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ACOMPANHAMENTO FARMACOTERAPÊUTICO APLICADO AOS
PORTADORES DE ÚLCERAS DO TRATO GASTRINTESTINAL:
IMPORTÂNCIA DO USO RACIONAL DE MEDICAMENTOS
PHARMACOTERAPEUTIC SURVEILLANCE APPLIED TO
GASTRINTESTINAL TRACT ULCER CARRIERS: IMPORTANCE OF
RATIONAL USE OF MEDICINES
SANTOS, Patrícia Miranda dos1
COSTALONGA, Karina2
DESQUIAVONE, Lucas Lima3
SANTILIANO, Bethânia Ribeiro de Almeida4
RESUMO A úlcera péptica é uma doença do trato gastrointestinal caracterizada por lesão da mucosa a presença de ácido clorídrico e pepsina. Trata-se de uma das doenças de maior prevalência mundial, apresentando como principais fatores de ocorrência o tabaco, as bebidas alcóolicas, a infecção por Helicobater pylori e ainda o uso irracional de AINES. Assim, objetivou-se com o presente estudo analisar os parâmetros fisiopatológicos do sistema gastrointestinal e evidenciar as principias terapias farmacológicas aplicadas. Foi realizado um levantamento bibliográfico, utilizando-se como base o Scielo, o Medline, o Lillacs e o Pubmed, além de obras pertinentes ao tema abordado. Com o presente estudo, pode-se verificar a relevância do papel dos profissionais de saúde na promoção do uso racional de medicamentos, evitando a reincidência de doenças que comprometem o trato gastrointestinal. Palavras-chave: Úlcera péptica; Helicobacter pylori; Farmacoterapia; Uso racional de Medicamentos. ABSTRACT Peptic ulcer is a gastrointestinal tract disease characterized by mucosal injury in the presence of acid and pepsin. It is one of the most prevalent diseases worldwide, with tobacco, alcoholic beverages, Helicobacter pylori infection and the irrational use of NSAIDs as the main factors. Hus, the objective of this study was to analyze the
1 Graduanda do Curso de Farmácia do Centro Universitário São Camilo-ES – [email protected].
2 Graduando do Curso de Farmácia do Centro Universitário São Camilo-ES – [email protected].
3 Graduando do Curso de Farmácia do Centro Universitário São Camilo-ES – [email protected].
4 Farmacêutica com especilização em análises clínicas e Toxicologia, e gestão em assistência farmacêutica; Mestre
em Farmacologia clínica. Centro Universitário São Camilo-ES, [email protected]. Cachoeiro de
Itapemirim – ES, julho de 2017.
2
pathophysiological parameters of the gastrointestinal system and to demonstrate the main pharmacological therapies applied. A bibliographic survey was carried out using Scielo, Medline, Lillacs and Pubmed, as well as works related to the topic. With the present study, one can verify the relevance of the role of health professionals in promoting the rational use of medications, avoiding the recurrence of diseases that compromise the gastrointestinal tract. Keywords: Peptic ulcer; Helicobacter pylori; Pharmacotherapy; Rational Use of Medications.
1. INTRODUÇÃO
Caracterizada por lesão da mucosa e submucosa gástrica na presença de ácido
clorídrico e da pepsina, as úlceras pépticas tratam-se de uma das doenças de maior
prevalência mundial. (GOMEZ e CORDERO, 2015). Esta prevalência difere
mundialmente entre as úlceras gástricas e as duodenais, podendo acometer qualquer
faixa etária, com maior prevalência para portadores entre 30 a 60 anos. (VOMERO e
COLPO, 2014). Apesar das últimas décadas revelar uma significativa redução em sua
incidência, as úlceras pépticas ainda requerem atenção, considerando propiciarem
significativos índices de morbimortalidade por acometimento de complicações, como no
caso da hemorragia digestiva alta (HDA) e perfurações. (TONETO, OLIVEIRA e
LOPES, 2011; BILBAO et al., 2007). Em cuba, as HDAs correspondem à primeira causa
de ingresso nos hospitais gerais, que, segundo relatos, revelam extravasamento
sanguíneo tanto pela boca (hematêmese) quanto pelo ânus (melena, enterorragia).
(SOSA et al., 2015).
Com relação aos parâmetros epidemiológicos, estudos demonstram maior
predominância de úlceras em indivíduos do sexo masculino. (VOMERO e COLPO,
2014; SAMANIEGO, CASCO e CRISTALDO, 2005). Todavia, no que se refere a etnia,
segundo estudo realizado por Vomero e Colpo (2014), as úlceras duodenais são
consideradas raras em pessoas negras no continente Africano, mas, em contrapartida,
apresentam a mesma proporção de incidência para negros e brancos nos Estados
Unidos da América.
O primeiro caso reconhecido por úlcera gástrica perfurada foi registrado no ano
de 167 a.C. (GOMEZ e CORDERO, 2015). Mas, apesar da infecção em úlceras
gastrointestinais serem reconhecidas desde a antiguidade, somente no último século
3
ocorreram avanços que modificaram profundamente a melhor compreensão acerca da
fisiopatologia e o aprimoramento dos tratamentos adequados. (TONETO, OLIVEIRA e
LOPES, 2011). Este fato, pode ser verificado em estudos realizados pelo patologista
australiano Robin Warren entre as décadas de 1970 a 1980, que, utilizando coloração
de prata para avaliação de biópsias de úlceras pépticas, identificou bactérias curvas
que colonizavam o antro gástrico dos hospedeiros. Nas décadas subsequentes, seu
discípulo, Barry Marshall, em prosseguimento ao trabalho, descreveu as propriedades
microbiológicas dessas bactérias, sendo denominadas Campylobacter pylori. Estudos
realizados por Bilbao e colaboradores no ano de 2007 revelaram que de 116 pacientes
avaliados com problemas gastrointestinais, 50% estavam infectados por H. pylori.
(BILBAO et al., 2007).
Assim, no início do século XX, a ulceração péptica era considerada associada a
maus hábitos alimentares e ao estresse, sendo recomendado como tratamento o
repouso e dieta livre de substâncias que promovessem a irritação gástrica, sendo os
procedimentos cirúrgicos não recomendados frente sua baixa ou nenhuma eficácia.
(GOMEZ e CORDERO, 2015). No entanto, nos dias atuais, diversas são as causas das
úlceras gastrointestinais, em especial as pépticas, destacando-se o estresse,
alimentação inadequada, consumo do tabaco, consumo exacerbado do álcool,
utilização de drogas ilícitas e ainda o consumo irracional de medicamentos
antiinflamatórios não esteoidais, além do risco de infecção bacteriana. (OSCANOA-
ESPINOZA e LIZARASO-SOTO, 2015; SOSA et al., 2015; GUILLEN, ESPINOZA e
GUZMÁN, 2014; CASTRO, MATSUO e NUNES, 2010; SILVA et al., 2000;
SAMANIEGO, CASCO e CRISTALDO, 2005).
De acordo com Carvalho (2013) e Casali et al (2012), a infeção pela bactéria
Helicobacter pylori e a utilização dos os anti-inflamatórios não esteroides são
considerados os principais fatores de risco no desenvolvimento desta patologia e seus
agravos. Assim, o exame de endoscopia digestiva alta tem se apresentado um método
bastante eficaz no diagnóstico de úlceras pépticas, considerando a possibilidade de
observação macroscópica da lesão e ainda propiciando um diagnóstico histológico e/ou
microbiológico; e, o tratamento mais indicado na atualidade trata-se da farmacoterapia
4
pelos inibidores da bomba de prótons associados concomitantes a terapia
antimicrobiana para a erradicação da infeção, quando presente.
Neste contexto, objetivou-se com o presente estudo analisar os parâmetros
fisiopatológicos do sistema gastrointestinal e evidenciar as principias terapias
farmacológicas aplicadas.
2. METODOLOGIA
Trata-se de uma pesquisa exploratória a partir da análise de um estudo de
revisão bibliográfica. Os dados coletados foram consolidados e comparados à literatura
a partir de um estudo de revisão bibliográfica utilizando-se as bases Scielo, Lillacs,
Medline e Pubmed, além de pesquisa em obras literárias pertinentes ao tema. A
pesquisa ocorreu no período de julho de 2016 a julho de 2017, sendo utilizados como
descritores os termos “úlceras gástricas”; “úlceras pépticas”; “uso racional de
medicamentos”; e “atenção farmacêutica”.
3. DISCUSSÃO
3.1 Fisiologia do Trato Gastrintestinal
O trato gastrintestinal tem como funções principais a digestão e absorção de
alimentos, sendo um dos principais sistemas endócrinos do corpo, além de possuir seu
próprio controle neuronal e hormonal. (GUYTON e HALL, 2017).
O controle neural é constituído por dois plexos intramurais sendo o primeiro
denominado de plexo mioentérico ou plexo de Auerbaclt, localiza-se entre a camada
muscular mais externa, longitudinal, e a camada média, circular; e, o segundo, trata-se
do plexo submucoso ou plexo de Meissner, localizado no lado luminal da camada
muscular circular. Tais plexos são interconectados e suas células ganglionares recebem
fibras parassimpáticas pré-ganglionares do vago, das quais são principalmente
colinérgicas e excitatórias, e algumas de natureza inibitórias. (RANG e DALE, 2011).
As fibras simpáticas são, em sua maior parte, pós-ganglionares, que, além de
inervar vasos sanguíneos, músculo liso e algumas células glandulares diretamente,
podem terminar nesses plexos, onde inibem a secreção de acetilcolina. (GUYTON e
HALL, 2017; RANG e DALE, 2011; LANDEIRO e QUARANTINI, 2011).
5
Segundo Rang e Dale (2011), os neurônios no interior dos plexos constituem o
sistema nervoso entérico e secretam não somente acetilcolina e noradrenalina, mas
também 5-hidroxitriptamina, além de uma variedade de peptídeos farmacológicos
ativos. Cabe destacar que o sistema entérico possui ainda neurônios sensitivos, nos
quais respondem a estímulos mecânicos e químicos.
Os hormônios gastrointestinais são liberados na circulação porta e exercem as
ações fisiológicas em células–alvo, com receptores específicos, cujos efeitos persistem
mesmo após todas as conexões nervosas entre o local de liberação e seu local de ação
serem interrompidos. (GUYTON e HALL, 2017). Entre os principais hormônios liberados
pela presença do alimento na luz gastrointestinal tem-se a colecistocinina (CCK), a
secretina, a gastrina, o peptídio YY (PYY), o polipeptídio inibidor da gastrina, a grelina,
dentre outros. (LANDEIRO e QUARANTINI, 2011). No controle hormonal incluem-se as
secreções endócrinas e paracrinais. Tais substâncias atuam próximos e no estômago,
sendo o de maior relevância a histamina, cabendo destacar que alguns desses fatores
paracrinais também atuam como neurotransmissores. (RANG e DALE, 2011).
Diante o exposto, e considerando que diversas destas substâncias acima citadas
são secretadas e/ou apresentam relevante papel na secreção gástrica e, por
consequência interferem na ocorrência ou tratamento de úlceras pépticas. (LANDEIRO
e QUARANTINI, 2011), a seguir serão discutidas as principais secreções gástricas,
incluindo hormônios e neurotransmissores de interesse nesta pesquisa.
3.2 Secreção Gástrica
O estômago secreta cerca de 2,5 litros de suco gástrico diários, dos quais
referem-se a uma mistura de secreção parietal como no caso do ácido e do fator
intrínseco, associado as secreções não parietais como o muco, o bicarbonato, o sódio,
o potássio e o pepsinogênio. Nesse contexto, o estímulo da secreção do ácido clorídrico
é regulada por três mediadores três mediadores químicos endógenos: a acetilcolina, a
gastrina e a histamina. (Rang e Dale, 2011).
3.2.1 Histamina
As células neuroendócrinas são encontradas abundantes no estômago, sendo as
tipo de maior predominância as células enterocromafim-símiles (ECS). Estas, tratam-se
das células que contém histamina semelhante aos mastócitos e localizam-se próximos
6
às células parietais. Elas proporcionam uma liberação basal de histamina, que ainda é
potencializada pela gastrina e a acetilcolina. (RANG e DALE, 2011).
Segundo Landeiro e Quarantini (2011), a histamina é um dos neurotransmissores
que suprimem o apetite, todavia seu mecanismo de ação ainda não se encontra
devidamente esclarecido. Ainda segundo o mesmo autor, há evidências que a
histamina inibe a liberação de noradrenalina no hipotálamo, suprimindo a ingestão
alimentar, desencadeando uma ação anorética.
3.2.2 Gastrina
A gastrina é sintetizada pelas células G localizadas no antro estomacal em
resposta aos estímulos associados a ingestão de alimentos. Esta síntese que ocorre
após a distensão do estômago, sendo liberados os produtos a partir da digestão de
proteínas e o peptídeo liberador de gastrina durante a estimulação vagal pelos nervos
presentes na mucosa gástrica. (GUYTON e HALL, 2017).
Sua principal função trata-se da estimulação da secreção de ácidos pelas células
ECS através de sua ação nos receptores de gastrina\colecistocina (CCK)2, que,
aumentam os níveis de cálcio intracelular. Cabe ainda à gastrina, o estímulo na síntese
de histamina pelas células ECS, desencadeando indiretamente, o aumento na secreção
de pepsiogênio, no qual estimula o fluxo sanguíneo, aumentando a motilidade gástrica.
(Rang e Dale, 2011).
3.2.3 Colecistocina
Apesar da colecistocina (CCK) tatar-se de um peptídeo intestinal secretada pela
pelas células I, localizada na mucosa do duodeno e do jejuno em resposta aos produtos
formados pela digestão de gorduras, ácidos graxos e monoglicerídeos nos conteúdos
intestinais, apresenta um relevante papel no sistema no sistema gástrico. (HALPERN,
RODRIGUES e COSTA, 2004). Tal fato deve-se, considerando que esta substancia
atua diretamente na contração da vesícula biliar, expelindo a bile para o intestino
delgado, atuando na emulsificação de substâncias lipídicas, permitindo sua digestão e
absorção.
Vale ressaltar que a CCK estimula a liberação do PYY e esse inibe a liberação
da CCK, sendo que o PYY pode ainda atuar no íleo, reduzindo o esvaziamento gástrico
e o trânsito intestinal. (LANDEIRO e QUARANTINI, 2011). Além disso, a CCK também
7
atua na inibição do apetite, estimulando as fibras sensoriais no duodeno, sinalizando
pelo nervo vago a inibição dos centros de alimentação cerebral. (GUYON e HALL,
2017).
Ainda segundo Landeiro e Quarantini (2011), o esvaziamento gástrico, a
motilidade gastrointestinal e as funções biliares são promovidos pelo CCK e PYY,
enquanto que o estímulo da secreção do suco gástrico, o impedimento do refluxo
gástrico para o esôfago durante aumento da atividade gástrica e o aumento do
esvaziamento gástrico são desencadeados pela gastrina. Assim, alimentos presentes
na luz intestinal favorecem o aumento de CCK, gastrina e secretina, estimulando, por
conseguinte, a secreção gástrica e a secreção pancreática exócrina.
3.2.4 Secretina
Assim como o CCK, a secretina apresenta um relevante papel no sistema
gástrico. Trata-se do primeiro hormônio gastrointestinal descoberto, secretado pelas
células S localizadas na mucosa do duodeno, sendo liberado como resposta ao suco
gástrico ácido transferido do estômago ao duodeno pelo piloro. (GUYTON e HALL,
2017).
Apesar de apresentar baixo efeito na motilidade intestinal, promove a secreção
pancreática do bicabornato, que contribui no processo de neutralização do ácido no
intestino delgado. (RANG E DALE, 2011; GUYTON e HALL, 2017).
3.2.5 Acetilcolina
Liberada pelos neurônios colinérgicos pós-ganglionares, apresentando como
precursor a colina, presente nas dietas e obtida como constituinte de gorduras-
fosfatidilcolina. (LANDEIRO e QUARANTINI, 2011). Assim, a acetilcolina refere-se ao
neurotransmissor estimulante dos receptores muscarídeos específicos nas células
parietais elevando, em decorrência, o Ca2+ intramuscular e estimulando a liberação de
prótons. (RANG e DALE, 2011).
Na maioria das vezes, apresenta atividade excitatória, sobre o
tratogastrointestinal, assim como a epinefrina pós-secreção pela medula adrenal.
(GUYTON e HALL, 2017).
8
3.2.6 Prostaglandina
As prostaglandinas exercem efeitos “citoprotetores” em muitos aspectos da
função gástrica incluindo o aumento da secreção de bicarbonato, aumentando a
liberação de mucina protetora e ainda reduzindo a produção do ácido gástrico, bem
como, atuando na prevenção da vasoconstrição ocorrente após um estímulo agressivo.
(GUYTON e HALL, 2017).
3.2.7 Somatostatina
A somatostatina exerce efeitos inibitórios parácrinos sobre a liberação de
gastrina pelas células G, sobre a liberação de histamina pelas células ECS, assim como
diretamente sobre a produção de ácidos pelas células parietais. (RANG e DALE, 2011).
Logo, considerando que a regulação de célula parietal é complexa e muitos
hormônios locais provavelmente desempenham um papel no ajuste desta resposta
secretora, o modelo atualmente aceito para esta regulação refere-se ao eixo gastrina-
ECS-células parietais. Este modelo, trata-se do mecanismo dominante para o controle
de secreção de ácido, em que a liberação da gastrina pelas células G atuam através do
receptor de CCK2 localizado nas células ECS, desencadeando a liberação de histamina
e ainda apresentando um efeito secundário sobre as células parietais. (RANG e DALE,
2011).
3.3 Úlceras Pépticas
A úlcera péptica refere-se a patologia do trato gastrointestinal caracterizada pela
lesão da mucosa na presença de ácido e pepsina, como consequência da ação
corrosiva e resultante da hipersecreção de ácido gástrico na mucosa mediante um
desequilíbrio entre o sistema protetor e seus fatores agressores (Figura 1). Esta lesão,
ocorre majoritariamente na pequena curvatura estômago (Figura 2) e na parte proximal
do duodeno (Figura 2), podendo também desenvolver-se na zona inferior do esôfago,
na zona distal do duodeno ou ainda no jejuno. (RAMAKRISHNAN e SALINAS, 2007).
9
Figura 1: Fatores que levam ao desenvolvimento de úlceras pépticas (desequilíbrio entre os fatores
protetores da mucosa – a verde - e os fatores agressores – a amarelo) (Fonte: Adaptado de
http://www.jhmicall.org).
Figura 2: Úlcera Gástrica e Úlcera duodenal. (Fonte: Adaptada de http://melhorcomsaude.com/wp-
content/uploads/2016/04/Ulcera_FundoBranco-500x340-500x340.jpg)
A sintomatologia associada ao desenvolvimento deste tipo de lesão é variada e
alarmante (CARVALHO, 2013). Os sintomas típicos incluem a manifestação de dor
epigástrica, aliviada ou agravada com refeições (que geralmente caracterizam a úlcera
duodenal ou gástrica, respetivamente) que pode também ocorrer durante a noite,
dispepsia, vômitos, perda de apetite, intolerância a alimentos gordurosos, sendo que
estes últimos ocorrem com menor frequência. (RAMAKRISHNAN E SALINAS, 2007).
10
A ocorrência de vômitos logo após as refeições sugere possível obstrução
gástrica, assim como a anorexia ou perda de peso, podem ser indicadores do
desenvolvimento de cancro. (CARVALHO, 2013).
Presença de dores abdominais na região superior irradiada para o dorso
sugerem penetração dos tecidos inflamados para órgãos adjacentes, enquanto que a
ocorrência de uma dor severa e disseminada pode associar-se a perfuração da úlcera
(RAMAKRISHNAN E SALINAS, 2007). Além disso, a anemia, hematemese e melenas
são sugestivas de lesões com complicações, sugerindo a ocorrência de hemorragias
(CARVALHO, 2013).
3.3.1 Fatores Causais das Úlceras Pépticas
Atualmente são identificados vários fatores causais das úlceras pépticas, sendo
destaque alterações fisiológicas, ambientais, genéticos e ainda fatores intrínsecos.
No caso dos fatores fisiológicos, apesar de existirem poucos estudos acerca das
alterações fisiológicas da doença ulcerosa em crianças, em pacientes adultos trata-se
do maior fator causal. (RAMAKRISHNAN e SALINAS, 2007).
No caso das úlceras duodenais, segundo Carvalho (2000), são diversas as
alterações, tais como:
a) Aumento na secreção de ácido clorídrico e pepsina;
b) Aumento na massa de células parietais;
c) Sensibilidade ampliada da célula parietal ao estímulo da gastrina;
d) Aumento na liberação de gastrina;
e) Controle deficiente na regulação da liberação de gastrina através do pH ácido;
f) Esvaziamento gástrico acelerado;
g) Redução na produção de bicarbonato pelo duodeno com deficiente
neutralização duodenal do ácido clorídrico.
Com referência aos fatores ambientais, fatores exógenos podem propiciar o
aparecimento de úlceras pépticas (CARVALHO, 2013), em especial, no caso do
consumo de drogas como álcool (SILVA et al., 2000), tabaco (CASTRO, MATSUO e
NUNES, 2010), uso indiscriminado de antinflamatórios não esteroides – AINES, (SOSA
et al., 2015; OSCANOA-ESPINOZA e LISARASO-SOTO, 2015; CARVALHO, 2013) e
11
ainda a infecção pela Helibcobacter pylori. (CARVALHO, 2013; RAMIREZ e ALPARO,
2006).
Estudo realizado por Lopez, Pozo e Gutiérrez (s.d), apontou que 25% das
pessoas que fazem terapêuticas prolongadas com AINEs podem vir a desenvolver
algumas complicações incluindo hemorragias digestivas.
3.3.2 Infecção por Helicobacter pylori
A bactéria H. pylori é um bacilo gram-negativo, de forma curva ou espiralar, cuja
extensão varia de 0,5 a 1μm de largura e 2,5 a 5μm de comprimento; possui de 4 a 6
flagelos revestidos partindo de um único pólo, sendo que cada um possui
aproximadamente 30 μm de comprimento e 2,5 nm de espessura. (GUIMARÃES;
CORVELO; BARILE, 2008).
Possui um genoma circular constituído de 1.667.867 pares de bases de DNA,
sendo a análise de suas 1590 sequências indicativas de que o microorganismo possui
sistemas bem desenvolvidos pela motilidade, homeostase do ferro e para restrição e
modificação do DNA, revelando uma diversidade significativa em muitas sequências
gênicas, incluindo as que codificam a urease, o flagelo, a proteína vacuolinizante e a
citotoxina associada ao gene A, os quais são considerados importantes fatores de
virulência. (GUIMARÃES; CORVELO; BARILE, 2008).
Assim, este microorganismo apresenta um papel significativo na patogênese de
um largo espectro de afecções em crianças e em adultos, como gastrite crônica, úlceras
pépticas gástricas e duodenais, adenocarcinoma, linfoma gástrico e dor abdominal
recorrente. Calcula-se que aproximadamente 50% da população adulta, 20% das
crianças menores de 10 anos e que 80% dos idosos de idade superior a 70 anos, se
encontram infetados com a bactéria H. pylori. (LÓPEZ, POZO E GUTIÉRREZ, s.d.).
Estudos revelaram que crianças com ulceração e colonizadas pela H. pylori
apresentam maiores níveis séricos de gastrina e de pepsinogênio I, assim como
maiores níveis do conteúdo da gastrina na mucosa antral do que as não infectadas.
Ainda segundo os mesmos estudos, os níveis diminuem após a erradicação do
patógeno, logo, a infecção pela bactéria também causa elevação dos níveis de acidez
duodenal, predispondo à metaplasia gástrica no duodeno. (CARVALHO, 2013).
12
Nesse contexto, fatores intrínsecos como faixa etária, sexo, etnia e ainda
contextuais ligados ao nível socioeconômico, são condições favoráveis ao
desenvolvimento de úlceras, com risco de infecção por H. pylori. (CARVALHO, 2013).
Vale destacar que no passado, a úlcera péptica era considerada uma doença
crônica com ciclos repetidos de cura/remissão e recorrência, cujo tratamento assentava
principalmente na erradicação da bactéria, conduzindo à diminuição da sua prevalência.
Contudo, existem úlceras pépticas não associadas a H. pylori ou AINEs (úlceras
pépticas de causa idiopática). Nestes casos de causa desconhecida, a intervenção é
mais difícil e acarreta custos mais elevados em comparativos ao tratamento de úlceras
de causa concreta e previamente estabelecida. (ARAKAWA et al., 2012).
3.4 Diagnóstico das Úlceras Pépticas
O principal diagnóstico baseia-se, portanto, na história clínica, podendo ser ainda
complementado pela realização de endoscopia digestiva alta – EDA. (ARAKAWA et al.,
2012; BILBAO et al., 2007).
Um dos problemas associados à clínica deve-se ao fato de nem todos os
doentes apresentarem sintomatologia abdominal, nomeadamente os idosos, tornando
este método insuficiente para a decisão de administrar ao doente uma terapia com
Inibidores da bomba de prótons (IBPs). Assim, o EDA permite identificar e realizar a
biópsia de lesões ulcerosas na mucosa gástrica e duodenal. (CARVALHO, 2013).
Além da EDA, são aplicados testes não invasivos ao diagnóstico de identificação
de H. pylori tais como: testes respiratórios de ureia marcada com 13C ou 14C
radioativo, denominado UBT – Urea breath test. Neste caso, trata-se de um método
preciso, prático e de fácil aquisição. Os testes de pesquisa de antígenos nas fezes,
indicados quando se torna necessário testar múltiplas amostras (em lotes), sendo
bastante específicos e sensíveis, todavia, faz-se a necessidade do armazenamento de
amostras em temperatura inferior a 20ºC antes da realização dos mesmos,
considerando que a eficácia do teste reduz após dois a três dias em temperatura
ambiente. E, ainda os testes imunológicos, amplamente disponíveis. (CARVALHO,
2013; MALFERTHEINER et al., 2007).
Segundo Malfertheiner e colaboradores (2007) atualmente no mercado
encontram-se disponíveis Kits para o diagnóstico de anticorpos de H. pylori na urina e
13
na saliva, todavia apresentam baixa sensibilidade, contudo, são úteis em estudos
epidemiológicos.
Além disso, segundo Casali e colaboradores são ainda aplicáveis ao diagnóstico
da H. pylori os exames sorológicos, nos quais visam a detecção de anticorpos, podendo
ser utilizados o ELISA e PCR para DNA. Contudo, Malfertheiner e colaboradores
(2007), contestam que estes testes permitem resultados falsos positivos, uma vez que
possibilita associação a uma infeção passada e não atual.
Assim, as biopsias coletadas após EDA, devem ser realizadas no diagnóstico e
no monitoramento do tratamento, considerando que é necessária a confirmação não só
pela cura endoscópica, como também da erradicação do H. pylori, antes que seja
suspenso tratamento farmacológico pela medicação antissecretória. (CASALI et al.,
2012).
Segundo Gomez e Cordero (2015), as úlceras gástricas perfuradas, se
classificam em 5 grupo, de acordo com o local de alojamento, usando-se como
parâmetros a classificação de Jhonnson. Assim, ainda segundo os autores, para cada
grau, é recomendado diferentes tratamentos e profilaxias de reincidência.
3.5. Tratamento das Úlceras Pépticas
De acordo com Gomez e Cordero (2015), as úlceras pépticas tratam-se de um
problema de saúde que merecem atenção e tratamentos adequados. Dentre os
tratamentos indicados ao combate as úlceras pépticas, destacam-se o tratamento não
medicamentoso associado ao uso de antiácidos, antagonistas dos receptores de
histaminas ou os inibidores da bomba de prótons, podendo ainda ser indicado à
utilização de antimicrobianos no caso de acometimento por H.pylori e a realização de
cirurgias, em casos de respostas negativas aos tratamentos anteriores. (SOSA et al.,
2015; CARVALHO, 2013).
3.6. Atenção farmacêutica ao portador de úlceras pépticas
Os cuidados farmacêuticos prestados ao paciente portador de úlcera péptica
causada por Helicobacter pylori devem envolver o farmacêutico para trabalhar em
conjunto com o paciente e outros prestadores de cuidados de saúde para prevenir a
doença, avaliar, monitorar, iniciar e modificar o uso das medicações para assegurar que
os regimes de farmacoterapia sejam seguros e eficazes. O objetivo da atenção
14
farmacêutica está relacionado com a qualidade de saúde do paciente e alcançar
resultados clínicos positivos (IVAMA et al, 2002).
Segundo Fonseca et al (2010) a atenção farmacêutica não envolve somente a
terapia medicamentosa, mas também decisões sobre o uso de medicamentos em
pacientes individualmente. Envolve macro-componentes como a educação em saúde,
orientação farmacêutica, dispensação, atendimento farmacêutico e seguimento
farmacoterapêutico, além do registro sistemático das atividades, mensuração e
avaliação dos resultados. (IVAMA et al, 2002).
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
As úlceras pépticas apresentam elevada prevalência mundial, podendo ser
agravadas ainda por infecção do trato gastrointestinal. Tipicamente a infeção é
adquirida durante a infância, dentro do núcleo familiar.
Diversas são as causas das úlceras pépticas, todavia o consumo de drogas
lícitas (uso indiscriminado de medicamentos, álcool e tabaco) contribuem
significativamente para o aumento destes problemas de saúde e seus agravos em
casos de infecções por Helicobacter pylori evoluídas com perfurações e hemorragias.
Assim, o profissional farmacêutico apresenta um relevante papel no diagnóstico,
na adesão ao tratamento e principalmente em ações de promoção em saúde
incentivando as mudanças no estilo de vida e do uso racional de medicamentos.
Por fim, estudos mais atualizados devem ser realizados nas regiões do Brasil
acerca da prevalência desta doença frente aos seus principais fatores de risco, em
especial no estado do Espírito Santo, que na literatura pesquisada não foram
encontrados relatos sobre o referido tema.
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