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Destaques nesta Edição: Dados Acidentes de Trabalho Dados Estatísticos da ACT 2 FICHA PRÁTICA PRP n.º 12 Sinalização de Segurança 3 Nanomateriais e SST. Quais são os problemas para os Trabalhadores?  10 Estudo sobre Assédio Moral no Trabalho 11 Até maio de 2013, segundo dados da ACT, já foram registados cerca de 47 acidentes de trabalho mor- tais. Estes são números preocupantes… o facto de em Portugal se registar uma morte por dia em resul- tado de acidente de trabalho ou doença profissio- nal, tem necessariamente que fazer refletir sobre as políticas de prevenção nacionais. A prevenção relati- va aos acidentes de trabalho é uma árdua tarefa, estamos em crer, ainda mais nos tempos de crise que atravessamos, em que lamentavelmente se assiste ao desinvestimento na prevenção. Passamos uma parte muito significativa das nossas vidas no local de trabalho, por isso, as condições de trabalho são de uma importância crucial para a saú- de física e mental dos indivíduos pelo que é essencial que apesar da crise, e tendo em conta o retorno que o investimento nesta área representa, quer para os indivíduos, em particular, quer para a sociedade em geral, se continue a investir/ a apostar na Prevenção. Esta é a mensagem que importa reforçar. Esta é a nossa missão. Neste número iremos dar seguimento à publicação de uma ficha prática sobre Sinalização de Seguran- ça, uma área que desempenha um papel importante como forma de informar os trabalhadores dos vários riscos inerentes às suas atividades, conduzindo-os a atitudes preventivas e de proteção, reduzindo o ris- co de acidentes. Destacamos, ainda, publicações sobre as nanotecnolog ias. Editorial Julho-2013 Volume 01 Nº 07  Visite o Boletim Informativo PRP Prevenção de Riscos Profissionais

Acidentes Trabalho Ugt

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  • Destaques nesta Edio:

    Dados Acidentes de Trabalho

    Dados Estatsticos da ACT

    2

    FICHA PRTICA PRP n. 12

    Sinalizao de Segurana

    3

    Nanomateriais e SST. Quais so os problemas para os Trabalhadores?

    10

    Estudo sobre Assdio Moral no

    Trabalho

    11

    At maio de 2013, segundo dados da ACT, j foram

    registados cerca de 47 acidentes de trabalho mor-

    tais. Estes so nmeros preocupantes o facto de

    em Portugal se registar uma morte por dia em resul-

    tado de acidente de trabalho ou doena profissio-

    nal, tem necessariamente que fazer refletir sobre as

    polticas de preveno nacionais. A preveno relati-

    va aos acidentes de trabalho uma rdua tarefa,

    estamos em crer, ainda mais nos tempos de crise

    que atravessamos, em que lamentavelmente se

    assiste ao desinvestimento na preveno.

    Passamos uma parte muito significativa das nossas

    vidas no local de trabalho, por isso, as condies de

    trabalho so de uma importncia crucial para a sa-

    de fsica e mental dos indivduos pelo que

    essencial que apesar da crise, e tendo em conta

    o retorno que o investimento nesta rea representa,

    quer para os indivduos, em particular, quer para a

    sociedade em geral, se continue a investir/ a apostar

    na Preveno. Esta a mensagem que importa

    reforar. Esta a nossa misso.

    Neste nmero iremos dar seguimento publicao

    de uma ficha prtica sobre Sinalizao de Seguran-

    a, uma rea que desempenha um papel importante

    como forma de informar os trabalhadores dos vrios

    riscos inerentes s suas atividades, conduzindo-os a

    atitudes preventivas e de proteo, reduzindo o ris-

    co de acidentes. Destacamos, ainda, publicaes

    sobre as nanotecnologias.

    Editorial

    Julho-2013

    Volume 01 N 07

    Visite o

    Boletim Informativo PRP

    Preveno de Riscos Profissionais

  • ACT

    Acidentes de Trabalho 1. Semestre de 2013

    Sinistralidade laboral

    PRPBoletim de Preveno de Riscos Profissionais Pgina 2

    De acordo com dados da ACT, neste 1. Semestre de 2013 janeiro a 14 de maio (ltima atualizao)

    registaram-se em Portugal cerca de 47 acidentes de trabalho mortais.

    Quadro 1Acidentes de trabalho mortais objeto de inqurito pela ACT, registados entre janeiro a maio de 2013

    Sinistralidade Laboral Mortal janeiro a maio de 2013

    Nas instalaes

    32

    In Itinere

    11

    Em viagem, transporte ou circulao

    4

    ACT

    Acidentes de trabalho mortais objeto de inqurito pelos inspetores do

    trabalho - 2012

    Tipo de acidente 2011 2012

    Nas instalaes 128 116

    In itinere 14 16

    Em viagem, transporte ou circulao

    19 17

    Total 161 149

    Atividades Econmicas 2011

    2012

    Agricultura, Produo Animal, Caa, Floresta e Pesca 16 23

    Indstrias Extrativas 5 5

    Indstrias Transformadoras 20 34

    Eletricidade, Gs, Vapor, gua Quente e Fria e Ar Frio 0 0

    Captao, Tratamento e Distribuio de gua; Saneamento, resduos 3 1

    Construo 48 43

    Comrcio por grosso e a retalho; Reparao de veculos automveis 12 10

    Transportes e Armazenagem 11 13

    Alojamento, restaurao e similares 3 1

    Actividades de Informao e de Comunicao 1 0

    Actividades Financeiras e de Seguros 0 1

    Actividades Imobilirias 0 1

    Actividades de Consultoria, Cientficas, Tcnicas e Similares 2 2

    Actividades Administrativas e dos Servios de Apoio 3 4

    Administrao Pblica e Defesa; Segurana Social Obrigatria 4 2

    Educao 0 0

    Actividades de Sade Humana e Apoio Social 0 2

    Actividades Artsticas, de Espectculos, Desportivas e Recreativas 0 1

    Outras Actividades de Servios 2 0

    Actividades das Famlias Empregadoras de Pessoal Domstico 1 1

    Actividades dos Organismos Internacionais e Outras Instituies Extra-

    territoriais 0 0

    Em averiguao 30 5

    Total 161 149

    Quadro 2Acidentes de trabalho mortais

    objeto de inqurito pela ACT, em 2012

    Quadro 3Acidentes de trabalho mortais por atividade, em 2012

  • Ficha Prtica n. 12

    Sinalizao de Segurana

    Pgina 3 Volume 01 N 07

    5Quais as classificaes legais para os dife-

    rentes sinais?

    Sinal de proibio - o sinal que probe

    um comportamento;

    Sinal de aviso - o sinal que adverte de

    um perigo ou de um risco;

    Sinal de obrigao - o sinal que impe

    certo comportamento;

    Sinal de salvamento ou de socorro - o

    sinal que d indicaes sobre sadas de emergn-

    cia ou meios de socorro ou salvamento;

    Sinal de indicao - o sinal que fornece

    indicaes no abrangidas por sinais de proibi-

    o, aviso, obrigao e de salvamento ou de

    socorro;

    Cor de segurana - cor qual atribudo

    um determinado significado;

    Smbolo ou pictograma - a imagem que

    descreve uma situao ou impe um determina-

    do comportamento e que utilizada numa placa

    ou superfcie luminosa;

    Placa - o sinal que combina uma forma

    geomtrica, cores e um smbolo ou pictograma,

    visando fornecer uma indicao cuja visibilidade

    deva ser garantida por iluminao adequada;

    Lei n. 102/ 2009, de 10 de Setembro,

    Artigo 103.

    A sinalizao pretende condicionar e orientar a atuao do indivduo perante situaes de risco para as

    quais se pretende chamar a ateno. A sinalizao adequada dos riscos profissionais constitui uma efe-

    tiva medida de preveno dos riscos profissionais a que os/as trabalhadores/as se encontram. A sinali-

    zao de segurana e sade uma condio bsica essencial de preveno dos riscos profissionais,

    revestindo-se de grande importncia nos locais de trabalho, na medida em que alerta os/as trabalhado-

    res/as para os riscos a que se encontram expostos.

    1O que a sinalizao de segurana?

    Entende-se por sinalizao de segurana a que

    est relacionada com um objeto, uma atividade

    ou uma determinada situao que fornece uma

    indicao, ou uma prescrio relativa segurana

    e sade no trabalho., ou a ambas atravs de:

    uma placa com cor de segurana com pictogra-

    ma;

    um sinal luminoso ou acstico;

    uma comunicao verbal;

    um sinal gestual.

    2Qual o objetivo da sinalizao de segurana?

    Tem por objetivo chamar a ateno, de uma for-

    ma rpida e inteligvel, para objetos, e situaes

    susctiveis de provocar perigo.

    3Qual a legislao aplicvel?

    O Decreto-Lei n. 141/ 95, de 14 de novembro

    estabelece as prescries mnimas relativas sina-

    lizao de segurana e sade no trabalho e a Por-

    taria n. 1456 A/ 95, de 11 de dezembro.

    4A quem compete sinalizar?

    Compete ao empregador garantir a existncia de

    sinalizao de segurana e sade no trabalho, de

    acordo com a legislao em vigor, sempre que os

    riscos no puderam ser evitados ou suficiente-

    mente diminudos com meios tcnicos de prote-

    o coletiva ou com medidas de preveno, mto-

    dos e alterao dos processos de trabalho. Decre-

    to lei n. 141/ 95, n. 1 do artigo 5..

    A sinalizao de segurana e sade uma condio bsica essencial de preveno dos riscos profis-

    sionais .

  • Placa adicional - placa utilizada em conjunto com

    outra placa e que fornece indicaes complementares

    a esta;

    Sinal luminoso - o sinal emitido por um dispositivo

    composto por materiais transparentes ou translci-

    dos, iluminados a partir do interior ou pela retaguar-

    da, de modo a transform-lo numa superfcie lumino-

    sa;

    Sinal acstico - o sinal sonoro codificado, emitido e

    difundido por um dispositivo especfico, sem recurso

    voz, humana ou sinttica;

    Comunicao verbal - a mensagem verbal predetermi-nada que utiliza voz, humana ou sinttica;

    Sinal gestual - o movimento, ou uma posio dos bra-

    os ou das mos, ou qualquer combinao entre eles,

    que, atravs de uma forma codificada, oriente a reali-zao de manobras que representem risco ou perigo

    para os trabalhadores.

    6Existe alguma sinalizao que deve estar afixada

    de forma permanente nas empresas?

    Artigo 6. do DL 141/ 95

    De acordo com a legislao, tm carcter permanente:

    As placas de proibio, aviso e obrigao;

    As placas de localizao e identificao dos

    meios de salvamento e de socorro;

    As placas e cores de segurana destinadas a

    localizar e a identificar o material e equipamento de

    combate a incndios;

    As placas e cores de segurana destinadas a

    indicar o risco de choque contra obstculos e a queda

    de pessoas;

    As placas e rotulagens de recipientes e tuba-

    gens;

    A marcao, com uma cor de segurana, de

    vias de circulao.

    7Quais as caratersticas da sinalizao?

    Os sinais tm pictogramas e cores diferentes consoan-

    te o seu significado, para que o/a trabalhador/a possa compreender o sinal de segurana de uma forma rpi-da e correta.

    Sinalizao de Segurana (cont.)

    A importncia da sinalizao de segurana

    Reside no facto de estimular e desenvolver a ateno do/a trabalhador/a para os riscos a que est exposto/a, e permitindo-lhe recordar as ins-trues e os procedimentos adequados em situa-es concretas.

    O Quadro seguinte permite o entendimento desta

    questo.

  • Sinalizao de Segurana (cont.)

    Pgina 5

    8Qual a sinalizao que no tem carter permanente? Artigo 7. do DL 141/ 95

    De acordo com a legislao, tm carter acidental, ou seja, a sua utilizao deve ser restringida ao tempo estri-

    tamente necessrio:

    - Os sinais luminosos ou acsticos, ou as comunicaes verbais destinadas a chamar a ateno para aconteci-

    mentos perigosos, a chamar pessoas para uma ao especfica ou a facilitar a evacuao de emergncia de pes-

    soas;

    - Os sinais gestuais ou as comunicaes verbais destinadas a orientar pessoas que efetuam manobras que impli-

    quem riscos ou perigos.

    9Quais as principais regras para afixao da sinalizao?

    Artigo 8. do DL 141/ 95

    O empregador deve garantir a acessibilidade e a clareza da mensagem da sinalizao de segurana e de sade

    no trabalho. Por isso, deve garantir o nmero suficiente de sinalizao e sua localizao inadequada, o bom

    estado de conservao e adequado funcionamento dos seus dispositivos.

    A colocao e utilizao da sinalizao de segurana e de sade implica, nomeadamente:

    a) Evitar a afixao de um nmero excessivo de placas na proximidade umas das outras;

    b) No utilizar simultaneamente dois sinais luminosos que possam ser confundidos;

    c) No utilizar um sinal luminoso na proximidade de outra fonte luminosa pouco ntida;

    d) No utilizar dois sinais sonoros ao mesmo tempo;

    e) No utilizar um sinal sonoro, quando o rudo ambiente for demasiado forte.

    Cor Significado ou finalidade Indicaes e precises

    Vermelho

    Sinal de proibio Atitude perigosa

    Perigo de alarme Stop, pausa, dispositivos de corte

    de emergncia. Evacuao

    Material de equipamento de

    combate a incndios

    Identificao e localizao

    Amarelo ou amarelo alaranjado

    Sinal de aviso Ateno, precauo. Verificao.

    Azul

    Sinal de obrigao Comportamento ou ao especfi-

    ca. Obrigao de utilizar equipa-

    mento de proteo individual

    Verde Sinal de salvamento ou de

    socorro

    Portas, sadas, vias, material, pos-

    tos, locais especficos

    Situao de segurana

    Regresso normalidade

  • 10A sinalizao pode ser utilizada em conjunto?

    Podem ser utilizados simultaneamente vrios sinais,

    como sendo:

    Sinais luminosos e sinais acsticos faris,

    lmpadas, buzinas, etc.

    Sinais luminosos e comunicao verbal voz

    humana (altifalante) ou voz sinttica;

    Sinais gestuais e comunicao verbal: movi-

    mento dos braos ou das mos para orientar os/

    as trabalhadores/as em manobras consideradas

    perigosas.

    11Quais os erros a evitar na sinalizao?

    No basta ao empregador colocar a sinalizao,

    fundamental que controle a sua eficincia, o seu

    estado de conservao e funcionamento, tal como

    j referido.

    Assim deve-se evitar:

    A afixao de um nmero excessivo de placas

    na proximidade umas das outras;

    Utilizar simultaneamente dois sinais luminosos

    que possam ser confundidos;

    Utilizar um sinal luminoso na proximidade de

    outra fonte luminosa pouco ntida;

    Utilizar dois sinais de socorro ao mesmo tempo;

    Utilizar um sinal sonoro, quando o rudo

    ambiental for demasiado forte.

    Sinalizao de Segurana (fim.)

    Pgina 6 Volume 01 N 07

    ACT - Ao Inspetiva em fora

    A ACT tem vindo a desenvolver um conjunto de

    aes inspetivas, desde o princpio do ms de

    julho. Com efeito, a mais recente, levada a cabo no

    passado dia 8 segunda-feira realizou-se no

    setor da restaurao e bares nos concelhos de Oei-

    ras e Cascais, tendo sido fiscalizadas 70 empresas

    do setor da restaurao e bares em praias desde

    Paos de Arcos at Cascais. A ao abrangeu,

    pois, um total de 70 estabelecimentos envolvendo

    inspetores da ACT, do SEF e agentes da PSP, tendo

    sido detetadas vrias irregularidades relacionadas

    com a segurana e sade e com as situaes de

    trabalho no declarado.

    Foram, nesta medida, detetadas diversas irregula-

    ridades relacionadas com a segurana e sade,

    com o trabalho no declarado e com situaes de

    falsos recibos verdes. Foram, igualmente, sinaliza-

    dos um elevado nmero de trabalhadores no

    declarados Segurana Social e Administrao

    Fiscal.

    Assim, de acordo com a notcia que consta do Site

    da ACT, foram identificados cerca de 510 trabalha-

    dores, dos quais 459 em situao regular e 51 em

    situao irregular, bem como 140 estrangeiros.

    J no passado dia 5 de julho a ACT realizou uma

    ao inspetiva na Ilha de Tavira, igualmente dirigi-

    da ao setor da restaurao. Nesta ao inspetiva

    foram fiscalizados 8 estabelecimentos, sendo ado-

    tados 11 procedimentos coercivos por trabalho no

    declarado.

    Saiba mais sobre a ao inspetiva da ACT

    Notcias Relevantes

  • A consulta visa recolher ideias e contribuies de

    todos os cidados e organizaes com interesse na

    rea sobre um possvel novo instrumento poltico de

    alto nvel da UE em matria de SST.

    Lszl Andor, o Comissrio para o Emprego, Assun-

    tos Sociais e Incluso, afirmou: Os acidentes de

    trabalho atingiram o mais baixo nvel de sempre e as

    normas de sade e segurana no trabalho da Unio

    Europeia so uma referncia para o resto do mundo.

    O investimento na segurana no trabalho compen-

    sador, pois conduz a uma maior produtividade e a

    um bem-estar acrescido dos trabalhadores, a uma

    reduo do absentismo e da rotao de efetivos e a

    uma maior satisfao no trabalho, em especial

    durante a crise. Esta rea de interveno poltica, no

    entanto, tambm enfrenta desafios que precisam de

    ser resolvidos em conjunto por todos ns.

    Aceda Aqui .

    Comisso Europeia lana consulta pblica sobre nova Estratgia

    Comunitria de SST.

    Pgina 7 Volume 01 N 07

    Aps a publicao do documento de trabalho "Avaliao da estratgia da UE em matria de SST

    2007-2012" da Comisso, em 31 de maio de 2013, a Comisso lanou uma "consulta pblica sobre o

    novo trabalho da UE quadro da poltica de segurana e sade".

    Doenas Profissionais: Comis-

    so Europeia lana Relatrio

    abrangente A Comisso Europeia publicou um Relatrio ,no

    incio de junho, sobre doenas ocupacionais

    reportado a 29 pases europeus. O Relatrio

    centra-se num conjunto vasto de questes: reco-

    nhecimento, remunerao, preveno, epide-

    miologia, conscincia pblica, dados estatsticos,

    entre outros.

    Este Relatrio analisa, igualmente, as posies

    das partes interessadas - governo, parceiros

    sociais e seguradoras - e discute os riscos emer-

    gentes e as boas prticas de preveno.

    O Relatrio sugere formas de melhorar a situa-

    o, tais como: a intensificao da troca de infor-

    maes e experincias entre os pases sobre a

    deteo e a compensao das doenas profissio-

    nais, uma melhor comunicao das informaes

    Comisso Europeia sobre as listas nacionais e

    programas nacionais de investigao, bem como

    uma melhor cooperao entre a Comisso Euro-

    peia e as diferentes partes interessadas - EU-

    OSHA, EUROSTAT, Eurofound, Comit Consultivo

    para a Segurana e a Sade no Trabalho - e ainda

    as medidas prticas a serem implementadas nos

    Estados-Membros no sentido de serem melhora-

    das tanto a preveno como a deteo das doen-

    as profissionais.

    Consulte o Relatrio Aqui .

  • Os nanomateriais so peque-

    nas partculas com um gran-

    de potencial, mas as preocu-

    paes com os seus riscos

    potenciais para a sade e a

    segurana so igualmente

    grandes. Os nanomateriais

    so utilizados, manuseados e

    processados em muitos locais

    de trabalho. Por este motivo,

    devem ser adotadas medidas

    prudentes de gesto dos ris-

    cos relacionados com a utili-

    zao destes materiais no

    local de trabalho.

    Leia os mais recentes e-facts

    publicados pela EU-OSHA

    sobre as ferramentas de ges-

    to de riscos disponveis para

    os nanomateriais no local de

    trabalho, e as recomendaes

    mais especficas sobre a pre-

    veno da exposio aos

    nanomateriais nos cuidados

    de sade e nos trabalhos de

    manuteno.

    A Revista Time Magazine listou os acidentes de trabalho mais

    graves ocorridos este ano. O maior deles ocorreu no Bangladesh

    onde o desabamento de um complexo industrial matou 1.127

    trabalhadores. Segue uma pequena resenha dos acidentes

    ocorridos:

    - O complexo industrial de oito andares andares Rana Plaza

    desbou matando cerca de 1.127 pessoas no Bangladesh. De acordo

    com a revista pelo menos 3,5 mil trabalhadores estavam dentro do

    edficio que alojava cinco fbricas de produo de vesturio, no

    momento do acidente.

    - Uma fbrica de aves incendiou no nordeste da China, provocando

    a morte de 119 pessoas e ferindo dezenas de pessoas. Segundo

    relatrios posteriores, aponta-se que as portas do local se

    encontravam trancadas, impedindo os trabalhadores de sairem

    para o exterior.

    - Uma exploso distruiu a sede de uma empresa de petrlio no

    Mxico, provocando a morte a 37 trabalhadores. Aps o acidente,

    as autoridades mexicanas concluram que o problema ocorreu

    devido a uma fasca causada por falha eltrica que nflamou um

    local que continha gs armazenado.

    - Uma exploso destruiu uma fbrica de fertilizantes no Texas,

    Estados Unidos. O acidente teve origem num incndio que se alastrou at ao local onde estava armazenado combustvel.

    - Uma exploso de gs destruiu um complexo de escritrios em

    Praga, capital da Repblica

    Checa. A exploso deixou

    cerca de 40 trabalhadores

    feridos.

    Consulte a Lista Aqui

    PRP Pgina 8

    Gesto de Riscos dos Nano-

    materiais no Trabalho Revista Time faz listagem dos maiores

    acidentes de trabalho em 2013

  • Lista de Acidentes de Trabalho

    Mortais registados em Portugal no

    1. Semestre de 2013

    Pretende-se com este suporte informativo

    registar os acidentes de trabalho mortais

    ocorridos durante este ano, no nosso pas .

    Pgina 9 Volume 01 N 07

    Publicaes UGT Diferentes culturas no local de trabalho: Garantir a Segurana e a Sade atravs da liderana e da participao O Relatrio Diverse cultures at work: ensuring safety and

    health through leadership and participation publicado no

    final de maio pela Agncia Europeia de Segurana e Sade

    no Trabalho revela que a falta de sensibilizao para as

    diferenas culturais pode gerar consequncias graves no

    mundo laboral.

    Ressalta, contudo, que as organizaes podem e devem

    ser mais inclusivas e utilizar a diversidade para obter efei-

    tos positivos, como fonte de aprendizagem, mudana e

    renovao.

    O Relatrio alerta para a necessidade de se criar um clima

    de segurana construtivo, partilhado por todos os mem-

    bros de uma fora de trabalho diversificada.

    Aplica teorias transculturais ao local de trabalho e

    demonstra em que medida a liderana e a participao dos

    trabalhadores so fundamentais para a melhoria da segu-

    rana e da sade em locais de trabalho culturalmente

    diversificados.

    Recomenda que os gestores adaptem o seu estilo de lide-

    rana, combatam as barreiras lingusticas e forneam uma

    formao eficaz aos trabalhadores para que estes consi-

    gam superar as questes interculturais, fomentando assim

    um ambiente de trabalho inclusivo.

    Consulte o Relatrio, apenas disponvel em ingls Aqui.

    Campanha Juntos na Preveno de Riscos Profissio-nais.

    Outras Publicaes

    OSHA

    Esta Lista no exaustiva, na

    medida em que resulta apenas

    da consulta aos rgos de

    comunicao nacionais.

  • Nanomateriais e Segurana e Sade e no Trabalho. Quais so os problemas

    para os Trabalhadores?

    Pgina 10 Volume 01 N 07

    A ETUI tem publicado ao longo dos anos um con-

    junto de informaes sobre as nanotecnologias.

    Esta brochura sobre a produo e utilizao de

    nanomateriais nos locais de trabalho a mais

    recente publicao.

    A cada dia a nanotecnologia encontra-se mais pre-

    sente no desenvolvimento de novos produtos e pro-

    cessos industriais. A manipulao de partculas

    nanomtricas tem aberto inmeras oportunidades

    de desenvolvimento de novos produtos e materiais.

    Porm, a sua utilizao exige uma nova anlise e

    avaliao dos processos, procedimentos e disposi-

    tivos industriais de forma a garantir a proteo dos

    trabalhadores e utilizadores.

    O que sabemos dos riscos envolvidos ainda mui-

    to limitado e escasso, pelo que esta publicao

    mais um contributo para o entendimento desta vas-

    ta e complexa problemtica.

    O INSHT Instituto Nacional de Segurana e

    Higiene do Trabalho em Espanha, publicou

    recentemente este importante documento com

    orientaes para a avaliao de fatores de risco

    psicossocial em que so definidas as seguintes

    fases:

    Fase 1. Identificao dos fatores de risco

    Fase 2. Escolha da metodologia, tcnicas e instru-

    mentos

    Fase 3. Planeamento e realizao de trabalho de

    pesquisa

    Fase 4. Anlise e processamento de resultados

    Fase 5. Desenvolvimento e implementao de um

    programa de Interveno

    Fase 6. Monitorizao e controle de medidas

    tomadas

    Faculta pistas e fontes de informao teis para se

    proceder correta avaliao de riscos, explicando

    de uma forma simples e objetiva todos os procedi-

    mentos a ter em conta.

    Recomendamos, pois, a leitura desta publicao.

    Aceda ao documento Aqui .

    Publicao Algumas Orientaes para a

    Avaliao dos Riscos Psicossociais

    Pgina seguinte Assdio

    moral no Trabalho

  • Pgina 11

    Estudo sobre o Assdio Moral

    O caso do setor bancrio

    Compreender o fenmeno do assdio moral no

    mundo do trabalho, levanta algumas questes.

    Porqu e como acontece? Quem so as vtimas?

    Quem so os agressores? Quais as consequncias?

    Como a vtima se pode defender? Que proteo legal

    existe?

    O fenmeno do assdio moral no novo no mundo

    do trabalho. No entanto, o seu estudo recente. A

    investigao sobre este fenmeno, no nosso pas ,

    ainda, escassa, pelo que sugerimos neste Blog, a

    consulta da Tese de Doutoramento de Ana Teresa

    Verdasca[1] sobre o assdio moral no setor bancrio

    portugus (elaborado sob a orientao de Antnio

    Garcia Pereira).

    Foi realizada uma anlise emprica, utilizando

    simultaneamente uma metodologia quantitativa e

    qualitativa, e tendo como objetivos especficos os

    seguintes:

    Medir o nvel de incidncia de assdio moral quer

    em termos de auto-percepo (subjetivo) quer em

    termos comportamentais (objetivo);

    Caraterizar a experincia de ser alvo de assdio

    moral, identificar os comportamentos mais

    frequentes e principais estratgias utilizadas pelas

    vtimas, no decorrer do processo;

    Analisar a relao entre diversos fatores

    organizacionais e socioeconmicos e a ocorrncia de

    assdio moral no local de trabalho;

    Apontam-se algumas Concluses:

    - 5,9% dos inquiridos foram alvo de assdio moral

    frequente nos ltimos 12 meses, 24,8% foram alvo de

    - 23,4% dos inquiridos foram testemunha de

    situaes de assdio moral no seu local de traba-

    lho;

    42,4% das vtimas a experincia de assdio teve

    uma durao superior a 3 anos;

    A maioria dos casos (46,7%) refere ter sido vti-

    ma juntamente com os colegas do grupo de tra-

    balho;

    Uma percentagem relativamente menor de vti-

    mas (43,3%) refere ter sido alvo de assdio de

    forma isolada;

    Na maioria dos casos (53,6%) as vtimas de ass-

    dio frequente referem ter sido assediadas por

    agressores do sexo masculino e 39,3% por agres-

    sores de ambos os sexos, sendo que apenas

    7,1% dos alvos referem ter sido alvo de assdio

    por agressores do sexo feminino;

    Relativamente posio formal dos agressores,

    75,8% das vtimas referem ter sido alvo de ass-

    dio por parte de um superior hierrquico,

    enquanto apenas 15,2% referem, como agresso-

    res, os colegas de trabalho;

  • No prximo n. do nosso PRP pretendemos apresen-

    tar um caso de um trabalhador vtima de assdio

    moral no trabalho.

    - No que se refere aos comportamentos mais

    frequentes, as vtimas de assdio moral de

    carcter severo (ou frequente) referem

    frequentemente que em 69,7% dos casos As

    suas opinies ou pontos de vista so

    ignorados, em 57,6% dos casos O seu

    trabalho ou os esforos que faz para o realizar

    so persistentemente criticados e tem uma

    carga de trabalho excessiva;

    - 54,5% dos casos O seu trabalho

    excessivamente controlado. Estas mesmas

    vtimas de assdio moral frequente referem

    que, ocasionalmente, em 30,9% dos casos Tem

    uma carga de trabalho excessiva, em 23,7%

    dos casos O seu trabalho excessivamente

    controlado, e em 21,6% dos casos -lhe

    sugerida a realizao de trabalhos claramente

    abaixo do seu nvel de competncia;

    - Relativamente s estratgias seguidas pelas

    vtimas de assdio moral frequente ou severo,

    quando confrontadas com uma situao de

    assdio, temos que as estratgias mais

    frequentemente utilizadas, de forma frequente,

    so: Pensou em mudar de emprego (57,6%),

    Decidiu ignorar a situao e proceder como se

    nada se passasse (51,6%) e Dedicou-se ainda

    mais ao seu trabalho (48,5%);

    ocasionalmente133 Pediram ajuda aos seus

    colegas de trabalho (57,65), Decidiram

    dedicar-se ainda mais ao seu trabalho (48,5%)

    e Enfrentaram o agressor respondendo na

    mesma moeda (45,5%).

    Consulte o Estudo sobre Assdio Moral no

    Local de TrabalhoO caso do sector bancrio

    portugus Aqui.

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    Com o apoio

    Uma publicao

    Departamento de Segurana e Sade

    no Trabalho da UGT

    Assdio Moral (cont.)