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A PRESENTE APOSTILA CONSISTE EM UM RESUMO DOS PRINCIPAIS CONTEÚDOS DE LÍNGUA PORTUGUESA. ESPERO QUE SEJA ÚTIL. COMUNICAÇÃO Comunicar significa “pôr em comum”, “dividir”, “partilhar”, “ter relações com”, “conversar”. Comunicar é interagir e é essencial à vida humana. Um dos instrumentos que o homem criou para se comunicar é a linguagem. Há várias linguagens, mas basicamente são organizadas em: . linguagem verbal: forma de comunicação mais importante entre os seres humanos, utiliza a palavra (oral ou escrita) para expressar ou representar idéias. Permite a transmissão de cultura; . linguagem não verbal: dispensa o uso de palavras, explorando sinais visuais, sonoros ou outros. Hoje convive-se muito com a linguagem visual, a que domina a comunicação pois é econômica e eficaz (cinema, televisão, computadores, fotografia, etc). A escolha da linguagem A escolha da linguagem deve levar em conta a intenção, o contexto, a situação e o provável leitor. ELEMENTOS DA COMUNICAÇÃO Emissor: envia a mensagem; Receptor: a quem a mensagem se detina; Mensagem: trata-se da informação transmitida; Código: sistema organizado de sinais utilizado pelo emissor e de conhecimento do receptor: Canal: veículo que conduz a mensagem ao receptor; Referente: assunto a qua a mensagem se refere.

A PRESENTE APOSTILA CONSISTE EM UM RESUMO ....... linguagem não verbal: dispensa o uso de palavras, explorando sinais visuais, sonoros ou outros. Hoje convive-se muito com a linguagem

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  • A PRESENTE APOSTILA CONSISTE EM UM RESUMO DOS PRINCIPAIS CONTEÚDOS DE

    LÍNGUA PORTUGUESA. ESPERO QUE SEJA ÚTIL.

    COMUNICAÇÃO

    Comunicar significa “pôr em comum”, “dividir”, “partilhar”, “ter relações com”,

    “conversar”. Comunicar é interagir e é essencial à vida humana. Um dos instrumentos

    que o homem criou para se comunicar é a linguagem.

    Há várias linguagens, mas basicamente são organizadas em:

    . linguagem verbal: forma de comunicação mais importante entre os seres humanos,

    utiliza a palavra (oral ou escrita) para expressar ou representar idéias. Permite a

    transmissão de cultura;

    . linguagem não verbal: dispensa o uso de palavras, explorando sinais visuais, sonoros

    ou outros. Hoje convive-se muito com a linguagem visual, a que domina a

    comunicação pois é econômica e eficaz (cinema, televisão, computadores, fotografia,

    etc).

    A escolha da linguagem

    A escolha da linguagem deve levar em conta a intenção, o contexto, a situação

    e o provável leitor.

    ELEMENTOS DA COMUNICAÇÃO

    Emissor: envia a mensagem;

    Receptor: a quem a mensagem se detina;

    Mensagem: trata-se da informação transmitida;

    Código: sistema organizado de sinais utilizado pelo emissor e de conhecimento do

    receptor:

    Canal: veículo que conduz a mensagem ao receptor;

    Referente: assunto a qua a mensagem se refere.

  • De acordo com a ênfase em cada elemento, há uma função que predomina.

    Elementos da Comunicação Funções da Linguagem contexto (referente) referencial

    remetente emotiva mensagem poética destinatário conativa

    contacto (canal) fática código metalingüística

  • Lembre-se:

    Na fala, o vocabulário é diferente, a reação do ouvinte pode fazer o falante

    mudar o rumo que pretendia seguia, muda-se o assunto, o vocabulário é diferente,

    as palavras são mais simples, gerais e pode-se repeti-las. Na língua escrita, tudo

    muda. O seu interlocutor não está presente, não interrompe, não questiona, não

    corrige. Por isso, a necessidade de clareza é muito grande. As repetições ficam

    deselegantes, comprometendo o estilo. É preciso um vocabulário mais variado e

    mais específico.

    Por Roberta Laisa Dantas de Sousa Uma palavra é formada por elementos mórficos, ou morfemas.

    MÓRFICO -> MORFO = FORMA -> MORFEMAS

    Existem dois tipos de morfemas: lexicais e gramaticais.

    Os morfemas lexicais podem ser definidos como um ser ou fato da realidade, do mundo exterior à língua.

    Os morfemas gramaticais podem ser definidos como de fato a gramática da língua, de fato a parte interna da palavra.

    Os elementos mórficos de uma palavra dividem-se em:

    - Radical - Vogal temática - Tema - Desinência - Afixo - Vogais ou consoantes de ligação

    Passemos a conhecer minuciosamente cada um dos elementos citados.

    Radical

    É nesta parte da palavra que guarda o significado básico, consegue acoplar os outros elementos para formar novas palavras ou dar significados diferenciados. É considerado morfema lexical.

    - Menino - Falar - Caderno

  • Vogal temática

    É um morfema gramatical, sua função principal é preparar o radical para receber as desinências.

    - Vogal temática nos nomes (-a, -o, -e)

    - Garoto - Menino - Presidente

    Vogal temática nos verbos (ar, er, ir)

    - Comer - Partir - Andar

    Tema

    É o radical + vogal temática, o radical recebeu a vogal temática. Observação: existem palavras que são atemáticas, ou seja, não tem vogal temática.

    - Peru – não tem vogal temática

    Desinências

    Aparecem no final das palavras e estão diretamente relacionadas às flexões. São morfemas gramaticais flexionais.

    Desinência nominal

    Apresenta o gênero e o número dos nomes.

    - Autor » autor – a » autora – s - Gato » gat – a » gato – s

    Desinência verbal

    Apresenta o tempo, o modo, a pessoa e o número em relação aos verbos.

    Anda á va mos

    (vogal temática)

    (desinência modo-temporal)

    (desinência número-pessoal)

    Afixo

    Tem a função de gerar novas palavras.

  • Prefixo

    É o morfema colocado antes do radical.

    - Desleal - Indigno

    Sufixo

    É o morfema colocado depois do radical.

    - Lealmente - Dignidade

    Vogais ou consoantes de ligação

    São morfemas colocados nas palavras para facilitar a pronúncia. Café + eira = cafe – t – eira = cafeteira

    Café + cultura = cafe – i – cultura = cafeicultura

    Disponibilizo, para fixar os conteúdos das aulas de Estrutura e Formação das palavras, 14 exercícios com gabarito. Estes fazem parte da série "Questões de Concursos". Bons Estudos!

    01. Assinale a opção em que nem todas as palavras possuem o mesmo radical: a) noite, anoitecer, noitada; b) luz, luzeiro, alumiar; c) incrível, crente, crer; d) festa, festeiro, festejar; e) riqueza, ricaço, enriquecer. 02. A série em que os vocábulos enumerados se relacionam porque provêm da mesma raiz é: a) florescer, flandres, florear; b) pousada, aposentado, cômodo; c) reger; regulamento; regra; d) corte; percurso; correr; e) angústia; ângulo; anjo. 03. Assinale oca única opção em que ocorre variante do radical: a) dizer, dizes, dizia; b) faço, fazes, façamos; c) amaria, amavas, amou; d) quero, queres, querias; e) vência, venceste, vence.

  • 04. Assinale a opção em que há erro na identificação do elemento mórfico grifado: a) compostas: desinência de feminino; b) quadrar: radical; c) adotei vogal temática; d) pareceram: vogal temática; e) influência: desinência de feminino. 05. Vocábulo onde existe desinência de gênero: a) segredo; b) curiosidade; c) força; d) verbo; e) alheia. 06. Assinale a alternativa sem desinência modo-temporal: a) aplaudias; b) acordou; c) faltarás; d) vendam; e) cobrasses. 07. Assinale a opção em que o processo de formação de palavras está indevidamente caracterizado: a) vaga-lume: composição; b) cruzeiro: sufixação; c) palmeira: sufixação; d) irritação: sufixação; e) baunilha: sufixação. 08. Indique a palavra que foge ao processo de formação de chape-chape: a) zunzum; b) reco-reco; c) toque-toque; d) tlim-tlim; e) vivido. 09. Assinale a letra em que as palavras são formadas por derivação regressiva, derivação parassintética e composição por aglutinação, respectivamente. a) neurose, infelizmente, pseudônimo; b) ajuste, aguardente, arco-íris; c) amostra, alinhar, girassol; d) corte, emudecer, outrora; e) pesca, deslealdade, vinagre. 10. Grupo de três palavras formadas por DERIVAÇÃO: a) pesaroso, apelo (subst.), refazer; b) pontapé, introduzir, cipoal; c) decímetro, casamento, namoro (subst.);

  • d) cine, guarda-roupa, infiel; e) infelizmente, amolecer,varapau. 11. Indique a opção em que foram utilizados processos de formação de palavras idênticos aos dos vocábulos plenilúncio / burocracia: a) vaivém / saca-rolhas; b) surdo-mudo / corre-corre; c) aguardente / alcoômetro; d) vaivém / automóvel; e) planalto / vinagre. 12. Assinale a opção onde se indica erroneamente o processo de formação: a) encontrável: derivação sufixal; b) inesperado: derivação prefixal; c) emudecer: derivação sufixal; d) inaudível: derivação prefixal; e) canto: derivação regressiva. 13. Assinale o vocábulo que apresenta o mesmo processo de formação de vaga-lume: a) descobriu; b) lembrança; c) encantamento; d) doçura; e) fios-de-ovos. 14. Numere as palavras da primeira coluna conforme os processos de formação numerados à direita. Em seguida, marque a alternativa que corresponde à seqüência numérica encontrada: ( ) outrora (1) justaposição ( ) a caça (2) aglutinação ( ) pontapé (3) parassíntese ( ) planalto (4) derivação prefixal ( ) anoitecer (5) derivação regressiva. ( ) transcontinental a) 4, 5, 2, 1, 4, 3; b) 2, 3, 1, 2, 3, 4; c) 1, 5, 2, 1, 4, 3; d) 1, 5, 2, 1, 3, 4; e) 2, 5, 1, 2, 3, 4. GABARITO 01. B 02. C 03. B 04. E 05. E 06. B 07. E

  • 08. E 09. D 10. A 11. C 12. C 13. E 14. E

    Processos de formação de palavras:

    As palavras estão em constante processo de evolução, o que torna a língua um fenômeno vivo que

    acompanha o homem. Por isso alguns vocábulos caem em desuso (arcaísmos), enquanto outros nascem

    (neologismos) e outros mudam de significado com o passar do tempo.

    Na Língua Portuguesa, em função da estruturação e origem das palavras encontramos a seguinte

    divisão:

    • palavras primitivas - não derivam de outras (casa, flor)

    • palavras derivadas - derivam de outras (casebre, florzinha)

    • palavras simples - só possuem um radical (couve, flor)

    • palavras compostas - possuem mais de um radical (couve-flor, aguardente)

    Para a formação das palavras portuguesas, é necessário o conhecimento dos seguintes processos de

    formação:

    Composição - processo em que ocorre a junção de dois ou mais radicais. São dois tipos de

    composição.

    • justaposição: quando não ocorre a alteração fonética (girassol, sexta-feira);

    • aglutinação: quando ocorre a alteração fonética, com perda de elementos (pernalta, de perna + alta).

    Derivação - processo em que a palavra primitiva (1º radical) sofre o acréscimo de afixos. São cinco

    tipos de derivação.

    • prefixal: acréscimo de prefixo à palavra primitiva (in-útil);

    • sufixal: acréscimo de sufixo à palavra primitiva (clara-mente);

    • parassintética ou parassíntese: acréscimo simultâneo de prefixo e sufixo, à palavra primitiva (em +

    lata + ado). Esse processo é responsável pela formação de verbos, de base substantiva ou adjetiva;

    • regressiva: redução da palavra primitiva. Nesse processo forma-se substantivos abstratos por

    derivação regressiva de formas verbais (ajuda / de ajudar);

    • imprópria: é a alteração da classe gramatical da palavra primitiva ("o jantar" - de verbo para

    substantivo, "é um judas" - de substantivo próprio a comum).

  • Além desses processos, a língua portuguesa também possui outros processos para formação de

    palavras, como:

    • Hibridismo: são palavras compostas, ou derivadas, constituídas por elementos originários de línguas

    diferentes (automóvel e monóculo, grego e latim / sociologia, bígamo, bicicleta, latim e grego /

    alcalóide, alcoômetro, árabe e grego / caiporismo: tupi e grego / bananal - africano e latino /

    sambódromo - africano e grego / burocracia - francês e grego);

    • Onomatopéia: reprodução imitativa de sons (pingue-pingue, zunzum, miau);

    • Abreviação vocabular: redução da palavra até o limite de sua compreensão (metrô, moto, pneu,

    extra, dr., obs.)

    • Siglas: a formação de siglas utiliza as letras iniciais de uma seqüência de palavras (Academia

    Brasileira de Letras - ABL). A partir de siglas, formam-se outras palavras também (aidético, petista)

    • Neologismo: nome dado ao processo de criação de novas palavras, ou para palavras que adquirem

    um novo significado.

    Principais prefixos latinos:

    • a-, ab-, abs- (indica afastamento; separação = aberrar, abdicar, abster, abstrair, amovível, aversão);

    • a-, ad-, ar-, as- (movimento para; aproximação; direção = adjunto, adnominal, adjetivo, adventício,

    advogado, abordar, apurar, arribar, arraigar, associar, assimilar);

    • ante- (anterioridade; precedência = antepor, anteceder, antebraço, antecâmara);

    • circu-, circum- (movimento em torno, posição em redor = circumpolar, circum-ambiente,

    circunavegação, circunferência);

    • cis- (posição aquém = cisplatino, cisandino);

    • co-, com-, con-, cor- ([da preposição latina cum] concomitância, companhia, ação conjunta = competir,

    companheiro, concorrer, congregar, cooperar, coerente, corroborar, corrosivo);

    • contra- (oposição, ação conjunta = contradizer, contraveneno, contrapeso);

    • de- (movimento de cima para baixo = declive, débil, decrescente, decapitar);

    • des- (separação, ação contrária, negação = desviar, desleal, desfazer, desprotegido);

    • di-, dir-, dis- (dualidade, divisão, separação, movimento em muitos sentidos = disforme, discutir,

    disseminar, dirimir, dilacerar, difundir);

    • entre- (posição intermediária = entreato, entrelinha, entretela, entremeio);

    • ex-, es-, e- (movimento para fora, afastamento, estado anterior = extrair, expectorar- exportar,

    escorrer, esquecer, emigrar, emergir);

    • extra- (posição exterior = extraordinário, extravasar, extramuros);

    • in-, im-, i-, ir-, em-, en- (movimento para dentro, tendência, mudança de estado = incrustar, ingerir,

    investigar, impressão, imigrar, irromper, enterrar, embarcar, enformar);

    • in-, im-, i-, ir- (sentido exclusivamente negativo, de privarão [é de etimologia diferente do in- anterior] =

    indecente, inerte, impróprio, imberbe, ilegal, imoral, ignorar, irrestrito, irregular);

    • intra- (posição interior = intravenoso, intrapulmonar, intramedular);

  • • intro- (movimento para dentro = introduzir, intrometer, intróito, introspecção);

    • justa- (posição ao lado, perto de = justaposto, justafluvial, justalinear);

    • ob-, o-, os- (posição em frente, diante de, oposição = objeto, obstáculo, ofuscar, opor, ocupar,

    ostentar);

    • per- (movimento através = perpassar, permeável, perfurar, pernoitar);

    • pos- (ação posterior = posdatar, postergar, postônica, posposto);

    • pre- (anterioridade = predatar, prefixo, preliminar, prefácio, pré-tônica);

    • pro- (movimento para a frente, diante de = prosseguir, progredir, profano, proclamar);

    • re- (movimento para trás, repetição = regredir, reagir, reiterar, recomeçar);

    • retro- (movimento mais para trás = retroceder, retrospectiva, retrocesso, retroagir);

    • soto-, sota- (posição inferior = sotopor, soto-mestre, sota-capitão);

    • sub-, sus-, su-, sob-, so- (movimento de baixo para cima, estado inferior, redução = sublevar, subir,

    subalterno, suspender, suspeitar, sufocar, sobpor, sopé, sonegar, soerguer, soterrar);

    • super-, sobre-, supra- (posição em cima, posição acima, excesso, intensidade = superpor, supercílio,

    supérfluo, sobrecarga, sobreviver, supra-renal, supramencionado);

    • trans-, trás-, tres- (movimento para além de; posterioridade, posição excedente = transmontano,

    transpor, transportar, transbordar, trasladar, trespasse, tresmalhar);

    • ultra- (posição além de, excesso = ultramar, ultrapassar, ultra-som);

    • vice-, vis- (substituição, em lugar de = vice-presidente, vice-rei, visconde).

    Principais prefixos gregos:

    • an-, a- (sentido exclusivamente negativo, privação = anarquia, anônimo, ateu, acéfalo, afônico);

    • aná- (ação ou movimento contrário, repetição = anagrama, anáfora, análise);

    • anfi- (de um e outro lado, em torno de = anfiteatro, anfíbio);

    • anti- (oposição = antípoda, antipatia, antiaéreo, anticlerical);

    • apó- (afastamento, separação = apogeu, apócrifo, apóstolo);

    • arqui-, arc-, arque-, arce-, arci- (procedência, superioridade = arquipélago, arquiteto, arcanjo,

    arquétipo, arcebispo, arcipreste) catá- (movimento de cima para baixo, posição superior, oposição =

    catástrofe, catapulta, catálogo, catacrese);

    • diá-, di- (movimento através de, passagem, afastamento = diagonal, diâmetro, diagnóstico, diocese,

    diurético);

    • dis- (dificuldade, falta, privação = dispnéia, disenteria, dissimetria);

    • ec-, ex- (movimento para fora, separação = eclipse, eclético, êxodo, exorcismo);

    • en-, em-, e- (posição interna, posição sobre = encéfalo, energia, entusiasmo, emplasto, elipse);

    • endo-, end- (posição interior, movimento para dentro = endotérmico, endoscopia, endosmose);

    • epi- (posição superior, movimento pura, cm direção a = epiderme, epílogo, epitáfio, epístola, epíteto);

    • eu-, ev- (bem, bom, felizmente = eucaristia, eufonia, eufemismo, evangélico);

    • hiper- (posição superior, excesso = hipérbole, hipertrofia, hipertensão);

  • • hipo- (posição inferior = hipotenusa, hipótese, hipocrisia);

    • meta-, met- (movimento de um lugar para outro, mudança = metamorfose, metáfora, meteoro,

    metonímia);

    • para-, par- (proximidade, comparação = paradigma, paradoxo, parasita, paródia, paralelo);

    • peri- (em torno de, ao redor de = perímetro, perífrase, peripécia);

    • pró- (posição em frente, movimento para frente = problema, prólogo, prognóstico, programa);

    • sin-, sim-, si- (simultaneidade, reunião, companhia = sinfonia, sincronia, síncope, símbolo, simpatia,

    silepse, sílaba).

    Sufixos:

    Os sufixos podem ser divididos em três tipos:

    • sufixo nominal: aquele responsável pela formação de nome (substantivo ou adjetivo): pad-eiro, favel-

    ado.

    • sufixo verbal: aquele responsável pela formação de um verbo: computador + izar.

    • sufixo adverbial: aquele responsável pela formação de advérbio; em português apenas o sufixo -

    mente: feliz-mente.

    Principais sufixos nominais

    Sufixos aumentativos:

    • -aça (barcaça, barbaça);

    • -aço (estilhaço, ricaço);

    • -alhão (brincalhão, vagalhão);

    • -anzil (corpanzil);

    • -ão (chorão, sapatão);

    • -aréu (fogaréu, povaréu);

    • -arra (naviarra, bocarra);

    • -arrão (canzarrão, homenzarrão);

    • -astro (poetastro, medicastro);

    • -az (voraz, cartaz);

    • -ázio (copázio, gatázio);

    • -eirão (vozeirão, asneirão);

    • -orra (cabeçorra, beiçorra);

    • -aça (dentuça, carduça)

    Sufixos diminutivos:

  • • -acho(a), -icho(a), -ucho(a) (riacho, fogacho, cornicho, barbicha, gorducho, papelucho);

    • -ebre (casebre)

    • -eco(a), -ico(a) (jornaleco, soneca, Antonico, burrico);

    • -ela (rodela, viela, janela);

    • -elho(a), -ejo, ilho(a) (artelho, rapazelho, lugarejo, quintalejo, ladrilho, cartilha);

    • -ete, -eto(a), -ito(a), -ote(a) (lembrete, artiguete, coreto, saleta, cabrito, Manuelito, casita, filhote,

    serrote, velhota);

    • -inho(a), -ino(a), -im (amiguinho, menininha, pequenino, violino, neblina, espadim, camarim);

    • -isco(a), -usco(a) (chuvisco, asterisco, odalisca, velhusco, chamusco);

    • -oca (sitioca, engenhoca);

    • -ola (rapazola, gaiola, fazendola);

    Sufixos diminutivos eruditos:

    • -ículo(a) (artículo, cubículo, gotícula, película, partícula);

    • -ulo(a) (glóbulo, grânulo);

    • -únculo(a) (homúnculo, questiúncula);

    • -úsculo(a) (corpúsculo, opúsculo);

    Outros sufixos nominais:

    • -áceo(a) (semelhança, pertinência = galináceo, rosácea, farináceo, herbáceo);

    • -ácea (qualidade, ação = audácia, falácia);

    • -aco(a) (relação íntima, estado íntimo, origem = austríaco, maníaco, cardíaco, demoníaco, amoníaco,

    zodíaco);

    • -ado(a), -ato(a) (posse, instrumento, matéria, quantidade = barbado, avermelhado, bispado, paulada,

    cacetada, bananada, laranjada, boiada, noitada, temporada, sensato, cordato);

    • -agem (ação, resultado de ação, relação íntima = viagem, miragem, imagem, homenagem, folhagem,

    selvagem);

    • -aico (referência, pertinência = prosaico, judaico, arcaico, incaico, hebraico);

    • -al, -ar (pertinência, coleção, quantidade, cultura de vegetais = genial, mortal, areal, pantanal, curral,

    tribunal, arrozal, bananal, familiar, militar);

    • -alha (quantidade pejorativa = canalha, gentalha, parentalha);

    • -ama, -ame (quantidade = dinheirama, vasilhame, madeirame);

    • -anca, -ância (ação, resultado da ação, estado = esperança, lembrança, ignorância, vigilância,

    tolerância);

    • -ando(a) (ação furtiva aplicada a um indivíduo = doutorando, vestibulando);

    • -aneo(a) (modo de ser, capacidade = contemporâneo, sucedâneo, instantâneo, momentâneo);

  • • -ano(a) (proveniência, origem, semelhança, sectário ou partidário de = italiano, sergipano, paulistano,

    republicano, parnasiano, camoniano, meridiano, cotidiano);

    • -ão(ã) (forma popular do sufixo -ano(a) = alemão, aldeão, beirão);

    • -aria, -eiro(a) (atividade, estabelecimento comercial, coleção = pizzaria, padaria, estrebaria, tesouraria,

    livraria, pedraria, bruxaria, livreiro, galinheiro, caseira);

    • -ário(a) (profissões, lugares onde -se guardam coisas = operário, mandatário, escriturário, vestiário,

    armário);

    • -ção, -são (ação, resultado da ação = condição, traição, extensão, prisão, visão);

    • -dade (qualidade, modo de ser, estado = dignidade, bondade, maldade, castidade, crueldade,

    normalidade, ruindade, falsidade);

    • ouro(a) (pertinência, ação = vindouro, ancoradouro, manjedoura);

    • -dura, -tura, -sura (resultado da ação, instrumento de uma ação = assadura, armadura, ditadura,

    criatura, abertura, tintura, mensura, clausura);

    • -edo (cheio de = arvoredo, vinhedo, olivedo, rochedo, lajedo, passaredo);

    • -el (formador de adjetivos = cruel, fiel);

    • -ença, -ência (ação ou resultado da ação = crença, doença, presença, diferença, violência, falência,

    ocorrência, prudência);

    • -engo(a) (relação, pertinência, posse = mulherengo, flamengo, realengo);

    • -eno(a) (referência, origem = terreno, chileno, nazareno, obsceno);

    • -ense, -ês(a) (origem, procedência, relação = parisiense, piauiense, fluminense, português, francês,

    cortês, burguês, inglesa);

    • -ente, -ante, -inte (agente, ação, qualidade, estado = doente, poente, agente, navegante, pedinte,

    ouvinte, constituinte);

    • -ento(a) (agente, cheio de, que tem o caráter de = barulhento, poeirenta, ciumento, avarento,

    lamacento);

    • -esco(a), -isco(a) (relação, semelhança, qualidade = carnavalesco, quixotesco, parentesco,

    gigantesco, mourisco);

    • -este (relação = agreste, celeste);

    • -estre (relação = pedestre, campestre, silvestre, terrestre);

    • -eu (origem, procedência, relação = hebreu, judeu, europeu, galileu);

    • -ez, -eza (formam substantivos abstratos = altivez, surdez, palidez, riqueza, beleza, safadeza,

    avareza, tristeza);

    • -ia (qualidade, estado, propriedade, profissão = moléstia, alegria, chefia, diretoria, filosofia);

    • -iça, -ícia (formam substantivos abstratos = justiça, preguiça, cobiça, malícia);

    • -ice, -ície (formam substantivos abstratos = velhice, meninice, doidice, imundície, calvície);

    • -ício(a), -iço(a) (relação, referência = alimentício, natalício, adventício, patrício, movediço, quebradiço);

    • -il (semelhança, referência = pueril, senil, hostil, civil, febril, canil);

    • -ino(a) (relação, semelhança, origem, natureza = divino, latino, cristalino, londrino, marroquino,

    matutino, peregrino);

  • • -io(a) (relação = vazio, estio, sadio, sombrio, tardio, fugidio);

    • -ismo (doutrina, escola, teoria, sistema, modo de proceder ou pensar, ação = socialismo, capitalismo,

    comunismo, romantismo, ostracismo, realismo, anarquismo, terrorismo, exorcismo);

    • -ista (partidário ou sectário de doutrina, sistema, teoria, principio, agente, ocuparão, origem =

    socialista, capitalista, comunista, simbolista, realista, anarquista, dentista, artista, pianista, budista,

    paulista, sulista, nortista);

    • -ita (origem, pertinência = eremita, jesuíta, israelita, selenita);

    • -ite (inflamação = amigdalite, bronquite, gastrite, estomatite);

    • -mento(a) (instrumento, coleção, ação ou resultado da ação = ferramenta, vestimenta, fardamento,

    ferimento, casamento, sentimento, armamento);

    • -onho(a) (propriedade hábito constante = risonho, medonho, tristonho, enfadonho);

    • -or (qualidade, propriedade = sabor, amargor, fervor);

    • -(d)or, -(t)or, -(s)or (agente, profissão, instrumento de ação = trabalhador, corredor, escritor, inspetor,

    leitor, agressor, professor, confessor);

    • -oso(a) (abundância, plenitude = famoso, apetitoso, meticuloso, medrosa, saudosa, venenosa);

    • -oz (formador de adjetivos = veloz, atroz, feroz);

    • -tério (instrumento, lugar onde se faz algo = saltério, cemitério, necrotério, batistério);

    • -tico(a) (relação = rústico, aromático, aquático, fanático, lunático);

    • -tório(a) (lugar, resultado da ação = refeitório, laboratório, imigratório, vitória);

    • -tude, -dão (formador de substantivos abstratos = amplitude, juventude, similitude, magnitude, solidão,

    gratidão, retidão);

    • -udo(a) (provido ou cheio de = peludo, barbudo, carnuda, narigudo, pontudo);

    • -ugem (semelhança, quantidade = ferrugem, penugem, rabugem);

    • -ulho (quantidade, coleção = pedregulho, marulho, barulho);

    • -ume (resultado de ação, coleção = azedume, queixume, negrume, cardume);

    • -ura (formador de substantivos abstratos = alvura, candura, formosura, ternura);

    • -urno(a) (duração = diurno, noturno, taciturna);

    • -vel (possibilidade ou posse = impagável, inestimável, indelével, cabível, perecível);

    Sufixos verbais:

    Na língua portuguesa há uma tendência em formar novos verbos: a maioria, quase absoluta, dos

    novos verbos pertence à 1ª conjugação.

    Considera-se sufixo verbal o conjunto formada pelo sufixo mais a terminação verbal (vogal temática +

    desinência), como ocorre em -izar, do verbo computadorizar.

    São sufixos verbais da 1ª conjugação:

  • • -ear, -ejar (ação durativa [prolongada]; o processo se repete [iterativo] - indica transformação,

    mudança de estado = cabecear, verdejar, gotear, gotejar);

    • -cotar (ação durativa - qualidade, modo de ser, mudança de estado (factitivo) = amamentar,

    amolentar, ensangüentar);

    • -ficar, -fazer (ação durativa - modo de ser, mudança de estado (factitivo) = liquidificar, liquefazer,

    mumificar, retificar);

    • -icar, -iscar (o processo se repete [iterativo] - diminutivo = bebericar, mordiscar, chuviscar, adocicar);

    • -ilhar; -inhar (iterativo - diminutivo = dedilhar, cuspilhar, cuspinhar, patinhar);

    • -itar (iterativo - diminutivo = saltitar, dormitar);

    • -izar (ação que se prolonga [durativa] - factitivo = alfabetizar, fertilizar, catequizar, computadorizar).

    São sufixos verbais da 2ª conjugação:

    • -ecer, -escer (início de um processo e seu desenvolvimento - mudança de estado, transformação =

    amanhecer, rejuvenescer, florescer, enaltecer, entardecer, ensandecer).

    Sufixo adverbial:

    • O único sufixo adverbial, na língua portuguesa, é o sufixo -mente, formador de advérbio de

    modo. O sufixo -mente é, sempre que possível, acrescentado a um adjetivo feminino

    (lentamente, completamente, dignamente, fielmente, apressadamente, humanamente).

    Principais radicais gregos e latinos:

    Radicais gregos:

    • acro (alto, elevado = acrobata, acrópole, acrofobia);

    • aer, aero (ar = aeronave, aeronauta);

    • agogo (o que conduz = pedagogo, demagogo);

    • agro (campo = agronomia, agrônomo);

    • alg, algia (dor, sofrimento = analgésico, nevralgia);

    • andro (homem, macho = andrógino, androfobia);

    • anemo (vento = anemógrafo, anemômetro);

    • antropo (ser humano = antropocentrismo, antropofagia);

    • arcai, arqueo (antigo, velho = arcaísmo, arqueologia);

    • aristo (ótimo, o melhor = aristocracia, aristocrata);

    • aritmo (número = aritmética, aritmologia);

    • arquia (governo = monarquia, anarquia);

    • asteno, astenia (fraqueza, debilidade = astenopia, neurastenia);

    • astro (corpo celeste = astronomia, astrodinâmica);

  • • atmo (gás, vapor = atmosfera, atmômetro);

    • baro (pressão, peso = barômetro, barítono );

    • bata (o que anda = acrobata, nefelibata );

    • biblio (livro = biblioteca, bibliotecário);

    • bio (vida = biologia, biografia);

    • caco (feio, mau = cacofonia, cacoépia);

    • cali (belo = caligrafia, calidoscópio);

    • cardio (coração = cardíaco, cardiograma);

    • cefalo (cabeça = acefalia, cefaléia);

    • ciclo (círculo = ciclometria, bicicleta, triciclo);

    • cine, cinesi (movimento = cinética, cinesalgia);

    • cito (célula = citologia, citoplasma);

    • cosmo (mundo, universo = cosmovisão, macrocosmo);

    • cracia (poder, autoridade = gerontocracia, tecnocracia);

    • cromo (cor = cromogravura, cromógeno);

    • crono (tempo = cronômetro, cronograma);

    • datilo (dedo = datilografia, datiloscopia);

    • deca (dez = decâmetro, decalitro);

    • demo (povo = democracia, demográfico);

    • derma (pele = dermatologista, dermite);

    • di (dois = dissílabo, ditongo);

    • dinamo (força, potência = dinamite, dinamismo);

    • doxo (crença, opinião = ortodoxo, paradoxo);

    • dromo (corrida = autódromo, hipódromo);

    • eco (casa, domicílio, habitat = ecologia, ecônomo, ecossistema);

    • edro (base, face = poliedro, pentaedro);

    • ergo (trabalho = ergofobia, ergógrafo);

    • esperma, espermato (semente = espermatologia, espermatozóide);

    • etio, etimo (origem = etiologia, etimologia);

    • etno (raça, nação = etnia, etnocentrismo);

    • fago (que come ou aquele que come = antropófago, necrófago);

    • filo (amigo, amante = fílósofo, filantropo);

    • fisio (natureza física ou moral = fisiologia, fisionomia, fisioterapia);

    • fobo (aversão = claustrofobia, xenofobia);

    • fono (som, voz = fonógrafo, fonoteca);

    • fos, foto (luz = fosfeno, fotografia);

    • gamo (casamento = gamomania, monogamia);

    • gastro (estômago = gastronomia, gástrico);

  • • gene (origem = gênese, genética);

    • geo (terra = geografia, geóide);

    • gine, gineco (mulher = andrógino, ginecocracia);

    • gono, gonio (ângulo = polígono, goniômetro);

    • grafia (escrita = ortografia, caligrafia);

    • helio (sol = heliocentrismo, heliografia);

    • hemo (sangue = hemorragia, hemograma);

    • hepato (fígado = hepatite, hepático);

    • hetero (outro, diferente = heterossexual, heterogêneo);

    • hidro (água = hidrografia, hidrófilo);

    • higro (umidade = higrômetro, higrófilo);

    • hipno (sono = hipnose, hipnotismo);

    • hipo (cavalo = hipódromo, hipopótamo);

    • homeo, homo (semelhante = homeopatia, homossexual);

    • icon, icono (imagem = iconoclasta, iconografia);

    • ictio (peixe = ictiofagia, ictiologia);

    • iso (igual = isóbaro, isósceles);

    • latria (culto = idolatria, alcoólatra);

    • lito (pedra = litografia, aerólito);

    • log, logia (estudo = ginecologia, astrologia);

    • macro (grande = macrocosmo, macrobiótica);

    • mancia (adivinhação = quiromancia, cartomancia);

    • mani, mania (loucura = manicômio, cleptomania);

    • mega, megalo (grande = megalomaníaco, megalocefalia);

    • meso (meio = Mesopotâmia, mesóclise);

    • metro (que mede, medição = barômetro, termômetro);

    • micro (pequeno = microcosmo, microfone);

    • miso (ódio, aversão = misantropia, misossofia);

    • mito (fábula = mitologia, mitomania);

    • mnemo (memória = amnésia, mnemônico);

    • mono (único, sozinho = monarquia, monobloco);

    • morfo (forma = zoomórfico, amorfo, morfologia);

    • necro (morte, cadáver = necrotério, necrofilia);

    • neo (novo, moderno = neologismo, neolatino);

    • neuro (nervo = neurite, neuralgia);

    • nomo (regra, lei = nomologia, agrônomo);

    • odonto (dente = odontologia, odontalgia);

    • oftalmo (olho = oftalmologista, oftalmia);

  • • oligo (pouco = oligarquia, oligopólio);

    • onimo (nome = ortônimo, sinônimo);

    • onir, oniro (sonho = onírico, oniromancia);

    • ornito (ave = ornitologia, ornitofilia);

    • orto (reto, correto = ortônimo, ortografia);

    • oxi (agudo, ácido = oxítona, oxidação);

    • paleo (antigo = paleografia, paleontologia);

    • pato (doença, sofrimento = patologia, patogenia);

    • pedia (educação = ortopedia, pediatria);

    • pole, polis (cidade = metrópole, acrópole, Florianópolis);

    • poli (muito = poligamia, polígono, politeísmo);

    • potamo (rio = Mesopotâmia, hipopótamo);

    • pneumato (ar, gás, espírito = pneumatologia, pneumatólise);

    • pneum(o) (pulmão = pneumonia, pneumotórax);

    • proto (primeiro = protozoário, protótipo);

    • pseudo (falso = pseudônimo);

    • psico (alma, espírito = psicologia, psiquiatria);

    • quiro ( mão = quiromancia);

    • rino (nariz = rinite, rinoceronte);

    • rizo (raiz = rizotônico, rizófago);

    • scopio (o que faz ver = telescópio, microscopia);

    • sema, semio (sinal = semáforo, semiótica);

    • sidero (ferro, aço = siderurgia, siderografia);

    • sismo (terremoto = sísmico, sismógrafo);

    • sofo (sábio = filosofia, sofomaníaco);

    • soma, somo, somato (corpo, matéria = cromossomo, somatologia);

    • stico (linha, verso = dístico, hemistíquio);

    • tanato (morte = eutanásia, tanatofobia);

    • taqui (rápido = taquicardia, taquigrafia);

    • teca (coleção = fonoteca, filmoteca, discoteca);

    • tecno (arte, ofício = tecnologia, tecnocracia);

    • tele (ao longe, distância = telefone, telescópio, telégrafo);

    • teo (deus, divindade = teocentrismo, teocracia);

    • termo (calor, temperatura = termômetro, térmico, termostato);

    • topo (lugar, localidade = topografia, topônimo);

    • xeno (estranho = xenofobia, xenofilia);

    • xer, xero (seco, secura = xerófilo, xerografia);

    • xilo (madeira = xilogravura, xilófago);

  • • zoo (animal = zoologia, zoomorfo).

    Radicais latinos:

    • agri (campo = agricultura, agrícola);

    • ambi (ambos = ambivalência, ambidestro, ambíguo);

    • ambulo (caminhar, andar = sonâmbulo, noctâmbulo);

    • animi (alma = animicida, anímico);

    • arbori (árvore = arborícola, arboriforme, arboricultura);

    • beli (guerra = bélico, belicista, beligerante);

    • bi, bis (repetição, duas vezes = bisavô, bilíngüe, bissexual);

    • calori (calor = caloria, calorífero);

    • cida (que mata = vermicida, inseticida);

    • cola (que habita, que cultiva = vinícola, citrícola);

    • cole, colo (pescoço = colar, colarinho);

    • color (cor, coloração = colorífico, quadricolor);

    • cordi (coração = cordial);

    • corn(i) (chifre, antena = cornear, cornudo, cornucópia);

    • crimino (crime = criminoso, criminologia);

    • cruci (cruz = crucificado);

    • cultura (ato de cultivar = suinocultura, piscicultura);

    • cupr(i) (cobre = cúprico, cuprífero);

    • curvi (curvo = curvilíneo);

    • deci (décimo = decímetro, decigrama);

    • digit(i) (dedo = digitador, digitação);

    • dui (dois = duidade, duelo);

    • ego (eu = egocentrismo, egoísmo);

    • equi (igual = equivalência, eqüidistante);

    • estil(i) (estilo = estilista, estilismo);

    • estrato (coberta, camada = estratosfera, estrato);

    • evo (idade = longevidade, longevo, medievo);

    • fero (que contém = mamífero, carbonífero);

    • ferr(i), ferro (ferro = ferrovia, ferrífero, ferrugem);

    • fico (que faz, que produz = benéfico, maléfico, frigorífico);

    • fide (fé = fidelidade, fidedigno);

    • fili (filho = filiação, filial);

    • forme (forma = uniforme, disforme, cordiforme);

    • frater (irmão = fraterno, fratricida);

  • • frig(i) (frio = frigidez, frigorífico);

    • fugo (que foge = centrífugo, vermífugo);

    • genito (relativo a geração = genitor);

    • gradu (grau, passo = centígrado, graduação);

    • herbi (erva = herbívoro, herbicida);

    • homin(i) (homem = hominal, homicídio);

    • igni (fogo = ignição, ígneo);

    • lati (largo, amplo = latifúndio, latofólio);

    • loquo (que fala = ventríloquo, altíloquo);

    • luc(i) (luz = lucidez, lúcido);

    • mini (muito pequeno = minissaia, mínimo);

    • multi (numeroso = multissecular, multiangular);

    • ocul(i) (olho = oculista, oculiforme);

    • odori (odor, cheiro = odorífero, desodorante);

    • oni (tudo, todo = onipresente, onisciente);

    • pani (pão = panificadora);

    • pari (igual = paridade, paritário);

    • ped(i), pede (pé = pedestre, pedicuro, bípede);

    • personal(i) (pessoal = personalidade, personificar);

    • petr(i) (pedra = petrificar, petróleo);

    • pisci (peixe = piscicultura, pisciano);

    • plani (plano = planisfério, planície);

    • pluri (muitos = pluralizar, pluricelular);

    • pluvio (chuva = pluviômetro, pluviosidade);

    • popul(o) (povo = populoso, populismo);

    • primi (primeiro = primogênito, primícias);

    • quadr(i), quadru (quatro = quadrangular, quadrúpede, quadricular);

    • radic(i) (raiz = radicar, radiciação);

    • reti (reto, direito = retificar, retilíneo);

    • reti (rede = reticulado, retiforme);

    • retro (movimento para trás = retroceder, retroagir);

    • sabat(i) (sábado = sabatina, sabatismo);

    • sacar(i) (açúcar = sacarífero, sacarose, sacarina);

    • sesqui (um e meio = sesquicentenário, sesquipedal);

    • sexi, sexo (sexo = sexologia, assexuado);

    • sideri (astro = sideral, sidério);

    • silvi (selva = silvícola, silvicultura);

    • sino (da China = sinologia, sino-brasileiro);

  • • socio (sociedade = sociologia, sociolingüística);

    • sono (som, ruído = sônico, sonoplastia);

    • sudor(i) (suor = sudoríparo, sudoral);

    • telur(i) (terra, solo = telúrico, telurismo);

    • toni (tom, vigor = tônico, tonificar);

    • toxico (veneno = toxicomania, toxina);

    • triti (trigo = triticultura, triticultor);

    • veloci (veloz = velocípede, velocímetro);

    • vermi (verme = vermífugo, vermicida);

    • vin(i) (vinho = vinicultura, vinícola);

    • vitri (vidro = vitrina, vitrificar, vitral);

    • voto (que quer, que deseja = malévolo, benévolo);

    • voro (que devora = carnívoro, herbívoro).

    • retroceder, retroagir;

    • sabatina, sabalismo;

    • saçarífero, Sílcarose;

    • sacarina sesquicenlenário;

    • se-squipedal sexülogía, assexuado sideral;

    • sidério silvícola, silvicultura sinologia;

    • sino-brasileiro sociologia, soeíoíingílísüca sônico;

    • sonoplastía sudoríparo, sudoral telúrico.

    CLASSES DE PALAVRAS:

    As palavras são classificadas de acordo com as funções exercidas nas orações.

    Na língua portuguesa podemos classificar as palavras em:

    • Substantivo

    • Adjetivo

    • Pronome

    • Verbo

    • Artigo

    • Numeral

    • Advérbio

    • Preposição

    • Interjeição

    • Conjunção

  • Substantivo:

    É a palavra variável que denomina qualidades, sentimentos, sensações, ações, estados e seres em

    geral.

    Quanto a sua formação, o substantivo pode ser primitivo (jornal) ou derivado (jornalista), simples

    (alface) ou composto (guarda-chuva).

    Já quanto a sua classificação, ele pode ser comum (cidade) ou próprio (Curitiba), concreto (mesa) ou

    abstrato (felicidade).

    Os substantivos concretos designam seres de existência real ou que a imaginação apresenta como tal:

    alma, fada, santo. Já os substantivos abstratos designam qualidade, sentimento, ação e estado dos

    seres: beleza, cegueira, dor, fuga.

    Os substantivos próprios são sempre concretos e devem ser grafados com iniciais maiúsculas.

    Certos substantivos próprios podem tornar-se comuns, pelo processo de derivação imprópria (um

    judas = traidor / um panamá = chapéu).

    Os substantivos abstratos têm existência independente e podem ser reais ou não, materiais ou não.

    Quando esses substantivos abstratos são de qualidade tornam-se concretos no plural (riqueza X

    riquezas).

    Muitos substantivos podem ser variavelmente abstratos ou concretos, conforme o sentido em que se

    empregam (a redação das leis requer clareza / na redação do aluno, assinalei vários erros).

    Já no tocante ao gênero (masculino X feminino) os substantivos podem ser:

    • biformes: quando apresentam uma forma para o masculino e outra para o feminino. (rato, rata ou

    conde X condessa).

    • uniformes: quando apresentam uma única forma para ambos os gêneros. Nesse caso, eles estão

    divididos em:

    • epicenos: usados para animais de ambos os sexos (macho e fêmea) - albatroz, badejo, besouro,

    codorniz;

    • comum de dois gêneros: aqueles que designam pessoas, fazendo a distinção dos sexos por

    palavras determinantes - aborígine, camarada, herege, manequim, mártir, médium, silvícola;

    • sobrecomuns - apresentam um só gênero gramatical para designar pessoas de ambos os sexos -

    algoz, apóstolo, cônjuge, guia, testemunha, verdugo;

    Alguns substantivos, quando mudam de gênero, mudam de sentido. (o cisma X a cisma / o corneta X a

    corneta / o crisma X a crisma / o cura X a cura / o guia X a guia / o lente X a lente / o língua X a língua / o

    moral X a moral / o maria-fumaça X a maria-fumaça / o voga X a voga).

  • Os nomes terminados em -ão fazem feminino em -ã, -oa ou -ona (alemã, leoa, valentona).

    Os nomes terminados em -e mudam-no para -a, entretanto a maioria é invariável (monge X monja,

    infante X infanta, mas o/a dirigente, o/a estudante).

    Quanto ao número (singular X plural), os substantivos simples formam o plural em função do final da

    palavra.

    • vogal ou ditongo (exceto -ÃO): acréscimo de -S (porta X portas, troféu X troféus);

    • ditongo -ÃO: -ÕES / -ÃES / -ÃOS, variando em cada palavra (pagãos, cidadãos, cortesãos, escrivães,

    sacristães, capitães, capelães, tabeliães, deães, faisães, guardiães).

    Os substantivos paroxítonos terminados em -ão fazem plural em -ãos (bênçãos, órfãos, gólfãos).

    Alguns gramáticos registram artesão (artífice) - artesãos e artesão (adorno arquitetônico) - artesões.

    • -EM, -IM, -OM, -UM: acréscimo de -NS (jardim X jardins);

    • -R ou -Z: -ES (mar X mares, raiz X raízes);

    • -S: substantivos oxítonos acréscimo de -ES (país X países). Os não-oxítonos terminados em -S são

    invariáveis, marcando o número pelo artigo (os atlas, os lápis, os ônibus), cais, cós e xis são

    invariáveis;

    • -N: -S ou -ES, sendo a última menos comum (hífen X hifens ou hífenes), cânon > cânones;

    • -X: invariável, usando o artigo para o plural (tórax X os tórax);

    • -AL, EL, OL, UL: troca-se -L por -IS (animal X animais, barril X barris). Exceto mal por males, cônsul

    por cônsules, real (moeda) por réis, mel por méis ou meles;

    • IL: se oxítono, trocar -L por -S. Se não oxítonos, trocar -IL por -EIS. (til X tis, míssil X mísseis).

    Observação: réptil / reptil por répteis / reptis, projétil / projetil por projéteis / projetis;

    • sufixo diminutivo -ZINHO(A) / -ZITO(A): colocar a palavra primitiva no plural, retirar o -S e acrescentar

    o sufixo diminutivo (caezitos, coroneizinhos, mulherezinhas). Observação: palavras com esses sufixos

    não recebem acento gráfico.

    • metafonia: -o tônico fechado no singular muda para o timbre aberto no plural, também variando em

    função da palavra. (ovo X ovos, mas bolo X bolos). Observação: avôs (avô paterno + avô materno),

    avós (avó + avó ou avô + avó).

    Os substantivos podem apresentar diferentes graus, porém grau não é uma flexão nominal. São três

    graus: normal, aumentativo e diminutivo e podem ser formados através de dois processos:

    • analítico: associando os adjetivos (grande ou pequeno, ou similar) ao substantivo;

    • sintético: anexando-se ao substantivo sufixos indicadores de grau (meninão X menininho).

    Certos substantivos, apesar da forma, não expressam a noção aumentativa ou diminutiva. (cartão,

    cartilha).

  • • alguns sufixos aumentativo: -ázio, -orra, -ola, -az, -ão, -eirão, -alhão, -arão, -arrão, -zarrão;

    • alguns sufixos diminutivo: -ito, -ulo-, -culo, -ote, -ola, -im, -elho, -inho, -zinho (o sufixo -zinho é

    obrigatório quando o substantivo terminar em vogal tônica ou ditongo: cafezinho, paizinho);

    O aumentativo pode exprimir desprezo (sabichão, ministraço, poetastro) ou intimidade (amigão);

    enquanto o diminutivo pode indicar carinho (filhinho) ou ter valor pejorativo (livreco, casebre).

    Algumas curiosidades sobre os substantivos:

    Palavras masculinas:

    • ágape (refeição dos primitivos cristãos);

    • anátema (excomungação);

    • axioma (premissa verdadeira);

    • caudal (cachoeira);

    • carcinoma (tumor maligno);

    • champanha, clã, clarinete, contralto, coma, diabete/diabetes (FeM classificam como gênero vacilante);

    • diadema, estratagema, fibroma (tumor benigno);

    • herpes, hosana (hino);

    • jângal (floresta da Índia);

    • lhama, praça (soldado raso);

    • praça (soldado raso);

    • proclama, sabiá, soprano (FeM classificam como gênero vacilante);

    • suéter, tapa (FeM classificam como gênero vacilante);

    • teiró (parte de arma de fogo ou arado);

    • telefonema, trema, vau (trecho raso do rio).

    Palavras femininas:

    • abusão (engano);

    • alcíone (ave doa antigos);

    • aluvião, araquã (ave);

    • áspide (reptil peçonhento);

    • baitaca (ave);

    • cataplasma, cal, clâmide (manto grego);

    • cólera (doença);

    • derme, dinamite, entorce, fácies (aspecto);

    • filoxera (inseto e doença);

    • gênese, guriatã (ave);

    • hélice (FeM classificam como gênero vacilante);

  • • jaçanã (ave);

    • juriti (tipo de aves);

    • libido, mascote, omoplata, rês, suçuarana (felino);

    • sucuri, tíbia, trama, ubá (canoa);

    • usucapião (FeM classificam como gênero vacilante);

    • xerox (cópia).

    Gênero vacilante:

    • acauã (falcão);

    • inambu (ave);

    • laringe, personagem (Ceg. fala que é usada indistintamente nos dois gêneros, mas que há preferência

    de autores pelo masculino);

    • víspora.

    Alguns femininos:

    • abade - abadessa;

    • abegão (feitor) - abegoa;

    • alcaide (antigo governador) - alcaidessa, alcaidina;

    • aldeão - aldeã;

    • anfitrião - anfitrioa, anfitriã;

    • beirão (natural da Beira) - beiroa;

    • besuntão (porcalhão) - besuntona;

    • bonachão - bonachona;

    • bretão - bretoa, bretã;

    • cantador - cantadeira;

    • cantor - cantora, cantadora, cantarina, cantatriz;

    • castelão (dono do castelo) - castelã;

    • catalão - catalã;

    • cavaleiro - cavaleira, amazona;

    • charlatão - charlatã;

    • coimbrão - coimbrã;

    • cônsul - consulesa;

    • comarcão - comarcã;

    • cônego - canonisa;

    • czar - czarina;

    • deus - deusa, déia;

    • diácono (clérigo) - diaconisa;

  • • doge (antigo magistrado) - dogesa;

    • druida - druidesa;

    • elefante - elefanta e aliá (Ceilão);

    • embaixador - embaixadora e embaixatriz;

    • ermitão - ermitoa, ermitã;

    • faisão - faisoa (Cegalla), faisã;

    • hortelão (trata da horta) - horteloa;

    • javali - javalina;

    • ladrão - ladra, ladroa, ladrona;

    • felá (camponês) - felaína;

    • flâmine (antigo sacerdote) - flamínica;

    • frade - freira;

    • frei - sóror;

    • gigante - giganta;

    • grou - grua;

    • lebrão - lebre;

    • maestro - maestrina;

    • maganão (malicioso) - magana;

    • melro - mélroa;

    • mocetão - mocetona;

    • oficial - oficiala;

    • padre - madre;

    • papa - papisa;

    • pardal - pardoca, pardaloca, pardaleja;

    • parvo - párvoa;

    • peão - peã, peona;

    • perdigão - perdiz;

    • prior - prioresa, priora;

    • mu ou mulo - mula;

    • rajá - rani;

    • rapaz - rapariga;

    • rascão (desleixado) - rascoa;

    • sandeu - sandia;

    • sintrão - sintrã;

    • sultão - sultana;

    • tabaréu - tabaroa;

    • varão - matrona, mulher;

    • veado - veada;

  • • vilão - viloa, vilã.

    Substantivos em -ÃO e seus plurais:

    • alão - alões, alãos, alães;

    • aldeão - aldeãos, aldeões;

    • capelão - capelães;

    • castelão - castelãos, castelões;

    • cidadão - cidadãos;

    • cortesão - cortesãos;

    • ermitão - ermitões, ermitãos, ermitães;

    • escrivão - escrivães;

    • folião - foliões;

    • hortelão - hortelões, hortelãos;

    • pagão - pagãos;

    • sacristão - sacristães;

    • tabelião - tabeliães;

    • tecelão - tecelões;

    • verão - verãos, verões;

    • vilão - vilões, vilãos;

    • vulcão - vulcões, vulcãos.

    Alguns substantivos que sofrem metafonia no plural:

    abrolho, caroço, corcovo, corvo, coro, despojo, destroço, escolho, esforço, estorvo, forno, forro, fosso,

    imposto, jogo, miolo, poço, porto, posto, reforço, rogo, socorro, tijolo, toco, torno, torto, troco.

    Substantivos só usados no plural:

    anais, antolhos, arredores, arras (bens, penhor), calendas (1º dia do mês romano), cãs (cabelos

    brancos), cócegas, condolências, damas (jogo), endoenças (solenidades religiosas), esponsais (contrato

    de casamento ou noivado), esposórios (presente de núpcias), exéquias (cerimônias fúnebres), fastos

    (anais), férias, fezes, manes (almas), matinas (breviário de orações matutinas), núpcias, óculos, olheiras,

    primícias (começos, prelúdios), pêsames, vísceras, víveres etc., além dos nomes de naipes.

    Coletivos:

    • alavão - ovelhas leiteiras;

    • armento - gado grande (búfalos, elefantes);

    • assembléia (parlamentares, membros de associações);

    • atilho - espigas;

  • • baixela - utensílios de mesa;

    • banca - de examinadores, advogados;

    • bandeira - garimpeiros, exploradores de minérios;

    • bando - aves, ciganos, crianças, salteadores;

    • boana - peixes miúdos;

    • cabido - cônegos (conselheiros de bispo);

    • cáfila - camelos;

    • cainçalha - cães;

    • cambada - caranguejos, malvados, chaves;

    • cancioneiro - poesias, canções;

    • caterva - desordeiros, vadios;

    • choldra, joldra - assassinos, malfeitores;

    • chusma - populares, criados;

    • conselho - vereadores, diretores, juízes militares;

    • conciliábulo - feiticeiros, conspiradores;

    • concílio - bispos;

    • canzoada - cães;

    • conclave - cardeais;

    • congregação - professores, religiosos;

    • consistório - cardeais;

    • fato - cabras;

    • feixe - capim, lenha;

    • junta - bois, médicos, credores, examinadores;

    • girândola - foguetes, fogos de artifício;

    • grei - gado miúdo, políticos;

    • hemeroteca - jornais, revistas;

    • legião - anjos, soldados, demônios;

    • malta - desordeiros;

    • matula - desordeiros, vagabundos;

    • miríade - estrelas, insetos;

    • nuvem - gafanhotos, pó;

    • panapaná - borboletas migratórias;

    • penca - bananas, chaves;

    • récua - cavalgaduras (bestas de carga);

    • renque - árvores, pessoas ou coisas enfileiradas;

    • réstia - alho, cebola;

    • ror - grande quantidade de coisas;

    • súcia - pessoas desonestas, patifes;

  • • talha -lenha;

    • tertúlia - amigos, intelectuais;

    • tropilha - cavalos;

    • vara - porcos.

    Substantivos compostos:

    Os substantivos compostos formam o plural da seguinte maneira:

    • sem hífen formam o plural como os simples (pontapé/pontapés);

    • caso não haja caso específico, verifica-se a variabilidade das palavras que compõem o substantivo

    para pluralizá-los. São palavras variáveis: substantivo, adjetivo, numeral, pronomes, particípio. São

    palavras invariáveis: verbo, preposição, advérbio, prefixo;

    • em elementos repetidos, muito parecidos ou onomatopaicos, só o segundo vai para o plural (tico-ticos,

    tique-taques, corre-corres, pingue-pongues);

    • com elementos ligados por preposição, apenas o primeiro se flexiona (pés-de-moleque);

    • são invariáveis os elementos grão, grã e bel (grão-duques, grã-cruzes, bel-prazeres);

    • só variará o primeiro elemento nos compostos formados por dois substantivos, onde o segundo limita

    o primeiro elemento, indicando tipo, semelhança ou finalidade deste (sambas-enredo, bananas-maçã)

    • nenhum dos elementos vai para o plural se formado por verbos de sentidos opostos e frases

    substantivas (os leva-e-traz, os bota-fora, os pisa-mansinho, os bota-abaixo, os louva-a-Deus, os

    ganha-pouco, os diz-que-me-diz);

    • compostos cujo segundo elemento já está no plural não variam (os troca-tintas, os salta-pocinhas, os

    espirra-canivetes);

    • palavra guarda, se fizer referência a pessoa varia por ser substantivo. Caso represente o verbo

    guardar, não pode variar (guardas-noturnos, guarda-chuvas).

    Adjetivo:

    É a palavra variável que restringe a significação do substantivo, indicando qualidades e características

    deste. Mantém com o substantivo que determina relação de concordância de gênero e número.

    • adjetivos pátrios: indicam a nacionalidade ou a origem geográfica, normalmente são formados pelo

    acréscimo de um sufixo ao substantivo de que se originam (Alagoas por alagoano). Podem ser

    simples ou compostos, referindo-se a duas ou mais nacionalidades ou regiões; nestes últimos casos

    assumem sua forma reduzida e erudita, com exceção do último elemento (franco-ítalo-brasileiro).

    • locuções adjetivas: expressões formadas por preposição e substantivo e com significado equivalente

    a adjetivos (anel de prata = anel argênteo / andar de cima = andar superior / estar com fome = estar

    faminto).

    São adjetivos eruditos:

  • • açúcar - sacarino;

    • águia - aquilino;

    • anel - anular;

    • astro - sideral;

    • bexiga - vesical;

    • bispo - episcopal;

    • cabeça - cefálico;

    • chumbo - plúmbeo;

    • chuva - pluvial;

    • cinza - cinéreo;

    • cobra - colubrino, ofídico;

    • dinheiro - pecuniário;

    • estômago - gástrico;

    • fábrica - fabril;

    • fígado - hepático;

    • fogo - ígneo;

    • guerra - bélico;

    • homem - viril;

    • inverno - hibernal;

    • lago - lacustre;

    • lebre - leporino;

    • lobo - lupino;

    • marfim - ebúrneo, ebóreo;

    • memória - mnemônico;

    • moeda - monetário, numismático;

    • neve - níveo;

    • pedra - pétreo;

    • prata - argênteo, argentino, argírico;

    • raposa - vulpino;

    • rio - fluvial, potâmico;

    • rocha - rupestre;

    • sonho - onírico;

    • sul - meridional, austral;

    • tarde - vespertino;

    • velho, velhice - senil;

    • vidro - vítreo, hialino.

    Quanto à variação dos adjetivos, eles apresentam as seguintes características:

  • O gênero é uniforme ou biforme (inteligente X honesto[a]). Quanto ao gênero, não se diz que um

    adjetivo é masculino ou feminino, e sim que tem terminação masculina ou feminina.

    No tocante a número, os adjetivos simples formam o plural segundo os mesmos princípios dos

    substantivos simples, em função de sua terminação (agradável X agradáveis). Já os substantivos

    utilizados como adjetivos ficam invariáveis (blusas cinza).

    Os adjetivos terminados em -OSO, além do acréscimo do -S de plural, mudam o timbre do primeiro -o,

    num processo de metafonia.

    Quanto ao grau, os adjetivos apresentam duas formas: comparativo e superlativo.

    O grau comparativo refere-se a uma mesma qualidade entre dois ou mais seres, duas ou mais

    qualidades de um mesmo ser. Pode ser de igualdade: tão alto quanto (como / quão); de superioridade:

    mais alto (do) que (analítico) / maior (do) que (sintético) e de inferioridade: menos alto (do) que.

    O grau superlativo exprime qualidade em grau muito elevado ou intenso.

    O superlativo pode ser classificado como absoluto, quando a qualidade não se refere à de outros

    elementos. Pode ser analítico (acréscimo de advérbio de intensidade) ou sintético (-íssimo, -érrimo, -

    ílimo). (muito alto X altíssimo)

    O superlativo pode ser também relativo, qualidade relacionada, favorável ou desfavoravelmente, à de

    outros elementos. Pode ser de superioridade analítico (o mais alto de/dentre), de superioridade sintético

    (o maior de/dentre) ou de inferioridade (o menos alto de/dentre).

    São superlativos absolutos sintéticos eruditos da língua portuguesa:

    • acre - acérrimo;

    • alto - supremo, sumo;

    • amável - amabilíssimo;

    • amigo - amicíssimo;

    • baixo - ínfimo;

    • cruel - crudelíssimo;

    • doce - dulcíssimo;

    • dócil - docílimo;

    • fiel - fidelíssimo;

    • frio - frigidíssimo;

    • humilde - humílimo;

    • livre - libérrimo;

    • magro - macérrimo;

  • • mísero - misérrimo;

    • negro - nigérrimo;

    • pobre - paupérrimo;

    • sábio - sapientíssimo;

    • sagrado - sacratíssimo;

    • são - saníssimo;

    • veloz - velocíssimo.

    Os adjetivos compostos formam o plural da seguinte forma:

    • têm como regra geral, flexionar o último elemento em gênero e número (lentes côncavo-convexas,

    problemas sócio-econômicos);

    • são invariáveis cores em que o segundo elemento é um substantivo (blusas azul-turquesa, bolsas

    branco-gelo);

    • não variam as locuções adjetivas formadas pela expressão cor-de-... (vestidos cor-de-rosa);

    • as cores: azul-celeste e azul-marinho são invariáveis;

    • em surdo-mudo flexionam-se os dois elementos.

    Pronome:

    • É palavra variável em gênero, número e pessoa que substitui ou acompanha um substantivo,

    indicando-o como pessoa do discurso.

    • A diferença entre pronome substantivo e pronome adjetivo pode ser atribuída a qualquer tipo de

    pronome, podendo variar em função do contexto frasal. Assim, o pronome substantivo é aquele

    que substitui um substantivo, representando-o. (Ele prestou socorro). Já o pronome adjetivo é

    aquele que acompanha um substantivo, determinando-o. (Aquele rapaz é belo). Os pronomes

    pessoais são sempre substantivos.

    • Quanto às pessoas do discurso, a língua portuguesa apresenta três pessoas:

    • 1ª pessoa - aquele que fala, emissor;

    • 2ª pessoa - aquele com quem se fala, receptor;

    • 3ª pessoa - aquele de que ou de quem se fala, referente.

    Pronome pessoal:

    • Indicam uma das três pessoas do discurso, substituindo um substantivo. Podem também

    representar, quando na 3ª pessoa, uma forma nominal anteriormente expressa (A moça era a

    melhor secretária, ela mesma agendava os compromissos do chefe).

    • A seguir um quadro com todas as formas do pronome pessoal:

  • Pronomes pessoais

    Número Pessoa Pronomes retos Pronomes oblíquos

    Átonos Tônicos

    singular primeira segunda terceira

    eu tu

    ele, ela

    me te

    o, a, lhe, se

    mim, comigo ti, contigo

    ele, ela, si, consigo

    plural primeira segunda terceira

    nós vós

    eles, elas

    nos vos

    os, as, lhes, se

    nós, conosco vós, convosco

    eles, elas, si, consigo

    • Os pronomes pessoais apresentam variações de forma dependendo da função sintática que

    exercem na frase. Os pronomes pessoais retos desempenham, normalmente, função de sujeito;

    enquanto os oblíquos, geralmente, de complemento.

    • Os pronomes oblíquos tônicos devem vir regidos de preposição. Em comigo, contigo, conosco e

    convosco, a preposição com já é parte integrante do pronome.

    • Os pronomes de tratamento estão enquadrados nos pronomes pessoais. São empregados como

    referência à pessoa com quem se fala (2ª pessoa), entretanto, a concordância é feita com a 3ª

    pessoa. Também são considerados pronomes de tratamento as formas você, vocês

    (provenientes da redução de Vossa Mercê), Senhor, Senhora e Senhorita.

    • Quanto ao emprego, as formas oblíquas o, a, os, as completam verbos que não vêm regidos de

    preposição; enquanto lhe e lhes para verbos regidos das preposições a ou para (não expressas).

    • Apesar de serem usadas pouco, as formas mo, to, no-lo, vo-lo, lho e flexões resultam da fusão

    de dois objetos, representados por pronomes oblíquos (Ninguém mo disse = ninguém o disse a

    mim).

    • Os pronomes átonos o, a, os e as viram lo(a/s), quando associados a verbos terminados em r, s

    ou z e viram no(a/s), se a terminação verbal for em ditongo nasal.

    • Os pronomes o/a (s), me, te, se, nos, vos desempenham função se sujeitos de infinitivo ou verbo

    no gerúndio, junto ao verbo fazer, deixar, mandar, ouvir e ver (Mandei-o entrar / Eu o vi sair /

    Deixei-as chorando).

    • A forma você, atualmente, é usada no lugar da 2ª pessoa (tu/vós), tanto no singular quanto no

    plural, levando o verbo para a 3ª pessoa.

    • Já as formas de tratamento serão precedidas de Vossa, quando nos dirigirmos diretamente à

    pessoa e de Sua, quando fizermos referência a ela. Troca-se na abreviatura o V. pelo S.

    • Quando precedidos de preposição, os pronomes retos (exceto eu e tu) passam a funcionar como

    oblíquos. Eu e tu não podem vir precedidos de preposição, exceto se funcionarem como sujeito

    de um verbo no infinitivo (Isto é para eu fazer ≠ para mim fazer).

    • Os pronomes acompanhados de só ou todos, ou seguido de numeral, assumem forma reta e

    podem funcionar como objeto direto (Estava só ele no banco / Encontramos todos eles).

    • Os pronomes me, te, se, nos, vos podem ter valor reflexivo, enquanto se, nos, vos - podem ter

    valor reflexivo e recíproco.

  • • As formas si e consigo têm valor exclusivamente reflexivo e usados para a 3ª pessoa. Já

    conosco e convosco devem aparecer na sua forma analítica (com nós e com vós) quando vierem

    com modificadores (todos, outros, mesmos, próprios, numeral ou oração adjetiva).

    • Os pronomes pessoais retos podem desempenhar função de sujeito, predicativo do sujeito ou

    vocativo, este último com tu e vós (Nós temos uma proposta / Eu sou eu e pronto / Ó, tu, Senhor

    Jesus).

    • Quanto ao uso das preposições junto aos pronomes, deve-se saber que não se pode contrair as

    preposições de e em com pronomes que sejam sujeitos (Em vez de ele continuar, desistiu ≠ Vi

    as bolsas dele bem aqui).

    • Os pronomes átonos podem assumir valor possessivo (Levaram-me o dinheiro / Pesavam-lhe os

    olhos), enquanto alguns átonos são partes integrantes de verbos como suicidar-se, apiedar-se,

    condoer-se, ufanar-se, queixar-se, vangloriar-se.

    • Já os pronomes oblíquos podem ser usados como expressão expletiva (Não me venha com

    essa).

    Pronome possessivo:

    • Fazem referência às pessoas do discurso, apresentando-as como possuidoras de algo.

    Concordam em gênero e número com a coisa possuída.

    • São pronomes possessivos da língua portuguesa as formas:

    • 1ª pessoa: meu(s), minha(s) nosso(a/s);

    • 2ª pessoa: teu(s), tua(s) vosso(a/s);

    • 3ª pessoa: seu(s), sua(s) seu(s), sua(s).

    • Quanto ao emprego, normalmente, vem antes do nome a que se refere; podendo, também, vir

    depois do substantivo que determina. Neste último caso, pode até alterar o sentido da frase.

    • O uso do possessivo seu (a/s) pode causar ambigüidade, para desfazê-la, deve-se preferir o uso

    do dele (a/s) (Ele disse que Maria estava trancada em sua casa - casa de quem?); pode também

    indicar aproximação numérica (ele tem lá seus 40 anos).

    • Já nas expressões do tipo "Seu João", seu não tem valor de posse por ser uma alteração

    fonética de Senhor.

    Pronome demonstrativo:

    Indicam posição de algo em relação às pessoas do discurso, situando-o no tempo e/ou no espaço.

    São: este (a/s), isto, esse (a/s), isso, aquele (a/s), aquilo. Isto, isso e aquilo são invariáveis e se

    empregam exclusivamente como substitutos de substantivos.

    As formas mesmo, próprio, semelhante, tal (s) e o (a/s) podem desempenhar papel de pronome

    demonstrativo.

    Quanto ao emprego, os pronomes demonstrativos apresentam-se da seguinte maneira:

  • • uso dêitico, indicando localização no espaço - este (aqui), esse (aí) e aquele (lá);

    • uso dêitico, indicando localização temporal - este (presente), esse (passado próximo) e aquele

    (passado remoto ou bastante vago);

    • uso anafórico, em referência ao que já foi ou será dito - este (novo enunciado) e esse (retoma

    informação);

    • o, a, os, as são demonstrativos quando equivalem a aquele (a/s), isto (Leve o que lhe pertence);

    • tal é demonstrativo se puder ser substituído por esse (a), este (a) ou aquele (a) e semelhante, quando

    anteposto ao substantivo a que se refere e equivalente a "aquele", "idêntico" (O problema ainda não

    foi resolvido, tal demora atrapalhou as negociações / Não brigue por semelhante causa);

    • mesmo e próprio são demonstrativos, se precedidos de artigo, quando significarem "idêntico", "igual"

    ou "exato". Concordam com o nome a que se referem (Separaram crianças de mesmas séries);

    • como referência a termos já citados, os pronomes aquele (a/s) e este (a/s) são usados para primeira e

    segunda ocorrências, respectivamente, em apostos distributivos (O médico e a enfermeira estavam

    calados: aquele amedrontado e esta calma / ou: esta calma e aquele amedrontado);

    • pode ocorrer a contração das preposições a, de, em com os pronomes demonstrativos (Não acreditei

    no que estava vendo / Fui àquela região de montanhas / Fez alusão à pessoa de azul e à de branco);

    • podem apresentar valor intensificador ou depreciativo, dependendo do contexto frasal (Ele estava com

    aquela paciência / Aquilo é um marido de enfeite);

    • nisso e nisto (em + pronome) podem ser usados com valor de "então" ou "nesse momento" (Nisso, ela

    entrou triunfante - nisso = advérbio).

    Pronome relativo:

    Retoma um termo expresso anteriormente (antecedente) e introduz uma oração dependente, adjetiva.

    Os pronome nomes demonstrativos apresentam-se da seguinte maneira: mento, armamentomes

    relativos são: que, quem e onde - invariáveis; além de o qual (a/s), cujo (a/s) e quanto (a/s).

    Os relativos são chamados relativos indefinidos quando são empregados sem antecedente expresso

    (Quem espera sempre alcança / Fez quanto pôde).

    Quanto ao emprego, observa-se que os relativos são usados quando:

    • o antecedente do relativo pode ser demonstrativo o (a/s) (O Brasil divide-se entre os que lêem ou

    não);

    • como relativo, quanto refere-se ao antecedente tudo ou todo (Ouvia tudo quanto me interessava)

    • quem será precedido de preposição se estiver relacionado a pessoas ou seres personificados

    expressos;

    • quem = relativo indefinido quando é empregado sem antecedente claro, não vindo precedido de

    preposição;

  • • cujo (a/s) é empregado para dar a idéia de posse e não concorda com o antecedente e sim com seu

    conseqüente. Ele tem sempre valor adjetivo e não pode ser acompanhado de artigo.

    Pronome indefinido:

    Referem-se à 3ª pessoa do discurso quando considerada de modo vago, impreciso ou genérico,

    representando pessoas, coisas e lugares. Alguns também podem dar idéia de conjunto ou quantidade

    indeterminada. Em função da quantidade de pronomes indefinidos, merece atenção sua identificação.

    São pronomes indefinidos de:

    • pessoas: quem, alguém, ninguém, outrem;

    • lugares: onde, algures, alhures, nenhures;

    • pessoas, lugares, coisas: que, qual, quais, algo, tudo, nada, todo (a/s), algum (a/s), vários (a), nenhum

    (a/s), certo (a/s), outro (a/s), muito (a/s), pouco (a/s), quanto (a/s), um (a/s), qualquer (s), cada.

    Sobre o emprego dos indefinidos devemos atentar para:

    • algum, após o substantivo a que se refere, assume valor negativo (= nenhum) (Computador algum

    resolverá o problema);

    • cada deve ser sempre seguido de um substantivo ou numeral (Elas receberam 3 balas cada uma);

    • alguns pronomes indefinidos, se vierem depois do nome a que estiverem se referindo, passam a ser

    adjetivos. (Certas pessoas deveriam ter seus lugares certos / Comprei várias balas de sabores vários)

    • bastante pode vir como adjetivo também, se estiver determinando algum substantivo, unindo-se a ele

    por verbo de ligação (Isso é bastante para mim);

    • o pronome outrem equivale a "qualquer pessoa";

    • o pronome nada, colocado junto a verbos ou adjetivos, pode equivaler a advérbio (Ele não está nada

    contente hoje);

    • o pronome nada, colocado junto a verbos ou adjetivos, pode equivaler a advérbio (Ele não está nada

    contente hoje);

    • existem algumas locuções pronominais indefinidas - quem quer que, o que quer, seja quem for, cada

    um etc.

    • todo com valor indefinido antecede o substantivo, sem artigo (Toda cidade parou para ver a banda ≠

    Toda a cidade parou para ver a banda).

    Pronome interrogativo:

    • São os pronomes indefinidos que, quem, qual, quanto usados na formulação de uma pergunta

    direta ou indireta. Referem-se à 3ª pessoa do discurso. (Quantos livros você tem? / Não sei

    quem lhe contou).

  • • Alguns interrogativos podem ser adverbiais (Quando voltarão? / Onde encontrá-los? / Como foi

    tudo?).

    Verbo:

    É a palavra variável que exprime um acontecimento representado no tempo, seja ação, estado ou

    fenômeno da natureza.

    Os verbos apresentam três conjugações. Em função da vogal temática, podem-se criar três

    paradigmas verbais. De acordo com a relação dos verbos com esses paradigmas, obtém-se a seguinte

    classificação:

    • regulares: seguem o paradigma verbal de sua conjugação;

    • irregulares: não seguem o paradigma verbal da conjugação a que pertencem. As irregularidades

    podem aparecer no radical ou nas desinências (ouvir - ouço/ouve, estar - estou/estão);

    Entre os verbos irregulares, destacam-se os anômalos que apresentam profundas irregularidades. São

    classificados como anômalos em todas as gramáticas os verbos ser e ir.

    • defectivos: não são conjugados em determinadas pessoas, tempo ou modo (falir - no presente do

    indicativo só apresenta a 1ª e a 2ª pessoa do plural). Os defectivos distribuem-se em três grupos:

    impessoais, unipessoais (vozes ou ruídos de animais, só conjugados nas 3ª pessoas) por eufonia ou

    possibilidade de confusão com outros verbos;

    • abundantes - apresentam mais de uma forma para uma mesma flexão. Mais freqüente no particípio,

    devendo-se usar o particípio regular com ter e haver; já o irregular com ser e estar (aceito/aceitado,

    acendido/aceso - tenho/hei aceitado ≠ é/está aceito);

    • auxiliares: juntam-se ao verbo principal ampliando sua significação. Presentes nos tempos

    compostos e locuções verbais;

    • certos verbos possuem pronomes pessoais átonos que se tornam partes integrantes deles. Nesses

    casos, o pronome não tem função sintática (suicidar-se, apiedar-se, queixar-se etc.);

    • formas rizotônicas (tonicidade no radical - eu canto) e formas arrizotônicas (tonicidade fora do radical -

    nós cantaríamos).

    Quanto à flexão verbal, temos:

    • número: singular ou plural;

    • pessoa gramatical: 1ª, 2ª ou 3ª;

    • tempo: referência ao momento em que se fala (pretérito, presente ou futuro). O modo imperativo só

    tem um tempo, o presente;

    • voz: ativa, passiva e reflexiva;

  • • modo: indicativo (certeza de um fato ou estado), subjuntivo (possibilidade ou desejo de realização de

    um fato ou incerteza do estado) e imperativo (expressa ordem, advertência ou pedido).

    As três formas nominais do verbo (infinitivo, gerúndio e particípio) não possuem função exclusivamente

    verbal. Infinitivo é antes substantivo, o particípio tem valor e forma de adjetivo, enquanto o gerúndio

    equipara-se ao adjetivo ou advérbio pelas circunstâncias que exprime.

    Quanto ao tempo verbal, eles apresentam os seguintes valores:

    • presente do indicativo: indica um fato real situado no momento ou época em que se fala;

    • presente do subjuntivo: indica um fato provável, duvidoso ou hipotético situado no momento ou

    época em que se fala;

    • pretérito perfeito do indicativo: indica um fato real cuja ação foi iniciada e concluída no passado;

    • pretérito imperfeito do indicativo: indica um fato real cuja ação foi iniciada no passado, mas não foi

    concluída ou era uma ação costumeira no passado;

    • pretérito imperfeito do subjuntivo: indica um fato provável, duvidoso ou hipotético cuja ação foi

    iniciada mas não concluída no passado;

    • pretérito mais-que-perfeito do indicativo: indica um fato real cuja ação é anterior a outra ação já

    passada;

    • futuro do presente do indicativo: indica um fato real situado em momento ou época vindoura;

    • futuro do pretérito do indicativo: indica um fato possível, hipotético, situado num momento futuro,

    mas ligado a um momento passado;

    • futuro do subjuntivo: indica um fato provável, duvidoso, hipotético, situado num momento ou época

    futura;

    Quanto à formação dos tempos, os chamados tempos simples podem ser primitivos (presente e

    pretérito perfeito do indicativo e o infinitivo impessoal) e derivados:

    São derivados do presente do indicativo:

    • pretérito imperfeito do indicativo: TEMA do presente + VA (1ª conj.) ou IA (2ª e 3ª conj.) +

    Desinência número pessoal (DNP);

    • presente do subjuntivo: RAD da 1ª pessoa singular do presente + E (1ª conj.) ou A (2ª e 3ª conj.) +

    DNP;

    Os verbos em -ear têm duplo "e" em vez de "ei" na 1ª pessoa do plural (passeio, mas passeemos).

    • imperativo negativo (todo derivado do presente do subjuntivo) e imperativo afirmativo (as 2ª pessoas

    vêm do presente do indicativo sem S, as demais também vêm do presente do subjuntivo).

    São derivados do pretérito perfeito do indicativo:

  • • pretérito mais-que-perfeito do indicativo: TEMA do perfeito + RA + DNP;

    • pretérito imperfeito do subjuntivo: TEMA do perfeito + SSE + DNP;

    • futuro do subjuntivo: TEMA do perfeito + R + DNP.

    • São derivados do infinitivo impessoal:

    • futuro do presente do indicativo: TEMA do infinitivo + RA + DNP;

    • futuro do pretérito: TEMA do infinitivo + RIA + DNP;

    • infinitivo pessoal: infinitivo impessoal + DNP (-ES - 2ª pessoa, -MOS, -DES, -EM)

    • gerúndio: TEMA do infinitivo + -NDO;

    • particípio regular: infinitivo impessoal sem vogal temática (VT) e R + ADO (1ª conjugação) ou IDO

    (2ª e 3ª conjugação).

    Quanto à formação, os tempos compostos da voz ativa constituem-se dos verbos auxiliares TER ou

    HAVER + particípio do verbo que se quer conjugar, dito principal.

    No modo Indicativo, os tempos compostos são formados da seguinte maneira:

    • pretérito perfeito: presente do indicativo do auxiliar + particípio do verbo principal (VP) [Tenho

    falado];

    • pretérito mais-que-perfeito: pretérito imperfeito do indicativo do auxiliar + particípio do VP (Tinha

    falado);

    • futuro do presente: futuro do presente do indicativo do auxiliar + particípio do VP (Terei falado);

    • futuro do pretérito: futuro do pretérito indicativo do auxiliar + particípio do VP (Teria falado).

    No modo Subjuntivo a formação se dá da seguinte maneira:

    • pretérito perfeito: presente do subjuntivo do auxiliar + particípio do VP (Tenha falado);

    • pretérito mais-que-perfeito: imperfeito do subjuntivo do auxiliar + particípio do VP (Tivesse falado);

    • futuro composto: futuro do subjuntivo do auxiliar + particípio do VP (Tiver falado).

    Quanto às formas nominais, elas são formadas da seguinte maneira:

    • infinitivo composto: infinitivo pessoal ou impessoal do auxiliar + particípio do VP (Ter falado / Teres

    falado);

    • gerúndio composto: gerúndio do auxiliar + particípio do VP (Tendo falado).

    O modo subjuntivo apresenta três pretéritos, sendo o imperfeito na forma simples e o perfeito e o mais-

    que-perfeito nas formas compostas. Não há presente composto nem pretérito imperfeito composto

    Quanto às vozes, os verbos apresentam a voz:

    • ativa: sujeito é agente da ação verbal;

  • • passiva: sujeito é paciente da ação verbal;

    A voz passiva pode ser analítica ou sintética:

    • analítica: - verbo auxiliar + particípio do verbo principal;

    • sintética: na 3ª pessoa do singular ou plural + SE (partícula apassivadora);

    • reflexiva: sujeito é agente e paciente da ação verbal. Também pode ser recíproca ao mesmo tempo

    (acréscimo de SE = pronome reflexivo, variável em função da pessoa do verbo);

    Na transformação da voz ativa na passiva, a variação temporal é indicada pelo auxiliar (ser na maioria

    das vezes), como notamos nos exemplos a seguir: Ele fez o trabalho - O trabalho foi feito por ele (mantido

    o pretérito perfeito do indicativo) / O vento ia levando as folhas - As folhas iam sendo levadas pelas folhas

    (mantido o gerúndio do verbo principal).

    Alguns verbos da língua portuguesa apresentam problemas de conjugação. A seguir temos uma lista,

    seguida de comentários sobre essas dificuldades de conjugação.

    • Abolir (defectivo) - não possui a 1ª pessoa do singular do presente do indicativo, por isso não possui

    presente do subjuntivo e o imperativo negativo. (= banir, carpir, colorir, delinqüir, demolir, descomedir-

    se, emergir, exaurir, fremir, fulgir, haurir, retorquir, urgir)

    • Acudir (alternância vocálica o/u) - presente do indicativo - acudo, acodes... e pretérito perfeito do

    indicativo - com u (= bulir, consumir, cuspir, engolir, fugir) / Adequar (defectivo) - só possui a 1ª e a 2ª

    pessoa do plural no presente do indicativo

    • Aderir (alternância vocálica e/i) - presente do indicativo - adiro, adere... (= advertir, cerzir, despir,

    diferir, digerir, divergir, ferir, sugerir)

    • Agir (acomodação gráfica g/j) - presente do indicativo - ajo, ages... (= afligir, coagir, erigir, espargir,

    refulgir, restringir, transigir, urgir)

    • Agredir (alternância vocálica e/i) - presente do indicativo - agrido, agrides, agride, agredimos, agredis,

    agridem (= prevenir, progredir, regredir, transgredir) / Aguar (regular) - presente do indicativo - águo,

    águas..., - pretérito perfeito do indicativo - agüei, aguaste, aguou, aguamos, aguastes, aguaram (=

    desaguar, enxaguar, minguar)

    • Aprazer (irregular) - presente do indicativo - aprazo, aprazes, apraz... / pretérito perfeito do indicativo -

    aprouve, aprouveste, aprouve, aprouvemos, aprouvestes, aprouveram

    • Argüir (irregular com alternância vocálica o/u) - presente do indicativo - arguo (ú), argúis, argúi,

    argüimos, argüis, argúem - pretérito perfeito - argüi, argüiste... (com trema)

    • Atrair (irregular) - presente do indicativo - atraio, atrais... / pretérito perfeito - atraí, atraíste... (=

    abstrair, cair, distrair, sair, subtrair)

    • Atribuir (irregular) - presente do indicativo - atribuo, atribuis, atribui, atribuímos, atribuís, atribuem -

    pretérito perfeito - atribuí, atribuíste, atribuiu... (= afluir, concluir, destituir, excluir, instruir, possuir,

    usufruir)

  • • Averiguar (alternância vocálica o/u) - presente do indicativo - averiguo (ú), averiguas (ú), averigua (ú),

    averiguamos, averiguais, averiguam (ú) - pretérito perfeito - averigüei, averiguaste... - presente do

    subjuntivo - averigúe, averigúes, averigúe... (= apaziguar)

    • Cear (irregular) - presente do indicativo - ceio, ceias, ceia, ceamos, ceais, ceiam - pretérito perfeito

    indicativo - ceei, ceaste, ceou, ceamos, ceastes, cearam (= verbos terminados em -ear: falsear,

    passear... - alguns apresentam pronúncia aberta: estréio, estréia...)

    • Coar (irregular) - presente do indicativo - côo, côas, côa, coamos, coais, coam - pretérito perfeito -

    coei, coaste, coou... (= abençoar, magoar, perdoar) / Comerciar (regular) - presente do indicativo -

    comercio, comercias... - pretérito perfeito - comerciei... (= verbos em -iar , exceto os seguintes verbos:

    mediar, ansiar, remediar, incendiar, odiar)

    • Compelir (alternância vocálica e/i) - presente do indicativo - compilo, compeles... - pretérito perfeito

    indicativo - compeli, compeliste...

    • Compilar (regular) - presente do indicativo - compilo, compilas, compila... - pretérito perfeito indicativo

    - compilei, compilaste...

    • Construir (irregular e abundante) - presente do indicativo - construo, constróis (ou construis), constrói

    (ou construi), construímos, construís, constroem (ou construem) - pretérito perfeito indicativo -

    construí, construíste...

    • Crer (irregular) - presente do indicativo - creio, crês, crê, cremos, credes, crêem - pretérito perfeito

    indicativo - cri, creste, creu, cremos, crestes, creram - imperfeito indicativo - cria, crias, cria, críamos,

    críeis, criam

    • Falir (defectivo) - presente do indicativo - falimos, falis - pretérito perfeito indicativo - fali, faliste... (=

    aguerrir, combalir, foragir-se, remir, renhir)

    • Frigir (acomodação gráfica g/j e alternância vocálica e/i) - presente do indicativo - frijo, freges, frege,

    frigimos, frigis, fregem - pretérito perfeito indicativo - frigi, frigiste...

    • Ir (irregular) - presente do indicativo - vou, vais, vai, vamos, ides, vão - pretérito perfeito indicativo - fui,

    foste... - presente subjuntivo - vá, vás, vá, vamos, vades, vão

    • Jazer (irregular) - presente do indicativo - jazo, jazes... - pretérito perfeito indicativo - jazi, jazeste,

    jazeu...

    • Mobiliar (irregular) - presente do indicativo - mobílio, mobílias, mobília, mobiliamos, mobiliais,

    mobíliam - pretérito perfeito indicativo - mobiliei, mobiliaste... / Obstar (regular) - presente do indicativo

    - obsto, obstas... - pretérito perfeito indicativo - obstei, obstaste...

    • Pedir (irregular) - presente do indicativo - peço, pedes, pede, pedimos, pedis, pedem - pretérito

    perfeito indicativo - pedi, pediste... (= despedir, expedir, medir) / Polir (alternância vocálica e/i) -

    presente do indicativo - pulo, pules, pule, polimos, polis, pulem - pretérito perfeito indicativo - poli,

    poliste...

    • Precaver-se (defectivo e pronominal) - presente do indicativo - precavemo-nos, precaveis-vos -

    pretérito perfeito indicativo - precavi-me, precaveste-te... / Prover (irregular) - presente do indicativo -

    provejo, provês, provê, provemos, provedes, provêem - pretérito perfeito indicativo - provi, proveste,

    proveu... / Reaver (defectivo) - presente do indicativo - reavemos, reaveis - pretérito perfeito indicativo

  • - reouve, reouveste, reouve... (verbo derivado do haver, mas só é conjugado nas formas verbais com

    a letra v)

    • Remir (defectivo) - presente do indicativo - remimos, remis - pretérito perfeito indicativo - remi,

    remiste...

    • Requerer (irregular) - presente do indicativo - requeiro, requeres... - pretérito perfeito indicativo -

    requeri, requereste, requereu... (derivado do querer, diferindo dele na 1ª pessoa do singular do

    presente do indicativo e no pretérito perfeito do indicativo e derivados, sendo r