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Advogada Ellen de Paula Prudencio EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA____VARA DO TRABALHO DA CAPITAL DE SÃO PAULO/SP VERONICA MARIA FELIX, brasileira, operadora de telemarketing, nascida no dia 12/051984, filha de Ivanilda Maria Felix, portadora da Cédula de Identidade tipo RG nº 33.507.388-8, inscrita no CPF/MF sob nº 322.032.238-71, CTPS Nº 53398 – Série 00252, Pis nº 203.909.683.38-7, residente e domiciliado nesta capital, Rua Antonio Ribeiro Pina, n° 58, Jardim Lidia, Cep: 05862-150, São Paulo/SP, vêm, por sua Advogada in fine” assinada, documento procuratório anexo (doc.01), com escritório na Rua Comendador Antunes dos Santos, nº 700 – SL 01 – Jardim Maracá – São Paulo-SP, CEP 05861-260 vem respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, ajuizar: RECLAMAÇÃO TRABALHISTA PELO RITO SUMARISSÍMO ATENTO BRASIL S/A , inscrita no CNPJ nº 02.879.250/0019-06 com sede nesta capital na Rua Professor Manoelito de Ornelas, n° 303, 3° andar, Cep.: 04719-040, São Paulo/SP E ------------------------------------------------------------------------------------------------------ ------------------------------------------------------------------- Rua Comendador Antunes dos Santos, 700 - Sala 01 - Jardim Maracá - São Paulo - Cep: 05861-260 -Tel.: 11-5511-7795 1

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EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA____VARA DO TRABALHO DA CAPITAL DE SÃO PAULO/SP

VERONICA MARIA FELIX, brasileira, operadora de telemarketing, nascida no dia 12/051984, filha de Ivanilda Maria Felix, portadora da Cédula de Identidade tipo RG nº 33.507.388-8, inscrita no CPF/MF sob nº 322.032.238-71, CTPS Nº 53398 – Série 00252, Pis nº 203.909.683.38-7, residente e domiciliado nesta capital, Rua Antonio Ribeiro Pina, n° 58, Jardim Lidia, Cep: 05862-150, São Paulo/SP, vêm, por sua Advogada “in fine” assinada, documento procuratório anexo (doc.01), com escritório na Rua Comendador Antunes dos Santos, nº 700 – SL 01 – Jardim Maracá – São Paulo-SP, CEP 05861-260 vem respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, ajuizar:

RECLAMAÇÃO TRABALHISTAPELO RITO SUMARISSÍMO

ATENTO BRASIL S/A, inscrita no CNPJ nº 02.879.250/0019-06 com sede nesta capital na Rua Professor Manoelito de Ornelas, n° 303, 3° andar, Cep.: 04719-040, São Paulo/SP E

SAMSUNG ELETRÔNICA DA AMAZÔNIA LTDA, inscrita no CNPJ nº 000.280.273/0002-18 com sede nesta capital na Av. das Nações Unidas, 12901- 8ºandar,Torre Oeste, Brooklin NovoCEP-04578-910 SÃO PAULO-SP, pelos motivos de fato e de direito a seguir expostos e devidamente comprovados:

DA COMISSÃO DE CONCILIAÇÃO PREVIA

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Deixou a Reclamante de submeter a presente reclamatória perante a Comissão de Conciliação Prévia, posto que o Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região dispensou o comparecimento obrigatório junto ao referido órgão, ficando facultativo à parte, não constituindo condição da ação em pressuposto processual, motivo pelo qual, ingressa com a presente ação diretamente nesta Justiça Especializada, conforme Art. 5º, XXXV, da Constituição Federal, e Súmula nº 02 do C. TRT-02 (Resolução Administrativa nº 08/2002 – DJE 12.11.02, 10.12.02 e 13.12.02).

I- Da Responsabilidade Solidária e/ou Subsidiária

A presente reclamação trabalhista é movida em face de duas reclamadas, a reclamante chama a empresa SAMSUNG ELETRÔNICA DA AMAZÔNIA LTDA para integrar a lide na qualidade de litisconsorte, invocando a responsabilidade subsidiária que dela decorre, como conseqüência do contrato de terceirização mantido com primeira reclamada ATENTO BRASIL S/A.

Importa ressaltar que a responsabilidade das pessoas jurídicas de direito privado é fato que não pode sofrer contestação, posto que posicionamento unânime em sede de doutrina e jurisprudência.

É máxima imemorial em matéria de responsabilidade civil que aquele que pode impedir o dano e não impede incide na obrigação de reparar. Há, assim, responsabilidade indireta por atos danosos de pessoas sobre as quais se tem o poder de escolha, vigilância, direção ou subordinação. A errônea interpretação ligada a uma estreita noção de responsabilidade que exige do empregador, comitente, preposto ou equivalente à culpa própria para incidir em responsabilidade tem sido abandonada pelas modernas teorias objetivas.

É nesse contexto que se afere, in abstract, a responsabilidade subsidiária da empresa SAMSUNG ELETRÔNICA DA AMAZÔNIA LTDA no cumprimento das obrigações trabalhistas da empresa fornecedora de mão-de-obra.

Foi a empresa ATENTO BRASIL S/A contratada pela SAMSUNG ELETRÔNICA DA AMAZÔNIA LTDA, que tinha poder e responsabilidade de escolha.

No que se refere a terceirização reputada lícita, o c. TST cristalizou entendimento a respeito, através da Súmula de Jurisprudência Uniforme número 331, item IV, em face do qual o empregador responderá subsidiariamente, pelo inadimplemento das obrigações trabalhistas por parte do fornecedor de mão-de-obra.

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Funda-se este entendimento, na teoria do risco objetivo. Trata-se de uma responsabilidade objetiva, decorrente do fato lesivo em si mesmo e não em razão daquele que o pratica ou o modo como ocorre.

É preciso, pois, que quem contrata, tenha critérios rigorosos na escolha daqueles com quem contrata.

Se assim não o faz, responde por culpa in eligendo. Inexiste qualquer violação a norma ou princípio geral de direito tal interpretação.

A responsabilidade civil é matéria clássica, que encontra ressonância na lei, na doutrina e na jurisprudência pátria desde tempos remotos.

A responsabilidade, in casu, não é solidária, mas subsidiária. Assume, a litisconsorte um risco objetivo de responder subsidiariamente pelos danos causados, quando contrata serviços com ente que possa não ter idoneidade para cumprir com as suas obrigações legais e contratuais.

É suficiente e bastante, destarte, para que se manifeste a responsabilidade subsidiária que se verifique a hipótese de terceirização lícita e que o fornecedor de mão-de-obra, escolhido pelo tomador seja inidôneo.

Se a SAMSUNG ELETRÔNICA DA AMAZÔNIA LTDA foi a beneficiária dos serviços prestados tem responsabilidade social e institucional quanto aos contratos que realiza.

Lícito e legítimo, pois, que se chame a litisconsorte para integrar o pólo passivo da presente relação processual, uma vez que deve responder, subsidiariamente pelas obrigações trabalhistas oriundas da condenação para a primeira reclamada, a ATENTO BRASIL S/A.

Pelo que requer seja rereconhecida a a pertinência subjetiva da SAMSUNG ELETRÔNICA DA AMAZÔNIA LTDA para integrar o pólo passivo da presente demanda, reconhecendo a inexistência de relação de emprego entre ela e a reclamante, mas declarando a sua responsabilidade subsidiária pelo pagamento dos títulos que porventura venha receber da presente demanada.

II-DOS FATOS

Contrato de Trabalho

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A Reclamante foi contratada pela 1º Reclamada em 07 de julho de 2010, para exercer a função de TELEOPERADOR I, percebendo como ultima remuneração a importância de R$ 520,00 (quinhentos oitocentos e setenta reais) para trabalhar no horário das 13:40 às 20:00 de segunda a sábado.

Ocorre que no momento em que fora contratada, obteve a informação de que seu horário de trabalho seria das 8:48 às 17:12 de segunda à sexta no Sac de atendimento da segunda reclamada.

Ocorre Vossa Excelência que desde a sua contratação a reclamante fora prejudicada pelas reclamadas que aproveitam-se de seus funcionários e descumprem totalmente o acertado no momento da celebração do contrato.

A reclamante laborou durante todo o período como teleoperadora, e utilizava fone de ouvido headset e atendia de quarenta a cinquenta ligações por dia, no desempenho da função de teleoperadora, porém sem nunca perceber o adicional de insalubridade.

Em fevereiro de 2011, a Reclamada pagou R$ 250,00 para cada funcionário para não ter que aumentar o salário de acordo com o dissídio que na época seria R$ 590,00 (quinhentos e noventa reais).

Em 03 de junho de 2011 a reclamante requereu seu desligamento.

III- DA JORANDA DE TRABALHO

A reclamante fora admitida para laborar de segunda a sábado das 8:48 às 17:12 de segunda a sexta, bem como aos feriados.

Verifica-se Vossa Excelência que durante todo o pacto laboral, a reclamante realizava sua jornada de trabalho acima do máximo permitido para a categoria profissional, ou seja acima das 6 horas.

IV - DAS HORAS EXTRAS

Conforme demonstrado no item III desta, a Reclamante laborava como teleoperadora, exercendo suas atividades de segunda a sábado e feriados sempre acima do horário permitido pela legislação trabalhista e pela convenção coletiva do sindicato de classe na qual se enquadra a atividade exercida pela reclamante.

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Portanto, conclui-se que a Reclamante laborava em regime de trabalho extraordinário, totalizando mais de 16 horas extras mensais, e durante todo o período laborado recebeu as respectivas horas extras de maneira totalmente errada, pois a mesma laborava em jornada excedente às 06 (seis) horas diárias, conforme o art. 7º, inciso XIV, da Constituição Federal.

As horas extras devidas a Reclamante, no percentual a ser apurado, devem ser calculadas partindo-se da somatória de todas as verbas remuneratórias com seus devidos reflexos, que constituem o rendimento mensal da Reclamante de R$ 520,00(quinhentos e vinte reais).

Ao total obtido, aplica-se o divisor 220 ao valor da hora normal, devendo ser acrescido, às horas extraordinárias, o índice de 50% (cinqüenta por cento), conforme dispõe o art. 7º, inciso XVI da Constituição Federal e havendo o excesso de horas extras, além do limite de 220 horas/mês.

As horas extras por sua habitualidade devem ser consideradas com reflexos e integrações para o cálculo do aviso prévio, férias integrais e proporcionais acrescidas de 1/3 constitucional, referentes ao período de todo pacto laboral descrito no item I desta, 13º salários integrais e proporcionais, D.S.R e FGTS, consoante os Enunciados 151, 45, 172 e 63, todos do TST.

V- DOS DESCONTOS INDEVIDOS – AVISO PRÉVIO E OUTROS DESCONTOS

No Ato de seu pedido de demissão a reclamante informou a primeira reclamada que desejava cumprir seu aviso prévio, porém a mesma as reclamadas dispensaram a reclamante do aviso prévio, porém qual não foi sua surpresa ao verificar em seu termo de rescisão que haviam descontado o aviso prévio, portanto faz jus a reclamante ao pagamento do aviso prévio uma vez que não solicitou a dispensa do mesmo na importância de R$ 585,59.

A primeira reclamada também procedeu em sua TRCT um desconto no valor de R$ 335,89 (trezentos e trinta e cinco reais e oitenta e nove centavos), na qual denominou como “outros descontos”, tal dedução em sua TRCT, fora apenas uma manobra da 1ª reclamada para entregar sua TRCT com valor R$ 0,00, faz jus portando a devolução de tal quantia deduzida de sua recisão sem qualquer razão.

VI - DO ADICIONAL INSALUBRIDADE

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AS atividades da reclamante caracterizavam-se como insalubres em grau médio, nos termos do Anexo nº 13 da NR-15 da Portaria Ministerial nº 3.214/78. Com efeito, a reclamante utilizava fone de ouvido headset e atendia de quarenta a cinquenta ligações por dia, no desempenho da função de teleoperador.

Neste aspecto, esclarece que a utilização de fone de ouvido do tipo headset pode causar dano auditivo, em razão da habitual recepção de sinais sonoros e da proximidade do aparelho com o sistema auditivo.

Pois bem, de acordo com sua CTPS a

reclamante desenvolveu a função de teleoperadora, sendo que nessa

função tinha como atribuições o recebimento e a realização de

ligações telefônicas e utilizava, para isso, fones de ouvido

(headset).

Em decorrência, ficava exposto aos

sinais sonoros recebidos através dos fones de ouvido que

utilizava na execução de suas tarefas. Sabe-se que o

posicionamento do fone dentro ou muito próximo do pavilhão

auricular importa em ampliação e alteração da estrutura do som.

Frente a esse fato, entende-se que o trabalho em tais condições se enquadra no Anexo nº 13 da NR-15 da Portaria Ministerial nº 3.214/78. Ainda que não se trate de serviço de telegrafia ou radiotelegrafia, o trabalho nas condições mencionadas implica a recepção de sinais sonoros da chamada telefônica, cujo enquadramento deve-se dar pelas disposições expressas no Anexo nº 13, de caráter meramente qualitativo, e não quantitativo. Ou seja, relevante é o trabalho com recepção de sinais sonoros por fone e não o nível de ruído.

Nesse sentido, é o entendimento de iterativa jurisprudência, como segue:

EMENTA: ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. TELEFONISTA. ENQUADRAMENTO NAS DISPOSIÇÕES DO ANEXO 13 DA NR 15 DA PORTARIA 3.214/78 DO MTb. Enquadra-se nas disposições do Anexo 13 a telefonista que exerce sua atividade com a utilização de fones de ouvido. Acolhe-se, pois, o apelo da autora, para acrescer à condenação o pagamento do adicional de insalubridade em grau médio à

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reclamante. [...] (TRT 4ª Região – processo nº 01255.018/98-4 – REO/RO – relatora Juíza MARIA HELENA LISOT – julgado em 03-04-2003)

EMENTA: (...) ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. As atividades de telefonista se enquadram na NR-15, anexo 13, Operações diversas -"Telegrafia e radiotelegrafia, manipulação em aparelhos do tipo Morse e recepção de sinais em fones" - da Portaria n.º 3214/78. Por outro lado, a base de cálculo do adicional de insalubridade é o salário mínimo, na forma do art. 192 da CLT e En. 228 do TST. Recurso provido (TRT 4ª Região – processo nº 00804.022/97-6 – RO – relatora Juíza MARIA HELENA MALLMANN SULZBACH – julgado em 13-07-2000)

EMENTA: (...) ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. Atividade de telefonista, desenvolvida em recepção de sinais em fones, é enquadrada como insalutífera nos termos do Anexo 13 da NR 15 da Portaria 3214/78. Atividade que não faz imperiosa a inspeção do local de trabalho, emergindo, por sua condição e natureza, autorizada a avaliação pericial, desativado o local do serviço, segundo o disposto no artigo 429 do CPC (TRT 4ª Região – processo nº 00463.014/97-9 – RO – relator Juiz MILTON VARELA DUTRA – julgado em 24-10-2000).

Diante, da função exercida requer a realização da perícia técnica, bem como o acompanhamento da autora com o Sr. Perito, para comprovação do ambiente insalubre.

Após, deverão ser as reclamadas condenadas ao pagamento de adicional de insalubridade em grau médio, ao longo de todo o contrato de trabalho mantido entre as partes, com repercussão em férias acrescidas do terço constitucional e décimo terceiro salário.

VII-DA PARTICIPAÇÃO NOS LUCROS

Conforme preceituado em Convenção Coletiva de Trabalho clausula 10ª dos anos de 2010 E 2011, aS reclamadas deveriam ter pago a reclamante a título de participação nos lucros e resultados a quantia de R$ 75,00 (setenta e cinco reais) referente aos meses de Julho/2010 a Dezembro/10 até 25/03/2011 bem como R$ 80,00 referentes aos meses de Janeiro/2011 a Junho/2011 porém a reclamante nada recebeu a título de PLR.

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Portanto é a reclamante credor de R$ 155,00(cento e cinquenta e cinco reais) a título de participação nos lucros e resultados, este valor equivale a duas parcelas sonegadas.

VII –VERBAS RESCISÓRIAS

A Reclamante encerrou suas atividades sem receber corretamente as verbas devidas, impostas por disposições legais. Tendo em vista o não pagamento, mesmo tendo a mesma pedido sua demissão tem a Reclamante os seguintes direitos:

a) Do Aviso Prévio Indenizado

Deste modo, tendo em vista que a Reclamada dispensou a Reclamante, pugna pela condenação ao pagamento do aviso prévio indenizado, além dos reflexos e integrações em férias, 1/3 constitucional, 13º salários, D.S.R., tudo atualizado na forma da lei.

b)Gratificação Natalina

Também é devida a gratificação natalina. Faz jus, portanto, a remuneração de 13.º salário proporcional de (01/12), determinada pela Constituição Federal, artigo 7.º, inciso VIII, Lei n.º 4.090, de 13/07/1962, artigos 1.º, §1º; e 3.º, e Enunciados TST 45/148, acrescidas monetariamente. De outra, para ilidir condenação deve comprovar o seu pagamento.

c)Férias Proporcionais:

A obreira é credora das férias proporcionais (11/12) avos referentes ao ano de 2010/2011, acrescidas de um terço constitucional, conforme determina a Constituição Federal, artigo 7.º, inciso XVII.

VIII- DA CORREÇÃO MONETÁRIA

Para apuração das verbas devidas a Reclamante, deverá ser aplicada a correção monetária a partir do

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mês do fato gerador, eis que a tolerância legal para pagamento no mês subseqüente ao vencido trata-se de benefício ao bom pagador. Por outro lado, permite-se o pagamento de verbas inadimplidas em época própria, concedendo prazo para seu pagamento somente no mês subseqüente ao da obrigação, seria o mesmo que fomentar e propiciar o aumento da inadimplência em favorecimento aos maus pagadores.

IX-MULTA DO ARTIGO 477 e 467 DA CLT

As verbas de natureza salarial, deve ser pagas em audiência inaugural, sob pena de aplicação do artigo 467 da C.L.T. e conseqüente pagamento em dobro.

X- DA JUSTIÇA GRATUITA

Esclarece a Reclamante, que é pessoa pobre na acepção jurídica do termo, não estando em condições de demandar, sem sacrifício do sustento próprio e de seus familiares, motivo pelo qual, pede que a Justiça do Trabalho lhe conceda os benefícios da JUSTIÇA GRATUITA, nos termos das Leis n.º. 5.584/70 e 1.060/50, com a redação que lhe deu a Lei n.º 7.510/86.

XI-DO PEDIDO

Diante do exposto, visando à reparação da lesão dos seus direitos, com fulcro no art. 5º, inciso XXXV, da Carta Magna e demais disposições celetistas, vêm pugnar pelo pagamento das seguintes verbas inclusive seus reflexos:

a)Aviso prévio 585,59b)desconto indevido 335,89c)férias 585,59d)abono de férias 195,20e)13º salário 487,99f)horas extras 513,70g) Reflexos das horas extras nos DSRs 108,95h) Reflexos das horas extras nas demais verbas 138,49i)Insalubridade 1.187,34j) Reflexos da insalubridade salarial nos DSRs 238,04l) Reflexos da insalubridade nas demais verbas 364,21m)Reflexo no FGTS 282,29n) Participação nos lucros - PLR 155,00o)multa 477 585,59

VALOR TOTAL LIQUIDO 5.763,87

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p)Juros e correção monetária, consoante causa de Pedir;q)Comprovação das contribuições do INSS;r)Requer ainda, com fulcro na Lei 1060/50, a concessão do benefício da Assistência Judiciária gratuita, por ser a Reclamante pessoa pobre na acepção jurídica do termo.s) Seja a segunda, reclamada responsável solidariamente a primeira reclamada, e na pior das hipóteses, responsáveis subsidiariamente;t) Aplicação da norma coletiva na qual faz reclamante jus.

X-REQUERIMENTO FINAL

Por fim, requer ainda a Reclamante:

Nos termos do art. 841 e §§ da CLT, requer seja a Reclamada regularmente NOTIFICADA para comparecer à audiência, e, se quiser oferecer defesa, sob pena dos efeitos da revelia e aplicação da pena de confissão, devendo, ao final, ser a presente ação julgada PROCEDENTE, condenando-a no pagamento do principal, acrescido de juros, correção monetária e demais cominações.

Protesta provar o alegado por todos os meios de provas em Direito admitidos, especialmente pelo depoimento pessoal da representante legal da Reclamada – sob pena de confissão, oitiva de testemunhas, juntada de documentos, perícias e todos outros que se fizerem necessários.

Da a causa o valor de R$ 5.763,87(cinco mil setecentos e sessenta e três reais e oitenta e sete centavos).

Termos em quePede Deferimento

São Paulo, 15 de julho de 2012.

__________________________ELLEN DE PAULA PRUDENCIO

OAB/SP 268.780

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