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No mundo inteiro, o processo de tecer o fio tem se modernizado com a ado- ção de novas tecnologias e os teares vêm sendo alvo de constante aperfei- çoamento tecnológico, em relação à qualidade do produto final, à sua ope- ração e a velocidade da produção. A velocidade dos teares tradicionais varia de acordo com os tecidos a se- rem produzidos: para os tecidos de 90 cm de largura a velocidade chega, no máximo, a 170 batidas por minuto (bpm); já com os tecidos de 140 cm de largura, eles atingem 150 bpm. Os tea- res a projétil e pinças podem desenvol- A Indústria Têxtil no Brasil O Brasil é o quarto maior mercado comprador de teares a jato de ar do mundo e o maior da América Latina, sendo que os outros três são da Ásia (China, Índia e Paquistão). ver uma velocidade de 300 bpm, ao passo que naqueles a jatos de ar e de água, a mesma alcança 900 e 1000 bpm, respectivamente. A Kaeser Compressores dispõe de toda tecnologia necessária para forne- cer ar comprimido da mais alta quali- dade. A sua engenharia de aplicação especializada avalia a demanda de ar comprimido de cada empresa através do ADA (Análise de Demanda de Ar), que é uma ferramenta desenvolvida pela Kaeser para otimização e ade- quação do sistema de ar comprimido. O objetivo é reduzir os custos de ener- gia e manutenção e, ao mesmo tempo, fornecer um ar comprimido confiável e de alta qualidade. A Kaeser possui hoje mais de 200 clientes no ramo de tecelagem, tendo vendido mais de 300 máquinas desde instalações pequenas até instalações de grande porte. Exemplos: Indústria Têxtil Covolan, 3 DSD 200 (total 600 hp), Indústria Têxtil Jolitex 4 DSD 200, 1 DS 141 (total 900 hp), Andreza En- xovais, 9 DSD 200, 1 SFC 160 (total 2.050 hp). Seguindo a idéia de econo- mia e desempenho estes clientes em parceria com a Kaeser, obtiveram óti- mos resultados substituindo antigos compressores. A Indústria Têxtil Nos- sa Senhora do Belém, localizada em Itatiba (SP) e estabelecida há mais de 40 anos, conta com a Kaeser Com- pressores do Brasil para o fornecimen- to de ar comprimido, através de dois ASD 30 e um secador de ar KDR 210, para a movimentação de suas máqui- nas têxteis. A satisfação com o custo/ benefício (aprox. 20% de economia de energia), com a confiabilidade da má- quina e com o baixo nível de ruídos foi tanta, que eles indicaram a Kaeser para uma empresa têxtil que também adquiriu vários compressores. Por isso, quem conhece a Kaeser concorda com o seu lema: “Mais ar... Mais econo- mia...” A indústria têxtil brasileira tem uma participação histórica e decisiva no processo de desen- volvimento industrial do País. Se pararmos para pensar na história da indústria têxtil no Brasil, e como tudo começou, obviamente temos que pensar nos índios, pois eles já utiliza- vam técnicas rústicas de entrelaça- mento manual de fibras vegetais e produziam tecidos grosseiros para várias finalidades, inclusive para Edição: Celina Sultani Contato: [email protected] Fontes de informação: BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, Fashion Bubles e Wikipédia vestimentas. Tendo como referência a chegada dos portugueses em 1500, a história da in- dústria têxtil no Brasil começa no perí- odo colonial, que se estende de 1500 até 1844. Nesse período era comum a adoção de políticas de estímulo ou res- trição, segundo seus interesses e acor- dos comerciais com outros países, como o Alvará de D. Maria I, em 1785, que mandou fechar todas as fábricas de tecidos (com exceção daquelas que fabricavam tecidos grosseiros destina- dos à vestimenta de escravos e para enfardamento ou embalagens) para evitar que os trabalhadores agrícolas e extrativistas minerais fossem para a in- dústria manufatureira. Com isso a in- dústria têxtil brasileira não tinha como competir com a inglesa. Em 1844, es- boçou-se a primeira política industrial brasileira quando as tarifas alfandegá- rias foram aumentadas em 30%, o que provocou protestos de várias nações européias, mas propiciou um estímulo à industrialização, especialmente para o setor têxtil que foi o pioneiro desse processo. Contudo, o processo da industrializa- ção foi lento. Em 1864, o Brasil já tinha uma razoável cultura de algodão, mão- Os equipamentos da Kaeser para tratamento de ar, como na instalação do sistema de ar comprimido da Têxtil Nossa Sra.do Belém (foto ao lado), garantem um ar seco e limpo, que é fundamental para o bom desempenho dos teares a jato de ar (foto abaixo) de-obra abundante e um mercado con- sumidor em crescimento. Assim, em 1864 estariam funcionando no Brasil 20 fábricas, com cerca de 15.000 fusos e 385 teares. Menos de 20 anos de- pois, na década de 1870, aquele total cresceria para 44 fábricas e 60.000 fu- sos, gerando cerca de 5.000 empre- gos. Na década de 1880 ocorreu o pri- meiro surto industrial quando a quantidade de estabelecimentos pas- sou de 200, em 1881, para 600, em 1889. Esse primeiro momento de cres- cimento industrial inaugurou o proces- so de Substituição de Importações. Entre 1914 e 1918 ocorreu a Primeira Guerra Mundial e, a partir dai, vamos constatar que os períodos de crise fo- ram favoráveis ao nosso crescimento industrial. Isso ocorreu também em 1929 com a crise econômica mundial e, mais tarde, em 1939 com a segunda guerra mundial, até 1945. A partir daí a indústria têxtil no Brasil não parou mais de crescer. Instalação do sistema de ar compri- mido na Indústria Têxtil Nossa Senhora do Belém (foto acima) para alimentação dos teares a jato de ar (foto ao lado) e de outras máquinas têxteis. Fotos: Fernando Ferreira Report 2/07 – www.kaeser.com 10 Report 2/07 – www.kaeser.com 11

A Indústria Têxtil no Brasil - Kaeser Compressores do Brasil · 2015-01-23 · O Brasil é o quarto maior mercado comprador de teares a jato de ar do mundo e o maior da América

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No mundo inteiro, o processo de tecer o fio tem se modernizado com a ado-ção de novas tecnologias e os teares vêm sendo alvo de constante aperfei-çoamento tecnológico, em relação à qualidade do produto final, à sua ope-ração e a velocidade da produção. A velocidade dos teares tradicionais varia de acordo com os tecidos a se-rem produzidos: para os tecidos de 90 cm de largura a velocidade chega, no máximo, a 170 batidas por minuto (bpm); já com os tecidos de 140 cm de largura, eles atingem 150 bpm. Os tea-res a projétil e pinças podem desenvol-

A Indústria Têxtil no BrasilO Brasil é o quarto maior mercado comprador de teares a jato de ar do mundo e o maior da América Latina, sendo que os outros três são da Ásia (China, Índia e Paquistão).

ver uma velocidade de 300 bpm, ao passo que naqueles a jatos de ar e de água, a mesma alcança 900 e 1000 bpm, respectivamente.A Kaeser Compressores dispõe de toda tecnologia necessária para forne-cer ar comprimido da mais alta quali-dade. A sua engenharia de aplicação especializada avalia a demanda de ar comprimido de cada empresa através do ADA (Análise de Demanda de Ar), que é uma ferramenta desenvolvida pela Kaeser para otimização e ade-quação do sistema de ar comprimido. O objetivo é reduzir os custos de ener-

gia e manutenção e, ao mesmo tempo, fornecer um ar comprimido confiável e de alta qualidade.A Kaeser possui hoje mais de 200 clientes no ramo de tecelagem, tendo vendido mais de 300 máquinas desde instalações pequenas até instalações de grande porte. Exemplos: Indústria Têxtil Covolan, 3 DSD 200 (total 600 hp), Indústria Têxtil Jolitex 4 DSD 200, 1 DS 141 (total 900 hp), Andreza En-xovais, 9 DSD 200, 1 SFC 160 (total 2.050 hp). Seguindo a idéia de econo-mia e desempenho estes clientes em parceria com a Kaeser, obtiveram óti-

mos resultados substituindo antigos compressores. A Indústria Têxtil Nos-sa Senhora do Belém, localizada em Itatiba (SP) e estabelecida há mais de 40 anos, conta com a Kaeser Com-pressores do Brasil para o fornecimen-to de ar comprimido, através de dois ASD 30 e um secador de ar KDR 210, para a movimentação de suas máqui-nas têxteis. A satisfação com o custo/benefício (aprox. 20% de economia de energia), com a confiabilidade da má-quina e com o baixo nível de ruídos foi tanta, que eles indicaram a Kaeser para uma empresa têxtil que também adquiriu vários compressores. Por isso, quem conhece a Kaeser concorda com o seu lema: “Mais ar... Mais econo-mia...”

A indústria têxtil brasileira tem uma participação histórica e decisiva no processo de desen-volvimento industrial do País. Se pararmos para pensar na história da indústria têxtil no Brasil, e como tudo começou, obviamente temos que pensar nos índios, pois eles já utiliza-vam técnicas rústicas de entrelaça-mento manual de fibras vegetais e produziam tecidos grosseiros para várias finalidades, inclusive para

Edição: Celina SultaniContato: [email protected]

Fontes de informação: BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, Fashion Bubles e Wikipédia

vestimentas.Tendo como referência a chegada dos portugueses em 1500, a história da in-dústria têxtil no Brasil começa no perí-odo colonial, que se estende de 1500 até 1844. Nesse período era comum a adoção de políticas de estímulo ou res-trição, segundo seus interesses e acor-dos comerciais com outros países, como o Alvará de D. Maria I, em 1785, que mandou fechar todas as fábricas de tecidos (com exceção daquelas que fabricavam tecidos grosseiros destina-dos à vestimenta de escravos e para enfardamento ou embalagens) para evitar que os trabalhadores agrícolas e extrativistas minerais fossem para a in-dústria manufatureira. Com isso a in-dústria têxtil brasileira não tinha como competir com a inglesa. Em 1844, es-boçou-se a primeira política industrial brasileira quando as tarifas alfandegá-rias foram aumentadas em 30%, o que provocou protestos de várias nações européias, mas propiciou um estímulo à industrialização, especialmente para o setor têxtil que foi o pioneiro desse processo.

Contudo, o processo da industrializa-ção foi lento. Em 1864, o Brasil já tinha uma razoável cultura de algodão, mão-

Os equipamentos da Kaeser para tratamento de ar, como na instalação do sistema de ar comprimido da Têxtil Nossa Sra.do Belém (foto ao lado), garantem um ar seco e limpo, que é fundamental para o bom desempenho dos teares a jato de ar (foto abaixo)

de-obra abundante e um mercado con-sumidor em crescimento. Assim, em 1864 estariam funcionando no Brasil 20 fábricas, com cerca de 15.000 fusos e 385 teares. Menos de 20 anos de-pois, na década de 1870, aquele total cresceria para 44 fábricas e 60.000 fu-sos, gerando cerca de 5.000 empre-gos. Na década de 1880 ocorreu o pri-meiro surto industrial quando a quantidade de estabelecimentos pas-sou de 200, em 1881, para 600, em 1889. Esse primeiro momento de cres-cimento industrial inaugurou o proces-so de Substituição de Importações.

Entre 1914 e 1918 ocorreu a Primeira Guerra Mundial e, a partir dai, vamos constatar que os períodos de crise fo-ram favoráveis ao nosso crescimento industrial. Isso ocorreu também em 1929 com a crise econômica mundial e, mais tarde, em 1939 com a segunda guerra mundial, até 1945. A partir daí a indústria têxtil no Brasil não parou mais de crescer.

Instalação do sistema de ar compri-mido na Indústria Têxtil Nossa

Senhora do Belém (foto acima) para alimentação dos teares a jato de ar (foto ao lado) e de outras máquinas

têxteis.

Fotos: Fernando Ferreira

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