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Escola E. B. 2,3/ ES S. Sebastião de Mértola Ano Letivo 2012-2013 6º Ano FICHA DE TRABALHO Nome: ________________________________ Nº ____ Turma ____ DATA: ___/___/____ TEXTO A - Fábula da fábula Fábula da fábula Era uma vez Uma fábula famosa, Alimentícia E moralizadora, Que, em verso ou prosa, Toda a gente Inteligente, Prudente E sabedora Repetia Aos filhos, Aos netos, E aos bisnetos. À base de uns insectos, De que não vale a pena fixar o nome, A fábula garantia Que quem cantava Morria De fome. E, realmente…. Simplesmente, Enquanto a fábula contava, Um demónio secreto segredava Ao ouvido secreto De cada criatura Que quem não cantava Morria de fartura. Miguel Torga Diário VIII TEXTO B - A Cigarra e a Formiga Tendo a cigarra em cantigas, Folgado todo o Verão, Achou-se em penúria extrema, Na tormentosa estação. Não lhe restando migalha Que trincasse, a tagarela Foi valer-se da formiga, Que morava perto dela. Rogou-lhe que lhe emprestasse, Pois tinha riqueza e brio, Algum grão com que manter-se Até voltar o aceso Estio. “Amiga - diz a cigarra -, Prometo, à fé d’animal, Pagar-vos antes de Agosto Os juros e o principal.” A formiga nunca empresta, Nunca dá, por isso junta. “No Verão em que lidavas?” À pedinte ela pergunta. Responde a outra: “Eu cantava Noite e dia, a toda a hora.” “Oh! Bravo! - torna a formiga -; Cantavas? Pois dança agora!” (Versão de Bocage) Fábulas de La Fontaine

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Page 1: A Cigarra e a Formiga.pdf

Escola E. B. 2,3/ ES S. Sebastião de Mértola

Ano Letivo 2012-2013 6º Ano

FICHA DE TRABALHO

Nome: ________________________________ Nº ____ Turma ____ DATA: ___/___/____

TEXTO A - Fábula da fábula

Fábula da fábula Era uma vez Uma fábula famosa, Alimentícia E moralizadora, Que, em verso ou prosa,

Toda a gente

Inteligente,

Prudente

E sabedora

Repetia

Aos filhos,

Aos netos,

E aos bisnetos.

À base de uns insectos,

De que não vale a pena fixar o nome,

A fábula garantia

Que quem cantava

Morria

De fome.

E, realmente….

Simplesmente,

Enquanto a fábula contava,

Um demónio secreto segredava

Ao ouvido secreto

De cada criatura

Que quem não cantava

Morria de fartura.

Miguel Torga – Diário VIII

TEXTO B - A Cigarra e a Formiga

Tendo a cigarra em cantigas,

Folgado todo o Verão,

Achou-se em penúria extrema,

Na tormentosa estação.

Não lhe restando migalha

Que trincasse, a tagarela

Foi valer-se da formiga,

Que morava perto dela.

Rogou-lhe que lhe emprestasse,

Pois tinha riqueza e brio,

Algum grão com que manter-se

Até voltar o aceso Estio.

“Amiga - diz a cigarra -,

Prometo, à fé d’animal,

Pagar-vos antes de Agosto

Os juros e o principal.”

A formiga nunca empresta,

Nunca dá, por isso junta.

“No Verão em que lidavas?”

À pedinte ela pergunta.

Responde a outra: “Eu cantava

Noite e dia, a toda a hora.”

“Oh! Bravo! - torna a formiga -;

Cantavas? Pois dança agora!”

(Versão de Bocage)

Fábulas de La Fontaine

Page 2: A Cigarra e a Formiga.pdf

INTERPRETAÇÃO/COMPREENSÃO

Os dois textos apresentados têm elementos que os aproximam.

TEXTO A

1. Justifica a afirmação seguinte: “Miguel Torga escreveu o poema “ Fábula

da fábula” inspirado noutro texto já existente.

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2. Esta fábula, na opinião do autor, era muito contada. Transcreve os versos que

justificam esta afirmação.

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3. “ À base de uns insetos”. Identifica as duas personagens dessa fábula.

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4. Há quatro versos que evidenciam que a fábula a que se referem tinha a ver com

comida. Transcreve-os.

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5. Transcreve os adjetivos que caracterizam aqueles que divulgam esta história.

________________________________________________________________________________

6. Retira do texto os versos que comprovam a transmissão oral destes textos que

integram a literatura oral tradicional.

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Page 3: A Cigarra e a Formiga.pdf

TEXTO B

1. Refere o que fez a Cigarra durante o verão.

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2. Em que situação se encontrava a Cigarra, depois do verão?

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3. Completa: A expressão «tormentosa estação» refere-se ao _________________

4. Por que razão a Cigarra vai ter com a Formiga?

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

4.1. Quais os argumentos que a Cigarra apresentou à Formiga?

A Formiga era rica e digna.

Tinha boa vontade.

Tinha bom coração.

5. A expressão «acesso Estio» significa:

Há muitos incêndios no verão.

No estio há muitas luzes acesas.

O verão é quente.

6. Como reage a Formiga ao pedido da Cigarra?

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

6.1. Concordas com a sua atitude? Porquê?

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

Page 4: A Cigarra e a Formiga.pdf

7. Dos seguintes adjetivos, distribui-os pelas duas personagens, de acordo com a

história.

Adjetivos Formiga Cigarra

Sovina

Alegre

Poupada

Imprevidente

Egoísta

Divertida

Trabalhadora

8. A Formiga utiliza duas interjeições na sua última fala. Identifica-as.

___________________________________________________________________

8.1. Assinala o seu significado, marcando com X a(s) hipótese(s) correta(s):

espanto troça ironia mágoa

9. A Cigarra e a Formiga comportam-se como se fossem pessoas. Que nome se dá

a esse recurso expressivo? _____________________________________________

10. Que lição podemos retirar desta fábula?

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11. Escreve um provérbio que se possa adaptar à moralidade desta fábula.

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Page 5: A Cigarra e a Formiga.pdf

CORREÇÃO

TEXTO A 1. Miguel Torga escreveu este poema inspirado na conhecida/ famosa fábula“ A cigarra e a formiga”. 2. “Que, em verso ou prosa/ Toda a gente / “ Repetia”.

3. Os insetos referidos são a cigarra e a formiga. 4. “ Alimentícia/ Morria/De fome / Morria de fartura”.

5. Os adjetivos que caracterizam os divulgadores desta fábula estão presentes nos seguintes versos: “ Inteligente/ Prudente / E sabedora”.

6. A fábula, sendo um texto integrante da literatura tradicional, era transmitida oralmente, de geração em geração, como comprovam os seguintes versos: “ Repetia aos filhos/ Aos

netos / E aos bisnetos”.

TEXTO B

1. Durante o verão a cigarra cantou.

2. Tendo cantado durante todo o verão, a cigarra não acumulou a comida de que

necessitaria no inverno e, por isso, encontrou-se na miséria, sem nada para comer.

3. A expressão «tormentosa estação» refere-se ao inverno.

4. A Cigarra vai ter com a Formiga pedir-lhe emprestado, jurando pagar com juros,

porque não tinha nada para comer.

4.1. Quais os argumentos que a Cigarra apresentou à Formiga?

X A Formiga era rica e digna.

5. A expressão «acesso Estio» significa:

X O verão é quente.

6. A formiga negou-lhe a ajuda pedida, porque nunca emprestar é um dos segredos do seu sucesso a acumular comida. Além disso, mostrou considerar que a

cigarra não merecia apoio, uma vez que não tinha feito qualquer esforço no verão.

6.1. Resposta pessoal

Page 6: A Cigarra e a Formiga.pdf

7. Dos seguintes adjetivos, distribui-os pelas duas personagens, de acordo com a

história.

Adjetivos Formiga Cigarra

Sovina X

Alegre X

Poupada X

Imprevidente X

Egoísta X

Divertida X

Trabalhadora X

8. “Oh!”, “Bravo!”

8.1. Assinala o seu significado, marcando com X a(s) hipótese(s) correta(s):

espanto troça X ironia X mágoa

9. Personificação.

10. Esta fábula visa transmitir a lição de moral segundo a qual devemos

preocupar-nos com o futuro e prepará-lo no presente.

eve-se prever sempre o dia de amanhã.

11. Qualquer um destes provérbios sintetizaria esta moralidade:

Quem vai ao mar previne-se em terra / Grão a grão enche a galinha o papo /

Não deixes para amanhã o que podes fazer hoje / Quem tudo quer, tudo

perde / Quem boa cama fizer, nela se deitará / Quem não semeia não colhe/

Quem nada cria, nada tem /

(A preguiça é o mal de todos os vícios - outra perspetiva)