nº 177), pp. 279-308, 1993.

LOPES, A.C.R. Currículo e a constru-ção do conhecimento na escola: contro-vérsias entre conhecimento comum econhecimento científico. In: Moreira, A.F.B.(org.). Conhecimento educacional eformação do professor. Campinas, Papi-rus, 1994, pp. 39-52.

PARENTE, Letícia T. de S. Bachelard ea química no ensino e na pesquisa.Fortaleza, EUFC, 1990.

nada dizem... O professor precisa,portanto, superar através do diálogoseu principal obstáculo pedagógico,ou seja, deve passar a compreenderas razões pelas quais o aluno nãocompreende. Só assim ele poderárealizar, segundo ressalta Bachelard(1975), um verdadeiro ‘voto secreto’,indispensável ao sucesso de qualquerprocesso pedagógico: nunca secolocar como dono do saber, massempre na condição de estudante.

Notas1. Gaston Bachelard nasceu na França

(1884-1962) e atuou por 16 anos como pro-fessor de ciências e filosofia antes depublicar seu primeiro livro na área daepistemologia. Sua vasta obra se divide emdois grandes campos: um dedicado àepistemologia, à história das ciências,especialmente física e química, e outrodedicado à imaginação e ao devaneio.

2. Segundo a mitologia grega, Zeus derauma caixa aos irmãos Prometeu e Epimeteu,pedindo-lhes porém que não a abrissem.Não resistindo à curiosidade, Pandora,mulher de Epimeteu, abriu a caixa, deixandoescapar o que nela estava contido: todosos males do mundo.