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A região do PONTAL DO PARANAPANEMA se
notabilizou por concentrar conflitos fundiários graves e
intermináveis.
A Lei Estadual 14.750/2012 se propôs, se não
solucioná-los, ao menos reduzi-los.
Ela alterou a Lei Estadual 11.600/2003 e admitiu a
regularização de posse em áreas de terras devolutas
estaduais não superiores a 15 módulos fiscais.
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27/10/201027/10/2010 REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA RURAL: O CASE PONTAL DO PARANAPANEMAREGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA RURAL: O CASE PONTAL DO PARANAPANEMA
A área beneficiada foi a 10ª Região Administrativa
do Estado de São Paulo.
Foram incluídos, portanto, 53 municípios, de
Adamantina a Dracena, de Presidente Epitácio,
Prudente e Venceslau, Rancharia e Regente Feijó,
Rosana, Santo Anastácio, Teodoro Sampaio e Tupi
Paulista, dentre tantos outros.
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A lei 14.750/2012 era necessária, porém não foi
condição suficiente para surtir os efeitos pretendidos.
Havia necessidade de disciplina normativa da
Corregedoria Geral da Justiça, a fim de se permitir o
ingresso, no Registro de Imóveis, do Termo de
Consolidação de Domínio expedido pelo Estado de
São Paulo.
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Editado o Decreto Estadual 59.111/2013, reuniram-
se o ITESP, a ARISP, a Procuradoria Geral do
Estado, a Secretaria da Defesa e da Justiça e
Cidadania e a Corregedoria Geral da Justiça.
Obtido o possível consenso, a Corregedoria editou o
Provimento CG 13/2013.
O Provimento CG 13/2013 incidiu sobre cerca de 23 mil
imóveis rurais localizados na Região do Pontal do
Paranapanema, permitindo que seus ocupantes possam
averbar o termo de consolidação de domínio nas
respectivas matrículas.
E qual a importância dessa averbação?
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Com a averbação, o pequeno e médio produtor rural
ficam garantidos, com a certeza e segurança de que
sua propriedade não mais será reivindicada pelo
Estado.
A consequência imediata é a inclusão na economia
formal, de imóveis que sempre estiveram em
situação jurídica indefinida.
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O resultado é o fomento dos negócios jurídicos,
estímulo ao desenvolvimento de uma região
considerada problemática.
Injeção no incremento da função socioeconômica da
propriedade, efetivação do direito à moradia e tutela
socioambiental atenta à sustentabilidade.
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Para preservar a função ambiental da propriedade
rural, o Provimento CG 13/2013 exige a inserção no
termo de consolidação de domínio que o
interessado na regularização se comprometa a
requerer o licenciamento ambiental relativo à
Reserva Legal Florestal perante o órgão estadual
competente e a proceder à sua averbação na
matrícula no prazo da Lei Estadual 11.600/03.
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Para acompanhar a evolução e o número de imóveis
regularizados, o Provimento CG 13/2013 criou um
cadastro para o Portal da Central de Serviços
Eletrônicos Compartilhados dos Registradores de
Imóveis, da ARISP-Associação dos Registradores
Imobiliários de São Paulo.
Publicado em 24.4.2013, o ITESP deu conta de que em
curso 40 processos de regularização, abrange uma área
de 8543,2533 hectares.
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Desatou-se um nó para que as averbações sejam
admitidas no registro imobiliário, com ruptura de um
formalismo que evidencia excessivo escrúpulo.
Mas ainda resta longo caminho a ser percorrido.
Sempre no intuito de efetivação dos direitos e de
abertura de vias para a sua efetiva fruição.
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Há o Projeto de Lei 368/2013, apresentado ao
Senado pelo Senador ALOYSIO NUNES
FERREIRA, que dispõe sobre a demarcação e a
legitimação de posse para fins de regularização
fundiária rural de interesse social.
É preciso estar atento para as alterações e para
trazer um debate sobre essa proposta.
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O PL 368/2013 define a regularização fundiária de
interesse social como conjunto de medidas
jurídicas, ambientais e sociais adotadas com
vistas a assegurar o cumprimento da função
social da propriedade rural, a titulação dos seus
ocupantes, a segurança jurídica, o
desenvolvimento sustentável e a justiça social.
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São de interesse social as áreas rurais ocupadas,
predominantemente, por agricultores familiares com renda
familiar mensal não superior a 5 SM e que explorem área
contínua de até 4 módulos fiscais em regime de posse
consolidada, nos casos de I – área ocupada, de forma
mansa e pacífica, há pelo menos 5 anos e II – das áreas
da União, Estados, DF e Municípios declaradas de
interesse para a implementação de projetos de
regularização fundiária rural de interesse social.
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O PL 368/2013 define área rural, posse consolidada,
demarcação rural, legitimação de posse rural,
agricultor familiar, ocupação direta, ocupação
indireta, exploração direta, exploração indireta,
exploração efetiva e ocupação mansa e pacífica
(incisos de I a XI do artigo 2º).
Isso não impede que a lei seja interpretada, pois a
hermenêutica é sempre a condutora da incidência da
vontade legislativa concreta.
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A iniciativa legislativa senatorial se funda sobre os
princípios que seguem: ampliação da segurança
jurídica e do acesso à terra por meio da titulação do
agricultor familiar, com prioridade para sua
permanência na área ocupada, buscando a
conciliação entre a exploração econômica da terra e a
preservação do meio ambiente, de modo a cumprir a
função social da propriedade e alcançar a
sustentabilidade ambiental, social e econômica.
(Inciso I do artigo 3º)
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articulação com as políticas setoriais de
habitação, de infraestrutura, de meio ambiente,
de saneamento básico, de educação e de
desenvolvimento rural, nos diferentes níveis de
governo e com as iniciativas públicas e privadas,
voltadas à integração social e à geração de
emprego e renda. (inciso II do artigo 3º)
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A justificativa do projeto de lei 368/2013 salienta a
inexecução e ineficiência de políticas públicas
que resultaram na concentração da propriedade,
no alastramento das posses, no aumento de
assentamentos precários, no êxodo rural, na
degradação ambiental, no aumento de conflitos
pela terra, na exclusão socioespacial e no
empobrecimento de agricultores familiares.
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Para isso o ITESP nos convocou.
Para isso estamos aqui.
Para isso, o Poder Judiciário bandeirante, sua
Corregedoria Geral da Justiça, respondem
PRESENTE!
2020
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