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O Destaque Expresso, boletim elaborado pelo Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos do Bradesco, apresenta uma análise do cenário econômico com base no resultado das vendas no varejo no 3º trimestre de 2011. Boa leitura!
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10 de novembro de 2011
Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos
Menores remessas de lucros e dividendos favorecem resultado em conta
corrente de julho
O déficit em conta corrente de agosto apresentou melhora em relação ao registrado em julho, ao passar de US$ 4,5
bilhões para US$ 2,9 bilhões, conforme divulgado hoje pelo Bacen, ainda que tenha ficado pouco acima do
esperado por nós (US$ 2,4 bilhões) e pelo mercado (US$ 2,5 bilhões). Dessa forma, o déficit acumulado em 12
meses alcançou US$ 45,8 bilhões, o equivalente a 2,32% do PIB. Já, no acumulado deste ano, o déficit em conta-
corrente alcançou US$ 31,1 bilhões, ante saldo negativo de US$ 9,6 bilhões no mesmo período do ano anterior.
Nesta divulgação, o destaque ficou para a elevação do saldo comercial de agosto (para US$ 2,4 bilhões ante US$
1,4 bilhão em julho), por conta de importações mais fracas. Além disso, destacamos o segundo mês consecutivo de
retração do déficit da conta de serviços e rendas, que ficou em US$ 5,5 bilhões, ante US$ 6,1 bilhões no mês
anterior. Este alívio na margem resultou principalmente da redução do déficit da conta de viagens internacionais,
que passou de US$ 1,1 bilhão para US$ 813 milhões no mês. Por outro lado, vale destacar a intensificação da
saída de lucros e dividendos, cujo saldo negativo passou de US$ 1,8 bilhão em julho para US$ 2,5 bilhões em
agosto.
Já nas contas de capital e financeira, destacamos os investimentos estrangeiros em carteira (negociados no país),
que apresentaram ingressos líquidos de US$ 4,5 bilhões em julho, superior a +US$ 3,1 bilhões no mês anterior.
Além disso, devemos levar em conta que a entrada de Investimento Estrangeiro Direto (IED) totalizou US$ 2,4
bilhões em agosto, praticamente o mesmo montante observado em julho (US$ 2,6 bilhões). Isso significa que, no
acumulado dos últimos 12 meses, o país atraiu US$ 27,3 bilhões em termos líquidos.
Para o ano de 2010, nossa expectativa é de que o déficit em conta corrente atinja US$ 51,0 bilhões, cujo
financiamento deve ser garantido em parte pelo Investimento Estrangeiro Direto (IED), que deve totalizar US$ 30,0
bilhões, sendo complementado pela entrada de investimentos em ações e renda fixa, além de contar com uma taxa
de rolagem da dívida externa de praticamente 200% neste ano.
1 O núcleo IPCA-EX exclui os 12 itens mais voláteis do IPCA, assim é uma medida que tenta capturar melhor a trajetória da inflação. 2 O núcleo DP (dupla ponderação) dá peso menor para os itens com maior volatilidade. Essa medida também foi eleita pelo BC como uma forma
mais apropriada de analisar a inflação corrente. Fonte: IBGE
Elaboração: BRADESCO
Volume de vendas no
comércio varejista
ampliado - evolução
trimestral
dessazonalizada
O DEPEC – BRADESCO não se responsabiliza por quaisquer atos/decisões tomadas com base nas informações disponibilizadas por suas publicações e projeções. Todos os dados ou opiniões dos informativos aqui presentes são rigorosamente apurados e elaborados por profissionais plenamente qualificados, mas não devem ser tomados, em nenhuma hipótese, como base, balizamento, guia ou norma para qualquer documento, avaliações, julgamentos ou tomadas de decisões, sejam de natureza formal ou informal. Desse modo, ressaltamos que todas as consequências ou responsabilidades pelo uso de quaisquer dados ou análises desta publicação são assumidas exclusivamente pelo usuário, eximindo o BRADESCO de todas as ações decorrentes do uso deste material. Lembramos ainda que o acesso a essas informações implica a total aceitação deste termo de responsabilidade e uso. A reprodução total ou parcial desta publicação é expressamente proibida, exceto com a autorização do Banco BRADESCO ou a citação por completo da fonte (nomes dos autores, da publicação e do Banco BRADESCO).
Desaceleração das vendas no varejo ampliadas no terceiro trimestre
reforça expectativa de um resultado fraco para o PIB no período
O resultado das vendas no varejo do terceiro trimestre deste ano reforça nossa expectativa de que o PIB deste
período tenha mostrado desaceleração significativa. Conforme divulgado hoje pelo IBGE, as vendas no varejo
na categoria ampliada, ou seja, quando consideramos as vendas de veículos e materiais de contração,
registraram queda de 0,8% no terceiro trimestre ante o segundo trimestre, quando haviam crescido (2,2%), em
termos dessazonalizados. Na categoria restrita, entretanto, o movimento foi contrário, com alta de 1,6% ante
1,1% no segundo trimestre. Apesar disso, esperamos que no quarto trimestre a desaceleração seja mais
disseminada entre as categorias do comércio, intensificando o arrefecimento do consumo das famílias, ainda
que o efeito da queda da taxa de juros sobre o consumo de bens duráveis não deva ser descartado.
O volume de vendas do comércio varejista se elevou 0,6% na margem em setembro, revertendo a queda de
0,4% verificada agosto, (-0,4%), ficando pouco acima das nossas expectativas (0,5%) e das projeções do
mercado (0,4%). Na comparação interanual, as vendas mostraram desaceleração do ritmo de crescimento de
agosto (6,3%) para 5,3%. Já as vendas ampliadas, aumentaram 0,9% na margem e desaceleraram de 5,4%
para 4,8% na comparação com o mesmo mês de 2010.
A abertura dos dados mostrou expansão na maior parte das categorias na margem, com elevação em sete dos
10 setores de atividade abrangidos pela pesquisa ampliada. Destacamos as categorias de “tecidos, vestuário e
calçados” e “móveis e eletrodomésticos”, que apresentaram alta de 1,6%. As vendas de “veículos e motos,
partes e peças”, por sua vez, cresceram 1,7%, após queda de 5,0% em agosto, e as vendas de “material de
construção” que se expandiram 0,8% na mesma base de comparação. Por outro lado, o segmento de
“equipamentos e material para escritório, informática e comunicação” registrou queda de 5,0%, ao passo que
“combustíveis e lubrificantes” e “livros, jornais, revistas e papelaria” recuaram 1,1% e 2,5%, respectivamente.
1,1%
-1,8%
-7,6%
6,7%
3,7%
5,0%
2,1%
1,9%
-0,5%
7,2%
-1,4%
4,8%
2,7%
1,2%
2,2%
-0,8%
-10,0%
-8,0%
-6,0%
-4,0%
-2,0%
0,0%
2,0%
4,0%
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VOLUME DE VENDAS NO COMÉRCIO VAREJISTA AMPLIADO - EVOLUÇÃO TRIMESTRAL DESSAZONALIZADA - CRESCIMENTO NO TRIMESTRE ENCERRADO NO MÊS T EM RELAÇÃO AO Fonte: IBGE
Elaboração: Bradesco
DESTAQUE EXPRESSO
2
Volume de vendas no
comércio varejista
brasileiro - crescimento
em relação ao mês
anterior (dados
dessazonalizados)
Volume de vendas
no comércio
varejista brasileiro -
crescimento em
relação ao mesmo
período do ano
anterior
US$ milhões
Fonte: IBGE
Elaboração: BRADESCO
Fonte: IBGE
Elaboração: BRADESCO
10,2%
8,3%
10,4%
12,8%
11,0%
9,8%
6,0%
1,3%
7,0%
2,9%
5,7%6,0%
4,7%
8,6%
9,2%
10,4%
12,2%
15,7%
9,2%
11,4%
10,5%
12,0%
8,7%
10,2%
8,3%
0,0%
2,0%
4,0%
6,0%
8,0%
10,0%
12,0%
14,0%
16,0%
18,0%
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Variação anualVOLUME DE VENDAS NO COMÉRCIO VAREJISTA BRASILEIRO - CRESCIMENTO EM RELAÇÃO AO
MESMO PERÍODO DO ANO ANTERIOR.
Fonte: IBGE/PMCElaboração: Bradesco
Volume de vendas
no comércio
varejista ampliado -
variação em relação
ao mês
imediatamente
anterior (dados
dessazonalizados)
Fonte: IBGE
Elaboração: BRADESCO
Fonte: IBGE
Elaboração: BRADESCO
Volume de vendas
no comércio
varejista
(*) Com ajuste sazonal.
(**) Inclui lojas de departamentos ou
magazines; duty free; ótica; caça,
pesca e camping; relojoaria e joalheria;
artes; artigos esportivos, entre outros.
5,9%
13,2%
9,1%
7,8%
6,5% 6,1%
14,1%
20,2%
9,3% 9,1%
13,8%
11,4%12,2%
7,6%
5,9%
3,0%
9,0%
15,0%
21,0%
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PMC Restrita
PMC Ampliada
TAXA SEMESTRAL DE CRESCIMENTO (DADOS DESSAZONALIZADOS E ANUALIZADOS)
Volume de vendas
no comércio
varejista
brasileiro -
crescimento em
relação ao mesmo
período do ano
anterior
Fonte: IBGE
Elaboração: BRADESCO
Em 2011Em 12
Meses
PMC 5,3% 0,6% 7,0% 7,7%
Combustíveis e lubrificantes -1,2% -1,1% 2,0% 3,1%
Hiper, supermercados, prods. alimentícios, bebidas e fumo 3,5% 0,2% 3,9% 4,5%
Hiper e supermercados 3,6% 0,3% 3,9% 4,4%
Tecidos, vestuário e calçados 0,6% 1,6% 5,3% 6,7%
Móveis e eletrodomésticos 16,5% 1,6% 18,0% 17,9%
Artigos farmacêuticos, med., ortop. e perfumaria 10,6% 2,2% 10,5% 10,9%
Equip. e mat. para escritório, informática e comunicação 7,6% -5,0% 15,2% 16,6%
Livros, jornais, revistas e papelaria 0,6% -2,5% 7,2% 10,6%
Outros artigos de uso pessoal e doméstico (**) -0,1% 0,1% 4,7% 6,3%
PMC Ampliada 4,7% 0,9% 8,0% 9,6%
Veículos e motos, partes e peças 3,6% 1,7% 9,4% 12,9%
Material de construção 6,5% 0,8% 10,3% 11,1%
Acumulados Set11/
Set/10
Set11/
Ago11 (*)
1,7%
0,5%0,7%0,6%
1,9%
1,0%
-0,6%
2,4%
2,9%
-0,8%
-0,1%
0,4%
1,2%
2,4%
0,3%
0,6%
0,1%
1,2%
0,1%
1,0%
-0,2%
0,7%
0,2%
1,2%
-0,4%
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2,2%
3,3%
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VOLUME DE VENDAS NO COMÉRCIO VAREJISTA BRASILEIRO - CRESCIMENTO EM RELAÇÃO AO MÊS ANTERIOR (DADOS DESSAZONALIZADOS)Fonte: IBGE
Elaboração: Bradesco
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10,4%
12,8%
11,0%
9,8%
6,0%
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10,5%
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Variação anualVOLUME DE VENDAS NO COMÉRCIO VAREJISTA BRASILEIRO -CRESCIMENTO EM RELAÇÃO AO MESMO PERÍODO DO ANO
ANTERIOR.
Fonte: IBGE/PMCElaboração: Bradesco
DESTAQUE EXPRESSO
3
Economia Internacional: Fabiana D’Atri / Daniel Valladares Weeks / Daniela Cunha de Lima /Igor Velecico / Thomas Henrique
Schreurs Pires / Matheus Ribeiro Machado
Economia Doméstica: Robson Rodrigues Pereira / Andréa Bastos Damico / Ellen Regina Steter / Myriã Bast / Renata Rodovalho
Gonçalves
Análise Setorial: Regina Helena Couto Silva / Priscila Pacheco Trigo / Rita de Cassia Milani
Pesquisa Proprietária: Fernando Freitas / Ana Maria Bonomi Barufi / Leandro Câmara Negrão
Estagiários: Felipe Cardoso Dávila / Mirella P. Amaro Hirakawa / Daiane Cristina Montanari / Gabriel Lyrio de Oliveira /
Priscila Monteiro Ortega / Vinícius Gonçalves Manaia Moreira / Ricardo Romano / Thunay Mota Raia
Equipe Técnica
Octavio de Barros - Diretor de Pesquisas e Estudos Econômicos
Marcelo Cirne de Toledo / Fernando Honorato Barbosa