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Renata Martuchelli Tavela Mestre em Literatura Portuguesa (UERJ) Especialista em Línguas Estrangeiras com Ênfase em Língua Espanhola (CEFET-RIO) Professora: Curso de Idiomas

"A lo mejor lo merecemos"

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Exponencia ministrada por mí,por la Profesora Renata Mar

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Renata Martuchelli TavelaMestre em Literatura Portuguesa (UERJ) Especialista em Línguas Estrangeiras com Ênfase em Língua Espanhola (CEFET­RIO)Professora: Curso de Idiomas

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Quem é este professor que sai da Universidade?

Como ele pode promover a interdisciplinaridade e a  interculturalidade  em  sua  prática pedagógica,  conceitos  tão  em  voga  no momento atual, se ele não teve conhecimento sobre  esses  mesmos  conceitos  em  sua Formação Inicial? 

 Por que a necessidade de se tornar um professor reflexivo? 

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  Nos  cursos  de  Letras  “os  currículos  e  suas  grades curriculares  se  assentam  em  concepções  tradicionais  de linguagem”  (OLIVEIRA,  2003).  Essas  grades  ainda desconhecem as orientações contidas nos PCNs a respeito do  ensino  da  língua  e  das  propostas  existentes  neste documento  (REINALDO, 2000). 

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     Oliveira (2003) = Organização dos currículos em torno de  uma concepção de  linguagem que  forneça aos aprendizes uma teoria do sujeito não­assujeitado ao mesmo tempo em que:

 “permita ver a linguagem como modo de ação sobre o mundo e sobre os outros, constituída nas relações sociais e, nesse processo, representando e significando o mundo”. 

       Formação de professores = Alcance de outras dimensões no  sentido  de  se  produzir  um  conhecimento  que  dote  os futuros  professores  das  noções  “sobre  o  ensino  da  língua como  prática  discursiva,  de  natureza  social”.  (OLIVEIRA, 2003, p.73) 

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Para Nóvoa (1988, p.116),  “a  tomada de consciência opera­se  através  do  assumir  da  palavra.  O  saber gera­se na partilha do discurso”.

   “O conceito de reflexividade crítica deve assumir um papel de primeiro plano no domínio da  formação de adultos” (Nóvoa, 1988, p.109). 

      Trabalho  de  formação  =  um  balanço  de  vida,  ou melhor  uma  “consciência  contextualizada”,  desde  a visão  retrospectiva da  formação, até  o presente e o futuro.

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Nóvoa  (1995)    ainda  sugere    a  criação    progressiva  de  uma  nova cultura da formação de professores, que una as dimensões coletivas para  a  preparação  de  profissionais  autônomos  e  mais  participativos na transformação  das escolas. 

Nesse sentido, “a busca pela reflexividade deve partir de um trabalho que  seja  coletivo  e  construído  a  partir  do  dialogismo”  (BENEVIDES, 2005, p.88), pois o processo de construção de saberes acontece de modo articulado. 

Professor e aluno: em constante aprendizando, negociando significados.

Era atual = “modernidade líquida”(BAUMAN, 1998), a Universidade, a Escola  precisam  acompanhar  esta  mudança,  pois  o  professor  não somente capacita o aluno a um determinado saber mas o ajuda em sua  formação  como  um  cidadão  reflexivo,  atuante  na  sociedade  em que está inserido.

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Em grande parte, esse aluno de Letras, devido aos currículos ainda pautados em uma abordagem tradicionalista, não entram em contato com todas essas discussões citadas por Nóvoa, Benevides, Oliveira; assim como desconhecem a interculturalidade (o diálogo entre culturas tão presentes nas aulas de uma LE), e a interdisciplinaridade (o diálogo entre disciplinas), sendo que quando formados, e iniciam a sua prática pedagógica se veem rodeados de todos estes conceitos, pois os próprios aprendizes já não aceitam mais uma aula em que não haja

uma dinamicidade, uma relação com o seu cotidiano.  

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Porque  a  música  está  presente  no  nosso cotidiano  (informal),  e  tem  relação  intrínseca com  a  memória  e  com  a  afetividade,  logo, quando usamos o gênero canção no ensino de um  idioma,  a  motivação  (importante  prática para  eficácia  do  processo  de  ensino­aprendizagem) é quase que  imediata por parte de seu alunado.

Para  Costa  (2003)  :  a  música  é  um  gênero híbrido  (letra  –  poesia,  melodia  –  música)  que permite  o  professor  escolher  usá­la  também como um texto. 

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A música também é um texto autêntico, e nela aparecem manifestações reais da língua (e os seus aspectos culturais estão incluídos), e para o ensino de um LE é de grande importância.

As canções constituem um material idôneo para trabalhar a Competência Intercultural, ou seja, a capacidade de se colocar no lugar do outro, já que, além de ser um material vivo e real da sociedade que o criou, constituem uma ponte de aproximação e de compreensão. As canções, pela própria natureza do seu componente musical, possuem uma intrínseca interculturalidade, pois pertencem não somente a cultura da língua meta senão também a cultura do aprendiz. (SALLÉS MARTÍNEZ, 2002, p.8).

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A fotografia, a pintura, também são textos, apesar de pertencerem a linguagem não-verbal, pois nestas obras há uma intenção do seu autor, há um público alvo que ele pretende atingir, através de um determinado close, de uma determina cor, desenho, entre tantos outros elementos que compõem respectivas artes.

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         Por que o componente cultural é importante para o ensino de  uma LE? 

Aprender uma LE  : equivale a um processo amplo que envolve vários aspectos  do  saber,  entre  eles  o  saber  cultural  de  um  povo,  cujas diferenças servem como incentivo aos conhecimentos de novos hábitos e  costumes.  O  Ensino  de  LE  ,  portanto,  completa­se  com  o  enfoque cultural.  O  acesso  à  cultura  do  país  da  língua  meta  facilita  a aprendizagem  e  também  aumenta  a  visão  crítica  do  aluno,  logo,  o professor  de  LE  precisa  ir  mais  além  da  visão  comunicativa.  Deve inserir  e  possibilitar,  também  ao  aluno,  essa  insersão  no  contexto lingüístico­cultural.

Segundo Paraquett  (1998:118) a cultura  “é o conjunto de  tradições, de estilo  de  vida,  de  formas  de  pensar,  sentir  e  atuar  de  um  povo”. Acrescenta ainda que é o “conjunto de produção de um povo, estética ou  não,  mas  que  colabore  para  a  identificação  de  um  grupo  étnico, diferenciando­o dos demais, dando­lhe uma cara pessoal e comum”.

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A  cultura  diferencia  os  grupos  sociais  e  ao  mesmo  tempo  pode  unir esses  grupos,  através  da  interação  vinculada  entre  os  processos sociais, ao ensino de idiomas, ao turismo, ao trabalho, etc.

De acordo com Junguer (1997: 109), a cultura é uma produção inerente ao  homem  que  varia  em  cada  grupo  social,  o  que  lhe  permite  sua identidade,.  A  sociedade  têm  seus  próprios  hábitos  e  costumes  e podemos  identicar  nela  a  chamada  cultura  erudita  (artes,  literatura, música) a popular ou folclórica, e também:

 “una de base cotidiana, que nos muestra la idiosincrasia de un pueblo (o porción de él), sus costumbres más sencillas, tales como la inclinación por determinadas comidas o hábitos respecto a la alimentación (hora, 

compañias, lugares, valores sociales, etc.)”. 

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A  língua  como  caráter  identitário  =  Reflete  uma  determinada comunidade  lingüística.  Sendo  assim  a  língua  é  um  dos  aspectos culturais  da  sociedade.  Para  Nauta  (1992:11)  (Apud JUNGER,  1997: 109) os dois conceitos estão interligados, um não existe sem o outro e não  significam  nada.  Uma  não  é  mais  importante  que  a  outra,  mas ambas se completam.

Apesar  da  publicação  de  documentos  como  o  PCN,  e  estudos  sobre multiculturalismo,  interculturalismo,  e  temas  transversais  no  Ensino, assim  como  a  interdisciplinaridade,  ainda  existem  livros  didáticos  de E/LE que apresentam uma hierarquia em relação ao ensino da língua e da cultura. Colocam uma parte da unidade para língua e ao final algum comentário cultural.

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Já  existem  professores  (O  Professor  Reflexivo)  que  conseguem ensinar uma LE de forma a não priorizar os os aspectos linguísticos em relaçã  oao  aspecto  cultural.  É  necessário  entender  que  o  conteúdo cultural é  parte da competência  comunicativa  (esta, uma  interação de três  conhecimentos:  o  conhecimento  sistêmico,  o  conhecimento enciclopédico  e  o  conhecimento  da  organização  textual  – MAIGUENEAU  ­2001),  logo,  não  podemos  separar  língua  e  cultura,  e dar destaque somente a uma delas, como explica New Sans (1992:16):

 “Si, desde una perspectiva comunicativa, queremos que el estudiante sea competente, es decir, que no tenga sólo conocimientos sobre, sino que 

estos conocimientos le sirvan para actuar en la sociedad o con los individuos que hacen uso de la lengua­meta, la necesidad de abordar la 

competencia cultural como una parte indisociable de la competencia comunicativa es incuestionable.”

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Tanto das disciplinas teóricas quanto nas disciplinas práticas: mostrar a esse aluno e  futuro professor a  imensa gama de gêneros que podem ser  utilizados  em  sua  prática  pedagógica,  saindo  um  pouco  do  “lugar comum”: que seriam os textos jornalísticos, por exemplo, ou textos pré­fabricados  para  o  ensino  de  um  idioma  –  estes  últimos  que  não  são autênticos.

Levar para a  sala de aula não somente os  textos  jornalísticos, mas o gênero  canção  e  a  fotografia,  também  presentes  no  nosso  dia  a  dia, demonstrando  sempre  o  diálogo  entre  o  “eu”  e  o  “outro”  para  que  no futuro ele (professor) consiga desenvolver em sua prática pedagógica a interculturalidade  e  a  interdisciplinaridade,  com  mais  segurança,  pois não  seram  conceitos  totalmente  desconhecidos.  E  irá  mostrar  ao  seu futuro aluno uma outra maneira de aprender uma LE, através de outros gêneros, sejam eles pertencentes a linguagem verbal ou não­verbal, e que promovem algum tipo de questionamento.

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Nas  disciplinas  de  Língua  e  de  Literatura  (neste  caso  de  Língua Espanhola) buscar um diálogo entre obras antigas e obras atuais, estas de artistas menos conhecidos. 

Pedir  para  que  este  futuro  professor  elabore  unidades  didáticas  com diversos  gêneros,  saindo  do  lugar  comum,  como  textos  jornalísticos, textos  pré­fabricados  ou  ainda  fragmentos  de  obras  literárias  (um recorte que pode prejudicar a compreensão de uma obra por parte do aluno,  promovendo  a  não­eficácia  do  processo  de  ensino  – aprendizagem deste último). Fato este que ainda emprobece a obra que foi  “editada”,  “recortada”,  fazendo  da  literatura  um  “apêndice”,  sem  o seu  devido  valor  histórico  reconhecido,  pois  Literatura  e  História caminham juntas, assim como Língua e Cultura. 

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Currículos direcionados não somente na teoria mas também na prática, com as atuais ou novas disciplinas que explorem a diversidade de gêneros que podem ser usados em sala de aula:

Músicas analisadas sob o uma perpectiva intercultural, com a discussão de temas da contemporaneidade, de artistas como Alejandro Sanz, que apresentam um comprometimento sociocultural (ainda que este lado altruísta seja pouco conhecido no Brasil), Maná, Mano Chao, entre outros.

Pinturas, fotografias, desenhos, gravuras: por exemplo, recordar os grandes nomes da pintura (Picasso, Dalí, Diego Rivera, Frida Kahlo, entre outros) e proporcionar um diálogo com artistas contemporâneos, como:

No que concerne à pintura: Elena López Herreros (Elohe), Victoria Fontana, Alejandro Sanz – Exposição “Por palos flamencos” (2002).

No que concerne à fotografia: Alejandro Sanz e o diretor de arte Jaume de Laiguana, que realizaram a exposição “Fotos de Ida e vuelta” (2005) com fotos capturadas por Sanz, durante uma de suas turnês, e posteriormente editadas por Laiguana.

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EXPLICANDO O TÍTULO:

“A lo mejor lo merecemos” pois aqui faço referência a um dos versos do refrão da música “No es lo mismo”, de autoria do próprio Alejandro Sanz, por se tratar de uma canção que invoca a participação de todos frente ao mundo e a sua própria vida. Desta maneira, todo precisam perceber o seu lugar no mundo, a importância em se tornar um sujeito reflexivo e atuante na sociedade, que sabe escutar a opinião do outro e ao mesmo tempo, argumentar a seu favor, características que o levam a uma postura crítica frente o mundo.

A Educação = conectada com o mundo, logo, se vivemos em mundo “líquido”, de muitas possibilidades, de uma intensa “interculturalidade”, ela precisa acompanhar essa nova tendência, formando, no caso do profissional de letras, um docente/professor reflexivo.

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“No es la guerra somos nosotros”, Alejandro. Cancionero 40 vueltas al Sol. Cancioneros. Madrid: Ediciones Planeta, 2009, p.126,127,128. 

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Pintura  pertencente a exposição “Contrastes”,  de  Elena  López Herreros  (Elohe),  realizada  no edificio  Benjamín  Palencia  da Facultade  de  Humanidades  de Albacete, do dia 17 até o dia 28 de Outubro, 2011. 

A sua arte é definida como “Arte Pop”,  e  a  sua  assinatura aparece  muitas  vezes   integrando a pintura.

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Art Expo New York22-25 de março de 2012, Elena López

Herreros (Elohe)

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Possíveis questões para a elaboração de uma Unidade Didática:

Através das obras da artista plástica Elohe, pode ser feito um trabalho comparativo  com  a  pintora  mexicana,  Frida  Kahlo,  apesar  de  ambas pertencerem a momentos históricos e estéticas diferentes, há um ponto de  convergência:  o  uso  de  cores  e  imagens  fortes.  Outro  ponto  de destaque  é  que na obra de Elohe, o  seu nome  integra a pintura,  não sendo  somente  uma  assinatura  à  parte,  como  em  grande  parte  dos artistas  plásticos.  E  na  obra  de  Frida  Kahlo,  vemos  autorretratos  que mostram determinados momentos de sua vida, sejam felizes ou tristes. 

Outra  dica:  apresentar  primeiro  a  obra  de    Elohe  e  indagar  se  ela remete  a  obra  de  outra  artista  do  sexo  feminino.  Ou  seja,  primeiro começariamos com uma obra contemporânea, de arte pop, que estaria mais  próxima  do  público  alvo,  para  depois  explanar  o  surrealismo/o expressionismo  de  Frida  Kahlo.  Ou  ainda,  primeiro  trazer  a  obra  de Frida  Kahlo  para  depois  mostrar,  a  obra  de  uma  artista  espanhola,  a Elohe. 

  

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Expo “Human” de Victoria Fontana

Once Upon a Time in the Beginning

Expo “Solo un momento – A lone Moment” de Victoria Fontana

Great Leap Forward -El Gran Salto

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Possíveis questões para a elaboração de uma Unidade Didática:

Nas  obras  de  Victoria  Fontana,  pelo  próprio  título  de  suas  pinturas, nota­se  uma  forte  influência  americana,  e  que  pode  ser  explorada  da seguinte  maneira:  artistas  que  vão  viver  nos  EUA;  ou  o  caminho inverso, no caso da própria, Fontana, que é uma novayorquina que vive em Madrid. 

O  que  esse  encontro  e  convívio  entre  culturas  pode  trazer  para  esse estrangeiro que se vê em outro país? No caso de Fontana, vemos um diálogo  entre  o  idioma  espanhol  e  o  inglês,  pois  ela  nomeia  suas pinturas nos respectivos idiomas.  

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Foto  tirada  por  Alejandro  Sanz  durante  a turnê  “No  es  lo  mismo”  ,  em  sua  estadia  no Rio  de  Janeiro,  em  março  de  2004,  e posteriomente  editada  por  Jaume  de Laiguana.

A  foto  em  destaque  integrou  a  exposição “Fotos  de  Ida  y  vuelta”  (2005),  em  Madrid. Esta exposição também chegou a Nova York, em maio de 2006, porém, com tão somente 4 das 50 fotografias 

Rio de Janeiro ­ 2004 

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Rio de Janeiro - 2004

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Rio de Janeiro - 2004

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Foto  tirada  por  Alejandro  Sanz quando  ele  esteve  em  São Paulo  (2004),  com  a  Turnê  “No es lo mismo”. 

São Paulo - 2004

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São Paulo - 2004

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Nova York - 2004

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Nova York - 2004

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 Possíveis questões para a elaboração de uma Unidade Didática:

Como  estas  fotos  retiradas  da  exposição  Fotos  de  Ida  y  vuelta,  de Alejandro  Sanz,  podem  favorecer  a  uma    “afirmação  ou  quebra  de esteriótipos”? 

    Você se reconhece nas fotos em que o artista retrata o Rio de Janeiro? 

Você acredita que o Rio de Janeiro é só praia e sol? Qual é a imagem que você tem de sua cidade?

 E quanto as demais cidades, São Paulo e Nova York? A maneira como elas são retratadas diz tudo sobre elas? Ou elas são mais do que uma cidade  grande,  com  enormes  arranha­céus,  trânsito  caótico,  entre outras características?

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E quanto ao contexto:

O autor desta foto é o cantor e compositor Alejandro Sanz, que  em  uma  de  suas  turnês,  a  turnê  “No  es  lo  mismo”, dedicou­se  em  retratar  as  cidades  pelas  quais  visitava. Fotos estas que depois seriam editadas pelo diretor de arte Jaume de Laiguana, a motivo de uma exposição que seria relizada  1  ano  depois,  Fotos  de  Ida  y  Vuelta.  O  que  você conhece  sobre  este  artista?  Em  seu  país,  no  Brasil,  você conhece  algum  cantor  que  também  se  enveredou  pelas artes plásticas? Como você nomearia tais fotos? Por quê?

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Pintura pertencente a Exposição “Por palos flamencos” (2001) de autoria de Alejandro Sanz, realizada em algumas galerias de Espanha.

A exposição contou com 25 pinturas com títulos como “Soleá”, “Caracoles”, “Tientos”, “Farrucas”, “Granaínas”, “La Taranta”, “Tangos”, “Martinetes”, “La Bulería”, “Tango de Málaga en Semana Santa”, “La saeta”, “La rondeña”, “Cantes de ida y vuelta” e “Alegría”, entre outros.

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Explorar o “Flamenco” e seus palos:       O canto flamenco é originário do sul da Espanha, Andaluzia, e além de ser uma 

arte (que engloba a música e o dança), o flamenco é um meio de comunicação entre as famílias ciganas, que transmite suas experiências através desse canto e dessa dança. O cantaor  canta e grita sua história em primeira pessoa, ou o que muitos teóricos e o próprio poeta Federico García Lorca nomeiam de “cante jondo”,  e  canta  uma  desgraça  coletiva  e  os  motivos  de  suas  dores.  (Revista Punto y Coma, 2011, pág.108).

A  Bulería  é  considerada  um  dos  palos  (ritmos)  mais  difíceis  do  Flamenco,  pois muitos  artistas  afirmam  que  sua  representação  pode  ser  um  grande  desafio, seja  para  o  cantaor,  o  tocaor  ou  a  bailaora/bailaor.  Inclusive,  segundo  os historiadores sobre o Flamenco, a bulería começou a ser executada como um palo  independente  em  Jerez,  e  neste  começo  era  feita  somente  para acompanhar  o  baile.  Ela  também  seria  herdeira  do  outro  palo,  o  soléa,  pois deste  herdou  os  12  tempos  do  compás,  porém,  introduz  a  esses  12  tempos variações  quanto  a  sua  acentuação.  (PALACIOS  CRUZ,  Juan.  “  El  Flamenco hoy  (6),Los  palos(II):La  bulería”.In:  Rinconete.  Disponível  em:  <http://cvc.cervantes.es/el_rinconete/anteriores/junio_11/20062011_01.htm> Ùltimo acesso em: 12/02/2012).

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E  levar  estes  conhecimentos  a  sua  cultura  de  origem,  a  cultura brasileira, há algum ritmo/canto/dança também emblemático no Brasil? 

Explorar o artista em questão e o contexto destas obras, fatos que irão justificar a exposição em destaque.

Buscar  informações  que  reiterem  o  comprometimeto  de  Alejandro  Sanz com  o  Flamenco,  desde  a  escolha  da  palabra  favorita  no  Dia  E, (Cervantes – 2011), e posteriomente, até entrega do Castillete de Oro de la Unión (Múrcia), no qual foi reconhecido tal comprometimento do artista. 

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Día e

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Visita a Lorca y la Entrega del Castillete de Oro de la Unión

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Quanto  ao  estilo  musical  de  Alejandro  Sanz,  ele  não  é  propriamente flamenco, mas têm pequenas marcas, como a sua maneira de cantar, e a predileção por uma mescla de ritmos ou referências a essa herança flamenca.

Ex:    “Corazón  partío”;  “Mi  primera  canción”,  “Volver  a  Sevilla”,  “12  x  8”; “Don’t go Camarón” 

Explorar as variantes que existem na  língua espanhola, neste caso, o “dialecto  andaluz”  (sul  da  Espanha)  que  apresenta  alguns  fenômenos linguísticos  comuns,  como  “yeísmo”,  “aspiración  de  la  s”;  desde  a síncope “supressão da d intervocálica”, “ a perda das consoantes finais b,  ­c,  ­d,  ­j,  ­l,  ­r,  ­x o­z”;  visto  que  Alejandro  Sanz  sofreu  grande influência deste dialeto ( a sua família é originária do Sul da Espanha); e ele ainda cresceu no meio da música flamenca, esta mais forte no Sul da Espanha.  

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“Volver a Sevilla” – Alejandro Sanz

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Federico García Lorca e Manuel de Falla “Concurso del Cante Jondo, em 1922” = Elevando o Flamenco ao status de Arte. 

Cante o guitarra: Camarón de La Isla; Enrique Morente; Moraíto, La Perla de Cádiz; Paco de 

Lucía;  Antonio  Carmona,  Josemi  Carmona  (ex­integrantes  do  grupo musical  Ketama);  Miguel  Poveda;  Estrella  Morente;  Niña  Pastori;  Lya Córdoba; Sara Vega, entre outros.

Obs: Selo Discográfico Lola Records criado por Alejandro Sanz em 2010, em que apresenta em seu casting, somente jovens artistas flamencos, como Lya Córdoba.

Baile:  Joaquim  Cortez;  Sara  Baras;  Eva  Yerbabuena;  Domingo  Ortega; Inmaculada Ortega; entre outros.

Cinema: Carlos Saura 

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Música e Literatura“Romance de la luna,luna”: Federico Garcia Lorca (ROMANCERO GITANO,de 1928)Gravado por Camarón de la Isla

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“Don’t go Camarón”: Alejandro Sanz

Hala…Hala…Ay…lo que han dicho de mí…El cante como lo haga, el cante como lo haga…como Camarón lo hacía…como Camarón lo 

hacía.Que se olviden las Cigalas, que se olviden las Cigalas, prima…que se olviden las Cigalas.Hey don’t go…Hey don’t go…ay, dímelo, dónde estás, corazón, Camarón…tu corazón…

Yo te necesito, quiero escuchar tu voz en este mundo frío, en este mundo sin razón.Ay, qué pena que se acabara, qué pena por la manera, qué pena que pase el tiempo y me 

siga dando pena.Qué pena que se acabara, qué pena por la manera, qué pena que pase el tiempo y me siga 

dando pena.Qué pena, niña…qué pena…dímelo, dímelo, dímelo, dímelo tú…dímelo tú, dímelo tú, dímelo.

Camarón, cántame, no te vayas a callar. Camarón, dímelo, por qué hoy no sale el sol, Camarón.

Dónde está ese corazón, dónde este ese alma…dónde…dónde está ese alma.Tu madre Juana, tu padre Luis…Tú cantas en la fragua, yo te siento aquí…

Hey don’t go…Hey don’t go…Cai…Cai es la tierra más rara…rara…Por Camarón ½…me dan 200 Cigalas, ay, Cai…ay, qué tierra más rara eres…rara…

El cante como lo haga, el cante como lo haga….El cante como lo haga, el cante como lo haga….como Camarón lo hacía…como Camarón lo 

hacía.Que se olviden las Cigalas, que se olviden las Cigalas, prima…que se olviden las Cigalas.

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“Poema 15” (Me gustas cuando callas): Pablo Neruda (20 poemas de amor y una canción desesperada, de 1924),

Declamado por Alejandro Sanz (CD Tributo a Neruda, de 2000))

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Um pouco mais de MúsicaProjeto Positive Generation: Lançado em 1º de dezembro de 2011,

em parceria com o MSF Espanha e a Universal Music, e a colaboração de artistas como Alejandro Sanz, Antonio Carmona, Juan Luis Guerra, entre

outros.

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http://www.youtube.com/watch?v=DQFtRbKwwWI

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A curva da cintura : Arnaldo Antunes, Edgard Scandurra & Toumani Diabaté

Projeto gravado em São Paulo, e em Mali, África, lançado no ano de 2011.

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http://www.youtube.com/watch?v=5WCMwIC9MXw

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Blog Piénsalo bien en E/LE

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Por Derecho: Alejandro Sanz (2000) 40 vueltas al sol (2009)

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COSTA, Nelson Barros da. “As letras e a letra: o gênero canção na mídia literária”. In: DIONÍSIO, A. P.; MACHADO, A. R. BEZERRA, M. A. (Org.). Gêneros textuais e Ensino. 2. ed. Rio de Janeiro: Lucerna, 2003. p. 107-121.

FLOR, DE LA, Clara. “El origen del Flamenco” In: Revista El mundo en español: cultura y civilización, Madri, Habla con eñe, 2011, pág.108.

JUNGER, Cristina de S. Vergnano. Cultura privilegiada/cultura marginada: reflexiones sobre qué trabajar en clases de E/LE. In: Actas del V Seminario de dificultades específicas para la enseñanza del español a lusohablantes. La integración de los aspectos culturales en la clase de español como lengua extranjera. São Paulo: Consejería de Educación y Ciencia de la Embajada de España en Brasil. 1997.

LAIGLESIA, Juan Carlos. Alejandro Sanz: Por derecho. Plaza Janés, Barcelona: 2000.MIRANDA, Neusa Salin. (2000). Uma proposta curricular para a formação de professores de português. Boletim da Associação

Brasileira de Lingüística. Fortaleza, v.25. p.203-209. Dezembro.

NÓVOA, António. (2003). A formação tem de passar por aqui: as histórias de vida no projetoProsalus. In: NÓVOA, A. e FINGER, Matthias (org.) O método (auto)biográfico e aformação. Lisboa: Ministério da Saúde, Departamento de Recursos Humanos da Saúde, p. 109-130.OLIVEIRA, Maria Bernadete Fernandes de.Sala de Aula de língua e práticas cidadãs. Trabalhos de Lingüística Aplicada.

Campinas, (41), p. 65-74, Jan./Jun.2003.PARAQUETT, Márcia. Da abordagem estruturalista à comunicativa: um esboço histórico do ensino de Espanhol Língua Estrangeira

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SALLÉS MARTÍNEZ, Matilde. Tareas que suenan bien. El uso de canciones en clase de ELE. Ministerio de Educación, Cultura y Deporte. Consejería de Educación en Bélgica, Luxemburgo y Países Bajos, 2003.

SANZ, Alejandro. Cancionero 40 vueltas al Sol. Cancioneros. Madrid: Ediciones Planeta, 2009.

Documentos digitais:DE LA ISLA, Camarón. Romance de la luna: Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=uIOM4-7VEy0 > Último acesso em

07/05/2012.CD DVD: Disponível em: <http://www.acurvadacintura.com.br/ >, Último acesso em 08/05/2012.CD Positive Generation. Disponível em <http://www.positivegeneration.org/>, Último acesso em 12/02/2012.“Flamencos en Nova York”, do documentário Entre dos aguas exibido pela TVE em 2011. Disponível em: <

http://www.rtve.es/television/entre-dos-aguas/capitulo-8/> Ùltimo acesso em 16/02/2012.FONTANA, Victoria. Disponível em: <http://www.victoriafontana.com> Ùltimo acesso em 15/03/2012.HERREROS LÓPEZ, Elena. Disponível em: < www.Elohe.es> Ùltimo acesso em 15/03/2012.PALACIOS CRUZ, Juan. “ El Flamenco hoy (6),Los palos(II):La bulería”.In: Rinconete. Disponível em: <

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15/03/2012.SANZ, Alejandro. Me gustas cuando callas. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=PipP2kO2RCA > Último acesso em

07/05/2012.