Aluno Ssur Dos

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    Presidente da RepblicaLuiz Incio Lula da Silva

    Ministro da EducaoFernando Haddad

    Secretrio ExecutivoJos Henrique Paim Fernandes

    Secretria de Educao EspecialClaudia Pereira Dutra

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    ministrio da educaos e epl

    Braslia 2006

    Saberes e prticas

    da incluso

    dvlv pp

    p l

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    FICHA TCNICA

    Coordenao GeralSEESP/MEC

    ConsultoriaMaria Salete Fbio Aranha

    Reviso Tcnica

    Francisca Roseneide Furtado do MonteDenise de Oliveira Alves

    Reviso de TextoMaria de Ftima Cardoso Telles

    Saberes e prticas da incluso : desenvolvendo competncias para o atendimento snecessidades educacionais especiais de alunos surdos. [2. ed.] / coordenao geralSEESP/MEC. - Braslia : MEC, Secretaria de Educao Especial, 2006.116 p. (Srie : Saberes e prticas da incluso)

    1. Competncia pedaggica. 2. Educao dos surdos. 3. NecessidadesEducacionais. 4. Educao dos surdos. I. Brasil. Secretaria de Educao Especial.

    CDU: 376.014.53CDU 376.33

    Dados Internacionais de Catalogao na Publicao (CIP)

    Srie: SABERES E PRTICAS DA INCLUSO

    Caderno do Coordenador e do Formador de Grupo

    Recomendaes para a Construo de Escolas Inclusivas

    Desenvolvendo Competncias para o Atendimento s NecessidadesEducacionais Especiais de Alunos Surdos

    Desenvolvendo Competncias para o Atendimento s Necessidades

    EducacionaisEspeciaisdeAlunoscomDecinciaFsica/neuro-motoraDesenvolvendo Competncias para o Atendimento s NecessidadesEducacionais Especiais de Alunos com Altas Habilidades/Superdotao

    Desenvolvendo Competncias para o Atendimento s NecessidadesEducacionais Especiais de Alunos Cegos e de Alunos com Baixa Viso

    AvaliaoparaIdenticaodasNecessidadesEducacionaisEspeciais

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    Prezado (a) Professor (a),

    A Educao Especial, como uma modalidade de educao escolar que perpassatodasasetapasenveisdeensino,estdenidanasDiretrizesNacionaisparaa Educao Especial na Educao Bsica que regulamenta a garantia do direitode acesso e permanncia dos alunos com necessidade educacionais especiais eorienta para a incluso em classes comuns do sistema regular de ensino.

    Considerando a importncia da formao de professores e a necessidade de

    organizao de sistemas educacionais inclusivos para a concretizao dos direitosdos alunos com necessidade educacionais especiais a Secretaria de EducaoEspecial do MEC est entregando a coleo Saberes e Prticas a Incluso,que aborda as seguintes temticas:

    . Caderno do coordenador e do formador de grupo.

    . Recomendaes para a construo de escolas inclusivas.

    . Desenvolvendo competncias para o atendimento s necessidadeseducacionais especiais de alunos surdos.

    . Desenvolvendo competncias para o atendimento s necessidadeseducacionais especiais de alunos com deficincia fsica/neuro-motora.

    . Desenvolvendo competncias para o atendimento s necessidadeseducacionais especiais de alunos com altas habilidades/superdotao.

    . Desenvolvendo competncias para o atendimento s necessidadeseducacionais especiais de alunos cegos e com baixa viso.

    . Avaliaoparaidenticaodasnecessidadeseducacionaisespeciais.Desejamos sucesso em seu trabalho.

    Secretaria de Educao Especial

    Apresentao

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    SECRETARIA DE EDUCAO ESPECIAL

    O quadro a seguir ilustra como se deve entender e ofertar os servios de

    educao especial, como parte integrante do sistema educacional brasileiro,

    em todos os nveis de educao e ensino.

    (Parecer CNE/CEB N2/2001)

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    Sumrio

    Introduo

    Conhecendo a Surdez: anatomia e funciona-

    mento do sistema auditivo, conceitos e classifi-

    caes

    Conhecendo os Dispositivos de Amplificao

    Sonora: A.A.S.I., implante coclear e sistemaF.M.

    Conhecendo Concepes e Paradigmas do Trato

    Surdez e discutindo Processos e Propostas

    de Ensino (Educao Monolnge e Educao

    Bilnge)

    Sensibilizando o Professor para a Experincia

    com a Surdez

    A Singularidade dos Alunos Surdos Expressa

    na Leitura e na Produo de Textos: ensino e

    avaliao

    Da Identificao de Necessidades Educacionais

    Especiais s Alternativas de Ensino

    Desenvolvendo Interaes Sociais e Construindo

    Relaes Sociais Estveis, no Contexto da Sala

    Inclusiva

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    DESENVOLVENDO COMPETNCIAS PARA O ATENDIMENTO S NECESSIDADES EDUCACIONAIS ESPECIAIS DE ALUNOS SURDOS

    Introduo

    FINALIDADE

    Favorecer condies para que professores e especialistas em educao possam

    identicareatendersnecessidadeseducacionaisespeciaisdealunossurdos,

    presentes na escola comum do ensino regular na educao de jovens e adultos

    no que se refere ao ensino e ao uso da Lngua Portuguesa e ao uso da Lngua de

    Sinais.

    EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM

    Aonaldestemdulo,oprofessordeversercapazde:

    1. Identicarascaractersticasbsicasqueconstituemoquadrodasurdez.

    2. Dissertar sobre as possveis implicaes da surdez para o processo de ensino

    e aprendizagem.

    3. Dissertar sobre o valor da reabilitao oral, o uso dos dispositivos de

    amplicaosonora(A.A.S.I.,implantecoclearesistemadefreqncia

    modulada F.M.) e as condies bsicas de seu funcionamento, cuidados,

    manuteno, problemas e providncias.

    4. Dissertar criticamente sobre as diferentes concepes e paradigmas queatualmente coexistem no trato da aprendizagem das lnguas pelo surdo e das

    formasdecomunicao(monolingismoebilingismo).

    5. Dissertar sobre os processos e propostas de ensino a serem adotados nas

    diferentes reas

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    do conhecimento, em funo das peculiaridades que caracterizam o aluno surdo

    (educaomonolngeeeducaobilnge).

    6. Dissertar sobre a singularidade dos alunos surdos, expressa nas atividades

    de leitura e de produo de textos.

    7. Avaliar criticamente a leitura e a produo de textos do aluno surdo.

    8. Fazeraanlisedoprocessodeensinoeaprendizagemparaidenticarseus

    pontos crticos, bem como as necessidades educacionais especiais mais

    comumente manifestadas pelo aluno surdo e pelo hipoacsico.

    9. Perante casos apresentados, elaborar propostas de trabalho para o ensino

    da leitura e da produo de textos, incluindo exemplos sobre as adaptaes

    curriculares necessrias.

    10. Planejar e implementar ajustes de pequeno porte: organizacionais, de

    objetivos, de contedos, de mtodos e de procedimentos, de temporalidade e

    deavaliao,observandoasespecicidadesdecadareadoconhecimento.

    11. Identicarimplicaesdasurdezparaoestabelecimentoderelaessociais

    estveis.12. Identicarestratgiasdeaovoltadasparaodesenvolvimentodeinteraes

    sociais e de relaes sociais estveis no contexto da sala inclusiva.

    CONTEDO

    1. Conhecendo a surdez: (epectativas 1 e 2)

    rgos do sistema auditivo e seu funcionamento.

    Conceitoseclassicaodosdiferentesgrausdesurdez.

    Caracterizao dos educandos de acordo com o grau da perda e asimplicaes para o seu desenvolvimento.

    2. Dispositivosdeamplicaosonora:(epectativa 3)

    Aparelhodeamplicaosonoraindividual(A.A.S.I.)

    Sistemadefreqnciamodulada-F.M.

    Implante coclear

    3. Concepes e paradigmas sobre a surdez: tendncias e controvrsias entre

    monolingismoebilingismo(epectativa 4)

    4. Processosepropostasdeensino:educaomonolnge(LnguaPortuguesa)

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    ebilnge(LnguaPortuguesaeLnguadeSinais)(epectativa 5)

    5. Anlise das peculiaridades no processo de ensino e de aprendizagem de alunos

    surdos (epectativas 6, 7, 8 e 9)

    6. Anlise da produo de texto do aluno surdo, formas de interveno e de

    avaliao compreensiva (epectativa 8)

    7. Ajustes de pequeno porte: organizacionais, de objetivos, de contedos, de

    mtodos e procedimentos, de temporalidade e de avaliao, observando as

    especicidadesdecadareadoconhecimento(epectativa 10)

    8. Implicaes da surdez para o desenvolvimento de relaes sociais estveis do

    aluno surdo em ambiente inclusivo (epectativa 11)

    9. Estratgias de ao voltadas para o desenvolvimento de interaessociais e de

    relaes sociais estveis no contexto da sala inclusiva (epectativa 12).

    REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

    Brasil (1997). Programa de Capacitao de Recursos Humanos do Ensino

    Fundamental Deficincia Auditiva, volume I. Srie Atualidades

    Pedaggicas 04. Braslia: MEC/ SEESP.

    Brasil (1997). Programa de Capacitao de Recursos Humanos do EnsinoFundamental - A Educao dos Surdos, volume II. Srie Atualidades

    Pedaggicas 04. Braslia: MEC/SEESP.

    Brasil (1997). Programa de Capacitao de Recursos Humanos do Ensino

    Fundamental - Lngua Brasileira de Sinais,volume III. Srie Atualidades

    Pedaggicas 04. Braslia: MEC/SEESP.

    Brasil (1999). Adaptaes Curriculares Estratgias para a Educao

    de Alunos com Necessidades Educacionais Especiais. Braslia: MEC /SEESP.

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    11DESENVOLVENDO COMPETNCIAS PARA O ATENDIMENTO S NECESSIDADES EDUCACIONAIS ESPECIAIS DE ALUNOS SURDOS

    I ENCONTRO

    1. CONHECENDO A SURDEZ:ANATOMIA E FUNCIONAMENTO DO

    SISTEMA AUDITIVO, CONCEITOSE CLASSIFICAES

    TEMPO PREVISTO04 horas

    FINALIDADE DO ENCONTRO

    Favorecer condies para que cada participante se familiarize com a constituioe o funcionamento do sistema auditivo humano, com os diferentes conceitos eclassicaesdesurdez.

    MATERIAL1. Goes, C.A.V. (2000).A audio e a surdez. Marlia: Ncleo de Estudos

    ePesquisasSobreaAtenoPessoacomDecincia.ProgramadePs-Graduao em Educao, UNESP-Marlia.

    2. Um tronco de rvore, de aproximadamente 1m x 0,60m, desenhado em

    cartolina branca e pintado de marrom.3. Folhas de rvore, feitas em cartolina verde, em nmero correspondente ao

    nmero de participantes.4. Fita crepe, para pregar as folhas no tronco.5. Cartolina, papel colorido, pincel atmico de vrias cores, durex, papel para

    transparncia.6. Retroprojetor.10. Caixa craniana desmontvel que permita a visualizao das estruturas que

    compem o sistema auditivo.11. Um desenho do ouvido humano em tamanho ampliado.

    SEqNCIA DE ATIVIDADESEste encontro dever se caracterizar por diferentes momentos de interao,objetivando a construo de conhecimento sobre a surdez, sua caracterizao econseqncias.

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    12DESENVOLVENDO COMPETNCIAS PARA O ATENDIMENTO S NECESSIDADES EDUCACIONAIS ESPECIAIS DE ALUNOS SURDOS

    1. Apresentao os participantes (1 )Para iniciar, o formador dever propor aos participantes que se apresentem,dizendonome,qualicaoprossional,histricoprossional,posioefunoprossionalqueexercematualmente.

    Recoena-se que o foraor utilize algua inica egrupo para escontrair e alegrar o grupo. Ua estratgiaque tem dado bons resultados a de xar um grande tronco

    e rvore (feito e cartolina e pintao e arro) nuaas parees a sala, istribuino aos participantes folas ervore (feitas e cartolina vere). Nestas, caa participanteeve escrever ua palavra que represente o que estsentino nesse incio e prograa. E seguia, caa uever ir at a frente a sala, apresentar-se e apresentar a

    palavra que escreveu, eplicano porque a escoleu.

    2. Estuo irigio(30 in.)Em seguida, o formador dever dividir o grupo de participantes em subgruposde at quatro pessoas, para leitura e discusso sobre o texto da pginaseguinte:

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    13DESENVOLVENDO COMPETNCIAS PARA O ATENDIMENTO S NECESSIDADES EDUCACIONAIS ESPECIAIS DE ALUNOS SURDOS

    A AUDIO E A SURDEZ

    Cludia Ap. Valderramas Gomes1

    Prezao professor:

    Voc jdeveterouvidofalarnasurdezounadecinciaauditiva comoumadiminuio na capacidade de ouvir de um indivduo.

    Poisbem,paracompreendermosmelhorasconseqnciasdecorrentesdasurdez importante sabermos mais sobre o processamento normal da audio, queinclui o conhecimento das estruturas anatmicas do ouvido humano e de seu

    funcionamento.

    atravsdaaudioqueaprendemosa identicare reconhecerosdiferentessons do ambiente. As informaes trazidas pela audio, alm de funcionaremcomo sinais de alerta, auxiliam o desenvolvimento da linguagem, possibilitandoa comunicao oral com nossos semelhantes.

    O SOm E O OUVIdO hUmANO

    O som um fenmeno resultante da movimentao das partculas do ar. Qualquerevento capaz de causar ondas de presso no ar considerado uma fonte sonora.A fala, por exemplo, o resultado do movimento dos rgos fono-articulatrios,que por sua vez provoca movimentao das partculas de ar, produzindo entoo som.

    Perceber,reconhecer,interpretare,nalmente,compreenderosdiferentessonsdo ambiente s possvel graas existncia de trs estruturas que funcionamde forma ajustada e harmoniosa, constituindo o sistema auditivo humano.

    O ouvido humano composto por trs partes: uma, externa; as outras duas(internas) esto localizadas dentro da caixa craniana.

    1Goes, C.A.V. (2000).A audio e a surdez. Ncleo de Estudos e Pesquisas Sobre a Ateno PessoacomDecincia.ProgramadePs-GraduaoemEducaoUNESPMarlia.

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    A parte externa, tambm chamada de ouvido externo, compreende o pavilhoauricular (orelha), o conduto auditivo e a membrana timpnica. Essa estruturatem por funo receber as ondas sonoras, captadas pela orelha e transport-lasat a membrana timpnica ou tmpano, fazendo-a vibrar com a presso das ondassonoras. A membrana timpnica separa o ouvido externo do ouvido mdio.

    No ouvido mdio esto localizados trs ossos muito pequenos (martelo, bigornae estribo). Esses ossculos so presos por msculos, tendo por funo mover-separa frente e para trs, colaborando no transporte das ondas sonoras at a parteinterna do ouvido. Ainda no ouvido mdio est localizada a tuba auditiva, queliga o ouvido garganta.

    A poro interna do ouvido, tambm denominado ouvido interno, muitoespecial. Nela esto situados: a cclea (estrutura que tem o tamanho de um grode feijo e o formato de um caracol), os canais semicirculares (responsveis peloequilbrio) e o nervo auditivo. nessa poro do ouvido que ocorre a percepo

    do som.

    A cclea composta por clulas ciliadas que so estruturas com terminaesnervosas capazes de converter as vibraes mecnicas (ondas sonoras) emimpulsos eltricos, os quais so enviados ao nervo auditivo e deste para os centrosauditivos do crebro.

    Oprocessodedecodicaodeumestmuloauditivotemincionaccleaetermina nos centros auditivos do crebro, possibilitando a compreenso damensagem recebida.

    Qualquer alterao ou distrbio no processamento normal da audio, sejaqual for a causa, tipo ou grau de severidade, constitui uma alterao auditiva,determinando, para o indivduo, uma diminuio da sua capacidade de ouvir eperceber os sons.

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    CARACTERIZANdO A SURdEZ

    O conhecimento sobre as caractersticas da surdez permite queles que serelacionam ou que pretendem desenvolver algum tipo de trabalho pedaggico compessoas surdas, a compreenso desse fenmeno, aumentando sua possibilidadede atender s necessidades especiais constatadas.

    Quanto ao peroo e aquisio, a surdez pode ser dividida em dois grandesgrupos: Congnitas, quando o indivduo j nasceu surdo. Nesse caso a surdez

    pr-lingual, ou seja, ocorreu antes da aquisio da linguagem. Aquirias, quando o indivduo perde a audio no decorrer da sua vida.

    Nesse caso a surdez poder ser pr ou ps-lingual, dependendo da suaocorrncia ter se dado antes ou depois da aquisio da linguagem.

    Quanto etiologia (causas a surez), elas se dividem em: Pr-natais surdez provocada por fatores genticos e hereditrios,

    doenas adquiridas pela me na poca da gestao (rubola, toxoplasmose,citomegalovrus), e exposio da me a drogas ototxicas (medicamentos quepodem afetar a audio).

    Peri-natais: surdezprovocadamaisfreqentementeporpartoprematuro,anxia cerebral (falta de oxigenao no crebro logo aps o nascimento) etrauma de parto (uso inadequado de frceps, parto excessivamente rpido,parto demorado).

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    16DESENVOLVENDO COMPETNCIAS PARA O ATENDIMENTO S NECESSIDADES EDUCACIONAIS ESPECIAIS DE ALUNOS SURDOS

    Ps-natais:surdez provocada por doenas adquiridas pelo indivduo ao longoda vida, como: meningite, caxumba, sarampo. Alm do uso de medicamentosototxicos, outros fatores tambm tm relao com a surdez, como avanoda idade e acidentes.

    Com relao localizao (tipo e pera auitiva) da leso, a alterao

    auditiva pode ser: Conutiva: quando est localizada no ouvio eterno e/ou ouvio

    io; as principais causas deste tipo so as otites, rolha de cera, acmulode secreo que vai da tuba auditiva para o interior do ouvido mdio,prejudicando a vibrao dos ossculos (geralmente aparece em crianasfreqentementeresfriadas).Namaioriadoscasos,essasperdassoreversveisaps tratamento.

    Neurossensorial: quando a alterao est localizada no ouvio interno(ccleaouembrasdonervoauditivo).Essetipodelesoirreversvel;acausa mais comum a meningite e a rubola materna.

    mista: quando a alterao auditiva est localizada no ouvio eterno e/ouio e ouvio interno. Geralmente ocorre devido a fatores genticos,determinantes de m formao.

    Central: A alterao pode se localizar desde o tronco cerebral at sregies subcorticais e crte cerebral.

    O auietro um instrumento utilizado para medir a sensibilidade auditivade um indivduo. O nvel de intensidade sonora medido em ecibel (B).

    Por meio desse instrumento faz-se possvel a realizao de alguns testes, obtendo-

    seumaclassicaodasurdezquanto aograu e coproetiento (graue/ou intensidade da perda auditiva),aqualestclassicadaemnveis,deacordocom a sensibilidade auditiva do indivduo:

    Auio noral - de 0 15 B

    Surez leve de 16 a 40 B. Nesse caso a pessoa pode apresentardificuldade para ouvir o som do tic-tac do relgio, ou mesmo umaconversao silenciosa (cochicho).

    Surez oeraa de 41 a 55 B. Com esse grau de perda auditiva apessoapodeapresentaralgumadiculdadeparaouvirumavozfracaouocanto de um pssaro.

    Surez acentuaa de 56 a 70 B. Com esse grau de perda auditivaa pessoa poder ter alguma dificuldade para ouvir uma conversaonormal.

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    1DESENVOLVENDO COMPETNCIAS PARA O ATENDIMENTO S NECESSIDADES EDUCACIONAIS ESPECIAIS DE ALUNOS SURDOS

    Surez severa de 71 a 90 B. Nesse caso a pessoa poder terdiculdadesparaouvirotelefonetocandoourudosdasmquinasdeescrever num escritrio.

    Surez profuna acia de 91 B. Nesse caso a pessoa poder terdiculdadeparaouvirorudodecaminho,dediscoteca,deumamquina

    de serrar madeira ou, ainda, o rudo de um avio decolando.

    Asurdezpodeser,ainda,classicadacomounilateral, quando se apresenta emapenas um ouvido ebilateral, quando acomete ambos ouvidos.

    A RELAO ENTRE O GRAU dA SURdEZE O dESENVOLVImENTO INFANTIL

    Sendo a surez uma privao sensorial que interfere diretamente na

    comunicao, alterando a qualidade da relao que o indivduo estabelece como meio, ela pode ter srias implicaes para o desenvolvimento de uma criana,conforme o grau da perda auditiva que as mesmas apresentem:

    Surez leve: a criana capaz de perceber os sons da fala; adquire edesenvolve a linguagem oral espontaneamente; o problema geralmente tardiamentedescoberto;dicilmentesecolocao aparelhodeamplicaoporque a audio muito prxima do normal.

    Surez oeraa: a criana pode demorar um pouco para desenvolver afala e linguagem; apresenta alteraes articulatrias (trocas na fala) por no

    percebertodosossonscomclareza;temdiculdadeemperceberafalaemambientesruidosos;socrianasdesatentasecomdiculdadenoaprendizadoda leitura e escrita.

    Surez severa:acrianaterdiculdadesemadquirirafalaelinguagemespontaneamente; poder adquirir vocabulrio do contexto familiar; existea necessidade do uso de aparelho de amplificao e acompanhamentoespecializado.

    Surez profuna:acrianadicilmentedesenvolveralinguagemoralespontaneamente; s responde auditivamente a sons muito intensos como:bombas,trovo,motordecarroeavio;freqentementeutilizaaleituraoro-facial;necessitafazerusodeaparelhodeamplicaoe/ouimplantecoclear,bem como de acompanhamento especializado.

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    1DESENVOLVENDO COMPETNCIAS PARA O ATENDIMENTO S NECESSIDADES EDUCACIONAIS ESPECIAIS DE ALUNOS SURDOS

    O TRABALhO dO PROFESSOR(extradodacartilhaAdecinciaauditivana

    idade escolar - Programa Sade Auditiva HRAC/USP)

    O professor precisa observar: Seacrianaapresentadiculdadenapronnciadaspalavras,

    Se a criana aparenta preguia ou desnimo, Se a criana atende aos chamados, Se a criana inclina a cabea, procurando ouvir melhor, Se a criana usa palavras inadequadas e erradas, quando comparadas s

    palavras utilizadas por outras crianas da mesma idade, Se a criana no se interessa pelas atividades ou jogos em grupo, Seacrianavergonhosa,retradaedesconada, Se fala muito alto ou muito baixo, Seacrianapederepetiofreqentemente.

    REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

    Bevilacqa, m. C. (1998). Conceitos bsicos sobre a audio e a decinciaauditiva. Cadernos de audiologia. Bauru: H.P.R.L.L.P / USP.

    Brasil - A Decincia Auditiva na Idade Escolar Cartilha. Programa deSade auditiva. Bauru: H.P.R.L.L.P. USP, FUNCRAF, Secretaria de Sadedo Estado de So Paulo.

    Fernanes, J. C. (1995).Noes de Acstica.Apostila elaborada para o CursodeFormao:MetodologiaVerbotonalnaDecinciaAuditiva.Bauru:H.P.R.L.L.P. USP.

    Katz, J. E.d (1989). Tratado de audiologia clnica. So Paulo: EditoraManole.

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    1DESENVOLVENDO COMPETNCIAS PARA O ATENDIMENTO S NECESSIDADES EDUCACIONAIS ESPECIAIS DE ALUNOS SURDOS

    Leituras Copleentares Sugerias

    Brasil (1997). Os rgos do aparelho auditivo e seu funcionamento.Programa deCapacitao de Recursos Humanos do Ensino Fundamental Decincia

    Auditiva,volume I. Srie Atualidades Pedaggicas 04 Braslia: MEC/ SEESP(pp. 2330).

    ____.(1997).Conceito eClassicaodaDecinciaAuditiva.Programa deCapacitao de Recursos Humanos do Ensino Fundamental Decincia

    Auditiva, volume I. Srie Atualidades Pedaggicas 04, Braslia: MEC /SEESP (pp. 31-32).

    ____.(1997).Caracterizaodostiposdeeducandosportadoresdedecinciaauditiva. Programa de Capacitao de Recursos Humanos do EnsinoFundamental Deficincia Auditiva, volume I. Srie AtualidadesPedaggicas 04, Braslia: MEC / SEESP (pp. 53-55).

    3. Ativiae (45 in.)Dando continuidade atividade, o formador dever explorar o contedoabordado no texto, utilizando materiais diferentes, que permitam visualizara anatomia do ouvido humano. O formador poder, dessa forma, demonstrarconcretamente como se d o processamento normal da audio, bem comoquais so as principais intercorrncias que podem levar surdez.

    4. Intervalo (15 in.)

    5. Estuo irigio(45 in.)Em seguida, o formador dever solicitar aos participantes que se dividam emtrs grupos, disponibilizando caixas de material de trabalho: caixa cranianadesmontvel que permita a visualizao do sistema auditivo, atlas do corpohumano, desenho ampliado do ouvido humano, sino ou qualquer objeto queproduza som marcante, cartolina, papel colorido, pincel atmico de vriascores,taadesiva,tacrepe,folhasdetransparncia,retroprojetor,sucata,etc..

    Com base nesses materiais cada grupo dever receber uma das seguintestarefas, tendo para isto um tempo de 45 min. Grupo 1: Elaborar, para apresentao em plenria, uma representao

    (grca,teatral,oudequalqueroutrotipopreferidodogrupo),sobreaconstituio e o funcionamento do aparelho auditivo

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    20DESENVOLVENDO COMPETNCIAS PARA O ATENDIMENTO S NECESSIDADES EDUCACIONAIS ESPECIAIS DE ALUNOS SURDOS

    Grupo 2: Elaborar, para apresentao em plenria, uma representao(idem ao anterior) sobre os problemas que podem afetar a produo daaudio

    Grupo 3: Discutir e preparar uma apresentao sobre os principaisconceitoseclassicaesdasurdez

    6. Plenria (45 in.)Cada grupo dever apresentar seu trabalho para o conjunto de participantes,estimulando a participao de todos na discusso sobre os contedosabordados at 15 min para cada grupo.

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    2 ENCONTRO

    2. CONHECENDO OS DISPOSITIVOS DEAMPLIFICAO SONORA:

    A.A.S.I., IMPLANTE COCLEAR ESISTEMA F.M.

    TEMPO PREVISTO03 horas

    FINALIDADE DESTE ENCONTRO

    Favorecer condies para que cada professor conhea os dispositivos deamplificao sonora existentes, seu funcionamento, cuidados necessrios,problemas mais comuns e providncias emergenciais. (ref. expectativa 03)

    MATERIAL1. Texto bsico: Norona-Souza, A.E.L.Reabilitao Oral e os Dispositivos

    de Amplicao Sonora.Bauru: Universidade do Sagrado Corao - USC/Bauru, 2000.

    2. DiferentesmodelosdeA.A.S.I.(AparelhodeAmplicaoSonoraIndividual),

    disponibilizados para manuseio e experimentao dos participantes.3. Moldes de ouvido, feitos de silicone ou acrlico.4. Algumasbaterias(pilhas)paravericaodofuncionamentodoA.A.S.I.ede

    como fazer sua substituio.5. Um modelo de implante coclear para manuseio e observao do

    funcionamento.

    SEqNCIA DE ATIVIDADES1. Estuo irigio(1 )

    Para iniciar, o formador dever propor aos participantes que se dividamemgruposdeatcincopessoas,paraleituraeidenticaodosaspectosrelevantes do texto a seguir:

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    REABILITAO ORAL E OS dISPOSITIVOS dEAmPLIFICAO SONORA

    Ana Elisa Lara de Noronha-Souza

    Professora Assistente do Curso de Fonoaudiologia daUniversidade do Sagrado Corao Bauru/SP

    INTROdUO

    O desenvolvimento auditivo o processo pelo qual a criana aprende a reconhecere compreender os sinais auditivos existentes no ambiente. Sendo assim, a crianaouvinte desenvolve espontaneamente a sua comunicao, propiciando umainterao automtica com o meio em que est inserida. Por outro lado, a crianasurda tornar-se- prejudicada no seu desenvolvimento comunicativo por no teracesso s informaes auditivas que so importantes para a aquisio da fala e da

    linguagem.Destaforma,sefaznecessrioousodeumaamplicaoadequada,to logo o problema auditivo seja detectado.

    Osprogramasde(re)habilitaooralparacrianascomdecinciaauditivapromovem o melhor uso da audio residual por meio da modalidade auditivapara a aquisio, desenvolvimento e manuteno da linguagem oral.

    As metas principais para o uso da audio residual requerem os seguintescritrios:

    Identicaoprecocedaperdaauditiva; Uso adequado e efetivo de dispositivos eletrnicos para a surdez; Participao da famlia no processo teraputico; Terapeuta habilitado na (re) habilitao auditiva; Programa educacional adequado que propicie o desenvolvimento das

    habilidades auditivas.

    O primeiro recurso utilizado no processo de (re) habilitao auditiva o usoadequadodoAparelhodeAmplicaoSonoraIndividual(A.A.S.I.).Paraqueacriana faa uso de sua audio residual, fundamental que este dispositivo sejaincorporado s atividades do seu cotidiano.

    Seguem abaixo informaes gerais sobre os dispositivos de amplificaosonora:

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    Existem vrios tipos de dispositivos eletrnicos para a surdez, sendo destacadososAparelhosdeAmplicaoSonoraIndividual(A.A.S.I.),oImplanteCocleareousodeSistemasdeFreqnciaModulada(FM),queserodescritosaseguir.

    Aparelho de Amplicao Sonora Individual A.A.S.I.

    Existem atualmente, no mercado, vrios tipos e modelos de A.A.S.I., sendo queos mais indicados para as crianas so o retroauricular e o convencional.

    OA.A.S.I.retroauricularcalocalizadoatrsdopavilhoauricular(orelha)eligado ao molde auricular por meio de um tubo plstico conectado ao gancho doaparelho. Oferece grande versatilidade quanto aos recursos disponveis podendoser adaptado a todos os graus de perda auditiva (leve a profunda). Outra vantagem que esteticamente so mais aceitveis.

    Foto 1:A.A.S.I. retroauricular e A.A.S.I. mini-retroauricular

    Tambmindicada,commenorfreqncia,oA.A.S.I.convencional,conhecidocomo aparelho auditivo de bolso ou de caixinha, que se assemelha a um walkman.Este dispositivo tem o mesmo desempenho do A.A.S.I. retroauricular, pormso indicados para os casos em que h comprometimento motor acentuado,ou m formao do ouvido externo, o que impossibilita o uso de A.A.S.I.retroauricular.

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    Foto 2: A.A.S.I. convencional

    Existem ainda, no mercado, os A.A.S.I. intra-auriculares (ocupam a conchaauditiva e o conduto auditivo externo), os A.A.S.I. intra-canais (ocupam a partecartilaginosa do conduto auditivo externo) e os A.A.S.I. microcanais (ocupamo conduto auditivo externo, porm sua insero mais profunda, prximo membrana timpnica). Estes dispositivos so confeccionados a partir do moldeauricular de cada indivduo, ou seja, o molde do usurio utilizado como invlucro(estojo) para o aparelho auditivo, uma vez que o circuito montado dentro domolde.

    Estestrsltimostiposdeaparelhosauditivossopoucosfreqentesnaindicao

    para crianas em fase de crescimento, uma vez que o molde auricular tem queser refeito a cada 3, 6 e 12 meses, dependendo da idade da criana.

    Como funciona o A.A.S.I. ?

    O AASI u ispositivo eletroacstico que converte osinal sonoro, coo o so e fala, e u sinal eltrico. Ocircuito o aparelo anipula o sinal eltrico e o convertenovaente e u sinal acstico, encainano o soamplicado, atravs do molde auricular, para o conduto

    auditivo externo do deciente auditivo.

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    Bateria (pilha)

    Para que este circuito entre em funcionamento fundamental o uso de uma fontede energia: a pila.

    Existem vrios tipos e tamanhos de pilhas que devem ser usadas de acordo com

    o tipo e modelo do A.A.S.I. Estas pilhas no so recarregveis e duram em mdiauma semana.

    Molde auricular

    O molde auricular parte fundamental no processo de adaptao do A.A.S.I.,poistemaimportantefunodexaroaparelhoorelhadacrianaeconduziro som para dentro do conduto auditivo externo.

    Existem vrios tipos de molde auricular, sendo que a escolha do mesmo feitade acordo com o grau de perda auditiva, o tipo e o modelo de A.A.S.I. indicado.

    Em virtude do crescimento da criana os moldes devem ser refeitos sempre quenecessrio. Para crianas menores de 3 anos de idade devem ser trocados a cada3 meses, enquanto que para crianas maiores, 2 vezes por ano ou quando o moldesofrer algum dano.

    Omoldepodeserconfeccionadoemmaterialrgido(acrlico)eexvel(silicone),ambos so igualmente bons.

    Vericando o funcionamento do A.A.S.I.

    A famlia responsvel pela colocao e manuteno do A.A.S.I. de cada criana.Caber, entretanto, ao professor, auxiliar na manuteno de condies favorveisde uso.

    Uma das condies favorveis para que o aluno deficiente auditivo tenhaum bom aproveitamento em sala de aula que o A.A.S.I. esteja funcionandoadequadamente.

    O professor dever vericar o funcionamento do A.A.S.I.

    toos os ias

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    26DESENVOLVENDO COMPETNCIAS PARA O ATENDIMENTO S NECESSIDADES EDUCACIONAIS ESPECIAIS DE ALUNOS SURDOS

    A.A.S.I. retroauricular:

    Colocar a mo em forma de concha e aproxim-la do aparelho como se fossepeg-lo. Se este apitar com forte intensidade, isto indicativo de que a pilhaencontra-se em boas condies de uso. Caso contrrio, se no apitar ou apitarfracamente, isto indicar que a pilha deve ser trocada. Caso o problema persista,

    deve-se orientar a famlia a procurar assistncia tcnica especializada.

    A.A.S.I. convencional:

    Neste caso, recomenda-se que se aproxime o receptor ao microfone do A.A.S.I. Oprofessor dever, ento, observar as mesmas condies anteriormente indicadascom relao ao apito. Outra maneira de se testar seu funcionamento colocar oreceptorprximoaoouvido,observandoaqualidadedaamplicao.

    Observaes iportantes:

    Se o A.A.S.I. no estiver funcionando, o professor dever vericar:

    A conexo do compartimento de pilha; A posio da chave liga-desliga; Se a pilha est gasta; Se h inverso dos polos da pilha; Se o tubo plstico encontra-se torcido ou rachado; Se o molde encontra-se entupido com cera; Se h sujeira no contato da pilha (poeira ou leo) Se a pilha encontra-se oxidada; Se o controle de volume encontra-se em posio reduzida; Seooestquebradoourachado(A.A.S.I.convencional); Se h desajuste do contato molde-receptor (A.A.S.I. convencional).

    Se o A.A.S.I. estiver apitando, o professor dever vericar:

    O ajuste do molde orelha da criana; A presena de cera ou gua no tubo plstico; Se o molde pequeno; Se o controle de volume est alto; Se o gancho encontra-se trincado.

    Caso o professor esteja diante de um problema que no possa ser resolvido emsala de aula, ele dever comunicar o fato famlia, imediatamente, para que amesma tome as providncias necessrias para soluo do problema.

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    Sistea e Freqncia moulaa (F.m.)

    Para solucionar os problemas como rudo, reverberao (eco) e distncia entre oaluno e o professor na sala de aula, existem alguns dispositivos eletrnicos quevmauxiliandoacrianadecienteauditivanoprocessodeaprendizagem.SooschamadosSistemasdeFreqnciaModulada(FM).

    Este dispositivo consiste de transmissor e microfone que so utilizados peloprofessor,edeumreceptorqueutilizadopeloalunocomdecinciaauditiva.Otransmissor envia a mensagem por meio de ondas de FM, as quais so recebidaspeloalunoatravsdeseureceptoreamplicadasparaumnveldeaudioconfortvel para a criana.

    Este dispositivo permite que a fala do professor seja mais intensa que o rudo dasala de aula, favorecendo uma melhor qualidade de som para a criana. Outravantagem que a fala do professor mantida estvel, pois este usa o microfone

    a uma distncia aproximada de 15 cm de sua boca. Isto assegura que a distnciaentre o aluno e o professor seja mantida, mesmo que o professor se movimenteem sala de aula.

    As observaes e os cuidados para com o Sistema FM so semelhantes aos doA.A.S.I.

    Foto 3:SistemadeFreqnciaModulada(FM)commicrofone/transmissor(professor)ereceptor(aluno).

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    2DESENVOLVENDO COMPETNCIAS PARA O ATENDIMENTO S NECESSIDADES EDUCACIONAIS ESPECIAIS DE ALUNOS SURDOS

    Iplante Coclear

    O Implante coclear uma prtese auditiva composta de componentes internose externos que substituem as clulas sensoriais do rgo de Corti, ativandodiretamente as terminaes nervosas do nervo auditivo.

    Os componentes externos so formados pelo microfone, pelo processador de falae pela antena externa, tendo como funes captar e converter o sinal acstico(como os sons de fala) em sinal eltrico.

    O componente interno o implante coclear, formado por um magneto, receptor-estimulador que colocado sob a pele, alm de um feixe de eletrodos que seestende do receptor-estimulador at a parte interna da cclea. Nesta etapa, oreceptor-estimulador processa a informao eltrica e estimula os vrios eletrodosinseridos na cclea, ativando o nervo auditivo, que transmite a informao aocrebro, promovendo a sensao auditiva.

    Os implantes cocleares so indicados para indivduos com perda auditivaprofundaequenosebeneciamdousodoA.A.S.I.

    Existem no mercado implantes cocleares monocanal e multicanais, sendo queestes ltimos tm sido mais recomendados por estarem apresentando resultadosmais satisfatrios.

    Os critrios de indicao do implante coclear recomendados pelo Centro dePesquisas Audiolgicas do Hospital de Reabilitao de Anomalias Craniofaciais

    da Universidade de So Paulo Campus Bauru, para crianas so:

    Crianasejovensdeat17anosdeidadecomdecinciaauditivaprofundabilateral;

    Deficincia auditiva ps-lingual at 6 anos de surdez. Em deficinciasprogressivas no h limite de tempo;

    Decinciaauditivapr-lingual; Crianas de 2 a 4 anos de idade; Adaptao prvia do AASI e habilitao auditiva durante 6 meses; Incapacidade de reconhecimento de palavras em conjunto fechado; Famlia adequada e motivada para o uso do implante coclear; Reabilitao auditiva na cidade de origem.

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    2DESENVOLVENDO COMPETNCIAS PARA O ATENDIMENTO S NECESSIDADES EDUCACIONAIS ESPECIAIS DE ALUNOS SURDOS

    Figura 1:Implante coclear multicanal. Dispositivos internos e

    externos posicionados (Nucleus 24).

    1. Antena interna colocada abaixo da pele 5. Eletrodo colocado abaixo do msculo2. Receptor transmissor colocado abaixo da pele temporal (ground)3. Cabo de eletrodos 6. Microfone4. Eletrodos inseridos na rampa timpnica da 7. Processador de fala retro-auricualar

    espira basal da cclea 8. Antena externa

    Fonte: Costa, A. O. (1998).Implantes cocleares multicanais no tratamento da surdez em adultos. Tese deLivre-docncia Bauru: Faculdade de Odontologia de Bauru USP.

    REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

    Aleia, K. & Irio, MCM - Prteses Auditivas: Fundamentos Tericos &Aplicaes Clnicas. Editora Lovise, So Paulo, 1996.

    Bevilacqua, mC & Forigoni, GMP Audiologia Educacional: uma opoteraputica para a criana deciente auditiva - Carapicuiba, Pr-Fono,1996.

    Bevilacqua, mC Implante Coclear multicanal Bauru, 1998 [Tese de Livre-Docncia Faculdade de Odontologia de Bauru USP].

    Brasil Deficincia auditiva Secretaria de Educao Especial SrieAtualidades Pedaggicas, Braslia: MEC/SEESP, 1997.

    mesquita, ST; Faria, mEB; Bevilacqua, mC O Centro de PesquisasAudiolgicas e o Programa de Implante Coclear: uma histria de avanos

    na (re)habilitao do deciente auditivo no HRAC/USP. Rev. Soc. Bras.Fonoaud. n 6. So Paulo, 2000.

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    2. Intervalo (15 in.)3. Estuo irigio (45 in.)

    Reiniciando as atividades, o formador dever sugerir aos participantesque formem um crculo grande, facilitando, assim, a visualizao, pelosparticipantes,dosdiferentestiposemodelosdedispositivosdeamplicaoaseremapresentados.Dandoseqnciaatividade,oformadordeverfazer

    aapresentaodosdispositivosdeamplicaopreviamenteselecionadospara o trabalho, cuidando para que os mesmos sejam diferentes, permitindoaosprofessoresocontatocommaterialdiversicadoquantoaomodeloeoutras caractersticas.

    Sugere-se ao foraor que esteja atento s caractersticasespeccas de cada um desses dispositivos, seguindo

    atentamente s especicaes do texto lido, exemplicando

    os oos e utilizao, as particulariaes e

    caa aparelo, o tipo e pera a que se estina, ofuncionaento, os controles eternos, copartientoe pila, cuiaos e sala e aula, etc...

    4. Atividade nal (1 h)

    Finalmente o formador poder sugerir a diviso dos participantes empequenos grupos, incentivando o manuseio dos dispositivos e procurandoresgatar, de maneira prtica, as informaes previamente apresentadas ediscutidas no texto.

    Sugere-se que esse eerccio inclua o contato fsicoco os ispositivos, proporcionano aos professoresoportuniaes e eperientao, para que possa tera eperincia a sensao auitiva; e aprenizao sobreo uso e anuseio e caa ispositivo (aprener a ligar,esligar e aequar o volue); e realizao e testespara vericao e troca de pilhas, bem como de manuseio

    e encaie o ole no ouvio e outras provinciasnecessrias para o ajuste e funcionaento aequaoesses ispositivos.

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    31DESENVOLVENDO COMPETNCIAS PARA O ATENDIMENTO S NECESSIDADES EDUCACIONAIS ESPECIAIS DE ALUNOS SURDOS

    3 ENCONTRO

    3. CONHECENDO CONCEPES E PARADIGMASDO TRATO SURDEZ E DISCUTINDO

    PROCESSOS E PROPOSTASDE ENSINO (EDUCAO MONOLNGE

    E EDUCAO BILNGE)

    TEMPO PREVISTO08 horas

    FINALIDADE DESTE ENCONTROFavorecer condies para que cada professor conhea as concepes e paradigmasquedeterminamotrabalhoeducacionalcomosurdo,reetindosobreosprocessose propostas de ensino a serem adotados nas diferentes reas do conhecimento(educaomonolngeebilnge).(ref.expectativa4)

    MATERIAL1. Brasil (1997). A linguagem e a surdez.Educao Especial A Educao dos

    Surdos,volume II. Srie Atualidades Pedaggicas 04, Braslia: MEC/SEESP(pp. 279 282).

    2. Fernanes, S. (2000). Introduo. Conhecendo a Surdez, Paran, Curitiba:SEDUC / DEE. (pp. 69-87) Anexo 01.

    SEqNCIA DE ATIVIDADESEste encontro dever se caracterizar por diferentes momentos de interaoreexiva.

    PEROdO dA mANh

    TEMPO PREVISTO04 horas

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    32DESENVOLVENDO COMPETNCIAS PARA O ATENDIMENTO S NECESSIDADES EDUCACIONAIS ESPECIAIS DE ALUNOS SURDOS

    1. Leitura e estuo e tetosPara iniciar, o formador dever propor aos participantes que se dividamem grupos de at cinco pessoas, para leitura e discusso sobre os seguintestextos:

    a) Brasil (1997). A linguagem e a surdez. Educao Especial A Educao

    dos Surdos, Srie Atualidades Pedaggicas 04, volume II, pp. 279 - 282.Braslia: MEC/SEESP, texto apresentado abaixo.

    b) Fernanes, S. (2000). Introduo. Conhecendo a Surdez, Paran,Curitiba: SEDUC / DEE. (pp. 69 a 74).

    A LINGUAGEM E A SURDEZ2

    A linguagem permite ao homem estruturar seu pensamento, traduzir o quesente, registrar o que conhece e comunicar-se com outros homens. Ela marca o

    ingresso do homem na cultura, construindo-o como sujeito capaz de produzirtransformaes nunca antes imaginadas.

    Apesar da evidente importncia do raciocnio lgico-matemtico e dos sistemasde smbolos, a linguagem, tanto na forma verbal como em outras maneiras decomunicao, permanece como meio ideal para transmitir conceitos e sentimentos,alm de fornecer elementos para expandir o conhecimento.

    A linguagem, prova clara da inteligncia do homem, tem sido objeto de pesquisae de discusses. Ela tem sido um campo frtil para estudos referentes aptido

    lingstica,tendoemvistaadiscussosobrefalhasdecorrentesdedanoscerebraisou de distrbios sensoriais, como a surdez.

    ComosestudosdolingistaChomsky(1994),obteve-seummelhorentendimentoacerca da linguagem e de seu funcionamento. Suas consideraes partem do fatode que muito difcil explicar como a linguagem pode ser adquirida de formato rpida e to precisa, apesar das impurezas nas amostras de fala que a crianaouve.Chomsky,juntocomoutrosestudiosos,admite,ainda,queascrianasnoseriamcapazesdeaprenderalinguagem,casonozessemdeterminadassuposies iniciais sobre como o cdigo deve ou no operar. E acrescenta que taissuposies estariam embutidas no prprio sistema nervoso humano.

    2 Brasil (1997). A linguagem e a surdez. Eucao Especial A Eucao os Suros, Srie AtualidadesPedaggicas 04, volume II, pp. 279 - 282. Braslia: MEC/SEESP.

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    33DESENVOLVENDO COMPETNCIAS PARA O ATENDIMENTO S NECESSIDADES EDUCACIONAIS ESPECIAIS DE ALUNOS SURDOS

    A palavra tem uma importncia excepcional, no sentido de dar forma atividademental e fator fundamental de formao da conscincia. Ela capaz de asseguraro processo de abstrao e de generalizao, alm de ser veculo de transmissodo saber.

    Os indivduos que ouvem parecem utilizar, em sua linguagem, os dois processos:

    o verbal e o no verbal. A surdez congnita e pr-verbal pode bloquear odesenvolvimento da linguagem verbal, mas no impede o desenvolvimento dosprocessos no-verbais.

    A fase de zero a cinco anos decisiva para a formao psquica do ser humano,uma vez que nesse perodo ocorre a ativao das estruturas inatas gentico-constitucionais da personalidade. A falta do intercmbio auditivo-verbal trazpara o surdo, prejuzos ao seu desenvolvimento.

    A teoria sobre a base biolgica da linguagem admite a existncia de um substrato

    neuro-anatmico no crebro para o sistema da linguagem. Portanto, todos osindivduos nascem com predisposio para a aquisio da fala. Nesse caso, oque sededuz aexistnciadeumaestruturalingsticalatenteresponsvelpelostraosgeraisdagramticauniversal(universaislingsticos).Aexposioaumambientelingsticonecessriaparaativaraestruturalatenteeparaqueapessoapossasintetizarerecriarosmecanismoslingsticos.Ascrianasso capazes de deduzir as regras gerais e regularizar os mecanismos de umaconjugao verbal, por exemplo. Dessa forma, utilizam as formas eu fazi, eudi, enquadrando-os nas desinncias dos verbos regulares - eu corri, eu comi.

    As crianas ditas normais e tambm um grande nmero de crianas comnecessidades especiais aprendem a lngua de uma forma semelhante e num mesmoespao de tempo. No entanto, no se pode esquecer das diferenas individuais.Essas so encontradas nos tipos de palavras que as crianas pronunciam primeiro.Algumas emitem nomes de coisas, enquanto outras, evitando substantivos,preferem exclamaes. Outras, ainda, expressam automaticamente os elementosemitidos pelos mais velhos.

    Hcrianas,noentanto,queapresentamdiculdadesnaaquisiodalinguagem.svezes,adiculdadeaparece,principalmente,noquesereferepercepoe discriminao auditiva, o que traz transtornos compreenso da linguagem.Outrasvezes,adiculdaderelativaarticulaoeemissodavoz,oqueproduztranstornos na emisso da linguagem. Tudo isso pode ou no ter relao com asurdez,vistoquemuitascrianasqueapresentamdiculdadeslingsticasnotm audio prejudicada. Por exemplo: a capacidade de processar rapidamentemensagenslingsticas-umpr-requisitoparaoentendimentodafala-parece

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    depender do lbulo temporal esquerdo do crebro. Danos a essa zona neuralouseudesenvolvimentoanormalgeralmentesosucientesparaproduzirproblemas de linguagem.

    Segundo Luria (1986), os processos de desenvolvimento do pensamento e dalinguagem incluem o conjunto de interaes entre a criana e o ambiente, podendo

    os fatores externos afetar esses processos, positiva ou negativamente. Torna-se, pois, necessrio desenvolver alternativas que possibilitem s crianas comnecessidades especiais, meios de comunicao que as habilitem a desenvolver oseupotenciallingstico.Pessoassurdaspodemadquirirlinguagem,comprovandoassimseupotenciallingstico.

    Jestcomprovadocienticamentequeoserhumanopossuidoissistemasparaa produo e reconhecimento da linguagem: o sistema sensorial, que faz uso daanatomia visual/auditiva e vocal (lnguas orais) e o sistema motor, que faz usoda anatomia visual e da anatomia da mo e do brao (lngua de sinais). Essa

    considerada a lngua natural dos surdos, emitida atravs de gestos e com estruturasinttica prpria. Na aquisio da linguagem, as pessoas surdas utilizam o segundosistema porque apresentam o primeiro sistema seriamente prejudicado. Vriaspesquisas j comprovaram que crianas surdas procuram criar e desenvolveralguma forma de linguagem, mesmo no sendo expostas lngua de sinais. Essascrianas desenvolvem espontaneamente um sistema de gesticulao manual quetem semelhana com outros sistemas desenvolvidos por outros surdos que nuncativeram contato entre si e com as lnguas de sinais j conhecidas. Existem estudosque demonstram as caractersticas morfolgicas desses sistemas.

    Acapacidadedecomunicaolingsticaapresenta-secomoumdosprincipaisresponsveis pelo processo de desenvolvimento da criana surda em toda asua potencialidade, para que possa desempenhar seu papel social e integrar-severdadeiramente na sociedade.

    Entreosgrandesdesaosparapesquisadoreseprofessoresdesurdossitua-seodeexplicaresuperarasmuitasdiculdadesqueessesalunosapresentamnoaprendizado e no uso de lnguas orais, como o caso da lngua portuguesa. Sabe-se que, quanto mais cedo tenha sido privado de audio e quanto mais profundoforocomprometimento,maioresseroasdiculdades.Noquesereferelnguaportuguesa, segundo Fernandes (1990), a grande maioria das pessoas surdas, jescolarizadas,continuademonstrandodiculdadestantonosnveisfonolgicoe morfossinttico como nos nveis semntico e pragmtico.

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    de fundamental importncia que os efeitos da lngua oral portuguesa sobre acognio no sejam supervalorizados em relao ao desempenho do aluno comsurdez,dicultandosuaaprendizagemediminuindosuaschancesdeintegraoplena. Faz-se necessria, por conseguinte, a utilizao de alternativas decomunicao que possam propiciar um melhor intercmbio, em todas as reas,entre surdos e ouvintes. Essas alternativas devem basear-se na substituio da

    audio por outros canais, destacando-se a viso, o tato e movimento alm doaproveitamento dos restos auditivos existentes.

    Face ao exposto, pode-se concluir que o aluno com surdez tem as mesmaspossibilidades de desenvolvimento que a pessoa ouvinte, precisando, somente,que tenha suas necessidades especiais supridas, visto que o natural do homem a linguagem.

    2. Plenria (45 in.)

    Em seguida, o formador dever sugerir a retomada da organizao dosparticipantes em dois grandes grupos, dando incio ao processo de interaoreexiva,momentoemqueambososgruposdeveroexporsuasidiassobreostextos lidos, sendo que:

    AoprimeirogrupocaberassumiradefesadaabordagemMonolnge. AosegundogrupocaberassumiradefesadaabordagemBilnge.

    Sugere-se que o formador pea aos participantes, divididos nos dois grandesgrupos, que expressem suas opinies e discutam sobre cada uma das abordagens,

    apontando seus limites e perspectivas, tendo como parmetro a prtica pedaggicaem sala inclusiva.

    O formador dever constantemente estimular a maior exposio possvel dopensar de cada um e de todos os membros do grupo, por meio da apresentaode perguntas sucessivas, que encaminhem a ampliao do contedo abordado.

    Sugere-se que o formador anote as palavras que sintetizam o contedo relevantedas manifestaes dos professores, as quais devero ser usadas como norteadorasdeposteriordiscussoereexo.

    Coo sugesto, para facilitar a visualizao o conteoas anifestaes e u e o outro grupo, recoena-

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    36DESENVOLVENDO COMPETNCIAS PARA O ATENDIMENTO S NECESSIDADES EDUCACIONAIS ESPECIAIS DE ALUNOS SURDOS

    se que o quaro seja iviio e uas colunas largas,caa ua estinaa ao registro o conteo central asanifestaes os ois grupos, a partir o ebate e iiassobre as concepes que orienta o trabalo eucacionalco os suros. Este aterial ever ser guarao para ser

    utilizao e oento posterior.

    3. Intervalo (15 in.)

    4. Prouo e Teto (1 .)Terminada esta atividade, os professores devero organizar-se novamente emgruposdeatcincopessoasparaproduodeumasntesesobreasreexesreferentes aos contedos discutidos. Nesta sntese, os professores deveroser auxiliados a ampliar uma compreenso crtica sobre: De que forma a concepo adotada pelo professor acerca da surdez pode

    determinarofazerpedaggicoeporconseqnciaoprocessodeensinoe aprendizagem?

    5. Plenria (30 in.)Aonal,osparticipantesdeveroapresentar,paraaplenria,otexto-snteseque cada grupo produziu.

    PEROdO dA TARdE

    TEMPO PREVISTO04 horas

    1. Leitura e estuo e teto (1 45 in.)Para iniciar o formador dever propor aos participantes que se dividam emgrupos de at cinco pessoas para leitura e discusso sobre o seguinte texto:

    Fernanes, S. (2000). A lngua de sinais e outras formas de comunicaovisual. Conhecendo a Surdez, Paran: Curitiba, SEDUC/ DEE. (pp. 74-81).Texto apresentado no Anexo 01. Aps o trmino da leitura e discusso sobre

    o texto, recomenda-se que se faa um intervalo.

    2. Intervalo (15 in.)

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    3DESENVOLVENDO COMPETNCIAS PARA O ATENDIMENTO S NECESSIDADES EDUCACIONAIS ESPECIAIS DE ALUNOS SURDOS

    3. Estuo irigio (1 )Em seguida, o formador dever sugerir que os participantes se organizemem dois grandes grupos, a eles delegando as seguintes tarefas:

    Grupo 1: Apresentaodeumasntesereferentepropostamonolnge,apontando

    os recursos e as formas de comunicao que constituem essa abordagem. Identicaodeexemplosprovenientesdesuaprticacotidianadeensino,

    que ilustrem essa situao.

    Grupo 2: Apresentaodeumasntese,combasenapropostadeeducaobilnge,

    apontando os recursos e as formas de comunicao que constituem essaabordagem.

    Identicaodeexemplosprovenientesdesuaprticacotidianadeensino,que ilustrem essa situao.

    4. Plenria e Fecaento (1 )Ambos os grupos devero apresentar a sntese produzida, para os participantesem plenria. To logo tenham se apresentado, o formador dever dar incioanovadiscusso,levandoosparticipantesareetiremsobreosprocessosepropostas de educao empregados em cada abordagem, sinalizando: Os limites e as possibilidades de cada abordagem.

    Asdiculdadesenfrentadaspeloalunosurdoemalgumassituaesdeaprendizagem.

    As possibilidades de acesso e de apropriao do conhecimento pelo aluno

    surdo, bem como quais seriam as condies facilitadoras desse processo,a serem adotadas por aquele que ensina.

    A necessidade de utilizao, pelo aluno surdo, de diferentes recursossimblicos empregados no processo de construo do conhecimento.

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    4 ENCONTRO

    4. SENSIBILIZANDO O PROFESSORPARA A EXPERINCIA COM A SURDEZ

    TEMPO PREVISTO02 horas e 45 min.

    FINALIDADE DESTE ENCONTROFavorecer condies para que cada professor vivencie a simulao da surdez,atravs do impedimento da percepo auditiva.

    MATERIAL Uma televiso Um aparelho de vdeo cassete Umatadevdeocontendoumanotciadetelejornal,comduraomxima

    de cinco minutos.

    SEqNCIA DE ATIVIDADES Este encontro dever se caracterizar por diferentes momentos de interao

    reexiva.

    1. Veo(05 in.)Parainiciar,oformadordeverapresentarumatadevdeocontendoumanotcia de algum telejornal, cuidando para que a mesma seja apresentadasem som, utilizando-se apenas da imagem visual, com durao mxima decinco minutos.

    Recoena-se ao foraor que, antes a apresentao oveo, oriente os participantes a observare, atentaente,as principais sensaes eperientaas enquanto assisteao veo,

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    40DESENVOLVENDO COMPETNCIAS PARA O ATENDIMENTO S NECESSIDADES EDUCACIONAIS ESPECIAIS DE ALUNOS SURDOS

    procurano ientificar as ificulaes enfrentaas eos recursos utilizaos por caa u na copreenso aensage veiculaa.

    2. Interao reexiva(1 )

    Em seguida, o formador dever dar incio ao processo de discusso, sugerindoacadaparticipantequerelatesuasreaessobreasdiculdadesvivenciadasao assistir o vdeo e os recursos empregados na tentativa de compreender anotcia. Nesse primeiro momento, os participantes devem evitar focalizar ocontedo da notcia, mas sim privilegiar a experincia da compreenso semo recurso da audio.

    Palavras que sintetizem o contedo relevante das respostas devem ir sendoanotadas no quadro negro, para uso posterior e norteador na discusso ereexo.

    3. Intervalo (15 in.)

    4. Prouo iniviual (20 in.)Reiniciando os trabalhos, o formador dever solicitar aos participantes queelaborem, individualmente, uma sntese sobre a compreenso que tiveramacerca do contedo abordado no vdeo, utilizando-se de diferentes recursossimblicos, com exceo da linguagem oral.

    Em seguida, o formador dever sugerir aos participantes que se organizem

    em um crculo grande, possibilitando, a cada um, a apresentao da sntesepessoal aos demais integrantes do grupo.

    5. Reapresentao o veo (05 in.)Paranalizar,ovdeodeverserreapresentadoaosparticipantes,squedesta vez de forma audvel, possibilitando aos professores que comparemsua primeira e segunda percepo da notcia.

    6. Debate nal (1 h)

    Em seguida, sugere-se que os participantes, em organizao de plenria,

    analisemediscutamsobreasdiculdadesenfrentadaspeloalunosurdonacompreenso de situaes cotidianas, com ateno especial s adaptaescurriculares que podem se fazer necessrias para o ensino e avaliao dessesalunos.

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    5 ENCONTRO

    5. A SINGULARIDADE DOS ALUNOS SURDOSEXPRESSA NA LEITURA E NA PRODUO

    DE TEXTOS: O ENSINO E A AVALIAO

    TEMPO PREVISTO08 horas

    FINALIDADE DESTE ENCONTRO

    Favorecer condies para que cada professor compreenda a singularidadedos alunos surdos, expressa atravs da leitura e da produo de textos (ref. sexpectativas 05 e 06)

    MATERIAL1. Brasil (1997). A Avaliao da Aprendizagem.A Educao dos Surdos,vol. II.

    Srie Atualidades Pedaggicas 04, Braslia: MEC/SEESP, pp. 308-310, textoapresentado no Anexo 02.

    2. Brasil (1997). Adaptaes Curriculares para os alunos surdos.A Educao

    dos Surdos,vol. II. Srie Atualidades Pedaggicas 04, Braslia: MEC/SEESP,pp. 335-337, texto apresentado no Anexo 03.3. Fernanes, S. (2000). A Lngua Portuguesa. Conhecendo a surdez, Paran:

    Curitiba, SEDUC / DEE, pp. 81-87. Anexo 01.

    SEqNCIA DE ATIVIDADESEste encontro dever se caracterizar por diferentes momentos de interaoreexiva.

    PEROdO dA mANh

    TEMPO PREVISTO04 horas

    1. Leitura e estuo e teto(1 )Dando incio aos trabalhos do primeiro perodo, o formador dever proporaleituraeaidenticaodosaspectosrelevantesdotexto:

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    Fernanes, S. (2000). A Lngua Portuguesa. Conhecendo a surdez, Paran:Curitiba, SEDUC / DEE (pp. 81-87). Anexo 01.

    Para tanto, dever dividir os participantes em subgrupos de at cincopessoas.

    2. Interao reexiva(1 )Em seguida, o formador dever dar incio ao processo de exposio de idiasgeradas nos subgrupos, e sua discusso em plenria, pelos participantes, comoobjetivodetornarclaroepossvelaogrupo,comoumtodo,aidenticaodos principais aspectos apreendidos pelos professores durante sua leitura ediscusso.

    Sugere-se que, nessa atividade de anlise e discusso do texto, sejampontuados,peloformador,duranteainteraoreexiva,oseguinteponto: A sistematizao da Lngua Portuguesa na modalidade escrita e sua

    inuncia na produo escrita e oral do aluno surdo: como a escola develidar com isso?

    3. Intervalo (15 in.)

    4. Estuo e plenria (1 e 45 in.)Aps o intervalo o formador dever sugerir aos participantes que se acomodemnum grande crculo, para que possam acompanhar a apresentao de umconjunto de estratgias, divididas em atividades de leitura e produoescrita.

    Esta atividade dever se caracterizar pela discusso simultnea, entreparticipantes e formador, sobre alguns modelos de adaptaes sugeridas,incentivando,nosprofessoresoexercciodereexosobrealternativasdetrabalho com o aluno surdo.

    O formador dever apresentar um conjunto de estratgias voltadas para oexerccio da leitura e para a produo escrita (texto abaixo), discutindo com osprofessores sobre a atitude de explorao que eles devem assumir na relaocom seus alunos na dinmica da sala de aula:

    Favorecendo o acesso do aluno leitura atravs do contato com diferentesmateriais escritos;

    Incentivandooalunoaidenticarolivrocomoinstrumentoquefavorecea expanso de seus conhecimentos, alm de constituir-se em fonte deentretenimento;

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    Estimulando os alunos a desenvolverem a imaginao diante dodesconhecido;

    Promovendo situaes que incentivem a troca de idias diante de fatosconhecidos e desconhecidos pelos alunos, nos momentos de leitura;

    Incentivando a liberdade de escolha do aluno sobre o tipo de leitura quepretende realizar;

    Proporcionando momentos em que o aluno tenha a oportunidade denarrar aos colegas o que compreendeu do texto que escolheu para ler,incentivando-os a resumirem as principais idias do autor;

    Sugere-se que cada participante faa a leitura de um fragmento, seguida dareexoediscussodogrupo.

    EXPLORANDO ATIVIDADES DE LEITURA3

    1 sugesto:

    A criana poder escolher uma histria da sua preferncia e realizar a leituraindividual;

    Posteriormente poder narrar o que compreendeu do texto aos colegas; Oprofessorpodervericarquaisconhecimentosacrianaobteveemrelao

    leitura que fez, observando alguns aspectos, tais como: ttulo, coleo, autor,editora, ilustrao e outros.

    2 sugesto: O professor poder selecionar um livro para apresentar s crianas; Em seguida, com base na leitura do ttulo, incentiv-las a realizarem

    uma predio a respeito do que ser abordado pelo autor no decorrer dahistria;

    Posteriormente, o professor poder fazer a leitura para os alunos, interpretandoos fatos com bastante dramaticidade e entusiasmo, buscando, assim, mantera ateno de todos para aquilo que est sendo narrado. Neste momento, elepodercerticar-sedequeascrianasestoounoacompanhandoaevoluodos fatos, fazendo-lhes perguntas sobre o texto;

    O professor poder propor ao grupo a leitura do texto, explorando os seguintesaspectos:

    Adequao do ttulo

    3 Texto organizado por Cludia Valderramas Gomes e Sandra Eli Sartoreto de Oliveira Martins, a partir de:Kozlowski, L. (1997).A leitura e a escrita do deciente auditivo.Texto apostilado. Curitiba: CEAL.ExemplosdeatividadesorganizadasporDeyseMariaCollet,MyriamRaquelPinto,MargotL0ttMarinho,Sandra Patrcia de Faria e Marlene de Oliveira Gotti - Texto apostilado - Braslia: SEESP/MEC (2000).

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    Personagens Sugesto de outro ttulo Identicaodeaspectosmaisespeccoscomrelaoaolugaremquese

    passa a histria, fatos principais, ordem dos acontecimentos (incio, meioenaldahistria),moraldahistria.

    3 sugesto: Essa atividade dever realizar-se a partir de um nico material escrito, que

    poder ser uma histria escolhida pelo professor ou pela criana; O professor poder fazer a leitura e interpretao da histria; Prope uma dinmica de apresentao aos colegas sobre a compreenso da

    seqnciadosfatos,enfocandoaordemdosacontecimentos:incio,meioemdahistria;

    Prope a elaborao de dilogos, pelo grupo, com objetivo de montar umscript para dramatizao da histria;

    Esse script poder partir das idias das crianas (texto coletivo) tendo o

    professor o papel de escriba do grupo; O professor poder coordenar a montagem do cenrio que ir compora histria, sugerindo a escolha dos personagens e a definio das suascaractersticasegurino;

    Realiza-se a dramatizao, tendo como apoio o script, para ensaiar as falasdos personagens.

    Sugesto e ateriais escritos a sere trabalaos1. Textos jornalsticos: jornais e revistas;2. Descries contextualizadas sobre objetos, figuras, animais, pessoas e

    outros;

    3. Narrativas: Fbulas; Histrias infantis; Fatos ocorridos no dia-a-dia; Contos de literatura infantil;

    4. Entretenimento: textos poticos, revistas em quadrinho, provrbios, parlendas,trava-lngua, letras de msicas, anedotas.

    ExPLORANdO A LEITURA dE Um JORNAL

    Acrianadevermanusearojornal,identicandosuasdiferentespartes; O professor poder chamar a ateno sobre o que contm cada uma das

    partesquecompemojornal:economia,cultura,esportes,classicados,coluna social e outros, destacando, tambm a data, local de publicao, nomedo jornal, caractersticas dos jornais de cidades diferentes.

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    45DESENVOLVENDO COMPETNCIAS PARA O ATENDIMENTO S NECESSIDADES EDUCACIONAIS ESPECIAIS DE ALUNOS SURDOS

    O professor poder incentivar s crianas a interpretarem as manchetes,fazendo uma predio sobre a notcia;

    Posteriormente, poder lev-las a interpretaes mais complexas, com basenaleituradotextojornalsticopropriamentedito,identicandooassunto,olugar, pessoas envolvidas, etc...

    Poder lev-lasa identicarestilosdetextosdiferentes:analisarsefazem

    parte do setor de economia, cultura, esportes, etc... O professor poder incentivar o reconhecimento de propagandas, a partir da

    interpretao dos anncios. Estes podero ser agrupados conforme a categoriasemntica a que pertencem: vesturio, alimentao, automveis, etc...

    Oprofessordeverexploraraseodeclassicados,favorecendoscrianasaobservao dos seguintes elementos: o que as pessoas encontram nesta partedo jornal, o que pode ser anunciado, como deve ser o texto de um anncio,endereo para contato.

    ExPLORANdO O TRABALhO COm RECEITAS CULINRIAS

    O professor poder explorar textos de receitas culinrias, apresentando-aspara as crianas como um roteiro para a execuo de algumas tarefas quepodero resultar numa atividade sugestiva e prazerosa;

    Inicialmenteascrianasdeveroler,identicarereconhecerosingredientesa serem utilizados;

    Em seguida devero, com base na leitura, compreender o modo de fazer; Finalmente devero, juntamente com o professor, ir para a cozinha executar

    a receita de maneira prtica.

    ESTRUTURANdO Um SETOR dE CURIOSIdAdESNA SALA dE AULA

    Esse setor poder funcionar, na sala de aula, como um espao paraxao,peloprofessore/oupelosalunos,detextospropagandsticos,notcias trazidas de casa pelas crianas, letras de msicas, receitasculinrias, poesias, anedotas ou qualquer outro texto que possa serde interesse do grupo.

    O formador dever estar constantemente estimulando, entre os participantes,

    arefexosobreoutrosexemplosdeestratgiasdeleituraaseremempregadas no trabalho com o aluno surdo no contexto da sala inclusiva.

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    46DESENVOLVENDO COMPETNCIAS PARA O ATENDIMENTO S NECESSIDADES EDUCACIONAIS ESPECIAIS DE ALUNOS SURDOS

    mOdELOS dE LEITURA

    moelo e processaento escenente:

    Parte-se de uma percepo global do texto; leitura incidental; Utiliza-sedememriavisual;leituraideogrca;

    Direciona-se de cima para baixo: do todo s partes; Consideram-se importantes os esquemas prvios e hipteses do leitor; A compreenso mais facilmente obtida num contexto mais amplo, com

    textossignicativosparaoaluno; A compreenso impulsionada pelo leitor. Comea quando ele seleciona seus

    conhecimentosprviosacercadoassunto,sobreotemadotexto;vericasetaisconhecimentosestoconrmadosounonotexto;levantaexpectativase hipteses;

    Procura pistas sobre o assunto do texto, observando o ttulo, o autor, a forma,o gnero literrio;

    Identifica ilustraes, esquemas, grficos, mapas como auxlio compreenso;

    Identicapalavras-chavespararealizaraleitura,buscandoumavisoglobaldo texto;

    Tomanotas; classicaosentido;realizaa traduo lnguadesinais/lngua portuguesa no contexto;

    Elabora uma sntese do texto.

    moelo e processaento ascenente

    De baixo para cima: das partes ao todo;

    Primeiro ocorre o acesso ao cdigo fonolgico, depois s palavras, frases esentenas;

    Leitura alfabtica;

    Anlise das caractersticas das letras quanto sonoridade, posio, combinaoentre duas ou mais letras, etc...

    Dando continuidade apresentao das estratgias o coordenador dever explorar,juntamente com os participantes, atividades dirigidas produo escrita.

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    4DESENVOLVENDO COMPETNCIAS PARA O ATENDIMENTO S NECESSIDADES EDUCACIONAIS ESPECIAIS DE ALUNOS SURDOS

    EXPLORANDO ATIVIDADES DE PRODUO ESCRITA

    O professor poer: Incentivar os alunos a produzirem diferentes modelos de textos: dissertativos,

    descritivos, narrativos, poticos, propagandsticos e outros; Proporcionar aos alunos momentos de escrita, que envolvam a elaborao de

    cartas, bilhetes, cartes, convites, etc... Proporatividadesdemodicaesparaonaldeumafbulaconhecida; Propor a escrita como continuidade a algum texto anteriormente explorado

    pelo grupo; Sugerir a transformao de uma histria narrativa em uma histria em

    quadrinhos; Estimular a reproduo escrita de uma histria que tenha sido explorada pelo

    grupo, confeccionando um livro; Incentivar a produo escrita de textos jornalsticos, registrando fatos e

    acontecimentos do cotidiano escolar e/ou pessoal (comentando uma festa,

    um passeio, um fato ocorrido na cidade, etc...) Propor que os alunos redijam textos propagandsticos com base nos modelos

    analisados.

    O coordenador dever apresentar alguns exemplos de atividades de leitura eproduo escrita, discutindo com os participantes as adaptaes necessrias aotrabalho com o aluno surdo no contexto de uma sala inclusiva.

    1 Eeplo:

    O professor de uma turma de 4 srie do ensino fundamental utiliza a lngua desinais e, alternadamente, a lngua portuguesa oral, enquanto registra a lnguaportuguesa escrita (resumo no quadro de giz) para explicar os contedos expressosna histria do Descobrimento do Brasil.

    O professor entrega turma o texto-base da 4 srie e textos das sries anteriores,todos tratando do mesmo assunto, Descobrimento do Brasil, para que os alunospossam realizar algumas atividades, tais como:

    a) Leitura/interpretao de um texto de sries anteriores que trate do mesmoassunto,pormmaisadequadoaonvellingsticodosalunos;

    b) Discusso sobre os principais conceitos e informaes presentes no texto,registradaspormeiodemontagemdefrases,jogos,procurapelasignicaodas palavras nesse contexto e no dicionrio;

    c) Elaborao de uma sntese do texto;d) Retorno ao texto-base da 4 srie para leitura e interpretao pelos alunos.

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    4DESENVOLVENDO COMPETNCIAS PARA O ATENDIMENTO S NECESSIDADES EDUCACIONAIS ESPECIAIS DE ALUNOS SURDOS

    2 eeplo:

    Produo de um trabalho de artes plsticas (recorte e colagem, desenho doaluno, pintura, etc) sobre determinado tema;

    Levantamento do vocabulrio, inclusive de expresses idiomticas, no quadrode giz, provenientes da produo plstica;

    Estmulo para produo e elaborao de texto pelo aluno, com base na suaprpria produo plstica.

    3 eeplo:

    Apresentao de textos de naturezas diferentes (dissertativos, narrativos,informativos e outros), propondo as seguintes atividades:

    1 passo:O texto inicial contado em lngua portuguesa oral e em lngua de

    sinais, pelo professor ou pelo aluno;

    2 passo: Todos os alunos, individualmente, recontam a histria usandoa criatividade (ex: maquetes com cenrio mvel, jogos de palitos, bonecos,miniaturas);

    3 passo: Os alunos passam para a produo individual ou coletiva do texto. preciso ter cuidado para no interferir, neste momento, no texto do aluno, seja naestrutura, seja no vocabulrio. (Pode haver escrita do portugus com a estruturada lngua de sinais).

    4 passo: Processo de reelaborao do texto de um aluno para o portugusformal.

    Escolhe-se um texto produzido pelo aluno para reescrita. Este texto serrepassado para um cartaz. Paralelamente, o professor proceder comparaodas duas lnguas, apresentando para o surdo a escrita formal do portugusatravsde:palavrasnovas,cartoconito,palavrascruzadas,umapalavrapuxaoutra isso lembra aquilo..., caa palavras, jogos ldicos, dicionrios ilustrados,dicionrios temticos (ex: datas comemorativas uma palavra para cada letrado alfabeto); construo frasal, etc.

    4 Eeplo:

    Utilizao de gibis e/ou histrias em quadrinhos de jornais como texto e/ouvice-versa;

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    4DESENVOLVENDO COMPETNCIAS PARA O ATENDIMENTO S NECESSIDADES EDUCACIONAIS ESPECIAIS DE ALUNOS SURDOS

    Com base nesse material realiza-se a leitura, discusso, anlise e interpretaoda histria;

    Sugere-se aos alunos a reproduo da histria atravs da escrita, comoexerccio de reestruturao e contextualizao do texto;

    O professor poder direcionar a escolha de alguma histria em quadrinhos,em que um dos personagens esteja utilizando expresses incorretas para que

    ambos, professor e aluno, reelaborem o texto, proporcionando ao aluno surdoaoportunidadedeidenticarasinadequaes,tendocomobaseopadroformal da lngua portuguesa escrita.

    O professor tambm poder sugerir a transformao de um texto narrativoe/ou dissertativo j trabalhado, em quadrinhos ilustrados, estimulando aconstruo de dilogos entre os personagens da histria.

    5 Eeplo:

    Escolhe-seumapealiterriaqualquer,quetenhaumlmequenelasebaseou;

    Apresenta-seolmedarespectivaobraparaogrupodealunoseparaoalunosurdo, com traduo simultnea em lngua de sinais;

    Discute-seamplamenteolmecomogrupo; Sugere-se, aos alunos, que escrevam a histria da maneira como entenderam,

    observando a ordem dos fatos e principais acontecimentos; O professor analisa e discute, em conjunto com o aluno surdo, a produo

    escrita, propondo a reelaborao do texto; Ambosrealizamaleituraecomparaoentreotextoinicialenal.

    6 Eeplo

    Tornar um texto mais acessvel, utilizando algumas estratgias como asapresentadas nos itens 1 e 2:

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    O RATO E O LEO dOURAdO

    (Gil Kipper Produes)

    Nas savanas africanas, o sol nem bem desponta e a vida animal desperta paraum novo e longo dia. As manadas de diversas espcies se misturam, para juntos

    saborearem a gua cristalina do rio. Um pouco mais isolados dos outros animais,camoslees,queestodebarrigacheia,porquepassarama noitecaandoe comendo. O calor do sol da manh um convite para os lees dormirempreguiosamente.

    Enquanto o rei dos animais dormia profundamente, um desastroso ratinhotropeou e caiu entre as jubas do grande felino, que acordou muito furioso.

    O leo dourado pegou o ratinho pelo rabo, ergueu para o alto e abriu a grande

    mandbula para engoli-lo.

    - Perdo, grande rei gritou o ratinho Deixe-me ir e prometo no incomod-lomais. Talvez um dia eu possa retribuir o seu gesto de bondade!

    - O leo deu uma risada que ecoou nas montanhas.

    - V embora, pequeno roedor, cresa e engorde para que eu possa com-lo. tudo o que voc pode fazer por mim.

    Tempos depois, o leo dourado caiu em uma rede, deixada por caadores deanimais selvagens. O leo pressentiu o perigo e comeou a chamar por socorro.Anoiteceu, e ningum apareceu para ajud-lo. Somente as hienas observavam distncia...

    Foi quando, de repente, surgiu o pequeno ratinho. Todo prosa, o ratinho falou:

    Eu no disse que um dia eu poderia ajud-lo?!E comeou a roer as cordas da rede, soltando o leo.

    Muitograticado,oreidosanimaisconvidouoratinhoparaviverentreos

    lees, com muita proteo e comida.

    1. Denir palavras com um vocabulrio mais acessvel:

    - Desponta surge.- Desperta acorda.- Manadas rebanhos.

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    - Saborearem provarem, beberem.- Cristalina limpa, fresca.- Isolados distantes.- Barriga cheia alimentados.- Desastroso desajeitado, distrado.- Furioso nervoso, bravo, irritado.

    - Grande mandbula boca.- Engoli-lo com-lo.- Incomod-lo perturb-lo.- Retribuir recompensar.- Ecoou repetiu-se, reproduziu.

    2. Denir expresses atravs do uso de sinnimos:

    Nativos selvagens - vida animal Mais um inusitado e aventuresco dia, um dia cheio de novidades e

    aventuras mais um novo e longo dia. Permanecerem em total desmazelo, indolncia - Dormirem

    preguiosamente Estava em sono pesado - Dormia profundamente Rei dos animais, um grande gato selvagem, o mais nobre, o distinto, o

    poderoso, o majestoso, o suntuoso - Grande felino Grandiosidade, generosidade, polidez, honradez, distino - gesto de

    bondade Prendeu-se em uma armadilha - Caiu em uma rede Convencido - Todo prosa

    7 Eeplo

    Estratgias com o livro texto e com o vdeo; Escolhe-seumlivroeolmecorrespondente; Faz-se a apresentao do vdeo; Em seguida efetua-se a traduo para lngua de sinais - LIBRAS; Prope-se a seleo de palavras-chaves, mostrando a escrita no livro e o

    sinal concomitante, dando pausa no vdeo e associando com as gravuras do

    livro; O aluno dever ser incentivado a elaborar a mensagem que captou, produzindo

    seu prprio texto escrito; Em seguida professor e aluno trabalham juntos na reelaborao do texto.

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    PEROdO dA TARdE

    TEMPO PREVISTO04 horas

    1. Leitura e estuo os tetos(1 )

    Dando incio aos trabalhos do segundo perodo, o formador dever propor aleituraeaidenticaodosaspectosrelevantesdosseguintestextos:

    a) Brasil (1997). A Avaliao da Aprendizagem. A Educao dos Surdos,vol. II. Srie Atualidades Pedaggicas 04, Braslia: MEC/SEESP (pp. 308 a310 e 335 a 337). Anexo 03.

    b) Fernanes, S. (2000). Avaliao. Conhecendo a surdez,Paran: Curitiba,SEDUC/DEE, pp. 87 a 97. Anexo 01.

    Para tanto, dever propor a diviso dos participantes em subgrupos de atcinco pessoas.

    2. Interao reexiva(1 )Em seguida, o formador dever dar incio ao processo de exposio de idiase discusso em plenria, pelos participantes, com o objetivo de tornar claroepossvelaogrupo,comoumtodo,aidenticaodosprincipaisaspectosapreendidos pelos professores durante a leitura e a discusso do texto,observando os seguintes aspectos: Avaliao dialgica do processo de ensino e aprendizagem. Interferncias da Lngua de Sinais na produo escrita de alunos

    surdos.

    3. Intervalo (20 in.)

    4. Eerccio prtico (1 e 40 in.)Aps o intervalo, dever ser proposto aos participantes o desenvolvimento deum exerccio prtico de avaliao da produo escrita de alunos surdos.

    Recomenda-se que esta atividade seja planejada da seguinte maneira: Os professores devero estar organizados em grupos de at cinco

    pessoas; O formador dever ler, com os participantes, a proposta de avaliao e

    interveno abaixo apresentada;

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    Em seguida, o formador dever fazer a distribuio de alguns textos

    produzidos por alunos surdos, destinando um texto para cada grupo de

    professores.

    Estes devero fazer a anlise e avaliao compreensiva desses textos,

    recomendando os procedimentos de interveno que entendam

    interessantes.

    MODELOS DE TEXTOS DE ALUNOS SURDOS.PROPOSTA DE INTERVENO E DE AVALIAO

    Teto 1

    Os amigos est convite. Vamos Formosa Clube semana e o seu ele v

    carnaval pessoas para banco como houve falou amigos pedir acabou,j noite as pessoas amigos para outra vamos j e embora ele passear

    para vamos ele cansado banho dormiu.

    (J.S.R. supletivo Fase III Nvel II)

    SUGESTES PARA ATIVIDADES

    1. Interpretao dialgica (professor junto com o aluno) sobre o texto produzido,

    para anlise do contedo;2. Anlisedaseqncialgicadasidias;

    3. Reelaborao / reescrita do texto.

    Osamigoszeram-lheumconvite:

    - Vamos ao Formosa Clube nesta semana?

    Eles foram ao clube e viram pessoas pulando carnaval.

    Ele foi ao banco e falou com os amigos:

    - Vou pedir dinheiro. O meu acabou.

    Eles disseram:

    - Vamos j embora.

    noite, ele saiu com os amigos para passear.

    - Vamos. Estou cansado. Vou tomar banho e dormir.

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    AVALIAO

    Anlise e conteo

    Estaumahistriacomincio,meioem.Oalunoconseguiutransmitirsuamensagem.

    Na avaliao primeiramente devem ser observados os aspectos semnticos(contedo).Emseguidaaseqncialgicadasidiase,nalmente,estruturaofrasal mnima para se ter a compreenso do texto.

    No processo de reelaborao devem ser trabalhados e cobrados tambm osaspectos formais (morfologia e sintaxe).

    Os aspectos formais (gramaticais) devem ser cobrados medida que forem sendoestudados. Num determinado texto cobram-se os verbos de ligao ausentes;

    num outro, as concordncias e assim por diante.

    ASPECTOS RELEVANTES NA AVALIAO DA PRODUO ESCRITADOS SURDOS

    - Primordialmenteaspectossemnticos:contedoeseqncialgica.- Gradativamenteeisoladamente:estruturaofrasal,ortograaeagramtica

    propriamente dita (artigos, elementos coesivos: preposies, conjunese pronomes, verbos de ligao, concordncias, ordem sinttica (SVO),

    ortograa)

    Teto 2

    O mdico procurar o algodo escondido.O mdico est achando o algodo muito espertos.

    (C.R. - 2 srie)

    Teto reestruturao

    O mdico procurou o algodo.O algodo estava escondido.O mdico achou o algodo.Como o mdico esperto!

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    TEXTOS DE ALUNOS SURDOS PARA SEREMANALISADOS PELOS PROFESSORES

    Reprouo escrita e ua aneota

    Era um 2 irmo e a menina o gato quer falar MIAU.Ele disse:- Ou voc est puxando meu gato.Eu vou segurando que puxando e ele.

    L.A.Q.F. 3 srie (E.F.)

    Elaborao e u cartaz e aviso:

    Cuidado com a dengue e o mosquito e pica e doe febre doena e muitoperigoso;cadoente,bolinhavermelha,doeuolhoetodomundoeagenteentocidade,comochamaAedesAegyptiNa cidade e gente muito doenteObrigado

    C.A.M.A. 3 srie (E.F.)

    Prouo escrita aps u passeio realizao

    Ns foi no pic-nic

    (nome do lugar) Ns chegamos no pic-nic As gente entrou na sala as crianas sentado no cho vai comear o

    teatro Despois comendo o cachorro-quente e bebendo o guaran despois

    brincar no parque parou jogar o futebol e jogar no quema vamosvereprocuraromacaconaorestaomacacofugiuagoravamosembora. Volta a escola levar as mos para cozinha.

    R.A.C.M. 2 srie

    Prouo e teto espontneo sobre istrias assobraas

    Eu irmo e a tia vou morreu medo do escuro meu pai morreu eu foil viu saiu eu irmo e a tia vou embora.

    A.P.S.S. 1 srie (E.F.)

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    histria assobraaQuando eu estava dormindo eu sonhei muito com medo bom eu voufalar agora:Eu estava nadando e o jacar tambm estava no rio ai, o jacar eleestava com fome

    Ai o jacar quase me mordeuDepois eu acordei eu falei para minha meMe voc deixa eu dormir com voc porque eu estou com muito medodo o jacar.Ai minha me e no deixo porque tinha dormir sozinho porque gostoso dormir bem sozinho.Minha me falou:- Vai pro seu quarto agora.

    J.P.S. 3 srie (E.F.)

    Prouo e teto relativo ao tea Olipaas

    Ol fraze que nosso, vamos futebol voc vai que, depois.- Voc como vai l Olimpadas, lembra voc corre muito rpido.Oi voc vai futebol olimpadas voc tudo muito tem, nossa rpidocomo voc vai l futebol tem, eu gosto tudo.O basquete, boxe, handebol, vlei, futebol, etc...Ol Brasil vai jogar no sei vai bola no campo.Uma frase l no campo joga futebol.

    Nossa vamos, l campo basquete vai joga chime U.S.A. vai l trabalho vamos, voc vai que loja tem roupa.Este simbo das Olimpadas nossa tem tudo l loja eu vou l no seivai ve shoppins nome l Australia.Eu vou l Austrlia no sei, vai sim tudo frase l.

    R.A.S.M. 3 srie (E.F.)

    Produo escrita relatando o nal de semana

    SbaoEu foi casa da vov e depois carro papai acora eu voi dentista homemfala nome Rafael depois vai casa vov joga *videogame acora brincacarrinhodepois euvideome amoareu foi casaminhabrincamigo.

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    doingoEu fui casa minha comer po depois casa vov acora joga video-gameacora amoa vai brinca carrinho fraze tabuada 2 e 9 casa minha depoisvai telifato.

    R.A.S.M. 3 srie (E. F.)

    Em seguida, os professores, passaro anlise dos textos, tendo comoreferncia as orientaes do texto estudado neste encontro.

    Com base nesse referencial, os professores devero elaborar propostas ecritrios para a avaliao, observando:a. O nvel da escrita;b. A anlise do contedo do texto;c. Aanlisedaseqncialgicadasidias;. Os erros que evidenciam a condio de aquisio da escrita em uma

    segunda lngua;

    e. A comparao entre a lngua escrita e a lngua de sinais.

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    6 ENCONTRO

    6. DA IDENTIFICAO DE NECESSIDADESEDUCACIONAIS ESPECIAIS S

    ALTERNATIVAS DE ENSINO

    TEMPO PREVISTO08 horas

    FINALIDADE DESTE ENCONTRO

    Identificar as necessidades educacionais especiais mais comumenterelacionadas a surdez (ref. expectativa 2). Identificar e propor adaptaes curriculares que possam atender s

    necessidades educacionais especiais, nas diferentes categorias (organizativas,de objetivos e contedos, de procedimento pedaggico, de avaliao, tantono mbito de ao do professor - pequeno porte, como no mbito tcnico-administrativo grande porte) ref. s expectativas 8, 9 e 10.

    MATERIAL1. Fernanes, S. (2000). Polticas educacionais: Educao para todos e a

    proposta pedaggica. Conhecendo a surdez, Paran: Curitiba, SEDUC/DEE,p.p. 97 a 100. Anexo 01.

    SEqNCIA DE ATIVIDADESEste encontro dever se caracterizar por diferentes momentos de interaoreexiva.

    PEROdO dA mANh

    TEMPO PREVISTO04 horas

    1. Leitura e estuo e tetoPropor aos participantes a leitura do texto previsto sobre Polticas EducacionaisAnexo 01.

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    2. Estuo irigio(1 e 45 in.)Ao iniciar-se este encontro, o formador dever solicitar aos participantesque se renam, em grupos de no mximo 04 (quatro) pessoas, obedecendoao critrio de srie na qual ministra aulas (grupo de professores de 1 srie,grupo de professores de 2 srie, e assim por diante). Recomenda-se estaorganizao grupal, porque as atividades a serem desenvolvidas exigiro que

    cada um possa se manifestar e ter, da parte do grupo, a ateno necessriapara o cumprimento de sua tarefa.

    Ser solicitado aos participantes que desenvolvam a seguinte atividade: Que cada membro do grupo, pensando em sua realidade de sala de aula,

    selecione um caso de aluno que apresente algum grau de perda auditiva,representando para o professor um problema de ensino (n crtico noprocesso de ensino e aprendizagem).

    Cada membro dever apresentar o caso que escolheu, o qual dever serestudado e analisado, em conjunto, pelos quatro participantes do grupo.

    Considerando a possibilidade de algum (ns) professor (es) no ter (em)ainda tido a experincia de ensino a aluno surdo, o coordenador deverse manter atento para garantir que cada grupo tenha pelo menos umprofessor que possa apresentar um caso.

    Aanlisedecadacasodevercompreenderacaracterizaodasdiculdadespresentes no processo de ensino e aprendizagem, a discusso sobre seuspossveisdeterminantes,aidenticaodasnecessidadeseducacionaisespeciaisdoalunoenalmente,aidenticaodasadaptaescurricularesde pequeno porte (pequenos ajustes) e as de grande porte (ajustes queenvolvem estrutura tcnico-administrativa do