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MARQUES ADVOCACIA ADVOCACIA, CONSULTORIA E ASSESSORIA JURÍDICA. Dr. André Luyz da Silveira Marques OAB/PA 12.902 Dr. Elisson José Ferreira de Andrade OAB/PA 13.225 Dr. João Paulo da Silveira Marques OAB/PA 16.008 EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) DOUTOR (A) JUIZ (A) DE DIREITO DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DA COMARCA PARAUAPEBAS-PA. WALITON DO ROSARIO RODRIGUES, brasileiro, solteiro, Ajudante, portador do RG nº 6494206 SSP-PA e inscrita no CPF sob o nº 008.609.742- 35, residente e domiciliado à Rua B, nº 59, Bairro Cidade Nova, Parauapebas-PA, CEP 68.515-000, vem, mui respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, por seus Advogados (m.j) mandado incluso, que ao final subscrevem, com escritório profissional na Rua C, nº 467, Bairro Cidade Nova, Parauapebas-PA, CEP: 68.515- Rua C nº. 467 – Cidade Nova – Parauapebas -PA. Telefones: (94) 3346-2779/ 9156-3875/9175-4445

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Dr. André Luyz da Silveira Marques OAB/PA 12.902Dr. Elisson José Ferreira de Andrade OAB/PA 13.225Dr. João Paulo da Silveira Marques OAB/PA 16.008

EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) DOUTOR (A) JUIZ (A) DE DIREITO DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DA COMARCA PARAUAPEBAS-PA.

WALITON DO ROSARIO RODRIGUES, brasileiro, solteiro, Ajudante, portador do RG nº 6494206 SSP-PA e inscrita no CPF sob o nº 008.609.742-35, residente e domiciliado à Rua B, nº 59, Bairro Cidade Nova, Parauapebas-PA, CEP 68.515-000, vem, mui respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, por seus Advogados (m.j) mandado incluso, que ao final subscrevem, com escritório profissional na Rua C, nº 467, Bairro Cidade Nova, Parauapebas-PA, CEP: 68.515-000, onde recebem as intimações e notificações de praxe, propor a presente:

AÇÃO DE COBRANÇA

em face de SEGURADORA LIDER DOS CONSÓRCIOS DO SEGURO DPVAT S.A., pessoa jurídica de direito privado, CNPJ nº 09.248.608/0001-04, estabelecida na Rua Senador Dantas, Nº 74, 5º andar, Centro, Rio de Janeiro - RJ, pelos fatos e fundamentos abaixo expostos:

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I - DOS FATOS

O requerente no dia 21 de Dezembro de 2010, por volta das 21h30min, trafegava a vitima em uma bicicleta na Avenida Liberdade, Bairro da Paz, nesta Urbe, quando o veiculo de Placa ,JUR-7254, conduzido pelo Sr. JAQUE FRANF, residente na Nova Carajás,QD 31, LOTE 03, atropelou o vitima, trazendo-lhe fratura no assoalho da órbita do Olho esquerdo, fratura no arco zigomatico e complexo molar esquerdo, fratura do osso nasal, fratura também nosso- etmoido- orbital hematosinus no antro maxilar esquerdo, superfícies e espaços articulares íntegros, ausência de sinais de fratura, partes molares sem alterações

Após o acidente, a vitima foi encaminhada ao Hospital Municipal de Parauapebas-PA, onde foram realizados os devidos tratamentos.

Como já dito em decorrência do acidente, o autor sofreu fratura no assoalho da órbita do Olho esquerda, fratura no arco zigomatico e complexo molar esquerdo, fraturou o osso do Nariz, e perdeu um dente na mandíbula à esquerda, e Quatro dentes estão com a sensibilidade afetada, fratura no Naso- etmoido- orbital, foi submetido a cirurgia Buco maxilar para osteossintese por fixação metálica, , apresenta deformidades com limitações dos movimentos oculares, na Mímica facial, na mastigação e na respiração, sendo que em razão a lesão o autor ficou incapacidade para exercer suas atividades físicas por mais de trinta dias (configurando a lesão grave), ainda em razão ao acidente o qual veio a sofre debilidade permanente e total na função dos movimentos oculares, na Mímica facial, na mastigação e na respiração, tendo gerado incapacidade permanente e total para o trabalho e deformidade permanente, conforme consta no Boletim de Acidente de Trânsito nº 00071/2011.000653-8 feito pela Polícia Civil, e no Laudo Médico, datado de 30/07/2011, tendo assim o médico declarado que WALITON DO ROSARIO RODRIGUES é portadora de INCAPACIDADE PERMANENTE PARA O TRABALHO, COM DEBILIDADE PERMANENTE E TOTAL NOS MOVIMENTOS OCULARES , NA MÍMICA FACIAL, NA MASTIGAÇÃO E NA RESPIRAÇÃO..

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Após o terrível acidente o Requerente passou a sofrer dia e noite, pois além do abalo psicológico e as fortes dores que até hoje sente em decorrência de sua invalidez, vem sofrendo com o abalo financeiro, em não poder dar para sua família uma vida confortável ou o mínimo necessário para uma vida digna.

É bem verdade, que o requerente requereu administrativamente o seguro em tela, tendo reconhecido o seu direito ao recebimento da indenização. Porém, a instituição seguradora, por meio da deposito bancário na conta pessoal do requerente somente veio a efetuar o pagamento parcial no valor de R$ 1.350,00 (um mil trezentos e cinqüenta reais).

Ao longo desse período o Requerente já tentou diversas vezes receber a indenização correta que lhe é devida, instituída por força de lei, através do seguro obrigatório de danos pessoais causados por veículos automotores de via terrestre, sem obter qualquer resultado positivo, em razão da procrastinação da companhia de seguros, requerida, responsável pelo pagamento, que insiste em exigir documentos descabidos e se recusa até mesmo a protocolizar e processar qualquer pedido nesse sentido, buscando se locupletar às custas da deplorável situação da vítima, que vem experimentando todo tipo de adversidade para a reparação do seu direito violado, não restando outra alternativa senão a busca da tutela jurisdicional, por meio do ajuizamento da presente ação.

II - DO DIREITO

O seguro obrigatório, instituído em 1969, pelo Decreto Lei nº. 814 como RCOVAT, aperfeiçoado, em 1975, como DPVAT, pela Lei nº. 6.194, alterada em 1992 pela Lei nº. 8.441, e posteriormente pela Lei 11.482 de 2007, cumpre finalidade eminentemente social. A legislação especial do seguro obrigatório prepondera sobre normas inseridas no Código Civil e legislação de caráter geral. Prevalecem, sempre, no confronto, as normas especificas do seguro obrigatório.

III - DO PROCEDIMENTO

A acerca do procedimento dispõe a lei nº. 6.194/74:

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Art. 10º Observar-se-á o procedimento sumaríssimo do Código de Processo Civil nas causas relativas aos danos pessoais mencionados na presente lei.

IV - DO VALOR A SER PAGO

Verificada a ocorrência de tal situação, e inexistindo dúvidas quanto ao nexo de causa e efeito entre o acidente e a invalidez permanente do requerente, surgiu em seu favor, concomitantemente, o direito ao recebimento da indenização correspondente, garantida pela Lei 6194/74, modificada pela Lei 11.482/07, que assim dispõe:

Art. 3º - Os danos pessoais cobertos pelo seguro estabelecido no art. 2º compreendem as indenizações por morte, invalidez permanente e despesas de assistência médica e suplementares, nos valores que se seguem, por pessoa vitimada:

I – R$ 13.500,00 (treze mil e quinhentos reais) – no caso de morte;II – Até R$ 13.500,00 (treze mil e quinhentos reais) – no caso de invalidez permanente; e III – Até R$ 2.700,00 (dois mil e setecentos reais) – como reembolso à vítima – no caso de despesas de assistência médicas e suplementares, devidamente comprovadas.

Pelo que ficou demonstrado e pelo laudo médico, fica claro que o caso em questão é de invalidez permanente, com isso, a legislação específica estabelece a indenização no valor de até R$ 13.500,00 (treze mil e quinhentos reais), a ser paga com base no valor da época da liquidação do sinistro, em cheque nominal ao beneficiário, descontável no dia e na praça da sucursal que fizer a liquidação, no prazo de quinze dias da entrega dos documentos, como previsto na lei.

A despeito da clareza do texto legal, vem ocorrendo que as seguradoras estão pagando aos segurados, para o caso de invalidez permanente, o valor que encontra-se no disposto do art. 3º da Resolução CNSP n.º 112/2004, emitida pela SUSEP – Superintendência de Seguros Privados, que determina, arbitrariamente, valores diversos, de forma escalonada, da indenização pelo seguro

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DPVAT, segundo seus próprios critérios e conveniência, em detrimento do sofrimento e do direito do segurado.

Assim, não há validade no questionamento de tal proposição, uma Resolução não tem o condão de se sobrepor a uma Lei Ordinária (Lei 6.194/74). A regra é clara e de simples aplicação.

Diante disso, entende-se que não pode prevalecer o entendimento de que o valor indenizável não é o estabelecido na Resolução e sim o que está estabelecido em Lei superior, devendo a requerida atender a lei e efetuar o pagamento da indenização correspondente, a saber, no valor de R$ 13.500,00 (treze mil e quinhentos reais).

Assim cumpre salientar, trecho da ementa do Julgado proferido pelo Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul:

Ementa: APELAÇÃO CÍVEL. SEGUROS. INDENIZAÇÃO. DPVAT. INVALIDEZ PERMANENTE. AUSÊNCIA DE COMPROVAÇÃO DOS DANOS DESCRITOS NA EXORDIAL. 1. Não há que se falar em graduar a invalidez permanente com base na Resolução n.º 1/75 de 03/10/75, editada pelo Conselho Nacional de Seguros Privados - CNSP, pois, em se tratando de norma regulamentar, não pode esta dispor de modo diverso da Lei n.º 6.194/74, de hierarquia superior. 2. A Lei n.º 6.194/74, que criou o seguro DPVAT , alterada pela Lei n.º 8.441/92, é o texto legal que regulamenta os valores das indenizações relativas ao seguro obrigatório. 3.No caso em exame, a parte autora não comprovou a ocorrência de invalidez permanente decorrente do acidente de trânsito descrito na exordial, ônus que lhe impunha e do qual não se desincumbiu, a teor do que estabelece o art. 333, inciso I, do Código de Processo Civil. 4.Assim, a improcedência do pedido formulado na inicial é à medida que se impõe. Negado provimento ao apelo. (Apelação Cível Nº 70044794337, Quinta Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Jorge Luiz Lopes do Canto, Julgado em 28/09/2011)

Se o valor determinado na lei não for cumprido, a lesão ao direito do requerente estará devidamente configurada, registrando-se uma diferença a menor no montante da indenização, em relação ao determinado em lei, cuja situação não pode prosperar, a bem do Direito e da Justiça.

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Portanto, e, em vista dos fatos expostos, vê-se às escancaras que a requerente sofrerá lesão em seu direito e em seu patrimônio, traduzida no descumprimento das disposições legais, já que o valor da indenização determinado pela Resolução referida não corresponde ao valor da importância que lhe é assegurada. Esse procedimento, a prevalecer, constituirá o enriquecimento sem causa da seguradora, ora requerida, pois o objetivo do seguro é proteger um patrimônio (considerando todos os elementos de sua formação), de forma a MINIMIZAR, sempre, os gastos com remédios e exames e, ainda, o que deixou de ganhar em decorrência do sinistro.

O entendimento jurisprudencial não se afasta dessa conclusão e os tribunais pátrios têm aplicado os preceitos do inciso “II”, do artigo 3º, da Lei nº 11.482/07, em lides envolvendo contratos de seguro DPVAT, interpretando suas cláusulas em favor do segurado, repelindo, terminantemente, qualquer disposição em sentido contrário, que esteja em posição inferior, segundo a hierarquia das normas jurídicas, o que é óbvio, em especial as famigeradas previsões baixadas pela SUSEP - Superintendência de Seguros Privados, através da Resolução CNSP n.º 112/2004.

Seria ato atentatório ao sistema jurídico pátrio, acaso a Resolução prevalecesse, pois, predomina a regra clara e específica de hierarquia das Leis, com o primado da Lei superior sobre a inferior no escalonamento da pirâmide formadora do arcabouço legislativo existente e aplicado no País.

A indenização deve ser dada no valor de R$ 13.500,00, independentemente de qualquer gradação da invalidez permanente, decorrentes das lesões físicas sofridas pela vítima de danos pessoais, vez que a legislação que regula a matéria não faz qualquer distinção a esse respeito, ou seja, entre a invalidez permanente total da invalidez permanente parcial, nem estabelece qualquer distinção ou grau de incapacidade, não podendo o devedor instituí - lá em seu próprio benefício.

Porém cumpre salientar, que neste caso em tela, o autor em decorrência de seu acidente sofreu uma grave lesão dos movimentos oculares, na mímica facial, na mastigação e na respiração , o que ocasionou

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uma lesão permanente (debilidade total e permanente), sendo que em decorrência de tais fatos em momento algum voltará a ter uma vida tranqüila e com saúde para exercer suas atividades, como fazia antes do acidente, gerando assim claramente ao recebimento do valor integral autorizado por lei.

Desta maneira, tem decidido as Turmas Recursais do Rio Grande do Sul:

SÚMULA Nº 14 – DPVAT (revisada em 27/06/2007)

VINCULAÇÃO SALÁRIO MÍNIMO. - É legítima a vinculação do valor da indenização do seguro DPVAT ao valor do salário mínimo, consoante fixado na Lei nº 6.194/74, não sendo possível modificá-lo por Resolução. A alteração do valor da indenização introduzida pela M.P. nº 340 só é aplicável aos sinistros ocorridos a partir de sua vigência, que se deu em 29/12/2006.QUITAÇÃO. - A quitação é limitada ao valor recebido, não abrangendo o direito à complementação da indenização, cujo valor decorre de lei.

CONSÓRCIO OBRIGATÓRIO. - O consórcio obrigatório do seguro DPVAT institui solidariedade entre as seguradoras participantes, de modo que, independentemente de qual delas tenha liquidado administrativamente o sinistro, qualquer uma poderá ser demandada pela respectiva complementação de indenização, inocorrendo ilegitimidade passiva por esse motivo.

GRADUAÇÃO DA INVALIDEZ. - Descabe cogitar acerca de graduação da invalidez permanente; havendo a invalidez, desimportando se em grau máximo ou mínimo, devida é a indenização no patamar de quarenta salários mínimos, ou do valor máximo vigente na data do sinistro, conforme este tenha ocorrido, respectivamente, antes ou depois de 29/12/2006.

PAGAMENTO DO PRÊMIO. - Mesmo nos sinistros ocorridos antes da vigência da Lei nº 8.441/92 é desnecessária a comprovação do pagamento do prêmio do seguro veicular obrigatório.

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COMPLEXIDADE. - Inexiste complexidade de causa a afastar a competência do juizado especial quando os autos exibem prova da invalidez através de laudo oriundo de órgãos oficiais, como o INSS e o DML.APURAÇÃO DA INDENIZAÇÃO. - Na hipótese de pagamento administrativo parcial, a complementação deverá ser apurada com base no salário mínimo da data de tal pagamento. Nas demais hipóteses, a indenização deverá ser apurada com base no valor do salário mínimo da data do ajuizamento da ação. Outrossim, para os sinistros ocorridos a partir de 29/12/2006, a apuração da indenização, havendo ou não pagamento administrativo parcial, deverá tomar por base o valor em moeda corrente vigente na data da ocorrência do sinistro.

CORREÇÃO MONETÁRIA. – A correção monetária, a ser calculada pela variação do IGP-M, incide a partir do momento da apuração do valor da indenização, como forma de recomposição adequada do valor da moeda.

JUROS – Os juros moratórios incidirão a partir da citação, salvo quando houver pagamento parcial ou pedido administrativo desatendido, hipóteses em que incidirão, respectivamente, a partir do adimplemento parcial ou do término do prazo legal para o pagamento.

Porém, como já dito acima, o requerente recebeu uma quantia ínfima, devendo receber o complemento equivalente ao valor de R$1.350,00 (um mil trezentos e cinqüenta reais), corrigido monetariamente e acrescido de juros legais, obtido por simples cálculo, à luz da alínea “b”, do art. 3º, da Lei 6.194/74. Veja-se.

Valor pago em 27/09/2010= R$ 1.350,00 (um mil trezentos e cinqüenta reais).

Valor que deveria ter sido pago em 27/09/2010= R$ 13.500,00 (treze mil e quinhentos reais).

Valor devido a partir de 27/09/2010= R$ 12.150,00 (doze mil cento e cinqüenta reais).

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Em relação a tais fatos, a jurisprudência é pacifica no sentindo do reconhecimento ao direito postulado pelo autor. Tendo pleno direito de ser reconhecido a existência ao recebimento da complementação relativo a indenização, em valor de R$ 12.150,00 (doze mil cento e cinqüenta reais).

APELAÇÃO CÍVEL. SEGURO OBRIGATÓRIO. DPVAT. INVALIDEZ PERMANENTE. INDENIZAÇÃO DEVIDA. GRADUAÇÃO DA INCAPACIDADE. DESCABIMENTO. SENTENÇA MANTIDA. PREQUESTIONAMENTO.Sendo incontroversa a invalidez permanente do autor, especialmente diante dos Laudos Médicos acostados, devida é a cobertura securitária postulada, porquanto, nos termos da legislação aplicável à espécie, desnecessária é a apuração do grau da invalidez para a quantificação da indenização devida.A Lei 6.194/74, que regula a matéria, não exige que o grau da invalidez seja perquirido, não podendo as seguradoras realizar tal aferição com base em Resoluções do CNSP, o qual não tem hierarquia superior à lei ordinária.Inaplicabilidade da MP 451/2008, posteriormente convertida na Lei 11.945/2009, uma vez que o sinistro ocorreu antes da entrada em vigor da nova legislação.Demonstrado o acidente e a invalidez, consoante artigo 5º da Lei 6.194/74, devida é o pagamento da indenização, em observância ao teto de 40 salários mínimos.Possibilidade de vinculação da indenização ao salário mínimo, pois sua aplicação não se dá como fator indexador. Sentença mantida.APELO DESPROVIDO. (TJRS; Ac 638744-59.2010.8.21.7000; Santa Cruz do Sul; Quinta Câmara Cível; Rel. Des. Romeu Marques Ribeiro Filho; Julg. 23/02/2011; DJERS 04/03/2011

AÇÃO DE COBRANÇA (DIFERENÇA DO SEGURO DPVAT). VÍTIMA DE ACIDENTE AUTOMOBILÍSTICO EM 03/09/2008. DEBILIDADE PERMANENTE, EM GRAU MÍNIMO, DA FUNÇÃO DE FLEXÃO DO PÉ ESQUERDO.1. É desnecessária a realização de perícia médica para especificação da lesão e de sua quantificação quando os documentos acostados aos autos são suficientes para o deslinde da controvérsia. Demonstrada a ocorrência do acidente e da debilidade

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permanente sofrida pelo segurado, mediante laudo do IML, preenchidos estão os requisitos legais necessários ao pagamento da indenização securitária.2. A quitação outorgada na esfera administrativa não implica renúncia ao benefício legal, sendo válida e eficaz somente quanto ao que fora efetivamente recebido.3. A Lei n. 6.194/74, com a nova redação conferida pela Lei n. 11.482/07, não faz distinção entre graus de invalidez. Em homenagem ao princípio da hierarquia normativa, não há falar em prevalência da limitação constante de circular emanada pela SUSEP, órgão de caráter meramente administrativo. Assim, é devida a indenização do seguro DPVAT na sua integralidade (R$ 13.500,00) quando comprovada a debilidade permanente de membro ou função. 4. Embora me filie à corrente jurisprudencial da Corte Superior de Justiça, a qual define a data do evento danoso como o termo inicial para a incidência da correção monetária, curvo-me ao entendimento desta egrégia 2ª Turma, segundo a qual a incidência deve ser a partir da data da entrada em vigor da Medida Provisória n. 340/06. Entretanto, em virtude do princípio do ne reformatio in pejus, mantenho o cálculo da correção monetária a contar da data do pagamento feito a menor. (TJDF; Rec. 2010.01.1.032461-6; Ac. 483.911; Segunda Turma Cível; Rel. Des. Waldir Leôncio Júnior; DJDFTE 01/03/2011; Pág.75).

E M E N T A – APELAÇÃO CÍVEL – SEGURO DPVAT – AÇÃO SUMÁRIA DE SEGURO DPVAT – PRELIMINAR – CARÊNCIA DE AÇÃO – PAGAMENTO ADMINISTRATIVO – QUITAÇÃO – AFASTADA – RECURSO DO REQUERIDO – INDENIZAÇÃO DEVIDA NO LIMITE MÁXIMO ESTABELECIDO NA LEI N. 6.194/74 – RECURSO CONHECIDO E IMPROVIDO.Encontra-se pacificado por nossos Tribunais que o fato de ter o segurado dado quitação da dívida não lhe impede de buscar a tutela jurisdicional para receber a diferença que entende devida.Nos termos do art. 3º da Lei n. 6.194/74, o valor da indenização do seguro, em caso de morte ou invalidez permanente, é devido no patamar de 40 salários-mínimos com a diferença do pago em sede administrativa, vigentes à data do efetivo dano, independente do grau da invalidez, não havendo falar em limite estabelecido pelo

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CNSP e SUSEP, os quais apenas regulamentam as operações de seguro privado.Não há que se falar em limite estabelecido pelo CNSP e SUSEP, os quais apenas regulamentam as operações de seguro privado.A correção monetária e os juros são devidos, esta a partir do evento danoso e aquele da citação, sendo ambos norteados pelo IGPM-FGV.Sentença mantida em todos os capítulos. (TJMS; AC 2010.037269-6/0000-00; Nova Andradina; Primeira Turma Cível; Rel. Des. João Maria Lós; DJEMS 25/01/2011; Pág. 14).

52101702 – SEGURO OBRIGATÓRIO. DPVAT. INVALIDEZ PERMANENTE RECONHECIDA. RECIBO DE QUITAÇÃO. QUITAÇÃO APENAS PARCIAL. VALOR INFERIOR AO PREVISTO EM LEI-DIREITO ACOMPLEMENTAÇÃO. Aplicação da Lei n]. 11.482/2007 que revogou o art. 3º, inciso II da Lei nº. 6.194/74 sinistro ocorrido antes da entrada em vigor da nova Lei e não qualquer regulamento do cnsp – Matéria de ordem pública e finalidade social relevante – Recurso conhecido e desprovido – sentença mantida por seus próprios fundamentos – Aplicação de multa por má-fé no valor de 20% da condenação. (TJMT; Rlnom 4705/2010; Primeira Turma Recursal; Rel. Des. Mario Roberto Kono de Oliveira; Jul. 15/12/2010; Pág. 60).

ENUNCIADOS DAS TURMAS RECURSAIS CÍVEIS E CRIMINAIS DO ESTADO DO MARANHÃO, ATUALIZADA PELOS JUÍZES INTEGRANTES DAS TRCCs NA REUNIÃO DE 23 DE NOVEMBRO DE 2009.

23 – Para contagem do prazo prescricional do seguro DPVAT, no caso de invalidez, aplicam-se as súmulas 278 e 405 do STJ, observada a regra de transição do Art. 2.028 do CC. (Aprovada na reunião do dia 23 de Novembro de 2009).

24 – O prazo prescricional do seguro DPVAT, no caso de morte é de 03 (três) anos, observando-se a regra de transição do Art. 2.028 do CC. (Aprovada na renuião do dia 23 de novembro de 2009).

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Dr. André Luyz da Silveira Marques OAB/PA 12.902Dr. Elisson José Ferreira de Andrade OAB/PA 13.225Dr. João Paulo da Silveira Marques OAB/PA 16.008

25 – É possível a cumulação dos pedidos constantes nos incisos II e III do Art. 3º da lei 6194/74, nos limites do valor de alçada dos Juizados Especiais. (Aprovada na reunião do dia 10 de agosto de 2009).

26 – Não se aplicará a tabela anexa da Lei nº. 11.945/2009 porque infringe o princípio da dignidade da pessoa humana, fundamento básico do estado de direito da República Federativa do Brasil. (Aprovada em reunião do dia 31/08/2009).

Como se pode ver, o entendimento jurisprudencial não se afasta dessa conclusão e os tribunais pátrios têm aplicado os preceitos da alínea “B” do interpretando suas cláusulas em favor do segurado, não permitindo que as determinações da SUSEP – SUPERINTENDÊNCIA DE SEGUROS PRIVADOS, tornem-se abusivas, colocando-o em situação desfavorável, em relação ao segurador.

V - DO PEDIDO

Diante dos fatos acima transcritos, bem como com a documentação apresentada, roga-lhe a priori a concessão dos benefícios da assistência judicial gratuita, em caso de eventual recurso, por ser pobre na forma da lei, passo continuo requerer a Vossa Excelência, que se digne ordenar a citação do Suplicado, para querendo, venha a juízo defender-se sob pena de confissão.

REQUER a Vossa Excelência, que seja julgado procedente o pedido de pagamento da indenização do seguro DPVAT, em caráter de urgência, no valor correspondente a R$ 12.150,00 (doze mil cento e cinqüenta reais), independentemente de qualquer gradação da invalidez permanente, decorrentes das lesões físicas sofridas pela vítima de danos pessoais, vez que a legislação que regula a matéria não faz qualquer distinção a esse respeito, ou seja, entre a invalidez permanente total da invalidez permanente parcial, nem estabelece qualquer distinção ou grau de incapacidade, não podendo o devedor instituí - lá em seu próprio benefício;

A citação da ré para que compareça à audiência de

conciliação, instrução e julgamento, sob pena de confissão e revelia;

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A produção de provas, especialmente documental, pericial e depoimento das partes e eventualmente de testemunhas que serão posteriormente arroladas, com ampla produção de prova, inclusive requisição e exibição de documentos, e tudo mais que seja necessário à fiel comprovação dos fatos aqui narrados;

Condenação ainda, nas custas processuais e verbas advocatícias em 20% (vinte) por cento sobre o valor da condenação, em caso de recurso.

Dá-se à causa o valor de R$ 12.150,00 (doze mil cento e cinqüenta reais).

Nesses Termos,

Pede Deferimento.

Parauapebas-PA, 25 de Outubro de 2011

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