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19/12/2012 1 A Interpretação em Psicanálise Condução: Bruno Chagas Acima de tudo, a importante função da interpretação, não é de “conhecer sobre”, mas, sim, de promover, no paciente, transformações em direção a um “vir a ser”. Bruno Augusto www.institutoarios.com

A INTERPRETAÇAO EM PSICANALISE

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Aula ministrada por Bruno Augusto das Chagas no Instituto Ários Clínica e Pesquisa em Psicanálise e Psicologia

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A Interpretação

em Psicanálise

Condução:

Bruno Chagas

Acima de tudo, a importante função da interpretação, não é de “conhecer sobre”, mas, sim,

de promover, no paciente, transformações em direção a um

“vir a ser”.

Bruno Augusto – www.institutoarios.com

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De um modo geral, a atividade interpretativa visa atingir três aspectos

na mente do analisando:

•Curiosidade

•Reflexão

•Transformações.

A interpretação não unicamente se ocupa a tornar consciente o conflito inconsciente entre pulsões e defesas, porquanto ela

também visa a assinalar os significados das crenças, ideias, afetos e transformações que estão se processando, visando a introduzir o paciente à pessoa mais importante com que

ele jamais poderá lidar.

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Mais do que uma decodificação do conflito pulsional, a interpretação consiste na construção de novos

sentidos, significados e na nomeação das velhas, bem como as novas, difíceis experiências emocionais.

Mas não deve ser influenciada, confundida com os propósitos do analista; tais como amizade, sedução,

confissão, poder, apoio, moralização, aconselhamento, ser o substituto do pai ou mãe, etc.

A interpretação deve sempre manter uma Visão Binocular, ou seja o Analista

deve estar atento aos diferentes aspectos ( o lado sadio x doente, a parte criança x adulta, etc. )que convivem em

um mesmo paciente.

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A interpretação é o resultado final de uma comunicação entre as mensagens, via de regra transferenciais, emitidas pelo analisando, e a repercussão contra transferencial que aquelas

despertam no Psicanalista em três tempos:

O de acolhida, seguida de transformações em sua mente e, finalmente, a devolução, sob a forma de

formulaçoes verbais.

A formação da Interpretação na

mente do Analista

Na mente do analista:

Uma empática disposição para uma escuta polifônica

Uma capacidade para conter as necessidades, desejos, angustias e incógnitas nele depositadas;

Paciência para permitir uma ressonância por vezes muito turbulenta em seu próprio psiquismo,

principalmente quando o analista se confronta com a sua impotência e ignorância.

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• Capacidade negativa;

•Atenção flutuante;

•Intuição;

•Clima positivo, insights, vértices afetivos, cognitivos e

cogitativos.

Interpretação como

possibilidades

necessárias de:

"desidentificações

e

dessignificações"

"neo-identificações

e

neo-significações

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Seis elementos são necessários para uma interpretação:

•Conteúdo;

•Forma;

•Oportunidade;

•Finalidade;

•Significação;

•Destino na mente do analisando.

Elementos essenciais:

. . . . . . . . .

A interpretação não deve ficar somente

limitado a proporcionar ao paciente m

insight relativo aos conflitos decorrentes do

embate entre pulsões e defesas, mas

também deve visar aos significados de como

certos fatos primitivos estão representados

na mente do paciente.

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O ato interpretativo visa, sobretudo, a estabelecer

um contato com as verdades, porém o analista

deve levar em conta que a verdade pode aparecer

em diferentes dimensões, de modo que o ideal

seria poder fazer, juntamente com o paciente, uma

construção com a dimensão afetiva, semântica,

cognitiva.

Referências Bibliográficas: • Freud, S. (1937/1987). Construções em análise. Em Edição standard brasileira das

obras psicológicas completas de Sigmund Freud (2. ed., Vol.23, pp. 275-289.). Rio de Janeiro: Imago.

• ZIMERMAN, David E. Manual de Técnica Psicanalítica - Uma Re-Visão. Porto Alegre: Artmed, 2004.

• Garcia-Roza, L. A. (1993). Introdução à metapsicologia freudiana. Rio de Janeiro, Zahar.

• Násio, J. D. (1999) Como trabalha um psicanalista? Rio de Janeiro: Ed. Jorge Zahar.

• Dicionário de psicanálise/Elisabeth Roudinesco, Michel Plon; tradução Vera Ribeiro, Lucy Magalhães; supervisão da edição brasileira Marco Antonio Coutinho Jorge. — Rio de Janeiro: Zahar, 1998.

• Psicologia em Estudo, Maringá, jan./mar. 2009, Clínica, a interpretação psicanalítica e o campo do experimento; Leonardo Pinto de Almeida, Raul Marcel Filgueiras Atallah

• http://artigos.psicologado.com/abordagens/psicanalise/mecanismos-de-defesa#ixzz2EroOBMlw

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Bruno Augusto – Psicanalista e Diretor do Instituto Ários Clínica e Pesquisa em Psicanálise e Psicologia.

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37 3212- 7107

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