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ADMINISTRAÇÃO DO PORTO DE SÃO FRANCISCO DO SUL - APSFS A A t t u u a a l l i i z z a a ç ç ã ã o o d d o o P P l l a a n n o o d d e e D D e e s s e e n n v vo o l l v v i i m m e e n n t t o o e e Z Z o o n n e e a a m m e e n n t t o o d d o o P Po o r r t t o o d d e e S S ã ã o o F F r r a a n n c c i i s s c c o o d d o o S S u u l l 7° Relatório PDZ Final Tomo II Versão Revisada Outubro / / 2 2 0 0 0 0 3 3 TRANSPORTE CONSULTORIA LTDA PLANE E JAMENTO EM

AAttuuuaallliiizzzaaaçççããooo a dddooo o PPPlllaannnoo ...web.antaq.gov.br/portalv3/EVTEAs/APSFS/7Rel_Tomo2_Final.pdfApresentação TOMO I PRIMEIRA PARTE - Área do Porto Organizado

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AADDMMIINNIISSTTRRAAÇÇÃÃOO DDOO PPOORRTTOO DDEE SSÃÃOO FFRRAANNCCIISSCCOO DDOO SSUULL -- AAPPSSFFSS

AAAtttuuuaaallliiizzzaaaçççãããooo dddooo PPPlllaaannnooo dddeee

DDDeeessseeennnvvvooolllvvviiimmmeeennntttooo eee ZZZooonnneeeaaammmeeennntttooo dddooo

PPPooorrrtttooo dddeee SSSãããooo FFFrrraaannnccciiissscccooo dddooo SSSuuulll

77°° RReellaattóórriioo –– PPDDZZ FFiinnaall

TToommoo IIII

VVeerrssããoo RReevviissaaddaa

Outubro /// 222000000333

TRANSPORTE CONSULTORIA LTDA

PLANEE

JAMENTO EM

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7° R ELAT ÓRI O – PD Z FI NAL – T OM O I I - REV I SA DA

Plano de Desenvolvimento e

Zoneamento do Porto de São Francisco

do Sul

PETCON – PLANEJAMENTO EM TRANSPORTES E CONSULTORIA LTDA. 70.070-904 • SBS Qd. 02 Ed. Empire Center, Salas 705/708 • Brasília - DF

Tel.: (61) 226-7273/325-7517 • Fax: (61) 226-2114 E-MAIL: [email protected]

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Sumário Geral

Apresentação

TOMO I

PRIMEIRA PARTE - Área do Porto Organizado

Capítulo 01

A ÁREA DO PORTO ORGANIZADO DE SÃO FRANCISCO

DO SUL

SEGUNDA PARTE - Cadastro Físico do Porto

Capítulo 02

A ÁREA DE INFLUÊNCIA DO PORTO DE SÃO

FRANCISCO DO SUL

Capítulo 03

CONDIÇÕES DO MEIO AMBIENTE

Capítulo 04

ACESSOS AO PORTO

Capítulo 05

INSTALAÇÕES FÍSICAS

Capítulo 06

TERMINAIS ESPECIALIZADOS

Capítulo 07

FORMAS E PROCESSOS OPERACIONAIS

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Capítulo 08

FORÇA DE TRABALHO

TERCEIRA PARTE - Projeção dos Fluxos de Cargas e

Análise da Frota de Navios

Capítulo 09

ANÁLISE DA MOVIMENTAÇÃO ATUAL DE CARGAS

Capítulo 10

PREMISSAS PARA A AVALIAÇÃO DO

INCREMENTO DA MOVIMENTAÇÃO DE CARGAS

Capítulo 11

PROJEÇÕES DE MOVIMENTAÇÃO

Capítulo 12

ANÁLISE DA FROTA DE NAVIOS

QUARTA PARTE - Análise e Diagnóstico Operacional

Capítulo 13

A SITUAÇÃO OPERACIONAL ATUAL

Capítulo 14

ANÁLISE E DEFINIÇÃO DAS NECESSIDADES

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TOMO II

Capítulo 01

AVALIAÇÃO DAS PROPOSTAS DE DESENVOLVIMENTO DE

NOVOS TERMINAIS

Capítulo 02

OS ACESSOS AO PORTO

Capítulo 03

PROPOSTA DE DESENVOLVIMENTO E ZONEAMENTO DE

CURTO PRAZO

Capítulo 04

PROPOSTA DE DESENVOLVIMENTO E ZONEAMENTO DE MÉDIO

PRAZO

Capítulo 05

PROPOSTA DE DESENVOLVIMENTO E ZONEAMENTO DE

LONGO PRAZO

Capítulo 06

DIRETRIZES PARA OBTENÇÃO DE RECURSOS

Capítulo 07

CONSIDERAÇÕES FINAIS

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TRANSPORTE CONSULTORIA LTDA

PLANEE

JAMENTO EM

Apresentação

PETCON – PLANEJAMENTO EM TRANSPORTE E

CONSULTORIA LTDA., contratada pela Administração do

Porto de São Francisco do Sul - APSFS para elaboração da

“Atualização do Plano de Desenvolvimento e Zoneamento do Porto de São

Francisco do Sul”, tem a satisfação de apresentar o 7° Relatório –

Alternativas de Desenvolvimento e Zoneamento, referente a última parte

do estudo contratado.

Neste relatório são analisadas as diversas proposições em estudo para

implantação, a partir de iniciativas dos próprios interessados – usuários e

operadores portuários – considerando as projeções de fluxo de cargas

definidas nas fases anteriores, o diagnóstico operacional as necessidades de

desenvolvimento e as condicionantes físicas e de mercado.

Após a avaliação das diversas propostas, são indicadas e recomendadas as

alternativas mais interessantes para o crescimento equilibrado e sustentado

do porto de São Francisco do Sul nos horizontes de curto prazo (5 anos),

médio prazo (dez anos) e longo prazo (vinte anos).

Em seguida, são sugeridas diretrizes para a obtenção dos recursos

necessários à implementação do PDZ, nos diversos horizontes e proposto o

Programa de Arrendamento de instalações e áreas, atendendo às exigências

da ANTAQ – Agência Nacional de Transportes Aquaviários.

A

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TRANSPORTE CONSULTORIA LTDA

PLANEE

JAMENTO EM

AVALIAÇÃO DAS PROPOSTAS

DE DESENVOLVIMENTO DE

NOVOS TERMINAIS

o longo do processo de elaboração do PDZ de São

Francisco do Sul, os consultores realizaram entrevistas e

contatos com os principais usuários e operadores com o

intuito de conhecer suas expectativas e proposições para o

desenvolvimento das instalações portuárias, bem como fizeram pesquisas

de campo e de dados estatísticos para definir as oportunidades de

crescimento das demandas e as possibilidades e limitações físicas

existentes.

Os diversos projetos ou proposições dos usuários e operadores são

apresentados e analisados neste capítulo, onde são destacadas as vantagens

e desvantagens de cada um e as capacidades de atendimento às demandas

projetadas.

Nos capítulos seguintes, com base na análise e definição das necessidades

e dos planos e projetos existentes, é proposto o Plano de Desenvolvimento

e Zoneamento, nos horizontes de curto, médio e longo prazos, com

recomendações para sua implementação.

Serão analisadas, neste capítulo, as seguintes as seguintes propostas:

1. o Terminal de Exportação de Granéis Sólidos – berço 101 –

destinado aos embarques de soja e milho em grãos e de farelos, em

fase final de expansão de capacidade, a ser operado de forma

consorciada pelas empresas CIDASC, BUNGE e TERLOGS;

2. o Terminal de Importação de Granéis Sólidos – berço 401 –

destinado às descargas de navios de trigo em grão e fertilizantes, de

interesse da FERTIMPORT;

3. o Terminal de Embarque de Carga Geral – destinado ao

embarque de madeira, produtos florestais e outras mercadorias

Capítulo

1

AD

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TRANSPORTE CONSULTORIA LTDA

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JAMENTO EM

movimentadas e transportadas como carga geral solta ou unitizada,

de interesse da SEATRADE;

4. o Terminal de Produtos Siderúrgicos – berço 201 – para

descarga dos insumos destinados à Siderúrgica Vega do Sul e

embarque de produtos acabados;

5. Terminal de Contêineres da Babitonga, em ampliação das

instalações atuais do berço 301;

6. Terminal de Navios de Cruzeiros Marítimos.

7. Terminal da Ponta das Laranjeiras.

1.1 – O Terminal de Granéis Sólidos de Exportação

Os investimentos em curso no desenvolvimento deste terminal destinam-se

a aumentar a capacidade estática de estocagem, com a construção dos

novos armazéns da TERLOGS e a instalação de dois novos carregadores

no berço 101, com capacidade de embarque de 1.500 t/h, cada um.

O desenho da página seguinte mostra a proposição da instalação.

Essa configuração corresponde à alternativa de capacidade melhorada I

que corresponde à movimentação anual de cerca de sete milhões de

toneladas, quando se toma o nível médio de serviço de 30% e a capacidade

melhorada II, que atingiria aos nove milhões e oitocentas mil toneladas

anuais, ao nível de serviço de 104%.

Operando dentro dos limites da capacidade melhorada I, o terminal de

granéis sólidos de exportação garantirá esperas médias de navios da ordem

de 11,1 horas, com o tempo médio de atendimento de 1 dia e 13 horas,

considerando navios com carregamento médio de 60.000 toneladas.

Acima do limite da capacidade melhorada I, o nível médio de serviço tende

a subir, chegando à media de 1,6 dias de espera por navio ao atingir os 9,8

milhões de toneladas anuais, considerando navios de 60.000t de

carregamento.

O tempo médio de espera nessa situação é, ainda, aceitável,

comparativamente ao que se observa, presentemente, em São Francisco do

Sul, que atingiu,em 2002, a média de 3 dias, 16 horas e 30 minutos.

Em termos comparativos, com base em dados divulgados pela ANTAQ –

Agência Nacional de Transportes Aquaviários para o período de outubro a

dezembro de 2001, para o porto de Paranaguá, os tempos de espera

observados são de cerca de seis dias, para os navios que operaram no

terminal COREX e quatro dias e meio no terminal de múltiplo uso.

Nas projeções de movimentação, o limite de utilização da capacidade do

novo terminal, na condição de nível de serviço de 30%, no cenário

otimista, ocorrerá no ano de 2007, enquanto o segundo patamar (9,8

milhões de toneladas) seria alcançado em 2014.

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JAMENTO EM

Caso se confirmem as expectativas otimistas de movimentação, a partir

desse ano (2014) será necessária a oferta de novo berço operacional, o

qual, com capacidade idêntica ao atual, atenderá as demandas do horizonte

do projeto.

A proposição dos usuários com respeito a este terminal é, assim,

satisfatória, pois, ao mesmo tempo em que soluciona o congestionamento

que se observa presentemente, amplia em quase cinco vezes a capacidade

atual de embarque.

A localização de novo berço, a partir de 2014 no cenário otimista, será

analisada nas propostas de desenvolvimento e zoneamento de longo prazo

(capítulo 5).

O desenho descritivo dessa proposição é mostrado em conjunto com o

novo berço 401.

1.2 – O Terminal de Granéis Sólidos de Importação

A proposta de implantação de um terminal especializado para o

descarregamento de navios de trigo em grão e de fertilizantes vem sendo

estudada pala empresa Fertimport, conforme o desenho da página seguinte.

O Plano de Desenvolvimento e Zoneamento – PDZ atual prevê a

localização proposta, denominada de “Berço 401”.

Como já mostrado na análise da proposição anterior, no item 1.1, o berço

101 recebeu melhoramentos em sua capacidade de carregamento e

ampliação de capacidade de estocagem, resultando na possibilidade de

utilização do berço 401 para as operações de descarregamento de trigo em

grão a granel e fertilizantes importados.

Essa é a nova proposta apresentada agora pela Fertimport, onde se prevê a

construção de um berço com condições de receber navios de 75.000 tdw,

com carregamentos da ordem de 60.000t.

A locação do novo berço 401, a partir da extremidade norte do 101 e com

ele formando ângulo de 65o, aproximadamente, apresenta diversas

vantagens, desde a disponibilidade de grandes profundidades naturais, ao

melhor alinhamento com a direção das correntes de maré, facilitando as

manobras de atracação e desatracação, bem como as excelentes condições

de solo para o assentamento das fundações do píer, além da inexistência de

problemas de assoreamento.

11..22..11 –– AA ccaappaacciiddaaddee ddee ddeessccaarrrreeggaammeennttoo ddooss

eeqquuiippaammeennttooss aa sseerreemm iinnssttaallaaddooss

O novo berço deverá ser equipado com descarregadores mecânicos e

transportadores contínuos de correias, com capacidade nominal de

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JAMENTO EM

1.200t/h, podendo ser utilizado tanto para o descarregamento de navios de

trigo quanto de fertilizantes.

Esta configuração é considerada na avaliação das alternativas de

melhoramento da capacidade operacional do porto com a denominação de

capacidade melhorada I, a qual teria a possibilidade de movimentar cerca

de três milhões e cem mil toneladas de importações de granéis por ano,

com nível de serviço de 30%. Nessa situação atenderia a demanda até o

ano de 2010, no cenário otimista.

Na hipótese de ser atingido esse nível de movimentação do cenário

otimista, no horizonte de 2010, será necessário o aumento da capacidade

nominal dos descarregadores, acrescendo-se, por exemplo, novo

equipamento de idêntica capacidade (1.200 t/h), o que elevaria a

capacidade de movimentação para 5.600.000 t/ano, quantidade projetada,

no horizonte otimista, para o ano de 2020. Nessas condições, a

movimentação em 2023 seria atendida com pequena perda de nível de

serviço.

11..22..22 -- AA ccaappaacciiddaaddee eessttááttiiccaa ee aa llooccaalliizzaaççããoo ddaass

iinnssttaallaaççõõeess ddee eessttooccaaggeemm

O atendimento adequado dessa movimentação exige a disponibilização de

armazéns para fertilizantes e silos para trigo, com as seguintes capacidades

estáticas:

1. de 60.000t, para trigo e 90.000t para fertilizantes, no horizonte de

10 anos, considerando a utilização de navios de 40.000t para o

transporte de trigo e de 60.000t para os fertilizantes;

2. para o horizonte de 15 e 20 anos, a capacidade estática de

armazenamento de trigo seria mantida, passando a de fertilizantes

para 180.000t.

A proposta da Fertimport atende às condições propostas para fertilizantes,

sendo, entretanto, insuficiente para o trigo, quando se prevê apenas 30.000t

de capacidade estática.

Na forma proposta pela Fertimport, o conjunto de berços 101 e 401

transformaria a área em espaço especializado na movimentação de granéis

sólidos, atendendo tanto às exportações quanto às importações, sendo o

primeiro berço operado pelo consórcio CIDASC – TERLOGS – BUNGE e

o segundo pela empresa que vier a vencer o processo de licitação de seu

arrendamento.

A localização proposta para os armazéns e silos de fertilizantes e trigo em

grão, entretanto, exige análise mais cuidadosa, considerando:

a. por se tratar de cargas a granel, os transportadores contínuos de

correias poderiam levar os produtos para locais mais distantes do

berço, de modo a evitar a utilização das áreas próximas aos cais, as

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JAMENTO EM

quais poderiam ser necessárias à movimentação de contêineres e

carga geral, levando em conta a exigüidade de espaço no porto;

b. a transferência das cargas descarregadas para os modais terrestres

deveria evitar o conflito com os veículos que já trafegam,

presentemente, pela rua Eng. Leite Ribeiro, cujas características

(pouca largura, acesso ao bairro de Bela Vista, entre outros),

indicam pouca capacidade de tráfego.

Na verdade, a proposta de layout dos armazéns e silos exigirá a utilização

completa do trecho final da rua Eng. Leite Ribeiro como pátio de

carregamento e manobra de vagões de transporte dos produtos, em três

linhas paralelas, inviabilizando seu uso para o tráfego de veículos

rodoviários.

As informações da Fertimport acerca da repartição modal do escoamento

das importações indicam que 80% das cargas serão transferidas para o

modal ferroviário, enquanto que os 20% restantes serão escoados por via

rodoviária.

Mesmo assim, o acréscimo de volume de trânsito de caminhões oriundos

do terminal poderá agravar o congestionamento atual da rua Eng. Leite

Ribeiro, afetando, também o gargalo já referido da passagem de nível

ferroviária, na confluência desta rua com a Alfredo Darci Addison.

O acesso proposto no projeto da Fertimport para os caminhões de

transporte de trigo e fertilizantes seria feito independentemente dos demais

berços e terminais do porto, através de nova rua a ser construída a partir do

acesso existente para a CIDASC, contornando a saia do morro da Bela

Vista, junto à área do porto.

A análise das proposições considera as seguintes alternativas:

1. a localização das instalações de estocagem dos granéis de

importação em áreas mais distantes do berço, de modo a

possibilitar a transferência para os modais terrestres evitando o

conflito com o tráfego da rua Eng. Leite Ribeiro ou a

transformação de seu trecho final em pátio ferroviário de

carregamento:

2. a localização das instalações de estocagem dos granéis de

importação tal como proposto, dentro da área portuária, com o

rearranjo dos acessos rodoviários e das áreas internas à retaguarda

dos berços 102 e 103 e reformulando os pátios de estocagem de

contêineres e a localização dos prédios de administração da

APSFS.

Na configuração proposta pela Fertimport, consagra-se a definição deste

espaço do porto para a movimentação de granéis, alternativamente ao

desenvolvimento de instalações para operações com carga geral e

contêineres.

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PLANEE

JAMENTO EM

Outras alternativas de acesso rodoviário foram estudadas na parte relativa a

apresentação das propostas de desenvolvimento e zoneamento, onde a

harmonização dessas ocupações, usos e acessos foram objeto de análise e

solução.

11..22..33 -- LLooccaalliizzaaççããoo ddaass iinnssttaallaaççõõeess ddee eessttooccaaggeemm ––

VVaannttaaggeennss ee ddeessvvaannttaaggeennss

A capacidade de movimentação de uma instalação de movimentação de

cargas depende não apenas dos equipamentos de carregamento ou

descarga, mas guarda também estreita relação com a capacidade de

estocagem de trânsito – armazéns e silos.

A “instalação” de movimentação, na verdade, compõe-se de um conjunto

balanceado abrangendo:

1. equipamentos de carregamento ou descarregamento de veículos

terrestres – carregadores ou descarregadores de caminhões ou

vagões;

2. moegas de recepção/expedição, elevadores, transportadores

contínuos;

3. depósitos de estocagem – armazéns ou silos;

4. elevadores e transportadores contínuos de/para os equipamentos de

embarque/descarga dos navios.

A capacidade de movimentação está condicionada às capacidades

nominais dos equipamentos e à capacidade estática dos armazéns e silos.

As capacidades estáticas de estocagem são definidas em função dos

tamanhos de carregamento dos navios que se utilizarão dessas instalações.

A alternativa de localização do armazém e dos silos para o novo terminal

do porto de São Francisco do Sul, dentro da área do porto organizado,

apresenta, de forma sumária, as seguintes vantagens e desvantagens:

Vantagens:

1. Melhor definição do zoneamento, com a concentração, na zona em

que já se encontra o berço 101, das instalações de manuseio de

granéis, configurando um conjunto ou terminal especializado;

2. Isolamento da área de importação e exportação de granéis em

relação às demais instalações operacionais de contêineres e de

carga geral;

3. Segregação do tráfego de veículos terrestres de transporte de

granéis – caminhões e vagões – dos demais tráfegos;

4. Maior competitividade no arrendamento, com a eliminação de

vantagens atribuíveis a licitantes que já disponham de terrenos na

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JAMENTO EM

retro área do porto onde se possam construir os armazéns ou silos

necessários, em relação aos que não dispõem;

5. Probabilidade da ocorrência de maior número de empresas

interessadas no negócio, com a conseqüente vantagem econômica

para a Administração do Porto de São Francisco do Sul;

6. Existência de local propício para ramal ferroviário exclusivo junto

à área de armazenagem;

Desvantagens:

1. Utilização, para construção do armazém de fertilizantes, de área

com vocações para outros tipos de cargas – contêineres;

2. Intensificação do tráfego caminhões nas vias de acesso ao porto;

Análise das vantagens e desvantagens:

Ao se analisar as vantagens e desvantagens acima apresentadas, verifica-se

que as desvantagens são viáveis de serem contornadas com a adoção de

algumas medidas.

Em primeiro lugar, este Plano de Desenvolvimento já prevê uma área de

melhores condições para a futura movimentação de contêineres no porto de

São Francisco do Sul, com a implementação do Terminal Especializado

para a Movimentação de Contêineres (Berço 501), onde se apresentam

profundidades adequadas e melhores condições de manobra e atracação

para os navios, com a vantagem de uma retro-área em tamanho adequado

ao atendimento futuro da projeção de cargas.

Além disso o porto público dispõe de outras duas áreas de armazenagem

de contêineres na retaguarda dos berços 102/103 e 201, que poderão ser

melhor aproveitadas com o armazenamento de maior quantidade de

contêineres caso sejam empregados equipamentos do tipo RTG – Rubber

Tired Gantry1 – transtêiner sobre pneus, que proporcionarão, sem dúvida, o

aumento da capacidade de estocagem e melhor aproveitamento da área.

Da mesma forma, para a movimentação de carga geral, está se propondo a

liberação do berço 201, que atenderá adequadamente aos futuros fluxos

previstos.

Dessa forma, verifica-se que o arranjo da distribuição dos terminais de

cargas no porto não compromete, de nenhuma forma, a sua operação, ao

contrário, contribui para a sua alocação eficiente no que se refere ao

atendimento das cargas atuais e futuras.

1 O RTG utiliza 7,5m²/TEU para 4 de altura, enquanto que o Reach-Stacker necessita de

15,0m²/TEU.

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Já com relação à intensificação do tráfego de caminhões na via do porto, é

importante ressaltar que o seu fluxo atual já é fonte de alguns transtornos

nas principais vias de acesso, o qual deverá ser resolvido no curto prazo.

Dessa forma, segundo mostram os resultados dos estudos apresentados no

capítulo seguinte, verifica-se que este será resolvido com a construção do

viaduto de acesso sobre a via férrea, conforme apresentado na alternativa

do PDZ de curto prazo, permitindo a solução dos conflitos rodoviários,

tanto no que tange aos caminhões graneleiros, quanto às carretas de

contêineres;

Após as devidas análises e à comprovação de que as possíveis

desvantagens de implementação das instalações de armazenagem de

granéis de importação dentro da área do porto são contornáveis, no curto

prazo, a consultora, recomenda a implantação do projeto do berço 401

conforme apresentado.

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Inserir desenho dos berços 101 e 401

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1.3 – O Terminal de Exportação de Carga Geral - Madeira

A Seatrade Agência Marítima Ltda., empresa sediada no município de São

Francisco do Sul, apresentou, em 17/02/03, solicitação para a construção

de “pequeno píer para atender as necessidades do setor madeireiro e das

indústrias papeleiras de nosso estado”.

A proposição inicial foi, logo depois, substituída por outra, com a mesma

configuração básica mas em nova localização, ambas mostradas na página

seguinte.

No primeiro desenho, o píer proposto seria construído na face oposta do

píer do berço 101, disputando espaço com as estruturas de suporte dos

transportadores de correias e tendo seu acesso dificultado pela construção

prevista do berço 401.

No segundo, o píer ficaria à margem da área atualmente utilizada para

estocagem de madeira e de contêineres e cuja utilização futura é também

objeto do projeto do terminal de granéis sólidos de importação –

especificamente, para estocagem de fertilizantes.

A proposição do interessado busca atrair de volta para São Francisco do

Sul os embarques de madeira e produtos derivados, hoje movimentados,

em grande parte, no porto de Antonina – PR.

Na visão do proponente, São Francisco do Sul necessitaria de um novo

berço, exclusivo para os embarques de madeira, mesmo sem equipamentos

e tecnologias mais avançadas, pela ocorrência de esperas para atracação

dos navios.

O que o diagnóstico operacional do porto verificou, entretanto, foi que a

elevada taxa de ocupação dos berços onde se realizam as operações de

carga geral solta – madeira e congelados - a maior parte dividiu-se na

movimentação de granéis sólidos de importação (trigo e fertilizantes) e

contêineres, restando para a carga geral a ocupação residual.

Os dados da análise operacional indicam, para os berços 103, 201 e 301, as

seguintes utilizações, dadas pelas taxas de ocupação:

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JAMENTO EM

Porto de São Francisco do Sul

Taxa de Ocupação dos Berços de Atracação

Ano de 2002

Carga / Berço 103 201 301 Média

Granéis Sólidos 24,69 % 0,00 % 27,79 % 17,49 %

Granéis Líquidos 0,00 % 0,00 % 0,00 % 0,00 %

Contêineres 10,58 % 2,56 % 14,78 % 9,21 %

Carga Geral 5,32 % 45,36 % 26,41 % 25,70 %

Total 40,59 % 47,92 % 68,98 % 52,40 % Fonte de dados: Setor de Estatísticas da APSFS

Observa-se, portanto, que a movimentação de carga geral utilizou, em

2002, apenas pouco mais de 25% do conjunto dos três berços.

Na medida em que for construído o novo berço 401, especializado para as

descargas de fertilizantes e trigo e alocado outro espaço específico para os

contêineres, a movimentação remanescente da carga geral ocupará um

quarto do tempo disponível para operação nos três berços. Isso significa a

oferta do nível de serviço próximo de zero, ou a inexistência de filas de

espera dos navios de carga geral.

Assim, a construção de novos berços para contêineres e granéis sólidos

acarretará, por via de conseqüência, a disponibilização dos berços

remanescentes para as operações de carga geral.

Na verdade, até que ocorra a transferência dessas cargas para seus novos

terminais, a carga geral solta ainda disputará espaço com a movimentação

de produtos siderúrgicos destinados à usina da Vega do Sul.

Entretanto, para os siderúrgicos, o projeto logístico da referida indústria

deverá utilizar-se de barcaças de alto mar propelidas por empurradores,

tendo como local de operação apenas parte da atual ponte de acesso ao

berço 301, não implicando, portanto, em competição de uso do conjunto de

berços citado (103,201 e 301).

Por outro lado, a produtividade observada, no caso da carga geral e dos

contêineres denota a existência de grandes possibilidades de

melhoramento, com a introdução de novas tecnologias e processos.

Atualmente, a produtividade nas operações de contêineres, nos berços 103,

201 e 301 situa-se em níveis muitos baixos, da ordem de apenas 7,1

unidades por hora de atendimento, enquanto que a carga geral solta é de

apenas 1.089 t/dia de atracação para madeira e de 386 t/ dia para os

embarques de congelados.

É perfeitamente possível a obtenção de pranchas da ordem do dobro das

atuais, através da introdução de procedimentos que reduzam ou eliminem a

espera de carga ao costado dos navios, com a estocagem prévia em

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armazéns ou pátios do porto, a operação em ritmo contínuo, dia e noite, e a

introdução de equipamentos de manuseio mecanizado.

Na medida que cresce a produtividade diminuem os tempos de

operação/atracação e, conseqüentemente, as taxas de ocupação e tempos de

espera para atendimento.

Assim, a decisão de investir em novas frentes de atracação para a carga

geral movimentada em São Francisco do Sul – madeira e congelados –

deverá ser, antes, confrontada com as reais possibilidades de melhorias no

desempenho operacional, superando as baixas pranchas hoje observadas no

porto.

A configuração proposta pela Seatrade para o novo berço não permitirá a

introdução dessas melhorias tecnológicas. Ao contrário, o modelo de

layout possibilita, tão somente, a realização de “embarques diretos”, a

serem realizados com a formação das lingadas sobre as carrocerias dos

veículos, o que é reconhecidamente, um modo de operação de baixa

produtividade.

A construção do píer 401, com a implantação de terminal de descarga de

granéis sólidos - grãos e fertilizantes – implicará na especialização da área,

a qual concentraria terminais de granéis sólidos de importação, no berço

401, e de exportação no 101.

Essa especialização implicará na possibilidade de entrada e saída de

veículos de transporte de carga através de portão independente, sendo

contra-indicado o acesso dos caminhões com madeira, por exigirem

controles aduaneiros e administrativos distintos.

Outro conflito de uso a destacar no berço proposto pela Seatrade é a

dificuldade de manobras dos caminhões de transporte da madeira, em

virtude da existência do armazém de fertilizantes ocupando toda a

retroárea do berço, ao mesmo tempo em que impede a implantação de

instalações de estocagem de trânsito para a carga geral solta – em armazém

ou galpão.

Como alternativa, será preferível colocar o terminal de exportação de

madeira na zona própria, junto às demais instalações de carga geral solta –

madeira, produtos siderúrgicos, congelados – e de contêineres, na zona em

que estão os berços 102, 103, 201 e 301.

O berço 201 poderá receber os investimentos projetados pela Seatrade,

fazendo-se o re-alinhamento projetado para o cais, tornando-o

perpendicular ao 103 e, com isso, obtendo maior profundidade e

expandindo a retroárea, passando a dedicar-se à operação preferencial (ou,

eventualmente, exclusiva) da carga geral solta.

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Com essas obras o berço passará a dispor de retroárea suficiente para

atender aos usos de movimentação de carga geral solta, inclusive produtos

siderúrgicos, podendo ser prevista a construção de armazéns ou galpões

para madeira e congelados.

Essas propostas serão detalhadas nos desenhos das propostas de

desenvolvimento e zoneamento de curto prazo.

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inserir desenhos com a proposta da Seatrade

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1.4 – O Terminal de Produtos Siderúrgicos

A necessidade de terminal dedicado exclusivamente à movimentação de

produtos siderúrgicos no porto de São Francisco do Sul decorre

diretamente dos compromissos assumidos pelo Governo do Estado de

Santa Catarina para a implantação do projeto da Usina Siderúrgica Vega

do Sul.

A logística adotada para o

suprimento de insumos (chapas de

aço) provenientes da siderúrgica de

Tubarão, em Vitória (ES) deverá

adotar, a partir de 2005, o

transporte em barcaças especiais,

descarregadas por sistema RoRo

(roll on – roll off).

Essas barcaças terão comprimento

de 120m, boca de 22m e 9.500tpb e

calado máximo de 3,5m, com

propulsão de empurradores – um

para cada três barcaças. O

comprimento total do conjunto

barcaça - empurrador será de

145m, conforme mostra a figura ao

lado.

Segundo os projetos existentes, na

primeira fase (entre 2003 e 2005)

deverá ser utilizado o berço 201, na

forma atual, para atender navios do tipo minibulkers ou de carga geral,

com escotilha ampla, equipados com guindastes de bordo de capacidade

compatível.

Somente em etapa posterior é que serão utilizadas as barcaças

mencionadas, as quais ainda se encontram em construção. Estas barcaças

deverão atracar na ponte de acesso localizada ao lado do berço 201,

anterior ao cais de atracação do berço 301. Para tanto, deverá ser verificada

a condição estrutural da ponte de acesso para suportar os esforços da

atracação das barcaças, bem como dimensionadas as defensas de atracação.

Do ponto de vista do local de atracação e operação das barcaças, a solução

proposta evita conflitos com as demais instalações existentes, pois não

interfere na utilização do Terminal da Babitonga, vez que o

descarregamento da barcaça realizar-se-á pelo lado oposto, nem impedirá a

operação no berço 201, o qual, na proposição apresentada à APSFS, seria

alinhado perpendicularmente ao atual berço 103. Esse alinhamento seria

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obtido com as mesmas obras necessárias ao berço das barcaças, deixando o

201, então, em condições de atender à movimentação de carga geral solta.

O grande conflito a ser gerado com a implantação do terminal de

siderúrgicos será decorrente das dificuldades de integração com o modal

ferroviário, escolhido para o transporte das bobinas e chapas, desde as

barcaças e pátio de estocagem até a usina.

Segundo o projeto logístico, serão necessárias composições ferroviárias de

14 vagões.Ao atingir a movimentação projetada serão necessários 6 trens

diários, trafegando em cerca de 250 dias por ano

O projeto em estudo pela APSFS faz a locação da via férrea para atender

ao berço de siderúrgicos em alinhamento paralelo ao berço 201, cruzando

totalmente a área do terminal da Babitonga.

Esse alinhamento deverá ter afastamento adequado do berço 201, de modo

a permitir a operação de navios de carga geral nesse local.

O aumento do tráfego ferroviário gerado pelo porto, a partir do terminal de

produtos siderúrgicos implicará na construção de linhas de estacionamento

e manobras para os trens destinados ao carregamento dos insumos da

siderúrgica trazidos pelas barcaças.

Mesmo assim, supondo-se a operação em regime contínuo, os pátios do

terminal da Babitonga enfrentarão o conflito com a movimentação

ferroviária seis vezes por dia.

A solução desse problema demandará estudos específicos, considerando o

regime operacional projetado para os dois terminais – de produtos

siderúrgicos e de carga geral solta – madeira, ou de contêineres.

Os desenhos seguintes mostram as duas fases de operação de descarga de

insumos para a Usina da Vega do Sul.

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Inserir desenhos dos projetos da Vega do Sul para o berço 201 – página

01’

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Inserir desenhos dos projetos da Vega do Sul para o berço 201 – página 02

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1.5 – O Terminal da Babitonga

A empresa TERFRAN - Terminal Portuário de São Francisco do Sul

apresentou um plano de expansão de suas instalações atuais, abrangendo

4(quatro) fases, descritas no desenho seguinte.

A 1ª fase corresponde à situação atual, a qual é constituída por um píer de

225,65m de extensão, com largura variável de 20,5m no trecho inicial,

passando para 26,5m no final, destinado à manobra de veículos, onde o

comprimento é de 56,25m.

Esse píer é ligado a terra por uma ponte de acesso de 182,5m de

comprimento por 8,0m de largura.

Para a 2ª fase são propostos:

1. o aumento da extensão do píer em 40,0m, passando o

comprimento total para 265,85m;

2. aumento da largura do píer, alinhando toda a estrutura em 34,5m.

Nesta fase pretende-se atender a navios da classe post panamax, com porte

de 70.000 dwt.

Os levantamentos realizados acerca dos navios da classe “L” da Maersk

Sealand que freqüentam a costa brasileira presentemente, como já referido

anteriormente neste estudo, têm as seguintes características:

nomes dos navios: Laust Maersk, Laura Maersk, Lica Maersk,

Luna Maersk, Leda Maersk, Lexa Maersk, Josephine Maersk;

ano de construção: 2001 e 2002;

comprimento – 265,84m;

capacidade: 3.700TEU, 50.721 TRB;

boca: 37,3m (post panamax);

calado máximo: 14,0m;

velocidade: 23,4 a 24,7 nós;

não dispõem de guindastes de bordo (ungeared).

Assim, para atender esses navios, o berço deverá dispor de.

ponto de amarração do lançante de proa fora do píer, em cabeço

a ser construído na ponte de acesso;

guindastes de terra, sendo que, no caso, somente seria possível a

utilização de MHC (móbile harbour crane) do tipo já em uso no

berço 102, pela operadora WRC;

profundidade compatível com os calados previstos para a

operação desses navios em São Francisco do Sul, em torno de

11,0m a 12,0m, por ser porto intermediário nas linhas, não sendo

possível operar com carregamento total, o que exigiria

profundidades mínimas de 14,5m,

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condições operacionais que garantam pranchas operacionais da

ordem de, no mínimo, 30 TEU por hora de atendimento.

Assim, para que seja disponível maior capacidade estática de estocagem, a

2ª fase propõe, também, a utilização de equipamentos de movimentação e

empilhamento do tipo RTG (rubber tired gantry crane) ou pórticos móveis

sobre pneus, também conhecidos por transtêineres.

O layout proposto para a retroárea passaria a dispor da capacidade estática

de 4.980 TEU para contêineres dry e 156 TEU para reefer.

Essas capacidades, se somadas às já existentes em outros berços do porto,

seriam suficientes para atender a demanda até o horizonte de 5(cinco)

anos, no cenário otimista.

Observe-se que, neste mesmo cenário e horizonte, haverá a necessidade de

cerca de 3.030 tomadas reefer, recomendando-se, também, a utilização de

transtêineres e alturas de empilhamento de quatro unidades.

Na mesma fase, o desenho propõe a utilização da outra face do píer como

novo ponto de atracação, prevendo-se o atendimento de navios menores.

Nesse caso, a condição de operação seria bastante prejudicada, pela

pequena dimensão do espaço operacional ao costado do navio (apenas

34,5m), insuficiente para as manobras de carregamento e descarregamento

dos navios, áreas de operação dos MHC e dos veículos de transporte

horizontal.

Nessa condição, dificilmente poderá ser obtida a produtividade necessária

para a operação adequada e competitiva do terminal.

Seria mais conveniente a melhoria proposta para a ampliação da

capacidade atual de um único berço, o que implicaria no alargamento e

reforço estrutural do píer, considerando a possibilidade de utilização dos

MHC e os esforços demandados pelo maior porte dos navios a atender.

A 3ª fase do projeto consiste na ampliação do píer atual em novo trecho

com 250,0m de extensão, com a mesma largura do anterior (34,50m).

Essa proposição impossibilitaria a manobra dos navios, considerando a

existência da Laje da Cruz; ou seja, a construção desse prolongamento do

píer exigirá, necessariamente, a prévia derrocagem completa do referido

obstáculo à navegação.

Além disso, a disposição dos berços ao longo do píer alongado persiste no

alinhamento de través às correntes de maré, o que limita os períodos de

manobra de atracação e desatracação, afetando seriamente sua utilização.

Como a análise operacional demonstrou a urgente necessidade de

construção de novos berços para contêineres, novamente a proposta da 3ª

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fase apresenta-se inadequada, por não agregar espaços adequados às

manobras operacionais ao costado dos navios, com o congestionamento do

primeiro trecho anterior, além de não agregar áreas de terreno para a

implantação de pátios de estocagem.

A proposta apresentada, entretanto, mostra a idéia de criação de um pátio

de 150.000m2, a ser obtido com o aterro de área de 300m de largura à

retaguarda dos berços do píer. Esta seria a 4ª fase do projeto.

Nesta 4ª fase está proposta a construção de novo ponto de atracação,

também destinado a navios post panamax.

A extensa área de aterro proposta avançando 300,0m sobre o espaço do

centro histórico da cidade, o que lhe atribui poucas chances de aceitação

pela municipalidade e pelos órgãos de defesa do patrimônio cultural.

A implantação da 4ª fase acarretaria altos custos de investimentos em

derrocagem da Laje da Cruz e outros obstáculos à navegação e manobras,

o aterro de área de quase 15 hectares, além da construção das plataformas

de operação.

Outro aspecto de extrema relevância a ser considerado, é o possível

impacto ambiental que poderá decorrer da criação de novos espaços

operacionais mediante o aterramento na direção do curso do rio São

Francisco do Sul.

Essas obras poderão gerar interrupções às correntes de marés e ao fluxo de

sedimentos em suspensão, intensificando o assoreamento já observado da

bacia entre os três alinhamentos atuais de cais: o alinhamento do 101 a

103, o do 201 e o do 301.

Ressalte-se que os berços 101, 301 e o futuro 401 propuseram estruturas

em píeres abertos, de modo a diminuir os efeitos sobre o curso das

correntes de transporte de sedimentos.

Os possíveis efeitos dessas obras necessitarão ser estudado

especificamente, com o emprego de modelos hidrodinâmicos.

Da mesma forma, as profundidades projetadas para atender aos navios post

panamax, como projetado, poderão provocar desequilíbrio na bacia do

porto, pela diferença entre os berços confrontantes, obrigando o reforço

nos cais dos berços 101 ao 103 e no 201, de modo a obter certo

nivelamento, necessário às manobras dos navios de maior porte.

A análise operacional procedida na fase anterior deste estudo, indica a

necessidade de implantação de terminais de contêineres com capacidade

operacional e de estocagem superiores a que poderia ser, eventualmente,

obtida pelas configurações propostas pela TERFRAN/ Terminal da

Babitonga.

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Os terminais definidos nas capacidades melhoradas pressupõem a

utilização de equipamentos de terra de características técnicas adequadas à

produtividade desejada, o que somente poderá ser obtido com guindastes

de contêineres do tipo portêiner ou, alternativamente, com equipamentos

sobre pneus do tipo MHC.

O conflito operacional com o terminal de produtos siderúrgicos, decorrente

das manobras de vagões ferroviários, poderá ser fator limitativo adicional à

proposição, demandando, também, estudos específicos.

A alternativa de utilização de espaços próximos ao atual Terminal de

Babitonga para a implantação de terminal de contêineres será avaliada nos

capítulos seguintes, considerando a necessidade urgente de redução dos

tempos de espera dos navios, com a disponibilização de novo berço.

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Inserir o desenho do Peotta para o terminal da Babitonga

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2.6 – O Terminal de Navios de Cruzeiros Marítimos

Outra proposição de desenvolvimento das instalações do porto de São

Francisco do Sul refere-se à implantação de terminal para atendimento de

navios de cruzeiros marítimos.

A localização proposta para o berço é na área das antigas instalações do

porto, anteriores ao desenvolvimento do cais comercial, em 1942.

O terminal integrará o Projeto Monumenta, de revitalização do sítio

histórico da cidade, tendo assim as características de REVAP ou de

“projeto de revitalização de antigas áreas portuárias”, de abordagem

inteiramente distinta daquela utilizada para os demais, analisados até

agora.

Assim, sua justificativa econômica estará vinculada ao projeto turístico a

ser desenvolvido pela Prefeitura Municipal ou Governo de Estado,

devendo antes ser avaliado o interesse das empresas de cruzeiros

marítimos na escala eventual em São Francisco do Sul, o programa de

atividades, o receptivo turístico e as eventuais excursões a serem

percorridas.

A avaliação técnica do empreendimento, portanto, extrapola os limites do

escopo contratado, devendo merecer tratamento específico.

No momento, não há dados para que se ofereça opinião sobre este

empreendimento, pois não foram feitos estudos de demanda nem de

caracterização dos tipos de navios, não sendo possível abordar, sem

informações, tais questões.

A avaliação deverá considerar a alternativa de implantação de um terminal

de escunas de passeio, conforme o compromisso original da

Administração do Porto, a partir do projeto da TERFRAN.

A proposta do terminal turístico é mostrada no desenho seguinte.

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Inserir desenho do Terminal Turístico

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2.7 – O Terminal da Ponta das Laranjeiras

A empresa ICD Coatings encaminhou, em 19/12/2002, solicitação de

manifestação da APSFS a respeito de suas intenções de implantação do

Terminal Marítimo de Laranjeiras, à montante do porto, em local

denominado de “Ponta das Laranjeiras”.

O projeto do empreendimento, a cargo de consultora contratada pela

interessada, embora referido como apresentado à APSFS, não foi fornecido

para a presente análise, senão a carta de justificativa e pedido de

manifestação.

Cabem, preliminarmente, as seguintes considerações:

1. O próprio documento declara, com respeito à localização, que o

empreendimento situa-se “fora da área do porto organizado”, o que

implicaria, portanto, na dependência de autorização do Ministério

dos Transportes, através da ANTAQ;

2. As cargas que se pretendem movimentar, conforme as referências

nos diversos sub itens, são “cargas líquidas”, contêineres e RoRo,

congelados, bobinas de aço e, eventualmente, granéis vegetais;

3. Não há qualquer menção a carga própria da interessada, o que

dificultará, sem dúvida, a obtenção de autorização, a qual somente

é concedida, para instalações fora da área do porto organizado, para

o tipo de uso privativo, conforme a lei 8630/93 e a Resolução 55/02

da ANTAQ;

4. As cargas mencionadas, todas elas atualmente movimentadas pelas

instalações do porto, são típicas de terminais de uso público;

5. Somente seria possível a concessão de autorização a ser dada pela

ANTAQ, em duas hipóteses:

a) a movimentação de carga própria (podendo atender a

terceiros), quando fora da área do porto organizado e

b) para a movimentação das cargas pretendidas, se a

localização sugerida passar a integrar a área do porto

organizado.

A questão do acesso aquaviário do terminal proposto deverá ser objeto de

estudo detalhado, especialmente no que diz respeito às profundidades e aos

obstáculos existentes. Igualmente, recomenda-se a realização de pesquisas

geológicas dos fundos, pois existem fortes indícios de presença de grandes

áreas de rocha.

A proposição do Terminal Marítimo das Laranjeiras poderá ser

interessante para o desenvolvimento de instalações de uso privativo para a

Usina Siderúrgica Vega do Sul, cuja logística utilizará barcaças e navios de

menor porte e calado para a importação, por cabotagem, de seus insumos.

Essa localização, fora das instalações atuais do porto organizado,

apresentaria a conveniência principal de resolver os conflitos de uso do

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berço de siderúrgicos com os terminais de carga geral e de contêineres,

especialmente pela dificuldade de integração com o modal ferroviário, já

referida.

As vantagens locacionais mencionadas no expediente da ICD Coatings

aplicam-se diretamente sobre os pontos de estrangulamento do terminal de

siderúrgicos de São Francisco do Sul, desde o calado natural, acesso

rodoviário e fácil ligação ferroviária (a apenas 3,3 km), destacando, ainda,

a disponibilidade de terrenos na retroárea para o lançamento das linhas de

manobra e de integração intermodal.

O terminal, na forma de instalação de uso privativo misto, poderá,

eventualmente, movimentar todas as demais cargas mencionadas no

expediente da interessada (cargas líquidas ou granéis líquidos, congelados

e outros, inclusive contêineres).

A manifestação oficial da administração do porto deverá ocorrer em fase

posterior do processo, por solicitação da ANTAQ, quando de sua análise

do pleito.

2.7 – O Terminal da Ponta do Sumidouro

As opções de expansão portuária à jusante do porto atual, na Baía da

Babitonga, nas proximidades da foz do rio São Francisco do Sul e do canal

de acesso marítimo, levaram à consideração da proposição da região da

Ponta do Sumidouro, conforme documento interno do GEIPOT – Empresa

Brasileira de Planejamento de Transportes, datado de agosto de 1964.

Àquela época, propôs-se, na verdade, a construção de um novo porto na

região mencionada, embora se refira, apenas a terminais de grãos e

fertilizantes, com a possível utilização de navios do tipo cape size.

Ora, a demanda por instalações de movimentação de granéis sólidos vem

sendo tratada pelos planos diretores e planos de desenvolvimento e

zoneamento na direção do atendimento nas instalações atuais, onde já se

encontra em operação um terminal de exportação de grãos e projeta-se a

implantação de outro para importação de trigo em grão e fertilizantes,

ambos com condições para receber navios com os tamanhos adequados a

esse tipo de carga.

Enquanto isso, o desenvolvimento do tráfego de cargas conteinerizadas

(inexistente à época do estudo do GEIPOT), vem crescendo em ritmo

acelerado, desde meados da década passada, levando à demanda por

instalações adequadas para receber e operar grandes navios post panamax,

com calados acima de 14,0m.

De forma geral, recomenda-se que as instalações para atendimento desses

navios localizem-se próximas às grandes correntes de transporte marítimo

de carga geral, em locais com disponibilidade de terrenos na retroárea para

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os pátios de estocagem ou o desenvolvimento de centros integrados de

logística.

Quando são buscadas tais áreas, a condição de disponibilidade de terrenos

e de profundidades é associada, em geral, a inexistência de acessos

terrestres adequados.

A implantação de terminais especializados nessas novas regiões implica,

portanto, na realização de estudo específico e abrangente, ultrapassando os

limites do Plano de Desenvolvimento e Zoneamento contratado.

A necessidade de terminais para contêineres em São Francisco do Sul não

poderá ser atendida, no longo prazo, nos limites da região onde hoje está

localizado, bastante comprometida com a movimentação e estocagem de

grãos, farelos e fertilizantes a granel, bem como da carga geral solta –

madeira e congelados.

A Ponta do Sumidouro ainda é uma região com reduzida ocupação, com

profundidades, próximo à margem, de 12 a 18m, implicando sua utilização

em serviços de dragagem, aterros e construção do acesso terrestre

compatível.

A avaliação dessa alternativa de expansão implicará na realização de

estudos ambientais, tendo em vista a existência de mangues e outras áreas

sensíveis, a necessidade de construções de estruturas de atracação e

estocagem na margem da baía, bem como o desenvolvimento dos acessos

terrestres, os quais deverão evitar conflito com o trânsito de veículos leves

de passageiros que demandam às áreas de recreio e turismo da região.

2.8 – Resumo e Conclusões

O quadro seguinte resume as análises procedidas acerca das proposições de

usuários e outros interessados na implantação de instalações especializadas

ou de múltiplo uso no porto de São Francisco do Sul.

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JAMENTO EM

Resultados das Análises Individuais dos Projetos Apresentados

Terminal

Interessado

/

Proponente

Carga a

Movimen

tar

Localização Vantagens

principais

Desvantagens

principais

Recomen-

dação

Avalia-

ção Final

Granéis

Sólidos de

Exportação

TERLOGS,

CIDASC,

Bunge

Soja,

Milho e

Farelos

Atual berço

101

Atender ao

incremento da

movimentação

em Instalações

já existentes

Conflito de

trânsito

ferroviário

Construção

de parque de

triagem fora

da cidade

Inclusão

no PDZ

Granéis

Sólidos de

Importação

Fertimport

Trigo e

Fertilizan-

tes

Berço 401

Especialização

da

movimentação

Carência de

espaço para

armazéns e

silos na área

pretendida

Construção

de acesso

rodoviário

específico

Inclusão

no PDZ

Carga Geral

Solta -

Madeira

Seatrade

Madeira e

Congela-

dos

Na retroárea

do berço 101

Atender a falta

atual de berços

para carga

geral

Instalação

tecnológica-

mente

inadequada

Desenvolver

os berços

103,201 e

301 para

carga geral

Não

inclusão

no PDZ

no local

pretendi-

do

Produtos

Siderúrgi-

cos

Vega do Sul

Insumos

siderúrgi-

cos

Entre os

berços 201 e

301

Aproveitamen-

to de

instalações já

existentes

Conflito com

os demais

berços e com a

cidade

Estudar a

utilização da

Ponta das

Laranjeiras

Inclusão

no PDZ –

curto

prazo

Terminal da

Babitonga TERFRAN

Contêine-

res

Berço 301 e

prolongamen-

tos

Aproveitamen-

to de

instalações já

existentes

Inadequação

para a

operação,

conflitos

ambientais e

com a cidade

Estudar

alternativa

para curto

prazo,

reformulan-

do o projeto

Não

inclusão

no PDZ –

curto

prazo

Cruzeiros

Marítimos

Prefeitura

SFS Turismo

No projeto

Monumenta

Desenvolvi-

mento do

turismo

Dificuldade de

viabilidade

econômica

Realização

de estudos

específicos

Indicação

da área no

PDZ

Laranjeiras ICD

Coatings Diversas

Na Ponta das

Laranjeiras

Acesso

terrestre e

retroárea

Limitações de

acesso

marítimo e

profundidades

Estudar a

implantação

de terminal

de

siderúrgicos

Inclusão

no PDZ

de médio

prazo

Ponta do

Sumidouro GEIPOT

Contêine-

res

Ponta do

Sumidouro

Especialização

na

movimentação

Falta de

acessos

terrestres e

impactos

ambientais

Realização

de estudos

específicos

Inclusão

no PDZ

de longo

prazo

Page 36: AAttuuuaallliiizzzaaaçççããooo a dddooo o PPPlllaannnoo ...web.antaq.gov.br/portalv3/EVTEAs/APSFS/7Rel_Tomo2_Final.pdfApresentação TOMO I PRIMEIRA PARTE - Área do Porto Organizado

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JAMENTO EM

OS ACESSOS AO PORTO

diagnóstico demonstrou a necessidade de ações de

melhoramento nos acessos rodoviários, ferroviários e

aquaviário. As proposições e recomendações com relação a

esses temas serão mostradas neste capítulo, mostrando, para cada modal,

após breve descrição da situação atual, as condições gerais, dificuldades e

possíveis soluções.

2.1. Condições Gerais do Acesso Rodoviário

O acesso rodoviário ao porto, já analisado na fase de diagnóstico, embora

adote percurso que evita cruzar a zona urbana, apresenta más condições de

conservação e inúmeros pontos de estrangulamento.

A largura da via admite apenas duas faixas de tráfego, uma em cada

direção, tornando difícil a ultrapassagem e gerando conflitos com a

utilização simultânea por automóveis leves e pesadas carretas rodoviárias

de transporte de soja, farelos, milho e contêineres, em veículos de unidades

compostas, com reboques duplos (os treminhões) ou carretas rodoviárias

comuns, com reboques articulados.

Ao longo de toda sua extensão, desde a BR-280, não apresenta condições

ideais ao fluxo atual do tráfego de veículos de carga e de passageiros. As

faixas de acostamento são estreitas, impedindo o estacionamento seguro,

especialmente nas proximidades do porto, onde se concentra a maior

quantidade de veículos em espera para ingressar nos pátios de estocagem

de contêineres.

A via encontra-se com seu pavimento asfáltico em mau estado de

conservação, principalmente no trecho próximo às instalações da nova

usina da empresa Vega do Sul, dado o intenso fluxo de veículos de carga.

As restrições apontadas nas atuais condições, tenderão a agravar-se com o

incremento da movimentação de cargas projetado para os próximos anos,

Capítulo

2

O

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JAMENTO EM

acrescendo-se, ainda, o fato de que, em primeiro momento, toda a

movimentação de bobinas e chapas de aço provenientes e destinadas à

siderúrgica da Vega do Sul será feita, exclusivamente, pelo modal

rodoviário, até que as obras do ramal ferroviário interno ao porto estejam

concluídas.

A sobrecarga de demanda de transporte necessitará da ampliação da

capacidade do acesso rodoviário, com a duplicação do número de faixas de

tráfego, alargamento dos acostamentos com a recuperação e melhoria da

pavimentação.

A seguir serão abordados os principais pontos de conflito, quais sejam: as

condições gerais da rodovia, a afluência de tráfego na rua Eng. Leite

Ribeiro, a passagem em nível sobre a via férrea e o grande fluxo de

veículos.

2.2. A Rua Eng. Leite Ribeiro

O congestionamento na rua Eng. Leite Ribeiro é causado pelo grande

número de caminhões estacionados em frente ao portão de acesso do porto,

transportando contêineres destinados à exportação, aguardando a entrada

nos pátios de estocagem, como verificado em pesquisa de campo realizada

pelos consultores.

Enquanto aguardam o licenciamento para ingresso nos pátios do porto, as

carretas rodoviárias de transporte de contêineres utilizam-se dos

acostamentos ao lado da via, na rua Eng. Leite Ribeiro, não sendo

disponíveis áreas de estacionamento para esses veículos, embora esteja

alocada uma ciclovia ocupando parte de uma das faixas de circulação.

A solução recomendada para resolver essa concentração de veículos em

espera, demonstrada neste estudo, é a oferta de maior quantidade de pontos

de ingresso, concentrados em portão de entrada único, e a informatização

dos procedimentos burocráticos, aduaneiros e operacionais, especialmente

no que se refere ao endereçamento dos contêineres nas pilhas de

estocagem.

Os veículos com mercadorias a granel, destinadas para embarque ou

provenientes de importações deverão utilizar-se de acesso e saída

independentes do portão geral de entrada do porto.

A possibilidade de criação do portão de entrada, sua localização e

características serão analisadas nos capítulos seguintes.

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2.3. Passagem de Nível Sobre a Via Férrea

O conflito mais grave que se observa no acesso terrestre ao porto é a

chegada da rua Alfredo Darci Addison, com a conversão à direita dos

veículos que demandam o porto, cruzando em nível com a ferrovia,

exatamente no trecho onde se realizam as manobras para descarregamento

dos vagões de transporte de granéis, ao lado das demais instalações

portuárias.

Tais manobras, dependendo do tamanho da composição do trem, chegam a

fechar a passagem dos veículos rodoviários, tanto no sentido da cidade

quanto do porto, por até cerca de 15 minutos consecutivos, várias vezes

por dia.

As soluções de traçado para a construção de viadutos rodoviários sobre

esse trecho do conflito, para a eliminação da passagem de nível, foram

analisadas, sendo avaliadas as seguintes alternativas:

I. cruzamento em elevado a partir da rua Alfredo Darci Addison,

atingindo a rua Eng. Leite Ribeiro em frente ao novo portão de

entrada do Terminal da Babitonga (em construção);

II. os veículos destinados ao porto entrariam pela atual via de

acesso às instalações da Bunge Alimentos, cruzando em

elevado a via férrea, passando entre o parque de tanques e o

armazém da TERLOGS, seguindo em trecho enterrado, por

baixo do segundo cruzamento ferroviário e sob a rua Eng. Leite

Ribeiro, chegando até a área onde se localizam, atualmente, os

escritórios da APSFS, de onde sairiam duas derivações, à

direita e à esquerda desta rua.

III. utilização da via de acesso da Bunge Alimentos em vez da rua

Alfredo Darci Addison, da mesma forma que a alternativa

anterior, superando em elevado a via férrea ~, mas seguindo

caminhamento entre os armazéns da TERLOGS e da CIDASC,

onde seria construído um girador de distribuição dos fluxos de

veículos para os diversos terminais, de granéis de exportação e

de importação (inclusive da CIDASC e da Fertimport) e de

contêineres e carga geral, passando em nível sobre o último

cruzamento ferroviário.

A representação gráfica dessas alternativas está mostrada nos desenhos das

páginas seguintes.

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JAMENTO EM

(INSERIR DESENHOS DAS TRÊS

ALTERNATIVAS DE PASSAGEM NO

CRUZAMENTO COM A FERROVIA –

A3)

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(INSERIR DESENHOS DAS TRÊS

ALTERNATIVAS DE PASSAGEM NO

CRUZAMENTO COM A FERROVIA –

A3)

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(INSERIR DESENHOS DAS TRÊS

ALTERNATIVAS DE PASSAGEM NO

CRUZAMENTO COM A FERROVIA –

A3)

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2.4. Análise das Alternativas

Atualmente os veículos de cargas ou de passageiros que chegam para

entrada do porto utilizam a rua Alfredo Darci Addison e confluem na

conversão à direita cruzando em nível a ferrovia, conforme descrito

anteriormente, passando para a rua Eng. Leite Ribeiro. Esta rua serve,

também de único acesso ao bairro da Bela Vista.

A análise das alternativas apresentadas levará em conta, além da superação

da passagem ferroviária em nível, da necessidade de diminuição do tráfego

na rua Eng. Leite Ribeiro e o acesso rodoviário ao futuro berço 401.

22..44..11.. AAlltteerrnnaattiivvaa II -- aacceessssoo ppeellaa rruuaa AAllffrreeddoo DDaarrccii

AAddddiissoonn

Esta alternativa propõe a implantação de via elevada ou viaduto sobre o

cruzamento com o pátio de manobras ferroviário, conforme o desenho 1.

Como se observa, haveria a necessidade de construir-se um trecho paralelo

à Alfredo Addison, de modo a permitir que o elevado se estenda por sobre

esta rua, cruzando em desnível, em seguida, a extremidade do pátio

ferroviário e seguindo, ainda em viaduto, por sobre a Eng. Leite Ribeiro,

atingindo a área do novo portão de entrada do Terminal da Babitonga.

Ao pretender superar os três cruzamentos – com as duas ruas e o pátio de

manobras – nesta alternativa, seria necessária a construção de viaduto

extenso, concluindo-se em espaço já no interior da área da APSFS, com

alças de integração de solução complexa.

O portão de entrada do porto (ou gate) seria deslocado para a extremidade

da rua Eng. Leite Ribeiro, com dificuldades de segregação do trânsito dos

veículos de carga em relação aos de passageiros.

Trata-se, portanto, de alternativa de custo elevado de construção e de

complexa solução de integração aos portões de entrada do porto e às ruas

vizinhas.

22..44..22.. AAlltteerrnnaattiivvaa IIII -- IInntteerrlliiggaaççããoo ddaa VViiaa ddee AAcceessssoo àà

BBUUNNGGEE ddiirreettaammeennttee àà RRuuaa EEnngg.. LLeeiittee RRiibbeeiirroo

A alternativa de interligar a via de acesso às instalações da empresa Bunge

Alimentos diretamente com o final da Eng. Leite Ribeiro apresenta como

vantagem a transferência do tráfego dos veículos de carga – grãos, farelos,

fertilizantes, contêineres e carga geral do trecho inicial desta rua,

facilitando tanto o acesso à cidade quanto ao porto, com a criação de

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rotatória no espaço atualmente ocupado pelos prédios da administração do

porto.

Essa interligação se daria através de um acesso subterrâneo em “S”,

passando por baixo da rede aérea de óleo de propriedade da BUNGE e da

esteira elevada de propriedade da TERLOGS, elevando-se novamente na

altura da atual sede da Administração do Porto de São Francisco do Sul, a

qual teria de ser relocalizada.

A adoção dessa alternativa proporcionaria o desvio de grande parte dos

caminhões de grãos e fertilizantes para uma via exclusiva, desafogando a

rua Eng. Leite Ribeiro, a qual passaria a comportar, principalmente, o

tráfego direto de carros de passageiros destinados ao próprio porto ou ao

bairro da Bela Vista.

Entretanto, esta alternativa inviabiliza o acesso ferroviário ao terminal de

granéis sólidos de importação a ser implantado no futuro berço 401, na

forma proposta pela Fertimport.

Além disso, exige grande extensão de obras em elevado, seguidas de

trecho por baixo da via férrea e dos transportadores de correias do terminal

do berço 101, de exportação de granéis sólidos, e ocupa completamente a

área dos atuais prédios dos escritórios da APSFS para a solução da

rotatória de ligação com as diversas derivações.

22..44..33 AAlltteerrnnaattiivvaa IIIIII -- IInntteerrlliiggaaççããoo ddaa RRuuaa ddee

AAcceessssoo àà BBUUNNGGEE ccoomm aa RRuuaa ddee AAcceessssoo àà CCIIDDAASSCC iinnddoo àà

rruuaa EEnngg.. LLeeiittee RRiibbeeiirroo

Outra alternativa ao desvio do tráfego de veículos de carga do início da rua

Eng. Leite Ribeiro, facilitando tanto o acesso à cidade, quanto ao porto e às

instalações das empresas receptoras dessas mercadorias, foi estudada

através da ligação da rua de acesso à BUNGE com a rua de acesso à

CIDASC, em desvio seletivo da rodovia.

Essa ligação dar-se-ia através de viaduto que partiria do final da rua de

acesso à BUNGE, passando por cima da linha férrea que serve a CIDASC,

chegando a uma rotatória localizada entre os armazéns desta empresa e da

TERLOGS, como mostrado no desenho.

A adoção dessa alternativa proporcionaria, da mesma forma que a

alternativa anterior, o desvio de grande parte dos veículos de carga para

uma via exclusiva ou seletiva, desafogando o início da rua Eng. Leite

Ribeiro.

Na verdade, esta alternativa coloca a rotatória de distribuição dos

itinerários em situação bem mais favorável que a anterior, passando a área

de terreno hoje ocupada pelos escritórios da APSFA a servir de portão

único de entrada de caminhões para os berços de carga geral e contêineres,

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tornando inteiramente independente os acessos dos veículos de transporte

de granéis sólidos, seja de exportação e de importação.

Esta seria a alternativa de tornar possível a implantação da integração

modal com a ferrovia do novo terminal de grãos do berço 401 através das

linhas a serem implantadas no trecho final da rua Eng. Leite Ribeiro.

Os veículos de grãos, farelos e fertilizantes, contêineres e carga geral de

exportação e do trigo e fertilizantes importados, que têm como

origem/destino as instalações da BUNGE/CIDASC/FERTIMPORT ou os

berços 102, 103, 201 e 301 do porto de São Francisco do Sul não mais

transitariam pela rua Eng. Leite Ribeiro, passando a utilizar-se de nova via

de acesso ao porto, segregada do trânsito de veículos leves.

Será necessário que se complemente a ligação do final da rua de acesso à

CIDASC com a rua de acesso ao bairro da Bela Vista, através da

construção de via de contorno junto à saia do morro.

Essa alternativa permitiria, ainda, a manutenção da ciclovia existente na

Eng. Leite Ribeiro, a qual seguiria de forma segregada até a rotatória e daí

seguindo para o ao bairro da Bela Vista.

Outra vantagem seria transferir o acesso de veículos de passageiros

destinados ao bairro da Bela Vista do trecho final da rua Eng. Leite Ribeiro

para a nova via, permitindo que toda a área dos terminais de embarque e

desembarque de granéis, inclusive os armazéns, silos e tanques das

empresas passem a integrar a zona primária do porto.

Outra vantagem destacada é o menor investimento necessário para a

execução das obras viárias, pela necessidade de viaduto de menor extensão

e localização da rotatória em área de menor conflito.

Essa solução exigirá, entretanto, a desapropriação de alguns trechos de

terrenos das empresas exportadoras/importadoras de granéis, as quais,

entretanto, serão muito beneficiadas com o novo acesso.

Esta é a alternativa recomendada para o acesso rodoviário às instalações

portuárias, a qual será indicada no PDZ de curto prazo.

22..44..44 NNoovvoo AAcceessssoo SSeeggrreeggaaddoo aaoo BBaaiirrrroo ddaa BBeellaa VViissttaa

Outra alternativa proposta para o desvio do tráfego dos veículos de

passageiros destinados ao bairro Bela Vista pela rua Eng. Leite Ribeiro

partiu de estudo desenvolvido pela Administração do Porto de São

Francisco do Sul, em agosto de 1989.

A ligação dar-se-ia através da construção de nova estrada via a partiria do

acesso à Praia dos Ingleses, contornando até a orla e daí seguindo paralela

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à praia, passando pela frente dos terrenos propriedades da BUNGE e da

Litoral, até a Ponta do Rabo Azedo.

A adoção dessa alternativa proporcionaria, da mesma forma que as

alternativas anteriores, o desvio de grande parte dos carros de passageiros

para uma via exclusiva, desafogando a rua Eng. Leite Ribeiro.

Essa alternativa por passar em áreas de interesse de preservação ambiental,

deverá ser alvo de um estudo de viabilidade técnica-econômica-ambiental.

2.2 – O Acesso Ferroviário

Com relação ao acesso ferroviário, a situação é bem mais grave, pois, na

situação atual, o porto recebe nada menos de 3 trens de 40 vagões, por dia,

cruzando toda a área habitacional e comercial da cidade, com cerca de

vinte passagens de nível.

Esse movimento, segundo as projeções de crescimento das impostações de

trigo e fertilizantes e os embarques de soja, milho e farelos, somando-se às

importações de produtos siderúrgicos destinados à Vega do Sul, deverá

aumentar consideravelmente, levando à níveis de congestionamento as

linhas existentes e intensificação da ocorrência de acidentes nas passagens

de nível

A solução para esse problema é, sem dúvida, a construção do anel

ferroviário, circundando a área urbana e eliminando o trânsito de

composições ferroviárias atravessando a cidade.

Segundo informações da ALL, em reunião realizada com os consultores e

o Diretor-Geral da APSFS, a empresa não alocou qualquer previsão de

investimentos para a construção desse anel de contorno, embora essa obra

já tenha seu plano básico delineado, não só para São Francisco do Sul,

como para Joinville, Jaraguá do Sul e Curitiba.

Tais planos estão sob análise do Departamento Nacional de Infra-Estrutura

de Transportes – DNIT, à espera de liberação de recursos do orçamento

federal para elaboração dos projetos executivos e posterior construção.

O convênio n° DIT/TT 061/2002, firmado entre o DNIT e o governo de

Santa Catarina, prevê a elaboração de projeto executivo de engenharia do

contorno ferroviário de São Francisco do Sul.

Além da construção do anel viário é necessária a transferência do pátio de

triagem e composição de trens para locais fora da zona portuária, onde se

disponha de espaço suficiente.

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Na situação atual, o pátio de manobras de vagões para os descarregadores

da CIDASC, BUNGE e TERLOGS é utilizado, também, para as operações

de triagem e composição, o que provoca a interrupção constante do acesso

rodoviário do porto, com longas perdas de tempo e sérios riscos de

acidentes.

A América Latina Logística – ALL, contudo, informou que não existe a

intenção em transferir o seu pátio de manobras para alguma área mais

distante, visto que isso geraria grandes dificuldades operacionais, segundo

alegaram.

A ALL informou, ainda, que, alternativamente, pretende utilizar parte da

faixa de domínio da ferrovia, entre a Vega do Sul e a zona urbana, para

construir alguns desvios, laterais à linha principal, com o objetivo de

desmembrar algumas composições antes de atingir a cidade.

Segundo os dirigentes da empresa, a ALL está, nesse momento,

desenvolvendo os projetos e buscando incluir os valores necessários à obra

no seu orçamento.

Outro ponto abordado nos contatos com a ALL referiu-se à utilização de

áreas de sua propriedade para a construção de passagens rodoviárias

necessárias à melhoria do acesso ao porto, nesse sentido, a ALL declarou

seu interesse em contribuir com a APSFS para resolver o problema de

acesso rodoviário, não se contrapondo, num primeiro momento, à

utilização de parte de sua área para o desenvolvimento dos projetos

necessários.

Assim, a solução dos pontos de estrangulamento dos acessos terrestres ao

porto de São Francisco do Sul passa pelas seguintes ações:

1. construção do anel ferroviário, circundando a área urbana da

cidade;

2. construção do pátio de triagem e composição na periferia da cidade,

fora das áreas do porto organizado;

3. construção de viaduto rodoviário sobre o cruzamento da via férrea

e área de manobras com o acesso rodoviário ao porto.

22..22..11 OO AAcceessssoo FFeerrrroovviiáárriioo `̀ZZoonnaa PPrriimmáárriiaa ddoo PPoorrttoo

((TTeerrmmiinnaall ddee IImmppoorrttaaççããoo ddee GGrraannééiiss SSóólliiddooss –– BBeerrççoo 440011

–– ee ddee PPrroodduuttooss SSiiddeerrúúrrggiiccooss -- BBeerrççoo 220011))

As importações a serem realizadas através dos berços 401 – trigo e grãos e

fertilizantes – e pelo berço 201 – produtos siderúrgicos, deverão utilizar-se

intensivamente do modal ferroviário para a internalização dos produtos e

insumos descarregados dos navios e/ou barcaças.

Essa proposição exige a análise das alternativas de acesso das composições

ferroviárias à zona primária do porto, como descritas a seguir:

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1. alternativa 1 - o acesso proposto pelo projeto da Fertimport utiliza o

leito da rua Eng. Leite Ribeiro, evitando o conflito com o trânsito

de veículos rodoviários de transporte de granéis e de contêineres no

trecho inicial desta rua;

2. alternativa 2 - a proposição do acesso ferroviário ao berço de

descarga de insumos siderúrgicos, como já comentado na análise

do projeto apresentado pela Vega do Sul, optou por ingressar pela

extremidade noroeste da zona portuária, cruzando as instalações do

terminal arrendado à TERFRAN.

As alternativas apresentadas implicam na existência de dois acessos – um

para cada terminal – gerando intensificação do trânsito de composições

ferroviárias no espaço operacional do porto.

O acesso dos trens destinados ao transporte do trigo e dos fertilizantes, na

configuração do terminal proposto não apresenta outra opção alternativa,

enquanto os trens que demandam o berço 201 podem optar por qualquer

das duas alternativas apresentadas.

Enquanto os trens destinados ao terminal do berço 401 não apresentam

conflito com a circulação interna dos caminhões com carga geral solta e

contêineres na zona operacional, o acesso das composições de transporte

de cargas siderúrgico atravessa as áreas de circulação e estocagem dos

contêineres, em qualquer das duas alternativas.

O projeto logístico da Siderúrgica Vega do Sul estima que serão

necessárias 6 composições de 14 vagões, transportando cerca de 670

toneladas, por dia, o que significa a movimentação de 4.000t/dia, em 250

dias por ano, em regime contínuo de trabalho, para o total de um milhão de

toneladas anuais.

A avaliação do impacto desse tráfego de trens considera os seguintes

parâmetros:

1. cada trem de 14 vagões corresponde ao comprimento de 210

metros;

2. a freqüência de 6 trens por dia corresponde a uma composição a

cada 4 horas cruzando a área do terminal da Babitonga;

3. a velocidade dos trens em manobras é estimada em cerca de

10km/h, podendo alcançar, nessas condições, até 15km/h;

4. na alternativa 1, a distância entre o portão de entrada e o pátio de

estacionamento onde os vagões serão carregados mede cerca de

165m, aproximadamente;

5. na alternativa 2 essa distância seria de cerca de 326m, medida

desde a entrada do trem pelo portão situado junto do Armazém 04,

passando à frente do portão rodoviário do Terminal da Babitonga,

indo até o local de posicionamento de toda a composição de 210m

de comprimento no alinhamento com o berço 201.

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PLANEE

JAMENTO EM

Observa-se ainda, que será necessária a remoção de algumas pilhas de

contêineres projetadas na segunda opção, com redução da capacidade

estática de estocagem do terminal da Babitonga e da retroárea do berço

201, o que não ocorreria na alternativa 1.

Finalmente, a disposição da composição ferroviária na área de

carregamento, na alternativa 2, impedirá a localização do armazém de

trânsito proposto para o mesmo berço, com área de 4.500m2, como

mostram os desenhos seguintes.

Os tempos estimados de percurso em toda a extensão do trajeto interno na

zona operacional, medidos desde a entrada no recinto portuário até o

estacionamento da composição na posição de carregamento das bobinas ou

chapas de aço, considerando as velocidades médias dos trens de 10km/h e

de 15km/h, serão:

para a velocidade média da composição em manobras de 15 km/h

Parâmetros de avaliação Alternativa 1 Alternativa 2

Extensão do trajeto 165m 536m

Comprimento do trem 210m 210m

Tempo de percurso no recinto operacional 1min 30seg 2min 9seg

para a velocidade média da composição em manobras de 10 km/h

Parâmetros de avaliação Alternativa 1 Alternativa 2

Extensão do trajeto 165m 326m

Comprimento do trem 210m 210m

Tempo de percurso no recinto operacional 2min 15seg 3min 13seg

Pela análise exposta, conclui-se pela recomendação da alternativa 1 como a

mais indicada, por provocar menores impactos operacionais.

O desenho seguinte mostra as alternativas analisadas.

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PLANEE

JAMENTO EM

Inserir desenho com a alternativa 1

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PLANEE

JAMENTO EM

Inserir desenho com a alternativa 2

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PLANEE

JAMENTO EM

2.3. Acesso Aquaviário

O acesso aquaviário ao porto de São Francisco do Sul é feito, atualmente,

por um canal já conhecido e balizado.

Com os projetos de construção do píer 401 e de novo cais no terminal da

Babitonga, com expansão das áreas de armazenagem, tornar-se-ão

necessárias algumas obras para viabilizar o franco acesso ao porto.

Será necessário, de imediato, realizar obras para a demolição da Laje da

Cruz e Laje Vitória, principais pontos de obstrução à manobra de navios

para atracação e desatracação no porto de São Francisco do Sul.

Para essa obra de desobstrução, segundo estudos desenvolvidos pela

empresa Hidrotopo – Consultoria e Projetos Ltda., será necessário derrocar

cerca de 87.000m³ de rocha, sem tolerância vertical, para 13,5m de

profundidade

Existem, ainda, alguns outros pontos que merecerão atenção com pequenos

volumes de derrocagem para deixar livre o canal de acesso ao porto.

Com a possibilidade da expansão do porto se dar em direção a Ponta do

Rabo Azedo, a empresa SEATRADE encomendou a batimetria do local,

visando verificar as suas profundidades e reais condições.

A batimetria realizada indicou a possibilidade da utilização de um novo

canal de acesso diretamente à região do píer 401.

Partindo-se dessa região, o novo canal sairia a jusante do porto,

contornando a Laje do Badejo e seguindo ao encontro do atual canal.

Caso esse canal se consolide como uma alternativa viável de acesso à

região do píer 401, será necessário estudar a necessidade de intervenções

ao longo do seu traçado, quando do desenvolvimento do projeto executivo

do canal.

O desenho seguinte ilustra a nova possibilidade de acesso aquaviário ao

porto.

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PLANEE

JAMENTO EM

(INSERIR DESENHO DO NOVO CANAL

DE ACESSO PELO PIER 401 –

SEATRADE – A3!)

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JAMENTO EM

PROPOSTAS DE

DESENVOLVIMENTO E

ZONEAMENTO DE CURTO

PRAZO

proposição de arranjo físico das instalações portuárias do

PDZ de São Francisco do Sul, no curto prazo (horizonte de

cinco anos) obedece ao dimensionamento de necessidades

realizado na fase anterior dos estudos e considera as diversas proposições

apresentadas, algumas já em adiantado processo de implantação.

As necessidades de instalações para a operação dos navios tipo que

deverão operar no referido prazo e as projeções de movimentação

levantadas para o cenário otimista podem ser resumidas nos seguintes

pontos:

1. para a movimentação de granéis sólidos de exportação, o porto

necessitará de um berço especializado, operando com dois

carregadores de navios (ship loaders) de 1.500 t/h de capacidade

nominal, cada um, operando em regime contínuo e instalações de

estocagem com capacidade estática mínima de 100.000 toneladas,

interligadas aos carregadores por sistemas de transportadores de

capacidade nominal compatível (dois transportadores de 1.500 t/h,

cada um);

2. para as importações de granéis sólidos (trigo em grão e

fertilizantes) – será necessária a construção de um berço

especializado, com capacidade nominal de descarregamento de

1.200 t/h , com transportadores de características compatíveis e

instalações de estocagem com capacidade estática mínima de

60.000 t, para trigo em grão e de 90.000 t para fertilizantes;

3. para contêineres, as necessidades no curto prazo são de dois

berços com equipamentos adequados para a obtenção de

produtividades efetivas da ordem de 40 unidades por hora, o que

equivale à utilização de dois guindastes do tipo portêiner ou do tipo

Capítulo

3

AD

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JAMENTO EM

MHC (mobile harbour crane), com área de estocagem mínima de

141.000 metros quadrados, utilizando-se equipamentos do tipo

reach stacker, ou 70.500 metros quadrados, para o uso de RTG

(rubber tired gantry cranes) ou transtêineres – São indicados os

berços 102 e 501 para atendimento dessas necessidades;

4. para granéis líquidos – propõe-se à continuidade da utilização

conjunta do berço 101, onde atualmente são disponíveis as tomadas

dos oleodutos de embarque de óleos vegetais; a capacidade estática

mínima deverá ser de 45.000t, considerando embarques médios de

30.000t por navio;

5. para carga geral solta – madeira e congelados – os berços 103 e

201 deverão atender satisfatoriamente a demanda, desde que

adotados procedimentos operacionais que elevem a produtividade

ora observada;

6. para produtos siderúrgicos – deverá ser utilizado o berço 201

para o descarregamento dos navios, enquanto se realizam as obras

para o atendimento de barcaças junto à ponte de acesso ao berço

301 (TERFRAN) previsto para operação a partir do ano de 2005.

A solução para o atendimento ao tráfego das barcaças com insumos para a

usina siderúrgica da Vega do Sul, em novo berço junto à ponte do

Terminal da Babitonga (TERFRAN) poderá implicar em dificuldades

operacionais para os berços vizinhos, como já mencionado, em

conseqüência do cruzamento com a linha ferroviária projetada para

transporte das bobinas e chapas de aço.

A proposição apresentada no PDZ aproveita as linhas lançadas para

atender ao transporte de trigo e fertilizantes descarregados no berço 401

minimizando esse conflito, como indicada no desenho.

A construção de terminal de uso privativo misto na Ponta das Laranjeiras,

fora da área do porto organizado, dedicado a movimentação dos produtos

siderúrgicos, deverá ser incentivada, resolvendo o conflito mencionado e

reduzindo o tráfego ferroviário nessa área da cidade.

O desenho dessa alternativa deverá ser objeto de estudo específico de

viabilidade técnica, a ser procedido por iniciativa dos interessados

No PDZ essa alternativa é apenas indicativa.

O desenho do PDZ de curto prazo mostra o arranjo físico proposto para as

diversas instalações, observando-se que as operações de granéis sólidos –

importação e exportação – concentram-se nos berços vizinhos 101 e 401,

na extremidade nordeste, enquanto que as operações de carga geral solta

são alocadas nos berços 103 e 201, restando as operações de contêineres

distribuídas em dois locais: o berço 102 e 501, obtido pelo aterramento do

espaço vizinho ao atual terminal da Babitonga ( TERFRAN), com 01 (um)

berço de atracação alinhado à direção das correntes e com área de cerca de

98.500m².

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PLANEE

JAMENTO EM

A construção do novo berço deverá ser antecedida por estudos

hidrológicos na área, com modelagem do comportamento das correntes e

dos fluxos de sedimentos.

O berço 301 (TERFRAN), mesmo palas condições de seu contrato de

arrendamento, permanecerá destinado à movimentação de produtos

florestais renováveis.

A possibilidade de manter essa configuração de curto prazo depende

diretamente da solução dos problemas de recalque observados no berço

102, decorrentes da sobrecarga dos guindastes sobre pneus MHC.

O rearranjo dos espaços destinados aos escritórios de administração e a

relocalização do portão de entrada ampliará a área de estocagem de

contêineres.

A proposta de acesso rodoviário interligando as vias de acesso da Bunge

Alimentos e da CIDASC, em desvio a partir da rodovia, cruzando em

viaduto o pátio de manobras ferroviário, resolve os conflitos observados

presentemente, inclusive o acesso aos armazéns e silos do terminal de

importação de granéis sólidos do berço 401.

A solução do portão de entrada e saída em um único ponto, com três

pontos de atendimento à entrada e outros três para saída, seguida de área

destinada à inspeção aduaneira nos contêineres para embarque e/ou

importados, eliminará o congestionamento de caminhões à espera de

atendimento, que se observa presentemente.

Os diversos terminais de carga geral e de contêineres nos berços 102, 103 e

201 serão acessados a partir dessa área de inspeção.

A solução do portão de entrada atende à necessidade de agilização dos

procedimentos de controle e licenciamento de ingresso e liberação

aduaneira e a centralização do endereçamento nos locais de estocagem.

Os escritórios da autoridade portuária deverão ser relocalizados em áreas

mais distantes da zona primária do porto e mais próximas do centro

urbano.

O berço 201 apresenta-se em novo alinhamento, passando a dispor de

armazém destinado à estocagem de trânsito de madeira e outras cargas,

garantindo continuidade operacional e maior produtividade.

O ordenamento proposto do espaço portuário elimina movimentos

horizontais desnecessários, possibilita melhor controle e maior

produtividade nas operações de estocagem e embarque e descarga da carga

geral.

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JAMENTO EM

O equipamento de pátio sugerido para a movimentação e empilhamento de

contêineres é o transtêiner ou pórticos móveis sobre pneus (RTG),

possibilitando o aumento da capacidade estática de estocagem.

Para garantir o atendimento da movimentação projetada, deverão ser

mantidos os prazos de franquia de armazenagem para os contêineres e a

carga geral de exportação e a remoção de todas as unidades vazias para

depósitos fora da zona primária.

O arranjo físico das pilhas de contêineres constante no desenho é apenas

indicativo, propondo-se, ainda, a adoção do empilhamento dos contêineres

refrigerados ou reefer, em quatro unidades de altura por seis de largura,

com acesso às ligações e monitoramento através de estruturas metálicas

adequadas,

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JAMENTO EM

Inserir desenho com a PDZ de curto prazo

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JAMENTO EM

PROPOSTAS DE

DESENVOLVIMENTO E

ZONEAMENTO DE MÉDIO

PRAZO

ara o médio prazo – 10 anos ou 2013 – a proposta pouco

difere do PDZ de curto prazo, em termos dos terminais de

granéis sólidos de exportação e carga geral solta. As

quantidades de berços permanecem as mesmas, necessitando-se de

aumento das capacidades de estocagem estáticas de trigo e fertilizantes,

pela introdução de novos equipamentos, em alternativa ao aumento de

quantidade de berços.

Para os contêineres, haverá a necessidade de aumento expressivo nas áreas

de estocagem, indicando-se a mudança dos tipos de equipamentos de

manuseio e empilhamento nos pátios, substituindo os reach stackers por

transtêineres, caso não tenham sido, ainda, introduzido no Plano de Curto

Prazo.

Os granéis líquidos demandarão a alocação de berço exclusivo, podendo

ser destinado um dos antigos berços de carga geral, sendo o berço 103 o

mais indicado, pois não ocasionará interferência nas áreas de estocagem de

contêineres do berço 102.

A carga geral será atendida pelos berços 201 e 301, este já arrendado à

TERFRAN (Terminal da Babitonga).

Capítulo

4

P

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Inserir desenho do PDZ de médio prazo

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JAMENTO EM

PROPOSTAS DE

DESENVOLVIMENTO E

ZONEAMENTO DE LONGO

PRAZO

o longo prazo haverá a necessidade de buscar novas áreas

para a expansão do porto, devendo ser estudadas as opções

de localização à jusante das instalações atuais, na Ponta do

Sumidouro ou em outro ponto próximo à foz do rio São Francisco do Sul,

ou os espaços vizinhos, na Ponta do Rabo Azedo.

As projeções de movimentação de contêineres indicam, desde o horizonte

de 15 anos, a necessidade de três berços operacionais, dotados de

equipamentos de alta produtividade, do tipo portêiner, com áreas de

estocagem mínimas da ordem de 150.000 metros quadrados, além dos

espaços destinados ao portão de entrada e saída, edifícios administrativos,

oficinas, etc.

Ressalte-se que o dimensionamento das necessidades de áreas de

estocagem considerou tempos bastante reduzidos de demora dos

contêineres nos pátios – apenas quatro dias nas exportações e dez dias nas

importações – e o armazenamento de pelo menos a metade dos vazios fora

do porto. A composição predominante das exportações e a grande

quantidade de unidades vazias completam o perfil atual da movimentação

em São Francisco do Sul.

A eventual mudança desse perfil poderá aumentar significativamente a

demanda de áreas de estocagem, o mesmo podendo acontecer por

alterações nas políticas de oferta dos serviços de armazenagem portuária

ou nos padrões de atendimento da liberação aduaneira. Portanto,

recomenda-se a avaliação de possibilidades de expansão, com maior

disponibilidade de áreas, de modo a concentrar e otimizar as operações de

movimentação de contêineres.

Capítulo

5

N

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JAMENTO EM

O desenvolvimento desses novos berços de contêineres deverá atender as

características dos novos navios que já freqüentam a costa brasileira, de

maior capacidade de transporte e maiores calados.

Nesta perspectiva, o complexo de terminais planejado deverá adquirir nova

concepção, configurando-se como um Centro Logístico Integrado, típico

da nova geração de instalações portuárias em implantação nas diversas

partes do mundo.

Por centro logístico entende-se a aglomeração ordenada de instalações e

serviços ofertados aos usuários para apoio aos fluxos de suprimento e

distribuição de mercadorias, com agregação de valor.

As atividades cobertas pelo conceito de centro logístico vão desde o

armazenamento das mercadorias em situações aduaneiras especiais –

EADI ou estações aduaneiras interiores, REDEX ou recintos de

desembaraço aduaneiro de exportação, plataformas industriais e outras –

até a prestação de serviços de apoio administrativo e gerencial dos

processos logísticos, abrangendo o rastreamento das cargas, a troca

eletrônica de dados (EDI), consolidação, ovação e desova, entre outras.

Evidentemente, a atividade de integração intermodal de transportes

destaca-se como a mais relevante, em decorrência da função básica do

conjunto de terminais que comporão esse complexo.

O desenvolvimento do Centro Logístico Integrado de Santa Catarina

deverá implicar em mudanças positivas profundas na organização espacial

do município de São Francisco do Sul, transferindo a maior parte das

instalações e atividades vinculadas ao apoio logístico para a nova região,

influindo diretamente em seu Plano Diretor.

Ao mesmo tempo, essa proposição aponta para a criação de novas

atividades no setor terciário, ao lado de diversas oportunidades de negócios

de agregação de valor com características industriais, tais como:

embalagem, reembalagem, classificação, montagem e outras.

De outro lado, possibilita o redirecionamento do trânsito de veículos de

cargas, a ser realizado em vias seletivas, independentemente dos veículos

leves e de passageiros.

A implantação dos novos terminais com as características propostas

exigirá, além de estudos locacionais considerando as necessidades de

abrigo, profundidades, disponibilidade de espaço e possibilidade de

acessos viários terrestre, a avaliação criteriosa de possíveis impactos

ambientais que poderão ser gerados tanto pelo desenvolvimento das

instalações quanto pelas operações a serem realizadas.

O desenho do Plano de Desenvolvimento e Zoneamento de Longo Prazo

contém, portanto, a proposição de expansão das instalações portuárias de

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JAMENTO EM

São Francisco do Sul fora do espaço atual, caminhando na direção da foz

do rio, ou, alternativamente, nas áreas vizinhas ao Morro da Bela Vista, na

Ponta do Rabo Azedo.

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Inserir desenho do PDZ de Longo Prazo

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JAMENTO EM

DIRETRIZES PARA OBTENÇÃO

DE RECURSOS

modelo brasileiro de reforma portuária que se vem

implementando desde a lei 8.630/93 aponta para a

participação intensiva de recursos privados no desenvolvimento portuário,

especialmente no que se convencionou denominar de super estrutura,

conceito que envolve tanto as instalações de estocagem quanto os

equipamentos de carregamento e descarregamento dos navios.

Para as instalações especiais destinadas à movimentação de granéis,

mesmo no caso de estarem localizadas na área do porto organizado,

entretanto, a tendência vem sendo a de buscar a participação do setor

privado inclusive para a construção da infra-estrutura de acostagem dos

navios, especialmente para instalações de uso privativo.

Assim, a principal diretriz para a obtenção de recursos para a

implementação das proposições do PDZ deverá ser a busca de parcerias

com a iniciativa privada para a execução dos investimentos em

armazenamento e movimentação das cargas, atendendo as necessidades

detectadas e ao interesse manifestado pelos empresários.

Para as necessidades de obras de acesso e abrigo, a diretriz adotada vem

sendo a dos investimentos serem de responsabilidade do poder público,

sejam eles gerados pela própria administração portuária ou obtidos através

de dotações orçamentárias federais ou estaduais.

Os procedimentos para a obtenção das parcerias privadas deverão contar

com a aprovação pela ANTAQ de Programa de Arrendamentos e a

realização de processos licitatórios regulares.

Capítulo

6

O

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CONSIDERAÇÔES FINAIS

Plano de Desenvolvimento e Zoneamento – PDZ deverá ser

considerado como instrumento valioso de gestão estratégica

da Autoridade Portuária, servindo não apenas como base de

orientação quanto à expansão futura das instalações como também como

forma de gerenciamento do uso e ocupação do solo portuário e de suas

relações com o meio ambiente natural e c0onstruido.

Dessa maneira, a gestão do desenvolvimento e zoneamento abrange a

expansão, conservação, ordenamento do espaço portuário.

Ademais, a forma como o planejamento estratégico de curto, médio e

longo prazo está estruturado internamente na organização faz diferença,

em termos de desempenho de longo prazo.

A instituição deve dispor de unidades e subunidades dedicadas ao

planejamento do desenvolvimento e zoneamento, em nível estratégico,

abrangendo:

O planejamento e o meio ambiente, desde as atividades de

planejamento físico ou de engenharia, a área de pesquisa de

mercado e o gerenciamento ambiental;

O gerenciamento de sistemas;

A área de projetos de instalações.

Essas atividades deverão compor as atribuições da unidade de

Planejamento e Meio Ambiente, constituindo, na prática, no órgão de

gestão do PDZ.

Ao diretor geral da autarquia incumbe a gestão estratégica, sendo que as

unidades dedicadas à essa área se integrarão em formato matricial à

estrutura organizacional, com fluxos de relações de trabalho multi laterais.

Capítulo

7

OD

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JAMENTO EM

Os métodos de coordenação deverão obedecer a mecanismos de

ajustamento participativo, cabendo ao gerenciador de projetos o papel de

facilitador do processo de planejamento.

Para que essa estrutura e processos alcancem o desempenho desejável para

o crescimento da organização, torna-se necessário que os Planos de

Desenvolvimento e Zoneamento adotem postura e filosofia integrada à

nova identidade institucional decorrente das transformações em curso no

modelo brasileiro de reforma portuária.

É necessário que as atividades de planejamento deixem de ser periódicas e

pontuais ou localizadas, passando a integrar de forma permanente a gestão

estratégica da organização.

O PDZ deve conter, na sua concepção, a conceituação adequada da missão

institucional, a visão de futuro, ou onde a Autoridade Portuária deseja

chegar, e do negócio a que está dedicada.

A gestão estratégica deverá contar com o PDZ como instrumento valioso

de orientação e monitoramento, ao invés de limitar-se a simples e

minuciosa comparação entre os projetos previstos e quantificados, com o

realizado.

O PDZ constitui-se, nesta perspectiva, em projeções físicas e operacionais

para a consecução do negócio da empresa nos horizontes propostos, tendo

em conta cenários e visão de futuro, passando a considerar, não apenas o

desenho físico futuro do porto, mas a organização espacial que leve em

conta o ordenamento do uso e ocupação do solo, considerando os fluxos de

carga do ponto de vista da tecnologia de manuseio e do desenvolvimento

das cadeias logísticas.

O aspecto de quantificação desses fluxos de carga, no novo contexto de

gestão estratégica do desenvolvimento do porto, passa a servir

praticamente, como dado de dimensionamento.

Na primeira fase, o PDZ deverá agregar ao Regulamento de Operações do

porto todos esses elementos, em termos conceituais, de modo a orientar,

adequadamente, os usuários e parceiros – operadores e arrendatários,

quanto à organização espacial e operacional que se pretende implementar

ao longo do tempo.

De forma prática, ao órgão de gestão do desenvolvimento e zoneamento da

Autoridade Portuária, na nova estrutura e em seu novo papel, incumbirá,

de forma permanente e entre outras atividades, a supervisão e aprovação

dos projetos de obras e instalações a serem desenvolvidos no recinto

portuário, de modo a que obedeçam, adequadamente, aos parâmetros e

especificações estabelecidos tendo em vista o uso e ocupação do solo

definidos no PDZ.

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