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7/21/2019 A Matria Expressiva
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A MATRIA EXPRESSIVA
A Dialtica da matria expressiva, comos processos de imaginao e criaono ensino e aprendizagem da Arte
Ms Claudia k retzer
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Qual a importncia da matria para o processo
de ensino e aprendizagem da arte?
O que nos aproxima da matria ?
Como se d o dilogo! Por aproximao ou
distanciamento?
Como se d o equilbrio da resistncia com a
vontade?
ALGUMAS INTERROGAES
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As matrias diversas, que se estendem
entre os plos dialticos extremos do
duro e do mole, designamnumerosssimos tipos de adversidades
Gaston Bachelard
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NichoPolicrmico -
Toca do
Boqueiro da
Pedra Furada -
Serra da
Capivara - PI
Nicho Policrmico - Toca do Boqueiro da Pedra Furada - Serra da Capivara - PI
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Lygia Clark (1920 1988)
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Frans KrajcbergInstallation, 1988 (palmiers & pigments naturels h. 300)
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Vik Muniz, 2007
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Fundamentos tericos
Torna-se evidente que no trabalho excitado de modos to diferentespelas matrias duras e pelas matrias moles que tomamos conscincia denossas prprias potncias dinmicas, de suas variedades, de suascontradies(BACHELARD, 2001, p.16)
Assim a matria nos revela as nossas foras. Sugere uma colocao de
nossas foras em categorias dinmicas. D no s uma substnciaduradoura vontade, mas tambm esquemas temporais bem definidos nossa pacincia. (BACHELARD, 2001, p.19)
A matria nosso espelho energtico; um espelho que focaliza asnossas potncias iluminando-as com alegrias imaginrias (BACHELARD,2001, p.20)
(...) a realidade material nos instrui. De tanto manejar matrias muitodiversas e bem individualizadas, podemos adquirir tipos individualizadosde flexibilidade e de deciso(BACHELARD, 2001, p.21)
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Fundamentos tericos
Atravs do trabalho da matria, nosso carter adere de novo a nossotemperamento(BACHELARD, 2001, p.24).
De fato, s na medida em que o homem admita e respeite osdeterminantesda matria com que lida como essncia de um ser, podero seu esprito criar e levar vo, indagar o desconhecido(OSTROWER,2001, p. 32).
A materialidade no , portanto um fato meramente fsicomesmo quando a matria o . Permanecendo o modo de seressencial de um fenmeno e, consequentemente, com issodelineando o campo de ao humana, para o homem as
materialidades se colocam num plano simblico visto que nasordenaes possveis se inserem modos de comunicao. Pormeio dessas ordenaes o homem se comunica com os outros(OSTROWER, 2001, p.33)
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*A dureza e a moleza dos materiais so resistnciasimpostas pela prpria natureza terrestre. a partir dela,que tomamos conscincia de nossas prprias potncias.
*Manejar materiais e matrias diversas e bemindividualizados, colabora em adquirir tipos
individualizados de flexibilidade e de deciso.
*O mundo das imagens nos estimula e desperta oinstinto, o que de primordial ao SER. Nos provoca desta
forma, uma reao.
*O homem dialoga, se relaciona com o mundo dasmatrias, imagens e das foras.
Gaston Bachelard
REVENDO
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Criar representa uma intensificao
do viver, um vivenciar-se no fazer.
Fayga Ostrower
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Fundamentos tericos
Oque, portanto se coloca aqui que, para poder ser criativa,a imaginao necessita identificar-se com a materialidade.Criar em afinidade e empatia com ela, na linguagemespecfica de cada fazer(OSTROWER, 2001, p.39).
Quando desconhecemos a materialidade da msica, esobretudo no a vivenciamos enquanto materialidade, torna-se impossvel ter noo do processo de criao musicalporque ele um problema de linguagem musical. No
sabemos o que em realidade significa imaginarmusicalmente(IDEM, p.35)
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Fundamentos tericos
No s a ao do indivduo condicionada pelo meio social, comotambm as possveis formas a serem criadas tm que vir ao encontro deconhecimentos existentes, de possveis tcnicas ou tecnologias,respondendo a necessidades sociais e aspiraes culturais (OSTROWER,2001, p.40)
Assim o conceito de materialidade no indica apenas umdeterminado campo de ao humana. Indica tambmcertas possibilidades do contexto cultural, a partir denormas e meios disponveis. Com efeito, para o indivduoque vai lidar com a matria, ela j surge em algum nvelde informao e j de certo modo configuradaisso, em
todas as culturas; j vem impregnadas de valoresculturais. A materialidade seria, portanto, a matria comsuas qualificaes e seus compromissos culturais(OSTROWER, 2001, p.43).
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Arthur Bispo Do Rosrio
Manto de Apresentao (1989)
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Arte Popular
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Cermica indgena hoje
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KaiapXicrim - Par
Arte Plumria
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Como ento, no proporcionar aos alunos este contato?
Como falar do sentido da arte se no possibilitamos a
dialtica da matria?
Como no coloc-los de frente a matria resiste ou
malevel para vivenciarem o verdadeiro devaneio?
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A DIALTICA DA MATRIA COM A OBRA
Nosso a pego aos materiais tem sua base em nossasemelhana orgnica com eles. Nessa afinidade sefundamenta toda a nossa ligao com a Natureza. Osmateriais e a humanidade so, ambos, derivados daMatria. Sem esse estreito apego aos materiais e sem esseinteresse pela sua existncia, a ascenso de toda nossa
cultura e civilizao teria sido impossvel. Amamos osmateriais porque amamos a ns mesmos.
Naum Gabo
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A DIALTICA DA MATRIA COM A OBRA
Joseph Beuys, A matilha, 1969
Durante a querra, o artista aps a quedado avio, foi salvo pelos trtaros, queenvolveram seu corpo com gordura efeltro. Beuys usou esses materiais como
smbolos artsticos de cura esobrevivncia. Lanou-se na atividade deprofessor (foi ele quem deu incio Universidade Livre Internacional) e reuniuem torno de si muitos seguidores.
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A DIALTICA DA MATRIA COM A OBRA
Marc Quinn, Eu (detalhe),1991
Quinn tirou cerca de 4,5litros de seu prprio corposangue (a quantidade mdia
em um corpo humano), queesculpiu sua prpriaimagem, fundiu e congelou> um estudo assustador doautorretrato, bem como davitalidade e da mortalidade.
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A DIALTICA DA MATRIA COM A OBRA
Tony Oursler, A mquina de influncia, 2000
As projees ao ar livre de Ourslertransformaram a Soho Square, em Londres,em uma psicopaisagem,na qual se invoca oesprito do local, com rvores e edifcios
falantes, cabeas que conversam como noMgico de Oz, luzes, sons e espectros. Tudoisso provoca uma sensao fantasmagrica,como se fosse uma grande sesso esprita aoar livre.
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A DIALTICA DA MATRIA COM A OBRA
Robert Smithson, Quebra-mar em espira,
1970
Um contato de arrendamento, com vinteanos de durao, garantiu a criao daobra mais conhecida de Smithson, umaestrada espiralada, feita com pedras de
basalto negro e terra, que se projeta nasguas do Great Salt Lake, em Utah,avermelhadas devido presena das algase dos resduos qumicos.
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Tudo recomea, tudo comea somentepara aquele que sabe ser
espontaneamente espontneo.
Gaston Bachelard
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Nelson Cruz, Autor e Ilustrador
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BIBLIOGRAFIA
BACHELARD, Gaston. A Terra e os Devaneios da Vontade. Trad. MariaErmantina Galvo. So Paulo: Martins Fontes, 2001.
CHIPP, Herschel Browing. Teorias Da Arte Moderna. Trad. Waltensin Dutra.2ed. So Paulo: Martins Fontes, 1996.
DEMPSEY, Amy. Estilos, escolas e movimentos: guia enciclopdico da artemoderna.Trad. Carlos Eugnio M. de Moura. So Paulo: Cosas Naif, 2010
OSTROWER, Fayga . Criatividade e Processos De Criao.15 ed. Petrpolis:Vozes, 2001.