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FACULDADE DE ECONOMIA Macroeconomia I ANO LECTIVO DE 2011 1º ANO- 2º SEMESTRE CURSO: Economia Docente: Artur M. Gobe Oferta Agregada Oferta Agregada Inflação, Desemprego Inflação, Desemprego e a Curva de Phillips e a Curva de Phillips

A Oferta Agregada, Desemprego e Inflacao

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Macroeconomia I

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Page 1: A Oferta Agregada, Desemprego e Inflacao

UNIVERSIDADE EDUARDO MONDLANE

FACULDADE DE ECONOMIAMacroeconomia I

ANO LECTIVO DE 20111º ANO- 2º SEMESTRE

CURSO: Economia

Docente: Artur M. Gobe

Oferta AgregadaOferta Agregada

Inflação, Desemprego Inflação, Desemprego e a Curva de Phillipse a Curva de Phillips

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Oferta Agregada• A Curva da Oferta Agregada representa

as quantidades de bens e/ou serviços que os produtores de uma economia estão dispostos a oferecer (Y), em determinado período de tempo, a diferentes níveis de preço (P).

• A quantidade oferecida e o preço depende da forma como são combinados os factores produtivos (função de produção), dos custos dos factores produtivos (por exemplo custos do factor trabalho - salários) e da forma de estabelecer os preços em função dos custos.

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• Portanto, para se compreender integralmente a oferta agregada é necessário conhecer:

1. A função de produção - mostra a combinação dos factores (K e L) produtivo para dar origem à produção.

• Considerando que a curto prazo que o stock de capital é fixo, teremos

2. Os custos incorridos pela variação do factor trabalho que dependem do funcionamento do mercado de trabalho (oferta e procura de trabalho)

L

YY=f(L)

L0 L1

Y0

Y1

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Mercado de TrabalhoA Procura de Trabalho• A procura do factor trabalho pelas firmas é

baseada no seu produto marginal (PMgL), ou na produção extra que se ganha ao acrescentar mais um trabalhador.

• Em condições de concorrência perfeita, as firmas maximizam o seu lucro quando PMgL=W/P, resultando numa curva de procura de trabalho negativamente inclinada

Salário Real, W/P

Trabalho, L

L=Ld(W/P)

W/P0

W/P1

L0 L1

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A Oferta de Trabalho

• A oferta do factor trabalho depende da decisão dos indivíduos em alocar, por cada salário real oferecido, o seu tempo (24h) em actividades de lazer e trabalho.

• Num dado salário real, os indivíduos escolhem a combinação de horas de trabalho e lazer que maximiza a sua utilidade.

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• Com o aumento do rendimento as pessoas procuram mais, ate certo ponto, bens e serviços para maximizar a sua utilidade, alterando a combinação de horas em actividades de lazer e trabalho.

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Curva de Oferta de Trabalho

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Equilíbrio no Mercado de Trabalho

W/P

W/P0

L0L

Ld

Ls

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Derivação da Curva da Oferta Agregada

• Existem três modelos que explicam a inclinação positiva da curva da oferta agregada de curto prazo

(Rigidez Salarial, Informação Imperfeita e Preços Rígidos)

• Mas todos chegam na seguinte equação da Oferta Agregada:

Onde:

Y=Produto;P=nível de preço; α indica a reacção do produto a variações

inesperadas do nível de preços A equação: enuncia que o produto desvia-se da sua taxa

natural quando o nível de preços se desvia do nível de preços esperado.

0α ),Pα(PYY e

esperado preco de nivelP produto; do natural taxaY e

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Modelo de Rigidez Salarial• Explica a inclinação positiva da curva da oferta agregada

de curto prazo pelo lento ajuste dos salários nominais.

• Os salários são rígidos no curto prazo, porque os salários dependem de Contratos de longo prazo, acordos implícitos entre trabalhadores e empresas, de normas sociais e noções de justiça que evoluem lentamente.

• Logo, quando o nível de preços aumenta.

- Reduz o salário real, tornando o factor trabalho barato

- Induz as empresas a contratarem mais trabalhadores

- o trabalhador adicional aumenta o nível do produto

*A relação positiva entre P e Y significa que a oferta agregada e positivamente inclinada durante o período em que os salários são rígidos

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Analiticamente 1. Pressupõe que os trabalhadores e as firmas negoceiam o

salário nominal (W) com um salário real alvo (w) em mente e na sua expectativa o nível de preços (Pe).

O Salário nominal fixado:

2. Seguidamente, antes que o trabalho seja contratado, as firmas tomam conhecimento do nível de preços.

O salário real:

3. Sabendo que as decisões de contratação das empresas são descritas pela equação:

4. Quando o nível de preços (P) aumenta, as firmas contratam mais L, resultado num maior produto (Y) dado pela função:

5. Resultando na equação da oferta agregada seguinte:

eP * ωW

(W/P)LL d

F(L)Y

/P)(P * ωW/P e

)Pα(PYY e

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Graficamente (a) Procura por trabalhoW/P

W/P0

W/P1

L0

L1

L

L=Ld(W/P)

L0

L1

Y0

Y1 Y=F(L)

)( ePPYY P

Y

P1

P0

Y0 Y1

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Modelo de Informação Imperfeita

• Neste modelo as curvas de oferta agregada de curto e longo prazos diferem por causa das percepções equivocadas temporárias sobre preços.

• Pressupõe: cada produtor na economia produz um bem e consome muitos bens.

• Assim, só podem controlar o preço do bem que produzem e dificilmente os preços dos bens que consomem.

• Por causa da informação imperfeita, confundem a variação do nível geral de preços com variações dos preços relativos.

• Logo, esta confusão influencia nas decisões de quanto fornecer, resultando numa relação positiva entre o nível de preços e o produto no curto prazo.

)Pα(PYY e

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Modelo de Preços Rígidos • O modelo enfatiza que as empresas não ajustam

imediatamente os preços que cobram em reacção a variação da procura.

(1) Porque os preços as vezes são fixados por contratos entre as empresas e os clientes

(2) Algumas vezes os preços são rígidos devido a estrutura do mercado

• O modelo assume o pressuposto de concorrência imperfeita, em as firmas tem o monopólio sobre os preços que cobram

• Deste modo, se uma empresa pretender fixar um preço p vai depender de duas variáveis macroeconómicas:

i) O nível geral de preços P. Preços mais elevadas induzem a custos de produção mais elevados, estimulando com que as firmas cobrem preços altos.

ii) Nível de rendimento agregado Y. Um nível de rendimento alto estimula a procura de bens produzidos pela empresa.

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Analiticamente• Assume-se que há dois tipos de firmas:1. Umas com preços flexíveis- Fixam os seus preços com base na equação seguinte:

2. Outras com preços rígidos - Anunciam os seus preços com antecipação, com

base nas condições económicas que elas esperam: Para simplificar, pode-se assumir que as ultimas

firmas esperam que o produto esteja na sua taxa natural. Por isso:

Derivação da oferta- Assumindo que o nível geral preços dessa economia

seja uma media ponderadas dos preços dos dois grupos. Onde:

s fracção de empresas com preços rígidos1 – s fracção de empresas com preços flexíveis O nível geral de preços será derivado da seguinte

maneira:

)Y - (Y a - Pp

)Y - (Y a - Pee ep

e e P 0*a P pp

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.

)Y(YP P

OA da equacao seguinte a teremosα,s)a/s-(1 que Assumindo

)Y(Y*s)a/s-(1P P

teremoss,por lados dis os Dividindo

)Ya(Ys)(1P*s P*s

teremoss)P, - (1por lados dois os Subtraido

)Y - a(Y Ps) - (1 sPp

e

e

e

e

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A Inflação, o Desemprego e

a Curva de Phillips

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O DesempregoO Desemprego• O desemprego é considerado como o problema

macroeconómico, que afecta as pessoas de modo mais directo e cruel. A perda de emprego para a maioria das pessoas traduz-se num padrão de vida reduzido e uma angustia psicológica. O desemprego traz consigo elevados custos económicos e sociais para o sistema económico.

• Para efectuar o estudo do desemprego é necessário conhecer os seguintes conceitos:

• População Empregada (emprego) – o grupo da população em idade activa, que desempenham uma função que é remunerada. Este conceito também engloba as pessoas que tem emprego, mas que estão ausentes por motivos de doença, greves ou férias.

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O DesempregoO Desemprego

• População Desempregada (Desemprego) – engloba o grupo da população activa que não está empregada, mas que, os seus membros estão activamente a procura de emprego ou a espera de regressar ao emprego, ou seja, é considerado desempregado, uma pessoa que não esteja a trabalhar, e que fez esforços específicos para encontrar emprego, ou que foi dispensada do trabalho e está a espera de ser chamada de volta, ou que está a espera de conseguir emprego num futuro próximo (menos de um ano).

• A Taxa de desemprego – é o número da população desempregada, expressa em percentagem do total da população activa, ou seja, o número de desempregados divididos pelo total da população activa.

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A Taxa de DesempregoA Taxa de Desemprego

• Ao avaliar o nível de actividade económica de um país, os economistas examinam estatísticas como o PIB real, a inflação e outros. Uma das estatísticas que também recebe atenção dos economistas e do público em geral é a Taxa de Desemprego.

• Para a medição do desemprego é necessário ter em conta os seguintes conceitos:

• Empregado: uma pessoa com mais de 15 anos de idade que trabalhou a tempo inteiro ou a tempo parcial durante a semana de referência, ou que está de férias ou de baixa, mas mantém um emprego regular;

• Desempregado: uma pessoa com mais de 15 anos de idade que não trabalhou durante a semana de referência apesar de se ter esforçado para encontrar emprego durante as últimas quatro semanas.

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Cont.: A Taxa de DesempregoCont.: A Taxa de Desemprego

• Não Activos – pessoa com mais de 15 anos de idade que não trabalhou na semana de referência e não procurou emprego activamente nas últimas quatro semanas. (estudantes a tempo inteiro, as domésticas não remuneradas, os reformados, e as pessoas que não podem trabalhar por deficiência);

• População Activa – número total de empregados e de desempregados.

Taxa de Desemprego = (Desempregado/Pop. Activa)* 100

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Os Custos Do DesempregoOs Custos Do Desemprego• O desemprego elevado acarreta os seguintes custos:

• Os Custos Económicos– o desemprego é considerado um problema económico, porque representa um desperdício de recursos valiosos. Quando a taxa de desemprego é alta, de facto a economia está a desperdiçar bens e serviços que os trabalhadores desempregados poderiam ter produzido, equipara-se a situação em que grandes quantidades de automóveis, habitações, vestuários e outros bens fossem pura e simplesmente destruídos.

• Os Custos Sociais – o desemprego é um problema social porque causa enormes sofrimentos aos desempregados que auferem menores rendimentos. A perda de emprego para além de conduzir a inactividade e uma acentuada queda do rendimento dos desempregados, pode originar problemas como a criminalidade, fome, problemas psicológicos, uma maior propensão a doenças entre outros.

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Os Principais Tipos de Os Principais Tipos de DesempregoDesemprego

• Ao estudar a estrutura do mercado de trabalho, os economistas identificam os seguintes principais tipos de desemprego:

• O Desemprego Ficcional – está relacionado com mudanças normais no mercado de trabalho, inclui o grupo de pessoas que está temporariamente entre dois empregos porque estão a mudar ou trocar de emprego.

Ex: Grupo de pessoas que deixam um determinado posto de emprego para ingressar num outro posto de emprego com melhor remuneração.

• O Desemprego Estrutural – resulta de desequilíbrios entre a procura (as empresas) e a oferta (os trabalhadores) de emprego no mercado de trabalho.

• Ex: O grupo de pessoas que perde o emprego porque as suas capacidades devido aos efeitos da automação e automatização das empresas já não são mais procuradas pelas empresas, o desemprego resultante da fixação de altos níveis de salário mínimo.

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Os Principais Tipos de Os Principais Tipos de DesempregoDesemprego

• O Desemprego Cíclico – é a parte do desemprego que aumenta devido a um declínio da produção total de bens e serviços na economia, podemos afirmar, que o desemprego cíclico aumenta em períodos de recessão económica e reduz em períodos de expansão económica.

• Taxa Natural de Desemprego – o nível mínimo de desemprego que ocorre quando a economia actua no pleno emprego, onde o desemprego restringe-se apenas ao desemprego ficcional e estrutural.

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As Causas do DesempregoAs Causas do Desemprego• Para analisar as causas do desemprego, os economistas

dividiram o desemprego em :

• Desemprego Voluntário – considera que mesmo que haja um equilíbrio no mercado de trabalho entre a procura e oferta de emprego, existe um conjunto de trabalhadores que decidem não trabalhar ao nível de salário corrente. Podem ser os que preferem o lazer e outras actividades ao invés de trabalharem ao nível de salário corrente;– Podem ser também os trabalhadores que desejam mudar

de profissão ou de ocupação;– Ou podem ser ainda os trabalhadores que preferem

beneficiar do subsidio de desemprego ou de segurança social do que trabalhar com uma fraca remuneração.

• Podemos enquadrar nesta causa o desemprego friccional

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As Causas de DesempregoAs Causas de Desemprego

• Desemprego Involuntário – refere-se ao caso de trabalhadores qualificados que estão activamente a procura de postos de emprego, mas não são capazes de conseguir ao nível de salário corrente. Este facto acontece muitas das vezes porque ocorrem desequilíbrios entre a procura e a oferta de emprego no mercado de trabalho e os salarios não são suficientemente flexíveis para corrigir estes desequilíbrios. Nestas causas de desemprego, podemos enquadrar o desemprego estrutural e o cíclico.

• Ex: Para melhor compreender esta causa do desemprego, imagine, o caso em que devido as reclamações dos sindicatos, o governo de uma determinada economia tenha determinado um nível de salário mínimo acima, do nível salarial necessário para equilibrar o mercado de trabalho.

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Representação Gráfica do Representação Gráfica do Desemprego InvoluntárioDesemprego Involuntário

Procura de emprego ( empresas)

Oferta de emprego (trabalhadores)

Nível de emprego

we

wm

Ne

Nível de salário

E

Desemprego Involuntário

Nd NS

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Politicas de Combate ao Politicas de Combate ao DesempregoDesemprego

• Para reduzir os níveis de desemprego os formuladores de politicas económicas podem recorrer a:

• Politica Fiscal Expansiva - com o intuito de promover a actividade económica estimulando, o sector privado (cortes fiscais e aumento das transferências), o aumento do sector publico com vista a empregar parte dos desempregados (aumento das despesas publicas correntes e de investimento);

• Politica Monetária Expansiva - com vista a estimular o investimento privado (politicas que conduzam a uma maior concessão de crédito a economia a níveis de taxas de juro mais baixos);

• Politica Comercial (cambial)- com o intuito de promover as industrias de exportações e as de substituição de importações;

• Contudo, a redução de níveis de desemprego exigem também a adopção de politicas de longo prazo como a criação de programas de treinamento e formação profissional, a criação de agencias de divulgação de informações sobre a existência de vagas, expansão da rede escolar, entre outras.

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O Desemprego, o PIB e a Lei de O Desemprego, o PIB e a Lei de OkunOkun

• Ao falarmos do desemprego na economia, surgem as seguintes questões:

• Qual a relação que devemos esperar entre o desemprego e o PIB real? Como e que os trabalhadores empregados ajudam a produzir bens e serviços? Os aumentos da taxa de desemprego estao0 associadas as quedas do PIB real?

• Ate ao momento, assumiamos que as taxas de emprego tinham uma relação positiva de um para um como os níveis do PIB real, de tal forma que mudanças no PIB real levariam a mudanças na mesma dimensão do nível de emprego na economia. Por detrás desta assumpção existia o pressuposto de que a força de trabalho (população activa) era constante.

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O Desemprego, o PIB e a Lei de O Desemprego, o PIB e a Lei de OkunOkun

• De acordo, com as assumpções acima tracadas, podemos concluir que se a produção (PIB real) e o emprego movem-se juntos, um aumento de 1% na produção vai gerar em um aumento no emprego em 1%, e consequentemente, uma redução no desemprego em 1%. Então podemos mostrar a relacção entre o PIB real e o desemprego da seguinte forma:

yttt guu 1

t.ano o para 1- tano do produçao da ocresciment de taxa- g

1;- tano no desemprego de taxa-

t;ano no desemprego de taxa-

yt

1t

t

u

u

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A Lei de OkunA Lei de Okun

• Artur Okun, economista e assessor do presidente Kennedy nos E.U.A., foi o primeiro economista que tentou estimar a entre o desemprego e o nível de produção. A relação encontrada ficou conhecida pela Lei de Okun.

• Ao analisar os dados anuais do desemprego e da produção da economia dos E.U.A., Okun chegou a seguinte equação:

• A equação de Okun, tambem mostra uma relação negativa entre o desemprego e o PIB real mas difere da equação inicial.

%)3( 4.0 1 yttt guu

Page 32: A Oferta Agregada, Desemprego e Inflacao

A Lei de OkunA Lei de Okun

• Segundo a equação de Okun podemos concluir que:• A taxa anual de crescimento do PIBreal tem que ser de

pelo menos 3%, para que a taxa de desemprego permaneça constante. Isto deve-se a dois factores: – O crescimento da força de trabalho (pessoas que

entram para a força de trabalho e pessoas que saem da força de trabalho). Nos E.U.A o força de trabalho cresce anualmente em 1.7%;

– O crescimento da productividade da força de trabalho. Nos E.U.A. a productividade da força de trabalho cresce a 1.3%.

– Para manter constante as taxas de desemprego, a taxa de crescimento da produção deverá ser igual ao somatório destes dois factores.

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A Lei de OkunA Lei de Okun• O crescimento da produção em 1% levará a uma redução

no desemprego em 0.4% ( e um aumento no emprego em 0.6%).– As firmas ajustam o emprego numa relação inferior a

1% face as variações da produção em 1%. Um aumento da produção em 1% levará a um aumento do emprego em 0.6%. (existem trabalhadores que são necessários na empresa independemente do nível de produção, recrutar e treinar novos trabalhadores resultam em custos adicionais para as empresas, em tempos maus, algumas firmas optam por manter os trabalhadores que irão precisar para os tempos melhores).

– Um aumento no emprego, não resulta num relação de um para um na redução do desemprego. Nos E.U.A. um aumento em 0.6% no emprego resulta numa redução em 0.4% no desemprego.

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A Lei de OkunA Lei de Okun

• Com base na Lei de Okun, podemos então escrever a relação entre o desemprego e o produto da seguinte forma:

• Onde:

)(1 yyttt gguu

.desemprego de

taxana produto, do ocresciment de normal taxada acima

produto do ocresciment do efeito o mede que parâmetro

produto; do ocresciment do normal taxa

t;ano o para 1- tano do produto do ocresciment de taxa

1;- tano no desemprego de taxa

t;ano no desemprego de taxa

1

y

yt

t

t

g

g

u

u

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A Inflação• A inflação é vista como um problema importante do

sistema económico que deve ser resolvido, ela tem sido uma preocupação básica dos agentes económicos, pois na presença de períodos inflacionários, as pessoas tem de pagar preços maiores para adquirir as mesmas quantidades de bens e serviços que elas consumiam anteriormente.

• Em períodos inflacionários, os agentes económicos precisam de obter maior quantidade de rendimento para manterem os seus níveis de vida. A inflação reduz o poder de compra (a quantidade de bens e serviços que uma certa soma de dinheiro pode comprar)dos agentes económicos.

• A Inflação pode ser definida como um aumento generalizado continuo ou persistente do nível geral de preços (média dos preços da economia) dos bens e serviços numa economia.

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A Inflação e as suas componentes

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A InflaçãoA Inflação• Para efectuar o cálculo da inflação podemos recorrer

aos seguintes indicadores:• O Deflactor do PIB - mostra a variação de preços do

PIB que ocorreu entre o ano base e o ano corrente. • O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) - mede a

variação do nível médio de Preços de um cabaz fixo de Bens e serviços, representativo das compras de uma família urbana típica.

• Para o cálculo da Taxa de Inflação (taxa de variação anula do nível geral de preços) com vista a medir o custo de vida, podemos recorrer a seguinte formula:

100*1

1

t

ttt I

II

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Os graus da InflaçãoOs graus da Inflação• A inflação pode ser classificada nas seguintes categorias:

• Inflação Moderada - caracterizada pelo aumento lento e previsível dos preços, quando os preços são relativamente estáveis e as pessoas confiam na moeda como reserva de valor;

• Inflação Galopante – inflação de 2 a 3 dígitos, onde a moeda perde o valor muito rapidamente e as pessoas detém apenas moeda no montante mínimo para realizar as suas transacções mínimas diárias, os mercados financeiros registam uma fuga de capitais para o exterior, as pessoas acumulam bens e habitações.

• Hiperinflação – inflação em que os preços aumentam em mais de 50% em um mês, chegando a atingir um aumento de 1 milhão ou ate mesmo 1 bilião ao ano. A quantidade de moeda necessária para comprar até o bem mais básico é excessiva.

• A Deflação – quando regista-se uma descida generalizada e continua do nível geral de preços.

Page 39: A Oferta Agregada, Desemprego e Inflacao

Os Custos da InflaçãoOs Custos da Inflação• A inflação acarreta os seguintes custos sociais e

económicos:

• A Redistribuição de Rendimento e da Riqueza entre as diferentes classes – a inflação redistribui a riqueza dos credores para os devedores, ajudando a quem deve e prejudicando a quem emprestou;

• Custo de Menu- a inflação elevada leva as empresas a mudarem os preços com maior frequência, o que fará com que as empresas estejam constantemente a imprimir novos catálogos de preços;

• Custos de Sola de Sapato – em períodos de inflação alta, as pessoas devem ir mais vezes as Instituições Financeiras para fazer uso das suas aplicações financeiras para satisfazer as suas transacções quotidianas;

Page 40: A Oferta Agregada, Desemprego e Inflacao

Os Custos da InflaçãoOs Custos da Inflação• Perda do Salário Real – apesar de os salários

nominais acompanharem a subida de preços, se os salarios nominais não subirem numa medida proporcional ao da subida dos preços, o salário real dos trabalhadores vai reduzir e reduz consequentemente o seu poder de compra e o seu padrão de vida dos trabalhadores;

• Dificulta o Planeamento financeiro – a inflação prejudica as decisões económicas dos agentes económicos sobre quanto consumir, quanto poupar e quanto investir;

• A Inflação distorce a maneira como os Impostos são colectados – muitos dos dispositivos do código fiscal incidem sobre o rendimento nominal e não o real, na presença de inflação o passivo fiscal dos indivíduos pode alterar de uma maneira que os legisladores não desejavam.

Page 41: A Oferta Agregada, Desemprego e Inflacao

Tipos de Inflação

• A inflação pode ser distinguida nos seguintes principais tipos:

• A Inflação pela procura – ocorre quando a procura agregada (AD) aumenta mais rapidamente que a capacidade produtiva potencial (AS) de uma nação, fazendo o preço subir para equilibrar a procura e oferta agregada.

• Ex: Quando os países recorrem a emissão monetária para financiarem as suas despesas públicas, o crescimento rápido da oferta de moeda vai aumentar a procura agregada (AD)

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Graficamente

Y0 Y1Y2

E0

E2

AD0

AD1

Excesso de Procura

AS0

P0

P2

Y

P

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Tipos de Inflação

• Inflação pelos Custos – ocorre quando verifica-se um aumento dos custos de produção, causando uma queda no nível de produção. Esta inflação ocorre devido a choques do lado da oferta agregada de bens e serviços, como, a subida dos preços de petróleo, calamidades naturais, queda na produtividade, subida generalizada dos salários entre outros.

Page 44: A Oferta Agregada, Desemprego e Inflacao

Graficamente

Y0Y1 Y2

E0

E2

AD0

Escassez de Oferta

AS0

P0

P2

Y

AS1

P2

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Tipos de Inflação

• Inflação de Inércia – processo de inflação continuada que ocorre quando é esperado que a inflação persista à mesma taxa e se incorporam essas expectativas na vida económica. A inflação é em grande medida, de inércia, isto e, a inflação persistira a uma taxa constante até que acontecimento económicos a levem a modificar-se.

Page 46: A Oferta Agregada, Desemprego e Inflacao

Graficamente

Y0

AD0

AS0

P0

P2

Y

AS1P2

AD1

P3

AD2

Page 47: A Oferta Agregada, Desemprego e Inflacao

Politicas Anti-Inflacionistas

• Como politicas para combater a inflação a curto prazo, podem ser adoptadas politicas que reduzam o nível de Procura Agregada como forma de eliminar o excesso da procura sobre a oferta.

• Politica Fiscal Restritiva;• Politica Monetária Restritiva;• Politica Comercial (cambial) restritiva;

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A Relação entre o Desemprego e A Relação entre o Desemprego e a Inflaçãoa Inflação

• Na análise do desemprego, verificamos que altas taxas de desemprego podem impor grandes custos as sociedades, no entanto, os países não utilizam os seus poderes monetários e orçamentais para reduzir o desemprego aos níveis friccionais mínimos.

• Isto ocorre porque, níveis extremamente elevados de utilização de capacidade produtiva e baixos níveis de emprego vão gerar a escassez na economia de mercado, pois se todos os agentes tiverem empregados e todos tiverem rendimento, a procura agregada de bens e serviços vai aumentar drasticamente o que vai originar a subida dos preços, e pode gerar níveis intoleráveis de inflação.

• Esta relação, demonstra que baixos níveis de desemprego e a estabilidade de preços podem ser objectivos opostos (contrários da macroeconomia)

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A Curva de Phillips de Curto A Curva de Phillips de Curto PrazoPrazo• O economista A.W.Phillips realizou em 1958 um estudo

minucioso da evolução dos salários monetários e o desemprego em dados do Reino Unido e concluiu que verificasse uma relação inversa entre o desemprego e as variações salariais nominais. Phillips descobriu que quando os salários tendem a aumentar, o desemprego é reduzido.

• Tendo os salários uma relação directa com os níveis de preços, a Curva de Phillips permite analisar o comportamento do desemprego e inflação.

• A Curva de Phillips de curto prazo mostra a relação inversa entre o desemprego e a inflação.

• Implicações de Politica da Curva de Phillips• Em termos de política económica, este facto podia ser

interpretado como a expressão de uma alternativa implícita, para as autoridades económicas (um trade-off ), entre a eliminação da inflação e a eliminação do desemprego.

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GraficamenteTaxa de Inflação

π1

π0

Taxa de Desemprego

μ1 μ0

Curva de Phillips de cp

A

B

Page 51: A Oferta Agregada, Desemprego e Inflacao

A Curva de Phillips de Longo A Curva de Phillips de Longo PrazoPrazo

• Com o aumento dos níveis mundiais de inflação na década de 1970, seguindo-se aos choques do petróleo, as relações antes observadas entre inflação e desemprego, a partir da determinação empírica da Curva de Phillips, em geral deixaram de ser observadas, e passou-se a verificar altas taxas de inflação acompanhadas de altas taxas de desemprego – Estagflaçao.

• Os grandes aumentos do preço internacional do petróleo da OPEP, fez com que os economistas incorporassem os choques da oferta agregada na determinação da inflação;

• Milton Friedman e Edmund Phelps concluíram que inflação e desemprego não são inversamente relacionados no longo prazo. Pois, quando os agentes económicos conseguem prever a inflação futura, o nível de emprego na economia permanece inalterado. Desta forma, estes economistas enfatizaram o papel das expectativas dos agentes económicos quanto a inflação futura.

Page 52: A Oferta Agregada, Desemprego e Inflacao

A Curva de Phillips de Longo A Curva de Phillips de Longo PrazoPrazo

Dados das taxas de Inflação e o Desemprego nos Estado Unidos de 1961 a 2000. Ilustram a evolução destes indicadores nos últimos 40 anos.

Page 53: A Oferta Agregada, Desemprego e Inflacao

A Curva de Phillips de Longo A Curva de Phillips de Longo PrazoPrazo

• A curva de Phillips de longo prazo ilustra que o antagonismo entre a inflação e o desemprego permanece estabilizado a longo prazo.

• A Curva de Phillips em sua forma moderna enuncia que a taxa de inflação depende de:

• A inflação esperada ( πe);• O diferencial entre a desemprego cíclico e a taxa

natural de desemprego (μ-μn);• Os choques da oferta (ε).• E pode ser representada da seguinte forma:

)( ne

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A Curva de Phillips de Longo Prazo

π1

π0

μ1 μn

Curva de Phillips de cp0 (π0

e)

A

B

Curva de Phillips de cp1 (π1

e)

Taxa de Inflação

Curva de Phillips de Lp

Taxa Natural de Desemprego

C

Taxa de Desemprego

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A Taxa de Sacrifício

• A curva de Phillips mostra que na ausência de um choque de oferta, para reduzir a inflação (deflação) num dado periodo, é necessário que ocorra um alto nível de desemprego e consequentemente, baixo nivel de produto.

• Para mensurar, a dimensão da redução do emprego e do produto necessaria para reduzir a inflação, os economistas, através de estudos quantitativos da Curva de Phillips, chegaram ao conceito de Taxa de Sacrificio.

• A Taxa de Sacrificio, representa o percentual do PIB real de um ano que deve se renunciar para reduzir a inflação em 1 ponto percentual.

)(

)( Sacríficio de Rácio

1

t

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Considerações Finais