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Jornal Oficial da AAUM DIRECTOR: Vasco Leão DISTRIBUIÇÃO GRATUITA 197 / ANO 9 / SÉRIE 5 TERÇA-FEIRA, 05.NOV.13 academico.rum.pt facebook.com/jornal.academico twitter.com/jornalacademico ACADÉMICO EM PDF Imagens encontram-se em Braga Foi há 25 anos que os marcianos aterraram em Braga AAUM satisfeita com objetivos atingidos nas “quintas- feiras negras” “Há sempre espaço para toda a gente no judo da UMinho” campus campus desporto local

ACADÉMICO 197

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Page 1: ACADÉMICO 197

Jornal Oficial da AAUMDIRECTOR: Vasco LeãoDISTRIBUIÇÃO GRATUITA197 / ANO 9 / SÉRIE 5TERÇA-FEIRA, 05.NOV.13

academico.rum.pt facebook.com/jornal.academicotwitter.com/jornalacademico

ACADÉMICO EM PDF

Imagens encontram-se em Braga

Foi há 25 anos que os marcianos aterraram em Braga

AAUM satisfeita com objetivos atingidos nas “quintas- feiras negras”

“Há sempre espaço para toda a gente no judo da UMinho”

campus

campus desportolocal

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05.N

OV.13 // A

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NO PONTOEM ALTA EM BAIXO

Quintas-feiras negrasAs quintas-feiras negras marca-ram, sem sombra para dúvidas, a agenda mediática nacional. Apesar do timing no calendário escolar não ser o melhor, os es-tudantes souberam fazer passar a mensagem para o exterior. O país ficou mais sensível ao constante desinvestimento no ensino superior no nosso país. A população percebeu que os últi-mos anos têm sido trágicos para instituições de ensino. Não quei-ram fazer omoletes de qualidade com ovos estragados!

Sp. BragaUm clube com o historial re-cente do Sp. Braga não se pode dar ao “luxo” de perder quatro jogos consecutivos para o cam-peonato. A derrota caseira frente ao Rio Ave no passado fim de semana apenas ajudou a agudi-zar uma crise que parecia ter-se instalado na “pedreira”. Por en-tre lenços brancos e palavras de contestação, o senhor professor Jesualdo Ferreira parece ter ga-nho lugar na galeria de distintos treinadores que viu em José Pe-seiro o seu último reforço.

Ambição da UMINHOQuem lê a entrevista do reitor da Universidade do Minho ao ACA-DÉMICO consegue identificar uma linha de ação, no que toca à construção e requalificação de infra-estruturas, muito ativa. De destacar, claro está, a nova sede da AAUM, mas a novidade do centro aquático, da requalificação do campo de futebol do Gualtar e, ainda, a criação de mais um bar entre o CP II e o IEP. As ideias/projetos não faltam. Bastará ape-nas o dinheiro e/ou investimento externo?

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FICHA TÉCNICA // Jornal Oficial da Associação Académica da Universidade do Minho. // Terça-feira, 05 Novembro 2013 / N197 / Ano 09 / Série 5 // DIRECÇÃO: Vasco Leão // EDIÇÃO: Daniel Vieira da Silva // REDACÇÃO: Adriana Carvalho, Adriana Couto, Alexandre Rocha , ana Pinheiro, Ana Rita Carvalho, bárbara Araújo, Bárbara martins, Bruno Fernandes, Catarina Hilário, Cátia Silva, César Carvalho, Clara Ferreira, Cláudia Fernandes, Daniel mota, Dinis Gomes, Diogo Pardal, Francisco Gonçalves, Inês Carrola, Joana Videira, João Araújo, João Pereira, Judite Rodrigues, Marta Roda, márcia Pereira e Sara Ferreira, Sara Silva, Tomás soveral. // COLABORADORES: Elsa Moura e José Reis // GRAFISMO: gen // PAGINAÇÃO: Daniel Vieira da Silva // MORADA: Rua Francisco Machado Owen, 4710 Braga // E-MAIL: [email protected] //TIRAGEM: 2000 exemplares // IMPRESSÃO: GráficaAmares // Depósito legal nº 341802/12

MORADA RUA D. PEDRO V, 88 4710 BRAGA

TEL. (+351) 253 273 359 @ [email protected]

www WWW.AAUM.COM

REUNIÃO GERAL DE ALUNOS ORDINÁRIA

CONVOCAM-SE TODOS OS ALUNOS DA UNIVERSIDADE DO MINHO

De acordo com o disposto no artigo 31º dos Estatutos da Associação Académica da Universidade do Minho, venho por este meio convocar todos os alunos da Universidade do Minho a participar na Reunião Geral de Alunos Ordinária, que irá ter lugar no dia 06 de novembro (quarta-feira), pelas 16h30, no Campus de Azurém, com a seguinte ordem de trabalhos:

1. Informações; 2. Aprovação da Ata da Reunião Geral de Alunos anterior; 3. Determinação do Calendário Eleitoral para a eleição dos órgãos de Governo da

AAUM; 4. Eleição da Comissão Eleitoral; 5. Discussão e votação do Regimento da Reunião Geral de Alunos; 6. Outros Assuntos.

Não estando reunido quórum à hora marcada, a Reunião Geral de Alunos será marcada para 30 minutos mais tarde.

O auditório onde se realizará a RGA será divulgado nos próximos dias.

Mais se informa que o transporte entre campi é gratuito e que qualquer dúvida pode ser esclarecida nos Gabinetes de Apoio aos Alunos.

Braga, 30 de outubro de 2013,

O Presidente da Mesa da Reunião Geral de Alunos,

Diogo Teles

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PÁGINA 03 // 05.NOV.13// ACADÉMICO

LOCAL

imagens encontraram-se em bragaINÊS CARROLA

[email protected]

SARA feRReIRA

[email protected]

No dia 29 de outubro fecha-ram-se os Encontros da Ima-gem 2013, o Festival Inter-nacional de Fotografia, que decorreu na cidade e Braga. Mais de 30 mil pessoas visi-taram este festival. Este foi o único projeto de fotografia aprovado a nível nacional, que teve um apoio monetá-rio de cerca de 63 mil euros por parte da dgARTES, con-

tou também com o apoio da Câmara Municipal de Braga e da empresa DST. Estes pa-trocínios permitiram alcan-çar um orçamento que ron-dou os 100 mil euros e que foi devidamente gerido, o que proporcionou o sucesso deste festival da fotografia. O projeto foi fundado em 1987, sendo considerado, logo à partida, parte do programa cultural de Bra-ga. Este ano, as exposições estiveram espalhadas pela cidade de Braga desde 13 de setembro até ao final do mês de outubro estando ex-postas várias obras, da auto-ria de diferentes fotógrafos, com um elo de ligação: o

elogio ao amor. Uma vez mais, a atribuição do prémio Emergentes DST foi um dos momentos altos do festival. Ângela Ferrei-ra, diretora dos Encontros da Imagem sublinhou a importância do prémio e do número de candidatu-ras reunidas: “Reuniram-se cerca de 400 candidaturas o que vem a fomentar não só a produção e a divulgação da fotografia nacional como também estimular a prática e celebrar festivamente a en-trega de um prémio já de re-conhecido mérito”, explicou a diretora. Depois do balanço, tempo para se perspetivar o fu-

-se com a apresentação do tema para o próximo ano: Fé e Crença. Ângela Ferrei-ra sublinha o interesse deste tema nos dias que correm “Numa altura em que a es-perança se vai diluíndo, cre-mos que, numa terra como esta, a fé e a esperança serão importantes (...) descons-truir para reconstruir!”. No último “encontro da ima-gem” deste ano foi defendi-da a importância da cultura a nível nacional: “Quanto mais dermos à educação e à cultura, estamos a criar uma melhor sociedade”. Por isso mesmo, os Encontros da Imagem voltarão a Braga em 2014.

turo. Aí, Ângela Ferreira, sublinha a instalação, na antiga estação dos cami-nhos de ferro, em Braga, de uma escola dos Encontros da Imagem. “Isto represen-ta uma oportunidade para fortalecer as expetativas em termos de educação e de in-formação”, destacou. Elogiando os Encontros da Imagem como tendo “um património e uma herança já segura”, a diretora do pro-jeto acredita que estão reu-nidas as condições para a oferta de um ensino de qua-lidade, permitindo assim a formação do público. A edição dos Encontros da Imagem de 2013 encerrou-

DR

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PÁGINA 04 // 05.NOV.13 // ACADÉMICO

foi há 25 anos que os marcianos aterraram em bragamáRCIA peReIRA

[email protected]

Foi há vinte e cinco anos, em 1988, que a Rádio Bra-ga prestou homenagem a Orson Welles, recriando o teatro radiofónico baseado na peça “A Guerra dos Mun-dos”, que já causara o pâni-co cinquenta anos antes em Nova Iorque e noutras cida-des estrangeiras ao longo dos anos. Em Braga, o teatro consistiu na interrupção da emissão do programa habitual da rá-dio, para se fazer o anúncio de que tinham sido avista-das naves extraterrestres num campo de cultivo em Vila Verde. O relato (mesmo previamen-te anunciado nos jornais) causou o pânico no distrito de Braga, dezenas de pesso-as fugiram das suas casas, os bombeiros foram chama-dos e até a Guarda Nacional Republicana foi mobilizada para fazer revista ao local. No final do programa, os lo-cutores explicaram o objeti-vo da temática realizada e os

ânimos acalmaram passado umas horas. Contudo, devi-do ao descontentamento da população em relação aos responsáveis pelo progra-ma, estes ainda permanece-ram fechados no edifício da rádio umas horas até todos os conflitos estarem resol-vidos. Assim, no âmbito do vigési-mo quinto aniversário deste acontecimento, realizou-se nos dias 30 e 31 de outubro uma exposição na entrada do Instituto de Ciências So-ciais (ICS) da Universidade

do Minho, onde estiveram afixadas cópias dos jornais dos dias que antecederam à emissão do programa (onde se avisava da ocorrência do mesmo) e dos dias seguin-tes aos acontecimentos e ao pânico. A exposição contava com cópias de exemplares da imprensa local, como o Cor-reio do Minho e da impren-sa nacional, como o jornal Expresso, O Primeiro de janeiro, Jornal de Notícias e Diário de Lisboa. Visto ser um assunto que

CAMPUS

foi divulgado à escala in-ternacional, também se en-contravam expostas cópias da imprensa internacional, como os jornais Faro de Vigo (espanhol), Frankfur-ter Allgemeine Zeitung (alemão), South China Morning Post (República Popular da China), Le Der-nière Heure (francês), Time (revista dos Estados Unidos da América), O Globo (bra-sileiro) e o jornal Republica Dominicana. No ICS era ainda possível ouvir a emissão de há vinte

e cinco anos atrás. O mes-mo se passou na Rádio Uni-versitária do Minho (RUM), que fez questão de marcar também este aniversário. A RUM surpreendeu os ouvintes com essa mesma emissão de há 25 anos, alte-rou um pouco a sua progra-mação habitual e debateu, com os intervenientes da data e os professores Luís Santos e Madalena Oliveira o impacto e consequências deste acontecimento que ainda hoje é recordado na cidade de Braga.

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CAMPUSPÁGINA 05 // 05.NOV.13 // ACADÉMICO

CáTIA SILVA

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Depois da primeira colheita de sangue deste ano letivo ter decorrido em Gualtar, chegou a vez de Azurém. Foi no passado dia 30 de ou-tubro que se realizou mais uma iniciativa “Dádivas de Sangue” e, uma vez mais, com um resultado positivo.A atividade organizada pe-los Serviços de Ação Social e pela Associação Académica da Universidade do Minho, contando com a cooperação do Centro de Histocompa-tibilidade da Região Norte e do Instituto Português do Sangue, visa a dádiva de sangue bem como a recolha do mesmo para análise de medula óssea.Esta decorre de meio em meio ano, repartidas por

dANIeL VIeIRA dA SILVA

[email protected]

Associação Académica da Universidade do Minho (AAUM) com resultado po-sitivo líquido nas suas con-tas, mas o Enterro da Gata com prejuízo alguns anos depois.Foi este um dos pontos de destaque da Reunião Geral de Alunos da passada sema-na, no campus de Azurém, onde a AAUM sublinhou a natural contenção de custos que vai pautar as suas ações no que toca às despesas nas atividades que organiza.Carlos Videira, presidente da instituição, lembrou que a AAUM não é alheia à crise financeira que assola o país, mas fez questão de enalte-

cer a forma como o Enter-ro da Gata deve ser visto, apesar do prejuízo a rondar os 16 mil euros: “A AAUM não é alheia à conjuntu-ra socio-económica muito complicada em que estamos inseridos e, certamente, os estudantes também não o estão. Para nós, as ativida-des do departamento recre-ativo e, nomeadamente, o Enterro da Gata, não são um negócio, são um serviço e uma atividade que fazemos para os estudantes e que são importantes fazer num qua-dro de sustentabilidade e responsabilidade mas onde, acima de tudo, é importante preservar aspectos este ano atingidos, como é o exemplo do reforço de policiamento, qualidade de transportes e

de organização”.Carlos Videira lembra, con-tudo, uma condição que quiseram manter na edi-ção deste ano do Enterro da Gata. “Entendemos que, acima de tudo, o preço do bilhete teria de ser o mais inclusivo possível para que o menor número de alunos fique sem a possibilidade de ir a estas iniciativas porque o peso das suas carteiras as-sim não o permite. Agora, temos é de perceber que a realidade está a mudar e os resultados apresentados são diferentes dos apresentados há dois ou três anos”, referiu o estudante.

AAUM admite repensar ati-vidadesPara Carlos Videira há uma

balanço positivo em mais uma recolha de dádivas de sangue

de, a ausentar-se das suas atividades profissionais, a fim de dar sangue, pelo tempo considerado necessá-rio para o efeito, bem como a um seguro de dador.O balanço deste ano civil

é, assim, positivo, com 870 dadores inscritos e 203 reco-lhas de sangue para análise de medula.A próxima campanha de-corre em abril, em dias ain-da por definir.

duas colheitas em cada iniciativa, uma no pólo de Gualtar, e outra no de Azu-rém.As dádivas, que há algum tempo atrás tiveram um de-créscimo significativo, mui-to por culpa dos cortes que o governo fez aos benefícios daqueles que se tornavam dadores inscritos, voltou aos resultados positivos. Nesta última iniciativa consegui-ram-se 149 dadores inscri-tos e 36 recolhas de sangue para análise de medula. A recolha deu-se no hall da Escola de Engenharia e em duas unidades móveis, entre as 9h30 e as 19h00. Assim, e uma vez mais, a UMinho contribuiu para as reservas de sangue do IPS e para a base de dados de da-dores de Medula.A iniciativa decorre há mais de dez anos e esta é a insti-tuição de ensino superior

que lidera o ranking nacio-nal de dadores inscritos. Quem é dador adquire al-guns direitos, tais como, a isenção de taxas moderado-ras no acesso às prestações do Serviço Nacional de Saú-

aaum com saldo positivo nas contas, mas enterro dá prejuízo

justificação na quebra nas contas da atividade mais mediática da AAUM: “Fo-ram 16 mil euros negativos, apesar de neste valor não estar totalmente alocado o valor do contrato com a cer-vejeira que, normalmente, é direcionado para este tipo de atividades. É uma quebra em relação ao ano passado, mas não é uma quebra tão grande como a do ano pas-sado relativamente ao ano de 2011”, avanou o presiden-te da AAUM.Ainda assim esta é uma quebra justificada pelas quebras de consumo e ren-dimentos a nível nacional e, por isso, houve necessidade de nos adaptarmos a essa re-alidade”, assume o presiden-te da AAUM que lembrou

que, agora, a instituição que preside tem de repensar de uma forma racional e mais criteriosa as opções e gastos: “Há todo um processo de revisão daquilo que é a for-ma como e que atividades fazemos que tem de ser le-vado com grande seriedade e cuidado, à semelhança de todo o tecido empresarial, económico e financeiro no país. Felizmente na AAUM temos encontrado soluções para manter essa sustenta-bilidade e, no relatório com referência a 30 de setembro, continuamos a apresentar um saldo líquido positivo. Isso é algo que nos faz es-tar de consciência tranqui-la”, conclui o representante máximo dos estudantes na academia minhota.

Dicas

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fRANCISCO GONÇALVeS

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No passado dia 29 de outu-bro, o Auditório Nobre da Escola de Direito da Univer-sidade do Minho (EDUM) recebeu a apresentação da “Carta dos Direitos Funda-mentais da União Europeia Comentada”, coordenada por Alessandra Silveira, diretora do Centro de Es-tudos em Direito da União Europeia (CEDU) e por Ma-riana Canotilho, docente da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra. Esta iniciativa foi promovi-da pelo CEDU em parceria com o Gabinete do Parla-mento Europeu em Portu-

SARA SILVA

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Realizam-se esta semana, no Instituto de Ciências So-ciais (ICS), as eleições para os órgãos sociais do Grupo de Alunos de Ciências da Comunicação da Universi-dade do Minho (GACCUM), grupo que visa “representar e defender os alunos” do curso, bem como organizar visitas de estudo, workshops e ações socias com ele rela-cionadas.Embora unidas, candida-tam-se a esta associação três listas, cada uma das quais a um órgão do grupo: a lista A, encabeçada por Bárbara Martins, candidata--se à direção; a lista B, enca-beçada por André Malheiro, ao Conselho Fiscal e a lista

C, que tem Carla Pinho como cabeça de lista, à As-sembleia Geral. Em declarações ao ACADÉ-MICO, Bárbara Martins, candidata à presidência do GACCUM diz considerar a sua lista “uma lista de ino-vação e mudança”, tendo já “em mente uma imensidão de projetos novos”, embora queira “dar continuidade a alguns projetos que foram

iniciados no ano passado (tal como o gabinete de apoio aos alunos Erasmus) desenvolvendo-os de forma a ficarem cada vez melho-res e mais funcionais”. Uma das principais pretensões é ainda, segundo esta candi-data, “conseguir parcerias e protocolos com organiza-ções ligadas às três áreas do curso de forma a auxiliar o contacto dos alunos com o

mercado de trabalho”, o que julga essencial na situação económica atual. “Temos vontade de trabalhar e de fazer o melhor do que já foi feito até hoje” declarou. A lista pretende também a dinamização das XVII Jor-nadas de Comunicação que serão “o ponto alto do man-dato”, de acordo com André Malheiro, candidato que afirma ainda: “União é uma

das palavras-chave da nossa campanha, pois achamos que só todos unidos conse-guimos levar o GACCUM longe!”.Seguindo essa mesma li-nha de pensamento, Carla Pinho apela também a que os sócios do GACCUM as-sumam “um papel mais ativo”, participando nas as-sembleias gerais. “É impor-tante que os sócios falem e digam o que gostavam que fosse feito”, pois, “afinal o GACCUM é feito para eles” afirmou. À semelhança, Bárbara Martins finalizou a entrevista, demonstran-do a importância que dá à colaboração de todos: “É essencial que os alunos vo-tem, porque, tal como diz Bernardo Limas, um colega de lista, votar é comunicar!”

cedu apresenta obra de iniciativa pioneiracada pela crise. Para Mário Monte, esta é “uma obra de inegável mérito, com matérias incontornáveis ao nível da UE e com a parti-cipação de comentaristas de renome”. Referiu ainda que este é um exemplo do papel de relevo que o CEDU tem desempenhado, não só no seio da UM como em todo o país e “cada vez mais ao nível europeu”, no que se refere ao estudo dos direitos da UE. Segundo o diretor da EDUM, tudo isto se deve ao entusiasmo e à “militância” dos especialistas da Escola em fazer frente às dificulda-des que se lhes impõem. A iniciativa contou ainda com a participação de reda-

tores da CDFUE, entre os quais Pedro Bacelar de Vas-concelos, constitucionalista, docente da UM e um dos integrantes da presidência da Convenção da CDFUE em 2000, e Joana Marques Vidal, Procuradora-Geral da República, que lembrou a importância dos poderes dos tribunais na defesa dos direitos fundamentais e ain-da que «é em tempos de tur-bulência que se torna mais importante não nos esque-cermos da essência da dig-nidade da pessoa humana». No final, houve ainda um debate com a participação dos eurodeputados Paulo Rangel (PSD), Nuno Melo (CDS) e Marisa Matias (BE).

gal, e no âmbito da Cátedra Jean Monet atribuída em 2012 a Alessandra Silveira. A Carta dos Direitos Funda-mentais da União Europeia (CDFUE) foi elaborada por uma Convenção criada pela UE que reuniu represen-tantes dos, então, quinze Estados-Membros, sendo adotada enquanto texto de referência em dezembro de 2000 pelas instituições eu-ropeias. O projeto agora apresenta-do, que contou com a cola-boração de cinquenta e oito comentaristas e que se in-sere no âmbito do Ano Eu-ropeu do Cidadão, constitui uma iniciativa pioneira em língua portuguesa.

O evento dividiu-se em vá-rios momentos, iniciando--se com uma sessão de boas--vindas que contou com a presença de Mário Monte, presidente da EDUM, Pe-dro Valente da Silva, chefe do gabinete do Parlamento Europeu em Portugal e Gra-ciete Dias, vice-reitora da UM. Nesta sessão, Alessan-dra Silveira realçou a impor-tância da obra como “ferra-menta de apoio aos juristas e a intérpretes das normas europeias” frisando que, na situação europeia atual, existe “um grande equívoco na interpretação destas nor-mas devido à dificuldade de integração dos cidadãos eu-ropeus” numa Europa mar-

gaccum vai a votos esta semana

CAMPUSPÁGINA 06 // 05.NOV.13 // ACADÉMICO

GACCUM

Lista concorre para os três

órgãos do GACCUM

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CAMPUSPÁGINA 07 // 05.NOV.13 // ACADÉMICO

ANA RITA mAGALhãeS

[email protected]

Decorreu na passada quar-ta-feira, o terceiro e últi-mo casting do University Fashion’13.Neste último momento de seleção na atividade organi-zada pela Associação Aca-démica da Universidade do Minho (AAUM), foram apurados os grandes fina-listas que irão desfilar na gala final, a 13 de novembro, no campus de Azurém. Em comparação com o ano pas-sado, segundo o vice-presi-dente do departamento de empreendedorismo e saídas profissionais da AAUM, Da-niel Oliveira, existem várias melhorias “como o facto de, este ano, podermos ter a

agência de modelos [OPor-to Models & Events] que irá dar o agenciamento aos vencedores”. Por outro lado, houve um decréscimo no número de participantes, o que, para Daniel, se deve à timidez e receio de dar os primeiros passos, algo as-sociado ao tema deste ano: “Superstitious”. A diversidade de cursos onde se inserem os finalis-tas apurados demonstra que a Universidade do Minho tem talento em diversas áre-as. As finalistas femininas são: Susana Martins (Esta-tística Aplicada), Nilce Pei-xoto (Línguas Aplicadas), Ana Filipa Barros (Sociolo-gia), Sara Ferreira (Estudos portugueses e lusófonos) e Sara Cardoso (Engenharia

Mecânica). Do lado mas-culino temos: Pericles Jair (MIEGI), Paulo Oliveira (Marketing), Luís Esteves (Enfermagem), João Ferrei-ra (Programa Doutoral em Engenharia de Sistemas) e Jorge Carvalho (Engenharia Eletrónica).

Uma oportunidade para alu-nos de vários cursosA Gala Final decorrerá na nave da Escola de Engenha-ria. A data foi marcada para uma quarta-feira “para que os estudantes façam deste momento uma parte da sua noite académica”, sublinha Daniel Oliveira. Este ano a AAUM dá, também, uma grande oportunidade aos alunos do curso de Design e Marketing de Moda: “Envol-

vemos alunos de Mestrado de Comunicação de Moda na produção do evento, para que possam ganhar experi-ência nestes eventos e deci-dimos mostrar mais vestuá-rio produzido por alunos de DMM”, revela Daniel.Com esta atividade a AAUM pretende promover o traba-lho e competências dos alu-nos, visto que, “os alunos finalistas de licenciatura de DMM poderão divulgar os seus trabalhos (…) e os alunos do 2º ano do mes-mo curso poderão ganhar experiência no backstage da Gala Final”. Os alunos do 2º ano de Mestrado de Comu-nicação de Moda também farão parte do evento “ten-do cargos com responsabi-lidade que são muito rela-

cionados com a sua área de interesse do futuro, o que os motiva e os faz ganhar mais experiência”, afirma Daniel. Além disso, a vencedor do concurso AAUMTV VJ Cas-tings será a apresentadora da Gala Final e os finalistas que estão interessados em serem agenciados irão ter uma enorme divulgação do seu talento.Esta é, portanto, uma ati-vidade para os estudantes e feita pelos estudantes. Para os participantes, “este evento que será uma mais--valia para o seu futuro, seja através da experiência que ganham, da sua divulgação, e dos certificados que rece-bem para o enriquecimento do seu currículo”, conclui Daniel Oliveira.

university fashion ’13 encontra talentos escondidos na uminho

báRbARA mARTINS

[email protected]

No passado dia 29 de ou-tubro, a Escola Superior de Enfermagem (ESE) da Universidade do Minho ce-lebrou os seus 101 anos de existência. Momentos mu-sicais, entregas de prémios e oportunidades de apren-dizagem não faltaram nesta celebração.Isabel Lage, presidente da ESE, discursou durante a cerimónia juntamente com o reitor António Cunha e a presidente da Associação de Estudantes da ESE, Paula Alves. “A Escola de Enfer-magem é uma escola com uma identidade própria, não só pela sua história secular, mas também pela matriz que advém da sua natureza

e área”, disse Isabel Lage, revelando-se satisfeita com o trabalho desenvolvido até à data pela ESE. “A Escola cumpre com o seu papel, aliando a sua tradição histó-rica a um esforço crescente de uma conceção da educa-ção que pretende compro-meter os seus licenciados com a excelência, sem per-der de vista o humanismo

e o respeito intransigente pelo valor da condição hu-mana”, acrescentou. A ESE da Universidade do Minho, que foi fundada em 1912, é tomada como sendo uma marca da En-fermagem no que toca ao ensino. A mesma já foi pre-miada pelo Conselho Ibero--Americano em Honra da Qualidade Educativa, pela

Organização das Américas para a Excelência Educativa e pelo Município de Braga. Mostrando-se orgulhosa da sua escola, a presidente pro-feriu: “ (este ano) fomos a escola mais procurada a ní-vel de Portugal continental, seguida de Lisboa e Porto”. Ao terminar o seu discurso, a presidente da ESE deixou uma mensagem a todos os que fazem parte da comu-nidade da escola: “É impor-tante que cuidemos mais da nossa permanente atualiza-ção, da nossa cultura cien-tífica, da nossa preparação técnica, que façamos um aproveitamento mais cabal da nossa qualificação e das nossas competências, sendo cada vez mais fundamental o empenho e que cada um de nós, ativamente, contri-

bua para que a escola seja cada vez melhor”.

Reitor quer construir a ESE durante este mandato

A criação das instalações de-finitivas da ESE no campus de Gualtar, perto da Escola de Ciências da Saúde e do novo hospital é um projeto antigo. Este projeto tem sido sucessivamente adiado devi-do à falta de financiamento para o mesmo. No entanto, o reitor da Universidade do Minho afirmou que acre-dita que este projeto será concretizável até ao final do seu mandato, apesar de ser necessário fazer algumas alterações ao projeto inicial. Neste momento, a UMinho continua à procura de fi-nanciamento para esta obra.

101 anos na história da enfermagem na uminho alimentados pelo sonho da nova escola até 2017

DR

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CAMPUSPÁGINA 08 // 05.NOV.13 //ACADÉMICO

aaum satisfeita com os objetivos atingidos nas “quintas- feiras negras”fRANCISCO GONÇALVeS

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No passado dia 31 de outu-bro terminou o calendário de protesto intitulado “quin-tas-feiras negras no Ensino Superior”.Esta iniciativa, que procu-rava chamar a atenção dos governantes e opinião pú-blica para os problemas que afetam o Ensino Superior, aprovada no último Encon-tro Nacional de Direções Associativas (ENDA), que reuniu presidentes de asso-ciações académicas de todo o país, visava a realização de diversas ações de protesto todas as quintas-feiras do passado mês de outubro.De norte a sul do país, vá-rias foram as iniciativas promovidas pelas diversas associações estudantis, que reuniram centenas de alunos em defesa de me-lhores condições no ensi-no superior, procurando consciencializar a opinião pública acerca das enormes dificuldades pelas quais os alunos atravessam atu-almente. Porto, Coimbra e Lisboa foram algumas das cidades que viram as suas ruas cobrirem-se de negro à passagem dos estudantes envergando os respetivos trajes académicos.

Carlos Videira faz balanço “extremamente positivo”

A Associação Académica da Universidade do Minho (AAUM) não foi exceção e aliou-se também a esta iniciativa, organizando di-versas ações de protesto em Braga e Guimarães. Ape-sar das críticas dirigidas à associação minhota por parte do movimento AGIR no que respeita à escassez de divulgação das diversas iniciativas, Carlos Videira faz um balanço global “ex-tremamente positivo”. Em entrevista ao ACADÉMICO, o presidente da AAUM afir-ma que os principais obje-tivos desta iniciativa foram

efetivamente alcançados: “em primeiro lugar, mar-car a agenda mediática (…) como comprovam as notí-cias que vieram a público na comunicação social. Em se-gundo lugar, chamar a aten-ção quer da sociedade civil, quer dos agentes políticos, para aquilo que nós acha-mos que são os temas mais urgentes e mais premen-tes.” Nas palavras de Carlos Videira, “em termos práti-cos, há algumas vitórias que foram conquistadas” real-çando que, “ao fim de dois anos depois da queixa da AAUM ter sido apresenta-da”, a recomendação do Pro-vedor de Justiça à tutela “foi um passo muito importan-te”, uma vez que esta “terá de responder num prazo de sessenta dias, tomando uma posição sobre todas aquelas questões, nomeadamente a questão das dívidas contri-butivas e tributárias” que, segundo o dirigente minho-to, reúne, hoje, um “largo consenso na sociedade civil e em todos os agentes do ensino superior”. Carlos Videira realça ainda as evo-luções positivas ao nível das relações com a tutela, nome-adamente com a mudança de titular na Secretaria de Estado do Ensino Superior, que tem assegurado uma “periodicidade mensal de reuniões”, e com a apresen-tação, por parte do próprio Ministro da Educação e Ciência, de algumas reso-luções que vão ao encontro

das reivindicações dos estu-dantes, “que certamente não chegam, mas que são um primeiro passo”, afirma. Algumas dessas resoluções foram enunciadas por Car-los Videira como “o reforço das verbas para a ação social escolar, no âmbito do pro-grama «Garantia Jovem», programa financiado por fundos europeus”, verbas que serão aplicadas a um “programa de combate ao abandono escolar, quer de deteção precoce das dificul-dades dos estudantes que estão neste momento no en-sino superior, quer de rein-gressos de alunos que aca-baram por sair sem concluir o seu curso, e que têm agora condições mais vantajosas de concluir a sua forma-ção”. Por outro lado, houve, ainda, uma abertura para alterações regulamentares no processo de atribuição de bolsas de estudo, “que fica-ram de ser apresentadas até ao final de novembro para que pudessem ser discuti-das e postas em prática no final do mês de dezembro”. Carlos Videira refere, no entanto, que “o movimen-to associativo continuará a fazer pressão ao longo do mês de novembro para que estas promessas se materia-lizem”. Além disso, defende que estas «quintas-feiras negras» foram realizadas no “timing certo”, porque, jus-tifica, atravessamos “uma fase em que se começa a construir um discurso mui-

sociedade para que surjam soluções para a melhoria do mesmo”. Sobre a atuação da AAUM neste protesto e o que poderia ter sido feito, a aluna afirma que nada tem a acrescentar. “Sou de Enfermagem e, por isso, não estou em Gualtar, mas a AAUM dirigiu-se aos Congregados, para que os alunos de Enfermagem e Música tivessem acesso ao protesto”, referindo-se à ati-vidade realizada a 17 de ou-tubro, na Avenida Central, em Braga. A mesma opinião é parti-lhada por Bárbara Guima-rães, aluna do 2º ano de Sociologia, no que concerne à realização destas ações de protesto: “Este género de ações são bastante apelati-vas para todos os alunos e de uma relevância incom-parável”, e justifica: “o nos-so ensino superior está a sofrer represálias incomuns no meio deste caos em que se encontra o nosso país e é necessário consciencia-lizar as pessoas para esse facto”. Confessa, no entanto, não estar muito por dentro do assunto e não ter tido acesso “direto e presencial” às 20 respostas sugeridas para um ensino superior melhor, mas considera que “a AAUM fez aquilo que estava ao seu alcance para divulgar o projeto e envolver a comunidade académica”.

to perigoso na sociedade, de que a formação superior não compensa e de que ficaram oito mil vagas por preen-cher no concurso nacional de acesso”.Questionado sobre os mé-todos utilizados para dar forma a este protesto, Car-los Videira relembrou que a atual Secretaria de Estado “ouve os alunos e está dis-posta a mudar algumas coi-sas” e ainda que essa “mu-dança de postura acarreta algumas responsabilidades da parte dos estudantes” pelo que, defende, “nesta fase, a via preferencial é apresentando argumentos e defendendo ideias com to-dos os agentes”.

Opinião dos estudantes mi-nhotos

O ACADÉMICO inquiriu alguns alunos da Universi-dade do Minho (UM) quan-to à sua opinião relativa-mente a esta iniciativa. Para Sónia Matos, aluna do 1º ano de Enfermagem, este calendário de protesto foi muito interessante e acres-centa que, “de uma forma geral, este género de ações é extremamente necessá-rio para alertar e informar todas as pessoas acerca dos problemas existentes no Ensino Superior” realçan-do também a importância da “consciencialização da

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INQUÉRITO

Apesar do acidente, José diz sentir-se seguro. “Todos nós respeitamos as medidas e levamos a cabo os procedi-mentos de segurança”. O jo-vem explicou ao ACADÉMI-CO que os problemas que causaram o desastre nos la-boratórios foram de origem técnica, como problemas de eletricidade e dos sistemas de iluminação, nada que ti-vesse a ver com elementos químicos. Salientou tam-bém que a universidade en-contra-se preparada, e, para casos como este, a UMinho tem um plano de emergên-cia apresentado logo nas pri-meiras aulas, contudo, nem toda a gente frequenta la-boratórios para o conhecer. Visto que não existiram ne-nhumas notificações dadas, o estudante irá manter o seu comportamento dentro do laboratório, até porque “não há explosões a toda a hora”.

Ana Barbosa não se encon-tra preocupada com o pas-sado acidente, mas já não se sente totalmente segura como inicialmente. A estu-dante de Bioquímica sabe da existência do plano de emergência, mas acha que, para este tipo de problema, “tendo em conta a hora a que aconteceu, a forma como aconteceu, um plano de emergência não serviria de nada”. A jovem aconselha um maior cuidado com a instalação elétrica, de modo a evitar curto-circuitos, como neste caso, ou outro tipo de acidentes, em futu-ras ocasiões. Ana sabe que a culpa não foi de nenhum reagente químico, portan-to não irá alterar os seus comportamentos dentro das salas nem tomar algum cui-dado especial daqui para a frente.

Confrontada com tal even-to, Ângela afirmou que “há motivo de preocupação. Uma explosão não é pro-priamente uma coisa nor-mal”. Contudo, a estudante sente-se segura nos depar-tamentos de Química, pois acredita que para melhorar e prevenir situações futuras, se irá redobrar a segurança. A aluna, de modo a evitar outros incidentes, irá ter ou-tros cuidados futuramente, apesar de não ter sido cha-mada à atenção para tal. O plano de emergência, para a Ângela Vilas Boas, é muito importante, e a sua ausên-cia seria algo totalmente grave.

Perante os últimos aconteci-mentos, o jovem contou ao ACADÉMICO que se sente seguro nos departamentos de Química e que, apesar de não saber a forma como o problema está a ser trata-do, confia nas pessoas que se encontram a resolvê-lo. Sobre o plano de emergên-cia, o aluno de Bioquímica não sabe da sua existência, mas conta com ela. A possí-vel ausência deste elemento numa universidade é con-siderada pelo “caloiro” algo muito grave. O aluno da UMinho também afirmou que se sente seguro, e que para evitar futuros proble-mas, se devem respeitar normas de segurança e haver “mais cuidados das pessoas que trabalham nos laboratórios”. Apesar de não ter recebido nenhuma cha-mada de atenção para este ponto, Duarte irá ter um comportamento cuidadoso, como sempre teve até ao momento.

ANA BARBOSA3º ANO//

BIOQUíMICA

âNGELA VILAS BOAS1º ANO //

CIêNCIAS DO AMBIENTE

DUARTE OLIVEIRA1º ANO //

BIOQUíMICA

jORGe NICOLAu

[email protected]

mARTA ROdA

[email protected]

Depois da explosão no passado sábado no departamento de Química, a segurança foi colocada em causa na UMinho. Vês algum motivo de procupação?

No passado domingo, 27 de outubro, ocorreu uma grande explosão num dos laboratórios do departamento de Química, na Universidade do Minho. Felizmente, não se encontrava ninguém dentro do edifício, mas a situação foi trabalhosa para os bombeiros e técnicos envolvidos durante essa agitada madrugada.

O ACADÉMICO esteve à conversa com alunos que frequentam os edifícios e questionou-os acerca de como se sentem quanto ao que se passou, perguntando a sua opinião sobre o sucedido e se acham que se encontram em segurança para futuras ameaças.

JOSÉ COUTO2º ANO//QUíMICA

Depois da explosão no passado sábado no departamento de Química, a segurança foi colocada em causa na UMinho. Vês algum motivo de procupação?

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PÁGINA 10 // 29.OUT.13 // ACADÉMICO

a Universidade do Minho é a melhor universidade por-tuguesa.Portanto, a universidade deu um salto qualitativo enorme. A universidade teve, sobretudo, capacidade de reagir a uma adversida-de muito grande provocada pela alteração dos contextos sociais e económicos, pelas alterações no seu financia-mento. A universidade mo-bilizou-se. A universidade tem discussões internas e linhas de pensamento mui-to diferentes, mas está uni-da em torno do conceito de universidade a construir.Houve iniciativas que não foram totalmente conse-guidas? Sim. Algumas, por várias razões. Desde logo há um projeto que é muito querido, o projeto da sede da AAUM, que não é um pro-jeto da Universidade e que derrapou no tempo mais do

é, de facto, excelente.A universidade mudou em quatro anos. A universidade como estrutura, como insti-tuição, deu saltos significa-tivos. Aumentou o número de alunos, reforçou imenso a sua visibilidade interna-cional, ganhou espaço em áreas de excelência, nome-adamente na investigação, e como resultado de tudo isto, a universidade passou a ter uma visibilidade que não tinha nos rankings inter-nacionais. De acordo com o principal ranking que avalia as universidades em todo o mundo, a UMinho é, em 2013, a melhor universidade portuguesa.Os rakings são o que são. São fotografias de uma instituição tiradas de um determinado prisma, mas é um prisma muito respei-tado e, segundo a Times Higher Education ranking,

ENTREVISTA

dANIeL VIeIRA dA SILVA

[email protected]

NuNO CeRQueIRA

[email protected]

Apresentou-se como can-didato único. Afirmou que essa “corrida solitária” não o surpreendeu e conside-rou normal a sua reeleição. Como é que leu o resultado eleitoral?

Foi um mandato muito complicado. Aquilo que eram os pressupostos ini-ciais da candidatura altera-ram-se significativamen-te ao longo destes quatro anos. O enquadramento do ensino superior mudou de uma maneira muito signi-ficativa, assim como o en-quadramento político. Ape-sar disso, grande parte do programa foi cumprido. A candidatura a um segundo

mandato aparece com uma certa naturalidade. Hou-ve algo que foi inequívoco para mim e que é muito reconfortante... A grande mobilização que a comuni-dade académica fez, generi-camente, em torno do proje-to que foi sendo apresentado e construído que assentava numa ideia de universidade completa, baseada na inves-tigação, com ensino diferen-ciado, inclusiva, internacio-nalizada e eficiente.Para além disso, estamos numa universidade, um lugar de pensamento, um lugar de confronto de ideias motivadas por diferentes visões do mundo que resul-tam de perspetivas políticas, de conhecimento científico. Temos um lugar de diversi-dade e certamente que isso depois é espelhado nos re-sultados do Conselho Geral.Há uma maioria que apoia

o reitor, mas este não é unâ-nime. Também não deveria ser, não é bom que assim seja. Estou muito satisfeito com esta eleição. É uma elei-ção com uma maioria clara, mas também traduzindo que a Universidade tem um pensamento diverso.

No plano de ação com que se candidatou há projetos que submeteu à votação há quatro anos. A sua concreti-zação exigia mais do que o limite de quatro anos?

A taxa de execução do con-junto de iniciativas que es-tavam subjacentes ao plano para o primeiro mandato é muito grande, superior a 80 por cento, o que para um projeto feito a quatro anos é muito bom e para um proje-to feito em quatro anos em que o mundo mudou signi-ficativamente, eu acho que

Reitor da Universidade do Minho concedeu ao ACADÉMICO a sua primeira grande entrevista após a reeleição

ANTÓNIO CUNHA

“A UMINHO É, EM 2013, A MELHOR UNIVERSIDADE PORTUGUESA”

Arlindo Rego

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Castelo. São edifícios cuja solução a encontrar não está totalmente definida.Há um outro edifício da Universidade que vai ser alvo de uma intervenção muito grande, o da rua Aba-de da Loureira, que vai ser transformado em arquivo distrital. Um arquivo dis-trital moderno, de grande capacidade, com um projeto que resulta de um protoco-lo que estabelecemos com a presidência do Conselho de Ministros há cerca de um ano. É um projeto que, quase de certeza, deverá co-meçar a ser construído no primeiro semestre do próxi-mo ano. Estamos a finalizar a lógica de financiamento para isso.

Há também outro, em plena Av. Central, que está a ser utilizado pela AAUM, onde está situado o Insólito Bar, que fica entre o Museu No-gueira da Silva e a Unidade de Arqueologia. Há já al-gum projeto específico para requalificar aquele espaço?

Sim, todo esse espaço está no nosso plano de requa-lificação, no nosso plano estratégico. O museu No-gueira da Silva sofreu uma modificação na parte do rés--do-chão, dos jardins e com a criação de um espaço para alojar todo o espólio da es-critora e poetiza Maria On-dina Braga. A Universidade, quando em 1975 recebeu o legado de Nogueira da Sil-va, recebeu um espaço que inclui, além da casa museu, dois edifícios. Um deles re-cebeu a Unidade de Arque-ologia e o outro foi cedido à AAUM. Ambas as situações não são muito interessantes, sobretudo devido ao cresci-mento e à importância da Unidade de Arqueologia, ao volume do trabalho que tem e que exige instalações mais adequadas. Temos estado em conversações com a au-tarquia de Braga para encon-trar uma nova solução para aquele espaço, num projeto que também tem estado a ser seguido pela secreta-ria de Estado da Cultura. É um processo que estamos a trabalhar, mas gostaríamos muito que aqueles edifícios fossem recuperados, requa-lificados, transformados em edifícios que fossem coloca-

que o que gostaríamos. Mas a universidade volta aí a ter um papel determinan-te...A universidade será sempre uma madrinha muito com-prometida com este projeto e está empenhada em en-contrar uma solução para o mesmo. Uma solução que, em última análise, é a que passa pelos dirigentes da AAUM, mas que também passa por uma grande con-certação de vontades com a autarquia de Braga.Temos um quadro interes-sante para o desenvolver. Tem que se confirmar se é nesse quadro que se vai desenvolver ou não. É uma solução que vai ter que ser da AAUM, mas penso que, neste momento, temos ba-ses para lançar um proje-to. Quer com o quadro que existe, quer com as perspe-tivas de financiamento que os próximos quadros euro-peus de desenvolvimento para 2014-2020 sugerem, tenho perspetiva que em muito pouco tempo este projeto verá a luz do dia.

Voltando atrás... Quando fala da taxa executada de 80 por cento, os outros 20 estão relacionados com medidas do Governo? Poderá haver culpa da estratégia política, da falta de financiamento constante?

As surpresas com que va-mos sendo confrontados a nível governamental são de

vária ordem. Afetam o nos-so funcionamento. Tivemos uma alteração significativa, por exemplo do quadro de Ação Social Escolar, que poderia ter permitido que o nosso número de alunos au-mentasse ainda mais.Tivemos, também, uma al-teração da lei de enquadra-mento do Ensino Superior com um recuo na questão do regime jurídico que faz com que o nosso processo fundacional esteja, neste momento, parado, à espe-ra da alteração à lei que vai existir.O que é que isso afeta a universidade em termos práticos? Afeta bastante, sobretudo projetos de um conjunto de edifícios no centro da cidade e a forma como a universidade os quer abordar. São edifícios que poderão ser alienados, parcialmente alienados ou recuperados. A universida-de gostaria de trabalhar es-ses projetos a partir de uma solução autonómica, que lhe dava muito mais flexibilida-de e capacidade de ação.

Que edifícios são esses?

A universidade tem vários edifícios no centro da cida-de para os quais tem planos de intervenção, mas que ne-cessitam de uma interven-ção muito significativa. Seja o edifício da Rua D. Afonso Henriques (antiga sede dos Serviços de Ação Social), do Largo do Paço, o edifício do

dos no mercado de arrenda-mento bracarense e que o resultado do proveito dessas rendas fosse usado para ali-mentar a atividade cultural do museu e que tivéssemos ali algo a funcionar em ciclo fechado com uma manuten-ção sustentável.

Voltando à questão da nova sede. Houve a assinatura de protocolo com a autarquia, que entretanto já cessou funções na Câmara Munici-pal de Braga. Como é que o reitor olha para este projeto, tendo em conta a nova sede e a dimensão muito mais re-duzida que terá?

Aquilo que existe é um qua-dro interessante para a uni-versidade de viabilização de um espaço chamado Quinta dos Peões, junto ao campus de Gualtar. É um acordo subjacente a três partes - o proprietário dos terrenos, a Universidade e a autarquia de Braga -, num protocolo que foi subscrito com a câ-mara anterior, mas com o apoio da força de oposição que hoje está no poder. É um projeto com um grau de consensualização a nível autárquico. É muito inte-ressante porque beneficia em muito o alargamento do espaço da universidade, criando uma praça em fren-te à biblioteca, prevendo a instalação de um centro de

congressos e a instalação de espaços de incubação. É um projeto interessante, perce-bendo eu as dificuldades que é levar à prática e con-cretizar todo aquele investi-mento.Numa lógica de contrapar-tidas entre os vários atores houve uma para a universi-dade que, cumprindo aquilo que sempre tem vindo a di-zer, quis encontrar uma so-lução para a sede da AAUM. Há, por isso um compro-misso do empreendedor de construir uma sede para a AAUM com uma determi-nada área.Agora, há duas questões: por um lado os tempos de hoje são diferentes do modo como pensávamos há uns tempos atrás e eu diria que é recomendável alguma moderação nas dimensão dos edifícios que queremos para as nossas instalações porque depois os edifícios tem custos de manutenção e deveria haver aqui algum cuidado.Mas independente disso, o que nós temos é um com-promisso onde o operador privado assume os custos de determinada área. Nada impede que haja uma ex-pansão e que o edifício te-nha um andar adicional. Está tudo em aberto para di-zermos que não queremos três mil metros quadrados, queremos quatro mil.

Arlindo Rego

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ENTREVISTAPÁGINA 12 // 05.NOV.13 // ACADÉMICO

Esse projeto envolve um in-vestimento elevado. É um projeto que se afigura como estruturante para o campus e para a nossa atividade des-portiva. Há várias razões para o fazer, mas não pode ser totalmente descontex-tualizado de outros investi-mento a acontecer na região. Portanto, algumas decisões, nomeadamente na área de dispositivos ligados a ativi-dades desportivas aquáticas e decisões finais sobre eles, com certeza, que condicio-narão a nossa decisão.Nomeadamente as piscinas olímpicas paradas?Eventualmente. É uma das linhas de interação que te-remos com a autarquia e a nossa decisão poderá ser condicionada por causa dis-so.

Concretize-me só a ques-tão do campo de futebol de Gualtar. O que poderá resul-tar?

Relvar o campo. Dotar das condições necessárias para a prática de atletismo e ou-tras competições desporti-vas e construir/requalificar uma pequena bancada. Recomenda-se que aquele campo seja um campo de uma utilização mais gene-ralizada e mais aberta.

Eu penso que aquilo que se-ria o ideal era ter um projeto de arquitetura que permitis-se e estivesse pensado para termos expansões e que neste momento avançásse-mos com uma solução mais moderada e que, daqui a al-guns anos, a AAUM possa fazer uma expansão.Resumindo o que estou a dizer: não acho que haja um problema de dimensão da sede. Acho muito bem que a ambição da associação seja o máximo possível, mas te-mos que compatibilizar aquilo que é a realidade.

A dimensão não é o proble-ma, mas a localização já o é?

Parece-me que não. A nova sede fica dentro do campus. A sede da AAUM é um ele-mento com uma enorme capacidade de atração e, por isso, para nós, estruturante da vida do campus. A sua localização faz, para mim, todo o sentido.O campus, neste momento e com o plano de desenvol-vimento que tem, tem um eixo Este, onde estão fun-damentalmente as infraes-truturas desportivas, com a atual zona que tem, mas também uma infraestru-tura que queremos requa-lificar tornando-a bastante mais moderna, que é o cam-po de futebol de Gualtar, que está já perto do hospital. Há um projeto para o relvar, há também a questão do centro aquático e tudo isso está naquele eixo.Esse eixo deveria acabar, por assim dizer, com a sede da AAUM na parte Sul. Pare-ce-nos estruturante porque o edifício da AAUM há-de ser sempre um pólo de atra-ção muito grande.Mas o que está em cima da mesa é uma contrapartida que está a ser oferecida à AAUM. Se a AAUM não a quiser ou se se sente des-confortável com ela deve avançar para outra solução e a Universidade encontrará outra contrapartida com o promotor imobiliário. Mas acho, sinceramente, que é um projeto muito bem con-seguido do ponto de vista arquitetónico e muito inte-ressante.

Quem circula pelo campus

de Gualtar vê um edifício descontextualizado do res-tante. Edifício onde funcio-nou, durante alguns anos, o Gabinete de Relações Inter-nacionais e que agora está vazio. O que se prevê para ali? Fala-se que poderá ser a sede da Associação dos Antigos Estudantes. Confir-ma?

Não, não confirmo. É um edifício descontextualizado do resto do campus, mas que de algum modo teve a ver com aquilo que este espaço era. Estamos a fina-lizar um projeto de arranjo paisagístico de todo aquele espaço central, um projeto que vai ter o arranjo daquele espaço verde, que continua-rá como o grande pulmão do campus, mas que tam-bém prevê outras funções como garantir que temos uma passagem, de um lado a outro do campus. Prevê-se uma zona que se possa pas-sar em dias de chuva com uma comodidade diferente da que há hoje, prevê-se um espaço alimentar, um es-paço de convívio para estu-dantes, a instalação de uma pequena sede para a asso-ciação de antigos estudan-tes e prevê ainda um espaço para uma infraestrutura ligada à Escola de Psicolo-gia. Todas essas valências utilizam as instalações que já lá estão, não há aumento de área construída. Vai pas-sar a ser o centro do nosso campus. Vai ser um espaço muito interessante.

E limites temporais. É um projeto a quanto tempo?

O projeto penso que estará finalizado perto do final deste ano civil. Depois falta o concretizar, o conseguir-mos financiamento para o efeito. É um dos projetos que está previsto no nosso plano estratégico e que pre-tendemos candidatar a ver-bas dos quadros 2014-2020. É uma obra que gostaria que acontecesse nos dois primeiros anos deste man-dato.

Voltando a outros dos pro-jetos que falou, o do centro aquático. É um projeto há muito desejado... É concreti-zável em quatro anos?

Todas estas estruturas po-derão ajudar a fundamentar uma candidatura às Uni-versíadas, como avançou na gala de desporto da UMi-nho?

Esse é um sonho. Acho que era muito bom que isso acontecesse e que pudésse-mos estar em condições de ter as Universíadas dentro de dez anos. Este é um pro-jeto de uma enorme ambi-ção. Provavelmente não se voltará a repetir Kazan e a Coreia. A própria FISU está a tentar reduzir a dimen-são do evento, reduzindo o número de atividades. Mas acho que é um projeto que vale a pena trabalhar e vale a pena sonhar com esse ob-jetivo. Estamos no domínio do sonho mas acho que vale a pena trabalhar.

Está na ordem do dia a ques-tão do Provedor de Justiça ter dado razão à queixa dos alunos sobre a Ação social. Concorda com a opinião do provedor?

Isso é uma questão que nas-ceu torta e as situações que nascem tortas dificilmen-te se endireitam. Tivemos uma reforma da Ação social Escolar que teve alguns as-petos positivos, como haver

uma normalização a nível nacional das condições de acesso e ultrapassar situ-ações que chegaram a ser manchetes de jornal onde irmãos que numa universi-dade tinham bolsa e noutra não tinham. Essa questão foi positiva.Mas esse sistema, que en-trou em vigor há cerca de dois anos, (e na altura redu-zimos em cerca de mil o nú-mero de bolseiros, que en-tretanto recuperamos mas estamos com cerca de 800 alunos a menos), acabou por estar, de algum modo, em-bora nunca assumido pelos responsáveis governamen-tais, indexado a uma lógica orçamental.Os nossos governantes, com muito respeito que te-nho por eles, acabaram por ser forçados a ir para uma solução onde, sabendo que havia um bolo orçamental, tinham de encontrar solu-ções e limitar o número de bolsas a essa verba disponí-vel.Todos sabemos que as ques-tões orçamentais existem, que as questões orçamentais existem, mas um processo destes pensado a partir de uma lógica orçamental só podia acabar mal porque de-pois cria situações de injus-tiça relativa muito grandes.

Arlindo Rego

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ENTREVISTAPÁGINA 13 // 05.NOV.13 // ACADÉMICO

também tem que se concer-tar neste projeto e este é um trabalho de âmbito regional em que o objetivo último é sermos capazes de ativar a economia, gerar riqueza e tornarmos os diferente es-paços, seja o espaço local ou regional, em espaços atra-entes para fixar população. A expetativa que eu tenho é muito positiva e é algo que, volto a referir, terá cer-tamente uma dimensão de colaboração bilateral, mas terá, certamente uma di-mensão de concertação com os outros agentes de espaços mais alargados, nomeada-mente da construção daqui-lo que está na ordem do dia, a construção de estratégias regionais, aquilo que é a es-pecialização inteligente.

Falou da internacionaliza-ção da Universidade como uma das apostas e que faz parte do plano estratégico. Nos alunos há uma estru-tura que completou, recen-temente, dois anos... A ESN Minho. O Serviço de Rela-ções Internacionais pode ter aqui um papel importante na ligação a esta estrutura, ligação essa que não tem existido de uma forma mui-to natural nos últimos tem-pos?

Uma realidade é aquilo que são os estudantes nos pro-

São sempre situações muito complexas.É perfeitamente natural esta resposta do provedor de Justiça ao dizer que não faz qualquer sentido estar a pre-judicar os alunos por outras questões, externas e não im-putáveis a eles.

O bolo da ação social a dimi-nuir e o bolo e pedidos do Fundo Social de Emergên-cia a aumentar. Já é possí-vel fazer um balanço deste Fundo?

O fundo social de emer-gência é uma medida que me parece muito positiva, muito bem conseguida, im-plantada durante o mandato e que resultou das condições com que fomos sendo depa-rados.Foi instituído um valor de 120 mil euros, começou em funcionamento no segundo semestre do ano passado, acabou por atender a cerca de 40 estudantes com uma despesa na ordem dos 40 mil euros. Isso permitiu--nos criar um fundo com alguma almofada. Este ano voltaremos a ter um fundo de 120 mil euros disponi-bilizado pela universidade e, como foi anunciado, esse fundo será complementado com cerca de 50 mil euros de um conjunto de empre-sas e individualidades que

fizeram uma doação à UM.Em resultado da experiên-cia-piloto que fizemos, al-terámos o regulamento do fundo, permitiu ser mais abrangente e tenho a ex-petativa que este ano letivo apoiaremos entre 100 a 120 estudantes.

Entrando noutro campo. O que espera deste pelouro da autarquia de Braga que pre-tende ter uma relação próxi-ma com a Universidade?

Espero um aprofundamen-to da relação com a autar-quia e um aprofundamento em projetos concretos, que exigem uma maior con-certação de esforços. O que está a acontecer em todo o mundo é um aumento da centralidade das universi-dades com entidades à volta das quais são estruturadas estratégias de desenvolvi-mento regional. Isto não era assim há 20 anos. Hoje é assim e perspetiva-se que assim será no futuro.Isto é feito num quadro de grande complexidade em que as autarquias de uma determinada cidade se en-tendem e articulam com a universidade, mas em uni-versidades que estão em vá-rias cidades, como a nossa, isto exige uma concertação de atores. As várias autar-quias que estão em volta

cessos de intercâmbio, que são estudantes que vem cá fazer parte dos seus cursos, mas que são alunos de ou-tras universidades e que es-tão connosco algum tempo. É sobretudo essa dimensão que o ESN enquadra.Temos outra dimensão que são os estudantes estragei-ros que vêm para cá fazer os seus cursos, sobretudo a nível de pós-graduações.No futuro próximo achamos que vamos ter hipótese de recrutar estudantes para li-cenciatura e primeiro ciclo e recrutá-los fora do concurso nacional de acesso. Quando dizemos que queremos 25 mil alunos é previsto que um número da ordem dos 4 mil alunos sejam estudan-tes desse tipo, estrangeiros, num processo que vamos ter com as autarquias de Braga e Guimarães para ajudar a promover a univer-sidade como pólo atrativo. Tudo isto são dimensões da internacionalização.

Praxe. Fez parte da praxe?

Não, nunca passei por essa experiência. É algo que te-nho alguma dificuldade em contextualizar.A minha posição sobre este assunto há-de ser sempre a mesma.A Universidade do Minho há-de ser sempre um espa-ço de liberdade, liberdade de pensamento. Muito mal estariamos no dia em que os estudantes só fizessem coisas que o reitor achasse bem. Dentro do espaço con-ceptual da universidade há lugar a todo o tipo de ma-nifestações e intervenções que evidenciam a grande variedade, diversidade de comportamentos, posicio-namento de atitudes com que uma comunidade tão grande como a nossa tem que ter.O que não podemos ter é ati-vidades que um determina-do grupo tenha e que preju-diquem, significativamente, outro. Estamos a falar de ati-vidades letivas terem mani-festações ruidosas a pertur-bar o seu funcionamento. Há certas coisas que não de-vem acontecer e, sobretudo, temos que garantir que não há ninguém dentro da co-munidade académica que é

coagido a entrar em ativida-des nas quais não quer estar e isto por vezes acontece. Desde que estas duas coisas sejam garantidas, a Univer-sidade é um espaço de li-berdade onde os estudantes têm as suas práticas e, com certeza, que conseguiremos conviver todos muito bem.Já conheceu a nova Papa?Eu conheço grande parte dos estudantes e tenho a felicidade de ter uma rela-ção muito próxima com os estudantes, conheço mui-tos deles. Do ponto de vista institucional, o reitor e as estruturas da universidade relacionam-se com as estru-turas que fazem parte dos nossos regulamentos, com os estudantes que fazem parte dos órgãos dirigentes, todos os representantes des-te quadro são certamente pessoas com quem temos um relacionamento institu-cional.

Agora que vai iniciar um novo mandato alguma men-sagem que queira deixar aos estudantes?

A universidade quer ser uma universidade diferen-te, que se afirme pelo em-preendedorismo, pela criati-vidade, pelas competências e pelos conhecimentos que tem.É absolutamente essencial que isso seja assumido pe-los nossos estudantes, que eles queiram ser diferentes queiram ser criativos, em-preendedores e certamen-te muito competentes nas suas áreas de formação e nos níveis de conhecimen-tos atingemAquilo que eu de facto gos-taria é que assumissem essa diferença e levassem o nome da universidade bem longe. Para isso precisamos de estudantes que vistam a camisola da universidade.Queremos estudantes que encarem o futuro como uma oportunidade e que olhem para a frente, que não olhem para o chão, que construam o seu futuro com base na enorme experi-ência e capacidade que lhes são potenciadas no espaço da universidade, mas que sobretudo sejam criativos, pró-ativos e que sejam cida-dãos do mundo.

Arlindo Rego

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TECNOLOGIA E INOVAÇÃO

ANA pINheIRO

[email protected]

Facebook quer negociar compra da Blackberry

Os executivos do Facebook estão a discutir com repre-sentantes da Blackberry uma possível aquisição do fabri-cante de telemóveis. Segundo fontes citadas pelo jornal The Wall Street Journal, represent-antes da canadiana Blackberry deslocaram-se à Califórnia para discutir uma eventual operação de venda.A rede social Facebook está cada vez mais dependente das receitas das suas aplicações para telemóveis, mas nega até ao momento todos os rumores sobre o possível salto para o fabrico dos seus próprios dis-positivos.

Papa atingiu 10 milhões de se-guidores no Twitter

A conta @Pontifex na rede so-cial Twitter atingiu os 10 mil-hões de seguidores. O Papa Francisco reagiu escrevendo: "Queridos seguidores, soube que já sois mais de 10 milhões! Agradeço-vos do cora-ção e peço-vos que continuem a rezar por mim". O idioma mais usado nas mensagens é o espanhol, com quatro milhões de seguidores, seguindo do in-glês com 3, 1 milhões e do ital-iano com 1,4 milhões. A conta @Pontifex regista tam-bém um grande número de mensagens reenviadas. Cláu-

dio María Cell, o presidente do Conselho Pontifício para as Co-municações Sociais, afirma que terão sido já reencaminhadas 60 milhões de mensagens do papa para familiares e amigos dos seguidores.

30% dos Samsung Gear são de-volvidos

As características dos Samsung Gear não têm sido suficientes para convencer os utilizadores a ficar com o equipamento. Estas estão a preocupar a Samsung já que este equipamento foi uma grande aposta da marca. Para tentar minimizar tal problema, tudo indica que a Samsung

tem vindo a trabalhar numa atualização que permitirá ao Galaxy S3, Galaxy S4 e Galaxy Note 2 serem também com-patíveis com o smartwatch. Foi durante a IFA2013 , que a Sam-sung apresentou oficialmente o seu smartwatch Samsung Gear, antecipando-se a um pos-sível “iwatch” por parte da rival Apple.

Portugueses criam jogo no Facebook

A Yucca Studios é uma em-presa portuguesa que já está a dar cartas. É já um sucesso no Facebook com um jogo online

com quase 20 mil seguidores. Chama-se GodZ e trata-se de um jogo com uma grande com-ponente de estratégia onde, in-dependentemente do rumo ou das ações que o jogador fizer ao longo do jogo, existe uma história paralela que se desen-rola por capítulos. Segundo o que a empresa explicou cada capítulo conta uma parte da história de GodZ e sempre que um termina o jogador entra numa nova fase do jogo. A em-presa, fundada por dois amigos portugueses ao qual se juntou um parceiro angolano, recebeu um incentivo do QREN de cerca de 500 mil euros.

twittadas

AdRIANA CARVALhO

[email protected]

Segundo declarações de Raj Talluli, vice presidente

sénior da empresa Qual-comm, “os pc s como desktops e notebooks deve-rão acabar dentro de cinco anos, menos até.” Talvez uma afirmação um pouco

será que os pc’s tem os dias contados?

DR

suspeita, visto a Qualcomm ser uma das empresas que mais vende processadores para telemóveis. As razões? Segundo o vice-presidente, o facto dos smartphones, ta-

blets e outros equipamentos mais modernos e pequenos, que estão cada vez mais me-lhorados e com mais fun-cionalidades serão o fator decisivo para tornar os com-putadores desnecessários. E ainda prevê que, nos próxi-mos anos, os gadgets esta-rão cada vez mais adaptados e terão, ainda, capacidade para entender, com mais ra-pidez, aquilo que o seu utili-zador pretende.Taj Talluli refere que “o te-lefone tem que saber o que o utilizador está a fazer e adaptar-se a isso. Tem que saber se está no car-ro, numa reunião e agir de acordo com cada situação. Assim que ele entender o estilo de vida do utilizador, automaticamente, ele vai--se adequar e adaptar-se a isso”. Para este responsável, não vê “perigo” nos novos gadgets que têm saído para o mercado, nomeadamente, os óculos e relógios inteli-gentes. Para o mesmo, estes

não irão substituir os atuais telefones/smartphones uma vez que estas duas tecnolo-gias se irão complementar e serão apenas de consulta. “As pessoas não vão deixar de os usar, no entanto vão verificar o telemóvel me-nos vezes, uma vez que as notificações/informações estarão já nos relógios, e es-tas duas tecnologias vão-se complementar”, concluiu.Atualmente a Qualcomm está a desenvolver câmaras para smartphones, que se podem quase comparar às câmaras digitais. A empresa aposta, também, no áudio dos equipamentos que tam-bém se têm, cada vez mais, comparado aos melhores sistemas de som que se en-contram no mercado. Com a quantidade de dispositivos móveis que existem no mer-cado, no dia a dia, a questão do futuro dos pc’s torna-se muito pertinente.Será que o fim estará assim tão próximo?

DR

DR

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TECNOLOGIA E INOVAÇÃOPÁGINA 15 // 05.NOV.13 // ACADÉMICO

Controlo de Gestão - Es-tágio Emprego M/F

Perfil:- Recém-licenciado em Gestão, Economia ou áreas afins;. Idade até 30 anos (inscrito no IEFP);- Bons conhecimentos de in-glês e francês - oral e escrito- Bons conhecimentos de Ex-cel/ SAP- Dinâmico, boa capacidade de relacionamento interpessoal, organizado

Gestor acessórios (M/F)

- Habilitações literárias: míni-mo 12ºano;- Experiência profissional no sector têxtil;- Conhecimentos na execução de Packing List e impressão de rótulos;- Conhecimentos informáticos na óptica do utilizador;- Capacidade de organização e gestão de tempo;- Competências de comunica-ção e organização.

Comercial Têxtil M/F

- Habilitações: mínimo 12ºano;- Experiência em funções simi-lares de 1 a 3 anos;- Orientação para a área de vendas e espírito comercial;- Fluência em inglês e francês;- Conhecimentos informáticos na óptica do utilizador;- Residente no Minho

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Mais informações em www.juventude.gov.pt

http://liftoff.aaum.pt/facebook.com/aaum.liftoff

Os prazos de candidatura aos projetos de empreende-dorismo da Rede de Percep-ção e Gestão de Negócios (RPGN), gerida pelo IPDJ (Instituto Português do Desporto e da Juventude) fo-ram alargados até às 23:59, do dia 24 de novembro de 2013. Se tens entre 16 e 30 anos podes participar nas diver-sas ações existentes que in-cluem: - O desenvolvimento de uma

Projetos de Apoio ao

Empreendedorismo

Rede de Percepção e Gestão

de Negócios (RPGN)

Prazo de candidatura alargado

até 24 de novembro

O Concurso de Ideias da ANJE premeia a criativida-de empresarial e apoia as melhores ideias de negócio (independentemente do se-tor de atividade económica), para que estas se traduzam em projetos viáveis.O objetivo é motivar os jovens entre os 18 e os 35 anos a desenvolver ideias de negócio inovadoras e re-conhecer a sua criatividade estimulando a inovação em-presarial.Prazo para a entrega de can-didaturas: 9 de novembro de 2013Prazo para a seleção de can-didaturas: 29 de novembro de 2013Mais informações em: http://www.anje.pt/portal/concursodeideias

Concurso Nacional de Ideias, ANJE

Candidaturas até 8

de novembro A COTEC Portugal vai realizar a 12 de novembro as sessões de apresentação do Programa COHiTEC na Universidade do Minho.As sessões vão decorrer no Campus de Azurém às 11 horas e no Campus de Gualtar às 17 horas. O Programa COHiTEC é uma ação de formação destinada a investigadores que pretendam avaliar o potencial comer-cial das tecnologias que desenvolveram. Ao longo de quatro meses, os investigadores criam conceitos de produto para a sua tecnologia e desenvolvem um projeto de negócios. Para tal, contam com o apoio de estudantes de gestão e de mentores, e têm acesso a formação em comercialização de tecnologias, abrangendo temas como Gestão de Equipas, Geração de Ideias de Produto e Serviço, Propriedade Inte-lectual, Finanças e Desenvolvimento de um Plano de Ne-gócios. Em 2014, o COHiTEC terá lugar entre Março e Junho em Lisboa e no Porto, numa parceria com o INDEG-IUL ISCTE Executive Education e com a Porto Business School, contan-do, ainda, com o apoio da Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento e da North Carolina State University. As candidaturas ao Programa estão abertas até 8 de Janeiro de 2014, em www.cohitec.com.

Programa COHiTECSessões de apresentação, 12 de novembro

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CULTURA

quem tem direito a viver?SALA DE CINEMA: apenas o vento (2013)

go de transportar consigo a triste sina da descendência; uma filha desintegrada do ambiente escolar; um filho e irmão que prefere deam-bular sem sentido na flores-ta, inconsequente e perdido de si mesmo. O cenário é triste: nada para além de um tristonho quadro rural, desligado e desprovido de esperança. O tom de aproximação op-tado por Fliegauf adensa a atmosfera, torna-a crescen-temente trágica. Sem banda sonora (o silêncio apenas se interrompe pelo som das folhas desfeitas nos pés, da colher no tacho, pelos atos rotineiros), cria-se a crueza necessária para se denotar, sem artifícios, toda a inér-cia, a violência, a vulnera-bilidade que pautam a vida desta família. Nestes roma (ciganos da Europa Central), à semelhança de muitos ou-tros, espelha-se um pedido

de integração no que à parti-da é tido como ‘intolerância ao outro’. Enquanto uns se ficam pela indignação, o realizador húngaro usou a sua maior arma para denunciar uma real contrariedade que afli-ge um povo resignado a ser nómada como a história

lhes estabeleceu. Sem abu-sar em levantar o véu da sua mensagem, Fliegauf usa e abusa do escuro para man-ter uma tensão permanente e um sentido de proximida-de e, sim, também para dar luz ao apelo humanista que, no fim de contas, é o efeito necessário.

CÉSAR CARVALhO

[email protected]

Depois de um devaneio chamado Womb, onde o fator “Eva Green” não foi suficiente para agradar por completo, o realizador hún-garo volta ao registo ríspido (mas coerente) que tantos prémios lhe renderam, principalmente no seu país de origem e na Alemanha. Csak a szél foi galardoado com o Grande Prémio do Júri (Urso de Prata) no Fes-tival de Berlim e com o Pré-mio Amnistia Internacio-nal. Mas os enaltecimentos não se ficam por aqui. É fácil perceber que uma história de denúncia pode cair na armadilha – fá-lo vezes demais – de transfor-mar personagens em sim-ples peças estereotipadas. A série de assassinatos decor-ridos entre 2008 e 2009 na

Hungria, vitimando inúme-ras famílias de ciganos por razões meramente étnicas, é trazida logo no início do filme como base para tudo o que se descreverá. E esse retrato é feito humildemen-te num tom documental. Fliegauf foi registando, de câmara na mão e atento aos pormenores, um esmiuça-do esboço sobre o racismo infundado, sem lugar nem origem, ficando a ideia de que tamanho problema pode acontecer em qualquer lugar. Ousado sem o parecer, o tra-balho de Fliegauf fecha-se bem nos seus próprios pla-nos aproximados, íntimos, e na escuridão que predomi-na em muitas cenas. A roti-na registada contempla um só dia das três personagens em destaque. Uma mãe tra-balha arduamente para po-der ir ter com o seu marido ao Canadá, fugindo do peri-

Realizador:Benedek Fliegauf

Elenco: Katalin Toldi, Gyöngyi Lendvai, Lajos

Sárkány

Estreou em Portugal:05/09/2013

Nacionalidade: Húngaro

Pontuação: 4/5

TOmáS SOVeRAL

[email protected]

O festival Guimarães Jazz 2013 está de volta e irá de-correr entre 7 e 16 de no-vembro, no Centro Cultural de Vila Flor. Segundo Ivo Martins, diretor artístico do Guimarães Jazz, “o pro-grama irá incluir, para além dos grandes concertos, um conjunto de atividades”, como workshops e jam ses-sions, que “irão refletir o interesse e a singularidade deste acontecimento a nível nacional e internacional”. O festival tem como obje-tivo “criar compromissos e pontes entre os grandes concertos e o jazz na sua

componente mais genuína, as sessões de improviso”. A organização encara o evento como um festival de “divul-gação, aberto a todas as ten-dências, apresentando todo o tipo de jazz”, de forma a

chano domínguez, ron carter e martial solal são as grandes atrações do guimarães jazz

desenvolver “outras relações das pessoas com a música e com o jazz”. Os bilhetes diários variam entre os 7.5 e os 20 euros e o passe geral terá o custo de 90 euros

O festival arranca no dia 7, com a atuação de Chano Do-mínguez, músico espanhol que pretende apresentar uma fusão entre o flamenco e o jazz, com a participação da WDR Big Band, sob a direção de Vince Mendoza. No dia seguinte, será a vez de Ron Carter apresentar o projeto “Golden Striker Trio”. No sábado, durante a tarde, irá decorrer a atuação de Ivan Paduart Trio “Ibiza”, e à noite, será Martial Solal a subir ao palco do Grande Auditório. Pela primeira vez em Portugal, irá apresentar o projeto “New Decaband” que consiste na atuação de um decateto. No dia 10, irá decorrer durante a tarde o concerto da Big Band, En-

semble de Cordas e Coro da ESMAE, sob a direção de Andrew D’Angelo. Este pro-jeto surge com o objetivo de “criar dentro do festival um espaço de intervenção para os jovens”. À noite, atuará o Projeto TOAP / Guimarães Jazz 2013. Na quarta-feira, dia 13, a noite ficará a cargo de Andrew D’Angelo, John Egizi, Gerald Cleaver & Ben Street. O programa conta ainda com as atuações de Jack Dejohnette Group Feat. Don Byron, na quinta-feira, e Kenny Werner-David San-chez Quintet, na sexta. O concerto de encerramento será no sábado, dia 16, com HR Big Band feat. John Abercrombie e Jim McNe-ely.

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Madrid.

5 - Diário dos Caminhos de Santiago de Abílio Machado, Edita-me. Um laico faz os cinco caminhos de Santiago. Num segundo momento, o Caminho de Navarra, o autor construiu um texto intimista e erudito.

PÁGINA 17 // 05.NOV.13 // ACADÉMICO

RUM BOXTOP RUM - 44 / 201301 NOVEMBRO

1 ARCADE FIRE - Reflektor

2 CAYUCAS - High school lover

3 QUEENS OF THE STONE AGEI sat by the ocean

4 LUíSA SOBRAL - Mom says

5 NOISERVToday is the same as yesterday, but yesterday is not today

6 CHK CHK CHK - Slyd

7 DEVENDRA BANHARTYour fine petting duck

8 NOME COMUMNinguém fica só

9 GUTA NAKI - Ainda não sei

10 MELODY’S ECHO CHAMBERI follow you

11 ARCTIC MONKEYSDo i wanna know

12 DEERHUNTERBack to the middle

13 NIGHTMARES ON WAX Now is the time

14 PRIMAL SCREAMIt’s alright, it’s ok

15 VAMPIRE WEEKENDDiane young

16 ALLAH-LASDon’t you forget it

17 BONOBOHeaven for the sinner

18 MEN, THE - I saw her face

19 RHYE - The fall

20 TRICKY - Bonnie & Clyde

POST-IT4 novembro > 8 de novembro

COLIBRISanto António Travesti

CUT COPY We Are Explorers

PORTUGAL THE MAN Modern Jesus

jOSÉ ReIS

[email protected]

Os Cut Copy são apreciado-res confessos da música dos anos 80, seja ela rock, pop ou música electrónica. Esta é uma verdade inquestioná-vel, até porque o admitem, sem receios de comparações fáceis. Ao quarto álbum de originais, os australianos re-gressam a um lugar onde já foram muito felizes: a músi-ca de dança, sem medo de

se assumir como tal. Depois de em “Zonoscope”, o últi-mo registo de originais, a agulha ter virado para o um rock com toadas electróni-cas, nalguns casos falhando rotundamente o objectivo pretendido, eis que o novo disco resgata a alma deixada aprisionada em “In Ghost Colours”, o segundo (e até agora melhor) disco da vida da banda australiana, já com 5 anos de vida. E a prova dis-so são temas como “We Are Explorers”, “Footsteps” ou

CD RUM

“Meet Me in the House of Love”, onde o apelo à dança é feito aos primeiros segun-dos de cada tema. E estes são os melhores Cut Copy, aqueles que se deve reter na memória, aqueles que le-varmos na memória quan-do tudo acabar; gente sem medo de ser o que é, exce-lentes produtores de música electrónica com predisposi-ção para as pistas de dança. Nem todo o disco é digno de boa nota (o registo ambien-tal de “Mantra, por exemplo,

não lhes fica bem!), mas no equilíbrio dos dois pesos –

positivo ou negativo -, o pri-meiro leva a melhor.

AGENDA CULTURALBRAGATEATRO 07 NovembroVamos lá então perceber as mulheres... Mas só um bocadinhoTheatro do Circo

MÚSICA08 NovembroJane MonheitTheatro Circo

09 NovembroViagem pela música barrocaTheatro Circo

GUIMARÃES

MÚSICA

07 NovembroChano Domínguez with WDR big bandCCVF – Guimarães Jazz

8 de NovembroRon CarterCCVF – Guimarães Jazz

09 de NovembroMartial Solal NewdecabandCCVF - Guimarães Jazz

TEATRO09 NovembroDeixem o pimba em pazSão Mamede

FAMALICÃO

MÚSICA9 de NovembroCristina BrancoCasa das Artes

FOTOGRAFIAde 7 Novembro a 21 DezembroPepe BrixCasa das Artes

LEITURA EM DIAPara ouvir de segunda a sexta (9h30/14h30/17h45) na RUM ou em podcast: podcast.rum.pt Um espaço de António Ferreira e Sérgio Xavier.

DR

a “alma perdida” dos cut copy foi resgatada

1 - A Fraude de Ícaro de Seth Godin, Gestão Plus. ícaro, filho de Dédalo, ao contrário da “estória/mito” não arriscou. Este guru da gestão propõe, contra a corrente, que se deve arriscar sempre.

2 - O Que é Um Escritor Maldito? de João Pedro George, Verbo. Tendo como referência a figura de Luís Pacheco, as suas atribulações e errâncias, o autor faz o

levantamento dos “malditos” na literatura

3 - Farmacêuticas da Treta de Ben Goldacre, Bizâncio. As farmacêuticas manipulam tudo e todos. Um ensaio a fazer pensar. Arrepiante.

4 - Erupção de João Meneses Machado, Esfera do Caos. O conflito político, linguístico, cultural que opõe a Nação Basca ao poder hegemónico de

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PÁGINA 18 // 05.NOV.13 // ACADÉMICO

DESPORTO

dade, o que em muito se deve “às diversas categorias onde se podem inserir.” Por último, Nuno Gonçal-ves deixou um apelo a quem queira experimentar a moda-lidade: “Os treinos são três vezes por semana: segunda e quarta das 21h às 22h30 e aos sábados das 9h30 às 11h30.

SuSANA SILVA

[email protected]

O ACADÉMICO esteve à conversa com o monitor de judo, Nuno Gonçalves, que nos falou um pouco sobre o passado, o presente e aquilo que espera para o futuro da modalidade na Universidade do Minho. Ao contrário dos últimos anos, marcados pela pou-ca adesão, a prática do judo encontra-se revitalizada. São mais de vinte as pessoas ins-critas, o que na opinião do técnico “é muito bom.” Depois de uma boa prestação no último campeonato na-cional universitário, onde o atleta Rui Duarte conquistou uma medalha de prata, o trei-nador reiterou a esperança de repetir a proeza este ano: “Neste campeonato nacional universitário o objetivo é con-quistar pelo menos uma me-dalha, através do Rui. Estou confiante que isso será pos-sível porque ele é um atleta com boa formação. Também estamos expectantes no que diz respeito ao feminino. Gostávamos de obter uma medalha nos 48 quilos com a Carolina Tevez. ” Na sua opinião, os objeti-vos a longo prazo passam, acima de tudo, por angariar cada vez mais praticantes. Mas lembrou que “não é ao fim de um ano ou meio ano que vão estar prontos”, des-tacando o elevado nível nas competições universitárias:

“Se vir que a margem de pro-gressão for boa eu posso ins-crever. Mesmo assim muito dificilmente vão conseguir um resultado em termos competitivos porque quando chegamos ao campeonato universitário o nível é bastan-te elevado.” Este ano foi aberta na Univer-sidade do Minho uma nova categoria, o judo infantil, que abrange crianças dos 6 aos 15 anos. O técnico saudou esta iniciativa e mostrou-se satisfeito com aquilo que ob-servou até ao momento: “Em termos infantis temos cinco ou seis inscritos, o que é mui-to bom para nós. Queremos continuar com esta classe e esperar que estes miúdos não desistam para que no fu-turo entrem na universidade, sejam cinturões pretos e os próximos a conquistar meda-lhas.” Um passo importante rumo aos tempos que se avi-zinham: “Queremos ter uma boa formação para no futuro colhermos frutos”, afirmou. O treinador destacou tam-

“há sempre espaço para toda a gente no judo da uminho”

bém uma particularidade do judo que considera uma grande vantagem face aos outros desportos. É que no judo “ existe espaço para toda a gente.”Tal é possível com-provar em “pessoas de todos os espetros sociais, idades, altos e baixos, gordos e ma-gros” que praticam a modali-

Para vir experimentar não precisam de pagar, basta tra-zerem um fato de treino anti-go. Temos pessoas de várias idades, rapazes, raparigas e o ambiente é descontraído. Es-tamos de braços abertos para acolher aqueles que queiram praticar a modalidade para depois os projetar.”

PUB

Nuno Gonçalves

FADU

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