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Setembro de 2015
Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos
Panorama Macroeconômico
Os dados globais continuam sustentando nossa expectativa de que o crescimento do PIB mundial em 2015 será
inferior ao registrado no ano passado (prevemos expansão de 3,1% ante 3,4% em 2014). De um lado, a
desaceleração da economia chinesa se acentuou, com destaque para o fraco desempenho do setor de
construção e da indústria. Soma-se a isso a queda acentuada da bolsa e a mudança do regime de câmbio
anunciado pelo governo do país, que aumentaram as incertezas em relação à condução da política econômica
daqui para frente. Acreditamos que os riscos baixistas para a economia chinesa são elevados e novas medidas
de estímulo podem não ser suficientes para garantir uma aceleração da economia. Isso, por sua vez, dá um viés
de baixa para nossa expectativa de crescimento do PIB de 6,5% neste ano, abaixo da meta de expansão de 7%
estipulada pelo governo. Por outro lado, as condições internas da economia dos EUA seguem se fortalecendo,
em especial no mercado de trabalho. Com isso, o banco central norte-americano tem intensificado sua
sinalização na direção do início da normalização monetária. Ainda assim, a inflação corrente no país e as
expectativas de inflação continuam em patamar inferior à meta de 2,0%, permitindo que o Fed conduza esse
processo de maneira bastante gradual. Acreditamos, assim, que a taxa de juros norte-americana começará a
subir em dezembro deste ano. As principais implicações desse cenário, na nossa visão, concentram-se no
fortalecimento do dólar em escala global, na queda dos preços das commodities e na piora da economia dos
países emergentes.
As preocupações relacionadas à condução da política fiscal continuam elevadas, impactando negativamente a
confiança, ao mesmo tempo que a desaceleração da atividade econômica brasileira ainda não foi interrompida.
A frustração com a arrecadação e os desafios de aumentar a receita e reduzir as despesas tornaram o ajuste
fiscal mais dependente do ambiente político. Ao mesmo tempo, os sinais vindos da economia seguem
decepcionando, sugerindo uma retração do PIB de 2,7% e 1,0% neste e no próximo ano. O enfraquecimento da
atividade doméstica e a dificuldade em fazer o ajuste das contas públicas devem manter a taxa de câmbio
pressionada, a qual deverá mostrar alguma apreciação em relação ao patamar atual nos próximos meses.
Adicionalmente, também diante da contração do PIB e da acomodação das expectativas de inflação, o Banco
Central optou pelo fim do ciclo atual de aumento da taxa Selic, que deverá seguir em 14,25% a.a. por um
período prolongado.
AGRONEGÓCIO BRASIL EM FOCO AGRONEGÓCIO BRASIL EM FOCO
Sumário Executivo
Soja – A combinação de safras recordes nos EUA e no Brasil, estoques ainda elevados (embora mais baixos
do que o previsto no início do ano) e o dólar forte, que exerce pressão de baixa para as commodities, continuarão
mantendo as cotações da soja em baixos patamares. O recuo de estoques apontado pelo USDA limitará a baixa
das cotações.
Milho – O dólar forte deverá continuar exercendo pressão de baixa para as cotações internacionais, em que
pese a redução dos estoques globais e a menor estimativa para a produção norte-americana. No mercado
doméstico, os preços internos devem seguir em baixa, refletindo o forte incremento da segunda safra.
Café – A despeito dos fundamentos de alta para os preços do café, como a redução da relação estoque
consumo global e os efeitos negativos do El Niño sobre as lavouras da Ásia, as cotações internacionais devem
continuar em baixa e com volatilidade, respondendo ao movimento de valorização do dólar.
Boi – Nos meses à frente, as cotações devem se manter em elevação, seguindo a sazonalidade até outubro,
porém limitadas de um lado pelo consumo fraco, e sustentadas de outro pela oferta restrita.
Açúcar e Etanol – Apesar do recuo da relação entre estoque e consumo e dos efeitos negativos do El Niño
sobre a produtividade da Ásia, que fundamentam um cenário de alta para os preços do açúcar, o dólar mais
valorizado deverá continuar exercendo pressão de baixa para as cotações. Já o etanol deve seguir em alta, em
função do consumo mais forte ante a gasolina.
Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos
Fonte e projeção: Conab
Elaboração: BRADESCO
Produção Nacional
de soja
(em mil toneladas)
1991 – 2015
SO
JA
2
SOJA – A combinação de safras recordes nos EUA e no Brasil, estoques ainda elevados e o fortalecimento do dólar continuarão mantendo as cotações da soja em baixos patamares. O recuo de estoques apontado pelo USDA limitará a baixa das cotações
15.39419.419
25.934 26.160
31.370 32.345
41.917
52.01849.989
55.027
60.01857.162
68.688
75.324
66.383
81.499
86.121
96.243
8.000
17.000
26.000
35.000
44.000
53.000
62.000
71.000
80.000
89.000
98.000
107.000
90
/91
91
/92
92
/93
93
/94
94
/95
95
/96
96
/97
97
/98
98
/99
99
/00
00
/01
01
/02
02
/03
03
/04
04
/05
05
/06
06
/07
07
/08
08
/09
09
/10
10
/11
11
/12
12
/13
13
/14
14
/15
*
em mil toneladasFonte e Projeção: CONAB
Elaboração: BradescoProdução Nacional de Soja 1990 - 2012
Fundamentos
O USDA divulgou o 5º levantamento da safra 2015/16 e trouxe revisão positiva para a estimativa de
produção nos EUA, passando de 106,6 para 107,1 milhões de toneladas, refletindo a melhora da
produtividade ante a estimativa anterior. Ao contrário do que tem sido esperado pelo mercado, essa é
a 3ª revisão positiva para a produtividade norte-americana. Para o Brasil, o USDA manteve a
estimativa anterior de 97 milhões de toneladas, uma ampliação de 2,6% ante a safra passada.
Novamente o relatório trouxe redução dos estoques globais e consequente recuo da relação estoque
consumo, de 28,0% no mês passado para 27,4% neste mês. Na safra passada, a relação estoque uso
fechou em 26,4%.
A Conab divulgou o último levantamento da safra 2014/15, cuja colheita já está finalizada. Com a
melhora do regime de chuvas nas regiões produtoras, o último levantamento apontou uma safra
recorde de soja, atingindo 96,2 milhões de toneladas, expansão de 11,8% ante a safra passada,
contrariando assim as estimativas do começo do ano, quando se esperava quebra de safra que
poderia ser afetada pela estiagem. A produção cresceu tanto pelo incremento de área (+6,4%) quanto
de produtividade (+5,1%).
As leituras de temperatura no Oceano Pacífico que influenciam a região da América do Sul estão
apontando que as temperaturas seguirão acima da média histórica, porém com trajetória de
desaquecimento nos próximos meses até o final do 1º semestre do próximo ano. Isso indica que o El
Niño trará chuvas durante o período de desenvolvimento das lavouras de grãos no Brasil,
beneficiando a produtividade. Já para a região da Ásia, as leituras apontam que a temperatura
continuará subindo e atingirá o pico em dezembro, passando a desaquecer a partir de janeiro do
próximo ano. Isso significa dizer que até o final deste ano deverá ocorrer estiagem na Ásia. No
entanto, o impacto nas lavouras de grãos será limitado, pois o período de colheita, que se estende até
novembro, já começou.
O plantio da próxima safra 2015/16 no Brasil começa a partir de meados de setembro, quando
termina o vazio sanitário, período determinado pelo governo para que a terra fique em repouso a fim
de evitar a propagação de pragas.
Nos meses à frente, as cotações deverão ficar mais voláteis, respondendo ao cenário externo
(principalmente com a desaceleração da China) e também à evolução do clima, condicionado ao
desenvolvimento do El Niño, durante o período de plantio no Brasil.
As cotações de soja continuam sem tendência de alta, sendo os principais fundamentos (i) as safras
recordes nos EUA e no Brasil, (ii) os estoques ainda elevados, embora estejam mais baixos ante o
previsto no início do ano e (iii) o dólar forte, que exerce pressão de baixa para as commodities. Por
outro lado, o recuo de estoques apontado pelo USDA desde o início da atual safra limita a baixa das
cotações.
Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos
491
546507
436
632
567
989
526
689
542
757
1.515
908
1.211
1.143
1.674
1.525
1.287
1.486
1.178
965867
400,0
600,0
800,0
1.000,0
1.200,0
1.400,0
1.600,0
1.800,0
jan
/00
jan
/01
jan
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/16
PREÇOS INTERNACIONAIS DE SOJA - BOLSA DE CHICAGO - CBOT PREÇO FUTURO 1º VENCTO 2000 - 2010
em US$ cents por bushel
em US$ cents por bushel
Fonte: Bloomberg Elaboração: Bradesco•Projeção de preço: média dos preços futuros
de
z/1
6
Produtividade da
lavoura de soja
(em kg por ha)
1991 – 2015
Fonte e (*) projeção: Conab
Elaboração: BRADESCO
Fonte: Deral
Elaboração e Projeção: BRADESCO
Preço de soja em grão ao
produtor – Praça Paraná -
(em R$ por saca de 60 kg)
2000 – 2015
3
Fonte: Bloomberg
Elaboração: Bradesco
Soja - Preço Futuro 1º vencimento
(em US$ cents/bushel)
2000 – 2015
Projeção de preço: média
dos preços futuros
1.580
2.027
2.1502.221
2.175
2.2992.367 2.395
2.751
2.567
2.816
2.339
2.245
2.419
2.816
2.629
2.927
3.115
2.651
2.938
2.854
2.999
1.500
1.700
1.900
2.100
2.300
2.500
2.700
2.900
3.100
3.300
90/9
1
91/9
2
92/9
3
93/9
4
94/9
5
95/9
6
96/9
7
97/9
8
98/9
9
99/0
0
00/0
1
01/0
2
02/0
3
03/0
4
04/0
5
05/0
6
06/0
7
07/0
8
08/0
9
09/1
0
10/1
1
11/1
2
12/1
3
13/1
4
14/1
5*
em kg por ha Fonte e Projeção: Conab Elaboração: Bradesco Produtividade da lavoura de soja - 1990 - 2012
18,04
26,63
19,98
43,93
32,42
48,15
22,57
28,62
27,03
44,37
39,81
30,59
45,68
40,14
73,92
50,53
61,83
53,38
63,31
10,0
20,0
30,0
40,0
50,0
60,0
70,0
80,0
jan
/00
jan
/01
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/04
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/10
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/11
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/12
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/14
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/15
SOJA EM GRÃO PREÇO AO PRODUTOR - PRAÇA PR
em R$ por saca de 60 kg Fonte: Deral PR Elaboração e Projeção: Bradesco
de
z/1
5
Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos
MIL
HO
MILHO – O dólar forte deverá continuar exercendo pressão de baixa para as cotações
internacionais, em que pese a redução dos estoques globais e a menor estimativa
para a produção norte-americana. No mercado doméstico, os preços domésticos
devem seguir em baixa, refletindo o forte incremento da segunda safra
Fonte e (*) projeção: Conab
Elaboração : BRADESCO
Produção Nacional
de milho
(em mil toneladas)
1991 – 2015
4
24.096
30.77133.174
37.44235.716
32.393
42.290
35.281
47.411
42.129
35.007
42.515
51.370
58.652
51.004
56.01857.407
72.980
81.506 80.052
84.729
20.000
30.000
40.000
50.000
60.000
70.000
80.000
90.000
90
/91
91
/92
92
/93
93
/94
94
/95
95
/96
96
/97
97
/98
98
/99
99
/00
00
/01
01
/02
02
/03
03
/04
04
/05
05
/06
06
/07
07
/08
08
/09
09
/10
10
/11
11
/12
12
/13
13
/14
14
/15
*
em mil toneladas Fonte e Projeção: ConabProdução Nacional de Milho - 1991 - 2012
Fundamentos
O USDA divulgou, no 5º levantamento da safra 2015/16, redução da estimativa de produção de milho nos
EUA, de 347,6 milhões de toneladas para 345,1 milhões de toneladas, como resultado da piora da
produtividade. O USDA revisou para baixo os estoques globais e, com isso, a relação estoque consumo
caiu de 19,7% no mês passado para 19,2% no mês atual. Na safra passada, a relação estoque consumo
fechou em 20%.
A Conab divulgou o último levantamento da safra 2014/15. A produção total de milho foi recorde e
chegou a 84,7 milhões de toneladas, expansão de 5,8%. A 1ª safra alcançou 30,2 milhões de toneladas,
recuando 4,4% ante o ano anterior e refletindo a redução de 7,0% da área, que cedeu espaço para a
soja. A 2ª safra de milho foi o destaque da atual temporada, com expansão de 4,1% da área, de 8,2% da
produtividade e de 12,6% da produção, atingindo 54,5 milhões de toneladas.
As leituras de temperatura no Oceano Pacífico que influenciam a região da América do Sul estão
apontando que as temperaturas seguirão acima da média histórica, porém com trajetória de
desaquecimento nos próximos meses até o final do 1º semestre do próximo ano. Isso indica que o El
Niño trará chuvas durante o período de desenvolvimento das lavouras de grãos no Brasil, beneficiando a
produtividade. Já para a região da Ásia, as leituras apontam que a temperatura continuará subindo e
atingirá o pico em dezembro, passando a desaquecer a partir de janeiro do próximo ano. Isso significa
dizer que até o final deste ano deverá ocorrer estiagem na Ásia. No entanto, o impacto nas lavouras de
grãos será limitado, pois já estão em período de colheita que se estende até novembro. O impacto mais
forte poderá ocorrer nas culturas de café e cana, cuja colheita ocorre a partir de outubro até meados do
ano seguinte.
O plantio da safra 2015/16 no Brasil começa em meados de 15 de setembro, quando termina o vazio
sanitário, período determinado pelo governo para que a terra fique em repouso a fim de evitar a
propagação de pragas.
Nos meses à frente, as cotações deverão apresentar muita volatilidade respondendo ao cenário externo,
principalmente a China e também à evolução do clima condicionado ao desenvolvimento do El Niño,
durante o período de plantio no Brasil. .
Apesar da redução dos estoques globais e da menor estimativa para a produção norte-americana, as
cotações internacionais de milho continuam sem tendência de alta, uma vez que o dólar forte exerce
pressão de baixa para as commodities agrícolas. Os preços domésticos também devem seguir em
baixos patamares, em resposta ao forte incremento da segunda safra.
Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos
Produtividade –
milho
(em kg por ha)
1991 – 2015
Fonte: Conab
Elaboração : BRADESCO
Fonte: Deral
Elaboração e Projeção: BRADESCO
Preço de milho ao
produtor – Praça
Paraná
(em R$ por saca de
60 kg)
2000 – 2015
5
Milho - Preço Futuro 1º vencimento
(em US$ cents por
bushel)
2000 – 2015
Projeção de preço: média
dos preços futuros
Fonte: Bloomberg
Elaboração: Bradesco
11,95
7,05
11,40
22,28
18,96
16,26
10,44
14,14
24,94
13,07
19,96
26,92
17,26
23,29
17,84
20,89
5,0
10,0
15,0
20,0
25,0
30,0
jan
/00
jan
/01
jan
/02
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/03
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/04
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/05
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/06
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/07
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/08
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/09
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/10
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/11
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/12
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/13
jan
/14
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/15
Preço pago ao produtor de milho - Paraná Fonte: DeralElaboração e Projeção:
Em R$ por saca de 60 kg Fonte: DeralElaboração e Projeção:
Em R$ por saca de 60 kg
de
z/1
5
217
235
267
215
316
237
413
326
493
711
418
322
347
546
750
598
766
662
439
502
335
359
395396
160
260
360
460
560
660
760
860
jan
/00
jan
/01
jan
/02
jan
/03
jan
/04
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/05
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/06
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/07
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/08
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/09
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/10
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/11
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/12
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/13
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/14
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/15
jan
/16
Milho - Bolsa de Chicago - CBOTPreço futuro 1º vencimento
Em US$ cents por bushelFonte: Bloomberg Elaboração e Projeção: Bradesco
de
z/1
6
1.791
2.1942.3492.344
2.622
2.356
2.5882.6502.5892.480
3.260
2.864
3.585
3.296
2.867
3.279
3.655
3.972
3.599
4.3114.158
4.808
5.1495.057
5.382
1.500
2.000
2.500
3.000
3.500
4.000
4.500
5.000
5.500
6.000
90
/91
91
/92
92
/93
93
/94
94
/95
95
/96
96
/97
97
/98
98
/99
99
/00
00
/01
01
/02
02
/03
03
/04
04
/05
05
/06
06
/07
07
/08
08
/09
09
/10
10
/11
11
/12
12
/13
13
/14
14
/15
*
em kg por ha Produtividade - Milho - 1991 - 2012
Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos
Fundamentos
No último relatório semestral divulgado em junho, o USDA apontou recuo dos estoques na atual safra
2015/16, contribuindo, dessa forma, para a redução da relação estoque consumo, de 23% para 21,4%. O
próximo levantamento semestral do USDA será divulgado em meados de dezembro.
A Conab divulgou em junho o 2º levantamento para a safra 2015/16 de café. A estimativa para a
produção é de 44,25 milhões de sacas de 60 quilos, um recuo de 2,4% ante a safra passada, como
efeito da estiagem que afetou negativamente as lavouras do Sudeste.
A estiagem que afetou o Sudeste entre a primavera de 2014 e início de 2015, período importante para o
desenvolvimento da planta, provocou a redução do tamanho dos grãos, o que tem consequências para a
produtividade, podendo levar à revisão baixista das estimativas de produção a serem divulgadas em
setembro pela Conab.
Apesar das preocupações com os efeitos da estiagem sobre as lavouras de café do Sudeste, os preços
do café seguem em queda desde julho, reagindo à valorização do dólar. O movimento do câmbio
impacta os preços das commodities, mas para o café o impacto do dólar valorizado é mais intenso se
comparado aos grãos, dado que o Brasil responde por 30% das exportações globais.
As leituras de temperatura no Oceano Pacífico que influenciam a região da América do Sul estão
apontando que as temperaturas seguirão acima da média histórica, porém com trajetória de
desaquecimento nos meses à frente até o final do 1º semestre do próximo ano, confirmando assim o El
Niño. Isso significa dizer que durante a florada do café, que se concentra entre setembro e outubro, o
clima estará mais chuvoso, sendo benéfico para a produtividade da próxima safra 2016/17, que começa
a ser colhida em maio. Para a região da Ásia, importante produtora de café, as leituras apontam que a
temperatura continuará subindo e atingirá o pico em dezembro, passando a desaquecer a partir de
janeiro do próximo ano. Com isso, até o final deste ano deverá ocorrer estiagem na Ásia, impactando
negativamente a produtividade das lavouras de café, cuja colheita ocorre a partir de outubro até meados
do ano seguinte.
Apesar da colheita da safra 2015/16 ainda estar em andamento, as atenções estarão voltadas para o
desenvolvimento do clima no Brasil durante o período da florada da safra 2016/17.
Os fundamentos – recuo da relação estoque consumo global e efeitos negativos do El Niño sobre as
lavouras da Ásia – apontam tendência de leve alta para os preços de café. No entanto, as cotações
internacionais devem seguir voláteis e em baixa, respondendo ao movimento da valorização do dólar.
CAFÉ – A despeito dos fundamentos de alta para os preços do café, tais como a
redução da relação estoque consumo global e os efeitos negativos do El Niño sobre as
lavouras da Ásia, as cotações internacionais devem continuar em baixa e voláteis,
respondendo ao movimento de valorização do dólar
Produção Nacional de
Café
(em mil sacas de 60 kg)
1994 – 2015
Fonte e projeção (*): Conab
Elaboração: Bradesco
CA
FÉ
6
26.000
16.800
27.500
18.860
34.547
27.170
31.100
28.137
48.480
28.820
39.272
32.944
42.512
36.070
45.992
39.470
48.095
43.484
50.82649.152
45.34244.284
11.000
21.000
31.000
41.000
51.000
61.000
94/9
5
95/9
6
96/9
7
97/9
8
98/9
9
99/0
0
00/0
1
01/0
2
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3
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4
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5
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6
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7
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8
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9
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0
10/1
1
11/1
2
12/1
3
13/1
4
14/1
5
15/1
6*
Fonte e projeção (*): Conab Elaboração: BradescoProdução Nacional de Café - 1994 - 2012mil sacas de 60 kg
Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos
Fonte: CEPEA ESALQ Elaboração: Bradesco
Preço Café Arábica
(em R$ por saca de 60 kg)
2000 – 2015
Projeção de preço: média
dos preços futuros BMF
7
Fonte: Bloomberg
Elaboração: Bradesco
Café Arábica - NYBOT Preço Futuro 1º vencimento
(em US$ cents por libra
peso)
2000 – 2015
Projeção de preço: média
dos preços futuros 115,06
63,07 65,95
67,78
99,48
127,53
96,55
131,18
152,04
108,67
142,45
204,99
272,07
180,03
150,03
117,62
197,02
134,70
25,0
75,0
125,0
175,0
225,0
275,0
325,0
jan
/00
jan
/01
jan
/02
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/03
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/06
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/07
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/08
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/10
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/12
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/13
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/14
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/15
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/16
Projeção de preço: média dos preços futurosCafé em grão - Bolsa de Nova York - NYBOT
2000 - 2010Em US$ cents por libra peso
Fonte: Bloomberg Elaboração:
de
z/1
6
223,6
104,4
239,8
337,0
230,4
291,4
245,8
269,8
247,5
282,2
328,0
530,8
457,8
387,5
408,6
247,7
366,3
424,0
529,2
90,0
140,0
190,0
240,0
290,0
340,0
390,0
440,0
490,0
540,0
590,0
jan
/00
jan
/01
jan
/02
jan
/03
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/04
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/05
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/06
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/07
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/08
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/09
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/10
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/11
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/12
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/14
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/15
Café Arábica - Preço ao Produtor - Praça São Paulo 2000 - 2012Em R$ por saca 60 kg Fonte: Cepea EsalqElaboração e Projeção: Bradesco
de
z/1
5
Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos
70.893
101.746104.974
127.236
120.133
60.000
70.000
80.000
90.000
100.000
110.000
120.000
130.000
140.000
150.000
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
Exportações Brasileiras de carne bovina - 2010 - 2012 - Em toneladas Fonte: Secex Elaboração: Bradesco
2012
2013
2014
2015
BO
I
BOI – Nos meses à frente as cotações devem se manter em elevação,
seguindo a sazonalidade até outubro, porém limitadas de um lado pelo
consumo fraco, e sustentadas de outro pela oferta restrita.
Fundamentos Apesar da leve melhora dos volumes embarcados nos últimos meses, as exportações de carne bovina
acumulam queda de 18,7% no ano até agosto, refletindo a redução de compras por parte da Rússia (-
45,5%) e da Venezuela (-45,6%), que sofrem os efeitos da retração dos preços do petróleo e da
desvalorização da moeda local ante o dólar, encarecendo as importações de carnes. A abertura dos
mercados norte-americano e chinês para as exportações brasileiras de carne bovina é positiva, mas
como ainda depende de inspeção sanitária e entrega de certificado sanitário, os efeitos mais claros
sobre as exportações brasileiras deverão ser percebidos apenas a partir do próximo ano.
A piora do mercado de trabalho e o aperto da renda do consumidor devem continuar arrefecendo o
consumo doméstico de carne bovina. O movimento de preços de carnes no atacado dá indícios de que o
consumidor está trocando o consumo de carne de 1ª por carne de 2ª e pela carne de frango. Os preços
da carne de 2ª subiram entre 25% e 28% desde o início do ano até este mês, ao passo que os preços da
carne de 1ª caíram 4%. Já os preços da carne de frango subiram quase 30%.
A oferta de boi pronto para abate continuará restrita, fruto do abate de fêmeas ocorrido em anos
anteriores. Até julho deste ano, os abates caíram 10% ante o mesmo período do ano passado. No início
deste ano, era esperada ampliação de oferta de boi nos confinamentos, mas nos meses mais recentes
as pesquisas de intenção com os confinadores estão apontando queda ou aumento muito moderado. Os
preços do bezerro ainda continuam inibindo uma ampliação mais relevante do confinamento.
Os frigoríficos estão fazendo ajustes para reduzir a capacidade instalada. Neste ano, já foram fechadas
pouco mais de 40 plantas pelo País, reduzindo assim a demanda para a compra de boi.
A ocorrência do El Niño trará mais chuvas ao Centro Sul do Brasil, favorecendo o desenvolvimento das
pastagens.
Nos meses à frente, o mercado de boi contará de um lado com pressão de alta advinda da oferta mais
restrita e de outro com a demanda doméstica arrefecida e com o baixo dinamismo das exportações.
Dessa forma, podemos esperar que as cotações sigam em alta moderada e sazonal até outubro, de um
lado limitada pelo consumo fraco e de outro sustentada pela oferta restrita.
8
Exportações
brasileiras de carne
bovina
(em mil toneladas)
2012 – 2015
FONTE: SECEX
ELABORAÇÃO: BRADESCO
Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos
Boi Gordo – Preço ao
Produtor – Praça São Paulo
(em R$ por arroba)
2002 – 2016
FONTE: CEPEA
ELABORAÇÃO: BRADESCO
9
Projeção de preço: média
dos preços futuros BMF
BOVESPA
Abate de bois
em mil cabeças
2013 - 2015
FONTE: MAPA
ELABORAÇÃO: BRADESCO
42,2
51,7
61,8
93,3
74,5
109,6106,9
90,897,0
108,4
125,2
150,7
141,5
149,3
20,0
40,0
60,0
80,0
100,0
120,0
140,0
160,0
jan
/02
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/12
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/13
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/14
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BOI GORDO PREÇO AO PRODUTOR - PRAÇA SP
Em R$ por arroba (15 kg)Fonte: Cepea EsalqElaboração e Projeção: Bradesco
de
z/1
6
2.294
2.256
2.485
2.2312.186
2.072
1.600
1.700
1.800
1.900
2.000
2.100
2.200
2.300
2.400
2.500
2.600
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
Abates mensais de boi - 2010 - 2012 - Em toneladas Fonte: Secex Elaboração: Bradesco
2013
2014
2015
Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos
222.429 223.460240.944
287.810
314.969
257.592
320.650
359.316
431.413
474.800
559.432
604.514623.905
560.364
588.916
658.822
634.767655.159
150.000
250.000
350.000
450.000
550.000
650.000
90
/91
91
/92
92
/93
93
/94
94
/95
95
/96
96
/97
97
/98
98
/99
99
/00
00
/01
01
/02
02
/03
03
/04
04
/05
05
/06
06
/07
07
/08
08
/09
09
/10
10
/11
11
/12
12
/13
13
/14
14
/15
15
/16
*
mil toneladasProdução Nacional de Cana-de-Açúcar - 1990 - 2013
Fonte e projeção : Conab Elaboração. Bradesco
AÇÚCAR E ETANOL – Apesar do recuo da relação entre estoque e consumo e
dos efeitos negativos do El Niño sobre a produtividade da Ásia, que
fundamentam um cenário de alta para os preços do açúcar, o dólar mais
valorizado deverá continuar exercendo pressão de baixa para as cotações. Já o
etanol deve seguir em alta, em função do consumo mais forte ante a gasolina
Fundamentos
Em abril, a Conab divulgou o 2º levantamento da safra 2015/16, que está em fase de processamento. A
estimativa de produção de cana foi levemente revisada para cima, passando de 654,6 milhões de
toneladas para 655,2 milhões de toneladas, refletindo a melhora de produtividade com o clima mais
chuvoso. Ante a safra anterior, é estimada uma alta de 3,2% da produção de cana. O próximo
levantamento da Conab será divulgado em dezembro.
Em maio, o relatório semestral de açúcar do USDA apontou melhor ajuste entre oferta e demanda
globais, com a relação estoque consumo passando de 26% na safra passada para 23,4% na atual.
Segundo a Unica, até meados de agosto, o volume de cana processada no Centro-Sul está no mesmo
nível registrado em igual período do ano anterior, com leve alta de 0,42%. A produção de açúcar está
8,3% mais baixa, e a de etanol anidro (misturado na gasolina) está 12,7% menor. Já a produção de
etanol hidratado está 15,2% maior para atender o forte incremento de consumo após a elevação do
preço da gasolina no início do ano.
Até julho, as vendas de etanol hidratado cresceram 40,3% ante o mesmo período do ano passado,
enquanto as vendas de gasolina caíram 5,2% no mesma base de comparação.
Apesar da oferta global mais contida, os preços do açúcar no mercado internacional estão em trajetória
de queda desde julho, refletindo a valorização do dólar. O movimento do câmbio impacta os preços das
commodities, mas para o açúcar o impacto do dólar valorizado é mais intenso dado que o Brasil é um
relevante player global e responde por 45% das exportações mundiais.
As leituras de temperatura no Oceano Pacífico que influenciam a região da América do Sul estão
apontando que as temperaturas seguirão acima da média histórica, porém com trajetória de
desaquecimento nos meses à frente até o final do 1º semestre do próximo ano. Isso indica que o El Niño
trará chuvas durante o período de desenvolvimento da cana no Brasil, podendo afetar negativamente a
produtividade, pois o excesso de chuva pode levar a menores níveis de ATR na planta. Para as regiões
da Ásia e da Oceania, as leituras apontam que a temperatura continuará subindo e atingirá o pico em
dezembro, passando a desaquecer a partir de janeiro do próximo ano. Isso significa dizer que até o final
deste ano deverá ocorrer estiagem na Ásia, impactando negativamente a produtividade da cana, cuja
colheita ocorre a partir de outubro até meados do ano seguinte.
O melhor ajuste global entre oferta e demanda e a possível quebra de produtividade na Ásia, associada
ao El Niño, fundamentam a tendência de alta para os preços internacionais do açúcar. Mas em um
cenário de dólar mais valorizado, as cotações deverão continuar pressionadas para baixo. Os preços do
etanol devem seguir em alta, em resposta ao incremento de consumo em detrimento da gasolina.
10
AÇ
ÚC
AR
E
ETA
NO
L
Produção nacional de
cana-de-açúcar
em mil toneladas
1991 – 2016
Fonte e projeção (*): Conab
Elaboração: Bradesco
Safra 15/16 Mil ton Var. Abs. Var. %
1º Levantamento Abr/15 654.613
2º Levantamento Ago/15 655.159 546 0,1%
3º Levantamento Dez/15
4º Levantamento Abr/16
Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos
1.062
1.291
1.025
1.146
1.225
1.354
1.150
1.136
1.076
1.316
1.192
1.148
1.345
910
1.010
1.110
1.210
1.310
1.410
1.510
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2m
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12
ab
r/12
mai/1
2ju
n/1
2ju
l/12
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2set/
12
ou
t/12
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2d
ez/
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r/13
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3ju
n/1
3ju
l/13
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3set/
13
ou
t/13
no
v/1
3d
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13
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mai/1
4ju
n/1
4ju
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4set/
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6m
ar/
16
em R$ por metro cúbico
Preço de Etanol Hidratado
(em R$ por metro cúbico)
2012 - 2016
FONTE: BMF BOVESPA
ELABORAÇÃO: BRADESCO
11
Preços internacionais de
açúcar
(em US$ cents por
bushel)
2000 – 2015
Projeção de preço: média
dos preços futuros
FONTE: BLOOMBERG
ELABORAÇÃO: BRADESCO
Produção nacional de
açúcar (em mil toneladas)
Produção nacional de
etanol (em mil litros)
1993 – 2016
FONTE: CONAB
ELABORAÇÃO: BRADESCO
Projeção de preço: preços
futuros BMF BOVESPA
11.700
19.380
16.020
27.500
38.168
35.968
37.878
35.560
37.283
12.692
13.078
10.518
14.640
23.007
25.763
27.595
23.640
28.66028.520
8.000
15.000
22.000
29.000
36.000
43.000
93
/94
94
/95
95
/96
96
/97
97
/98
98
/99
99
/00
00
/01
01
/02
02
/03
03
/04
04
/05
05
/06
06
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07
/08
08
/09
09
/10
10
/11
11
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12
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/14
14
/15
15
/16
*
Açúcar em mil toneladasEtanol em mil litros
Fonte e (*) Projeção: Conab Elaboração: Bradesco
Produção nacional de açúcar e de etanol 1993 – 2013
AÇÚCAR
ÁLCOOL
5,6
10,7
9,0 8,8
6,3
9,0
8,4
17,9
8,9
13,1
11,3
28,4
14,6
32,1
21,9
29,5
24,9
17,7
15,4
10,5
12,6
3,0
9,0
15,0
21,0
27,0
33,0
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jan
/01
jan
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Preços internacionais de açúcar – NYBOT – Preço futuro 1º Vencto 2000 – 2013Fonte: Bloomberg Elaboração: Bradesco
Em US$ cents por libra peso
de
z/1
6
Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos
FONTE: Bloomberg
ELABORAÇÃO: BRADESCO
Posições não
comerciais e preços
internacionais de soja
2009 - 2015
FONTE: Bloomberg
ELABORAÇÃO: BRADESCO
Posições não
comerciais e preços
internacionais de milho
2009 - 2015
FONTE: Bloomberg
ELABORAÇÃO: BRADESCO
Posições não comerciais
e preços internacionais
de café
2009 - 2015
Acompanhamento das posições não comerciais
-27264
192117
-24414
260.845
46.808
168.209
-130.404
-1070
1.613
940,8
988,5
-160.000
-120.000
-80.000
-40.000
0
40.000
80.000
120.000
160.000
200.000
240.000
280.000
0
200
400
600
800
1.000
1.200
1.400
1.600
1.800
2.000
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09
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US$ c / bushel em número de contratos
posição não comercial
preço soja
16-j
un
-09
-66.274
385.009
80.111
149.456
-113.383
58948
746,8
789,5
545,3
340,5
363,75
-300000
-200000
-100000
0
100000
200000
300000
400000
500000
150
250
350
450
550
650
750
850
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/14
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US$ cents por bushel
posição não comercial
preço milho
46.478
50.224
38.200
-15218
281,7
208,9
168,3
122,9
-30.000
-20.000
-10.000
0
10.000
20.000
30.000
40.000
50.000
60.000
70.000
-20
30
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180
230
280
330
380
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0
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1
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2
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3
jul/13
set/
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4
jul/14
set/
14
no
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4
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mar/
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5
jul/15
set/
15
Posições Não Comerciais e Preços Internacionais de café - 2007 - 2014 - Fonte: Bloomberg Elaboração: Bradesco
posição não comercial Café
16-j
un
-09
US$ c / libra em número de contratos
Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos
SO
JA
Complexo Soja
Da soja em grão produzida no Brasil, 43% do volume é exportado e 57% é destinado à moagem. O
processo de moagem resulta em 72% de farelo e 18% de óleo. Os 10% restantes são sementes e perdas.
Do farelo produzido, 50% são exportados e, do óleo, 20% são embarcados.
A soja é uma cultura de exportação, visto que o nível de produção excede o consumo em torno de 40%.
Isso significa dizer que qualquer crescimento da produção nacional gera excedente exportável.
No mercado doméstico, a soja é utilizada na fabricação de alimentos, como mortadelas e salsichas, e
cerca de 80% são utilizados na fabricação de rações. A soja responde por 25% a 30% da ração de aves e
suínos.
Países de destino
Grão: 75% China, 15% Europa, 10% outros países asiáticos.
Farelo: 70% Europa, 20% países asiáticos.
Óleo: 50% China, 20% Índia.
Sazonalidade
Safra de verão: plantio ocorre entre outubro e dezembro e colheita se concentra entre fevereiro e maio.
Regionalização
Centro-Oeste: 49%; Sul 33%; 8% Nordeste; 6% Sudeste
Ranking
O Brasil é o segundo maior player global na produção, com 30,8%, atrás dos EUA, com 31,5%, mas é o
maior exportador, com 40,7% do total, seguido pelos EUA, com 39,3%.
Retrato do mercado
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O milho é base das rações para os principais tipos de criação. Na composição das rações, o produto
representa:
64% da avicultura
65% da suinocultura
23% da pecuária de leite
Países de destino
As exportações de milho respondem por 28% do volume produzido. Os principais mercados de destino
são: 14% Japão, 13% Coréia do Sul, 8,5% Taiwan.
Sazonalidade
O milho tem duas safras:
Safra de verão: plantio ocorre entre outubro e dezembro e a colheita se concentra entre fevereiro e
maio. Representa 40% da safra total. Tem a seguinte distribuição regional: 45% Sul; 26% Sudeste; 10%
Centro-Oeste; 15% Nordeste.
Safra de inverno: plantio ocorre entre fevereiro e junho e a colheita se concentra entre julho e novembro.
Responde por 60% da safra total. Tem a seguinte distribuição regional: 64,3% Centro-Oeste; 23% Sul
(somente Paraná); 6% Nordeste (somente Bahia); 5% Sudeste.
Ranking
O Brasil é o terceiro maior produtor global, com 7% de participação no mercado e o segundo maior
exportador, com 18% de participação.
MIL
HO
Retrato do mercado
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O Brasil exporta 67% do café produzido, sendo 90% de café verde e 10% de café solúvel
A cultura de café tem elevados custos com mão de obra, que representam cerca de 52% dos custos
totais, pois a maior parte da colheita é manual.
Países de destino
Café verde: 19,3% EUA; 18,8% Alemanha; 10% Japão.
Café solúvel: 16,3% EUA; 13,5% Rússia; 6,4% Ucrânia.
Regionalização
Distribuição regional da produção de café arábica:
71,5% Minas Gerais
10,5% São Paulo
9,1% Espírito Santo
4,3% Paraná
2,8% Bahia
Distribuição regional da produção de café robusta:
75,6% Espírito Santo
12,5% Rondônia
6,7% Bahia
2,6% Minas Gerais
Sazonalidade
A florada do café ocorre entre setembro e novembro no Brasil. A colheita tem início em maio e se
estende até setembro.
Ranking
O Brasil é o maior player global, com participações de 37% na produção e de 27% na exportação. Os
demais players, como Vietnã e Colômbia, têm baixo consumo interno, ao contrário do Brasil, que
responde por 15% do consumo mundial. C
AF
É
Retrato do mercado
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O rebanho bovino nacional é estimado em quase 200 milhões de cabeças. O rebanho comercial para
abate é estimado em 40 milhões de cabeças, ou seja, este é o volume de gado em idade e peso ideais
para o abate. O restante do rebanho se divide entre vacas de leite, bezerros e boi magro.
As exportações respondem por 20% da produção nacional de carne bovina.
Países de destino
A Rússia é o principal mercado de destino das exportações brasileiras de carne bovina, com
participação de 22%. Hong Kong responde por 18%.
Regionalização
Os abates de bovinos têm a seguinte distribuição regional: 36,4% Centro-Oeste; 20,4% Sudeste; 20,1%
Norte; 12,3 Sul; 10,8% Nordeste.
Ranking
O Brasil é o segundo maior produtor global de carne bovina, com 16,9% de participação, antecedido
pelos EUA, que representam 19,1%.
O Brasil é o maior exportador mundial, com 21% do mercado.
Sazonalidade
O ciclo da pecuária bovina é longo – 2,5 anos, contando desde o nascimento do bezerro até o abate do
animal com aproximadamente 15 arrobas.
O sistema de criação de bovinos no Brasil é a pecuária extensiva, ou seja, o boi é criado solto no pasto,
alimentado à base de capim.
O sistema de confinamento, que é a criação do boi à base de ração em pequenos espaços, responde
por apenas 5% do total de abates.
A safra bovina ocorre no primeiro semestre do ano, no período de chuvas, quando há pastagens
abundantes. Com maior oferta de boi para abate, os preços do boi gordo nesse período são menores.
A entressafra bovina ocorre no segundo semestre, período da seca, quando o frio e as geadas secam
as pastagens. O boi perde peso e há menor oferta de boi para abate. No entanto, os preços se elevam
nesse período, pois a oferta é maior de boi de confinamento, cujo custo de produção é mais elevado. No
pico da entressafra (outubro) ocorre o maior abate de boi macho confinado.
Nos confinamentos há dois turnos:
1º turno: aloja o boi magro entre maio-junho e entrega em agosto-setembro
2º turno: aloja o boi magro em agosto-setembro e entrega em novembro-dezembro
BO
I
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Complexo Sucroalcooleiro
Da cana-de-açúcar produzida no Brasil, 46% se destinam à produção de açúcar e 54% à produção de
etanol.
O açúcar tem a seguinte destinação: 70% exportação e 30% mercado doméstico. O etanol tem a
seguinte destinação: 10% exportação e 90% mercado interno.
Do total de etanol produzido, o hidratado representa 55% (usado como combustível nos carros flex fuel)
e o anidro 45% (misturado à gasolina na proporção de 20% a 25%).
O açúcar é uma cultura de exportação, visto que o nível de produção excede o consumo em torno de
70%. Isso significa dizer que qualquer crescimento da produção nacional gera excedente exportável.
Países de destino
Açúcar Bruto (73% da produção) : 15% China; 8% Bangladesh;
Açúcar Refinado (27% da produção): Principais países: Países árabes e africanos;
Etanol: 60% EUA; Coreia do Sul 13%.
Sazonalidade
A cana é uma cultura perene, pois o tempo entre o plantio e a colheita da cana é de 18 meses, e da
mesma planta é possível fazer até 6 cortes, em média.
O período de colheita da ocorre entre abril e novembro. Nesse período, as usinas operam 24 horas.
Entre os meses de janeiro e março as plantas industriais são desmontadas para manutenção.
O Brasil é o único grande player mundial com safra no primeiro semestre do ano. Os demais produtores
relevantes (EUA, Europa, Índia, Tailândia e Austrália) têm início de safra a partir do segundo semestre.
Regionalização
65% Sudeste; 16,8% Centro-Oeste; 10,3% Nordeste; 7,3% Sul.
Ranking
O Brasil é o maior produtor mundial de açúcar, com participação de 22,2%. Os demais players são:
Índia 15%; União Europeia 9,2%; China 8,5%; Tailândia 6,2%.
O Brasil é o maior exportador, com participação de 46% no mercado global. Os demais exportadores
são: Tailândia 15%; Austrália 5,4%.
Os maiores produtores mundiais de etanol são: 57% EUA e 27% Brasil.
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Economia Internacional: Fabiana D’Atri / Felipe Wajskop França / Thomas Henrique Schreurs Pires
Economia Doméstica: Igor Velecico / Andrea Bastos Damico / Ellen Regina Steter / Myriã Tatiany Neves Bast / Ariana
Stephanie Zerbinatti
Análise Setorial: Regina Helena Couto Silva / Priscila Pacheco Trigo / Leandro de Oliveira Almeida
Pesquisa Proprietária: Fernando Freitas / Leandro Câmara Negrão / Ana Maria Bonomi Barufi
Estagiários: Davi Sacomani Beganskas / Henrique Neves Plens / Mizael Silva Alves/ Gabriel Marcondes dos Santos/
Wesley Paixão Bachiega/ Carlos Henrique Gomes de Brito
Octavio de Barros - Diretor de Pesquisas e Estudos Econômicos
Marcelo Cirne de Toledo - Superintendente executivo
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Equipe Técnica
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