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Resumo de matéria sobre independência das colônias Ibéricas
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A INDEPENDÊNCIA DAS COLÔNIAS IBÉRICAS NA
AMÉRICA
Natania Nogueira
www.historiadoensino.blogspot.com
A INDEPENDÊNCIA DAS COLÔNIAS ESPANHOLAS
• A independência da América espanhola está relacionada às transformações que ocorreram no século XVIII na Europa e que levaram à ruína o Absolutismo:
- A independência das colônias inglesas na América do Norte.
- A Revolução Industrial.- O Iluminismo- A Revolução Francesa.
ANTECEDENTES
• Crise política: Bourbons e Habsburgos disputavam o trono espanhol (Guerra da Sucessão).
• Os Bourbons vencem e Felipe V passa a governar a Espanha e promove as Reformas Bourbonicas, com objetivo de reorganizar o Estado e a economia, baseando-se em princípios iluministas.
• Entre as medidas tomadas destacam-se:
Felipe V
1. A expulsão dos Jesuítas;
2. A criação dos vice-reinos de Nova Granada e do Rio da Prata;
3. Aumento de impostos;
4. Maior fiscalização sobre as riquezas produzidas pelas colônias;
5. Liberação do comércio entre as colônias;
6. Proibição da produção de manufaturas nas colônias.
A CRISE DO SISTEMA COLONIAL
• Em meados do século XVIII, a Espanha passava por sérios problemas econômicos.
• Tornou-se grande devedora da Inglaterra e da França, pois importava produtos, já que seu desenvolvimento industrial era atrasado.
• Para contornar a situação, a Coroa espanhola, aumentou os impostos e restringiu ainda mais o comércio colonial.
• Tais medidas desagradaram os colonos, em especial os crioulos. Além dessas restrições econômicas, os crioulos também eram proibidos de tomar decisões políticas, pois o controle estava nas mãos dos Chapetones.
O PROCESSO DE INDEPENDÊNCIA
• O processo da independência da América Hispânica está diretamente relacionado com a deposição de Fernando VII em 1808, quando as tropas francesas ocuparam a Espanha.
• Napoleão Bonaparte nomeia seu irmão, José Bonaparte, como o novo rei da Espanha, desencadeando uma forte reação nas colônias, que passaram a formar as Juntas Governativas - com caráter separatistas e lideradas pelos criollos.
• Antes dos movimentos separatistas ocorreram revoltas coloniais contra o domínio espanhol, destacando-se a revolta dos índios do Peru, liderados por Tupac Amaru.
• Entre os precursores da independência das colônias hispânicas, destaque para Francisco Miranda, que planejou a independência da Venezuela, movimento que fracassou.
• A primeira tentativa de emancipação ocorreu no México, em 1810, sob a liderança do padre Miguel Hidalgo.
• No ano de 182O, É decretado o Plano Iguala, baseado na Constituição Liberal de Cadiz, que cria uma monarquia católica constitucional, com rei espanhol.
• Em 1821 o General Augustin Itúrbide proclama a independência do México, tendo sido deposto em 1823. A monarquia torna-se República.
A INDEPENDÊNCIA DA NOVA ESPANHA
O SURGIMENTO DE NOVAS NAÇÕES
• O movimento emancipacionista contou com a liderança dos chamados "libertadores da América" - Simón Bolívar, José de San Martin, José Sucre, Bernardo O'Higgins, Augustin Itúrbide, Miguel Hidalgo e José Artigas.
• A partir de 1823, as colônias da América Central proclamarem a independência, surgindo as Províncias Unidas da América Central, que fragmentou-se em diversas Repúblicas: Costa Rica, Honduras, El Salvador, Guatemala e Nicarágua. Cuba e São Domingos só tiveram a independência no final do século XIX.
Simón Bolívar
• No ano de 1818, sob a liderança de Simón Bolívar surge a Grã- Colômbia, que em 1830 se separam, formando a Colômbia e a Venezuela.
• Em 1822 é proclamada a independência do Equador (Sucre e Bolívar).
• Bernardo O'Higgins liberta o Chile, com a ajuda de San Martín, no ano de 1817; San Martin e Bolívar libertam o Peru em 1821; em 1825 foia vez da Bolívia, sob o comando de Sucre.
• Na região do Prata o grande libertador foi San Martín Argentin(1816), Paraguai (1811) e Uruguai (1828).
CARACTERÍSTAS GERAIS DOS MOVIMENTOS DE INDEPENDÊNCIA DAS COLÔNIAS
ESPANHOLAS
• O processo de independência da América Hispânica contou com o apoio da Inglaterra, interessada em ampliar seu mercado consumidor.
• Uma outra característica foi a grande fragmentação territorial, em virtude do choque entre os diversos interesses das elites coloniais.
• Do ponto vista econômico, a independência não rompeu com os laços de dependência em relação às potências européias.
• As novas nações continuavam a ser exportadoras de matérias-primas e importadoras de produtos manufaturados.
• No plano político, os novos dirigentes excluíram qualquer forma de participação popular nas decisões políticas.
• Simón Bolívar defendia a unidade política interamericana, com a proposta da criação de uma Confederação de países latino-americanos (Bolivarismo), que contou com a oposição da Inglaterra e dos Estados Unidos.
• Estados Unidos: desejava a fragmentação política para a consolidação norte-americana sobre a região (Doutrina Monroe)
• A Inglaterra: a fragmentação consolidaria sua hegemonia econômica. Ou seja, dividir para melhor controlar.
• O principal fenômeno político destas novas nações americanas foi o surgimento do caudilhismo.
O CAUDILHISMO
• O caudilho era um chefe político local, grande proprietário de terra e que procurava manter as mesmas estruturas sociais e econômicas herdadas do período colonial. Foi responsável pela grande instabilidade na formação dos Estados Nacionais.
• O caudilhismo contribui para a fragmentação política e territorial da América Hispânica. Outros fatores para a fragmentação: ausência de vínculos econômicos entre as colônias e atividades econômicas voltadas para atenderem as exigências do mercado externo.
A INDEPENDÊNCIA DO BRASIL
• Independência significa liberdade para tomas suas próprias decisões, sem depender ou estar subordinado a alguém.
• No caso do Brasil, independência significou autonomia em relação à Portugal.
• Para muitos historiadores, o processo de independência do Brasil começa com a chegada de Dom João e da corte portuguesa ao Brasil, em 1808.
• Dom João vem para cá, fugindo de Napoleão Bonaparte, que estava invadindo Portugal.
• O nosso país deixou de ser colônia quando, em 1815, quando o Brasil foi elevado à categoria de Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves, pelo regente e futuro rei de Portugal Dom João VI.
A REVOLUÇÃO PERNAMBUCANA
• A região Nordeste: com a mudança do eixo político-econômico sofria com problemas de concentração de renda e instabilidade econômica.
• No ano de 1816, a região de Pernambuco sofreu uma série de secas e más colheitas que agravaram os problemas dos produtores da região.
• Havia uma grande hostilidade contra os comerciantes portugueses e insatisfação com a elevação dos impostos.
• A insatisfação aumentou com a nomeação do governador Caetano Pinto Montenegro.
• Em março de 1817, a insatisfação ganhou força se transformando em um movimento de inspiração separatista. Os revoltosos estabeleceram uma República controlada por um Governo Provisório.
• Reagindo à imposição do novo governo, forças portuguesas atacaram os revoltosos e após alguns meses de conflito, a agitação separatista foi contida e muitos revoltosos foram punidos com a prisão e a morte.
D. Pedro proclama a Independência
• Em 1820: ocorreu a Revolução Liberal do Porto
• As Cortes Portuguesas preparavam uma Constituição Liberal para Portugal e exigiram o retorno de D. João VI.
• Em 1821, D. João VI parte com a família Real, deixando D. Pedro como príncipe regente.
• A pressão das Cortes aumenta e D. Pedro, com apoio da elite colonial, proclama a Independência do Brasil em 1822.
MUDANÇAS?
• A independência não marcou nenhuma ruptura com o processo de nossa história colonial.
• As bases sócio-econômicas (trabalho escravo, monocultura e latifúndio), que representavam a manutenção dos privilégios aristocráticos, permaneceram inalteradas.
• O "sete de setembro" foi apenas a consolidação de uma ruptura política, que já começara 14 anos atrás, com a abertura dos portos.