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28/07/2015 cartamaior.com.br/detalheImprimir.cfm?conteudo_id=34089&flag_destaque_longo_curto=L http://cartamaior.com.br/detalheImprimir.cfm?conteudo_id=34089&flag_destaque_longo_curto=L 1/4 Meio Ambiente Agronegócio tem 10 vezes mais verba que a agricultura familiar em SP Flaviana Serafim CUT São Paulo (via MST) postado em: 27/07/2015 A agricultura familiar é a maior responsável pela segurança alimentar dos brasileiros, produzindo 70% dos alimentos saudáveis que chegam à mesa da população e emprego a 12,3 milhões de pessoas, segundo o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA). Entretanto, no estado mais rico do Brasil, a verba da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo representa apenas 0,5% do orçamento estadual para 2015 – ou R$ 1,129 bilhão do total de R$ 204,8 bilhões – índice que tem se repetido há anos, marcando a falta de investimentos no setor pelo governo paulista do PSDB. Outra questão é que 70% desses recursos R$ 807,4 milhões – são para o agronegócio, em projetos destinados à geração e transferência de conhecimento e tecnologias, à infraestrutura e logística, à modernização e gestão de qualidade.

Agronegócio SP Carta Maior

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Meio AmbienteAgronegócio tem 10 vezes mais verba que aagricultura familiar em SPFlaviana Serafim  ­ CUT São Paulo (via MST)

postado em: 27/07/2015A agricultura familiar é a maior responsável pela segurança alimentar dos brasileiros,produzindo 70% dos alimentos saudáveis que chegam à mesa da população e emprego a12,3 milhões de pessoas, segundo o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA). Entretanto, no estado mais rico do Brasil, a verba da Secretaria de Agricultura eAbastecimento do Estado de São Paulo representa apenas 0,5% do orçamento estadualpara 2015 – ou R$ 1,129 bilhão do total de R$ 204,8 bilhões – índice que tem se repetidohá anos, marcando a falta de investimentos no setor pelo governo paulista do PSDB. 

Outra questão é que 70% desses recursos ­ R$ 807,4 milhões – são para o agronegócio, em projetos destinados à geração e transferência de

conhecimento e tecnologias, à infraestrutura e logística, à modernização e gestão de qualidade.

 

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Arte/infografia: Maria Dias

Nos programas estaduais de agricultura voltados aos mais vulneráveis, a verba é 10 vezes menor (R$ 88,8 milhões em 2015) para fomento ao

desenvolvimento regional, fortalecimento da competividade, abastecimento e segurança alimentar (confira o infográfico).

“O governo paulista fez opção clara pelo agronegócio e hoje esse modelo está em xeque porque há um descaso com o planejamento de longo

prazo, especialmente no caso da água porque falta investimento na captação e armazenamento desse recurso”, alerta Marco Antônio Pimentel,

presidente da Federação da Agricultura Familiar do Estado de São Paulo (FAF­CUT/SP).

Para estimular a produção e garantir a comercialização, em 2011 o governo estadual criou o Programa Paulista da Agricultura de Interesse Social

(PPAIS), que determina que no mínimo 30% dos alimentos comprados por órgãos estaduais sejam da agricultura familiar.

As compras são feitas diretamente pelo governo estadual, com limite de compra de até R$ 22 mil anuais por família, e os alimentos do PPAIS são

utilizados no preparo de refeições em escolas estaduais, presídios e hospitais, entre outros.

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Arte/infografia: Maria Dias

Mas desde que o programa foi efetivado, em 2012, foram assinados somente 2,5 mil contratos com 800 agricultores familiares, gerando uma

movimentação financeira de R$ 6 milhões – o que resulta em apenas R$ 2.400 por contrato ou R$ 7.500 por família, na média, em todo o período.

Na avaliação do presidente da FAF­CUT/SP, o PPAIS surgiu para o governo estadual mostrar que tinha um programa de aquisição de alimentos

parecido com o do governo federal, mas a proposta já nasceu errada, com a lógica na produção individual das famílias e problemas de logística

“Hoje os principais clientes são as penitenciárias, mas poucos agricultores têm acesso ao PPAIS. Foi um programa feito de cima para baixo, sem

ouvir os trabalhadores rurais e sem resolver os problemas de transporte. Há erros em todos esses programas, seja estadual ou federal, mas com

o controle social é possível fazer a política ir sendo adequada, o que não ocorre em São Paulo”, afirma o dirigente.

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