7
ANA IS DO XXXI CONGRESSO BRASILEIRO DE GEOLOGIA, BALNEARIO DE CAMBORIO , SANTA CATARINA, 1980, VOL. 6 ESTRUTURAS CIRCULARES INTERNAS AO COMPLEXO DE BACAO, .,/ QUADRILATERO FERRfFERO (MG) Claudio Riccomini (*, *** ) _ Gilbe rta Amaral (*, ** ) • CONSELHO NACIONAL DE DESENV OLVIMENTO CIENTf FICO E TECNOLOGICO INSTITUTO DE PEs a UISAS ESPACIAIS •• INSTITUTO DE GEOCII:N CIAS DA UNIVE RSIDADE DE SAO PAULO DEPARTAMENTO DE PALEONTOLO GIA E ESTRATIGRAFIA ••• BOLSISTA DA FUNDAcAO DE AMPARO A PEsaUISA DO ESTADO DE SAO PAULO AB STRACT Ex ami na ti on of LANDSAT MSS imagery resulted in th e d is closure of thr ee c ir cul ar st r uc ture s wh i t hi n the Ba9 ao Comple x in the central pa rt of the Q ua d ri la ter o Fer rlf ero District . Ava ilable data and fi el d wor k i ndica te that on e of these structures is associa t ed with a granod io rit ic b ody (Eng e nheiro Cor reia), wich is one of the oldest rock of t he area. W i th respect to the other t wo , where o ne is i nt ernal to anot her , t he y indi cate a probable s truc tural dom al patt e rn, no t rela te d to s tr ong li tholog ical RESU MO A i nt erpr eta9ao vi sual e analise automatica de i mag ens mul t ie s- p ect rais do sate lite LANDSAT , resultou na identi fica9ao de tres est rutu ra s ci rcul ar es de ntr o do Co mple xo de Ba9ao, na parte cent ral do Quad r i =- la te ro Fe r rl fero. Dad os di seo nl vei s na literatura e tr ab alhos de campo i nd icam qu e uma des sas f ei 90es esta associada ao granodio ri to de En ge - nheiro Co r r e i a , 0 qual forneceu uma das maiores idades geocrono log ic as da regi a o. Nas out ras du as .e s t r ut u r a s , onde uma e interna a ou tra, n os - sas ob serva90es e os d ados disponlve is levaram-nos a cre r que nao apa r en t e men t e, ass oc i adas a p rofundas diferen9as litolog ic as em rel a9ao asr ocha s si t uadas ao seu r edor . INTRODUyAO A r egi ao do Q ua drilatero Fe r rlfero e geologicamente uma das areas mel hor est udadas do Bras i l. A abundancia de recurs os m in era is , eg tre e les 0 £e rro, 0 o ur o, 0 manganes, tornou essa re gi ao a mai s imp or - ta nte do pals , sob 0 ponto de v ista minera l. Por ou tro lado,o grand e l ume de dad os o bti d os p or a diferentes al titudes , ta is c omo, imagens MSS e RBV LANDSAT, radar de visada la te ral, fo to gr a- f ia s ae rea s c olo ri da s n orm ai s, co loridas infravermelhas, mult iespe ct ra is e p ancroma to ca s, alem de estudos isolados com outros senso res, to rna es sa regiao part i c u l a r me nt e fa v or avel ao estudo do desempenho de di fer en=- te s sis t emas sens ore s. o exame dos p rodutos de sensoriamento remo ta dispon iv eis p ar a a re gi a o, em espe ci al as imagens MSS LANDSAT, mostra ram va rias fei 9 0e s, principalm en te es tr ut urais, nao representadas nos t rabalhos de map e a me n to ex ecu tados ate a pres ente data . 0 estudo de tais fei90es cons tituira pa rt e do tr abal ho de mes tra do, em desenvolvimento pelo p rime iro au to r (Ri c comi ni , 19 79 ) . Nes ta comunica9ao, apresen ta r e mos os resultados ob t idos para algum as es truturas ci rculares, local izadas no i nt eri or do Co m pl exo de Ba9 ao . GEOLOGI A REGIO NAL As ·e struturas em questao s ituam-se no interio r do Com ple xo de Ba9 ao (Dor r , 1969 ; H er z, 1970). Herz (1970) subd iv idiu este 2975 /

ANAIS DO XXXI CONGRESSO BRASILEIRO DE GEOLOGIA, …

  • Upload
    others

  • View
    9

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

ANA IS DO XXXI CONGRESSO BRASILEIRO DE GEOLOGIA, BALNEARIO DE CAMBORIO , SANTA CATARINA, 1980, VOL. 6o r f o lo­ioca de

tado doilosofia

Ge o gr a -

n: Depard o s Re=­

Final.RM/Ri6) .erence t o

.s t e r d am,

c ambria­ieo c , , 6

.r f o l o g ia: Janei­:alv ao da

da Serra25 9-

:lsevier,

. a t lcinti

:ion a n dBull . ,

.s , Else -

lidera~s. Brasi l .

do 'ne o c elil . Geoc .;

=ge Al-

igneo us

: 0 de Ip~_

~ Mes t r a -

lnch- and-

So c . A-

:::os de Ma~ Minera=

:10 Es t a dot=ais. Bo

(2 22 )

granite,

OUS rocks .Estado deX Congres -

a regio ne de Mes -

ESTRUTURAS CIRCULARES INTERNAS AO COMPLEXO DE BACAO, .,/QUADRILATERO FERRfFERO (MG)

Claudio Riccomini (* , *** )_ Gilberta Amaral (*, ** )

• CONSELHO NACIONAL DE DESENV OLVIMENTO CIENTfFICO E TECNOLOGICOINSTITUTO DE PEs a UISAS ESPACIAIS• • INSTITUTO DE GEOCII:N CIAS DA UNIVE RSIDADE DE SAO PAULODEPAR TAMENTO DE PALEONTOLO GIA E ESTRATIGRAFIA

••• BOLSISTA DA FUNDAcAO DE AMPARO A PEsaUISA DO ESTADO DE SAO PAULO

ABSTRACT Examinatio n o f LANDSAT MSS imagery resulted i n the d isc l os ur eo f three c irc u l ar str uctures wh i t h i n the Ba9ao Complex i n t h e c e n t r a lpart o f the Quadri latero Ferrlfe r o District . Available data and fi eldwor k i ndicate t h a t one o f t h e s e structures is associat ed with agr a nod ior i t ic body (Enge nheiro Correia), wich is one o f t h e o l d e s t rocko f t he area. Wi th r e s pe c t t o t h e other t wo , where one i s i nternal toano t he r , t hey indic a t e a prob a b l e s tructural domal patte rn, not relatedto s trong lithologi c a l ~ifferences .

RESUMO A i n t erpre t a 9 a o vi s ua l e analise automatica de i ma gens mul t ies ­pectr a i s do sate l i t e LANDSAT , r e s u l t o u na identifica9ao de tres estruturas c i rcula r es dentro do Complexo de Ba9ao, na parte central do Quadr i =­lat e ro Fer rl f e r o . Dados di seonlve i s na literatura e t r aba l ho s de campoi nd i c a m que uma de s sas f ei90 e s esta associada ao granodior i to d e En ge­nh e i r o Cor r e i a , 0 q ua l f o r ne c e u uma das maiores idades geocronologica sda regia o. Nas outr a s d uas .e s t r ut u r a s , onde uma e interna a out r a , nos ­s a s obs e r va 90 e s e o s dados disponlveis levaram-nos a crer qu e nao esta~apar ent e men t e, associ a da s a profundas diferen9as litologicas em r e l a 9a oasrochas sit ua da s a o s e u r edor .

INTRODUyAO A r e g i a o do Quad r i l a t e r o Fer rlfero e geologicamente uma dasareas melho r estuda da s do Bras i l. A abundancia de recursos mine r a is , e gtre e les 0 £er r o , 0 o uro, 0 manganes, tornou essa regiao a ma i s impor­tante do pals , s ob 0 pon t o de v ista mineral. Por outro lado,o grande v£l ume de dados obtidos por pLata form~ sensoras a diferentes altitudes ,tai s c omo, ima ge n s MSS e RBV LANDSAT, radar de visada l a ter a l , fotogr a ­f ias a e reas coloridas normai s , coloridas infravermelhas, multiespec t rai se pancroma toc a s, a l em de e s t udo s isolados com outros sensores, tor na essa r e g i a o parti c u l a r me n t e favora v el ao estudo do desempenho de di f e r en=­tes sis t emas sensores .

o exame d o s produtos de sensoriamento remo ta disponi veis paraa regia o, e m especia l as imagens MSS LANDSAT, mostraram varias fei 90es ,pr i nc i pa l ment e es t r utur a i s , nao representadas nos t rab a l ho s de mape ame nt o exe c u tados ate a prese n t e data . 0 estudo de tais fei90es cons t i t u i r aparte do trabalho de mes trado, em desenvolvimento pelo primeiro autor(Ri c comi n i , 19 79 ) .

Nesta c o mu n i c a 9 a o , a p r e s e ntar e mo s os r e s u l t a d o s ob t idos pa r aa l g umas es t r u t ur a s cir c u l a r e s , localizadas no i nterior do Comple xo deBa9ao .

GEOLOGI A REGIONAL As ·es t r u t u r a s em questao s ituam-se no interior do Complexo de Ba9a o (Dor r , 1969 ; Herz , 1970). Herz (1970) subdividiu este

2975/

GRANODI ORITO ENGENHEIRO CORREIA (He r z , 1970 ) Constituido por b iot i ta­- mu s c ov i t a granodiorito, de coloraqao cinza escuro, gran u la9ao fina amedi a e f o l ia9ao i n c i p i e n t e. Com e xceqao de fenocri stai s de microcllni~e spalhados i r r e gu l a r me n t e pela ma t r i z , a r o cha a presenta-se equi gran u ­lar , c om constituintes a o redor de 0 , 5~n de diametr o . Mineralogicament~

o p l a giocl a s io (An 21) constitui 50 % da r ocha , send o alguns grao s apre­s ent am a ur eolas de f e ldspato potassico. 0 conteudo de quartzo oscila a oredor de 30 %, e stando presentes ainda microclInio e pertita (10 %) , b io­tita (6 - 1 4%), muscovita, magne ti t a , a pat i ta, z ircao e c lino zo isita. Apl i tos e pegmatitos o c o r r e m como pequenos diq ues, i ntr ud i do s ne s s a uni~dade .

GRANI TO GNAISSE I TABIRITO (He r z , 1970 ) ~ uma r ocha de gr anula9ao mediaa g r o sseira , f ortemente f oliad a, com bandas al t ernadas de mi ner a is ma f icos e fels icos . Mineralogicamente, ocorrem fenocris t a i s de mi c roc'l lnio;e s pecialkente nas b a nd as escuras . Plagi oclas i o, quartzo, b iotita, apatita, zircao e t itanita tambem estao presentes. Quartzo e fe l d s patos catac l asados cons t ituem algumas b a nda s c om f olia9ao mal d e finidas . Quimi ca=ment e , a compos i 9ao de s t a r ocha varia de granito a granodiori t o. Estasr ochas gradam localmente para gr a no diori t es (Gr a no d i o r i to Eng e nh e iro COEreia ) , migmatito~ o u meta s sedimentos g r anitizados (em parte r o c h a s doGr upo Nova Lima, gra nitizada s ). Ex i bem ainda evidencia s de metas somati~mo po s t e r i o r .

Alem destas duas un i d a de s sao descri t os e nc l a ve s de x isto s(por v e zes gr a n i t i z a d o s ) atribuIdos a o Gr upo Nov a Lima (Joh nson, 1962)ecor po s de anf i bolitos.

Estruturalmente, 0 Complexo de Ba9 ao c o nstitui-se e m urn gran­de domo, pois embora a f olia9ao das r ochas x i s t o s a s s i t u a d a s ao seu r e­dor nao seja s emp r e paralela aquela dos granito - gna i s s e s interio res, apres en9 a de me r gu l ho s centrI f ugo s e freqile nte . He r z (1966 , 1970 , 1 97 8 )ob s e r vo u a presen9a de uma a ur e o la meta mo r fi c a que i nclui e s t a urolita,gr a na d a e possivelmente cordierita, r o de a ndo a ma i o r pa r t e do Co mplexo .

Os mapas disponIvei s nao mo stram estrutura s de grande po r tena regi.~o.

De t e r mi na 90e s geocr ono logicas d i s pon I v e i s para a regi a o (Herzet aI , 19 61; Herz, 1 966 e 1970 ) i ndicam uma c omplexa e vo lu9ao geo l o gic a .Na par t e no r t e do comple xo , na z ona de c o n tat o entre 0 Grupo No v a Li mae 0 Granito Gna i s s e Itabiri t o, Herz (196 6, 1970 ) obteve a s ida des maisantigas da regiao, c om valores de 2.79 0m.a. e 2 .6 75 m i a , o(Rb/ Sr e m mus ­cov i t a) , q u e i ndicam uma idade mi nima para f o r ma9 a o d a r o c h a . I da de s m~

nima s a o redor de 2.4 0 0 m. a . (K/Ar e m b iotita ) f ora m obtidas por Herzet a l (1 961) ona loc a l i da de t ipo do granodiorito de Engenheir o Correia.Herz (1 966) sugere que o s gnaisses bandados , i nc l u i ndo - s e a q u i 0 Grani ­t o Gna isse Itabirito, desenvol veram-se durante a s deforma90es ocorridasate 1 . 350 m.a . (i da de minima ) . As dete rmina qoes revel a r a m t a mbe m i d a de se spor a d i c a s posicionadas temporalmente e ntre o s p rincipais e vento s .

compl e xo em duas unidades denominadas Granodi orito Enge nhei r oe Gran i to Gna i s s e I t a b i r i t o .

Correias e ,r e prf reena l "rna .r a (bui«A tie D1prededeumagemfigdadifcilos

aeris Lvt indomas ( j

AS ES~

magen:trutu:

na pocidadmente

suasliadad r e naxemplte da

r a a rseu 1

co r rr1110s(196 :- l a omi.no:

c i a

duas

METODOLOGIA 0 problema f o i abordado e m duas e t a pa s :1 - Interpreta9ao v isual d~ imagens MSS LANDSAT (o rb i t a 136, po n t o 26

12/08/76 ) eln copias de papel, b r anco e pre to , nas e sca las de1 : 500 .00 0 e 1 : 250 .000 . Nesta fase f oram del i neado s o s pri ncipais t ra90S estruturais e unidades texturais, q ue l eva ram a i de nti fica9aodaSfeiqoes em q ue s tao (figs . 1 e 2 ) .

2- Analise automatica s upe r v i s i o na d a utilizand o fi ta c ompative l com 0

a nalisador automati c o multiespectral Image -IOO do IN PE . Aqu i f oram ~

f e t ua do s t r a t a me n t o s obj e tiva ndo rea 19 a r as e str u t u r a s delimitadasnae t apa anterior . Para tanto, f oram ut iliza dos os pr ogramas r o t i neiro sde amp lia9ao d e escala, r e alc e de bordas (e d ge enha n ceme n t ) e e limi­na 9ao de ruidos , bern como os programas pa r a a ume nt o de c o n tra s te(con t r a s t str e t c h ) e filtragem digit~ l de i magem .o t r a t ame nto a utomatico de pre-pro cessa men t o p a ra a umento d~ contra~

t e "c o n t r a s t strecht" consiste b a s i c amente, e m se e xpandir de f o r maproporcional, a distr ibuiqao dos nivei s de c inza pa ra os 256 n i veisdispon i v e i s que, normal mente, nao o c upa m t odo 0 c ampo de var ia9ao t~na l possivel , entre 0 pr e to e 0 branco . Esco lhida a a r ea de i n t e r e s -

2976

seudo Cregina se n t e

chandi ffqua :

mor :con:go I

rem

cia

e p

)rreia

)tita­na a:::11nio,granu­amente,

a pre­ila ao, bio­ta. Aa uni -

medias mafi:1 1n i o ;

apati.s catalimi ca=

Estas.ro CorIS doioma t.Ls

xistos1962 )e

n gran­3e u re ­) r e s , a19 78 )

rolita,.np l e xo .

porte

:) (He rzologica.a Li mas mai sem mus­ades mi

Herzrreia •Grani­

o r ri dasI idades.t o s .

;0 26

iai.s tra:a 9 a o c1aS

com 0f oram e

Lt a d a s na:ineiros~ elimi­)n t r a s t e

c o ntras:! f orma

niveisiacrao t£interes-

se, solicitamos ao sistema 0 f ornec i me n t o do grafico (histograma) q uerepresenta a distribuicrao dos niveis de cinza da imagem,em f u ncra o dafreqilencia de ocorrencia dos mesmos . Em seguida; "cortamos" no t erminal do sis tema, os niveis mais altos e os mais baixos deste histogr arna. Dessa f o r ma , os niveis ma i s significativos sao redistribuidos para os 256 n iveis de cinza d o sistema, ocorrendo assim uma redistri=bUi~ao de tonalidade e conseq~ente aurnento de contraste .A tecnica de filtragem digital de imagens, desenvolvida por Parad e l l ae Dutra (19 80) , permite que se realcem estruturas seg undo di recroespre-escolhidas. Este programa atua como urn incremento das varia croesde niveis de cinza da imagem que sao responsaveis pelos componentesde alta freq~encia . Estes, por sua vez respondem pelos detalhes deuma cena, ou seja, definem a dimensao espacial de urn objeto na ima ­gem. Isto e f e i t o , atraves de filtrosdigitais que apresentam urna configuracrao espacial a qual leva e m c onsideracrao urn determinado "pixel "da imagem e seus vizinhos, de modo direcional. At r i b u i ndo-s e pesosdiferentes a esses "pixels", pode-se ampliar pequenas variacroes, fa ­cilitando a analise visual. 0 sistema executa este processo em todoso s pontos da imagem.

As imagens ampliadas e processadas no Image-100 (1 - 100) saosensivelmente melhores que as i magens originais em copia de pa pe l , permitindo uma melhoria na interpretacrao de /areas que tern apresentado problemas (f i gs . 3 e 4) . -

AS ESTRUTURAS CIRCULARES A aplicacrao das tecnicas acima e xpostas as i ­magens MSS LANDSAT da regiao, permitiu a de l imi t a crao de tres feicroes e~truturais circulares .

_ A principal (A) , com cerca de_B,5 k m de,diametro, localiza -sena porcrao centro -sul do Complexo de Ba9ao . Em seu interior situa-se acidade de Engenheiro Correia . Seu ponto central localiza-se apro xima d a ­mente na confluencia do Rio Sardinha c om 0 Ribeirao do Mango.

~ rea19ada principalmente no canal 7 (infravermelho ) , pelassuas caracteristicas texturais diversas das r e g i o e s c i rcunvizinhas, a ­liada a urna t onalidade mais escura (me no r reflectancia ) . Segmentos dedrenagem.esbo~am urn padrao anelar condicionados por esta est~utura . E­xemplo d1StO e a parte do Rio Mata Porcos que contorna a por9ao noroeste da fei9ao.

Internamente , pode-se ser observada pelo menos outra estrutu­ra anelar, c oncentrica a primeira (A) , ressaltada principalmente pelos eu relevo em forma de cristas .

Esta estrutura f oi esbocrada anteriormente por Herz et al (196Dc~rrespondendo ao granodiorito de Engenheiro Correia . Entr etanto, trab~

I hos posteriores, incluindo-se aqui o s estudos detalhados de J ohnson(19 62) e Wallace e Rynearson (i n Wallace, 1965 ) nao voltam a menciona­- l a o Herz (1 9 70) englobou esta fei9ao em urna unidade maior, a qual den£mi nou Gr ano d i o r i t o Engenheiro Correia .

Nossos dados de campo, ate a q u i obtidos, conf i rmam a exi sten­cia de s t a fei9ao, em parte segundo a concepcrao de Herz et al (19 61) .

No canto sudeste d o Complexo de Bacrao encontramos as outrasduas estruturas (B e C) sendo que a C situa-se no interior d a B.

A estrutura B, possui urn diametro aproximado de 6 ,5 km . Emseu interior, no quadrante noroeste, esta s ituada a cidade de Ca c ho e i r ad o Campo . 0 padrao textural e a t onalidade na o sao muito diferentes dasregioes ao redor . Entretanto, a drenagem desempenha urn papel importantena sua delineacrao. 0 Corrego da Holanda e 0 Ribeirao dos Tabuoes, af l u­entes do Ribeirao Mara c u j a , c o n t o r nam a parte ext e r na d a fei crao.

A estrutura C, com cerca 2 ,5 km de d i ame t r o, foi a que · maischamou a aten9ao durante a interpretacrao visual das imagens . Apresentad i f e r e n9 a tonal e textural marcante em relacrao a fei9aO anterior, naqual e sta inserida. .

Destaca-se s obremaneira nas imagens, especialmente pela suamorfologia e pelo seu perfeito contorno circular, dando a impressao deconstituir uma verdadeira calota . Dois pequenos ribeiroes correm ao lo~

go dos limites da estrutura, desenhando sua bordas antes de se encontrarem no Ribeirao Maracu ja .

Internamente , o u t r o s pequenos segmentos de drenagem eviden­ciam urn padrao anelar .

Johnson (1962 ), mapeou e s t a area como gnaisses granodiori t i co se paragnais s es, incluindo ainda

2977

s e n s o ­Ferri ­Pe s q.

e par agna i s s e s , incluindo ainda x i s t os de granu la9ao g r osse i r a (xenoli ­tos ) c or re l a c i onados ao Supergrupo Rio das Ve l has. No mapa de Herz (1970 )a a r e a esta no dom i n i o d o Grani t o Gnaisse I t ab i r i to, i ncluind o ainda dua s pequenas por90es do Granodiorito Engenheiro Co r r e ia (pa r t e s oeste eleste da est rutura B) . Da t a 9 ao efetuada em d up l i cat a p a r Herz et al (1961)em uma amo s tra da borda da fei9 a o B, indicam idade s de 720 m.a . e 76 0m.a . (K/Ar e m b iot i ta) •

As obse r v a 90e s de c ampo sao dificul t a d as s obretudo pe l a e s pessa c ober t u r a de solos presente na regiao. Mesmo no fundo das grandes bo9~rocas e x i stentes no l o c a l , a s aflorame n t o s , na s me l hores e x po s i90 e ss a o solos f r a c amente estrut urados .

Em urn a flo r a mento na bor da norte da es t rutura B temo s a pre dominanc i a de gnaisses granodio r i t icos bandados, e fai xas graniticas epe gma t i t i c a s leuc ocr a ticas . Xe nolito s de a nfibolitos t ambem estao pre­s entes .

Uma por 9 a o d i mi n u t a d o bordo s ul destas e struturas esta enco­berta par r o c has xis t osas d o Sup e rgrupo Ri o da s Velha s .

_ _ Nos s a s ob ser va g oes l eva ram-no s a c re r q ue as estruturas B e Cnao esta~, ~parentenlente , as soc i adas a pr o funda s di f e r e nga s litologicasem r e lagao . a s r ochas sit uadas ao redo r .

SUMARIO E DI SCUSSAO A f igura 5 s umariza nossas considera90es . Das tresfei90e s circul a r e s aqui de s c r i t a s, a ma ior e sta a s s o c i a da a o granodiori­to de Enge nheiro Corr eia . As ou t r a s duas , a o nosso v e r , r e p r e s e n t a m a namalias e s tru t urais po s s i ve l me n t e domicas , r e l a c i onadas a urn r earr a n j o ­e s t r u t u r a l nos granito - g na i s s es da r e giao a u t alvez, a int rus oes aindanao e xuma das . Analises quimicas nas r o c h a s d o int eri or de sta s estrutu­r a s poderao, t a lvez, for ne c e r dados que permita m s ua dife rencia9ao .

AGRADECl MENTOS Sao devidos ao Dr. 1caro Vitor e llo pelo acompanhame n t onos t r aba l hos de campo, aos ge o l o gas Te o do r o I.R . de Almeida pe l a s s uges ­toes e Waldir R. Paradella p e l a s discus soes s abre analise automaticade ima ge ns .

BIBLIOGRAFI A

DORR I I , J .V .N . - 1 969 - Physiograph i c. Strat igr aphic a nd St ruc turalDevelo pme n t o f t he Quadrilater o Fer r i f ero, Minas Gera i s, Br a zil.Geol . Su r v . Prof . Pap. 641-A , 110pp .

HERZ, N., HURLEY, P.M ., PINSON, W.H., FAIRBAIRN, H.W. - 19 61 - Agemeasur e me n t s from a part of the Brazi l ian Shield. Ge o l. So c . Am. BulL72 : 1111-11 20 .

HERZ , N. - 1966 - Igneous Rocks. I~ Outline o f t h e Ge o l ogy o f t h e Qua­drilate ro Ferr i f e ro, Minas Gerais , Br az i l. Am . Ge ol . Ins t . Gu idebook.I nternat . Fi e l d I ns t . , Brazil: IV-l - I V-1 8 .

HERZ , N. - 1970 - Gne is s i c and Igne o us Roc ks o f the Quadri l a tero Ferri ­fero, Minas Gerais, Braz i l . Ge ol. Su rv . Prof . Pap. 6 41-B, 58 pp .

HERZ, N. - 1 9 78 - Metamorphic Roc ks o f t he Quadrila t ero Ferri f e r o, Mi­na s Gerai s, Brazil. Geol. Sur v. Prof. Pa p . 6 41-C , 81 p p .

J OHNSON, R.F . - 1962 - Geology and Or e Depos i t s of the Cachoeira do Campo , Dom Bosco , a nd Our o Branco q u a dra ng l e s, Mi na s Gerais , Brazi l .Geol . Surv . Po rf . Pap . 34 1-B, 39 pp.

PARADELLA, W.R. e DUTRA.. L. V. - 19 80 - Fi l t r a gen s dig i t a i s de imagensLANDSAT como t e c n ica de auxilio v isua l na f o t o i n t e r pre t a 9a o geologi­ca. (a s e r a p r e s e n t a d o no XXXI Congr e s s o Bras . Geolog i a, Balneario deCambo r i u , SC) , 6 pp.

RI CCOMIN I , C . - 1979 - Estudo comparativo dos dive r sos sis t emasr e s apl i c ados a ana lise litologico-e s tru t ura l do Qua dr i l a ter of e r o -M . G. Di s s e r t a 9ao pr e l i mi na r de mestrad o (Inedi t a) . I ns t.Espac i a i s , 36 pp .

2978

.,

- "

I-o : ... ..

Fig!

e no li ­z (1970)nda dus t e el (196]

760

espesdes booe s

pre dos e

pre -

e nco -

B e Cogicas

.s t r es-d Lo r L».a m ana-arrj o

a inda.t r u t u -.0 .

.me n t o:uge s ­:i c a

lra1.1.

re.m, Bull.

Qua­.de book.

Ferri.­ip ,), Mi-

do Cam:i 1.

1gens!ologi ­!a.rio cle

s e n s o­Ferri.­Pe s q.

Figura l

Figura 2

Part e da i magem MSS LANDSAT, cana l: 7cor reseondent e ar egi ao do Complexo 'de Bar;ao .

A mesma imagem com a de'Limitar;ao dast res f eir;oe s ci rculares (A, B, C).

2979

o

o

3

3

6

6 9

N (aprox. )

~\

Fi(JUI'c

o

::~

~<\JC'\l0~

s~·)"J

43°,0 5

E

limitgraninadi a

N (aprox.)

~5 ~\o

Fi(JUI'a 4 - A mesma aena anterior, aom a de7,irrritatlaodae tres feir-06s airauZarea (A, B e C).

2980J

,~-~----~------------------

Figura 5 - Esbo~o Geologico (adaptado de Herz, Z970 )

l (aprox .)

\

I _

43 052 '30 "

515M

ESCALA

CONVENr;OES

Supergrupo Minas

contatos

falka , tracejada onde Zocali zada de forma apro ­:r:imada

SupergrupoRio dae vel.has [al.ha de empurrao . tiraaejada onde inferida (den

t es de serra no bloco levantado )

eixo de sincZinal com fZanco invertidon

---t - ---eixo de sinc ZinaZ, inferido

estrutuPa circular, tracejada ondemenos definida

Granito GnaisseItabirito

GranodioritoEngenheiro Correia

Zimite aprotcimada ent re osgranito-gnaisses e os gra­nodioritos

~ (aprox. )

.\2981