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ADMINISTRAÇÃO DO PORTO DE SÃO FRANCISCO DO SUL - APSFS A A t t u u a a l l i i z z a a ç ç ã ã o o d d o o P P l l a a n n o o d d e e D D e e s s e e n n v vo o l l v v i i m m e e n n t t o o e e Z Z o o n n e e a a m m e e n n t t o o d d o o P Po o r r t t o o d d e e S S ã ã o o F F r r a a n n c c i i s s c c o o d d o o S S u u l l 7° Relatório PDZ Final Tomo I Versão Revisada O O u u t t u u b b r r o o / / 2 2 0 0 0 0 3 3 TRANSPORTE CONSULTORIA LTDA PLANE E JAMENTO EM

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AADDMMIINNIISSTTRRAAÇÇÃÃOO DDOO PPOORRTTOO DDEE SSÃÃOO FFRRAANNCCIISSCCOO DDOO SSUULL -- AAPPSSFFSS

AAAtttuuuaaallliiizzzaaaçççãããooo dddooo PPPlllaaannnooo dddeee

DDDeeessseeennnvvvooolllvvviiimmmeeennntttooo eee ZZZooonnneeeaaammmeeennntttooo dddooo

PPPooorrrtttooo dddeee SSSãããooo FFFrrraaannnccciiissscccooo dddooo SSSuuulll

77°° RReellaattóórriioo –– PPDDZZ FFiinnaall

TToommoo II

VVeerrssããoo RReevviissaaddaa

OOOuuutttuuubbbrrrooo /// 222000000333

TRANSPORTE CONSULTORIA LTDA

PLANEE

JAMENTO EM

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7° R ELAT ÓRI O : PD Z FI NAL – T OMO I - R EVI S AD O

Plano de Desenvolvimento e

Zoneamento do Porto de São Francisco

do Sul

PETCON – PLANEJAMENTO EM TRANSPORTES E CONSULTORIA LTDA.

70.070-904 • SBS Qd. 02 Ed. Empire Center, Salas 705/708 • Brasília - DF

Tel.: (61) 226-7273/325-7517 • Fax: (61) 226-2114 E-MAIL: [email protected]

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Sumário Geral

Apresentação

TOMO I

PRIMEIRA PARTE - Área do Porto Organizado

Capítulo 01

A ÁREA DO PORTO ORGANIZADO DE SÃO FRANCISCO

DO SUL

SEGUNDA PARTE - Cadastro Físico do Porto

Capítulo 02

A ÁREA DE INFLUÊNCIA DO PORTO DE SÃO

FRANCISCO DO SUL

Capítulo 03

CONDIÇÕES DO MEIO AMBIENTE

Capítulo 04

ACESSOS AO PORTO

Capítulo 05

INSTALAÇÕES FÍSICAS

Capítulo 06

TERMINAIS ESPECIALIZADOS

Capítulo 07

FORMAS E PROCESSOS OPERACIONAIS

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Capítulo 08

FORÇA DE TRABALHO

TERCEIRA PARTE - Projeção dos Fluxos de Cargas e

Análise da Frota de Navios

Capítulo 09

ANÁLISE DA MOVIMENTAÇÃO ATUAL DE CARGAS

Capítulo 10

PREMISSAS PARA A AVALIAÇÃO DO

INCREMENTO DA MOVIMENTAÇÃO DE CARGAS

Capítulo 11

PROJEÇÕES DE MOVIMENTAÇÃO

Capítulo 12

ANÁLISE DA FROTA DE NAVIOS

QUARTA PARTE - Análise e Diagnóstico Operacional

Capítulo 13

A SITUAÇÃO OPERACIONAL ATUAL

Capítulo 14

ANÁLISE E DEFINIÇÃO DAS NECESSIDADES

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TOMO II

Capítulo 01

ANÁLISE DAS ALTERNATIVAS PROPOSTAS

Capítulo 02

OS ACESSOS AO PORTO

Capítulo 03

PROPOSTAS DE DESENVOLVIMENTO E ZONEAMENTO NO

CURTO PRAZO

Capítulo 04

PROPOSTAS DE DESENVOLVIMENTO E ZONEAMENTO NO

MÉDIO PRAZO

Capítulo 05

PROPOSTAS DE DESENVOLVIMENTO E ZONEAMENTO NO

LONGO PRAZO

Capítulo 06

DIRETRIZES PARA OBTENÇÃO DE RECURSOS

Capítulo 07

CONSIDERAÇÕES FINAIS

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TRANSPORTE CONSULTORIA LTDA

PLANEE

JAMENTO EM

Apresentação

PETCON – PLANEJAMENTO EM TRANSPORTE E

CONSULTORIA LTDA., contratada pela Administração do

Porto de São Francisco do Sul – APSFS, tem a satisfação de

apresentar o Relatório Final referente à “Atualização do Plano de

Desenvolvimento e Zoneamento do Porto de São Francisco do Sul”.

Este documento é constituído de duas grandes seções, apresentadas em

tomos distintos, a saber:

1. o TOMO 1 refere-se à parte básica dos estudos realizados, desde a

redefinição da área do porto organizado até a definição das

necessidades de desenvolvimento, passando pelo cadastro das

instalações físicas, descrição dos métodos e processos operacionais

utilizados presentemente, a avaliação dos fluxos de cargas e da

frota de navios a demandarem o porto, no futuro, a análise dos

indicadores de desempenho e o diagnóstico operacional,

2. o TOMO 2 inicia-se com a avaliação das diversas propostas de

desenvolvimento de instalações especializadas, verificando a

compatibilidade com as necessidades definidas na fase anterior,

com base nas projeções de fluxos de cargas e das características

dos navios a serem utilizados; em seguida procede-se à discussão

final dos problemas de acesso ao porto, definindo as soluções mais

adequadas, concluído-se com as propostas de desenvolvimento e

zoneamento nos horizontes de curto prazo (5 anos), médio prazo

(dez anos) e longo prazo (vinte anos).

Em conclusão de todo o trabalho, são sugeridas as diretrizes para a

obtenção dos recursos necessários à implementação do PDZ,

complementando-se com a apresentação do Programa de Arrendamento,

conforme exigido pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários –

ANTAQ.

A

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TRANSPORTE CONSULTORIA LTDA

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JAMENTO EM

A ÁREA DO PORTO ORGANIZADO

DE SÃO FRANCISCO DO SUL

atual área do porto organizado foi definida pela Portaria

n°1.039, de 20 de dezembro de 1993, do Ministério dos

Transportes, há quase dez anos, portanto.

Este capítulo tem por objetivo apresentar a proposta de atualização dessa

definição, levando em conta as transformações ocorridas no período,

especialmente no que se refere ás novas necessidades de espaço para

desenvolvimento, com a visão de abertura de oportunidades para o

crescimento da atividade.

Ao mesmo tempo, a nova definição da área do porto organizado de São

Francisco do Sul leva em conta as relações com a cidade, cujo caráter

histórico e cultural recomenda cuidados especiais. Neste particular, a

implementação de novos projetos em terminais arrendados implicou em

compromissos específicos de ações mitigadoras, assumidos com a IPHAN,

no chamado projeto Monumenta, de preservação e recuperação da área

urbana de importância.

Assim, a nova área deverá ser traçada a partir da identificação dos espaços

de interesse para o desenvolvimento físico e operacional do porto,

levando-se em conta os termos da Lei n° 8.630/93 e a relação porto-cidade,

atendendo aos compromissos ambientais de natureza histórico-cultural.

Inicialmente, foram executados trabalhos de topografia de precisão e

geodésia necessários à definição da nova poligonal para a nova área,

incluindo-se o cálculo de coordenadas e a elaboração de desenhos.

Com base nos estudos e levantamentos procedidos, a nova área do porto

organizado de São Francisco do Sul apresenta poucas alterações em

relação à atual, estabelecida pela Portaria 1.039, de 20 de dezembro de 1993,

do Ministério dos Transportes.

Capítulo

1

A

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TRANSPORTE CONSULTORIA LTDA

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JAMENTO EM

1.1. A ATUAL ÁREA DO PORTO ORGANIZADO

O conceito de área do porto organizado foi introduzido pela lei n° 8.630,

de 26 de fevereiro de 1993, a qual estabelece na alínea IV do parágrafo 1°

de se art. 1°, a seguinte definição:

“Área do porto organizado: a compreendida pelas instalações

portuárias, quais sejam, ancoradouros, docas, cais, pontes e

píeres de atracação e acostagem, terrenos, armazéns,

edificações e vias de circulação interna, bem como pela infra-

estrutura de proteção e acesso aquaviário ao porto, tais como

guias correntes, quebra mares, eclusas, canais, bacias de

evolução e áreas de fundeio, que devam ser mantidas pela

Administração do Porto, referida na Seção II do Capítulo VI

desta Lei”

Assim, a área do porto organizado abrange, além das instalações

portuárias, a infra-estrutura de proteção e acesso aquaviário ao porto.

A Portaria 1.039, de 20 de dezembro de 1993, definiu, pela primeira vez, a

área do porto organizado de São Francisco do Sul como sendo constituída:

a. pelas instalações portuárias terrestres existentes na margem leste da

Baía de Babitonga, desde a extremidade sul, na foz do rio Pedreira,

a te a extremidade norte, na Ponta do Rabo Azedo, abrangendo

todos os cais, docas, pontes e píeres de atracação e de acostagem,

armazéns, edificações e em geral e vias internas de circulação

rodoviárias e ferroviárias e ainda os terrenos ao longo dessas áreas

e em suas adjacências pertencentes à União, incorporados ou não

ao patrimônio do porto de São Francisco do Sul ou sob sua guarda

e responsabilidade.

b. pela infra-estrutura de proteção e acessos aquaviários,

compreendendo as áreas de fundeio, bacias de evolução, canal de

acesso e áreas adjacentes a este, até as margens das instalações

terrestres do porto organizado, conforme definido no item “a” desta

Portaria, existentes ou que venham a ser construídas e mantidas

pela Administração do Porto ou por outro órgão do Poder Público.

Embora haja disposição explícita na citada portaria, de que “a

Administração do Porto de São Francisco do Sul fará a demarcação em

planta da área definida”, não foram obtidas cópias do referido desenho.

Dessa forma, a implantação de novas instalações terrestres, as mudanças

que tenham ocorrido com relação aos acessos rodoviários e ferroviários e

demais elementos definidores da área do porto organizado carecem podem

ter provocado mudanças na delimitação física ,desse espaço, podendo

gerar conflitos entre os diversos agentes públicos e privados que atuam no

porto e na cidade.

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JAMENTO EM

A atualização da área do porto organizado deverá, portanto, além de

definir, delimitar com precisão as instalações terrestres e a infra-estrutura

de acesso e abrigo existentes

1.2 Investigações Iniciais

Como primeiro passo, a equipe de consultores da PETCON realizou, no

período de 10 a 19 de março, diversos levantamentos necessários à perfeita

caracterização da situação atual apresentada pela atividade portuária em

São Francisco do Sul, ouvindo as opiniões das diversas partes interessadas

– a administração do porto, a Prefeitura Municipal, empresários e usuários,

operadores portuários e de transportes terrestres, agentes logísticos e

diversos outros atores, visualizando detectar possíveis conflitos na relação

porto-cidade, aquilatando a importância histórica e cultural do ambiente,

de modo a fundamentar, de forma adequada, a proposição da atualização

da APO ou área do porto organizado.

11..22..11.. LLeevvaannttaammeennttooss ddee CCaammppoo ee EEnnttrreevviissttaass

Os primeiros levantamentos realizados buscaram, assim, verificar as atuais

características da área do porto de São Francisco do Sul, abrangendo a

parte física e operacional e as relações com os principais usuários e demais

atividades urbanas, com destaque para os aspectos de valor turístico,

histórico e cultural.

Foram levantados dados com relação aos acessos terrestres – rodoviário e

ferroviário - e acesso aquaviário ou marítimo, de modo a possibilitar as

análises acerca do mapeamento físico e operacional do porto, verificando

as atuais condições desses acessos, tendo em vista a demanda dos fluxos

de carga oriundos ou destinados à movimentação portuária e identificando

eventuais pontos de estrangulamento.

Os levantamentos de dados abrangeram não apenas as áreas sob domínio

ou de propriedade da APSFS como também as instalações de propriedade

ou domínio privado, situadas no perímetro do porto, verificando os

processos logísticos e operacionais empregados em cada uma delas e suas

relações com as demais instalações portuárias.

Para que se possa definir, de forma plena, a área do porto organizado,

torna-se necessário, ainda, que se consolide a visão de futuro acerca da

dinâmica da atividade, levando em conta as perspectivas apontadas pelos

envolvidos no processo, administração do porto, agentes, operadores e

usuários, as quais foram objeto de diversas análises e avaliações por parte

da equipe técnica da PETCON.

Nesse sentido, no período dos levantamentos, foram realizadas, também,

extensas entrevistas com os diversos agentes envolvidos, dentre eles:

agentes de navegação, operadores portuários, empresas detentoras de

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JAMENTO EM

terminais retroportuários, Prefeitura Municipal e principais usuários,

buscando identificar os planos de ampliação da capacidade instalada e as

perspectivas futuras dessas empresas no que diz respeito ao fluxo

projetado de cargas para movimentação através do porto de São Francisco

do Sul.

Com relação aos órgãos municipais entrevistados, o objetivo foi verificar

qual a visão com respeito à relação porto-cidade, considerando os projetos

de expansão portuária e de investimentos em recuperação/ampliação da

malha viária de acesso ao porto.

Com base em todas essas definições, foi possível montar o panorama

futuro para a área do porto organizado de São Francisco do Sul, de modo a

harmonizar-se com o Plano de Desenvolvimento e Zoneamento – PDZ que

é o objetivo central do trabalho contratado.

11..22..22.. ÁÁrreeaass ddee IInntteerreessssee ppaarraa IInncclluussããoo nnaa ÁÁrreeaa ddoo

PPoorrttoo OOrrggaanniizzaaddoo

1.2.2.1 Terminal Turístico de Passageiros

O Programa de Preservação do Patrimônio Cultural Urbano – Programa

Monumenta – delineado para a recuperação sustentável do patrimônio

histórico urbano de São Francisco do Sul, abrange a área da cidade

tombada pelo IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico

Nacional, resultante de um contrato de empréstimo firmado entre o BID e

a República Federativa do Brasil.com a interveniência da Prefeitura

Municipal.

A cidade de São Francisco do Sul foi selecionada dentre as vinte primeiras

para se candidatar aos recursos do programa, conforme a lista de

prioridades de conservação, elaborada pela Comissão Especial nomeada

pelo Ministro da Cultura em outubro de 2000, sendo a área de abrangência

do projeto definida entre o trecho da orla que vai do Museu Nacional do

Mar até o Museu Histórico, incluindo todas as instalações portuárias

rudimentares existentes.

As instalações portuárias destinadas, atualmente, à movimentação de carga

encaixam-se nesse cenário, por eatarem localizadas em espaço adjacente

ao centro histórico da cidade, o qual deverá ser recuperado pelo projeto

MONUMENTA.

Ao mesmo tempo, o crescimento intenso da movimentação de cargas, ao

longo dos últimos anos, necessita de novas áreas para expansão.

A implantação da instalação de uso privativo denominada de Terminal

Portuário de São Francisco do Sul – TERFRAN S.A, destinada à

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movimentação de produtos florestais e outras cargas, implicou na

utilização de área que tangencia o centro histórico da cidade, dentro do

Projeto Monumenta.

Para que o empreendimento se tornasse possível ocorreu a necessidade de

negociação com o IPHAN e a Prefeitura Municipal para conciliar ambos

os projetos.

Nesse sentido, foi estabelecido Termo de Ajustamento de Conduta, dando

origem ao Termo de Compromisso de Medidas Compensatórias aos

Impactos Culturais e Execução de Obras, firmado em 13 de novembro de

2000 entre a Administração do Porto de São Francisco do Sul – APSFS, o

Terminal Portuário de São Francisco do Sul S/A – TERFRAN e o Instituto

do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN, com anuência do

IBAMA e da FATMA, prevendo a execução de contrapartidas por parte do

porto.

Dentre as obrigações estabelecidas no Termo de Compromisso para a

APSFS e a TERFRAN, para a instalação de depósito de contêineres,

prevê-se a limitação da elevação do greide da área, o aterramento de, no

máximo, 100m da linha do píer existente à época, não podendo, em

qualquer caso, ultrapassar a atual foz do rio Pedreira. com a realização,

entre outras, das seguintes obras:

a área aterrada deverá ter rebaixo de 3m de largura, a ser executado

no mesmo nível do pátio do Museu Nacional do Mar, em toda a

face voltada para o Centro Histórico Tombado, conforme projeto

anexo ao termo de compromisso;

a nova área, que deverá ser entregue para uso do Museu Nacional

do Mar, deverá ser pavimentada e tratada paisagisticamente com o

plantio de árvores especificadas pelo IPHAN e IBAMA e com

alambrado de material aprovado pelo IPHAN;

adição de seis estacas de proteção na área de evolução dos navios,

conforme planta anexada;

a realização de obras de valorização da área de lazer do Museu

Nacional do Mar;

a realização de obras que permitam a atracação de embarcações de

tipo “escunas de passeio” no trapiche do Museu Nacional do Mar,

através da execução de flutuantes, mediante projeto a ser

desenvolvido.

Os compromissos assumidos extrapolam a área do porto organizado atual,

demonstrando a necessidade de novo delineamento, abrangendo, agora, os

espaços de interesse de atividades náuticas frente à cidade.

Ademais, os projetos de desenvolvimento das atividades de turismo em

São Francisco do Sul, estudam a viabilidade de ser construído um terminal

para navios de cruzeiros marítimos, expandindo o que se previa

originalmente no Termo de Compromisso estabelecido.

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Assim, área do porto organizado deverá contemplar esse novo espaço,

onde novas instalações deverão ser estabelecidas, sendo conveniente

estarem sob a jurisdição e controle da Autoridade Portuária, seja por

destinar-se a futuras áreas portuárias e ao desenvolvimento harmônico e

integrado com a cidade, atendendo demanda específica advinda do

desenvolvimento do turismo regional.

A área proposta seria estendida dos limites atuais da Portaria MT 1.039/93,

até o Mercado Público Municipal, conforme ilustrado a seguir.

1.2.2.2 A Ponta do Rabo Azedo

A Ponta do Rabo Azedo está indicada, atualmente, como limite da área do

porto organizado, sem, entretanto, definir, de forma adequada e mais

completa, os terrenos e instalações portuárias abrangidos.

Além de exercer papel de abrigo dos ventos de do quadrante SW, reinantes

na região, o morro da Bela Vista, situado na referida ponta, apresenta-se

como única alternativa de expansão portuária de São Francisco do Sul,

utilizando áreas contíguas.

Ao mesmo tempo, os acessos rodoviários ao porto poderão servir-se da

alternativa de ladearem os limites do Morro, o qual, ainda, poderá abrigar

instalações de armazenagem de cargas, resguardados os cuidados e

implicações ambientais e urbanos.

A inclusão desses terrenos na área do porto organizado tem como objetivo

a preservação da garantia de seu uso futuro para a atividade portuária,

mesmo considerando as dificuldades de sua ocupação, sendo necessário o

levantamento mais detalhado de dessa área, para melhor conhecimento dos

atuais ocupantes e usuários.

Museu Nacional

do Mar

Atual Limite

portuário

Futuro Terminal

Turístico

Mercado Público

Municipal

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Dentre os fatores limitantes ao uso e ocupação, destacam-se a possível

necessidade de relocalização de parte da comunidade que habita

atualmente a área e o atendimento a possíveis restrições ambientais.

De qualquer modo, as áreas circundantes do Morro da Bela Vista deverão

servir especialmente para a ampliação ou reformulação dos acessos

rodoviário e ferroviário ao porto, o que resultará, certamente, em benefício

para os atuais habitantes da Vila que ali se localiza.

A fotografia seguinte destaca a área indicada.

Ressalta-se, nesse caso, que parte da área localizada no morro da Bela

Vista já é de propriedade do porto de São Francisco do Sul e do grupo

Bunge Alimentos S/A.

1.3.Levantamento Topográfico da Área

Com a definição das instalações e terrenos que deverão ser incluídas

dentro dos limites da área do porto organizado, foi realizado o

levantamento topográfico de precisão de toda o espaço a ser abrangido,

com a finalidade de sua indicação em planta.

Os dados topográficos serviram, também, de base para o estudo dos

acessos terrestres ao porto nas fases seguintes dos trabalhos.

Morro do

Bairro Bela

Vista

Área Portuária

Área da Cidade

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1.4. Áreas Indicadas para a Futura Expansão Portuária

A busca por novas áreas de expansão para o porto, visto que já se

encontram restritos os espaços contíguos disponíveis, seja para instalações

de acostagem, seja na retroárea, inclusive quanto às dificuldades de acesso

terrestre, foram analisadas as margens próxima ao porto da foz do rio São

Francisco do Sul e Baia da Babitonga, desde a Ponta das Laranjeiras e a

Ponta do Sumidouro.

A primeira está a jusante do porto atual, em local bem abrigado e com

profundidades razoáveis, necessitando, entretanto de obras de dragagem de

aprofundamento e definição de balizamento.

A Ponta do Sumidouro situa-se próxima à entrada do canal de acesso.

As demais áreas analisadas ao longo das margens do rio São Francisco do

Sul apresentam problemas de baixas profundidades, não sendo indicadas,

dessa forma, para a possível expansão do porto.

As áreas indicadas são analisadas a seguir, com mais detalhes.

a. Ponta das Laranjeiras

A Ponta das Laranjeiras está localizada a cerca de 10km à montante do

porto atual próximo ao terminal de ferry-boat que atravessa a baía da

Babitonga.

Essa área foi considerada em estudo anterior, desenvolvido pela

consultoria Han Padron, através de convênio firmado entre a

Administração do Porto de São Francisco do Sul – APSFS e a Federação

das Indústrias do Estado de Santa Catarina - FIESC. A empresa consultora

indicou em sua “Proposta para preparação do Plano Diretor de

Desenvolvimento, no Curto e Longo Prazo, do Porto de São Francisco do

Sul” a Ponta das Laranjeiras como sendo terreno com grande potencial

para a expansão portuária, alertando, entretanto, para a necessidade de

avaliação técnica mais detalhada, citando apenas que a mesma possui

aparentemente excelentes elevações e profundidades..

Esta área também se encontra contemplada em documento de apresentação

do porto como local de investimentos no longo prazo.

Em função da indicação feita nos estudos encomendados pelo porto com

relação à potencialidade da área da Ponta das Laranjeiras, empresários

privados locais já estão desenvolvendo estudos ambientais e de

engenharia,

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JAMENTO EM

A ligação rodoviária para o local já existe, embora ainda necessite de

melhoramentos, enquanto que a ferroviária está a apenas cerca de 3km de

distância.

O acesso marítimo, entretanto demanda maiores estudos, pois, apesar de

apresentar boas profundidades, existe grande trecho que necessitaria de

dragagem de aprofundamento para permitir à aproximação dos navios.

A área indicada pode ser visualizada na fotografia a seguir.

b. Ponta do Sumidouro

A alternativa que considera a Ponta do Sumidouro como futura área de

expansão portuária foi levantada nos “Estudos Específicos para Análise de

Movimentação Portuária – Porto de São Francisco do Sul”, elaborados

pela Empresa Brasileira de Planejamento em Transportes – GEIPOT e

publicados em agosto de 1994.

A área fica localizada cerca de 15km à jusante do porto, próximo à entrada

do canal de acesso, conforme mostrado a seguir.

Por se tratar ainda de região com reduzida ocupação humana, a Ponta do

Sumidouro apresenta problemas de acesso terrestre.

Estima-se que, para interligar a área ao atual sistema viário, seria

necessária a construção de cerca de 15km de rodovia e 15km de ferrovia.

Entretanto, a localização próxima ao canal de acesso do porto, registra

profundidades naturais da ordem e 12m a 18m próximas à margem.

Porto de São

Francisco do Sul Ponta das

Laranjeiras

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JAMENTO EM

O caráter preliminar dos estudos do GEIPOT indica a necessidade de

serem realizados levantamentos técnicos dos terrenos na região, visando

verificar a adequação e o seu melhor ponto de implantação de terminais.

Além das localizações mencionadas, levanta-se, ainda, a denominada de

Ponta da Trincheira, na margem esquerda da foz do rio.

Embora apresente destacados atrativos quando as profundidades

disponíveis, há a quase completa falta de infra-estrutura de acesso

terrestre, não se indicando, no momento, como possível área de expansão

portuária.

Para a visualização das áreas indicadas como de interesse para a expansão

portuária, foi utilizado o processo de digitalização das cartas náuticas n°s

1804, Porto de São Francisco do Sul, e 1805, Baia da Babitonga.

Os desenhos finalizados estão apresentados em anexo.

1.5 Implicações da Inclusão de Terrenos de Domínio Privado na Área do Porto Organizado

A inclusão de qualquer das localizações indicadas para a expansão

portuária na área do porto organizado, acarreta conseqüências e

implicações cuja natureza necessita ser devidamente avaliada, de modo a

embasar as decisões da Autoridade Portuária ao pleiteá-la perante a

administração pública federal. São mostradas, em seguida, essas

implicações.

Ponta do

Sumidouro

Porto de São

Francisco do Sul

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JAMENTO EM

A lei n° 8.630/93 estabelece, em seu art. 4° e parágrafos que

“fica assegurado ao interessado o direito de

construir, reformar, ampliar, melhorar, arrendar e explorar

instalação portuária, dependendo de autorização do ministério

competente, quando se tratar de terminal de uso privativo,

desde que fora da área do porto organizado, ou quando o

interessado for titular de domínio útil do terreno, mesmo que

situado dentro da área do porto organizado”.

A regra acima exposta pode ser interpretada das seguintes formas:

1. O titular de domínio útil de terreno poderá obter autorização do

Ministério competente para construir, reformar, ampliar,

melhorar, arrendar e explorar instalação portuária quer esteja

dentro ou fora da área do porto organizado; ou, ainda,

2. quando o requerente é titular do domínio útil do terreno, o seu

direito de construir, reformar, ampliar, melhorar, arrendar e

explorar instalação portuária não está sujeito à licitação para

arrendamento e contrato com a autoridade portuária, mas de

autorização direta do ministério competente.

Assim, a inclusão de uma área ou terreno de titularidade de terceiros na

área do porto organizado não altera o mecanismo de obtenção do direito

do interessado em construir, reformar, ampliar, melhorar, arrendar e

explorar instalação portuária, o qual, em ambos os casos, depende apenas

de autorização do Ministério competente, resultando em contrato de

adesão entre o titular do terreno e a União, representada pelo Ministério.

No entanto, os terminais ou instalações portuárias situadas fora da área do

porto organizado não estão sujeitas às regras e controles da Autoridade

Portuária ou do Conselho de Autoridade Portuária, inclusive no que se

refere à utilização de mão-de-obra avulsa e permanente.

Se tais instalações forem de uso privativo (exclusivo ou misto), dentro ou

fora da área do porto organizado, não estarão sujeitas às normas e

regulamentos ou às tarifas do porto (as cláusulas relativas aos direitos e

deveres dos usuários, com as obrigações correlatas do contratado e as

sanções respectivas, somente se aplicam às instalações de uso público).

Essa relativa liberdade decorre de que, por óbvias razões, na situação de

uso exclusivo, essas instalações são utilizadas apenas para movimentar

cargas do próprio titular, ou seja há um único usuário que é ele mesmo.

Para as instalações privativas de uso misto as relações com terceiros são

reguladas, exclusivamente, pelas normas de direito privado, sem

participação ou responsabilidade do poder público (§.2o do Art. 6

o da lei

8.630/93).

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JAMENTO EM

A vantagem que se apresenta é a de que, na interpretação direta da lei n°

8.630/93, o titular do domínio útil do terreno situado na área do porto

organizado poderá explorar instalação de uso privativo (exclusivo ou

misto) ou de uso público.

Em qualquer caso, entretanto, se o acesso aquaviário à instalação implicar

na utilização da infra-estrutura de abrigo e acesso do porto organizado, o

titular estará sujeito ao pagamento de taxas à Autoridade Portuária.

A questão dos investimentos em obras de dragagem ou de abrigo e a

sinalização náutica complementares até a instalação, quando necessários,

dentro ou fora da área do porto organizado, deverá ser objeto de

negociação entre os interessados.

A Resolução n° 55 da Agência Nacional de Transportes Aquaviários –

ANTAQ, ao estabelecer a “Norma sobre Arrendamento de Áreas e

Instalações Portuárias destinadas á Movimentação e Armazenagem de

Cargas e ao Embarque e Desembarque de Passageiros”, embora não tenha

poderes de alterar a lei estabelecida, interpreta de forma diferente a

questão das instalações de uso privativo, colocando-as, restritivamente,

apenas fora da área do porto organizado, ao estabelecer, em seu art. 4o

que as áreas e instalações arrendadas na área do porto organizado serão

sempre de uso público.

A inclusão eventual de novos espaços na Área do Porto Organizado de São

Francisco do Sul deve levar em conta as implicações demonstradas.

1.6 A Nova Área do Porto Organizado

Com base nos estudos e levantamentos procedidos, a nova área do porto

organizado de São Francisco do Sul apresenta poucas alterações em

relação à atual, estabelecida pela Portaria 1.039, de 20 de dezembro de

1993, do Ministério dos Transportes.

Como se propõe, o limite da extremidade sul da área estende-se, agora, até

o Mercado Central da cidade, abrangendo toda o Centro Histórico

tombado pelo IPHAN, onde são previstas intervenções da Autoridade

Portuária em cumprimento de termos de ajuste de conduta decorrentes da

expansão das instalações do TERFRAN.

Para a outra extremidade mantém-se o limite da Ponta do Rabo Azedo,

detalhando-se com mais precisão as áreas terrestres abrangidas, resultando

no desenho em planta da nova área, com a definição das coordenadas da

poligonal apresentada a seguir.

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JAMENTO EM

(INSEREIR PLANTA DA ÁREA DO PORTO

ORGANIZADO DE SÃO FRANCISCO DO

SUL – ARQUIVO AUTOCAD)

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A nova área do Porto organizado de São Francisco do Sul terá, assim, a

seguinte definição, na forma de minuta de decreto:

DECRETO Nº nnnn, DE dd DE mmmm DE 2003

Regulamenta a delimitação da área do Porto

Organizado de São Francisco do Sul, suas

instalações, infra-estrutura e planta

geográfica.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe

confere o art. 84, inciso IV, da Constituição, e de acordo com o art.

5º da Medida Provisória nº 2.217-3, de 4 de setembro de 2001,

D E C R E T A :

Art. 1º A área do Porto Organizado de São Francisco do Sul, no

Estado de Santa Catarina, é constituída:

I - pelas instalações portuárias terrestres e marítimas, delimitadas

pela poligonal definida pelos vértices de coordenadas geográficas a

seguir indicadas:

Ponto A: Latitude "S, Longitude: "W;

Ponto B: Latitude 3º 43` 06"S, Longitude 038º 28` 44"W;

Ponto C: Latitude 3º 43` 16"S, Longitude 038º 29` 00"W;

Ponto D: Latitude 3º 43` 16"S, Longitude 038º 29` 27"W;

Ponto E: Latitude 3º 42` 40"S, Longitude: 038º 29` 27"W;

Ponto F: Latitude 3º 41` 55"S, Longitude 038º 30` 38"W;

Ponto G: Latitude 3º 41` 00"S, Longitude 038º 30` 38"W;

Ponto H: Latitude 3º 41` 00"S, Longitude 038º 26` 48"W;

Ponto I: Latitude 3º 42` 38"S, Longitude: 038º 26` 48"W;

Ponto J: Latitude 3º 43` 14"S, Longitude 038º 28` 09"W;

Ponto K: Latitude 3º 43` 00"S, Longitude 038º 28` 10"W;

abrangendo todos os cais, docas, pontes, píeres de atracação e de

acostagem, armazéns, silos, rampas ro-ro, pátios, edificações em

geral, vias internas de circulação rodoviária e ferroviária e ainda os

terrenos ao longo dessas faixas marginais e em suas adjacências,

pertencentes à União, incorporados ou não ao patrimônio do Porto de

São Francisco do Sul ou sob sua guarda e responsabilidade;

II - pela infra-estrutura de proteção e acesso aquaviário, tais como

áreas de fundeio, bacias de evolução, canal de acesso e áreas

adjacentes a este, até as margens das instalações terrestres do porto

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organizado, conforme definido no inciso I deste artigo, existentes ou

que venham a ser construídas e mantidas pela Administração do

Porto ou por órgão do Poder Público.

Parágrafo único. A Administração do Porto de São Francisco do Sul

fará a demarcação em planta da área definida neste artigo.

Art. 4º Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

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JAMENTO EM

A ÁREA DE INFLUÊNCIA DO

PORTO DE SÃO

FRANCISCODO SUL

porto de São Francisco do Sul está situado em local

geograficamente privilegiado na ilha de São Francisco do

Sul, litoral norte do estado de Santa Catarina, a 215

quilômetros da capital Florianópolis.

São Francisco do Sul é uma ilha oceânica, cercada por outras 24 ilhas, com

muitas praias e mar navegável. Situa-se entre Itapoá – na divisa com o

Paraná – e Barra do Sul.

As coordenadas geográficas do porto são:

Latitude: 26o 14’ S

Longitude: 48o 42’ W

A proximidade do município de Joinville, o mais importante centro

industrial de Santa Catarina, e de inúmeras cidades com base fabril e

agrícola, como Blumenau, Pomerode, Jaraguá do Sul, Brusque, além de

Itajaí, entre outras, bem como do limite estadual com o Paraná, é uma das

características locacionais mais destacadas do porto de São Francisco do

Sul.

A tabela a seguir apresenta as distâncias rodoviárias entre importantes

cidades e portos das regiões Sul e Sudeste e o porto de São Francisco do

Sul.

Capítulo

2

O

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JAMENTO EM

Porto de São Francisco do Sul

Distâncias Rodoviárias às Principais Cidades

e Portos da Região

Localidades Distâncias

(km) Localidades

Distâncias

(km)

Rio de Janeiro 1.000 Chapecó 561

Campinas 680 Florianópolis 200

São Paulo 580 Joinville 40

Maringá 620 São Bento do Sul 134

Curitiba 180 Porto Alegre 720

Foz do Iguaçu 851 Buenos Aires 1755

Blumenau 105 Porto de Itajaí 117

Criciúma 374 Porto de Imbituba 273

Jaraguá do Sul 59 Porto de Rio Grande 1.100

2.1. Área de Influência

Modernamente, a delimitação da área de influência de qualquer porto vem

se tornando tarefa das mais difíceis e imprecisas. Fatores como a logística

interna das empresas, as variações nos custos de transportes e a dinâmica

dos itinerários das linhas de navegação regular fazem com que os portos

recebam e despachem cargas das mais diversas origens e destinos,

podendo-se afirmar que a área de influência de um porto varia de acordo

com cada tipo de mercadoria.

No caso do porto de São Francisco do Sul, por exemplo, as cargas

frigorificadas embarcadas, como carnes, frutas, sucos, etc., são

provenientes de todos os estados do Sul do país e ainda de São Paulo,

Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Goiás.

Os produtos industrializados exportados através do porto (com destaque

para os eletro-eletrônicos, artigos têxteis, móveis e revestimentos

cerâmicos) são provenientes, principalmente, dos estados da Região Sul,

com destaque para importantes cidades industriais catarinenses - Joinville,

Pomerode, Blumenau, Jaraguá do Sul e outras.

Outros produtos de destaque na pauta de exportações realizadas pelo porto

são o farelo e o óleo de soja, proveniente dos mesmos estados citados para

as cargas frigorificadas.

As mercadorias importadas têm como destino final principal os estados do

Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

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JAMENTO EM

Áreade

Influência

MT

GO

MG

MS

SP

2.2. Indicadores Sócio-Econômicos

O estado de Santa Catarina destaca-se por possuir uma economia forte,

estável e diversificada, em crescimento constante e que tem nas

exportações um dos segredos de seu equilíbrio.

O setor industrial catarinense cresceu 40 vezes nas últimas quatro décadas,

contra 17 vezes da média brasileira. O produto interno bruto do estado

chegou a US$ 30 bilhões em 1996, o quinto entre todos os estados

brasileiros, apesar de sua área corresponder a apenas 1,2% da área do país.

Nos últimos vinte e cinco anos as exportações catarinenses cresceram

quase 30 vezes, enquanto a média brasileira foi de dez vezes, colocando o

estado, atualmente, como o quinto maior exportador do Brasil, com 5,7%

do volume total exportado pelo país.

Os produtos de 1.400 empresas do estado chegam a 164 países.

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JAMENTO EM

Grande parte da competitividade desses produtos no exterior deve-se à

eficiência do porto, o qual, por sua proximidade de Joinville, a maior

cidade do estado e terceiro maior pólo industrial do sul do Brasil, tornou-

se corredor de saída preferencial dos produtos eletro-eletrônicos fabricados

na região, tais como compressores para refrigeração e autopeças.

Além disso, movimenta milhares de toneladas de farelo e óleo de soja,

artigos têxteis, móveis e revestimentos cerâmicos; as grandes

especialidades comerciais de Santa Catarina.

Com relação a cidade de São Francisco do Sul, onde está situado o porto,

são apresentados a seguir alguns indicadores sócio-econômicos relevantes

obtidos junto ao IBGE para o ano de 2000.

São Francisco do Sul

Indicadores Sócio-Econômicos

Área 541 km

2

PopulaçãoResidente 32.301 Pessoas

Hospitais 1

Leitos Hospitalares 140

Matrículas no Ensino Fundamental 6.078

Matrículas (Ensino Médio) 1.528

Estabelecimentos de Ensino Fundamental 30

Estabelecimentos de Ensino Médio 4 Fonte: IBGE, Censo 2000.

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JAMENTO EM

CONDIÇÕES DO MEIO

AMBIENTE

ão apresentadas neste capítulo as principais informações

sobre as características meteorológicas e hidrográficas da

região de São Francisco do Sul, destacando-se as condições

de ventos, precipitação pluviométrica, nebulosidade, referências

planialtimétricas, marés, ondas, correntes e assoreamento.

3.1. Dados Meteorológicos

33..11..11.. VVeennttooss

Os ventos predominantes na região são os de Nordeste, Sudeste e

Sudoeste, com velocidade média variando entre 4,7 e 7,1 nós , nos meses

de março a novembro. Segundo os dados informados pela DHN da

Marinha do Brasil, durante esse período há, na média, apenas 5 dias de

calmaria.

Os ventos mais fortes são os do quadrante sul, que ocorrem geralmente nas

passagens das frentes frias e levantam o mar na barra, formando ondas que

podem atingir até 2,5m de altura. No inverno existe a ocorrência de ventos

tempestuosos do sul por mais de 48 horas.

33..11..22.. PPrreecciippiittaaççããoo

O clima úmido com temperaturas relativamente altas é predominante na

região Sul do Brasil.

Diferentemente do resto do país, a distinção entre as estações do ano não é

o período de chuvas, mas as mudanças de temperatura.

Durante os meses de verão, que vai de novembro a março, as temperaturas

máximas variam em torno de 27oC, enquanto que, nos meses de inverno,

Capítulo

3

S

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JAMENTO EM

apresentam-se temperaturas máximas ao redor dos 20oC, com uma

respectiva queda da temperatura mínima média para 12oC.

As chuvas mais fortes ocorrem durante os meses de verão, principalmente

janeiro e fevereiro (aproximadamente 16,5cm por mês). Nos meses de

inverno, atingem cerca de sete a dez centímetros por mês.

A tabela abaixo apresenta os valores médios e máximos em 24 horas de

chuvas verificadas no município de São Francisco do Sul ao longo do ano.

Porto de São Francisco do Sul

Precipitações Pluviométricas

Temporadas

de Chuvas (cm)

MESES DO ANO

JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

Montante

Médio 17,2 16,4 14,0 13,3 10,7 7,9 7,4 8,8 10,5 12,1 11,2 10,7

Máximo em

24 horas 14,8 11,3 9,1 20,8 9,0 8,2 6,5 7,0 6,4 7,3 20,6 9,8

Fonte: Mapa de Navegação (Guia planejado para o Oceano Atlântico, 1988. Centro de Hidrografia e

Topografia, Agência de Mapeamento de Defesa, Segunda Edição, Publicação 121)

O gráfico seguinte mostra a distribuição da chuva total no estado de Santa

Catarina, conforme dados do Centro Integrado de Meteorologia e Recursos

Hídricos de Santa Catarina, onde se observe que São Francisco do Sul está

na faixa de 1.800mm a 2.000mm anuais.

Fonte: CLIMERH - SC

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JAMENTO EM

33..11..33.. NNeebbuulloossiiddaaddee

Verifica-se a ocorrência de nevoeiros em aproximadamente 90 dias do

ano, no período de inverno na região, entre os meses de junho a agosto.

3.2. Dados Hidrográficos

33..22..11.. MMaarrééss ee CCoorrrreenntteess

A maré tem característica de desigualdades diurnas, com o nível médio

situado 0,84m acima do nível de redução da carta náutica, no porto, e 0,7m

na ilha da Paz.

A corrente de maré varia de 2 nós a 4 nós, tanto na enchente como na

vazante, apresentando maior velocidade na barra.

Na parte norte do cais do porto a maré de vazante dificulta as manobras de

atracação e desatracação.

33..22..22 AAssssoorreeaammeennttoo

Segundo o Plano Mestre para Desenvolvimento do Porto de São Francisco

do Sul, desenvolvido pela consultora Han-Padron Associates, a média de

dragagem para manter 11 metros de profundidade, entre as bóias 4 e 14 no

canal existente, é de 600.000 m3 a cada 22 meses.

A distância ao longo do canal entre estes dois pontos é de 4,6 quilômetros,

o que significa a manutenção da média de dragagem de 70 m3/ano/m.

Os volumes de dragagem projetados para a manutenção das diferentes

profundidades do canal de acesso são:

Porto de São Francisco do Sul

Volumes de Dragagem de Manutenção

Profundidade

(m) Volumes (m

3/ano)

11 328.000

12 454.000

13 545.000

14 629.000 Fonte: Plano Mestre para Desenvolvimento do Porto de São

Francisco do Sul

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JAMENTO EM

ACESSOS AO PORTO

s principais acessos hidroviários e terrestres ao porto de São

Francisco do Sul são descritos neste capítulo, desde o canal

de acesso hidroviário, os fundeadouros e a bacia de

evolução, as condições de segurança a navegação, assim como os acessos

terrestres rodoviários e ferroviários.

4.1. Acesso Hidroviário

44..11..11.. CCaannaall ddee AAcceessssoo

O canal de acesso ao porto possui extensão de 1,5 milhas náuticas e

largura mínima de 150m. Na entrada da baía, encontram-se profundidades

navegáveis entre 13 e 14 metros e é balizado conforme a descrição no item

relativo à sinalização.

Os problemas de profundidade e obstáculos principais à navegação e

manobras dos navios ocorrem nas proximidades do porto, devido à

ocorrência de baixios que alcançam altura acima do nível da água.

A opção de maior profundidade para a aproximação do porto é através do

Costão Norte do estuário. O segmento mais profundo do corte transversal é

ao longo da margem norte do canal, com profundidades variando entre 12

e 18 metros. Já na direção sul, ao longo do corte transversal, as

profundidades variam entre 8 e 12 m.

Ao longo da linha central de aproximação, a profundidade é de 11 a 13 m;

geralmente, porém, na aproximação do porto são encontrados baixios. Por

esta razão, os navios acessam ao porto pelo lado oeste.

Os navios, cuja praticagem é facultativa, só devem demandar o canal de

acesso ao porto quando o navegante tiver perfeito conhecimento local, em

Capítulo

4

O

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JAMENTO EM

virtude dos inúmeros bancos e pedras existentes e das variações da

profundidade em alguns trechos do canal.

O canal de acesso corta o banco João Dias, com profundidades próximas

de 11m e largura de 150m a 200m, balizado por bóias luminosas

numeradas de boreste e bombordo. Após a última bóia do canal as

profundidades variam entre 10m e 20m, até a laje Grande de Baixo. Entre

esta laje e o cais do porto há várias pedras submersas, que exigem

especiais cuidados.

Com relação às condições de tráfego no canal de acesso, devem ser

observadas as seguintes normas:

A velocidade máxima permitida nas proximidades do porto é de 8

nós;

A ultrapassagem e o cruzamento são proibidos no canal balizado da

barra;

As dimensões máximas recomendadas são as seguintes:

comprimento de 260m, boca de 40m, calado de 9,39m (30,8 pés)

mais a altura da maré.

44..11..22.. BBaacciiaa ddee EEvvoolluuççããoo

As manobras em águas restritas para atracação e desatracação dos navios

ocorrem logo em frente ao porto, em espaço limitado pela presença de

obstáculos devidamente sinalizados com bóias luminosas: as lajes da Cruz

(26o14,00’S – 48

o38,36’W), da Vitória e do Muchocho e o parcel da Torre.

Esses obstáculos obrigam ao uso de, pelo menos, dois rebocadores em

auxílio à evolução dos navios em atracação ou desatracação.

44..11..33.. ÁÁrreeaass ddee FFuunnddeeiioo

Na carta náutica 1804, da Diretoria de Hidrografia e Navegação da

Marinha do Brasil (DHN) estão marcadas seis áreas de fundeadouro:

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Porto de São Francisco do Sul

Áreas de Fundeadouro

Área de

Fundeio Destinação

1 Para navios com calado até 8,23m (27 pés)

2 Para navios com calado superior a 8,23m (27 pés)

3 Para pequenas embarcações, inclusive barcos de recreio (iates e

veleiros)

4 Para navios com explosivos ou cargas perigosas e de quarentena

5 Para navios de grande porte, carregados e com calado acima de

16m (52,4 pés) até o calado máximo de 18m (59 pés)

6 Para navios com calado inferior a 16m (52,4 pés), aguardando

amarração à bóia, em lastro ou em reparos

O fundeadouro no 1 está na área situada a meio do alinhamento entre a laje

Grande de Baixo (23o 13,0’S – 48

o38,3’W) e o parcel da Torre (26

o13,7’S

– 48o38,7’W), com profundidade de 10m e fundo de areia e lama.

O no 2 encontra-se na área centrada na posição 26

o12,6’S – 48

o37,8’W

(0,5m a NE da laje Grande de Baixo), com profundidade de 11m e fundo

de areia e lama. O no 3 está entre a laje do Sueco (26

o14,55’S –

48o38,60’W) e a laje do Abreu de Dentro (26

o14,72’S – 48

o38,58’W), com

profundidade de 5m, fundo de areia e lama.

O fundeadouro no4 está definido por toda a área do canal a meio do trecho

entre o Pontal (26o10,4’S – 48

o35,1’W) e a bóia luminosa da coroa dos

Pampas (26o11,6’S – 48

o35,7’W), com profundidades de 20m a 28m,

fundo de areia.

O canal de acesso e os fundeadouros, com a sinalização náutica, estão

mostrados no desenho disposto a seguir.

É proibido o fundeio de qualquer embarcação fora dos fundeadouros

indicados, sem a prévia autorização da Delegacia da Capitania dos Portos,

especialmente nas áreas do oleoduto submarino e na bacia de manobras,

em frente ao cais do porto.

44..11..44.. CCoonnddiiççõõeess ddee SSeegguurraannççaa àà NNaavveeggaaççããoo

4.1.4.1. Sinalização Náutica e Perigos à Navegação

Os principais pontos que auxiliam a navegação e o fundeio entre a barra do

rio São Francisco do Sul e o cais do porto são os seguintes, conforme o

Roteiro Costa Sul, elaborado pela Marinha do Brasil:

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JAMENTO EM

Farolete Cabo João Dias – é uma torre quadrangular de alvenaria,

branca, com 4m de altura e luz de lampejo branco na altitude de 8m

com alcance de 7M. Situa-se na ponta nordeste do Cabo João Dias,

que por sua vez localiza-se a 2,5M a WNW da ilha da Paz, dominado

por um morro cujo pico mais elevado tem a altitude de 152m.

Farolete Sumidouro – uma armação quadrangular em treliça de

fibra de vidro, branca, com luz de lampejo branco na altitude de 15m

com alcance de 8M. Localiza-se na Ponta do Sumidouro, 1,5M a

WSW do cabo João Dias.

Farolete Trincheira – uma torre octogonal de alvenaria, com faixas

horizontais brancas e encarnadas, 8m de altura e luz de lampejo

encarnado na altitude de 9m com alcance de 10M.

Morro Pão de Açúcar (26o14,2’S – 48

o37,4’W) – A leste da cidade

de São Francisco do Sul e ponto mais elevado de suas cercanias, tem

no cume (180m) um cruzeiro visível a grande distância.

Alguns dos principais obstáculos e perigos à navegação encontrados na

região, com suas respectivas sinalizações, estão listados a seguir.

Pedra do Lobo – sempre descoberta, na marcação 025o e distância

de 0,9M do farol Ilha da Paz.

Pedra da Baleia – sempre descoberta, na marcação 040o e distância

de 0,78M do farol Ilha da Paz.

Ilhas da Sororoca Grande e Pequena – baixas e com pedras à

volta, na marcação 196o e distância de 0,5M do farol Ilha da Paz.

Junto delas há um casco soçobrado.

Pedra – na profundidade de 7,9m, marcação 206o e distância de

1,2M do farol Ilha da Paz. É balizada pela bóia luminosa de

bombordo no 2.

Pedra – na profundidade de 8,8m, marcação 208o e distância de

1,3M do farol Ilha da Paz.

Pedra do Cação – sempre descoberta, na marcação 196o e distância

de 1,78M do farol Ilha da Paz.

Pedra do Filhote do Cação – sempre descoberta e com um alto-

fundo ao sul, na profundidade de 7,5m, marcação 200o e distância de

1,76M do farol Ilha da Paz.

Pedra da Corvina – sempre descoberta e com outra pedra submersa

ao norte, na profundidade de 6m, marcação 210o e distância de

1,75M do farol ilha da Paz.

Banco João Dias – com profundidades entre 5m e 9m, ocupando

toda a barra do rio São Francisco do Sul. É cortado por um canal com

profundidades próximas de 10m e balizado, por onde deve ser

efetuado o acesso ao porto.

No trecho a oeste do canal da barra, até a área fronteira ao porto, devem

ser evitados os seguintes perigos:

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JAMENTO EM

Banco da Galharada – extenso e com grande área cobrindo e

descobrindo (na baixa-mar). Sua borda junto ao canal corre na linha

de marcação 050o do farolete Trincheira e estende-se por 1,4M. Seu

extremo nordeste é balizado por bóia luminosa de boreste.

Coroa dos Pampas – cobrindo e descobrindo (na baixa-mar), com

sua borda junto ao canal na linha de marcação 237o do farolete

Sumidouro. É balizada por bóia luminosa de bombordo.

Laje Grande de Baixo – na posição 26o12,94’S – 48

o32,26’W,

profundidade de 2,8m. É sinalizada pelo farolete Laje Grande de

Baixo, uma torre tronco piramidal quadrangular de concreto armado,

encarnada, com 2m de altura e luz de lampejo encarnado na altitude

de 4m com alcance de 7M.

Ao sul da Laje Grande de Baixo, na área fronteira ao cais do porto, há

muitas lajes submersas que oferecem perigo à navegação. Nas manobras

de fundeio, atracação e desatracação deve haver especial atenção para os

seguintes perigos.

Laje do Abreu de Fora – na posição 26o14,55’S – 48

o38,72’W.

Nela está localizado o farolete Abreu de Fora, uma torre tronco

piramidal triangular de concreto armado, verde, com 6m de altura e

luz de lampejo verde na altitude de 7m com alcance de 8M. Na

direção oeste, a 0,06M do farolete está a laje da Bitava, na

profundidade de 3,4m.

Laje do Badejo – na profundidade de 2,7m, marcação 031o e

distância de 1,2M do farolete Abreu de Fora. Na direção sudoeste, a

0,16M desta laje há um outro cabeço, na profundidade de 2,6m. Estes

perigos são balizados por bóia luminosa de bombordo.

Laje da Marcelina – na profundidade de 4,8m, marcação 030o e

distância de 0,98M do farolete Abreu de Fora. É balizada por bóia

luminosa de bombordo.

Alto-fundo – na profundidade de 5,8m, marcação 021o e distância de

0,92M do farolete Abreu de Fora.

Laje do Barata – na profundidade de 4,6m, marcação 017o e

distância de 0,85M do farolete Abreu de Fora. É balizada por bóia

luminosa de perigo isolado.

Alto-fundo – na profundidade de 8,1m, marcação 010o e distância de

0,90M do farolete Abreu de Fora.

Parcel da Torre – na profundidade de 5m, marcação 002o e

distância de 0,90M do farolete Abreu de Fora. É balizado por bóia

luminosa de boreste.

Laje da Cruz – na profundidade de 3m, marcação 031o e distância

de 0,64M do farolete Abreu de Fora. É balizada por bóia luminosa de

perigo isolado.

Laje do Muchocho – na profundidade de 6,2m, marcação 008o e

distância de 0,40M do farolete Abreu de Fora. É balizada por bóia

luminosa de perigo isolado.

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Laje da Vitória – na profundidade de 3,5m, marcação 038o e

distância de 0,38M do farolete Abreu de Fora. 0,07M a nordeste

desta laje há uma pedra na profundidade de 5,9m, balizada por bóia

luminosa cardinal Norte.

Laje do Muchochinho – com menor profundidade de 6m na

marcação 033o e distância de 0,20M do farolete Abreu de Fora. É

balizada por bóia cega de perigo isolado.

Laje do Paraná – na profundidade de 2,6m, marcação 302o e

distância de 0,48M do farolete Abreu de Fora. É sinalizada por baliza

cega de boreste.

Laje do Sueco – na profundidade de 3m, marcação 090o e distância

de 0,13M do farolete Abreu de Fora.

Laje do Abreu do Meio – na profundidade de 2,8m, marcação 180o

e distância de 0,18M do farolete Abreu de Fora. É sinalizada por

baliza cega de bombordo.

Laje do Abreu de Dentro – na marcação 146o e distância de 0,24M

do farolete Abreu de Fora. É sinalizada por baliza cega de bombordo.

Laje de Emídio – com a menor profundidade de 2m na marcação

191o e distância de 0,30M do farolete Abreu de Fora. Seu extremo

oeste é balizado por bóia cega de bombordo.

Laje Grande de Cima – na profundidade de 1,5m, marcação 268o e

distância de 0,53M do farolete Abreu de Fora. É sinalizada por baliza

cega de boreste.

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JAMENTO EM

AQUI ENTRA UM DESENHO A3 COM OS

ACESSOS E SINALIZAÇÃO NÁUTICA

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4.1.4.2. Praticagem

A praticagem no porto de São Francisco do Sul é obrigatória para os

navios brasileiros de qualquer tipo, com arqueação bruta superior a 2.000

TAB e os estrangeiros de qualquer arqueação bruta, exceto os arrendados a

empresa constituída sob as leis brasileiras e que tenha sede e administração

no país, com valor de arqueação bruta inferior a 2.000, desde que estejam

comandados por marítimo brasileiro de categoria igual ou superior a 1o

Oficial de Náutica.

Os limites da zona de praticagem obrigatória vão desde o local de

embarque e desembarque de prático na barra, estabelecido na carta náutica,

até a atracação ou desatracação, no cais do porto, inclusive para fundeio e

posterior atracação.

O prático deve ser requisitado pelo agente do navio, com antecedência

mínima de 4 horas, mediante o preenchimento de formulário próprio. Se

necessário, a solicitação pode ser realizada por via telefônica ou

radiotelefonia VHF, canais 16 ou 11.

A empresa de praticagem responsável pela prestação deste serviço no

porto é a São Francisco Pilots Empresa de Praticagem da Barra e do

Porto de São Francisco do Sul SC Ltda.

A Estação dos Práticos está situada nas proximidades dos cais de

atracação, a cerca de 11,5 milhas náuticas do ponto de espera. O tempo de

viagem desde a estação de práticos ao ponto de espera é de 30 minutos,

enquanto a manobra de entrada e atracação dos navios demanda cerca de

duas horas.

4.1.4.3. Rebocadores

O porto dispõe de três rebocadores, operados pela empresa Saveiros, do

grupo Wilson Sons, com as características principais apresentadas seguir.

Porto de São Francisco do Sul

Rebocadores em Operação

Nome Classe

Tração

Estática

(tbp)

Potência

(bkw) Propulsão

CETUS Marte 45 2475 Azimuthal Stern Drive

SABRE Sabre 32 1480 Hélice duplo in Kort

Nozzle

RIO PRETO Rio Preto 22 1800 1 hélice tbp – tonelada de bollard pull

Fonte: Wilson Sons

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JAMENTO EM

4.2. Acesso Terrestre

44..22..11.. RRooddoovviiáárriioo

O acesso rodoviário do porto a Joinville, maior cidade do Estado, e dali a

todo o país e o Mercosul, faz-se através da BR-280, num percurso de 40

quilômetros totalmente pavimentado. A BR-280 intercepta a BR-101, a 34

km do porto, e a BR-116, em Mafra (SC).

O acesso até as proximidades do porto é feito através de anel rodoviário

que evita o conflito com o centro histórico da cidade, embora apresente

nítidos sinais de insuficiência de espaços para estacionamento de veículos

de carga.

Mesmo com a implantação de centro de triagem e estacionamento de

carretas rodoviários fora da cidade, localizado no Posto Sinuelo, e de

ponto de triagem mais próximo ainda do porto, à margem da rodovia,

ainda se verificam congestionamentos de veículos na Av. Eng. Leite

Ribeiro, principal acesso à área operacional, junto ao portão de controle de

entrada.

A figura seguinte ilustra o acesso rodoviário da região onde se localiza o

porto.

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JAMENTO EM

44..22..22.. FFeerrrroovviiáárriioo

As composições ferroviárias que demandam o porto são operadas pela

ALL – América Latina Logística S/A, através de ramal que interliga São

Francisco do Sul à cidade de Mafra, distante 167 quilômetros.

Em Mafra se acessa a malha ferroviária que conecta com São Paulo e com

Porto Alegre. Também pode acessar a rede ferroviária que corta o Paraná

no sentido oeste, um dos mais importantes corredores de grãos do país.

O ponto crítico do acesso ferroviário está na travessia da Cidade de São

Francisco do Sul, onde existem cerca de 20 passagens de nível.

Além disso, a localização de parque ferroviário de triagem e composição

de trens da ALL América Latina Logística nas imediações do porto é

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JAMENTO EM

motivo de grandes conflitos com o trânsito de veículos rodoviários leves e

de carga.

Existe, entretanto, um projeto para a construção de um anel ferroviário,

que circundaria a cidade, evitando cruzá-la, vindo a seguir o alinhamento

do anel rodoviário, em seu trecho final.

A movimentação dos vagões em descarregamento/carregamento de grãos

e, eventualmente, de outras cargas (contêineres e produtos siderúrgicos),

no novo acesso, geraria menores conflitos com o trânsito de veículos leves

e de carga do modal rodoviário.

44..22..33.. DDuuttoovviiáárriioo

O porto não está ligado a sistemas de dutos de transporte.

Os dutos existentes na área do porto compõem o terminal de embarque de

óleos vegetais, desde as instalações da CIDASC até o berço 101.

4.3. - O Processo Físico de Chegada e Entrada de Contêineres no Porto de São Francisco do Sul

44..33..11 -- DDeessccrriiççããoo ddooss PPrroocceeddiimmeennttooss

De forma geral, o procedimento operacional e burocrático de embarque de

cargas conteinerizadas no porto de São Francisco do Sul é composto das

seguintes etapas:

1. Para contêineres originados de fora do município de São Francisco

do Sul

1.1. Os veículos têm de parar obrigatoriamente no primeiro posto de

triagem, situado a aproximadamente 20 quilômetros do porto, onde

são feitas a conferência da nota fiscal e a verificação do cadastro do

veículo e do motorista, registrando-se a hora de chegada e de saída;

Por fim carimba-se a guia de entrada da carga confirmando que o

caminhão passou por este posto de triagem.

1.2. Este posto tem, ainda, a função de regularizar o congestionamento de

veículos no posto de triagem seguinte, onde se verificam filas de

mais de 5km de extensão, em conflito com a Polícia Rodoviária

Federal,a qual não permite tal situação, pelo risco que ocasiona ao

trânsito dos demais usuários.

1.3. Assim, a liberação de caminhões no primeiro posto de triagem é feita

à medida que o segundo for se descongestionando.

1.4. No segundo posto de triagem, chamado de Paulas, os motoristas têm

que apresentar no ponto de controle a guia de entrada preenchida,

contendo as mesmas informações existentes na nota fiscal da

mercadoria (ver modelos a seguir), sendo conferida por dois agentes,

um da administração do porto e outro da operadora WRC.

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encontra-se praticamente pronta nova instalação de funcionamento do

segundo posto de triagem, a qual propiciará condições de conforto aos

funcionários e motoristas, vez que as condições atuais são precárias. Nas

fotos a seguir apresentam-se o atual posto de atendimento e abaixo a futura

instalação.

1.5. Neste posto, os caminhões formam fila de espera às margens da

rodovia, como pode ser observado na fotografia seguinte.

Após receber o carimbo do segundo posto

de triagem, o caminhão espera, em média,

cerca de 20 minutos até que seja liberado e

possa seguir para o portão de entrada do

porto.

2. Os veículos com contêineres

ovados nos terminais

retroportuários do município de

São Francisco do Sul vão direto

para o segundo posto de triagem,

seguindo os demais passos;

3. Os contêineres provenientes de

REDEX (da Cargolink, por

exemplo) não passam por nenhum

ponto de triagem, por já estarem

liberados pela Receita Federal;

neste caso, o veículo transportador

tem prioridade na chegada ao

porto, devendo realizar a viagem

desde o terminal da Cargolink até

entrar no pátio do porto em, no

máximo, 15 minutos, sob pena de

retenção da carga, se exceder este

prazo, por parte do controle

aduaneiro da Receita Federal.

4. No portão de entrada do porto é

realizado controle final, seguindo

os seguintes passos:

4.1.o motorista faz a entrega da guia de

entrada, sendo uma via da no

guichê da Administração do porto e

outra para a operadora WRC, sendo

que ambos conferem os mesmos

itens

4.2. o funcionário de porto faz a entrada

dos dados da guia de entrada no sistema de informática do porto.

Este processo demanda cerca de 45 segundos.

Escritório atual do 2º Posto de Triagem

Novo escritório do 2º Posto de Triagem

Fila de carretas estacionadas nos

acostamentos à espera de liberação

no 2º poeto de triagem

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4.3. O funcionário da WRC realiza o processo de localização

(mapeamento) do contêiner no pátio.

4.4. Somente após o contêiner estar localizado é que o motorista recebe a

ordem de entrar no pátio.

4.5. Esta última etapa de triagem demora entre 15 e 20 minutos e só é

permitida a permanência na fila ao lado do portão de, no máximo, 15

veículos.A figura seguinte mostra a formação desta fila próxima ao

portão.

5. Após esta etapa, o contêiner sofre ainda uma última averiguação no

portão de entrada do pátio, quando um funcionário da administração

do porto verifica a guia carimbada pelo guichê e confere a tara, lacre,

numeração do contêiner e se ele apresenta alguma avaria aparente.

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JAMENTO EM

Se ocorrer algum problema nesta última etapa, o despachante do

dono da mercadoria tem 15 minutos para solucioná-lo, sob pena do

contêiner ter de voltar para o segundo posto de triagem.

Se tudo estiver em ordem o veículo ingressa no porto e o funcionário

da operadora WRC informa ao motorista para qual rua e fila do pátio

ele deve se dirigir. A próxima figura apresenta um caminhão

sofrendo a última vistoria já na cancela do portão de entrada.

6. Após receber a liberação do último posto de triagem, o motorista

deposita toda a documentação referente ao contêiner (nota fiscal,

atestados liberatórios necessários, etc.) na caixa postal de

despachante responsável pela carga, ainda no portão de entrada do

porto. O despachante deverá recolhê-los e encaminhá-los para a

Receita Federal realizar a parametrização, o que pode implicar, de

acordo com o canal sorteado, em inspeção das mercadorias

transportadas, com a abertura, desova e ovação do contêiner, quando

ocorrer o canal vermelho. Não foi possível obter a informação do

percentual de ocorrência aleatória do canal vermelho.

44..33..22 -- OObbsseerrvvaaççõõeess::

As observações a seguir iniciam-se pela fase final do processo burocrático

de licenciamento de entrada dos contêineres no porto, destacando:

A gestão da localização dos contêineres nos pátios é feita pela

operadora WRC, a qual encontra bastante dificuldade no

endereçamento das ruas, filas e alturas, em virtude de dois fatores

principais: a falta de programa de localização apropriado (o

mapeamento é feito de forma manual) e a limitação de espaço

físico (o pátio está quase sempre lotado).

Como a responsabilidade com respeito à armazenagem (fiel guarda

e conservação) cabe à Administração do Porto, repete-se a

operação de entrada de dados na localização (pela WRC) e na

presença da carga (APSFS), o que poderia ser evitado, utilizando-

se formas de compartilhamento de informações. A informatização

de entrada dos dados não agiliza os processos de licenciamento de

entrada, em virtude do atraso do endereçamento pela WRC, que é

feito manualmente.

Não foram detectados problemas de congestionamento na

circulação de veículos no interior do pátio de contêineres;

A saída dos caminhões vazios em descarga direta é feita por outro

portão, independente do principal;

No portão principal, além da entrada de contêineres cheios, são

realizados: a saída de contêineres de cabotagem e de importação de

longo curso.

O horário de funcionamento dos postos de triagem é diferenciado

entre eles, enquanto o primeiro e o portão de entrada funcionam

todos os dias em horário contínuo (24 horas), o segundo posto ou

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intermediário funciona apenas até as 11 da noite durante a semana

e até as 11 horas da manhã de sábado, denotando que nos períodos

de onze da noite às sete na manhã, nos dias úteis, e de onze da

manhã de sábado às sete da manhã de segunda feira, não há

necessidade de conter o congestionamento à entrada do porto.

Em alguns momentos a ordem dos caminhões na fila de espera é

alterada em função da expiração do deadline de embarque, de

modo que aqueles que estão em horário muito próximo ao deadline

passam à frente dos demais, para que não percam o embarque. Esta

decisão é tomada somente com a anuência do diretor de operações

do porto.

Com relação ao trâmite burocrático de documentos, o Departamento de

Contêineres (DECON) da APSFS, através do sistema informatizado do

porto (SHIP), verifica a lista dos contêineres que deram entrada no porto e

se os mesmos já estão no pátio. Após essa verificação, o funcionário

carimba a Declaração de Despacho de Exportação, trazida pelo

despachante, dando a presença da carga.

Em seguida, o despachante leva esta declaração e o restante dos

documentos até o escritório da Receita Federal, junto ao prédio da APSFS,

para o processo de parametrização no SISCOMEX.

Após a carga ser liberada no SISCOMEX, o despachante prepara a lista de

contêineres que embarcarão em determinado navio e a entrega para o

armador e para o conferente do porto que fica no cais, os quais realizam a

conferência dos contêineres na ocasião do embarque.

O gráfico seguinte mostra o fluxograma do processo de chegada e

licenciamento de ingresso de contêineres no porto.

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FLUXOGRAMA DO PROCESSO DE INGRESSO DOS CONTÊINERES

NO PORTO

Contêineres de origens

fora de SFS

Contêineres provenientes

de terminais em SFS

Primeiro Posto de Triagem

Estacionamento de espera

Verificação do Cadastro do veículo

e do motorista

Carimbo na Guia de Entrada

Segundo Posto de Triagem

Conferência da Guia de Entrada (APSFS e

WRC)

Novo Carimbo na Guia de Entrada

Espera da liberação nas margens da rodovia

Terceiro Posto de Triagem

Portão de Entrada Entrada no Sistema da APSFS

Endereçamento do Contêiner no Pátio (WRC)

Postagem dos Documentos para os Despachantes

Última Verificação – Cancela do

Pátio Verificação do número do contêiner, lacre,

tara e condições de utilização

Inspeção de possíveis avarias no contêiner

Entrada do Contêiner no

Pátio

Contêineres provenientes do

REDEX - CARGOLINK

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JAMENTO EM

44..33..33 -- PPrriinncciippaaiiss PPoonnttooss ddee EEssttrraanngguullaammeennttoo

Foram detectados:como pontos de estrangulamento principais os

seguintes:

Repetição desnecessária (ou dispensável) de processos e

verificações ao longo dos três postos de triagem;

Espaço reduzido do portão de entrada, o qual permite a entrada de

apenas um contêiner de cada vez;

Insuficiência de área de estocagem;

Via de acesso ao portão de entrada muito estreita e com tráfego de

veículos conflitante;

Deficiência dos sistemas de comunicação e informática, faltando

integração vertical e horizontal (entre operadores – a WRC - a

APSFS, a Receita Federal e o Ministério da Agricultura e entre

donos de mercadorias e seus despachantes e os órgãos de controle e

os prestadores de serviço),

O endereçamento dos contêineres é feito à chegada no porto e de

forma manual, sendo a presença da carga informada por meios

manuais, embora haja a entrada dos dados no sistema da AFSFS.

44..33..44 -- RReeccoommeennddaaççõõeess

Da análise dos dados obtidos nas observações e levantamentos de campo

realizados pelos consultores, pode-se concluir que a maior parte do

problema de congestionamento de veículos à entrada do porto verificado

atualmente em São Francisco do Sul, poderá ser corrigido com a adoção de

medidas simples, porém de extrema eficiência, tais como:

a. a utilização de software de endereçamento e controle de

localização de contêineres no pátio;

b. a simplificação dos procedimentos burocráticos da APSFS, da

operadora WRC e da Receita Federal e outras autoridades

fiscalizadoras., de modo que as informações contidas na guia de

entrada poderiam ingressar no sistema informatizado de uso e

acesso por todos os interessados, inclusive pelos despachantes e

donos de mercadorias, possibilitando o rastreamento (tracking) dos

contêineres ao longo de todo o processo operacional do porto,

desde a saída do armazém do exportador até o porão do navio.

c. os escritórios do Departamento de Contêineres da APSFS

(DECON), da Receita Federal e demais órgãos de fiscalização e

controle deveriam estar no mesmo espaço, junto ao portão de

entrada do porto, facilitando a comunicação, eliminando as tarefas

e procedimentos repetidos dos funcionários e despachantes,

otimizando o fluxo de documentos.

d. ampliação dos pontos de atendimento à entrada do porto,

permitindo o atendimento simultâneo de dois ou mais veículos, ao

invés de somente um como ocorre hoje.

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JAMENTO EM

e. alternativamente, poderiam ser utilizados dois ou mais portões de

entrada, devidamente integrados pelos sistemas informatizados de

controle e operação, de modo que cada terminal tenha seu acesso

independente (por exemplo, as cargas destinadas ao Terminal de

Babitonga deveriam ingressar por portão específico, aliás já em

construção).

Os procedimentos recomendados, todos relacionados aos processos

operacionais de licenciamento de ingresso dos contêineres no porto para a

exportação, deverão apresentar os seguintes resultados:

I. redução drástica do tempo gasto com o endereçamento manual

dos contêineres, procedimento que poderia ser iniciado a partir da

entrada dos dados relativos ao contêiner a embarcar, desde sua

expedição do armazém do exportador ou do REDEX. Essa é uma

das principais reclamações dos usuários do porto, pois provoca

demora excessiva na entrada dos veículos no portão do porto. A

fotografia a seguir mostra a concentração de motoristas junto aos

escritórios da WRC e da APSFS aguardando a liberação para a

entrada dos caminhões.

II. eliminação do posto de triagem intermediário, podendo o

processo de endereçamento ser iniciado no posto de triagem inicial,

mais distante do porto, ou nos terminais retroportuários, de modo

que os caminhões já chegariam ao portão com o posicionamento

dos contêineres já definido.

III. a utilização de sistemas de processamento e comunicação com

recursos de informática e comunicação, além de agilizar as rotinas

e propiciar o acesso regulado dos usuários, aumentará a

confiabilidade da ação fiscalizadora das autoridades aduaneiras e

sanitárias e integrara as diversas etapas do processo operacional,

inclusive o controle dos tempos de permanência para fins de

cobrança de taxas de armazenagem.

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JAMENTO EM

IV. a redução dos tempos de atendimento no portão de entrada,

com a informatização e integração das diversas autoridades,

operadores, despachantes e donos de mercadorias, combinada com

o aumento de pontos de atendimento, resultarão em redução

drástica dos tempos de espera dos veículos, eliminando o

congestionamento ora observado no portão de entrada do porto.

44..33..55 -- AAnnáálliissee ddaa CCaappaacciiddaaddee ddee AAtteennddiimmeennttoo ddoo

PPoorrttããoo ddee EEnnttrraaddaa ddoo PPoorrttoo

4.3.5.1 - Capacidade Atual

A capacidade de atendimento atual será estimada para a condição de nível

de serviço de 30% (tempos médios de espera dos veículos equivalente a

30% dos tempos médios de atendimento), supondo-se que o modelo

aleatório de chegada de caminhões tenha comportamento de distribuição

segundo uma curva do tipo Erlang 2 e os tempos de atendimento

distribuam-se conforme uma distribuição de Poisson, de forma semelhante

aos modelos de chegada e operação de navios.

Nessas condições, para um único posto de atendimento (um veículo por

vez), a taxa média de ocupação deverá ser de 45%, ou seja, o ponto de

atendimento deverá estar ocupado em apenas 45% do tempo total de

funcionamento previsto ou estabelecido.

Considerando-se que o tempo de funcionamento seria contínuo, cinco dias

por semana,e de doze horas aos sábados e domingos, 360 dias por ano,

serão disponíveis 7.365 h/ano. A taxa de ocupação de 45 % (nível de

serviço de 30%) no único ponto de atendimento existente, equivale a 3.315

h/ano.: Para a média de atendimento atual de 15 veículos por hora, a

capacidade do portão é de 49.730 contêineres por ano. Nessa condição, o

tempo médio de espera dos caminhões seria de apenas 1min e 12

segundos.

Na situação atual, entretanto, o porto está recebendo e embarcando,

conforme os dados de 2002, 81.000 unidades (boxes), o que representa

uma taxa de ocupação do ponto de atendimento da ordem de 73,3%1.

Essa taxa de ocupação corresponde ao nível médio de serviço de 115,22%,

ou seja, os tempos médios de espera dos veículos situam-se em quatro

minutos e meio, por veículo, aproximadamente.

Considerando a variação dos fluxos ao longo do ano e ao longo do dia,

resulta a extensa e quilométrica fila de caminhões formada às margens da

rodovia que se observa, atualmente.

1 O atendimento de 81.000 unidades à razão média de 15 unid/h demanda 5.400

horas/ano, ou 73,3% de 3.365 h/ano.

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4.3.5.2 - Alternativas de Melhoria

Caso o número de pontos de atendimento fosse dobrado (entrada de dois

caminhões simultaneamente), tem-se que a taxa média de ocupação dos

dois pontos seria reduzida à metade, ou 36,7%, a que corresponde o nível

médio de serviço de 0,25%.

Assim, a simples introdução de um segundo ponto de atendimento, nas

mesmas condições do existente atualmente, eliminaria a fila de espera

verificada, nos níveis de demanda de 2002.

A capacidade de atendimento conjunta dos dois pontos de atendimento

simultâneos no portão do porto, nas mesmas condições atuais (7.365 h/ano

operacionais e 15 veículos atendidos por hora, por ponto de atendimento),

para o nível de serviço de 30%, é da ordem de 71.810 contêineres de

exportação por ano, por ponto de atendimento, ou o total de 143.620

unidades de exportação por ano, quantidade projetada para o ano de 2006,

ou seja, dentro de três anos.

Nessas condições, recomenda-se que, paralelamente à ampliação da

quantidade de pontos de atendimento, sejam desenvolvidos os

entendimentos e realizados os investimentos em tecnologia de informação

para a completa informatização dos processos operacionais e de

fiscalização da entrada, estocagem e embarque de contêineres, de modo a

aumentar a segurança e confiabilidade dos serviços e reduzir os tempos de

atendimento em, pelo menos 50%, de modo que cada posto atenda, em

média, 30 veículos por hora ou 1 veículo a cada dois minutos.

Essas mudanças, em conjunto, aumentarão a capacidade de recepção do

portão de entrada do porto para cerca de 287.240 contêineres exportados

por ano, quantidade a ser atingida, em São Francisco do Sul, conforme as

projeções, em meados de 2016.

A criação de novos terminais deverá incorporar essa preocupação, criando

um único ponto de entrada para todos os berços, com vários postos de

atendimento, conversíveis para entrada ou saída e inteiramente

informatizados, permitindo alta produtividade no licenciamento de

ingresso ou liberação de saída.

Recomenda-se que o futuro terminal de contêineres de São Francisco do

Sul, na visão do horizonte de vinte anos, disponha de um único portão

geral de entrada na área alfandegada, com pelo menos cinco pontos de

atendimento, conversíveis para controle de entrada e saída e inteiramente

informatizados, a partir do qual seriam distribuídos para os diversos

terminais.

A possibilidade de criação de um portão de entrada único, com essas

características, será analisada na próxima fase dos trabalhos.

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JAMENTO EM

INSTALAÇÕES FÍSICAS

ste capítulo contempla toda a descrição das obras de abrigo,

contenção, instalações de acostagem, armazenagem, apoio e

suprimento, bem como as edificações existentes, vias

internas de circulação e equipamentos portuários

atualmente em operação no porto de São Francisco do Sul.

5.1. Obras de Abrigo e Proteção

Por ser um porto natural, São Francisco do Sul não possui quaisquer obras

de abrigo ou proteção como espigões ou molhes.

5.2. Instalações de Acostagem

O porto conta atualmente com cinco berços de atracação, com o total de

825m de cais acostável, assim descritos:

Porto de São Francisco do Sul

Instalações de Acostagem

Berço Extensão

(m)

Profundidade

(m) Utilização Principal

101 220 11,0 Embarque de granéis sólidos

102 210 10,0 Operações com contêineres

103 170 9,0 Carga geral

201 150 8,0 Carga geral

301 225 10,0 Múltiplo uso

Capítulo

5

E

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JAMENTO EM

5.3. Instalações de Armazenagem

55..33..11.. AArrmmaazzéénnss ddee PPrriimmeeiirraa LLiinnhhaa

São considerados como armazéns de primeira linha todos os locais de

depósito coberto situados na área de operações do porto, a saber:

Armazém 01, localizado em frente ao berço 101, tem 4.000 m² e

100m de comprimento, utilizado, atualmente, para estocagem de

trigo em grão a granel;

A Seatrade Agência Marítima Ltda. possui três armazéns de lona,

com área total

de 4.000 m²,

sendo dois deles

localizados no

berço 201 e o

terceiro nas

proximidades

do berço 101.

Armazém 04,

localizado na

área do

Terminal da

Babitonga

(TERFRAN),

com 4.000 m² de área, destinado a estocagem de carga geral,

especialmente produtos florestais renováveis e cargas afins.

55..33..22.. AArrmmaazzéénnss ee SSiillooss ddee GGrraannééiiss SSóólliiddooss nnaa

SSeegguunnddaa LLiinnhhaa

Existem, atualmente, 6 (seis) armazéns situados na retroárea imediata do

porto, dedicados a granéis sólidos de exportação, a saber:

3 (três) armazéns da Bunge Alimentos S/A, com capacidade total

para 174.000 t de soja, farelo, milho e trigo;

2 (dois) armazéns da CIDASC, com capacidade total de 110.000 t;

2 (dois) armazém da Terlogs Terminal Marítimo Ltda., sendo um

com capacidade para 75.000t, destinado a grãos, farelos e açúcar e

outro, com capacidade estática para 35.000t de fertilizantes.

Com relação aos silos para estocagem de grãos, a TERLOGS possui 5

(cinco) silos verticais para soja e milho, com capacidade estática de 6.000t

cada.

A BUNGE controla 3 pequenos silos de processo de 3.500 t cada e a

CIDASC possui um silo metálico com capacidade para 5.000 t.

Armazém de lona da Seatrade, dentro da área portuária

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55..33..33.. PPááttiiooss

O pátio para armazenagem de contêineres, conforme dados da APSFS,

dispõe de 80 mil m² de área pavimentada, com iluminação própria, além

de 4 mil m2 destinados para contêineres frigoríficos, com 530 tomadas de

energia elétrica em 380/440 V.

A Instrução Normativa no 007/99/APSFS estabeleceu, anteriormente, a

capacidade estática total de estocagem de contêineres em 5.938 TEU,

sendo 5.042 TEU para contêineres normais (dry) e 896 TEU para reefer.

Na época de edição da referida Instrução Normativa, entretanto, o arranjo

geral das instalações portuárias ainda contava, entre outras, com as

seguintes condições:

o armazém n° 2 ainda não havia sido demolido;

as áreas de pátio na divisa do berço 201 com a área arrendada ao

TERFRAN eram utilizadas para estocagem de contêineres;

não haviam sido erigidos os galpões de lona da SEATRADE no

berço 201 e área 05;

as áreas para contêineres reefer no berço 102 também não haviam

sido disponibilizadas.

Com as mudanças ocorridas no arranjo geral do porto, as capacidades

estáticas fixadas sofreram modificações, não tendo sido baixada nova

instrução que substituísse a 007/99 referida, estabelecendo novo layout e

novas capacidades.

Entretanto, considerando as áreas atualmente alocadas e a tecnologia de

manuseio e empilhamento em uso (com reach stackers e empilhamento em

quatro unidades de alto para contêineres dry e três unidades para reefers)

estima-se que a capacidade estática de estocagem de contêineres do porto

de São Francisco do Sul esteja, atualmente, em cerca de 5.300 TEU para

contêineres normais ou dry e mais 530 unidades para contêineres reefer.

O Terminal da Babitonga (TERFRAN) possui área de pátios de 13.570 m2

destinada à estocagem de carga geral e ainda não demarcada para

contêineres.

55..33..44.. TTaannqquueess ddee GGrraannééiiss LLííqquuiiddooss

O porto não dispõe de parque de tanques de combustíveis líquidos.

A CIDASC dispõe de 5 (cinco) tanques metálicos, sendo dois com

capacidade estática para 750t, dois outros para 1.500t e um para 4.500t,

totalizando 9.000t.

A Bunge Alimentos dispõe de 11 tanques de 3.800t cada para óleo de soja.

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5.4. Edificações

Estão localizados na área operacional do porto o prédio da Administração

da APSFS e gerências e as oficinas de manutenção, com as seguintes

áreas:

Prédio da APSFS – um pavimento e área total de 1.000m2;

Anexos administrativos – prédio de dois pavimentos com área total

de 2.050m2;

Oficina de Manutenção – 1.000m2.

5.5. Vias Internas de Circulação

O porto dispõe de apenas uma rua de acesso, a Rua Eng. Leite Ribeiro, em

cuja margem está o único portão de acesso à área operacional, próximo aos

prédios administrativos da APSFS.

A rua Eng. Leite Ribeiro dá, ainda, acesso aos escritórios e oficinas da

APFS, inclusive ao pátio de estacionamento de veículos leves,

acrescentando mais tráfego ao trecho.

Essa situação faz com que todos os veículos de carga com destino ou

origem nos locais de estocagem dentro do porto ou nos berços de atracação

tenham que passar por esse mesmo ponto, ocasionando percursos

relativamente longos dentro da área de operação.

Assim, a área operacional do porto é cruzada por duas grandes vias

(embora não demarcadas no local), a saber:

O acesso aos berços do alinhamento 103 a 101, incluindo-se o pátio

de contêineres e o armazém 01;

O acesso ao pátio do berço 201 e ao Terminal da Babitonga.

Nessa configuração, os veículos de transporte de trigo em grão ou de

fertilizantes a granel que descarregarem no berço 301 (Terminal da

Babitonga), por exemplo, terão de passar por toda a área de operação do

berço 201 e juntarem-se aos veículos que circulam para os berços 101 a

103 em uma só via, constituindo um gargalo no portão de saída/entrada do

porto.

Esses acessos passam pelas áreas de carregamento e descarga ao costado

dos navios, onde operam os equipamentos de manuseio (empilhadeiras e

reach stackers) e os guindastes MHC.

Além dessas ruas, os diversos pátios têm suas vias internas de acesso às

pilhas de estocagem de contêineres:

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No pátio do berço 201 as pilhas são arrumadas quatro unidades de

largura por quatro de altura, espaçadas de cerca de 15,2m, com 5

(cinco) ruas internas de acesso;

No pátio do berço 103/102, a arrumação não segue a mesma

regularidade, existindo pilhas de 6 (seis) unidades de largura,

obedecendo-se, entretanto, o limite de altura de 4 (quatro) unidades,

havendo duas ruas internas de circulação.

5.6. Instalações de Apoio e Suprimento

55..66..11.. EEnneerrggiiaa EEllééttrriiccaa

O suprimento de energia elétrica é feito, em 220V na baixa tensão

monofásica e em 380V/440V, 60Hz, na trifásica.

Há seis tomadas para fornecimento de energia aos navios em diversos

pontos do cais comercial.

55..66..22.. AAbbaasstteecciimmeennttoo ddee ÁÁgguuaa

Há 14 hidrantes para aguada, com diâmetro de 2 pol, espaçados de 30m ao

longo do cais e com vazão de 14m3/h a 30m

3/h.

55..66..33.. AAbbaasstteecciimmeennttoo ddee CCoommbbuussttíívveell

O abastecimento de combustível dos navios é feito por caminhões na faixa

do cais. A solicitação ao agente deve ser feita com antecedência, em

função da quantidade e do tipo de combustível ou lubrificante utilizados.

55..66..44.. CCoolleettaa ddee LLiixxoo

As fontes geradoras de resíduos sólidos nas instalações do porto de São

Francisco do Sul são as seguintes:

Embarcações;

Áreas administrativas;

Cozinha / Lanchonete;

Oficinas de Manutenção;

Armazéns de Carga Geral;

Pátios e Vias de Circulação Internas; e

Ambulatório.

A seguir estão caracterizados os tipos de resíduos sólidos gerados em cada

uma dessas instalações:

Embarcações - papéis, papelão, restos alimentares, vidros, peças

descartadas, plásticos, trapos, estopas, material de limpeza em geral,

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embalagens, latas, EPI descartáveis, varrições de porões de cargas,

etc.

Áreas administrativas - papéis, plásticos, papelão, embalagens de

alimentos, vidros, suprimentos usados de informática, lâmpadas,

embalagens diversas, etc.;

Cozinha/Lanchonete - papéis, papelão, plásticos, vidros, restos de

alimentos, cascas de frutas, embalagens de alimentos, etc.;

Oficina de Manutenção - nesta área, os resíduos compõem-se de:

trapos e estopas, peças usadas, tintas, óleos, graxas, águas servidas,

EPI descartáveis, lâmpadas, limalhas e outros resíduos metálicos,

serragem, cacos de madeira, borrachas, pneus, latas, tambores, etc.;

Armazéns de Carga Geral – os resíduos principais são: papel, cintas-

de-arqueação plásticas e metálicas, paletes, madeiras, resíduos de

varrição, papéis, papelão, plásticos, vidros, peças metálicas diversas

e embalagens diversas;

Pátios e Vias de Circulação Interna - basicamente resíduos de

varrição e manutenção e de entulhos de obras;

Ambulatório - embalagens de medicamentos, algodão, EPI

descartáveis, ataduras, seringas e agulhas descartáveis, papéis,

vidros, plásticos, etc.

Para a realização do manejo destes resíduos sólidos no porto de São

Francisco do Sul, que atingem a média de 4m3/dia, a APSFS disponibiliza

os seguintes equipamentos:

1 pá carregadeira modelo FiatAllis;

1 trator Massey Ferguson;

1 caminhão basculante modelo Mercedes Benz 1113;

Equipe de 14 funcionários.

55..66..55.. CCoommuunniiccaaççããoo ee TTeelleeffoonniiaa

A APSFS dispõe de central telefônica com 6 (seis) linhas e capacidade

para 100 (cem) ramais internos, interligada ao sistema de telefonia da

cidade e, por esse intermédio, disponibiliza ligações locais, nacionais e

internacionais.

A autarquia dispõe, ainda, de rede interna de computadores (intranet) e

conecta-se com a rede mundial da internet.

5.7. Equipamentos Portuários

55..77..11.. EEqquuiippaammeennttooss ddee MMoovviimmeennttaaççããoo ddee GGrraannééiiss

SSóólliiddooss

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O porto de São Francisco do Sul dispõe de sistema de embarque de granéis

sólidos – soja, farelos e milho em grão – constituído de dois

transportadores de correias, com respectivos elevadores, balanças e outros

dispositivos, com capacidade para 400t/h cada um.

Acoplados ao sistema de transportadores, dispõe, ainda, de dois

carregadores de navios (ship loaders) de 350t/h de capacidade nominal

cada um.

Novos ship loaders que estão em fase de montagem no porto de São Francisco do Sul

Entretanto, novos carregadores (ship loaders) já foram adquiridos e estão

em processo de montagem no porto. São dois novos carregadores, com

capacidade de 1.500t/h cada um deles. Esses novos equipamentos serão

interligados a novas correias transportadoras também com capacidades de

1.500t/h. Os equipamentos antigos, que atualmente estão em uso no porto,

serão desativados assim que os novos entrarem em operação.

Para as operações de descarregamento de granéis estão disponíveis:

Transportadores de correias e ship loaders do porto de São Francisco do Sul

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9 (nove) redlers de 22m de comprimento, sendo 7 (sete) com

capacidade nominal de 120t/h cada um e 2 (dois) com capacidade

nominal de 90t/h, de propriedade do operador Litoral, utilizados para

trigo em grão;

3 (três) caçambas automáticas (grabs) de 8m3 cada um, para

fertilizantes, do operador Fertimport; e

2 (dois) funis (moegas) para o carregamento dois caminhões na faixa

do cais.

Para a utilização dos redlers os navios devem dispor de guindastes de

bordo com capacidade nominal mínima de 12t SWL, para posicionar o

equipamento e para a colocação de pá carregadeira para a limpeza dos

porões (rechego). O sistema de abertura e fechamento das tampas dos

porões do navio deve trabalhar independente de seus guindastes.

55..77..22.. EEqquuiippaammeennttooss ddee MMoovviimmeennttaaççããoo ddee

CCoonnttêêiinneerreess ee CCaarrggaa GGeerraall

O porto dispõe de guindastes, empilhadeiras de garfos e reach stackers e

cavalos mecânicos com reboques para as operações de embarque e

desembarque de contêineres, como a seguir discriminados:

5.7.2.1. Guindastes

O porto dispõe de dois antigos guindastes de pórtico, de 7t de capacidade

nominal, para operação de carga geral nos berços 103 e 102.

Para as operações com contêineres são disponíveis dois guindastes de cais

sobre pneus, do tipo MHC (mobile harbour crane) marca Gottwald, com

capacidade para 100t cada um deles, de propriedade da WRC.

Grabs Redlers Grabs Redlers

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5.7.2.2. Reach Stackers e Empilhadeiras:

O operador portuário WRC Operadores Ltda. dispõe de 7(sete) reach

stacker de 35 a 40t de capacidade e 2(duas) empilhadeiras toploader.

O Terminal da Babitonga dispõe de 1(um) reach stacker e várias

empilhadeiras de garfos para carga geral.

A Seatrade dispõe de empilhadeiras de garfos de várias capacidades,

inclusive para a movimentação de contêineres vazios.

Empresas locadoras de equipamentos como a Transilha e a Multiservice

também oferecem empilhadeiras de garfos para as operações portuárias.

Para o transporte horizontal dos contêineres são utilizados cavalos

mecânicos e reboques rodoviários locados das empresas EFR, Omega e

Transilha. O transporte de contêineres vazios é realizado por veículos

pertencentes à Associação dos Caminhoneiros Autônomos de Contêiner

Vazio de São Francisco do Sul.

Reach-Stackers

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JAMENTO EM

O quadro seguinte apresenta a frota de equipamentos de manuseio de

cargas do porto de São Francisco do Sul.

Porto de São Francisco do Sul

Equipamentos Portuários Pertencentes aos Operadores

Abril de 2003

Equipamento Marca Quant. Capac.

Nominal Operador

Reach Stacker

Belotti 2 42t

WRC PPM&PH 3 45t

Madal 1 43t

Kalmar 1 45t

Kalmar 1 45t Terminal Babitonga

Top Loader Milan 2 37t WRC

Milan 1 37t

Terminal Babitonga

Empilhadeiras de

garfos

Hyster 1 2,5t

Clark 1 2,5t

Line 1 4t

Mitsubishi 3 4t

Seatrade Mitsubishi 2 2,5t

Hyster 4 4t

Hyster 3 7t Transilha*

Hyster 5 2,5t Multiservice*

Hyster 5 4t

(*) a Transilha e a Multiservice são empresas de locação de equipamentos

Fonte: WRC Operadores Ltda.

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PLANEE

JAMENTO EM

TERMINAIS ESPECIALIZADOS

apresentação dos terminais especializados considera tanto

as instalações dotadas de equipamentos de manuseio e

transporte, situadas na área do porto, quanto aquelas que

servem de apoio direto às operações ou ofertam serviços logísticos

relevantes.

6.1 – O Terminal de Embarque de Grãos e Farelos

O porto de São Francisco do Sul tem apenas 1 (um) terminal

especializado, destinado ao embarque de grãos e farelos, sob a forma de

granéis sólidos, constituído das seguintes instalações:

1 (um) berço de atracação com 220m de extensão e 10m de

profundidade;

Dois carregadores de navios (ship loaders), com 350t/h de

capacidade nominal, cada um, deslocando-se sobre trilhos ao longo

de todo o berço;

Conjunto de dois transportadores de correias de 500t/h de capacidade

nominal cada um, interligando os armazéns de estocagem aos

carregadores de navios;

Tomadas de embarque de óleos vegetais (granel líquido) em vários

pontos do berço de atracação;

Sistema de dutos instalado nos mesmos suportes dos transportadores

de correias, interligando as tomadas de carregamento com os tanques

de estocagem, situados na retaguarda imediata do porto;

Conjunto de silos e armazéns para estocagem de grãos e farelos,

pertencentes às empresas exportadoras ou prestadoras de serviços de

embarque, localizados nas imediações do porto (Bunge Alimentos

S/A, CIDASC e Terlogs).

Por suas características, o berço 101 é destinado à atracação de navios

graneleiros e de transporte de granéis líquidos em caráter prioritário.

Capítulo

6

A

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PLANEE

JAMENTO EM

6.2 – O Terminal da Babitonga

Embora tenha sido arrendado para a movimentação de produtos florestais

renováveis (madeira industrializada e em toras), o Terminal da Babitonga

ou TERFRAN, não se pode caracterizar como um terminal especializado.

Presentemente, o terminal atende navios de carga geral – madeira e outras

mercadorias – além da descarga de granéis sólidos – trigo em grão e

fertilizantes - e outras cargas, inclusive contêineres, podendo, assim, ser

considerado como um terminal de múltiplo uso.

Não dispõe de equipamentos de terra para as operações de embarque e

desembarque das cargas nos navios, limitando-se, portanto, ao

atendimento de navios self sustained ou com guindastes de bordo.

A plataforma do píer existente não tem condições de suporte para a

operação dos guindastes móveis sobre pneus ou MHC que operam no

berço 201.

6.3 – Os Demais Berços Operacionais

O conjunto dos berços 102, 103 e 201 pode ser considerado como parte de

um terminal de múltiplo uso, pois dispõem de pátios e equipamentos para

a operação de navios de contêineres – inclusive sem guindastes de bordo

ou gearless - além de empilhadeiras de alcance reach stackers, reboques

especiais e pátios de estocagem, inclusive com tomadas para unidades

frigoríficas (reefers).

Dispõem, ainda, de armazéns de carga geral, sendo um deles utilizado para

estocagem de trigo a granel (o armazém 1) e outros de lona.

As regras de prioridade baixadas pela APSFS não indicam a designação de

especialização, embora procurem ordenar o uso desses três berços,

indicando as preferências, considerando a disponibilidade de

profundidades e de condições operacionais dos equipamentos de terra.

6.4 – Terminais Retroportuários

São disponíveis diversos locais de estocagem de contêineres vazios

próximos ao porto, destacando-se:

66..44..11.. RRoocchhaa TToopp TTeerrmmiinnaaiiss ee OOppeerraaddoorreess

PPoorrttuuáárriiooss LLttddaa

Localizado a cerca de 3km, à margem da Rodovia Duque de Caxias, com

cerca de 35.000m2 de área pavimentada, dispondo de:

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JAMENTO EM

3 empilhadeiras toploader, com capacidade para 10,0t, 12,0t e 37,0t,

para empilhamento em 4 de altura;

4 empilhadeiras de garfos para 4,5t e 3 para 7,0t;

Armazéns para carga geral;

Balança rodoviária.

O terminal da Rocha Top presta serviços de ovação/desova e reparos e

manutenção de contêineres, inclusive reefers.

A empresa planeja ampliar sua área para 102.000m2, já tendo adquirido

terrenos vizinhos para esse objetivo. Tenciona, também, credenciar-se

como REDEX (Recinto Especial para Despacho Aduaneiro de

Exportação).

66..44..22.. CCaarrggoolliinnkk AArrmmaazzéénnss ddee CCaarrggaass LLttddaa..

Este terminal possui duas instalações distintas, a saber:

Terminal de estocagem de contêineres vazios, com área de 38 mil m2,

localizado a cerca de 3 km do porto, na Rodovia Olívio Nóbrega;

Terminal retroportuário com

REDEX, a cerca de 5km do

porto, com área de 78 mil m2,

sendo 35 mil m2 pavimentados e

armazém coberto para carga

geral com 5 mil m2, balança

rodoviária e tomadas para

contêineres reefer, reach

stackers e empilhadeira

toploader para movimentação de contêineres.

O terminal da Cargolink realiza serviços de ovação e desova e faz o

desembaraço aduaneiro de exportação em zona secundária, agilizando os

processos de despacho.

Cargolink Armazés de Carga Ltda.

Pátio de Contêineres – REDEX Cargolink

Armazém de Carga Geral REDEX Cargolink

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JAMENTO EM

FORMAS E PROCESSOS

OPERACIONAIS

este capítulo são descritos os procedimentos básicos

adotados nas operações de atracação e desatracação dos

navios nos diversos berços operacionais e nos serviços de

embarque e desembarque de cargas.

7.1 - Atracação e Desatracação de Navios

O alinhamento predominante dos berços dos principais cais de São

Francisco do Sul é de través com a corrente de maré, limitando os horários

de realização de manobras de atracação e desatracação.

Nos berços 101 a 103 a atracação faz-se, de forma predominante, pelo lado

de bombordo, utilizando-se do auxílio de, pelo menos, dois rebocadores,

mesmo nos casos em que o navio possua propulsão lateral auxiliar (bow ou

stern thruster).

Por esse motivo, as manobras aproveitam as mudanças de maré, quando as

correntes arrefecem, o que provoca a ocorrência de tempos de espera para

atracar ou desatracar os navios.

As atracações no berço 201 também ocorrem pelo lado de bombordo, por

localizar-se ao fundo da bacia de atracação, com fortes limitações de

manobras, demandando o auxílio de rebocadores, embora esse cais esteja

em posição quase perpendicular ao alinhamento do 101 a 103.

Nos berços do alinhamento 301 (Terminal da Babitonga ou TERFRAN), a

atracação se dá pelo lado de boreste ou estibordo, também necessitando de

auxílio de rebocadores.

As fotos seguintes mostram a seqüência das manobras de desatracação de

um navio no porto de São Francisco do Sul.

Capítulo

7

N

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JAMENTO EM

77..11..11.. RReeggrraass ddee PPrriioorriiddaaddee ddee AAttrraaccaaççããoo

A ordem de atracação dos navios obedece ao critério básico da ordem

cronológica de chegada dos navios ao ponto da barra do porto e

prioridades somente são concedidas para os navios que se comprometam a

operar em ritmo normal e em todos os períodos consecutivos do horário de

trabalho estabelecido pelo Regulamento de Exploração do Porto,

independentemente de instabilidade climática.

São estabelecidas as seguintes regras de preferência e prioridade:

Atracação prioritária – a ser realizada imediatamente à chegada do

navio, salvo quando houver outro navio de mesma situação ocupando

o berço que lhe for alocado;

Atracação preferencial – a ser concedida aos navios que venham a

operar em berço que disponha de equipamentos ou instalações

especializadas;

O quadro geral de ordenamento da utilização dos berços operacionais do

porto de São Francisco do Sul está assim estabelecido, conforme a

Instrução Normativa n° 008/99/ GAB:

a. A concessão do benefício de preferência ou prioridade somente será

efetivada após o agente do navio comprovar já estar despachado o

percentual mínimo de 60% da carga a embarcar;

b. Em caso de congestionamento de navios full contêiner ou roll-

on/roll-off, caberá a Administração do Porto, disponibilizar o berço

103 para a concessão do benefício;

c. A critério da Gerência de Tráfego, os navios ro/ro e lo/lo, poderão

usufruir as prioridades mencionadas, quando realizarem operações

simultâneas ro/ro - lo/lo, desde que cumpram a prancha prevista;

d. Caberá a Gerência de Tráfego viabilizar o espaço para a atracação de

navios no berço 201, equacionando as demais atracações dos berços

103 e 102, buscando sempre a melhor condição de atendimento de

todos os usuários;

e. Os navios que concluírem sua operação de carga e descarga, de

acordo com o que estabelece as normas de permanência e tráfego do

porto, deverão desatracar imediatamente, após notificação da

Gerência de Tráfego, para aguardar ao largo a documentação de

despachos das mercadorias (importação/exportação) e/ou concluir os

serviços de apeação da carga, desde que as condições meteorológicas

permitirem.

Os níveis de prioridade estabelecidos para os diversos berços são:

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JAMENTO EM

Porto de São Francisco do Sul

Níveis de Prioridade de Atracação Nível de

Prioridade Berço Beneficiários

Prioridade

Imediata qualquer

navios da Marinha do Brasil, conforme solicitação da

Delegacia da Capitania dos Porto de São Francisco do Sul

navios de passageiros a turismo, sem carga para movimentar,

conduzindo mais de 50 (cinqüenta) passageiros

Prioridade 101

Os navios que atracarem para carregamento e descarga de

graneis sólidos e líquidos para o qual o berço dispõe de

equipamentos especializados

Prioridade 102 navios full contêiner, roll-on/roll-off os que operarem com

guindastes de terra do tipo MHC (mobile harbour crane)

Em dia pré-

estabelecido 102

navios full contêiner que tiverem contrato com a Autoridade

Portuária para atender viagens regulares

Preferência 103 navios full contêiner e carga geral que operarem com

equipamentos próprios

Prioridade 201 navios de carga geral e de descarga de graneis sólidos com

equipamento especializado (redler);

7.2 - Carregamento e Descarregamento dos Navios

O porto de São Francisco do Sul movimenta, atualmente, 6 (seis)

principais tipos de cargas, a saber:

Na exportação:

granéis sólidos – do grupo soja e farelos e milho em grão;

granéis líquidos – óleos vegetais;

carga geral – madeira industrializada, principalmente;

cargas frigorificadas soltas e paletizadas;

Na importação:

granéis sólidos – trigo em grão e fertilizantes;

Na importação e exportação:

contêineres;

77..22..11.. AAss OOppeerraaççõõeess ccoomm GGrraannééiiss SSóólliiddooss ddee

EExxppoorrttaaççããoo

Os principais produtos de exportação a granel são a soja e o farelo,

ocorrendo, também, embarques de milho em grão.

O modal ferroviário é o mais utilizado desde as zonas produtoras até o

porto, sendo as mercadorias depositadas em armazéns de trânsito na

retaguarda das instalações da APSFS, pertencentes à Companhia Integrada

de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina – CIDASC e à Bunge

Alimentos S/A.

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Os embarques de soja, farelos e milho ocorrem no berço 101, onde estão

instalados dois carregadores de navios (ship loaders), com capacidade

nominal de 350 t/h, cada um.

São utilizados apenas dois trabalhadores de estiva, além do contramestre

geral. Não se utilizam conferentes, consertadores e arrumadores, sendo o

acionamento e posicionamento dos equipamentos e o controle da pesagem

realizados por pessoal próprio da CIDASC/Bunge.

Os carregadores são alimentados por sistema de transportadores de

correias e dispõem de jet slingers nas extremidades dos transportadores, o

que facilita o rechego.

Recentemente, ocorreu a construção de novos armazéns e silos de grãos e

farelos da TERLOGS Terminais Logísticos S/A, inaugurados, no mês de

abril de 2003. Com esta ampliação a capacidade estática de estocagem será

de 75.000t, além de novo sistema de transportadores de correias, com

capacidade nominal conjunta de 3.000t/h e dois carregadores de navios de

capacidade nominal de 1.500t/h, cada um.

77..22..22.. AAss OOppeerraaççõõeess ccoomm GGrraannééiiss LLííqquuiiddooss ddee

EExxppoorrttaaççããoo

Os embarques são também realizados no berço 101, onde se localizam as

tomadas de interligação dos navios com o sistema de dutos que se interliga

com os tanques de estocagem na retaguarda do porto, pertencentes à

CIDASC e à Bunge Alimentos.

O carregamento é realizado com o auxílio de conjunto de bombas com 500

t/h de vazão nominal.

Embarque de Soja e Farelos no Berço 101

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JAMENTO EM

O transporte do óleo desde as usinas produtoras até o porto utiliza,

predominantemente, caminhões-tanque.

77..22..33.. AAss OOppeerraaççõõeess ccoomm CCaarrggaa GGeerraall ddee EExxppoorrttaaççããoo

A madeira industrializada destinada para embarque apresenta-se na forma

de unit loads, ou seja, unitizada de forma adequada ao manuseio

mecanizado com uso de empilhadeiras de garfos.

As operações são realizadas, em geral, nos berços 103 e 201 e

eventualmente no 102 e 301 (TERFRAN), sendo utilizados, de forma

geral, os equipamentos de bordo dos navios.

A equipe mínima utilizada de trabalhadores avulsos é de 19 homens, além

dos motoristas de empilhadeiras e caminhões, controladores e funcionários

do operador portuário.

São escalados, na equipe mínima de avulsos, 8(oito) estivadores, sendo 6

(seis) no porão e dois de portaló, um contramestre de porão e um

contramestre geral; três conferentes, sendo um de lingada, um controlista e

um conferente-chefe; dois consertadores (um de lingada e um chefe) e

quatro arrumadores, sendo três trabalhadores e um chefe.

As cargas são transportadas até o porto através do modal rodoviário e

estocadas no Armazém 4 ou em galpões provisórios de lona localizados na

área do porto, sendo transportadas para o costado dos navios em

caminhões, os quais são carregados e descarregados com auxílio das

empilhadeiras de garfos.

77..22..44.. AAss OOppeerraaççõõeess ccoomm CCaarrggaass FFrriiggoorriiffiiccaaddaass

SSoollttaass ee PPaalleettiizzaaddaass

O porto não dispõe de instalações de estocagem e equipamentos

especializados de embarque de cargas frigorificadas. Por essa razão, as

operações seguem o modelo de embarque direto, sendo as cargas trazidas

de armazéns situados na retroárea e levadas ao costado do navio em

caminhões frigoríficos, de onde são removidas, quando possível, com o

auxílio de empilhadeiras de garfos,

A equipe mínima utilizada varia de 19 a 30 trabalhadores avulsos,

dependendo da forma como a carga se apresenta:

A carga paletizada utiliza os mesmos ternos descritos para a carga

geral, com equipe mínima de 19 homens;

A carga solta, em caixas, necessita da equipe mínima de 28 homens,

especialmente de estivadores, cujo terno é formado de 18 TPA,

incluindo o contramestre de porão e o contramestre geral; o terno de

conferentes tem 3 homens na equipe mínima (1 lingada, 1 controlista

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e 1 chefe); um consertador e um chefe, além de quatro arrumadores,

com o respectivo capataz, para os serviços ao costado do navio;

Para o embarque de carcaças, a equipe mínima é de 30 homens,

sendo 20 estivadores (16 no porão, dois de portaló e os contramestres

de porão e geral), sendo o restante da equipe semelhante à utilizada

para o manuseio de caixas: três conferentes, dois consertadores e

cinco arrumadores.

As operações são realizadas, em geral, nos berços 103 e 201 e

eventualmente no 102 e 301 (TERFRAN) sendo as cargas embarcadas

com auxílio dos guindastes de bordo dos navios.

A APSFS adota medidas restritivas às operações dos navios de porão

refrigerado ou reefers, considerando que, por vezes, esses navios são

desviados de seu porto original (em geral, Itajaí), onde os tempos de espera

podem ser maiores. Tais medidas visam a que as operações ocorram com a

eficiência necessária, evitando-se a demora do navio atracado à espera das

cargas a embarcar.

77..22..55.. AAss OOppeerraaççõõeess ccoomm GGrraannééiiss SSóólliiddooss ddee

IImmppoorrttaaççããoo

Os principais granéis sólidos de importação, em São Francisco do Sul, são

o trigo em grão e os fertilizantes, descarregados nos berços 103, 102 ou

201, ou no terminal da Babitonga (TERFRAN).

Para o trigo, o porto dispõe de 9 (nove) transportadores verticais de

correntes (redlers), sendo utilizadas 3(três) unidades por navio, as quais

são posicionadas pelos equipamentos próprios de bordo, sendo os grãos,

colocados em caminhões basculantes, com uso de moegas ou funis e

levadas para estocagem de trânsito no Armazém 101, no cais do porto, ou

para outros locais na retroárea situadas a distâncias variáveis de 1,0 a 6

km.

Fotos: Litoral Ag. Marítima Ltda.

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JAMENTO EM

O operador portuário Litoral Agências Marítimas Ltda. utiliza depósitos

alugados de terceiros ou seu próprio armazém, com 2.500m2 de área, com

piso de concreto, dispondo de balança rodoviária, jet slinger e duas pás-

carregadeiras para o manuseio de granéis.

Os fertilizantes também são

descarregados com o uso dos

equipamentos dos navios,

utilizando-se de caçambas

automáticas (grabs),

diretamente para caminhões

basculantes, da mesma forma

que as descargas de trigo. Para

a armazenagem de trânsito

desse produto são utilizados os

mesmos depósitos nas

vizinhanças do porto já

mencionados para o trigo em

grão, enquanto aguardam o re-

embarque em caminhões ou

vagões ferroviários para serem

levados para seu destino final.

Em caso de falta de local de

atracação, o navio pode

operara ao largo,

descarregando para barcaças

pertencentes ao operador

Litoral Agência Marítima

Ltda. A descarga para barcaças

também é realizada quando há

insuficiência de caminhões

basculantes ou de espaço de

estocagem, nestes casos com o

atracado no cais comercial, de

modo a acelerar o ritmo da

operação.

Fotos: Litoral Agências Marítima

Ltda.

A equipe mínima de mão de obra avulsa requisitada é de 12 (doze)

trabalhadores:

5 estivadores – 4 no porão e 1 contramestre geral;

3 conferentes – 1 de lingada, 1 de balança e 1 chefe; e

4 arrumadores – 3 trabalhadores ao costado do navio e 1 chefe.

Fotos: Litoral Ag. Marítimas Ltda

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77..22..66.. AAss OOppeerraaççõõeess ddee EEmmbbaarrqquuee ee DDeessccaarrggaa ddee

CCoonnttêêiinneerreess

O modal rodoviário é utilizado no transporte dos contêineres de/para o

porto.

Os contêineres de importação são estocados nos pátios do porto enquanto

aguardam a liberação pelas autoridades aduaneiras; as unidades

descarregadas vazias são transportadas diretamente desde o costado do

navio até pátios pertencentes a empresas especializadas, como a Rocha

Top e a Cargolink, localizadas na retroárea.

O transporte interno dos contêineres cheios é feito com caminhões e

reboques locados pelos operadores portuários de empresas prestadoras de

serviços, enquanto que os vazios são transportados por veículos

pertencentes à Associação dos Caminhoneiros Autônomos de Contêiner

Vazio de São Francisco do Sul.

Todos os contêineres de exportação passam por armazenamento de trânsito

nos pátios, sendo levados a espaços de pré-estivagem ou pré-stacking

dentro do prazo limite (deadline) de colocação no porto; não havendo

embarque direto.

Os navios de contêineres têm preferência para operação no berço 102,

onde são disponibilizados 2 (dois) guindastes de cais móveis sobre pneus

(mobile harbor crane ou MHC), os quais realizam a transferência da carga

do cais para bordo (ship to shore ou S/S).

A disponibilidade dos dois MHC permite a freqüência e operação de

navios full container sem

equipamento de bordo (ou gearless).

Os contêineres vazios são

descarregados em conjuntos de duas

unidades em cada lingada, sendo

colocados no chão, ao costado do

navio, utilizando-se de empilhadeiras

de garfos para o carregamento dos

caminhões.

Embora os guindastes de terra

disponham de aparelhos adequados

para o acoplamento dos contêineres

– spreaders automáticos com

posicionadores – as equipes mínimas

têm grande número de trabalhadores

avulsos.

São escalados, na equipe mínima, 18

trabalhadores avulsos, sendo:

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10 estivadores (6 no porão, 2 no portaló, 1 contramestre de porão e

1 contramestre geral);

Quatro conferentes por terno (1 de lingada, 1 de lacre, 1 planista e

1 chefe), além de dois encarregados de verificação de danos em

unidades vazias e de controle das unidades embarcadas (este último

designado pela APSFS como fiel depositária);

Para as operações ao costado do navio, em terra, são designados 3

(três) trabalhadores arrumadores e 1 (um) chefe.

As operações de movimentação

nos pátios de estocagem são

realizadas com a utilização de

reach stackers ou empilhadeiras

de alcance, com capacidade para

40t e empilhamento de 4 alturas.

No pátio ao lado do berço 102, a

ordem de empilhamento parece

não obedecer a padrões

adequados aos equipamentos,

como mostram as fotografias ao

lado.

No pátio de contêineres do berço 201, entretanto, a arrumação é mais

ordenada, com pilhas de 4 x 4 unidades, arruamentos e sinalização dos

locais, como mostra a figura a seguir.

Os contêineres frigoríficos ou reefers são estocados em áreas próximas aos

muros da área da APSFS, em pilhas de até três unidades de altura, embora

a ligação das unidades de refrigeração e o monitoramento das temperaturas

se façam em condições inadequadas, pela inexistência de condições de

acesso aos contêineres das pilhas mais altas.

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A foto seguinte mostra a área de estocagem de contêineres.

Na foto ao lado podem ser visualizadas as

condições de ligação e monitoramento dos

contêineres reefer em São Francisco do

Sul, onde o acesso ao contêiner mais alto

somente pode ser feito com utilização de

escadas comuns.

A exigüidade de espaço no porto impede a

realização de serviços de estufagem ou

enchimento de contêineres nos pátios e

armazéns. Entretanto, essas operações são

realizadas no Terminal da Babitonga (ou

TERFRAN), onde as cargas chegam em

carretas rodoviárias e estocadas nos pátios

e armazéns, para serem colocadas no

interior dos contêineres com auxílio de

empilhadeiras de garfos.

As fotos seguintes mostram as operações

no Terminal da Babitonga.

Vista Geral do Pátio do Terminal da Babitonga (TERFRAN)

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JAMENTO EM

A seqüência das operações de ovação de contêineres pode ser observada

na foto a seguir, desde o recebimento em carretas rodoviárias, a estocagem

em pátio descoberto e posterior enchimento com a utilização de

empilhadeira.

As fotos abaixo mostram os movimentos básicos da empilhadeira de

garfos na ovação dos contêineres com revestimentos cerâmicos

paletizados.

A madeira unitizada em amarrados é estocada em armazém coberto e é

estufada em contêineres no pátio do Terfran, com os mesmos

procedimentos mostrados para os revestimentos cerâmicos.

77..22..77.. EEnnttrraaddaa ee aa SSaaííddaa ddee CCoonnttêêiinneerreess ddaa ÁÁrreeaa ddoo

PPoorrttoo

Observa-se o congestionamento de carretas de transporte de contêiner,

estacionadas aguardando o ingresso na área alfandegada do porto,

provocando dificuldades de trânsito de veículos na Rua Eng. Leite Ribeiro,

desde o cruzamento com a linha férrea até o portão de entrada.

Para simplificação dos procedimentos e agilização dos procedimentos de

controle à entrada do pátio de contêineres foi instalada uma estação de

triagem preliminar, na estrada de acesso, onde é verificada a

documentação e regulado o fluxo de veículos de carga.

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JAMENTO EM

7.3 - Pranchas Mínimas Estabelecidas

A Instrução Normativa 008/99/GAB estabelece as seguintes pranchas

mínimas a serem atingidas pelos navios em operação:

Porto de São Francisco do Sul

Pranchas Mínimas Tipo de Navio Condição de Operação Prancha Mínima

full-contêiner ou

roll-on/roll-off com equipamento de bordo 12 contêiner/terno/hora

roll-on/roll-off, Descarga pela rampa ou pelo

costado do navio 1.000 toneladas/dia

carga geral com equipamento de bordo 400 t/terno/dia

Frigoríficos com equipamento de bordo 150 t/terno/dia

Graneleiros

embarque de graneis sólidos no

berço 101 8.000 t/dia

descarga de graneis sólidos com

utilização de redler 5.000 t/dia;

Observações:

Os navios de descarga de granel líquido, que não utilizarem os

equipamentos disponíveis do berço 101, serão considerados de

“carga geral” para os efeitos desta norma;

Entende-se como prancha de operação, para efeito de aferição da

obediência às normas do porto, a quantidade de carga

movimentada na operação do dia anterior;

Para efeito de avaliação da prancha fixada, serão excluídas as

paralisações provocadas por fatores climáticos, ou quebra no

equipamento de bordo, sendo comprovado a autenticidade da

avaria, pela Autoridade Portuária;

Os navios que não atingirem as pranchas mínimas estabelecidas

estarão sujeitos à desatracação às suas próprias expensas, ou

ficarão sujeitos a serem multados em 10.000 (dez mil) UFIR por

período de trabalho, a ser aplicada em dobro no caso de

reincidência.

7.4 - Operadores Portuários

Em janeiro de 2003 o porto tinha 13 (treze) operadores portuários pré-

qualificados, conforme a relação a seguir. A empresa CIDASC –

Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina está

em fase de pré-qualificação, com recurso encaminhado ao Conselho de

Autoridade Portuária e a empresa Inlogs Logística Ltda. está em fase de

renovação de seu certificado.

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JAMENTO EM

Denominação Endereço, Telefone e Fax Vencimento

Certificado

Agência Marítima

Cargonave Ltda

Rua Almirante Guilhen, 2 – Sala 111 – São

Francisco do Sul – SC CEP89240-000 0305

Fone (0XX)47 444-2005 Fax 444 2691

27/12/2003

Agência Marítima

Orion Ltda.

Rua Almirante Guilhen, 2 – Sala 110 São Francisco

do Sul – SC CEP- 89240-000 Fone (0XX)47 444-

2156 Fax: 444-2356

12/11/2008

Bunge Alimentos S/A

Rodovia Olívio Nóbrega, 6500 – Centro São

Francisco do Sul – SC –CEP 89240-000 Fone

(0XX)47 471-1100 / Fax: 471-1199

29/07/2006

Estinave Serviços

Marítimos Ltda.

Rua Comendador Correa Junior, 865 – 29 de Julho

Cx. Postal 01Paranaguá – PR –

CEP 83.203-560 - Fone (0XX)41 422-2600

04/11/2008

FERTIMPORT S/A

Praça da Bandeira, 59 – salas 06,07,08 – Centro São

Francisco do Sul – SC

CEP- 89240-000

Fone (0XX)47 444-3868 Fax 444-4668

26/05/2008

Litoral Agência

Marítima Ltda.

Rua Quintino Bocaiúva, 67 – Centro - São

Francisco do Sul – SC – CEP 89240-000 0xx)47

444-2867 Fax: 444-2540 11/09/2008

Maersk Brasil

(Brasmar) Ltda.

Rua Babitonga, 71 – Centro São Francisco do Sul –

SC –CEP 89240-000

Fone (0XX)47 444-2876 Fax: 444-3840 02/02/2011

Portobello Armazéns

Gerais S/A

Rua Marcos Gorressen, s/nº - carai São Francisco

do Sul – SC – CEP 89240-000

Fone (0XX)47 444-0348 Fax: 444-0303 31/05/2007

Rocha Top Terminais

e Operadores

Portuários Ltda.

Rua Babitonga, 71 – Centro São Francisco do Sul –

SC – CEP 89240-000

Fone (0XX)47 444-2379 Fax 444-2260 23/06/2008

Seatrade Agência

Marítima Ltda.

Rua Prof.º Joaquim Santiago, 157 - Centro São

Francisco do Sul - SC -CEP 89240-000 Fone

(0XX)47 444-2037 Fax: 444-2436 09/01/2004

TERFRAN -

Terminal Portuário

de São Francisco do

Sul S/A

Rua Rafael Pardinho, 269 - Centro São Francisco do

Sul - SC – CEP 89240-000 Fone (0XX)47 444-2680

/ Fax: 444-8078 24/04/2008

WRC Operadores

Portuários Ltda.

Rua Marechal Deodoro, 156 - Centro São Francisco

do Sul - SC – CEP 89240-000

Fone (0XX)47 444-4646 29/04/2008

Inlogs Logística Ltda

Rua Blumenau, 1886 – Barra do Rio – Itajaí – SC –

CEP 88305-102

Fone (0XX)47 348-2269 09/11/2010

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JAMENTO EM

FORÇA DE TRABALHO

porto de São Francisco do Sul opera em regime de 24 horas

ininterruptas, com equipes de mão-de-obra revezando-se

em quatro turnos de seis horas.

O órgão gestor de mão-de-obra dos trabalhadores avulsos está em pleno

funcionamento, devendo encarregar-se da escalação dos ternos a partir

deste ano de 2003. O quadro atual de trabalhadores avulsos tem a seguinte

composição:

Porto de São Francisco do Sul

Composição da Mão-de-Obra Avulsa (Quantidades de Trabalhadores)

Categoria Cadastrados Registrados Total %

Estivadores 10 318 328 52,3%

Arrumadores 83 144 227 36,2%

Conferentes 33 19 52 8,3%

Consertadores 0 10 10 1,6%

Vigias 0 10 10 1,6%

Total 126 495 627 100,0

% 20,1% 79,9% 100,0%

Fonte: OGMO - SFS Jan-2003

O quadro apresenta, assim, um percentual bastante alto de trabalhadores

cadastrados, dos quais 120 foram admitidos em 2002, o que poderia

indicar insuficiência de mão-de-obra avulsa.

O maior número de cadastrados está nos arrumadores e conferentes.

Para os arrumadores o percentual de cadastrados chega a 36,6%, enquanto

que, para os conferentes a quantidade de cadastrados equivale a 1,74 vezes

os registrados.

O fato denota a falta de política adequada de contratação de mão-de-obra

permanente ou de desmobilização dos avulsos para os serviços de

capatazias, com a gradual contratação por prazo indeterminado, como

permite a lei 8.630/93.

Quanto aos conferentes, as principais operações em São Francisco do Sul

ocorrem em serviços de embarque e desembarque de granéis, atividades

Capítulo

8

O

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JAMENTO EM

tendentes á utilização de procedimentos mecanizados ou informatizados de

controle, que já dispensam conferentes.

8.1. Faixas Etárias

Os dados referentes às faixas de idade do conjunto dos trabalhadores

portuários avulsos das diversas categorias, em São Francisco do Sul, foram

obtidos para o mês de março deste ano, quando o número total de

cadastrados e registrados era de 622 pessoas, conforme está mostrado na

tabela seguinte.

Porto de São Francisco do Sul

Mão-de-Obra Avulsa

Composição das Faixas Etárias Quantidades de trabalhadores

Faixas Etárias Registrados Cadastrados Total % acumulada

de 20 a 25 anos 42 13 55 8,8%

de 26 a 30 anos 29 84 113 27,0%

de 31 a 35 anos 15 102 117 45,8%

de 36 a 40 anos 19 74 93 60,8%

de 41 a 45 anos 11 86 97 76,4%

de 46 a 50 anos 6 78 84 89,9%

de 51 a 55 anos 5 35 40 96,3%

de 56 a 60 anos 3 9 12 98,2%

Acima de 60 anos 3 8 11 100,0% Fonte: OGMO – São Francisco do Sul Mar-2003

Os dados referentes aos estivadores, que representam a maior parte do

contingente, são do mês de janeiro deste ano e estão mostrados na tabela

seguinte.

Porto de São Francisco do Sul

Mão-de-Obra Avulsa de Estivadores

Composição das Faixas Etárias

Jan-2003 Quantidades de trabalhadores

Faixas Etárias Registrados Cadastrados Total % acumulada

de 20 a 25 anos 7 1 8 2,4%

de 26 a 30 anos 53 1 54 18,9%

de 31 a 35 anos 55 2 57 36,3%

de 36 a 40 anos 53 1 54 52,7%

de 41 a 45 anos 67 3 70 74,1%

de 46 a 50 anos 56 0 56 91,2%

de 51 a 55 anos 19 1 20 97,3%

de 56 a 60 anos 7 1 8 99,7%

Acima de 60 anos 1 0 1 100,0% Fonte: OGMO – São Francisco do Sul

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JAMENTO EM

O conjunto dos trabalhadores avulsos mostra-se bem jovem, com a maior

concentração de idades abaixo dos 40 anos (60,8%), e menos de dois por

cento (1,8%) acima de 60 anos.

Os gráficos relativos aos dados das duas tabelas estão mostrados na página

seguinte, onde se pode observar, para o conjunto total dos trabalhadores, o

desvio da curva para a esquerda, mostrando menores idades, para os

estivadores a curva mostra a distribuição quase uniforme nas faixas de 26 a

30 anos até a de 46 a 50 anos.

Conclui-se ter ocorrido grande número de ingresso de trabalhadores em

anos recentes (nas faixas de idade abaixo de 30 anos foram 168

trabalhadores), dos quais apenas 62 são estivadores.

Para os estivadores a distribuição das faixas etárias está,

aproximadamente, dentro da curva normal, com maior concentração de

valores abaixo de 45 anos, com 74,1% da população.

Porto de São Francisco do Sul

Composição Etária

Trabalhadores Avulsos

Mar 2003

0

20

40

60

80

100

120

Qu

an

t T

rab

alh

ad

ore

s

de 20 a

25

de 26 a

30

de 31 a

35

de 36 a

40

de 41 a

45

de 46 a

50

de 51 a

55

de 56 a

60

Acima

de 60

Fáixas EtáriasCadastrados Registrados Total

O gráfico seguinte mostra a distribuição das faixas etárias dos estivadores

de São Francisco do Sul

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JAMENTO EM

Porto de São Francisco do Sul

Composição Etária

Estivadores

Mar 2003

0

10

20

30

40

50

60

70

Qu

an

t. T

rab

alh

ad

ore

s

de 20 a

25

de 26 a

30

de 31 a

35

de 36 a

40

de 41 a

45

de 46 a

50

de 51 a

55

de 56 a

60

Acima

de 60

faixas etáriasCadastrados Registrados Total

Os estivadores com menos de 40 anos representam mais da metade do

contingente. Trata-se, também, de grupo de trabalhadores relativamente

jovem, com renovação recente de quadros, pois cerca de 19% do total tem

menos de 30 anos.

8.2. Escolaridade

Não foi possível obter no OGMO de São Francisco do Sul, levantamento

detalhado dos níveis de escolaridade das diversas categorias de

trabalhadores.

As informações fornecidas indicam, entretanto, os números mostrados na

tabela seguinte, onde todos os conferentes possuem nível secundário,

universitário ou superior, enquanto os demais têm nível primário,

contando-se 4 analfabetos.

Porto de São Francisco do Sul

Mão-de-Obra Avulsa

Níveis de Escolaridade

Jan-2003 Quantidades de trabalhadores

Nível de Escolaridade Quantidades %

Analfabetos 4 0,6%

Primário 572 91,1%

Secundário 43 6,8%

Universitário 4 0,6%

Superior 5 0,8% Fonte: OGMO São Francisco do Sul

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JAMENTO EM

O contingente de trabalhadores avulsos, analisado a partir da tabela acima,

apresenta baixa escolaridade – mais de 90% com nível primário, sendo que

apenas os conferentes têm escolaridade secundária ou terciária.

8.3. Composição das Equipes de Trabalhadores

Os ternos de avulsos em São Francisco do Sul têm a seguinte composição.

Porto de São Francisco do Sul

Mão-de-Obra Avulsa

Composição das Equipes Mínimas

Jan-2003 Quantidades de trabalhadores

Tipo de Carga Estivadores Conferentes Consert. Arrumadores Total

Contêiner (cheio e vazio)

6 porão

2 portaló

1 CMP

1 CMG

1 lingada

1 lacre

1 planista

1 chefe

3 homens

1 chefe 18

Granel – Exportação 2 porão

1 CMG - - - 3

Carga Geral Comum,

madeira em toras e Carga

Resfriada/ Frigorificada

paletizada

6 porão

2 portaló

1 CMP

1 CMG

1 lingada

1 controlista

1 chefe

1 lingada

1 chefe

3 homens

1 chefe 19

Sacaria em funda,bandeja ou

pré-lingada, Produtos

Siderúrgicos

8 porão

2 portaló

1 CMP

1 CMG

1 lingada

1 controlista

1 chefe

1 lingada

1 chefe

4 homens (funda

ou bandeja) ou 3

homens

(prélingados) 1

chefe

22 ou 23

Roll on Roll off (sobre rodas)

8 motoristas

1 CMP

1 CMG

1 lingada

1 controlista

1 chefe

3 homens

1 chefe 17

Roll on Roll off (outras

cargas, exceto contêiner)

8 porão

2 empilhadores

1 CMP

1 CMG

1 lingada

1 controlista

1 chefe

3 homens

1 chefe 19

Carga Resfriada/

Frigorificada (caixas soltas)

14 porão

2 portaló

1 CMP

1 CMG

1 lingada

1 controlista

1 chefe

1 lingada

1 chefe

4 homens

1 chefe 28

Carga Resfriada/

Frigorificada (carcaças e

peixes)

16 porão

2 portaló

1 CMP

1 CMG

1 lingada

1 controlista

1 chefe

1 lingada

1 chefe

4 homens

1 chefe 30

Granéis Sólidos de

Importação (inclusive

fertilizantes)

4 porão

1 CMG

1 lingada

1 balança

1 chefe

3 homens

1 chefe 12

Notas: CMP – contramestre de porão:

CMG – contramestre geral

Fonte: OGMO – São Francisco do Sul

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JAMENTO EM

8.2. Remuneração Média dos Trabalhadores

A remuneração dos trabalhadores avulsos tem por base a quantidade de

cargas movimentadas – em unidades, para os contêineres e em toneladas

para as demais.

Porto de São Francisco do Sul

Mão-de-Obra Avulsa

Remuneração das Equipes Mínimas

Jan-2003 (Em R$/ Box para contêineres e em R$/t para as demais cargas)

Tipo de Carga Estivadores Conferentes Consert. Arrumadores Total

Contêiner cheio 4,4081 4,2675 - 3,3149 11,9905

Contêiner e vazio 0,8864 0,8745 - 0,5850 2,3459

Granel - Exportação 0,0279 - 0,0279

Carga Geral Comum 0,3824 0,4001 0,3045 0,3003 1,3874

Carga Geral Comum acima de

1t 0,3079 0,3896 0,3045 0,2336 1,2356

Sacaria em funda,bandeja 0,4727 0,5673 0,4727 0,4727 1,9854

Sacaria pré-lingada 0,4136 0,5673 0,4136 0,4136 1,8082

Produtos Siderúrgicos 0,2218 0,2504 0,2600 - 0,7322

Roll on Roll off (sobre rodas) 0,1183 0,1335 - 0,1183 0,3701

Roll on Roll off (outras cargas,

exceto contêiner) 0,3079 0,1335 0,6001 - 1,0415

Carga Resf/ Frigorificada

(caixas soltas) 0,6001 0,6224 0,6001 0,6001 2,4227

Carga Resf/ Frigorificada

(carcaças e peixes) 0,6501 0,6224 0,6501 0,6501 2,5726

Carga Resf/ Frigorificada

(paletizada) 0,4510 0,6224 0,4564 0,5745 2,1042

Granéis Sólidos de Importação 0,0207 0,0409 - 0,0939 0,1555

Fertilizantes, Carvão, Barrilha

e Caulim 0,0248 0,0409 - - 0,0657

Madeira em toras 0,2361 - - - 0,2361

O cálculo da remuneração mínima inclui o RSR – repouso semanal remunerado

Fonte de dados: OGMO – São Francisco do Sul

Os contêineres vazios são remunerados na base de cerca de 20% do que é

pago por unidade cheia, sendo o salário dia estipulado entre R$ 15,30 e R$

20,54 para estivadores, arrumadores e consertadores e entre R$ 18,34 e R$

21,29, para os conferentes.

Segundo informações do OGMO – SFS, os valores da remuneração média

dos trabalhadores das diversas categorias estão nas seguintes médias:

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JAMENTO EM

Porto de São Francisco do Sul

Mão-de-Obra Avulsa

Remuneração Média

Jan-2003

Categoria Remuneração Média R$

Estivadores 2.200,00

Arrumadores 2.000,00

Conferentes 4.700,00

Consertadores 1.200,00

Vigias 1.300,00 Fonte: OGMO – São Francisco do Sul

8.5. Programas de Desmobilização dos Trabalhadores Portuários Avulsos

Os operadores portuários, através do OGMO, estão planejando a oferta de

um Programa de Desligamento Voluntário Incentivado – PDV para os

trabalhadores de estiva, com valores de R$ 1.000,00 por ano de trabalho,

limitado a R$ 30.000,00 por estivador, esperando-se a adesão de 20 a 30

pessoas, contando-se ainda com 3 (três) aposentadorias durante o ano de

2003.

Alguns operadores como a WRC já estão contratando mão-de-obra

permanente. Para os serviços de terra, especialmente na operação dos

equipamentos, inclusive os MHC ou guindastes sobre pneus.

Estão sendo negociadas reduções das quantidades de trabalhadores por

equipe, com compensação nas taxas de remuneração por produção.

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JAMENTO EM

ANÁLISE DA MOVIMENTAÇÃO

ATUAL DE CARGAS

economia da região sul do país é fortemente impulsionada

pela agricultura. Só no ano de 2002, as culturas de soja,

milho e trigo chegaram a representar cerca de 50% do total

colhido na safra brasileira desses produtos. Nesse contexto, o porto de São

Francisco do Sul consolida-se como a porta de saída desses produtos para

outros mercados, caracterizando-se, assim, como um porto

predominantemente exportador. Do total de cargas por ele movimentadas

em 2002, cerca de 4.300.000 toneladas foram destinadas à exportação,

aproximadamente 80% da sua movimentação total.

As principais cargas atualmente movimentadas no porto são:

Na importação: trigo e fertilizantes;

Na exportação: farelo de soja, soja em grão, milho em grão, óleo

de soja, madeira, frango congelado e cerâmica.

Segundo pesquisas e entrevistas realizadas com os principais operadores e

usuários do porto de São Francisco do Sul, verificou-se que grande parte

das mercadorias exportadas é originária da própria região, tais como:

móveis, compensados, soja, milho e farelo.

Os principais destinos das cargas exportadas são: Estados Unidos, México,

Porto Rico, República Dominicana, Argentina, Europa, Austrália, Hong

Kong, Tailândia, Indonésia, Arábia Saudita, África do Sul e Marrocos.

Verifica-se, entretanto, que apesar do grande número de países

importadores, o mercado é bem distinto para cada um deles. A madeira

tem como principal destino os Estados Unidos, Europa e Marrocos. Já os

produtos agrícolas (soja e milho) são enviados principalmente aos países

europeus. Já para o mercado asiático predominam as exportações de farelo

Capítulo

9

A

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PLANEE

JAMENTO EM

e óleo de soja e para o mercado sul africano predominam as exportações

de cerâmica.

O Porto de São Francisco do Sul movimentou, em 2002, cerca de

5.400.000 toneladas de mercadorias, das quais parte foi escoada em

contêineres, que consolidaram em torno de 160.000 unidades.

O gráfico a seguir ilustra a distribuição percentual dos tipos de mercadoria

movimentadas no porto de São Francisco do Sul, no ano de 2002, sobre a

sua movimentação total.

Porto de São Francisco do Sul

Composição Percentual na Movimentação do Porto

Por Tipos de Cargas

39%

7% 7%

11%

36%

G. Sólido - Exp G. Sólido - Imp G. Líquido

Congelados C. Geral

Como se pode verificar, a carga geral é, atualmente, responsável pela

maior movimentação individual dentro do porto, a qual é quase que

totalmente conteinerizada. Sua movimentação não supera, entretanto, a

totalização dos granéis sólidos (importação + exportação), que estão

apresentados separadamente por sentido na consolidação do gráfico acima.

A movimentação de granéis sólidos no porto de São Francisco do Sul é

responsável, hoje, por quase a metade de todas as cargas existentes. Por

esse motivo, o porto atende a esse tipo de carga com terminais

especializados e equipamentos apropriados, principalmente no que se

refere aos granéis de exportação.

A análise da série histórica de movimentação de cargas no porto de São

Francisco do Sul vem indicando a crescente expansão dos mercados que o

utilizam, principalmente quando considerados os últimos cinco anos. Essa

expansão reflete no incremento de movimentação do porto, que vêm

apresentando taxa média de crescimento de cerca de 10% ao ano.

Entretanto, para que se possa vislumbrar a movimentação futura de cargas

esperada para o porto de São Francisco do Sul, é necessário proceder a

uma análise mais específica, considerando as peculiaridades de cada uma

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JAMENTO EM

das cargas movimentadas, seus respectivos mercados e a forma como estes

vêm se comportando em meio à economia nacional.

9.1. Granéis Sólidos de Importação

O porto de São Francisco do Sul apresentava, tradicionalmente, na sua

pauta de importações produtos como soja, milho, trigo, fertilizantes e

sorgo. Entretanto, com o aumento da produção agrícola da região sul do

país, desde 1998 esse cenário vem sofrendo grande modificação e,

atualmente, apenas o trigo e os fertilizantes estão sendo importados.

A análise da série histórica dos volumes de movimentação de granéis

sólidos de importação no porto, por tipo de produto, está apresentada na

tabela seguinte.

1998 1999 2000 2001 2002 2003*

Soja em Grão 169.452 - 13.681 - - -

Milho 22.062 105.004 70.992 - - -

Trigo 423.094 622.352 752.368 504.693 461.260 193.149

Fertilizante - - 76.462 90.443 108.494 -

Sorgo - - 90.435 - - -

Sub-Total 614.608 727.356 1.003.938 595.136 569.754 193.149

(*) Acumulado até abril/2003.

FONTE:Administração do Porto de São Francisco do Sul. Departamento de Estatística, 2003.

IMPORTAÇÃO

Porto de São Francisco do Sul

Série Histórica de Movimentação

Granéis Sólidos de Importação - 1998 / 2003

Quantidades Movimentadas (ton)PRODUTO

Como se pode verificar, as importações brasileiras efetuadas por São

Francisco do Sul estão se restringindo a dois tipos de produtos: trigo e

fertilizantes. Dentre esses, verifica-se, ainda, que as importações de trigo

vêm diminuindo significativamente a cada ano em contraposição ao

fertilizante, que desponta com grande potencial.

A tendência de decrescimento das importações de trigo pode ser explicada,

principalmente, pelo crescimento da própria produção agrícola na região.

Nos últimos cinco anos, a produção de trigo no sul do país apresentou taxa

média de crescimento em torno de 7% ao ano, incentivado,

principalmente, pelos estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul, que

cresceram cerca de 24% e 15% ao ano no mesmo período.

Dessa forma, enquanto a produção de trigo no estado aponta crescimento

de 24%, a sua importação tem reduzido, nos últimos 3 anos, em cerca de

21% ao ano. Dessa forma, mantido o cenário até agora verificado, a

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JAMENTO EM

tendência é de que as importações de trigo cessem, e esse insumo passe a

ser captado diretamente na região.

Segundo pesquisas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística –

IBGE, as produções agrícolas de trigo e soja na região sul do Brasil tem

crescido a uma taxa média de 7% ao ano e a de milho, mais intensa, cresce

a cerca de 10% ao ano. Esse forte crescimento agrícola na região explica o

fato de também não estarem sendo mais importadas a soja e o milho.

Por contrapartida, dado o incremento das áreas produtivas na região, as

importações de fertilizantes vêm apresentando altas taxas de crescimento

no porto.

Frente a esse novo patamar de produção agrícola, não só na região como

em todo o Brasil, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

– IBGE, a produção da agroindústria brasileira de fertilizantes tem

crescido cerca de 8% ao ano, quando considerados os últimos cinco anos,

indicando, dessa forma, o grande potencial do mercado.

Para a absorção do incremento de volume das importações de granéis

sólidos, os portos da região se dividem na captura das cargas. Na tabela

seguinte estão indicados os volumes movimentados de granéis sólidos de

importação no ano de 2002 em cada um dos portos concorrentes, bem

como as taxas de crescimento que cada um deles vêm apresentando ao

longo dos últimos cinco anos.

(em toneladas)

PORTO Taxa de Crescimento¹

Paranaguá - SC 5,58%

Itajaí - SC 15,62%

Rio Grande -23,84%

São Francisco do Sul² 7,72%

Fonte: Pesquisa direta com os portos.

¹ Verificada entre 1998 e 2002.

Porto de São Francisco do SulMovimentação de Granéis Sólidos de Importação e Taxa de

Crescimento da Movimentação nos Portos Concorrentes

569.754

401.530

Movimentação 2002

4.360.020

59.516

Observando-se as taxas de crescimento da movimentação de granéis

sólidos de importação nos principais portos concorrentes, percebe-se que

as cargas estão sendo rearranjadas entre os mesmos, saindo de Rio Grande,

e distribuindo-se entre os demais portos em proporções diferentes.

Fazendo uma análise imediata pode parecer que o crescimento do porto de

São Francisco do Sul está apenas acompanhando o crescimento agrícola da

região, que tem se mostrado no mesmo patamar. Porém, essa taxa tem se

mantido nesse patamar em função dos decréscimos nas importações de

trigo, já anteriormente explicados. Entretanto, quando analisada

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JAMENTO EM

individualmente a carga de fertilizantes, verifica-se que seu crescimento

vem ocorrendo a uma taxa média de 19% ao ano, indicando o real

crescimento do porto.

A tendência é de que as importações de fertilizantes continuem a crescer a

taxas equivalentes ao crescimento do setor agrícola da região.

Caso o cenário apontado ao longo dos últimos anos se mantenha, a

tendência é de que o decréscimo das importações de trigo seja incorporado

pelos incrementos de fertilizantes.

9.2. Granéis Sólidos de Exportação

Os granéis sólidos de exportação são responsáveis, atualmente, pelo

segundo maior volume de cargas gerado no porto de São Francisco do Sul.

Os principais produtos exportados pelo porto são soja, milho e farelo de

soja, advindos da própria região.

A série histórica dos volumes movimentados de granéis sólidos de

exportação no porto, por tipo de produto, está apresentada na tabela

seguinte.

1998 1999 2000 2001 2002 2003*

Farelo de Soja 1.550.371 1.840.491 1.399.025 951.464 649.713 298.502

Soja em Grão 30.499 183.407 166.735 608.658 821.023 218.860

Milho em Grão - - - 210.113 412.414 157.870

Sub-Total 1.580.870 2.023.898 1.565.760 1.770.235 1.883.150 675.232

(*) Acumulado até abril/2003.

FONTE:Administração do Porto de São Francisco do Sul. Departamento de Estatística, 2003.

Série Histórica de Movimentação

Granéis Sólidos de Exportação - 1998 / 2003

EXPORTAÇÃO

PRODUTOQuantidades Movimentadas (ton)

Porto de São Francisco do Sul

As exportações de granéis sólidos pelo porto de São Francisco do Sul

refletem tanto o incremento da produção agrícola da região, quanto a

intensificação da sua agroindústria.

Segundo informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística –

IBGE, a produção de soja e milho na região apresenta taxa média de

crescimento da ordem de 10% ao ano. Entretanto, a soja, responsável por

cerca de 80% do volume exportado no porto (seja em grãos ou farelo),

apresenta, isoladamente, taxa média de crescimento de produção mais

amena, em torno de 7% ao ano.

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JAMENTO EM

Esse incremento de produção gera, da mesma forma, o aumento do volume

exportado de granéis sólidos, que é absorvido pelos portos regionais.

A tabela seguinte apresenta a movimentação de granéis sólidos de

exportação realizada em 2002 e a sua taxa média de crescimento nos

principais portos concorrentes de São Francisco do Sul, nos últimos 5

anos.

(em toneladas)

PORTO Taxa de Crescimento¹

Paranaguá - SC 7,91%

Itajaí - SC -

Rio Grande -0,76%

São Francisco do Sul 4,47%

Fonte: Pesquisa direta com os portos.

¹ Verificada entre 1998 e 2002.

4.222.979

1.883.850

Movimentação de Granéis Sólidos de Exportação e Taxa de

Crescimento da Movimentação nos Portos Concorrentes

Movimentação 2002

14.818.198

-

Porto de São Francisco do Sul

Analisando-se as taxas de crescimento da movimentação de granéis

sólidos de exportação nos principais portos concorrentes, verifica-se que

os mesmos têm evoluído muito próximos ao próprio mercado (produção).

Não se inclui nesse cenário, o porto de Rio Grande, que tem perdido

movimentação, absorvida, principalmente, pelo porto de Paranaguá.

Entretanto, com a modernização dos equipamentos de carregamento de

granéis sólidos, o porto de São Francisco do Sul será capaz de absorver

uma parcela maior do mercado, através da promoção de melhores padrões

e indicadores operacionais.

9.3. Granéis Líquidos

A movimentação de granéis líquidos no porto de São Francisco do Sul

merece destaque, pois, atualmente, apresenta a segunda maior taxa de

crescimento em volume dentre as mercadorias movimentadas, totalizando

um incremento de cerca de 27% ao ano, perdendo apenas para a carga

congelada, que tem crescido em torno de 43%.

O granel líquido movimentado no porto é, atualmente, restrito ao óleo de

soja, movimentado apenas no sentido de exportação. A tabela seguinte

apresenta a evolução das suas movimentações ao longo dos últimos cinco

anos.

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JAMENTO EM

1998 1999 2000 2001 2002 2003*

Óleo de Soja 13.527 22.516 5.948 1.977 - -

Óleo de Soja 123.058 157.805 106.538 447.633 350.539 55.600

Total Movimentado 136.585 180.321 112.486 449.610 350.539 55.600

(*) Acumulado até abril/2003.

FONTE:Administração do Porto de São Francisco do Sul. Departamento de Estatística, 2003.

IMPORTAÇÃO

EXPORTAÇÃO

Porto de São Francisco do Sul

Série Histórica de Movimentação

Granéis Líquidos - 1998 / 2003

PRODUTOQuantidades Movimentadas (ton)

Como se pode verificar, desde o ano de 2002 as importações de óleo de

soja cessaram. Esse fato reflete não só o crescimento da própria lavoura de

soja na região, como também o crescimento da agroindústria de

esmagamento. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística –

IBGE, a produção de soja tem crescido em torno de 7% ao ano na região,

enquanto que a produção brasileira da agroindústria de óleo de soja cresce

a quase 12% ao ano.

Com um mercado em pleno crescimento, a cadeia produtiva ligada à soja

também expande, gerando safras recordes e volumes cada vez maiores de

mercadorias. Aliado ao atual cenário econômico, onde as taxas de câmbio

estimulam as exportações, o crescimento dos volumes gerados

proporciona, por sua vez, o incremento de exportações do setor.

Nesse sentido, os portos da região sul vêm registrando altas taxas de

crescimento quanto aos volumes exportados dessa mercadoria, liderados

pelo porto de São Francisco do Sul, que apresentou a maior taxa média de

crescimento anual de movimentação2.

A tabela seguinte mostra a movimentação consolidada de granéis líquidos

nos principais portos concorrentes de São Francisco do Sul no ano de

2002, bem como, a taxa média de crescimento de suas movimentações.

2 À exceção do porto de Itajaí, que só pôde ter sua taxa de crescimento aferida, para óleo

vegetal, entre os anos de 2000 e 2001, não se tornando, dessa forma, comparativo com os

demais.

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JAMENTO EM

(em toneladas)

PORTO Taxa de Crescimento²

Paranaguá - SC 6,49%

Itajaí - SC 124,15%³

Rio Grande 2,79%

São Francisco do Sul 26,57%

Fonte: Pesquisa direta com os portos.

¹ Movimentação relativa exclusivamente ao óleo de soja.

² Verificada entre 1998 e 2002.

³ Taxa aferida entre os anos de 2001 e 2002.

1.193.123

12.279

9.662

350.539

Porto de São Francisco do SulMovimentação de Granéis Líquidos e Taxa de Crescimento da

Movimentação nos Portos Concorrentes

Movimentação 2002¹

Analisando-se os valores apresentados, verifica-se que a taxa média de

crescimento da movimentação nos principais portos concorrentes gira em

torno dos 12% ao ano3, indicando que a sua evolução tem seguido o

crescimento do próprio mercado agroindustrial, que tem crescido

exatamente nesse patamar.

Assim, observa-se que o porto de São Francisco do Sul é o que tem atraído

a maior parcela do incremento de mercado, crescendo bem acima da média

dos demais portos. Isso indica, de fato, que o porto tem grande potencial

para continuar evoluindo nesse setor.

9.4. Contêiner

A movimentação de contêineres no porto de São Francisco do Sul, assim

como nos demais portos brasileiros, vem apresentando altas taxas anuais

de crescimento.

Atualmente, em São Francisco do Sul, os contêineres representam a

terceira maior taxa de crescimento dentre os tipos de carga movimentados,

com o incremento médio de cerca de 20% ao ano, quando analisado o

período entre 1998 e 2002.

A tabela seguinte apresenta essa evolução.

3 Não levando em conta o crescimento aferido no porto de Itajaí, pelos motivos

anteriormente já explicitados.

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JAMENTO EM

1998 1999 2000 2001 2002 2003*

Cheio 52.733 60.812 69.630 67.193 94.360 31.335

Vazio 25.615 35.677 42.382 45.135 65.827 24.039

Total Movimentado 78.348 96.489 112.012 112.328 160.187 55.374

(*) Acumulado até abril/2003.

Porto de São Francisco do Sul

Série Histórica de Movimentação

Contêineres - 1998 / 2003

PRODUTOQuantidades Movimentadas (box)

A taxa média de crescimento no período, em torno de 20%, foi fortemente

impulsionada pelos números observados em 2001/2002, quando atingiu

perto de 43% de incremento médio anual.

Essa taxa de crescimento está diretamente ligada à taxa de melhoria dos

indicadores operacionais da movimentação de contêineres, com a

instalação e plena operação dos dois novos MHCs, com o que o porto de

São Francisco do Sul aumentou a sua capacidade de transferência

cais/navio/cais, dando melhores e mais rápidas condições de operação,

diminuiu o tempo de atracação dos navios e aumentou sua capacidade de

atendimento. A consolidação desses fatores levou ao salto de

movimentação verificado no período.

Nas entrevistas realizadas com os usuários e operadores portuários,

entretanto, foram destacados diversos fatores limitantes à continuidade das

taxas atualmente apresentadas, especialmente as disponibilidades de áreas

de estocagem, as atuais condições de operação no porto, a questão do

acesso terrestre em nível de congestionamento e as profundidades no canal

de entrada, problemas esses que serão tratados especificamente mais à

frente, neste estudo.

Nesse sentido, os entrevistados não arriscaram projetar qualquer

incremento de movimentação para os próximos anos, acreditando que, nas

atuais circunstâncias, a movimentação de contêineres poderá crescer em

torno de, no máximo, 5% ao ano.

Essa projeção conservadora dos operadores, entretanto, já está sendo

superada pela movimentação realizada no primeiro quadrimestre de 2003

em relação ao mesmo período de 2002, onde se verifica que os números de

2003 estão cerca de 21% acima de 2002, como mostra a tabela seguinte.

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JAMENTO EM

Produto Valores

Volume 1° Quad. 2003 55.374

Volume 1° Quad. 2002 45.714

Volume Total 2002 160.187

% 1° Quad. 02¹ 28,54%

Projeçao 03² 194.037

Perspectiva usuários³ 170.000

¹ Percentual do 1° quadrimestre 2002 em relação ao total anual

² Projeção estimada com base nas proporções apresentadas para o ano de 2002.

³ Estimativa informada através de entrevistas.

Porto de São Francisco do Sul

Simulação de Crescimento para 2003

Movimentação de Contêineres

Para completar o quadro de fatores de influência no crescimento de

movimentação de contêineres em São Francisco do Sul, pesquisou-se a

taxa média de crescimento nos principais portos brasileiros.

Para isso, foram analisados os portos de: Manaus, Belém, Fortaleza,

Suape, Salvador, Vitória, Rio de Janeiro, Santos, Paranaguá, Itajaí e Rio

Grande, verificando-se a taxa média de 8% de crescimento anual,

aproximadamente

Foram ainda comparadas as taxas verificadas nos principais portos

concorrentes de São Francisco do Sul, no ano de 2002, as quais estão

apresentadas na tabela seguinte.

(em boxes)

PORTO Taxa de Crescimento²

Paranaguá - SC 17,52%

Itajaí - SC 53,13%

Rio Grande 16,16%

São Francisco do Sul 19,57%

Fonte: Pesquisa direta com os portos.

¹ Movimentação consolidada de contêineres cheios e vazios.

² Verificada entre 1998 e 2002.

312.316

250.660

160.187

Porto de São Francisco do SulMovimentação de Contêineres e Taxa de Crescimento da

Movimentação nos Portos Concorrentes

Movimentação 2002¹

157.706

Analisando-se a tabela cima, verifica-se que a movimentação de

contêineres nesses portos mesmos tam crescido à taxa média em torno de

26% ao ano, bastante superior à média dos principais portos brasileiros.

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JAMENTO EM

É importante salientar que São Francisco do Sul não dispõe de terminal

especializado, mas apenas um berço dedicado à movimentação de

contêineres.

A introdução dos equipamentos de transferência especializados (os móbile

harbour cranes), propiciou a atração de grande volume de carga,

esgotando a capacidade de armazenamento, o que deve ter influenciado as

perspectivas de incremento dos usuários e operadores para os próximos

anos. Caso isso venha a acontecer o mercado, certamente, deverá ser

atendido (ou desviado) em grande proporção pelos portos vizinhos.

O fato é que o mercado para a movimentação deste tipo de carga está em

pleno crescimento, necessitando que ocorram investimentos para que as

taxas atinjam os patamares projetados.

9.5. Carga Congelada

Embora São Francisco do Sul não tenha qualquer tipo de instalação

especializada para o atendimento das cargas congeladas/ frigorificadas,

nem ofereça atrativos especiais, este é o mercado que mais tem crescido

dentro do porto.

A análise dos volumes apresentados na tabela seguinte, indica que esse

tipo de carga tem crescido à taxa média de 43% ao ano, quando

considerado o último período de cinco anos.

1998 1999 2000 2001 2002 2003*

Congelados - Importação 2.611 9.041 7.870 6.574 12.822 5.859

Congelados - exportação 86.107 89.956 162.305 245.298 358.813 81.850

Total Movimentado 88.718 98.997 170.175 251.872 371.635 87.709

FONTE: Administração do Porto de São Francisco do Sul. Departamento de Estatística, 2002.

Porto de São Francisco do Sul

Série Histórica de Movimentação

Carga Congelada - 1998 / 2003

PRODUTOQuantidades Movimentadas (ton)

Segundo informações colhidas nas entrevistas realizadas com operadores,

usuários e a administração do porto, verifica-se que, atualmente, o porto de

São Francisco do Sul tem atendido às embarcações de carga frigorificada

apenas quando essas são desviadas dos portos concorrentes, devido aos

congestionamentos ocorridos.

Como o porto não dispõe de terminais e/ou equipamentos especializados

para os procedimentos de embarque ou desembarque desse tipo de carga,

não é dada preferência para seu atendimento, ao contrário do que ocorre

com os contêineres e granéis.

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JAMENTO EM

Este fato, por si só, indica o grande potencial de crescimento das cargas

frigorificadas no mercado regional, pois, mesmo sem qualquer tipo de

atrativo, os volumes movimentados são cada vez maiores, significando,

ainda, que os demais portos encontram-se sem capacidade suficiente para

o seu atendimento.

Segundo dados do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio

Exterior -MDIC, as estimativas de exportação para o ano de 2002

estiveram acima de 4 milhões de toneladas de carga frigorificada, entre

carnes, pescados, aves, frutas e sucos, dos quais cerca de 97% utilizariam o

modal marítimo.

As exportações brasileiras de congelados apresentaram, para o período de

1999 a 2002, crescimento médio anual de 19%, com indicativos de

crescimento do setor em cerca de 28,2%.

A região Sul é responsável pela maior parcela de cargas frigorificadas de

exportação do país, chegando próximo aos dois milhões de toneladas

anuais, em 2002. As carnes e aves são responsáveis pela maior parcela da

carga movimentada, representando cerca de 93% do total exportado.

O estado que detém a maior parcela das exportações de frigorificados é

Santa Catarina, com 46,2% do total da região, ou 920 mil toneladas,

seguindo-se o Rio Grande do Sul, com 585 mil toneladas (29,4%) e o

Paraná, com 485 mil toneladas, equivalentes a 24,4%.

Porto de São Francisco do Sul

Participação dos Estados nas Exportações da Região Sul

Carga Congelada

46,2%24,4%

29,4%

Santa Catarina Rio Grande do Sul Paraná

A conseqüência do incremento das exportações de congelados na região é

o crescimento da sua movimentação nos portos regionais, sendo Itajaí o

atual líder, que conta com o terminal especializado da BRASKARNE para o

atendimento destas cargas.

Entretanto, apesar de liderar o ranking regional, não e o porto de Itajaí o

responsável pela maior taxa de crescimento de movimentação´, .posto

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JAMENTO EM

ocupado pelo porto de São Francisco do Sul, o qual, segundo a análise dos

últimos cinco anos, vem apresentando crescimento anual da ordem de

43%, como mostra a tabela seguinte.

PORTO Taxa de Crescimento¹

Paranaguá - SC 19,96%

Itajaí - SC 39,44%

São Francisco do Sul 43,06%

Fonte: Pesquisa direta com os portos.

¹ Verificada entre 1998 e 2002.

371.635

Porto de São Francisco do SulMovimentação de Congelados e Taxa de Crescimento da

movimentação nos portos

Movimentação 2002

484.420

958.897

9.6. Carga Geral

Atualmente, a carga geral é responsável pela maior movimentação no

porto de São Francisco do Sul, com a marca de cerca de dois milhões de

toneladas anuais, superando os granéis sólidos de exportação, que vêm em

segundo lugar com 1.883.000 toneladas.

Embora venha sendo rotulado de “porto graneleiro”, São Francisco do Sul,

desde o início de suas atividades sempre foi um porto que movimentou

grandes quantidades de carga geral, constituída principalmente pela

madeira, com as exportações de imbuia e mogno; apenas nas décadas de

60/70, com o início das obras da CIDASC, o porto modificou seu perfil

madeireiro para graneleiro.

Ainda hoje, a maior parcela da carga geral movimentada no porto é

constituída de madeiras, seja sob a forma de móveis ou compensados, que

representam cerca de 40% do total de carga geral, significando

aproximadamente 786.000 toneladas anuais.

Outro produto que também tem se destacado na composição total da carga

geral é a cerâmica de revestimentos, sendo que, em 2002, foram

movimentadas cerca de 216.000 toneladas, representando

aproximadamente 11% do total.

A tabela abaixo apresenta a série histórica de movimentação de carga geral

no porto de São Francisco do Sul, individualizando os principais tipos de

carga.

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PLANEE

JAMENTO EM

1998 1999 2000 2001 2002 2003*

R Sintética PVC 8.243 5.946 13.068 2.141 7.360 2.483

Polipropileno 5.587 2.595 5.952 969 2.259 1.232

Motocompressores 2.854 1.294 850 746 1.219 -

Diversos 213.464 146.491 202.018 209.887 268.789 66.197

Sub-Total 230.148 156.326 221.888 213.743 279.627 69.912

Madeira Manufaturada 333.498 488.207 605.194 533.782 650.422 242.919

Manufaturados texteis 8.799 14.240 20.447 19.260 28.656 9.547

Motocompressores 51.621 51.441 66.098 58.404 71.980 23.745

Peças para veículos 87.274 62.471 107.051 92.485 136.127 47.927

Motores elétricos 13.460 9.313 31.847 23.430 39.645 17.222

Móveis 30.216 60.306 86.666 96.360 135.460 46.243

Refrigeradores 4.619 5.541 6.586 4.742 11.295 5.100

Papel 20.483 16.698 23.869 11.031 23.720 11.014

Azulejos 75.252 91.560 153.035 140.550 216.108 88.139

Tabaco ou fumo 11.956 11.110 14.996 11.525 14.962 4.681

Diversos 278.424 435.708 280.020 282.474 396.166 119.741

Sub-Total 915.602 1.246.595 1.395.809 1.274.043 1.724.541 616.278

Total Movimentado 1.145.750 1.402.921 1.617.697 1.487.786 2.004.168 686.190

(*) Acumulado até abril/2003.

FONTE: Administração do Porto de São Francisco do Sul. Departamento de Estatística, 2002.

IMPORTAÇÃO

EXPORTAÇÃO

Porto de São Francisco do Sul

Série Histórica de Movimentação

Carga Geral - 1998 / 2003

PRODUTOQuantidades Movimentadas (ton)

O crescimento da movimentação de carga geral em São Francisco do Sul

vem sendo impulsionado, principalmente, pelo aumento da produção física

da indústria de transformação, que, segundo pesquisa do Instituto

Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, no ramo madeireiro, tem

crescido cerca de 5% ao ano.

A movimentação de carga geral e a taxa média de crescimento dos

principais portos concorrentes de São Francisco do Sul, no ano de 2002,

estão apresentadas na tabela seguinte.

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JAMENTO EM

(em toneladas)

PORTO Taxa de Crescimento²

Paranaguá - SC 10,07%

Itajaí - SC 20,72%

Rio Grande 13,67%

São Francisco do Sul 15,00%

Fonte: Pesquisa direta com os portos.

¹ Movimentação consolidada de contêineres cheios e vazios.

² Verificada entre 1998 e 2002.

3.841.458

2.004.168

Movimentação de Carga Geral e Taxa de Crescimento da

Movimentação nos Portos Concorrentes

Movimentação 2002¹

4.161.529

2.553.880

Porto de São Francisco do Sul

Verifica-se que a taxa média de crescimento nos diversos portos da região

gira em torno de 15%, mostrando-se bastante superior ao crescimento da

própria indústria de transformação, concluindo-se pela ocorrência de

atração dessas mercadorias pelo modal marítimo, com maior intensidade

nos portos de Itajaí e São Francisco do Sul.

Ressalte-se, entretanto, que cerca de 85% de toda a carga geral

movimentada no porto é conteinerizada, restando somente 15%

transportada de forma de carga solta.

Com base nesses parâmetros procedeu-se à verificação das quantidades de

carga geral solta movimentadas, obtendo-se os resultados mostrados na

tabela seguinte.

Essas quantidades de carga solta resultam da movimentação de madeira e

de congelados, estes em caráter eventual, desviados de outros portos.

Embora de pouca expressão relativa, a movimentação de carga solta vem

apresentando crescimento em torno de 12% ao ano.

1998 1999 2000 2001 2002 2003*

Carga Geral 141.724 169.586 287.720 345.676 240.308 76.934

Porto de São Francisco do Sul

Série Histórica de Movimentação

Carga Geral não Conteinerizada - 1998 / 2003

PRODUTOQuantidades Movimentadas (ton)

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JAMENTO EM

PREMISSAS PARA A

AVALIAÇÃO DO INCREMENTO

DA MOVIMENTAÇÃO

PORTUÁRIA

projeção de qualquer cenário futuro de movimentação de

cargas, quer seja para um porto, um estado, um rio ou uma

rodovia, deve levar em consideração não só o cenário

econômico em que o setor encontra-se inserido e suas tendências para os

próximos anos, como também as diversas influências que cercam os

administradores do setor em evidência, visto que estes serão os

responsáveis pela direção do mercado.

Dessa forma, a projeção da movimentação de cargas pelo porto de São

Francisco do Sul foi elaborada levando em consideração:

a movimentação atual de cargas no porto, por tipo de carga;

o cenário econômico que envolve cada uma das cargas

movimentadas;

as expectativas dos mercados nacional e regional;

o crescimento do mercado local;

as expectativas dos operadores e usuários do porto;

a atratividade dos portos concorrentes.

A elaboração das projeções baseadas nesse conjunto de fatores visa a

obtenção de elevado grau de confiabilidade, consistentes com esse

conjunto de expectativas.

Para que tais projeções se confirmem, no futuro, diversos elementos

devem se verificar, além das tendências apresentadas pelo mercado da

região em estudo, destacando-se os aspectos políticos, econômicos,

institucionais e comerciais.

Capítulo

10

A

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JAMENTO EM

Esses elementos influenciarão os indicadores de definição da demanda,

tornando-se essenciais para o estabelecimento das estratégias do

desenvolvimento portuário.

Assim, são elencadas, a seguir, as premissas e condicionantes políticas,

econômicas, institucionais e comerciais tomadas como base para a

formulação dos cenários futuros, visando assegurar a qualidade das

estimativas e perspectivas projetadas.

Manutenção de cenário econômico favorável às exportações,

com taxas positivas de crescimento e estabilidade cambial;

Manutenção do bom ritmo de crescimento do mercado

verificado na região de estudo, gerando demandas cada vez maiores

pelos serviços oferecidos;

Continuidade das boas taxas médias de crescimento da

movimentação de mercadorias atualmente encontradas tanto no

cenário nacional, quanto no regional;

Cenário político voltado para os incentivos ao desenvolvimento

regional, principalmente no que diz respeito à infra-estrutura,

transportes e produção;

Melhoria dos sistemas de transporte terrestre, incluindo as

rodovias federais, estaduais e vicinais, além da adequação da frota

e dos equipamentos utilizados;

A aplicação de investimentos em obras para o aprofundamento

dos acessos e dos cais, no porto de São Francisco do Sul,

proporcionando condições para o atendimento de navios de maior

capacidade;

Adequação dos procedimentos operacionais do porto, com a

ampliação da capacidade dos terminais;

Investimento em modernização e especialização dos terminais,

especialmente no que se refere aos equipamentos e áreas de

estocagem, e

Manutenção de ações junto aos operadores, exportadores e

importadores para aumentar a quantidade de usuários do porto.

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JAMENTO EM

PROJEÇÕES DE

MOVIMENTAÇÃO

onforme orientação do Termo de Referência, as projeções

dos fluxos de carga foram elaboradas considerando o

horizonte de 20 anos, com a proposição e caracterização de

cenários de expectativas em três níveis distintos:

conservador, moderado e otimista.

Cada um desses cenários pressupõe taxas de crescimento diferenciadas,

baseadas no cenário econômico atuais e no histórico da movimentação de

cargas, separadas por tipo, nas expectativas de crescimento dos mercados

nacional e regional e local, nas expectativas dos operadores e usuários do

porto e na atratividade que os portos concorrentes.

As estimativas projetadas para os cenários futuros de movimentação de

cargas no porto de São Francisco do Sul, independentemente de cada um

dos cenários formulados (conservador, moderado ou otimista), pressupõe o

entendimento de que as premissas apresentadas no capítulo anterior

mantenham-se sem grandes alterações ao longo dos anos, até o horizonte

delineado pelos estudos.

A seguir serão apresentadas as diretrizes específicas que embasaram a

formulação de cada um dos cenários apresentados, com as suas respectivas

taxas de crescimento, apresentando-se antes a metodologia utilizada para a

determinação da previsão para 2003, a qual servirá como ponto de partida

para as demais projeções.

11.1. Previsão para 2003

Para proceder à estimativa da movimentação de 2003, tomou-se como base

a consolidação dos dados estatísticos do porto relativos ao primeiro

quadrimestre de 2003, utilizando-se a metodologia de comparação

percentual, ou seja, admitiu-se que a sazonalidade da movimentação em

2003 seguirá a mesma tendência do ano anterior.

Capítulo

11

C

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JAMENTO EM

Verificou-se o percentual de cargas movimentadas no primeiro

quadrimestre de 2002 em relação à movimentação total do ano, e aplicou-

se o mesmo percentual sobre o volume movimentado no mesmo período

de 2003.

Os resultados obtidos estão dispostos na tabela seguinte.

(toneladas)

Tipoe de cargas 1° Quad/03 1° Quad/02 Ano 2002 % em 2002 Projeção 03

GS - Import 193.149 184.034 569.754 32,30 597.973

GS - Export 868.381 656.770 1.883.150 34,88 2.489.900

GL 55.600 42.327 350.539 12,07 460.462

Contêiner¹ 55.374 45.714 160.187 28,54 194.037

Congelados 87.709 83.320 371.635 22,42 391.211

Carga Geral 686.190 586.557 2.004.168 29,27 2.344.597

¹ Avaliado em unidades.

Porto de São Francisco do SulPrevisão de Cargas para o Ano de 2003

11.2. Formulação dos Cenários

Conforme estabelece o Termo de Referência deste estudo, as projeções dos

fluxos de carga para o porto de São Francisco do Sul obedecerão à três

níveis de expectativa: conservador, moderado e otimista.

Visto que a economia da região apresenta-se bastante desenvolvida,

principalmente no que tange à produção agrícola e industrial, o porto de

São Francisco do Sul consolida-se como excelente opção de saída de

mercadorias regionais para o mundo.

Entretanto, embora o maior percentual de cargas se verifique no sentido de

exportação, não podem ser consideradas irrelevantes as importações

efetuadas, pois essas, em sua maioria, servem de subsídios para a produção

e exportação, como, por exemplo, os fertilizantes, onde deve-se observar-

se uma relação bastante forte entre o aumento das exportações de granéis e

das importações de fertilizantes.

Dadas as peculiaridades da vasta gama de produtos movimentados pelo

porto de São Francisco do Sul, não se deve propor uma taxa única de

projeção para todo o seu volume, sob o risco de incorrer em grandes

distorções.

Para evitar essa possibilidade, serão realizadas projeções para cada tipo de

carga, separadamente, obtendo-se, ao final, o volume total do porto a partir

do somatório dos volumes individuais.

Para cada um dos três cenários formulados, foram analisados diversos

indicadores relacionados ao crescimento da demanda de cargas, como já

mencionado:

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JAMENTO EM

A produção agrícola regional;

A produção física da agroindústria regional;

A taxa de crescimento de setores da indústria nacional;

A evolução da movimentação de cargas no porto de São

Francisco do Sul;

As taxas de crescimento dos portos concorrentes;

As taxas de crescimento dos principais portos brasileiros;

As taxas de crescimento dos mercados; e

As perspectivas dos operadores e usuários do porto de São

Francisco do Sul.

Os níveis de expectativa de cada cenário estão definidos a seguir.

1111..22..11.. CCeennáárriioo CCoonnsseerrvvaaddoorr

A elaboração do cenário conservador pressupõe que o mercado irá se

desenvolver a partir de taxas mais amenas, proporcionando o crescimento

econômico a um ritmo mais lento, onde se vislumbra a adoção de taxas de

projeção conservadoras.

Prevê-se, dessa forma, leve crescimento da movimentação atual,

mantendo-se as relações com os usuários e os fluxos gerados por eles

sempre nos menores patamares diagnosticados, ou seja, adoção de uma

situação menos favorável, sem considerar a atração sobre os portos

concorrentes, em todo o período delineado neste estudo.

A expectativa nesse cenário é de que o crescimento econômico apresente-

se constante e estável, contribuindo para crescimentos amenos da

quantidade movimentada no porto, seguindo a delimitação de que o

mercado irá agir de forma cautelosa e amena, estimando-se que apenas

60% da previsão dos usuários e operadores portuários irá se confirmar.

1111..22..22.. CCeennáárriioo MMooddeerraaddoo

A elaboração desse cenário pressupõe o desenvolvimento dos mercados a

ritmo mais intenso que o anterior, impondo-se um crescimento econômico

mais forte, onde se vislumbra a adoção de taxas maiores de projeção.

Prevê-se, dessa forma, um crescimento moderado da movimentação atual,

mantendo-se as relações com os usuários e os fluxos gerados por eles em

patamares mais altos, ou seja, a adoção de uma situação mais favorável

que o cenário anterior, já considerando, em alguns casos, a atração de

cargas de portos vizinhos.

A expectativa é de que, para algumas mercadorias, esse cenário apresente

crescimento mais intenso ao longo dos primeiros anos, dado o

aquecimento dos mercados, passando a seguir a desenvolver a taxas

menores e constantes.

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JAMENTO EM

Dadas as diferenças entre a formação dos mercados para cada um dos tipos

de mercadoria movimentados, esse cenário estabelece o desenvolvimento

de forma diferenciada para cada uma delas, apresentando, entretanto, a

mesma linha de desenvolvimento acima descrita.

Supõe-se, ainda, que, quando for o caso, as expectativas de movimentação

dos usuários e operadores portuários para os próximos anos se confirmarão

em cerca de 80% do volume total estimado.

1111..22..33.. CCeennáárriioo OOttiimmiissttaa

No cenário otimista serão incorporados ao cenário anterior os incrementos

de movimentação que vêm sendo observados ao longo dos últimos anos,

seja pelo simples crescimento dos setores econômicos, seja pela atração

sobre portos concorrentes.

Além disso, considerar-se-á que os usuários, operadores e agentes

portuários serão capazes de gerar e movimentar 100% das cargas por eles

previstas para os próximos dois anos.

Atenta-se, ainda, para o fato de que as análises do mercado regional têm

mostrado que existe demanda reprimida para a movimentação de cargas na

região, fazendo com que os portos priorizam umas em detrimento de

outras, o que não quer dizer que os portos não atendam a todas a demanda,

mas que, à falta de estrutura e/ou equipamentos especializados,

determinados portos apresentem grandes filas de espera e baixos

indicadores operacionais.

11.3. Projeções de Cargas

Os indicadores de crescimento da movimentação de cargas no porto de

São Francisco do Sul, ou seus multiplicadores básicos, foram selecionados

dentre aqueles considerados mais confiáveis, buscando-se minimizar as

interferências de áreas fora do contexto do tráfego regional.

As estimativas formuladas para os cenários futuros pressupõem, assim, a

suficiência da capacidade de produção, isto é, a manutenção da oferta dos

serviços portuários em níveis adequados ás demandas em todos os cenários

projetados.

O horizonte de projeções para cada cenário da demanda futura é o ano de

2023, sendo 2003 o ano base considerado.

O embasamento das projeções inicia-se no volume atual das

movimentações de carga no porto, refletidos pelo conjunto dos fatores

analisados, expandindo-se ano a ano, através da aplicação de índices de

crescimento variáveis conforme estipulado para cada tipo de produto e

seus respectivos cenários, até o horizonte adotado.

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JAMENTO EM

A seguir estão apresentadas, dentro da metodologia adotada, como se

procederam as estimações para cada um dos produtos selecionados, em

seus diversos cenários, bem como as taxas de crescimento e sua forma de

aplicação.

1111..33..11.. GGrraannééiiss SSóólliiddooss ddee IImmppoorrttaaççããoo

Segundo as entrevistas locais realizadas com os diversos usuários, agentes

e operadores portuários, existe a tendência de acréscimo do volume

movimentado de granéis sólidos de importação, estimado em cerca de

1.000.000 de toneladas, já para o ano de 2003 / 2004. Esse acréscimo de

movimentação dar-se-ia em função, principalmente, do aumento da

capacidade de estocagem na retroárea do porto.

Com base nas diretrizes traçadas para a elaboração dos cenários e nas

previsões de incremento de movimentação vislumbradas pelos operadores

e usuários do porto, foram feitas as projeções a seguir.

Cenário Conservador:

Foram adotadas as seguintes variantes:

Porto de São Francisco do Sul

Variantes Utilizadas para a Projeção de Cargas

Granéis Sólidos de Importação – Cenário Conservador

Variantes Valor

Taxa de crescimento anual 5,5 % a.a.

Incremento direto de cargas 1º ano 500.000 t

Incremento direto de cargas 2º ano 100.000 t

A taxa de crescimento do setor será aplicada de forma estável e

constante, na perspectiva de que o mercado atuaria em níveis mais

baixos de crescimento durante todo o período projetado, optando-se por

adotar a menor das taxas de crescimento médio anual obtidas, durante os

últimos cinco anos, entre os portos concorrentes da região, qual seja,

5,5% ao ano (no porto de Paranaguá).

Isso quer dizer que o porto irá crescer desde os primeiros anos, em

média, com a taxa projetada para o período, em torno de 5,5% ao ano.

Além disso, conforme definido na formulação dos cenários e tomando-se

por base que o mercado agirá de forma mais cautelosa e amena, adotou-

se que 60% da previsão de implementação de cargas feita pelos usuários

e operadores portuários para os próximos dois anos irão se confirmar.

Entretanto, esse volume será aplicado de forma adicional sobre aquele já

projetado para o ano, dividindo-se da seguinte forma: 50% em 2003 e

10% em 2004.

Cenário Moderado:

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JAMENTO EM

A elaboração do cenário moderado pressupôs o desenvolvimento dos

mercados a ritmo mais acelerado, com crescimento econômico um pouco

mais forte, gerando fluxos de carga em patamares mais altos.

Por se consolidar em cenário mais forte, pressupondo um mercado mais

aquecido, adotou-se, inicialmente, que 80% da previsão de

implementação de cargas feita pelos usuários e operadores portuários

para os próximos dois anos irão se confirmar, aplicadas da mesma

maneira como estabelecido para o cenário anterior, nas proporções de

60% e 20%, respectivamente. Assim, aplicar-se-á o volume de 600.000

toneladas em 2004 e 200.000 em 2005.

Pelos motivos já expostos no primeiro capítulo, no que diz respeitos às

tendências futuras da movimentação de granéis sólidos de importação,

optou-se, visando manter a segurança das projeções realizadas, utilizar a

taxa de crescimento da movimentação de fertilizantes, em detrimento das

de trigo.

Dessa forma, como a importação de fertilizantes está vinculada de forma

direta com a produção agrícola do próprio estado, a taxa de crescimento

utilizada para as projeções, nesse cenário, foi a resultante da ponderação

entre as taxas de crescimento apresentadas pelo setor agrícola regional4 e

pela própria indústria de fertilizante no Brasil, a qual resultou num

patamar de 8,5% de crescimento ao ano.

Imaginou-se, assim, que no cenário moderado essas cargas cresceriam, a

taxas decrescentes, no período de 10 anos, a partir de quando cresceriam

a ritmo mais lento, conforme o verificado para o cenário conservador.

Segundo a metodologia apresentada, assim apresentam-se as taxas

projetadas para esse cenário:

Porto de São Francisco do Sul

Taxas de Crescimento Projetadas

Granéis Sólidos de Importação – Cenário Moderado

Ano Taxa

2004 8,50%

2005 8,10%

2006 7,72%

2007 7,35%

2008 7,01%

2009 6,67%

2010 6,36%

2011 6,06%

2012 5,77%

2013 a 2023 5,50% Cenário Otimista:

4 Tomadas como referência as taxas médias de crescimento das culturas de soja, milho e

trigo na região Sul do país.

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JAMENTO EM

Para a formulação do cenário otimista, pressupõe-se que o mercado estará

funcionando a pleno emprego. Dessa forma, parte-se da premissa de que

serão incorporados ao porto percentuais mais elevados de movimentação,

seja pelo próprio crescimento dos setores econômicos ou pela sua atração

sobre o mercado dos portos concorrentes.

O crescimento do setor será dado de forma gradual, partindo-se das

maiores taxas verificadas pelo setor até a sua amenização no patamar

indicado pelo cenário anterior. A adoção da projeção de movimentação

com a utilização de taxas decrescentes indica que o porto de São Francisco

do Sul crescerá mais intensamente nos primeiros anos, quando captará

parte do tráfego dos portos vizinhos, a partir de quando continuará

crescendo com taxas mais amenas, em conformidade ao comportamento

do seu próprio mercado.

Neste cenário, entretanto, foram utilizadas taxas mais fortes nos anos

iniciais, partindo-se da atual taxa de crescimento verificada, com a

tendência de que essas taxas caiam a ritmo mais acelerado nos primeiros

cinco anos, dado o próprio ritmo do mercado, a partir de quando

decresceriam de forma mais amena.

Dessa forma, as atuais taxas de crescimento do porto decresceriam até o

ano de 2009 a ritmo mais acelerado, a partir de quando se igualariam às

taxas moderadas de projeção até atingirem um patamar mais ameno

projetado para o crescimento do setor nos próximos anos.

A tabela seguinte permite a melhor visualização das taxas de crescimento

que foram aplicadas ao longo desse cenário.

Porto de São Francisco do Sul

Taxas de Crescimento da Movimentação de Cargas

Granéis Sólidos de Importação – Cenário Otimista Ano Taxa

2005 19,00%

2006 14,62%

2007 11,26%

2008 8,66%

2009 6,67%

2010 6,35%

2011 6,05%

2012 5,77%

2013 5,50%

Além disso, considerar-se-á, para o cenário otimista, que o os usuários,

operadores e agentes portuários serão capazes de gerar e movimentar

100% das cargas por eles previstas para os próximos dois anos.

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JAMENTO EM

Definidas as variantes para a projeção de cada um dos cenários

apresentados, foram procedidos os cálculos das projeções que apontaram o

patamar apresentado na tabela e no gráfico seguintes.

1111..33..22.. GGrraannééiiss SSóólliiddooss ddee EExxppoorrttaaççããoo

Segundo os resultados das entrevistas locais, verificou-se que existe a

tendência ao acréscimo do volume movimentado de granéis sólidos de

exportação, estimando em cerca de 3.000.000 de toneladas, já para o ano

de 2003/2004.

Esse incremento dar-se-á, basicamente, pela ampliação das instalações de

armazenamento de granéis na retroárea do porto e pela instalação de novos

equipamentos de ~embarque. Esses dois fatores aliados permitirão, ainda,

a melhoria dos indicadores operacionais para as operações de exportação

de granéis, promovendo atendimento mais eficiente aos navios.

0

1.000.000

2.000.000

3.000.000

4.000.000

5.000.000

6.000.000

7.000.000

2002 2003 2005 2008 2013 2018 2023

conservador moderado otimista

Ano Conservador Moderado Otimista

2002 569.754 569.754 569.754

2003 1.097.973 1.197.973 1.397.973

2005 1.327.572 1.621.267 2.042.993

2008 1.558.890 2.006.104 2.831.092

2013 2.037.406 2.693.850 3.800.693

2018 2.662.809 3.520.754 4.967.354

2023 3.480.184 4.601.485 6.492.133

Porto de São Francisco do Sul

Granéis Sólidos de Importação

Comparação entre os Cenários Projetados

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PLANEE

JAMENTO EM

Com base nos parâmetros anteriormente definidos para a evolução de cada

um dos cenários e nas previsões de incremento de movimentação,

definem-se, a seguir, as variantes que construíram os cenários.

Cenário Conservador:

Foram adotadas as variantes listadas na tabela seguinte.

Porto de São Francisco do Sul

Variantes Utilizadas para a Projeção de Cargas

Granéis Sólidos de Exportação – Cenário Conservador

Variantes Valor

Taxa de crescimento anual 4,5 % a.a.

Incremento direto de cargas 1º ano 1.500.000 t

Incremento direto de cargas 2º ano 300.000 t

A taxa de crescimento do setor será aplicada de forma estável e constante,

em conformidade com a premissa de que o mercado atuaria em níveis mais

baixos de crescimento durante todo o período, optando-se por adotar a

menor das taxas médias obtidas de crescimento anual durante os últimos

cinco anos, entre os portos da região, qual seja, 4,5% ao ano, verificadas

no próprio porto de São Francisco do Sul5.

Além disso, conforme definido na formulação dos cenários e

considerando-se que o mercado cresceria de forma mais amena, adotou-se

que 60% da previsão feita pelos usuários e operadores portuários para os

próximos dois anos irão se confirmar, aplicando-se de forma adicional

sobre aquele já projetado para o ano, dividindo-se 50% em 2003 e 10% em

2004.

Cenário Moderado:

A elaboração desse cenário pressupôs o desenvolvimento dos mercados a

ritmo mais acelerado, gerando fluxos de carga em patamares um pouco

mais altos que no cenário anterior.

O pressuposto de um mercado mais aquecido, levou a adotar-se,

inicialmente, que 80% da previsão de implementação de cargas feita pelos

usuários e operadores portuários para os próximos dois anos irão se

confirmar, aplicadas percentualmente entre os anos, considerando-se

1.800.000 toneladas no ano de 2004 e 600.000 em 2005.

5 Descartado, nesse caso, o porto de Rio Grande, que apresentou taxas negativas de

crescimento nesse setor.

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TRANSPORTE CONSULTORIA LTDA

PLANEE

JAMENTO EM

Para a definição da taxa de projeção a ser utilizada, levou-se em

consideração a taxa de crescimento do principal produto exportado pelo

porto, no caso, a soja, a qual já corresponde, atualmente, a cerca de 76%

de toda a exportação de granéis efetuada por São Francisco do Sul, seja

sob forma de grãos ou farelos.

Pressupõe-se, ainda, que o crescimento de movimentação proposto pelo

cenário moderado dar-se-á em conformidade à produção, que vem se

desenvolvendo ao ritmo de 7% ao ano, ocorrendo em taxas decrescentes,

até atingir um patamar mais suave em concordância com o crescimento do

mercado.

Dessa forma, as taxas a serem aplicadas ao longo do período projetado

seriam as constantes na tabela seguinte.

Porto de São Francisco do Sul

Taxas de Crescimento Projetadas

Granéis Sólidos de Exportação – Cenário Moderado

Ano Taxa

2004 7,00%

2005 6,66%

2006 6,35%

2007 6,04%

2008 5,75%

2009 5,48%

2010 5,21%

2011 4,96%

2012 4,73%

2013 a 2023 4,50%

Cenário Otimista:

Pressupõe-se, para a formulação do cenário otimista, que o mercado estará

funcionando a pleno emprego, com toda a sua capacidade produtiva em

operação, sendo incorporados ao porto percentuais mais elevados, seja

pelo próprio crescimento dos setores econômicos ou pela sua atração sobre

a movimentação dos portos vizinhos.

Para a definição das taxas de movimentação projetadas nesse cenário,

levou-se em consideração tanto a taxa média de crescimento do cultivo de

soja (7%a.a.), quanto de milho (12%a.a.), considerando-se a média

ponderada dessas duas taxas, na proporção em que são atualmente

exportadas pelo porto de São Francisco do Sul, o que resulta em projeção

conjunta de crescimento em torno de 8,5% ao ano.

Na construção do cenário otimista, admitiu-se, ainda, que a tendência seria

decrescente, desde os 8,5% projetados até o ano de 2005, igualando-se, a

partir de então, às taxas de projeção da perspectiva moderada, até

atingirem patamar mais ameno, da ordem de 4,5% a partir de 2013.

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PLANEE

JAMENTO EM

A tabela seguinte permite a melhor visualização das taxas de crescimento

que foram aplicadas ao longo desse cenário.

Porto de São Francisco do Sul

Taxas de Crescimento Projetadas

Granéis Sólidos de Exportação – Cenário Otimista

Ano Taxa

2005 8,50%

2006 7,62%

2007 6,83%

2008 6,12%

2009 5,48%

2010 5,22%

2011 4,97%

2012 4,73%

2013 a 2023 4,50%

Por se consolidar em um cenário onde os fatores econômicos estarão sendo

plenamente empregados na produção, pressupondo ainda manterem-se

constantes todas as premissas anteriormente delineadas, adotou-se que

100% da previsão de implementação de cargas feita pelos usuários e

operadores portuários para os próximos dois anos irão se confirmar,

aplicadas percentualmente entre os anos.

Definidas as variantes para cada um dos cenários apresentados, procedeu-

se às projeções que apontaram o seguinte quadro:

Ano Conservador Moderado Otimista

2002 1.883.150 1.883.150 1.883.150

2003 3.989.900 4.289.900 4.889.900

2005 4.670.571 5.536.104 6.195.291

2008 5.329.897 6.584.992 7.557.860

2013 6.642.021 8.394.666 9.506.868

2018 8.277.167 10.461.281 11.847.287

2023 10.314.856 13.036.659 14.763.875

Comparação entre os Cenários Projetados

Granéis Sólidos de Exportação

Porto de São Francisco do Sul

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108

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JAMENTO EM

Porto de São Francisco do Sul

Comparação entre os Cenários Projetados

Granéis Sólidos de Exportação

1111..33..33.. GGrraannééiiss LLííqquuiiddooss

As entrevistas realizadas com os diversos usuários, agentes e operadores

portuários locais, mostraram que existe a expectativa de crescimento do

volume movimentado de granéis líquidos, estimando em cerca de 300.000

toneladas para os anos de 2003/2004. Esse acréscimo ocorreria,

principalmente, em função do incremento na capacidade de armazenagem

na retroárea do porto.

Com base nos parâmetros anteriormente definidos, foram definidas as

composições dos cenários de projeção e de movimentação em

conformidade às variantes definidas a seguir.

Cenário Conservador:

Porto de São Francisco do Sul

Variantes Utilizadas para a Projeção de Cargas

Granéis Líquidos – Cenário Conservador

Variantes Valor

Taxa de crescimento anual 4,5 % a.a.

Incremento direto de cargas 1º ano 150.000 t

Incremento direto de cargas 2º ano 30.000 t

A taxa de crescimento do setor será aplicada de forma estável e constante,

em conformidade com a premissa de que o mercado atuaria em níveis mais

baixos de crescimento durante todo o período projetado, adotando-se a

0

2.000.000

4.000.000

6.000.000

8.000.000

10.000.000

12.000.000

14.000.000

16.000.000

2002 2003 2005 2008 2013 2018 2023

conservador moderado otimista

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JAMENTO EM

menor das taxas de crescimento médio anual obtidas, durante os últimos

cinco anos, entre os portos da região, qual seja, 4,5% ao ano, obtido pelas

médias de Rio Grande e Paranaguá6.

Além disso, conforme definido na formulação dos cenários e tomando-se

por base que o mercado agirá de forma mais cautelosa e amena, adotou-se

que 60% da previsão de implementação de cargas feita pelos usuários e

operadores portuários para os próximos dois anos irão se confirmar.

Entretanto, esse volume será aplicado de forma adicional sobre aquele já

projetado para o ano, dividindo-se da seguinte forma: 50% em 2003 e 10%

em 2004.

Cenário Moderado:

A elaboração desse cenário pressupôs o desenvolvimento dos mercados a

ritmo mais acelerado, impondo um crescimento econômico um pouco mais

forte, gerando fluxos de carga mais altos, utilizando-se as seguintes

variantes:

Porto de São Francisco do Sul

Taxas de Crescimento Projetadas

Granéis Líquidos – Cenário Moderado

Ano Taxa

2004 7,00%

2005 6,66%

2006 6,35%

2007 6,04%

2008 5,75%

2009 5,48%

2010 5,21%

2011 4,96%

2012 4,73%

2013 a 2023 4,50%

Como o incremento do volume de óleo de soja está vinculado, não só a

capacidade de esmagamento das indústrias, mas também a própria

produção agrícola, propõe-se, para o cenário em questão, que a produção

de óleo aumente na mesma proporção que seu insumo principal, a soja,

estimando-se, assim, que a produção de óleo crescerá a taxas constantes de

7% ao ano. Essa taxa tenderia a decrescer até atingir patamares mais

moderados, como mostrado na tabela.

Adotou-se, ainda, que 80% da previsão dos usuários e operadores

portuários para a movimentação dessa carga irão se confirmar, para os

6 À exceção do porto de Itajaí, que só pode ter sua taxa de crescimento aferida, para óleo

vegetal, entre os anos de 2000 e 2001, não se tornando, dessa forma, comparativo com os

demais.

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JAMENTO EM

próximos dois anos, aplicadas percentualmente, na mesma proporção

estabelecida para o cenário anterior.

Cenário Otimista:

Pressupõe-se, neste caso, que o mercado estará funcionando a pleno

emprego, com toda a sua capacidade produtiva em operação, sendo

incorporados ao porto percentuais mais elevados de movimentação, seja

pelo próprio crescimento dos setores econômicos ou pela sua atração sobre

o mercado regional.

O mercado de óleo de soja tem imposto, atualmente, crescimento mais

acelerado do que a própria produção de soja, indicando a ocorrência de

absorção de maior parcela da produção para esse fim a cada ano.

Entretanto, sabe-se que, em algum momento, o mercado encontrará seu

ponto de equilíbrio, a partir de quando deverá crescer de forma mais

amena.

Assim, o crescimento do setor será dado de forma gradual, com a

utilização das taxas decrescentes, partindo-se do maior patamar

verificado7 até sua amenização, como mostra a tabela seguinte.

Porto de São Francisco do Sul

Taxas de Crescimento Projetadas

Granéis Líquidos – Cenário Otimista

Ano Taxa

2004 12,00%

2005 10,76%

2006 9,65%

2007 8,66%

2008 7,76%

2009 6,96%

2010 6,24%

2011 5,60%

2012 5,02%

2013 a 2023 4,50%

Além disso, considerar-se-á que os usuários, operadores e agentes

portuários serão capazes de gerar e movimentar 100% das cargas por

eles previstas para os próximos dois anos.

Definidas as variantes para cada um dos cenários apresentados,

procederam-se os cálculos das projeções, as quais apontaram o patamar

indicado na tabela e gráfico seguintes.

7 No caso, a taxa de crescimento da indústria brasileira de óleo vegetal (12%a.a.).

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JAMENTO EM

Ano Conservador Moderado Otimista

2002 350.539 350.539 350.539

2003 610.462 640.462 700.462

2005 699.819 794.966 945.859

2008 801.824 948.053 1.248.183

2013 1.005.930 1.237.505 1.695.104

2018 1.261.991 1.542.156 2.112.409

2023 1.583.233 1.921.807 2.632.445

Granéis Líquidos

Porto de São Francisco do Sul

Comparação entre os Cenários Projetados

Porto de São Francisco do Sul

Comparação entre os Cenários Projetados

Granéis Líquidos

1111..33..44.. CCoonnttêêiinneerreess

As opiniões obtidas nas entrevistas realizadas com os diversos usuários,

agentes e operadores portuários locais, mostraram certa contradição: ao

mesmo tempo em que se afirmava a inexistência de tendência de

crescimento das quantidades movimentadas de contêineres para os

próximos anos, avaliava-se a possibilidade de taxa de apenas 5% de

incremento anual.

0

500.000

1.000.000

1.500.000

2.000.000

2.500.000

3.000.000

2002 2003 2005 2008 2013 2018 2023

conservador moderado otimista

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JAMENTO EM

Segundo os entrevistados, a dificuldade na previsão deve-se,

principalmente, aos atuais fatores limitantes do porto, já abordados

anteriormente.

Dessa forma, as projeções serão dadas conforme segue:

Cenário Conservador:

Com base nas premissas tomadas para a formulação do cenário

conservador e nas tendências apresentadas pelo mercado de contêineres,

foi admitido que o mercado atuará em níveis mais baixos de crescimento

durante todo o período projetado.

Dessa forma, adotou-se que as taxas de crescimento atualmente verificadas

no porto decresceriam em patamares bastante elevados indicando o próprio

esgotamento da capacidade local. Assim, verificou-se a que percentual as

taxas de crescimento do porto decresceram no período de 2002 em relação

ao projetado de 2003. Esse percentual foi aplicado de forma constante,

fazendo com que as taxas de crescimento do setor caíssem de forma

bastante acelerada, até atingirem um patamar de crescimento em torno de

1,3% ao ano. Dessa forma, as taxas de crescimento projetadas para o setor

foram as seguintes.

Porto de São Francisco do Sul Taxas de Crescimento Projetadas

Contêineres – Cenário Conservador

Cenário Moderado:

A elaboração desse cenário pressupôs o desenvolvimento dos mercados a

ritmo mais acelerado, impondo crescimento econômico um pouco mais

forte, com a geração de fluxos de carga em patamares mais elevados.

Entretanto, para os anos iniciais do período projetado, admite-se que

haverá decréscimo das atuais taxas de crescimento, para nível mais

Ano Taxa

2003 21,00%

2004 10,42%

2005 5,17%

2006 2,56%

2007 1,27%

2008 1,27%

2009 1,27%

2010 1,27%

2011 1,27%

2012 1,27%

2013 1,27%

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113

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JAMENTO EM

moderado do que o previsto para o cenário anterior, projetando-se que as

mesmas caiam, no período de 10 anos, até atingirem patamares mais

amenos de crescimento econômico, ficando em torno de 2,5% ao ano.

Dessa forma, apresentam-se, a seguir, as taxas de crescimento projetadas

para o cenário em questão:

Porto de São Francisco do Sul

Taxas de Crescimento Projetadas

Contêineres – Cenário Moderado

Ano Taxa

2003 21,00%

2004 16,97%

2005 13,72%

2006 11,09%

2007 8,96%

2008 7,25%

2009 5,86%

2010 4,73%

2011 3,83%

2012 3,09%

2013 a 2023 2,50%

Cenário Otimista:

Pressupõe-se, para a formulação do cenário otimista, que o mercado estará

funcionando a pleno emprego. Dessa forma, parte-se da premissa de que

serão incorporados ao porto percentuais mais elevados de movimentação,

seja pelo crescimento dos próprios setores econômicos ou pela sua atração

sobre o tráfego dos portos vizinhos.

A movimentação de contêineres na região sul do país tem apresentado

crescimento bem acima da média nacional indicando o seu forte potencial.

Entretanto, adota-se a premissa de que dentro do período dos próximos dez

anos essa movimentação deverá voltar a crescer segundo taxas

compatíveis com a evolução da economia nacional, que, deverá ficar em

torno de 3,5% ao ano.

Para que se pudesse definir qual o indicador a ser utilizado, verificou-se a

taxa média anual de crescimento da movimentação de contêineres nos

principais portos brasileiros. Foram analisados os portos de Manaus,

Belém, Fortaleza, Suape, Salvador, Vitória, Rio de Janeiro, Santos,

Paranaguá, São Francisco do Sul, Itajaí e Rio Grande, e o resultado obtido

foi a taxa média de crescimento anual de aproximadamente 8% ao ano.

Essa taxa foi mantida nas projeções, durante um período de 4 anos, dada a

premissa de que o porto de São Francisco do Sul será capaz de manter tal

nível de crescimento por este período, em virtude da consolidação das

cargas, plena utilização dos berços e melhoria dos indicadores

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JAMENTO EM

operacionais, a partir de quando teria sua movimentação nos mesmos

patamares que os principais portos brasileiros, a partir de quando voltariam

a decrescer até atingir os valores imaginados para a economia nacional.

A tabela seguinte permite a melhor visualização das taxas de crescimento

que foram aplicadas ao longo desse cenário.

Porto de São Francisco do Sul

Taxas de Crescimento Projetadas

Contêineres – Cenário Otimista

Ano Taxa

2003 21,00%

2004 17,56%

2005 14,68%

2006 12,27%

2007 10,26%

2008 a 2011 8,58%

2012 7,17%

2013 5,99%

2014 5,01%

2015 4,19%

2016 a 2023 3,50%

Definidas as variantes para a projeção de cada um dos cenários

apresentados, procederam-se os cálculos que apontaram o quadro

apresentado a seguir.

(em TEUS)

Ano Conservador Moderado Otimista

2002 259.503 259.503 259.503

2003 314.339 314.339 314.339

2005 365.012 418.146 423.759

2008 383.939 542.834 569.537

2013 408.946 660.289 828.062

2018 435.582 747.056 1.004.469

2023 463.953 845.225 1.192.994

Porto de São Francisco do Sul

Comparação entre os Cenários Projetados

Contêineres

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115

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PLANEE

JAMENTO EM

Gráfico – 06

Porto de São Francisco do Sul

Comparação entre os Cenários Projetados

Contêineres

1111..33..55.. CCaarrggaa CCoonnggeellaaddaa

As entrevistas locais realizadas detectaram a expectativa de crescimento

do movimento de carga congelada, embora o porto conte com a existência

de apenas um armazém especializado, localizado em terminal próximo ao

porto.

Com base nos parâmetros definidos, nas previsões de incremento de

movimentação e nas características do mercado, desenharam-se os

diversos cenários, em conformidade com as definições a seguir.

Cenário Conservador:

Neste cenário a taxa de crescimento do setor será aplicada de forma estável

e constante, em conformidade com a premissa de que o mercado atuaria

em níveis mais baixos de incremento durante todo o período projetado.

Optou-se por adotar a taxa de crescimento prevista entre o período de 2002

e 2003 no porto de São Francisco do Sul, que deve girar em torno de 5%

ao ano.

Cenário Moderado:

0

200.000

400.000

600.000

800.000

1.000.000

1.200.000

1.400.000

2002 2003 2005 2008 2013 2018 2023

conservador moderado otimista

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116

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JAMENTO EM

O mercado de congelados tem imposto ao porto, atualmente, o crescimento

mais acelerado dentre todos os tipos de cargas movimentadas. Esse

crescimento ocorre, principalmente, pelo congestionamento dos portos

vizinhos, que não têm como atender de pronto aos navios reefer, forçando

o seu desvio para outros portos.

Nessa situação, o crescimento de movimentação dessas mercadorias,

embora venha a ocorrer deverá obedecer a taxas menores, ao longo dos

anos, partindo-se da média de crescimento apresentada pelos portos da

região nos últimos cinco anos (34%a.a.), até que o mercado apresente

crescimento mais ameno, em conformidade ao crescimento econômico

esperado, conforme a tabela seguinte.

Porto de São Francisco do Sul

Taxas de Crescimento da Movimentação de Cargas

Carga Congelada – Cenário Moderado

Ano Taxa

2004 34,00%

2005 25,44%

2006 19,04%

2007 14,25%

2008 10,66%

2009 7,98%

2010 5,97%

2011 4,47%

2012 3,34%

2013 a 2023 2,50%

Cenário Otimista:

O cenário otimista pressupõe que o mercado estará funcionando a pleno

emprego, com toda sua capacidade produtiva em operação, sendo

observados percentuais mais elevados de movimentação, pelo próprio

crescimento do setor econômico e pela atração sobre o tráfego dos portos

vizinhos.

Dessa forma, estimou-se que a taxa de crescimento das cargas congeladas

atingirá patamares mais amenos no período de cinco anos, quando

decresceria de forma mais acentuada, até atingir os mesmos níveis do

cenário anterior.

Esse incremento inicial de carga seria dado, principalmente, pela atração

de cargas dos demais portos, seguindo-se o atendimento às mesmas taxas

do crescimento do mercado, como mostra a tabela seguinte.

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JAMENTO EM

Porto de São Francisco do Sul

Taxas de Crescimento da Movimentação de Cargas

Carga Congelada – Cenário Otimista

Ano Taxa

2004 43,00%

2005 29,28%

2006 19,94%

2007 13,58%

2008 9,25%

2009 6,30%

2010 5,00%

2011 3,97%

2012 3,15%

2013 2,50%

Definidas as variantes para a projeção de cada um dos cenários

apresentados, procederam-se os cálculos que apontaram os seguintes

níveis de movimentação para os próximos vinte anos.

Ano Conservador Moderado Otimista

2002 371.635 371.635 371.635

2003 391.211 401.211 401.211

2005 431.311 674.406 797.363

2008 499.296 1.014.950 1.349.663

2013 637.242 1.316.453 1.688.198

2018 813.300 1.489.445 1.910.042

2023 1.038.000 1.685.171 2.161.037

Carga Congelada

Porto de São Francisco do Sul

Comparação entre os Cenários Projetados

Porto de São Francisco do Sul

Comparação entre os Cenários Projetados

Carga Congelada

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JAMENTO EM

1111..33..66.. CCaarrggaa GGeerraall

As entrevistas realizadas com os diversos usuários, agentes e operadores

portuários locais, indicaram a expectativa de acréscimo imediato de

350.000t anuais no volume total movimentado de carga geral não

conteinerizada, através da atração de 6 a 7 navios/mês a serem desviados

do porto de Antonina.

Ressalta-se que essa carga era movimentada anteriormente por São

Francisco do Sul e foi desviada para Antonina, segundo informações dos

agentes, em função da prioridade de atracação concedida naquele terminal,

visto que pratica os mesmos preços de São Francisco do Sul.

Entretanto, com o iminente congestionamento de Antonina, devido ao

aumento da carga reefer movimentada pela Sadia, Perdigão e Seara, essa

carga pode ser redirecionada ao porto de São Francisco, bastando que esse

disponibilize um berço que atenda ao fluxo projetado.

Para a projeção da movimentação futura de carga geral foi considerado

apenas o volume de cargas não conteinerizadas. Dessa forma, o volume foi

calculado com base na diferença entre o total de carga geral, excetuando-se

as referidas tonelagens de contêineres, obtendo-se os seguintes resultados:

0

500.000

1.000.000

1.500.000

2.000.000

2.500.000

2002 2003 2005 2008 2013 2018 2023

conservador moderado otimista

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JAMENTO EM

1998 1999 2000 2001 2002 2003*

Carga Geral 141.724 169.586 287.720 345.676 240.308 76.934

Porto de São Francisco do Sul

Série Histórica de Movimentação

Carga Geral não Conteinerizada - 1998 / 2003

PRODUTOQuantidades Movimentadas (ton)

Dado o disposto, com base nos parâmetros definidos, nas previsões de

incremento de movimentação e nas características do mercado,

desenharam-se os diversos cenários, em conformidade com os parâmetros

a seguir.

Cenário Conservador:

A taxa de crescimento será aplicada de forma constante, considerando a

premissa de que o mercado atuaria em níveis mais baixos de crescimento

durante todo o período projetado, optando-se pela adoção da mesma taxa

de crescimento físico da indústria de transformação, notadamente do

setor ligado à madeira8, no estado do Paraná, que se situa em torno de

4,5% ao ano.

Cenário Moderado:

A elaboração desse cenário pressupôs o desenvolvimento dos mercados a

ritmo mais acelerado, proporcionando o crescimento econômico um

pouco mais forte, gerando fluxos de carga em patamares mais altos.

Dessa forma, foram adotadas as seguintes variantes:

Embora no ano de 2002 os volumes de carga geral não conteinerizada

tenham sofrido pequeno decréscimo, esse tipo de carga tem apresentado,

ao longo dos últimos cinco anos, crescimento bastante acelerado, com

taxas anuais que chegam a 69% no ano de 2000.

Esse crescimento é dado, principalmente, pelo desvio de navios dos

portos vizinhos, os quais registram congestionamento. Entretanto,

estima-se que, com o investimento dos portos, o mercado tenderá ao

equilíbrio, quando deverá crescer em patamares mais amenos.

Dessa forma, o crescimento previsto para o cenário moderado será dado

de forma gradual, com a utilização de taxas decrescentes, partindo-se de

patamares mais altos até a sua amenização.

Além disso, adotou-se que cerca de 60% da previsão de implementação

de cargas, feita pelos usuários e operadores portuários para os próximos

8 Adotou-se o setor ligado à madeira por ser este o produto de maior volume

movimentado no setor.

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JAMENTO EM

dois anos, irão se confirmar, aplicado de forma adicional sobre aquele já

projetado para o ano, dividindo-se da seguinte forma: 50% em 2003 e

10% em 2004.

Dado o exposto, adotou-se que o mercado se comportaria, inicialmente,

crescendo a taxas decrescentes, calculadas com base na deflação média

de crescimento dos portos brasileiros para carga geral (10%a.a.) até

atingir, no final do período, o índice de crescimento econômico

esperado.

A tabela seguinte permite a melhor visualização das taxas de

crescimento que serão aplicadas ao longo do cenário moderado.

Porto de São Francisco do Sul

Taxas de Crescimento da Movimentação de Cargas

Carga Geral não Conteinerizada – Cenário Moderado

Ano Taxa

2004 10,00%

2005 8,57%

2006 7,35%

2007 6,30%

2008 5,40%

2009 4,63%

2010 3,97%

2011 3,40%

2012 2,92%

2013 a 2023 2,50%

Cenário Otimista:

Pressupõe-se, para a formulação do cenário otimista, que o mercado

estará funcionando a pleno emprego, com toda a sua capacidade

produtiva em operação, incorporando-se ao porto percentuais mais

elevados de movimentação, verificando-se, além do próprio crescimento

dos setores econômicos, atração sobre o mercado dos portos vizinhos.

Dessa forma, irá se verificar, ao longo dos primeiros anos, crescimento

mais acentuado de cargas, que deverá atingir patamares mais moderados

ao longo do período, até atingir as taxas estimadas para o crescimento da

própria economia.

Nesse sentido, foi utilizada como ponto de partida a própria taxa de

crescimento verificada pelo porto de São Francisco do Sul, ao longo dos

últimos cinco anos (14%a.a.).

Adotou-se, ainda, que 100% da previsão de implementação de cargas

diretas, feita pelos usuários e operadores portuários para os próximos

dois anos, irão se confirmar. Esse volume será aplicado sob as projeções

da seguinte forma: 80% em 2004 e 20% em 2005.

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JAMENTO EM

A tabela seguinte permite a melhor visualização das taxas de

crescimento que serão aplicadas ao longo desse cenário.

Porto de São Francisco do Sul

Taxas de Crescimento da Movimentação de Cargas

Carga Geral não Conteinerizada – Cenário Otimista

Ano Taxa

2004 14,00%

2005 11,56%

2006 9,55%

2007 7,89%

2008 6,51%

2009 5,38%

2010 4,44%

2011 3,67%

2012 3,03%

2013 a 2023 2,50%

Definidas as variantes para a projeção de cada um dos cenários

apresentados, procederam-se os cálculos que apontaram o seguinte

patamar:

Ano Conservador Moderado Otimista

2002 240.308 240.308 240.308

2003 312.247 312.247 312.247

2005 340.982 658.211 744.661

2008 389.117 800.703 1.057.074

2013 484.911 968.776 1.406.424

2018 604.287 1.207.849 1.753.499

2023 753.051 1.505.920 2.186.224

Porto de São Francisco do Sul

Comparação entre os Cenários Projetados

Carga Geral não Conteinerizada

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JAMENTO EM

Porto de São Francisco do Sul

Comparação entre os Cenários Projetados

Carga Geral não Conteinerizada

0

500.000

1.000.000

1.500.000

2.000.000

2.500.000

2002 2003 2005 2008 2013 2018 2023

conservador moderado otimista

11.4. Resultados Gerais

Aplicando a metodologia descrita anteriormente e consolidando-se os

resultados apresentados pelas projeções de cada tipo de mercadoria para

cada cenário imaginado, pôde-se obter uma perspectiva geral do fluxo de

cargas esperado para os próximos anos.

As tabelas seguintes apresentam esse resultado.

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JAMENTO EM

(toneladas)

2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013

GS - Importação 1.097.973 1.258.362 1.327.572 1.400.588 1.477.621 1.558.890 1.644.629 1.735.083 1.830.513 1.931.191 2.037.406

GS - Exportação 3.989.900 4.469.446 4.670.571 4.880.746 5.100.380 5.329.897 5.569.742 5.820.381 6.082.298 6.356.001 6.642.021

Granéis Líquidos 610.462 668.787 699.819 732.291 766.269 801.824 839.028 877.959 918.697 961.324 1.005.930

Contêiner¹ 194.037 214.248 225.316 231.090 234.027 236.999 240.009 243.057 246.144 249.270 252.436

Congelados² 391.211 410.772 431.311 452.876 475.520 499.296 524.261 550.474 577.997 606.897 637.242

Carga Geral 312.247 326.299 340.982 356.326 372.361 389.117 406.627 424.926 444.047 464.029 484.911

Bobinas - Importação 110.000 550.000 620.000 800.000 1.000.000 1.000.000 1.000.000 1.000.000 1.000.000 1.000.000 1.000.000

Bobinas - Exportação 11.000 55.000 62.000 80.000 100.000 100.000 100.000 100.000 100.000 100.000 100.000

Sub-Total Boxes 194.037 214.248 225.316 231.090 234.027 236.999 240.009 243.057 246.144 249.270 252.436

Sub-Total TEUS 314.339 347.081 365.012 374.366 379.124 383.939 388.815 393.753 398.754 403.818 408.946

Sub-Total Toneladas 6.131.583 7.188.665 7.532.254 7.902.827 8.292.150 8.679.023 9.084.287 9.508.822 9.953.552 10.419.443 10.907.510

(toneladas)

2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023

GS - Importação 2.149.464 2.267.684 2.392.407 2.523.989 2.662.809 2.809.263 2.963.773 3.126.780 3.298.753 3.480.184

GS - Exportação 6.940.912 7.253.253 7.579.650 7.920.734 8.277.167 8.649.640 9.038.873 9.445.623 9.870.676 10.314.856

Granéis Líquidos 1.052.605 1.101.446 1.152.553 1.206.031 1.261.991 1.320.547 1.381.821 1.445.937 1.513.029 1.583.233

Contêiner¹ 255.642 258.889 262.176 265.506 268.878 272.293 275.751 279.253 282.799 286.391

Congelados² 669.104 702.559 737.687 774.572 813.300 853.965 896.664 941.497 988.572 1.038.000

Carga Geral 506.732 529.535 553.364 578.265 604.287 631.480 659.896 689.592 720.623 753.051

Bobinas - Importação 1.000.000 1.000.000 1.000.000 1.000.000 1.000.000 1.000.000 1.000.000 1.000.000 1.000.000 1.000.000

Bobinas - Exportação 100000 100000 100000 100000 100000 100000 100000 100000 100000 100000

Sub-Total Boxes 255.642 258.889 262.176 265.506 268.878 272.293 275.751 279.253 282.799 286.391

Sub-Total TEUS 414.140 419.399 424.726 430.120 435.582 441.114 446.716 452.390 458.135 463.953

Sub-Total Toneladas 11.418.817 11.954.477 12.515.660 13.103.591 13.719.554 14.364.895 15.041.027 15.749.429 16.491.652 17.269.325

¹ Dado em unidades.

² Apresentado apenas para fins de crescimento de mercado. Não considerado no total das cargas por estar inserido na carga conteinerizada.

PRODUTOQuantidades Movimentadas (ton)

Porto de São Francisco do Sul

Projeção da Movimentação

Cenário Conservador (2003/2023)

PRODUTOQuantidades Movimentadas (ton)

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TRANSPORTE CONSULTORIA LTDA

PLANEE

JAMENTO EM

Porto de São Francisco do Sul

Evolução da Movimentação

Cenário Conservador (2003/2023)

0

2.000.000

4.000.000

6.000.000

8.000.000

10.000.000

12.000.000

2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023

GS - Importação GS - Exportação Granéis Líquidos Carga Geral

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125

TRANSPORTE CONSULTORIA LTDA

PLANEE

JAMENTO EM

(toneladas)

2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013

GS - Importação 1.197.973 1.499.801 1.621.267 1.746.373 1.874.771 2.006.104 2.140.005 2.276.100 2.414.019 2.553.390 2.693.850

GS - Exportação 4.289.900 5.190.193 5.536.104 5.887.395 6.243.083 6.584.992 6.945.625 7.307.789 7.670.584 8.033.150 8.394.666

Granéis Líquidos 640.462 745.294 794.966 845.410 896.486 948.053 999.974 1.052.115 1.104.347 1.156.546 1.237.505

Contêiner¹ 194.037 226.973 258.115 286.740 312.444 335.082 354.707 371.499 385.714 397.644 407.586

Congelados² 401.211 537.623 674.406 802.803 917.173 1.014.950 1.095.916 1.161.336 1.213.212 1.253.764 1.316.453

Carga Geral 312.247 534.737 658.211 714.639 759.668 800.703 837.782 871.043 900.689 926.970 968.776

Bobinas² - Importação 110.000 550.000 620.000 800.000 1.000.000 1.000.000 1.000.000 1.000.000 1.000.000 1.000.000 1.000.000

Bobinas² - Exportação 11.000 55.000 62.000 80.000 100.000 100.000 100.000 100.000 100.000 100.000 100.000

Sub-Total Boxes 194.037 226.973 258.115 286.740 312.444 335.082 354.707 371.499 385.714 397.644 407.586

Sub-Total TEUS 314.339 367.696 418.146 464.519 506.159 542.834 574.626 601.829 624.857 644.184 660.289

Sub-Total Toneladas 6.962.794 9.112.649 9.966.954 10.876.620 11.791.181 12.454.801 13.119.301 13.768.382 14.402.851 15.023.821 15.711.249

(toneladas)

2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023

GS - Importação 2.842.012 2.998.322 3.163.230 3.337.208 3.520.754 3.714.396 3.918.687 4.134.215 4.361.597 4.601.485

GS - Exportação 8.772.426 9.167.185 9.579.708 10.010.795 10.461.281 10.932.038 11.423.980 11.938.059 12.475.272 13.036.659

Granéis Líquidos 1.293.192 1.351.386 1.412.198 1.475.747 1.542.156 1.611.553 1.684.073 1.759.856 1.839.050 1.921.807

Contêiner¹ 417.775 428.220 438.925 449.898 461.146 472.674 484.491 496.604 509.019 521.744

Congelados² 1.349.364 1.383.098 1.417.676 1.453.117 1.489.445 1.526.681 1.564.849 1.603.970 1.644.069 1.685.171

Carga Geral 1.012.468 1.058.130 1.105.852 1.155.726 1.207.849 1.262.323 1.319.254 1.378.752 1.440.934 1.505.920

Bobinas - Importação 1.000.000 1.000.000 1.000.000 1.000.000 1.000.000 1.000.000 1.000.000 1.000.000 1.000.000 1.000.000

Bobinas - Exportação 100000 100000 100000 100000 100000 100000 100000 100000 100000 100000

Sub-Total Boxes 417.775 428.220 438.925 449.898 461.146 472.674 484.491 496.604 509.019 521.744

Sub-Total TEUS 676.796 693.716 711.059 728.835 747.056 765.733 784.876 804.498 824.610 845.225

Sub-Total Toneladas 15.369.462 16.058.122 16.778.664 17.532.593 18.321.485 19.146.992 20.010.843 20.914.853 21.860.922 22.851.042

¹ Dado em unidades.

² Apresentado apenas para fins de crescimento de mercado. Não considerado no total das cargas por estar inserido na carga conteinerizada.

Porto de São Francisco do Sul

Projeção da Movimentação

Cenário Moderado (2003/2023)

PRODUTOQuantidades Movimentadas (ton)

PRODUTOQuantidades Movimentadas (ton)

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126

TRANSPORTE CONSULTORIA LTDA

PLANEE

JAMENTO EM

Porto de São Francisco do Sul

Evolução da Movimentação

Cenário Moderado (2003/2023)

0

2.000.000

4.000.000

6.000.000

8.000.000

10.000.000

12.000.000

14.000.000

2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023

GS - Importação GS - Exportação Granéis Líquidos Carga Geral

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127

TRANSPORTE CONSULTORIA LTDA

PLANEE

JAMENTO EM

(toneladas)

2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013

GS - Importação 1.397.973 1.716.801 2.042.993 2.341.767 2.605.363 2.831.092 3.019.888 3.211.769 3.406.210 3.602.689 3.800.693

GS - Exportação 4.889.900 5.709.946 6.195.291 6.667.177 7.122.242 7.557.860 7.972.092 8.330.836 8.705.723 9.097.481 9.506.868

Granéis Líquidos 700.462 844.517 945.859 1.047.649 1.148.758 1.248.183 1.345.064 1.438.692 1.528.501 1.614.070 1.695.104

Contêiner¹ 194.037 228.102 261.580 293.675 323.799 351.566 381.714 414.447 449.987 482.247 511.149

Congelados² 401.211 593.793 797.363 996.239 1.181.343 1.349.663 1.434.665 1.506.381 1.566.146 1.615.464 1.688.198

Carga Geral 312.247 604.737 744.661 853.953 958.732 1.057.074 1.147.722 1.230.002 1.291.629 1.345.731 1.406.424

Bobinas - Importação 110.000 550.000 620.000 800.000 1.000.000 1.000.000 1.000.000 1.000.000 1.000.000 1.000.000 1.000.000

Bobinas - Exportação 11.000 55.000 62.000 80.000 100.000 100.000 100.000 100.000 100.000 100.000 100.000

Sub-Total Boxes 194.037 228.102 261.580 293.675 323.799 351.566 381.714 414.447 449.987 482.247 511.149

Sub-Total Teus 314.339 369.525 423.759 475.754 524.555 569.537 618.377 671.404 728.980 781.240 828.062

Sub-Total Toneladas 7.421.583 9.524.794 10.788.167 11.986.785 13.116.438 14.143.872 15.019.432 15.817.679 16.598.210 17.375.436 18.197.287

(toneladas)

2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023

GS - Importação 4.009.731 4.230.266 4.462.931 4.708.392 4.967.354 5.240.558 5.528.789 5.832.872 6.153.680 6.492.133

GS - Exportação 9.934.677 10.381.737 10.848.915 11.337.117 11.847.287 12.380.415 12.937.533 13.519.722 14.128.110 14.763.875

Granéis Líquidos 1.771.384 1.851.096 1.934.396 2.021.444 2.112.409 2.207.467 2.306.803 2.410.609 2.519.087 2.632.445

Contêiner¹ 536.760 559.243 578.816 599.075 620.042 641.744 664.205 687.452 711.513 736.416

Congelados² 1.730.403 1.773.663 1.818.005 1.863.455 1.910.042 1.957.793 2.006.737 2.056.906 2.108.329 2.161.037

Carga Geral 1.469.853 1.536.144 1.605.424 1.677.828 1.753.499 1.832.581 1.915.231 2.001.608 2.091.880 2.186.224

Bobinas - Importação 1.000.000 1.000.000 1.000.000 1.000.000 1.000.000 1.000.000 1.000.000 1.000.000 1.000.000 1.000.000

Bobinas - Exportação 100000 100000 100000 100000 100000 100000 100000 100000 100000 100000

Sub-Total Boxes 536.760 559.243 578.816 599.075 620.042 641.744 664.205 687.452 711.513 736.416

Sub-Total TEUS 869.551 905.973 937.682 970.501 1.004.469 1.039.625 1.076.012 1.113.672 1.152.651 1.192.994

Sub-Total Toneladas 19.016.049 19.872.907 20.769.671 21.708.236 22.690.589 23.718.814 24.795.093 25.921.717 27.101.085 28.335.714

¹ Dado em unidades.

² Apresentado apenas para fins de crescimento de mercado. Não considerado no total das cargas por estar inserido na carga conteinerizada.

PRODUTOQuantidades Movimentadas (ton)

Porto de São Francisco do Sul

Série Histórica de Movimentação

Cenário Otimista (2003/2023)

PRODUTOQuantidades Movimentadas (ton)

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TRANSPORTE CONSULTORIA LTDA

PLANEE

JAMENTO EM

Porto de São Francisco do Sul

Evolução da Movimentação

Cenário Otimista (2003/2023)

0

2.000.000

4.000.000

6.000.000

8.000.000

10.000.000

12.000.000

14.000.000

16.000.000

2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023

GS - Importação GS - Exportação Granéis Líquidos Carga Geral

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129

TRANSPORTE CONSULTORIA LTDA

PLANEE

JAMENTO EM

ANÁLISE DA FROTA DE

NAVIOS

ste capítulo dedica-se à descrição das principais

características dos navios que freqüentam, presentemente, o

porto de São Francisco do Sul, com base nos dados obtidos

ao longo do ano de 2002, para cada tipo de carga

transportada.

Além disso, são analisadas as tendências futuras de mudança do perfil e

das características desses navios, considerando o crescimento da

movimentação das cargas, os novos projetos em implantação na área de

influência, o comportamento da indústria naval e do transporte marítimo

internacional.

12.1 Caracterização da Frota Atual

A caracterização da frota que atualmente freqüenta o porto será feita de

acordo com cada tipo de carga transportada, como já referido.

A partir dos dados obtidos, relativos ao tráfego em 2002, foram analisados

os navios que transportam contêineres, granéis sólidos, granéis líquidos,

carga geral seca e carga geral congelada.

1122..11..11.. OOss NNaavviiooss ddee GGrraannééiiss SSóólliiddooss ddee EExxppoorrttaaççããoo

–– GGrrããooss ee FFaarreellooss

Em 2002, o porto recebeu 64 navios graneleiros para embarque de granéis

sólidos, os quais têm as seguintes características principais:

comprimento total: de 140m a 234 m;

calados no porto: 7,0m a 14,3m;

capacidades totais: de 5.885dwt a 74.047dwt.

Capítulo

12

E

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130

TRANSPORTE CONSULTORIA LTDA

PLANEE

JAMENTO EM

Os tamanhos de carregamento tiveram quantidades médias e máximas

distintas para as três mercadorias principais, a saber:

Farelo Média 25.316t

Maior 63.890t

Soja Média 31.253t

Maior 53.905t

Milho Média 35.278t

Maior 54.772t

Trata-se de navios do tipo handysize e panamax bulkers, semelhantes aos

utilizados nessas exportações na costa brasileira.

1122..11..22.. OOss NNaavviiooss ddee GGrraannééiiss SSóólliiddooss ddee IImmppoorrttaaççããoo

–– TTrriiggoo eemm GGrrããoo ee FFeerrttiilliizzaanntteess

Os navios graneleiros de importação apresentam características distintas

daqueles destinados aos embarques de farelos, soja e milho.

Em 2002, o porto recebeu 32 navios graneleiros para descarga de granéis

sólidos – trigo e fertilizantes, os quais têm as seguintes características

principais:

comprimento total: de 111m a 234m

calados no porto: 6,0m a 13,1m

deslocamento: 4.886 dwt a 51.501 dwt

Os tamanhos de carregamento tiveram quantidades médias e máximas

distintas para as duas mercadorias, a saber:

Trigo Média 17.082t

Maior 26.867t

Fertilizante Média 21.699t

Maior 30.247t

Pelos tamanhos de carregamento e deslocamento, os navios utilizados na

importação de granéis, em São Francisco do Sul podem ser caracterizados

como do tipo minibulkers (navios com menos de 6.000dwt, com

guindastes de convés) e handysize bulkers.

1122..11..33.. OOss NNaavviiooss ddee CCoonnttêêiinneerreess

Em 2002, os navios porta-contêineres que freqüentaram São Francisco do

Sul apresentaram as seguintes características básicas:

comprimento - na faixa entre 100m e 243 m;

calado máximo - entre 9,8m e 12,5 m;

capacidades - de 374 TEU a 3.550 TEU.

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131

TRANSPORTE CONSULTORIA LTDA

PLANEE

JAMENTO EM

Os navios de maior capacidade e dimensões que freqüentaram o porto em

2002 foram o MSC Kerry (3.550 TEU), os MSC Briana, Korea, Levina,

Natalia e Pretoria (3.400 TEU) e os navios do armador P&O Nedloyd

(3.430 TEU) - Nedlloyd Olinda, Nedlloyd Dejima, Nedlloyd Chusa e

Nedlloyd Sura.

As quantidades médias movimentadas pelos navios de contêineres em São

Francisco do Sul, em 2002, foram de 316 unidades por escala ou viagem,

com o máximo de 1.227 unidades.

O porto é freqüentado por diversos serviços para as principais linhas de

navegação do comércio marítimo internacional como: Extremo Oriente,

costas leste e oeste da América do Norte, Europa – Mediterrâneo e Mar do

Norte, África, Oriente Médio e outras.

Os principais armadores que escalam o porto de São Francisco do Sul em

suas rotas são: a Hamburg Sud, a MSC, a P&O Nedloyd,e a Maersk

Sealand.

1122..11..44.. OOss NNaavviiooss ddee GGrraannééiiss LLííqquuiiddooss

Para os navios que transportam granéis líquidos, a faixa de comprimento

situa-se entre 176m e 205m, com capacidades da ordem de até 40.000 dwt.

O calado desses navios no porto varia entre 6,3m e 7,5m e o principal

destino do óleo vegetal exportado é o Irã.

A quantidade média embarcada por navios, em 2002, foi de 17.990

toneladas, sendo o maior carregamento de 38.500 toneladas.

1122..11..55.. OOss NNaavviiooss ddee CCaarrggaa GGeerraall CCoonnggeellaaddaa oouu

RReeeeffeerr

Para esses navios, o porto oferece restrições de atendimento, conforme

diversas instruções normativas onde se estabelecem regras mais rígidas de

autorização de operação, por seu baixo desempenho e constituírem, na

verdade, desvio de suas rotas normais, destinadas originalmente para o

porto vizinho de Itajaí.

São navios com consignação média de 2.547 toneladas, com o máximo de

5.162 toneladas, com comprimentos variando entre 120m e 145m,

deslocamentos entre 6.386dwt e 7.685 dwt e calados máximos de 7,4m a

7,9m.

1122..11..66.. OOss NNaavviiooss ddee CCaarrggaa GGeerraall SSeeccaa -- MMaaddeeiirraa

Os navios que realizam operações de embarque de madeira possuem uma

faixa de comprimento variando entre 142m e 158m, as capacidades

variavam de 15.000 dwt a 17.300 dwt e o calado no porto, em 2002,

situou-se entre 6m e 7,2m.

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TRANSPORTE CONSULTORIA LTDA

PLANEE

JAMENTO EM

Em 2002, o maior carregamento por navio foi de 8.622t, com a média

situando-se em 4.875t.

12.2 As Tendências Futuras

1122..22..11.. NNaavviiooss ddee GGrrããooss ee FFaarreellooss aa GGrraanneell

A análise das tendências de crescimento ou de redefinição dos tamanhos e

tipos de navios para a movimentação de grãos será realizada considerando,

separadamente, os fluxos de importação e exportação.

Essas tendências levarão em conta, em primeiro lugar, as projeções de

movimentação das mercadorias e as frotas de navios existentes, em termos

mundiais para esse tipo de transporte.

Em geral, os navios de transporte de grãos a granel são do tipo handy size

e panamax, os quais têm as seguintes características básicas:

Handysize Bulkers – navios com deslocamento até 50.000 dwt, com 4 a 5

porões e geralmente equipados com guindastes de bordo. Têm, ainda

escotilhas especificadas com dimensões cada vez mais amplas, para

facilitar o carregamento de cargas como produtos siderúrgicos, polpa de

madeira e outros produtos florestais.

Panamax bulkers – navios com deslocamento entre 75.000 dwt e 80.000

dwt, com boca máxima de 32,2m, geralmente com 7 porões e não dispõem

de guindastes de bordo.

Os navios graneleiros maiores, do tipo capesize, com boca entre 40m a

50m e capacidade de 130.000 dwt a 170.000 dwt, não são, em geral,

utilizados para transporte de grãos, produtos siderúrgicos, polpa de

madeira e outros produtos florestais, atendendo, mais especificamente, ao

tráfego de minério e carvão.

As estimativas de tamanhos de carregamentos dos grãos de exportação –

soja, farelo e milho – em São Francisco do Sul, são da ordem de 60.000t

por navio, o que significa a utilização de navios com deslocamento da

ordem de 72.000dwt a 75.000dwt, Esses navios têm comprimento da

ordem de 240 metros e calados máximos de 13,6m a 14,0m (45 pés),

devendo, entretanto, quando carregados dos grãos e farelos de exportação

de São Francisco do Sul, operarem com calados máximos, no porto, da

ordem de 13,0m ou 42 pés.

São com esses tamanhos de carregamento e de navios (deslocamentos) que

opera o terminal de gusa e soja do porto de Itaqui (MA), por exemplo.

Assim, para os embarques de granéis sólidos no porto de São Francisco do

Sul, deverão continuar a serem utilizados navios do tipo handysize,

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133

TRANSPORTE CONSULTORIA LTDA

PLANEE

JAMENTO EM

inclusive antigos navios de carga geral transformados em graneleiros ou

bulkers e navios da classe panamax, nas faixas de deslocamento indicadas.

Para as importações de granéis – trigo e fertilizantes – as estimativas de

tamanhos de carregamentos são de 35.000t, para fertilizantes e 40.000t

para trigo, o que indica, levando em conta os fatores de estiva dessas

cargas, a utilização de navios de deslocamentos da ordem de 35.000dwt,

em ambos os casos, podendo ser utilizados navios de, no máximo,

60.000dwt.

Os navios de 60.000dwt têm comprimento da ordem de 230m e calados

máximos de 13,0m (42 pés).

1122..22..22.. NNaavviiooss PPoorrttaa--CCoonnttêêiinneerreess

No processo de globalização, a conteinerização vem contribuindo de forma

vital para o crescimento do comércio internacional, proporcionando

segurança, facilidade e custos relativamente baixos de acesso aos

mercados em qualquer região do planeta.

Essa conexão entre diversos pontos do globo é realizada através de uma

rede altamente integrada e eficiente de rotas troncos, serviços

alimentadores (feeder) e com a utilização dos transbordos ou

transshipment.

Apesar das constantes turbulências na economia mundial, a demanda por

navios porta-contêiner de maior capacidade e portos mais bem equipados

vem aumentando regularmente.

O transporte de cargas em contêineres é o mercado que mais cresce dentro

do setor de transporte marítimo e continuará, certamente, a crescer ao

longo de vários anos, devido, principalmente, aos seguintes fatores:

A expansão contínua da conteinerização nos países em

desenvolvimento;

Aumento do comércio de mercadorias de maior valor

agregado;

Intensificação do processo de globalização; e

Crescimento no tamanho dos navios e conseqüente aumento

dos transbordos e dos serviços do tipo feeder.

As estimativas de consultores internacionais da área de navegação indicam

que em 2005 serão necessários cerca de 200 novos terminais com

capacidade de movimentação média anual da ordem de 500.000 TEU cada

um, de forma a atender este processo de expansão.

Durante os anos 90, o tráfego mundial de contêineres cresceu à média

anual de 8,7%, sendo que, em 2000, aproximadamente 19,2 milhões de

TEU foram movimentados somente nas três principais rotas arteriais –

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transpacíficas, transatlânticas e Europa/Oriente, com crescimento de 2,9%

em relação a 1999.

Esses valores não consideram os movimentos de contêineres vazios e de

transbordo (transshipment), que se forem incluídos, passam para 184,6

milhões de TEU, representando acréscimo de 8,8% em relação a 1998.

A carga conteinerizada representou, em 1999, 54% do total de mercadorias

comercializadas em todo o mundo, enquanto que, em 1995, sua

participação era de 48% e em 1990 de apenas 37%. Existe ainda um

significativo potencial de crescimento deste mercado, pois o ponto de

saturação para as cargas conteinerizadas foi estimado em

aproximadamente 65% desse mesmo total.

Outro aspecto notável é a crescente movimentação no número de

contêineres reefer.

Previsões apontam que a participação deste tipo de contêiner no transporte

marítimo de frutas, carnes, laticínios e outros produtos subirá de 41% do

total em 1996 para 48% em 20059.

Com relação ao tráfego na direção Norte-Sul, a costa leste da América do

Sul representa o segundo maior mercado desta rota, superado apenas pela

Australásia. O Brasil é responsável por dois terços deste total, estimando-

se que, em 2004, o volume de toda a costa leste sul-americana deve chegar

a 7,7 milhões de TEU, o que daria, guardada a mesma proporção, cerca de

5,1 milhões de TEU a serem movimentados nos portos brasileiros naquele

ano.

A principal conseqüência do crescimento da movimentação de contêineres

na costa leste da América do Sul foi a entrada de novas linhas de

navegação no mercado, além do aumento da capacidade das linhas que já

operavam.

Enquanto em 1985 apenas seis das vinte principais operadoras mundiais de

linhas regulares de navegação estavam servindo a América do Sul, em

1994 este número já havia dobrado para doze, existindo hoje,

aproximadamente, 30 empresas oferecendo seus serviços nessa área de

comércio, o maior número de companhias competindo em qualquer rota

principal do mundo.

Recentemente, análises realizadas pela BRS-Alphaliner indicaram, com

base nas encomendas realizadas pelas operadoras aos estaleiros

internacionais, que ocorrerá, dentro de dois anos, a introdução no tráfego

Norte-Sul de quantidade significativa de navios na faixa de 3.000 TEU a

5.000 TEU. Entre os 80 (oitenta) navios encomendados para entrega até

9 Drewry Shipping Consulting

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dezembro de 2002, 27 (vinte e sete) deles foram projetados para essas

rotas.

Os serviços de linhas regulares de transporte de contêineres na América do

Sul, em especial na costa brasileira, indo até os demais portos do Mercosul

– Uruguai e Argentina, vinha sendo desenvolvido, até o final do ano de

2000, com a utilização de navios-tipo com capacidade de 1.400 a 2.600

TEU.

Os estudos realizados por consultores internacionais, em 199710

,

trabalharam com diversos cenários de tamanhos de navios para o

atendimento do tráfego projetado, àquela época, para o ano de 2010.

Segundo esses estudos, supondo que o navio representativo engajado nos

serviços da América Latina tivesse a capacidade de 1.500TEU, operando

com 80% de ocupação, o tráfego projetado para o ano de 2000 seria

atendido por 107 serviços, no mínimo. Caso se utilizassem navios de

2.500TEU, nas mesmas condições operacionais, a demanda de serviços

cairia para cerca de 64 viagens, em 2000.

O uso de navios de 4.000 TEU, pelo mesmo estudo, seria atendido por

apenas 40 serviços, em 2010, crescendo a importância dos transbordos,

pela diminuição dos portos de escala, geralmente observados ao se

utilizarem navios maiores.

As mudanças com relação aos tamanhos de navios, entretanto, começaram

a ocorrer no final de 2001, com as primeiras viagens de navios de

capacidade acima de 3.000 TEU, destacando-se:

o anúncio, em meados de 2001, da “cartada” de dez grandes

operadoras de contêineres de introduzirem 6 (seis) novos navios de

3.800 TEU, para atender o tráfego da costa leste da América do Sul

para a costa leste da América do Norte, mantendo 6 (seis) outros

navios de 2.500 TEU, de forma complementar, com duas viagens

semanais (uma para cada tipo de navio).11

.

O modelo é de “serviço direto” ou sem transbordos, sendo,

entretanto, alimentado por feeder services de Manaus (Brasil),

Assunção (Paraguai), Deseado, Madryin e Ushuaia (Argentina) e

Montevidéu (Uruguai). Os portos de transbordo previstos,

inicialmente, eram Buenos Aires e Suape;

os portos de escala previstos, no Brasil, eram apenas Rio Grande,

São Francisco do Sul, Paranaguá, Santos, Rio de Janeiro, Suape e

Pecém.

Os novos navios apresentam como novidades interessantes, a

existência de equipamento de bordo (dois guindastes) para as

10

Bruce Lambert “Trans-shipment in Latin America” WSTS - 1997

11 Os seis novos navios são designados pelos nomes de Cap San Nicolas, Cap San Marco,

Cap San Lorenzo, Cap San Antonio, Cap San Raffael e Cap San Augustin.

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operações de embarque e descarga, embora com alcance limitado às

pilhas de meia nau (quando, em geral, os navios com capacidade

acima de 3.000TEU são ungeared ou gearless) e a disponibilidade de

800 tomadas para reefer.

As dimensões básicas desses navios são: 257m de comprimento,

boca de 32,2m e calado máximo de 12,5m, sendo, assim, do tipo

panamax.

A figura a seguir apresenta o modelo dos navios citados acima:

Para atender ao aproveitamento dessa maior capacidade de transporte, os

operadores das linhas regulares no serviço ECSA (costa leste da América

do Sul) para a costa leste da América do Norte formaram um grande JCS

(joint container service), abrangendo 10 empresas, comandadas pela

HSAC (Hamburg Süd – Aliança – Columbus – Crowley) e integradas,

além do grupo mencionado, pela Maersk Sealand, Evergreen, Lykes, APL,

CSAV, Libra e P&O Nedlloyd.

O serviço vem funcionando desde então, com regularidade, sem que esses

navios freqüentem o porto de Itajaí, sendo São Francisco do Sul servido

pelos navios de 2.500TEU do mesmo JCS (joint container service).

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Além destes, o porto de São Francisco do Sul possui também linhas

regulares com navios do armador P&O Nedloyd com capacidade para

3.430 TEU e ainda navios do tipo feeder, com capacidades de cerca de

400TEU.

A Lykes Lines, operadora do grupo CPShips, introduziu, recentemente,

navios semelhantes aos “Cap San” da Hamburg Süd, no mesmo serviço,

inaugurando, em 13 de fevereiro, com a primeira escala do Lykes Ranger,

no porto de Itajaí, em linha que atende, também, Buenos Aires, Santos e

Rio de Janeiro.

O serviço deverá ser operado por quatro navios iguais (sister ships), com

as seguintes características:

capacidade: 3.200TEU, com 400 tomadas reefer;

40.478 dwt, 40.146GRT e 18.097NRT;

comprimento – 243,35m;

calado máximo: 11,023m;

boca: 32,2m (panamax);

quatro guindastes de bordo, com capacidade para 45t;

A entrada e operação em Itajaí somente foram possíveis porque o referido

navio estava semicarregado, com o maior calado de 8,5m no porto,

condição que se espera venha a acontecer ao longo da operação do serviço.

Enquanto isso, a P&O Nedlloyd também introduziu novos navios

semelhantes aos da Lykes e Hamburg Süd, com os nomes de P&O

Nedlloyd Bantam, P&O Nedlloyd Surat, P&O Nedlloyd Olinda e outros,

com as seguintes características:

capacidade: 3.430TEU;

comprimento – 243,15m;

calado máximo: 11,5m;

boca: 32,3m (panamax);

quatro guindastes de bordo, com capacidade para 45t;

velocidade: 20,5 nós.

Esses navios estão servindo às linhas para o sul da África (portos de

Durban e Cidade do Cabo), escalando Buenos Aires, Montevidéu, Rio

Grande, São Francisco do Sul, Paranaguá, Santos e Rio de Janeiro, com

serviço feeder de Manaus, Fortaleza, Recife, Salvador e Vitória.

Observa-se, portanto, que a maior operadora atual da área da costa leste da

América do Sul, a Hamburg Süd, além de outros importantes armadores (a

CPShips e a P&O Nedlloyd), optaram pela utilização de navios de maior

capacidade, na faixa de 3.200TEU a 3.800TEU, dentro do padrão

panamax, sendo, entretanto, do tipo geared ou self sustained, equipados

com guindastes de bordo, na maior parte dos casos.

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A Maersk Sealand optou, entretanto, pelo uso de navios post panamax, de

sua nova classe “L” (ver figura abaixo) com as seguintes características:

nomes dos navios: Laust Maersk, Laura Maersk, Lica

Maersk, Luna Maersk, Leda Maersk, Lexa Maersk,

Josephine Maersk;

ano de construção: 2001 e 2002;

serviço ou portos de escala: Europa (Algeciras, Roterdã,

Felixtowe, Beemerhaven, Antuérpia), Costa Lesta da

América do Sul (Pecém, Rio de Janeiro, Santos, Paranaguá,

Rio Grande, Montevidéu, Buenos Aires);

comprimento – 265,84m;

capacidade: 3.700TEU, 50.721 TRB;

boca: 37,3m (post panamax);

calado máximo: 14,0m;

velocidade: 23,4 a 24,7 nós;

não dispõem de guindastes de bordo (ungeared).

Não foram registradas informações sobre navios de maior capacidade que

os acima listados, no serviço da costa leste da América do Sul, à exceção

de algumas escalas do P&O Nedlloyd Remuera, de 4.112TEU, construído

em 2002, que esteve algumas vezes em Rio Grande e Santos.

A partir dos levantamentos e observações realizadas quanto aos tipos e

tamanhos de navios porta contêineres nos serviços da costa atlântica da

América do Sul, conclui-se que se consolida a tendência de uso de

embarcações com capacidade acima de 3.200TEU nas principais linhas ou

serviços regulares.

Esses navios são do tipo panamax, por vezes equipados com guindastes de

bordo, escalando de quatro a sete portos na costa da América do Sul, com

calados máximos na faixa de 11,0m a 12,5m.

A introdução de navios de capacidade acima de 3.000TEU nos serviços

regulares da costa leste da América do Sul não significa, pelo menos por

enquanto, a hierarquização prevista para os serviços de transbordo

intensivo, encontrado, presentemente, na região do Caribe, no

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Mediterrâneo e no Extremo Oriente, por exemplo, onde existem portos

dedicados especialmente a essas funções de transferência de cargas (hub

ports).

Os novos navios têm características típicas daqueles dedicados aos

serviços de linha direta, em função dos calados máximos e bocas,

limitados às dimensões do Canal de Panamá, da disponibilidade de

equipamentos de bordo e de grande quantidade de tomadas reefer, o que

possibilita atender a múltiplas escalas ao longo da costa, nos diversos

portos adequados a essas características.

Mesmo os navios post panamax da Maersk Sealand, que não possuem

guindastes de bordo, estão a escalar em sete portos na costa da América do

Sul, onde já existem ou foram disponibilizados guindastes adequados.

A eventual concentração de cargas nesses portos vem ocorrendo através da

utilização dos sistemas de transporte terrestre, mesmo com as deficiências

existentes.

12.2.2.1. O Mercado de Transporte Marítimo de Contêineres no Brasil

Dentro do cenário de previsões otimistas para todo o tráfego mundial de

contêineres, inclusive para a costa leste da América do Sul, o Brasil tem

papel fundamental.

Com a continuação dos processos de privatização e modernização

observados nos portos brasileiros a expectativa é de que o transporte

marítimo brasileiro venha a crescer em torno de 180% entre os anos de

1995 e 2005.

O transporte marítimo internacional e de cabotagem deverá aumentar sua

participação em relação aos demais modos de transporte, saindo dos cerca

de 40 milhões de toneladas em 1995 para 115 milhões de toneladas em

2005.

De 1996 a 1999, com base nas estatísticas disponíveis do Ministério dos

Transportes, a movimentação de contêineres no conjunto de todos os

portos brasileiros evoluiu de 1.779 mil TEU, em 1996, para cerca de 2.166

mil TEU, em 1999. Para os anos de 2000 e 2001, segundo os dados da

CENTRONAVE/ DATAMAR, foram movimentados no país 2.560 mil

TEU e 2.985 mil TEU respectivamente.

Assim, enquanto que, para todo o período de 96 a 99, a taxa de

crescimento na movimentação de contêineres foi de 21,7%, para o período

de 1999 a 2000, o incremento foi de 20,9% e de 2000 para 2001 atingiu

14,0%.

O crescimento no período de seis anos – de 1996 a 2001 – foi de 67,8%,

ou 11,3% ao ano, em média, valor acima do apresentado para a média

mundial, que esteve em torno de 9,0% ao ano na última década.

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Nos quinze portos brasileiros que apresentaram maior movimentação de

contêineres, apenas dez possuem terminais especializados implantados ou

em implantação. Manaus, Fortaleza, Recife e Belém realizam as operações

de contêineres nos cais de uso comum, de carga geral, utilizando-se dos

equipamentos de bordo dos navios enquanto que São Francisco do Sul

opera com guindastes de terra do tipo MHC (mobile harbour crane).

Assim, verifica-se que para o transporte de contêineres na costa leste da

América do Sul (o que inclui o porto de São Francisco do Sul) a tendência

futura é de utilização de navios de maior porte, para as linhas principais,

com capacidades máximas de 3.750 TEU a 4.000 TEU, operando com

calados máximos, no porto, da ordem de 12,0m a 13,0m, sem

equipamentos de movimentação a bordo (gearless).

Para as demais linhas, deverão ser utilizados navios com capacidade de

1.400 TEU a 2.600 TEU, com tendência para uso intensivo de gearless,

como os atuais navios da MSC que operam no porto.

1122..22..33.. NNaavviiooss ppaarraa PPrroodduuttooss RReeffrriiggeerraaddooss

No cenário mundial, observa-se que a capacidade dos navios

especializados em transporte de produtos refrigerados apresentou taxa de

crescimento de apenas 6 % entre 1990 e 2002. Esta taxa é bastante inferior

à verificada na segunda metade da década de 80 quando o aumento da

capacidade destes navios foi da ordem de 30%. Este é apenas um sinal das

dificuldades atualmente enfrentadas pelas companhias de navegação que

possuem navios reefer especializados.

Um dos principais motivos causadores destas dificuldades é a entrada, com

cada vez mais força, das linhas regulares de transporte de contêineres no

mercado de transporte marítimo de produtos perecíveis.

Além disso, cada vez mais, modernos navios reefer especializados

transportam contêineres refrigerados em seus conveses. De fato, esta

capacidade adicional representa, atualmente, cerca de 20% a até 65% da

capacidade dos porões refrigerados.

Atualmente, a divisão entre paletes transportando produtos perecíveis nos

porões refrigerados e contêineres reefer é de 55% do mercado mundial

para os paletes e 45 % para os contêineres.

Desta forma, observa-se que, ao lado do crescimento, a cada ano, do

mercado de transporte marítimo de produtos refrigerados, a forma como

esses produtos são transportados está em transformação, com a tendência

para utilização de “navios híbridos” que, se acredita, serão o tipo mais

comum no futuro.

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A figura seguinte mostra, de forma esquemática, as características básicas

dos navios especializados reefer que freqüentam os portos brasileiros.

A navegação, a

comunicação e a

monitoração da carga são

feitas a partir da ponte de

comando

A maioria dos

navios pode transportar

contêineres no convés

Guindastes de

bordo, para operação

self sustained

Seções refrigeradas,

hermeticamente separadas,

permitem ambientes diferentes

para cada produto

A altura

mínima do convés é

de 2,20m para

carregamento de

unidades padrões

Escotilhas reforçadas

nos porões de carga para

permitir rápido carregamento

Além desses navios, típicos da empresa Lauritzen Cool, e mais comum em

operação nos portos nacionais, a Seatrade, que dispõe de cerca de 120

navios especializados operando em todo o mundo inclusive em alguns

portos brasileiros (Natal e Itajaí, por exemplo) no transporte de produtos

congelados, lançou em 2002 dois novos navios da classe Strait que

modernizaram bastante as operações de embarque das cargas

frigorificadas.

Estes navios, conforme se pode observar nos diagramas e fotos a seguir,

possuem equipamentos de bordo que funcionam como ponte rolante –

elevador, transportando até oito paletes, por movimento, para os porões no

interior do navio. Esta movimentação é feita de forma bem mais eficiente

do que a realizada pelos navios refrigerados convencionais mostrados

anteriormente. A produtividade deste equipamento é de 75 paletes/hora e a

capacidade total do navio é de 6.900 paletes.

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Os navios desta empresa que

operam no Brasil têm

comprimento máximo de

167m e várias classes ou

grupos de capacidade,

variando desde mais de 600

mil pés cúbicos, aos quais se

adicionam até 440 TEU de

capacidade de transporte no

convés, até os navios

menores, de 90mil a 185mil

pés cúbicos, que não

transportam contêineres.

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Assim, os navios reefer do futuro já chegaram ao mercado de transporte

das cargas refrigeradas e congeladas, no Brasil.

Por suas características de self sustained ou geared, dispondo de

equipamentos de bordo para embarque e descarga de capacidade e

características de alto desempenho, poderão operar em portos ou terminais

sem guindastes comuns ou especializados.

Os portos ou terminais de carga reefer deverão dispor, entretanto, de

instalações adequadas de armazenagem frigoríficos e equipamentos de

manuseio de transporte horizontal, como empilhadeiras de garfos.

1122..22..44.. NNaavviiooss ddee CCaarrggaa GGeerraall SSoollttaa

A principal carga movimentada sob a forma de carga geral solta, em São

Francisco do Sul, é representada pelas madeiras, em fardos ou amarrados.

Os maiores carregamentos dessa mercadoria deverão situar-se em torno de

10.000t por navio, indicando a permanência dos tamanhos de navios

atualmente utilizados, ou seja: navios de até 20.000dwt, com calados

máximos de 9,5m.

Embora a tendência mundial de conteinerização das cargas venha

intensificando-se, alguns mercados e tipos de cargas deverão permanecer

sob a forma de carga geral solta ou break bulk cargo.

A madeira e os produtos siderúrgicos, entre outros, enquadram-se nessa

situação, devendo, assim, continuar o atendimento em navios comuns de

carga geral.

1122..22..55.. NNaavviiooss ddee CCaarrggaa SSiiddeerrúúrrggiiccaa

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A implantação do projeto de siderúrgica da Vega do Sul, nas proximidades

do porto deverá trazer a utilização de novos tipos de embarcação para as

quais São Francisco do Sul deverá desenvolver instalações especiais.

A logística adotada para o suprimento de insumos (chapas de aço)

provenientes da Siderúrgica de Tubarão, em Vitória (ES) deverá adotar o

transporte em barcaças especiais, descarregadas por sistema RoRo (roll on

– roll off).

Até a adequação do berço especial, no porto, serão utilizados, segundo o

plano logístico adotado pela indústria, navios do tipo minibulkers com

escotilha ampla, equipados com guindastes de bordo com capacidade

compatível.

Em etapa posterior, serão utilizadas as barcaças mencionadas, com

propulsão de empurradores, comprimento de 120m, boca de 22m e

9.500tpb. O comprimento total do conjunto barcaça - empurrador será de

145m, conforme mostra a figura seguinte.

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JAMENTO EM

A SITUAÇÃO OPERACIONAL

ATUAL

erá contemplada neste capítulo a avaliação do desempenho

operacional do porto de São Francisco do Sul, com base

nos dados do ano de 2002. São analisadas desde a

organização espacial atual do porto até as produtividades

alcançadas por berço, por operador e por tipo de carga movimentada com a

identificação dos principais pontos de estrangulamento e das necessidades

futuras do porto.

13.1. Organização Espacial do Porto

O porto dispõe atualmente de cinco berços de atracação, com o total de

825m de cais acostável, com as características principais apresentadas no

quadro seguinte.

Porto de São Francisco do Sul

Característica dos Berços de Atracação

Berço Extensão

(m)

Profundidade

(m) Utilização Principal

101 220 11,0 Embarque de granéis sólidos

102 210 10,0 Operações com contêineres

103 170 9,0 Carga geral

201 150 8,0 Carga geral

301 225 10,0 Múltiplo uso

O crescimento da movimentação de granéis sólidos e de contêineres

provocou, ao longo do tempo, mudanças sensíveis no arranjo geral ou

layout das instalações, como a demolição de armazéns de carga geral (o

armazém 2), a construção de novos armazéns para granéis à retaguarda,

desde os da CIDASC até os da TERLOGS, recém inaugurados, a

relocalização de portões de entrada e mudança de uso do armazém 1, antes

Capítulo

13

S

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destinado para carga geral e hoje servindo para estocagem de trigo de

importação.

Os equipamentos também mudaram intensamente, com a obsolescência

dos antigos guindastes de pórtico sobre trilhos, alinhados à beira do cais

frente aos berços 102 e 103, substituídos por modernos guindastes móveis

sobre pneus (os MHC), até os de movimentação de contêineres, utilizando-

se a tecnologia das empilhadeiras de alcance ou reach stackers.

O aumento na movimentação de grãos e farelos a granel, com o

desenvolvimento de instalações especializadas no berço 101, também

influenciou as transformações no arranjo geral.

De outro lado, a opção pelo atendimento ao tráfego dos contêineres levou

à improvisação nas instalações para estocagem e embarque da carga geral

remanescente, a qual consiste, basicamente, de madeira em fardos e

amarrados e congelados.

Enquanto os berços 101 e 102 mostram características claras de

especialização, o berço 103, com utilização limitada pelo aumento dos

tamanhos de navios que operam em seus vizinhos, serve, quando

disponível, para a movimentação de carga geral (madeira e congelados),

trigo e fertilizantes a granel.

Para atender a movimentação de madeira, após o arrendamento da área

destinada ao TERFRAN (agora denominado de Terminal da Babitonga),

foram disponibilizadas áreas para montagem de armazéns de lona

próximos aos berços 201 e 101.

Como os navios de carga geral operam nos berços 201 e 301

(eventualmente no 103), o trânsito de caminhões com cargas depositadas

no armazém próximo ao 101 é realizado através das vias internas do porto,

provocando, nessas ocasiões, intenso tráfego de veículos, em conflito com

as operações dos equipamentos de movimentação de contêineres.

A existência de um único portão de acesso para o porto todo, inclusive o

terminal da Babitonga, acentua esse tráfego conflitante de veículos,

transformando áreas de operação de carregamento e descarregamento de

navios em vias internas de circulação, com prejuízos para o desempenho

operacional e para a segurança do trabalho.

O berço 301, construído e arrendado à TERFRAN, destinado

originalmente à movimentação de produtos vegetais (madeira), funciona

como terminal de múltiplo uso, com a operação de granéis de importação,

madeira, congelados e, algumas vezes, com contêineres.

O acesso de veículos leves às áreas operacionais é, assim, perigoso e

inadequado, sendo proibido pela autoridade portuária e pela alfândega.

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PLANEE

JAMENTO EM

O crescimento da movimentação de cargas induz à especialização de

berços e terminais, o que deverá implicar em novas mudanças de arranjo

físico, adaptando-se aos novos usos.

A análise do desempenho operacional mostra o funcionamento do porto

através de indicadores clássicos como a taxa de ocupação, as pranchas

diárias, os tempos de espera de navios e outros, permitindo que se faça o

diagnóstico da situação do porto sob o ponto de vista da movimentação das

principais cargas.

13.2. Desempenho Operacional

1133..22..11.. PPoorr bbeerrççoo

Em primeiro lugar serão analisadas as taxas de ocupação em cada um dos

berços.

A taxa de ocupação, ou índice médio de ocupação de berço, mede a

relação entre o tempo em que o terminal ou conjunto de berços esteve

ocupado e o tempo total de disponibilidade, em cada período, significando,

portanto, a percentagem de tempo que o berço (ou conjunto de berços)

esteve ocupado, no período de referência.

A tabela abaixo apresenta as taxas de ocupação totais verificadas em cada

berço do porto no ano de 2002, assim como a composição desta taxa de

acordo com os principais tipos de carga movimentados – granéis sólidos,

contêineres, granéis líquidos e carga geral.

Porto de São Francisco do Sul

Taxa de Ocupação dos Berços de Atracação

Ano de 2002

Carga / Berço 101 102 103 201 301

Granéis Sólidos 71,75 % 4,25 % 24,69 % 0,00 % 27,79 %

Granéis Líquidos 15,72 % 0,00 % 0,00 % 0,00 % 0,00 %

Contêineres 4,77 % 74,09 % 10,58 % 2,56 % 14,78 %

Carga Geral 0,00 % 0,98 % 5,32 % 45,36 % 26,41 %

Total 92,23 % 79,32 % 40,59 % 47,92 % 68,98 %

Fonte de dados: Setor de Estatísticas da APSFS

Observa-se na análise dos dados da tabela que o berço 101 tem a maior

taxa de ocupação média dentre os berços do porto – 92,23% - dedicando-

se quase que totalmente à movimentação dos granéis sólidos de exportação

(farelo, soja e milho), realizando, ainda, toda a operação de granéis

líquidos (óleos vegetais).

O berço 102 também apresenta taxa de ocupação muito elevada, de quase

80% (79,32%), sendo os navios de contêineres responsáveis por 74,09%

deste total.

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PLANEE

JAMENTO EM

Os berços 103 e 201 são utilizados tanto para carga geral como para

contêineres e granéis sólidos, como já comentado na análise do arranjo

físico, apresentando taxas de ocupação entre 40 e 50%, valores

considerados adequados para este indicador, quando se consideram os dois

berços em conjunto.

O berço 301 foi o que apresentou a distribuição mais equilibrada entre os

tipos de carga, com pequena predominância para os granéis sólidos - trigo

e fertilizantes importados. A taxa de ocupação total deste berço também

está demasiadamente elevada, atingindo quase 69%.

O gráfico abaixo apresenta as informações contidas na tabela anterior.

Porto de São Francisco do Sul

Taxa de Ocupação dos Berços de Atracação

Ano de 2002

101 102 103 201 301

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

Granéis Sólidos Granéis Líquidos

Contêineres Carga Geral

A partir dos dados disponibilizados pela Administração do Porto de São

Francisco do Sul – APSFS, foi possível, também, realizar a análise das

taxas de ocupação de cada berço, mês a mês, e assim verificar a ocorrência

de possíveis variações ao longo do ano para cada tipo de carga. A tabela a

seguir apresenta os valores das taxas de ocupação dos berços para todos os

meses do ano de 2002.

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JAMENTO EM

Porto de São Francisco do Sul

Taxas de Ocupação dos Berços de Atracação

Janeiro a Dezembro de 2002

Mês / Berço 101 102 103 201 301

Janeiro 67,20% 60,80% 48,66% 24,06% 47,98%

Fevereiro 67,50% 61,02% 38,31% 4,03% 42,20%

Março 73,12% 88,98% 72,18% 30,24% 54,17%

Abril 94,62% 66,40% 43,28% 37,23% 23,52%

Maio 87,23% 96,94% 15,19% 38,58% 74,19%

Junho 91,67% 70,03% 60,48% 25,54% 97,83%

Julho 88,98% 79,84% 28,36% 27,69% 77,02%

Agosto 85,62% 82,53% 59,95% 78,76% 98,92%

Setembro 91,80% 75,94% 30,11% 76,61% 95,43%

Outubro 97,63% 65,59% 23,66% 93,76% 64,11%

Novembro 87,63% 73,12% 22,45% 20,97% 39,92%

Dezembro 98,15% 79,97% 28,76% 50,40% 71,77%

Fonte de dados: Setor de Estatísticas da APSFS

Nos berços 101 e 102 ocorreram pequenas variações ao longo do tempo,

com as taxas permanecendo praticamente constantes, conforme se observa

nos gráficos seguintes.

As taxas de ocupação estão, nos dois casos, em níveis críticos ou de

saturação. Em conseqüência, os navios que operam nesses berços

apresentam tempos excessivos e inadequados de espera para atendimento,

como será demonstrado mais adiante.

Porto de São Francisco do Sul

Taxas de Ocupação do Berço 101

Ano de 2002

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

Janei

ro

Fever

eiro

Mar

çoAbr

il

Mai

o

Junh

o

Julh

o

Ago

sto

Set

embro

Outu

bro

Nov

embro

Dez

embr

o

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JAMENTO EM

Porto de São Francisco do Sul

Taxas de Ocupação do Berço 102

Ano de 2002

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

Janei

ro

Fever

eiro

Mar

ço

Abri

l

Mai

o

Junho

Julh

o

Agost

o

Set

embro

Outu

bro

Nove

mbro

Dez

embro

Já os berços 103, 201 e 301 apresentaram variações maiores entre os

meses atingindo taxas de ocupação entre 4% e 93% como no caso do berço

201.

Porto de São Francisco do Sul

Taxas de Ocupação do Berço 103

Ano de 2002

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

Janei

ro

Fever

eiro

Mar

çoAbr

il

Mai

o

Junho

Julh

o

Ago

sto

Set

embr

o

Out

ubro

Nov

embro

Dez

embro

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JAMENTO EM

Porto de São Francisco do Sul

Taxas de Ocupação do Berço 201

Ano de 2002

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

Janei

ro

Fever

eiro

Mar

ço

Abri

l

Mai

o

Junho

Julh

o

Agost

o

Set

embro

Outu

bro

Nove

mbro

Dez

embro

Porto de São Francisco do Sul

Taxas de Ocupação do Berço 301

Ano de 2002

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

Janei

ro

Fever

eiro

Mar

ço

Abril

Mai

o

Junho

Julh

o

Agost

o

Set

embro

Outu

bro

Nove

mbro

Dez

embro

O quadro seguinte correlaciona os tempos de espera dos navios, tempos de

atendimento e níveis de serviço com a taxa de ocupação de cada um dos

berços do porto.

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152

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JAMENTO EM

Porto de São Francisco do Sul

Taxa Média de Ocupação x Nível de Serviço

Ano de 2002

Berço Taxa de

Ocupação

Tempo de

Espera (h)

Tempo de

Atendimento (h)

Nível de

Serviço

101 92,23% 88,31 71,79 122,9%

102 79,32% 15,5 20,2 76,9%

103 40,59% 20,6 44,3 46,6%

201 47,92% 29,9 98,8 30,3%

301 68,98% 28,5 63,4 44,9% Fonte de dados: Setor de Estatísticas da APSFS

Observa-se que quanto maior a taxa de ocupação maior o tempo de espera

e maior o nível de serviço. Assim, deve ser buscada a diminuição dos

tempos de atendimento (através do aumento da produtividade operacional)

para diminuir as esperas de navios e, com isso, obter níveis de serviço

razoáveis.

1133..22..22.. IInnddiiccaaddoorreess ddee DDeesseemmppeennhhoo ppoorr TTiippoo ddee

CCaarrggaa

Além da taxa de ocupação utilizada para a avaliação dos berços, também

são considerados outros índices de desempenho operacional.

No caso da avaliação foram medidas as pranchas médias de atendimento

para cada tipo de carga, a quantidade total de cada carga movimentada e o

tamanho médio de consignação por navio.

A prancha média de atendimento indica a produtividade média, para cada

tipo de carga, de cada terminal ou conjunto de berços, medida pela relação

entre as quantidades totais movimentadas e tempo de atracação dos navios

ou “tempo de atendimento”. É medida em toneladas por dia para carga

geral e granéis e em unidades por hora para os contêineres.

A quantidade total de carga movimentada proporciona uma visão da

intensidade de utilização de cada berço e de todo o porto. É medida em

toneladas métricas (t) por tipo de mercadoria e por forma de manuseio -

carga geral solta, granéis sólidos, granéis líquidos, etc. No caso dos

contêineres é medida em TEU, por terminal ou conjunto de berços.

O tamanho médio de consignação indica a característica do tamanho de

navio que freqüenta o porto, para cada tipo de carga ou mercadoria, em

cada terminal ou conjunto de berço e é medido em toneladas por navio

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153

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JAMENTO EM

para carga geral, granéis líquidos e granéis sólidos e em unidades

carregadas e descarregadas por navio, para contêineres.

Em seguida são apresentados os indicadores obtidos para cada uma das

cargas movimentadas no porto de São Francisco do Sul.

Porto de São Francisco do Sul

Principais Indicadores Operacionais

Ano de 2002

Tipo de

Carga (ou

de navio)

Quantidade

Movimentada

(t)

Prancha

Média

Consignação

Média por

navio

Tempo Médio

de Atendimento

(h)

Contêiner

159.327 16,3 box/h 316,1 box 18,3

Farelo 708.836 7.328 t/dia 25.316t 83,7

Soja 750.066 8.160 t/dia 31.253t 97,2

Milho 423.336 8.091 t/dia 35.278t 112,8

Óleos 359.804 6.451 t/dia 17.990t 67,9

Trigo 461.218 3.229 t/dia 17.082t 37,3

Fertilizante 108.494 1.885 t/dia 21.699t 275,0

Congelados 28.021 315 t/dia 2.547t 202,7

Madeira 165.758 1.090 t/dia 4.875t 115,1 Fonte de dados: APSFS

13.2.2.1. Contêineres

A prancha média verificada para os contêineres apresentou a média geral

de 16 unidades movimentadas por hora, número considerado razoável,

considerando as condições e os equipamentos utilizados.

O quadro da folha seguinte apresenta os valores de consignação média e

prancha média de atendimento para os contêineres nos principais portos do

país.

Observam-se os melhores indicadores nos portos com equipamentos mais

avançados e maiores consignações, seguindo-se aqueles com consignações

e equipamentos intermediários e, finalmente os terminais sem

equipamentos de terra e menores tamanhos de carregamento por navio.

O desempenho de São Francisco do Sul, neste ranking, mostra-se no topo

dos terminais de sua categoria.

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JAMENTO EM

Principais Portos Nacionais

Comparação de Indicadores Operacionais

Consignação Média e Prancha Média

Contêineres

Porto/Terminal

Consignação

Média

(t)

Prancha Média

de Atendimento

(unidade/h)

TECON Santos Brasil 524 29,3

TECON Rio Grande 340 26,4

T37 - Libra Santos 309 22,3

T35 - Libra Santos 319 21,9

Cosipa 299 20,3

TECON 2 (MultiRio) 238 17,6

TECON 1 (Libra) Rio 211 17,1

São Francisco do Sul 316 16,3

TECON Suape 348 15,7

Recife 337 15,2

Múltiplo Uso Suape 316 14,0

Itajaí 356 13,9

TECONDI (Santos) 222 13,2

TCP (Paranaguá) 302 13,1

Super Terminais (Manaus) 324 12,8

Intermarítima (Salvador) 179 12,0

Peíu (Vitória) 244 11,6

Corex (Paranaguá) 279 11,3

Cais Público (Paranaguá) 246 11,3

TVV (Vitória) 277 11,1

Fortaleza 199 10,7

SNPH Manaus 413 10,5

TECON Salvador 156 10,2

Capuaba 244 8,6

Belém 217 7,2

Santos Margem Direita 159 7,1 Fonte de dados: APSFS e ANTAQ

13.2.2.2. Milho, Soja e Farelo

A produtividade dos embarques de farelo, soja e milho, em torno de 8.000

t/dia, está com padrão elevado, comparativamente aos demais portos, bem

como os tamanhos médios de consignação, aproximadamente 30.000

toneladas por navio.

Para a soja e o farelo e foram obtidos dados comparativos dos portos de

Santos, Paranaguá e Rio Grande apresentados a seguir.

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JAMENTO EM

Principais Portos Nacionais

Comparação de Indicadores Operacionais

Quantidade Movimentada, Consignação Média e Prancha Média

Soja e Farelo

Porto / Terminal e

Produto

Quantidade

Movimentada

Total (t)

Consignação

Média (t)

Prancha

Média de

Atendiment

o (t/dia)

Santos Cargill (soja em grãos) 125.975 20.996 8.239,2

Cargill (farelo) 260.552 21.713 8.553,6

Paranaguá

Corex (Farelo) 759.302 27.118 11.541,6

Múltiplo Uso (Farelo) 346.650 28.888 7.250,4

Rio Grande

Bianchini (Farelo) 150.808 4.570 3.475,2

Tergrasa (Farelo) 80.247 1.638 561,6

Termasa (Farelo) 148.653 7.079 3.715,2

Bunge (Farelo) 138.591 12.599 6.559,2

São Francisco do Sul

soja 750.066 31.253 8.160,9

farelo 708.836 25.316 7.328,0 Fonte de dados: APSFS e ANTAQ

As pranchas médias para a soja e o farelo em São Francisco do Sul são

equivalentes às observadas nos maiores terminais do país – Santos e

Paranaguá; os tamanhos de consignação são inferiores apenas ao terminal

Corex em Paranaguá.

13.2.2.3. Fertilizantes e Trigo

No caso de trigo e fertilizante, foram identificados valores não adequados

de produtividade além de consignações médias baixas.

No caso dos fertilizantes foram obtidas informações do ano de 2002 para

os portos de Recife, Vitória, Santos, Paranaguá e Rio Grande, além de São

Francisco do Sul. A tabela abaixo apresenta os valores encontrados.

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JAMENTO EM

Principais Portos Nacionais

Comparação de Indicadores Operacionais - Fertilizantes

Quantidade Movimentada, Consignação Média e Prancha Média

Porto / Terminal Quantidade

Movimentada (t)

Consignação

Média (t)

Prancha Média

de Atendimento

(t/dia)

Recife 48.884 6.983 1430,4

Vitória

Capuaba 46.546 23.273 1209,6

Santos

Ultrafértil 89.900 22.475 6619,2

Tefer 194.227 17.657 2668,8

Paranaguá

Múltiplo Uso 900.635 20.945 5044,8

Rio Grande

Adubos Trevo 469.290 7.569 2829,6

São Francisco do Sul 108.494 21.699 1885,2

Fonte de dados: APSFS e ANTAQ

A prancha média de São Francisco do Sul para os fertilizantes está com

valor inferior a maior parte dos demais portos pesquisados, apesar disso o

valor médio de consignação está entre os maiores do país.

13.2.2.4. Trigo

Os portos considerados na avaliação comparativa para o trigo a granel

foram: Belém, Fortaleza, Natal, Recife, Salvador, Vitória, Rio de Janeiro,

Santos e Itajaí. Os valores constam na tabela a seguir.

Principais Portos Nacionais

Comparação de Indicadores Operacionais - Trigo

Consignação Média e Prancha Média

Porto / Terminal Consignação

Média (t)

Prancha Média

de Atendimento

(t/dia)

Belém 7.249 1.368,0

Fortaleza

Tergran 18.147 7.845,6

Natal 10.527 2.954,4

Recife 9.801 2.356,8

Salvador

Intermarítima 8.346 2.241,6

Vitória

Capuaba 10.416 1.320,0

Rio de Janeiro

Moinho Cruzeiro do Sul 11.550 1.677,6

Moinho Santista 17.963 2.032,8

Santos

COREX 21.374 6.086,4

Itajaí 5.231 2.076,0

São Francisco do Sul 17.082 3.229,0

Fonte de dados: APSFS e ANTAQ

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157

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JAMENTO EM

A movimentação de trigo em São Francisco do Sul atingiu, em 2002,

461.218 toneladas, sendo expressivos os tamanhos de consignação média e

prancha média, em comparação com portos que utilizam equipamentos e

tecnologias semelhantes, como Belém, Recife, Salvador, Itajaí, Rio de

Janeiro e Capuaba (Vitória). Entretanto, são muito inferiores aos terminais

do Tergran, em Fortaleza e Corex, em Santos, que são os mais modernos

do país.

13.2.2.5. Madeira

Para a madeira foram considerados, para fins comparativos, os portos de:

Belém e Paranaguá , cujos valores constam na tabela a seguir.

Principais Portos Nacionais

Comparação de Indicadores Operacionais

Consignação Média e Prancha Média

Madeira

Porto / Terminal Consignação

Média (t)

Prancha Média

de Atendimento

(t/dia)

Belém 2.295 729,6

Paranaguá 12.365 2.630,4

São Francisco do Sul 4.875 1.089,8

Fonte de dados: APSFS e ANTAQ

A consignação e prancha média de atendimento em São Francisco do Sul é

bastante inferior ao porto concorrente de Paranaguá, superando apenas o

porto de Belém.

1133..22..33.. NNíívveell ddee SSeerrvviiççoo

O nível médio de serviço é a relação entre o tempo médio de espera do

navio até atracar e o tempo de atendimento (ou tempo em que ele

permanece atracado). É calculado em números absolutos ou em

percentagem (%) e por carga ou por terminal ou conjunto de berços.

O tempo médio de espera é um indicador da qualidade do atendimento, em

termos do tempo, medido em horas e minutos, gasto em espera de

atracação dos navios de cada grupo de carga ou produto, para cada

terminal ou conjunto de berços. Já o tempo de atendimento, também

medido em horas e minutos, indica o tempo que o navio permaneceu

atracado realizando as operações de embarque e desembarque das cargas.

Através da análise dos dados de São Francisco do Sul foi possível calcular

os tempos de espera, de atendimento e o conseqüente nível de serviço, ao

longo do ano de 2002, para cada grupo de navios que transportavam cada

tipo de carga. A tabela abaixo apresenta estes valores.

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158

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JAMENTO EM

Porto de São Francisco do Sul

Tempo de Espera de Navios e Nível de Serviço

Ano de 2002

Carga Tempo Médio

de Espera (h)

Tempo Médio de

Atendimento (h)

Nível de

Serviço (%)

Contêineres

16,5 18,3 90,3

Granéis Sólidos

Farelo 86,3 83,7 103,1

Soja 147,0 97,2 151,2

Milho 122,0 112,8 108,4

Trigo 36,5 37,3 97,8

Fertilizantes 58,8 275,0 21,4

Granéis Líquidos

Óleos Vegetais 91,7 67,9 135,0

Carga Geral Solta

Madeira 29,0 115,0 25,2

Congelados 54,2 202,7 26,7 Fonte de dados: APSFS

Observa-se que os tempos médios de espera e atendimento, para todos as

cargas embarcadas ou desembarcadas no porto, estão muito elevados, com

filas de navios e congestionamento.

Para avaliar a situação operacional de São Francisco do Sul, são

apresentados, comparativamente, os valores desses indicadores em alguns

outros portos nacionais.

13.2.3.1. Contêineres

Embora apresente prancha média de movimentação entre as melhores do

país, como já visto anteriormente, São Francisco do Sul é o que apresenta

o maior tempo médio de espera e o pior índice de nível de serviço para

contêineres.

A tabela seguinte apresenta os tempos médios de espera e nível médio de

serviço para os navios de contêineres nos principais portos do país.

Principais Portos Nacionais

Comparação de Indicadores Operacionais

Tempo de Espera de Navios e Nível de Serviço

Contêineres

Porto/Terminal Tempo Médio

de Espera (h)

Nível Médio de

Serviço (%)

TECON Santos Brasil 3 20

TECON Rio Grande 4 30

T37 - Libra Santos 2 10

T35 - Libra Santos 2 10

Rio Cubatão (Cosipa) 4 30

TECON 2 (MultiRio) 1 10

TECON 1 (Libra) Rio 1 10

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PLANEE

JAMENTO EM

São Francisco do Sul 16,5 90

TECON Suape 1 10

Recife 1 10

Múltiplo Uso Suape 1 10

Itajaí 15 60

TECONDI 4 20

TCP Paranaguá 13 60

Corex Paranaguá 10 40

Cais Público Paranaguá 8 40

Fortaleza 5 30

Margem Direita Santos 1 10

Fonte de dados: APSFS e ANTAQ

13.2.3.2. Soja e Farelo

Para a soja e o farelo os dados comparativos foram obtidos dos portos de

Santos, Paranaguá e Rio Grande, apresentados na tabela a seguir.

Assim como no caso dos navios de contêineres, pode-se verificar que os

tempos médios de espera dos navios de transporte de soja e farelos estão

entre os mais altos do país, embora, novamente, a prancha média de

atendimento seja, comparativamente, em nível razoável, como referido

anteriormente.

Principais Portos Nacionais

Comparação de Indicadores Operacionais

Tempo de Espera de Navios e Nível de Serviço

Soja e Farelo

Porto / Terminal Tempo Médio

de Espera (h)

Nível de

Serviço (%)

Santos

Cargill (soja em grãos) 0 0

Cargill (farelo) 0 0

Paranaguá

Corex (Farelo) 142 25

Múltiplo Uso (Farelo) 108 11

Rio Grande

Bianchini (Farelo) 1 0

Tergrasa (Farelo) 1 0

Termasa (Farelo) 25 6

Bunge (Farelo) 6 10

São Francisco do Sul

soja 147 51

farelo 86 50

Fonte de dados: APSFS e ANTAQ

13.2.3.3. Fertilizantes

No caso dos fertilizantes o comparativo baseia-se nas informações do ano

de 2002 para os portos de Recife, Santos, Paranaguá e Rio Grande, além

de São Francisco do Sul. A tabela a seguir apresenta os valores

encontrados.

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160

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PLANEE

JAMENTO EM

Observa-se que o porto de São Francisco do Sul encontra-se,

comparativamente, em situação favorável em relação aos demais portos do

país. Seu nível de serviço está entre os melhores e o tempo médio de

espera é bastante inferior ao verificado em portos diretamente concorrentes

como Paranaguá e Santos.

A produtividade operacional, entretanto, é muito baixa, como já referido

anteriormente, na análise das pranchas de atendimento.

Principais Portos Nacionais

Comparação de Indicadores Operacionais- Fertilizantes

Tempo de Espera de Navios e Nível de Serviço

Porto / Terminal Tempo Médio

de Espera (h)

Nível de

Serviço (%)

Recife 32 30

Santos

Ultrafértil 130 160

Tefer 67 40

Paranaguá

Múltiplo Uso 389 390

Rio Grande

Adubos Trevo 21 30

Cais Público 2 0

São Francisco do Sul 58,8 21,4

Fonte de dados: APSFS e ANTAQ

13.2.3.4. Trigo

Os portos considerados na avaliação comparativa de desempenho no

atendimento dos navios de trigo a granel foram: Fortaleza, Natal, Recife,

Rio de Janeiro, Santos e Itajaí, conforme a tabela a seguir.

Principais Portos Nacionais

Comparação de Indicadores Operacionais - Trigo

Tempo de Espera de Navios e Nível de Serviço

Porto / Terminal Tempo Médio

de Espera (h)

Nível de

Serviço (%)

Fortaleza Tergran 3 10

Natal 20 20

Recife 7 10

Rio de Janeiro Moinho Cruzeiro do Sul 1 0

Moinho Santista 1 0

Santos

COREX 76 90

Itajaí 88 15

São Francisco do Sul 36,5 97,8

Fonte de dados: APSFS e ANTAQ

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161

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PLANEE

JAMENTO EM

Em comparação aos portos próximos e diretamente concorrentes, a

situação dos tempos de espera e nível de serviço no porto de São Francisco

do Sul com relação â movimentação de trigo em grão é boa. O tempo de

espera neste porto no ano de 2002 foi bem inferior ao ocorrido em Santos e

em Itajaí. Entretanto, quando comparado com o TERGRAN de Fortaleza,

o tempo de espera em São Francisco do Sul apresenta-se demasiadamente

elevado.

13.2.3.5. Carga Geral Madeira

Para a movimentação de madeira foi considerado somente o porto de

Paranaguá, como mostram os valores na tabela a seguir.

Principais Portos Nacionais

Comparação de Indicadores Operacionais / Carga Geral - Madeira

Tempo de Espera de Navios e Nível de Serviço

Porto / Terminal Tempo Médio

de Espera (h)

Nível de

Serviço (%)

Paranaguá 45 40

São Francisco do Sul 29 25,2

Fonte de dados: APSFS e ANTAQ

O tempo de espera dos navios transportando madeira, embora abaixo do

verificado no porto de Paranaguá, poderia ser bem menor, caso as

pranchas de atendimento fossem melhoradas, com a diminuição

conseqüente dos tempos de atendimento.

1133..22..44.. CCoommppaarraaççããoo ddooss IInnddiiccaaddoorreess ddee

DDeesseemmppeennhhoo nnaa MMoovviimmeennttaaççããoo ddee CCoonnttêêiinneerreess

Para o caso específico dos contêineres foi realizada análise mais detalhada

das operações realizadas em cada berço, de modo a verificar

comparativamente, a quantidade de contêineres movimentada, a prancha

média de atendimento, a consignação e os tempos de espera e de

atendimento. O quadro a seguir resume estas informações.

Porto de São Francisco do Sul

Análise das Operações de Contêineres por Berço (Ano de 2002)

Berço Participação

Prancha

média

(unid/h)

Consignação

(unidades)

Tempo

médio de

espera (h)

Tempo

médio de

atendimento

(h)

Nível

médio de

serviço

101 3,7% 12,4 223,38 22,77 16,35 139,3%

102 81,6% 19,3 386,74 15,23 19,05 79,9%

103 8,8% 13,4 225,98 15,92 14,35 110,9%

201 1,0% 7,1 89,24 13,29 13,00 102,3%

301 5,1% 7,5 127,70 22,16 20,27 109,3%

Total 100,0% 16,3 316,13 16,50 18,28 90,3% Fonte de dados: APSFS

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JAMENTO EM

A movimentação de contêineres ocorre predominantemente no berço 102,

que é responsável por mais de oitenta por cento do total do porto, sendo

dedicado a esta função.

Neste berço, a prancha média de atendimento atinge valor mais alto, sendo

inferior somente às pranchas médias de Santos e Rio Grande, os quais são

terminais dotados de portêineres;

Entretanto, os valores do nível de serviço em todos os berços são

próximos, indicando o esgotamento da capacidade operacional do porto

para esse tipo de carga.

Os tempos médios de espera, em todos os berços, são demasiados, mesmo

considerando o tratamento preferencial que a administração do porto

aplica a esses navios.

O desempenho do berço 102 está diretamente relacionado com a utilização

dos guindastes MHC que operam exclusivamente neste local. Destaque-se

a grande proporção de unidades vazias na composição do tráfego

portuário, as quais são movimentadas em lingadas duplas.

A remoção imediata dos contêineres vazios e a existência de REDEX nas

proximidades do porto, como a Cargolink, transferem parte significativa

das necessidades de áreas de estocagem de trânsito.

O porto exerce controle rigoroso sobre o deadline de embarque, de modo a

obter maior rotatividade em suas instalações e, com isso, aumentar sua

capacidade dinâmica de estocagem.

13.3 Pontos de Estrangulamento e Melhorias Propostas

1133..33..11 -- GGaarrggaallooss nnaa IInntteerrffaaccee ccoomm oo MMooddaall MMaarrííttiimmoo

Embora aparentemente o principal ponto de estrangulamento do porto

ocorra nos acessos terrestres - rodoviários e ferroviários – a partir do

acúmulo de carretas estacionadas no portão de entrada do porto, o

verdadeiro congestionamento pode ser avaliado pelos elevados tempos de

espera de navios de todos os tipos de carga.

Em alguns casos, esse congestionamento poderá ser resolvido por

melhorias operacionais, especialmente o aumento de capacidade

operacional através de equipamentos de maior produtividade, como nos

embarques de granéis sólidos – grãos e farelos – situação em que as

instalações de recepção e de armazenamento já estão em níveis adequados

e os novos ship loaders estão sendo implantados.

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163

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JAMENTO EM

Em outras situações, como nas operações de descarregamento de navios de

trigo e de fertilizantes, a insuficiência de instalações de estocagem com

capacidade estática e localização adequadas levam ao aumento dos custos

das operações, ocorrendo casos em que são realizadas com os navios ao

largo (ou sem atracar), sendo descarregados para barcaças e depois

transferidos para armazéns localizados fora das instalações portuárias (a

cerca de 5km do local de operação).

Nessas condições, não é possível ampliar a movimentação dos granéis de

importação, recomendando-se a implantação de instalação especializada

com equipamentos de capacidade compatível com as demandas e

armazéns ou silos de estocagem de trânsito com capacidades compatíveis

com os tamanhos de carregamento esperados.

Para os contêineres, os pontos de estrangulamento mais destacados são:

insuficiência de áreas de estocagem para atender ao crescimento

das demandas;

insuficiência de berços de operação equipados com guindastes

de terra adequados;

insuficiência de profundidades nos berços existentes, para

atender ao calado dos novos navios que estão a operar na costa leste

da América do Sul;

inadequação da plataforma do cais e da retroárea imediata pata

suportar a carga dos equipamentos de manuseio e empilhamento

utilizados.

A melhoria dessas condições, de modo a superar os gargalos operacionais

existentes, é de difícil solução no espaço portuário atual, demandando a

implantação de novos berços para contêineres com as condições

adequadas.

Para a carga geral – madeira e congelados – a inexistência de armazéns

adequados e localizados nas proximidades de berços de operação

dedicados ou especializados, constituem o ponto de estrangulamento mais

destacado.

A solução dos gargalos operacionais das demais cargas já mencionadas,

especialmente granéis de importação e contêineres, guardam relação direta

com a melhoria das condições para a operação de carga geral, pois a

especialização de berços para essas cargas poderá agravar ou amenizar as

condições para o desenvolvimento das melhorias para o atendimento da

carga geral.

Diante de todos esses aspectos limitativos, os desafios das demandas ainda

estão sendo acrescidos por novas cargas de características de transporte e

manuseio diferenciados das demais, como no caso dos insumos importados

por cabotagem para a usina siderúrgica da Vega do Sul e dos produtos

destinados à exportação.

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164

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JAMENTO EM

Isso significa maior demanda por berços especializados, com instalações

de estocagem e equipamentos específicos e acessos dos modais terrestres

definidos pela logística da indústria.

Para essa demanda, os pontos de estrangulamento estão nos conflitos de

uso do berço selecionado – o 201 – e o de trânsito de composições

ferroviárias através do berço 301 com o cruzamento dos acessos

rodoviários do porto.

Sugere-se como melhoria de curto prazo, para amenizar esses conflitos, a

disponibilização de equipamento de manobras da composição ferroviária

com flexibilidade operacional adequada e o uso de equipamentos de

transporte desde a embarcação até os vagões com capacidade e

características operacionais adequadas.

As melhorias de médio e longo prazo decorrerão da nova proposta de

arranjo físico das instalações portuárias, com a intensificação de

instalações ou terminais especializados para as principais cargas.

1133..33..22 -- GGaarrggaallooss nnaa IInntteerrffaaccee ccoomm ooss MMooddaaiiss

TTeerrrreessttrreess

Os pontos de estrangulamento de maior importância na interface terrestre

do porto de São Francisco do Sul podem ser classificados em dois grupos

principais:

o congestionamento das vias de entrada rodoviária, ocasionado

tanto por problemas de estacionamento e demora de veículos de

carga frente ao portão do porto, quanto pelo conflito com as

manobras de composições ferroviárias;

o acesso ferroviário, caracterizado pela travessia da zona urbana,

com mais de vinte cruzamentos em mesmo nível das vias urbanas

rodoviárias e insuficiência de áreas para ampliação do parque de

triagem e composição.

O conflito com os veículos rodoviários de carga tem suas raízes em três

características limitantes do porto:

a insuficiência de espaços para a ampliação das áreas de

estocagem de trânsito, obrigando a prazos exíguos para recebimento

dos contêineres para embarque, forçando a concentração de

recebimento em tempo relativamente pequeno;

os procedimentos de liberação para ingresso na área alfandegada,

com tempos de atendimento excessivos para as necessidades atuais;

a existência de apenas um portão de entrada para todos os berços

e terminais, concentrando o controle operacional em um único local.

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165

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JAMENTO EM

As melhorias a serem propostas para esses gargalos deverão ser indicadas

após pesquisa de campo e análise mais aprofundada da situação existente.

Em geral, as soluções para congestionamentos frente ao portão de entrada

são obtidas pela racionalização e informatização dos procedimentos de

controle, pela criação de mais entradas e atribuição de tratamento seletivo

aos veículos de transporte.

Certamente, a autoridade portuária demandará a execução de trabalhos na

área de tecnologia de informação, integrando e simplificando todo o

processo de ingresso da carga (e dos veículos) na área operacional,

iniciando esse processo com a abertura de praça para recebimento dos

contêineres a embarcar em cada navio, na exportação, e com o

fornecimento de informações sobre a chegada e colocação do contêiner no

pátio, na importação.

Quanto aos conflitos com o modal ferroviário, recomenda-se a construção

do anel ferroviário que evite o conflito com a área urbana, conforme

projetos já existentes, e a localização de pátio de triagem e composição

fora da área portuária e da área urbana.

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166

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JAMENTO EM

ANÁLISE E DEFINIÇÃO DAS

NECESSIDADES

pós as projeções de crescimento de movimentação das

cargas em seus diversos tipos e formas de manuseio, da

avaliação do desempenho operacional e do arranjo físico

atual do porto de São Francisco do Sul, com a detecção dos pontos de

estrangulamento ao desenvolvimento, o PDZ aborda neste capítulo a

exposição dos condicionantes externos – mercado concorrencial,

limitações físicas e operacionais no espaço portuário existente e disponível

para ampliação, entre outros, para o atendimento das necessidades

projetadas.

14.1. Condicionantes do Desenvolvimento

1144..11..11.. –– CCoonnddiicciioonnaanntteess ddee MMeerrccaaddoo

As projeções de crescimento da movimentação de cargas, para os três

cenários determinados no termo de referência – conservador, moderado e

otimista – atendendo à metodologia exposta com detalhes nos capítulos

iniciais desta etapa, apontam para números bastante expressivos,

denotando possibilidades de expansão da atividade portuária em níveis

bastante altos, especialmente de granéis sólidos e de contêineres, tanto na

exportação quanto na importação.

Ressalte-se que os pressupostos de construção dos cenários propostos

estão fundamentados em bases bastante realistas, utilizando-se de taxas de

Capítulo

14

A

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167

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JAMENTO EM

crescimento, em cada situação, obtidas do comportamento passado e

presente, seja do que vem acontecendo no porto, na região e no país.

As expectativas mundiais de crescimento do comércio, no curto prazo,

sofrem efeitos da recessão pela qual as principais economias ocidentais

vêm passando, não encontrando correspondência com os números que

estão ocorrendo no Brasil, onde se abrem novos mercados e ampliam-se os

negócios internacionais.

A produção e exportação de grãos e farelos e a conseqüente importação de

fertilizantes e outros insumos, assim como os projetos que se estão a

desenvolver na área de transporte internacional de contêineres são

indicativos de que o crescimento da demanda por instalações portuárias

deverá acontecer de forma indiscutível.

No cenário conservador, as projeções indicam, as seguintes expectativas,

para os três principais grupos ou tipos de carga.

Porto de São Francisco do Sul

Projeções de Movimentação de Cargas

Contêineres e Granéis Sólidos

Cenário Conservador

Em toneladas

Anos

Tipo de carga

Somas Contêineres

Gran Sólido

Exportação

Gran Sólido

Importação

2003 2.856.255 3.989.900 1.097.973 7.944.128

2008 3.488.625 5.329.897 1.558.890 10.377.412

2013 3.715.858 6.642.021 2.037.406 12.395.285

2018 3.957.884 8.277.167 2.662.809 14.897.860

2023 4.215.675 10.314.856 3.480.184 18.010.715

Para as demais cargas, no mesmo cenário, as projeções são as seguintes:

Porto de São Francisco do Sul

Projeções de Movimentação de Cargas

Produtos Siderúrgicos, Granéis Líquidos e Carga Geral

Cenário Conservador

Em toneladas

Anos Tipo de carga

Somas Siderúrgico Gran Líquido Carga Geral

2003 121.000 610.462 312.247 1.043.709

2008 1.100.000 801.824 389.117 2.290.941

2013 1.100.000 1.005.930 484.911 2.590.841

2018 1.100.000 1.261.991 604.287 2.966.278

2023 1.100.000 1.583.233 753.051 3.436.284

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168

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PLANEE

JAMENTO EM

No cenário otimista, as projeções são:

Porto de São Francisco do Sul

Projeções de Movimentação de Cargas

Contêineres e Granéis Sólidos

Cenário Otimista

Em toneladas

Anos

Tipo de carga

Somas Contêineres

Gran Sólido

Exportação

Gran Sólido

Importação

2003 2.856.225 4.889.900 1.397.973 9.144.098

2008 5.175.052 7.557.860 2.042.993 14.775.905

2013 7.524.113 9.506.868 2.831.092 19.862.073

2018 9.127.018 11.847.287 3.800.693 24.774.998

2023 10.840.043 14.763.875 6.492.133 32.096.051

Porto de São Francisco do Sul

Projeções de Movimentação de Cargas

Produtos Siderúrgicos, Granéis Líquidos e Carga Geral

Cenário Otimista

Em toneladas

Anos Tipo de carga

Somas Siderúrgico Gran Líquido Carga Geral

2003 121.000 700.462 312.247 1.133.709

2008 1.100.000 1.248.183 1.057.074 3.405.257

2013 1.100.000 1.695.104 1.406.424 4.201.528

2018 1.100.000 2.112.409 1.753.499 4.965.908

2023 1.100.000 2.632.445 2.186.224 5.918.669

Em termos gerais, as projeções nos cenários propostos significam que o

porto deverá movimentar, conforme o caso, os números mostrados na

tabela seguinte.

Porto de São Francisco do Sul

Movimentação Projetada

Todas as cargas (em toneladas)

Anos Conservador Moderado Otimista

2003 8.987.837 9.417.807 10.277.807

2008 12.668.353 16.372.259 18.181.162

2013 14.986.126 20.394.463 24.063.601

2018 17.864.138 24.620.109 29.740.906

2023 21.446.999 29.845.943 38.014.720

São essas as demandas que serão consideradas na avaliação das

necessidades atuais e futuras de desenvolvimento do porto.

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PLANEE

JAMENTO EM

1144..11..22.. –– AAmmbbiieennttee CCoonnccoorrrreenncciiaall

A analise do ambiente concorrencial envolve aspectos de competição e

complementaridade.

A área de influência de São Francisco do Sul superpõe-se, em muitos

casos às de Itajaí, Paranaguá e mesmo Santos, acontecendo, assim,

competição com esses portos.

O comércio internacional dessas áreas tem, então,.diversas opções de

escolha quanto aos canais de importação e exportação, optando por um ou

outro em função de disponibilidades de serviços de transporte marítimo e

facilidades de acesso terrestre - estradas, ferrovias, exigências

burocráticas, sistemas de informação e comunicação, etc., bem como pelas

facilidades de movimentação ou especialização de terminais,

especialmente no que se refere à qualidade dos serviços, traduzida em altas

taxas de produção e inexistência de filas de espera.

Cada um desses portos serve de alternativa para o caso de dificuldades em

seus vizinhos, induzindo ao contínuo melhoramento de seus serviços e

atendimento sob a permanente ameaça de perda se sua fatia de mercado ou

market share. Do ponto de vista dos usuários, portanto, são

complementares, enquanto que atuam como competidores entre si.

Assim, o atendimento inadequado – filas de espera, baixa produtividade,

altos custos – leva, inevitavelmente, ao desvio dos fluxos de carga de um

porto para seu vizinho. Isso já se observa, por exemplo, nos casos de

cargas reefer, entre Itajaí e São Francisco do Sul e de contêineres, entre

Paranaguá, Itajaí e São Francisco do Sul, por exemplo.

1144..11..33.. –– CCoonnddiicciioonnaanntteess FFííssiiccooss ee OOppeerraacciioonnaaiiss

O desenvolvimento do porto tem como fatores limitantes inarredáveis as

condições físicas, do ponto de vista geográfico e de engenharia portuária.

Sob o conceito de geografia compreende-se, neste caso, a paisagem onde

está o sítio portuário – disponibilidades de espaço físico nas margens, com

condições de profundidade, tranqüilidade das águas e possibilidades de

instalações de transferência dos modais aquaviários para os terrestres,

incluindo-se, ainda, aspectos relativos a existência de possíveis impactos

no ambiente natural ou modificado pelo homem.

Sob o ponto de vista da engenharia portuária compreendem-se os fatores

relativos à qualidade do solo, inclusive com respeito aos custos de

dragagem e aterro, suporte do terreno para receber os carregamentos sobre

pavimentos, plataformas, tipos de cais, etc.

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PLANEE

JAMENTO EM

Em São Francisco do Sul, a situação geográfica e de engenharia, no espaço

onde o porto está localizado presentemente, apresenta-se bastante limitada,

tanto no que se refere às áreas, quanto às condições de profundidades e

tranqüilidade. Neste último aspecto a limitação refere-se à restrição dos

horários de manobras de atracação e desatracação nos locais de acostagem

alinados perpendicularmente à direção das correntes de maré.

Restrições de impacto ambiental poderão ser levantadas, seja no que se

refere aos aspectos naturais, seja com relação à preservação histórica e

arquitetônica do espaço urbano.

1144..11..44.. –– RReellaaççõõeess ccoomm aa CCiiddaaddee ee AAcceessssooss

TTeerrrreessttrreess

A relação cidade – porto apresenta alguns conflitos decorrentes,

principalmente, dos acessos viários terrestres. A ferrovia, conforme já

mencionado nos levantamentos do cadastro do porto, cruza todo o centro,

com cerca de vinte cruzamentos em nível com as vias urbanas; o acesso

rodoviário, embora evite esse conflito, enfrenta congestionamentos em

frente à área portuária, pela exigüidade de espaços para estacionamento e

manobra dos veículos rodoviários de carga.

A solução do conflito ferroviário – modal mais utilizado para o transporte

terrestre dos granéis sólidos de exportação e de importação – já vem sendo

estudada pelos órgãos do Ministério dos Transportes e pela concessionária

ALL – América Latina Logística S/A, enquanto a questão dos acessos

rodoviários ainda depende de análise mais detalhada dos procedimentos e

ocorrências à entrada do porto.

O desenvolvimento do porto e o crescimento da cidade necessitam ser

pensados de forma conjunta e harmônica, de forma que sejam criadas

condições de convivência produtiva e equilibrada entre as diversas

atividades, na visão do desenvolvimento sustentado.

Recomenda-se, portanto, a intensificação das relações entre os

planejadores urbanos e portuários, ressaltando a característica portuária da

cidade de São Francisco do Sul, desde sua fundação até o futuro.

A vertente portuária implica no surgimento de diversas atividades

logísticas – de transporte, armazenamento, liberação aduaneira, suporte de

informações e outras de agregação de valor – que tendem a desenvolver-se

dentro e no entorno da cidade.

1144..11..55.. –– NNeecceessssiiddaaddeess ppaarraa AAtteennddiimmeennttoo ddaass

DDeemmaannddaass

Para análise da capacidade do porto para o atendimento atual e futuro das

demandas serão considerados os seguintes pontos:

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PLANEE

JAMENTO EM

a capacidade atual será dimensionada para a condição de

destinação exclusiva de berços para os principais grupos ou tipos de

cargas e níveis de serviço compatíveis com a qualidade de

atendimento geralmente aceita pelos transportadores marítimos;

para as capacidades futuras (ou melhoradas) serão indicados os

níveis de desempenho e de serviço compatíveis com as demandas

projetadas para o cenário otimista e as quantidades necessárias de

berços em cada situação.

A avaliação da situação atual poderá indicar, como retratado na análise de

desempenho operacional (e efetivamente, indica) que o porto esteja

operando em níveis acima de sua capacidade, o que se traduziria por altas

taxas de ocupação e, conseqüentemente, tempos e filas de espera de navios

excessivas, ou congestionamento.

No caso das necessidades futuras, o uso das projeções dos cenários

otimistas corresponde aos procedimentos usuais no planejamento

portuário, os quais consideram como mais custoso ou danoso o não

atendimento da demanda que a eventual ociosidade das instalações.

1144..22-- AAss CCaappaacciiddaaddeess OOppeerraacciioonnaaiiss AAttuuaaiiss ee aass

NNeecceessssáárriiaass ppaarraa oo FFuuttuurroo

Foi considerado o seguinte arranjo espacial e operacional para a situação

atual:

um berço para exportações de granéis sólidos – o 101;

um berço para contêineres – o 102;

três berços de múltiplo uso – 103, 201 e 301, para atender as

importações de trigo e fertilizantes e as exportações de carga geral –

madeira e congelados.

Para as estimativas futuras, as bases de cálculo são as indicadas em cada

caso.

As capacidades estimadas para cada tipo de carga estão descritas a seguir.

12.2.1. Granéis Sólidos de Exportação (soja, farelo e milho)

Para os granéis sólidos de exportação (soja, farelo e milho) foram

calculadas três diferentes capacidades melhoradas além da capacidade

atual do porto (considerando a produtividade atual e taxa de ocupação de

50%, correspondente ao nível de serviço de 30%).

A capacidade melhorada I corresponde à movimentação da ordem de sete

milhões de toneladas anuais, considerou a utilização de 2 equipamentos

com capacidade de 1.500 t/h cada, com taxa de ocupação de 50%, ou 180

dias de operação por ano.

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JAMENTO EM

A capacidade melhorada II refere-se a taxas de ocupação mais altas, da

ordem de 70%, correspondendo a 255 dias de operação por ano,

considerando,. Também, a utilização de 2 equipamentos com capacidade

de 1.500 t/h cada, atingindo cerca de 9.800.000 t/ano.

A capacidade melhorada III considerou a utilização de 2 berços, cada um

utilizando 2 equipamentos com capacidade de 1.500 t/h cada e operando a

uma taxa de ocupação de 65%, ou cerca de 235 dias por ano. O valor

encontrado para esta capacidade é da ordem de 18.200.000 t/h.

O gráfico seguinte compara as projeções de movimentação com a

capacidade atual e as capacidades melhoradas nas diversas situações e

cenários.

Porto de São Francisco do Sul

Capacidades Operacionais projetadas

Granéis Sólidos de Exportação

0

2.000.000

4.000.000

6.000.000

8.000.000

10.000.000

12.000.000

14.000.000

16.000.000

18.000.000

20.000.000

2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023

conservador moderadootimista Capacidade atual do portoCapacidade Melhorada 1 capacidade melhorada 2capacidade melhorada 3

No gráfico comparativo, observa-se que:

1. o porto já movimenta quantidades acima de sua capacidade

operacional, o que significa que o nível de serviço é bastante alto, com

filas de espera excessivas;

2. a capacidade melhorada I (introdução de dois carregadores de

1.500t/h, com nível de serviços de 30%) atenderia as demandas na

expectativa otimista até o ano de 2007;

3. na capacidade melhorada II, para a mesma configuração de

equipamentos, o nível de serviço sobe, embora ainda seja suportável

pelo tráfego, considerando-se os tempos de atendimento reduzidos

conseqüentes da alta produtividade operacional;

4. na capacidade melhorada III, quando seriam ofertados dois berços,

o porto teria condições excepcionais de atendimento, muito acima das

expectativas otimistas para os próximos vinte anos.

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JAMENTO EM

12.2.2. Granéis Sólidos de Importação (trigo e fertilizantes)

No caso dos granéis sólidos de importação foram calculadas quatro

diferentes capacidades melhoradas além da capacidade atual do porto para

um nível de serviço de 30 %, ou seja, para o tempo médio de espera de

cada navio é igual a 30 % do tempo médio de atendimento.

A capacidade atual simula a condição de um berço exclusivo para estes

produtos (condição inexistente, presentemente), obtendo-se a possibilidade

de movimentar 460.000 t/ano, nas condições propostas.

Para avaliar a.capacidade melhorada considerou-se a utilização de

equipamento com capacidade de 1.200 t/h, com condições de atender,

alternativamente, o descarregamento de trigo e de fertilizantes, com a taxa

de ocupação de 50%, o que significa a. possibilidade de movimentar cerca

de 3.100.000 t/ano, com nível de serviço de 30%.

Para atender as projeções otimistas, a partir de 2010, o porto necessitará de

dois berços com capacidade de 1.200t/h cada um, resultando em cerca de

8.000.000t/ano

Dados os valores obtidos, verifica-se o seguinte resultado em relação ao

atendimento da projeção de cargas verificada:

Porto de São Francisco do Sul

Capacidades Operacionais projetadas

Granéis Sólidos de Importação

O gráfico mostra a insuficiência da capacidade atual para atender a

demanda com nível de serviço razoável, resultando nas condições de

elevados tempos de espera de navios.

0

1.000.000

2.000.000

3.000.000

4.000.000

5.000.000

6.000.000

7.000.000

2003

2004

2005

2006

2007

2008

2009

2010

2011

2012

2013

2014

2015

2016

2017

2018

2019

2020

2021

2022

2023

conservador moderado otimista

Capacidade atual do porto Capacidade Melhorada 1

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JAMENTO EM

O gráfico demonstra, ainda, o alcance da capacidade melhorada nos

diversos cenários de crescimento do tráfego.

Com o aumento da capacidade de descarga, operando em berço dedicado e

especializado, em 180 dias por ano, o terminal terá condições de atender as

demandas projetadas até 2021, no cenário conservador, até 2016, no

cenário moderado e até 2010, no otimista.

A partir de 2010, no cenário otimista, ocorreria a queda de qualidade de

atendimento, com níveis médios de serviço acima de 30%, com crescentes

tempos de espera de navios para atendimento.

No horizonte de 20 anos, estima-se que a capacidade melhorada do

terminal não será suficiente para atender a demanda projetada, devendo ser

ampliada com novo berço, de idêntica capacidade a partir de 2013, quando

as taxas de ocupação médias estiverem em torno de 60%, o que

corresponderá ao nível médio de serviço de 63%, com tempos médios de

espera de 2,2 dias, por navio.

12.2.3. Contêineres

Foram consideradas para os contêineres 3 capacidades melhoradas, além

da atual,também considerando a produtividade atual e a taxa de ocupação

de 50%, correspondente a um nível de serviço de 30%.

Na capacidade melhorada I foi considerada a utilização de dois

portêineres, em um berço, com produtividade nominal de 40 unid/h cada

um e taxa de ocupação de 50%, ou cerca de 300.000 TEU/ano12

Na capacidade melhorada II foram considerados dois berços, cada um com

2 portêineres de produtividade nominal de 40 unid/h e taxa de ocupação de

65%, o que representa a possibilidade de movimentar cerca de

790.000.TEU/ano.

Na capacidade melhorada III foram considerados três berços, com a

mesma configuração de dois portêineres de 40 movimentos por hora cada

um e taxa de ocupação de 75% o que garantirá, com níveis médios de

serviços de 30%, a possibilidade de atender 1.360.000 TEU/ano.

É importante destacar que não foram consideradas, até aqui, na avaliação

das capacidades operacionais as áreas de estocagem necessárias para cada

caso.

Comparativamente às projeções nos diversos cenários, o quadro que se

apresenta pode ser visualizado no gráfico seguinte, onde se cruzam as

linhas de projeção com as capacidades nas diversas situações.

12

Considerando a relação de 1,6 TEU por unidade movimentada verificada atualmente

em S. Fco. Do Sul.

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JAMENTO EM

O gráfico mostra a insuficiência da capacidade atual, o que resulta em alto

nível de serviço ou tempos de espera excessivos.

Na capacidade melhorada I, o porto com um berço, mesmo equipado com

dois portêineres, não teria condições de atender a demanda atual com

tempos de espera aceitáveis.

Com dois berços, a menos da condição de disponibilidade de áreas de

estocagem suficientes, o porto passaria a atender satisfatoriamente toda a

demanda no horizonte do estudo, no cenário conservador e até o ano de

2021, caindo um pouco seu atendimento a partir daí.

As projeções do cenário otimista indicam o esgotamento da capacidade

(para o nível de serviço de 30%), no ano de 2012/2013, quando deverá

contar com o terceiro berço, o que garantirá o atendimento eficiente e de

qualidade até o horizonte final de 2023.

12.2.4. Granéis Líquidos

A capacidade atual do porto para os granéis líquidos foi calculada

utilizando-se a produtividade atual e uma taxa de ocupação de 50% em um

único berço.

Já na capacidade melhorada foi considerada a produtividade atualmente

obtida pelo porto, entretanto com a utilização de dois berços, com taxa de

ocupação de 65%. Seu valor é de 3.000.000 t/ano.

O gráfico seguinte mostra os resultados da comparação da capacidade com

as projeções nos diversos cenários.

Porto de São Francisco do Sul

Capacidades Operacionais projetadas

Granéis Líquidos

0

500.000

1.000.000

1.500.000

2.000.000

2.500.000

3.000.000

3.500.000

2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023

conservador moderadootimista Capacidade atual do portoCapacidade Melhorada

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JAMENTO EM

O gráfico indica o que a capacidade atual do porto seria suficiente para

atender a demanda até 2016, no cenário conservador, até 2012, no

moderado e até 2007, no otimista.

Com dois berços e produtividade de embarque de 500t/h, o porto terá

condições tranqüilas para o horizonte do estudo, nos três cenários.

12.2.5. Carga Geral não Conteinerizada

A capacidade atual do porto para a carga geral não conteinerizada

(madeira e produtos congelados) foi calculada considerando a utilização de

3 berços, a produtividade atual e a taxa de ocupação de 75%, o que

equivaleria ao nível de serviço de 30%, obtendo-se a possibilidade de

atender a movimentação de 570.000t/ano.

A capacidade melhorada considerou a utilização de somente 2 berços e

produtividade próxima da obtida em terminais nacionais com índices

operacionais considerados bons, com uma taxa de ocupação de 65%,

atendendo até 2.420.000 t/ano.

O gráfico analítico comparativo seguinte mostra as projeções de

movimentação nos diferentes cenários e as capacidades atual e melhorada.

Porto de São Francisco do Sul

Capacidades Operacionais projetadas

Carga Geral não Conteinerizada

Observa-se que, para a produtividade atual, três berços operacionais não

serão suficientes para a oferta de serviços em padrões aceitáveis de tempos

médios de espera para os cenários moderado e otimista, enquanto que a

0

250.000

500.000

750.000

1.000.000

1.250.000

1.500.000

1.750.000

2.000.000

2.250.000

2.500.000

2.750.000

2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023

t/an

o

conservador moderado otimista

Capacidade atual Capacidade Melhorada

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JAMENTO EM

melhoria das pranchas diárias de operação para os níveis médios

observados nos demais portos brasileiros indicariam a necessidade de

apenas dois berços.

12.2.6. Resumo das Capacidades de Embarque e Descarga

O quadro seguinte resume a comparação entre a situação atual existente e

as quantidades de berços necessários para a movimentação atual e para os

horizontes de cinco, dez, quinze e vinte anos para cada um dos principais

tipos de carga, no cenário otimista.

Observa-se que, com as produtividades atuais, a quantidade de berços

existentes já é insuficiente para atender a demanda presente, especialmente

no que se refere à movimentação de contêineres,

No horizonte de cinco anos, com a melhoria da produtividade operacional

da carga geral solta, essa necessidade poderá reduzir-se, utilizando-se o

berço de carga geral remanescente para a movimentação de granéis

líquidos.

Porto de São Francisco do Sul

Necessidades de Berços Operacionais

Cenário Otimista

Tipo de Carga Berços

Atuais

Quantidades de Berços Necessários com

Capacidade para Atender a Demanda

Atual 5 anos 10

anos

15

anos

20

anos

Granéis Sólidos Export 1 1 1 1 2 2

Granéis Sólidos Import 0 1 1 2 2 2

Contêineres 1 2 2 2 3 3

Granéis Líquidos 0 1 1 2 2 2

Carga Geral Solta 3 3 2 2 2 2

Berços Totais 5 8 7 9 11 11

A partir dos dez anos haverá a necessidade de outro berço para as

importações de granéis, o qual poderá ser substituído, alternativamente,

pelo aumento da capacidade de descarregamento; o mesmo podendo

ocorrer com o terminal de granéis líquidos.

Para as projeções otimistas, haverá a necessidade de um terceiro berço

para contêineres nos horizontes de 15 e 20 anos, bem como de um novo

berço para as exportações de granéis sólidos.

1144..33-- AAss CCaappaacciiddaaddeess ddee EEssttooccaaggeemm ddee TTrrâânnssiittoo

AAttuuaaiiss ee aass NNeecceessssáárriiaass ppaarraa oo FFuuttuurroo

Serão indicadas, neste item, as capacidades estáticas necessárias das

instalações – armazéns ou silos -. para as demandas de movimentação de

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JAMENTO EM

granéis sólidos, granéis líquidos e carga geral solta, considerando os

tamanhos de navios a serem utilizados.

Nestes casos, será tomada como capacidade estática necessária a

equivalente a, pelo menos, 1,5 vezes o maior carregamento de navio

esperado no horizonte do estudo, para cada berço operacional.

Evidentemente, à medida que ocorrer aumento de movimentação, deverá

ser adequada a capacidade das instalações de recepção ou expedição dos

modais terrestres, o que resultará em crescimento da rotatividade de

estoques.

Capacidades estáticas superiores às necessárias indicadas poderão servir

para atender a situações de sazonalidades ou outras variações nos fluxos

das mercadorias a embarcar ou desembarcar.

Para os contêineres as capacidades estáticas serão avaliadas considerando

as áreas de pátios, os tempos médios de permanência e os tipos de

equipamentos de empilhamento e manuseio.

12.3.2. Estimativas de Capacidades Estáticas de Estocagem para Granéis

e Carga Geral Solta

A tabela seguinte apresenta as capacidades estáticas necessárias para a

movimentação das mercadorias, considerando as quantidades de berços

necessárias.

Porto de São Francisco do Sul

Capacidades Estáticas de Estocagem Necessárias

Granéis e Carga Geral Solta (Em toneladas)

Tipo de Carga

Capacidades Estáticas Necessárias para para

Atender a Demanda

Atual 5 anos 10 anos 15 anos 20 anos

Granéis Sólidos Export 45.000 100.000 100.000 200.000 200.000

Granéis Sólidos Import 30.000 60.000 100.000 200.000 200.000

Granéis Líquidos 30.000 45.000 100.000 100.000 100.000

Carga Geral Solta 45.000 30.000 30.000 30.000 30.000

14.3.3. Estimativas de Capacidades Estáticas e Áreas de Estocagem para

Contêineres

Para a estimativa das áreas de pátios de estocagem de contêiner serão

utilizados os seguintes parâmetros:

movimentação projetada para o cenário otimista;

quantidades de berços necessárias;

equipamentos a serem utilizados nas operações de movimentação

nos pátios de estocagem: reach stakers e transtêineres sobre pneus;

alturas de empilhamento de contêineres nos pátios: 4 unidades;

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JAMENTO EM

tempo médio estimado de demora dos contêineres cheios no pátio:

10 dias para contêineres dry e reefer de importação e 4 dias para

exportação;

tempo médio estimado de demora dos contêineres vazios no pátio 5

dias:

coeficiente de distribuição dos empilhamentos: 70% (para cobrir as

descontinuidades de pilhas necessárias a separação por navio, por

sentido de navegação, por tipo de carga, etc);

coeficiente de reserva de capacidade: 30%.(para atender aos picos

de movimentação);

percentagem de contêineres vazios não armazenados no porto 50%.

Para a utilização de reach stackers com empilhamento de 4 unidades de

altura a área unitária a ser considerada é de 15m2 /TEU, enquanto que para

os transtêineres será utilizado o fator de 7,5m2 /TEU.

Não foram incluídas nos cálculos as áreas de estacionamento de semi-

reboques e tratores de terminal (ou cavalos mecânicos) e equipamentos de

movimentação, além de escritórios e armazéns de consolidação/

desconsolidação (ovação e desova), etc.

Para a caracterização futura do tráfego de contêineres em São Francisco do

Sul foram utilizados os dados estatísticos do ano de 2002, os quais revelam

a seguinte composição percentual:

os contêineres vazios representam 41,2% da movimentação total do

porto, dos quais a maior parte (96,8%) é de importação.

os contêineres cheios representam 58,8% da movimentação total,

dos quais a maior parte (86,5%) é de exportação;

os reefer representam 11,1% do total das importações de

contêineres cheios e 46% do total de contêineres cheios de

exportação.

Com base na composição acima, foram detalhadas as projeções para os

anos bases do estudo (2003, 2008, 2013, 2018 3 2023), conforme as

tabelas seguintes.

Porto de São Francisco do Sul

Composição do Tráfego Projetado de Contêineres

Importação

Cenário Otimista (Em TEU)

Ano Cheios

Vazios TOTAIS Dry Reefer Soma

2003 22.534 1.670 24.204 125.736 149.940

2008 40.828 3.026 43.854 227.815 271.669

2013 59.361 4.399 63.761 331.225 394.986

2018 72.007 5.337 77.344 401.788 479.132

2023 85.522 6.338 91.861 477.198 569.058

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JAMENTO EM

Porto de São Francisco do Sul

Composição do Tráfego Projetado de Contêineres

Exportação

Cenário Otimista (Em TEU)

Ano Cheios

Vazios TOTAIS Dry Reefer Soma

2003 114.559 45.440 159.999 4.401 164.399

2008 207.564 82.330 289.894 7.974 297.868

2013 301.782 119.701 421.484 11.593 433.076

2018 366.073 145.202 511.275 14.063 525.337

2023 434.780 172.454 607.234 16.702 623.936

Para as composições de movimentação projetadas e os parâmetros de

dimensionamento estabelecidos, foram calculadas as capacidades estáticas

as áreas de pátios de estocagem de contêineres mínimas de contêineres

indicadas na tabela seguinte.

Porto de São Francisco do Sul

Capacidades Estáticas e Áreas de Estocagem Necessárias

Empilhamento de 4 unidades de altura

Contêineres Cheios e Vazios

Cenário Otimista

Ano Capacidades Estáticas (TEU) Áreas (em m

2)

Cheios Vazios Soma RTG RS

2003 3.601 1.575 5.176 38.818 77.636

2008 6.524 2.854 9.378 70.333 140.666

2013 9.485 4.149 13.634 102.259 204.517

2018 11.506 5.033 16.539 124.043 248.087

2023 13.665 5.978 19.643 147.325 294.649

Para a estocagem de contêineres vazios foram as áreas foram estimadas

para o uso de reach stackers, com seis unidades de altura, não sendo

considerado o fator de diversidade.

Observe-se que os parâmetros de dimensionamento utilizados foram muito

restritivos à permanência dos contêineres nas áreas de trânsito, o que pode

implicar em maiores custos para os donos de mercadorias (estocagem

prévia na retroárea) e utilização de tecnologia de informação para a gestão

dos pátios e das operações.

14.3.4. Estimativas das Capacidades Estáticas de Estocagem para

Contêineres e Quantidades de Tomadas

As projeções de movimentação de contêineres reefer, consideradas na

mesma proporção do tráfego verificado em 2002 e os tempos de demora

adotados para o dimensionamento das áreas de estocagem para todos os

Page 186: AAtttuuuaaallliizzzaaaçççãããooo dddooo PPPlllaaannnooo ...web.antaq.gov.br/portalv3/EVTEAs/APSFS/7Rel_Tomo_I.pdf · Como primeiro passo, a equipe de consultores da PETCON realizou,

181

TRANSPORTE CONSULTORIA LTDA

PLANEE

JAMENTO EM

contêineres, mostradas nos itens anteriores, indicam que serão necessárias

as seguintes quantidades de tomadas elétricas:

2003 1.670

2008 3.030

2013 4.400

2018 5.340

2023 6.340