8
706 ISBN: 978-85-68242-99-5 EIXO TEMÁTICO: ( x) Ambiente Construído e Sustentabilidade ( ) Arquitetura da Paisagem ( ) Cidade, Paisagem e Ambiente ( ) Cidades Inteligentes e Sustentáveis ( ) Engenharia de Tráfego, Acessibilidade e Mobilidade Urbana ( ) Meio Ambiente e Saneamento ( ) Patrimônio Histórico: Temporalidade e Intervenções ( ) Projetos, Intervenções e Requalificações na Cidade Contemporânea A CULTURA EM MEIO A DISCUSSÃO DA SUSTENTABILIDADE: UMA ANÁLISE DA REVITALIZAÇÃO DA ZONA PORTUÁRIA DO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO CULTURE AMONG THE SUSTAINABILITY ISSUE: AN ANALYSIS OF THE REVITALIZATION OF THE RIO DE JANEIRO’S PORT REGION CULTURA ENTRE EL PROBLEMA DE LA SOSTENIBILIDAD: UN ANÁLISIS DE LA REVITALIZACIÓN DE LA REGIÓN PORTUARIA DEL RÍO DE JANEIRO Alexandre Santana Cruz Mestrando, PUC-Rio, Brasil scruzalexandre@gmail,com.br

A CULTURA EM MEIO A DISCUSSÃO DA SUSTENTABILIDADE: … · março de 2013, está instalado em duas construções com estilos heterogêneos, porém interligados, o antigo palacete

  • Upload
    others

  • View
    0

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: A CULTURA EM MEIO A DISCUSSÃO DA SUSTENTABILIDADE: … · março de 2013, está instalado em duas construções com estilos heterogêneos, porém interligados, o antigo palacete

706

ISBN: 978-85-68242-99-5

EIXO TEMÁTICO: ( x) Ambiente Construído e Sustentabilidade ( ) Arquitetura da Paisagem ( ) Cidade, Paisagem e Ambiente ( ) Cidades Inteligentes e Sustentáveis ( ) Engenharia de Tráfego, Acessibilidade e Mobilidade Urbana ( ) Meio Ambiente e Saneamento ( ) Patrimônio Histórico: Temporalidade e Intervenções ( ) Projetos, Intervenções e Requalificações na Cidade Contemporânea

A CULTURA EM MEIO A DISCUSSÃO DA SUSTENTABILIDADE: UMA ANÁLISE DA REVITALIZAÇÃO DA ZONA PORTUÁRIA DO MUNICÍPIO DO

RIO DE JANEIRO

CULTURE AMONG THE SUSTAINABILITY ISSUE: AN ANALYSIS OF THE REVITALIZATION OF THE RIO DE JANEIRO’S PORT REGION

CULTURA ENTRE EL PROBLEMA DE LA SOSTENIBILIDAD: UN ANÁLISIS DE LA REVITALIZACIÓN

DE LA REGIÓN PORTUARIA DEL RÍO DE JANEIRO

Alexandre Santana Cruz Mestrando, PUC-Rio, Brasil

scruzalexandre@gmail,com.br

Page 2: A CULTURA EM MEIO A DISCUSSÃO DA SUSTENTABILIDADE: … · março de 2013, está instalado em duas construções com estilos heterogêneos, porém interligados, o antigo palacete

707

1. INTRODUÇÃO

As cortinas de vidro tornaram-se um ícone para os edifícios corporativos nas grandes cidades ao

redor do mundo. Sem sofrer adaptações às características culturais do local de destino, o vidro

se tornou símbolo de poder. O que se identifica na arquitetura é a existência de uma temática

comum que parece estimular uma arquitetura universal. A sustentabilidade impulsionou a

humanidade a questionar as suas propostas de crescimento e devido à complexidade do

conceito de sustentabilidade na arquitetura, nas últimas décadas diversos selos e certificações

surgiram para direcionar, avaliar e proporcionar um baixo impacto ambiental. A certificação

LEED possui a maior representatividade no mundo e na região portuária do Rio de Janeiro

tornou-se presente às torres corporativas que surgiram após a proposta de revitalização da área

que hoje é denominada Porto Maravilha.

Podemos apontar em meio a essa discussão da globalização, uma estabilidade cultural (AL-

RODHAN, 2006). Apesar de ser considerado um avanço para a humanidade em alguns aspectos,

a globalização instituiu uma extinção das culturas tradicionais. É possível identificar ao redor do

globo, uma padronização de bens de consumo. O que Frampton (2007) identifica como um

fenômeno: em toda população ao ascender em tamanho, surge junto a ela uma subcultura de

consumo universal. O que é visto como um problema crucial nos países em desenvolvimento.

Essas respectivas nações buscam o alto padrão de vida dos países desenvolvidos, e ao que tudo

indica, o caminho da modernização, consiste em copiar o modelo econômico das nações mais

ricas e abdicar da cultura local. Para Steele (2005) a arquitetura transformou-se de alguma forma

um dos instrumentos de medida do progresso. E no caso do Brasil, a arquitetura acompanhou a

tendência mundial, onde em muitos casos se observa o rompimento com as referências

históricas locais em prol da nova arquitetura que se surgiu nos grandes centros financeiros.

Embora seja necessária a reinterpretação do passado pelo arquiteto visando o enriquecimento

da significação da arquitetura (PANICKER & OSTWALD, 2012), é importante apontar que a

civilização global possui questões arquitetônicas universais. Como por exemplo – a

sustentabilidade. Nas últimas décadas o tema interdisciplinar tornou-se discussão em diversas

áreas do conhecimento, inclusive na arquitetura. Como o desenvolvimento econômico e

progresso sempre estiveram associados à arquitetura, a identificação dos recursos naturais

como algo finito impulsionou a humanidade a questionar a sua proposta de crescimento. Por

isso, Assembleia da Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento da ONU –

Organização das Nações Unidas, em 1987, definiu o conceito de Desenvolvimento Sustentável:

“Um Desenvolvimento que responda às necessidades do presente sem comprometer a capacidade das gerações futuras de responder às suas próprias necessidades” (ONU; COMISSÃO BRUNDTLAND, 1987). A questão sustentável é uma abordagem que vem sofrendo alterações e ampliando sua

significação. Devido à complexidade do conceito de sustentabilidade, nas últimas décadas

diversas normas foram desenvolvidas para quantificar os índices de sustentabilidade na

construção (WASSOUF, 2014). Essas ferramentas de classificação de edifícios visam enquadrar

o ambiente construído segundo níveis de desempenho, compreendem critérios e pontuações

que garantem a certificação e selos de qualidade ambiental da edificação, alguns deles são:

BREEAM, LEED e HQE.

No Brasil, a principal certificação é o LEED (Leadership in Energy & Environmental Design), o selo

foi desenvolvido pelo USGBC (United States Green Building Council), constitui um sistema

internacional de certificação e orientação ambiental para edificações e possui o intuito de

Page 3: A CULTURA EM MEIO A DISCUSSÃO DA SUSTENTABILIDADE: … · março de 2013, está instalado em duas construções com estilos heterogêneos, porém interligados, o antigo palacete

708

incentivar a transformação dos projetos, sempre com foco na sustentabilidade de suas atuações.

Existem os pré-requisitos (práticas obrigatórias) e créditos (recomendações) que garantem

pontos à edificação. O nível da certificação é definido, conforme a quantidade de pontos

adquiridos, podendo variar de 40 pontos a 110 pontos (LEED, 2018). Em 2004, ocorreu a primeira

solicitação de certificação no Brasil e o primeiro edifício a receber o certificado Platinum, o mais

elevado da categoria na América Latina, foi o Eldorado Business Tower (São Paulo), em agosto

de 2009 (ZAMBRANO, 2008). O LEED é a certificação de edifícios verdes mais utilizada ao redor

do mundo pois está presente em mais de 165 países e cidade do Rio de Janeiro segue a tendência

mundial de certificar os seus novos edifícios. A região portuária do Rio de janeiro, que passou

por uma revitalização e foi batizada como Porto Maravilha, é um exemplo do fenômeno da

certificação.

A revitalização da Zona Portuária promoveu grandes mudanças nas aparências e na dinâmica do

Centro do Rio de Janeiro. Atingiu diretamente a região entre as avenidas Rio Branco, Presidente

Vargas, Francisco Bicalho e Rodrigues Alves, onde estão situados os bairros da Gamboa, Santo

Cristo e Saúde e os morros do Pinto, Conceição, Providência e Livramento. A Concessionária

Porto Novo foi contratada via licitação para executar as obras e prestar serviços públicos

municipais até 2026 com investimento de R$ 8 bilhões em obras e serviços, sendo a maior

parceria público-privada do país. Dentre as obras contratadas, destaca-se a demolição do

Elevado da Perimetral (MARAVILHA, 2018).

Esta é a segunda vez que a Zona Portuária do município foi objeto de grandes intervenções

urbanísticas por parte da Prefeitura. A primeira ocorreu há cerca de cem anos, quando o prefeito

Pereira Passos promoveu uma reforma urbana em toda a região do Centro da cidade. A reforma

aterrou grande área da Baía de Guanabara e abriu novas avenidas como Rodrigues Alves,

Francisco Bicalho e Rio Branco. Naquela época, a matéria-prima para o aterro da região

portuária veio dos morros do Senado e do Castelo e das ilhas das Moças e dos Melões. Muitos

dos desabrigados pela operação na região central da cidade, encontraram abrigo nos velhos

casarões coloniais da Zona Portuária. O Morro da Providência também serviu de refúgio para

alguns moradores, o que deu origem a primeira favela do mundo. Foi nesse ambiente do porto

que teriam se organizado os primeiros grupos carnavalescos e teria surgido o samba carioca

(PIMENTEL, 2011). O que se pode concluir é que a zona portuária do Rio de Janeiro é o berço

cultural da cidade e sua revitalização promoveu alterações que afetam a identidade do

município.

Infelizmente, apenas 3% dos recursos da venda dos Cepacs1 são obrigatoriamente investidos na

valorização do Patrimônio Material e Imaterial da área e em programas de desenvolvimento

social para moradores e trabalhadores. Para conseguir recursos para a operação urbana, a

prefeitura aumentou o potencial de construção de imóveis da Região Portuária, atraindo a

atenção de investidores do setor imobiliário para projetos comerciais e residenciais. Hoje,

moram na região portuária do Rio de Janeiro cerca de 28 mil pessoas, a maioria pertencente às

camadas mais pobres da população. Com as obras de revitalização, a expectativa é que o

número de moradores chegue à casa dos 100 mil nos próximos dez anos (MARAVILHA, 2018).

1 Cepacs - Interessados em explorar o potencial de construção de imóveis da Região Portuária, devem comprar Certificados de Potencial Adicional Construtivo (Cepacs), títulos usados para custear operações urbanas que recuperam áreas degradadas nas cidades.

Page 4: A CULTURA EM MEIO A DISCUSSÃO DA SUSTENTABILIDADE: … · março de 2013, está instalado em duas construções com estilos heterogêneos, porém interligados, o antigo palacete

709

2. OBJETIVO

A pesquisa foi desenvolvida com base em dois objetivos principais. Primeiramente, realizar o

levantamento dos novos lançamentos imobiliários na região portuária do Rio de Janeiro que

possuem a vertente da sustentabilidade ou a certificação LEED e identificar a reinterpretação

das tradições e da cultura local em meio a discussão da sustentabilidade.

3. MÉTODO DE ANÁLISE

No processo de reurbanização, aponta-se a melhoria das condições habitacionais e a atração de

novos moradores para a área de 5 milhões de metros quadrados, porém o que já é um marco

na história dessa revitalização é a chegada de grandes empresas e os novos lançamentos

imobiliários. Afim de identificar os traços da cultura e tradição nos projetos localizados na nova

área portuária denominada Porto Maravilha, foram levantados alguns edifícios para análise de

suas fachadas e propostas sustentáveis. Os edifícios selecionados foram: 1) MAR – Museu de

arte do Rio, 2) L’Oréal Corporate Head Office, 3) Vista Guanabara, 4) AQWA Corporate, 5) Porto

Atlântico, 6) Novo Cais do Porto, e por fim, 7) Port Corporate.

4. RESULTADOS

O MAR – Museu de Arte do Rio (Figura 1), dentre os complexos selecionados é o único que não

possui o perfil corporativo, possui um viés cultural por seu um museu sobre a cidade e parte

dele consiste em um edifício totalmente revitalizado - Retrofit. O museu foi inaugurado em

março de 2013, está instalado em duas construções com estilos heterogêneos, porém

interligados, o antigo palacete de D. João VI se conecta à uma edificação modernista. O Museu

de Arte do Rio conquistou a primeira certificação internacional LEED na América Latina para

museus. Entre as técnicas sustentáveis, há uma cisterna que armazena a água da chuva para

reutilização e foram instalados vidros especiais com uma película que reduz a incidência de luz

e calor — dando conforto térmico no interior, mas sem dispensar a iluminação natural (RIOTUR,

2018).

Figura 1 - MAR: Museu de Arte do Rio

FONTE: FONTE: RIOTUR, 2018

Page 5: A CULTURA EM MEIO A DISCUSSÃO DA SUSTENTABILIDADE: … · março de 2013, está instalado em duas construções com estilos heterogêneos, porém interligados, o antigo palacete

710

A nova sede da L’Oréal Brasil (Figura 2), ficou pronta em 2017, possui 22 andares e capacidade

para 1.500 pessoas. A sede, certificada pelo LEED, possui: 100% de iluminação LED com

sensores, tratamento de água para reutilização e fachada de vidro com persianas automáticas

para que a luz interna se adapte à iluminação externa (L’ORÉAL, 2019). O edifício Vista

Guanabara (Figura 3) fica bem ao lado da nova sede da L’Oréal, possui 17 pavimentos de

escritórios, 4 subsolos garagem, o revestimento das torres é feito com vidros refletivos de alta

performance e conferem um alto isolamento acústico. Também possui a certificação LEED, pois

segue padrões internacionais de construção sustentável (GUANABARA, 2019).

O AQWA Corporate (Figura 4) é assinado por Foster+Partners e desenvolvido pela Tishman

Speyer, são 21 andares, lajes com vista 360, possui certificação LEED, foi projetado e construído

para garantir sua eficiência no uso de recursos e reduzir os impactos negativos causados pela

sua construção (SPEYER, 2019a). O complexo Porto Atlântico (Figura 5) é constituído de torres

corporativas, salas comerciais, lojas, hotel e possui a certificação LEED (ATLÂNTICO, 2018). A

torre Novo Cais do Porto (Figura 6) não foge ao padrão dos outros e por fim temos o Edifício

Port Corporate (Figura 7). A torre foi primeiro empreendimento corporativo privado a ser

erguido no Porto Maravilha com cerca de 22 andares que também busca pela certificação LEED

(SPEYER, 2019b).

Figura 2 - L'Oréal Corporate Head Office

Figura 3 - Vista Guanabara

Fonte: L'ORÉAL, 2018

Fonte: GUANABARA, 2018

Page 6: A CULTURA EM MEIO A DISCUSSÃO DA SUSTENTABILIDADE: … · março de 2013, está instalado em duas construções com estilos heterogêneos, porém interligados, o antigo palacete

711

Figura 2- AQWA Corporate

Figura 5 - Porto Atlâncio

Figura 6 - Novo Cais do Porto

Figura 7- Port Corporate

Fonte: SPEYER, 2019a

Fonte: ATLÂNCIO, 2018

Fonte: OFFICIA, 2018

Fonte: SPEYER, 2019b

Page 7: A CULTURA EM MEIO A DISCUSSÃO DA SUSTENTABILIDADE: … · março de 2013, está instalado em duas construções com estilos heterogêneos, porém interligados, o antigo palacete

712

Cerca de seis dos sete exemplos selecionados são torres comerciais e corporativos que surgiram

com a proposta de revitalização do porto. Outro ponto em destaque é a proposta de

sustentabilidade, muitos dos edifícios possuem ou estão em busca da certificação LEED. As

fachadas de vidro predominam no envelope de todos os edifícios, configurando uma linguagem

arquitetônica bem similar. Por fim, há uma coincidência quanto a ocupação desses prédios, pois

são baixas. Quanto a região, a Zona Portuária do Rio de Janeiro, é hoje a que tem mais prédios

desocupados na cidade: 81,5% dos imóveis corporativos de alto padrão estão vagos (RJTV,

2017).

É perceptível que nessa nova região portuária o intuito era promover uma área com perfil de

Business District, geralmente a "imagem de cartão postal" que se tem de uma cidade

(ROSENBERG, 2017). Portanto, a expansão do centro do Rio de Janeiro propôs transformar a

região portuária em um grande centro de financeiros com perfil internacional constituído por

arranha-céus. Entende-se que embora haja uma semelhança na definição de um Business

District com a proposta do Porto Maravilha, atualmente a área não sofreu ocupação esperada

que caracteriza esses centros financeiros ao redor o mundo pois a região continua as margens

do centro do Rio de Janeiro.

5. CONCLUSÃO

Promover o equilíbrio do social, ambiental e o econômico, em busca da melhorar qualidade de

vida humana, dentro dos limites que os ecossistemas podem suporta, é de fato um interesse e

necessidade universal, porém dentro desse discurso da sustentabilidade, também deve-se

considerar a cultura e tradição de uma região. A interpretação da cultural local sob a ótica da

sustentabilidade significa proteger e dar continuidade a identidade local. Com visão

arquitetônica crítica, entende-se que a sustentabilidade deve ser incorporada ao projeto, em

resposta aos novos interesses sobre os efeitos das atividades humanas. Entretanto o que se

observa ao redor do mundo, é que as certificações caminham junto a universalização da

arquitetura e impulsionam esse fenômeno a partir de suas origens internacionais.

O Porto Maravilha é uma tentativa falha da construção de um novo Business District no

município do Rio de Janeiro com torres envidraçadas e modernas que remete ao conceito norte

americano e europeu. Revitalizar traz a ideia de dar vida, a Zona Portuária sempre foi uma área

povoada, porém, pelas classes mais pobres que se estabeleceram as margens da sociedade.

Portanto, o que se identifica é a negação das tradições, origens e a construção de uma proposta

artificial para tentar se equiparar as grandes cidades, como Nova York, Miami, Londres e

Shanghai. O que parece ter acontecido foi a criação de uma demanda imaginária de torres

comerciais que impulsionou a construção de um novo bairro. A especulação imobiliária

desencadeou inúmeras novas torres que hoje estão vazias e que apesar da proposta sustentável

inseridas no projeto arquitetônico delas, representam um grande desperdício no setor da

construção civil. Podemos concluir que o uso de materiais e técnicas de construção, assim como

a adoção de uma linguagem arquitetônica, são considerados adequados se acompanham os

valores culturais de uma sociedade, além do seu avanço tecnológico e do seu contexto. No caso

do Porto Maravilha, dentre as edificações analisadas, pouco se observa da cultura que ali surgiu

pois fica evidente que o carnaval e a favela perdem espaço para os considerados edifícios do

progresso.

Page 8: A CULTURA EM MEIO A DISCUSSÃO DA SUSTENTABILIDADE: … · março de 2013, está instalado em duas construções com estilos heterogêneos, porém interligados, o antigo palacete

713

6. BIBLIOGRAFIA

AL- RODHAN, R.F. N.; STOUDMANN, G. Definitions of Globalization: A Comprehensive Overview and a Proposed Definition. Geneva, Suíça. 2006. Disponível em: <http://citeseerx.ist.psu.edu/viewdoc/download?doi=10.1.1.472.4772&rep=rep1&type=pdf> Acesso em: 18 jul. 2019. ATLANTICO, P. Porto Atlantico Business Square. Rio de Janeiro. Disponível em: <http://portoatlanticoodebrecht.com/porto-atlantico-odebrecht-descricao.html> Acesso em: 18 set. 2019 FRAMPTON, K. Perspectivas para um regionalismo crítico. NESBITT, Kate. Uma nova agenda para a arquitetura. São Paulo, Cosacnaify, 2007, p.519. GUANABARA, V a. Vista Guanabara Porto Maravilha. Rio de Janeiro. Disponível em: <http://www.vistaguanabara.com.br/localiza%C3%A7%C3%A3o.html> Acesso em: 18 set. 2019 L’ORÉAL. Somos Leed Gold! Prédio Da L’oréal Brasil É O Escritório Mais Sustentável Do Rio Segundo Classificação Internacional. Rio de Janeiro, 2016. Disponível em: < https://www.loreal.com.br/imprensa/not%C3%ADcias/2019/jan/somos-leed-gold-centro-pesquisa-inovacao-loreal-brasil-recebe-certificacao-sustentavel > Acesso em: 18 out. 2019 OFFICE. Novo Cais do Porto. Rio de Janeiro. Disponível em: <http://officecia.com.br/imoveis/OF02575> Acesso em: 10 set. 2018 ONU; COMISSÃO BRUNDTLAND. Nosso futuro comum. Comissão Mundial para o Meio Ambiente e Desenvolvimento. Rio de Janeiro: Editora da Fundação Getúlio Vargas. 1987. 430p. PIMENTEL, M.; Zona portuária: revitalizações e marcas históricas. Rio de Janeiro, 2011. Disponível em:<http://www.multirio.rj.gov.br/index.php/leia/reportagens-artigos/reportagens/369-zona-portuaria-revitalizacoes-e-marcas-historicas> Acesso em: 19 out. 2019 PORTO MARAVILHA. Porto Maravilha. Rio de Janeiro, 2018 Disponível em: <http://www.portomaravilha.com.br/portomaravilha> Acesso em: 18 jul. 2018 RIOTUR. MAR – Museu de Arte do Rio. Rio de Janeiro, 2018. Disponível em: <http://visit.rio/que_fazer/mar/> Acesso em: 18 jul. 2018 RJTV. Zona Portuária do Rio é a que mais tem prédios desocupados na cidade. G1. Rio de Janeiro, 2017. Disponível em: <https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/zona-portuaria-do-rio-e-a-que-mais-tem-predios-desocupados-na-cidade.ghtml> Acesso em: 18 jul. 2018 ROSENBERG, M. The History of the CBD. ThoughtCo. Estados Unidos, 2017. Disponível em: < https://www.thoughtco.com/history-of-cbd-1435772> Acesso em: 09 set. 2019 SPEYER, T a. Comercial Porto Maravilha AQWA Corporate. Rio de Janeiro. Disponível em:http://tishmanspeyer.com.br/comercial/aqwa-corporate> Acesso em: 10 jul. 2019 SPEYER, T. b. Comercial Porto Maravilha Port Corporate. Rio de Janeiro. Disponível em:http://tishmanspeyer.com.br/comercial/port-corporate> Acesso em: 18 jul. 2019 STEELE, j. Architecture écologique. Une histoire critique. France Actes Sud, 2005. WASSOUF, M. Da casa passiva à norma Passivhaus: A arquitetura passiva em climas quentes. Barcelona. GG, 2014. 143p. ZAMBRANO, A. M. L. Integração dos Princípios da Sustentabilidade ao Projeto de Arquitetura. Rio de Janeiro, 2008. 382p. Tese (doutorado) – Universidade Federal do Rio de Janeiro, FAU, PROARQ.