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PROGRAMAÇÃO CULTURAL DO NOVO CICLO ACERT, TONDELA E INFORMAÇÃO SOBRE ATIVIDADES DA ACERT ABRIL, MAIO E JUNHO DE 2015

Agenda ACERT 2015 T2

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Abril, maio e junho de 2015 Programação Cultural do Novo Ciclo ACERT, Tondela. Informação das atividades da ACERT

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PROGRAMAÇÃO CULTURAL DO NOVO CICLO ACERT, TONDELAE INFORMAÇÃO SOBREATIVIDADES DA ACERT

ABRIL, MAIO E JUNHO DE 2015

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PROGRAMAÇÃO CULTURAL DO NOVO CICLO ACERT, TONDELAE INFORMAÇÃO SOBREATIVIDADES DA ACERT

ABRIL MAIO E JUNHO DE 2015

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EdiçãoACERT Associação Cultural e Recreativa de TondelaR. Dr Ricardo Mota; 3460-613 Tondela 232 814 400 / [email protected] / www.acert.pt

Março de 2015

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MECENAS

APOIOS

A ACERT É UMA ESTRUTURA FINANCIADA POR

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O ACTOR

O actor acende a boca. Depois os cabelos.Finge as suas caras nas poças interiores.O actor pôe e tira a cabeçade búfalo.De veado.De rinoceronte.Põe flores nos cornos.Ninguém ama tão desalmadamentecomo o actor.O actor acende os pés e as mãos.

Fala devagar.Parece que se difunde aos bocados.Bocado estrela.Bocado janela para fora.Outro bocado gruta para dentro.O actor toma as coisas para deitar fogoao pequeno talento humano.O actor estala como sal queimado.(…)”

¶* Herberto Helder

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“Trabalha naquilo antigo enquanto o mundo se move para o centro de si mesmo, como se todos os pontos em que trabalhas fossem o centro do mundo.” *

* Pequeno tributo da Acert a Herberto Helder, poeta imortal dos nossos encantamentos.

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Um turbilhão de iniciativas fez afluir ao Novo Ciclo Acert numeroso público, atraído pela diversidade de propostas de programação e criação, educativa e comunitária.

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Olhando o calendário, raro foi o dia em que, ao longo do 1º trimestre, quer no Novo Ciclo Acert, quer nas localidades onde palmilham os espetáculos do Trigo Limpo teatro Acert, não desaguaram iniciativas promovidas pela Acert. Os ensaios e a estreia do espetáculo Cicatriz. Os trabalhos de produção que exigiram a realização de grandes concertos (Deixem o Pimba em Paz, Circus Lab e The Legendary Tigerman). Os ensaios do Na Xina Lua (grupo residente de alunos da Escola Secundária de Tondela) que irão proporcionar mais uma estreia já no final de abril. A azáfama criativa dos elementos da Universidade Sénior do Rotary Clube de Tondela, partilhando entusiasmo e talento para a coprodução entre o Trigo Limpo teatro Acert e A Voadora, da Galiza. As inúmeras iniciativas da comunidade que encontram sempre no Novo Ciclo Acert um espaço de acolhimento que as dignifica.Mais três estreias teatrais irão acontecer, resultado da partilha artística com o Trigo Limpo teatro Acert: Na Xina Lua, com Ponto de Situação, e a coprodução de Em Memória com Gambozinos e Peobardos e… o Judas vai rebentar, momento carismático da atividade da Acert, envolvendo centenas de participantes para um público numerosíssimo que, em cada edição, transforma este acontecimento num ritual artístico distintivo no panorama das artes nacionais.

No CCB, em finais de abril, o concerto d’A Viagem do Elefante prossegue a celebração musical do espetáculo teatral que, em 2015, continuará a deixar pegadas na sua terceira digressão anual. Também a apresentação do livro A Viagem do Elefante por Viseu Dão Lafões, Um relato que cruza 14 localidades com a digressão do espetáculo do Trigo Limpo teatro Acert irá ter lugar, com a presença dos autores, na Fundação José Saramago.

Toda a equipa dá, com entusiasmo e dedicação, o seu melhor para que a Acert continue a cumprir os objetivos a que se propõe e para que é solicitada. O trimestre que se avizinha vai continuar a demonstrar uma enorme vontade de corresponder a um público que alimenta desejos de sonhar. É a sua participação que nos impulsiona a não desguarnecer a missão de serviço público que a cultura e as artes representam na vida dos cidadãos.

Cada novo abril readquire a cada momento urgências de celebração e resistência, mas sobretudo de regozijo pela capacidade que criou de construção dos ideais sociais de uma Revolução que continuamente se exige inovada pela valorização do trabalho, da dignidade humana e da capacidade de, coletivamente, encontrarmos os nossos próprios caminhos de desenvolvimento.

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ABRIL, MAIO E JUNHO 2015

30 MAR a 30 ABR Exposição MANCHAS NEGRAS – Cláudio Alves P. 11

4 ABR Teatro de Rua QUEIMA E REBENTAMENTO DO JUDAS – Trigo Limpo P. 12

4 ABR Café-Concerto D. GANG P. 19

10 e 11 ABR Teatro DON JUAN – Trigo Limpo / Voadora P. 21

13 e 14 ABR Escolas no teatro FAZ DE CONTA – Trigo Limpo teatro ACERT P. 23

17 ABR Teatro MEMÓRIAS PARTILHADAS – Teatro R. Serra Montemuro P. 25

17 ABR Concerto INVISIBLE RAIN P. 27

18 ABR Café-Teatro O QUÊ!! - José Pereira - Ilusionismo P. 31

23 ABR Escolas no teatro O TESOURO – Pé de Vento P. 33

24 ABR Teatro MARX NO SOHO – Pepe Sendón P. 35

25 ABR Apresentação Livro FALANDO CLARO – Pepe Sendón P. 37

25 ABR Exposição GENIUS LOCI – Pedro Inock P. 42

25 ABR Concerto A PRESENÇA DAS FORMIGAS P. 43

30 ABR 1, 6, 8, 13 MAI Teatro/Estreia PONTO DE SITUAÇÃO – Na Xina Lua P. 45

9 e 10 MAI Teatro CICATRIZ – Trigo Limpo teatro ACERT P. 47

14 MAI Escolas no teatro SMILE - Baal 17 P. 49

15 e 16 MAI Teatro / Estreia EM MEMÓRIA – Gambozinos e Peobardos e Trigo Limpo P. 51

21 MAI Escolas no teatro HISTÓRIAS TRADICIONAIS I – Estação das Letras P. 53

23 e 25 MAI Teatro TERRENOS BALDIOS – O Teatrão P. 55

23 MAI Café-Concerto DUOLEIRO P. 57

30 MAI Exposição PERIFERIAS – Carlos No P. 59

30 MAI Concerto TOCAR O CHÃO – Carlos Peninha P. 61

12 JUN Café-Concerto COLOUNE P. 63

15 a 19 + 22 a 26 JUN Oficinas de Verão APRENDER BRINCANDO AO TEATRO - Trigo Limpo P. 74

27 JUN Café-Concerto GOLDEN GROOVE P. 65

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PROGRAMAÇÃO

CULTURAL

ABRILMAIOJUNHO 2015NOVO CICLO ACERT

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Fotografias de Cláudio Alves na Queima do Judas de 2012

Nem sempre o que se vê é tudo o que existe. Em cena, o que não se vê, ou apenas se vislumbra, pode ser tão importante como o que está debaixo dos projetores. Foi assim que Cláudio Alves se dedicou a fotografar as pessoas que, vestidas de negro, intervêm na Queima do Judas 2012 manipulando o fogo e os efeitos que fazem desta celebração um dos momentos mais importantes da vida comunitária tondelense ao longo do ano.

A palavra ao fotógrafo

“Aquilo não anda sozinho. Alguém tem de lá estar.”

Eu tinha de ultrapassar o ruído do palco. Nos holofotes e no centro da cena é para onde é canalizada a atenção de quem assiste ao espetáculo.Tinha de sair desse centro de atenção que atrai. Procurei uns indivíduos que metem o judas no sítio.

Os manchas negras são umas autointituladas personagens da Queima do Judas que atuam na retaguarda de todo o espetáculo. Manobram cenários, impõem ritmos e queimam coisas. Pelo meio divertem-se e fazem parte dum todo. Estas fotografias revelam como eu vi os manchas negras na Queima do Judas. Como no início de qualquer história, há uma contextualização temporal, portanto… Nos tempos idos de 2012 fotografei o Judas e centrei-me numas personagens. Comecei pelo seu ajuntamento, que rapidamente passa para uma adrenalina que ajuda a aquecer na noite. Terminam numa destruição festiva. Com mais atenção vemos umas figuras lá ao fundo que parecem fazer alguma coisa acontecer. Eles são os manchas negras.

Nota técnica:12 fotografias em película analógica Kodak T-Max 400 e ampliadas em papel fotossensível Rollei Vintage 311 (brilhante).

ATÉ 30 DE MAIO DE 2015 Inaugurada a 27 de março de 2015Foyer Novo Ciclo Acert

EXPOSIÇÃO DE FOTOGRAFIA

MANCHAS NEGRAS

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QUEIMA DO JUDAS RENOVANDO A TRADIÇÃO SEM MEDO DO FUTURO

A Queima do Judas é uma festividade ancestral associada ao fim da Quaresma, cuja celebração continua a praticar-se em diversas localidades espalhadas pelo mundo. Em Tondela, este ritual cumpria-se logo a seguir à missa do Sábado Aleluia, com a reunião da população em frente à igreja e com a queima de um boneco que personificava os males acontecidos desde a Páscoa do ano anterior. A catarse coletiva, com um certo espírito de vingança pelo que tinha corrido mal, juntava à porta da igreja os crentes acabados de sair da missa e aqueles que não tinham participado da eucaristia, todos partilhando o momento com o mesmo espírito. “Não há uma explicação lógica para o momento, mas o que é certo é que as pessoas se juntavam para aquele rebentamento, para destruírem a figura do traidor”, conta Pompeu José, um dos atores do Trigo Limpo teatro Acert que, integrando a equipa da Queima do Judas desde 1996, ajuda a traçar e a desembaraçar neste texto algumas das linhas com que se cose o Judas.

Em 1996, a Acert assumiu o cumprimento desta tradição, enriquecendo-a com uma vertente de trabalho coletivo, de renovação e de espetacularidade, sobretudo com o trabalho pirotécnico que foi desenvolvendo e aperfeiçoando. “Já havia gente da Acert que ajudava a fazer o boneco, mas era um grupo de amigos, de gente conhecida, que se juntava para aquilo. E aquilo era, de um modo geral, a reprodução do que já se fazia antigamente. Houve acrescentos em alguns anos, como o fogo preso, com as figuras da luta dos barcos e do amolador, mas no essencial era o que já se fazia antigamente. Quando a Acert começou a pensar em pegar nisto, aquilo que nos impressionou foi o facto de as pessoas se juntarem para queimar o traidor. E então pensámos em criar alguma coisa que não fosse apenas um espetáculo, mas também uma celebração, algo que pudesse crescer.” Foi assim que, no primeiro ano em que a Acert se responsabilizou por dinamizar esta festa, A Queima do Judas aconteceu no Estádio João

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Cardoso. “Foi o único ano em que choveu durante o Judas! Houve um grupo que desfilou até à porta da igreja, para cumprir a tradição, e que depois da missa seguiu com as pessoas que se juntaram para o estádio. Esse cortejo até à igreja manteve-se durante alguns anos, mas depois abandonou-se, porque muita gente já ia diretamente para o sítio da queima. Depois passou para o campo de jogos da escola e acho que foi crescendo como ritual. A nossa pesquisa foi-nos fazendo perceber que a base de tradição do Judas era o julgamento, a acusação

pública dos males todos que tinham acontecido no ano anterior. Eu tinha tido já uma oficina com uns ingleses, ainda em Setúbal, que falavam do fogo e das construções em vime. Depois houve um norueguês que esteve cá, o David Golf Eveleigh, com quem se fez um Enterro do Bacalhau, mas foi um exercício final de oficina, mais do que outra coisa. Todas as questões do fogo, de uma coreografia com muitos participantes, de criares uma música com um texto que não pode ser muito extenso… Isso cresceu, mas nunca se perdeu o sentido ritual. Quando a

Quando a Acert começou a pensar em pegar nisto, aquilo que nos impressionou foi o facto de as pessoas se juntarem para queimar o traidor.

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Só se pode participar no Judas a partir dos 14 anos, mas o que é certo

é que há miúdos que aos 12 ou 13 já andam em

pulgas para participar

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Queima do Judas se fazia na escola, havia pessoas que nem conseguiam ver o espetáculo, mas estavam ali, ouviam e sentiam aquela espécie de magia.”Todos os anos, entre uma a duas centenas de pessoas participam na Queima do Judas, trabalhando durante toda a semana para a apresentação o espetáculo. Depois de uma primeira reunião com a equipa do Trigo Limpo, os voluntários dividem-se em grupos conforme o trabalho que há para fazer e começam as intensas jornadas da Fábrica da Queima. “Há ali uma ideia que vai passando de uns participantes para os outros. Por exemplo, só se pode participar no Judas a partir dos 14 anos, mas o que é certo é que há miúdos que aos 12 ou 13 já andam em pulgas para verem quando é que têm idade para participar. Isto também se relaciona com a tradição, com os rituais de iniciação, de passagem, ‘só vou mexer no fogo quando tiver idade’. O que é certo é que se junta muita gente e este ano acho que devemos fazer um esforço para termos ainda mais gente, porque o número é importante e faz sentido

que seja assim, sobretudo agora, depois de termos feito A Viagem do Elefante, onde a matriz deste espetáculo é reproduzida numa vertente artística. Há muita gente com vontade de vir, que tira oito dias das suas férias escolares, ou que vem para aqui todos os dias depois do trabalho, e o que eu acho que faz essas pessoas participarem é esta vontade de a gente querer lavar a alma. Por que é que cerca de 5000 pessoas se juntam para assistir à Queima do Judas? Não é só o espetáculo, penso eu, é um bocadinho mais do que isso, é a celebração, a ideia cíclica que temos de passar por aquilo antes de retomarmos o ciclo. O que é que faz o Fran Pérez vir todos os anos da Galiza para compor e tocar a música? O que é que faz com que as pessoas aceitem e acreditem em começar a trabalhar no domingo anterior e a fazerem tudo, da construção dos cenários à criação do movimento, para depois chegarem ao último dia e darem cabo daquilo tudo, ainda por cima com aquele gosto de fazer tudo bonito e bem feito, apesar de ser para queimar?” A efemeridade do Judas M

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é uma das suas características mais essenciais, e talvez por isso o momento da Queima seja tão único. “Não se pode replicar. Até já nos perguntaram se não podíamos fazer a Queima do Judas noutros sítios, mas nós dissemos que não. Aquilo é daqui, é nosso, e sobretudo é único; não há como replicar. Não há um entendimento exterior do que é isto. Dói-me muito que às vezes a televisão não dê atenção a isto, apesar de às vezes mostrar outros sítios onde se cumpre a tradição, muitas vezes só replicando aquilo que sempre se fez. E isso também é bonito, mas aqui é outra coisa. Acho que o acrescento que a Acert conseguiu dar ao ritual foi o de uma modernidade, mas sem perder a essência desse ritual, sem o transformar numa outra coisa. Os velhotes vão ver aquilo na mesma, e às vezes a música é rock, ou a abrir, mas isso não impede ninguém. Mantendo-se na íntegra o que era a tradição, as coisas renovaram-se, cresceram de uma outra maneira. Deixou de ser uma coisa cristalizada e passou a ser dinâmica, e é algo que se está a transformar, também, numa tradição. Agora, até já temos medo de mexer nas coisas que fomos criando. Ou seja, todos os anos é diferente, mas há coisas da essência em que não podemos mexer, porque há um código que já está estabelecido.”

Desse código faz parte a pirotecnia, os efeitos visuais e cénicos criados pelo trabalho com o fogo que há-de consumir o boneco do Judas. Essa vertente tem marcado a Queima do Judas em Tondela de um modo espetacular e é uma parte muito

importante do processo de trabalho que decorre na semana que antecede o espetáculo. “O que eu acho bonito é termos feito esculturas enormes, e labaredas com os bonecos que incendiámos, sem nunca ter havido nenhum acidente. Aqui, o que fazemos é transformar uma coisa destruidora num efeito espetacular, e aprender a usar uma série de técnicas para com isso contar uma história que empolga quem participa e quem assiste, quase da mesma maneira. Mesmo quem está na audiência, sente-se que está a vibrar. E depois há o facto de aquilo ser tudo único, porque o fogo não pode ser experimentado antes. Ou seja, pode-se experimentar arder uma tocha, mas não dá para testar como é que o boneco vai arder, porque o boneco é único e só arde uma vez. Isso cria uma tensão com quem participa, que sabe que aquilo é perigoso, e acho que ajuda a que a tensão da apresentação seja verdadeira. As pessoas ficam mesmo com o rabinho apertado, como se costuma dizer. Houve um ano em que as cordas das guitarras partiram com o calor e ficou o Fran sozinho com duas cordas, a tocar…” Outra parte essencial do espetáculo é o texto que lhe serve de base. Cumprindo a tradição de fazer do Judas a encarnação dos males que afligiram a comunidade durante todo o ano, é preciso construir um guião que aborde esses males, criticando quem merece crítica, apontando o dedo para denunciar e convocando participantes e assistência para o julgamento coletivo que se impõe. “Infelizmente, a realidade dá-nos muita matéria para trabalhar. Tem sido muito difícil

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escolher os temas, porque o dia a dia está feito de coisas contra as pessoas, coisas que têm de ser criticadas. E temos de saber rir, ironizar, esconjurar de uma forma festiva. O Judas tem esse lado e, naquele dia, a alma das pessoas fica lavada com a queima. Ao ponto de a Acert ter, a seguir ao Judas, a maior enchente de todo o ano. Há sempre música a tocar e as pessoas querem é conversar, beber copos, estar umas com as outras. Parece que alguma coisa acabou e vai começar

um ciclo novo. Isto empolga as pessoas ao ponto de quererem estar juntas durante mais tempo. O desafio é não desvirtuarmos isto.” Este ano, no dia 4 de abril, confirma-se tudo, uma vez mais. De preferência sem chuva durante o espetáculo, à semelhança do que tem acontecido sempre.

JUDAS 2015SÁBADO, 4 DE ABRIL às 23:30Parque de Jogos de Molelinhos, TondelaEntrada Gratuita

Temos de saber rir, ironizar, esconjurar de uma forma festiva.

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CAFÉ-CONCERTO

D.GANG Pop Rock para cantar em coro, numa viagem pelos temas que todos conhecem

D.Gang é um projeto de covers que surgiu em 2009, tendo-se estreado a 16 de outubro no Templários Bar, em Lisboa. Desde essa altura, os D.Gang passaram a frequentar assiduamente a maioria dos bares da Grande Lisboa, contando também com muitos concertos em festas e eventos privados.O repertório visa o melhor de dois mundos: a satisfação dos músicos e a satisfação do público, tentando fazer um equilíbrio entre o Rock e o Pop atual, nunca esquecendo os grandes clássicos que marcaram gerações (Queen, Rolling Stones, Doors, entre outros).Formada por músicos experientes do panorama musical português, com participações em programas como Operação Triunfo e The Voice e atuações com Adelaide Ferreira, Secret Lie e João Pedro Pais, os D. Gang prometem deixar o público de Tondela a cantar em coro as canções que todos conhecem.

David Ripado – vozDavid Jerónimo – BateriaPedro Martinho – BaixoLuiz Arantes – GuitarraNuno Louro - Teclas

SÁBADO, 4 DE ABRIL (Após a Queima do Judas)Bar Novo Ciclo Entrada Gratuita

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TEATRO

DON JUAN QUE NO PARE EL MAMBO! COPRODUÇÃO TRIGO LIMPO TEATRO ACERT E VOADORA COM A UNIV. SÉNIOR DO ROTARY CLUBE DE TONDELA

O amor e a liberdade nos tempos que correm, com o regresso de D. Juan ao palco

Em coprodução com a companhia Voadora, da Galiza, e em colaboração com a Universidade Sénior do Rotary Clube de Tondela, o Trigo Limpo teatro Acert desenvolveu um processo de criação artística que culminou com a estreia do espetáculo Don Juan - Que No Pare El Mambo! no Dia Mundial do Teatro.

De uma emoção forte e genuína, de uma primeira etapa reveladora de um caminho a percorrer, lançou-se de novo o desafio de “ir mais longe” e continuar a transpor para o palco tudo aquilo que ainda está por descobrir.A companhia Voadora e o Trigo Limpo teatro Acert procuraram transformar em teatro a súmula de tudo o que são as nossas vidas, para que cada vez mais sejamos nós mesmos em confronto com o sonho, para que cada vez mais sejamos nós mesmos o amor, a sedução e o fascínio de sermos nós: só isso, apenas.

“Do texto de Don Juan retirámos o essencial: a relação entre pais

e filhos, a transgressão das regras sociais, a relação com a doença, a morte, o amor, a paixão e até o sexo!Tudo para construir o espetáculo a partir das vivências das atrizes e atores que cantam, dançam fazendo uma alegoria da alegria de viver. Um canto ao amor e à liberdade.”

¶ Marta Pazos

Encenação: Marta Pazos Assistência de encenação: Ilda TeixeiraSeleção Musical: Hugo Torres e Jose DíazCenografia: Marta Pazos e ZétavaresProdução: Jose Díaz e Marta CostaDesenho de Luz: Luís Viegas e Paulo NetoContrarregra: António Rebelo, Ilda Teixeira e João SilvaEstagiária: Gisela MatosInterpretação: Agostinho Marques, António Rodrigues, Arlete Vinhanova, Celeste Nápoles, Ema Mateus, Felisberto Figueiredo, Filomena Matos, Gina Machado, Isabel Duarte, Isolinda Figueiredo, João Rebelo, La Salete, Maria Celeste Leão, Maria do Céu , Maria Clara, Maria Hermínia, Paula Torres, Raquel Silva, Sãozita Simões e Viriato Pinto

SEXTA, 10 DE ABRIL às 14:30SÁBADO, 11 DE ABRIL às 16:00Auditório 1 · Entrada GratuitaApresentado no âmbito da Feira do Livro e da Leitura a decorrer na Biblioteca Municipal Tomás Ribeiro, de 9 a 19 de abril de 2015.

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TEATRO/ESCOLAS

FAZ DE CONTA TRIGO LIMPO TEATRO ACERT

De várias histórias é feito o Faz de Conta.

Um espetáculo de bichos pequenos, pensado para gente pequena, que vai ser grande, e para grandes que pequenos já foram.No Faz de Conta, vou fazer de conta, e há bichos que, embora não saibam, também fazem de conta…A joaninha voa voa mas raramente vai para Lisboa. A pulga viaja por vários países e decide assentar arraiais em Portugal. O cão que faz o pino e é um grande dançarino. A centopeia que tem um grave problema. E também um escaravelho que não gosta que o chamem assim… um bicho de seda que provoca uma grande confusão. E até uma traça que é vaidosa e escreve com erros… um grilo que é escrivão e, no final, uma grande manifestação!Esta é uma criação do Trigo Limpo teatro Acert para apresentar no âmbito do Serviço Educativo. No seguimento do anterior, “P de Poesia”, este espetáculo respira sem necessitar de recursos que o confinem ao palco. Poderá ser apresentado em locais não convencionais, como bibliotecas, salas de aula, etc… É direcionado para os alunos

dos jardim de infância, primeiro e segundo ciclos, dando continuidade à valorização da língua portuguesa. De histórias escritas pela mão de encantadores autores do imaginário infantil, ai está mais uma criação que esperamos encha de contentamento todos, principalmente os mais pequenos.

A partir de: “Bichos-Faz-de-Conta” de Maria da Conceição Sousa Vicente; “Uma Perfeição de Cão” de Maria Cândida Mendonça; “Histórias Pequenas de Bichos Pequenos” de Álvaro Magalhães.Dramaturgia, encenação e representação: Raquel CostaApoio à encenação: Pompeu JoséDesenhos e design gráfico: Zé TavaresFigurinos: Raquel CostaCenografia: Raquel Costa e Pompeu JoséDesenho de Luz: Luís ViegasCalssif: M/4 Anos; 45 min

SEGUNDA E TERÇA 13 E 14 DE ABRIL às 10:00 e 14:00Auditório 2 / Preço – 2€

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TEATRO

MEMÓRIAS PARTILHADAS COPRODUÇÃO TEATRO DO MONTEMURO E TNDM II

A partir de textos de Abel Neves, Therese Collins e Peter Cann, o Teatro do Montemuro apresenta a peça Memórias Partilhadas, em co-produção com o Teatro Nacional D. Maria II.

Nota do EncenadorO ponto de partida deste projeto foi três objetos. O ponto de partida deste projeto foi três atores. O ponto de partida deste projeto foi três escritores. Havia três pontos de partida para este projeto, os atores os objetos e os escritores… e o Montemuro. Um minuto, vamos pôr isto um pouco de parte. Temos três atores e três escritores e eles (e nós) decidem que querem criar três histórias sobre três objetos. Pelo que a companhia é, o ponto de partida para tudo isto é o Montemuro. O Montemuro com uma paisagem irregular, inspira a imaginação e dispara-a com uma magia desigual. As histórias que apresentamos nascem dessa magia desigual. Ocorrem em tempos diferentes, em lugares diferentes, são escritas de

formas diferentes, mas o que as une é a magia desigual da imaginação. O teatro é um ato de colaboração. Não apenas entre os escritores, atores, encenadores, designers, técnicos, músicos e qualquer outra pessoa envolvida na criação do espetáculo, mas também entre os atores e o público. Há um espaço dinâmico entre os atores e o público, onde o verdadeiro teatro acontece. Este é também um lugar de magia, um lugar para todas as nossas imaginações. Junte-se a nós lá.

¶ Steve Johnstone

Textos de Peter Cann, Therese Collins e Abel NevesTradução de Graeme Pulleyn Encenação de Steve Johnstone Direção Musical de Simon FraserInterpretação de Abel Duarte, Eduardo Correia e Paulo DuarteCenografia e figurinos de Sandra NevesDesenho de Luz Paulo Duartefigurinos Maria da Conceição Almeida Classif: M/12 anos / 80 min.

SEXTA, 17 DE ABRIL às 21:45Auditório 217 de abril às 10:30 e 14:30 (púb. escolar)Preço: 7,50€ / Associado: 5€ / Desc.: 6€ / Desempregado: 2,50€ /Público escolar: 2€

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CONCERTO

INVISIBLE RAINTRIBUTO AOS GENESIS E A PETER GABRIEL

Homenagem a uma banda e a um músico que não perdem atualidade

Esta banda nasceu da vontade de homenagear os Genesis e Peter Gabriel. A admiração que os membros deste grupo têm pelas obras musicais da banda onde Peter Gabriel se destacou, obras cuja importância e universalidade permanecem intocadas tantos anos depois, criou um formato de concerto onde as afinidades interpretativas são notórias. Invisible Rain tem para oferecer ao público de Tondela um espetáculo onde músicos e plateia compartilharão os temas tão carismáticos no panorama musical mundial e um gesto de tributo que se quer presente.

bateria: Berito Gabrielbaixo: Bruno Ferreiravoz: Carlos Nunesguitarras: Rafael Oliveiravoz: Rosa Moretoteclados: Rui Silva

SEXTA, 17 DE ABRIL às 23:30Tenda no Pátio Novo Ciclo Acert

Entrada Gratuita

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O que é preciso para se ser um bom ilusionista?

Obviamente que o conceito de bom é subjetivo e o que para mim significa ser para outra pessoa pode não significar. Contudo, deixo uma breve descrição do que considero ser um bom ilusionista - é aquele que não se preocupa com a sua “performance”, querendo com isto dizer que tem de ter um objetivo. A arte não pode servir para distrair, é necessário ter em mente que há algo admirável para transmitir ao público. Uma meta a alcançar com o rigor e a excelência que cada uma das pessoas que assiste merece.

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3 PERGUNTAS A

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Para isto, é necessário ser bastante obstinado e treinar constantemente.Um aspeto extremamente importante para ser um bom ilusionista, é a capacidade de interação com o público. Não importa realizar um truque, do mais difícil que possa existir tecnicamente, se depois o ilusionista não sabe comunicar, se não consegue estabelecer uma ponte com o público, cativando-o. Como costumo dizer, para se ser um bom ilusionista é necessário ter 80% de atitude, e 20% de truque.

O ilusionismo vive de um pacto em que o público assume que existe um passe de mágica e o ilusionista executa o truque de modo a garantir esse efeito. Apesar desse pacto entre público e artista, o ilusionista conhece o “segredo”. Isso não retira algum fascínio ao processo?

Na minha perceção não retira fascínio porque o ilusionista está consciente desse pacto e, enquanto bom profissional, deve cumprir a sua parte. Ou seja, o mais gratificamente, no

meu trabalho, é lidar com as pessoas e no final de um truque, perceber através da cara do público, que todo esforço e dedicação valeram a pena, que a minha parte do pacto, criar um momento mágico, está cumprida.

É mais fácil iludir uma plateia, onde há pessoas espalhadas e com acesso a vários ângulos de visão, ou uma só pessoa, junto da qual o ilusionista se coloque para executar o seu número?

Na verdade, ambas estão em pé de igualdade e exigem o mesmo nível de concentração e rigor. Se estivermos a falar de uma atuação em palco, o espetáculo está, a priori, preparado para ser executado nessas condições. Quando se destina a uma só pessoa o espetáculo ou truque, tem de ser adaptado para a mesma, pois está mais próxima e existem outros fatores que não existem em palco. Apenas temos de adequar os truques ao tipo de plateia, ao formato, ao número... Estes são fatores crucias, que devem ser tomados em conta.

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CAFÉ-TEATRO / MAGIA

O QUÊ !! JOSÉ PEREIRA - ILUSIONISMO

Um espetáculo de ilusionismo a confirmar que a magia não tem idade

O mundo da fantasia, da criatividade, da magia é muitas vezes associado única e exclusivamente às crianças. A maioria dos adultos, recusa-se a fazer parte deste enredo por estarem demasiado bloqueados e até mesmo condicionados a determinadas condutas. Assim, criando um mundo mágico e de boa disposição nasce o espetáculo “O QUê!!”. Este, mistura a arte da ilusão com a cénica teatral, criando não só magia, mas uma atmosfera mágica, acabando por palmear todas as cabeças dos espectadores, despoletando a imaginação dos mais pequenos e dos mais velhos, mostrando-lhes como é possível sonhar.

SÁBADO, 18 DE ABRIL às 22:00Bar Novo Ciclo Acert

Entrada Gratuita

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TEATRO/ESCOLAS

O TESOURO DE MANUEL ANTÓNIO PINA PÉ DE VENTO

Homenagem ao 25 de abril a partir das palavras de Manuel António Pina

E como pode alguém viver sem liberdade? Como é possível? perguntavam às pessoas que viviam no País das Pessoas Tristes.E então explicavam-lhes: naquele país as pessoas não podiam fazer o que queriam, nem podiam dizer o que pensavam ou o que sentiam. Nem sequer podiam contar esse segredo a ninguém… Até que um dia chegou em que, no País das Pessoas Tristes, as pessoas decidiram reconquistar o seu tesouro. A partir do conto de Manuel António Pina O Tesouro, o espetáculo desenrola-se com recurso a memórias esparsas e fragmentadas, sobretudo sonoras, dos tempos anteriores a abril de 1974. Com este espetáculo, Pé de Vento assinala os 40 anos do 25 de abril com um texto de um dos seus fundadores que nos fala desse bem precioso chamado liberdade A encenação de O Tesouro que agora apresentamos vem celebrar o longo trajeto de um texto oferecido por Manuel António Pina à Associação

25 de abril, a qual o editou ao longo dos anos, em centenas de milhares de exemplares, fazendo-os chegar, sobretudo com o apoio das autarquias, às escolas de todo o país. Em 1999, para assinalar os 25 anos do 25 de abril, o cineasta João Botelho produziu e realizou, para a Comissão das Comemorações dos 25 anos, o filme Se a memória existe, baseado neste mesmo texto.Em abril de 2013, saiu a mais recente edição, com desenhos de Pedro Proença, da Assírio & Alvim. Este espetáculo é, pois, uma dupla Homenagem – ao Autor do texto, Manuel António Pina, e à Revolução dos Cravos, que nos deixou como herança a fraternidade que nos guia no trabalho e na vida.

¶ João Luiz

texto: Manuel António Pinaencenação: João Luizespaço cénico: João Luiz e Rui Azevedofigurino: Susanne Röslerinterpretação: Rui SprangerClassif: M/10 Anos / 45 Min

QUINTA, 23 DE ABRIL às 10:30 e 14:30Auditório 1Preço: 2€

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MONÓLOGO

MARX NO SOHO DE HOWARD ZINN ADAPTAÇÃO DE PEPE SENDÓN

Um monólogo a partir de Marx, confirmando que o passado não perde utilidade quando se trata de olhar para o futuro

Hoje, no século XXI, a humanidade só atende os desígnios de um único oráculo: a economia. O responsável por colocar a economia no centro do pensamento do ser humano sobre si próprio foi Karl Marx. As suas análises do modo de produção capitalista marcaram a evolução de um ramo do saber a que se chamou economia política. Agora, a “economia política” já é só “economia”. O adjetivo ‘política’ implicava que a economia podia ser modificada em beneficio da polis, da comunidade. Mas agora a economia quer ser uma ciência “pura” sem condicionantes humanos, que só responde a uma lógica matemática indiferente às condições de vida das pessoas. No último ano do século XX, quando a doutrina neoliberal reinava triunfante e prefigurava a realidade social que estamos a viver; quando a queda dos regimes do socialismo estatista marcava o “fim da história” e a chegada do

pensamento único, o historiador norte-americano Howard Zinn escreveu o monólogo teatral Marx no Soho, que devolve à vida a figura de Karl Marx, tentando avaliar a atualidade do seu pensamento, deslindando o Marx do que se conheceu como marxismo e, sobretudo, recuperando a dimensão humana de uma pessoa que, a partir de uma mesa num frio apartamento do Soho, modificou o mapa ideológico do planeta Terra.

Adaptação e interpretação: Pepe Sendón

SEXTA, 24 DE ABRIL às 21:45 Auditório 2Preço: 7,50€ / Associado: 5€ / Desc.: 6€ / Desempregado: 2,50€

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APRESENTAÇÃO DO LIVRO

FALANDO CLARO DE PEPE SENDÓN

A história do anarquista galego Claro José Sendón Lamela (1897-1937)

Qualquer filho do povo galego interessado na memória familiar vai encontrar inelutavelmente duas experiências traumáticas fundamentais na vida de seus antepassados: a emigração e a Guerra Civil espanhola. No primeiro quarto do século XX, 700.000 galegos cruzaram o Atlântico numa diáspora determinante para o futuro do país; em 1936 um golpe de estado fascista causou uma fratura social e cultural impossível de cicatrizar. Ambos os episódios projetam enormes áreas de sombra que ocultam histórias extraordinárias. Falando Claro indaga nas sombras ocultas da história silenciada para recuperar a figura de Claro J. Sendón. Emigrante, anarco-sindicalista e participante destacado na Revolução Espanhola, o seu labor como orador e jornalista deixou um rasto —

oculto durante muitos anos — que agora Pepe Sendón desenterra nesta pesquisa sobre as suas origens familiares, para oferecer uma visão de uma época convulsa através de uma vida novelesca.

SÁBADO, 25 DE ABRIL às 18:00Bar Novo Ciclo Acert

Entrada gratuita

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Neste trabalho, Genius Loci, o processo parece ser tão importante para a fruição e a reflexão perante a obra como o resultado final. Como é que se pode dar a ver ao público o processo, para além da própria obra?

Prefiro entender cada mostra como mais uma fase de reflexão, como um ponto do percurso em que o trabalho está suspenso, e o fenómeno em análise. É relevante entender este aspeto para que se retenha a ideia que o objeto deste trabalho é o processo de construção e compreensão da noção de Lugar, estatuto que um determinado sítio, num determinado contexto espacio-temporal, contínuo ou não (spacetime discontinuum) atinge, assim que se torna capaz de edificar memórias em cada um.

3 PERGUNTAS A

Pedro Inock

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O processo é então — desde o início — a consciência da experiência (do experienciar), não é uma substância mas uma atividade constituída por atos (perceção, imaginação, especulação, paixão, etc...), não é um fim em si mas revela a possibilidade um resultado (final). O importante é chegar às pessoas (despretensiosamente), é deixar a ideia que esta exposição é um ponto em aberto, que cada um levará consigo.

A nossa relação com o espaço, abordada neste trabalho, depende tanto do que não vemos como daquilo que conseguimos ver?

É de facto importante entender essa questão neste trabalho, sobretudo porque a apreensão do lugar, do “genius loci” resulta da composição de coletivas, lendas, quadros, fotografias, cinema e até imagens de outros lugares. Opinião que advém da constatação que a nossa relação com o mesmo, comporta elementos que não são à primeira vista detetáveis e que podem nem pertencer-lhe de uma forma direta. É impensável associar algum acontecimento sem ser associado ou sem ter uma referencia (mais ou menos concreta) a um lugar, o Lugar é evidentemente uma parte integral da existência, desde o parque onde brincávamos, à casa onde habitamos, o estúdio onde trabalhamos, etc. Este trabalho refere-se assim a Lugar como um algo mais que uma abstração de uma localização, como uma totalidade de

elementos concretos e fatores desde a forma, a cor, a textura e a substância.

Que tipo de relação se procura entre a obra e o público, ou seja, espera-se que uma determinada leitura de Genius Loci seja alcançada ou a possibilidade de múltiplas leituras é mais interessante, mesmo do ponto de vista do artista?

A relação que aqui se busca entre obra e público será uma volta às coisas mesmas, isto é, aos fenómenos, àquilo que aparece à consciência (do artista e do público), que se dá como objeto intencional.Desta forma é impossível e pretensioso “forçar” uma única leitura, visto que cada indivíduo tem um determinado leque de ferramentas conceptuais, vivências e uma sensibilidade mais ou menos orientada para as manifestações e linguagem que apresento, que é bastante pessoal (tentando, em simultâneo, não o ser).Interessam-me todas essas leituras e interpretações, interessa-me o concretizar da obra em confronto com o público, o introduzir de alguma poesia sob outra forma e os paralelismos que aqui se criam com memórias recentes, antigas, ou ficcionadas.

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EXPOSIÇÃO

GENIUS LOCI SPACETIME DISCONTINUUM PEDRO INOCK

Uma exposição para fazer pensar sobre tudo, até sobre o modo como vemos exposições

Mostra visual multiforme, esta de Pedro Inock, obra aberta e interminada, como interminável é o percurso do ensaio (sempre em constante devir) sobre as marcas do todo multifacetado que é a vida. Em diversos suportes — desenho, pintura, fotografia, instalação, vídeo — se expressam (vão expressando) impressivas memórias e afetos, se traduz (vai traduzindo) a relação emotiva com os lugares e os tempos que nos envolvem (vão envolvendo).Uma totalidade não totalitária, antes fragmentada e descontínua, que transborda o espaço canónico de exposição e desafia um outro olhar e o olhar do outro. Locus, loci de uma plural geografia de emoções composta por singularidades improváveis, surpreendentes e polémicas; não meros (rasos) cenários e figurações.

Diálogo de cuidado e rigor na construção de visualidades

holográficas com um horizonte mental volátil; de nitidez clara com uma aparente escuridão difusa e imprecisa da procura de sentido. Enfim, a luz de um fio condutor reflexivo e “glocalizado” de uma universalidade com lugar(es).

Afinal, olhar a criação artística de Inock é, também, utilizar as categorias da sua própria gramática — surpreendê-lo e desafiá-lo —, numa partilha de sedução, convergência e conflito que entrevê memórias invisíveis.

¶ João Luís Oliva

INAUGURAÇÃO: SÁBADO, 25 DE ABRIL às 21:00Galeria Novo Ciclo Acert

Entrada GratuítaAté 25 de maio de 2015

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CONCERTO

PÉ DE VENTO A PRESENÇA DAS FORMIGAS

Tradição sem saudosismo, com a música de A Presença das Formigas

A tradição pode ser uma memória cristalizada lá ao longe, à qual se regressa por obrigação, ou pode ser algo que se atualiza a cada dia, fazendo do presente um momento que liga passado e futuro sem medo de perder o comboio da modernidade. É neste território que se move A Presença das Formigas, banda cuja sonoridade vai direta ao coração da terra. “A Presença das Formigas é o título de uma canção do disco O Coro dos Tribunais, de José Afonso, que é, aliás, o primeiro disco dele editado após o 25 de abril. Foi um tema que sempre exerceu sobre nós um grande fascínio, logo à partida porque tem uma cadência e uma melodia perfeitamente sedutoras. É em certa medida enigmático, mas ao mesmo tempo compreende-se perfeitamente a mensagem nele contida, um misto de inquietação, esperança, ternura e amor, e o desejo inabalável da liberdade”, explica Manuel Maio, membro da banda. Cruzar as linguagens da música de tradicional e do jazz tem sido uma constante no trabalho da banda: “É sempre um desafio, mas é também aliciante. E embora desde a génese do projeto o objetivo fosse

esse, não é algo que forcemos. Surge naturalmente do cruzamento de várias sensibilidades e valências,não só do jazz, mas de vários géneros musicais que cada vez mais se cruzam e enredam.” Este concerto acontece 41 anos depois da Revolução dos Cravos e Manuel Maio resume assim a importância da efeméride: “É uma data que representa um conjunto de conquistas muito importantes, e embora nós tenhamos todos nascido após o 25 de abril, temos noção de que as pessoas que o viveram sentiram nessa data uma promessa muito grande e uma esperança num futuro radicalmente diferente. Infelizmente estamos a viver uma época extremamente complicada e injusta a nível global, e há uma descrença generalizada na forma como o mundo é (des)governado. E parece-nos que é aí que nos relacionamos mais com o 25 de abril e com os músicos marcantes desse período, porque sentimos necessidade, através da nossa música, de adereçar questões da atualidade, de não nos deixarmos aquietar, nem deixarmos de nos inquietar.”

SÁBADO, 25 DE ABRIL às 21:45Auditório 1Preço: 7,50€ / Associado: 5€ / Desc.: 6€ / Desempregado: 2,50€M

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Personagens à procura de respostas, pela mão do Na Xina Lua

Ponto da Situação é uma peça sobre o que se sabe e o que não se sabe. Um espetáculo no qual 14 jovens performers partilham e confrontam o público com um conjunto de afirmações que esboçam aquilo que sabem, aquilo que lhes deixa dúvidas, o que não sabem e o que acham que nunca saberão de todo.

A obra, com o título original de Status Update foi escrita por Tim Etchells e é um texto que dá continuidade à velha obsessão do autor com listas e catálogos textuais, especialmente na forma performativa.

O texto de Tim Etchells é um grande desafio. Sem história e sem personagens, o grupo tentou apropriar-se das palavras do autor, jogando com elas e criando assim as personagens que fazem este Ponto da Situação.

Texto: Tim EtchellsTradução: Francisco FrazãoInterpretação: Alexandra Costa; Andréa Fernandes; Beatriz Brás; Daniel Nunes; Daniela Sousa; Gustavo Marques; Luísa Monteiro; Madalena Almiro; Mariana Adão; Marina Coimbra; Marta Cardoso; Salomé Costa; Salomé Hernandez e Tomás CabritoEncenação: Sandra Santos Assistência de encenação: João Almiro Desenho de Luz: Paulo Neto Apoio à produção: Trigo Limpo teatro Acert

QUINTA, 30 DE ABRIL às 21:45Auditório 2Restantes apresentações: 1 e 8 de maio às 21:45, 6 e 13 de maio às 15:00Preço: 2€ / Estudante: 1€

Espetáculo criado em Residência Artística no Novo Ciclo Acert e integrado no projeto Panos da Culturgest

ESTREIA - TEATRO

PONTO DA SITUAÇÃO NA XINA LUA - GRUPO DE TEATRO DA ESCOLA SECUNDÁRIA DE TONDELA

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Humor de dentes aguçados, sem medo de deixar marca

Com texto de Carlos Santiago, Cicatriz ou a mulher que foi mordida por um leão resulta de um trabalho conjunto entre dramaturgo, encenador e atores, que juntos foram construindo uma digressão satírica pelo absurdo dos tempos que correm. Uma mulher mordida por um leão exibe a sua cicatriz e é a partir dessa marca, uma espécie de mapa sem coordenadas nem lógica, que se desenrola a ação. Nas palavras do encenador, José Rui Martins, Cicatriz diz assim ao que vem: “Politicamente incorreto? Pois claro, cumprindo a função histórica de um humor que anda no fio da navalha, deixando cicatriz onde remexe para inquietar. Ainda bem que vivemos num mundo sem corrupção, com emprego para todos, sem compadrios nem politiquices que nos fazem estar tão felizes e descansados a ver televisão. Para os poucos que não pertencem a esta

multidão, criámos este espetáculo como tratamento apaziguador da sua despropositada cólera.”

texto: Carlos Santiago encenação: José Rui Martinsassist. aos ensaios: Pompeu José e Sandra Santosinterpretação: António Rebelo, João Silva, Pedro Sousa e Raquel Costacenografia: Zétavares e Pompeu José / desenho de luz e sonoplastia: Luís Viegas e Paulo Neto / desenho sonoro: Luísa Vieira e Rui Lúcio / consultoria de ilusionismo: José Pereira / engenhos de adereços: Manuel Matos Silva / produção: Marta CostaTexto inspirado na obra humorística de Millôr Fernandes e Santos Fernando104.ª Produção / Classificação: M/12 anos / Duração: 90 Min

SÁBADO, 9 DE MAIO às 21:45DOMINGO, 10 DE MAIO às 16:00Auditório 2Preço: 7,50€ / Associado: 5€ / Desc.: 6€ / Desempregado: 2,50€

TEATRO

CICATRIZ OU A MULHER QUE FOI MORDIDA POR UM LEÃO TRIGO LIMPO TEATRO ACERT

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TEATRO/ESCOLAS

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Uma peça sobre todos os tempos, com o fantástico em pano de fundo

Num universo que não é exatamente aquele que assumimos como verosímil, a magia e o inesperado cruzam-se com a ficção científica. Neste universo, o acaso junta duas personagens que, com um sorriso sempre à mão e a ternura sempre ao pé, irão explorar os cantos tristes e sórdidos das relações entre os seres humanos.Apoiadas numa parafernália de objetos e maquinarias vagamente científicas, estas duas personagens procuram a alegria, uma procura que é também a busca por si próprias, pelo seu lugar no mundo, pelo seu modo de vida, acabando por ser, também, uma fuga ao vazio. Estará a alegria aqui? Em mim? No outro?

Será apenas o lado de lá da tristeza? Poderá uma existir sem a outra? O que se esconde por trás de um sorriso?Smile é um espetáculo sem idade, que não é só para rir à gargalhada.

Smile: Criação ColetivaEncenação: Filipe SeixasInterpretação: Susana Gonçalves e Susana NunesCenografia e figurinos: Bruno GuerraClassif: M/6 anos / 45 min

QUINTA, 14 DE MAIO às 10:00 e 14:30Auditório 2 Preço: 2€

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ESTREIA - TEATRO

EM MEMÓRIA, A VIDA INTEIRA DENTRO DE MIM GAMBOZINOS E PEOBARDOS – GRUPO DE TEATRO DA VELA EM COPRODUÇÃO COM O TRIGO LIMPO TEATRO ACERT

Um monólogo às voltas com a memória e as memórias de que todos somos feitos

Bem-vindos. Não se sentem sem dizer boa noite, não virem costas sem se despedirem.A porta está aberta. A memória está de porta aberta, à espera de mim. Não me deixem aqui sem vir ao meu encontro. Não se desprendam sem saber que já chegaram.Aconcheguem-se. Olharmo-nos é a certeza de que em tudo existimos.Se não for nada disto, não regressem. O tempo deve estar na hora. Reconheço que temos que partir, foi para isso que viemos, é assim que aqui estamos.Bem-vindos até ao fim.Em memória é uma criação dos Gambozinos e Peobardos – Grupo de Teatro da Vela, em coprodução com o Trigo Limpo Teatro Acert. Esta junção artística nasce de uma ligação afetiva que começou nos espetáculos comunitários que a companhia de Tondela dirigiu no Teatro Municipal da Guarda entre 2006 e 2012. Da amizade nasceu a vontade de uma colaboração que se manifesta aqui

através das palavras de Vergílio Ferreira. Em memória é um monólogo de Pompeu José com encenação de António Rebelo e Pedro Sousa.

Texto: Até ao Fim de Vergílio FerreiraDramaturgia e encenação: António Rebelo e Pedro SousaInterpretação: Pompeu JoséApoio à dramaturgia: João NecaCenografia: ZétavaresDesenho de luz: Paulo NetoFigurinos: Adriana Ventura12ª Criação dos Gambozinos e Peobardos – Grupo de Teatro da Vela em co-produção com o Trigo Limpo Teatro Acert

SEXTA E SÁBADO, 15 E 16 DE MAIO às 21:45Auditório 1Preço: 7,50€ / Associado: 5€ / Desc.: 6€ / Desempregado: 2,50€

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TEATRO/ESCOLAS

CONTOS DE UM CONTO HISTÓRIAS TRADICIONAIS I ESTAÇÃO DAS LETRAS

A tradição popular recontada aos mais novos

O espetáculo Contos de um conto - Histórias Tradicionais I presenteia o público infantil com quatro histórias tradicionais: “O Capuchinho Vermelho”, “A História da Carochinha”, “Os Três porquinhos” e “Corre, corre cabacinha”. Estas narrativas são apresentadas em quatro formatos diferentes, narração, dramatização, projeção de vídeo acompanhado com locução ao vivo e áudio complementado com fantoches, e o público infantil é convidado a participar em alguns momentos do espetáculo.

Interpretação: Tiago DuarteProdução: Estação das LetrasEncenação: Tiago Duarte e Paulo Santos Cenografia: Paulo Santos Fotografia: Carlos Teles Cartaz: Ana Almeida Carpintaria: João & Miguel, LdaClassificação: Pré-escolar / Duração - 60 min

QUINTA, 21 DE MAIO às 10:30 e 14:30Auditório 2Preço: 2€

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TEATRO

TERRENOS BALDIOS O TEATRÃO

A ilusão do tempo e o modo como nele existimos, no novo espetáculo do Teatrão

A partir de Os Sonhos de Einstein, de Allan Lightman, um livro sobre a experiência do tempo e o modo como a existência humana é condicionada por essa categoria aparentemente tão banal e no entanto tão complexa, o Teatrão constrói uma peça que parte dos textos que compõem o livro para uma reflexão sobre a experiência humana. Memória, quotidiano e olhar para o futuro são as linhas de força deste espetáculo, capaz de desinquietar ao mesmo tempo que faz pensar. Os tempos deste espetáculo são três, como os tempos da vida. Encaixados, sequenciais, complementares, diferentes... mas em que tempo vive este espetáculo? Em que tempo vive o espetador? O presente é o único tempo em que a vida acontece, mas, ainda assim, qual delas? A real ou a virtual? Certo é que a relação de cada um (espetador e ator) com o mundo, com as pessoas e com as

coisas, é apoiada no espaço e no tempo. Em variáveis. Partindo do livro “Os Sonhos de Einstein”, e das suas imagens próximas do quotidiano, este espetáculo pede tempo para o presente, como único potencial da vida. Como único tempo em que, ao mesmo tempo, se é e se cria consequência. Este “presente” que não uma hipótese oferecida para desleixe, desligada do real ou de causa-efeito. Mas o oposto. É um presente-potência, um encontro.”

Texto a Partir do Livro “Os Sonhos De Einstein” De Alan LightmanEncenação: Joana Mattei Elenco: Ana Bárbara Queirós, João Santos, Nuno CarvalhoDireção Musical: Rui Lúcio Desenho de Luz: Alexandre Mestre Cenário e Figurinos: Filipa Malva

SÁBADO, 23 DE MAIO às 21:45SEGUNDA 25 DE MAIO às 10:30 e 14:30 (púb. escolar)Auditório 1Preço: 7,50€ / Associado: 5€ / Desc.: 6€ / Desempregado: 2,50€ / Público escolar: 2€

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CAFÉ-CONCERTO

DUOLEIRO (BRASIL)

Lançamento em Portugal do novo CD, interpretando “música para quem tem coração”, de acordo com a banda.

Existe um instrumento de cordas que representa absurdamente o Brasil: violão. Existe um instrumento de sopro que representa absurdamente o Brasil: trombone. Existe este projeto musical, um duo brasileiro, que pela primeira vez na história fonográfica brasileira uniu esses dois inseparáveis e representativos instrumentos.

Malini e Rafael estabeleceram cumplicidade artística no Festival Internacional de Música de Domingos Martins, em 2004. Desde então, de maneira ‘não oficial’, o duo sempre esteve junto, tocando, vivendo e crescendo nas experiências musicais. Oito anos depois, em 2012, começaram a pensar num trabalho ‘oficial’, com um nome para o dui e um disco que representasse bem os frutos dessa partilha. Em 2014, com apoio da prefeitura de Vila Velha, lançaram o seu primeiro cd, um álbum com oito faixas que expressam com clareza a sonoridade em questão.

O disco inicia-se demonstrando fluência e virtuosismo, como se pode ouvir em “Patinho no Samba”. Passa por canções,

choros, alegrias e homenagens aos queridos Vittor Santos e João Donato. Por fim, chega até uma leve balada com um naipe de trombones que por vezes emociona, como acontece na última faixa, “Tanto Tempo”.

Giovani Malini é guitarrista graduado e pós-graduado em música. No Duoleiro toca violão, guitarra, compõe, canta canções e conta histórias. Cresceu escutando Mpb e Rock Nacional. Djavan foi o artista que o impulsionou para aprender a tocar violão. Seu pai é fã de Raul Seixas. Sua mãe é fã de Roberto Carlos. No meio dessa mistura musical é que surgiram suas influências.

Rafael Rocha é trombonista graduado em música. No Duoleiro toca trombone, escatela (melódica), compõe e conta histórias. Pertence a uma família cheia de talentos. Seu pai é maestro e influenciou muito a sua carreira. Cresceu ouvindo formações diversas. Tem paixão pela música popular brasileira. Entre tantos outros, é admirador de Milton Nascimento e dos cancioneiros de uma forma geral.

Giovani Malini - Violão, guitarra, voz e composições / Rafael Rocha – Trombone e melódica e composições

SÁBADO, 23 MAIO às 22:00Bar Novo Ciclo Acert

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EXPOSIÇÃO

PERIFERIAS CARLOS NO

Uma exposição sobre o mundo dividido entre centro e periferias

Série de esculturas da autoria de Carlos No, Villa Bidão deu origem uma exposição onde cada peça é uma inquietação em potência. O trabalho de Carlos No tem uma forte componente de crítica e denúncia social, mas as esculturas que agora se mostram na Acert não pertencem à linha panfletária que se limita a enumerar problemas, elencando os podres de que o mundo é feito. Pelo contrário, a denúncia, aqui, é um gesto de reflexão, dando ao visitante os elementos e as ferramentas para olhar de frente temas como a pobreza, a exploração, as diferenças sociais refletidas em aspetos como a habitação ou a vivência do espaço público, sempre de um modo capaz de fazer pensar.

A inquietação despertada por cada um destes trabalhos deve-se mais

a esse processo de reflexão que é sugerido do que à simples referência de uma determinada injustiça social, pelo que Periferias é uma exposição para ver com calma, permitindo o tempo necessário para que as ligações nasçam na cabeça de cada um. As referências às favelas, à fome, a toda a espécie de discriminações sociais são temas que podiam figurar em qualquer jornal diário, mas Carlos No retira-lhes o imediatismo noticioso - que tantas vezes se esboroa pouco tempo depois, com a notícia seguinte - e transforma-as em objetos cheios de dúvidas, denúncias, comoções, tudo atravessado por uma vontade implícita de apontar o dedo a quem, no centro, contribui para que tudo fique na mesma, deixando o resto do mundo do lado de fora, numa das muitas periferias que compõem o quotidiano.

INAUGURAÇÃO: SÁBADO, 30 DE MAIO, às 21:00Galeria Novo Ciclo Acert

Entrada GratuitaAté 25 de junho de 2015JO

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CONCERTO

TOCAR O CHÃO CARLOS PENINHA

Regresso de Carlos Peninha com novas composições e revisitação de outras musicas de sempre

Há já vários anos que Carlos Peninha tem vindo a trabalhar na criação de músicas originais sobre poesia de autores de língua portuguesa, nomeadamente para os projetos poético-musicais e música de cena do Trigo Limpo Teatro Acert. Pontualmente, algumas vozes interpretaram essas canções em espetáculos onde se mesclam a música portuguesa, o jazz e outros ritmos de várias latitudes.Nos últimos anos, o projeto foi criando raízes com um naipe de músicos que partilham os arranjos e novas leituras de um repertório existente, também pontuado por novas canções. Poemas de Jorge de Sena, Mia Couto, Leite de Vasconcelos, Miguel Torga, Eugénio de Andrade ou João Luís Oliva, entre outros, são visitados musicalmente neste espetáculo.

Tocar o Chão celebra a poesia de língua portuguesa vestida com música temperada com sabores de multiculturalidade, um encontro onde os convidados prometem partilhar momentos surpreendentes de companhia em muitas viagens.

Voz: Sara FigueiredoGuitarras: Carlos PeninhaBaixo Elétrico: Carlos BorgesPercussões: Flávio Martins

SÁBADO, 30 DE MAIO às 21:45Auditório 1Preço: 7,50€ / Associado: 5€ / Desc.: 6€ / Desempregado: 2,50€

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CAFÉ-CONCERTO

COLOUNE

Música sem fronteiras de género, num repertório conhecido por todos

Estudando no Curso de Jazz do Conservatório de Música de Coimbra, os músicos que compõem este projeto revelam uma ligação a outros géneros musicais que os atraíram e fizeram enveredar pelo busca de uma formação musical mais significativa.Sem o peso das fronteiras entre géneros, viajam livremente pelo rock, pop, funk e blues. Assentam arraiais num repertório diferenciado e pautado pela exigência de execução. Contagiam pela paixão com que se oferecem às suas opções. Um concerto a comprovar que as versões cover nem sempre são a forma de encurtar caminho para atingir inovação e rigor.

Voz e Guitarra Diogo VidalBaixo Eléctrico Carlos BorgesGuitarra Solo Christian TavaresVoz e Guitarra Diogo VidalBateria João Vaz

SÁBADO, 12 JUNHO às 22:30Pátio Novo Ciclo Acert

Entrada Gratuita

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CAFÉ-CONCERTO

GOLDEN GROOVE

Entre a soul e o groove, os Golden Groove celebram o ritmo e a harmonia

Músicos de várias gerações apostam num projeto musical inovador de recriação de atmosferas harmónicas e de exploração rítmica de temas de soul music com um groove singular. Stevie Wonder, Dennis Chambers e as bandas portuguesas The Black Mamba e Hmb, entre outros, são fonte inspiradora para arranjos oportunos e desafiadores.Ricardo Oliveira, finalista dos Ídolos e de Voz de Portugal integra este projeto com uma formação de talento igualmente reconhecido.

Voz e Guitarra Diogo VidalPiano e Voz Ricardo OliveiraBateria Rui RussoPercussão Vaskinho Faleiro

SEXTA, 27 JUNHO às 22:30Pátio Novo Ciclo Acert

Entrada Gratuita

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TEATRO ACERT TRIGO LIMPO

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A VIAGEM DO ELEFANTE POR VISEU DÃO LAFÕES

UM RELATO QUE CRUZA 14 LOCALIDADES COM A DIGRESSÃO DO ESPETÁCULO DO TRIGO LIMPO TEATRO ACERT

O livro que nasceu da digressão de A Viagem do Elefante por Viseu Dão Lafões apresenta-se em Lisboa, na Fundação José Saramago

Apresentação por Fernando Alves e António Pedro Ferreira

Um relato escrito/visual da digressão de 2014 do espetáculo do Trigo Limpo teatro ACERT, A Viagem do Elefante, por Viseu Dão Lafões, não pretende ser um mero relato das apresentações que aconteceram em 14 localidades. Pretende, isso sim, ser um apelo à visita a um território de uma riqueza incrível, pela geografia, pelo património, pela gastronomia e pelas pessoas que o habitam. A circulação deste espetáculo foi também uma oportunidade para o Trigo Limpo teatro ACERT desenvolver o conceito de comunidade no território a partir de um objeto artístico, confirmando as suas imensas potencialidades em termos de desenvolvimento e de reforço da identidade comunitária.

Neste livro, textos e imagens são gestos complementares de um mesmo olhar. Entre a grandeza de um elefante e a agitação que acompanhou a preparação de cada espetáculo, os autores criaram uma foto-narrativa emotiva que traduz as vivências e partilhas que foram nascendo durante os quatro meses da digressão. Um livro onde, tal como num palco, os intérpretes emergem das palavras e gestos duma contracena permanente com a vida em cenários oníricos que são o seu chão.

Autoria e Produção: ACERT - Associação Cultural e Recreativa de TondelaFotografias: Carlos Teles e Ricardo ChavesTextos: Ricardo Viel e Sara Figueiredo CostaDesign e ilustração: ZétavaresCoordenação de Edição: Miguel TorresEdição: Comunidade Intermunicipal Viseu Dão Lafões

QUARTA, 29 DE ABRIL às 18:00Fundação José Saramago

Produção: Acert | Fundação José SaramagoApoio: Centro Cultural de BelémRádio Oficial: Antena 1

APRESENTAÇÃO DO LIVRO NA FJS

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CANÇÕES DO ESPETÁCULO A VIAGEM DO ELEFANTE

TRIGO LIMPO TEATRO ACERT / MÚSICAS DE LUIS PASTOR E A COR DA LÍNGUA ACERT, A PARTIR DO CONTO DE JOSÉ SARAMAGO

Continuando a longa caminhada, as canções de A Viagem do Elefante chegam agora a Lisboa

Depois de ouvidas pelos mais de 30.000 espectadores que nos dois últimos anos assistiram à representação de A Viagem do Elefante e de terem passado por Tondela, Coimbra e Madrid sob a forma de concerto, chega agora a vez de Lisboa poder ouvir as canções compostas por Luís Pastor para os poemas de José Saramago.

O Pequeno Auditório do CCB recebe o cantautor espanhol acompanhado pelos músicos d’A Cor da Língua Acert e convidados para um concerto que celebra as palavras de José Saramago, aqui acompanhadas pelos sons do fado, da morna, da chula ou do flamenco, dando-lhes

novas identidades, como se um novo corpo ganhasse vida para palmilhar outra viagem. O concerto serve de apresentação ao CD/Livro editado no final de 2014 pela Acert com o apoio da Fundação José Saramago.

A Viagem do Elefante é uma adaptação do texto homónimo de José Saramago, numa produção do Trigo Limpo Teatro Acert, em parceria com a Fundação José Saramago e a Flor de Jara. Entre 2013 e 2014, o elefante Salomão visitou mais de 25 localidades portuguesas e espanholas, numa viagem que terá continuidade já em 2015, contando, como aconteceu até aqui, com a participação das comunidades locais.

QUINTA, 30 DE ABRIL às 21:00Pequeno Auditório do CCB (Lisboa)Produção: Acert | Fundação José SaramagoApoio: CCB – Centro Cultural de BelémRádio Oficial: Antena 1

CONCERTO A VIAGEM DO ELEFANTE

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OFICINA DE TEATRO 2015

APRENDER BRINCANDO AO TEATROMais umas férias de verão se aproximam e com elas a possibilidade de participares na Oficina de Teatro Acert. À semelhança de anos anteriores, do trabalho realizado durante a semana resultará um pequeno espetáculo que será apresentado aos pais e amigos no ultimo dia da oficina.O público e o palco espera-vos!

Senhoras e senhores o espectáculo vai começar!

Formador: Raquel Costa Serviço Educativo Acert

1º GRUPO DE 15 A 19 DE JUNHO**

Limite de inscrição: 10 de junho às 17:00

2º GRUPO DE 22 A 26 DE JUNHO*Limite de inscrição: 17 de junho às 17:00

Idades: 5 aos 13 anos Horário: Segunda a sexta das 9h às 17:30 Almoço: 12:30 às 14:00

Inscrições: 6 a 12 crianças por grupo Preço por participante Associados Acert: 30 Euros + 5 Euros/dia – Almoço (opcional) Preço por participante Não Associados: 40 Euros Não Sócios + 5 Euros/dia – Almoço (opcional). As crianças que almoçam com o grupo das oficinas não necessitam trazer os lanches da manhã e da tarde.

* No caso de haver poucas inscrições em algum dos períodos, juntar-se-á o total de inscritos dos dois grupos, e a oficina será realizada na semana que mais convier ao maior número de elementos. Se o número total de elementos das duas semanas não chegar ao mínimo de 6, os encarregados de educação serão avisados de que a oficina não se realiza na semana prevista.

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TRIGO LIMPO TEATRO ACERT

EM DIGRESSÃOHabituado à estrada e às itinerâncias teatrais, o Trigo Limpo teatro Acert retoma as suas andanças fora de portas com dois espetáculos. 20 Dizer levará a música e a poesia à biblioteca de Tondela, dando voz às palavras dos poetas por entre estantes de livros. A Viagem do Elefante, que há um ano percorreu as terras de Viseu Dão Lafões deixando pegadas e memórias nos sítios por onde passou, retoma o seu périplo por novas localidades. Baseado no conto homónimo de José Saramago, este espetáculo rumará a Alcobaça, tendo o seu mosteiro como cenário, e promete não ficar por aí. Antes dessa primeira paragem, Lisboa ainda receberá um concerto com as canções de A Viagem do Elefante, interpretadas por Luís Pastor, seu criador, e A Cor da Língua, momento que servirá igualmente para apresentar ao público lisboeta o Cd-livro que contém o registo sonoro desta trilha musical e o livro que resultou da digressão de 2014 deste espetáculo.

20 DIZER

10 de abril, 10:30 e 14:30 - Tondela Feira do Livro da Bib. M. Tomás Ribeiro17 de abril às 21:30 - Cine-teatro Nelas

CONCERTO A VIAGEM DO ELEFANTE 30 de abril às 21:00 - Lisboa Pequeno Auditório do CCB

CICATRIZ

25 abril às 21:30 - Gouveia

A VIAGEM DO ELEFANTE

10 de junho - Mosteiro de Alcobaça1 de agosto - Figueira da Foz6 de agosto - Gouveia28 de agosto - Pampilhosa da Serra

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FORMAÇÃO

ESPAÇO ABERTO

SECÇÕES

ESTÁGIOS

PROJETOS

INFORMAÇÕES

DEBAIXO D’OLHO

ANTEVISÃO

MAIS ACERT

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FORMAÇÃO

INICIAÇÃO À COSTURA ENTIDADE FORMADORA CEARTE

Acompanhando a forte tendência do “faça você mesmo”, esta formação pretende responder às necessidades de iniciantes no mundo da costura, desenvolvendo pequenos projetos de costura à máquina.Propõe-se que os iniciantes aprendam a utilizar e a dominar a máquina de costura, assim como os seus acessórios e que conheçam algumas regras essenciais. À medida que solidificam os seus conhecimentos, os iniciantes serão desafiados a idealizar, criar e executar um projeto de costura criativa.

Destinatários• Artesãos e profissionais

na área do Têxtil

• Outros profissionais com interesse de competências específicas nesta área

• Desempregados

• Idade superior a 18 anos de idade

• Escolaridade superior ao 2.º Ciclo (6.º Ano)

• Escolaridade superior ao 4.º Ciclo (Bacharelato e Licenciatura), até ao máximo de 10 % do nº total de participantes.

• Todos os desempregados podem frequentar, desde que apresentem a declaração do CTE da situação de desempregado

2 A 30 DE OUTUBROSegundas, quartas e sextas das 20:00 às 23:00; sábados das 10:00 às 13:00

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PROJETO ESTAGIÁRIOS

30 MINUTOS DE LUAR

Todos os anos a Acert recebe estagiários de várias instituições. Neste momento temos a estagiar connosco, dois alunos, Ana Rodrigues e Crispim Rodrigues, da Escola Superior de Educação de Viseu, Curso de Licenciatura em Animação Cultural que, para além da colaboração nas várias atividades desenvolvidas pela Acert durante o período do estágio, propuseram uma colaboração com a turma de finalistas do Curso de Animação Sociocultural da Escola Profissional de Tondela com o objetivo de adaptar o texto “Felizmente há luar” de Luís de Sttau Monteiro. O exercício final “30 minutos de Luar”, baseado em dois excertos da peça, terá apresentação na Biblioteca Municipal Tomaz Ribeiro, em Tondela, no dia 17 de abril, às 9:30 e às 10:30h integrado na Festa do Livro e da Leitura.

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PROJETO

CINE TEJÁ OFICINA DE ARTES CRIATIVAS Este projeto desenvolvido pela Câmara Municipal de Tondela em parceria com a Acert, pretende criar condições para a construção de uma oficina multidisciplinar para as artes do espetáculo e industrias criativas. Pretende-se criar um espaço onde seja possível um criador ter condições para trabalho de cenografia, figurinos, etc. que possa ser complementado recorrendo à indústria local.

Tondela tem, através da Acert e do Novo Ciclo, na sua programação, as residências artísticas de companhias/artistas portugueses ou estrangeiros que aqui criam os seus espetáculos, além da própria companhia residente, com um grande historial de construção de Engenhos Cénicos. Dispondo de salas de ensaios e de espetáculo, não dispõe de um equipamento de criação e construção cenográfica condizente com os restantes equipamentos ou recursos. A procura por este serviço tem vindo a aumentar, pelo que a criação desta estrutura tem um potencial de crescimento e portanto de criação de riqueza e emprego. Fomentando esta indústria criativa, potenciam-se os saberes locais adquiridos ao longo dos mais de 30 anos de atividade da Acert, que os tem desenvolvido sobretudo ao nível das grandes engenhos cénicos de rua. Pretende-se também que este espaço possa funcionar em articulação com as escolas, algumas delas com grupos de teatro escolar, no sentido de permitir aos alunos o desenvolvimento de ideias e consequente criação dos seus próprios elementos cénicos.

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Tondela é caracterizada por um vasto conjunto de agentes impulsionadores, reveladores de talento, atividade e inovação, a par da audácia, da coragem e da determinação. Na verdade importa integrá-los com a realidade urbana. Um desses exemplos revela-se em torno das atividades da Acert – Associação Cultural e Recreativa de Tondela / Trigo Limpo. Este projeto aponta para a dinamização de um movimento que exteriorize as dimensões criativa e inovadora dos tondelenses e das suas Instituições, em benefício da cidade, da urbanidade e da prosperidade.O Novo Ciclo – Centro de Recursos Culturais e Desenvolvimento Regional de Tondela é um equipamento cultural dinamizado pela Acert – Associação Cultural e Recreativa de Tondela, que conta já com 39 anos de atividade, que desenvolve um conjunto de atividades que vão desde a criação, uma vez que é a sede do Trigo Limpo Teatro Acert, à programação regular e de festivais (3 festivais anuais: Tom de Festa – Festival de Músicas do Mundo, Finta

– Festival Internacional de Teatro, Queima do Judas), ao trabalho com as escolas de todos os níveis de ensino e com o tecido associativo da região.

Existe uma tradição, construída por esta associação, na criação de grandes Engenhos Cénicos para espetáculos de rua (presença da Expo 98 Lisboa, Expo 2000 Hannover, Expo Saragoça, Festival Imaginárius, A Viagem do Elefante, etc.) que se tem desenvolvido fruto de diversas parcerias desenvolvidas na região, nomeadamente com as escolas e a indústria local. Recebe em médias 5 residências artísticas anuais, quer portuguesas quer estrangeiras, que além das salas de ensaios procuram a capacidade de produção nas áreas da cenografia, figurinos, planos de luz e sonoplastia.

Objetivos• Dotar Tondela de equipamentos

exemplares na Produção Criativa;

• Desenvolver um cluster criativo nas artes do espetáculo (cenografia, arquitetura de cena, design, figurinos);

• Criar condições para a experimentação/ação aos artistas;

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NOVO CICLO UM ESPAÇO ABERTO

CON(PON)TOS(POS) ESTAÇÃO DAS LETRAS

As portas do Novo Ciclo Acert estarão abertas ao mundo dos Conpontospos para todos os pais e crianças do Pré-escolar e 1º CEB dos estabelecimentos de Ensino do Concelho de Tondela. A Estação das Letras oferece estas apresentações mediante inscrição nos estabelecimentos de ensino abrangidos.

Conpontospos nasce da vontade de partilhar histórias em família e incentivar pais e filhos (adultos e crianças) a ir ao teatro. É uma seleção de contos que, ao longo dos anos, foram apresentados às crianças do pré-escolar e primeiro ciclo dos estabelecimentos de ensino do concelho de Tondela, tendo como objetivo alargar o imaginário e o convívio com as narrativas a todas as faixas etárias. Estabelecimentos de Ensino abrangidos pela oferta:• Agrupamento de Escolas de

Tondela Tomaz Ribeiro

• Agrupamento de Escolas de Tondela Cândido Figueiredo

• Santa Casa da Misericórdia de Tondela

• Santa Casa da Misericórdia de Vale de Besteiros

• Associação Batista Ebenezer

Produção: Estação das LetrasEncenação: Tiago Duarte | Paulo SantosInterpretação: Tiago Duarte Cenografia: Paulo Santos Cartaz: Ana Almeida Carpintaria: João & Miguel, LdaPúblico-Alvo: Pais & Filhos / 60 min

20 DE JUNHO às 21:30 21 DE JUNHO às 16:00Auditório 2

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FORMAÇÃO NA ACERT

CURSOS DE INGLÊS PARA CRIANÇAS E JOVENS

Os cursos de inglês na Acert são organizados pela International House de Viseu, que faz parte da International House World Organization, mundialmente reconhecida pela qualidade do ensino. Os professores são ‘native speakers’ e possuem formação específica no ensino do

inglês como língua estrangeira.Os alunos frequentam duas aulas de 90 minutos por semana, integrados em turmas de acordo com o seu nível de conhecimentos, completando dois níveis durante o ano letivo (outubro a junho).

AULAS DE YOGA

A prática do yoga ajuda ao equilíbrio corpo-mente e à redução do condicionamento do pensamento. O relaxar da mente permite perceber que podemos experimentar a vida na sua totalidade e intensidade de um modo plenamente satisfatório.

professor de yoga: Mário MartinsHorários: Terça-feira, das 20:00 às 21:30Sala Orgânica/ Acert

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NÚCLEOS ACERT

NÚCLEO DE ESCALADA ACERT (NEA)

Se gostas de adrenalina, de enfrentar os teus medos, se gostas de escalada, junta-te ao nea. Vem manter-te em forma, tornar-te mais ativo... “Venga ai” como dizem os escaladores.Para pertencer ao nea é necessário: Ser sócio da Acert; Inscrever-se e ter seguro (mínimo nível 3) pela

FPME (Federação Portuguesa de Montanhismo e Escalada).horário terça-feira das 21:00 as 22:00, no ginásio do Pavilhão Desportivo de Tondela. participantes Jovens e adultos a partir dos 16 anos. as sessões de treinos custam 10 euros mensais. coordenador André Fernandes contacto 962375043 / [email protected]

NÚCLEO DE BASQUETEBOL ACERT (NBA)

Há mais de duas décadas a dinamizar a aprendizagem e a prática do basquetebol, o nba oferece formação na área do Minibasquete para os mais novos e treinos regulares para atletas de todas as idades.

SUB 14 MASCULINOSNascidos em 2001 e 20022ª, 4ª e 6ª feira / Pavilhão Esc. Sec. Molelos, das 18:00 às 19:30

MINIBASKETNascidos de 2003 a 2008: 2ª, 4ª e 6ª feira Pavilhão Mun. Tondela, das 18:00 às 19:30

contactos Pedro Tavares 966 283 153Isabel Fernandes 918 792 557 Luís Martins 914 281 584; 936 036 629e-mail [email protected]

NÚCLEO DE KARATÉ DA ACERT

Pretendemos promover a prática do Karaté de forma individualizada, gerindo a natureza lúdica, agonista e de solicitação das qualidades físicas das tarefas que prescrevemos. Traga inicialmente um fato de treino, venha conhecer-nos e decida depois se entra na nossa família de karatecas.

treinadores: Sensei Ricardo Chaves e Sensei António Gouveiatreinos: terças e quintas-feiras, no Pavilhão Municipal de Tondela menores de 14 anos: 19:00 - 20:00maiores de 14 anos: 20:00 - 21:00

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CORPOS SOCIAIS

Assembleia GeralPresidente: Luís Henrique Brás1º Secretário: António Miranda Lindo2º Secretário: Ana Bastos

Conselho FiscalPresidente: Luís Tenreiro da Cruz1º Secretário: Luís Carlos Coimbra Pereira2º Secretário: João Paulo Leão Borges

Direção Presidente: Maria Lizete LemosVice-Presidente: José Rui Martins1º Tesoureiro: Pompeu José2º Tesoureiro: José Tavares1º Secretário: Miguel Torres2º Secretário: Jorge OliveiraVogais: Carlos Teles, Jorge Mendes, Miguel Cardoso e Paulo Neto

PROGRAMAÇÃO NOVO CICLO

Direção de ProgramaçãoJosé Rui Martins e Miguel Torres

Equipa TécnicaLuís Viegas e Paulo Neto

ProduçãoMarta Costa e Rui Coimbra

Gestão e TesourariaPompeu José e Rui Vale

SecretariadoPaula Pereira

Promoção e ImagemZétavares

LimpezaEfigénia Arede

EstagiárioAntónio Gonçalves

TRIGO LIMPO TEATRO ACERT

Direção ArtísticaJosé Rui Martins e Pompeu José

Elenco Permanente António Rebelo, Ilda Teixeira, João Silva, José Rui Martins, Pedro Sousa, Pompeu José, Raquel Costa e Sandra Santos

COORDENADORES

Núcleo de Basquetebol AcertPedro Tavares

Núcleo de Escalada AcertAndré Fernandes

Núcleo de Karaté da AcertRicardo Chaves

AGENDA DE PROGRAMAÇÃO

Redação/EdiçãoSara Figueiredo Costa

PaginaçãoZétavares

FotografiasCarlos Teles, José Cruzio, Ricardo Chaves, Rui Apolinário e das companhias e produtores programados

Pré-impressão, impressão e acabamentoRainho & Neves, Lda

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INFORMAÇÃO AOS ASSOCIADOS

ASSEMBLEIA GERAL DA ACERT

ASSOCIAÇÃO CULTURAL E RECREATIVA DE TONDELA

Convocatória

Convocam-se todos os associados da ACERT – Associação Cultural e Recreativa de Tondela, para uma Assembleia-geral Ordinária a realizar no próximo dia 27 de abril de 2015 (segunda-feira), pelas 21h, nas instalações

do Novo Ciclo – Centro de Recursos Culturais e Desenvolvimento Regional de Tondela, com a seguinte ordem de trabalhos.

Ponto umInformações

Ponto doisEleição dos Novos Corpos Gerentes para o Biénio 2015/2016

Se à hora prevista para o início da reunião não se encontrarem presentes cinquenta por cento dos seus associados, a Assembleia reunirá trinta minutos depois, com o número de sócios presentes.

Tondela, 08 de abril de 2015

O Presidente da Assembleia-geral(Luís Henrique Pereira Brás Marques)

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HORÁRIOS

Bilheteira/Loja (dias com programação) Das 15:00 às 17:00 e das 20:30 às 22:00

Secretaria e Tesouraria09:30 às 13:00 e das 14:00 às 18:00

Bar Novo Ciclo14:00 às 02:00

Reservas Deverá levantar as suas reservas durante o horário de funcionamento da Bilheteira e até às 21:00 do dia da apresentação, ou ficarão sem efeito.

PREÇOS

Admissão de Associados ACERTPagamento de uma joia de 0,50 € e uma quota semestral de 7,50 €

Associados (e equiparados)Preço de associados da Acert e/ou sócios das entidades seguintes: Cine Clube de Viseu; d’Orfeu Associação Cultural; Viriato Teatro Municipal; Teatro Aveirense; Sindicato dos Trabalhadores das Empresas do Grupo Caixa Geral de Depósitos.

DescontosEstudantes, Reformados, Portadores de Cartão Jovem e Cartão Jovem Municipal.

Preço EspecialDesempregados: 2,50€

CriançasEspetáculos de Sala: grátis 3 a 5 anos.Espetáculos Infantis: Pagamento a partir dos 3 anos, inclusive.

INFORMAÇÕES E HORÁRIOS

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DEBAIXO D’OLHO

A HISTÓRIA DE ERIKA RUTH VANDER ZEE E ROBERTO INNOCENTIeditor Kalandraka

Setenta anos passados sobre o fim do Holocausto, A História de Erika volta às livrarias numa reedição. A autora deste livro terá conhecido Erika em Rotemburgo, em 1995, e ouviu da sua boca a história que aqui partilha. Em 1944, ano do seu nascimento, Erika foi salva do horror dos Campos de concentração nazis porque os seus pais, que não sabe quem são e de quem não guarda memórias, a atiraram pela janela de uma das carruagens dos longos comboios que transportavam judeus e outros seres humanos perseguidos pelos nazis para Dachau. Vendo um bebé aterrar sobre a erva à passagem do comboio, uma mulher recolheu-a e adotou-a, garantindo-lhe que não teria o mesmo destino que os seus. A história que Erika conta é a que imagina que os seus pais terão vivido, mas também

a que ela própria construiu agarrada a uma memória que, na verdade, não tem. As ilustrações de Roberto

Innocenti, de um realismo acentuado e marcadas pelo contraste entre liberalidade e emoção, constroem essa memória inventada com base no que se sabe sobre o campo de concenttação, oferecendo uma enorme réstia de esperança ao mostrar

igualmente o presente de Erika, construindo novas memórias para o futuro da família que entretanto construiu. Talvez as livrarias arrumem este volume na secção infantil,habituadas que estão a relegar para aí qualquer livro com imagens, mas A História de Erika merecia ser lida por qualquer pessoa que compreenda o dever de não esquecer.

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Page 89: Agenda ACERT 2015 T2

DEBAIXO D’OLHO

SAUDADE DE VOCÊ REAL COMBO LISBONENSEeditor Pataca Discos

Entre a imagem cliché e idealizada do que seria o Brasil e a voz trémula a fazer subir notas num sotaque muito seu, Carmen Miranda marcou uma era. De Marco de Canaveses para o Brasil, e daí para o showbusiness norte-americano, entre os palcos e o cinema, a cantora conquistou plateias e deixou meio mundo a saber trautear “O que é que a baiana tem?” como quem conhece a Bahia. Terminada essa era, entre os anos 30 e 40 do século passado, Carmen Miranda iniciou um processo de decadência que culminaria na sua morte, em 1955, mas a posteridade já estava garantida. Em Saudade de Você, o Real Combo Lisbonense retoma o património que Carmen Miranda legou à humanidade, reinterpretando

11 das suas canções num registo onde se reconhecem os ritmos tropicais da portuguesa mais brasileira das

américas, mas igualmente o som de orquestra de baile, com um pé nas décadas de 50 e 60 e outro no futuro, que tem marcado o trabalho desta banda. Não há pastiche nem imitação neste regresso a Carmen Miranda. Não se força o sotaque brasileiro, não se

finge uma tropicalidade com excesso de colorido, não se esquece a origem portuguesa da diva universal. Saudade de Você é a melhor homenagem que podia fazer-se a Carmen Miranda, honesta na abordagem e frontal na vontade de reinventar sons, ritmos e modos de cantar.

¶ SFC

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ANTEVISÃO

TOM DE FESTA 14 A 18 DE JULHO DE 2015Festival de Músicas do Mundo Acert

Bodas de prata de um casamento festejado com o público A 25ª edição do Tom de Festa terá um concerto de abertura num espaço público da cidade, no âmbito das comemorações dos 500 anos da atribuição do foral manuelino de Besteiros. Será a 14 de julho que a Acert se associará à Câmara Municipal de Tondela, criando um momento singular de criação artística.É a Acert em festa, revelando, através da música, a sua matriz associativa e de palco de todas as artes. Marque no calendário!

A VIAGEM DO ELEFANTE Trigo Limpo teatro Acert

Prossegue a digressão 2015 do espetáculo teatral de ruaÉ o terceiro ano em que o elefante Salomão, na companhia de participantes locais e todo o elenco do Trigo Limpo teatro Acert, irá continuar a deixar as suas pegadas em mais localidades. A 10 de junho, em frente ao Mosteiro de Alcobaça, começa a caminhada.Oportunamente, será divulgada toda a digressão, antevendo-se um percurso que sublinhará o sentido do pensamento de José Saramago, autor primordial da aventura: “Sempre chegamos ao sítio aonde nos esperam”. (ver p.73)

RICARDO CHAVES @ JAFUMEGA - TOM DE FESTA 2014

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