21
A Arca da Aliança Página 1 de 42 A ARCA DA ALIANÇA Muito se discute sobre a Arca. Alguns dizem que foi destruída no incêndio do templo, outros afirmam estar numa igreja localizada numa ilha em um lago na Etiópia e alguns acreditam estar escondida em algum monte em Israel, possivelmente o Nebo (no livro apócrifo II Macabeus 2.2-8). No entanto, uma outra história ocorreu em Jerusalém às 14:15h do dia 6 de Janeiro de 1982, numa caverna 7 metros abaixo do local da crucificação, no Calvário, e esta realmente com base bíblica e fundamento histórico. Passados cerca de 17 anos, foi revelado a nível internacional um fato mantido em segredo a pedido das autoridades judaicas em 1982, sendo divulgado naquela época apenas nos EUA. Como é a Arca Desejada por estadistas da antigüidade como símbolo de poder, a Arca foi tema de "Os Caçadores da Arca Perdida", o primeiro filme da série Indiana Jones, filmado apenas alguns meses antes da real descoberta. Porém, é completamente diferente daquela apresentada no filme. Em Êxodo 25.10-22 e 37.1-9 está a descrição completa da Arca da Aliança e da sua tampa, chamada de propiciatório ou "assento de misericórdia". É uma caixa de madeira de acácia coberta com ouro com aproximadamente 130 centímetros de comprimento e 80 centímetros de largura e altura, aberta apenas na parte superior. Para transportá-la, foram colocadas 4 argolas, uma em cada canto (parte inferior) e 2 varais de madeira de acácia cobertos com ouro passados por dentro das argolas. A tampa, chamada de propiciatório, é totalmente feita em ouro puro e do mesmo tamanho da abertura da Arca. Em cada lado, nas extremidades, um querubim feito de ouro batido de forma que ambos e o propiciatório formam um objeto. As asas de cada querubim passam por cima do propiciatório e as suas faces, em cada extremidade, estão de frente olhando para o propiciatório. Moisés ouvia a voz de Deus vinda de uma nuvem que aparecia sobre o propiciatório (Levítico 16.2 e Números 7.89). Nota-se que na arca do filme, as posições das argolas e dos querubins ajoelhados são bem diferentes da descrição bíblica! A arca de "Os Caçadores da Arca Perdida" A Arca no Templo e o seu desaparecimento No Antigo Testamento, no capítulo 35 de II Crônicas a Arca da Aliança é mencionada pela última vez. Era por volta do ano 621 AC, 35 anos antes da invasão e destruição de Jerusalém em 586 AC pelos babilônios sob o comando do rei Nabucodonosor. Como o templo foi completamente destruído, não havia razão para crer que a Arca havia sido retirada antes. No entanto, em II Reis 24.13, 25.13-18 e Jeremias 52.17-23 está descrito em detalhes os artigos que os babilônios levaram da casa do rei Zedequias e do templo. As listas incluíam panelas e outros objetos menores que eram usados no templo, mas o mais valioso e mais significante de toda a mobília, a Arca da Aliança, não foi mencionado! Anos mais tarde, milhares de objetos foram devolvidos para serem colocados no novo templo (Esdras

A Descoberta Da Arca Da Alianca - Parte I

  • Upload
    ze-ivo

  • View
    11

  • Download
    6

Embed Size (px)

DESCRIPTION

A maravilhosa historia da arca da aliança, onde foi guardada as relíquias do povo judeus, para nunca esquecer de Deus.

Citation preview

  • A Arca da Aliana Pgina 1 de 42

    A ARCA DA ALIANA

    Muito se discute sobre a Arca. Alguns dizem que foi destruda no incndio do templo, outros afirmam estar numa igreja localizada numa ilha em um lago na Etipia e alguns acreditam estar escondida em algum monte em Israel, possivelmente o Nebo (no livro apcrifo II Macabeus 2.2-8). No entanto, uma outra histria ocorreu em Jerusalm s 14:15h do dia 6 de Janeiro de 1982, numa caverna 7 metros abaixo do local da crucificao,

    no Calvrio, e esta realmente com base bblica e fundamento histrico. Passados cerca de 17 anos, foi revelado a nvel internacional um fato mantido em segredo a pedido das autoridades judaicas em 1982, sendo divulgado

    naquela poca apenas nos EUA.

    Como a Arca

    Desejada por estadistas da antigidade como smbolo de poder, a Arca foi tema de "Os Caadores da Arca Perdida", o primeiro filme da srie Indiana Jones, filmado apenas alguns meses antes da real descoberta. Porm,

    completamente diferente daquela apresentada no filme.

    Em xodo 25.10-22 e 37.1-9 est a descrio completa da Arca da Aliana e da sua tampa, chamada de propiciatrio ou "assento de misericrdia".

    uma caixa de madeira de accia coberta com ouro com aproximadamente 130 centmetros de comprimento e 80 centmetros de largura e altura, aberta apenas na parte superior. Para transport-la, foram colocadas 4 argolas, uma em cada canto (parte inferior) e 2 varais de madeira de accia cobertos com ouro passados por dentro das argolas.

    A tampa, chamada de propiciatrio, totalmente feita em ouro puro e do mesmo tamanho da abertura da Arca. Em cada lado, nas extremidades, h um querubim feito de ouro batido de forma que ambos e o propiciatrio formam um s objeto. As asas de cada querubim passam por cima do propiciatrio e as suas faces, em cada extremidade, esto de

    frente olhando para o propiciatrio. Moiss ouvia a voz de Deus vinda de uma nuvem que aparecia sobre o propiciatrio (Levtico 16.2 e Nmeros 7.89).

    Nota-se que na arca do filme, as posies das argolas e dos querubins ajoelhados so bem diferentes da descrio bblica!

    A arca de "Os Caadores da Arca Perdida"

    A Arca no Templo e o seu desaparecimento

    No Antigo Testamento, no captulo 35 de II Crnicas a Arca da Aliana mencionada pela ltima vez. Era por volta do ano 621 AC, 35 anos antes da invaso e destruio de Jerusalm em 586 AC pelos babilnios sob o comando do rei Nabucodonosor. Como o templo foi completamente destrudo, no havia razo para crer que a Arca havia sido

    retirada antes. No entanto, em II Reis 24.13, 25.13-18 e Jeremias 52.17-23 est descrito em detalhes os artigos que os babilnios levaram da casa do rei Zedequias e do templo. As listas incluam panelas e outros objetos menores que

    eram usados no templo, mas o mais valioso e mais significante de toda a moblia, a Arca da Aliana, no foi mencionado! Anos mais tarde, milhares de objetos foram devolvidos para serem colocados no novo templo (Esdras

  • A Arca da Aliana Pgina 2 de 42

    1.7-11 e 6.5) e a Arca tambm no estava na lista. Tudo isto sugere que ela no foi levada para a Babilnia, tendo que

    ter sido retirada do templo entre os anos 621 e 586 AC.

    O apcrifo Livro de Baruque tem uma segunda parte onde ele, criado de Jeremias, v 4 anjos se levantando da cidade e em seguida um outro anjo que desce do cu dizendo que Deus o enviou para avisar que a Arca e os tesouros santos ficariam escondidos sob a terra at o ltimo tempo do domnio dos gentios (estrangeiros) sobre Jerusalm, de forma

    que os inimigos de Israel nunca os achariam, sendo recuperados ao trmino desse tempo quando Jerusalm fosse restabelecida totalmente das mos dos gentios (II Baruque 6.4-10). Ou seja, no futuro, aps o domnio de 42 meses do anticristo, a Arca ser retirada e colocada no Templo Celestial (Apocalipse 11.19). Com o passar dos sculos se

    cumpriram as palavras do profeta Jeremias sobre a Arca: O povo judeu a esqueceu, nunca mais se interessou por ela e a Nova Aliana, o Senhor Jesus sentado no Trono, a substituir no Novo Templo do Reino de Deus (Jeremias 3.16-

    17).

    H vrios registros e histrias diferentes relativas ao destino da Arca. A maioria foi escrita muito tempo depois da Arca desaparecer e a maior parte baseada no nas Escrituras Sagradas ou em pergaminhos histricos mas em lendas.

    Alguma dessas histrias poder ser usada futuramente pelo anticristo para enganar os judeus podendo at lhes apresentar uma rplica da Arca (existem algumas na Etipia) como sendo a verdadeira, colocando-se como o

    substituto da velha aliana.

    A invaso da cidade

    "E sucedeu que, ao nono ano do seu reinado, no dcimo dia do dcimo ms, Nabucodonosor, rei de Babilnia, veio contra Jerusalm com todo o seu exrcito, e se acampou contra ela; levantaram contra ela tranqueiras em redor. E a cidade ficou sitiada at o dcimo primeiro ano do rei Zedequias. Aos nove do quarto ms, a cidade se via to apertada pela fome que no havia mais po para o povo da terra. Ento a cidade foi arrombada, e

    todos os homens de guerra fugiram de noite pelo caminho da porta entre os dois muros, a qual estava junto ao jardim do rei (porque os caldeus estavam contra a cidade em redor), e o rei se foi pelo caminho da Campina."

    II Reis 25.1-4

    As tranqueiras eram comumente usadas na antiguidade para render os habitantes da cidade sitiada impedindo a entrada de alimentos. Eram construdas a uma determinada distncia (300 metros ou mais) para a prpria segurana

    dos invasores principalmente no caso de haver necessidade de incendiar a cidade.

    O cerco durou aproximadamente um ano antes da cidade ser finalmente invadida. Zedequias (rei de Jud) e os soldados judeus fugiram por um caminho que passava entre os muros sendo que o rei foi perseguido e alcanado nas

    campinas de Jeric, mas os soldados escaparam. Isto foi no dia 9 de Av no calendrio judeu.

    A Histria Completa da Descoberta

    Em 1978, aps descobrir algumas rodas dos carros egpcios no Mar Vermelho, o arquelogo Ronald Wyatt retornou a Jerusalm em decorrncia das fortes queimaduras de sol que adquiriu na praia de Nuweiba, no Egito. Hospedado em

    um hotel e desapontado com o cancelamento da expedio, Wyatt descansava suas pernas inchadas pelas queimaduras at quando teve condies de caminhar pela vizinhana do muro norte da cidade velha.

    Enquanto conversava com um profissional em antigidades romanas, pararam em uma pedreira antiga conhecida como "Escarpa do Calvrio", e apontou para um local que usado para entulhar lixo. Repentinamente disse: "Esta a

    Gruta de Jeremias e a Arca da Aliana est l". Wyatt, que nunca se interessou pela procura da Arca, espantou-se com as suas prprias palavras! O homem que o acompanhava ficou entusiasmado prometendo-lhe obter permisso

    por escrito para escavar e, alm disso, receber hospedagem e comida gratuitamente. Mas ele recusou temporariamente a oferta retornando para sua casa no Tennessee, EUA, iniciando um srio estudo sobre o maior

    tesouro da antigidade.

    Estudo sobre o destino da Arca

  • A Arca da Aliana Pgina 3 de 42

    Wyatt tirou vrias concluses: A Arca no poderia ter sido levada para a Babilnia, de acordo com as referncias

    bblicas. Deveria ter sido escondida algum dia entre o ano 621 (18 ano do reinado de Josias) e 586 AC, quando os babilnios invadiram a cidade e o templo foi destrudo. Finalmente, a Arca deveria ter sido escondida entre as

    tranqueiras babilnias e o muro da cidade pois ningum em Jerusalm pde sair, considerando que a cidade havia sido totalmente destruda e que era altamente improvvel que a Arca estivesse escondida nela. Todos estes pontos

    emparelharam perfeitamente com a rea que Wyatt havia apontado e identificado como sendo a Gruta de Jeremias. O lugar estava exatamente entre o muro e as tranqueiras. Isto era o suficiente para ele voltar a Jerusalm e iniciar a

    escavao.

    Localizao da Arca durante o cerco babilnio

    Nova permisso para escavar

    Em Jerusalm, Wyatt logo descobriu que no era to fcil obter uma licena para escavar. O profissional de antigidades romanas que havia lhe prometido a permisso por escrito, no pde fazer assim. Wyatt tinha trabalhado

    por muitos anos em vrios locais arqueolgicos mas tudo feito reservadamente pois ele no era um arquelogo profissional e isto dificultou a situao. Ele pediu uma licena e esperou trs longas semanas. Enquanto isso, ele e sua

    pequena equipe viajaram para Ashkelon na costa oeste de Israel.

    Enquanto nadavam no Mar Mediterrneo, Wyatt esbarrou com os ps em algo na gua. Ao verificar o que era, achou uma antiga e grande panela de pedra e continuando a observar na rea descobriu vrios destes jarros. Cada um estava cuidadosamente lacrado mantendo o seu interior intacto. Quebrando um dos jarros, achou restos de ossos humanos.

    Ficou evidente que eram panelas ossurias antigas.

    Wyatt as entregou imediatamente ao pessoal do Departamento de Antigidades que ficou grandemente entusiasmado ao identific-las como panelas ossurias Cananitas! Um outro arquelogo j as tinha procurado anteriormente em

    toda a praia porm sem sucesso. Ningum pensou em procur-las por alguns metros dentro do mar!

    Para Wyatt estes achados no eram to significantes quanto as outras descobertas que ele havia feito, mas como resultado deste achado foi-lhe concedido imediatamente uma licena para escavar em Jerusalm. Sem dvida, foi

    uma providncia divina!

    O local da escavao

  • A Arca da Aliana Pgina 4 de 42

    Os 3 dos mais famosos montes na rea de Jerusalm so Sio, Mori e o monte das Oliveiras. Embora seja construda

    sobre o Sio e o Mori, a cidade velha normalmente referida na Bblia como "Sio".

    Os montes onde a velha Jerusalm foi edificada.

    O Mori foi o local onde Davi ergueu um altar depois de ver o anjo que se levantava pronto para destruir a cidade e onde Salomo construiu o templo. De acordo com o livro de Gnesis havia outro evento significante e histrico que

    acontecera ali: o sacrifcio de Isaque, que foi substitudo por um carneiro.

    Hoje o grande Domo da Rocha est neste local onde o primeiro e o segundo templos estavam anteriormente, onde Abrao tinha erguido um altar para sacrificar Isaque. Com grande alvio ele descobriu que no era o seu filho o escolhido para morrer pela humanidade e alm disso, neste mesmo monte, Deus proveria o verdadeiro sacrifcio

    (Gnesis 22.14).

    No lado leste, sul e oeste de Jerusalm h vales fundos que proporcionaram excelente proteo para a cidade contra ataques inimigos. A parte norte era muito vulnervel. Uma parte do Mori foi cortada para que os inimigos no

    atacassem pelo muro norte ao nvel do solo. Esta parte tambm foi usada como pedreira e o primeiro livro de Reis relata que Salomo usou pedras de uma pedreira para construir o Primeiro Templo e provavelmente prxima. A parte

    norte do Monte Mori est separado da cidade e ficou conhecida como "Monte da Caveira" (Monte Calvrio) por causa da face do precipcio chamada de "Escarpa do Calvrio" que fica de frente para o muro norte. A rea na frente

    da escarpa a que Wyatt identificou estar a gruta de Jeremias.

    Localizao da "Escarpa do Calvrio" em frente ao muro norte

  • A Arca da Aliana Pgina 5 de 42

    Durante anos Jerusalm foi destruda e reconstruda. Era normal construir a cidade nova sobre os restos da velha. Por

    isso hoje h restos de vrias cidades, um em cima do outro, na mesma rea. Assim, para localizar o nvel do solo original nesta regio do Mori ele teve que cavar diretamente para baixo pelo lado da face do precipcio.

    O primeiro problema

    Era janeiro de 1979 e havia nevado um pouco na rea revirando a lama. Alm disto, o local estava cheio de lixo e emanava um odor terrvel que incomodou-lhes muito no incio da escavao. Em pouco tempo descobriram que o

    local tinha uma enorme pedra subterrnea com um pedao que saa do monte dificultando a escavao para baixo. A equipe era composta por apenas 3 pessoas na poca, Ronald Wyatt e seus dois filhos Danny e Ronny que j tinham- no acompanhado anteriormente em vrias viagens arqueolgicas. Por causa da grande pedra eles decidiram comear

    cavando alguns metros direita.

    Entrada da escavao

    O local da crucificao no Glgota

    A forma de crnio na escarpa levou muitos a crerem que esta parte separada do monte Mori seria o lugar onde Jesus foi crucificado. O local de crucificao era fora dos muros da cidade e era chamado "O Lugar da Caveira" ou Glgota (Mateus 27.33, Marcos 15.22, Lucas 23.33 e Joo 19.17). A Bblia no menciona "um Monte Calvrio" mas "Lugar

    da Caveira". At hoje a forma enorme de um crnio pode ser vista na face sul da escarpa, embora a face do precipcio tenha ganho pouco interesse antes do 18 sculo. Atualmente h um terminal rodovirio no local da escavao.

    Abaixo, fotos de 1870 at 2003.

  • A Arca da Aliana Pgina 6 de 42

    A face do precipcio: "Glgota" (em aramaico), "Caveira" (em grego) ou "Calvrio" (em latim)

    Os olhos, o nariz e a boca da caveira

    Na dcada de 80

    Em meados dos anos 90

  • A Arca da Aliana Pgina 7 de 42

    Em 2003 durante a construo do terminal rodovirio

    O "Lugar da Caveira" visto do Muro Norte de onde a crucificao podia ser observada

  • A Arca da Aliana Pgina 8 de 42

    Otto Thenius, um alemo, chegou concluso em 1842, que este era o local da crucificao. Tambm houve vrias visitas dos americanos que tiveram a mesma concluso: Rufus Anderson (1845), Fisher Howe (1853), Charles

    Robinson (1867) e Selah Merill (1845) junto com o ingls Henry Tristam (1858) e o famoso francs Ernest Renan, autor de "Vie de Jsus" (1863) ("The Weekend That Changed the World", Peter Walker, 1999, pgina 113).

    Esta escarpa est prxima ao Porto de Damasco que era o principal para entrar e sair da cidade onde havia uma estrada movimentada no tempo de Jesus. Marco Fabio Quintiliano, professor de Latim e escritor romano, registrou

    que crucificavam criminosos prximo das estradas para que muitos, por causa daquele castigo, temessem a prtica do crime. Segundo os judeus de Sefardic este precipcio tambm foi um local de apedrejamento, tambm conhecido

    como Mishnah.

    Em Gnesis 22.14 tambm afirma que no monte Mori Deus proveria o sacrifcio do verdadeiro cordeiro, o Messias. Este precipcio est na parte norte do monte.

    A Tumba de Jesus

    "No lugar onde Jesus foi crucificado havia um jardim, e nesse jardim um sepulcro novo, em que ningum ainda havia sido posto." Joo 19.41

    Realmente h uma tumba, descoberta em 1857, no lado ocidental da escarpa, aproximadamente 200 metros da face do precipcio e exatamente como est definida em Lucas 23.53. A Inglaterra comprou a rea que at hoje pertence a

    uma associao inglesa. Tambm no local foram descobertas vrias cisternas de gua onde a maior tem aproximadamente 900 mil litros. Em 1942 foi descoberto um lagar antigo, evidenciando que j houve uma vinha ali.

    Wyatt iniciou as escavaes na regio entre a face do precipcio e a tumba.

  • A Arca da Aliana Pgina 9 de 42

    Vista area do local

    Os Nichos

  • A Arca da Aliana Pgina 10 de 42

    Wyatt e seus dois filhos comearam cavando diretamente para baixo da face do precipcio, paralela a esta. Ao mesmo

    tempo que removiam vrios baldes de pedra e terra eles tiveram que seguir as exigncias do Departamento de Antigidades peneirando tudo para no perder qualquer tipo de artefato. Como eles cavaram para baixo, encontraram 3 nichos cortados como "estantes" na parede do precipcio. Alguns arquelogos j haviam descoberto nichos romanos

    semelhantes, assim Wyatt reconheceu imediatamente para que serviram.

    Os nichos ficam abaixo da "boca da caveira"

    Nos tempos romanos era comum usar nichos para apoiar grandes placas sinalizadoras. As placas eram feitas de

    tbuas de madeira cobertas com gesso e eram usadas para fazer notificaes. Como estes nichos estavam na parede do precipcio e Jesus havia sido executado no estilo romano, era extremamente provvel que os 3 nichos foram

    usados para apoiar cada uma das 3 placas da acusao escritas em trs idiomas diferentes (Joo 19.19-20). Wyatt suspeitou que os 3 nichos descobertos eram seguramente das placas romanas que identificavam "o criminoso". As

    suas concluses seriam confirmadas a seguir.

  • A Arca da Aliana Pgina 11 de 42

    Uso dos 3 nichos para fixar as placas

    Simulao no local no tempo das escavaes

    O placa mais alta foi fixada abaixo da "boca" da caveira.

  • A Arca da Aliana Pgina 12 de 42

    A Cisterna

    As paredes do local onde estavam escavando comearam a parecer instveis assim passaram a escavar no local onde Wyatt havia apontado primeiramente. Ele achou que havia bastante espao para cavar atrs da pedra subterrnea que

    anteriormente foi um obstculo, assim comeou a escavar entre a pedra e a parede do precipcio. Agora a pedra formava um "teto" semelhante a uma marquise.

    A uns 11,5 metros abaixo do nvel do solo encontraram o antigo cho do local, o ponto mais baixo. Depois de remover cuidadosamente os escombros, eles acharam uma cmara com um dimetro de aproximadamente 4,5 metros.

    Havia degraus em espiral na parede e mais acima um buraco. Era a evidncia que a cmara deve ter sido

  • A Arca da Aliana Pgina 13 de 42

    transformada em uma cisterna. No buraco teria uma corda que desceria um balde para coletar gua ou talvez gros.

    Ao cinzelar atravs do emboo usado como enchimento para moldar a cisterna, ele achou vrios fragmentos de cermica e os levou at as duas casas de antigidades da cidade para avaliao. Nelas o informaram que alguns

    datavam do tempo dos Jebusitas, antes de David ter tomado Sio e declarado Jerusalm a capital de Israel, mas as amostras mais recentes eram do perodo romano. Assim a cmara deve ter sido emboada e transformada durante a

    era romana.

    O local de apedrejamento

    Com o achado dos fragmentos de cermica e das moedas, conseguiram ento encontrar o nvel do solo da poca. Neste momento eles comearam a cavar horizontalmente um tnel ao longo da parede do precipcio, at o local onde

    eles tinham iniciado as escavaes. O propsito era achar uma entrada de uma caverna ou escavar at a parte subterrnea da face do precipcio. Mas o que eles encontraram foi a evidncia da violncia que era cometida ali. Um metro acima da extremidade da cisterna terminava a fundao. Cavando diretamente um metro abaixo, Wyatt achou vrias pedras do tamanho de um punho, e entre elas achou tambm ossos humanos, particularmente ossos de dedo. As muitas pedras incomuns e ossos espalhados mostraram claramente que o local no foi uma sepultura, e concluiu que poderia ter sido o local de apedrejamento descrito no livro de Atos 7.57-58, onde descreve o apedrejamento de

    Estevo.

    O buraco da cruz

    Wyatt continuou escavando em direo ao local inicial da escavao quando encontrou a fundao de uma edificao antiga, presa face do precipcio. Era uma pedra lisa prolongada de uma das paredes parecendo um altar. Algum

    poderia t-la usado como um "memorial", mas para qu? Havia pouco espao na frente da pedra horizontal e Wyatt notara que estava coberta com calcrio. Era to incomum e to simtrica que certamente fora cortada pelo homem e

    Wyatt a inspecionou mais intimamente. Erguendo-a ficou surpreso ao descobrir que estava cobrindo um buraco quadrado cinzelado na base da pedra. O lugar parecia ter estado intacto por vrios anos e havia muita sujeira e escombros ao redor que escondiam o buraco. Ao remover tudo isso, viu uma rachadura no cho saindo daquele

    buraco. Era uma plataforma, como uma borda, estendida dois metros e meio na frente da face do precipcio e era nesta borda que o buraco quadrado fora cinzelado. Na rea da frente da borda ele achou outros trs furos quadrados cinzelados no cho de pedra da mesma maneira como o primeiro. Os lados dos buracos tinham aproximadamente 30 a 33 centmetros. As medidas de Wyatt mostraram que o primeiro buraco com a rachadura localizava-se 4,2 metros diretamente abaixo dos trs nichos. A sua teoria de que estes nichos poderiam ter sido usados para sustentar placas

    que descreviam a natureza do crime era agora confirmado pela localizao dos buracos. Eram nitidamente buracos de cruz. As circunstncias que levaram Wyatt a comear cavando ali e a sua confiana de que Deus estava lhe dando

    uma direo, o fez crer que o primeiro buraco com a rachadura poderia muito bem ter fixado a cruz de Cristo.

  • A Arca da Aliana Pgina 14 de 42

    Mas no foi s isso que o levou a esta concluso. A fundao da estrutura indicava que a rea inteira havia sido

    coberta em um certo tempo. Poderiam cristos terem erguido uma edificao ali em memria do que havia acontecido? O modo com que a estrutura foi construda ao redor do buraco e algum ter colocado uma pedra em cima

    do buraco quadrado, fortalecia a sua convico de que aquele era o buraco que de fato fixou a cruz de Jesus. A rachadura do buraco da cruz era tpica de um terremoto. No haviam marcas que caracterizasse o uso de martelo ou cinzela, ento tinha que ter sido natural. Mateus afirmou que houve um terremoto quando Jesus estava na cruz: "... a

    terra tremeu, fenderam-se as rochas;" (Mateus 27.51). O buraco tinha uma profundidade de 59 centmetros. A rachadura do buraco era ainda mais profunda, mas naquele momento Wyatt ainda no havia medido a sua

    profundidade. Aps um ano ele descobriu que ela tinha aproximadamente 6 metros abaixo do cho.

    A fenda tem 6 metros de descida

    H diversas fendas de terremotos no Calvrio

  • A Arca da Aliana Pgina 15 de 42

    Datando a edifcao

    Wyatt e sua equipe acharam moedas que possibilitavam datar a edificao. Uma das moedas tinha a inscrio de Tibrio, imperador que governou Roma entre os anos 14 e 37. Nenhuma moeda de datas anteriores foi achada, mas

    haviam outras que datavam do ano 135. A partir destas evidncias, Wyatt calculou que a edificao foi erguida entre o tempo da crucificao e o ano 135. O lugar foi construdo provavelmente depois que o imperador Tito destruiu

    Jerusalm em 70. Desde o tempo da crucificao at a destruio da cidade, este local provavelmente ainda estava sendo usado. No livro "Guerras dos judeus", Livro V, Captulo XI, pargrafo I do historiador Josefus, narrado que

    cerca de 500 homens foram crucificados diariamente em Jerusalm no perodo de Tito. Isto teria tornado quase impossvel para os cristos construrem qualquer memorial no local at ento. Quando Jerusalm foi totalmente

    destruda pelos romanos em 70, a crucificao em massa terminou, e a maioria dos judeus foram mortos ou vendidos como escravos. A cidade que era to magnfica, e que havia experimentado sua segunda destruio por completo, foi

    reduzida a um acampamento romano. O segundo templo que tinha sido construdo no mesmo local do templo de Salomo ficou totalmente em runas (Mateus 24.1-2) e a moblia dourada foi roubada. Umas oitocentas guarnies

    romanas ficaram estacionadas no acampamento para assegurar que ningum tentasse reconstruir a cidade novamente. Os cristos tinham sobrevivido destruio de Jerusalm por terem sido advertidos por Jesus, quando exatamente

    deveriam deixar a cidade. Enquanto Jesus estava vivo, havia lhes contado que a cidade seria destruda, e lhes deu um sinal que indicava quando fugir e evitar a morte pela invaso do exrcito inimigo (Lucas 19.43-44).

    Quando o imperador romano Hadrian chegou para reconstruir a cidade no ano 130, ele se mostrou tolerante para com os cristos. Aos judeus porm, no lhes foi permitido pisar na cidade. O imperador chamou a nova cidade que

    construra de "Aelia Capitolina". Os judeus que voltaram para a Judia se revoltaram contra ele, resultando na morte de meio milho de judeus. Como a moeda mais recente encontrada era do ano 135, possivelmente os cristos

    perceberam que era a chance de levantar a edificao aps a destruio de Jerusalm quando o Cristianismo foi tolerado pelos romanos, que lhes permitiram acessar essas reas. A ausncia de qualquer moeda com data aps 135 indica que o local poderia ter sido abandonado nos anos seguintes. A condio dos restos da edificao indicavam

    que no foi destruda, mas abandonada e deteriorada naturalmente. Com o passar dos anos a rea foi coberta por terra e escombros.

    A lpide

  • A Arca da Aliana Pgina 16 de 42

    A construo era muito simples. Protraindo da parede traseira estavam duas paredes externas perpendiculares. Como

    eles continuaram cavando na procura da outra parede, acharam uma pedra cortada de quase 60 centmetros de espessura. A maior parte estava coberta por terra e escombros, mas uma seo exposta apresentou-se arredondada,

    como um tampo de mesa redonda. Como era enorme no tentaram descobri-la. Wyatt pensou se esta seria a pedra que Jos de Arimatia rolou para fechar a tumba de Jesus (Mateus 27.59-60). A maior lpide encontrada por ele tinha 1,7 metros de dimetro, mas esta arredondada era muito maior. Depois de alguns anos que ele descobriu, pela ajuda de um radar, que a pedra tinha um dimetro de um pouco mais de 4 metros. Como a pedra redonda foi posta dentro da

    antiga estrutura, era provvel que os cristos que fizeram este memorial, tinham incorporado outros objetos relativo a Jesus, como parte da construo. Isto explicaria por que a pedra havia sido levada para longe da tumba sendo

    colocada prxima dos buracos das cruzes.

    Porta da tumba e o cho onde rolava a pedra

    A pedra circular rolava at tampar a porta da tumba

  • A Arca da Aliana Pgina 17 de 42

    Simulao de como a pedra seria usada na poca

    Um Grande Sistema de Cavernas

    Quase dois anos haviam se passado desde que Wyatt e seus dois filhos comearam a escavar, e ainda no tinham achado qualquer sistema de caverna ou tneis escondidos. Embora Wyatt tivesse achado vrios artefatos de grande significncia, no eram exatamente o que estava procurando: a Arca da Aliana. O trabalho estava parado, havia

    gastos e tinha que continuar com a escavao. Wyatt relata:

    "Sabia que havia cavernas porque mel de abelhas estava saindo das rachaduras, e elas voando para dentro. Assim seus ninhos estariam l. De qualquer modo, meu filho mais jovem disse: 'Papai, voc orou por isto?', respondi, 'Sim.

    Eu deveria ter orado com meus filhos'. Ns olhamos para trs e vimos erros que cometemos, mas ele questionou: 'Oramos noite e pela manh, mas deveria ter pedido direito.' De qualquer maneira, ele disse: 'Voc orou por isto?',

    e respondi, 'Sim'. Ele disse: 'Voc indicaria o que melhor se fazer?'. Disse-lhe, 'Sim. eu suponho ter que penetrar direto naquele precipcio'. E ele disse, 'Bem, faamos isto'. E eu disse, 'De modo algum! Isso estupidez! Eu no vou

  • A Arca da Aliana Pgina 18 de 42

    fazer isso'. Assim trabalhamos durante trs ou quatro dias a mais e estvamos para partir no dia seguinte. Meu filho mais velho estava triste comigo e estvamos passando as ferramentas para meu filho mais novo guard-las, e o mais

    velho, que uma pessoa bastante calada, disse-me: 'Papai, voc orou sobre isto?', respondi 'Certamente, eu orei'. Ele disse: 'Bem?' eu disse, 'Fui orientado para quebrar naquele precipcio mesmo'. E ele disse, 'Bem, faamos!'. E eu disse, 'No! Isso estupidez! Eu no baterei minha cabea contra um precipcio!' Ele disse, 'Bem, papai, perdoe-me

    por falar assim, mas eu o vi fazer coisas mais estpidas!' Eu disse, 'OK... Diga para Ronny devolver as ferramentas...'.

    Agora se voc olhar cuidadosamente ver uma rachadura aqui mesmo. No muito mas uma linha de falha daquela rocha. Assim nos movemos uns 46 centmetros para este lado, levamos nossos martelos e cinzis e

    comeamos marcando a rocha para cima e para baixo, e para cima e para baixo. Finalmente um grande pedao grosso estourou para fora. Ns o empurramos para o lado e olhamos o fundo. Havia um pequeno buraco escuro sobre aquele pedao retirado (Wyatt indica o pequeno buraco com seus dedos). No vi nada prometedor. Pedi ao meu filho a lanterna, e sentamos onde eles poderiam ver. Dava em um tnel. Assim coloquei a lanterna naquele

    buraco e havia uma grande cmara de caverna. No nos levou muito tempo para aumentar o buraco o bastante para poder entrar. Pensei que a Arca da Aliana estivesse ali mesma. No estava... Assim, como tivemos que partir na manh seguinte, tampamos aquele buraco. Voltando para o nvel do solo, fechamos o buraco. Com tudo estando

    arrumado ningum poderia saber onde havamos estado. Eu tive que ir para casa, trabalhar e economizar mais um pouco e retornar..." (Ronald Wyatt, Zedekiah's Cave, Dezembro de 1997)

    A Chocante Descoberta

    Na viagem seguinte, descobriram que esta caverna conduzia a um outro sistema de cavernas e tneis muito maior. Nem todos os tneis eram conectados um ao outro, e gastaram vrias horas cinzelando paredes de pedra encontrando mais tneis e cavernas. Este sistema de caverna parecia completamente intacto de mos humanas. Era dezembro de

    1981, o inverno estava frio em Jerusalm, e Wyatt e seus dois filhos ficaram doentes. Ele estava profundamente confiante que Deus o permitiria achar a Arca naquela viagem. Ele havia recebido vrias respostas para a orao que o

    levava a esta concluso, mas agora por causa da doena, comearam a desanimar. Wyatt relata:

  • A Arca da Aliana Pgina 19 de 42

    "Meus dois filhos tinham ficado muito doentes em 1982. Eu enviei um deles para casa na vspera de Natal, e o outro

    na vspera do ano novo. Eu devia 300 dlares ao hotel, e no tinha dinheiro para nada. Havia um rabe que nos deixou comer em seu restaurante. Aquela gente humilhante para mim. Havia coisas com as quais no me sentia confortvel, e estava experimentando vrias delas naquela viagem. Eu decidi que iria achar a Arca da Aliana ou

    morrer no buraco. Isso podia parecer um pouco melodramtico, mas estava humilhado. No podia pagar a conta do hotel, estando bastante 'morto' numa situao como aquela...

    De qualquer maneira, o pequeno rabe que estava nos deixando comer no restaurante, era um homem adulto mas tinha aproximadamente esta altura (disse apontando altura do seu trax). Ento, para ns, ele passaria pelo

    sistema de caverna, rastejaria nas cmaras e lhe daramos uma lanterna, e ele iluminaria ao redor e espiaria para ver se parecia haver alguma coisa l. E assim ns o fizemos repetidas vezes e chegamos a um outro buraco. Eu lhes

    digo que no acreditariam por onde havamos entrado naquela caverna. Quantos de vocs alguma vez estiveram dentro de uma caverna grande com tneis e cmaras e tudo o mais? OK, vocs sabem o que eu estou dizendo. Ns h

    pouco tnhamos passado por toda parte daquele lugar, para cima, abaixo, nveis diferentes, e neste momento ns tnhamos abaixado aproximadamente 14 metros, e ento voltamos para cima, e este buraco estava na parede, sobre

    aquele grande ao redor (ele faz um crculo de aproximadamente 20 cm com as mos), e havia uma estalactite pendurada no meio disto. Era a nica estalactite que tinha visto na caverna que no era esta pequena (ele mostra

    com os dedos o tamanho de cerca de 10 cm). A outra era grande e eu a tenho em minha coleo de objetos.

    Assim eu a rompi, fiz um buraco grande o bastante para ele entrar, e assim foi rastejando para dentro, e lhe dei a lanterna para que ele pudesse fazer o mesmo que estvamos fazendo h vrios dias. Ele retornou apressadamente, os olhos dele estavam to arregalados quanto olhos humanos podem ficar e disse, 'O que tem l? O que tem l? Eu no voltarei l!' E disse-lhe, 'Bem, o que viu?' Ele disse, 'No vi nada' Ento pensei, 'Bem, OK. Agora entrou em lugares mais apertados e por isso havia respondido daquele jeito'. Assim, eu peguei este pequeno feixe de luz, e vocs sabem que um lugar muito escuro aqui, e pensei, 'Isso um terror Divino', vocs sabem que isso um terror sobrenatural. Assim calculei que era aonde a Arca da Aliana est, ou o caminho para chegar at ela, um ou o outro. E Deus no

    quer que este colega saiba onde est. De qualquer maneira, ele h pouco disse, 'Tenho que sair daqui!', e saiu. Assim aumentei o buraco o bastante para poder entrar, entrei l e, gente, estava cheio de pedras. Maior que estas aqui. At a altura de cerca de 45 cm do teto. Se este moo no tivesse ficado aterrorizado e sado apressadamente como fez, eu

    no teria entrado naquele lugar...

    De qualquer maneira, com a lanterna rastejei at l, ao redor e por cima das pedras, e iluminei para baixo entre as rachaduras da pedra, e nessa superfcie plana uma coisa dourada refletiu atrs de mim. Assim movi por cima das pedras e iluminei para baixo por outra rachadura. Havia duas reflexes, uma aqui, uma l e uma em cima daqui.

    Assim percebi que era uma superfcie plana, parte superior dourada, e pensei: 'A Arca da Aliana!'. Me esqueci dos querubins assentados na parte de cima. Eles teriam sido empurrados para cima atravs das pedras e das coisas, em

    cima do propiciatrio.

  • A Arca da Aliana Pgina 20 de 42

    Mas de qualquer maneira, eu comecei a mover essas pedras, e as coloquei em qualquer lugar que pudesse. Me abaixei at a superfcie dourada que estava atrs dos meus ombros, inclinada atrs deles. Era a Mesa dos Pes

    (Nmeros 4.7)... Mas de qualquer maneira, estava olhando para a Arca da Aliana. S a partir de ento tive tempo para examinar cuidadosamente o resto da cmara. Visto que apenas tinha rastejado at ali, dei uma olhada e

    comecei a verificar debaixo das pedras. Ento movi a lanterna ao longo da parede, vi uma caixa de pedra colocada contra a parede, com muito espao entre ela e o teto. A tampa estava quebrada, deslocada para o lado e diretamente acima dela havia uma rachadura com uma substncia marrom escura parecida com a do fundo desta rachadura. E

    pude v-la da parte superior da tampa da caixa. Em ambos os lados dos pedaos quebrados havia mais desta substncia marrom escura (silncio, Wyatt chora). De repente percebi que estava sentado em frente da Arca da

    Aliana e o sangue de Cristo estava derramado sobre ela (silncio). Nunca tinha ouvido algum orar qualquer coisa sobre aquele tipo de possibilidade, nunca. Era muito para mim. Quando recuperei a conscincia e olhei novamente para meu relgio, 45 minutos tinham se passado desde que rastejei na cmara." (Ronald Wyatt, Zedekiah's Cave,

    Dezembro de 1997).

    As autoridades

    A promessa que Wyatt acharia a Arca nesta viagem foi cumprida, mas contudo no lhe foi permitido v-la totalmente, nem lhe foi possvel retirar a Arca da caverna. Frustrado com isso, ele ouviu a voz de Deus: "S lhe disse

    que a acharia. Sair daqui no seu devido tempo".

    Wyatt informou a descoberta s autoridades israelitas, e depois entregou um minsculo artefato que encontrou na caverna. Era um rom de marfim com uma inscrio que o identifica pertencer ao templo de Salomo. Este o nico objeto do primeiro templo j visto e exibido no Museu Israelita em Jerusalm. Esta descoberta os convenceu que o Wyatt pudesse estar dizendo a verdade sobre a descoberta da Arca da Aliana. Ele foi o nico que encontrou um

    objeto do primeiro templo onde a Arca esteve. Wyatt sabia que vrios crticos ao redor do mundo no acreditariam que ele encontrara este rom, ento quebrou-lhe um pedao pequeno e o deixou na cmara com a Arca da Aliana.

    Rom de marfim

  • A Arca da Aliana Pgina 21 de 42

    As autoridades lhe disseram que mantivesse a descoberta da Arca em segredo. O motivo que esta descoberta poderia criar grandes problemas religiosos e polticos para Israel por ser uma sociedade frgil e explosiva. Eles

    temiam uma possvel reao violenta de alguns judeus radicais se eles tomassem conhecimento de que a Arca da Aliana foi encontrada. Em outras pocas a disputa pelo Monte do Templo gerou alguns conflitos sangrentos.

    Os objetos na cmara

    No era possvel tirar quaisquer dos objetos da cmara. Primeiramente estava cheio de pedras empilhadas ao redor das moblias do templo, e secundariamente, Wyatt no pde retirar os artefatos pelo pequeno buraco por onde entrou.

    Ele teria primeiro que localizar a entrada original usada pelos homens (Jeremias e Baruque?) para esconder os objetos.

    Wyatt voltou vrias vezes na cmara. Em uma delas levou uma furadeira usada em cirurgia ortopdica e um colonoscpio, um instrumento ptico com uma forte fonte luminosa que mdicos usam para examinar dentro do corpo humano. A caixa de pedra era to alta, que a tampa estava prxima ao teto e tinha de olhar pela abertura da

    tampa quebrada para ver a Arca. Com a broca Wyatt tentou fazer um buraco pequeno na caixa de pedra para poder identificar a Arca. O efeito desejado falhou ento ele fez um buraco na caixa de pedra com abertura suficiente para

    introduzir o colonoscpio. Neste instrumento s se pode ver uma pequena rea de cada vez, mas movendo-o ao redor poderia ver o famoso objeto dourado. A primeira coisa que ele viu foi a bordadura ao redor do topo do propiciatrio. Ento viu a superfcie lisa com os lados dourados. Isto era suficiente para que tivesse certeza de que a Arca realmente

    estava ali.

    Em seguida Wyatt identificou os seguintes objetos na cmara: A Arca da Aliana que estava na caixa de pedra, a Mesa dos Pes, o Altar do Incenso de Ouro, um candelabro de 7 ramificaes, uma espada grande de 1,57 metro, um fode (espcie de manto sacerdotal), uma moeda de bronze, vrios abajures de leo, e um anel de bronze. Tambm

    havia outros objetos mas Wyatt no tinha certeza para qu tinham sido usados. Estes artefatos estavam cobertos com peles de animais. Nas peles foram colocados troncos de madeira, e em cima deles uma camada de pedras. As Tbuas de Pedra com os 10 Mandamentos estavam ainda na Arca da Aliana, e do lado da Arca estava um cubculo pequeno

    aberto que continha o Livro da Lei que Moiss escreveu sob ordenana de Deus: "Ora, tendo Moiss acabado de escrever num livro todas as palavras desta lei, deu ordem aos levitas que levavam a arca do pacto do Senhor,

    dizendo: Tomai este livro da lei, e ponde-o ao lado da arca do pacto do Senhor vosso Deus, para que ali esteja por testemunha contra vs." (Deuteronmio 31.24-26; 17.18 e 29.21 - tambm em xodo 24.7). Do que ele pde ver,

    estava l a maioria dos livros de Moiss. Todos aqueles rolos, feitos de pele de animal e envelhecidos por mais de 3 mil anos, estavam em condio surpreendentemente excelente! Wyatt tambm achou sete abajures de leo que ele

    sups haverem sido usados pelos que trouxeram os objetos para a cmara. Um dos abajures estava enfeitado com um desgnio tpico assrio; uma cabra ou um carneiro, com suas pernas traseiras levantadas e se alimentando numa videira. Isto mostrou a influncia cultural que o povo assrio teve na Judia durante um longo tempo antes do

    cativeiro babilnio.

    A entrada original

    O sistema de caverna pelo qual Wyatt havia entrado na cmara parecia estar intocvel por mos humanas. O buraco pelo qual ele tinha entrado era muito pequeno e mal localizado para ter sido a entrada que Jeremias e seus homens

    usaram para levar os objetos grandes para a caverna. A pergunta agora era: Qual tnel eles haviam usado?

    Wyatt comeou a inspecionar a cmara pela outra entrada. Em um lugar ele viu algo que estava coberto com pedras, e parecia conduzir para outra cmara. Ao remover algumas das pedras, descobriu um longo tnel natural com marcas de cinzel, o que garantia que algum o havia alargado. O problema que Wyatt encontrara agora era que o resto do

    tnel era completamente bloqueado por fora com grandes pedras. Desbloquear o tnel seria muito difcil e depois de sair e marcar a sua pequena entrada, ele decidiu procurar do outro lado, no incio daquele tnel. Desde que as

    moblias tinham sido trazidas do Templo, obviamente este era o ponto de partida e a cmara era o destino deles. Wyatt no estava informado sobre algum tnel que a na direo do Templo, mas ele ainda tinha alguma idia sobre onde poderia comear a procurar. A Caverna de Zedequias com uma extenso de 230 metros sob o Monte Mori foi

    durante um certo tempo usada como mina de pedra (pedreira subterrnea). Esta caverna fica situada entre o Monte do