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    A Moral ComunistaV. Kolbanoski

    1947

    Primeira Edio: ......Fonte: Problemas - Revista Mensal de Cultura Pol tica n 17 - FevereiroMaro de 1949.Transcrio e HTML: Fernando A. S. Arajo, Julho 2008.Direitos de Reproduo: A cpia ou distribuio deste documento livre e indefinidamentegarantida nos termos da GNU Free Documentation License.

    As questes de moral, assim como todas as questes da vida social, pelaprimeira vez foram colocadas em slidas bases cientificas quando surgiu omateriallsmo histrico, que a verdadeira cincia das leis do desenvolvimentosocial.

    luz do materialismo histrico, revela-se claramente a inconsistncia dasconcepes idealistas da moral. Ficam assim expostos os defeitos das teoriassobre moral, correntes at antes do aparecimento da filosofia materialista deMarx.

    Os manuais idealistas ou ligam a moral religio, afirmando que asconcepes morais dos homens se originam da "razo divina", ou a atribuem aum sentimento moral particular, a uma conscincia do dever moral instintiva daalma humana.

    Ordinariamente as concepes idealistas da moral apresentam a questocomo se em todos os tempos e entre todos os homens existissem, concepesidnticas, e reconhecidas de modo geral, sobre o que bom e o que mau.

    A afirmao de que a moral eterna e no se altera no privilgio apenas

    das teorias idealistas. Os materialistas anteriores a Marx e Engels tinham pontode vista idntico, embora rejeitassem a origem divina da moral e tentassem ligaras concepes t icas aos pon tos de vista materialistas sobre a natureza.

    Ao contrrio das diversas teorias no cientificas sobre a moral, o marxismoapresenta a tese de que o homem, em todas as suas manifestaes psquicas,em toda a sua vida intelectual e moral, o produto de um meio social e,sobretudo, de um meio social concretamente especfico, determinado ele prprio,em ltima anlise, pelos meios de produo.

    Por essa razo no pode haver um sistema de moral definitivo e em geralaceito como bom para todos os tempos e para todos os homens. No s aconcepo e o julgamento do bem e do mal diferem em cada poca, como at,nos limites da mesma e nica poca, diferem as teorias morais e so contrrias

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    entre si as concepes das classes sociais antagnicas.

    Salienta Engels que na sociedade burguesa distinguem-se nitidamente trsformas de moral: a moral que nos ficou como herana do feudalismo, a moral daburguesia e a moral do proletariado.

    Mas se nas condies de uma sociedade caracterizada por seus antagonismos

    internos, a moral se apresentava inevitavelmente como moral de classe e nopode, portanto, ser reconhecida por todos, na sociedade que no conheceantagonismos de classes, criam-se condies para o triunfo de uma moralcomum a todos os homens. A propsito, escrevia Engels:

    "A moral verdadeiramente humana, que se elevar acima dascontradies e das reminiscncias de classes, s ser possvel na etapado desenvolvimento social em que o antagonismo das classes tenhasido no apenas eliminado, mas em que at os seus vestgios tenham

    desaparecido da vida prtica"(1)

    .Os fundadores do marxismo descobriram a natureza de ciasse da morai e

    mostraram suas origens e evoluo na histria da sociedade humana. Nascondies de nossa poca, entretanto, os grandes mestres do proletariadoapencs puderam esboar, em traos largos, os contornos da futura moralcomunista.

    Deve-se a Lnin e a Stlin a descoberta posterior das manifestaes e daessncia da moral comunista. Em seu notvel discurso perante o III Congressodas Juventudes Comunistas da Rssia, Lnin deu a caracterstica do contedo damoral comunista, traando suas linhas essenciais. E o camarada Stlin,generalizando a grande experincia da luta do Partido e do povo sovitico para aedificao do socialismo em nosso pois, desenvolveu as idias de Lnin sobre amoral comunista.

    Em suas intervenes, o camarada Stlin indicou como devia proceder ummembro do Partido Bolchevique, para ser digno desse ttulo; mostrou o quedevia ser um homem poltico do tipo Leninista; explicou o que se exige de cada

    cidado sovitico para que esteja ao nvel da moral comunista e da condutacomunista. Nessas intervenes, o camarada Stlin deu a caracterstica do papelda edificao sovitica e da atividade dirigente do Partido Bolchevique e noensino da moral comunista. As intervenes do camarada Stlin mobilizam asmassas na luta pela vitria do comunismo, educam o povo num esprito depatriotismo a toda prova, no esprito da moral comunista.

    A moral comunista a fase superior do desenvolvimento da moral proletria,que comea a elaborar-se dentro do quadro do capitalismo, na luta contra amoral burguesa, que ocupa a posio dominante no regime capitalista. A moralque domina na sociedade burguesa determinada pelas relaes capitalistas deproduo, caracterizada pela explorao do homem pelo homem. Em que sebaseia, afinal, a sociedade burguesa, do ponto de vista moral? A essa questo,responde Lnin:

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    "Baseia-se no princpio de que ou tu roubas aos outros ou os outroste roubam; ou trabalhas para os outros ou os outros trabalham para ti;ou s o senhor dos escravos ou tu sers o escravo. E compreensvelque os homens formados numa tal sociedade tenham, por assim dizer,bebido no leite materno a psicologia, os hbitos, as concepes ou deum senhor de escravos ou de um escravo, de um pequeno proprietrio,de um pequeno funcionrio ou de um intelectual numa palavra, deum homem que apenas se ocupa de uma coisa: ter algo para si, e quese desinteressa do resto.

    Se eu sou o dono deste pedao de terra, que me importa osemelhante; se o prximo tem fome, melhor, pois venderei meu trigomais caro. Se tenho meu lugarzinho como mdico, como engenheiro,professor, empregado, estou-me rindo do prximo. Se eu frindulgente, adulador do poderio dos ricos, talvez raciocina ele possa conservar meu lugarzinho e quem sabe mesmo se no poderei

    tornar-me burgus". (2)

    Essa ordem de coisas capitalistas engendra homens que so, do ponto devista moral, uma pepineira de egosmo empedernido e de insensibilidade emrelao ao destino humano. A realidade capitalista engendra o mal e o crime,pelo prprio carter das relaes que estabelece entre os homens. Isto foidemonstrado pelo escritor ingls D. Priestley em sua pea "Ele Chegou". Nessaobra, o autor representou uma honrada famlia burguesa da Inglaterra, da qualtodos os membros, o pai, a me, o filho, a filha e o noivo da filha foram culpados

    pela morte de uma jovem operria, embora nenhum deles tivesse desejado amorte dessa jovem. Mas objetivamente, pela lgica das relaes existentes nasociedade burguesa, cada um dos membros dessa famlia burguesa teve suaparte de responsabilidade no crime.

    O capitalismo engendra tipos humanos que, mesmo ao reconhecerem ocarter desumano da ordem de coisas capitalista, evitam de todas as formaslutar contra o mal e a injustia e so inteiramente absorvidos por seu pequeno emesquinho mundo, por seus interesses estreitos e prosaicos. Tal , por exemplo,

    o "jogo de dama" da novela de Wells:"Vejo bem, diz ele, que nos achamos ainda sob o domnio do homemdas cavernas e que este prepara um reaparecimento em grande estilo.. . Que volte a idade da pedra, que seja, como dizeis, o declnio dacivilizao, realmente uma pena; mas, esta manh, nada posso fazer.Tenho minhas obrigaes. Acontea o que acontecer, vou jogar damascom minha tia".

    Quanto mais avana o capitalismo, tanto mais se aprofunda o precipcio entreos preceitos morais, de um lado, e a conduta real, a verdadeira atividade doshomens, de outro lado. Os prprios idelogos do capitalismo tm que concordarcom isso. Um dos conselheiros de Roosevelt, James Arburg, que foi, em certoperodo, diretor de propaganda do Bureau de Informao de Guerra, escreveu

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    em seu livro intitulado: "A poltica externa comea no prprio pas":

    "O modo de vida atual na civilizao europia, um conflito insolvel,pois, do ponto de vista tico e religioso, a civilizao baseia-se na f,na justia e na igualdade, mas na vida prtica o que reina a doutrinada seleo natural e da eliminao dos mais fracos".

    claro que no se pode falar da pretensa "seleo natural", que dizem reinarna sociedade. A verdade que a civilizao burguesa atual cada vez menoscompatvel com as exigncias elementares da moral humana, embora palavrascomo "o bem", "a equidade", ressoem freqentemente nos discursos dos homensque servem ao capitalismo.

    Como harmonizar as palavras liberdade, progresso, humanidade usadaspelos representantes oficiais da sociedade burguesa, na Amrica do Norte, porexemplo, com a hierarquia de raa que de fato reina ali e que est emcontradio com as mais elementares exigncias da moral humana? Comoharmonizar essas exigncias elementares com o desprezo e os atos desumanoscontra a populao, que se tornaram hbito nos Estados Unidos?

    Desde as primeiras etapas do desenvolvimento da sociedade burguesa,surgiu com toda a nitidez a diferena entre a propaganda oficial dos princpioselevados de igualdade humana, de fraternidade e de liberdade, e as relaesexistentes na sociedade burguesa, onde reina a explorao, a opresso e umacompetio desenfreada. Esta circunstncia marcou com o selo do tartufismo eda hipocrisia a moral burguesa. A propagao dessa moral reveste-se de umcarter servil, arranjado para disfarar a hediondez da realidade, justificar aordem capitalista, defend-la contra o inconformismo crescente das massastrabalhadoras.

    Com o desenvolvimento da sociedade burguesa, medida que a ordemestabelecida se torna um obstculo ao desenvolvimento das foras produtivas eque a luta de classe entre o proletariado e a burguesia se exacerba essasformas da ideologia burguesa, sob as quais os interesses de classe da burguesia,inclusive a moral burguesa, aparecem como sendo os interesses gerais, perdem

    seu contedo real e se tornam frases vazias, engodo consciente, premeditadahipocrisia. E quanto mais a vida demonstra a mentira e a falsidade interna dessamoral, tanto mais a linguagem da sociedade burguesa oficial se torna hipcrita.

    O grande dramaturgo ingls Bernard Shaw ridicularizou, com seu estilomordaz, a ttica do burgus britnico que comete as coisas mais infames sob amscara da caridade crist. Diz ele, em "O Homem do Destino":

    "E sempre, e para todos os casos, tm mo uma atitude de homemde boa moral. Como grande combatente pela liberdade e aindependncia nacional, conquista e anexa ao seu pas a metade domundo e chama a isso colonizar, necessrio, por exemplo, um novomercado para suas mercadorias acumuladas em Manchester? Ento eleenvia rapidamente um missionrio a tal parte e, em seguida, tomando

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    das armas, vai no rastro do missionrio defender a cristandade. Ele sebate pela cristandade, faz suas conquistas em nome do cristianismo eapodera-se do mercado como de uma recompensa celeste".

    Por outro lado o capitalismo moderno engendrou e engendra verdadeirosapologistas do canibalismo, os quais tentam cada vez mais soltar a besta queexiste no homem. Atravs dos imperialistas alemes reacionrios, cultivou-se e

    alimentou-se o fascismo, que conduziu aos limites extremos a ideologa do dioentre os homens, a prtica do extermnio brbaro e em massa dos homens, aprtica da destruio da cultura material e espiritual da humanidade. O diablico"fuehrer " dos fascistas alemes declarou:

    "Eu liberto o homem da quimera aviltante que tem por nomeconscincia. A conscincia, assim como a instruo, deforma o homem.Tenho a vantagem de que nenhuma considerao de carter terico emoral me detm".

    O condutor dos modernos canibais, que se declarou o smbolo do princpio doamoralismo, conseguiu arrastar milhes de alemes na senda dos crimes maismonstruosos contra a humanidade.

    Devido vitria militar contra o imperialismo alemo e japons, o fascismosofreu uma derrota moral e poltica. Entretanto, os crculos reacionrios domundo imperialista atual tentam, cada vez com maior insistncia e obstinao,impedir a derrota poltica e moral definitiva do fascismo, cultivando a ideologiado dio humano, representada pelo racismo, chamando em seu socorro asrevivescncias do canibalismo, a fim de ter o terreno preparado para realizar seuplano de agresso, sua poltica de conquista territorial e de escravizao dospovos.

    S uma luta enrgica das foras progressitas da humanidade contra as forasda reao poder assegurar a derrota moral e poltica definitiva do fascismo.Nesta luta das foras progressistas, visando liquidar completamente a ideologiabestial do fascismo e extirpar o canibalismo fascista, cabe o primeiro papel URSS como baluarte da democracia e do progresso. Nos pases estrangeiros so

    os representantes de vanguarda da classe operria, lutando sob a bandeira dasidias sociais e polticas mais avanadas e sob a bandeira de uma moral devanguarda, que esto combatendo o fascismo de maneira conseqente.

    A histria confiou ao proletariado a grande misso de liquidar a estrutura declasse da sociedade, de liquidar a explorao e as causas que lhe do origem ede criar um novo regime social o comunismo.

    Do ponto de vista proletrio, s moral a conduta dos homens baseada nagrande luta pela libertao da humanidade de todos os jugos e de quaisquerformas de explorao.

    Qualidades de carter tais como a honestidade, a sinceridade, a dedicao, acoragem, a energia e a solidariedade entre camaiadas, a dedicao causa da

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    libertao dos trabalhadores e muitas outras qualidades morais, desenvolveram-se e fortaleceram-se entre os massas trabalhadoras; embora a burguesia tenhabrutalmente espezinhado esses princpios morais e empestado a atmosfera socialcom o egoismo, a extorso, a hipocrisia e outros sentimentos amorais.

    Ainda no incio de sua atividade revolucionrio, observando os operrios queentravam no movimento socialista, afirmou Marx:

    "A fraternidade humana em seus lbios no apenas uma frase, masuma verdade, e de seu rosto endurecido pelo sofrimento toda o belezada humanidade nos contempla" (3).

    O desenvolvimento da moral proletria manifestou-se com particular nitidezem nosso pas, porque, devido a condies histricas, foi ele o primeiro acomear a reconstruo da sociedade em base socialista.

    O movimento oparrio em nosto pas, nascido mais tarde de que nos outrospases europeus, chocou-se com a reco feroz da polcia do tzarismo.

    Os bolcheviques, que a autocracia transformava nos revolucionrios maisconseqentes e irredutveis, sofreram particularmente suas cruis sevcias.

    Achando-se no prprio mago do movimento operrio, os bolcheviqueselevaram o nvel da conscincia poltica dos operrios, cultivaram em si ossentimentos necessrios vitria da classe operria, da solidariedade de classe,da unio entre camaradas, o sentimento da dedicao.

    A luta pela honestidade moral, pela firmeza e o esprito de princpio entre osrevolucionrios profissionais e entre todos os operrios que participavam nomovimento revolucionrio, forma uma das pginas mais brilhantes da histria dobolchevismo na Rssia.

    II

    A MORAL comunista a moral de tipo novo, e sua base difere da base das

    outras morais que a precederam. Por isso tem outro contedo e outra suamisso.

    Na sociedade que assenta sobre a propriedade privada, a moral que domina,ao lado do direito, destina-se a manter a instituio da propriedade privada. Aburguesia apenas colocou a lei do Estado a servio desta instituio: declarouque a propriedade privada era sagrada e inalienvel, emprestou-lhe um aspectomoral e religioso. A moral que domina na sociedade burguesa consagra o regimede explorao e desigualdade, o regime de opresso e escravido criado pela

    propriedade privada.Bem ao contrrio da moral burguesa, a moral comunista, da mesma forma

    que o direito comunista, destina-se a servir ao fortalecimento da propriedadesocialista coletiva. Na sociedade em que a terra, as fbricas e as usinas deixaram

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    de ser a propriedade dos exploradores e se tornaram apangio do povo inteiro, apropriedade socialista coletiva sagrada e inalienvel; tem seu defensor fiel nos no direito socialista, como tambm na moral comunista. A moral comunistadefende o novo regime social criado na base da propriedade socialista coletiva,regime de que foram banidas a explorao e todas as formas de opresso eescravizao. Lnin acentuou:

    "A moral comunista baseia-se na luta pelo fortalecimento e peloaperfeioamento do comunismo" (4).

    Desta finalidade da moral comunista deriva seu contedo de princpiosdiferentes. Se, na sociedade baseada nos princpios da propriedade privada dosmeios de produo, alimentada entre os homens a psicologia da propriedadeprivada em todas suas manifestaes amorais, na sociedade socialista, ondeexiste a propriedade socialista coletiva dos meios de produo, estabelecem-serelaes de solidariedade entre todos os seus membros, que possuem interesses

    comuns, fins comuns e aspiraes comuns.Durante a transformao socialista da sociedade, realiza-se entre os homens

    uma renovao do sistema moral; a antiga psicologia, ligada propriedadeprivada, substituda pela psicologia do apoio mtuo a servio da causa comum.Os homens perdem pouco a pouco os antigos hbitos e tradies, os sentimentosde cupidez e desse egosmo calculado e frio que a sociedade burguesa cultiva.Em sua obra "Anarquismo ou socialismo?", escreveu o camarada Stlin:

    "No que se refere s opinies e aos sentimentos brbaros dos homens,no so to antigos como alguns pensam: houve tempo, na poca docomunismo primitivo, em que o homem no conhecia a propriedadeprivada; veio o tempo da produo individual em que a propriedadeprivada se apoderou dos sentimentos e da razo dos homens;aproxima-se um tempo novo, o tempo da produo socialista queh, pois, de extraordinrio em que os sentimentos e pensamentos doshomens se embebam nas aspiraes socialistas? Pois no certo que otipo da vida determina "os sentimentos" e as "opinies dos homens"?"(5).

    A experincia, de importncia histrica mundial, da edificao do socialismoem nosso pas, demonstrou em seus contornos prticos o processo datransformao socialista da conscincia dos homens, o processo da formao damoral comunista.

    Os homens que se ligaram edificao do socialismo, saram da sociedadecapitalista. natural que, em sua maioria estivessem sob a influncia detradies, hbitos, preconceitos, vestgios do passado, que se fizeram sentir

    fortemente na conscincia dos milhes de homens chamados a edificar uma vidanova.

    Este o caso principalmente das massas camponesas, mas tambm foi o caso

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    de amplas camadas de trabalhadores que no tiveram imediatamente aconscincia dos interesses comuns do Estado. No entanto, na base da edificaosocialista, que principiou a se desenvolver, e graas ao trabalho de organizao eeducao do Partido Bolchevique, as fileiras dos operrios de vanguarda, peloseu exemplo de dedicao e herosmo, cresceram rapidamente.

    Desde os primeiros anos de existncia do Estado Sovitico, a atitude

    comunista dos operrios em face do trabalho, evidenciando a existncia de novasrelaes entre os homens as relaes de ajuda e apoio recprocos manifestaram-se com bastante clareza. Os " domingos comunistas " ocomprovam.

    O valor particular da iniciativa dos operrios na organizao de "domingoscomunistas " estava, conforme indicou Lnin, na preocupao desinteressada

    "dos operrios de base, em aumentar a produtividade do trabalho,zelar cada "pud" (medida equivalente a 16 kg.) de trigo, de carvo, deferro e de produtos destinados, no especialmente ao operrio, nem aseus parentes, ou amigos mais prximos ou afastados, mas sociedade em seu conjunto s dezenas e centenas de milhes dehomens reunidos, primeiro num s Estado socialista e depois na Uniodas Repblicas Socialistas"(6).

    Mas enquanto na economia do pas subsistiam numerosas camadas sociais eenquanto a agricultura produzia pouco para o mercado, a massa dos milhes decamponeses continuava com a herana do passado, ainda sob a influncia dapsicologia da propriedade privada.

    O desenvolvimento da moral comunista entre as massas camponesas sencontrou terreno propcio quando, segundo o projeto genial do camarada Stlin,e sob sua direo, os camponeses de nosso pas foram reunidos nos kolkozes. Snos kolkozes a conscincia dos milhes de camponeses comeou a tornar-sesocialista.

    No regime kolkozeano o campesinato encontrou a forma de sua unio, a

    forma da colaborao e da ajuda mtua entre camaradas, forma que constituabase da conscincia e da moral comunista. A vitria do regime kolkozeano levouigualmente ao fortalecimento considervel dessas relaes amistosas entre oscamponeses e operrios de nosso pas e a um fortalecimento da unio entreessas duas classes.

    Durante a edificao socialista e graas a seus resultados, surgiram novosintelectuais, animados de sentimentos fraternais em relao aos operrios ecamponeses e agindo de acordo com eles. Desta forma, devido vitria dosocialismo, liquidao das classes exploradoras na sociedade sovitica, formou-se e consolidou-se a unidade moral e poltica de nosso povo.

    A ajuda mtua fraternal tambm triunfou nas relaes entre todas as naese povos de nosso pas. A formao da unidade moral e poltica da sociedade

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    sovitica marcou a consolidao das naes, a verdadeira unidade nacional. Oslaos que unem os homens, na base de suas tradies nacionais, foram pelaprimeira vez libertados do carter de antagonismo inerente nao na sociedadeburguesa, sociedade em cujo seio a noo dividida por contradies internas declasses. A verdadeira simpatia mtua triunfou entre todos os homenspertencentes a uma determinada nao e unidos pela comunidade de sua histriae de sua cultura. Ao mesmo tempo, esses sentimentos de simpatia entre homensunidos pela origem nacional, harmonizam-se com os sentimentos de amizade emrelao aos homens das outras nacionalidades. A amizade cresceu e se fortificouentre os povos, paralelamente com os resultados da edificao do socialismo.

    Assim, no domnio das relaes entre classes e grupos sociais, da mesmamaneira como no domnio das relaes entre naes, triunfou um verdadeirosentimento de humanidade.

    Tudo isto significa que na sociedade socialista, o sentimento de humanidade,

    nas relaes mtuas entre os homens, adquire realmente essa universalidade todecantada em todos os estatutos morais de todos os tempos, mas que seconserva como uma palavra vazia de sentido, nas sociedades internamenteantagnicas.

    por isso que a moral comunista reconhecida por todos os povos e recebeassim a consagrao que nenhuma outra sociedade poderia receber, ao contrrioda sociedade burguesa, onde coexistem sistemas opostos de moral e onde amoral das classes exploradoras dominantes imposta aos trabalhadores comtoda a espcie de falsidades. Na sociedade socialista, a moral comunistaexistente goza do apoio geral. Explica-se desta forma o fato de que, ao contrrioda moral dominante nas sociedades internamente antagnicas, que semprecaminha de par, com a religio, tendo necessidade dela como tutor, a moralcomunista est liberta de tal unio.

    Para que a moral das classes exploradoras dominantes possa ser inculcadano povo, necessita do beneplcito e do apoio da religio. Quanto moralcomunista, esta no tem necessidade de ser consagrada pela religio, visto que sincera, correspondendo inteiramente aos interesses do povo, e sendo aexpresso de sua conscincia e de sua vontade, apoia-se em sua unanimidade egoza do reconhecimento geral.

    Os princpios da moral comunista so princpios sinceros e tm basecientfica. A moral comunista, criada pelas necessidades da classe social maisavanada, sendo o reflexo fiel, completamente cientfico, de suas necessidades, a moral que educa, ao contrrio da moral burguesa, que degrada e degenera.Engels demonstrou que a nica

    "moral que contm em si os elementos mais numerosos,prenunciadores de uma longa existncia e que exprime o futuro amoral proletria" (7).

    Na medida em que a moral comunista, proletria, exprime o ponto de vista

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    do futuro, interfere, como ideal moral, na base cientfica. Kautsky afirmou quecada ideal moral, via de regra, no tinha base no conhecimento cientfico, masisso no corresponde verdade.

    Na realidade, o ideal moral do comunismo baseia-se no conhecimentocientfico. O Partido Comunista, apoiando-se no conhecimento das leis daedificao do comunismo, define claramente as tarefas que deve cumprir para

    ensinar a moral comunista e formar o homem novo. Estas tarefas de ensino demoral comunista, propostas por nosso Partido, no so um ideal moral sedutorqualquer tm suas razes na prpria realidade.

    Em que se manifesta a moralidade comunista e que exige ela do homem?

    Na sociedade socialista, o bem pessoal de cada um dos membros dasociedade inseparvel do bem geral de todos, o bem geral das classestrabalhadoras e de todo o povo sovitico. Este carter inseparvel do interessepessoal e do interesse social, alm de estender-se a todas as esferas da vida eda atividade do homem, distingue-se pela sua continuidade.

    Numa sociedade de classes antagonistas, h momentos em que os interessesindividuais concordam com os interesses gerais, por exemplo quando a nao, oEstado, est ameaado por um inimigo externo e que do interesse de todos ospatriotas se unirem para lutar contra o inimigo comum. Mas uma talconcordncia de interesses privados e gerais apenas transitria e termina logoque desaparece o perigo de uma invaso estrangeira.

    Na sociedade socialista, a concordncia entre os interesses de todos os seusmembros, existe permanentemente pelo fato de que, em seu trabalho dirio, ohomem sovitico tem nos outros trabalhadores no concorrentes ou inimigos,mas camaradas e amigos.

    Pela primeira vez na histria da humanidade, o domnio do trabalho setornou a arena em que se podem desenvolver e desenvolvem, as foras moraisdo indivduo, sua dedicao causa comum, seus esforos pessoais visando oprogresso geral, sua ajuda aos que esto sendo superados, e sua prpriaaspirao em alcanar os melhores. Isto se aplica na emulao socialista que vmanifestar-se o alto valor moral dos homens, de forma diametralmente oposta crueldade da concorrncia, com seu princpio desumano; lquida aquele que ficoupara trs, caminha sobre aquele que tombou. Lnin nos ensinou que:

    "O comunismo a produtividade de operrios voluntrios, conscientes,unidos, dispondo de uma tcnica de vanguarda; produtividade elevadaem relao produtividade do trabalho capitalista" (8).

    As qualidades morais dos trabalhadores socialistas, baseadas na conscinciaprofissional, na boa vontade e solidariedade dos operrios, so os fatoresdecisivos de uma alta produtividade do trabalho. A moralidade comunista adquireassim o papel de fator extremamente poderoso de nossos progressos.

    https://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/l/lenin.htmhttps://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/k/kautsky.htm
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    Hoje, nosso pas comeou uma nova era de desenvolvimento pacfico erealiza o programa grandioso da edificao econmica e cultural, fixado no novoplano qinqenal. A realizao desse plano representa um passo a frente, egrande importncia, no caminho da completa edificao da sociedade socialista eno caminho da passagem progressiva ao comunismo.

    Na realizao dessa obra, cabe importante tarefa ao Partido Comunista, que

    deve educar os trabalhadores de maneira comunista, que deve desenvolver oprincpio da moral comunista e incorpor-la vida.

    Ensinar a moral comunista , antes de tudo, educar os homens soviticos, a juventude sovitica em particular, no esprito de uma dedicao sem limites causa do comunismo e de abnegao ao servio da ptria socialista. Educar ostrabalhadores de forma comunista, inculcar no povo a dedicao poltica doEstado Sovitico, poltica que constitui a base vital do regime sovitico. Aeducao incompatvel com a falta de esprito poltico. Na resoluo do Comit

    Central do P. C. (b), relativa s revistas "Estrela" e "Lningrado", observa-se:"O regime sovitico no pode aceitar que a juventude seja educadanum esprito de indiferena diante da poltica sovitica, num esprito deconformismo, falho de convices".

    No se serve causa do desenvolvimento e do fortalecimento da moralidadecomunista seno dando convices elevadas e a conscincia do dever comum atodos os cidados.

    A moral comunista, as idias morais comunistas, que so idias devanguarda, possuem como todas as outras idias de vanguarda, a virtude defazer marchar para a frente a sociedade humana. Sobre isso, ensina o camaradaStlin:

    "As novas idias e teorias sociais no surgem seno quando odesenvolvimento da vida material da sociedade colocou novas tarefasdiante da sociedade. Mas, uma vez nascidas, elas tornam-se uma foramuito importante que facilita a soluo das novas tarefas colocadas naordem do dia pelo desenvolvimento da vida material da sociedade efacilita os progressos da sociedade" (9).

    O ensino da nova moral destina-se, em primeiro lugar, a reforar a atitudesocialista, em relao ao trabalho, a favorecr o desenvolvimento da emulaosocialista, aumentar a preocupao dos homens soviticos pelo crescimento econsolidao do poderio econmico e militar da Unio Sovitica. O novo epoderoso impulso da emulao socialista, dado em toda a Unio Sovitica, sob ainiciativa dos trabalhadores das empresas de vanguarda, uma brilhantedemonstrao do crescimento da conscincia comunista dos homens de nossopas. Se no ensinarmos a moral comunista aos homens, intil falarmos dacriao das condies necessrias para passar ao comunismo.

    A questo do ensino da moral, do ensino da atitude socialista diante do

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    trabalho e diante da propriedade sociaJ, tem ainda maior importncia visto queos vestgios do capitalismo ainda no desapareceram da conscincia dos homense que o perigo da influncia da psicologia da propriedade privada, hostil aocomunismo, no foi ainda liquidado em certas camadas da populao. Deve-seigualmente ter em vista que nos anos de guerra, nas regies ocupadas pelosalemes, a populao foi submetida a uma propaganda fascista que tentouimplantar o esprito adequado ao regime da propriedade privada, esprito hostilaos kolkozes e ao Estado.

    Os delapidadores da propriedade social, que causam prejuzo ao Estadosocialista com objetivos de lucros pessoais, ainda no desapareceram.

    A luta contra esses violadores da lei do Estado deve ser severa e impiedosa.Nesta luta, a vigilncia sempre desperta dos homens soviticos perante osvioladores das regras da comunidade socialista, que recorrem, com fins pessoaisde lucros, a roubos, pilhagem, e cuja conduta criminosa causa prejuzo aos

    trabalhadores conscienciosos de nosso pas, tem importncia considervel.A luta contra o relachamento pequeno burgus na produo e na

    administrao uma atitude honesta em relao ao trabalho, uma atitudecuidadosa perante a propriedade socialista coletiva, o cuidado de fortalecer opoderio econmico e militar do pas, so as principais exigncias da moralcomunista.

    No h nada mais progressista, mais digno dos esforos humanos do queservir ao comunismo, que o regime social mais avanado e o mais justo. Servircom desinteresse ptria socialista a mais alta manifestao do dever moral.Por isso o patriotismo do homem sovitico a expresso mais completa e maisconseqente de sua alta moralidade. Foi o que demonstrou, bem claramente, deforma desconhecida at ao presente, a guerra patritica do povo sovitico contraos conquistadores fascistas alemes, durante a qual se desenvolveram, em todaa sua magnificncia, relaes de alta moralidade entre os homens soviticos. Opatriotismo sovitico uma grande fora moral e por essa razo incompatvelcom o nacional-chovinismo; por isso tambm as tradies nacionais dos povos daURSS se misturam de modo harmonioso aos seus interesses vitais comuns. Amoral sovitica considera que toda demonstrao de hostilidade ou de dio paracom os homens de outra nao uma violao das mais grosseiras dessa moral.

    Eis por que o fortalecimento ulterior da amizade entre os povos e aeliminao definitiva de todos os vestgios nacionalistas ocupam um lugar dedestaque no ensino da moral comunista.

    O camarada Stlin, mais de uma vez advertiu contra os vestgios vivos dapsicologia nacionalista. Escreveu ele:

    " necessrio notar que os restos do capitalismo na conscincia doshomens esto mais vivos no domnio da questo nacional do que emqualquer outra. So mais vivos nessa questo, porque tm apossibilidade de se fantasiar sob vestes nacionais" (10) .

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    Os vestgios nacionalistas acabam sempre por se manifestar. Isso se notaespecialmente nas regies que desde h pouco tempo fazem parte da UnioSovitica: nas Repblicas do Bltico, na Moldvia, na Ucrnia e na Bielo-rssiaOcidental, onde necessrio realizar um grande trabalho de educao paraeliminar os vestgios do nacionalismo burgus, assim como os vestgios do velhodio nacional. O anti-semitismo tambm faz parte dos vestgios do chovinismo deraa. O camarada Stlin ensina que:

    "O chovinismo nacional e de raa o vestgio dos caracteresmisantrpicos prprios do perigo do canibalismo. O anti-semitismo,como forma extrema do chovinismo de raa, o mais perigoso vestgiodo canibalismo".

    Uma das tarefas no ensino da moral comunista consiste em extirparcomplementamente os restos dos preconceitos nacionalistas e de raa, emreforar por todos os meios a amizade e o respeito mtuos entre os homens de

    diferentes nacionalidades, tendo em mente o que diz Stlin:"a amizade entre os povos da URSS uma grande e sria conquista,pois, enquanto esta amizade existir, os povos do nosso pas serolivres e invencveis".

    O ensino da moral comunista orientado para a criao de relaes entre oshomens, baseadas nos princpios do humanismo socialista. Estas relaes devemestar impregnadas de um verdadeiro sentimento, humano, excluindo o interessepessoal e o clculo egosta. A ajuda mtua, a amizade sincera, a camaradagem eo profundo respeito pela dignidade da personalidade humana devem ser oapangio de todos os trabalhadores. A moral comunista exige que todas asmanifestaes de insensibilidade e de burocratismo sejam energicamentecombatidas.

    A conduta digna de um membro da sociedade comunista, no seio da famlia, uma das partes integrantes da tica comunista. A moral comunista, que educao homem como cidado, como construtor ativo da nova sociedade, no absolutamente indiferente sua vida familiar. O governo sovitico procura

    fortalecer a famlia sovitica. Elevou a um nvel extraordinrio o ttulo de mulher-me, criando as condies materiais necessrias para ajudar as mes de famlianumerosa. Ensinar tambm ajudar o fortalecimento da famlia sovitica.

    A destruio da propriedade privada dos meios ds produo e a libertao dotrabalho de toda espcie de exploraio so uma base firme para odesenvolvimento progressivo da moral comunista, para que os homens selibertem de todos os vestgios bestiais, incentivados e cultivados durante sculose na sociedade de classes.

    Dentro dos limites do capitalismo, impossvel dominar no homem osvestgios do animal. Aos homens que se preocupam com esta maldade, de que omundo est cheio, mas que no compreendem ou no querem compreender ques a liquidao da explorao do homem pelo homem pode criar as condies

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    necessrias para uma verdadeira existncia humana, a esses homens nada maisresta a fazer do que se entregarem ao desespero e ao pessimismo sem sada.Em nome deles, fala um dos personagens que Wells, o doutor Norbert, que emseu desespero, escreve:

    "O homem ficar sempre como foi: eternamente bestial, invejoso,traioeiro, vido! O homem, nu e sem polimento, sempre o mesmo

    animal medroso, rosnento e feroz tal como era h centenas de milharesde anos. . . O que vos estou dizendo uma verdade monstruosa".

    Somente numa sociedade em que as classes exploradoras foram liquidadas eonde foram criadas condies de relaes verdadeiramente humanas que seabre de fato a possibilidade de destruir entre o homem os vestgios da besta. E,at certo ponto, isto , facilitado pelo fato de que a cultura accessvel a todo opovo.

    A sociedade sovitica, s, cheia de herosmo no trabalho, sem cessar,criando o novo, o mais favorvel para o desenvolvimento de todas asqualidades morais do homem.

    O desenvolvimento das novas qualidades morais efetua-se na luta contra asinfluncias e as revivescncias do passado. As ervas daninhas da moral burguesasero arrancadas, pois, como disse Gorki:

    "Na Unio Sovitica, a vontade do indivduo acha-se limitada, sempreque hostil vontade da massa, consciente de seu direito de edificar

    as formas novas da vida, sempre que essa vontade do indivduo hostil vontade da massa, que fixou para si um objetivo inaccessvelao indivduo isolado, mesmo que seja dotado do gnio maisexcepcional" (11) .

    O ensino da moral comunista, a educao dos homens no esprito dacomunidade socialista, a despeito dos resultados importantes j obtidos nestecaminho, no podem sem por um momento ser esquecidos enquanto, comoobserva Lnin:

    "os homens no se tiverem habituado progressivamente a respeitar as regraselementares da vida em comum, j h sculos conhecidas, repetidas h milniosem todos os tratados sobre moral; enquanto no se acostumarem a respeitarsem imposio, sem submisso, sem o uso de aparelho especial de coero,chamado Estado" (12) .

    O ensino da moral comunista interessa opinio pblica sovitica de modogeral, a todas as suas organizaes e instituies (do Partido, das JuventudesComunistas, dos Pioneiros, dos Sindicatos), assim como aos rgos do EstadoSovitico e ao Tribunal Sovitico, que se baseia na opinio geral do povo, nadefesa do direito sovitico e que colabora no fortalecimento da moral comunista.

    O portador das qualidades e virtudes morais mais elevadas e o educador do

    https://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/l/lenin.htmhttps://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/g/gorki.htm
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    povo no esprito da moral comunista o grande Partido de Lnin e Stlin.

    A fisionomia moral do Partido Bolchevique revelou-se durante os longos anosde uma histria herica, durante os combates cruis contra os inimigos,combates que exigiram dos bolcheviques uma fora de carter extraordinria.

    Na luta e na edificao socialista, o Partido de Lnin e Stlin ensinou aos

    comunistas uma grande firmeza e um grande sangue-frio, a audcia e acoragem, a dedicao ilimitada causa dos trabalhadores e ensinou-lhestambm a se sacrificarem em nome da vitria do socialismo. O Partido de Lnin eStlin educa os comunistas no amor ptria, no dio aos inimigos e na valentiano combate, na solidariedade entre camaradas e na vontade de vencer todas asdificuldades, na modstia e no desprezo ao lucro e ao egosmo, no desdm portudo aquilo que ope o individual ao geral. O Partido cultiva entre os comunistasuma alta ideologia, o esprito de princpio, a intolerncia pelos erros, a atitudebolchevique diante da crtica e da autocrtica.

    Estes traos da fisionomia moral do Partido Bolchevique servem igualmentede modelo moral comunista; so a expresso dos princpios do cdigo moraldos comunistas.

    S um tal partido, dotado das melhores qualidades dos heris, combatendopela verdade e a justia, pode educar os milhes de trabalhadores no esprito dadedicao causa do socialismo e aos interesses da ptria. O papel do PartidoBolchevique, inspirador das massas populares em seu trabalho e em seus atos, verdadeiramente inestimvel. As organizaes do Partido tm como missoeducar, sem descuido, suas prprias fileiras, no esprito da moralidade comunistae arrastar toda a massa de trabalhadores por seu prprio exemplo.

    O papel da propaganda do Partido, notadamente da propaganda impressa,destinada a educar os homens no esprito do leninismo e elevar sempre mais,por conseqncia, sua conscincia comunista e a implantar sempre maisamplamente e mais profundamente as bases da moral comunista, eparticularmente grande na educao da juventude comunista.

    A famlia e a escola tm um grande papel a desempenhar no ensino da moralcomunista. A famlia lana as bases na formao da fisionomia moral do homem.A famlia sempre desempenhou um papel educativo imenso; colocou seu timbrena psique da criana, em sua conduta, em sua formao, seus hbitos easpiraes. A famlia sovitica deve ser o auxiliar ativo do Partido e do governosovitico na educao comunista da conscincia dos homens.

    No necessrio trazer esclarecimento especial para compreender o papelque a escola e os pedagogos soviticos tm que desempenhar para forjar omodelo do pensamento e da conduta comunistas dos homens. A influnciapessoal do mestre, do pedagogo , por vezes, to grande que deixa um traoprofundo, e para toda a vida, na alma do homem. O pedagogo sovitico tem afelicidade de cultivar no homem algo de verdadeiramente humano, quecorresponde justamente expectativa do professor destinado a desenvolver as

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    foras morais e intelectuais do homem. Por isso a responsabilidade do pedagogosovitico to grande, por isso seu papel to relevante na edificao dasociedade comunista.

    A literatura e a arte soviticas desempenham grande papel no ensino damoral comunista.

    A literatura russa do sculo XIX e do incio do sculo XX adquiriu famamundial pelo fato de ser a expresso clara da conscincia social. A literaturarussa mereceu esta alta classificao pela profundeza ideolgica com que semanifestou contra as vilanias, da antiga sociedade, denunciando inflexivelmentea mentira e a hipocrisia da moral feudal e burguesa, partindo a mscara de todosos que sufocavam a liberdade de nosso pas, e revelando toda a sordidez quereinava ento na sociedade.

    A literatura sovitica, herdeira ideolgica das melhores tradies da literaturaclssica russa, tem uma tarefa criadora a cumprir: a de educar o homem novo. Aliteratura sovitica reflete na arte, o processo grandioso da edificao dasociedade comunista, o processo de transformao da conscincia dos homens ecoopera para cultivar neles novas e altas qualidades morais.

    Durante a grande guerra patritica, que exigiu a mobilizao de todas asforas morais do povo sovitico, nossos escritores produziram inmeras obras devalor, que refletem a superioridade moral e a grandeza dos homens soviticos,as quais contriburam seriamente para a educao de milhes de leitoressoviticos.

    A literatura sovitica e a arte sovitica destinam-se, hoje, na novaconjuntura, a levantar bem alto a bandeira da educao comunista dos homens.

    A literatura e arte soviticas devem refletir, sob formas artsticas, tudo o queh de herico e de criador na vida dos povos soviticos, form-los nos exemplosde herosmo, no combate, no trabalho e nas manifestaes de um verdadeirohumanismo.

    A literatura e a arte soviticas devem desempenhar um grande papel na lutacontra os remanescentes do capitalismo na conscincia dos homens, revelar asmanifestaes da instabilidade moral, da psicologia ligada propriedade privada,da dissoluo pequeno-burguesa dos costumes e da indisciplina anarquista dos"defensores das tradies do capitalismo".

    A literatura sovitica deve possuir uma alta ideologia e tomar por guia apoltica do Estado sovitico. A resoluo do Comit Central do P. C. (b), de 14 deagosto de 1946, acentua:

    "A fora da literatura sovitica, a literatura mais avanada do mundo,est no fato de que no tem, nem pode ter outros interesses do que osinteresses do povo e do Estado. A tarefa da literatura sovitica consisteem ajudar o Estado, a educar bem a juventude, responder s

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    necessidades, formar uma nova gerao de homens ardentes,confiantes em sua obra, no temendo as dificuldades e dispostos avenc-las todas, quaisquer que sejam. Por essa razo a falta deideologia, o carter apoltico, "a arte pela arte", so estranhos literatura sovitica, so prejudiciais aos interesses do povo e do Estadosoviticos e no devem ter lugar em nossas revistas".

    A arte dramtica sovitica, o teatro, devem desempenhar grande papeleducativo. Todo mundo sabe o quanto as representaes cnicas tm o poder deimpressionar. claro que a questo do repertrio tem uma importnciaprimordial. Se comearmos a fazer prevalecer no teatro as peas dos autoresburgueses, no gnero das peas de Moguem, se no dermos uma atenolimitada s peas que tm um tema do passado longnquo, portanto relativas vida das camadas superiores da antiga sociedade e representando os hbitos, oscostumes e as opinies dos parasitas, claro que nesse caso, o teatro, opropagador da cultura socialista e da moral comunista, se transforma numa

    instituio que arrastar o espetculo sovitico para a moral e a ideologia doinimigo.

    Os homens soviticos tm necessidade de peas saturadas de um contedoideolgico elevado e que reflitam a verdade magnfica de nossa vida. Temosnecessidade de peas que cultivem entre os homens soviticos os pensamentos,os sentimentos, os traos de carter novos e que lhes mostrem as novas normasde conduta dos homens.

    O cinema tem excepcional importncia como instrumento de combateideolgico de nosso Partido e do Estado sovitico na formao cultural e polticado povo. O que distingue o cinema sovitico, o que o coloca bem acima dacinematografia estrangeira, seu valor ideolgico. inadmissvel encontrar nocinema sovitico, a arte de massa por excelncia, a ausncia de contedopoltico, o abandono da atualidade e a fuga para o passado distante, assim comouma atrao desmedida pelas produes literrias e dramticas antigas.

    O cinema deve ser estreitamente ligado vida, atualidade sovitica e serseu fiel reflexo. Isto exige dos diretores uma grande probidade na elaborao dotema.

    0 filme feito s pressas, sem um conhecimento bastante profundo da vidasovitica, sem um estudo atento dos caracteres, do meio representado, fazsurgir a realidade sob uma forma desfigurada e tolhe a educao poltica justadas massas.

    S os filmes que so profundamente ligados realidade sovitica, que so ofruto do estudo consciencioso desta realidade e que a refletem com veracidade,sob uma forma artstica, podem servir com maior xito causa da educaocomunista.

    Na hora presente, quando nosso povo sofreu com herosmo a prova cruel daguerra e obteve uma vitria sem par na histria, devemos estar especialmente

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    vigilantes s manifestaes de auto-suficincia, capazes de prejudicar odesenvolvimento ulterior da sociedade sovitica.

    Novas tarefas exigem de ns um novo impulso ds nossas foras, exigem quevenamos novas dificuldades que se apresentam diante do pas.

    Para cumprirmos essas tarefas com xito, necessrio elevar a educao

    comunista das massas, ensinar-lhes a moral comunista, ensinar-lhes, em suma aservir com desinteresse ptria e a causa do comunismo.

    Incio da pgina

    Notas de rodap:

    (1) Karl Marx e F. Engels "Obras", vol. XIV, pg. 94 Edio russa Moscou. (retornar aotexto)

    (2) Lnin "Obras", vol. XXV, ps;. 393 Edio russa Moscou. (retornar ao texto )

    (3) Karl Marx "Obras", vol. III, pg. 661 Edio russa Moscou. (retornar ao texto )

    (4) Lnin "Obras", vol. XXX , ps. 41S Edio russa. Moscou. (retornar ao texto )

    (5) Stlin "Obras", vol. I, pg. 338 Edio russa Moscou. (retornar ao texto )

    (6)Lnin "Obras", vol. XXIV, pg. 342 Edio russa Moscou. (retornar ao texto )

    (7) Marx e Engels "Obras", vol. XIV, pg. 93 Edio russa Moscou. (retornar ao texto )

    (8) Lnin "Obras", vol. XXIV, pg. 342 Edio russa Moscou. (retornar ao texto )

    (9) Stlin "Questes do Lninismo", pgs. 546 e 547 11. edio russa Moscou. (retornarao texto )

    (10) Stlin "Questes do Leninismo", pg. 474 Edio russa Moscou. (retornar ao texto )

    (11) Mximo Gorki "Se o inimigo no se entrega, esmag-lo-emos", pg. 186 Edio russa Moscou. (retornar ao texto )

    (12) Lnin "Obras", vol. XXI, pg. 431 Edio russa Moscou. (retornar ao texto )

    https://www.marxists.org/portugues/tematica/rev_prob/capas.htm