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matéria Estadão

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Page 1: Allard 1

DIRETO DA FONTESONIA RACY

JOÃO MIGUEL/TV GLOBO

PAULO GIANDALIA/AE

2.

estadão.com.br/diretodafonte

1. Sergio Chaia,no lançamento dolivro de FernandaYoung. 2. ElenLeirner e 3. CarolMartins tambémprestigiaram.4. A autora. An-teontem, no MIS.

1.

“Só a criatividadesalvará o mundo”Pouco antes do acordo na Jus-tiça, que liberou o Grupo Al-lard, esta semana, a construirum “ trade art center” giganteno lugar do antigo HospitalMatarazzo (pelo qual pagouR$ 117 milhões), Alex Allard fa-lou à coluna sobre seu sonho.Com direito a teatro no subso-lo, lojas artesanais, hotel e es-critórios. Tudo dentro deuma área de 4 hectares.

“Conheci o Brasil há 23 anos,com um amigo que me apre-sentou de Toquinho a ChicoBuarque, passando pela casade Caetano Veloso, onde mehospedei. E me apaixonei peloPaís. Desde então, tento fazeralgo por aqui”, conta o empre-sário, nascido em Washing-ton, criado na Costa do Mar-fim e radicado em Paris. Suaambição não é pequena: o pro-jeto, de R$ 1 bilhão, inclui atéteatro subterrâneo, cercadode lojas artesanais, hotel e es-critório. Desenho arquitetôni-co de Philippe Starck, sendoque a capela será reformadapor... Jean Nouvel.

Foram muitas idas e vindasaté que a Previ acertasse osponteiros da venda do imóvel,abandonado há quase 20 anos.

A seguir, os principais tre-chos da conversa.

● O Grupo Allard tem negóciosem boa parte do mundo...Tive muita sorte ao criar mi-nha primeira empresa, ainda jo-vem. E hoje temos negócios naRússia, nos EUA, na China, emmuitos lugares. Mas sempreacreditei no potencial dos paí-ses do hemisfério sul, princi-palmente o Brasil. Queria fa-zer algo diferente aqui – por-que acho que o Brasil pode fa-zer diferença no mundo. Te-nho certeza de que o país será

o que a Europa e os EstadosUnidos foram nos anos 60.

● Isso é uma visão pessimistado primeiro mundo?Tem gente que me acha malu-co – e eu sou mesmo (risos).Mas a realidade é que o plane-ta está morrendo. Temos de-mocracia – falando de modogeral –, ela funciona, mas nãoestá nos levando a lugar al-gum. Do ponto de vista religio-so, a oposição entre islamismoe cristianismo nunca estevetão grande. Politicamente,tem-se gastado mais dinheiroem suítes de hotel do que em

ações que melhoram a vidadas pessoas. No campo econô-mico idem: toda vez que se fa-la em reorganizar o sistemabancário, por exemplo, é umagrita. Estão levando o mundopara o colapso. A verdade éque o dinheiro manda, e esta-mos perdendo o respeito porquem trabalha. Estamos sen-do governados por gente dosistema financeiro, que dita asregras. O mundo está ficandodesumanizado. Estamos per-dendo a noção de nossos cin-co sentidos. Só que o mundo,para ser salvo, depende deles eda nossa criatividade.

● O que é a economia positivade que você tanto fala?É uma economia que respeitao talento das pessoas – o capi-talismo nos ensina (e talvez se-ja a única coisa boa que nos en-sina) a respeitar o trabalho,respeitar mais quem trabalhamais. É a utilização da geniali-dade, do talento, em prol da co-letividade, da sociedade. Issorepresenta valor para todos.

● E como fazer isso?Com projetos como este quevamos fazer aqui. Na França,por exemplo, temos um centrodo tipo dedicado inteiramente

à sociedade. Para fazer de Pa-ris uma capital da arte. Lá,quando falei a respeito do pro-jeto, encontrei muita genteconservadora. Aliás, eu sou umproblema para pessoas conser-vadoras (risos). Só que o custopara o estado e para a socieda-de é zero. Qual o retorno? Co-mo o objetivo é dar oportuni-dade e liberdade às pessoas, es-sa iniciativa gera respeito, for-ça, valor para as empresas. E apessoa que recebe algo assimquer devolver o que ganhou –é um multiplicador de açõescriativas e benéficas. Eis a eco-nomia positiva em ação.

● O que mais agrada no Brasil?No decorrer dos últimos cincoséculos, o Brasil criou uma co-munidade (não digo perfeita,claro) que aprendeu a lidarcom as diferenças. Fantástico.Por exemplo: aqui vocês têmuma imensa colônia libanesa.Nova York também tem. Maslá, os libaneses falam árabe.Aqui, fui conversar com o pre-feito, Kassab, e ele não sabe fa-lar árabe. Isso demonstra algoimportante: as pessoas que vi-vem no Brasil são brasileiras,apesar de pertencerem a diver-sas etnias. Essa característica,para mim, é um modelo para omundo. E o ambientalismo?Embora as empresas brasilei-ras ainda não sejam um exem-plo de boa gestão nesse aspec-to, quando o Brasil fala sobremeio ambiente, o mundo ouve.

● E por que escolheu este lugarem São Paulo?Há cerca de seis anos, pedi auma equipe na França para en-contrar lugares para investir ecriar o futuro. Lugares compassado, com raízes. Ah, e quefossem grandes, para que eupudesse fazer centros cultu-rais e de criação, para reunirgente do mundo inteiro.

● O lugar está abandonado hámuitos anos. Por que acha queninguém teve esta sua ideia?Costumo dizer que eu tiveuma visão de futuro. Umaideia pode se perder no tempo,uma visão não, principalmentepela principal razão por que es-tou aqui: acredito no Brasil. Éum país canibal, que se alimen-ta de todas as culturas. Comose fosse uma máquina: você co-loca todo tipo de cultura deum lado e, do outro, sai algosimplesmente original.

● Quais os planos?Vamos recuperar e renovar osprédios e criar um lugar ondepossamos reunir desde peque-nos artesãos até os maiores ar-tistas do mundo. Será um “tra-de art center”. E estará abertoao público. Teremos galerias,salas de exposição, de música,cinemas, estúdios. E um hotel,para que os visitantes possamestar no lugar, ficar lá.

● É algo que não existe em SP.Claro que não existe. Senão,por que fazê-lo? (risos) Já con-versamos com muitos artistasbrasileiros – cujos nomes ain-da não posso divulgar – e te-mos como parceira uma em-presa de arquitetura brasileira,a Königsberger Vannucchi...eles são mais doidos do que eu(risos). O Jean Nouvel tambémestá envolvido. Ah, e o diretorcriativo do espaço será Philip-pe Starck. Porque a missão éaguçar a criatividade das pes-soas, abrir suas mentes, fazercom que elas saiam de lá pen-sando em cultura e em comoser mais criativas. Para mim,não há nada mais lindo do queisso. Chego mesmo a chorar.Nada é mais poético do que osentido de criatividade – por-que é a razão de ser da humani-dade, é a única maneira de sal-var o mundo e a nós mesmos.

3.

ColaboraçãoDaniel Japiassu [email protected]

Marilia Neustein [email protected] D’Elia [email protected]

Thais Arbex [email protected]

AndersonSilva treinouRonaldo semdar moleza,sexta, no Rio.A cena seráapresentadano Fantásticodeste domingo.

Sem trégua

Aguerraporcausadopolêmicoprojeto da nova Lei Orgânicada AGU não tem fim. Advoga-dos públicos federais entraramcomaçãonoSupremoparaten-tar barrar a proposta, enviadaao Congresso pela Casa Civil.

Eles são contra a possibilida-de de profissionais sem con-cursoassumirem postos de co-mando no órgão.O jurista Cel-so Antonio Bandeira de Mel-lo e Carlos Velloso, ex-presi-dente do STF, apoiam a causa.

Terceirização?Tony Blair – contratado peloMovimento Brasil Competiti-vo para prestar consultoria aoEstado de São Paulo – sondoua McKinsey para ajudá-lo.

O MBC acertou pagamentode R$ 12 milhões para tanto.

AbstençãoO cardeal dom Odilo Sche-rer, arcebispo metropolitanode SP, não votou no domingo.

Foi a Roma, onde participa deencontro do qual é o organiza-dor: o Sínodo dos Bispos – reu-nião do papa Bento XVI combispos de todo o mundo.

Sarney na ABLA ABL reforça segurança paravisita de Sarney, amanhã.Quando abre a exposição emhomenagem aos 80 anos doacadêmico Eduardo Portella.

SuspenseEntra em pauta hoje, no Cade,a fusão entre Gol e Webjet.

Para titiaNa segunda-feira, Serra fezquestão de passar pela Mooca.Para visitar sua tia Teresa – quecompletou 92 anos.

Tia Carmen também estava.

FOTOS JUAN GUERRA/AE

Alex Allard posa,orgulhoso, no antigoprédio do Hospital

Matarazzo – que serátransformado em

complexo imobiliáriode R$ 1 bilhão.

4.

Blog: Sofia Patsch [email protected]

Por que só eles?

E a indústria está com inveja dasnovas regras tributárias para omercado automotivo.

Setores da linha branca e móveisquerem também um “turbina-dor de crédito de IPI”.

Haja glitterA T4F está lidando com um “con-gestionamentodedivas”.Apósrece-ber Liza Minnelli, a empresa trazLady Gaga, que se apresenta nomesmo dia (9 de novembro) deJossStone.Aprimeira,noMorum-bi;asegunda, noCredicard Hall.

Para fechar o duelo, Madonnachega em dezembro.

Glitter 2O show de Madonna, aliás, vemimpressionando bastante o pú-blico, por onde passa. A rainhado pop dança muito mais do queem sua última turnê.

Pontos altos? Like a Virgin e Ex-press Yourself – música em queprovoca Lady Gaga.

Bom filhoDireto da Polônia, onde a sele-ção brasileira está concentradapara os próximos dois amisto-sos, Andrés Sanchez manda re-cado: ouviu de Kaká que o cra-que está muito confiante nestasua volta à equipe.

POLAROID•••

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D2 Caderno2 QUARTA-FEIRA, 10 DE OUTUBRO DE 2012 O ESTADO DE S. PAULO