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ANAIS DO IV WORKSHOP INTERNACIONAL SOBRE PLANEJAMENTO E
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL EM BACIAS HIDROGRÁFICAS
04 a 08 de novembro de 2013
Local: Universidade Estadual Paulista UNESP
Auditório da Faculdade de Ciências e Tecnologia Presidente Prudente, São Paulo - Brasil
http://bacias.fct.unesp.br/4workshopbacias/
Eixo Temático: Políticas Públicas e Comitês de Bacias Hidrográficas P á g i n a | 572
POLÍTICAS DE DESENVOLVIMENTO RURAL IMPLEMENTADAS EM
MICROBACIAS HIDROGRÁFICAS
Janio Gomes do CARMO Mestrando em Geografia pela FCT/UNESP Presidente Prudente SP
e-mail: [email protected] Antonio Nivaldo HESPANHOL
Professor dos Cursos de Graduação e pós graduação em Geografia da FCT/ UNESP Presidente Prudente SP
e-mail: [email protected]
RESUMO Com o intuito de reverter parte dos problemas ambientais gerados pela agricultura moderna, a partir dos anos 1960 foram implementadas algumas políticas de desenvolvimento rural utilizando como recorte espacial as microbacias hidrográficas no Brasil. O Programa de Microbacias Hidrográficas surge nesse contexto, inicialmente nos estados do Paraná e Santa Catarina, e posteriormente no Estado de São Paulo. As ações do Programa Estadual de Microbacias no Estado de São Paulo priorizaram a recuperação de áreas degradadas, o combate à erosão e ravinamentos e estimulou a participação e a organização dos produtores rurais em associações. Palavras-chave: Agricultura Moderna; Programa Estadual de Microbacias Hidrográficas; Políticas Públicas
ABSTRACT With the purpose of reversing part of the environmental problems generated by modern agriculture, from the 1960s were implemented some rural development policies by using spatial cutout as the hydrographic microbasins in Brazil. The State Program Watersheds arises in this context, initially in the states of Paraná and Santa Catarina, and later in the State of São Paulo. The actions of the State Program of catchments in the State of São Paulo have prioritized recovery of degraded areas, combating erosion and ravines and encouraged participation and organization of rural farmers into associations. Keywords: Modern Agriculture, State Program watersheds; Public Politics
1 . INTRODUÇÃO
Nesse trabalho serão apresentados os resultados do Programa Estadual de Microbacias
Hidrográficas no município de Caiuá. Na primeira parte, contextualizamos o momento político
brasileiro durante a elaboração da constituição de 1988, marco fundamental da instituição de
políticas públicas descentralizadas. No segundo item, abordamos as consequências do
desenvolvimento da agricultura moderna no país e as primeiras ações dos programas de
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Microbacias instituídos no Sul do país e, posteriormente, no Estado de São Paulo. No terceiro item
são analisadas as ações do Programa de Microbacias no Estado de São Paulo, com base nos
trabalhos realizados pela CATI, e por fim, são analisados os resultados do PEMH no município de
Caiuá.
1 As Ações do Estado e o Desenvolvimento Rural Brasileiro
O processo de modernização da agricultura brasileira se insere num contexto favorável aos
investimentos externos no setor agrícola. O desenvolvimento industrial brasileiro criou as condições
necessárias para a ocorrência, à implantação da agricultura moderna ao direcionar subsídios
financeiros para o setor agrícola, por meio da adoção do Sistema Nacional de Crédito Rural
SNCR32. Assim, o governo favorece o desenvolvimento da agricultura; porém, ao proporcionar a
alteração na base técnica nas regiões onde o meio rural era mais dinâmico, aumentam-se
consideravelmente a concentração regional, além de priorizar com recursos os grupos de médios e
grandes produtores rurais em detrimento dos pequenos.
Acreditava-se que a modernização da agricultura contribuiria para a o desenvolvimento
local, criando uma atmosfera empresarial. Desejava-se ampliar a produção de alimentos, contribuir
técni
ocorreu foi a crescente produção produtos exportáveis.
No Estado de São Paulo, o setor agropecuário foi o que mais se desenvolveu com o
movimento modernizador agrícola. Esse setor já estava consolidado, realizava integração com o
mercado financeiro e tecnológico se comparado às demais regiões brasileiras. De certa forma, o
resultado do processo de modernização da agricultura pouco contribuiu para reduzir a pobreza rural
e resultou na ampliação dos problemas ambientais.
Entre os anos de 1984/85 ganha força o movimento pela democratização do país. Os novos
agentes sociais passam a exercer um papel importante na luta pela redemocratização, culminando na
elaboração da Constituição Federal de 1988. Ela promoveu alterações de caráter social no Brasil, ao
legalizar os movimentos sociais, o direito a greve, dando maior autonomia aos municípios, sendo
instituídas políticas públicas mais descentralizadas.
32 - Cf Consultar as obras (DELGADO, 1985; MÜLLER, 1989; GRAZIANO DA SILVA, 1996).
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Para Navarro (2001) as mudanças políticas e socioeconômicas que estavam ocorrendo no
país, no final dos anos de 1980 a exemplo da promulgação da Constituição Federal de 1988, das
eleições diretas para a presidência da república, o direito de voto a todos os maiores de 16 anos, a
legalização dos movimentos sociais, contribuíram para acelerar o desenvolvimento rural, estando
presentes nesse bojo, os aspectos sociais, culturais e políticos decorrentes da democratização que o
país estava presenciando.
A partir dos anos de 1990, o debate sobre o desenvolvimento rural ganha força, por conta da
participação e do interesse do Estado com o desenvolvimento de políticas públicas, principalmente
(
(SCHNEIDER, 2003), a intensificação dos conflitos agrários, o fortalecimento e a pressão exercida
pelos movimentos sociais resultaram em mudanças nas definições das políticas públicas
direcionadas para o meio rural brasileiro (ORTEGA33, 2008), além do surgimento de uma nova
conotação no processo de organização do rural brasileiro (SCHNEIDER, MATTEI, CAZELLA,
2004).
O Estado promove alterações em beneficio do desenvolvimento rural, com o intuito de
adequar a nova realidade instituída no país, por conta da elaboração da Constituição Federal de
1988. Tais medidas proporcionaram um novo padrão de organização entre os pequenos produtores
rurais, através da participação nas decisões locais, nos Conselhos Municipais de Desenvolvimento
Rural e da maior organização social.
A criação dos Conselhos Municipais de Desenvolvimento Rural e das Secretarias
Municipais de Agricultura decorre das reivindicações no campo, ainda pouco difundidas entre os
agentes sociais. A formação das organizações sociais confirma este processo, pois almejava buscar
a cidadania entre os pequenos produtores rurais excluídos culturalmente, economicamente e
socialmente. Esse era um movimento ainda pouco difundido no Brasil, por isso, apresentava
A partir dos anos de 2000, o Programa Estadual de Microbacias Hidrográficas paulista passa
a ser parcialmente financiado pelo Banco Mundial. Com isso, muda-se o processo de intervenção,
33 - Cf - Consultar o trabalho. Territórios Deprimidos: desafios para as políticas públicas de desenvolvimento rural (ORTEGA, 2008).
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haja vista que, antes apresentava um aspecto setorial e tenta-se estimular o combate à degradação
(HESPANHOL; LOCATEL, 2006, p. 10).
Nesse período as políticas públicas estavam apoiadas na descentralização política e
administrativa que, em linhas gerias, buscavam valorizar a organização dos governos locais, com o
intuito de inserir os novos agentes sociais nesse novo rural brasileiro, torna-se importante a
participação dos municípios na elaboração dos projetos.
2. MODERNIZAÇÃO AGRÍCOLA E AÇÕES NO ÂMBITO DAS MICROBACIAS HIDROGRÁFICAS
A modernização agrícola promoveu o desenvolvimento tecnológico, estimulou o uso de
inseticidas, de sementes geneticamente modificadas, aumentando a produção dos produtos
exportáveis, favoreceu aos grupos de grandes produtores rurais. Como pontos negativos desses
processos, ocorreu à concentração de investimentos nas regiões mais dinâmicas, aumentou as
desigualdades socioeconômicas, contribuiu para a aceleração da degradação ambiental. O processo
modernizador aumentou consideravelmente os índices de produtividade, intensificando o uso da
terra e diminuiu a força de trabalho humano.
Hespanhol (2008) afirma que
[...] as suas repercussões sociais e ambientais foram desastrosas, o que
suscitou a emergência de movimentos visando a reverter ou a
amenizar os seus efeitos negativos, especialmente no que diz respeito
à degradação dos recursos naturais (HESPANHOL, 2008, p. 159).
A adoção do pacote tecnológico alavancou o processo de degradação ambiental, a poluição e
o assoreamento de córregos e rios, causando também problemas de saúde nos trabalhadores rurais.
A revolução verde provocou o uso indiscriminado dos recursos hídricos, o desmatamento e a
ocupação predatória dos espaços rurais, ocasionando a diminuição e até a perda da capacidade
produtiva dos solos (BRAGANOLO; PAN, 2001).
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Visto os danos causados pelo uso indiscriminado dos recursos naturais não renováveis, em
meados dos anos de 1980, intensificam-se as ações contrárias ao modelo produtivista implementada
no setor agrícola brasileiro.
Aos poucos, e de forma lenta e gradual, foram desenvolvidas ações públicas, com o intuito
de recuperar as áreas degradadas e direcionar aos pequenos produtores rurais políticas públicas
específicas, a fim de promover o desenvolvimento rural a esse grupo, outrora marginalizado.
No Sul do país foram instituídas políticas públicas descentralizadoras nas regiões que
apresentavam elevados índices de degradação ambiental, perda do potencial dos recursos hídricos,
pobreza ambiental, além desenvolver ações descentralizadoras no âmbito das microbacias
hidrográficas. Nos Estados do Paraná e de Santa Catarina no decorrer dos anos 1980 e 1990 foram
implementados os primeiros programas de microbacias hidrográficas com aporte financeiro do
Banco Mundial.
A intervenção nas microbacias e nas propriedades teve como base o desenvolvimento de
técnicas/práticas agrícolas, direcionadas para a promoção, o aumento de renda nas unidades
produtivas, a readequação das estradas rurais, o aumento a cobertura vegetal do solo, o uso
sustentável dos recursos naturais - Projeto Paraná Rural. O Projeto de Microbacias, no Estado de
Santa Catarina, desenvolveu entre os pequenos produtores rurais o uso racional dos mananciais,
conforme afirma Neves Neto (2009).
Os projetos de microbacias hidrográficas foram instituídos nesse contexto com o intuito de
preservar as áreas degradadas e promover o desenvolvimento econômico entre os pequenos
produtores rurais. Consistiram como principais objetivos dos projetos, a recuperação dos recursos
hídricos, o combate à erosão, a promoção do desenvolvimento sustentável na propriedade, e a
prática do associativismo.
As primeiras iniciativas ocorreram nos Estados do Sul34 do país e depois em São Paulo35com
o Programa Estadual de Microbacias Hidrográficas. O objetivo das ações desenvolvidas em alguns
estados do Sul do país ao formalizar os contratos era desenvolver políticas públicas, que
promovessem práticas exploratórias adequadas nas microbacias, e de certa forma, estimular o
aumento da produção agrícola entre os beneficiados.
34 - Cf Consultar os trabalhos: O Programa de Manejo das Águas, Conservação dos Solos e Controle da Poluição conhecido como Paraná Rural. FLEISCHFRESSER (1999); O Projeto de Recuperação Conservação e Manejo dos Recursos Naturais em Microbacias Hidrográficas no Estado de Santa Catarina conhecido como Microbacias. SABANÉS (2000). 35 - Cf consultar os trabalhos (HESPANHOL, 2005; 2008; NEVES NETO, 2009; CLEMENTE, 2010; SOUZA, 2012).
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Tendo em vista os bons resultados obtidos pelos programas instituídos nos Estados do
Paraná e Santa Catarina, o governo do Estado de São Paulo instituiu o Programa Estadual de
Microbacias Hidrográficas PEMH. O programa de Microbacias paulista, a partir do ano 2000,
contou com recursos do Banco Mundial e do Governo do Estado de São Paulo para desenvolver as
suas ações, prioritariamente nas áreas de maior pobreza rural e susceptibilidade à erosão.
3 - As Ações do Programa Estadual de Microbacias Hidrográficas em São Paulo
As discussões a respeito do Programa de Microbacias Paulista começaram a partir do ano de
1987 se estendendo até 1999. Nesse período foram desenvolvidas algumas ações pontuais no
território paulista. Destacam-se a participação da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral
(CATI) no ano de 1994, como gestora das ações do programa em São Paulo (CATI, 2001),
conforme destacam Hespanhol (2005); Neves Neto (2009); Clemente36 (2010) e Souza (2013).
Depois de várias reuniões e reformulações, o projeto de Microbacias Paulista foi aprovado pelo
Banco Mundial no ano de 1999. As ações nas microbacias selecionadas começaram em 2000 e se
estenderam até o ano de 2008.
O Programa paulista apresentou diretrizes parecidas com os programas implementados na
região Sul do país, ao abordar em seus projetos, o uso consciente dos recursos naturais. Os projetos
elaborados levavam em consideração os aspectos ambientais (manejo dos recursos hídricos,
controle erosivo), estimularam o associativismo nas comunidades rurais e incentivaram a
participação das comunidades locais, dos agentes sociais nas microbacias, de modo sistêmico
(BRAGANOLO; PAN, 2001; SOUZA, 2013).
As ações do programa de Microbacias paulista resultaram em melhorias na condição de vida
dos beneficiários, aumentou a renda, combateu os processos de degradação ambiental nas
microbacias hidrográficas e promoveu a exploração consciente dos recursos naturais. Nos
municípios, os investimentos foram direcionados para a capacitação de técnicos extensionistas e
infraestruturas, tais como, recursos para a montagem dos escritórios regionais e das Casas da
Agricultura distribuídas no Estado de São Paulo, com kits de informática, escritório e veículos
automotores. Os pequenos produtores rurais receberam a maior porcentagem dos recursos para
desenvolver as práticas associativistas (formulação das associações de produtores rurais), manejo
dos solos (calagem, terraceamento), além do controle das voçorocas e do combate à erosão.
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Em todo o Estado de São Paulo, os recursos para o desenvolvimento das ações do Programa
Estadual de Microbacias Hidrográficas foram de mais de 124 milhões de dólares. Deste montante,
69 milhões foram financiados pelo Banco Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento
(BIRD), totalizando 55,63% dos recursos. O governo paulista financiou 47,37% dos valores
investidos, perfazendo 55 milhões de dólares, conforme Hespanhol (2008).
O Programa de Microbacias Paulista abrangeu áreas com elevado índice de degradação
ambiental e com baixo número de Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), área de prioridade 1,
conforme a Figura 1. O programa beneficiou mais de 70 mil produtores rurais, distribuídos em 514
municípios, totalizando 996 microbacias hidrográficas atendidas. As ações do PEMH atingiram
cerca de 3.3 milhões de hectares, o que corresponde a 71,74% das metas estabelecidas pela CATI
que era de atender 4,6 milhões de hectares.
Figura 1. Classificação das regiões agrícolas paulistas, segundo os níveis de prioridade (PEMH). Fonte: Neves Neto, 2009.
O município de Caiuá, localizado na área prioritária 1 foram atendidos 184 produtores
rurais, perfazendo R$ 712.619,73 reais em benefícios para implantação de infraestrutura nas
propriedades, de modo parcial ou integral, por meio da elaboração de Projetos Individuais de
Propriedade PIPs de forma coletiva (no mínimo 5 pessoas) ou individual.
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Para a escolha das microbacias, a Coordenadoria de Assistência Técnica Integral - CATI
levou em consideração os elevados índices de degradação ambiental, a pobreza rural e a
concentração de pequenos agricultores familiares, áreas tidas como prioritárias, conforme mostra a
o mapa de Classificação das regiões agrícolas paulistas (CATI, 2001; HESPANHOL, 2005).
Conforme as diretrizes do programa, as ações prioritárias (CATI, 2009; SOUZA, 2013)
consistiram em disponibilizar recursos aos agricultores familiares para a exploração consciente dos
recursos naturais.
A escolha das unidades produtivas nas microbacias foi realizada pelos membros do
Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural CMDR, com base nas diretrizes do Programa de
Microbacias. O levantamento socioambiental dos municípios era realizado através de parceria entre
os membros do CMDR e os técnicos da casa da agricultura responsáveis pela escolha das áreas mais
problemáticas nas microbacias. Coube a esse grupo de profissionais realizarem a escolha da áre a de
atuação nas microbacias hidrográficas. Para tanto, eles levaram em consideração os aspectos
determinados pela CATI, tais como: elevado número de produtores rurais; tipos de práticas
agrícolas predominantes; susceptibilidade à erosão, dentre outras (CATI, 2001).
O município de Caiuá apresenta população rural de 5.030 habitantes, que representa 26,06%
do seu efetivo populacional, de acordo com os dados do Censo Demográfico do IBGE 2010. Desse
total 1.930 pessoas integram 701 famílias assentadas em projetos de reforma agrária, que perfazem
36,32% da população rural total IBGE (2010). O elevado número de famílias assentadas, a forte
presença dos movimentos sociais no município, a falta de investimentos públicos, a dependência
econômica do setor agrícola, levou a escolha desse município para o recebimento dos benefícios do
Programa de Microbacias Paulista.
Dentre as práticas individuais financiadas pelo PEMBH destacaram-se: a adubação verde, o
cerceamento das Áreas de Preservação Permanentes (APPs), o controle de erosão, construção de
fossas sépticas biodigestoras, dentre outras. Já as práticas comunitárias destacaram -se a construção
de abastecedouros comunitários, equipamentos para uso coletivos (distribuidores de calcário,
roçadeiras, semeadoras de plantio direto, dentre outros) concedidos para as associações de
produtores rurais. Os projetos desenvolvidos pela CATI promoveram ações nas microbacias
atendidas, cujo objetivo foi melhorar as condições de vida dos produtores rurais e promover o
desenvolvimento sustentável desse grupo de produtores rurais.
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As ações desenvolvidas pelo Programa Estadual de Microbacias Hidrográficas no Estado de
São Paulo procuraram estimular as práticas associativistas entre os produtores rurais, promoveram
mudanças consideráveis no manejo dos recursos naturais, por meio da ampliação do uso de práticas
conservacionistas entre os produtores rurais. As técnicas desenvolvidas estimularam mudanças
consideráveis nos aspectos ambientais, principalmente ao promover nova mentalidade sobre o
desenvolvimento sustentável. Contudo, nota-se que os produtores rurais passaram a ter maiores
preocupações com os aspectos ambientais (nascentes dos rios, reconstituição das áreas de vegetação
nativa).
3. O PROGRAMA DE MICROBACIAS HIDROGRÁFICA EM CAIUÁ
O município de Caiuá situa-se a Oeste do Estado de São Paulo, faz parte da 10ª região
administrativa, cuja sede é Presidente Prudente (ver figura 2). Sua economia é constituída,
basicamente, pelo setor agropecuário, tendo nesse, a principal fonte de renda com o
desenvolvimento da atividade pecuária, tanto de corte quanto de leite e a monocultura canavieira.
Figura 2: Localização do município de Caiuá na 10ª Região Administrativa do Estado de São Paulo.
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No que se refere à estrutura produtiva, com base no levantamento realizado na base de dados
do Censo Agropecuário - LUPA 2007/08, nota-se que no município de Caiuá apresenta 801
unidades de produção agrícola. Trata-se de um município cuja base econômica está assentada na
agropecuária com destaque para a cadeia produtiva do leite, a monocultura canavieira e a produção
de hortaliças. Desse total de propriedades rurais, 184 se localizam nas microbacias hidrográficas
selecionadas pelo programa.
No município de Caiuá duas microbacias foram contempladas com recursos do Programa
Estadual de Microbacia Hidrográfica, sendo que a microbacia do Caiuazinho37 possui 80 produtores
e a Microbacia da Água da Invernada38 possui 104 produtores. Foram aprovados 36 Projetos
Individuais de Propriedades PIP´s, ou seja 45% do total de produtores selecionados na microbacia
do Caiuazinho; na microbacia Água da Invernada a situação foi melhor com mais de 63,46% das
ações, perfazendo 66 Projetos Individuais de Propriedades aprovados. Ao todo, as ações no
município de Caiuá perfizeram mais de 55,43% dos PIP´s aprovados, totalizando 102 produtores
beneficiados com ações individuais e coletivas nas duas microbacias. Nas duas microbacias foram
entrevistados 37 produtores rurais, que representam 36,27% dos PIP´s aprovados.
Os resultados poderiam ter sido melhores, caso as ações do programa de Microbacias
paulista não tivessem demorado a se efetivarem. O atraso na elaboração dos Projetos Individuais
por Propriedades (PIP´s), a desconfiança dos produtores rurais, o atraso na execução dos projetos
foram alguns dos entraves, que descredenciou as ações do Programa no Município.
De certa forma, a alta rotatividade dos técnicos extensionistas na casa da agricultura do
município, a falta de engenheiros agrônomos, e o despreparo dos técnicos e os baixos salários pagos
desestimulou o trabalho destes profissionais destinados especificamente para atender a demanda
dentro das duas microbacias selecionadas pelo programa.
Sendo assim, as criticas direcionadas ao Programa Estadual de Microbacias Hidrográficas se
concentraram nas dificuldades para a elaboração e execução dos PIP´s nas unidades produtivas, a
demora no recebimento dos recursos (desvalorização econômica) ocasionando problemas para os
38 - A microbacia do Córrego Águas da Invernada, cujo plano de ação foi aprovado em 2002, abrange uma área de 3.285 ha e possui 80 propriedades. Nesta microbacia encontramos muitas propriedades fechadas, pelo fato dos seus proprietários residirem na cidade, ou morarem em outros municípios.
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produtores rurais, reduzido número de parceiras com as Universidades, assim como a falta de
articulação regional, dentre outros, foram os pontos negativos do programa, conforme afirmam
Hespanhol (2008); Neves Neto (2009).
Mesmo assim, na microbacia Água da Invernada os projetos aprovados levavam em
consideração as questões ambientais. Foram concedidos recursos para o cerceamento de APP´s e a
reconstituição de matas ciliares. Também foram direcionados recursos para a capacitação dos
produtores e melhoria da infraestrutura das associações de produtores rurais e um kit de informática
para a associação de produtores rurais.
As ações de reflorestamento foram 100% subvencionadas pelo programa, sendo aplicados
R$ 12.850,00. Os técnicos distribuíram mudas de espécies florestais nativas a 10 produtores rurais,
instruindo-os sobre a importância das práticas de preservação ambiental. Foram recuperados mais
de dois km de trechos críticos de estradas rurais, com 100% dos recursos dispendidos pelo
Programa de Microbacias. O programa procurou recuperar os mananciais, para tanto, custeou com
recursos de mais de 80% para a implementação de cercas para a proteção dos mananciais,
totalizando mais de 4 km de áreas beneficiadas, perfazendo R$12.458,11 do valor apoiado. Por
meio da associação de produtores rurais, o PEMH procurou infraestruturar as pequenas
propriedades rurais, para que os produtores rurais pudessem desenvolver as práticas agrícolas e a
recuperação das áreas degradadas. Dentre os equipamentos financiados pelo programa destacaram-
se os kits de plantio direto, roçadeiras costal e roçadeira tratorizada totalizando R$ 2.779,07.
Quanto à importância das práticas associativistas, o programa estimulou o desenvolvimento
das associações de produtores rurais, esse um ponto critico, pois na microbacia Água da Invernada é
forte a presença de grandes produtores rurais, o que prejudicou o desenvolvimento das ações, pelo
fato dos produtores não precisarem de recursos, mas mesmo assim, o programa de Microbacias
paulista destinou para esse grupo mudas de espécies nativas para a reconstituição de matas ciliares,
desenvolvendo entre eles as práticas preservacionistas.
Na microbacia do Caiuazinho, os investimentos foram de R$ 255.028,03 apoiados em
subvenções coletivas e individuais. Nessa microbacia, a presença de agricultores assentados da
reforma agrária facilitou as ações do Programa Estadual de Microbacias Hidrográficas. Desse
modo, mais de 90% (72 assentados) das subvenções atendidas na microbacia beneficiou os
produtores rurais do Assentamento Córrego do Engenho II. O elevado índice de aceitação do
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programa nessa microbacia ocorreu devido a maior participação dos técnicos do Instituto de Terras
ITESP, junto com os técnicos da Coordenadoria
de Assistência Técnica Integral - CATI, montaram os projetos, de modo que, pudessem atender a
principal demanda no assentamento, o suprimento da falta de água.
O programa atendeu de forma coletiva (grupos de cinco pessoas) a 18 produtores rurais, com
o valor apoiado de R$ 82.720,28 para a aquisição de três abastecedouros comunitários do tipo III,
resolvendo parcialmente o problema da falta de água no assentamento. Por meio da concessão desse
benefício, os assentados puderam desenvolver a produção agrícola e sanar parte dos problemas com
a falta de águas nas propriedades rurais.
No âmbito do desenvolvimento das práticas agrícolas, além de contar com o apoio dos
técnicos do ITESP, que atuam nessa microbacia, o Programa Estadual de Microbacias Hidrográficas
apoiou em R$ 6.315,37 do montante estipulado de R$ 8.650,00 para a compra de três unidades de
roçadeiras costais e um distribuidor de calcário. Essas ações visavam promover melhorias na
produção dos pequenos agricultores assentados, dando a eles a oportunidade de produzir e corrigir
os solos.
O programa também destinou recursos para o cerceamento de APPs, com investimento de
R$ 11.312,66 do valor total estipulado R$: 20.398,00. Por meio desse recurso, mais de quatro km
de áreas de preservação foram cercados, evitando o pisoteio do gado e a intensificação das praticas
erosivas. Nessa microbacia, as ações do Programa atenderam a quatro km de trechos críticos de
estradas rurais, apoiando com 100% dos recursos.
O objetivo da implantação das ações do Programa Estadual de Microbacias Hidrográficas
era promover o desenvolvimento rural sustentável nas pequenas unidades produtivas em toda área
de atuação no Estado, principalmente na área prioritária 1 (cor vermelha - figura 1).
Por meio dessas medidas, o programa também procurou recuperar a autoestima dos
pequenos produtores rurais nas áreas de concessão dos benefícios. O Programa de Microbacias
Paulista, junto com o PAA, PNDE, PRONAF tem sido uma das poucas ações públicas voltada para
atender esse segmento social.
Mesmo com todas essas ações, o programa não conseguiu alcançar o seu objetivo central no
município, que era por meio dos benefícios, propiciar o desenvolvimento rural, gerar renda entre os
pequenos produtores rurais, de certa forma, os objetivos não foram atingidos. No município de
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Caiuá foram aprovados 102 projetos de maneira individual e coletiva, que perfizeram 55,43% das
metas estabelecidas.
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Os projetos de Microbacias Hidrográficas implementados no município de Caiuá
procuraram se ater as questões ambientais nas unidades produtivas agrícolas, almejando atender os
pequenos produtores rurais. Para tanto, as primeiras ações do Projeto de Microbacias no município
consistiu em oferecer aos membros selecionados infraestruturas individuais e coletivas, organizar os
produtores rurais em associações. O desenvolvimento dessas metas só se tornou possível por conta
da aproximação da secretaria da agricultura do município, com os técnicos da CATI e do Itesp (na
microbacia do Caiuazinho).
No município, os técnicos da CATI procuraram, por meio de reuniões com as associações de
produtores rurais, conscientizar os pequenos produtores rurais, a respeito da importância em adotar
técnicas de preservação ambiental. Mesmo com baixa representatividade dos produtores rurais nas
reuniões das associações, os técnicos do município efetivaram projetos importantes de preservação
ambiental, com o plantio de mudas nativas nas duas microbacias atendidas com recursos do
programa.
Outro ponto importante foi à recuperação de estradas rurais na microbacia do Caiuazinho
através dos Projetos Individuais de Propriedades - PIP´s. Nesta Microbacia, conforme os dados
coletados no trabalho de campo, as ações recuperou parte das estradas do assentamento, além de
resolver o problema da falta de água com a implantação dos Abastecedouros Comunitários do Tipo
III, medidas essas que deram maior credibilidade ao programa por parte dos pequenos produtores.
5. REFERÊNCIAS ABRAMOVAY, R. O Capital Social dos Territórios: repensando o desenvolvimento rural. In: Economia Aplicada n° 2, vol. IV p 379-397, jun. 2000. BRAGANOLO, N.; PAN,W. A experiência de programas de manejo e conservação dos recursos naturais em microbacias hidrográficas: uma contribuição para o gerenciamento de recursos hídricos. Curitiba, IPARDES, 2001.
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