41
febre tifóide , infecções no trato urinário e meningite meningocócica. Staphylococcus aureus e Streptococcus pyogenes. Escherichia coli (ETEC), toxina diftérica, toxina colérica, LT, Toxina de Shiga, toxina botulínica , toxina tetânica, toxina pertussis (coqueluche ), adenilato ciclase invasiva (coqueluche) e exotoxina A (infecções pulmonares em pacientes com fibrose cística ). Existe também um grupo importante de proteínas que são injetadas diretamente do citosol das células do hospedeiro, causando os mais diversos efeitos. Esta é a versão em html do arquivo http://gravatai2.ulbra.tche.br/portal2007/cursos/graduacao/enfermagem/ disciplinas/4o-semestre/enfermagem-na-doencas-transmissiveis/Aula %203.pdf . G o o g l e cria automaticamente versões em texto de documentos à medida que vasculha a web. Page 1 1 CÓLERA 1. IDENTIFICAÇÃO: Doença infecciosa intestinal bacteriana aguda, causada pela enterotoxina do Vibrio cholerae, caracterizada em sua forma grave por início súbito. Pode se apresentar de forma grave, com diarréia aquosa e profusa, com ou sem vômitos, dor abdominal e cãibras. Esse quadro, quando não tratado prontamente, pode evoluir para desidratação, acidose e colapso circulatório, com choque hipovolêmico e insuficiência renal. Entretanto, freqüentemente a infecção é assintomática ou oligossintomática, com diarréia leve. A infecção produz aumento de anticorpos e confere imunidade por tempo limitado (em torno de seis meses). 2. AGENTE INFECCIOSO: O Vibrio cholerae O1, biotipo clássico, ou El Tor (sorotipos Inaba, Ogawa ou Hikogima) e o O139, também conhecido como Bengal. Acreditava-se que entre todos os sorogrupos conhecidos apenas o O1 era patogênico. Em março de

Adelia Toxinas e Enterotoxinas Dezembro 2010

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Adelia Toxinas e Enterotoxinas Dezembro 2010

febre tifóide, infecções no trato urinário e meningite meningocócica.

Staphylococcus aureus e Streptococcus pyogenes. Escherichia coli (ETEC), toxina diftérica, toxina colérica, LT, Toxina de Shiga, toxina botulínica, toxina

tetânica, toxina pertussis (coqueluche), adenilato ciclase invasiva (coqueluche) e exotoxina A (infecções pulmonares em pacientes com fibrose cística).

Existe também um grupo importante de proteínas que são injetadas diretamente do citosol das células do hospedeiro, causando os mais diversos efeitos.

Esta é a versão em html do arquivo http://gravatai2.ulbra.tche.br/portal2007/cursos/graduacao/enfermagem/disciplinas/4o-semestre/enfermagem-na-doencas-transmissiveis/Aula%203.pdf.G o o g l e cria automaticamente versões em texto de documentos à medida que vasculha a web.

Page 11CÓLERA1. IDENTIFICAÇÃO: Doença infecciosa intestinal bacteriana aguda, causada pelaenterotoxina do Vibrio cholerae, caracterizada em sua forma grave por início súbito. Podese apresentar de forma grave, com diarréia aquosa e profusa, com ou sem vômitos, dorabdominal e cãibras. Esse quadro, quando não tratado prontamente, pode evoluir paradesidratação, acidose e colapso circulatório, com choque hipovolêmico e insuficiênciarenal.Entretanto, freqüentemente a infecção é assintomática ou oligossintomática, com diarréialeve. A infecção produz aumento de anticorpos e confere imunidade por tempo limitado(em torno de seis meses).2. AGENTE INFECCIOSO: O Vibrio cholerae O1, biotipo clássico, ou El Tor (sorotiposInaba, Ogawa ou Hikogima) e o O139, também conhecido como Bengal. Acreditava-seque entre todos os sorogrupos conhecidos apenas o O1 era patogênico. Em março de1993, contudo, o Vibrio cholerae O139 foi identificado como responsável por umaepidemia no sul da Ásia. Sorogrupos não O1 do Vibrio cholerae já foram identificados emtodo o mundo, sabendo-se que podem ocasionar patologias extra-intestinais ou diarréiascom desidratação severa semelhante à cólera. No entanto, só estavam associados acasos isolados ou surtos muito limitados. O Vibrio cholerae O139 foi o primeiro Vibriocholerae não O1 identificado como responsável por grande epidemia, com considerávelmortalidade. As enterotoxinas elaboradas são similares para o grupo e ocasionamquadros clínicos muito semelhantes. A resistência do biotipo El Tor é maior, o que lhe dácondições de sobreviver por mais tempo no meio ambiente. Multiplica-se melhor e maisrápido em meios de cultura, além de apresentar menor suscetibilidade aos agentesquímicos e maior tendência a endemização. 3. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: manifesta-se de forma variada, desde infecçõesinaparentes até diarréia profusa e grave. Além da diarréia, podem ocorrer vômitos, dorabdominal e, nas formas graves, cãibras, desidratação e choque. A febre não émanifestação comum. Nos casos graves mais típicos (menos de 10% do total) o início ésúbito, com diarréia aquosa, abundante e incoercível, com inúmeras dejeções diárias. Adiarréia e os vômitos, nesses casos, determinam uma extraordinária perda de líquidos,que pode ser da ordem de 1 a 2 litros por hora. Esse quadro, quando não prontamenteevitado, pode evoluir para desidratação, colapso circulatório, com choque hipovolêmico einsuficiência renal. Mais freqüentemente, a infecção é assintomática ou oligossintomática,com diarréia leve. A acloridria gástrica agrava o quadro clínico da doença.4. RESERVATÓRIO: Os seres humanos. Nos Estados Unidos, Itália e Austrália algunssurtos isolados foram relacionados ao consumo de frutos do mar crus ou mal cozidos,sugerindo a existência de reservatórios ambientais.5. MODO DE TRANSMISSÃO: Ocorre principalmente pela ingestão de água ou alimentoscontaminados por fezes ou vômitos de doente ou portador. Os alimentos e utensílios

Page 2: Adelia Toxinas e Enterotoxinas Dezembro 2010

podem ser contaminados pela água, pelo manuseio ou por moscas. A variedade El TorUniversidade Luterana do Brasil – GravataíCurso de EnfermagemDisciplina de Enfermagem nas Doenças TransmissíveisProfessor(a): Enf. Taís B. MouraAula 31/03/2008

Page 22persiste na água por muito tempo, o que aumenta sua probabilidade de manter atransmissão e circulação.6. PERÍODO DE INCUBAÇÃO: de poucas horas a 5 dias. Na maioria dos casos, de 2 a 3dias. 7. PERÍODO DE CONTAGIO: Ocorre enquanto houver a eliminação do Vibrio choleraenas fezes, o que geralmente acontece até poucos dias após a cura. Para fins devigilância, o padrão aceito é de 20 dias. Alguns doentes tornam-se portadores crônicos,eliminando o Vibrio cholerae de forma intermitente por meses e até anos.8. SUSCEPTIBILIDADE E IMUNIDADE: A susceptibilidade é variável e aumenta comfatores que diminuem a acidez gástrica (acloridria, uso de alcalinizantes e outros). Ainfecção produz aumento de anticorpos e confere imunidade por tempo limitado – emtorno de seis meses. Em áreas endêmicas, as repetidas infecções tendem a incrementara produção da IgA secretora e produzir constantes estímulos à resposta imunológica,capaz de manter a imunidade local de longa duração. Esse mecanismo pode explicar aresistência demonstrada pelos adultos nessas áreas.9. COMPLICAÇÕES: choque hipovolêmico, necrose tubular renal, íleo paralítico,hipocalemia (levando a arritmias), hipoglicemia (com convulsão e coma em crianças). Oaborto é comum no 3º trimestre de gestação, em casos de choque hipovolêmico. Ascomplicações podem ser evitadas com adequada hidratação precoces.10. Tratamento: O tratamento fundamenta-se na reposição rápida e completa da água eeletrólitos perdidos pelas fezes e vômitos. Os líquidos deverão ser administrados por viaoral ou parenteral, conforme o estado do paciente.Formas leves e moderadas – hidratação oral com soro de reidratação oral (SRO).Formas graves – hidratação venosa e oral + antibioticoterapia:10.1 MANEJO DO PACIENTE COM DIARRÉIA:a) Avaliaçã do estado de hidratação:OBSERVEABCEstado GeralBem alertaIrritado, intranqüilo.Comatoso,hipotônico.OlhoNormalFundosMuito fundo e secoLágrimasPresentesAusentesAusentesSedeBebe normalSedento, bebe-rápido Bebe mal ou não écapaz de beberEXPLORE

Page 3: Adelia Toxinas e Enterotoxinas Dezembro 2010

ABCSinal de pregaDesaparecerapidamenteDesaparece lentamente Desaparece muitolentamente (mais de2 seg.)PulsoCheioRápido, débilMuito débilouausenteEnchimento capilar NormalPrejudicado (3 a 5 seg.) Muito prejudicado(mais de 5 seg.)DecidaNão tem sinal dedesidrataçãoSe apresentar 2 oumaissinaistemdesidrataçãoSe apresenta 2 ouumsinaltemdesidratação grave.TrateUse o plano AUse o plano BUse o plano C

Page 33b) Plano de tratamento:Plano A:1. Dar mais líquido do que habitualmente, para prevenir a desidratação:• Os pacientes devem tomar líquidos caseiros (água de arroz, soro caseiro, chás, sucos esopas) ou sais de reidratação Oral (SRO), após cada evacuação diarréica.2. Manter a alimentação habitual para prevenir a desnutrição:• Continuar o aleitamento materno;• Se a criança não mamar, continuar com leite habitual.• Manter a dieta normal para as crianças maiores de 4 meses, que comem alimentossólidos, e também para os adultos.Plano B:1. Administrar SRO nas primeiras 4 horas:• A quantidade de solução ingerida dependerá da sede do paciente;• O SRO deverá ser dado continuamente, até que desapareçam os sinais de esidratação;• Apenas como orientação inicial, o paciente deverá receber 50 a 100ml/kg no período de4 a 6 horas.2. Observar o paciente continuamente durante a reidratação e ajudar a família a dar sorooral.3. Durante a reidratação, reavaliar o paciente. Usar o “quadro para avaliação do estado de

Page 4: Adelia Toxinas e Enterotoxinas Dezembro 2010

hidratação do paciente”:• Se não apresentar sinais de desidratação, use o Plano A;• Se continuar desidratado, repetir o Plano B por mais 2 horas e reavaliar o paciente.Plano C para desidratação grave:Para menores de 5 anosa) Fase rápida: 1:1umeSOLUÇÃO (1:1)VOLUME TOTALTEMPO ADMINISTRAÇÃOMetade de SG 5% emetade de SF.100ml/Kg2 horasAvaliar o paciente continuamente, asiim que puder beber, iniciar o SRO, mantendo ahidratação por solução venosa.deb) Fase de manutenção e reposição:VOLUME PARA MANUTENÇÃOSG A 5% (4:1) SF 100ml/kg em 24horasMais volume para reposiçãoSG A 5% (1:1) SF 50ml/kg em 24horasKcl a 10%2ml/100mlPara maiores de 5 anosSOLUÇÃOVOLUME TOTALTEMPO ADMINISTRAÇÃOSF30ml/mg30minutosRinger lactato70ml/kg2h e 30min.Fase de manutenção:Quando o paciente puder beber (geralmente em2 há 3 horas), iniciar o SRO mantendo-sea hidrataçãopor via endovenosa com 20ml/kg/dia.• Observar o paciente durante, pelo menos, 6horas;• Retirar a via endovenosa somente quando o paciente puder ingerir o SRO suficientepara manter-se hidratado;• A quantidade de SRO necessária varia de um paciente para outro, dependendo dovolume das evacuações;

Page 44• Lembrar que a quantidade de SRO a ser ingerida é maior nas primeiras 24 horas dotratamento, especialmente nos pacientes com desidratação grave.11. MEDIDAS DE CONTROLE:•Isolamento dos pacientes gravemente doentes. Sendo que os casos menos gravespodem ser tratados ambulatoriamente.•Desinfecçõa concominante: das feze, vômitos e de lençóis e artigos usados pelospacientes. Em lugares com sistema adequado de esgoto, as fezes podem serdescarregadas diretamente no vaso sem desinfecção perliminar.•Manejo dos contatos orientação em relação aos sintomas da doença. •

Page 5: Adelia Toxinas e Enterotoxinas Dezembro 2010

Investigação fonte de infecção: investigar as possibilidades de infecção pelaingesta de água poluída e alimentos contaminados.DETERMINAÇÃO DAS FONTES DE INFECÇÃO:• Procedência da água de consumo e cuidados com o tratamento.• Procedência de alimentos que são ingeridos crus (frutas, legumes e verduras).• Procedência e situação de higiene do acondicionamento e distribuição de pescados.• Investigar indivíduos que manipulam alimentos, principalmente quando o surto forresultante de provável fonte alimentar comum (restaurantes ou refeitórios).• Investigar prováveis portadores sadios.12. VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA:Objetivos: Reduzir a incidência e a letalidade; Impedir ou dificultar a propagação dadoença; Controlar surtos.Notificação: A ocorrência de casos suspeitos de cólera requer imediata notifi cação einvestigação por ser potencialmente grave e poder se manifestar sob a forma de surto, oque impõe a adoção de medidas imediatas de controle. Por se tratar de doença de notificação internacional, os primeiros casos de uma área devem ser prontamentecomunicados por telefone, fax ou e-mail às autoridades sanitárias superiores.13. MEDIDAS PREVENTIVAS:• Destino e tratamento adequado dos dejetos;• Destino adequado do lixo;• Educação em saúde;• Controle de portos, aeroportos e rodoviárias;• Higiene dos alimentos;• Disposição e manejo adequado dos cadáveres.LEPTOSPIROSE1. IDENTIFICAÇÃO: É uma doença infecciosa febril de início abrupto, cujo espectro podevariar desde um processo inaparente até formas graves. Trata-se de zoonose de grandeimportância social e econômica por apresentar elevada incidência em determinadasáreas, alto custo hospitalar e perdas de dias de trabalho, bem como por sua letalidade,que pode chegar a até 40% dos casos mais graves. Sua ocorrência está relacionada àsprecárias condições de infra-estrutura sanitária e alta infestação de roedores infectados.As inundações propiciam a disseminação e a persistência do agente causal no ambiente,facilitando a eclosão de surtos.2. AGENTE INFECCIOSO: Bactéria helicoidal do gênero Leptospira, do qual seconhecem atualmente sete espécies patogênicas, sendo a mais importante a L.interrogans.

Page 55A unidade taxonômica básica é o sorovar (sorotipo). Mais de 200 sorovares já foramidentificados e cada um tem o(s) seu(s) hospedeiro(s) preferencial(ais), ainda que umaespécie animal possa albergar um ou mais sorovares. Qualquer sorovar pode determinaras diversas formas de apresentação clínica no homem; em nosso meio, os sorovaresIcterohaemorrhagiae e Copenhagen freqüentemente estão relacionados aos casos maisgraves. Dentre os fatores ligados ao agente etiológico, favorecendo a persistência dosfocos de leptospirose, especial destaque deve ser dado ao elevado grau de variação antigênica, à capacidade de sobrevivência no meio ambiente (até 180 dias) e à amplavariedade de animais susceptíveis que podem hospedar o microrganismo.3. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: A leptospirose humana apresenta manifestaçõesclínicas muito variáveis, com diferentes graus de severidade. A infecção pode serassintomática, subclínica ou ocasionar quadros clínicos leves, moderados ou graves comalta letalidade. Clinicamente a leptospirose pode apresentar-se em duas formas:3.1 FORMA ANICTÉRIA que se divide em:a) LEVE que apresenta os seguintes sintomas: febre, cefaléia, dores musculares. Éfreqüentemente rotulada como “síndrome gripal”, “virose”.b) MAIS GRAVE apresenta os seguintes sintomas: febre alta, calafrios, cefaléia intensa,dores musculares e prostração. As mialgias envolvem caracteristicamente os músculos

Page 6: Adelia Toxinas e Enterotoxinas Dezembro 2010

das panturrilhas, mas podem afetar também coxas, e abdome, anorexia, náuseas,vômitos, obstipação ou diarréia, artralgias e, mais raramente, hemorragia digestiva,esplenomegalia e pancreatite. Podem ser também observados: epistaxe, dor torácica,tosse seca ou com expectoração, dispnéia e cianose. A insufi ciência renal aguda (IRA) ea desidratação acometem na maioria dos pacientes.3.2 FORMA ICTÉRICA (MODERADA OU GRAVE) Uma doença ictérica grave comdisfunção renal, fenômenos hemorrágicos, alterações hemodinâmicas, cardíacas,pulmonares com taxas de letalidade entre 10% e 40%. O curso bifásico é raro e ossintomas e sinais que precedem a icterícia são mais intensos, destacando-se as mialgias,sobretudo nas panturrilhas. A icterícia, de tonalidade alaranjada (icterícia rubínica),bastante intensa e característica, tem início entre o 3º e 7º dia da doença. A disfunçãohepática é associada a maior incidência de complicações e a maior mortalidade, emboraa insuficiência hepática não constitua importante causa de morte.4. RESERVATÓRIO: O principal reservatório é constituído pelos roedores sinantrópicos(domésticos) das espécies Rattus norvegicus (ratazana ou rato de esgoto), Rattus rattus(rato de telhado ou rato preto) e Mus musculus (camundongo ou catita). Ao se infectarem,não desenvolvem a doença e tornam-se portadores, albergando a leptospira nos rins eeliminando-a viva no meio ambiente, contaminando, desta forma, água, solo e alimentos.O Rattus norvegicus é o principal portador da Leptospira icterohaemorraghiae, uma dasmais patogênicas para o homem. Outros reservatórios de importância são caninos,suínos, bovinos, eqüinos, ovinos e caprinos.5. MODO DE TRANSMISSÃO: A infecção humana resulta da exposição direta ou indiretaà urina de animais infectados. A penetração do microrganismo dá-se através da pelelesada ou das mucosas da boca, narinas e olhos. Pode também ocorrer através da peleíntegra quando imersa em água por longo tempo. Outras modalidades de transmissãorelatadas, porém com pouca freqüência: contato com sangue, tecidos e órgãos deanimais infectados, transmissão acidental em laboratórios e ingestão de água oualimentos contaminados.

Page 666. PERÍODO DE INCUBAÇÃO: Varia de 1 a 30 dias (média entre 7 e 14 dias).7. PERÍODO DE CONTAGIO: Os animais infectados podem eliminar a leptospira atravésda urina durante meses, anos ou por toda a vida, segundo a espécie animal e o sorovarenvolvido. A transmissão inter-humana é muito rara, podendo ocorrer pelo contato comurina, sangue, secreções e tecidos de pessoas infectadas. 8. SUSCEPTIBILIDADE E IMUNIDADE: A susceptibilidade no homem é geral. Aimunidade adquirida pós-infecção é sorovarespecífica, podendo um mesmo indivíduoapresentar a doença mais de uma vez, sendo qu o agente causal de cada episódiopertencerá a um sorovar diferente do(s) anterior (es).9. SEQÜELAS: Atrofia muscular e anemia.10. MEDIDAS DE CONTROLE:a)Medidas preventivas:•Educar a comunidade sobre os modos de transmissão da doença, evitar a nataçãoe caminhadas em águas potencialmente contaminadas e usar proteção corrigem quandoo trabalho requer essa exposição;•Proteger os trabalhadores em ocupação perigosas, fornecendo botas, luvas eaventais;•Reconhecer as águas e solos potencialmente contaminados, drenando águasquando possível;•Controlar os roedores em habitações humanas, especialmente rurais erecreacionais.

Page 7: Adelia Toxinas e Enterotoxinas Dezembro 2010

•Imunizar os animais de fazenda e domésticos;b) Controle do paciente, contatos e ambientes imediatos:•Hospitalização imediata dos casos graves, visando evitar complicações e diminuir aletalidade. Nos casos leves, o atendimento é ambulatorial.•Desinfecção concominante: artigos contaminados com urina;•Investigação dos contatos e fonte de infecção: Investigar a exposição a animaisinfectados e águas pontencialmente contaminadas.11. VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA:Objetivos•Monitorar a ocorrência de casos e surtos e determinar a sua distribuição espacial etemporal;•Reduzir a letalidade da doença, mediante a garantia de diagnóstico e tratamentoprecoce e adequado;•Identificar os sorovares circulantes em cada área;•Direcionar as medidas preventivas e de controle destinadas à população, ao meioambiente e aos reservatórios animais.Notificação: A leptospirose é uma doença de notificação compulsória no Brasil. Tanto aocorrência de casos suspeitos isolados como a de surtos devem ser notifi cadas, o maisrapidamente possível, para o desencadeamento das ações de vigilância epidemiológica econtrole.

Page 77HEPATITES VIRAIS1. IDENTIFICAÇÃO: As hepatites virais são doenças provocadas por diferentes agentesetiológicos, com tropismo primário pelo fígado, que apresentam característicasepidemiológicas, clínicas e laboratoriais distintas.2. AGENTE INFECCIOSO: Os agentes etiológicos que causam hepatites virais maisrelevantes do ponto de vista clínico e epidemiológico são: vírus da hepatite A (HAV), vírusda hepatite B (HBV), vírus da hepatite C (HCV), vírus da hepatite D (HDV) e vírus dahepatite E (HEV).3. HEPATITE A3.1 MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: febre, mal-estar, anorexia, náuseas e desconfortoabdominal, seguido dentro de poucos dias por icterícia.3.2. RESERVATÓRIO: Os seres humanos, raramente os chipanzés e alguns outrosprimatas não humanos.3.3. MODO DE TRANSMISSÃO: Pessoa a pessoa por via fecal-oral transmissão ligada acondições de saneamento básico, higiene pessoal, qualidade da água e dos alimentos. 3.4. PERÍODO DE INCUBAÇÃO: de 15-45 dias (média de 30 dias). 3.5. PERÍODO DE CONTAGIO: Desde duas semanas antes do início dos sintomas até ofinal da segunda semana da doença. 4. HEPATITE B4.1. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: A infecção pelo vírus da hepatite B é raramentereconhecida clinicamente; menos de 10% das crianças e 30 a 50% dos adultos. Asmanifestações clínicas são: anorexia, pequeno desconforto abdominal, náuseas evômitos, algumas vezes artralgias e exantema, freqüentemente progredindo para icterícia. 4.2. RESERVATÓRIO: Os seres humanos, raramente os chipanzés.4.3. MODO DE TRANSMISSÃO: Sexual, parenteral, percutânea, vertical.4.4. PERÍODO DE INCUBAÇÃO: de 30 a 180 dias em média de 60 a 90 dias.

Page 8: Adelia Toxinas e Enterotoxinas Dezembro 2010

4.5. PERÍODO DE CONTAGIO: Duas a três semanas antes dos primeiros sintomas,se mantendo durante a evolução clínica da doença. O portador crônico pode transmitir oHBV durante anos.5. HEPATITE C5.1. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: anorexia, pequeno desconforto abdominal, náuseas evômitos, algumas vezes artralgias e exantema, a progresão para icterícia é menosfreqüente que na hep.B. Embora a infecção inicial possa ser assintomática (mais de 90%dos casos) ou leve, uma alta percentagem (entre 50 e 80%) desenvolvera uma infecçãocrônica. Das pessoas crônicamente infectadas, cerca da mentade eventualmentedesenvolverá cirrose ou câncer de fígado.5.2. RESERVATÓRIO: Os seres humanos, raramente os chipanzés.

Page 885.3. MODO DE TRANSMISSÃO: Sexual, parenteral, percutânea, vertical.5.4. PERÍODO DE INCUBAÇÃO: de 15 a 150 dias. 5.5. PERÍODO DE CONTAGIO: Uma semana antes do início dos sintomas e mantém-seenquanto o paciente apresentar HCV-RNA detectáve.6. SUSCEPTIBILIDADE E IMUNIDADE: A susceptibilidade é universal. A infecçãoconfere imunidade permanente e específica para cada tipo de vírus. A imunidadeconferida pela vacina contra a hepatite A é hepatite B é duradoura e específicas. Os filhosde mães imunes podem apresentar imunidade passiva e transitória durante os primeirosnove meses de vida.7. PREVENÇÃO: Vacinação.8. VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA:Objetivo Geral: Controlar as hepatites virais no Brasil.Específico:• Conhecer o comportamento epidemiológico das hepatites virais quanto ao agenteetiológico, pessoa, tempo e lugar.• Identifi car os principais fatores de risco para as hepatites virais.• Ampliar estratégias de imunização contra as hepatites virais.• Detectar, prevenir e controlar os surtos de hepatites virais oportunamente.• Reduzir a prevalência de infecção das hepatites virais.• Avaliar o impacto das medidas de controle.Notificação: é uma doença de notificação compulsória.9. MEDIDAS CONTROLE:Comunicantes – em hepatites com transmissão fecal-oral (A e E) pode ser necessárioo isolamento/afastamento do paciente de suas atividades normais (principalmente seforem crianças que freqüentam creches, pré-escolas ou escola) durante as primeiras duassemanas da doença.Os parceiros sexuais e comunicantes domiciliares susceptíveis devem ser investigados,através de marcadores sorológicos para o vírus da hepatite B, C ou D de acordo com ocaso índice, e vacinados contra a hepatite B, se indicado. Iniciar imediatamente oesquema de vacinação contra a hepatite B nos não vacinados ou completar esquema dosque não completaram (não aguardar o resultado dos marcadores sorológicos). Indica-seutilizar preservativo (camisinha) nas relações sexuais.Usuário de drogas injetáveis e inaláveis – pelo risco de transmissão de hepatites eoutras doenças, é recomendável não compartilhar agulhas, seringas, canudos ecachimbos para uso de drogas, além de realizar vacinação contra a hepatite B e usarpreservativos nas relações sexuais.Filhos de mães HBsAg positivas – é recomendável a administração em locaisdiferentes de imunoglobulina contra o HBV e vacina contra a hepatite (nas primeiras 12horas de vida). A segunda e terceira doses da vacina devem seguir o calendário vacinalnormal, isto é, aos trinta dias e aos seis meses de idade, respectivamente.Manicures/pedicures e podólogos – devem utilizar alicates esterilizados (o ideal é quecada cliente tenha seu próprio material). Outros instrumentos, como palitos, devem serdescartáveis.

Page 9: Adelia Toxinas e Enterotoxinas Dezembro 2010

Profissionais da área da saúde – ao manipular pacientes infectados, durante exameclínico, procedimentos invasivos, exames diversos de líquidos e secreções corporais,

Page 99obedecer às normas universais de biossegurança: lavar as mãos após exame de cadapaciente; estar vacinado contra o vírus da hepatite B; usar luvas de látex, óculos deproteção e avental descartável durante procedimentos em que haja contato comsecreções e líquidos corporais de pacientes infectados; no caso de cirurgiões (médicos eodontólogos), desinfectar/esterilizar, após uso em pacientes, todo instrumental emáquinas utilizadas.10. MEDIDAS PREVENTIVAS:•Educar a comunidade sobre o saneamento adequado e a higiene pessoal comênfase na lavagem cuidadosa das mãos e na eliminação adequada dos degetos fecais;•Orientação em relação a água de consumo: uso de água potável. Nos lugares ondenão existe sistema público de abastecimento de água potável, deve-se procurar,inicialmente, soluções alternativas junto à comunidade para o uso e acondicionamento daágua em depósitos limpos e tampados. Deve-se orientar a população quanto à utilizaçãode produtos à base de cloro, fervura da água e higiene domiciliar, tais como a limpeza edesinfecção da caixa dágua, em intervalos de 6 meses ou de acordo com a necessidade.•Alimentos – o cuidado no preparo dos alimentos com boas práticas de higiene éessencial, adotando-se medidas como lavagem rigorosa das mãos antes do preparo dealimentos e antes de comer, além da desinfecção de objetos, bancada e chã. Para aingestão de alimentos crus, como hortaliças e frutas, deve-se fazer a sanitização prévia.Pode-se utilizar a imersão em solução de hipoclorito de sódio a 0,02% (200ppm) por 15minutos. Alimentos como frutos do mar, carne, aves e peixes devem ser submetidos aocozimento adequado.•Educar e estimular a comunidade principalmente os jovens em relação ao uso depreservativos nas relações sexuais.•Orientar e fornecer aos usuários de drogas injetáveis, seringas descartáveis. 11. Imunoglobulina humana anti-hepatite BA imunoglobulina humana anti-hepatite tipo B (IGHAHB) é indicada para pessoas nãovacinadas após exposição ao vírus da hepatite B.Conduta na exposição ao HBVGRUPOSIMUNUBIOLÓGICOS OBSERVAÇÕSEVítimas de abuso sexualIGHAHBAplicar o mais precocementepossível, no máximo 14 dias apósexposição.Comunicantes sexuais decaso agudo de hepatite BIGHAHBAplicar o mais precocementepossível, no máximo 14 dias apósexposição.Recém-nascido de mãesabidamente HBsAg+IGHAHB + vacinaAplicar nas primeiras doze horasapós o nascimento.

Page 10: Adelia Toxinas e Enterotoxinas Dezembro 2010

Recém-nascido (com peso< 2000g ou < 34 semanasde gestação) de mãesabidamenteHBsAgpositivo recémnascidode mãe simultaneamenteHIVe HBsAg positivoIGHAHB + vacinaNas primeiras doze horas após onascimento.Esquema de quatro doses davacina (0, 1, 2e 6 meses)

Page 101012. Recomendações para profilaxia da hepatite B após exposição ocupacional o materialbiológico.HANSENÍASE1. IDENTIFICAÇÃO: Doença bacteriana crônica da pele, dos nervos periféricos, causadapelo Mycobacterium leprae. Este bacilo tem a capacidade de infectar grande número deindivíduos (alta infectividade), no entanto poucos adoecem (baixa patogenicidade). Ahanseníase parece ser uma das mais antigas doenças que acomete o homem. Asreferências mais remotas datam de 600 a.C. e procede da Ásia, que, juntamente com aÁfrica, podem ser consideradas o berço da doença. A melhoria das condições de vida e oavanço do conhecimento científico modificaram significativamente esse quadro e, hoje, ahanseníase tem tratamento e cura.2. AGENTE INFECCIOSO: Mycobacterium leprae. É um parasita intracelular obrigatórioque apresenta afinidade por células cutâneas e por células dos nervos periféricos. 3. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS:Manchas na pele (uma ou várias) com perda de sensibilidade ao calor, ao toque ou a dorno local.Manchas que:Não coçam e não doem, não pegam pó e não incomodam;Podem ser avermelhadas, esbranquiçada ou cor de cobre;Podem ser lisas ou elevadas;

Page 1111Podem aparecer em qualquer parte do corpo.4. CARACTERÍSTICAS DAS MANCHAS:Anidrótica;Alopética;Anestésica.5. CLASSIFICAÇÃO:1-5 Manchas e até 1 nervo acometido: é hanseníase paucibacilar (PB);Mais de 5 manchas mais de 1 nervo acometido: hanseníase multibacilar (MB).6. RESERVATÓRIO: O homem é reconhecido como a única fonte de infecção, emboratenham sido identificados animais naturalmente infectados – o tatu, o macaco mangabei eo chimpanzé.7. MODO DE TRANSMISSÃO: A principal via de eliminação dos bacilos é a aéreasuperior, sendo que o trato respiratório é a mais provável via de entrada doMycobacterium leprae no corpo. O trato respiratório superior dos pacientes multibacilares(virchowianos e dimorfos) é a principal via de eliminação do Mycobacterium lepraeencontrada no meio ambiente. Nos casos de crianças com menos de 1 ano de idade,

Page 11: Adelia Toxinas e Enterotoxinas Dezembro 2010

presume-se que a transmissão seja transplacentária. 8. PERÍODO DE INCUBAÇÃO: Em media de 2 a 7 anos. Sendo que a referências quepodem variar de 9 meses à 20 anos.9. PERÍODO DE CONTAGIO: Os doentes paucibacilares (indeterminados etuberculóides) não são considerados importantes como fonte de transmissão da doença,devido à baixa carga bacilar. Os pacientes multibacilares, no entanto, constituem o grupocontagiante, assim se mantendo enquanto não se iniciar o tratamento específico. Aevidências clínica e laboratorial sugere que, na maioria dos casos, a infectividade éperdida dentro de 3 meses do tratamento contínuo com dapsona, ou dentre de 3 dias dotratamento com rifampicina.10. SUSCEPTIBILIDADE E IMUNIDADE: Como em outras doenças infecciosas, aconversão de infecção em doença depende de interações entre fatores individuais dohospedeiro, ambientais e do próprio M. leprae. Devido ao longo período de incubação, émenos freqüente na infância. Contudo, em áreas mais endêmicas, a exposição precoce,em focos domiciliares, aumenta a incidência de casos nessa faixa etária. Emboraacometa ambos os sexos, observa-se predominância do sexo masculino, em uma relaçãode dois para um.11. MEDIDAS A SEREM ADOTADAS11.1 Assistências ao pacienteTratamento específico – o tratamento da hanseníase é eminentemente ambulatorial.O esquema terapêutico utilizado é a PQT/OMS. Os medicamentos devem estardisponíveis em todas as unidades de saúde de municípios endêmicos. A alta por cura édada após a administração do número de doses preconizadas, segundo o esquematerapêutico administrado.Prevenção e tratamento de incapacidades físicas – todos os casos de hanseníase,independentemente da forma clínica, deverão ser avaliados quanto ao grau de

Page 1212incapacidade no momento do diagnóstico e, no mínimo, uma vez por ano, inclusive naalta por cura.Toda atenção deve ser dada ao diagnóstico precoce do comprometimento neural. Paratanto, os profissionais de saúde e pacientes devem ser orientados para uma atitude devigilância do potencial incapacitante da hanseníase. Tal procedimento deve ter em vista otratamento adequado para cada caso e a prevenção de futuras deformidades. Essasatividades não devem ser dissociadas do tratamento quimioterápico, estando integradasna rotina dos serviços de acordo com o grau de complexidade dos mesmos.11.2 Em relação aos contatosContrato intradomiciliar: toda e qualquer pessoa que resida ou tenha residido com odoente nos últimos 5 anos;Examinar todos os contatos e orientar quanto ao período de incubação, transmissão,sinais e sintomas da hanseníase e retorno ao serviço se necessário;Utilização do BCG: aplicação de duas doses de vacina BCG em todos os contatos (ointervalo mínimo para a 2ª dose é de 6 meses), considerar a cicatriz por BCG,independente do tempo de aplicação.12. VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA:Objetivo: Detectar e tratar precocemente os casos novos, para interromper a cadeia detransmissão e prevenir as incapacidades físicas.• Realizar exames dermatoneurológicos de todos os contatos de casos de hanseníasecom o objetivo de detectar novos casos e iniciar o tratamento o mais precocementepossível, evitando a ocorrência de novos casos.• Reduzir a morbidade da doença para menos de 1 doente por 10 mil habitantes – metade eliminação proposta pela OMS.Os objetivos do Programa Nacional de Eliminação da Hanseníase são:• eliminar a hanseníase como problema de saúde pública até 2005, descentralizando osserviços de diagnóstico e tratamento para a rede básica de saúde, ampliando o acesso epromovendo a universalização da cura.

Page 12: Adelia Toxinas e Enterotoxinas Dezembro 2010

• ampliar o acesso ao diagnóstico e tratamento nos municípios de maior endemicidade,para acelerar o processo de eliminação da hanseníase.• promover e apoiar o processo de educação permanente, habilitando os profissionais desaúde para as ações de diagnóstico, tratamento e acompanhamento da hanseníase.• mobilizar a sociedade civil para a promoção do conhecimento sobre os sinais iniciais dahanseníase e dos locais de acesso ao diagnóstico e tratamento.• assegurar, nas unidades de saúde, tratamento completo para as formas paucibacilares emultibacilares.• ampliar a oferta de procedimentos de reabilitação física aos pacientes portadores deincapacidades/deformidades decorrentes da doença.Notificação: através de uma ficha de notificação/investigação do Sistema de Informaçõesde Agravos de Notificação (Sinan).13. Como fazer o teste de sensibilidade das manchasUsar um objeto com ponta, como uma caneta:Informar a pessoa o que será feito;Pedir a pessoa para fechar os olhos para que não saiba onde será feito o toque;Tocar levemente a maior mancha que houver e perguntar onde sentiu a caneta;Tocar uma parte da pele onde não haja mancha alguma e tocar novamente a mancha;Se a pessoa não sente nada na mancha é hanseníase;Iniciar o tratamento imediatamente.

Page 1313INFLUENZA1. IDENTIFICAÇÃO: A influenza ou gripe é uma infecção viral aguda do sistemarespiratório que tem distribuição global e elevada transmissibilidade. A influenza derivasua importância da rapidez com que as epidemias evoluem, causando morbidade emortalidade e, por isto, merecem destaque em saúde pública.2. AGENTE INFECCIOSO: vírus Influenza da família dos Ortomixovirus, se subdivididoem três tipos: A, B e C, de acordo com sua diversidade antigênica.Os dois primeiros, principalmente os vírus influenza A, são altamente transmissíveis emutáveis.3. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: Clinicamente, a doença inicia-se com a instalaçãoabrupta de febre alta, em geral acima de 38ºC, seguida de mialgia, dor de garganta,prostração, calafrios, dor de cabeça e tosse seca. A febre é, sem dúvida, o sintoma maisimportante e perdura em torno de três dias.4. RESERVATÓRIO: Os vírus influenza do tipo B infectam exclusivamente os sereshumanos e os do tipo C infectam humanos e suínos. Os vírus influenza do tipo A sãoencontrados em várias espécies de animais, além dos seres humanos, tais como suínos,cavalos, mamíferos marinhos e aves. As aves migratórias desempenham importantepapel na disseminação natural da doença entre distintos pontos do globo terrestre.5. MODO DE TRANSMISSÃO: é uma doença respiratória transmitida por meio degotículas expelidas pelo indivíduo doente ao falar, espirrar e tossir. Os ambientesfechados são grandes fontes de transmissão. A transmissão também pode ocorrer porcontato direto ou indireto com secreções nasofaringeanas, destacando-se aqui aimportância da lavagem adequada das mãos no controle desta doença. Apesar de atransmissão inter-humana ser a mais comum, já foi documentada a transmissão direta dovírus para o homem, a partir de aves e suínos.6. PERÍODO DE INCUBAÇÃO: em geral, de 1 a 4 dias.7. PERÍODO DE CONTAGIO: é de 2 dias antes até 5 dias após o início dos sintomas. 8. SUSCEPTIBILIDADE E IMUNIDADE: Acomete pessoas de todas as faixas etárias.Nos adultos sadios a recuperação geralmente é rápida. Entretanto, complicações gravespodem ocorrer nos idosos e nos muito jovens, determinando elevados níveis demorbimortalidade. A imunidade aos vírus da influenza resulta de infecção natural ouvacinação.9. PREVENÇÃO: Vacinação10. VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA:

Page 13: Adelia Toxinas e Enterotoxinas Dezembro 2010

Objetivos:Monitorar as cepas dos vírus da influenza que circulam nas cinco regiões brasileiras;Avaliar o impacto da vacinação contra a doença;Acompanhar a tendência da morbidade e da mortalidade associada à doença;Produzir e disseminar informações epidemiológicas.Notificação: não é doença de notificação compulsória.

CÓLERA:

O QUE É?

Esta bactéria provoca fortes reações de fermentação dentro do aparelho digestório e libera uma potente toxina “desencadeadora” de intensa diarréia.

Seu contágio se dá principalmente através da água e de alimentos contaminados pelo vibrião colérico, este, depois de ingerido, multiplica-se rapidamente no intestino delgado

SINTOMAS:

Os principais sintomas desta doença são diarréia, vômitos, dores abdominais e calafrios. Ela provoca uma enorme perda de água, que, conseqüentemente, gera desidratação intensa e risco de morte, principalmente em crianças.

TRATAMENTO:

O tratamento imediato é o soro fisiológico ou soro caseiro para repor a água e os sais minerais: uma pitada de sal, meia xícara de açúcar e meio litro de água tratada. No hospital, é administrado de emergência por via intravenosa solução salina. A causa é adicionalmente eliminada com doses de antibiótico.

COQUELUCHE:

O QUE É?

A coqueluche, também conhecida pelos nomes pertussis, tosse comprida, tosse com guincho e tosse espasmódica, é uma doença bacteriana que atinge o sistema respiratório cujas complicações - convulsões, pneumonias e encefalopatias - podem levar o indivíduo a óbito.

Page 14: Adelia Toxinas e Enterotoxinas Dezembro 2010

SINTOMAS:

Os primeiros sintomas são semelhantes aos da gripe e consistem em tosse, coriza, febre e olhos irritados: pertencentes ao estágio catarral. O próximo estágio, paroxístico, se desenvolve cerca de duas semanas após o anterior e tem como característica acessos de tosses sucessivas, com intervalos variáveis. Estas podem estar acompanhadas de muco, e a ocorrência de vômito é possível.

Tais eventos duram alguns minutos, a cada crise, e impedem que o indivíduo respire até que se sejam encerrados. No término o fôlego é retomado, geralmente por um “guincho respiratório”. As crises tendem a ser mais frequentes no período noturno.

TRATAMENTO:

O tratamento deve ser feito sob orientação médica e consiste basicamente no uso de antibióticos. Quanto à prevenção, o uso precoce da vacina é imprescindível. Em crianças, ela é distribuída gratuitamente em postos de saúde e é feita em três doses (aos 2, 4 e 6 meses de idade) e dois reforços (aos 15 meses e aos 4 anos), mantendo a imunização por aproximadamente dez anos.

DENGUE:

O QUE É?

A dengue é uma doença infecciosa febril aguda causada por um vírus da família Flaviridae e é transmitida através do mosquito Aedes aegypti, também infectado pelo vírus. Atualmente, a dengue é considerada um dos principais problemas de saúde pública de todo o mundo.

SINTOMAS:

Febre alta, dor de cabeça, principalmente na região ocular, dores nas articulações, músculos e muito cansaço. Também é comum náuseas, falta de apetite, dor abdominal, podendo até ocorrer diarréia e vermelhidão na pele.

TRATAMENTO:

A pessoa doente deve repousar e ingerir bastante líquido (água, sucos naturais ou chá), evitando qualquer tipo de refrigerante ou suco artificial. Antitérmicos e analgésicos que contém em sua fórmula, ácido acetilsalicílico, como a aspirina, devem ser evitados.

Page 15: Adelia Toxinas e Enterotoxinas Dezembro 2010

DIFTERIA:

O QUE É?

A difteria, também denominada crupe, é uma doença infecto-contagiosa caracterizada pela presença de uma pseudomembrana cinza-esbranquiçada no local da infecção. Provocada pelo bacilo Corynebacterium diphtheriae, alguns de seus sintomas surgem em razão da liberação das toxinas que este produz.

SINTOMAS:

Febre baixa, taquicardia e, em alguns casos, chiados e tosses ao respirar são os sintomas desta doença. Esses, geralmente, se acentuam no período noturno. Paralisias dos nervos e rins, lesões e/ou insuficiência cardíacas e neuropatia periférica devido à ação das toxinas, além de sufocamento devido à obstrução dos canais respiratórios, causada pela membrana, são manifestações que podem ocorrer em situações mais graves, com condições de levar o indivíduo a óbito (cerca de 20% dos casos). Feridas cutâneas podem surgir.

TRATAMENTO:

Um paciente com difteria requer de hospitalização e isolamento. Além da medicação, o repouso é indispensável durante a fase aguda da doença. Essa doença pode ser evitada respeitando o calendário oficial de vacinação, que estabelece 3 doses da vacina tríplice aos 2, 4 e 6 meses de idade. A vacina tríplice imuniza contra o tétano, coqueluche e difteria.

DOÊNÇA DE CHAGAS:

O QUE É?

É uma doença infecciosa causada por um protozoário parasita chamado Trypanosoma cruzi, nome dado por seu descobridor, o cientista brasileiro Carlos Chagas, em homenagem a outro cientista, também, brasileiro, Oswaldo Cruz.

SINTOMAS:

Os primeiros sintomas da doença são cansaço, febre, aumento do fígado ou do baço e inchaço nos linfonodos. Depois de 2 a 4 meses esse sintomas somem. Somente 10 a 20 anos após a infecção é que começam a aparecer os sintomas mais graves. Os protozoários instalam-se preferencialmente no

Page 16: Adelia Toxinas e Enterotoxinas Dezembro 2010

músculo cardíaco e causam lesões que prejudicam o funcionamento do coração, levando à insuficiência cardíaca.

Já existem drogas terapêuticas capazes de matar o tripanossomo, mas as lesões no coração e em outros órgãos, são irreversíveis.

TRATAMENTO:

A medicação utilizada, no nosso meio, é o benzonidazole, que é muito tóxico, sobretudo pelo tempo de tratamento, que pode durar de três a quatro meses. Seu uso é de comprovado benefício na fase aguda. Na fase crônica, o tratamento é dirigido às manifestações. A diminuição da capacidade de trabalho do coração é tratada como na insuficência deste órgão por outras causas, podendo, em alguns casos, impor até a necessidade de transplante.

DOÊNÇA DE CREUTZFELDT-JAKOB:

O QUE É?

A doença de Creutzfeldt-Jacob existe em todo o mundo. Pouco se sabe de como se transmite. Algumas pessoas foram contagiadas por receberem transplantes de córnea ou porventura de outros tecidos provenientes de dadores infectados ou devido ao uso de instrumentos contaminados durante uma cirurgia do cérebro. Uma hormona do crescimento obtida a partir da glândula hipofisária de um cadáver também pode ser uma fonte de infecção. (Actualmente existe uma hormona de crescimento sintética.) O risco de sofrer esta doença aumenta ligeiramente para quem tenha sido submetido a uma operação intracraniana. Alguns anatomopatologistas contraíram a doença de Creutzfeldt-Jacob presumivelmente a partir do seu contacto com cadáveres.

SINTOMAS:

Durante meses ou anos após a exposição, não se verificam sintomas. Lentamente vai-se desenvolvendo a lesão cerebral e a perda da capacidade intelectual (demência) torna-se cada vez mais evidente. De início os sintomas parecem-se com os de outras demências (Ver secção 6, capítulo 76): desleixo da higiene pessoal, apatia, irritabilidade, lapsos de memória e confusão. Algumas pessoas cansam-se com facilidade, apresentam sonolência, são incapazes de conciliar o sono ou sofrem perturbações do sono. Posteriormente, a sintomatologia agrava-se, geralmente com muito maior rapidez do que

Page 17: Adelia Toxinas e Enterotoxinas Dezembro 2010

na doença de Alzheimer, até que se chega a um estado de demência profunda.

Geralmente ocorrem espasmos musculares nos primeiros seis meses posteriores ao início dos sintomas. Também há ocasionalmente tremores, entorpecimento e movimentos corporais peculiares. A visão pode tornar-se nublada ou pouco clara. A maioria dos doentes morre, em geral de pneumonia, ao fim de 3 a 12 meses de doença. Cerca de 5 % a 10 % das pessoas sobrevivem 2 anos ou mais.

TRATAMENTO:

A doença de Creutzfeldt-Jacob não se consegue curar nem tão-pouco é possível atrasar a sua progressão. O médico tenta medidas paliativas tratando os sintomas. Como a doença é contagiosa, deve evitar-se o transplante ou a ingestão de tecidos humanos ou animais infectados.

DOÊNÇA DE MENINGOCOCICA E OUTRAS MENINGITES:

O QUE É?

Meningite Meningocócica é uma doença provocada pela bactéria “Neisseria meningitidis” que, quando entra no sangue ou fluido espinhal, dá origem a uma infecção sistémica. È frequentemente uma doença séria que pode ter início em sintomas como febre, dor de cabeça e evoluir drasticamente em poucas horas para uma morte por coma cerebral. Existem vários subgrupos desta bactéria, alguns dos quais são mais frequentemente encontrados em epidemias e podem ser prevenidos através de vacinação.

SINTOMAS:Febre alta, cefaléia (forte dor de cabeça), vômitos, rigidez de nuca(dificuldade de movimentar a cabeça), dor no corpo, cansaço (desânimo), fotofobia(desconforto na presença de luz), e em alguns casos pode ocorrer petéquias ousufusões hemorrágicas (manchas avermelhadas na pele), convulsões e prostração.Nos lactentes e recém-nascidos os sinais e sintomas são atípicos, estando ausente,

Page 18: Adelia Toxinas e Enterotoxinas Dezembro 2010

geralmente, a rigidez de nuca. Suspeitar se a criança apresentar hipo ouhipertermia, sonolência ou irritabilidade, choro intenso, recusa alimentar, vômitos,palidez, abaulamento da fontanela (moleira).

TRATAMENTO:O tratamento da meningite meningocócica é feito pelo uso da penicilina. Até agora, não foram registradas espécies que apresentam resistência a esse antibiótico.

ESQUISTOSSOMOSE:O QUE É?A esquistossomose ou bilharzíase é a doença crónica causada pelos parasitas multicelulares platelmintos do género Schistosoma. É a mais grave forma de parasitose por organismo multicelular, matando centenas de milhares de pessoas por ano.

SINTOMAS:Os sintomas mais comuns da esquistossomose são: diarréia, febres, cólicas, dores de cabeça, náuseas, tonturas, sonolência, emagrecimento, endurecimento e o aumento de volume do fígado e hemorragias que causam vômitos e fezes escurecidos. Ao surgir estes sintomas, o indivíduo precisa procurar imediatamente um atendimento médico para que todos os procedimentos necessários sejam tomados. Assim como em qualquer outro problema de saúde, a auto-medicação não deve ser adotada pelo doente.

As crianças são as mais atingidas por este parasita, pois elas são mais vulneráveis por brincarem em locais úmidos sem saber que lá podem estar estes parasitas a espera de um hospedeiro. Já os adultos comunmente se protegem com o uso de botas de borracha.

TRATAMENTO:O tratamento de escolha com antiparasitários, substâncias químicas que são tóxicas ao parasita. Atualmente existem três grupos de substâncias que eliminam o parasita, mas a medicação de escolha é o Praziquantel, que se toma sob a forma de comprimidos na maior parte das vezes durante um dia. Isto é suficiente para eliminar o parasita, o que elimina também a disseminação dos ovos no meio ambiente. Naqueles casos de

Page 19: Adelia Toxinas e Enterotoxinas Dezembro 2010

doença crônica as complicações requerem tratamento específico.

EVENTOS ADVERSOS PÓS VACINAÇÃO:O QUE É?

Vacina BCG

O BCG (bacilo de Calmette e Guérin) tem por finalidade evitar que a primo-infecção natural, causada por Mycobacterium tuberculosis, evolua para doença. O BCG-ID provoca primo-infecção artificial e inofensiva, ocasionada por bacilos não-virulentos, com o objetivo de que essa infecção artificial contribua para Ý resistência do indivíduo contra bacilos virulentos.

O tempo dessa evolução é de 6-12 semanas. Eventualmente pode haver recorrência da lesão, mesmo depois de ter ocorrido completa cicatrização. Quando aplicado em indivíduos anteriormente infectados, quer por infecção natural, quer pela vacinação, o BCG determina lesões um pouco maiores e de evolução mais acelerada (fenômeno de Koch), com cicatrização precoce.

Durante a evolução normal da lesão vacinal, pode ocorrer enfartamento ganglionar axilar, supra ou infraclavicular, único ou múltiplo, não-supurado. Aparece 3-6 semanas após a vacinação, é firme, móvel, bem perceptível, frio, indolor, medindo até 3cm de diâmetro, e não acompanhado de sintomatologia. Pode evoluir por tempo variável, geralmente em torno de 4 semanas e permanece estacionário por 1-3 meses, desaparece espontaneamente, sem necessidade de tratamento. O aparecimento desses gânglios ocorre em até 10% dos vacinados.

Pode ocorrer linfadenopatia regional não-supurada com mais de 3cm de diâmetro, sem evidências de supuração (flutuação e/ou fistulização); como conduta, deve-se observar até que ocorra regressão expressiva da adenomegalia. Não puncionar e não administrar isoniazida. Notificar.

FEBRE AMARELA:

O QUE É?

A febre amarela é uma doença infecciosa causada por um flavivírus (o vírus da febre amarela), para a qual está disponível uma vacina altamente eficaz. A doença é transmitida por

Page 20: Adelia Toxinas e Enterotoxinas Dezembro 2010

mosquitos e ocorre exclusivamente na América Central, na América do Sul e na África. No Brasil, a febre amarela é geralmente adquirida quando uma pessoa não vacinada entra em áreas de transmissão silvestre (regiões de cerrado, florestas). Uma pessoa não transmite febre amarela diretamente para outra. Para que isto ocorra, é necessário que o mosquito pique uma pessoa infectada e, após o vírus ter se multiplicado, pique um indivíduo que ainda não teve a doença e não tenha sido vacinado.

SINTOMAS:

Os primeiros sinais e/ou sintomas da forma leve da doença são: doença febril de

início abrupto, freqüentemente acompanhada de mal-estar, anorexia, náusea, vômito, dor

nos olhos, dor de cabeça, mialgia, exantema máculo-papular e linfoadenopatia.

TRATAMENTO:

O tratamento é de suporte, freqüentemente envolvendo hospitalização, fl uido intravenoso,

suporte respiratório e prevenção de infecção secundária para os pacientes com a

doença em sua forma severa.

FEBRE TIFOIDE:

O QUE É?

A febre tifóide é uma doença infecciosa potencialmente grave, causada por uma bactéria, a Salmonella typhi. Caracteriza-se por febre prolongada, alterações do trânsito intestinal, aumento de vísceras como o fígado e o baço e, se não tratada, confusão mental progressiva, podendo levar ao óbito. A transmissão ocorre principalmente através da ingestão de água e de alimentos contaminados. A doença tem distribuição mundial, sendo mais freqüente nos países em desenvolvimento, onde as condições de saneamento básico são inexistentes ou inadequadas.

SINTOMAS:

Page 21: Adelia Toxinas e Enterotoxinas Dezembro 2010

Seus sintomas mais comuns são mal estar geral, febre alta, falta de apetite, tosse seca, diarréia ou prisão de ventre, dores de cabeça, retardamento do ritmo do coração, aumento do volume do baço e manchas rosadas sobre a pele na região do tronco.

TRATAMENTO:

Uma vez que a bactéria entra em contato com o organismo humano, a pessoa infectada deverá receber tratamento médico. Em casos mais específicos, ocorre a necessidade de internação para hidratação e administração venenosa de antibióticos. Em ambos os casos, é importante que a pessoa procure atendimento médico, pois, sem o tratamento adequado, esta enfermidade pode levar a óbito.

HANSENIASE:

O que é?

Doença causada por um micróbio chamado bacilo de Hansen (mycobacterium leprae), que ataca normalmente a pele, os olhos e os nervos. Também conhecida como lepra, morféia, mal-de-Lázaro, mal-da-pele ou mal -do-sangue.

SINTOMAS:

Aparecimento de caroços ou inchados no rosto, orelhas, cotovelos e mãos.

Entupimento constante no nariz, com um pouco de sangue e feridas.

Redução ou ausência de sensibilidade ao calor, ao frio, à dor a ao tato.

Manchas em qualquer parte do corpo, que podem ser pálidas, esbranquiçadas ou avermelhadas.

Partes do corpo dormentes ou amortecidas. Em especial as regiões cobertas.

TRATAMENTO:

Page 22: Adelia Toxinas e Enterotoxinas Dezembro 2010

e for do tipo paucibacilar (com poucos bacilos), o tratamento é mais rápido. É dada uma dose mensal de remédios durante seis meses. Além da ingestã

o de um comprimido diário;

Se for do tipo multibacilar (com muitos bacilos), o tempo para tratamento é mais longo. São 12 doses do medicamento, uma por mês. Além de dois outros remédios diários durante os dois anos. O tratamento será 100% eficiente se for levado a sério do começo ao fim. Todos os medicamentos devem ser distribuídos pela rede pública de saúde.

Diagnoticos diferenciais

Diagnóstico Diferencial para médicosTalvez um dos aspectos mais relevantes no

raciocínio médico seja a capacidade de diante de um conjunto de sintomas, sinas,

dados de exames físicos e laboratoriais, aspectos ligados ao sexo, região entre tantas

variáveis estabelecer não propriamente o diagnóstico, mas raciocinar seus

diferenciais. Assim antes do diagnóstico os diferenciais devem ser minuciosamente

analisados e sua exclusão fortalece o raciocínio clínico do médico projetando para um

diagnóstico preciso. O leigo e o paciente também gostam nos tempos de hoje onde a

informação é globalizada na TV, Internet entre tantos meios de comunicação de

verificar quais seriam os diferencias de seus sintomas, ou mesmo tentar clarear e até

ajudar seu médico com um palpite, visto que só ele poderá analisar e dar o resultado

final e o tratamento necessário. Assim eu imaginei um software de diferenciais

médicos, ou seja, através dos sintomas, exames lançados o software me trouxesse os

diferencias e o sumo principal em porcentagem de busca e o texto sintetizado dos

mesmos. Esse sistema logo no seu início publicado em uma revista alertou um usuário

para uma rara doença em seu filho, indicando a procura de um neurocirurgião, que

analisando a sugestão de diferencial encontrada frente aos sintomas de seu filho

concretizou o diagnóstico, confirmado em uma tomografia e visto o diagnóstico

precoce não só curou o menino como não deixou seqüelas em uma doença que se

não tratada precocemente levaria ao óbito ou deixaria seqüelas irreversíveis. Assim

uma manhã eu fui surpreendido com o telefonema deste pai em meu consultório me

Page 23: Adelia Toxinas e Enterotoxinas Dezembro 2010

agradecendo e parabenizando e o software que era mais uma brincadeira para mim se

tornou um orgulho e mais que isso, uma missão a ser cumprida. Das 60 doenças que

tinha, que geraram um diferencial, creio eu, de pura sorte eu resolvi que o mesmo

mereceria um conteúdo forte e robusto cada vez maior, não só em número de

doenças, mas nos seus textos e explicações. Em 2 anos de trabalho levei o conteúdo

a 600 patologias e hoje o Diagnóstico Diferencial é uma ferramenta de consulta

poderosa que vem sendo constantemente ampliada oferecendo e tirando dúvidas de

médicos estudantes de medicina e de pacientes que melhor informados podem discutir

com seu médico ajudando no seu raciocínio clínico. Num mundo onde a especialidade

se materializa muitas vezes um oftalmologista não vai lembrar na hora de muitas

doenças que cursam com a plaquetopenia que veio no hemograma do seu paciente e

para uma consulta rápida de possíveis causas este software é de altíssima utilidade.

Uma poderosa ferramenta. Se você deseja conhecer um pouco mais deste trabalho

visite o site www.websamba.com/medbyte e procure por Diagnóstico Diferencial. Com

certeza ele pode ser seu parceiro se você é um médico, ou ajudará o paciente a levar

ao seu médico, visto que só um médico dá um diagnóstico, alguns possíveis

diferenciais. Mas lembre-se que Diagnóstico difere de Diferencial. Diferencial são

possibilidades a serem analisadas frente a um grande número de variáveis e um

exame minucioso do paciente. Consulte um médico e nunca se automedique, ou seja,

medicado por balconistas ou pelo vizinho ou faça diagnósticos. Todavia seja um

paciente informado. Saber rapidamente que rouquidão pode ser câncer de laringe ou

laringite ou epiglotite pode salvar sua vida. Dr.Ricardo Massucatto

DOENÇAS PREVENIVEIS

Tuberculose

Doença infecciosa sistêmica causada pelo Mycobacterium Tuberculosis, que acomete principalmente o trato respiratório em adultos, sendo geralmente transmitida por uma pessoa com lesão ativa pulmonar, através de gotículas respiratórias. A vacinação precoce dos recém-nascidos com o BGC visa prevenir a ocorrência de formas graves em crianças em países onde a doença é endêmica, como o Brasil. A piora das condições de vida, alimentação e moradia favorecem o aumento de casos da doença em nosso meio. Pode também estar associada a condições de diminuição de resistência imunológica, como AIDS, diabetes e alcoolismo. VOLTA

Hepatite B

Surgem cerca de 50 milhões de casos novos por ano, no mundo. Destes pacientes, Dois milhões irão a óbito por Cirrose ou Câncer no Fígado. A doença, que se transmite através de fluidos corpóreos como sangue, saliva e sêmen, tem evolução arrastada e pode se tornar cônica em 8% dos casos. Não existe tratamento

Page 24: Adelia Toxinas e Enterotoxinas Dezembro 2010

específico e sua prevenção é extremamente simples, através de 3 doses de vacina.VOLTA

Difteria

A Difteria é uma infecção bacteriana, causada pela Corinebacterium diphtheriae, de evolução grave. Acomete as vias aéreas superiores, formando placas purulentas e úlceras em região das amígdalas, podendo se disseminar. É altamente contagiosa e transmite-se por via respiratória. Sua incidência diminuiu consideravelmente após a instituição da vacina. VOLTA

Tétano

As contraturas musculares involuntárias causadas pela toxina do Clostridium Tetani ocorrem após a contaminação de ferimentos por essa bactéria anaeróbia. Pode acometer crianças e adultos, e sua evolução geralmente é grave, demandando um longo período de internação em Unidades de Terapia Intensiva. Existe também o Tétano Neonatal, cujo foco de origem é o Côto Umbilical contaminado, justificando o uso da vacina antitetânica na gestação. VOLTA

Coqueluche

A Coqueluche, ou pertussis, é vulgarmente conhecida como ”Tosse Comprida”. É causada pela bactéria Bordetella pertussis, cujas toxinas atingem as terminações nervosas das vias respiratórias e causam acessos de tosse por um período prolongado. Pode evoluir com complicações diversas, principalmente em lactentes jovens. VOLTA

Doenças causadas por Hemófilo B

As infecções pelo Haemophilus Influenzae do Tipo B acometem principalmente crianças menores de 5 anos, podendo causar infecções localizadas ou doença invasiva, tais como otites, pneumonia, epiglotite, celulite e até meningite.  Sua incidência sofreu grande redução com o advento da vacina. Pode acometer adultos em situações especiais como imunodepressão (transplantes) ou asplenia (ausência do baço). VOLTA

Poliomielite

A infecção pelo poliovírus pode causar doença paralítica de vários graus. Apesar de erradicada em vários países, inclusive nas Américas e no continente Europeu, a doença ainda é endêmica em muitos países da África e Ásia, podendo ocorrer reintrodução do vírus a qualquer momento no Brasil, necessitando alerta permanente. VOLTA

Rotavirose

A infecção pelo Rotavírus causa febre, vômitos, diarréia intensa e desidratação. A cada ano mais de dois milhões de crianças são internadas em todo o mundo.  São 440.000 mortes anuais.

 Cerca de 90% das crianças abaixo de dois anos já tiveram ao menos uma vez infecção pelo Rotavírus e em torno de 40% dos casos de diarréia no Estado de São Paulo têm essa etiologia.

 O Rotavírus é extremamente contagioso, sendo transmitido pela via fecal-oral. Pode permanecer no ambiente que cerca as crianças por muito tempo. VOLTA

Page 25: Adelia Toxinas e Enterotoxinas Dezembro 2010

Doença Pneumocócica

O Pneumococo (Streptococcus pneumoniae) é uma bactéria presente em todo mundo e freqüentemente causa em crianças e adultos doenças como pneumonia, otite, sinusite, faringite e a mais temida: a meningite

Ocorre principalmente sob a forma de infecção secundária a viroses do trato respiratório superior (gripes e resfriados)

A resistência do Pneumococo aos antibióticos mais comuns (como os derivados da Penicilina) chega a 25%,o que dificulta e onera em muito o tratamento de tais infecções. No mundo todo, cerca de DOIS MILHÕES de pessoas falecem anualmente em decorrência desta bactéria.

O grupo de maior risco é constituído de crianças menores de cinco anos, principalmente aquelas que freqüentam berçários e pré-escolas; adultos tabagistas ou com mais de sessenta anos e, independente da idade, portadores de infecções respiratórias de repetição e de doenças crônicas (diabetes, distúrbios renais, hematológicos e hepáticos). VOLTA

 Doença Meningocócica

Há anos a Cidade de São Paulo vive uma epidemia de Doença Meningocócica. A incidência da Doença aumenta nos meses frios, quando ocorre maior aglomeração de pessoas. O agente causador, a Neisseria Meningitidis (Meningococo), possui vários sub grupos (sorotipos): A, B, C entre  outros.

Em nosso meio predominam os sorotipos C - cerca de 70% dos casos e B – 30%, a doença atinge principalmente crianças abaixo de dois anos de vida.

A doença é extremamente grave, podendo evoluir para o óbito em questão de horas. VOLTA

Sarampo

Doença infecciosa viral aguda, altamente contagiosa, que acomete crianças e adultos, causando febre alta, manchas no corpo, tosse, coriza e conjuntivite. Pode evoluir com complicações diversas, como pneumonia, otite e encefalite. Graças à vacinação de rotina, está em fase de eliminação em nosso país, porém têm ocorrido alguns casos importados de outros países (Japão e Europa), ou na forma de surtos, principalmente em grupos de pessoas não vacinadas. Deve ser imediatamente comunicada às autoridades sanitárias para que sejam desencadeadas as medidas de controle. É mais grave em crianças menores de 1 ano, desnutridos e imunodeprimidos. VOLTA

Caxumba

Doença causada por um vírus, que acomete as glândulas parótidas, sendo também chamada de parotidite. Causa um edema doloroso do pescoço, logo abaixo das orelhas, de um ou ambos os lados, acompanhada de febre, cefaléia e mal estar. Pode evoluir com complicações como orquite (inflamação dos testículos), ooforite (dos ovários), meningite viral asséptica e artrite, entre outras. Acomete principalmente crianças e adolescentes. VOLTA

Rubéola

Page 26: Adelia Toxinas e Enterotoxinas Dezembro 2010

Doença exantemática, geralmente benigna, mais comum em crianças e adultos jovens. Os sintomas mais comuns são a febre, manchas róseas na pele, aumento dos gânglios na região do pescoço e dores articulares. Quando acomete gestantes pode ocasionar a morte fetal ou anomalias congênitas graves, com retardo mental, cegueira, surdez e malformações cardíacas. Pode ocorrer de forma isolada ou em surtos, principalmente entre escolares. VOLTA

 Varicela

Também conhecida como Catapora, é uma doença infecciosa viral, altamente contagiosa, causada pelo vírus Varicela-Zoster. A transmissão se dá por gotículas de secreções respiratórias através da tosse ou espirros, ou também pelo contato direto com as lesões úmidas de pele. A época de maior incidência é no final do inverno e início da primavera, podendo ocorrer sob a forma de surtos ou isoladamente.

As manifestações clínicas são: inicialmente um quadro gripal, com febre e mal estar, que evolui com a erupção cutânea de até 500 lesões vesiculosas (tipo bolhas de água), circundadas por um halo avermelhado, que surgem primeiramente no tronco e rapidamente se espalham pelo corpo, até se transformarem em crostas. Em geral a duração da doença é de cerca de 10 dias, período em que o doente deve permanecer afastado do convívio social, evitando a disseminação da doença. É importante causa de absenteísmo, tanto no trabalho como escolar. 

 A gravidade é variável, podendo evoluir com complicações como: pneumonia, infecções secundárias na pele, encefalite, hemorragias e até mesmo ser fatal. Quando há muitas lesões na pele, associadas a um prurido intenso, a doença pode cursar com marcas cicatriciais profundas e definitivas. As complicações são mais comuns em crianças debilitadas, adolescentes e adultos, mas podem acometer também crianças sadias. VOLTA

Hepatite A

Infecção viral hepática transmitida por via fecal-oral, através de água e alimentos contaminados ou de pessoa a pessoa. Pode ocorrer de forma isolada ou em surtos, principalmente onde há precárias condições de higiene. Pode ser assintomática ou provocar dor abdominal, febre, icterícia e fraqueza, por aproximadamente 3 semanas. Geralmente evolui para a cura, sem seqüelas. Raramente pode manifestar-se de forma mais grave. VOLTA

Febre Amarela

É uma arbovirose, transmitida ao homem pela picada de mosquito, podendo apresentar-se nas formas silvestre e urbana. No Brasil, são consideradas áreas de alto risco as regiões Norte, Centro-Oeste e Nordeste. Algumas regiões de divisa nos Estados de São Paulo e Paraná têm risco intermediário. Existem surtos notificados em países da África e América do Sul, como Bolívia e Peru. Os principais mosquitos transmissores são os do gênero Haemagogus e Sabethes (na região silvestre) e o Aedes aegypti (nas áreas urbanas).

A doença pode ter gravidade variável, com febre alta, hemorragias, icterícia e comprometimento de vários órgãos e sistemas. O período de incubação é de 3 a 6 dias, e a transmissão pode ocorrer por cerca de 1 semana. Não há tratamento específico.

Há rigoroso controle sanitário de portos, aeroportos e fronteiras, sendo exigido o Certificado Internacional de Vacinação a viajantes provenientes de áreas endêmicas. VOLTA

Page 27: Adelia Toxinas e Enterotoxinas Dezembro 2010

 Influenza (Gripe)

 Causada por um vírus com alta capacidade de mutação, a gripe afeta anualmente milhões de pessoas em todo o mundo. Pode ocorrer de forma endêmica ou em pandemias, geralmente a cada 20 ou 30 anos. Sua gravidade consiste principalmente nas complicações infecciosas secundárias ocasionadas por bactérias, principalmente em pessoas de maior risco como idosos, crianças e imunodeprimidos. Sua transmissão é feita através da via respiratória. Recentemente notificaram-se surtos de Gripe de evolução grave em seres humanos contaminados por Aves (Gripe Aviária) no Extremo Oriente. A transmissão inter humana desta forma ainda não foi comprovada. VOLTA

Raiva Humana

É uma encefalite viral grave transmitida por mamíferos. Em nosso meio, o cão é o principal transmissor, seguido pelo gato, morcego, macaco, raposa e, mais raramente, outros mamíferos domésticos e silvestres. O vírus é excretado pelas glândulas salivares do animal infectado e transmitido principalmente através de ferimentos na pele causados por mordeduras, arranhaduras ou lambeduras de mucosas. De acordo com o local e a gravidade do ferimento, o risco pode ser avaliado e as medidas de controle imediatamente tomadas, como soro-vacinação imediatas ou observação do animal por período de 10 dias, quando este for sadio e domiciliado. Grupos de risco profissional devem receber a profilaxia pré-exposição.

Os sintomas da doença desenvolvem-se em poucos dias, com dificuldade à deglutição, contraturas musculares e espasmos, evoluindo a óbito em 100% dos casos. Sempre que possível deve ser feita necropsia do animal com suspeita da doença para confirmação diagnóstica. VOLTA

HPV

As infecções pelo Papilomavírus humano (HPV) geralmente causam verrugas no aparelho genital de mulheres e homens, além de lesões no colo do útero que podem evoluir, a em longo prazo,  para o Câncer. É considerada uma doença sexualmente transmissível, podendo acometer pessoas em qualquer idade.  A cada ano, cerca de 230.000 mulheres  falecem por causa do Câncer de colo de útero. A prevenção pode ser feita através da vacinação específica e do exame de Papanicolaou anual. VOLTA

Cólera e Diarréia dos Viajantes

Doenças de transmissão fecal-oral habitualmente contraidas por viajantes que se dirigem aos lugares endêmicos. O Brasil, apesar de ter controlado a epidemia de Cólera, apresenta alta incidência de ETEC (Escherichia Coli Enterotoxigênica), assim como México, América Central, Africa, Oriente Médio e Asia. VOLTA

Febre Tifóide

Também é doença de transmissão fecal-oral causada pela Salmonella Typhi que ocorre em locais de higiene precária, no Brasil principalmente nas Regiões Norte e Nordeste. Caracteriza-se por febre, dor abdominal, cefaléia, mal estar e manchas pelo corpo. 15% dos Casos não tratados podem ser letais.