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ÁLCOOL E/OU OUTRAS

PRÓ-REITORIA DE DESENVOLVIMENTO UNIVERSITÁRIOUniversidade Estadual de Campinas

Orientação às chefias nas situações de funcionárioscom problemas relacionados ao uso de

Cidade Universitária, Fevereiro de 2005

DROGASDROGAS

Elaboração:

Dr. Elson da Silva LImaDra. Renata Cruz Soares de AzevedoCoordenadores do Programa Viva Mais

Daniela MartinsOsmarina Dias AlvesPsicólogas DGRH/ DPD

Margareth Ap. de Cillo BazzoTeresa Helena Portela F. CarvalhoAssessoras PRDU e CSS/CECOM

SUMÁRIO

IntroduçãoFormas de prevençãoO que é uso nocivo ou abusivoO que é dependênciaCigarro de TabacoÁlcoolCocaína/ CrackMaconhaSolventesOpiáceosO papel da FamíliaO papel da ChefiaTratamentoComo acompanhar o tratamento

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INTRODUÇÃO

Os efeitos danosos do uso de drogas lícitas ou ilícitas no local de trabalho seestendem muito além das conseqüências nocivas para a saúde. Há hoje umconsenso de que um funcionário sob efeito de substâncias psicoativas (SPA) estámais propenso a cometer atos inseguros, se expõe mais aos riscos da falta deatenção, de concentração, da perda de reflexos, das alterações cognitivas e dehumor. Além disso, outras conseqüências como o absenteísmo (duas a oito vezesmais freqüentes entre indivíduos que usam SPA do que seus colegas), baixa qualidadedo trabalho, perda de material, atrasos, problemas no relacionamento interpessoal,solicitação excessiva do serviço médico e social devido a altos índices decomplicações clínicas, exames laboratoriais, além de conflitos familiares e acidentesde trabalho, sendo que alguns estudos apontam que em torno de 25 a 54% dosacidentes de trabalho estejam relacionados de alguma forma ao consumo de drogaslícitas ou ilícitas.

FONTE: Azevedo, RCS, 2000

Estes dados são relevantes e nos estimulam a estabelecer uma rede de auxílioa estes funcionários. É importante ressaltar que embora o consumo de substâncias

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tenha crescido nas últimas décadas, passou a ser encarado como um problema desaúde e, portanto, passível de abordagens preventivas e de tratamento, e não maisum desvio da personalidade ou um ato criminoso. Tal fato tem permitido a umasérie de funcionários explicitar suas dificuldades, possibilitando uma intervençãomais precoce e a redução dos danos decorrentes do consumo para si e para os queo cercam.

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INTRODUÇÃO

FORMAS DE PREVENÇÃO

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Alguns conceitos podem auxiliar na compreensão, detecção e adequadoencaminhamento das situações:

Prevenção primária ou universal: programas dirigidos a todos os membros deuma população, no caso os funcionários da UNICAMP. Inclui medidas de informação,medidas sociais e legais para a redução do acesso e o estímulo a alternativas delazer saudáveis.

Prevenção secundária, seletiva ou indicada: Dirigida a funcionários emespecial risco de consumo problemático de substâncias ou focalizada emtrabalhadores que já estão desenvolvendo evidência de problemas no seu padrãode uso. Aqui incluem-se o diagnóstico precoce, a orientação dirigida e a intervençãona crise.

Prevenção terciária ou terapêutica: Medidas de tratamento da dependênciapropriamente dita e redução dos danos conseqüentes ao consumo. Incluem-se aquio acesso a tratamento, diagnóstico e tratamento individualizado.

FONTE: Adaptado de Azevedo, RCS, 2000

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O QUE É O USO NOCIVO OU ABUSIVO?

É um padrão de uso que leva a prejuízos, tais como:

1 - Uso recorrente resultando em falhas em cumprir obrigações (por exemplofaltas ao trabalho);

2 - Uso recorrente em situações arriscadas (por exemplo dirigir embriagado);

3 - Problemas legais decorrentes do uso;

4 - Uso continuado apesar de problemas sociais ou interpessoais causados ouexacerbados pelo uso da substância.

FONTE: CID-10/ OMS,1993DSM-IV/ APA,1995

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O QUE É A DEPENDÊNCIA?

CRITÉRIOS GERAIS DA ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE PARA

O DIAGNÓSTICO DE DEPENDÊNCIA A QUALQUER SUBSTÂNCIA PSICOATIVA

Situação clínica com a presença de pelo menos três dos elementos:

1 - Perda de controle sobre a quantidade ou freqüência do uso;

2 - Compulsão ou desejo persistente de usar ou esforços infrutíferos para reduzirou controlar o uso;

3 - Grande parte do tempo é dedicada a obter, usar ou recuperar-se dos efeitosda substância;

4 - Abandono de atividades e interesses em favor do uso da droga;

5 - Tolerância (adaptação do organismo, necessidade de aumentar a dose paramanter o efeito ou redução do efeito com a manutenção da dose);

6 - Abstinência (presença de sinais ou sintomas quando o consumo é diminuídoou cessado).

FONTE: CID-10/ OMS,1993DSM-IV/ APA,1995

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CRITÉRIOS ESPECÍFICOS PARA DEPENDÊNCIA DO ÁLCOOL

1 - Compulsão ou desejo incontrolável de beber;

2 - Aumento da tolerância (necessidade de doses maiores para manter o efeito);

3 - Sinais e/ou sintomas de abstinência (insônia, irritabilidade, tremor, convulsões);

4 - Alívio ou evitação da abstinência com o consumo de álcool;

5 - O uso do álcool torna-se prioridade na vida do indivíduo;

6 - Perda da flexibilidade do beber, no sentido do horário (começar pela manhã)e/ou consumir em situações inadequadas;

7 - Reinstalação da dependência rapidamente mesmo após grande períodosem beber.

FONTE: Griffith Edwards

O QUE É A DEPENDÊNCIA?

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O tabagismo é dentre as dependências de substâncias lícitas, a mais comum napopulação em geral. A expectativa de vida de um indivíduo que fuma é 25% menorque a de um não fumante.

Entre as 25 doenças relacionadas ao hábito de fumar, todas são causas demorte: doenças cardiovasculares(43%), câncer (36%), doenças respiratórias(20%).Dentre as substâncias psicoativas mais utilizadas no mundo, a nicotina só perde paraa cafeína.

Atualmente, há vários métodos de tratamento disponíveis para auxiliar a cessaçãodo tabagismo, as estratégias incluem: medicação, reposição de nicotina e a formaçãode grupos terapêuticos.

CIGARRO DE TABACO

FONTE: Center for Disease Control and Prevention Cigarette Smokingand health among adults, 1993.

1. Quanto tempo depois de acordar você fuma o primeiro cigarro?

( ) de 1 a 5 minutos.....................................................................( ) entre 06 e 30 minutos.............................................................( ) entre 31 e 60 minutos.............................................................( ) mais de 60 minutos..................................................................

2. Você tem dificuldade de ficar sem fumar em locais proibidos?(cinema, igreja, biblioteca, etc)

( ) sim........................................................................................( ) não.......................................................................................

3. O primeiro cigarro da manhã é que traz mais satisfação?( ) sim........................................................................................( ) não.......................................................................................

TESTE DE FAGERSTRÖMAvalie seu grau de dependência de tabaco

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3210

10

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4. Você fuma mais nas primeiras horas da manhã do que no resto dodia?

( ) sim.........................................................................................( ) não........................................................................................

5. Você fuma mesmo quando acamado por doença?

( ) sim.........................................................................................( ) não........................................................................................

6. Quantos cigarros você fuma por dia?

( ) menos de 11...........................................................................( ) de 11 a 20..............................................................................( ) de 21 a 30..............................................................................( ) mais de 30..............................................................................

TOTAL DE PONTOS = ACIMA DE PONTOS

GRANDE DEPENDÊNCIA

11

10

10

0123

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ÁLCOOL

Apresentamos a fórmula a seguir que determina o número de unidades alcoólicasdos diferentes tipos de bebida.

Fórmula: Teor alcoólico X volume

100

10 g de álcool = 1 unidade alcoólica (padrão)

g de álcool=

Exemplificando :

Conteúdo médio de álcool nas principais bebidas consumidas

1 lata de cerveja: 350 ml1copo de chopp: 200 ml1 taça de vinho: 140 ml1 garrafa de vinho: 750ml1 dose de destilado(whisky, pinga, vodka, etc.): 50 ml1 garrafa de destilado: 750 ml

1,5 unidades1 unidades1,5 unidade

9 unidades

2-2,5 unidades30-37 unidades

5%=17 g de álcool5%=10 g de álcool12%=16 g de álcool

12%=90 g de álcool

40-50% = 20-25g de álcool40-50%=300-370 g de álcool

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ÁLCOOL

Beber se embriagando

Beber cinco ou mais doses em uma única ocasião, por mais de uma vez noperíodo de duas semanas.

Sabendo agora como as unidades alcoólicas são calculadas, confira abaixo atabela do consumo de álcool e riscos à saude de acordo com as unidades consumidas:

Embora a tabela demonstre a possibilidade do uso semanal ser de 14 unidadespara mulheres e 21 unidades para homens, esse uso não pode se feito de uma só vez.

O uso de álcool na categoria “baixo risco” está relacionado a saúde física doindivíduo ; entretanto duas latas de cerveja (3,0 unidades de álcool) podem diminuiros reflexos de quem conduz veículo automotivo, pratica esportes radicais ou que operamáquinas, aumentando o risco de acidentes.

MULHERES< 14 unidades/semana15-35 unidades/semanaAcima de 36 unidades/semana

RISCOBaixoMédioAlto

HOMENS< 21 unidades/semana22-50 unidades/semanaAcima de 51 unidades/semana

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ÁLCOOL

Abstinência Alcoólica

É um conjunto de sintomas, de gravidade variável, ocorrendo quando o indivíduoreduziu ou parou de beber, após ter bebido de forma repetida e usualmente prolongadae/ou fez uso de altas doses. A síndrome de abstinência pode ser complicada com oaparecimento de convulsões.

Os sintomas mais freqüentes são: ansiedade, insônia, irritabilidade, falta deapetite e, em casos mais graves, tremores nas mãos, alucinações ou ilusões visuais,táteis ou auditivas transitórias, agitação psicomotora e convulsões. O quadro podeevoluir para o delirium tremens que tem risco de óbito de 5% quando não tratado.

Não se deve usar álcool pessoas nas seguintes condições:

Portadores de doença hepática ou mental.

Quem faz uso de medicamentos como antibiótico, analgésico, calmante, pílula paradormir ou medicamentos de uso contínuo (diabetes, hipertensão, cardio-circulatório, etc).

Pessoas com história pessoal de problemas com bebida.

Se estiver grávida, considerando a hipótese de engravidar ou amamentando.

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COCAÍNA / CRACK

Intoxicação por Cocaína / Crack

As alterações de comportamento ou psicológicas mais freqüentes são:

euforia, mudanças na sociabilidade, aumento na atenção com desconfiança, podendochegar a idéias paranóides de estar sendo observado ou perseguido, ansiedade, tensão,comportamentos estereotipados, julgamento prejudicado, funcionamento social ouocupacional prejudicado, rapidez na fala e sensação de aumento de disposição,podendo chegar à inquietação.

Do ponto de vista físico, pode ocorrer: taquicardia, dilatação das pupilas, aumentoda pressão sanguínea, perspiração ou calafrios, náuseas ou vômitos, evidências deperda de peso, agitação motora, depressão respiratória, dor torácica ou arritmias,confusão mental e convulsões.

Abstinência de Cocaína / Crack

Sintomas que podem surgir após a parada ou nos dias que se seguem a umepisódio de uso intenso: sintomas depressivos, humor disfórico, fadiga, sonhos vívidose desagradáveis, hipersonia, aumento do apetite, retardo ou agitação psicomotora.

FONTE: DSM-IV (1995).

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Os efeitos mais comuns são:

Gerais - relaxamento, euforia, pupilas dilatadas, conjuntivas avermelhadas, bocaseca, aumento do apetite, rinite/faringite;

Neurológicos - comprometimento da capacidade mental (concentração, atençãoe memória de fixação) percepção alterada, alteração da coordenação motora;

Cardiovascular - taquicardia, aumento da pressão arterial;

Psíquico - despersonalização, ansiedade, alucinações, ilusões;

Uso crônico - distúrbios respiratórios, síndrome de dependência, diminuiçãoreversível ou não das capacidades cognitivas, letargia, alterações de fertilidade e libido.

MACONHA

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SOLVENTES

São substâncias voláteis, presentes em uma série de produtos, tais comoaerossóis, vernizes, tintas, cola de sapateiro, esmaltes e removedores. Estão entreas drogas mais utilizadas pelos adolescentes. Nas intoxicações pode haver depressãorespiratória, arritmias cardíacas, convulsões e coma. O uso crônico pode produzirempobrecimento cognitivo.

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OPIÁCEOS

São substâncias naturais (ópio, morfina, codeína), semi-sintéticos (heroína,onicodorna) ou sintéticas (metadona, meperidina, fentanil) com potente açãodepressora do sistema nervoso central.

A intoxicação pode produzir diminuição das pupilas, depressão respiratória e coma.

No Brasil, seu uso é pouco difundido, todavia, há um grupo profissional emespecial risco para utilização dessas substâncias que são os profissionais de saúde,principalmente os que trabalham em ambiente hospitalar e têm fácil acesso aesses produtos.

Isto tem preocupado os profissionais de saúde, o que gerou uma iniciativa pioneirado Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo de formar a “Rede deApoio a Médicos Dependentes”, que se propõe a atender esta população.

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A família tem um papel central na prevenção e no tratamento dos transtornosrelacionados ao uso de drogas.

Do ponto de vista preventivo, contribuindo como um modelo saudável comrelação ao uso de substâncias psicoativas, principalmente com relação a seucomportamento sobre uso de drogas lícitas como álcool, tabaco e medicamentos.Além do exemplo, a família deve favorecer o diálogo e a informação nos temas queenvolvem o consumo de drogas.

Do ponto de vista de tratamento, a detecção precoce das situações de risco, alémdo apoio firme e afetuoso, desempenham papel central no percurso de tratamento.

A busca de orientação profissional é salutar, quando os familiares não se sentemsuficientemente preparados para lidar com a situação.

O PAPEL DA FAMÍLIA

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O PAPEL DA CHEFIA

Como chefe de alguém que apresenta problemas relacionadosao uso de álcool e/ou outras drogas, o que significa ser ÉTICO?

Ser ético é:

tratar o funcionário que apresenta esses problemas com respeito;

agir com base no conhecimento científico sobre o assunto, com segurançae ponderação;

não se deixar levar por preconceitos ou pela impulsividade;

evitar comentar o assunto de forma desrespeitosa;

saber dar limites sem ameaçar, ofender ou ridicularizar o funcionário.

Por isso, os funcionários que tenham problemas de saúde relacionados ao usode álcool ou outras drogas devem receber o mesmo tratamento que aqueles quepossuem outros problemas de saúde e não deverão ser objeto de discriminação.

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Qual o papel da chefia mediante as situações de funcionários que usamálcool e/ou outras drogas?

As chefias são consideradas um dos principais alicerces sobre os quais umprograma bem sucedido de prevenção é implementado e administrado. É de funda-mental importância que estejam preparadas para orientar seus funcionários.

De maneira geral, é papel das chefias observar e auxiliar no aperfeiçoamento dodesempenho de seus funcionários no trabalho, documentar tanto os aspectosproblemáticos, quanto os bem sucedidos e implementar efetivamente as políticas eos programas da instituição.

Quando se descobre que algum funcionário usa álcool e/ou outras drogas, oque eu, como chefe, POSSO FAZER?

Primeiramente converse com o funcionário, mas evite confrontá-lo caso ele estejaembriagado ou drogado.

Mostre a ele, que o seu comportamento está prejudicando o rendimento dotrabalho, devido ao aumento do número de faltas e atrasos, aumento dos pedidos de

O PAPEL DA CHEFIA

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licenças médicas, problemas na relação com os colegas, aumento dos acidentes detrabalho, piora na aparência, falta de motivação no dia-a-dia, além do comportamentoalterado, quando está sob os efeitos de alguma substância.

Ofereça ajuda, encaminhe-o para tratamento médico.

E se o funcionário continuar RESISTENTE?

Um aspecto importante e polêmico, a ser enfrentado pelas chefias ao tentarfazer um encaminhamento para tratamento é a abordagem do funcionário resistente.

Quando se observa resistência do funcionário em assumir seu problema com oálcool e/ou outras drogas, a chefia é autorizada a disciplinar ou até a remover otrabalhador intoxicado do seu posto de trabalho.

Entretanto, se a chefia se baseia somente em evidências como odor alcoólicoou aparência de intoxicação, sem ter contextualizado questões relacionadas tambémao comportamento do funcionário, tais como: faltas, atrasos e inadequações; apossibilidade de confrontação positiva fica prejudicada, pois o funcionário pode alegarque não há provas.

Dessa maneira, recomenda-se que a chefia sempre documente os problemas

O PAPEL DA CHEFIA

O PAPEL DA CHEFIA

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apresentados, buscando registrar as situações objetivas observadas, pois assim ofuncionário não terá como contestar o fato. O funcionário deve dar ciência no documento.Caso ele se recuse, o documento deve ser assinado por duas testemunhas.

Quais são as MEDIDAS ADMINISTRATIVAS que posso utilizar caso meufuncionário não aceite nenhum tipo de tratamento e continue vindo intoxicado?

As medidas administrativas devem ser aplicadas a todos os funcionários que secomportem de maneira inadequada no trabalho, independente de ser usuário deálcool e/ou de outras drogas.

1 - No caso do funcionário comparecer intoxicado durante o trabalho, o queé considerada uma falta grave, ele deve ser encaminhado para o Pronto Socorroou para o CECOM, para avaliação médica. Ele não pode permanecer trabalhandonessas condições.

2 - Se ele resistir a ajuda médica, deve-se entrar em contato com algumfamiliar, avisando que ele está sendo encaminhado para casa por não apresentarcondições de trabalhar. Nesta situação, ele deverá receber falta justificada integralou parcial, dependendo do momento do dia em que comparecer nessas condições.

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O PAPEL DA CHEFIA

3 - O funcionário deverá ser informado de que seu caso será documentado noProcesso de Vida Funcional.

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O PAPEL DA CHEFIA

Como chefia, não me sinto seguro quanto ao como falar com meu funcionário.QUEM PODE ME AJUDAR?

Nem todas as chefias se sentem confortáveis e estão preparadas para lidar com otema do uso nocivo de substâncias no local de trabalho. Além disso, a política e osprocedimentos de um programa de prevenção poderão ser um território completamentenovo e desconhecido para a maioria das chefias, por isso busque ajuda junto a DGRH/DPD.

A DPD/DGRH tem como papel orientar as chefias acerca de quaisquer dificuldadesque encontrem em relação às condutas administrativas e gerenciais que estão sobsua responsabilidade.

Sendo assim, caso você tenha dúvidas ou precise de alguma orientaçãoespecífica, entre em contato com as psicólogas da DPD/DGRH através dos ramais84864 ou 84865.

No HC, entre em contato com a Área de Desenvolvimento de Pessoal, atravésdos ramais 87032 ou 87635.

No CAISM, procure a Seção de Apoio e Desenvolvimento Profissional atravésdos ramais 89479 ou 89415

O PAPEL DA CHEFIA

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FONTE: Cartilha Grea/ Produsp “Uso de drogas por funcionários. O que o chefe tem haver com isso?”

Martins, D.A.Programas de Prevenção ao alcoolismo no trabalho. In: Guimarães:, L.A.M.

GRUBITS, S. Série Saúde Mental e Trabalho. Vol. 2, Campinas: Ed. Casa do Psicólogo, 2004.

TRATAMENTO

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Como agendar CONSULTA no CECOM?

O CECOM oferece tratamento ambulatorial relacionado ao uso abusivo de álcool,tabaco ou outras drogas, para todos os funcionários, docentes e alunos. O atendimentoé feito através de acolhimento psicológico, de 2ª a 6ª feira, das 7:00 às 19:00h., comencaminhamento ao psiquiatra e/ou psicólogo, no mesmo dia, se urgente, ou agendado.

Todas as 5ª feiras, às 8:30h.,sala 14, o grupo multidisciplinar realiza o atendimentode grupo aos alcoolistas, sem a necessidade de inscrição.

Entretanto, existem outras instâncias externas para encaminhamento e tratamento(AA, NA, CRIAD, Amor Exigente, postos de saúde, CEAMA, médicos particulares, clínicasparticulares, entre outros), que também podem ser utilizadas pelo funcionário, comoele preferir.

Os familiares serão contactados pelo serviço, quando necessário.

Como deve ser o ENCAMINHAMENTO para tratamento?

As instâncias de tratamento podem ser acessadas pelas seguintes formas deencaminhamento:

TRATAMENTO

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a) Procura espontânea: o próprio funcionário pode procurar o Serviço deAtendimento ao Usuário do CECOM para agendar a consulta, não havendonecessidadede nenhum encaminhamento prévio.

b) Encaminhamentos informais: a chefia conversa com seu funcionário e orienta-o abuscar tratamento no CECOM, sem registrar oficialmente esse encaminhamento.Posteriormente, a chefia deve continuar atenta e em contato com o funcionário paraacompanhar os resultados desse processo.

c) Encaminhamentos formais: são utilizados quando é necessária uma intervençãoexterna. Nesses casos a chefia já conversou com o funcionário, mas não observounenhuma mudança no seu comportamento. O procedimento recomendado pede quea chefia confronte o funcionário novamente acerca de seus problemas no trabalho,encaminhe-o ao tratamento no CECOM, e documente os fatos.

TRATAMENTO

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O funcionário que eu encaminhei para tratamento estava indo bem, masagora voltou a beber. O que pode estar acontecendo? O QUE FAZER?

É freqüente que um paciente após um tempo de abstinência tenha uma recaída(volte a beber ou usar a droga). Isto faz parte de sua doença.

Não desanime. Estimule-o a se manter em tratamento e não desistir.

Tome as medidas administrativas que forem necessárias.

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A recaída significa que o tratamento não deu certo?

Não necessariamente, mas demonstra a necessidade de uma investigação maisprofunda da situação do indivíduo, a fim de prevenir a recaída.

Pode servir como aprendizado ao paciente, demonstrando que ele não temcontrole sobre o uso da substância.

TRATAMENTO

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COMO ACOMPANHAR O TRATAMENTO

O que eu posso saber sobre o funcionário que eu indiquei para tratamentono CECOM?

As informações que o médico ou as psicólogas podem dar às chefias sobre otratamento do funcionário são limitadas à declaração de comparecimento.

Isto ocorre devido a implicações que este fato pode ter no tratamento, comoperda de confiança nos profissionais por parte do paciente (funcionário) e tambémporque estes profissionais têm um compromisso ético de sigilo sobre as informaçõesdadas pelo paciente (funcionário).

Meu funcionário preferiu fazer tratamento fora da Universidade. Como possosaber que ele está indo às consultas?

O funcionário pode escolher se tratar dentro ou fora da Universidade, como elepreferir. Entretanto, se ele estiver fazendo o tratamento em instâncias externas àUniversidade, durante o horário de trabalho, deve-se pedir uma declaração decomparecimento. Quando o tratamento é feito no Cecom, ele receberá,invarialvelmente, a declaração de comparecimento a cada sessão realizada.

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COMO ACOMPANHAR O TRATAMENTO

É importante que eu acompanhe o tratamento do meu funcionário?

Sim. Um chefe que se interessa pelo tratamento estimula o funcionário afreqüentá-lo. Exigir declarações de comparecimento ao tratamento, reconhecer evalorizar as melhoras do funcionário podem influenciar positivamente os resultadosdo tratamento.

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS

ReitorCarlos Henrique de Brito Cruz

Coordenador Geral da UniversidadeJosé Tadeu Jorge

Pro-Reitor de Desenvolvimento UniversitárioPaulo Eduardo Moreira Rodrigues da Silva

GRUPO DE TRABALHO “VIVA MAIS”

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MembrosAna Cristina MullerDaniela MartinsDr. Carlos Alberto SoffiattiDr. Elson da Silva LimaDrª. Renata Cruz Soares de AzevedoDrª. Maria Elenice Quelho AreiasElena Gomes Ferreira RibeiroElisabe Lourdes de Souza ChinaliaEnfª. Adriana Safioti de ToledoIldene BerezovskyJorge Nicolas LopezJosé Julião Marques JúniorJucemary Simplicio de AraújoLaura Helena HoffmannLoide de Souza MafraMargareth Ap. de Cillo BazzoMaria José Faria Eleutério

Maria Luisa Fernandes CustódioNeise Barbosa T. LauremannOsmarina Dias AlvesProf. Dr. Claudio Eduardo Muller BanzattoProf. Dr. Edison BuenoProf. Dr. Marco Aurélio CremascoProf. Dr. Sigisfredo Luis BrenelliProfª. Dra. Eloísa Helena Rubello Valler CeleriProfª. Maria de Lourdes Z. GiraldelloProfª. Marialice NogueiraRonald Alexandre GiraldeliRosa Maria BernardesSandra Regina da Silva FernandesSonia Maria PereiraTânia Laura GarciaTânia Regina Savassi SivieroTeresa Helena Portela F. Carvalho

PresidenteProf. Dr. Paulo Eduardo M. Rodrigues da Silva