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8/18/2019 Acórdão - TSE - Ficha Limpa
1/9
Bra s€ia, 2
MINISTRO
PUBLIC DO EM SESS€ O
[
RIBUN L SUPERIOR ELEITOR L
C• RD€ O
RE URSO ORDIN‚RIO
N• 587-43.2014.6.21.0000 CLASSE 37 PORTO
ALEGRE RIO GRANDE DO SUL
Relator: Ministro Gilmar M endes
Recorrente: Eberson Luis Femandes
Advogados: Guilherme Rodrigues Carvalho Barcelos e outros
ELEI‚ƒES 2014. REGISTRO DE CANDIDATURA
INDEFERIDO. CANDIDATO A DEPUTADO ESTADUAL.
INCID„NCIA NA NELEGIBILIDADE REFERIDA NO
ART. 1• NCISO 1, AL…NEA e, DA LC N•
411990
EXTIN‚†O DA PUNIBILIDADE PELA PRESCRI‚†O DA
PRETENS†O EXECUT‡RIA. MARCO NICIAL DO
PRAZO DE OITO ANOS. TˆRMINO DO PRAZO DE
INELEGIBILID DE P‡S O REGISTRO D
CANDIDATURA, MAS ANTES DAS ELEI‚ƒES.
HIP‡TESE DE LTER ‚†O JUR…DIC
SUPERVENIENTE PREVISTA NO ART. 11, ‰ 10, DA LEI
N•9.504/1997.
1.
O prazo da ausa de nelegibilidade prevista no art.
0
inciso 1, al€nea e, da LC n• 64/1990 deve er ontado a
partir da data em que ocorrida a prescriŠ‹o da pretens‹o
executŒria e n‹o do momento da sua declaraŠ‹o udicial.
2 .
O im do prazo de nelegibilidade, e ocorrido apŒs o
registro, mas antes do pleito, de er onsiderado omo
alteraŠ‹o ur€dica uperveniente, apta a afastar a
inelegibilidade.
3.
Recurso provido.
Acordam os ministros do Tribunal Superior Eleitoral, por
unanimidade, em prover o ecurso para deferir o egistro de andidatura, nos
termos do voto do elator.
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RO n€587-43.2014 6.21.0000IRS
REL T€RIO
O SENHOR MINISTRO GILMAR MENDES Senhor
Presidente o Partido dos Trabalhadores requereu o registro de candidatura de
Eberson Luis Fernandes ao cargo de deputado estadual nas elei•‚es de 2014.
O TRE/RS indeferiu o registro, em acƒd„ assim ementado
( f1. 128):
Pe dido d e reg istro de candida tura . Elei•‚es 2 01 4
Cargo pretendido: deputado estadual.
Satisf eitas as e xig…nc ias fo rm ais d a Le i n. 9.5 04 1 97 e da Re solu •„o
TSE n. 23 .4051 20 14 , por†m detectad a inelegibilidade deco rrente de
co nd en a•„o p or crim e c on tra o pa trim ‡nio priva do . In cid …nc ia d o
art. P, 1, e , 2, da Lei Complementar n. 64190.
A inele gib ilidad e sub siste m esmo co m a dec lara •„o d a p res cri•„o d a
pretens„o execu tƒia do Estad o. Prece dentes d o TSE .
Indeferiram o reg istro.
O candidato, neste recurso ordin îo lis. 138-153), narra ter
sido condenado pela pr îca do crime previsto no art. 171 do Cƒdigo Penal,
tendo a decis„ transitado em julgado para a acusa•„ em 11.9.2002. Refere
que, em julgamento de recurso de apela•„ interposto pela defesa, foi a pena
reduzida para um ano, sete meses e vinte dias e que, em raz„ de n„ ter
havido in‰io o respectivo cumprimento, teria ocorrido a prescri•„o da
pretens„ executƒia da pena em setembro de 2006. Alega que o marco inicial
da contagem do per‰do de oito anos de inelegibilidade deve ser a data do
efetivo advento da prescri•„ e n„ a da decis„ que a reconhece. Sustenta
que, contado o prazo de oito anos a partir da prescri•„o, a condi•„o de
inelegibilidade encerra em setembro, antes do pleito. Pede o deferimento do
registro.
A Procuradoria-Geral Eleitoral opina pelo provimento do
recurso ( l is . 16 0-164) .
Šo relatƒio.
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RO n
o
587-43.2014.6.21.0000/RS
VOTO
O SENHOR MINISTRO GILMAR MENDES relator): Senhor
Presidente, as questŽes controvertidas neste recurso s‹o saber 1) se, na
hipŒ tese em que o candidato condenado criminalmente for beneficiado com a
prescriŠ ‹o da pretens‹o executŒ ria, o marco inicial da contagem do prazo de
oito anos a data do advento da prescriŠ ‹o ou a data em que esta
reconhecida judicialmente; 2) se o marco final do prazo de oito anos pode
recair em data posterior ao registro, mas anterior ao pleito, a configurar,
portanto, caso da alteraŠ ‹o jur‰dica superveniente prevista no art. 11, ˆ 10, da
Lei n€ 9.504/1 997.
Observo n‹o haver diverg ncia nos autos quanto ’
circunst“ ncia de a prescriŠ ‹o da pretens‹o executŒ ria conservar o efeito de
inelegibilidade da condenaŠ ‹o. Nesse sentido, j‘ foi decido por esta Corte, em
2002 e em 2005, em precedentes de assim ementados:
DIREITOS ELEITORAL E PROCESSUAL. AGRAVO INTERNO.
REGISTRO. INELEGIBILIDADE. COLIGA• … O. INTERESSE E
LEGITIMIDADE PARA IMPUGNAR. CONDENA• … O CRIMINAL.
PRESCRI• … O. N… O-DEMONSTRA• … O. INCOMPETƒNCIA DA
JUSTI• A ELEITORAL PARA DECLARAR PRESCRI• … O DE CRIME
N… O ELEITORAL. RECURSO DESPROVIDO.
- ImpugnaŠ ‹o ao registro de candidatura subscrita pelos delegados
da coligaŠ ‹o e de partido que a integra. Legitimidade e interesse da
col igaŠ ‹o. Instrumento de m andado do representante da coligaŠ ‹o
arquivado na seŠ ‹o prŒ pria do Tribunal Regional encarregado do
registro. Preliminares rejeitadas.
II - CondenaŠ ‹o criminal. AlegaŠ ‹o de prescriŠ ‹o da pretens‹o
executŒ ria. O reconhecimento da prescriŠ ‹o da pretens‹o
condenatŒ ria e a inele
g
ibilidade. Aus ncia de comprovaŠ ‹o da
declaraŠ ‹o da prescriŠ ‹o pela Justi Š a competente. Impossibil idade
de reconhecimento, pela JustiŠ a Eleitoral, em sede de registro de
candidatura de prescriŠ ‹o da pretens‹o punitiva ou executŒ ria de
decis‹o condenatŒ ria prolatada pela JustiŠ a Comum estadual.
Precedentes da C orte.
AgRgRO
ti0
54/BA, rei. Min. S‘ lvio de Figueiredo, julgado em
4.10.2002 - grifos nossos
RECURSO ESPECIAL, REGISTRO DE CANDIDATO.
INDEFERIMENTO. MOTIVO. CONDENA• … O TRAItITADA EM
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RO
n€
587-43.2014.6.21.0000/Rs
JULGADO. CRIME CONTRA A ADMINISTRA• … O P” BLICA.
PRESCRI• … O DA PRETENS… O EXECUT† RIA. EXTIN• … O DA
PEN A, INELE GIBILIDAD E POR T RƒS AN OS. LC n€ 64/90, art. 1
1
e.
CPC , art. 462.
1 As condiŠŽes de elegibil idade e as causa s de nelegibil idade
devem er aferidas ao empo do egistro de andidatura
Ac. n
o
2.676, ei. Mm. Caputo Ras tos).
2 Aplicabilidade do art. 462 do CPC nas nst“ncias ordin‘rias.
3 HIDŒteseem
ue ncida a neleaibli ldade. nŒr trƒs anns anic
Recurso especial desprovido.
REspe n• 23.8511GO, ei. Mm. Caputo Bastos, ei. designado
Mm.
Carlos
Valioso, julgado em 17.3.2005 - grifos nossos)
Analisando os autos, observo que Eberson Luis Femandes oi
condenado pela pr‘ica do rime de estelionato. Da entenŠa, ecorreu
somente o u, endo ransitado em ulgado a decis‹o para o Ministrio Pblico
em 11.9.2002 fl. 85). No ulgamento do ecurso, o Tribunal de ustiŠa do Rio
Grande do Sul, em 23.11.2004, diminuiu a pena para um ano, ete meses e
vinte dias fis. 87/95). Sob o undamento de a pena mposta prescrever em
quatro anos
art.
109, inciso V, do CP), o ju‰zo da execuŠ ‹o penal declarou, em
1
.4.2008, a extinŠ ‹o da punibilidade pela prescriŠ ‹o da pretens‹o executŒ ria
fl. 117).
Tendo em ista er ocorrido o r“nsito em ulgado para a
acusaŠ‹o em 11.9.2002, a prescriŠ‹o da pena executŒria obreveio em
10.9.2006 art. 112, nciso 1, do CP), devendo er este o marco nicial a er
considerado para a contagem do prazo de nelegibil idade.
A data em que a prescriŠ‹o erificada e econhecida pelo uiz
da execuŠ‹o riminal n‹o em nenhuma elev“ncia para ins de nelegibilidade,
e de outro modo n‹o poderia er. Os direitos de iberdade do ndiv€duo n‹o
podem icar merc da atuaŠ‹o ou n‹o dos agentes do Estado.
Caso o Estado eja omisso em processar uposto riminoso,
ocorre a prescriŠ‹o da pretens‹o punitiva e, na hipŒtese de nrcia em dar
in€io execuŠ‹o da pena mposta, obrevm a prescriŠ‹o de pretens‹o
executŒria, as quais ndependem de econhecimento udicial para ua
incidncia.
^ 1 5 1
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RO n• 587-43 .2014.6 .21.00 00…RS
Da mesma orma que o direito de iberdade, o
us onorum
‹o
pode icar atrelado a ato do Estado ujo momento de ealizaŠ‹o eja
totalmente discricion‘rio. Tal opŠ‹o data da declaraŠ‹o de extinŠ‹o da
punibilidade em ez da data da ocorrncia da prescriŠ‹o n‹o em espaldo
lŒgico.
Nesse entido, destaco recho do Desembargador Leonardo
Tricot S aldanha, edator do voto vencido no TR E/RS fl. 131v.):
O ra, se a p rescriŠ‹o executiva a perda do direito do Estado de
executar uma puniŠ‹o ‘ mposta em az‹o de n‹o er ag ido nos
prazos p revistos em ei, e que a prescriŠ‹o nstituto que corre em
favor do u, ou seja, o empo corre contra o Estado que precisa agir
rapidamente, a nterpretaŠ‹o que eva em onta a data da ua
declaraŠ‹o, e n‹o a do seu mplemento, mostra-se ma is prejudicial
uma vez que mpŽe ao u o nus de suportar a nrcia estatal com a
consequente estriŠ‹o da sua capacidade eleitoral por ampo maior
que o egal.
Da mesma orma, nos asos em que a pena efetivamente
cumprida, o evento cumprimento de pena ido omo ocorrido no dia do
trmino do umprimento e n‹o na data em que este econhecido pelo u€o
da execuŠ‹o.
Imagine-se que, e por equ€oco ou negligncia do Estado, o
indiv€duo enha permanecido encarcerado ou em umprimento de pena
restritiva de direito por mais empo do que o mposto udicialmente, o prazo de
inelegibil idade h‘ de ser computado desde a da ta em que cumprida a pena .
Se assim n‹o osse, eria ranqueada a possibilidade de o
direito de er eleito icar nica onsideraŠ‹o do uiz da execuŠ‹o penal, o que
n‹o se coaduna com nos so Estado de Direito.
N o ulgamento do REspe 23.8511GO , no n€cio mencionado, no
qual houve amplo debate acerca dos efeitos da prescriŠ‹o da pretens‹o
punitiva, icou assentado expressamente ambm que o marco nicial a er
considerado eria a data da ocorrncia da prescriŠ‹o e n‹o a da ua
decla raŠ‹o ou do econhecimento udicial.
0 Ministro Carlos Veiloso, obre o ema, assim e manifestou:
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RO n
o
587-43.2014.6.21.0000/RS
O ecorrente oi condenado a dois anos de eclus‹o pelo crime do
art. 333 do CŒdigo Pena l, com decis‹o ransitada sn, Jul
g
ado em
111 2 98 tendo ido declarada extinto
-
a
unibllldade
ela
PrescriŠ‹o da Rreions‹o executŒria em entenŠa de 5.82004
fl. 16)
[
Dessa orma,
a essa data, at 11.2.2005. fi. 17– grifos
No mesmo sentido, assentei:
Observe-se que a sentenŠa condena tŒria rans itou em ul
g
ado em
11.2.98.
rescriŠ‹o e erificou em 11.2.2002, quatro anos
depois, uma vez que a pena cominada oi de dois anos art. 109, V,
c.c. o art. 110 do CŒdigo Pena l). Portanto, a
partir dessa data q ue
se deve contar o
p razo de rs anos, previsto no art. 1• 1,
e
da ei
Complementar n• 64/90, para que e estitua a elegibilidade ao
C andida to, e n‹o da da ta d‘ decis‹o q ue declarou a extinŠ‹o da
punibllidade,
roferida em 5.8.2004, omo entendeu o TRE.
fi. 21 grifos nossos)
O TRE/RS, ao ndeferir o egistro do andidato, evocou
precedente desta Corte elatado pela Ministra Luciana LŒssio uja ementa
dispŽe:
AGRAVO REGIMENTAL. RECURS O ESPECIAL . REGISTRO DE
CANDIDATURA. ELEI‚ƒ ES 2012. PREFEITO. NDEFERIMENTO .
REITERA‚†O DAS RAZƒES DO RECURSO. CONDENA‚†O
CRIMINAL. PRESCRI‚†O DA PRETENS†O EXECUT‡RIA.
INCID„NCIA DA NELEGIBILIDADE. DESPROVIMENTO .
1.
A agravante imitou-se a eproduzir as azŽes entiladas no
recurso especial, n‹o aportando aos autos qualquer argumento
capaz de afastar os undamentos da decis‹o agravada. AplicaŠ‹o da
Smula n•182 do Superior T ribunal de JustiŠa.
2.
A nelegibilidade prev ista no art. 1• 1, e, da LC n• 64190 ncide
mesmo apŒs o econhecimento da prescriŠ‹o da pretens‹o
executŒria, a q ual afas ta apenas a execuŠ‹o da pena, subs istindo os
efeitos secund‘rios da decis‹o condenatŒria, como o cas o da
inelegibilidade condenaŠ‹o por r‘fico de drogas arts. 12 e 14 da
Lei n• 6.36 8/76 ).
3.
A LC n• 64190 n‹o oi alterada no que ange ao marco nicial para
o rans curso da nelegibilidade na hipŒtese da al€nea e do nciso 1 do
art. 1• az‹o pela qua l permanece v‘lida a nterpretaŠ‹o ‘ irmada
por esta Corte no entido de queo ermo nicial er‘ a data em
q ue declara da a extinŠ‹o da punibilidade .
77,fl
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RO ri
587-43.2014.6.21.0000/RS
4. O Supremo Tribunal Federal, no julgamento das AŠ Žes
DeclaratŒ r ias de C onstitucionalidade nos 29 e 30 e da A Š ‹o Direta
de Inconstitucionalidade n€ 4.578/DF, declarou a constitucionalidade
da LC n€ 13512010 e reconheceu a possibi lidade de sua incid ncia
para fatos p retritos.
S. Agravo regimental a que se nega provime nto.
AgR-REspe n€ 227-83/SP, rei. Mm. Luciana LŒ ssio, julgado em
23.10.2012 – gr ifos nossos
Da leitura do inteiro teor do acŒ rd‹o, observo que da
controvrsia n‹o fez parte o dilema de se considerar como marco Inicial a data
efetiva da prescriŠ ‹o ou a da declaraŠ ‹o judicial, n‹o tendo havido
pronunciamento espec‰ico da Ministra Luciana ou debate sobre o ponto.
Assim, com as v nias de estilo, voto em sentido contr‘ rio
’ quele expresso na ementa.
Quanto ’ segunda controvrsia, vejo que, se contado o prazo
de oito anos a partir da data em que ocorreu a prescriŠ ‹o da pretens‹o
executŒ ria 11.9.2006), esse encerra em setembro de 2014.
Tendo em vista que, no momento do pedido de registro,
verific‘ vel que o trmino da condiŠ ‹o de inelegibilidade ocorrer‘ antes do
pleito, em virtude de se tratar de evento futuro e certo, de ser considerada a
data final do prazo de oito anos como alteraŠ ‹o jur‰dica superveniente, nos
termos doart. 11, ˆ 10, da Lei
n€ 9 504 /1997
Neste sentido, j‘ decidiu este Tribunal:
SEGUNDOS EMBARGOS DE DECLARA• … O. AGRAVO
REGIMENTAL. RECURSO ESPECIAL ELEITORAL. REGISTRO DE
CANDIDATU RA. ELEI • ‚ES 2012. INELEGIBILIDADE. ART. 1€ , 1 ,
G, DA LEI 9 .504197. OMISS… O, CONTRADI• … O, OBSCURIDADE E
D” VIDA. INEXISTƒNCIA.
1. Diante da nova iurisnrud ncia dn Trihunnl S.innrinr FInifnrI
eleiŠ ‹o constitui alteraŠ ‹o su
p
erveniente que afasta esse
im
p
edimento ’ candidatura, o saneamento da alegada omiss‹o
quanto aos se us requisitos configuradores ficou prejudicado.
2.
O ju lgador n‹o deve permit ir esforŠ o in t il do Poder Judic i ‘ r io ’
custa de recursos p blicos e do comprometimento da razo‘ vel
duraŠ ‹o do processo, m otivo pelo qual n‹o plaus‰vel determinar o
retorno dos autos ’ Corte Regional para que examine os requis itos
de causa de inelegibil idade que j ‘ se exauriu.
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RO n
o 587-43.2014.6.21.0000/RS
3. Embargos de declaraŠ‹o n‹o prov idos.
ED-ED-AgR-REspe n• 30-87/BA, ei. Mm. Jo‹o Ot‘vio de Noronha,
julgado em 3.6.2014 – grifos nossos)
AGRAVO REGIMENTAL. AGRAVO, REGISTRO DE
CANDIDATURA. NELEGIBILIDADE AL…NEA . CONTAGEM.
PRAZO. ELEI‚ƒES 2012. DESPRO VIMENTO.
1. Voltou a prevalecer nesta Corte, a partir do ulgamento do REspe
n• 93-08, Manaca puru/AM , de 20.6.2013, o entendimento de que o
pra zo de nelegibilidade de 8 anos p revisto na a l€nea
j
o nciso 1 do
art. 1
da LC n• 64190 deve er ontado da data da eleiŠ‹o,
expira ndo no dia de gua l nmero de n€cio, nos ermos do art. 132,
‰ 3
1
, do CŒdigo C ivil, como decidido no REspe n
o
74-27, Fnix PR ,
Rei. Mm. Laurita Vez, Rei. designada Mm. Luciana LŒssio, PS ESS
de 9.10.2012.
certo.
3. Agravo egimental ao qual se nega provimento.
(AgR-Ai n• 177-73/PB, ei. Mm. Luciana LŒssio, ulgado em
14.11.2013 – grifos nossos)
Po rtanto, deve ser deferido o egistro de candidatura.
Ante o exposto, dou provimento ao ecurso.
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RO n
1
587-43.2014.6.21.0000/RS
EXTRATO DA ATA
RO n• 587-43.2014.6.21.0000/RS. Relator Ministro Gilmar
Mendes. Recorrente: Eberson Luis Femandes Advogados: Guilherme
Rodrigues C arvalho Ba rcelos e outros).
Decis‹o: O Tribunal, por unanimidade, proveu o ecurso para
deferir o egistro de andidatura, nos ermos do oto do elator. AcŒrd‹o
publicado em sess‹o.
Presidncia do Ministro Dias Toffoli. Presentes as Ministras
Maria Thereza de Assis Moura e Luciana LŒssio, os Ministros Gilmar Mendes,
Jo‹o Ot‘vio de Noronha e Henrique N eves da Silva, e o V ice-Procurador-Geral
Eleitoral em exerc€io, Humberto acques de Medeiros. Ausente,
ocasionalmente, o Ministro Luiz Fux.
SES S†O DE 2.10.2014.